escola keynesiana

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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FIEMG SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI SENAI TEÓFILO OTONI UI EDSON GONÇALVES SOARES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO Alexandre Martins Bárbara Gilda Pereira Vivian Oliveira ESCOLA KEYNESIANA: O que é e suas características TEÓFILO OTONI 2014

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Page 1: Escola Keynesiana

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FIEMGSERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

SENAI TEÓFILO OTONI UI EDSON GONÇALVES SOARES

CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Alexandre Martins

Bárbara Gilda Pereira

Vivian Oliveira

ESCOLA KEYNESIANA:

O que é e suas características

TEÓFILO OTONI2014

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Alexandre Martins

Bárbara Gilda Pereira

Vivian Oliveira

ESCOLA KEYNESIANA:O que é e suas características

Documentos Empresariais apresentados à SENAI Teófilo Otoni UI Edson Gonçalves Soares, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina Comunicação Empresarial.

Instrutora: Fernanda Guedes

TEÓFILO OTONI2014

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1 KEYNESIANISMO

Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John MaynardKeynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money) e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de Bem-Estar Social", ou "Estado Escandinavo" tendo sido originalmente adotado pelas políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, no início da década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929 e, quase simultaneamente, por Hjalmar Horace Greeley Schacht na Alemanha Nazista. Cerca de 3 anos mais tarde, em 1936, essas políticas econômicas foram teorizadas e racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. A escola de pensamento econômico keynesiana tem suas origens no livro escrito por John M. Keynes chamado "Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda". Rapidamente muitos economistas aderiram a esta escola, o que foi chamado de revolução keynesiana.

2 ESCOLA KEYNESIANA

A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é autoregulador como pensavam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dos empresários. É por esse motivo, e pela ineficiência do sistema capitalista em empregar todos que querem trabalhar que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.

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3 TEORIA KEYNESIANA

A teoria de Keynes é baseada no princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a renda, maior a porcentagem desta é poupada. Assim, se a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego, a taxa de poupança aumenta simultaneamente; e como a taxa de acumulação de capital aumenta, a produtividade marginal do capital reduz-se, e o investimento é reduzido, já que o lucro é proporcional à produtividade marginal do capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento, o que faz com que a demanda (procura) efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se reduza para um ponto de equilíbrio em que a poupança e o investimento fiquem iguais. Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena), Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a procura efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento de déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar orçamentos deficitários na fase expansiva dos ciclos.Deve notar-se que, para o estado aumentar a procura efetiva, deve gastar mais do que arrecada, porque a arrecadação de impostos reduz a procura efetiva, enquanto que os gastos aumentam a procura efetiva.O ciclo de negócios segundo Keynes ocorre porque os empresários têm "impulsos animais" psicológicos que os impedem de investir a poupança dos consumidores, o que gera desemprego e reduz a demanda efetiva novamente, e por sua vez causa uma crise econômica. A crise, para terminar, deve ter uma intervenção estatal que aumente a demanda efetiva através do aumento dos gastos públicos.

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4 PAPEL DO ESTADO NA ECONOMIA

A mais importante Agenda do Estado não está relacionada às atividades que os indivíduos particularmente já realizam, mas às funções que estão fora do âmbito individual, àquelas decisões que ninguém adota se o Estado não o faz.Para o governo, o mais importante não é fazer coisas que os indivíduos já estão fazendo, e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas fazer aquelas coisas que atualmente deixam de ser feitas. (John Maynard Keynes, The end of laissez-faire)A escolha não deve ser se o estado deve ou não estar envolvido (na economia), mas como ele se envolve. Assim, a questão central não deve ser o tamanho do estado mas as atividades e métodos do governo. Países com economias bem-sucedidas têm governos que estão envolvidos em um amplo espectro de atividades. (Joseph Stiglitz, More instruments and broader goals…)Estas duas citações, Stiglitz, que é considerado por muitos um neokeynesiano, servem para desmistificar muitas das críticas feitas por políticos neoliberais aos ensinamentos de Keynes.Keynes nunca defendeu a estabilização da economia, nos moldes em que foi feita na UniãoSoviética. O que Keynes defendia, na década de 1930, e que hojeStiglitz e os novos desenvolvimentistas defendem é uma participação ativa de um Estado enérgico nos segmentos da economia que, embora necessários para o bom desenvolvimento de um país, não interessam ou não podem ser atendidos pela inciativa privada.Não se trata promover uma competição entre o Estado e o mercado, mas sim de obter uma adequada complementação ao mercado, que agindo sozinho não é capaz de resolver todos os problemas, conforme demonstraram Grenwald e Stiglitz (1986), em busca de uma maior eficiência geral da Economia.Não constitui uma dedução correta dos princípios da Economia que o auto interesse esclarecido sempre atua a favor do interesse público.A aguda intuição de Keynes, que o levou a recomendar a intervenção do estado na economia, vêm encontrando cada vez mais respaldo nas recentes descobertas da economia da informação, como demonstra o teorema de Greenwald-Stiglitz:O efeito da influência de Stiglitz é tornar a Economia mais presumivelmente intervencionista do que Samuelson propunha. Samuelson considerava as falhas de mercado como "exceções" à regra geral dos mercados eficientes. Mas os teoremas de Greenwald-Stiglitz postulam ser as falhas de mercado a "norma", e estabelecem que "os governos quase sempre podem potencialmente melhorar a eficiência da alocação de recursos em relação ao livre mercado." E o teorema de Sappington- Stiglitz "estabelece que um governo 'ideal' poderia atingir um maior nível de eficiência administrando diretamente uma empresa estatal do que privatizando-a." (Stiglitz 1994, 179).

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5 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO KEYNESIANISMO

Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a iniciativa privada não tem capacidade ou não deseja atuar.

Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico. Contra o liberalismo econômico. Defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno

emprego. Este seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção.

O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de crise e recessão econômica.

A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de uma política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação.

Vale ressaltar que Keynes era contrário à estatização da economia, como havia ocorrido nos países socialistas após a Revolução Russa de 1917. Ele defendia o sistema capitalista, porém acreditava que deveria haver ações e medidas de controle por parte do Estado.

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6 PRINCIPAIS MOMENTOS EM QUE FOI USADO

O keynesianismo foi usado na História, principalmente durante as crises que ocorreram no século XX. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi a doutrina econômica que deu suporte ao plano New Deal do presidente Roosevelt, voltado para tirar a economia norte-americana da profunda crise provocada pela Quebra da Bolsa de Valores de 1929 (Grande Depressão).

Os países europeus, cujas economias estavam estraçalhadas no final da Segunda Guerra Mundial, também recorreram aos fundamentos do keynesianismo para tirar suas economias da crise. Nesta situação era de fundamental importância à interferência do Estado, como fonte de promoção do desenvolvimento econômico e social.

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7 O KEYNESIANISMO NA ATUALIDADE

A doutrina econômica keynesiana enfraqueceu muito nas últimas décadas em função do avanço do neoliberalismo. O processo de globalização econômica mundial impôs, de certa forma, aos países a adoção de medidas voltadas para a abertura da economia e pouca interferência estatal. A maioria dos países do mundo segue o neoliberalismo, com suas especificidades, como forma de se manterem ativos neste mundo voltado para a globalização e para a economia de livre mercado.

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REFERÊNCIAS

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfhT4AI/escola-monetarista-escola-keynesiana

http://www.suapesquisa.com/economia/keynesianismo.htm