el papel de oaxaca en la cultura...
TRANSCRIPT
EL PAPEL DE OAXACA EN LA CULTURA PRECORTESIANA
Jorge Femando ITURRIBARRIA
E L HECHO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO de encontrarse l a t o t a l i d a d
de los numerosos grupos étnicos de O a x a c a alojados en l a co
m a r c a más estrecha d e l país, y l a c i rcunstancia de ser esa zona
e l centro geográfico de Mesoamérica, equidistante de l a a l t i
p l a n i c i e m e x i c a n a y de los pueblos centroamericanos, o sea e l
vasto terr i tor io en donde t u v i e r o n su c u n a las viejas culturas
de América , confiere a O a x a c a u n a i m p o r t a n c i a excepcional
c o m o centro de investigaciones antropológicas, consideradas
e n s u más a m p l i o sentido: arqueológico, etnológico, etnográ
f ico , l ingüístico e histórico.
O a x a c a , p o r su situación geográfica en l a América M e d i a ,
tenía que ser, y fue, e l eslabón entre l a a l t i p l a n i c i e , e l Sur y
e l Sureste: u n escenario de tránsitos obligados y nutr idos entre
pueblos de or igen m i l e n a r i o , que i n f l u y e n unos sobre los otros,
dejándonos los vestigios y las r e l i q u i a s de sus culturas.
E n consecuencia, p a r a todo estudio de correlación, inter
pretación y ajuste d e l cuadro de conjunto , p a r a u n a visión
panorámica de l a A m é r i c a M e d i a , los grupos étnicos oaxa-
queños deben estar presentes en c u a l q u i e r investigación ac
t u a l o f u t u r a .
E n efecto: en e l ac tual t e r r i t o r i o oaxaqueño encontramos
l a presencia de viejas culturas . L a hipótesis de que l a c u l t u r a
m a d r e —después de l a arcaica otomí— fue l a olmeca, proce
dente de las costas d e l G o l f o , v a cobrando seriedad y categoría
de v e r d a d histórica con l a confirmación, cada día más acen
tuada, de l a versión sahagunt ina . Según esta versión, ciertas
t r i b u s desconocidas, h o y identi f icadas con los olmecas — h a b i
tantes d e l país d e l h u l e — , l l e g a r o n a P a n u c o p o r e l m a r en
t iempos m u y remotos y f u n d a r o n e l p r i m i t i v o T a m o a n c h á n ,
412 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
que quiere decir " e l árbol de donde n a c i e r o n los vastagos".
U n o s se separaron de l g r u p o y fueron a p o b l a r e l Sureste, en
las costas de Campeche y l a península de Yucatán, y los que
permanec ieron en T a m o a n c h á n " f u e r o n a p o b l a r las p r o v i n
cias que ahora se l l a m a n O l m e c a - m i x t o t i " . L l e g a r o n estos úl
timos en su peregrinación a los valles de M é x i c o y M o r e l o s , y
en recuerdo de l p r i m i t i v o T a m o a n c h á n f u n d a r o n otra pobla
ción de i g u a l n o m b r e .
A l l í se asentaron, pero transcurridos muchos años h i c i e r o n
u n viaje de retorno a l a costa del G o l f o . Se les l lamó p o r eso
"los regresados"; f u n d a r o n más tarde u n a población, cuyo
n o m b r e actual es " L a M i x t e q u i l l a " , a l Sur de A l v a r a d o , Vera-
cruz, en l a m i s m a zona en que se h a l l a M i x t á n , e l viejo lugar
que d i o n o m b r e a los mixtecas, como se lee en e l Popol Vuh,
cabeza de i m p o r t a n t e señorío. D u r a n t e su p e r m a n e n c i a en los
valles de M é x i c o y M o r e l o s se n a h u a t l i z a r o n p o r su conviven
c ia con las culturas de T e o t i h u a c á n y X o c h i c a l c o , convirtién
dose en los olmecas tardíos de l a costa y de l a a l t i p l a n i c i e , en
los integrantes de l g r u p o popoloca-mixteco, anter ior a l a fa
m i l i a nahuat laca .
D e l a región de los paleo-olmecas, c o m p r e n d i d a entre las
zonas arqueológicas de T r e s Zapotes (Veracruz) y L a V e n t a
(Tabasco), u n fuerte núcleo de anahuaca-mixtecas subió nue
vamente a l a a l t i p l a n i c i e y se alojó, n o sabemos por cuánto
t iempo, e n l a comarca de los popoloca-mixtecas, que com
prende parte de los actuales Estados de P u e b l a , Veracruz, O a -
xaca y G u e r r e r o . A l l í t u v i e r o n contacto con l a c u l t u r a de
T e o t i h u a c á n y con los pre-toltecas, anteriores a l a fundación
de la T u l a histórica, en e l período de transición entre l a deca
denc ia de T e o t i h u a c á n y los albores de l a c u l t u r a tolteca. L a
convivenc ia de estos anahuaca-mixtecas con l a c u l t u r a tolteca
—que d e n t r o de esta zona tenía su centro de irradiación en
C h o l u l a — inf luyó grandemente en l a toltequización de l m i x -
teca; se p r o d u j o así u n a vinculación de ambos horizontes cu l
turales, for ta lec ida p o r mezclas de sangre. Esta convivenc ia y
aculturación persistió hasta fines d e l siglo x v , pues a A t o n a l ,
mejor c o n o c i d o p o r A t o n a l t z i n , rey de C o i x t l a h u a c a de 1450
OAXACA PRECORTESIANA 413
a 1458, se le l l a m a en los Anales de Cuauhtitldn "príncipe de
los toltecas".
A h o r a i m p o r t a m i r a r h a c i a e l hor izonte zapoteca. L o s pre-
zapotecas f o r m a r o n or ig ina lmente parte de l m i s m o núcleo
paleo-olmeca que emigró de P a n u c o hac ia e l O l i e n t e ; pero
este g r u p o , s i n c o n t i n u a r h a c i a las costas de Campeche y Y u
catán, como l o hizo e l g r u p o mayance, se detuvo en tierras
de T a b a s c o ; de allí descendió h a c i a e l Sur y penetró a O a x a c a
p o r e l Sureste, adonde llegó unos seis o setecientos años antes
q u e los mixtecas, pues éstos, como se h a visto, necesitaron
i n v e r t i r a lrededor de siete siglos en su emigración de l a costa
d e l G o l f o a l a a l t i p l a n i c i e , su re torno a l l i t o r a l atlántico, su
regreso a los valles de México y M o r e l o s y su establecimiento
e n l a zona popoloca-mixteca, p a r a a l f i n penetrar, hacia el
s ig lo v i l de nuestra era, en l a región donde hoy se encuentran:
desde A c a t l á n (Puebla) hasta T u t u t e p e c , en l a costa del
Pacíf ico.
L o s zapotecas penetraron en e l actual terr i tor io oaxaque-
ño p o r e l Soconusco y se e n c o n t r a r o n en l a zona del Istmo y
e n l a región d e l Cempoaltépet l con dos grupos étnicos m u y
ant iguos, que les d i s p u t a r o n e l paso: los huaves, raza emi
g r a d a de N i c a r a g u a o e l Perú, y los mixes, p u e b l o aguerrido
y va l iente . L o s huaves fueron fáci lmente vencidos, y hoy que
d a n confinados en los pueblos de Santa María , San D i o n i s i o ,
San Francisco y San M a t e o de l M a r , en las L a g u n a s Super ior
e I n f e r i o r d e l l i t o r a l tehuantepecano. L o s mixes, cuyo núcleo
es e l Cempoal tépet l , opus ieron d u r a resistencia, y a l f i n se
r e t i r a r o n de los bajos y de l a costa a l a montaña; p e r d i e r o n
también parte de las estribaciones d e l Sur, Este y Sureste, a l
i n c e n d i a r los zapotecas l a densa vegetación boscosa en que se
h a b í a n refugiado.
Así se a b r i e r o n paso los zapotecas hasta l legar a u n sit io
q u e d e n o m i n a r o n X a q u i x e ("al p ie de l a m o n t a ñ a " ) , hoy
T e o t i t l á n d e l V a l l e , e n las estribaciones de l a Sierra M a d r e
O r i e n t a l , j u n t o a l va l le de T l a c o l u l a . A l l í permanecieron al
g ú n t i e m p o ; luego avanzaron a l V a l l e de O a x a c a y ocupa
r o n u n cerro que d e n o m i n a r o n " d e l T i g r e ' ' (Danibée en
4 H JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
zapoteco, Y u c u ñ a n a en mixteco, y M o n t e A l b á n e n castellano,
s in que hasta ahora se sepa e l porqué de este úl t imo n o m b r e ) .
E n l a parte sudor ienta l de l a g r a n p l a z a er ig ieron sus
p r i m e r o s templos y nos dejaron las extrañas estelas de "los
danzantes", de innegable aspecto o lmeca u olmecoide, vesti
gios que datan de tres siglos antes de Jesucristo y que posi
b lemente representan a l dios-jaguar de los olmecas.
Ésta es l a época arcaica conocida como M o n t e A l b á n I,
creadora de u n a cerámica p r i m i t i v a ; n o se tiene u n a def ini
ción c lara de los portadores de esta c u l t u r a . L a época M o n t e
A l b á n I I revela l a i n f l u e n c i a de las culturas de l a América
C e n t r a l ; está emparentada con las formas pre-mayas de Bel ice
y e l Peten, y a l m i s m o t iempo se a p u n t a en e l l a l a transición
h a c i a M o n t e A l b á n I I I , e l período clásico de los zapotecas,
que v a d e l siglo v a l i x ; los portadores de esta c u l t u r a l legan
entonces a su esplendor y se reve lan excelentes escultores y
arquitectos, a u n q u e siempre dentro de las formas religiosas
y funerarias de los templos, de las tumbas escultóricas, como
l a 104, y de las magníficas urnas de su c i u d a d sagrada y pan
teón. C o i n c i d i e n d o con e l estilo clásico zapoteca, se n o t a l a
i n f l u e n c i a teot ihuacana.
D u r a n t e este período de esplendor de l a c u l t u r a zapoteca,
cuya expansión rebasaba las fronteras d e l actual terr i tor io de
O a x a c a , ocurre l a emigración m i x t e c a desde e l N o r t e y N o r
oeste h a c i a e l Sur, ocasionada ta l vez p o r e l empuje de los
chichimecas. L o s mixtecas son aguerridos, duros p a r a las
fatigas, sobrios y fuertes. D u r a n t e los siglos de poderío los za
potecas h a n p e r d i d o estas cualidades, y lenta , pero fatalmen
te, se v a n pactando nuevas fronteras de repl iegue, hasta l legar
a l a ú l t ima, of ic ia lmente convenida , entre e l Zapotecapan y e l
M i x t e c a p a n , o sea H u i t z o , en e l ac tua l d is t r i to de E t l a , l ímite
entre l a m o n t a ñ a y e l va l le que d a acceso a M o n t e A l b á n .
L A LLEGADA DE LOS MIXTECAS se c a l c u l a que ocurrió a fines
de l s iglo v i o p r i n c i p i o s d e l v n , pues en e l año de 720 da
p r i n c i p i o l a genealogía de los reyes y señores de T i l a n t o n g o
c o n e l l l a m a d o " 4 L a g a r t o " , según l a excelente interpretación
OAXACA PRECORTESIANA 415
q u e de l C ó d i c e Vindobonense , completado p o r e l m a p a de
T e o z a c o a l c o y los códices N u t t a l l y Bodley , h a hecho e l doctor
A l f o n s o Caso.
L o s zapotecas comienzan a sufr ir las angustias de l a gue
r r a con sus vecinos. L a hegemonía zapoteca y su c u l t u r a v a n
a desplomarse. Es e l t iempo de l colapso de las viejas culturas
e n toda e l área de Mesoamérica; época de invasiones, v io len
cias y luchas, de confusión y de grandes desplazamientos gue
rreros, cuyo vasto escenario se extiende desde T u l a y l a a l t i
p l a n i c i e hasta H o n d u r a s y N i c a r a g u a . E n 1158 cae T u l a , l a
T u l a histórica de los toltecas, ante e l empuje b r u t a l de los
chichimecas. L o s toltecas, perseguidos, v a n a refugiarse a l a
z o n a m i x t e c a de P u e b l a , entre sus hermanos antes emigrados,
residentes e n C h o l u l a , y a l lado de sus amigos los mixtecas.
L a advers idad en l a guerra hace que los zapotecas p i e r d a n
l a fe en sus dioses y l a confianza en sus sacerdotes. E l régimen
teocrático de los zapotecas v a a desaparecer p a r a d a r sit io a u n
régimen m i l i t a r de jefes guerreros. E n t r e los años 1000 y 1200
M o n t e A l b á n se despuebla. Surgen los caudi l los mi l i tares , se
f u n d a Z a a c h i l a , nuevo centro polít ico, y comienza u n a nueva
dinastía, q u e terminará, en l a conquis ta española, con Cosi -
joesa y su h i j o Cosijopí, rey de T e h u a n t e p e c . L o s jefes
m i l i t a r e s g o b i e r n a n con cr i ter io objet ivo y d e d i c a n vastas zo
nas del va l le a l a a g r i c u l t u r a ; desecan l a ciénaga de Zimatlán
y abren cauces a l agua, r o m p i e n d o e l d i q u e n a t u r a l de los
cerros q u e r o d e a n u n a gran laguna. E n e l Cempoaltépet l , sus
vecinos son nuevamente los mixes, que h a n bajado a ocupar
las tierras q u e antes eran suyas; así q u e d a c u b i e r t a esta reta
g u a r d i a , y los zapotecas p u e d e n pelear a h o r a c o n t r a los mixte
cas. Éstos h a n l legado a l a culminación de su poderío, con
su rey "8 V e n a d o " a l a cabeza, y establecen nuevas e intere
santes formas de organización polít ica y m i l i t a r , que más
tarde aparecen como formas culturales e n e l hor izonte de l a
a l t i p l a n i c i e . E l a l u d m i x t e c o es c o n t e n i d o en u n a b a t a l l a de
armas q u e tiene l u g a r en 1063, en u n l u g a r l l a m a d o " R í o -
Á r b o l - P a p a g a y o " , posiblemente s i tuado e n l a comarca for
m a d a p o r E l T u l e y T e o t i t l á n d e l V a l l e ; ahí debió haber u n
4 i 6 JORGE FERNANDO 1TURRIBARRÍA
río, en cuya r ibera nació e l gigantesco sabino que hoy todavía
admiramos . L a referencia "Papagayo ' ' procede de " X a q u i x e "
(o sea Teot i t lán) , donde persistía el c u l t o de la guacamaya
sagrada.
E n esa bata l la muere "8 V e n a d o " , y l a invasión m i x t e c a
q u e d a contenida; pero n o i n d e f i n i d a m e n t e , pues a mediados
de l siglo x i v los mixtecas se h a n apoderado de Huaxyacac , de
M o n t e A l b á n , de E t l a , T l a c o l u l a , O c o t l á n y Zimatlán, y d u
rante largo t iempo i m p o n e n su d o m i n i o en los valles centrales,
a u n q u e deben luchar con algunos centros zapotecas, refracta
rios a l a invasión mixteca de los valles.
L a presencia de cerámica m i x t e c a en todo el V a l l e de Oa-
xaca, encontrada recientemente en numerosas exploraciones
estratigráficas, pone de manif iesto, s in l a menor d u d a , esta
situación, ignorada hasta e l p r i m e r tercio de nuestro siglo.
L a dominación o convivencia p o r vasallaje queda corroborada
p o r las exploraciones de Y a g u l , en el va l le de T l a c o l u l a , i n i
ciadas en 1953 por Ignacio B e r n a l y continuadas en este año
(1955) p o r el D e p a r t a m e n t o de A r q u e o l o g í a del México C i t y
Col lege . Estas exploraciones demuestran que l legó a formarse
u n a c u l t u r a m i x t a , zapoteco-mixteca. Ad e má s de que se ha
l l a r o n varias tumbas mixtecas, los m u r o s presentan meandros
de grecas d e l t ipo más tarde desarrol lado e n M i t l a . A h o r a se
sabe que M i t l a ya corresponde a u n a época francamente m i x
teca o m i x t e c a zapotequizada; l o demuestran las p inturas de
esta c u l t u r a que se h a l l a n en los dinteles d e l grupo de "ed i f i
cios católicos", según l a clasificación d e . H o l m e s , p inturas
iguales a las de los códices mixtéeos y c o n e l signo del año
m i x t e c o claramente grabado.
D u r a n t e e l re inado de A t o n a l t z i n , rey de C o i x t l a h u a c a , se
traslada a este sitio, desde T i l a n t o n g o , e l centro p r i n c i p a l d e l
poder ío m i x t e c a , y en e l año de 1457 emprende M o c t e z u m a I
l a p r i m e r a expedición guerrera contra esta zona, l l evando u n
poderoso ejército de conquis ta que resulta vencido por los
coixt lahuacas . U n año después, en 1458, con más numeroso y
mejor e q u i p a d o ejército de al iados x o c h i m i l c a s , teepanecas,
chalcas, acolhuas y mexicanos, e m p r e n d e u n a nueva guerra
OAXACA RRECORTESIANA 417
c o n t r a C o i x t l a h u a c a . A t o n a l t z i n , a su vez, recurre a l a a l ian
za de huexotzincas y tlaxcaltecas, se enfrenta a las huestes de
M o c t e z u m a y es derrotado. L o s propios vasallos de A t o n a l t z i n ,
molestos p o r esta derrota —que a t r i b u y e n a l m a l comporta
m i e n t o de los aliados—, ahorcan a su rey, como se ve en e l
C ó d i c e M e n d o c i n o , lámina 7. L a población fue destruida, y
grandes cuerdas de prisioneros mixtecas fueron l levados a
T e n o c h t i t l á n p a r a ser sacrificados. C o n esta b a t a l l a se inició
l a expansión i m p e r i a l i s t a de los mexicanos sobre las áreas m i x -
teca y zapoteca.
L a siguiente incursión m i l i t a r se efectuó, durante e l m i s m o
r e i n a d o de M o c t e z u m a I l h u i c a m i n a , sobre las poblaciones de
H u a x y a c a c y u n lugar d e l val le de T l a c o l u l a , a l que, p o r l a
m o r t a n d a d h a b i d a , los mexicanos b a u t i z a r o n con e l n o m b r e
de M i c t l a n , " l u g a r de muerte o de los muertos" ; esta designa
ción no tiene n i n g u n a relación con las ru inas de los palacios
de Liobaá, i n d e b i d a m e n t e conocidos con a q u e l n o m b r e , pues
to que L i o b a á era l u g a r de oración y residencia de los sacer
dotes zapotecas. L a erección de sus m o n u m e n t o s data de u n a
época posterior, que en l a clasificación arqueológica de A l f o n s o
Caso se l l a m a M o n t e A l b á n V y corresponde a los fines del
s iglo x v y p r i n c i p i o s d e l x v i . L o s mixtecas conservaron más
tarde e l término " M i c t l a n " , y n o e l zapoteca de L i o b a á ("lu
gar de descanso") , en e l t iempo de l a segunda y d e f i n i t i v a
penetración m i x t e c a en los valles centrales de Oaxaca .
L o s pris ioneros hechos en H u a x y a c a c y M i c t l a n p o r los me
xicanos, entre los cuales había no sólo zapotecas, s ino también
mixtecas colonizadores y gentes de las nuevas generaciones pro
venientes d e l mestizaje zapoteco-mixteco, fueron l levados a T e
nochtit lán, y con su sacrif icio se inauguró allí e l T e m p l o
M a y o r .
MUERTO MOCTEZUMA , Axayácat l aplaza su coronación hasta
tener suficientes cautivos p a r a celebrarla con s o l e m n i d a d , y
emprende personalmente las incursiones a las costas de Hua»
tu lco y T e h u a n t e p e c . L a cosecha h u m a n a es grande, y como
esta expedic ión n o tiene u n propósito p r i m o r d i a l de con»
418 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
q u i s t a , n a d a intenta e l vencedor sobre los d o m i n i o s mixteca-
j ica lancas de T u t u t e p e c , n i tampoco en Zaachi la , centro polí
t ico de l a dinastía zapoteca. V u e l v e a México, cargado de
pr is ioneros , el año de 3 C a l l i , o sea en 1469.
As í transcurren diecisiete años. D u r a n t e e l posterior rei
n a d o de T í z o c los mexicanos no e m p r e n d e n nada nuevo en
esta área, salvo sofocar brotes de insurrección en T e o t i t l á n d e l
C a m i n o , Yanhui t lán y M i c t l a n . D e esta i n a c t i v i d a d se v a l e n
los mixtecas para reanudar su penetración y a f i r m a r l a en los
p u e b l o s zapotecas; habían c o n v i v i d o con ellos pacíficamente,
a u n q u e e n ocasiones t u v i e r o n que rechazar agresiones de gen
tes de l a m i s m a comarca. T l a c o l u l a y Macui lxóchit l , p o r ejem
p l o , sostenían guerras con M i c t l a n y C h i c h i c a p a n ; en este
ú l t i m o p u n t o re inaba Q u i e n g o l a , "que era señor universa l de
todos los indios zapotecas" y peleaba contra los mixtecas.
P o r f i n , en 1486, con el a d v e n i m i e n t o de Ahuízot l a l t rono
m e x i c a , se reanuda, perfecciona y completa e l d o m i n i o me
x i c a n o sobre las tierras mixtecas. O r g a n i z a este m o n a r c a u n a
expedic ión para conquistar T e h u a n t e p e c , con l a m i r a de
abrirse paso a l Soconusco, G u a t e m a l a y Centroamérica. E n
c u e n t r a resistencia en l a M i x t e c a y p o r eso evade el paso de
Sosola, p a r a dar u n rodeo p o r C u i c a t l á n y l legar a H u a x y a c a c ;
a q u í es rec ib ido con vasallaje p o r e l rey zapoteca Z a a c h i l a I I ,
q u i e n le p r o p o r c i o n a guías p a r a acompañarlo en l a expedi
ción. A h u í z o t l conquista T e h u a n t e p e c y Miahuat lán, y desiste
de i r más lejos. T a m p o c o más tarde, en u n a segunda expedi
ción, rea l iza sus planes; se detiene en e l Soconusco y opta
p o r retornar , a pesar de las ins inuaciones que recibe de l levar
sus conquistas a Q u a u h t e m a l l a n ( G u a t e m a l a ) .
E n 1495, c o n m o t i v o d e l asalto sufr ido p o r u n a caravana
de comerciantes mexicanos en M i c t l a n , en e l cual se dice que
t o m a n parte gentes zapotecas (de las que conviven con los
mixtecas, p r o p i a m e n t e ya zapotecas mixtequizados) , Ahuízot l
m o d i f i c a radica lmente l a polít ica que h a seguido con los za
potecas de Z a a c h i l a —sujetos a u n a especie de protectorado
m e x i c a — : o c u p a m i l i t a r m e n t e su metrópol i , sometiendo a l a
p o b l a c i ó n a duras represalias, altos tr ibutos y yugo severo.
OAXACA PRECORTESIANA 419
E s t a situación no sólo afecta a los zapotecas, sino también a
los mixtecas de los valles centrales y a las nuevas generaciones
d e l a población m i x t a que se había venido f o r m a n d o e n esa
z o n a desde mediados d e l siglo x i v .
Esto ocurre ya durante e l re inado de Z a a c h i l a I I I . A l mo
r i r él, asume l a dirección polít ica de su p u e b l o su sucesor,
Cosijoesa, notable c a u d i l l o , hábi l p a r a l a guerra y de audacia
y talento. Coi joesa p r o p o n e a los mixtecas d e l V a l l e y de l a
M i x t e c a A l t a y B a j a u n a a l ianza m i l i t a r p a r a expulsar a los
mexicanos, y concibe u n excelente p l a n : escoge y p r e p a r a e l
escenario de l a guerra e n Q u i e n g o l a , Tehuantepec , que es u n a
fortaleza n a t u r a l f o r m a d a p o r dos grandes macizos montaño
sos inexpugnables , que se a p r o x i m a n constituyendo u n a gar
ganta. Perfecciona con obras de ingeniería l a fortificación,
construye jagüeyes, en donde cría peces, y a v i t u a l l a e l l u g a r
c o n cereales, carne salada, gran número de lanzas y arpones
envenenados, a r m a esta ú l t ima que p o r p r i m e r a vez v a a
usarse en las guerras de l a A m é r i c a M e d i a . C u a n d o c a l c u l a
q u e h a r e u n i d o bastimentos p a r a veinte meses, hace v e n i r a
los mixtecas, sus al iados, y fomenta en T e h u a n t e p e c l a rebe
l ión contra Ahuízot l , p a r a provocar e l envío de u n a expedi
c ión p u n i t i v a .
L a l u c h a duró siete meses, durante los cuales Ahuízot l
e n v i ó sucesivamente tres poderosos refuerzos, s in poder que
brantar l a resistencia de Cosijoesa. E n cambio , e l c a u d i l l o za
poteca p u d o i r a l Soconusco mientras d u r a b a e l s i t io de
Q u i e n g o l a , conquis tar varios pueblos de l a región, lanzar a sus
pobladores contra A h u í z o t l y renovar a los defensores d e l re
ducto con sangre nueva , en tanto que los refuerzos mexicanos
tenían que transponer largas distancias.
E n t r e los capitanes mexicanos estaba Tlacochcálcat l M o c
tezuma, sobr ino de Ahuízot l , e l f u t u r o M o c t e z u m a I I . A i n i
c i a t i v a suya, discutió Cosijoesa con él los términos de l armis
t ic io , a l c u a l seguiría u n convenio de a l ianza y amistad. Cosi
joesa i m p u s o condiciones que podrían considerarse m u y
ambiciosas, dado e l o r g u l l o de los mexicanos; no hay ante
cedentes análogos en l a h i s t o r i a de T e n o c h t i t l á n , desde 1428,
420 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
en que los mexicanos, con l a sujeción de Azcapotzalco, obtu
v i e r o n l a supremacía polít ica y m i l i t a r . L a condición fue u n a
a l ianza de sangre, e l casamiento de u n a princesa m e x i c a n a
can Cosijoesa. F u e r o n a T e n o c h t i t l á n , v i n i e r o n los emisarios
y, p o r f i n , Ahuízot l aceptó e l enlace p r o p o n i e n d o como can
d i d a t o a l a princesa C o y o l i c a l t z i n ( " C o p o de A l g o d ó n " ) , so
b r i n a suya, a q u i e n los zapotecas v i e r o n r e i n a r con el n o m b r e
de Pinopiaá . O b t e n i d a l a aquiescencia de Cosijoesa, éste
i m p u s o o t r a condición: que e l m a t r i m o n i o se efectuara en
T e h u a n t e p e c y n o en T e n o c h t i t l á n , como Ahuízot l propo
nía. E l rey mexicano se av ino a esta n u e v a exigencia, y l a
n u t r i d a embajada que conducía a l a princesa desde México ,
f o r m a d a p o r u n séquito de nobles, señores y guerreros m e x i
canos, fue a T e h u a n t e p e c p a r a c u m p l i r con e l pacto. Esta
a l ianza n o fue d e l agrado de los mixtecas, que se r e t i r a r o n
airados a sus montañas, considerándose tan vencidos como
Ahuízot l , a pesar de haber sido los vencedores, pues les co
rrespondió sostener l a parte más d u r a d e l sit io. Se s i n t i e r o n
defraudados por haber ayudado a sus enemigos tradicionales,
los zapotecas y los mexicanos, que se habían al iado para avasa
l lar los .
L o s MIXTECAS DEL VALLE se i n c o r p o r a r o n en C u i l a p a n a los
de su raza, y los de l a m o n t a ñ a s igu ieron siendo objeto de l a
saña de los mexicanos, que entonces e x t r e m a r o n con ellos su
r i g o r de conquistadores. L a s insurrecciones de C o i x t l a h u a c a y
Sosola, ocurr idas en respuesta a estos rigores e l año de 4 C a l l i ,
o sea 1506, r e i n a n d o y a M o c t e z u m a I I , f u e r o n sofocadas cruel
mente, c o n matanzas generales, s in excepción de niños, muje
res n i ancianos, y con e l i n c e n d i o de sus templos, palacios y
casas. E n 1509 estos escarmientos se r e p i t i e r o n en Sosola y en
Y a n h u i t l á n .
F i n a l m e n t e , l a guerra m e x i c a n a de invasión a l área m i x
teca pone f i n , en 8 C a l l i (1513), con l a campaña de T u t u t e -
pec, a l r e i n o m i x t e c o de l a Costa C h i c a . Este grupo étnico es
taba di ferenciado p o r varios siglos de separación d e l de l a
M i x t e c a A l t a , que l legó a guerrear con sus hermanos de
OAXACA PRECORTESIANA 421
l a montaña p o r disputarse e l " t i a n g u i s " de P u t l a ; también
l u c h ó con los zapotecas, p o r q u e los tututepecanos i n v a d i e r o n
e i n c o r p o r a r o n a su d o m i n i o extensas zonas de P o c h u t l a y
T e h u a n t e p e c , en l a costa d e l Pacífico.
S i n embargo, desde e l año de 1516, que marca e l apogeo
d e l poderío m e x i c a n o y e l p r i n c i p i o de su decadencia, co
m i e n z a e l a b a n d o n o de sus conquistas, p o r l a concurrencia de
pronósticos y sucesos adversos, y los mixtecas vue lven a r e i v i n
d i c a r el terreno d e l área zapoteca, de donde habían sido ex
pulsados. L o s zapotecas, s in l a eficacia ya d e l apoyo m e x i c a n o ,
van replegándose en sucesivas transacciones. L a d i p l o m a c i a , e l
d i s i m u l o y l a cortesanía, las buenas palabras y las suaves
maneras son el recurso usado p o r los zapotecas con sus ances
trales enemigos, p a r a l ibrarse de mayores males y poder con
llevar la forzada v e c i n d a d que les i m p o n e n . U n o de los ma
yores problemas que ofrece l a perspectiva de expulsarlos es e l
l a r g o proceso de mixtequizac ión sufr ido p o r varios pueblos
zapotecas.
M i c t i a n o L i o b a á es u n claro ejemplo, más que de este
proceso de mixtequización d e l zapoteca, de l a c u l t u r a m i x t a
resultante. C o m o y a se di jo , all í se er ig ieron a fines d e l si
g l o xv y p r i n c i p i o s d e l x v i los palacios de los sacerdotes, de
aquella dinastía sacerdotal resentida con los caudi l los mi l i tares
de Z a a c h i l a desde los t iempos, ya remotos, de su expulsión de
M o n t e A l b á n . V a n a refugiarse desde entonces a l a p r o l o n
gación de l a m i s m a m o n t a ñ a de X a q u i x e (unos ki lómetros
más h a c i a e l N o r o e s t e ) , donde h a b í a n adorado hacía muchos
siglos a l a guacamaya sagrada. Se v e n protegidos ahora p o r
los zapotecas disidentes de l a sierra, p r i n c i p a l m e n t e p o r los de
Ixtepe j i , que ya aparecen aliados con los mixtecas de C u i l a -
p a n en 1521, a l a caída de T e n o c h t i t l á n en poder de los con
quistadores españoles.
Este L iobaá , en sus más suntuosos edif icios, es desde e l
p u n t o de vista arquitectónico prolongación de algunos m o n u
mentos de M o n t e A l b á n I I I ( p r i n c i p a l m e n t e los de l a P l a
t a f o r m a P o n i e n t e , exceptuando los Danzantes). T i e n e muchas
de sus características, l o c u a l demuestra u n a secuencia — c o n
422 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
larga interrupción t e m p o r a l , p o r supuesto— de l o zapoteca
clásico, aunque ya con l a intervención de otros elementos c u l
turales. N o podemos menos de considerar a éstos como m i x -
tecas, pero tampoco podemos compararlos con el estilo de su
arqui tectura , p o r q u e todavía l a desconocemos totalmente.
S i antes había a l g u n a reserva sobre e l par t icu lar , acaba de
desvanecerse con e l reciente descubr imiento del arqui tecto
Ignacio B e r n a l . E n 1953, e n Y a g u l , cerca de T l a c o l u l a , en
contró en u n a zona d e l área zapoteca —pero mixteca desde e l
p u n t o de vista de su cerámica— que data de mediados de l si
g lo x i v , varios edif icios de construcción idéntica a los de
Liobaá, hasta en sus medidas, como el Salón de las C o l u m n a s ,
y en cuyos muros puede verse i g u a l decoración de meandros
de grecas d e l t ipo que después se desarrollaría mejor en L i o
baá. Esto s ignif ica, p o r u n a parte, que los palacios de L i o b a á
n o son zapotecas, s ino p r o d u c t o de u n a c u l t u r a zapoteca-mix-
teca, y muestra, p o r otra , l a i n f l u e n c i a preponderante en l a
decoración de formas estéticas y religiosas que v ienen d e l ho
rizonte M i x t e c a - P u e b l a , donde n o es posible subestimar e l
i n f l u j o toltecoide, ya v i n c u l a d o p o r siglos a l a c u l t u r a m i x t e c a ,
que aparece alrededor de C h o l u l a .
E l estudio de estos meandros y su comparación con algunos
signos of idi formes que e v o l u c i o n a r o n e n otros horizontes c u l
turales, como T e o t i h u a c á n , T u l a , C o p a n , me h a n l levado a
conjeturar, s iguiendo las investigaciones de R a f a e l G i r a r d , l a
p o s i b i l i d a d , expresada a q u í con las naturales reservas, de que
esas grecas de L i o b a á n o sean otra cosa que e l xicalcoliuhqui,
síntesis de l a mitología meteorológica d e l cu l to a l dios de l a
l l u v i a , u n a especie de oración en p i e d r a , incesantemente repe
t ida , a u n q u e con g r a n v e r s a t i l i d a d estética d e l m o t i v o , en u n a
zona p a r t i c u l a r m e n t e seca y árida, donde las nubes pasan s i n
dejar su l l u v i a fecunda. D e acuerdo con u n r i to chortí, " e l
p l u v i o m a g o baña con agua v i r g e n y consagrada el cielo y las
paredes d e l templo , que s i m b o l i z a n e l m u n d o indígena, de
m a n e r a que a l gotear e l agua desde e l c ielo y las paredes sobre
e l piso, provoca, p o r m a g i a i m i t a t i v a , e l descendimiento de
las l l u v i a s " .
OAXACA PRECORTESIANA 423
L a s grecas en zigzag representan, en m i concepto, e l rayo;
s u inversión, de abajo h a c i a a r r i b a , d a or igen a u n a abertura
o boca de caverna, que es l j t i e r r a sedienta. E l espacio que
q u e d a entre los bordes de l a greca zigzagueante conf igura e l
xicalcoliuhqui, o sea l a "serpiente torc ida d e l c ie lo" , l a t rom
b a o l a n u b e cargada de agua, a l a c u a l se dir ige l a oración
e n p i e d r a p a r a que se deshaga en l l u v i a y baje a fecundar
l a s imiente. F e r n a n d o O r t i z (El huracán, p . 258) corrobora
l a hipótesis de l a i n f l u e n c i a toltecoide en L i o b a á a l a f i rmar
q u e los meandros que decoran esos palacios son de or igen
cholu l teca , como resultado de u n a transculturación a L i o b a á
d e l hor izonte tolteco-chichimeca. C o m o se recordará, en sus
chimallis o escudos los mixtecas usan l a greca escalonada,
s ímbolo de l dios de l a l l u v i a y de l a fecundidad.
POR FIN, esta f o r m a c o n v e n c i o n a l de convivencia de mixtecas
y zapotecas, no sancionada p o r acuerdo a lguno, va a t e r m i n a r
p o r i n i c i a t i v a de los mixtecas, c u a n d o saben que en T e n o c h -
t i t lán los mexicanos están en graves dif icultades con hombres
blancos llegados de l m a r en grandes casas flotantes. S i n em
bargo, ya a raíz de l a a l ianza de Cosijoesa con Ahuízot l , aquél
h a b í a dado m o t i v o a l a r u p t u r a , cuando trató de expulsarlos
de C u i l a p a n ; los mixtecas, en respuesta a l a notificación de
Cosijoesa, h a b í a n m a n d a d o colgar de u n árbol a l emisario.
E l d e r r u m b e de l poderío tenochca, con l a prisión y muerte
de M o c t e z u m a , el trágico dest ino de C u i t l á h u a c y l a captura
de Cuauhtémoc, ofreció a los mixtecas u n a excelente opor
t u n i d a d p a r a cobrar a Cosijoesa l a cuenta pendiente de Q u i e n -
gola .
L o s mixtecas convocaron a u n a guerra general y pactaron
u n a a l ianza con el rey de T u t u t e p e c . A su vez, Cosijoesa h izo
v e n i r de T e h u a n t e p e c , enviados p o r su h i j o C o s i j o p i , fuertes
contingentes guerreros de esa región. D i o p r i n c i p i o l a con
centración de los dos ejércitos, y los mixtecas avanzaron hac ia
Z a a c h i l a p a r a ponerle s i t io; pero Cosijoesa decidió sal ir con
sus huestes y presentar b a t a l l a a sus enemigos en las faldas de
u n a p e q u e ñ a e m i n e n c i a s i tuada en términos de Zegache.
424 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA
A ú n n o concluían los aprestos mil i tares p a r a d e c i d i r la
supremacía de los futuros contendientes, cuando, d i r i g i d o s
p o r el capitán Francisco de Orozco, los conquistadores espa
ñoles, solicitados p o r Cosijoesa a Cortés, e n t r a b a n p o r e l
val le de E t l a a l de O a x a c a y eran recibidos como amigos y
aliados. N o tardó m u c h o en l legar e l capitán P e d r o de A l -
varado y en formalizarse así l a conquista de T u t u t e p e c . R e
forzado p o r los soldados de Orozco y los aliados zapotecas,
emprende A l v a r a d o e l viaje a l a Costa C h i c a , s in i n t e n t a r
hada contra l a M i x t e c a A l t a , que ya había desistido de opo
nerse a l a conquista , en acatamiento a l mensaje de los orácu
los de A c h i u t l a : "sus dioses no podían evitar que se c u m p l i e r a
l a profecía de Q u e t z a l c ó a t r \ E l rey tututepecano acató tam
bién los designios de sus dioses. L o s demás pueblos procedie
r o n , según l a zona de i n f l u e n c i a , conforme a l a conducta de
mixtecas y zapotecas, con excepción de los mixes y de u n a
parte de l a C h i n a n t l a .
R e s u l t a interesante observar cómo en mixtecas y zapote-
cas operan motivos diferentes para aceptar l a conquista es
pañola. L o s pr imeros desisten p o r motivos religiosos, que
sus augures, v inculados a l hor izonte de l a a l t i p l a n i c i e , les
transmiten con e l carácter de u n mandato sagrado; los zapo-
tecas actúan p o r razones eminentemente políticas y mi l i tares ,
pues así e n c u e n t r a n (o creen encontrar), de m o m e n t o , u n
d i q u e a l a dominación m i x t e c a y ven e l señuelo de u n a discu
t ible o p o r t u n i d a d p a r a vengarse, más tarde, de sus tradicio
nales enemigos. M u y p r o n t o e l t iempo los desangañaría, pues
fueron los zapotecas los que sacaron l a peor parte de l a con
quista, mientras que los mixtecas o b t u v i e r o n algunas excep
ciones favorables a sus señores y caciques. Después, e l t i e m p o
los igualó en e l i n f o r t u n i o .
DESARTICULADA Y ROTA l a c u l t u r a de los dos grupos étnicos
oaxaqueños mejor conocidos p o r su pasado, es y a conveniente
v a l o r a r los más característicos aspectos de su civilización.
L o s zapotecas l l e g a r o n a formarse u n a c u l t u r a e q u i l i b r a d a ,
espléndida en su a r q u i t e c t u r a m o n u m e n t a l de M o n t e A l b á n ,
OAXACA PRECORTESIANA 425
g r a n d i o s a , sobria y l l e n a de d i g n i d a d . L a t u m b a 104 es, s in
q u e r e r serlo, u n alarde de m o n u m e n t a l i d a d , donde l a a r q u i
tectura , l a escultura y l a p i n t u r a m u r a l se c o m b i n a n en u n
perfecto e q u i l i b r i o . L a supervivencia d e l a l m a después de l a
m u e r t e y su destino en el más allá parecen ser e l sentido fun
d a m e n t a l de l a v i d a y de cuanto sus hábiles manos l a b r a n en
s u c i u d a d sagrada y panteón de M o n t e A l b á n I I I .
C u a n d o menos dentro de este período de su teocracia sacer
d o t a l , carecen de sentido histórico; e l pasado n o les interesa
s i n o inc identa lmente . E s c u l p e n en sus estelas temas que más
p a r e c e n religiosos que históricos y cuyo verdadero sentido sólo
l legará a conocerse cuando se haya interpretado su alfabeto;
p e r o n o t ienen t lacuilos o escribas sagrados que graben sus
empresas e h i s t o r i a en códices, pues n o les interesa esta activi
d a d , tan esmeradamente cu idada , e n c a m b i o , p o r los m i x
tecas.
G u s t a n de las formas señoriales, de los buenos y finos
modales ; atesoran su saber en los discursos, pronunciados en
las grandes y solemnes ocasiones; c u l t i v a n con exquis i to gusto
s u lengua, l l e n a de inf lexiones sonoras y de ricas formas gra
maticales , p o r q u e son oradores, políticos y diplomáticos y
c o n o c e n e l v a l o r mágico de l a p a l a b r a ; c u l t i v a n e l arte escul
tórico de sus urnas funerarias, s i n i g u a l e n l a América M e d i a ,
p e r o parecen descuidar su cerámica r i t u a l ; l l egan a estructu
r a r su u n i d a d polít ica ayudados p o r u n terreno sin grandes
accidentes y con mejor definición geográfica.
E n cuanto a los mixtecas, descuel lan s i n competidores, en
todo e l vasto terr i tor io de Mesoamérica, como los mejores
ceramistas, los más dis t inguidos orfebres y los más hábiles
d ibujantes y pintores de códices. E n cuanto a l a cerámica
de t i p o c e r e m o n i a l o r i t u a l , p o r su técnica y belleza l a corres
p o n d i e n t e a l a ú l t ima época (fines d e l siglo x v y p r i n c i p i o s
d e l siguiente) "es l a más b e l l a de todas las de M é x i c o " , se
g ú n a f i r m a el doctor Caso. A l g u n a s piezas representan figu
ras de códices y revelan l a m a n o de expertos dibujantes, de
u n gusto estético ref inado, qué saben c o m b i n a r los colores y
darles u n b a r n i z p u l i d o y b r i l l a n t e y u n acabado perfecto.
426 JORGE FERNANDO ITU RRI BARRÍ A
E n cuanto a l a orfebrería, sus joyeros usaban e l m a r t i l l a j e
y el repujado, p o r u n a parte, y p o r l a o t r a e l p r o c e d i m i e n t o
l l a m a d o de "cera p e r d i d a " o fundición, que l levó a los m i x -
tecas a planos artísticos sólo comparables con las realizaciones
de los más egregios orfebres de l R e n a c i m i e n t o . "Se puede
decir s i n hipérbole — a f i r m a Caso— que los egipcios, los grie
gos, los etruscos, los romanos, n o l legaron a e laborar tan
perfectos objetos de oro como los orfebres mixtéeos, y ten
dríamos que l legar a l R e n a c i m i e n t o p a r a encontrar artistas
que p u d i e r a n comparárseles." Basta observar tres piezas fun
damentales p a r a rendirse a l a ev idencia: e l escudo o chimalli
de oro y turquesa de Yanhui t lán , el pectoral de M i c t l a n t e c u h -
t l i y l a máscara, de t i p o pectoral , que representa a l dios X i p e
Totee , con los ojos entrecerrados, l a boca m u y abierta y l a
faz que s i m u l a estar cubierta por l a máscara de p i e l h u m a n a
con que se cubría e l sacerdote dedicado a l cu l to de " N u e s t r o
Señor e l D e s o l l a d o " .
T a m b i é n sus códices se consideran como los mejores d e l
M é x i c o p r e c o l o m b i n o p o r su estilo pictográfico, l a c a l i d a d
de l d i b u j o y l a r i q u e z a de l co lor ido . Grac ias a algunos de
ellos, e l doctor Caso h a p o d i d o interpretar l a genealogía de
sus reyes a p a r t i r de 720. Se conservan, a u n q u e desgraciada
mente n o todos en México , numerosos y valiosísimos códices
mixtecas; los p r i n c i p a l e s son e l V i n d o b o n e n s e , el N u t t a l l , e l
Bodley , e l Selden, e l Becker 2, e l C o l o m b i n o y e l l l a m a d o
" M a n u s c r i t o de l C a c i q u e " , además de los l ienzos geográfico-
históricos post-cortesianos de Yolotepec, Zacatepec y C o i x t l a -
huaca.
D e todos los códices, e l más b e l l o es e l N u t t a l l , que repre
senta entre otras escenas a q u e l l a en que e l rey "8 V e n a d o " y
dos guerreros que l o acompañan atraviesan u n lago en u n a
canoa, p a r a conquistar u n islote. Éste se ve p o b l a d o p o r ani
males estupendamente reproducidos: garzas, lagartos, serpien
tes acuáticas y caracoles marinos; l a escena parece representar
u n aspecto de l a conquis ta de l a bahía de C h a c a h u a , cerca de
T u t u t e p e c . E n o t r a escena de este m i s m o códice, escena
de g r a n fuerza, se reproduce u n sacrif ic io h u m a n o : d e l c ielo
OAXACA PRECORTESIANA 427
desciende u n xiuhcóatl (serpiente azul) p a r a llevarse e l co
r a z ó n de l a víctima, en tanto que a diestro y siniestro l u c h a n
u n águi la y u n tigre, símbolos estelares de l a noche y d e l
d í a ; e l sol , q u e nace d e l corazón de l a t ierra , vence a l a l u n a
y a las estrellas; después las estrellas vencen a l astro rey a l a
h o r a d e l crepúsculo.
R e c i e n t e m e n t e los estudios comparativos d e l doctor Caso
sobre l a c u l t u r a d e l horizonte M i x t e c a - P u e b l a y l a de l a a l t i
p l a n i c i e , v i e n e n a presentar m u y seriamente l a p o s i b i l i d a d
de q u e l a civi l ización de d icho hor izonte haya i n f l u i d o , m u c h o
m á s de l o q u e se supone, en varios aspectos de l a organización
de l a v i d a m e x i c a : e l religioso, e l polít ico, e l social y e l esté
t i co . L a hipótesis parece lógica, si se observa e l m a p a de l
M é x i c o p r e c o l o m b i n o y se concluye que e l centro más pró
x i m o , e l más cal i f icado p o r l a c a l i d a d super ior de su c u l t u r a
y e l de m a y o r antigüedad es precisamente e l hozizonte M i x
teca-Puebla, que tiene su centro de irradiación en C h o l u l a .