el espiritualismo lingüístico de amado alonso · dad del espiritualismo estriba en la aceptación...

EL ESPIRITUALISMO LINGÜÍSTICO DE AMADO ALONSO*

J O S É R . L O D A R E S

Universidad Autònoma de Madrid

R E S U M E N

El presente artículo considera el in f lu jo de la corriente f i losófica espiritualista en el desarrollo de la obra de Amado Alonso. El planteamiento espiritualista subraya la importancia del ind iv iduo c o m o agente creador, junto a la herencia histórica y ambiental que lo determina. Sus múlt iples ramificaciones aparecen en la obra de A m a d o alonso aplicadas al estudio de la lengua española en tres vertientes: historia, estilística y gramática.

PALABRAS CLAVE

Historiografía lingüística hispánica, Amado Alonso, espiritualismo.

A B S T R A C T

This w o r k takes into account the inf luence o f the ph i losophic spir i tual ism in the development o f A. Alonso linguistic research. Spiritualism underl ines the importance o f the h u m a n be ing as an intel igent and imaginative creator inside the surrounding historical and environmental inheritance. Mul t ip l ic i ty o f spir i tual ism branches appeares in Alonso's w o r k devoted to three ma in chapters: S p a n i s h language history, stylistic and grammar.

* Este trabajo se ha realizado, en parte, gracias al proyecto de investigación de la D G I C Y T № PS94 - 0046 .

CAl'CE. Revista de Filología y su Didáctica. «.• 18-19. 1995-96 / págs. 387-400

3 8 7

JUAN R. LODARES

K E Y W O R D S

Hispanic Linguistic Histor iography, A m a d o Alonso, Idealism.

R É S U M É

Cet article présente l ' influence du courrant ph i losophique spiritualiste â travers l 'ouvre d ' A m a d o Alonso. Le spiritualisme sonligne l ' impoprtance de l ' indi v i d u comme agent créateur face â l'héritage de son histoire et de son envi ronnement qu i le détermine. Ses nombreuses ramifications apparaisent dans l 'oeuvre d'Alonso en relat ion avec l'étude de la langue espagnole selon trois orientations: histoire, stylistique et grammaire.

M O T S - C L É

Historiographie Linguistique Hispanique, Amado Alonso, Spiritualisme.

A m a d o A l o n s o r e s u l t a s e r e n t r e l o s h i s p a n i s t a s d e s u g e n e r a c i ó n u n o

d e l o s q u e m á s a b i e r t a m e n t e e x p r e s a s u s v i n c u l a c i o n e s c o n la c o r r i e n t e

f i l o s ó f i c o - l i n g ü í s t i c a d e l e s p l r i t u a l i s m o ; e s t a i d e a d e l e s p í r i t u i n d i v i d u a l

c o m o i n s p i r a d o r d e l c a m b i o y la i n n o v a c i ó n e n l a s l e n g u a s s u e l e r e p e

t i r s e t á c i t a m e n t e e n s u s o b r a s o a p a r e c e r m a n i f i e s t a m e n t e e n e l l a s , c o m o

o c u r r e e n e l s u b t í t u l o d e s u c é l e b r e Castellano, español idioma nacio

nal (Historia espiritual de tres nombres)1. S a l v o a l g ú n c o m e n t a r i o m á s o

m e n o s d e t e n i d o s o b r e la i d e a d e e s p í r i t u l i n g ü í s t i c o y s u s r e p r e s e n t a

c i o n e s e n la h i s t o r i a d e l a s l e n g u a s — m e r e f i e r o a s u a r t í c u l o d e 1 9 2 7

q u e m á s t a r d e c o m e n t a r e m o s — A. A l o n s o n o t u v o n e c e s i d a d d e a p u n

t a l a r t e ó r i c a m e n t e p o r e x t e n s o s u a d s c r i p c i ó n a l a s i d e a s e s p i r i t u a l i s t a s ;

s u s c o m e n t a r i o s s o b r e e s t a p a r t i c u l a r v i s i ó n d e l l e n g u a j e h a y q u e b u s

c a r l o s e n p r ó l o g o s , l o s d e d i c a d o s a l a s o b r a s d e V o s s l e r ( 1 9 4 3 ) o d e

S a u s s u r e ( 1 9 4 5 ) , p o r e j e m p l o , o e n r e f l e x i o n e s a l h i l o d e a s u n t o s c o n -

1. No faltan en su obra manifestaciones de este tipo, al tratar el problema del sustrato se incluye entre quienes •[...] vemos en la evolución de un idioma, aquellos resultados acumulados de la actividad y del desfallecimiento del espíritu individual (cambios por expresividad y cambios por desatención), que se han fijado y generalizado según una orientación colectiva» (1951: 262).

3 8 8

EL ESPIRITUALISMO LINGÜÍSTICO DE AMADO ALONSO

c r e t o s a l o s q u e s e h u b i e s e d e d i c a d o a l g ú n e s t u d i o . E s p o s i b l e q u e a l

r e l e e r h o y l a o b r a d e A . A l o n s o l o s t é r m i n o s espíritu, espiritual, espiri-

tualismo r e s u l t e n d e s d i b u j a d o s , d e s p e r s o n a l i z a d o s , s i s e q u i e r e , v a c i a d o s

d e l c o n t e n i d o q u e e n e l p r i m e r t e r c i o d e n u e s t r o s i g l o p u d o t e n e r la

p a l a b r a espíritu a p l i c a d a a l a s r e a l i z a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s h u m a n a s y ,

e n t r e e l l a s , a l l e n g u a j e 2 . N o e s t a r í a d e m á s , p u e s , r e p a s a r l o q u e h a s i d o

e l c o n c e p t o f i l o s ó f i c o d e e s p i r i t u a l i s m o e n g e n e r a l , m á s a l l á d e s u t r a s

l a d o a la d i s c i p l i n a l i n g ü í s t i c a p o r q u i e n e s t r a d i c i o n a l m e n t e s e c o n s i d e

r a n m o l d e a d o r e s r a d i c a l e s d e l p e n s a m i e n t o d e A. A l o n s o , e s t o e s , e l f i l ó

s o f o i t a l i a n o B . C r o c e y e l f i l ó l o g o a l e m á n K. V o s s l e r .

D e s d e f i n a l e s d e l X I X la f i l o so f í a e u r o p e a ( b á s i c a m e n t e la a l e m a n a )

s e p l a n t e a u n r e t o r n o a l o s m o t i v o s i d e a l i s t a s . E n o c a s i o n e s e s t a r e c u

p e r a c i ó n s e h a i n t e r p r e t a d o c o m o u n r e c h a z o s i n m á s a l p o s i t i v i s m o

i n m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r d e C o m p t e , S p e n c e r , A r d i g o y o t r o s 3 . S i n

e m b a r g o , e s t e r e t o r n o a l i d e a l i s m o n o e s r e p e t i c i ó n c i e g a d e l o s m o t i v o s

k a n t i a n o s o h e g e l i a n o s , n i e s u n r e c h a z o a b i e r t o a l p o s i t i v i s m o e n c o n

j u n t o . S e m a n t i e n e m á s b i e n u n a p o s t u r a e c l é c t i c a q u e , r e c o n o c i e n d o la

o p o s i c i ó n a t o d o a priori ( o p o s i c i ó n t í p i c a d e l p o s i t i v i s m o , p o r c i e r t o ) ,

s u b r a y e l a p a r t e q u e t i e n e e l s e r i n d i v i d u a l , e l s u j e t o , e n la f o r m a c i ó n y

p r o d u c c i ó n d e c o n o c i m i e n t o s f u n d a d o s s o b r e la e x p e r i e n c i a . La n o v e

d a d d e l e s p i r i t u a l i s m o e s t r i b a e n la a c e p t a c i ó n d e q u e e l a c t o o r i g i n a r i o

d e la e x p e r i e n c i a c o r r e s p o n d e s i e m p r e a u n s u j e t o ; c o m o e s t e a c t o , i n d i

v i d u a l i z a d o , n o t e n d r í a v a l o r e n sí ( s e c o n v e r t i r í a e n u n s o l i p s i s m o ) a d e

m á s d e la c o n c i e n c i a i n d i v i d u a l e x i s t e u n a g e n e r a l q u e h a c e c o m u n i c a -

2. Pienso, por ejemplo, en el antedicho subtítulo Historia espiritual..., donde espiritual ha quedado como un adjetivo parecería que de adorno cuando en realidad expresa una declaración de principios, un programa para interpretar una parcela de la historia lingüística de España e Hispanoamérica de acuerdo con el criterio espiritualista: creación individual y nivelación colectiva dentro de un estructura inalterable con cambios que se suceden promovidos en general por impulsos vitales. A mi juicio, este libro de A. Alonso es más espiritualista de lo que parece, quiero decir, que hace honor a su subtítulo al ser un intento manifiesto de interpretar la historia bajo un canon filosófico concreto hoy desatendido; esto y el hecho de que se escribiera para la Argentina de los años treinta, han determinado la pérdida de vigencia, en parte, de esta obra singular.

3. En el campo de la lingüística, por ejemplo, siempre se ha ejemplificado con el divorcio entre positivistas y espiritualistas durante los primeros veinte años de nuestro siglo, cuando la realidad es que no se daban tipos puros, había zonas de acuerdo y las polémicas, en general, no eran ni tan agrias ni tan extremas como se ha venido a decir a veces. Acertadamente lo reconoce así Christmann, H. H. (1985: 40-41), ver también, con respecto a la crítica del «vosslerismo» en su época y la vigencia de sus principios, Baldiger, K. (1985).

3 8 9

JUAN R. LODARES

b l e s n u e s t r o s p e n s a m i e n t o s , n u e s t r a s e x p e r i e n c i a y , e n ú l t i m o c a s o , d e t e r m i n a s u g e n e r a l i z a c i ó n .

E n s u m a , e l e s p i r i t u a l i s m o r e a f i r m a la i m p o r t a n c i a d e la p e r s o n a i n d i v i d u a l e n e l p r o c e s o c r e a t i v o , e v i t a n d o la «cos i f i cac ión» d e s u s c r e a c i o n e s c o m o si f u e r a n e n t i d a d e s i n d e p e n d i e n t e s , a j e n a s a c u a l q u i e r i n t e r v e n c i ó n h u m a n a , d a t o s , h e c h o s c o n e x i s t e n c i a e x e n t a c o n r e s p e c t o d e q u i e n l o s c r e a . P o r c i e r t o , a u n q u e r e t o m a m u c h o s m o t i v o s i d e a l i s t a s , e l e s p i r i t u a l i s m o e s c o r r i e n t e a p a r t e , p o r e s o m i s m o p r e f e r i m o s h a b l a r a h o r a d e espiritualismo lingüístico a n t e s q u e d e i d e a l i s m o e n g e n e r a l ( t é r m i n o a q u e l a l q u e s i e m p r e s e r e f i r i ó A. A l o n s o , p o r o t r a p a r t e ) 4 . Las r a m i f i c a c i o n e s d e l e s p i r i t u a l i s m o s o n m u c h a s y n o e s m o m e n t o d e r e p a s a r l a s ; e n g e n e r a l , p u e d e d e c i r s e q u e m o t i v ó u n c a m b i o e n la o r i e n t a c i ó n a la h o r a d e c o n s i d e r a r l o s f e n ó m e n o s d e l c o n o c i m i e n t o h u m a n o p r o y e c t a n d o e l i n t e r é s h a c i a m o d o s ( n o a b i e r t a m e n t e ) a n t i p o s i t i v i s t a s 5 .

C o n v e n d r í a a d v e r t i r q u e e l e s p i r i t u a l i s m o , c o m o m o v i m i e n t o f i l o s ó f i c o , d e d i c ó p o c o e s p a c i o a l a s c u e s t i o n e s d e l l e n g u a j e y q u e , c u a n d o l o h i z o , c o n s i d e r ó la a c t i v i d a d l i n g ü í s t i c a d e l s u j e t o c o m o u n a m a n i f e s t a c i ó n m á s , e n t r e o t r a s m u c h a s , d e s u a c t i v i d a d v i t a l ; a s i m i s m o , la l i n g ü í s t i c a c o m o d i s c i p l i n a d e e s t u d i o i n t e r e s a b a e n c u a n t o q u e e r a f i l o so f í a . A s í l o d e c l a r a C r o c e , p o r e j e m p l o , c o n s i d e r a d o c o m o e l p r i n c i p a l i n s p i r a d o r d e l m o v i m i e n t o e s p i r i t u a l i s t a e n l i n g ü í s t i c a , n o p o r é l m i s m o s i n o p o r l a s a p l i c a c i o n e s q u e d e s u d o c t r i n a h i z o K. V o s s l e r e n e l á m b i t o f i lo l ó g i c o 6 . C r o c e r e c o n o c e e l l e n g u a j e c o m o a c t o c r e a d o r , l i b r e , c o n u n

4. Es muy común, sin embargo, desde la publicación y sucesivas traducciones de la obra de K. Vossler Positivismus und Idealismus in der Sprachwissenschaft (Heidelberg, 1904) hablar en nuestra disciplina de idealismo lingüístico en términos generales identificando ambas corrientes o incluyendo la particular (esperitualista) dentro de la general (idealista), me parece interesante, sin embargo, recuperar el concepto 'espirtualismo' que, filosóficamente, guarda caracteres propios frente al genérico 'dealismo'.

5. Lo esencial de estas nuevas orientaciones en lingüística (reconocimiento del principio de antiatomismo, distinción entre el paradigma científico-natural y el científico-social, relación lengua-cultura, etc.) es analizado por Coseriu (1981: 74- 102).

ó. La opinión de A. Alonso sobre las relaciones entre filosofía y lingüística dentro del espiritualismo quedan patentes en el siguiente párrafo (1943: 18): «Permítase a un lingüista decir con profesional complacencia que esta honda y fecunda concepción del lenguaje, lo más hermoso y sugestivo que sobre esta provincia del espíritu se ha escrito en lo que va de siglo, no ha resultado de calculado maridaje de la filosofía de Croce con la de Humboldt, sino que ha brotado desde la lingüística a la filosofía». Mucho menos amistosas al respecto son las opiniones del filósofo A. Kastil recogidas por Rohlfs, A. (1979: 23) en su crítica a la investigación vossleriana.

3 9 0


g r a n c o m p o n e n t e i n t u i t i v o y a r t í s t i c o s e g ú n s u i d e a d e q u e «no a p r e n

d e m o s l a l e n g u a q u e h a b l a m o s , s i n o q u e a p r e n d e m o s a c r e a r l a » ; la a c t i

v i d a d l i n g ü í s t i c a s e t r a n s f o r m a e n s u p a r a d i g m a e n a c t i v i d a d e s t é t i c a y

l a s d i s c i p l i n a s l i n g ü í s t i c a s i n t e r e s a n e n t a n t o e n c u a n t o p u e d a n s e r d i s

c i p l i n a s f i l o s ó f i c a s . E s t e « d e s c u i d o » d e la f i l o so f í a p o r e l l e n g u a j e , o

m e j o r , e s t a i n t e r p r e t a c i ó n u n i l a t e r a l d e é l n o f u e o b s t á c u l o p a r a q u e

C r o c e f u e r a r e c o n o c i d o p o r K. V o s s l e r c o m o m o t o r d e s u s t e o r í a s l i n

g ü í s t i c a s y o r i e n t a d o r d e l c a m b i o t e ó r i c o q u e e x p u s o a p r i n c i p i o s d e

s i g l o c o n s u Positivismus und Idealismus in der Sprachwissenschaft

( H e i d e l b e r g , 1 9 0 4 ) s e g u i d o d e Sprache als Schöpfung und Entwicklung

( H e i d e l b e r g , 1 9 0 5 ) 7 .

P a r a e l p r i m e r V o s s l e r e l l e n g u a j e e s u n a a c t i v i d a d i n d i v i d u a l e i n t u i

t i v a c a r a c t e r i z a d a p o r q u e e s c r e a c i ó n . Q u i e n h a b l a a c t ú a e n e l f o n d o

c o m o u n a r t i s t a c r e a d o r y l o q u e r e s u l t a v e r d a d e r a m e n t e i n t e r e s a n t e d e

la l e n g u a y e n s u p r o y e c c i ó n h i s t ó r i c a e s e s e p o l o n o v e d o s o q u e s e

o p o n e a l o c o n v e n c i o n a l , l o e s t i p u l a d o , la c o r r i e n t e «muer t a» , s e d i r í a , d e

la l e n g u a . La c o m u n i d a d l i n g ü í s t i c a i n t e r e s a e n t a n t o e n c u a n t o e s la ú l t i

m a q u e d e c i d e s i e s t a n o v e d a d v a a t e n e r c u r s o , a c e p t a c i ó n , o n o v a a

t e n e r l o . E s i m p o r t a n t e c o n s i d e r a r l a p e r o s i n o l v i d a r q u e e l e s p í r i t u i n d i

v i d u a l , la l i b e r t a d c r e a d o r a , e s la ú n i c a c a u s a e f i c i e n t e d e t o d a s l a s f o r

m a s l i n g ü í s t i c a s . A e s t a s i d e a s V o s s l e r a c a b ó a ñ a d i e n d o n u e v a s c o n s i d e

r a c i o n e s s o b r e l o q u e s e d e b í a a l e s p í r i t u i n d i v i d u a l y l o q u e s e d e b í a a l

e s p í r i t u c o l e c t i v o a c e r c á n d o s e a p r e s u p u e s t o s d e g u s t o r o m á n t i c o , a l

e s t i l o d e F i t c h e o S c h l e g e l , s o b r e l a s r e l a c i o n e s e n t r e e l c a r á c t e r n a c i o

n a l y l a s c r e a c i o n e s e s t é t i c a s , e n t r e e l l a s e l l e n g u a j e . D e t o d a s f o r m a s la

r e l a c i ó n carácter (espíritu): cultura: lengua q u e s e a p l i c a e n la o b r a

v o s s l e r i a n a n o a l c a n z a la s i t u a c i ó n c a u s a — e f e c t o q u e s e h a q u e r i d o v e r

e n a l g u n a s o c a s i o n e s ( C h r i s t a m n n , 1 9 8 5 : 3 3 - 3 5 ) . N o h a y q u e o l v i d a r q u e

7. Versión española de J. F. Pastor publicada en un volumen con doble título Positivismo e idealismo en la lingüística y El lenguaje como creación y evolución, Ed. Pöblet, Madrid-Buenos Aires, 1929. El aventurerismo que se le censuraba a Vossler desde sus primeras obras radica precisamente en el hecho de estar inspiradas en una construcción teórica para la que el lenguaje es una parcela ancilar de la filosofía, así recoge este clima Portóles, J. (1986: 121): «[...] el fundador de la filología idealista, Karl Vossler, constmye su teoría lingüística basándose en e la obra de un filósofo —Croce—, por lo que al realizar en estudios concretos sus presupuestos teóricos, carecen éstos de los necesarios fundamentos en la propia ciencia del lenguaje que le permitan mejorar o, al menos, igualar el rigor de la corriente anterior. Su Frankreichs Kultur im Spiegel seiner Sprachentwicklung (1913) es tan meritorio en su propósito como desasistido de todo un conjunto de trabajos menores que cimenten sus atrevidas conclusiones, lo que permite duras críticas por parte de sus opositores».

3 9 1

JUAN R. LODARES

V o s s l e r n o e s t a b a s o l o y e n r e a l i d a d p r e d i c a b a u n a v u e l t a a l s e n t i d o i n d i -

v i d u a l - c r e a d o r q u e t u v o la l i n g ü í s t i c a e n s u s o r í g e n e s m o d e r n o s , d e s d e

H u m b o l d t , a p o y a d o , e s o s í , p o r l a s i d e a s v i g e n t e s d e l e s p i r i t u a l i s m o f i lo

s ó f i c o q u e , c o m o y a s e h a v i s t o , s u b r a y a e l p a p e l d e l i n d i v i d u o e n e l

p r o c e s o d e c r e a c i ó n .

Las i d e a s d e V o s s l e r t u v i e r o n b a s t a n t e p r e d i c a m e n t o y , s i n h a b l a r d e

e s c u e l a e s p i r i t u a l i s t a , s í p u e d e n r e g i s t r a r s e m o d o s d e a p l i c a c i ó n c o m o

l o s q u e u t i l i z ó p a r a e l f r a n c é s E. L e r c h o , e n d i s t i n t a m e d i d a , l o s d e l o s

r o m a n i s t a s M . G . B a r t o l i y G . B e r t o n i . E s t a c o r r i e n t e t u v o e s p e c i a l a c o

g i d a e n E s p a ñ a y e n S u r a m é r i c a . E n l o q u e a t a ñ e a n u e s t r o p a í s la a c e p

t a c i ó n n o s e d e b e a m e r a c a s u a l i d a d o a l g u s t o p a r t i c u l a r d e d e t e r m i n a

d o s a u t o r e s s i n o a u n c o n j u n t o d e c i r c u n s t a n c i a s f a v o r a b l e s e n t r e l a s q u e

r e s u l t a n s o b r e s a l i e n t e s d o s . P o r u n a p a r t e , la d i f u s i ó n d e l e s p i r i t u a l i s m o

c o i n c i d e c o n c i e r t a s i n q u i e t u d e s c u l t u r a l e s d e la i n t e l e c t u a l i d a d e s p a ñ o

la d e p r i n c i p i o s d e l X X a l a s q u e e s t a c o r r i e n t e d e p e n s a m i e n t o p o d í a

b r i n d a r n u e v o s c a u c e s : la i d e a d e r e g e n e r a c i o n i s m o y e l p r o p ó s i t o d e

r e c u p e r a c i ó n n a c i o n a l , s e o y e h a b l a r d e «e sp í r i t u n a c i o n a l » y d e l a s v i n

c u l a c i o n e s e n t r e la c i e n c i a y la v i d a . P o r o t r a p a r t e , e n t é r m i n o s m u c h o

m á s p a r t i c u l a r e s , a la f u n d a c i ó n d e u n C e n t r o d e E s t u d i o s H i s t ó r i c o s

( 1 9 1 0 ) d o n d e la v i n c u l a c i ó n i n v e s t i g a d o r a e n t r e l a s d i s t i n t a s á r e a s h u m a

n í s t i c a s e r a la n o r m a g e n e r a l a la h o r a d e d e s e n t r a ñ a r p a r c e l a s d e l p a s a

d o c u l t u r a l e h i s t ó r i c o e s p a ñ o l ; la f i g u r a d e l f i l ó l o g o — c r í t i c o l i t e r a r i o —

h i s t o r i a d o r d e la l e n g u a o g e n e r a l q u e c a r a c t e r i z a a m i e m b r o s d e d i s t i n

t a s p r o m o c i o n e s d e l C e n t r o c o m o M e n é n d e z P i d a l , A . C a s t r o , l o s d o s

A l o n s o s , A. T o v a r o R. L a p e s a t i e n e m á s fáci l e x p l i c a c i ó n e n u n c r i t e r i o

d o n d e s e s u b r a y e n l a s v i n c u l a c i o n e s e n t r e l o s d a t o s h i s t ó r i c o s y l o s c u l

t u r a l e s q u e e n u n p a r a d i g m a d e c o r t e p o s i t i v i s t a . P o r e s o m i s m o , a u n

q u e p r o c e d e n t e s d e d i s t i n t a s g e n e r a c i o n e s y c o n d i f e r e n t e s p u n t o s d e

i n t e r é s , l o s f i l ó l o g o s e s p a ñ o l e s d e l p r i m e r t e r c i o d e s i g l o ( b á s i c a m e n t e

l o s f o r m a d o s e n e l C e n t r o ) p u e d e n a g r u p a r s e e n u n a e s c u e l a c u y o s p r e

s u p u e s t o s s o n n e t a m e n t e e s p i r i t u a l i s t a s , p o r m u c h a flexibilidad q u e

d e m o s a l t é r m i n o , p o r l o m e n o s a l c o n s i d e r a r l a s r e l a c i o n e s e n t r e l e n

g u a , i n d i v i d u o , c o l e c t i v i d a d , n o r m a t r a d i c i o n a l e i n v e n t i v a p a r t i c u l a r ,

c r e a c i ó n y r e c r e a c i ó n c o n t i n u a d a , v o l u n t a d e x p r e s i v a y c a m b i o l i n g ü í s

t i c o , e t c . ( C a t a l á n , D . , 1 9 5 5 ) .

A m a d o A l o n s o s e f o r m ó e n e s t e c l i m a i n t e l e c t u a l . N a d a t i e n e d e

e x t r a ñ o s u s i m p a t í a p o r la f i g u r a d e V o s s l e r n i s u g u s t o p o r a q u e l l a s

i d e a s f i l o s ó f i c a s q u e d e n t r o d e l á m b i t o i n t e l e c t u a l d e l o s a ñ o s v e i n t e

a p u n t a r a n a a s p e c t o s e s p i r i t u a l i s t a s ( B e r g s o n , F r e y e r , D i l t h e y ,

H a r t m a n n . . . ) . La c i r c u n s t a n c i a p e r s o n a l d e v e r s e e n B u e n o s A i r e s c o m o

3 9 2


d i r e c t o r d e l I n s t i t u t o d e F i l o l o g í a d e s d e 1 9 2 7 a 1 9 4 6 c o n t r i b u y ó a q u e e l

e s p i r i t u a l i s m o s e c o n o c i e r a e n S u r a m é r i c a y t u v i e r a s e g u i d o r e s p o r e s o s

a ñ o s y a ú n e n p r o m o c i o n e s p o s t e r i o r e s , d o n d e s e h a q u e r i d o c o m p l e t a r

e s a d o c t r i n a c o n a p o r t a c i o n e s p r o v e n i e n t e s d e l e s t r u c t u r a l i s m o l i n g ü í s t i

c o ( a l g o q u e e n r e a l i d a d y a a p u n t ó e l p r o p i o A . A l o n s o ) 8 . S u v i n c u l a c i ó n

a l a c o r r i e n t e e s p i r i t u a l i s t a q u e d a m a n i f e s t a d a c o n s u a r t í c u l o « L i n g ü í s t i c a

e s p i r i t u a l i s t a » ( 1 9 2 7 ) . E s t a p r i m e r a d e c l a r a c i ó n d e i n t e n c i o n e s — s i b i e n

t u v o m a t i z a c i ó n e n t r a b a j o s p o s t e r i o r e s , s o b r e t o d o e n l o r e f e r i d o a l t r a

t a m i e n t o d e l a s o p i n i o n e s h s i t ó r i c o - l i n g ü í s t i c a s d e K. V o s s l e r 9 — d e f i n e

b i e n e l t i p o f i l o l ó g i c o d e A. A l o n s o y o r i e n t a la i n s p i r a c i ó n c o n q u e e j e

c u t a r á b u e n a p a r t e d e s u o b r a l i n g ü í s t i c a p o s t e r i o r . E n « L i n g ü í s t i c a e s p i

r i tua l i s ta» s e c o n t r a p o n e n d o s p a r a d i g m a s f i l o s ó f i c o s a la h o r a d e p l a n

t e a r s e e l h e c h o d e l l e n g u a j e : e l n a t u r a l i s t a , q u e e s t u d i a «Las p a l a b r a s y

l o s g i r o s c o m o h e c h o s c o n s u m a d o s [...] c o n u n a s l e y e s i n f l e x i b l e s q u e

d e t e r m i n a n i n e x o r a b l e s c a m b i o s » y e l n u e v o p a r a d i g m a e s p i r i t u a l i s t a q u e

c o n s i d e r a e l l e n g u a j e c o m o « c r e a c i ó n l i b r e d e u n a n t e p a s a d o n u e s t r o » . El

e s p i r i t u a l i s m o c a m b i a la o r i e n t a c i ó n d e l o s f o c o s d e i n t e r é s i n v e s t i g a d o r

p a r a e l f i l ó l o g o a l c o n s i d e r a r l a s p r o d u c c i o n e s l i n g ü í s t i c a s n o c o m o

h e c h o s e x e n t o s o e s t a d o s d e l e n g u a m á s o m e n o s f i jos s i n o c o m o a c t o s

h u m a n o s y c o m o f e n ó m e n o s d e c r e a c i ó n . E n s u p r i m e r a e t a p a e l e s p i r i

t u a l i s m o d e A . A l o n s o s e b a s a e n u n a a r g u m e n t a c i ó n m u y s e n c i l l a : e l

l e n g u a j e e s c r e a c i ó n i n d i v i d u a l , p e r o e s t a c r e a c i ó n s e p r o d u c e e n u n a

c i r c u n s t a n c i a d e c o n v i v e n c i a , e s u n a c r e a c i ó n e m i n e n t e m e n t e s o c i a l y

p u e d e s e r a c e p t a d a o n o p o r l o s d e m á s ; e s d e c i r , a l p r o c e s o m i s m o d e

c r e a c i ó n i n d i v i d u a l , p e r s o n a l , s i g u e e l d e n i v e l a c i ó n c o l e c t i v a . El c r e a d o r

o i n n o v a d o r l i n g ü í s t i c o n o e s c u a l q u i e r s u j e t o , e s t a s e x p r e s i o n e s c r e a t i

v a s «en u n p r i n c i p i o s a l i e r o n d e l a b i o s d e l o s h o m b r e s m á s d o t a d o s [...]

e s t o s c a m b i o s q u e s i g n i f i c a n e x p r e s i o n e s r e n o v a d a s , e s t o e s , n u e v a s , s e

d e b e n a l o s i n d i v i d u o s m á s e x p r e s i v a m e n t e d o t a d o s e n s u m e d i o »

( 1 9 2 7 : 2 3 3 ) . E s t e « a r i s t o c r a t i s m o » l i n g ü í s t i c o , e s d e c i r , e l s e ñ a l a r c o m o

8. Sobre la rama argentina de la escuela de Madrid ver Catalán D. (1955: 100-110), Coseriu, E. (1977: 251-263).

9. En su artículo de 1927 A. Alonso emite abiertas críticas a los procedimientos vosslerianos, críticas que desaparacen en contribuciones posteriores. Una muestra, refiriéndose a sus análisis sobre algunas cuestiones de fonética histórica del italiano emite el siguiente juicio: «[...] he querido poner de relieve cómo Vossler, que fustiga con despiadada justicia a los positivistas porque se satisfacen con la exactitud del dato o con poco más, cae él en el vicio contrario lanzándose a construtir, sin la prudente comprobación de materiales, con una alegre falta de responsabilidad. Del anatemizado acarreo de materiales sin intención constructiva, pasa él a edificar castillos en el aire. Otras veces aprovecha sus errores para fines de propaganda patriótica.» (p. 231-232).

3 9 3

JUAN R. LODARES

m o t i v a d o r e s d e l c a m b i o o d e la i n n o v a c i ó n a u n g r u p o d e h a b l a n t e s

e g r e g i o s c u y a i n v e n t i v a c a l a c o n m a y o r o m e n o r é x i t o e n la m a s a d e

h a b l a n t e s , e s m u y c a r a c t e r í s t i c o d e l e s p i r i t u a l i s m o y e s t á m u y l i g a d o a la

i d e a d e l i b e r t a d c r e a d o r a 1 0 .

I n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la r e n o v a c i ó n t e ó r i c a , e l e s p i r i t u a l i s m o p r o

m e t e n o v e d a d e s p r á c t i c a s a l e n c a u z a r l o s i n t e r e s e s d e la i n v e s t i g a c i ó n

f i l o l ó g i c o - l i n g ü í s t i c a h a c i a c a m p o s n u e v o s c o n u n a o r i e n t a c i ó n c o m ú n :

r e l a c i o n a r l o s a c t o s d e l l e n g u a j e c o n l a s c i r c u n s t a n c i a s v i t a l e s d e s u s

h a b l a n t e s , e n la c r e e n c i a q u e d e p u e d e n s a c a r s e i n t e r e s a n t e s n o t i c i a s y

c o n c l u s i o n e s s o b r e la v i d a d e l o s a n t e p a s a d o s e x a m i n a n d o , d i r í a m o s ,

s u s r e s t o s l i n g ü í s t i c o s . La p r o f u n d a u n i d a d ( l o q u e n o i m p l i c a r e l a c i ó n

c a s u a l , n i p a r a l e l i s m o e x a c t o , n i a u t o m a t i s m o ) q u e e x i s t e e n t r e l e n g u a ,

c u l t u r a y a c t i t u d v i t a l e n e l c o n c e p t o e s p i r i t u a l i s t a p e r m i t e a l f i l ó l o g o fo r

m a d o e n e s t a s i d e a s d e c a n t a r s e h a c i a t o d o c u a n t o s i g n i f i q u e i n t e r é s

h u m a n o e n la h i s t o r i a l i n g ü í s t i c a . Las p r e g u n t a s a l a s q u e d e b e r e s p o n

d e r e s t a n u e v a o r i a n t a c i ó n , e s t o e s , s u p r o g r a m a i n v e s t i g a d o r , q u e d a

c a b a l m e n t e r e s u m i d o e n e l s i g u i e n t e p á r r a f o : «¿Han t r i u n f a d o , a c a s o ,

t o d a s l a s c r e a c i o n e s e x p r e s i v a s i n d i v i d u a l e s ? ¿Se h a n g e n e r a l i z a d o ? ¿Se

h a n h e c h o d e t o d o s ? N o , s i n o e n u n a p a r t e m í n i m a . ¿ C u á l e s s o n l a s q u e

h a n g a n a d o a la c o l e c t i v i d a d ? ¿ C u á n d o ? ¿En q u é c i r c u n s t a n c i a s d e c u l t u

r a , d e h i s t o r i a i n t e r n a y e x t e r n a ? ¿ D ó n d e ? ¿En q u é á r e a s g e o g r á f i c a s o

s o c i a l e s ? ¿ Q u é e n s e ñ a n z a s s o b r e la c o n v i v e n c i a y s o b r e la c l a s e d e r e l a

c i o n e s d e s u s h a b i t a n t e s n o s o f r e c e n e s a s á r e a s y l a s v e c i n a s ? ¿A q u é

o r d e n d e r e p r e s e n t a c i o n e s e r a n m á s a f e c t a b l e s a q u e l l o s h o m b r e s ? ¿ P o r

qué?» . ( 1 9 2 7 : 2 3 4 ) . La c a r a c t e r í s t i c a r a d i c a l d e l c r i t e r i o e s p i r i t u a l i s t a c o n

s i s t e e n q u e , a l s u b r a y a r e l p a p e l c r e a d o r d e l i n d i v i d u o , p e r m i t e d e s v e

l a r c o n o c i m i e n t o s q u e d e o t r o m o d o p a s a r í a n i n a d v e r t i d o s : n o v e d a d e s

r e l a t i v a s a l p a s a d o d e l o s h a b l a n t e s ( c u a n d o e l e s p i r i t u a l i s m o s e a p l i c a a

l a h i s t o r i a l i n g ü í s t i c a ) , n o v e d a d e s s o b r e la a c t i t u d h u m a n a ( c u a n d o s e

a p l i c a a la e s t i l í s t i c a ) , n o v e d a d e s s o b r e g u s t o s , p r e f e r e n c i a s o a c t i t u d e s

c o l e c t i v a s q u e d e t e r m i n a n o p e r f i l a n m o d o s l i n g ü í s t i c o s ( e n la g r a m á t i

c a , e n la f o n é t i c a , e n e l l é x i c o ) . E s e s t e u n p r o g r a m a m u y a l e j a d o d e l

p a r a d i g m a n a t u r a l i s t a y , a s u v e z , s o n e s t o s u n o s c o n o c i m i e n t o s i m p o s i

b l e s d e d e d u c i r d e la l e c t u r a d e t e x t o s a p l i c a d a , s i m p l e y l l a n a m e n t e , a

10. El propio A. Alonso repite la idea de los sujetos expresivamente dotados once años después (1938: 78-79) al considerar las ideas lingüísticas de Herrera ( a su modo, un precursor del espiritualismo): «La lengua se orienta por el gusto y, en la actitud aristocrática y artística de Herrera, por el gusto de los mejores. [...] La unidad de la lengua está en la coherencia del gusto de los mejores y en su tradicional continuidad y evolución».

3 9 4


la r e c o g i d a d e d a t o s a r c h i v a b l e s s i n q u e s e d e d u z c a d e e l l o s n a d a r e l a

t i v o a l « p a s a d o í n t i m o d e l o s p u e b l o s » ; la c o m b i n a c i ó n d e l o s f i l o l ó g i c o

y l o l i n g ü í s t i c o q u e p r e d i c a e l e s p i r i t u a l i s m o u n i d a a s u c r i t e r i o e x p l o r a

d o r d e l l a d o h u m a n o d e l l e n g u a j e a b r e n n u e v o s c a m i n o s e n u n a d i r e c

c i ó n q u e , s i b i e n h a b í a s i d o s e ñ a l a d a p o r a n t e c e s o r e s d e la t a l l a d e

H u m b o l d t o S c h u c h a r d t , n o h a b í a a d q u i r i d o u n d e s a r r o l l o n o t a b l e n i e n

e l a s p e c t o t e ó r i c o n i e n l a s a p l i c a c i o n e s p r á c t i c a s , q u e p r o m e t í a n la

o b t e n c i ó n d e d a t o s , s o b r e t o d o d e t i p o h i s t ó r i c o , i n s o s p e c h a d o s y p r o

p i a m e n t e i n a l c a n z a b l e s c o n ta l p r e c i s i ó n p a r a o t r a d i s c i p l i n a q u e n o

f u e r a la f i l o l o g í a d e o r i e n t a c i ó n e s p i r i t u a l i s t a 1 1 .

La i d e a b á s i c a d e q u e e n e l l e n g u a j e l a t e u n a c r e a c i ó n i n d i v i d u a l

l i b r e p r o m o v i d a p o r u n a s e l e c c i ó n d e h a b l a n t e s y n i v e l a d a p o r la m a s a

l i n g ü í s t i c a a n ó n i m a , g u a r d a n d o u n e q u i l i b r i o i n n n o v a c i ó n - n i v e l a c i ó n

q u e c a r a c t e r i z a a u n t i p o i d i o m á t i c o e n c o n j u n t o a t r a v é s d e l t i e m p o ( l a

f o r m a i n t e r i o r d e l l e n g u a j e o e l g e n i o d e la l e n g u a ) , e n s u m a , l o q u e s e

c o n d e n s a e n e l b r e v e i d e a r i o e x p u e s t o e n 1 9 2 7 , n o v a r i a r á e n A. A l o n s o

a u n q u e s e m a t i c e e n a p o r t a c i o n e s p o s t e r i o r e s . C o m o e r a d e e s p e r a r , e s t e

i d e a r i o d e t e r m i n a r á s u s i n t e r e s e s c o m o h i s p a n i s t a d i r i g i é n d o l o s a t r e s

f o c o s m u y d e l g u s t o d e l e s p i r i t u a l i s m o : a ) e n l o s trabajos de carácter his-

11. Ciertamente puede decirse que parte de este empeño en descubrir «intimidades» a través de las señas de identidad idiomáticas favoreció entre los autores de corte espiritualista ciertas exageraciones advertidas, incluso ridiculizadas, por sus contemporáneos. Christmann, H. H. (1985: 42) recuerda al respecto los comentarios de Eugen Lerch sobre la palabra plorer 'llorar' en francés antiguo; para Lerch el hecho de que plo-rer significara con propiedad 'llorar sonoramente' (lat. PLORARE) junto a la ausencia de derivados de LACRIMARE llorar (genéricamente)' sería indicativo de que antiguamente en el Norte de Francia era más frecuente el lloro aparatoso que el natural. Entre los autores españoles más o menos afectos al espiritualismo no hay exageraciones así (porque el criterio espiritualista no se aplicó en tales extremos deductivos) pero tampoco faltan ejemplos similares; uno de ellos lo cita precisamente A. Alonso (1927: 234-235) al hilo de unas conclusiones de R. Menéndez Pidal sobre la divergencia entre los derivados castellanos de dos palabras cuasihomófonas latinas: CALCEA> calza frente a CALCE> coz, de donde parece deducible el siguiente hecho: «[...] en la época en que ese cambio al + consonante en o se produjo, las calzas eran usadas solamente por las gentes privilegiadas, las de posibles económicos, las de educación escolar o que vivían en un ambiente de cultura fuertemente conservadora. Es decir, en quienes la fidelidad a algunas pronunciaciones latinas eran actos estéticos, precisamente por la posible comparación permanente con pronunciaciones plebeyas. Los pobres, los incultos, esos iban con las piernas al aire, iban descalzos. Y calce, en contra, se cambió en coz, sin fidelidad a la tradición latinizante, porque la acción que la palabra designa era familiar a los pobres, a los iletrados, los que tenían que cuidar los caballos de los señores y trabajar mezclados con las bestias domésticas».

3 9 5

JUAN R. LODARES

tórico s e s u b r a y a n l a s c i r c u n s t a n c i a s v i t a l e s , c o n v i v e n c i a l e s o a n í m i c a s

q u e i n f l u y e n e n e l é x i t o o e n la o r i e n t a c i ó n d e d e t e r m i n a d o s u s o s l i n

g ü í s t i c o s y , v i c e v e r s a , s e t r a t a d e d e d u c i r d e e s t o s ú l t i m o s c o n o c i m i e n

t o s d e i n t e r é s c o n r e s p e c t o a a q u e l l a s , b ) El interés por la estilística r a d i

c a e n q u e c o n e l l a s e e n t r a e n e l « l a b o r a t o r i o l i n g ü í s t i c o » d e h a b l a n t e s

e s p e c i a l m e n t e n o t a b l e s , a q u e l l o s q u e s o n c a p a c e s d e a p a r t a r s e d e la

n o r m a c o n v e n c i o n a l e i n n o v a r d e m a n e r a m á s o m e n o s e x i t o s a ; e l i n t e

r é s p o r la c r e a c i ó n i n d i v i d u a l e s , c o m o s e h a v e n i d o d i c i e n d o , u n o d e

l o s p u n t a l e s t e ó r i c o s d e l e s p i r i t u a l i s m o y , l ó g i c a m e n t e , d e b e p r e s t a r s e

m u c h a a t e n c i ó n a l a s a u t o r i d a d e s c r e a t i v a s q u e o r i g i n a l m e n t e p u e d e n

d a r c i e r t o c a r á c t e r a u n m o d o l i n g ü í s t i c o , c ) E n l o s t r a b a j o s d e d i c a d o s a

cuestiones gramaticales s e s u b r a y a r á n a q u e l l o s p u n t o s q u e c a r a c t e r i z a n ,

q u e s i n g u l a r i z a n a u n a l e n g u a p r o c u r a n d o e n c o n t r a r e l l o s e l c o n t e n i d o

e m o c i o n a l q u e l o s s i s t e m a t i z a .

U n o d e l o s a p a r t a d o s m á s i l u s t r a t i v o s d e e s t a o r i e n t a c i ó n l i n g ü í s t i c a

c o r r e s p o n d e a l m o d o d e e n f o c a r l o s f e n ó m e n o s r e l a t i v o s a la h i s t o r i a d e

la l e n g u a , l o q u e p o d r í a m o s l l a m a r h i s t o r i c i s m o e s p i r i t u a l i s t a . U n e j e m

p l o n o t a b l e e s Castellano, español idioma nacional (Historia espiritual

de tres nombres) ( B u e n o s A i r e s , 1 9 3 8 ) . La a r g u m e n t a c i ó n d e t o d o e l

e n s a y o 1 2 e s t á b a s a d a e n u n a c o r r e s p o n d e n c i a : e s p o s i b l e r e v e l a r a s p e c

t o s v i t a l e s , h u m a n o s y d e c r e a t i v i d a d i n d i v i d u a l d e la h i s t o r i a l i n g ü í s t i c a

h i s p á n i c a a n a l i z a n d o l o s d i v e r s o s c o n t e n i d o s q u e a d q u i e r e n l a s d e n o

m i n a c i o n e s d e la l e n g u a c o m ú n y, v i c e v e r s a , a c t i t u d e s v i t a l e s d e t e r m i

n a n q u e , p o r é p o c a s , g r u p o s s e l e c t o s d e h a b l a n t e s e s c o j a n t a l e s o c u a

l e s a p e l a t i v o s y l e s d e n c u r s o c o m ú n . U n a a r g u m e n t a c i ó n c i r c u l a r q u e

a p a r e c e m u y c o m p l e t a . P e r o h a y m á s : a l m e r o c o n c e p t o d e n o m i n a d o r

12. Me he referido anteriormente (v. nota 2) al hecho de que esta obra, más que un ensayo -científico» u «objetivo- —como habitualmente se la trata— es un ensayo de espiritualismo histórico o de interpretación de datos según un paradigma determinado (sin que esto le reste ningún valor aunque pudiera restarle actualidad en cuanto al enfoque). Como se sabe, el espiritualismo, diríamos, puro no inspira ninguna corriente en los estudios de historia de la lengua española, caracterizados más bien por el eclecticismo atento que les imprimió la actitud pidaliana ante distintas corrientes metodológicas. Sin embargo, motivos espiritualistas pueden localizarse muy bien incluso en las obras de la primera generación del Centro, R. Menéndez Pidal o Américo Castro; evidentes en este segundo autor, menos advertibles en el primero (aunque su obra Orígenes del español (Madrid, 1926) participe esencialmente de ellos al explicar, por ejemplo, las motivaciones de la «disidencia» lingüística castellana frente a las hablas vecinas). Castellano, español [...] sí es, sin embargo, un claro intento de materializar una obra de la escuela espiritualista ya solo por la forma de interpretar los datos expuestos.

3 9 6


s e u n e n c r i t e r i o s a r t í s t i c o s q u e v a r í a n s e g ú n la v i g e n c i a d e l m o m e n t o h i s

t ó r i c o q u e s e t r a t e : i d e a l e s d e l e n g u a s e g ú n m o d e l o s l a t i n o s , s e g ú n

e x p r e s i ó n n a t u r a l d e l h a b l a r , s e g ú n d i s t i n t a s n e c e s i d a d e s e x p r e s i v a s d e l

m o m e n t o h a b l a n t e s i e m p r e c a p i t a l i z a d a s p o r a u t o r i d a d e s . E n s u m a , e l

e n s a y o s e f u n d a m e n t a e n l o s g r a n d e s p o l o s d e l e s p i r i t u a l i s m o : r a z ó n

v i t a l , r a z ó n e s t é t i c a , r a z ó n i n d i v i d u a l , r e c r e a c i ó n c o l e c t i v a . Si s e a d v i e r t e

c o n j u s t e z a , e n Castellano [...] t o d o s l o s c a m b i o s e n la o r i e n t a c i ó n y e n

l a s n e c e s i d a d e s d e n o m i n a t i v a s d e l i d i o m a c o m ú n s e d e b e n a i m p u l s o s

p s í q u i c o s , a n í m i c o s , i n t e l e c t u a l e s , e n s u m a , p o r l o s q u e a c a b a n a f l o r a n

d o n u e v a s r e a l i z a c i o n e s e x p r e s i v a s q u e s e c a n a l i z a n a t r a v é s d e n u e v o s

n o m b r e s . U n a n o v e d o s a c o n c i e n c i a d e n a c i o n a l i d a d , q u e p r o v o c a u n a

i n t u i c i ó n c o n u r g e n c i a d e e x p r e s a r s e e s l o q u e e n l o s s i g l o s X V - X V I f a v o

r e c e e l d e s p l a z a m i e n t o d e castellano a f a v o r d e español q u e p r o m u e v e n

«los e s p í r i t u s m á s a t e n t o s » d e la é p o c a ; p o r e l c o n t r a r i o , a c t i t u d e s v i t a l e s

q u e p r o p i c i a n l o s n u e v o s c e n t r a l i s m o s b u r o c r a t i z a d o s r e v e r d e c e n e l a p e

l a t i v o castellano, d e e s t i l o m á s a c o r d e c o n l a s n e c e s i d a d e s d i e c i o c h e s

c a s . L o s m i s m o s m a t i c e s d e c o r t e v i t a l i s t a s e r e p i t e n e n l a s o p c i o n e s

d e n o m i n a t i v a s t í p i c a s d e A m é r i c a .

E n l o s t r a b a j o s d e d i c a d o s a la e s t i l í s t i c a , y a s e a p a r a a n a l i z a r l o s

m o t i v o s e s t é t i c o s p a r t i c u l a r e s q u e s u b y a c e n e n u n a u t o r c o n c r e t o y a

e s t é n d e d i c a d o s a a s p e c t o s g r a m a t i c a l e s d e l e s p a ñ o l , la i d e a m o t r i z e s la

m i s m a : s e t r a t a d e l l a m a r la a t e n c i ó n s o b r e la i m p o r t a n c i a d e l o s e l e

m e n t o s p s í q u i c o s , a n í m i c o s , q u e r e v e l a n u n a p a r t i c u l a r « f o r m a i n t e r i o r

d e l l e n g u a j e » . E s t e c o n c e p t o , m u y d e l g u s t o d e la e s c u e l a e s p i r i t u a l i s t a ,

p a r t i c u l a r i z a l a s l e n g u a s y o f r e c e i n t e r e s a n t e s v i s i o n e s d i s t i n t i v a s d e

c ó m o s e p e r c i b e la i n f o r m e r e a l i d a d e n u n o s y o t r o s h a b l a n t e s e n e l a c t o

d e d a r l e a e s t a u n a f o r m a l i n g ü í s t i c a d e t e r m i n a d a . L o s t r a b a j o s r e c o g i d o s

e n Estudios lingüísticos. Temas españoles ( M a d r i d 1 9 5 1 ) , s o n u n a e s t u

p e n d a m u e s t r a d e e s t a v e r t i e n t e f i l o l ó g i c a .

S in p e r d e r e l n o r t e d e l p r i m e r p l a n t e a m i e n t o e s p i r i t u a l i s t a , A . A l o n s o

r e d e f i n i ó a l g u n o s d e s u s p u n t o s e n m a n i f e s t a c i o n e s t e ó r i c a s p o s t e r i o r e s

c o m o l a s e x p u e s t a s e n s u s p r ó l o g o s a la Filosofía del lenguaje d e K.

V o s s l e r , y a l Curso de lingüística general d e F. d e S a u s s u r e . S e t r a t a b a ,

p o r u n l a d o , d e e s t a b l e c e r p u e n t e s e n t r e u n o y o t r o l i n g ü i s t a r e c o n o

c i e n d o la a n t i n o m i a s a u s s u r e a n a l e n g u a / h a b l a ( i m p o s i b l e e n V o s s l e r )

p e r o c e n t r a n d o e l f o c o d e i n t e r é s e n la s e g u n d a d e m o d o q u e e l c r i t e

r i o p o s i t i v i s t a d e S a u s s u r e d e r i v e h a c i a e l e s p i r i t u a l i s m o : «El c o n c e b i r t a l

a u t o n o m í a d e l s i s t e m a e r a u n p o s t u l a d o d e la o r i e n t a c i ó n p o s i t i v i s t a , q u e

s e c r e í a o b l i g a d a a m o n d a r d e l o b j e t o d e la c i e n c i a l o q u e f u e r a i n d e

t e r m i n a c i ó n , y , p o r c o n s i g u i e n t e , t o d o l o q u e f u e r a e s p í r i t u c o n s u l i b e r -

3 9 7

JUAN R. LODARES

t a d d e in ic ia t iva» 1 3 . R e f l e x i o n e s d e e s t e t i p o s o n l a s q u e d e t e r m i n a n q u e A m a d o A l o n s o n o s e a u n s i m p l e d i f u n d i d o r d e V b s s l e r s i n o q u e a c a b e m o l d e a n d o a s u a r b i t r i o m o d e l o s p o s i t i v i s t a s y a n t i p o s i t i v i s t a s e n l a z á n d o l o s c o n c o n c e p c i o n e s f i l o s ó f i c a s v i g e n t e s e n s u é p o p c a y t r a t a n d o d e s u p e r a r a l g u n a s d e l a s v í a s m u e r t a s d e l e s p i r i t u a l i s m o . U n e j e m p l o a l r e s p e c t o , e n t r e o t r o s q u e s e p o d r í a n c i t a r , e s la d i s c u s i ó n s o b r e l o q u e V o s s l e r c o n s i d e r a b a e l « l a d o letal» d e l l e n g u a j e .

E n e l e s p i r i t u a l i s m o d e c o r t e v o s s l e r i a n o h a y d o s p o l o s o p u e s t o s c o n r e s p e c t o a l l e n g u a j e : e l l a d o c r e a t i v o , e s t é t i c o y l i b r e d e l s u j e t o f r e n t e a l l a d o c o n v e n c i o n a l , c u l t u r a l m e n t e e s t a b l e c i d o , r e p e t i t i v o , d o n d e t o d a c r e a c i ó n e s i m p o s i b l e . L o e s t a b l e c i d o c o m o c o s t u m b r e e s , m e t a f ó r i c a m e n t e , e l l a d o l e t a l i d i o m á t i c o , q u e t i e n e e s c a s o i n t e r é s p a r a e l p a r a d i g m a e s p i r i t u a l i s t a a l s e r e s e n c i a l m e n t e n o c r e a t i v o s i n o u n c o n j u n t o d e d i s c u r s o s r e p e t i d o s a l o s q u e e l h a b l a n t e s e o b l i g a . A m a d o A l o n s o , s i n e m b a r g o , p r o p u s o o t r a v i s i ó n d o n d e e l c o n v e n c i o n a l i s m o l i n g ü í s t i c o ( a s i m i l a b l e a la lengua s a u s s u r e a n a ) n o f u e r a m e r a a u s e n c i a d e l e s p í r i t u c r e a d o r y p a r a t a l p r o p o s i c i ó n s e a p o y a b a e n la t e o r í a f e n o m e n o l ó g i c a d e l «ser e s p i r i t u a l » c u y o m á s c o n o c i d o e x p o n e n t e s e e n c u e n t r a e n la o b r a d e l f i l ó s o f o N . H a r t m a n n . P a r a e s t e a u t o r la e s t r u c t u r a d e l s e r e s p i r i t u a l p r e s e n t a t r e s f o r m a s : e s p í r i t u p e r s o n a l , h i s t ó r i c o - o b j e t i v o y o b j e t i v a d o . L a s d o s p r i m e r a s s o n b i e n c o n o c i d a s p a r a e l e s p i r i t u a l i s m o l i n g ü í s t i c o , e l c e n t r o d e la v i d a e s p i r i t u a l p e r t e n e c e a l e s p í r i t u p e r s o n a l ( c r e a c i ó n ) , q u e s e e n c u e n t r a b a j o e l p e s o d e i n f l u j o s a m b i e n t a l e s y h e r e d i t a r i o s ( n i v e l a c i ó n ) . P e r o la l e n g u a n o m u e r e e n la n i v e l a c i ó n , e s d e c i r , e n l o h i s t ó r i c o - o b j e t i v o , s i n o q u e e s t a f o r m a s u p o n e o t r a r e c r e a c i ó n m á s p o r q u e e l e s p í r i t u e n sí n u n c a e s o b j e t i v o , n o p u e d e s e r l o , s i n o q u e s e o b j e t i v i z a , o m e j o r , l o o b j e t i v i z a s i e m p r e u n e s p í r i t u p e r s o n a l . L o q u e e n c o n t r a m o s , p u e s , e n l a s f o r m a s o b j e t i v a s n o s o n s i n o m o m e n t o s o b j e t i v i z a d o s p o r e s p í r i t u s i n d i v i d u a l e s 1 4 .

13. Alonso, A. (1945: 27); sobre la reinterpretación saussureana hecha por A. Alonso, inviniendo los términos de interés para la lingüística espiritualista que no se preocupa tanto por la lengua sino por la actividad individual y colectiva del habla, ver Malmberg, B. (1983: 131-136) y Portóles, J. (1986: 186).

14. Así interpreta A. Alonso (1943: 18-19) esta concepción fenomenológica: » La expresión «objektiver Geist» siempre me ha descontentado como la reducción de los irreductible; permítaseme, pues, emplear la variante «espíritu objetivado», que recoge con mayor fidelidad la idea que aquí nos interesa: que el espíritu que podamos ver en una forma objetiva es, ni más ni menos, el espíritu individual —el espíritu, a secas— que alguien ha puesto en ella. Una flecha indicadora no tiene por sí más espíritu que la intención de aviso que un espíritu personal le ha imbuido. Es, pues, el espíritu individual o subjetivo allí fijado en una forma, esto es, objetivado y no objetivo».

3 9 8

E L E S P I R I T U A U S M O L I N G Ü Í S T I C O D E A M A D O A L O N S O

La t e o r í a f e n o m e n o l ó g i c a d e l «e sp í r i t u o b j e t i v o - o b j e t i v a d o » s a l v a la

« le ta l idad» v o s s l e r i a n a a l h a c e r q u e la a u t o n o m í a d e l a s f o r m a s l i n g ü í s t i

c a s n o s e a u n a s i m p l e z o n a i d i o m á t i c a m u e r t a , p u e s t o d a s l a s f o r m a s

p r o c e d e n e n r e a l i d a d d e e s p í r i t u s s u b j e t i v o s , c r e a d o r e s , q u e n e c e s i t a n

p a r a s u c i r c u l a c i ó n , d i f u s i ó n y é x i t o e l c o n c u r s o d e o t r o e s p í r i t u r e c r e a

d o r : l o o b j e t i v a d o n o e s s i n o la p r o d u c c i ó n c o n s t a n t e d e e s p í r i t u s c r e a

d o r e s y r e c r e a d o r e s p o r e s o la l e n g u a e s i n v e n c i ó n c o n s t a n t e , e n p a l a

b r a s d e l p r o p i o A m a d o A l o n s o ( 1 9 4 3 : 1 9 ) : «El o t r o p o l o v o s s l e r i a n o [ se

r e f i e r e a l «letal»] y a n o s e p o d r á m i r a r c o m o n e g a t i v o y d e s e s p i r i t u a l i z a

d o , s i n o t a m b i é n c o m o e s p i r i t u a l y v i v o , g r a c i a s a la c h i s p a q u e e l e s p í

r i t u c r e a d o r h a p u e s t o ( y f i j a d o ) e n é l y g r a c i a s a la r e c r e a c i ó n q u e s u f r e

e n e l e s p í r i t u d e l r e c e p t o r . E n e l p o l o c o m u n a l p e r v i v e e l i n d i v i d u o " .

E s t a c o n c e p c i ó n d e l e s p í r i t u o b j e t i v a d o s u b y a c e , c o n c r e t a m e n t e , e n la

c o n s i d e r a c i ó n d e A. A l o n s o s o b r e l o s o r í g e n e s d e l e s p a ñ o l a m e r i c a n o

q u e r e s u l t a n o u n a m e r a e x t e n s i ó n d e l d i a l e c t o a n d a l u z s i n o u n a g e n u i -

n a p o l i g é n e s i s o r e c r e a c i ó n d e u n s i s t e m a l i n g ü í s t i c o p o r n u e v o s h a b l a n

t e s ( a n t i a n d a l u c i s m o q u e m a t i z ó e n s u s ú l t i m o s a ñ o s ) .

La c o r r i e n t e e s p i r i t u a l i s t a n o a p a r e c e e n n u e s t r o a u t o r c o m o u n

m e r o t r a s l a d o d e m o d o s v o s s l e r i a n o s a l o s e s t u d i o s l i t e r a r i o s l i n g ü í s t i c o s

s o b r e e l e s p a ñ o l , e s n o t a b l e la h u e l l a d e V o s s l e r e n a l g u n o s p u n t o s , p e r o

e s i g u a l m e n t e c a r a t e r í s t i c a l a i n t e n c i ó n d e c o m p l e m e n t a r l a , p o r u n a

p a r t e , c o n a p o r t a c i o n e s d e l o s m o v i m i e n t o s f i l o s ó f i c o s v i g e n t e s e n e l p r i

m e r t e r c i o d e l s i g l o X X , ( l a a n t e d i c h a i d e a d e l e s p í r i t u o b j e t i v a d o ) , p o r

o t r a , a u n á n d o l e i d e a s s a u s s u r e a n a s r e s p e c t o a la l e n g u a c o m o s i s t e m a .

E s t a s i n q u i e t u d e s c a r a c t e r i z a n m u y b i e n s u o b r a y s u p a r t i c u l a r p o s i c i -

c i ó n e n la h i s t o r i a d e la l i n g ü í s t i c a i b e r o r r o m á n i c a , r e s u m i b l e e n l a s p a l a

b r a s q u e l e d e d i c a D . C a t a l á n ( 1 9 7 4 : 1 1 5 ) : «A. A l o n s o c o n s i g u i ó f e r t i l i z a r

e l t e r r e n o , e n H i s p a n o a m é r i c a y e n E s p a ñ a , p a r a u n a r e n o v a c i ó n d e l a s

i d e a s y l o s m é t o d o s l i n g ü í s t i c o s , s i n n e c e s i d a d d e d e s t a i i r o n e g a r l a

a n t i g u a t r a d i c i ó n g r a m a t i c a l a m e r i c a n a , n i la h e r e n c i a m e t o d o l ó g i c a d e

la e s c u e l a d e M a d r i d » .

R E F E R E N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

A L O N S O , A., «Lingüistica espiritualista», Síntesis (Artes, ciencias y letras), 8, 1927, Buenos Aires, pp . 227-236.

— , (1938), Castellano, español, idioma nacional (Historia espiritual de tres

nombres), Buenos Aires, Losada. — , (1951), Estudios lingüísticos. Temas españoles, Madr id , Gredos [1972, 3 a ed.].

399

JUAN R LODARES

B A L D I G E R , K., «Lengua y cultura: su relación en la lingüística histórica», RSEL, 15, 1985, pp . 247-276.

C A T A L Á N , D. (1955), La escuela de lingüística española y su concepción del lenguaje, Madr id , Gredos.

— , (1974), Lingüística iberorrománica. Crítica retrospectiva, Madr id , Gredos. C H R I S T M A N N , H. H. (1985), Filología idealista y lingüística moderna, Madr id ,

Gredos. C O S E R I U , E., (1977), Tradición y novedad en la ciencia del lenguaje, Madr id,

Gredos. — , (1981), Lecciones de lingüística general, Madr id, Gredos. M A L M B E R G , B., «Amado Alonso, intérprete del Cours de Saussure», Lingüística

Española Actual, 5, 1983, pp . 131-136. PORTÓLES, J. (1986), Medio siglos de filología española (1896-1952). Positivismo

e idealismo, Madr id, Cátedra. R OHLFS , G. (1979), Estudios sobre el léxico románico, Madr id , Gredos. SAUSSURE , F., (1945), Curso de lingüística general, (Trad. p ró logo y notas de A.

Alonso) , Buenos Aires, Losada. VOSSLER , K., (1943), Filosofía del lenguaje. Ensayos, (Trad. y onotas de A. Alonso

y R. Lida. Prólogo de A. Alonso) , Buenos Aires, Losada.

400

el espiritualismo lingüístico de amado alonso · dad del espiritualismo estriba en la aceptación...

Documents