ediciós da rotonda - héctor cajaraville · 2. perspectivas en torno ao mundo da edición ......

66

Upload: others

Post on 04-Jul-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Arredor da Rotonda

Un estudo sobre o primeiro proxecto galego para a difusiÓn libre de contidos editoriais

en soporte dixital

ÍNDICE

Limiar .................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 7

I. María Yáñez ................................................................................................................................................................................................................................................................. 91. Formación e Traxectoria profesional ................................................................................................................................................. 92. perspectivas en torno ao mundo da edición .......................................................................................................................... 11

2.1. Novos camiños para a edición e o libro ................................................................................................................ 11 2.2. O papel do editor ................................................................................................................................................................................................... 13 2.3. Proxectos en perspectiva .................................................................................................................................................................... 14

II. Ediciós da Rotonda ......................................................................................................................................................................................................................... 161. Xestación e presentación do proxecto ............................................................................................................................................. 162. Nome e imaxe corporativa ............................................................................................................................................................................................ 173. Equipo humano, investimento e publicidade ....................................................................................................................... 184. Filosofía de traballo ............................................................................................................................................................................................................. 20

4.1. Dereitos de autor: a licenza Creative Commons ............................................................................ 21 5. Páxina web ....................................................................................................................................................................................................................................................... 226. Desaparición da iniciativa ........................................................................................................................................................................................... 25

III. O home inédito ........................................................................................................................................................................................................................................... 261. O autor .................................................................................................................................................................................................................................................................. 262. A obra ........................................................................................................................................................................................................................................................................ 273. Deseño e maquetación ........................................................................................................................................................................................................... 28

3.1. Deseño de cuberta ............................................................................................................................................................................................... 28 3.2. Maquetación do interior ................................................................................................................................................................... 29

4. O home inédito en Ediciós da Rotonda .............................................................................................................................................. 295. O home inédito logo de Ediciós da Rotonda ......................................................................................................................... 32

5.1. Tamén en papel ............................................................................................................................................................................................................. 33 5.2. Tradución ao castelán ............................................................................................................................................................................ 37

IV. Conclusións ....................................................................................................................................................................................................................................................... 38

V. Bibliografía .......................................................................................................................................................................................................................................................... 41

Anexos 1. Informacións recollidas en prensa sobre Ediciós da rotonda 2. Making of d’O home inédito realizado polo autor3. Comentarios sobre O home inédito na web de Ediciós da Rotonda

Contidos do CD1. Documento pdf co texto íntegro d’O home inédito2. Booktráiler d’O home inédito realizado por María Yáñez3. Entrevista con Carlos G. Meixide (Os antípodas, Radiofusión, 8-11-2005)

Arredor da Rotonda

- 7 -

LIMIAR

Este traballo vai analizar a posta en marcha, o desenvolvemento e a desaparición de Ediciós da Rotonda (a partir de agora, EdR), a primeira editorial galega creada para a distribución libre de contidos a través de internet. A empresa foi acometida por María Yáñez durante os anos 2005 e 2006, e a pesar da súa breve vida supuxo unha achega de grande interese para a renovación do panorama editorial galego, ata entón pouco interesado nos novos soportes, formatos e vías de chegada ao lector que as novas tecnoloxías nos ofrecen.

Partimos da base de que este non é un traballo de final de máster ao uso, pois ten como obxecto de atención un proxecto que non responde nin moito menos aos requisitos que se lle supoñen a unha iniciativa susceptible de ser o punto de partida para un traballo desta índole:

• En primeiro lugar, porque se trata dunha idea desenvolvida entre os anos 2005 e 2006, é dicir, máis de cinco anos atrás, o que noutros ámbitos non sería un tempo excesivo, pero que neste da edición dixital e as novas tecnoloxías practicamente nos sitúa na prehistoria ou, cando menos, nunha época dos descubrimentos na que todo estaba por explorar. • En segundo lugar, pola súa dimensión: foi unha iniciativa de carácter unipersoal (aínda

que coa colaboración doutros profesionais en labores específicos, a súa sustentadora case única foi a propia María Yáñez); e tamén polo seu ámbito de actuación: concibir unha fe-rramenta deste tipo en galego e para Galicia supón xa unha limitación inicial en canto á súa potencial proxección. • E en terceiro lugar, porque non foi un proxecto exitoso. Todo o contrario: a súa duración

foi máis ben efémera, non máis alá duns meses. De feito, EdR só chegou a editar un libro, O home inédito, de Carlos G. Meixide, o que non se pode considerar precisamente un suceso sen precedentes.

Podería dar a sensación de que se trata de elevar a tema de estudo algo que non pasou dunha anécdota ou, no mellor dos casos, dun proxecto «pioneiro e chuliño», como era presentado na páxina inicial da súa web. Cremos que non: malia as pexas de partida, son tantos os elementos de interese que, por riba doutras posibilidades máis actuais, máis exitosas ou máis prolongadas no tempo (e, polo tanto, máis doadas de desenvolver), quixemos tomar esta como punto de partida para o noso traballo. Vexamos algunhas das razóns que nos levaron á escolla deste tema:

• Ante todo, porque foi un proxecto precursor no panorama editorial galego. É certo que quedou truncado logo de facer o máis difícil, que era crealo e consolidalo como un produto coñecido e recoñecido polos usuarios, pero o seu carácter innovador e dinamizador do panorama editorial galego non admite discusión. • Ademais, a súa repercusión no momento da creación e durante o seu percorrido fixo

que, aínda na actualidade, sexa posible atopar unha gran cantidade de referencias (á parte das achegadas polo propios protagonistas) a través das cales ir conformando o que EdR

Héctor Cajaraville Araújo

- 8 -

supuxo como proxecto en si mesmo e como estímulo para a posterior posta en marcha de ferramentas similares. • Tamén tivemos en conta que, ao ser un proxecto editorial completo, vainos dar pé a falar

deste ámbito profesional desde múltiples perspectivas: creación empresarial e financiamen-to, xestión de dereitos de autor, deseño e maquetación, estratexias publicitarias, aprovei-tamento das novas tecnoloxías... É dicir, este traballo vai permitir que vaian saíndo á luz moitos dos contidos das diferentes materias que conformaron este máster de Edición; e son precisamente eses coñecementos adquiridos durante o curso os que nos axudaron a enten-der de maneira moito máis ampla e profunda as interioridades do proxecto. • E por último (convertendo en virtude unha das súas eivas), o feito de tratarse dunha

iniciativa de vida breve permitiranos afondar de xeito máis minucioso en cada unha das vertentes que a compoñen.

Temos, polo tanto, tres elementos sobre os que focalizar o noso estudo: un proxecto (EdR), unha obra (O home inédito) e unha persoa (María Yáñez). E a cada un deles irá dirixido un capí-tulo deste traballo, para rematar cun cuarto capítulo a modo de resumo e conclusións.

O estudo preséntase baixo a forma dunha longa reportaxe, por veces máis xornalística que puramente académica ou de investigación, cedéndolle a voz aos seus protagonistas co obxectivo de ser o máis fieis que sexa posible ao espírito daquela iniciativa. Agardamos que a perda de sistematicidade que isto supón quede abondo compensada coa frescura e a forza das propias palabras das persoas que tomaron parte máis ou menos directamente no proxecto que propiciou este traballo.

Para a recollida de información realizáronse unha serie de entrevistas, as máis delas per-soais (nos casos de María Yáñez, impulsora de EdR, e tamén de Berto Yáñez e Óscar Otero), pero tamén algunha a través do correo electrónico, como así aconteceu con Moisés Barcia ou Carlos G. Meixide. A partir das súas achegas, e do material que aínda se conserva na Rede, foi como se configurou a base deste traballo. E, por esta razón, aproveitamos este limiar para agradecerlles a todos eles a súa colaboración; en especial a María Yáñez, quen nos atendeu tanto en persoa como posteriormente a través do correo electrónico para a aclaración de dúbidas e para a co-rrección e ampliación dos sucesivos borradores do texto que finalmente se presenta.

Ademais do traballo propiamente dito, inclúense unha serie de anexos, algúns deles en papel (como as noticias que saíron na prensa coincidindo coa posta en marcha do proxecto, o making of da obra escrito polo propio autor e as críticas e comentarios que a obra suscitou e que se recolleron na páxina web da editorial) e outros en soporte dixital (o pdf íntegro d’O home inédito, unha entrevista radiofónica á directora da editorial e ó autor da novela e o booktráiler que se empregou para publicitar a obra no momento do seu lanzamento), estes últimos incor-porados ao CD que acompaña este traballo.

Arredor da Rotonda

- 9 -

I. María Yáñez

Non quixeramos que este traballo acabase convertido nunha biografía ou nunha recorrencia continua a unha persoa en particular, pero é inevitable facer unha referencia ampla á muller que puxo en marcha o proxecto que deu orixe a este estudo; e non só por esta iniciativa en concreto, senón pola súa achega continua ás posibilidades que as novas tecnoloxías nos ofrecen nos ám-bitos da información, a comunicación e a transmisión de contidos culturais. Por este motivo, logo dun breve perfi l biográfi co, incluímos nun segundo punto varios extractos das conversas que mantivemos con María Yáñez e que, aínda que por veces sobordan a materia deste traballo, parecéronnos sufi cientemente interesantes como para non deixalos fóra.

1. Formación e traxectoria profesional

María Yáñez Anllo naceu en Lugo en 1978. Ten, polo tanto, apenas 33 anos acabados de facer, o que non foi atranco para que o seu nome apareza asociado a moitos dos proxec-tos que foron confi gurando a presenza galega no ámbito da difusión de contidos dixitais desde fi nais do século pasado.

Xa durante os seus estudos de xornalismo María Yáñez tomou contacto coas posibilidades que internet proporcio-na aos xeradores de contidos no seu labor de facércellos che-gar aos seus potenciais consumidores. Así, en 1999 realizou prácticas profesionais en Vieiros, daquela un incipiente xornal dixital que co tempo acabaría converténdose no principal referente galego nesta variedade do xornalismo, ata a súa desapari-ción en xullo de 20101.

Rematada a carreira, entre os anos 2001 e 2003 foi coordinadora da revista electrónica Bravú.net, un portal electrónico de cultura alternativa que trataba

de aproveitar a imaxe de marca do movemento bravú, aglutinador da cultura galega alternativa (sobre todo no eido musical) desde comezos dos anos noventa.

De alí, María Yáñez pasou a traballar na produtora audiovisual Continental, onde o seu la-bor (como coordinadora do departamento de proxectos) se centrou na lectura de guións para a selección daqueles susceptibles de seren convertidos en produto audiovisual. Unha vez remata-do o seu traballo na produtora, en novembro de 2005 decidiu a posta en marcha da primeira edi-torial galega para a distribución libre de contidos dixitais, EdR, obxecto deste traballo e á que vai dedicado o seguinte capítulo.

Case simultaneamente á creación da editorial, María Yá-ñez foi designada directora do xornal dixital Vieiros, posto que 1 O especial Mil primaveras máis para Galicia, publicado en Vieiros en 1996, é considerado como o primeiro libro dixital en galego.

María Yáñez

Héctor Cajaraville Araújo

- 10 -

ocupou durante arredor dun ano (esta foi unha das razóns para o abandono do proxecto editorial, como logo veremos). Neste tem-po foi tamén a responsable da posta en marcha do célebre concur-so musical A polo ghit!, para a elección da canción galega do verán.

A partir de entón, e sen saír do ámbito de internet, tomou parte na creación de iniciativa como o documental colaborativo Eufalo.tv, a organización para o impulso de acción de promoción do galego GalegoLab ou o repositorio de produtos audiovisuais galegos Flocos.

tv, onde se fixo unha recompilación de practicamente todo o material audiovisual xerado en Galicia e en galego nos últimos anos, antes do seu peche por parte da Xunta de Galicia, logo de que no ano 2008 ob-

tivese o Premio Mestre Mateo á mellor iniciativa interactiva.

Entremedias, traballou tamén no ámbito televisivo, como directora do programa da TVG O País dos Ananos ou guionista d’A Casa de 1907, tamén da canle autonómi-

ca, para a que dirixiu igualmente o documental Lingua cruzadas.Ademais dos traballos referidos, María Yáñez mantivo durante a última década colabora-

cións máis ou menos estables con outros medios de comunicación, tanto galegos como de ám-bito nacional, entre os que cabe destacar os seguintes: Culturagalega.org, Compostelán, Galicia Hoxe, A Nosa Terra, Tempos Novos, El Correo Gallego, El País ou 20 Minutos.

Alén do profesional, o seu blogue TodoNada (posto en marcha en 2003) foi un dos diarios dixitais galegos máis visitados e recoñecidos durante os seus máis de tres anos de existencia. E a participación de María Yáñez foi esencial para o nacemento da irmandade de blogueiros gale-gos, aglutinados en torno ao termo blogomillo (acuñado por ela), xérmolo tamén da provedora de servizos Blogaliza.com.

Actualmente María Yáñez centra os seus es-forzos n’A Navalla Suíza, empresa dedicada ao desenvolvemento de solucións en soporte web e

onde se encarga da área de contidos; de feito, proxectos xa referidos como Eufalo.tv, GalegoLab ou Flocos.tv forman parte dos proxectos desenvolvidos por esta compañía. Como o seu nome indica, A Navalla Suíza é unha empresa multifunción, que trata de dar solucións integrais aos seus clientes no ámbito das novas tecnoloxías, desde o deseño da páxina ao aproveitamento e optimización dunha xa existente ou a creación de elementos propios da narrativa transmedia, da que falaremos no seguinte apartado.

E antes de pechar esta aliña queremos facer tamén unha referencia a Berto Yáñez, a outra persoa implicada na creación de EdR, como responsable dos labores técnicos, creador da páxina web e deseñador da cuberta d’O home inédito, o único libro publicado no marco deste proxecto.

Arredor da Rotonda

- 11 -

2. Perspectivas en torno ao mundo da edición

Este segundo punto constitúese a partir das ideas que centraron as conversas mantidas con Ma-ría Yáñez para a realización do presente estudo. O motivo da súa inclusión obedece a que todo o que se falou está intimamente relacionado co ámbito da edición, e máis concretamente da edición en Galicia, de modo que durante as diferentes entrevistas foron xurdindo aspectos que ao noso entender enmarcan e complementan todo o se desenvolve nos seguintes capítulos, xa centrados na análise do proxecto de EdR.

Inclúense aquí cuestións como as opinións de María Yáñez en torno ao futuro do mundo da edición, no que se sitúa esta aventura que supuxo EdR; a súa visión sobre o papel que na actua-lidade (onde a autoedición está ao alcance de calquera) lles corresponde aos editores (e tamén a actores e lectores); as posibilidades que nos ofrecen as novas tecnoloxías en combinación coa difusión de contidos culturais; os cambios nas expectativas dos lectores, cada vez máis esixen-tes en canto ao que demandan como consumidores de produtos culturais; ou os proxectos que a creadora pensa poñer en marcha nun futuro máis ou menos próximo (que, ao ritmo que se desenvolve este mundo do dixital, pode ser mañá mesmo).

2.1. Novos camiños para a edición e o libroNon cabe dúbida de que o futuro da edición está ligado ao ámbito dixital de maneira indisoluble. E iso non supón unicamente un cambio no soporte, en tanto que agora a pantalla (xa sexa nun ordenador, nunha tableta, nun lector de e-books, nun teléfono móbil...) é o elemento a través do que se accede aos contidos textuais; en realidade, textuais e non textuais, pois (como se verá despois) neste novo concepto de edición o texto pasa a ser o punto de partida para a incorpora-ción doutros materiais que amplían a experiencia lectora cara a calquera outro tipo de proposta comunicativa que se nos poida ocorrer. Trátase dun proceso incipiente, que as editoriais con-vencionais galegas iniciaron aínda en 2009 e que ten nos libros de texto os abandeirados nesta revolución no fondo e na forma do paradigma da edición2.

Pero estes cambios no soporte e nas posibilidades que as novas ferramentas nos proporcio-nan á hora de desenvolver unha peza editorial alén do textual non son os únicos, nin sequera os principais con respecto á edición convencional. E é que a edición dixital supón unha transfor-mación radical no proceso de acceso á información, e ata nos propios contidos; en definitiva, no propio xeito de construír o universo que sempre se agocha detrás dunha obra literaria. E incluso no modo de ler, é dicir, a cerna mesma do proceso de interacción entre emisor e receptor a través dun medio escrito.

O libro impreso obriga a unha descodificación secuencial da información que contén, por moito que poidamos lelo na orde que queiramos, e mesmo haxa obras literarias que estean pen-

2 Sobre este proceso de cambio, as cifras da edición dixital en galego nos últimos anos e a súa tipoloxía (materiais didácticos, e-books, dicionarios e servizos de documentación, experiencias dixitais multimedia, audiolibros e impresión dixital baixo demanda), consultar Bragado rodríguez, 2009: 7-9. No ámbito galego, as principais referencias sobre o mundo da edición e a súa muda ao contorno dixital son os blogues Brétemas, do propio Manuel Bragado (http://bretemas.blogaliza.org) e Fragmentos da galaxia, de Juan L. Blanco Valdés (http://fragmentosgutenberg.blogspot.com).

Héctor Cajaraville Araújo

- 12 -

sadas para que a súa lectura se realice de maneira non lineal (desde os libros de Elige tu propia aventura á Rayuela de Cortázar). Non faltará quen diga que un poemario, un libro de relatos, mesmo un ensaio inzado de notas ao pé ou (aínda máis) un dicionario son tamén exemplos de obras convencionais que permiten esta lectura fragmentaria. Pero coidamos que a idea fica cla-ra: o libro impreso está limitado polo seu propio soporte.

Porén, o acceso á información no mundo dixital ten como característica definitoria a súa descontinuidade, a súa dispersión, mesmo a intertextualidade que nos permiten os hipervíncu-los3, a posibilidade de saltar dun texto a outro de maneira ilimitada, ata o punto de que esa liber-dade á hora de trazar o noso camiño como lectores corra o risco de converterse nun caos que ao final cristalice en todo o contrario ao pretendido: a perda de información polo esparexemento e a amplitude das opcións ao noso alcance.

As fronteiras entre uns textos e outros dilúense, e a fragmentación, no seu nivel máximo, acada a forma dun continuum no que xa non é posible marcar os limites entre unha obra e outra, desde o momento no que, por exemplo, unha mutua referencia nos permite a súa consulta si-multánea. E esta condensación leva aparelladas outras; por exemplo, a unificación dos medios que serven de canle para o traslado da información entre creador e público. Se ata hai uns anos o medio elixido implicaba o emprego dun determinado código ou duns criterios de comunicación propios, esa diferenciación xa non ten sentido nun contexto no que todas as posibilidades para a difusión de contidos conflúen nunha soa.

Vexámolo máis concretamente nun elemento tan identificable e universal como é o libro. Que definición poderiamos dar, sen deixar fóra dela todo o que é un libro actualmente? A pri-meira acepción do Dicionario Xerais da Lingua fala dun «agrupamento de follas, manuscritas ou impresas, cosidas ou suxeitas por un dos seus lados e protexidas con cubertas, destinado fun-damentalmente á lectura». E non é que o dicionario de Xerais quedase obsoleto fronte a outros: calquera outra obra lexicográfica que consultemos vai nesta mesma liña. Pero un libro xa non é só algo físico, nin unicamente elaborado a partir de caracteres manuscritos ou impresos, nin se-quera pensado só para ser lido, malia a súa base textual. E se cambia o froito do proceso, cambia cada un dos pasos que nos conducen cara a el.

Por iso, María Yáñez sitúa o futuro da edición no que se deu en chamar narrativa transme-dia4, é dicir, un construto multidisciplinar artellado a partir das achegas dos diferentes medios, aproveitando as vantaxes e posibilidades de cada un, e que conflúen nun produto poliédrico que o lector aborda na orde que decida, pola parte que lle praza e co grao de interactividade desexa-do5. Os gustos do público parecen encamiñarse cara a unha intersección de formatos, dá a sen-sación de que o lector xa non ten abondo coa obra en si, senón que require dunha obra rodeada de todo tipo de complementos, e iso abre novos camiños (e supón novos retos) para os editores.

3 Sobre a función do hipertexto como fío condutor dun novo xeito de enfrontarse ao acto de lectura, baseado na interactividade e na multimodalidade, consultar Koch, 2005: 61 e ss.4 As bases da narrativa transmedia aparecen recollidas en JenKins, 2003.5 A narrativa transmedia é un concepto moi próximo ao denominado literatura XXI ou 2.0 (Bragado rodríguez, 2009: 2-3), inseridos á súa vez no marco da literacidade electrónica globalizada (cassany, 2006: 171 e ss.) que define o contexto no que actualmente se desenvolve o paradigma comunicacional.

Arredor da Rotonda

- 13 -

Desde A Navalla Suíza trabállase nestes momentos nun exemplo paradigmático de narra-tiva transmedia, a partir neste caso da novela A esmorga, de Eduardo Blanco-Amor. Co gallo da rodaxe dunha nova versión cinematográfica desta obra literaria, estase deseñando unha ampla oferta arredor do universo narrativo que o escritor ourensán nos presenta no seu libro máis di-fundido. Un portal na Rede conduciranos a un menú de opcións que van desde a posibilidade de ver a película xa existente (La parranda, de Gonzalo Suárez -1979-), os avances da rodaxe do novo filme, un cómic, xogos, material didáctico, audioguías ou mesmo (o que nos leva ao grao de interactividade máximo: a experiencia física) o roteiro que desde hai uns anos se pode realizar pola cidade de Ourense (a Auria da novela) visitando os lugares que serven de escenario á historia.

Como se pode ver, non se trata unicamente de desenvolver novos contidos, senón tamén de recompilar e mostrar xuntos os xa existentes, é dicir, de facilitarlle ao «usuario» (o termo «lec-tor» xa se antolla insuficiente) o acceso a todo aquilo que lle poida suxerir a lectura da obra lite-raria que serve de sustento a todos os demais elementos deste exemplo de narrativa transmedia.

2.2. O papel do editorTemos perfilado, polo tanto, un panorama editorial no que todo muda: os soportes, os conti-dos, o xeito de obter beneficios, a normativa que rexe a relación entre as partes, a función e as expectativas do receptor...6 E aínda nos queda falar dun último cambio, que en realidade é o primeiro, pois a súa participación é a que permite o encontro entre todos os demais elementos deste proceso: o do editor.

A posibilidade de que calquera de nós poida converterse no seu propio editor nun mo-mento dado (e aquí entrarían opcións que van desde a autoedición á xestión do noso blogue persoal) podería facernos pensar que a figura do editor é a primeira vítima que se vai cobrar esta revolución que vive o mundo da edición desde hai algo máis dunha década. Podería ser así, pois a deriva que vaia coller un sector tan complexo e cambiante é impredicible, pero semella máis factible que ao que estea obrigado o editor sexa a se resituar, a redefinir a súa tarefa como intermediario dentro do proceso editorial.

A interminable oferta (de todo tipo) que o usuario atopa diante del fai que sexa máis nece-saria que nunca a presenza dun prescritor, de alguén que nos axude a elixir en que empregar o noso tempo. E ese alguén ten que responder a unha dobre condicionante: seleccionar contidos de calidade e coñecer os seus potenciais destinatarios ata o punto de saber cales deses contidos poden ser do seu interese.

É nesta función de prescrición na que debe centrarse a actividade do editor. E o primeiro paso, como xa quedou dito, é escoller contidos de calidade, aquilo que de verdade paga a pena entre a case que infinita produción que caracteriza estes tempos da edición dixital. Un editor que

6 A recompilación máis extensa de documentos legais, estatísticos, de estratexias comerciais e publicitarias e de investigación sobre o actual panorama da edición en España (así como de ferramentas para o desenvolvemento do traballo editorial) pode atoparse na sección Recursos da páxina web de Ediciona (http://www.ediciona.com/recursos_y_herramientas-rec.htm). Sobre a actividade editorial propiamente dita, resultan de especial interese os blogues de Anatomía de la edición (agora reconvertido a web: http://www.anatomiadelaedicion.com) e El ojo fisgón (http://elojofisgon.blogspot.com).

Héctor Cajaraville Araújo

- 14 -

xere no público a confianza de que todo o que lle chegue a través do seu selo vai ser merecente da súa atención ten gran parte do seu traballo feito; a calidade da oferta editorial é a verdadeira imaxe de marca dun editor, a que lle vai permitir un posicionamento e unha situación de prefe-rencia fronte a outros.

Unha vez que temos o produto, a meta é convertelo nun obxecto de desexo para o público ao que vai dirixido. Polo tanto, o editor pasa agora de crítico a publicista, un axente que debe conseguir que a obra sexa coñecida polos seus potenciais consumidores, non só poñéndoa á vista, senón xerando a expectación necesaria para que a maior cantidade posible de xente deci-da empregar o seu tempo (e, na maior parte dos casos, os seus cartos) nese produto e non nos outros centos ou miles de opcións similares ás que pode acceder sen sequera moverse da casa.

Nesta faceta de marcador de tendencias, o editor ten que dotar a obra dun envoltorio, dun valor engadido máis alá do contido que a sitúe no punto de mira do target, do público obxec-tivo para o que se concibiu orixinalmente (e mesmo para outros públicos nos que quizais non se pensara en principio, pero cara aos que se pode estender o interese; pensemos, por exemplo, na literatura infantil e xuvenil que acaba sendo consumida por lectores de calquera idade: os chamados libros crossover). Ese envoltorio pode ir desde un deseño de cuberta atractivo, unha correcta maquetación do contido, a inclusión de agasallos para incentivar a acción de compra, a organización de eventos relacionados coa obra, a creación dunha páxina web na que se complete a información sobre o produto, un encontro virtual co autor...

Como vemos, o editor vai adaptando a súa proposta (en orixe, a do autor) a un público sobre o que ten un grao de coñecemento suficiente como para exercer sobre el unha influencia ou unha orientación na decisión de elixir un ou outro produto (neste caso, cultural). Este labor de curators ou gatekeepers vese facilitada na edición dixital por unha serie de ferramentas que lle facilitan ao editor a adaptación ao seu público para acadar o éxito editorial. A través delas (blogs, páxinas web, redes sociais, foros de discusión, enquisas persoais...), o lector ten a capacidade de dar a coñecer a súa opinión sobre a obra que se lle presenta, e o editor pode aproveitar este feedback para facerse unha idea máis precisa do colectivo co que traballa e ir perfilando deste modo as súas propostas futuras.

É máis: o editor ten na súa man a posibilidade de publicar directamente o que o público lle pida, garantíndose así (polo menos en teoría) o éxito do lanzamento: é o que se denomina crowdsourcing7, literalmente «saído da masa», unha modalidade da edición na que o destinatario se sente ao mesmo tempo parte activa do proceso, co grao de fidelización que iso representa.

2.3. Proxectos en perspectivaNeste contexto, para María Yáñez é necesario seguir afondando nas posibilidades que as novas tecnoloxías ofrecen para a difusión de contidos culturais, consolidando as sinerxías que xorden da hibridación dos diferentes medios e soportes: «A ruptura da secuencialidade e das fronteiras entre xéneros que supón este novo xeito de entender da edición ten que ser vista como unha

7 Sobre o concepto de crowdsourcing, ver howe, 2006: passim.

Arredor da Rotonda

- 15 -

oportunidade para poñer en marcha iniciativas que, noutras circunstancias, polo seu custo ou pola dificultade para chegar ao público, serían moito máis difíciles de consolidar, e máis nunha comunidade tan pequena como a galega», afirma.

Deste modo, a xornalista/editora avoga pola creación de proxectos que veñan cubrir as tradicionais eivas da edición galega, moi centrada na literatura «seria» e, polo tanto, limitándose a si mesma en canto ao tipo de público ao que aspira a chegar. «A edición en galego, malia a cantidade de proxectos que se puxeron en marcha nos últimos anos8, ten unha carencia evidente de literatura de non ficción, unha área que noutras literaturas foi gañando en títulos e lectores nos últimos anos. Poucas editoriais se atreven a sacar libros biográficos, de saúde ou autoaxuda, e os novos proxectos que aparecen compiten coas editoriais de toda a vida nun mercado que xa non dá moito máis de si», indica María Yáñez.

Nesta liña, a creadora non desbota a posibilidade de poñer en marcha un selo editorial centrado na publicación de novelas integradas baixo o xénero da chick lit, literatura dirixida a mulleres novas, formadas e urbanas, un apetecible nicho de mercado: «O índice de lectura entre as mulleres é moi superior ao masculino, e sacar unha liña de títulos pensados para elas é outra das materias pendentes da edición en galego, igual que o é o encargo de obras puntais a un autor concreto e sobre un determinado xénero ou temática, como podería ser este da chick lit. Os edi-tores parece que se conforman con elixir de entre o que lles chega, en lugar de sondar o mercado e ver que tipo de contidos son os que están sendo demandados polos lectores».

Ademais deste proxecto dun selo centrado na publicación de obras para o público feminino (e de seguir desenvolvendo contidos para A Navalla Suíza), María Yáñez non desbota a posi-bilidade de poñer en marcha unha editorial tradicional, é dicir, que distribúa libros impresos: «O problema de montar unha editorial convencional é o investimento preciso para arrancar; se non fose así, seguramente xa estaría montada, porque é unha idea á que lle levo dando voltas un tempo. Pero igual que un se pode arriscar a que algo como Ediciós da Rotonda esmoreza sen que iso supoña perda ningunha, polo menos no económico, poñer en marcha unha editorial física xa é outra cousa, hai que pensalo moi ben ter a seguridade de que a súa continuidade a longo prazo está afianzada».

Mesmo o selo chick lit podería encaixar máis nunha editorial de libros físicos que noutra ex-clusivamente dixital. Esta aparente contradición (a aposta pola edición clásica por parte dunha das referencias na edición dixital en Galicia) é aclarada pola propia protagonista: «A irrupción da edición dixital non vai supoñer a desaparición do libro como obxecto, polo menos non a cur-to prazo, de maneira que os dous soportes van convivir durante unha longa tempada, e tamén se trata de ver cales son os contidos máis acaídos para cada un deles. Talvez unha colección de literatura feminina, polo público ao que vai dirixida e polo contorno no que habitualmente se realiza a súa lectura, sexa máis factible en edición impresa».

8 A páxina web da Asociación Galega de Editores (http://www.editoresgalegos.org) recolle un total de 46 editoras asociadas na actualidade, 16 delas creadas a partir do ano 2000.

Héctor Cajaraville Araújo

- 16 -

II. A editorial

1. Xestación e presentación do proxecto

Durante todo o ano 2005, a María Yáñez bulíalle na cabeza a posibilidade de poñer en marcha en Galicia unha editorial que distribuíse de maneira libre os seus contidos pola Rede, ao modo doutras iniciativas xurdidas en diversos lugares do mundo durante os anos anteriores. Para iso seguiu con detemento experiencias previas, como as das editoriais Trafi cantes de Sueños ou Acuarela, pioneiras en España neste tipo de distribución.

Pero esta fase de adquisición de coñecementos para o desenvolvemento dun proxecto des-tas características non se limitou á consulta doutras iniciativas similares: en xullo de 2005, Ma-ría Yáñez asistiu en Barcelona ao congreso Copyfi ght, que reuniu na capital catalá os principais referentes no ámbito das licenzas non restritivas e da cultura libre. Alí estiveron, por exemplo, Cory Doctorow, editor de BoingBoing.net, daquela un dos blogues máis lidos no mundo, e no que se trataban habitualmente este tipo de cuestións (o propio Doctorow publica os seus libros baixo licenza Creative Commons); Jimmy Wales, co-fundador da Wikipedia, que xa entón se comezaba a consolidar como o maior proxecto mundial de creación conxunta na Rede; e, por riba de todos, o propio Lawrence Lessig, o maior experto mundial en ciberdereito e creador da licenza Creative Commons que, como logo veremos, será tamén a fórmula elixida por EdR para a xestión dos dereitos de autor.

Nese mesmo verán, María Yáñez asistiu en San Sebastián ás III Xornadas sobre Copyleft , outra modalidade de exercer os dereitos de autor baseada na libre distribución de copias e ver-sións, só coa esixencia de que estes dereitos se preserven nas versións modifi cadas. Así foi como durante 2005 a idea foi cobrando forma e, antes do remate do ano, coa chegada ás mans de María Yáñez do orixinal d’O home inédito, se converteu en realidade.

E o lugar elixido para a súa presentación foi nin máis nin menos que o encontro dos edi-tores galegos dese ano, que se celebrou no Consello da Cultura Galega. Talvez polo marco no se que fi xo a presentación, a noticia re-cibiu unha cobertura inesperada (ver o anexo 1, sobre as informacións recolli-das na prensa no momento da presen-tación do proxecto). A esta repercu-sión colaborou tamén o feito de que a nova foi pasando de blogue en blogue, un ámbito no que María Yáñez xa era unha referencia destacada; entre os que fi xeron mención á posta en marcha de EdR están os seguintes: Ian, Brétemas, El niño de la guía, Regueifeiro, Pavochun-

María Yáñez, durante a presentación en Vigo da páxina web de Ediciós da Rotonda

Arredor da Rotonda

- 17 -

go, Rucito, Juan Varela, Manolo Gago, Colazo, Óscar González, Lúa Neghra, Jan, Le Petit Poyon, Dorfun, Folerpa, Paleón, Arrebola, BBoing, Manuls, Agnix, Glug, Arredemo, Rogério Santos, Xávi, Arvpart, ptrglf, Paco en A Canción do Náufrago, Fanzine U–571 e Bitácora de CC España.

Deste modo, «sen escribir sequera unha nota de prensa» (como aclara María Yáñez), a irrupción de EdR no panorama editorial galego foi a noticia cultural daquel fi nal do ano 2005. Pero antes de falar do seu percorrido, queda aínda referirnos a outras cuestións previas, das que damos conta nas seguintes aliñas.

2. Nome e imaxe corporativa

Unha vez tomada a decisión de crear a editorial, había que dotala dun nome e dunha imaxe cor-porativa (empezando por un logotipo). E o nome chegou da man da primeira obra (fi nalmente a única) que se editou. Porque O home inédito tiña en orixe o título d’A lei da rotonda, e así foi como se presentou a diferentes premios e editoriais antes da súa distribución libre na Rede. De modo que o vínculo entre editorial e novela, que se ía trasladar tamén ao nome de ambas as dúas, quedou só nun curioso transvasamento ao publicarse logo o libro cun título diferente.

O motivo polo que se elixiu a variante dialectal Ediciós por riba do estándar Edicións débese a unha dobre razón:

• A preferencia polo galego falado na provincia de Lugo, lugar de procedencia de María Yáñez. • E tamén unha homenaxe a un referente histórico no mundo da edición en Galicia: Edi-

ciós do Castro, creada en 1963 no marco do proxecto cultural Sargadelos de Isaac Díaz Pardo, quen tamén se decantou por esta variante do galego central.

Por debaixo do nome subxace tamén unha idea que a propia María Yáñez nos desvela: «A evocación dun elemento propio da Galicia máis ancestral, o castro, e a referencia a un dos sím-bolos da Galicia contemporánea, a rotonda, ambos os dous de forma circular».

Estaba o nome, pero faltaba o logotipo, e este xurdiu dun encargo a Óscar Otero, deseñador gráfi co e compañeiro de María Yáñez na sede conxunta do xornal Vieiros e a empresa de servizos dixitais Acordar: «A base da proposta tiña que ser unha rotonda, tamén porque esa estrutura circular estaba na liña dos logotipos da Creative Commons, un dos seus motivos inspiradores. Así foi como xurdiu un borrador que fi nalmente se converteu no logotipo defi nitivo, cambián-dolle só a letra empregada nun principio por outra que imita a tipografía dunha máquina de escribir, e que nos pareceu máis acaída».

María Yáñez completa esta explicación cunha refe-rencia ás ás e ás frechas interiores da rotonda: «Apareceu Óscar coa idea da rotonda alada, e pareceunos perfecto, polo seu simbolismo. E no caso das frechas, a súa incor-poración, ademais de completar a imaxe da rotonda, de-

Óscar Otero

Héctor Cajaraville Araújo

- 18 -

beuse á súa identificación coas ideas de reci-claxe, ciclo continuo e retroalimentación».

Conscientes da importancia da imaxe corporativa para a difusión do proxecto, EdR facilitaba a descarga do seu logotipo e animaba ao seu emprego en todas as refe-rencias que se fixeran ao proxecto. Na súa páxina web podía lerse o seguinte texto: «O logotipo de Ediciós da Rotonda pide ser co-piado e difundido polo mundo virtual e físico; aquí o tes en diversos formatos para non ter escusa». Efectivamente, desde a páxina podía realizarse a descarga do logotipo nos formatos propios de Adobe Illustrator (.ai), Encapsulated Post Script (.eps), Portable Document Format (.pdf) e vectorial escalable (.svg).

Nesta mesma liña, a páxina (da que logo falaremos en canto á súa estrutura e aos servizos que prestaba) permitía tamén a actualización de novas da editorial por medio do servizo de suscrición de RSS.

3. Equipo humano, investimento e publicidade

Ademais da propia María Yáñez, a outra persoa que participou directamente na posta en marcha de EdR foi o seu compañeiro Berto Yáñez, quen se encargou sobre todo das cuestións técnicas, mentres que as tarefas de María se centraban máis ben na área dos contidos.

Polo tanto, en canto a custos de persoal, pódese dicir que foron inexistentes, alén do traba-llo propio e o tempo dedicado dos seus creadores. E o mesmo sucedeu con outras parcelas do proxecto, que nunha editorial convencional suporían un gasto máis ou menos sensible, e que no caso de EdR non obrigaron a realizar investimento ningún:

• EdR non tiña unha sede física, algo imprescindible para unha editorial convencional, por mínima que sexa a súa dimensión e por pequeno que resulte o seu volume de negocio. Só o simple almacenamento de exemplares impresos (outra das vantaxes da edición dixital) precisa dun espazo que aquí non é necesario considerar. • O mesmo se pode dicir do equipamento técnico: un ordenador foi todo o que se pre-

cisou para iniciar o proxecto, e nin sequera se pode imputar directamente a este, xa que o equipo informático empregado era o mesmo que se usara en propostas anteriores, tanto de María como de Berto Yáñez. • A promoción veu dada, un pouco polo interese do proxecto en si mesmo e outro pouco

por quen o poñía en marcha, pois á altura de 2005 María Yáñez era xa unha persoa coñecida no ámbito da difusión de contidos culturais a través das novas tecnoloxías, e calquera idea súa era recibida con certa expectación. O certo é que non se fixo campaña de promoción de

Logotipo de Ediciós da Rotonda

Arredor da Rotonda

- 19 -

ningún tipo, máis alá da creación da propia páxina web e da presentación do proxecto en varias cidades unha vez que xa estaba operativo. • A propia filosofía da editorial, baseada no emprego de licenzas Creative Commons, evita

outros gastos a maiores, como os que se derivarían do contrato con cada un dos autores cuxas obras se distribúan. • Este punto anterior lévanos precisamente a falar da distribución, unha das bestas negras

da edición convencional, xa que os beneficios obtidos da venda dun exemplar adoitan re-percutir máis xenerosamente nas contas dos que levan os libros dun sitio para outro (ou dos que están ao final do proceso, nos puntos de venda) que nas de quen arriscan o seu pa-trimonio para lanzar unha obra ao mercado. Unha editorial que distribúe os seus produtos libremente en soporte dixital chega directamente ao lector sen necesidade de intermedia-rios, a cambio, iso si, de prescindir dos beneficios da venda dos exemplares.

Polo tanto, o único gasto imputable neste primeiro exercicio de EdR (do que xa non pa-saría) foi a adquisición do dominio arotonda.com, para a súa explotación na Rede durante o período contratado. Nin sequera foi preciso pagar por un servizo de hosting ou aloxamento dos arquivos accesibles a través deste dominio pois, como lembra a propia María, «a páxina da edi-torial estaba gardada no espazo sobrante dalgún dos proxectos de Berto».

Estamos a falar entón dun proxecto montado practicamente de balde, pero no que parece que os beneficios tampouco son excesivos, en caso de existiren. Como pensaba financiarse EdR para ser unha sociedade que dera para vivir, ou polo menos para garantir a súa supervivencia? As ideas eran varias:

•• Merchandising da propia editorial. Venda nun reducido número de tendas de produtos coa imaxe de marca da editorial. Para María Yáñez, unha das grandes vantaxes do logotipo elixido (a rotonda alada) era a súa «chapabilidade», é dicir, a súa doada adaptación a todo tipo de elementos de merchandising, como as chapas. • Edición física do material. A distribución de balde pola Rede concibíase como un pri-

meiro chanzo para logo, unha vez que o produto era coñecido polos potenciais lectores, proceder á súa venda polo sistema convencional, polo menos naqueles casos nos que a expectación xerada nesta primeira fase así o aconsellasen. • Negociación dos dereitos de explotación. No momento en que un dos autores cuxa

obra se distribuíse libremente a través de EdR quixese negociar cun terceiro a súa difusión por outra vía ou con outras condicións, EdR entraría como unha das partes da negociación.

Cómpre aclarar novamente que ningunha destas liñas de financiamento se puxo en mar-cha (nin sequera o acordo con Rinoceronte Editora para a edición impresa d’O home inédito se negociou así). Deste modo, a conta de resultados foi «o comido polo servido»: mínimo investi-mento, nula rendibilidade.

Héctor Cajaraville Araújo

- 20 -

4. Filosofía de traballo

EdR presentábase na súa web como «un proxecto edito-rial pioneiro e chuliño para a produción de contidos de libre distribución. Textos, imaxes, audio e vídeo todos metidos nun bote de bits. Calquera día faremos átomos, ou mesmo moléculas».

Polo tanto, en orixe EdR formulábase como unha edi-tora de contidos multidisciplinares (logo quedaría unica-mente limitada á súa vertente literaria), onde en principio ía ter cabida desde a literatura de gran formato («a novela de toda a vida, vaia», aclaraban os seus promotores), ata formas de creación máis experimentais como o net art ou o podcasting. Deste modo, prevíanse catro grandes liñas de traballo: textos, audio, vídeo e imaxe.

A idea de base (e isto si se respectou no único proxecto fi nalmente desenvolvido) era crear unha ferramenta que permitise unha liña estreita de comunicación co público a través do blo-gue da Rotonda e dos blogues dos propios autores, co obxectivo de que os contidos da editorial estivesen vivos e abertos á participación colectiva, e de que houbese un trato directo entre os usuarios e os autores, que deste modo podían coñecer de primeira man as reaccións e opinións dos seus lectores.

Outros elementos básicos na fi losofía de traballo de EdR no momento da súa creación eran os seguintes:

• Promover o idioma galego en todas as súas liñas de actividade. • Ter como criterio o gusto persoal e a afi nidade de ideas. Non publicar nada que non se

intúa que lle poida gustar ao público. «Pero se non lle gusta á crítica, coñecendo a crítica, case mellor», completaban con retranca os responsables de EdR. • Manter un contacto directo cos autores: se tiñan algún material susceptible de formar

parte da Rotonda, a os responsables de EdR animábanos a facérllelo chegar. A editorial comprometíase a responder en todos os casos. • Busca da calidade no seu traballo como sinal de identidade de cara aos lectores. O pro-

ceso de edición da obra era idéntico ao dunha editorial tradicional: selección do material, corrección, maquetación...: «Poñémolo bonito e dámoslle o envoltorio promocional axei-tado para a súa máxima difusión», aseguraban na web. • EdR buscaba en todo caso servir de plataforma promocional para contidos sen facer un

uso comercial, polo menos mentres non tivese capacidade de produción propia. Deste xei-to, os autores reservaban os dereitos de explotación para outras editoriais ou medios de di-fusión que si o quixesen ou puidesen facer. O xeito no que os autores cederían estes dereitos e a quen sería sempre o froito dun pacto entre os autores, EdR e a terceira parte implicada. • Ofrecer a oportunidade de publicar e gozar de obras en internet sen as limitacións do

Copyright. É dicir, os autores (e a editorial) renunciaban ao monopolio sobre os dereitos

Presentación do proxecto da páxina principal da web da editorial

Arredor da Rotonda

- 21 -

de autor, e cedían algúns para que a obra se puidese copiar e distribuír de maneira libre e gratuíta (no seguinte apartado falarase precisamente da modalidade de licenza elixida).

O curto percorrido de EdR impediu que todos estes puntos da fi losofía de traballo con-cibida inicialmente se puidesen concretar en toda a súa amplitude, pero ata onde o proxecto medrou, a súa liña de actuación foi fi el a estes principios.

4.1. Dereitos de autor: a licenza Creative Commons Como xa se mencionou de maneira recorrente neste traballo, EdR naceu para distribuír de bal-de contidos culturais a través da Rede, baixo a licenza Creative Commons9.

Creative Commons é unha organización non gobernamental sen ánimo de lucro que desenvolve plans para axudar a reducir as barreiras legais da creatividade mediante unha nova lexislación pensada sobre todo para o ámbito das no-vas tecnoloxías. O seu fundador é Lawrence Lessig (citado anteriormente: ver páxina 16), profe-sor de dereito da universidade estadounidense de Stanford, quen en 2001 decidiu estandarizar e redactar as diferentes modalidades de licenzas para as obras artíticas e culturais.

O motivo polo que naceu esta iniciativa foi crear un formato máis fl exible de tratamento dos dereitos do autor, fronte á rixidez do Copyright (por non falar da súa escasa adaptación ao novo universo dixital, onde as copias se realizan cun só click do rato), o xeito máis tradicional de reserva destes dereitos. Nas Creative Commons o autor elixe o que quere compartir e o que que-re conservar, aproveitando ao máximo os medios de difusión dixitais ao tempo que se controla o emprego da obra por parte de terceiros, mesmo deixando aberta a posibilidade de mellorar a obra orixinal por parte doutros autores ou de crear novas obras derivadas daquela primeira.

Deste modo, as Creative Commons sitúanse dentro do Copyleft (con frecuencia confún-dense ambos os termos, malia ser o do Copyleft un concepto máis xeral), un marco legal oposto ao Copyright e nacido para responder á nova realidade do mundo da creación: coa universa-lización dos soportes dixitais, calquera persoa está en condicións de ser un xestor de contidos ou un creador de obras susceptibles de ser amparadas baixo unha lei de propiedade intelectual.

Ademais da organización en por si, denomínanse tamén Creative Commons todas esas licenzas desenvolvidas ao seu abeiro. E dicimos licenzas, en plural, porque hai arredor dunha ducia de variantes, segundo se respecte ou non a atribución da obra ao seu autor, se pretenda ou non un benefi cio comercial e haxa ou non posibilidade de realizar obras derivadas da orixinal.

A fórmula elixida por EdR foi a máis estendida das Creative Commons. Segundo esta mo-dalidade de licenza, o usuario é libre de copiar, distribuír e comunicar publicamente a obra (e mesmo de facer obras derivadas) baixo as condicións seguintes:

9 Toda a información referida a esta modalidade de protección dos dereitos de autor aparece recollida na súa páxina ofi cial (versión en galego): http://www.creativecommons.org/licenses/ by–nc–sa/2.5/es/deed.gl

Logotipo da licenza Creative Commons

Héctor Cajaraville Araújo

- 22 -

• Recoñecemento. Debe facerse unha men-ción expresa do autor nos créditos da obra, do xeito especificado polo autor ou polo licencia-dor.

• Non comercial. Non se pode empregar esta obra para fins mercantís.

• Compartir baixo a mesma licenza. Se se altera ou transforma esta obra, ou no caso de xerarse unha obra derivada, só se pode distribuír a obra xerada baixo unha licenza idéntica a esta (será o caso, como veremos, da edición en papel d’O home inédito).

5. Páxina web

EdR nace por e para internet. Polo tan-to, no seu caso unha páxina web non era un simple escaparate para atraer os po-tenciais lectores, senón o seu primeiro espazo, a súa ferramenta e a súa canle de comunicación básica. Non podía ser, polo tanto, unha páxina web para saír do paso, senón toda unha editorial e o que a rodea reconvertida a formato dixital. Con esta motivación, María Yáñez (co aseso-ramento de Berto Yáñez para a parte téc-nica) concibiu un portal que puidese res-ponder a todas as necesidades do usuario que casualmente ou de forma consciente chegase ata o enderezo http://www.aro-tonda.com.

Imos ver as áreas nas que se estrutu-rou a páxina web de EdR:

A editora. Nesta parte recóllese toda a información referida ao proxecto, distribuída en catro seccións:

• O proxecto. Texto que recolle a declaración de principios mediante a que a editorial se presenta aos seus usuarios. A presentación remata cunha frase que logo sería profética:

Aspecto da páxina de inicio da web de Ediciós da Rotonda

BY: osLogotipos de recoñecemento da autoría, renuncia ao

emprego da obra para fins comerciais e posibilidade de compartir baixo a mesma licenza obras derivadas

Arredor da Rotonda

- 23 -

«Ediciós da Rotonda ten ánimo de lucro ou cando menos de supervivencia. Outra cousa é que o consigamos». • Autoras/es. O que en principio ía ser unha base de datos coa listaxe alfabética (e a co-

rrespondente biografía) de todos os autores que fosen publicando os seus traballos a través de EdR, quedou finalmente convertida nun monográfico dedicado a Carlos G. Meixide. • Información. Desde esta parte era posible establecer contacto cos responsables da edi-

torial, ademais de presentarse a identidade gráfica do proxecto (coa opción de descarga en diferentes formatos). Asemade, incluíase un enlace á páxina das Creative Commons, a licenza elixida para a protección dos dereitos dos autores de EdR. • Blogue. Toda a información que se ía xerando arredor do proxecto era recollida neste

caderno de bitácora, que funcionaba a modo de arquivo documental, mesmo servindo de enlace a outros contidos externos referidos a EdR. Estivo activo só durante os primeiros tempos do proxecto, e a última anotación é do 5 de decembro de 2005.

Contidos: A previsión inicial de ir incorporando á páxina novos contidos, non só litera-rios, senón tamén fotográficos, musicais ou audiovisuais quedou, como xa é sabido, só nunha idea de partida que logo non se concretou (houbo un intento de lanzamento dunha serie para internet, E.U.R.O.P.A., que finalmente non se chegaría a estrear). Por este motivo, só no apartado de textos atopamos a correspondente referencia a O home inédito, que nos enlaza cunha atracti-va páxina dedicada á obra, presentada case a modo de estrea cinematográfica, como se pode ver polas diferentes seccións que se tomaron en conta:

• Autor. Biografía de Carlos G. Meixide (distinta da presentada no apartado Autoras/es da sección A editora). • Sinopse. Breve texto a modo de resumo e contextualización para o lector. É o mesmo

texto que logo se incluiría na contacuberta da edición impresa. • Personaxes. Pequeno perfil do protagonista e dos principais personaxes da novela. • Making of. É aquí onde a correspondencia co cinematográfico alcanza a súa cota máxi-

ma: o propio autor cóntanos como xurdiu e como se desenvolveu a idea da novela (o texto íntegro deste «como se fixo» inclúese nos anexos deste traballo). • A xente fala. Persoas máis ou menos vínculadas ao autor ou ao ámbito da literatura en

Galicia (Tomás Lijó, co que forma dúo humorístico; Manuel Outeiriño, profesor da facul-tade de Xornalismo; e Séchu Sende, escritor, entre outros) presentan aquí a súa crítica da obra. A páxina permitía tamén a incorporación de críticas dos lectores que tivesen interese en plasmar a súa experiencia lectora, pero non houbo máis achegas por esa liña. • Licenza. Nesta área explícase o motivo polo que a editorial se decantou pola variante

das Creative Commons finalmente elixido, e ao mesmo tempo inclúense senllos enlaces ás versións reducida e íntegra desta licenza. • Descarga. Ferramenta para a obtención da obra, nos tres formatos dispoñibles (pdf,

texto plano e eReader, este último desenvolvido motu proprio polo portal CanalPDA.com).

Héctor Cajaraville Araújo

- 24 -

Nesta zona de descarga tamén se podía obter unicamente a portada da novela, tamén en tres formatos: jpg, pdf e ai. • Blogue. Neste caso trátase do blogue do au-

tor e, por extensión, da novela (a diferenza do outro blogue referido, no que se trataban máis ben cuestións relacionadas con EdR en xeral). A primeira entrada é de comezos de novembro de 2005, coincidindo co lanzamento d’O home inédito, e a última do 15 de decembro dese mes-mo ano, cando xa se chegara ás 1.000 descar-gas. Este blogue ten o interese de ir coñecendo as reaccións do propio Carlos G. Meixide ante a difusión da súa obra. De entre as anotacións incorporadas ao caderno, cómpre sinalar tres: a súa satisfacción ao ver a acollida do proxecto (e da propia novela); a súa sorpresa por que o libro chegase a lugares tan dispares como Buenos Ai-res ou Cork; e un agradecemento a María Yáñez, que pode servir de resumo ao que foi EdR: «Gra-zas, María, por montarme esta editorial [...]».

Axuda. A terceira póla da web de EdR é un es-pazo para aclarar as dúbidas que se lle poidan susci-tar ao usuario da páxina en canto ao funcionamento da editorial ou o modo de contactar con ela.

• Preguntas frecuentes. Cuestións como o tipo de contidos que se pensa editar, como se realiza a selección deses contidos, como pensan os seus responsables ir financiando o proxecto ou mesmo que sentido ten unha editorial nun tempo no que a autoedición esta ao alcance de calquera son contestadas neste apartado. • Enviar obra. Finalmente, facilítase o contac-

to para enviar calquera obra sobre a que o au-tor queira recibir a opinión dos responsables de EdR.

Blogue persoal de Carlos G. Meixide

Arredor da Rotonda

- 25 -

A páxina web de EdR estivo funcionando con esta estrutura ata comezos de 2007, cando foi substituída por outra cunha única pantalla na que se informaba do acordo con Rinoceronte Editora para facer a versión en papel d’O home inédito. Esoutra páxina mantívose operativa ata mediados do ano 2009.

6. Desaparición da iniciativa

En palabras da propia María Yáñez, EdR morreu «por nos durmir nos loureiros». O éxito do seu primeiro produto, O home inédito, parecía presaxiar unha longa vida para a primeira editorial galega que difundiu libremente os seus contidos na Rede.

Varias foron as razóns polas que EdR foi esmorecendo ata que, apenas un ano despois da súa creación, o único que quedaba era unha páxina web co enlace á súa única obra publicada:

• A designación de María Yáñez como directora do xornal dixital Vieiros, o que a privou do tempo necesario para seguir desenvolvendo o proxecto. • A falta de contidos que suscitaran o interese da editorial. Respondendo á súa chamada,

a EdR comezaron a chegar orixinais de todo tipo (só durante a primeira semana de funcio-namento da web se recibiron arredor dunha ducia de obras literarias), mais ningún deles chegou a prender a chispa que si saltara coa obra de Carlos G. Meixide. • A irrupción na Rede de proxectos similares aos que EdR puxera en marcha, máis adap-

tados ás necesidades dos usuarios (prescindido, por exemplo, do formato pdf en beneficio doutros máis acaídos e versátiles).10

Para María Yáñez, este chanzo da súa xa longa carreira como promotora de proxectos dixi-tais non foi nin moito menos un fracaso: «O único que pretendiamos era abrir novas vías na intermediación entre os creadores e os destinatarios finais das súas creacións; era unha proba, un experimento, e como tal quedou cumprido logo da aparición daquel primeiro libro que ao final foi o único. Non faltaron posibilidades de seguir facendo cousas por esa vía, pero a verdade é que logo dos primeiros meses de vida da editorial, non podía evitar a sensación de cousa xa feita, e a miña inquedanza pedíame centrarme noutros proxectos nun ámbito, este da relación entre creación e novas tecnoloxías, no que todo está por facer. Así que penso que a cousa foi como tiña que ser. E entrementres eu, malia que en galego non rima, a outra cousa, bolboreta».

Así foi: a iniciativa pasou a mellor vida, e aínda que é posible atopar numerosas referencias na Rede sobre a súa existencia (sobre todo noticias en prensa e anotacións en blogues), nin se-quera a propia páxina web que lle deu sustento existe xa, pois no seu momento non se levou a cabo a renovación do correspondente dominio, que actualmente segue estando libre.

10 Especial mención, no panorama editorial galego, merece o proxecto A Regueifa (http://aregueifanetlabel.blogspot.com), nacido en 2007, e que distribúe contidos culturais de todo tipo (especialmente musicais e literarios) baixo licenza Copyleft.

Héctor Cajaraville Araújo

- 26 -

III. O home inédito

O outro alicerce deste traballo, ademais da persoa que puxo en marcha a editorial e a editorial mesma, é o único libro que se distribuíu de maneira libre na Rede a través de Ediciós da Roton-da: O home inédito. Os propios protagonistas non teñen xa moi claro se foi primeiro a decisión de poñer en marcha a editorial ou a lectura do orixinal desta novela: «Tiñamos a idea, e agora tamén o material que a xustifi caba. Supoño que ler O home inédito e pensar que un libro tan entretido coma este podía quedar sen publicarse foi o estímulo que precisaba para desenvolver o proxecto», explica María Yáñez.

Carlos G. Meixide atribúe a decisión á parte editorial: «A idea foi dende o primeiro mo-mento de María e Berto [Yáñez]. Son uns auténticos pioneiros e visionarios das novidades que ofrece a tecnoloxía para a difusión de contidos culturais. Eu recoñézome ben ignorante desas cuestións, aínda que sempre entusiasta e curioso, e non tiven dúbidas á hora de poñer o texto nas súas mans (á parte de todo, trátase de bos amigos)».

Por aquela época (estamos en 2005) María Yáñez exercía de algo semellante a axente edito-rial dos seus amigos escritores. O motivo, segundo a propia María, era bastante máis banal do que puidese pensarse: «Eu daquela estaba en Continental, e tiña posibilidade de facer de balde as fotocopias que se pedían das obras para, por exemplo, presentalas a un certame literario. O meu labor de axente literario non ía moito máis aló. Iso si, ademais d’O home inédito, fi xen tamén de dinamizadora, podemos dicilo así, da novela Baixo mínimos, de Diego Ameixeiras, que acabou sendo publicada en Xerais, de modo que a miña curta vida como axente literaria non estivo mal».

De feito, O home inédito foi enviada tamén a Edicións Xerais de Galicia para a súa valora-ción, e tomou parte na edición do ano 2004 dos Premios Blanco-Amor de novela, onde quedou en segundo lugar e recibiu unha mención especial do xurado, que na nota do ditame reco-mendaba a súa publicación por parte da editorial Galaxia, mantedora dos premios. Finalmente, diversas razóns (ver o anexo 2: Making of d’O home inédito, realizado polo propio autor) impe-diron que o libro vise a luz mediante a edición tradicional, de xeito que María Yáñez decidiu completar a súa faceta de axente literaria e converterse directamente en editora.

1. O autor

Carlos G. Meixide (Vilagarcía de Arousa, 1977) é amigo persoal de María Yáñez. Tamén licenciado en xornalismo, aproveitou unha das súas épocas de desemprego para escribir a novela. Entrementres, estivo en distintos medios de comunicación gale-gos, as máis das veces vencellados coa televisión, medio no que tamén traballou en programas de Carlos G. Meixide

Arredor da Rotonda

- 27 -

entretemento e como actor nun par de series. Tamén fixo intentos na prensa compostelá, mais todos duraron o que dura un contrato temporal. «Por respecto a min mesmo prefiro obviar os nomes de todos os medios nos que acheguei o meu traballo», asegura con retranca. Actualmente traballa como guionista na TVG.

A súa faceta de profesional dos medios de comunicación complétase con outras dúas: a de escritor (ademais d’O home inédito, publicou en 2004 en Sotelo Blanco o libro infantil A mira-gaia) e a de artista cómico-musical, que comezou co grupo Lijó & Meixide Artistas en Xeral a finais da década dos anos noventa, un dúo humorístico que buscan internarse nas distintas artes, segundo a súa división clásica, con notable perseveranza mais éxito dispar. A súa nova proposta, actualmente en marcha, leva por nome Os da Ría.

Xunto co propio Tomás Lijó dirixiu en 2001 a curtametraxe O meu nome, o meu mundo, «insolitamente» (segundo o seu propio ditame) seleccionada para a sección oficial do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Independente de Nova York. A súa presentación na cidade dos rañaceos, programada para o 11 de setembro dese ano, tivo que ser suspendida por razóns obvias: «A posterior proxección uns días despois orixinou unha notábel perplexidade e descon-certo nunha cidade xa de por si desconcertada e perplexa», aclara Meixide. Despois deste pri-meiro proxecto audiovisual, aínda nacería outro, Cascallos, precisamente a raíz da súa presenza en Nova York durante o atentado nas Torres Xemelgas.

2. A obra

A mellor definición d’O home inédito é a frase (creación do propio autor) que a editorial em-pregou como slogan de enganche na cabeceira da súa páxina web: «Unha mestura entre Sexo en Nova York e No ventre do silencio». A hibridación resultante desta fusión entre a frivolidade da serie de televisión estadounidense e o desazo da novela de Ferrín, ambientada na esmagante sociedade da posguerra civil, semella xa de por si suxerente, e máis aínda se lle sumamos o outro lema que se empregou como presentación da novela, arremedo da canción popular. «Amor, hu-mor e sexo, todos metidos nun bote».

O argumento, explicado por Carlos G. Meixide, demostra que a idea non era facer un libro que se convertese nun referente da mestría literaria, senón unha novela fresca e de lectura doada e divertida (algo do que, por outro lado, carece tradicionalmente a literatura galega, máis dada ao culto e requintado que ao mundano e accesible): «Un galego da Coruña, resultón, deporti-vista e sentimental, dúas coreanas que falan portugués e un profesor universitario brasileiro no Nova York post 11–S, nunha historia de amor, humor e sexo. Alén diso, e a xeito de flash–back, un galego da Coruña que se emperra en publicar os seus poemas en Positivas e en namorar dunha rapaza que bebe os ventos polo Anxo Quintela de finais dos 90».

Entre os protagonistas da novela, atopamos os seguintes: • Lucas. O protagonista. • Laurita. Amor platónico de Lucas na súa etapa universitaria compostelá, acabará na-

morada do poeta e xornalista Anxo Quintela.

Héctor Cajaraville Araújo

- 28 -

• Ramón. Principal amigo de Lucas en Santiago. Con el falará de amor, literatura… • Anxo Quintela [personaxe real]. Xornalista e poeta. • Paco Macías [personaxe real]. Fundador e director de Edicións Positivas. • Lijó&Meixide [personaxes reais]. Dúo cómico-musical que efectivamente existiu en

Santiago a fi nais dos noventa e aínda a día de hoxe reaparecen de cando en cando baixo no-vos proxectos humorísticos. Un dos membros do dúo, Meixide, é o propio autor da novela, o que dá pé a simpáticas situacións. • Mi-Hee. Modelo coreana de minisaias. Ao igual que Sun Young, apúntase a un curso de

literatura brasileira na Columbia que imparte Inácio, pois é unha fan de obra de Saramago (axiña descubrirá, para o seu desazo, que Saramago non é brasileiro). • Sun-Young. Moza de Inácio e amiga de Mi-Hee. • Inácio. Profesor de literatura brasileira, convértese no mellor amigo de Lucas na súa

estadía neiorquina. • Oswaldo. Ex–represor durante a ditadura en Arxentina. Ten unha canle de fútbol para

as comunidades hispanofalantes de Nova York, na que traballa Lucas. • Claudita. Filla de Oswaldo. • Marisleysis. Encárgase da limpeza na canle de TV. Aínda adolescente, compartirá unha

frívola («que non lasciva», aclara o autor) complicidade co protagonista. • Emily. De ser unha efémera relación durante a súa estadía americana, pasará a conver-

terse en pesadelo para Lucas dado o seu carácter bipolar e agresivo.

Con estas pezas componse un divertido relato que se desenvolve a ambos os dous lados do Atlántico, e no que por veces a historia avanza coa lentura dun drama (non exento de traxedia) que alterna coa viveza e a ambigüidade do vodevil. Hai quen a defi niu como «a típica historia do emigrante galego que fracasa na súa aventura ultramarina11», pero se algo caracteriza esta novela é o seu afastamento dos tópicos arredor dos que a literatura galega xirou tradicionalmente.

3. Deseño e maquetación

3.1. Deseño de cubertaA cuberta do libro foi cousa de Berto Yáñez, com-pañeiro de María Yáñez neste proxecto de Ediciós da Rotonda (así coma noutros anteriores e poste-riores), ademais de creador de creador de iniciati-vas no mundo da comunicación dixital en Galicia como Chuza! ou Aduaneiros sen fronteiras.

Así o confi rma Carlos G. Meixide: «Deixeino todo nas súas mans. Iso non quere dicir que non estiveramos en contacto en todo momento e a medi-

11 Crítica literaria de Dolores Martínez Torres en Faro da Cultura (suplemento cultural do xornal Faro de Vigo), o 24-5-07.

Berto Yáñez

Arredor da Rotonda

- 29 -

da que algo se concretaba non me pedisen opinión. Durante todo o proceso fun absolutamente entusiasta e encantábame como estaba a resultar todo».

E malia todo, a idea (como sucedera co logotipo da editorial) xurdiu de maneira moi rápi-da, case intuitiva: «Tiñamos claro que unha boa idea podía ser facer un mosaico con algúns dos temas recorrentes da novela: o Deportivo, o 11-S, as mozas coreanas, Santiago de Compostela... Collín todos eses elementos e apliqueilles un filtro do Photoshop, o de tampón penso que foi, só por ver como quedaba e presentarllo a Meixide a modo de bosquexo. Pero resulta que a cousa fixo graza e acabou convertida na cuberta final», explica Berto.

O resultado é certamente chamativo, cun Fran (ex-xogador do Deportivo, equipo dos amo-res do protagonista) en primeiro plano, acompañado dunha moza chinesa, e as Torres Xemelgas neoiorquinas e a catedral de Santiago enmarcando o conxunto a esquerda e dereita, respec-tivamente. O conxunto complétase dun texto en vertical elaborado a partir de caracteres con fasquía oriental («xa non lembro o que poñía, pero penso que eran letras escollidas ao azar, sen ningunha mensaxe en concreto», indica Berto Yáñez).

O fondo elixido para a composición de cuberta é dunha cor uniforme, a medio camiño entre verde pistacho e verde mazá, case fluorescente, que redunda nesa idea de transmitir unha imaxe sinxela, chamativa, orixinal e novidosa12.

3.2. Maquetación do interiorDa maquetación do texto encargouse Óscar Otero, quen xa fora tamén o responsable do logoti-po da editorial: «Eu traballara anteriormente nunha editorial, así que fixen unha montaxe moi ligada á edición tradicional, por dúas razóns: porque naquela época a xente aínda non estaba moi acostumada a ler novelas sobre o monitor do seu ordenador, e tamén (e por este mesmo motivo) porque consideramos que habería moita xente que preferiría imprimir o pdf e lelo en papel antes que na pantalla».

Efectivamente, a maquetación da versión dixital d’O home inédito responde aos canons da edición máis clásica (ver páxina anterior): desde as dimensións (148x210 mm) ata a tipografía elixida (a Adobe Garamond Pro, de 11,5 puntos para o texto e de 7 puntos para as cabeceiras e a numeración), pasando por cuestións aínda máis ligadas á edición en papel, como o comezo dos capítulos en páxina impar (deixando a páxina par en branco cando o capítulo anterior remata tamén en impar) ou a diferenza entre os marxes interior (15 mm) e exterior (20 mm).13

Nesta mesma liña, destaca o pouco aproveitamento das posibilidades do hipertexto ou das vantaxes do soporte dixital. Un exemplo: o índice final dos capítulos non inclúe a posibilidade de desprazarnos directamente a cada un deles mediante un click no nome do capítulo ou no número de páxina correspondente, algo case xeneralizado (segundo puidemos comprobar) na edición dixital actual.

12 É preciso aclarar que neste caso a cuberta é únicamente a páxina denominada primeira de cuberta, pois na edición dixital (por razóns obvias) non se adoita incorporar a contracuberta ou cuarta de cuberta nin as lapelas.13 Para as cuestións relacionadas coa edición tradicional, remitímonos en todos os casos a Blanco Valdés, 2009. Para as achegas sobre o deseño de cuberta, guiámonos por Bilz, s., M. Mischler e r. Klanten, 2008.

Héctor Cajaraville Araújo

- 30 -

Cuberta da edición dixital d’O home inédito, de Carlos G. Meixide

Arredor da Rotonda

- 31 -

64 CARLOS G. MEIXIDE

—Pois nada. Que teño, como che dixen por teléfono, uns poemiñas no-vos.—Xa cho escoitei, si, si. Está moi ben iso de escribir poemas. Eu tamén escribín moitos de cativo. Sobre todo a unha moza de Ponferrada. Dixé-rache xa que eu son do Bierzo? Pois iso, que está moi ben. Cales son? Eses que tes na man?—Si. Le este.—A ver. Que denso, carallo!

Muralla chinesa infinda a simple vista que afastas aos mongoles do segre-do da imprenta

Wang Dang bate en ti doce horas ao día porque quere ver a estepa

Cho Zemin aprende dende hai anos a linguaxe dos paporroibos para que lle conten o que hai do outro lado

Pero cando Cho Zemin ten dominio do idioma dos paporroibos, migran cara ao Sur

Cara Vietnam, onde os labregos usan antenas parabólicas como chapeus

Inda que son os americanos os que usan chapeus coma antenas parabó-licas.

Tanto ten, son ambivalentes, tanto valen para unha cousa como valen para a outra

Formando un bucle como os negros bucles de Bien Phu, que aínda garda no ollo do cu o reloxo de area do seu pai morto na guerra.

E na estación espacial, rusos e americanos fuman porros alleos á lei da gravidade.

Exemplo de páxina de texto d’O home inédito

Héctor Cajaraville Araújo

- 32 -

A novela ten neste soporte dixital 188 páxinas, incluída a cuberta e o prego inicial, con an-teportada, páxina de créditos, portada e as súas correspondentes páxinas pares en branco.

4. O home inédito en Ediciós da Rotonda

Desde a páxina web de Ediciós da Rotonda (descrita na segunda parte deste traballo), o usuario podía acceder directamente á descarga da obra íntegra, en diferentes formatos:

• PDF. O documento xa referido, concibido para a súa lectura en pantalla, pero tamén para imprimilo e lelo como un documento impreso máis. • Texto plano. En formato txt, é dicir, de texto sen ningún tipo de característica engadida,

o que en principio o fai apto para a súa lectura en calquera soporte; iso si, perdendo polo camiño valores como o tamaño, letras grosas ou cursivas, espazos entre liñas, sangrías... • eReader. Curiosamente, a existencia deste último formato débese a unha persoa allea a

EdR, Albert Cuesta (do proxecto CanalPDA), quen tirou proveito da licenza Creative Com-mons e que pola súa conta fi xo e colgou na Rede estoutra posibilidade de lectura d’O home inédito. Non é máis ca un exemplo das vantaxes que ofrece traballar con licenzas máis ou menos abertas e fl exibles. Deste xeito, e tal e como se gababan na propia web da editorial, «O home inédito, como vedes, [...] pode pasar á Historia como o primeiro e-libro en galego para teléfonos móbiles. E que pouco custou: abondou con liberar os dereitos de copia14».

Evidentemente, eran outros tempos. Óscar Otero, res-ponsable da maquetación do pdf, asegura que se o proxecto se repetira na actualidade, serían outros os formatos elixidos: «O pdf podería ofrecerse igualmente, pero a oferta principal sería a través de ePub, non cabe dúbida, polas posibilidades que ofrece a programación en XML de código aberto, e pola súa adaptación a calquera soporte de lectura, polo menos en obras como esta, compostas unicamente a partir de texto».

Sexa como for, o éxito no lanzamento d’O home inédito non admite dúbida: as descargas realizadas desde a páxina web de EdR superaron as 1.500, e aínda que non se pode es-tablecer unha relación directa entre descargas e lectores, non cremos arriscado concluír que a súa difusión superou ampla-mente a que tería unha novela destas características que se distribuíse polo sistema convencional.

EdR, co gallo da descarga 800, lanzou unha segunda edición, mellor maquetada e coas grallas corrixidas grazas aos correos recibidos dos primeiros lectores, que alertaban de posibles erros tipográfi cos (outra vantaxe deste tipo de edición). Así o explicaban na propia páxina: «Son

14 Outra das iniciativas que xurdiu a partir da distribución baixo licenza Creative Commons foi a posibilidade de crear un audiolibro dentro do portal Dorfunteca.org. Os seus responsables fi xeron a lectura do primeiro capítulo, coa idea de que outros lectores fosen completando a gravación; a idea quedou só nun intento, pois non tivo a continuidade agardada.

Cuberta da segunda edición dixital d’O home inédito, cunha impresión diagonal a

modo de cinta

Arredor da Rotonda

- 33 -

as vantaxes do dixital. Con todo isto, case case podemos dicir que esta é a boa. Pero a terceira (sine die) aínda será mellor». Co sentido do humor que caracterizou todo o proxecto, a web de EdR informaba de que esta segunda edición se debía a que a primeira «estaba esgotada», ma-lia tratarse dunha edición dixital, e polo tanto, non suxeita a unha tiraxe. Non chegou a haber terceira edición dixital, pero si (como veremos na seguinte aliña) impresa.

Entrementres, o autor asistía encantado ao percorrido que a súa obra tiña na Rede, gozando dunha retroalimentación e dunha inmediatez que ata ese momento resultaba inimaxinable: «A repercusión foi moi positiva e tivo moito alcance nos medios de comunicación, pero non hai que ignorar que o tema tiña algo de fundacional, pois alén doutros experimentos e proxectos de creación literaria na Rede, este era o primeiro caso dunha novela galega e en galego editada integramente na internet. Tivo un número de descargas e cónstame tamén que de lecturas moi elevado. Posiblemente, de ser ter editado polas canles normais, pasaría moito máis inadvertida.Asistín a todo o proceso con moita curiosidade. Alén de poder saber case que en tempo real a evolución das descargas, podías identifi car tamén con bastante precisión o tipo de público que acudía á novela e, en moitos casos, entrar en contacto con el, a través dos comentarios dos lecto-res. Para min, tanto esta iniciativa como por outras moitas, aqueles foron anos apaixonantes, por canto descubrías as posibilidades e o alcance real que podía ter a Rede na difusión de contidos ou na creación de redes sociais. Agora parece evidente, pero daquela descubríanse as cousas, polo menos no meu caso, a medida que un se ía involucrando máis ou menos nelas».

A chiscadela da segunda edición deulle pé aos responsables da editorial a un xogo lingüís-tico: O home inédito deixaba de selo para converterse no «home dúas veces édito».

5. O home inédito logo de Ediciós da Rotonda

Parecía que a vida comercial d’O home inédito iría esmorecendo paseniño nos límites da páxina web da editorial que decidira a súa distribución libre na Rede. Pero en febreiro de 2007 (quince meses despois da súa primeira edición dixital) un acordo de colaboración entre EdR e Rino-ceronte Editora fi xo posible a edición en papel da obra. Mostra do grao de vinculación entre as dúas editoriais, a web inicial de EdR desapareceu para mostrar unha única pantalla principal na que se informaba da posibilidade de adquirir a versión impresa da novela a un prezo de 10 euros (gastos de envío incluídos) mediante un formulario tamén incluído na páxina.

5.1. Tamén en papelRinoceronte Editora elaborou unha edición impresa na que a obra se presenta coa mesma cuberta que a versión dixital, in-cluído o deseño de Berto Yáñez, a característica cor verde e Moisés Barcia, responsable de

Rinoceronte Edicións

Héctor Cajaraville Araújo

- 34 -

Cuberta da edición impresa d’O home inédito, publicada por Rinoceronte

Arredor da Rotonda

- 35 -

Exemplo de páxina de texto d’O home inédito na súa versión impresa

Héctor Cajaraville Araújo

- 36 -

mesmo o logotipo de EdR (de feito, para saber que se trata dun libro de Rinoceronte, é preciso consultar a páxina de créditos). Moisés Barcia, director deste proxecto editorial radicado en Cangas (Pontevedra) explica os motivos: «Non é un título que siga a liña habitual da editora, por iso non tiña sentido integralo na nosa colección. Preferimos manter a identidade que xa tiña na Rotonda, aínda que a efectos legais dependese de Rinoceronte».

Carlos G. Meixide está convencido de que a versión dixital foi a que propiciou que o libro finalmente se imprimise: «Por suposto que unha cousa foi consecuencia da outra. Moisés Barcia propúxome a edición en papel despois de ler a edición dixital. De Moisés Barcia pódese dicir o mesmo que de María e de Berto: é unha persoa moi xenerosa e un editor verdadeiramente entu-siasta e vocacional. Neste sentido, considérome afortunado de ter batido con xente coma eles».

O texto que se presenta na edición en papel é exactamente o mesmo que o da dixital, agás algunhas pequenas correccións lingüísticas realizadas por Rodrigo Vizcaíno. Tamén a tipografía (a Adobe Garamond Pro xa mencionada) é a mesma, e incluso o tamaño de 11,5 puntos se repite con respecto á maquetación que realizara Óscar Otero para o pdf.

O gran cambio, como se pode observar nas imaxes comparativas de cuberta, está nas di-mensións: se o pdf presentaba un tamaño estándar de 148x210 mm, a versión en papel móstrase nun nada convencional formato de 100x210 mm, é dicir, cunha altura máis de dúas veces supe-rior ao seu eixe horizontal, o que nos ofrece unha presenza practicamente cadrada cando o libro se abre para a súa lectura. Na web de EdR fálase dun «formato urbano e transportable». Moisés Barcia explica un pouco máis sobre os motivos polos que se decantou por esta medida de papel: «Resultaba máis económico así, e tamén tiña certo encanto por ser un formato fóra do común».

Non cabe dúbida de que se trata dun libro orixinal en todos os sentidos, desde o seu contido ao seu periplo ata chegar aos lectores, e parece que constrinxilo a un formato convencional era subtraerlle parte desa orixinalidade. Así e todo, é inevitable facer unha certa crítica ao resultado:

• En primeiro lugar, o alongado do formato obriga a establecer unha caixa de texto igual-mente descompensada. En concreto, a mancha impresa ten unhas dimensións de 70x170 mm, fronte aos 113x170 do pdf. Isto obriga a continuos cortes de liña mediante guións ou á incorporación dun espazado non natural entre palabras. • Estes problemas son aínda máis evidentes en textos de formato especial como cartas ou

citas, nos que a caixa se acurta mediante sangrías a esquerda e dereita ata os 55 mm (ver exemplo de maquetación na imaxe da páxina anterior). • O mantemento da marxe interior en 15 mm (igual que na versión dixital) e a rixidez da

encadernación (seis pregos de 24 páxinas e un final de 16, todo eles pregados e encolados) fan que a lectura do texto máis arrimado ao lomo se realice con certa incomodidade. • Outras diferenzas da versión impresa con respecto á dixital que desmerecen o resultado

final ao primar o económico fronte ao estético son a sucesión continuada de capítulos (sen cambio de páxina no comezo de cada un e só marcados mediante un dobre espazado de liña) e a finalización do texto da novela na última páxina do último prego (páxina 160), sen sequera unha folla en branco que separe o contido impreso da cuberta do libro.

Arredor da Rotonda

- 37 -

Todos estes condicionamentos enténdense baixo a prioridade de ofrecerlle ao lector un libro manexable e, sobre todo, barato. E o autor, o máis satisfeito co resultado, explícao así: «Eu quedei moi contento. O formato do libro, o deseño de portada, o tipo de letra e de papel, todo encaixaba coa idea que tiña dunha novela de consumo fácil e rápido para poder ler en calquera lugar e en calquera momento».

E a cousa parece que non foi mal: da versión en papel d’O home inédito fíxose unha tiraxe de 1.000 exemplares, unha cantidade nada desprezable para un libro de narrativa no panorama editorial galego. Segundo os datos achegados por Moisés Barcia, director de Rinoceronte, «di-fundíronse uns 800 exemplares, entre vendas, agasallos e un par de centos que se lle deron ao autor».

5.2. tradución ao castelánXusto cando se está realizando a redacción deste traballo, anúnciase a publicación da tradución ao castelán d’O home inédito, dentro do selo Pulp Books, dependente tamén de Rinoceronte Editora.

Como se pode comprobar na imaxe, a cuberta nada ten que ver coa versión en galego, xa sexa a dixital ou a impresa. O motivo é que desta volta si está inserido nunha colección concreta, e houbo que facer o labor de adaptación aos criterios xerais desta. Moisés Barcia explica os mo-tivos polos que se decidiu a incorporación deste título ao selo Pulp Books: «É unha obra lixeira, fresca, que se integraba ben nas características desta nova liña de traballo, que trata de levar fóra de Galicia un tipo de literatura afastado dos canons tradicionais».

Carlos G. Meixide non tomou parte na tradución da novela ao castelán: «De feito, teño moita curiosidade por coñecer a tradución, pois paréceme unha novela bastante difícil de traducir. E ademais da mul-tiplicidade de linguas a partir das cales está desenvolvida [a novela contén fragmentos en galego, castelán, portugués e inglés, ademais do castrapo, o español de Arxentina e o ar-got marxinal dos barrios coruñeses], neste caso a obra pre-séntase a un mercado ignorante de toda aquela experiencia. A súa mellor ou peor acollida por parte do público depende-rá, imaxino, doutros factores (sen esquecer, evidentemente, que se trata dunha novela e que, fóra das circunstancias da súa edición, non deixa de ser un texto literario como outro calquera)».

Deste modo, unha obra que tiña complicada a súa che-gada aos potenciais lectores segue a ter un percorrido co-mercial case cinco anos despois da súa distribución libre a través da Rede, o que parece confi rmar que non foi unha decisión en absoluto desacertada.

e

Cuberta da versión en castelán d’O home inédito, publicada

por Rinoceronte dentro do selo Pulp Books

- 38 -

Héctor Cajaraville Araújo

IV. Conclusións

• A primeira reflexión vénnos dada pola constatación da velocidade á que todo avan-za neste ámbito das novas tecnoloxías no que se enmarca o proxecto de EdR. Aínda que estamos a falar de finais do ano 2005, é dicir, apenas un lustro atrás, as cousas mudaron de tal modo que un proxecto así xa non sería viable, ou de desenvolverse, non merecería atención ningunha. Na actualidade moitas das editoriais convencionais derivaron cara ao dixital parte da súa produción, mentres que foron aparecendo proxectos para a distribución por internet de contidos culturais, ao xeito de EdR. Iso por non falar das posibilidades da autoedición, dos novos formatos (ePub, OEB...) e soportes (lector de libros electrónicos, ta-bletas...; ou a ausencia deles, coma nos proxectos de libros na nube15) que converten aquela aventura de EdR nunha entrañable experiencia entre o inxenuo e o precursor.

• Aínda que resulte en certo modo paradoxal logo do que acabamos de dicir, en realidade neste mundo da distribución pola Rede de contidos culturais está todo por facer, malia a cantidade de cousas que se levan feito nestes anos. As posibilidades do contorno dixital son tan grandes que a meirande parte dos camiños están por explorar (e por explotar). Da fusión entre o mundo editorial, as artes e as novas tecnoloxías poden xurdir tantas combinacións como sexamos capaces de idear, todas elas susceptibles de seren probadas, pois o éxito pode estar agochado tras calquera desas posibilidades: os responsables da edi-torial Proscritos venderon máis de 10.000 exemplares (logo de que outros tantos lectores o descargaran de xeito gratuíto) dun libro colectivo elaborado polos seus usuarios. E eles só tiveron que propoñer un tema e crear a ferramenta para ir compilando as achegas.16

• Entre as vantaxes que a distribución a través de internet nos achega está a de dar a co-ñecer unha iniciativa por un custo mínimo, mesmo nulo, como foi o exemplo de EdR. Se ben é verdade que neste caso se xuntaron unha serie de circunstancias propicias (relevancia dos seus promotores, foro no que o proxecto foi presentado, interese inusitado por parte dos medios...), cabe pensar que cun esforzo mínimo é posible trasladar a existencia dunha iniciativa deste tipo ao colectivo ao que vai dirixido sen converter nun lastre os grandes gas-tos de publicidade que tradicionalmente eran necesarios para facer visible unha proposta deste tipo. No caso de EdR foi tamén de vital importancia a difusión case viral a través dos blogues persoais, moitos dos cales se fixeron eco na noticia da súa creación e cada un deles serviu de prescritor a un novo ciclo no espallamento da nova.

15 Sobre o concepto de libros na nube pódense consultar o blogue Libros en la nube e o portal web de 24 symbols, proxectos ambos os dous baseados neste modo de presentación dos contidos editoriais.16 En Galicia houbo proxectos similares, recollidos en Bragado rodríguez, 2009: 6: «Tivo particular importancia en 2008 a publicación, tamén en pdf, do Proxecto identidade, un libro xurdido da colaboración de 54 persoas que integran, dun xeito ou outro, a rede galega de blogues: o chamado Blogomillo. Do Blogomillo tamén saíron experiencias de escritura en vivo. Foron estas a serie Os de Silvaoscura que Xurxo Sierra Veloso publicou no seu blogue Rei de Copas durante 2006 e a blogonovela que Arume dos Piñeiros publicou entre 2007 e 2008, A dobre morte de Carina Mourela».

- 39 -

Arredor da Rotonda

• Este aforro de custos de promoción na creación dun proxecto para o seu desenvolve-mento dun proxecto no ámbito dixital pode trasladarse a case todas ás áreas que se deben comtemplar no financiamento da fase inicial da posta en marcha dunha ferramenta deste tipo. Desaparecen conceptos como a adquisición ou alugueiro dun local, ou a compra dos dereitos ao autor para a explotación da obra (estamos a falar de iniciativas creadas ao abeiro da libre distribución); e outros como os gastos de persoal ou o investimento en equipa-mentos redúcense notablemente. Xa que logo, todo ese montante (e ese tempo) que antes tiña que aplicarse a partidas máis ou menos fixas pode derivarse agora á cerna do traballo editorial: selección dos produtos que finalmente se ofertarán (xa sexa elixindo de entre os que chegan ás nosas mans ou mediante o encargo dunha obra a un determinado autor), deseño de calidade, aproveitamento das canles de promoción para chegar máis eficazmente ao noso público potencial...

• A experiencia (esta e outras) demostrou que igual non é tan mala idea ofrecer a posi-bilidade de descarga dun produto cultural (unha novela, pero tamén unha canción ou un vídeo) para dalo a coñecer entre os potenciais compradores antes de poñelo á venda. D’O home inédito fíxose unha tiraxe en papel de 1.000 exemplares, que xa case se esgotou, ao que habería que engadir a incipiente versión en castelán. E, fóra de cuestións mercantís, acaso non vale máis (falamos agora desde o punto de vista do autor) que 3.000 persoas lean o teu libro fronte á posibilidade de vender 300?

• Ou canto valor ten para o autor a posibilidade de coñecer de maneira inmediata a opi-nión dun lector, ou de centos deles? Desta posibilidade de intercomunicación cos desti-natarios dos produtos culturais só poden derivarse vantaxes, pois toda obra cultural vai dirixida a un público, e coñecer a súa resposta ás propostas que se lle presentan permitirá unha oferta posterior máis acaída; de feito, xa hai editoriais que orientan o seu abano de pu-blicacións ás demandas e suxestións dos lectores a través de webs, blogues ou redes sociais. Esa retroalimentación pecha o ciclo do proceso editor, situando o editor ante o seu público e axudándoo a establecer a súa oferta futura.

• O que é indubidable é que o mundo editorial está nunha encrucillada como nunca antes se vira no seu medio milenio de traxectoria. Cada un dos actores e procesos que toman par-te neste eido da cultura cambiou radicalmente. E as novas tecnoloxías (sobre todo internet) están na base de toda esta transformación: oferta inabranxible, inmediatez na consecución de calquera produto de interese, modificación do papel dos intermediarios, modo de pro-tección dos dereitos de autor, alteración do propio acto secuencial de lectura... Quen non se adapte ás novas regras de xogo corre o risco de desaparecer, pero ao mesmo tempo (como ocorre sempre en tempos de cambio) é a oportunidade para outros de se posicionar, máxi-me se a súa oferta é novidosa é adaptada ás preferencias do novo público que xorde deste contexto cambiante.

• No caso do editor, é evidente que a súa función experimentou un cambio. Xa non se trata simplemente de servir de ponte entre autores e lectores, porque para iso na maioría dos casos xa se bastan eles mesmos. Cal é agora o seu papel? Poñer á vista un produto edi-torial, xerar a expectación precisa para facelo atractivo para o consumidor, envolvelo do xeito máis suxestivo e convencer o público (mediante unha imaxe de marca recoñecible, consolidada e de confianza) que aquilo que lles chega a través de nós é algo no que merece a pena deterse, de entre o universo de posibilidades que a cada segundo se nos presentan só con prender o monitor do noso equipo informático. No relativo éxito d’O home inédito, canto non terían que ver unha páxina web atractiva, a cuberta do libro ou a escolla correcta de slogans do tipo «Un proxecto editorial pioneiro e chuliño [...]», «Unha historia a medio camiño entre Sexo en Nova York e O ventre do silencio» ou «Amor, sexo e humor, todos metidos nun bote».

• Outra característica deste universo dixital cara ao que se ve abocada a edición conven-cional é a necesidade de ampliar a experiencia lectora máis alá dun texto escrito. As novas aplicacións e ferramentas ao noso dispor van permitir que o que antes era un libro com-posto só a partir de uns cantos centos de miles de caracteres alfanuméricos situados un tras outro, cos seus espazos correspondentes, sexa agora un produto que (iso si, cunha base tex-tual) nos ofreza a posibilidade de interactuar mediante elementos como unha páxina web, música, proxeccións audiovisuais, roteiros (no lugar onde se localiza a trama da historia), xogos, material didáctico ou espazos para a comunicación entre os seareiros dese produto.

• As novas tecnoloxías son tamén unha oportunidade para a engalaxe de linguas mino-ritarias, ou minorizadas, ou limitadas no seu acceso aos grandes fluxos da información por mor do seu escaso número de usuarios. Unha das características da cultura dixital é a tendencia á igualdade, á democratización, tamén entre as linguas. Aí está, por exemplo, o caso da Wikipedia, que se presenta en máis de 270 linguas, algo só posible nun soporte non material coma o da Rede. Polo tanto, para linguas coma o galego, a difusión cultural a través da Rede é unha garantía non só de supervivencia, senón tamén de proxección e de normalización cara a si mesma e cara ao resto do mundo.

- 40 -

Héctor Cajaraville Araújo

V. Bibliografía

Bibliografía impresa

—Bilz, S., M. Mischler e R. Klanten (2008): El pequeno sabelotodo: sentido común para di-señadores. Index Book, Barcelona.

—Blanco Valdés, J. (2009): Do orixinal ao libro. Manual de edición técnica. Edicións Xerais de Galicia, Vigo.

—Bragado Rodríguez, M. (2009): «O libro dixital en Galicia» [VI Simposio «O libro e a lec-tura», Asociación Galega de Editores, Santiago de Compostela].

—Cassany, D. (2006): Tras las líneas. Sobre la lectura contemporánea. Anagrama, Barcelona.

—Howe, J. (2006): «The rise of crowdsourcing». En Wired, 14.06.

—Koch, I.G.V. (2005): Desvendando os segredos do texto. Cortez, Sao Paulo. [Cap. 5: «Texto e hipertexto»].

—Jenkins, H. (2003) «Transmedia Storytelling». En Technology Review, 01/2003.

Recursos na web

Páxinas de interese

—Páxina web d’A Navalla Suíza: http://www.anavallasuiza.org

—Páxina web d’A Regueifa: http://aregueifanetlabel.blogspot.com

—Páxina web de Ediciós da Rotonda: http://www.arotonda.com17

—Páxina web oficial da licenza Creative Commons: http://www.creativecommons.org/licenses/ by–nc–sa/2.5/es/deed.gl

—Páxina web para a visualización de contidos non accesibles: http://www.archive.org

—Páxina web sobre formatos de textos e imaxes propios do soporte web: http://www.desarrollo.com

Medios de comunicación

—Cultura Galega: http://www.culturagalega.org

—El Correo Gallego: http://www.elcorreogallego.es

—El Progreso: http://www.galiciae.com

17 Aínda que a páxina xa non é visitable (ao caducar o uso do dominio), a ferramenta Archive.org de recuperación de webs non accesibles permite a visualización a parte dos seus contidos.

- 41 -

Arredor da Rotonda

—Faro de Vigo: http://www.farodevigo.es

—Galicia Hoxe: http://www.galiciahoxe.com

—La Opinión de A Coruña: http://www.laopinioncoruna.es

—La Voz de Galicia: http://www.lavozdegalicia.es

—Vieiros: http://www.vieiros.com

Blogues e páxinas web sobre edición e autoedición

—Anatomía de la edición: http://www.anatomiadelaedicion.com

—Asociación Galega de Editores: http://www.editoresgalegos.org

—Brétemas: http://bretemas.blogaliza.org

—Bubok: http://www.bubok.es

—Ediciona: http://www.ediciona.com

—El ojo fisgón: http://www.elojofisgon.com

—Fragmentos da galaxia: http://fragmentosgutenberg.blogspot.com

—Libros en la nube: http://librosenlanube.blogspot.com

—Lulu: http://www.lulu.com

—MeuBook: http://www.meubook.com

—24 symbols: http://www.24symbols.com

- 42 -

Héctor Cajaraville Araújo

ANEXOS

Arredor da Rotonda - Anexos

1. Informacións en prensa sobre o nacemento de Ediciós da Rotonda

La Voz de Galicia, 05/11/05

O mundo editorial e literario galego mira a Internet como unha alternativa

Os escritores piden máis valentía aos editores para situarse no espazo virtual

Reclaman que as iniciativas en rede sexan coordinadas para evitar que se dupliquen esforzos

Unha mestura de esperanza e medo é o que parece dominar na relación entre o mundo editorial e lite-

rario galego e máis Internet. O papel e a Rede desenvolven en Galicia algunhas desconfianzas, pero

tamén abren portas que, segundo os especialistas, terán que ser exploradas e ser entendidas como

tales.

No Simposio sobre o libro e a lectura que onte se pechou en Compostela foi presentada unha inicia-

tiva de carácter editorial para pór en Rede produción cultural galega. María Yáñez, coñecida polo blog

Todo Nada, presentou Ediciós da Rotonda, «unha plataforma cultural que xerará contidos literarios,

visuais e sonoros e que, no futuro, mesmo poderemos chegar a editar noutros soportes».

Biblioteca GalegaEsta non é a primeira iniciativa que, tendo como soporte e transporte á Rede, realiza oficios editoriais.

A propia actividade da Biblioteca Virtual Galega, sostida pola Universidade da Coruña, ou a creación

anunciada recentemente pola Asociación de Escritores en Lingua Galega, de crear unha editora virtual

que, entre outras cousas, sirva de viveiro a autores novos, indica a inquietude e tamén algunhas das

dúbidas que xera a relación entre Rede e literatura.

As distintas iniciativas que se están anunciando suscitaron algunhas voces que piden un certo sen-

tido de coordinación para non ter que comezar sempre desde cero todos os proxectos e para que no se

desperdicien enerxías en traballos paralelos.

No simposio, a actitude de editores e autores é sensiblemente diferente. Os autores recoñecen

a necesidade desa figura selectiva, pero piden aos editores máis valentía para afrontar os retos que

supón o soporte dixital. Santiago Jaureguízar pediu ás editoras que abrisen «unha segunda liña de

negocio de carácter dixital e vaian publicando xente nova e non tan nova», mentres que Francisco

Castro considera que «os editores deberían tomar exemplo da Rede e ver cantas cousas interesantes

se están facendo». Os editores aínda miran á Rede máis como un apoio á difusión que como espazo

de edición directo.

Héctor Cajaraville Araújo

Vieiros, 08/11/05

Nace Ediciós da Rotonda, unha proposta editorial desde a rede

“Un proxecto editorial pioneiro e chuliño para a produción de contidos de libre distribución”. Así se

presenta na sociedade internáutica Ediciós da Rotonda, unha proposta para publicar e difundir textos,

imaxes, audio e video que poden ser descargados de balde con licenza Creative Commons. O home

inédito do escritor e xornalista Carlos Meixide é a novela que inaugura o catálogo da nova editorial.

Ediciós da Rotonda, “unha homenaxe actualizada a Ediciós do Castro” segundo unha das súas

promotoras, María Yáñez, deuse a coñecer no transcurso do Simposio organizado a semana pasada

pola Asociación Galega de Editores e espertou un interesante debate sobre a propiedade intelectual,

os dereitos de autor e as posibilidades das novas tecnoloxías na creación e da difusión dos productos

culturais.

A web, deseñada por Berto, de Aduaneiros sem Fronteiras, ofrece non só a posibilidade de descar-

gar a novela, senón unha serie de atractivos extras: un making of da obra, realizado polo propio autor;

un índice de personaxes, un blog asociado e unha restra de opinións de lectores cualificados sobre a

propia novela.

Arredor da Rotonda - Anexos

Galicia Hoxe, 08/11/05

A Rotonda estréase coa publicación en Internet de ‘O home inédito’

Para dar voltas á Galiza, á súa escrita, á súa música ou ó seu audiovisual xorde Ediciós da Rotonda,

www.arotonda.com, unha web editorial de cultura libre que comezou onte a funcionar como soporte

promocional e que permite descargar gratuitamente con licenza Creative Commons a súa primeira pu-

blicación, a novela de Carlos G. Meixide O home inédito, unha mestura de amor, humor e sexo.

Baixo a man dos blogueiros María Yáñez e Berto, Ediciós da Rotonda pretende ser o soporte da cul-

tura libre galega a través das flexibles licenzas Creative Commons, que “permiten a copia, a difusión e

incluso a modificación da obra sen fins comerciais” explica a columnista e xornalista, quen di que “esta

é a principal novidade porque é unha novela que nace sen copyright”. Así mesmo, a editorial quere

contar cunha personalidade propia, “cunha liña editorial nunha era na que os intermediarios cada vez

son menos” para que sexa “o lector quen decida o que lle gusta” manifesta María Yáñez. E para poder

contar con ese carácter particular, Ediciós da Rotonda leva a cabo “un traballo moi serio”, produto dun

proceso de “selección” no que existe “un criterio” establecido, un “tratamento, no que corriximos, ma-

quetamos e lle damos o envoltorio promocional axeitado para a súa máxima difusión”, o último paso no

que “determinamos a que público o diriximos” afirma.

A proposta de Ediciós da Rotonda, a pesar de que é única en Galiza, bebeu de experiencias simila-

res como “Acuarela, traficantes de sueños ou boingboing.net”, exemplos de soportes de promoción que

“fixeron que as súas novelas foran das máis vendidas en papel” recolle a xornalista.

Co deseño e a planificación de Berto, de Aduaneiros sen fronteiras, Yáñez lembra que “tiñamos

ideas para facer algo así, pero cando vimos a materia prima, foi cando nos decidimos a sacar adiante

este proxecto”, comenta en relación á novela de O home inédito de Meixide. Esta é a primeira novela do

escritor coruñés que a define como “divertida e que chamará a atención” adianta o autor, quen comenta

que xa se pode descargar en varios formatos. Un galego da Coruña, resultón, deportivista e sentimen-

tal, dúas coreanas que falan portugués e un profesor universitario brasileiro no Nova York post 11-S,

mestúranse na obra que relata unha historia de amor, humor e sexo. “Non é só unha novela en internet”

xa que ten “un criterio de publicación que o lexitima ante a sociedade e ante os medios” cunha “portada

currada e un formato PDF que representa un libro normal” di o escritor, que tras “este experimento”

anima ó resto dos creadores “a difundir a súa obra”.

En breve, A Rotonda vai incorporar en coprodución a serie documental E.U.R.O.P.A., unha viaxe

entre Galiza e Albania.

Héctor Cajaraville Araújo

El Progreso, 08/11/05

Unha lucense crea a primeira promotora galega en internet

Unha lucense crea a primeira promotora galega en InternetEdicións da Rotonda estréase cun libro, pero tamén quitará discos e películas

A lucense María Yáñez vén de poñer en marcha, xunto o grafista Berto (da web Aduaneiros Sen Fron-

teiras), a primeira promotora cultural en Internet, Ediciós da Rotonda na páxina www.arotonda.com. A

súa proposta busca editar libros, discos, produtos audiovisuais e imaxe gráfica.

O proxecto, que comeza coa oferta da novela O home inédito de Carlos Meixide, cobre, segundo

María Yáñez, “un gran baleiro editorial na edición galega, que non nos ofrece un tipo de material que

queremos ler e que non nos ofertan, como pode ser narrativa para a xente de menos de trinta anos”. A

consecuencia é que, “ao carecer de material en galego, teñen que buscalo noutros sistemas”.

Colleron logo unha novela “que xa existía, pero que non atopaba oco nas editoriais tradicionais, para

demostrar que en galego se poden facer outras cousas”. Outro paso nesa demostración será “un com-

pilatorio de grupos que cantan en galego, para que se saiba o que hai tras o Bravú” e que virá despois

da serie documental Europa.

María Yáñez sinala que Ediciós da Rotonda encargarase de seleccionar o material que reciban, co-

rrixilo, maquetalo e promocionalo. Os produtos resultantes poderán ser usados e aproveitados de xeito

gratuíto, sempre que non sexa comercial, porque están baixo licenza Creative Commons A proposta

ten o seu primeiro paso con O home inédito, que María Yáñez define como “unha mestura entre Sexo

en Nova York e No ventre do silencio protagonizada por un galego da Coruña, resultón, deportivista e

sentimental; dúas coreanas que falan portugués, e un profesor universitario brasileiro no Nova York

post 11–S”.

Grial Parga e Tucho Méndez uníronse a Ediciós da Rotonda para editar os sete capítulos da serie

internética Europa. Parga explica que “María Yáñez é a Ramón Piñeiro dos blogs e marca moitas ten-

dencias entre o público galego na rede”. Os realizadores de Europa contan con presentalo antes do

Nadal. As imaxes irán acompañadas por unha banda sonora de Chabi, cantante e guitarrista da banda

lucense Isla Bikini. Incorporarán, tamén, cancións de grupos novos que difundan cancións pola rede.

Unha viaxe entre Lugo e Albania compón a oferta audiovisualUnha viaxe entre Lugo e Albania é o eixe de Europa, filmada polos lugueses Grial Parga e Tucho Mén-

dez, que inaugura a división audiovisual de Ediciós da Rotonda. O periplo “que tiña como finalidade

cociñar un caldo galego no país máis pobre de Europa”, na explicación de Grial Parga, foi concibido

como “unha parodia dos documentais de viaxes”. Déronlle forma cos elementos tradicionais das series

“con carteis, trailers, notas de produción, e todas esoutras cousas que non fan falta”. Usaron a técnica

do mockumental, que mestura crónica con elementos dramáticos, “para saber se tras esa chea de

fronteiras hai algo”.

Arredor da Rotonda - Anexos

Fran P. Lorenzo en Galicia Hoxe, 10/11/05

“Nin dentro nin fóra, vou na Rotonda”

Por veces dáme que habito nun interludio incómodo: non estou fóra pero tampouco non dou chegado.

Coma o polbo dos Concheiros: con una no me llegha pero con dos no puedo. Explícome. As novas

tecnoloxías, a cultura libre, os formatos dixitais, as descargas...

Aprendo pero non dou aprehendido por enteiro. Son visceralmente XX así que cada paso que dou

no sentido das agullas do reloxo, ao ritmo do meu tempo, supón unha satisfación íntima, unha vitoria;

porque calquera xesto é o indicador dun continuo esforzo de actualización. A celeridade desas mudan-

zas contravén, ademais, os meus ritmos de prosa decimonónica. E a todo iso súmolle unha incapacida-

de manifesta para operacións tan rudimentarias como a de programar un vídeo ou sintonizar un canal

de televisión novo.

Hai un par de semanas dei instalado o skype no meu portábel, un programa que oferta conexión te-

lefónica a longa e curta distancia, envío de arquivos e chat colectivo, e que, de ordenador a ordenador,

permíteme falar co meu irmán M., el no seu laboratorio da Universidade dos Ánxeles, Santa Cruz (Far

away from Galiza, como xa titulou a súa web en probas) e eu aquí, ao outro lado do cabo, en Conxo. A

recepción é perfecta, sen ecos nin retardamentos. E con custo cero, o da conexión a internet, non máis.

Enchufámonos na noite de aquí, o seu lunch de mediodía e, á vez que parolamos, remíteme fotos

e vídeos que arremedan certas películas norteamericanas de corte poético-intimista, en plan American

Beauty ou Elephant: o backyard da súa casa, o son de vento sobre unha panorámica circular do pei-

rao de Santa Cruz ou o interior do seu cuarto, que ten a mesma luminosidade doce e californiana dos

cadros de David Hockney. Tamén envía outros vídeos de terror postadolescente, como o da festa de

Halloween, pródigo en berros agudos e disfraces. O certo é que, mercé ao skype, mantemos un con-

tacto máis directo agora, el nos Estados Unidos, que cando vivía no barrio de San Pedro desta mesma

cidade. Irmáns...

El volve ao traballo e eu, tentado pola piltra, fago un repaso apresado dos blogs e webs de refe-

rencia. Vou a favoritos e pic, pic, pic... Uns lévanme a outros, dacabalo desa estraña sensación de

intimidade cotiá que, malia ser un espellismo, logra que, recoñecido un blogueiro en calquera lugar de

Vigo ou Santiago, sinta un a necesidade de lle falar ou declararlle devoción. Aínda que despois, pudor

obriga, non se dea feito. Ou si. Depende. Sempre depende.

Vou xa digo, pic–pic, e caio no que, acho, devirá en fito da aplicación das novas tecnoloxías á

leira cultural galega. Non, non é a foto de Fraga fozando na PDA con lapis óptico e ¡sen lentes! Nin

sequera é o presidente Touriño gabando as excelencias democratizadoras e “riscos” dos blogs, en

www.enriquecastro.net. Tampouco non se trata do conselleiro de Economía entregándolle á presidenta

do Parlamento, Dolores Villarino, os orzamentos comunitarios nun CD-rom, coma quen presenta o últi-

mo avance tecnolóxico para flipar. ¡Un CD-rom, ouh, que até é antigo para min! Non, meus. Refírome

a Ediciós da Rotonda, www.arotonda.com, que, da man de María Yáñez e Berto, de Aduaneiros, vén

para lle tirar a esclerose ao panorama editorial. “Textos, imaxes, audio e vídeo todos metidos nun bote

de bits”, reza a web deste factoría que producirá contidos de libre distribución. Empezan con O home

inédito do compañeiro Meixide, novela post 11-S deste Jonathan Safran Foer á galega. Eu xa a baixei

e ando nela. E esta noite cóntollo ao californiano. Polo skype.

Héctor Cajaraville Araújo

La Opinión, 11/11/05

“Editar a golpe de clic”

Edicións da Rotonda é o primeiro proxecto editorial en rede que nace en Galicia e que abre as portas á produción de contidos de libre distribución.

Textos, imaxes, audio e vídeo, todos metidos nun bote de bits. Así se presenta Edicións da Rotonda, o

primeiro proxecto editorial en rede de Galicia, promovido dende A Coruña pola xornalista María Yáñez

Anllo, ao que xa se pode acceder a golpe de clic, na web www.arotonda.com.

A editorial nace ao abeiro das máis de 300 blogs en activo –bitácoras ou diarios persoais electró-

nicos colgados na rede– que existen actualmente en Galicia. “Máis que en castelán”, segundo explica

María Yáñez, unha das primeiras en usar esta forma de expresión e comunicación. Hai preto de dous

anos, cando ela empezou, só eran 20, hoxe os blogueiros galegos chegan a 300.

A xornalista lucense asentada na Coruña entende que a escaseza de canles nas que comunicarse

en galego favoreceu a proliferación de blogs e a xestación dunha comunidade de mozos menores de

35 anos que se expresan en galego a través da rede.

Este público é ao que vai dirixido Ediciós da Rotonda, o proxecto editorial para a produción de

contidos –música, audiovisual e creación literaria– de libre distribución. “Entendemos a propiedade

intelectual de forma menos restritiva”, explica, “os contidos poden ser copiados e difundidos libremen-

te, respectando a autoría orixinal e sen usalos para unha explotación comercial, a través das licenzas

Creative Commons”. Non hai ánimo de lucro e si un grande beneficio promocional. “Moitos autores

teñen claro que ninguén se forra escribindo libros, e menos en galego”, apunta, “¿é mellor que compren

o teu libro 50 persoas que que o lean 500?”.

Esta filosofía entendeuna á perfección Carlos G. Meixide, autor de O home inédito, a primeira novela

de Edicións da Rotonda, un libro que estivo a piques de ser publicado, finalista dos premios Blanco

Amor 2004, e que non atopou oco no sistema editorial convencional, “quizais porque é unha novela

transgresora, á marxe do tipo de lectura á que estamos acostumados na edición en galego”.

E a iniciativa superou as espectativas dos seus promotores: en só dous días a páxina rexistrou ata

250 descargas de O home inédito, “co difícil que é chegar aos 1.000 exemplares de tirada en Galicia”,

di a xornalista. A interactividade de Internet permite ademais coñecer o que hai detrás de cada texto:

publícase o making of da novela e o lector pódese comunicar dende un primeiro momento co escritor

ou creador. “Isto é algo que satisfai moito tanto a autores como a consumidores”, afirma Yáñez.

Ediciós da Rotonda non se queda no plano literario e propón ademais o libre acceso a E.U.R.O.P.A,

unha serie documental feita dende Lugo, que narra unha viaxe dende Galicia ata Albania. O proxecto

quere seguir crecendo, “aínda que tratando a cada producto coa atención que merece”, e antes do

Nadal esperan ter tres obras en cada un dos formatos: música, audiovisual e textos.

Arredor da Rotonda - Anexos

Moisés R. Barcia en Vieiros, 11/11/05

“O futuro da edición galega”

En agosto de 1991 o mundo estaba tan concentrado asistindo ao inesperado derrubamento da Unión

Soviética que poucos repararon na noticia de que o CERN de Xenebra daba a coñecer un proxecto

chamado World Wide Web, aínda que apenas uns anos máis tarde, quen máis e quen menos batía

coas zocas no cu para non ser o último en incorporarse á “sociedade da información”. En novembro de

2005 créase a primeira editorial galega de contidos de libre distribución en Internet, e á noticia parece

que lle custa abrirse paso entre a atención dedicada ás revoltas dos suburbios franceses e a chegada

dunha nova boca que manter á familia real española.

Nin sequera unha mención na web dos editores galegos, uns editores demasiado concentrados nas

súas pretensións de que as institucións públicas lles baleiren os almacéns dos excedentes rexeitados

polo público, demasiado compracidos coa compaixón allea, e tamén propia, que esperta esa perenne

situación de crise que atravesa o sector, como para poñerse a discorrer en novas liñas de negocio ou

buscar unha formulación global para solucionar o problema.

Nunha época en que un simple ordenador doméstico é unha ferramenta que tanto permite deseñar

un edificio, como elaborar un libro de principio a fin, como realizar xestións administrativas, comerciais,

ou de calquera outro tipo, algunhas das editoras galegas máis importantes non consideran necesario

dispoñer dunha páxina web en servizo. E non se trata de esixirlle á empresa privada que efectúe os

onerosos investimentos en I+D que a neglixencia dos nosos cativos gobernantes nos nega, experi-

mentos inútiles, gastos de rendibilidade incerta... Ao contrario: máis ben sería aplicar ao noso ámbito

as solución que colleitaron éxitos noutros contextos. E se resultou un éxito a iniciativa aberta no eido

musical da venda de descargas, quizais non sería tan desatinado probar fortuna no mundo dos libros.

Por sorte, o avance da informática posibilita que os espíritos audaces e emprendedores leven a

cabo iniciativas coma esta sen o lastre dun investimento forte, superando a parálise institucional e

empresarial. É posible que algúns autores e editores acollesen con espanto a idea de que os libros,

por máis que sexan electrónicos, se regalen. Pero tal reacción non debe sorprender, tendo en conta o

habituados que están algúns empresarios da edición a aplicar prezos decididamente obscenos a libros

que nin polo seu contido nin polo seu continente merecerían a menor benevolencia por parte do consu-

midor–lector. Eu desexo que os cálculos feitos polos xestores da nova editora lles dean a razón e a súa

empresa sexa exitosa. De ser así, con certeza non habían tardar en seguir os seus pasos outras em-

presas con máis medios pero carentes da iniciativa e a inquietude necesarias para abrir este camiño.

Somos moitos os que enchemos as nosas PDAs, e outros dispositivos electrónicos de lectura, con

textos dixitais obtidos de xeito alegal ante a falta de disposición dos seus comercializadores a fornece-

los a cambio dun prezo. O feito de que a primeira novela galega que se pon a disposición do público

internauta se ofreza legal e gratuitamente, constitúe un fito que cumpriría sinalar no almanaque con

máis razón que moitas efemérides absurdas, e debería recibir o apoio de todos os galegos interesados

na cultura. Será preciso que nolo lembren dentro de 15 anos?

Héctor Cajaraville Araújo

El Correo Gallego, 13/11/05

“A ‘rotonda’ edita en Internet”

A blogueira María Yáñez é a encargada de dar vida á primeira editora na rede, ‘Edicións da Ro-tonda’, un proxecto pioneiro para a produción de contidos de libre distribución

Ás 21.20 horas do luns día 7, o mundo editorial galego de sembarcaba na rede. A primeira novela de Carlos G. Meixide xa pode descargase de forma gratuíta.

A blogueira María Yáñez é a encargada de dar vida á primeira editora na rede, ‘Edicións da Ro-tonda’, un proxecto pioneiro para a produción de contidos de libre distribución

De todos era sabido que o futuro do libro non pasaba pola biblioteca. María Yáñez e Berto, os bloguei-

ros máis coñecidos da Internet galega, acaban de demostralo coa súa nova iniciativa: a publicación

editorial na web.

Desde o pasado luns, día 7 ás 21.20 horas, a web editorial http://www.arotonda.com comezou a

súa andaina. O primeiro proxecto: a descarga gratuita con licenza Creativa Commons da súa primeira

publicación, a novela do escritor e xornalista Carlos G. Meixide, O home inédito. Nacida con vocación

de ser o soporte da cultura libre galega, Ediciós da Rotonda permite a copia, difusión e incluso a mo-

dificación da obra sen ningún tipo de fins comerciais. De feito, a novela que xa se pode baixar da rede

nace sen copyright.

Pero o libro non será o único protagonista. As fotografías, a imaxe e tamén o audio completan a

apetecible lista de artigos que o usuario pode conseguir a través deste portal. En breve, a editorial

incorporará entre os seus contidos a docuserie televisiva E.U.R.O.P.A., que mostra unha fascinante

viaxe entre Galicia e Albania. A produción de El Gran Mimón Entertaiment na súa versión galega, conta

a historia de catro oficinistas que inician un percorrido por fronteiras curvas e réximes peculiares co

obxectivo de facer un xantar en Albania: o parente máis pobre de Europa e o país que experto máis

emigrantes. Algo así como a Galicia do século XXI.

A proposta dixital, a pesar de ser única en Galicia, non é nova no mundo dixital. A propia María Yá-

ñez así o recoñeceu ó asegurar que a idea bebeu de experiencias similares xa existentes na rede como

Acuarela, traficantes de sueños ou boingboing.net, exemplos de soportes de promoción que fixeron

que as súas novelas foran das máis vendidas en papel.

O home inédito, de Carlos G. Meixide, apurou un proxecto gardado na recámara. Cun de seño de

portada exquisito e a posibilidade de descargalo nun formato PDF mediante a representación dun libro

en papel, o autor móstrase moi satisfeito deste experimento. Un galego da Coruña, resultón, deporti-

vista e sentimental, dúas coreanas que falan portugués e un profesor universitario brasileiro no Nova

York post 11–S mestúranse nesta fascinante historia de amor, humor e sexo, que finalmente ve a luz.

Despois de publicar A Miragaia (Edicións Sotelo Blanco), un libro de contos para nenos, e tras non

quedarse cos 12.000 euros do Blanco Amor nin ser protagonista do saque de honra nun partido do

Deportivo, o escritor coruñés Carlos G. Meixide mergúllase de cheo no mundo editorial na rede, dende

onde anima ó resto de creadores a difundir a súa obra.

Arredor da Rotonda - Anexos

A edición na internet permite, deste xeito, dar a coñecer novos valores ós que ata este momento

lles resultaba tremendamente difícil publicar as súas obras. Pero a difusión non é a única vantaxe que

Ediciós da Rotonda lles ofrece ós seus usuarios. Un dos aspectos más positivos da era dixital, a inte-

ractividade, exerce aquí un papel fundamental. A opinión de autores mestúrase coa de lectores. Blogs

persoais, diarios de abordo, críticas... todo é posible a través das 3W.

Cun deseño gráfico e desenvolvemento da web a cargo de Berto, o buque insignia de Aduaneiros

sen fronteiras, e cos textos xenéricos e traballos de produción a cargo de María Yáñez, a raíña do blog-

millo, a edición galega na web convértese xa nunha realidade.

Héctor Cajaraville Araújo

CulturaGalega.org, 22/11/2005

“Nace Ediciós da Rotonda, un proxecto pioneiro que aproveita a rede e as novas fórmulas de xestión de dereitos”

Unha editora que non produce libros físicos. Que cede de balde os seus produtos a través de Internet.

Que deixa á discreción dos autores o control total dos dereitos das súas obras. Que en ocasións permi-

te mesmo modificar o contido dos libros publicados. Que aposta polo multimedia e pola lingua galega.

Non é unha fantasía, chámase Ediciós da Rotonda e xa está dispoñible nas nosas pantallas.

O proxecto nace da man de María Yañez, columnista e destacada representante do blogmillo co

seu todonada.com, e mais de Berto, unha das cabezas pensantes que está detrás de aduaneirosse-

mfronteiras.org. As palabras máxicas para definir A Rotonda son Internet e licenza Creative Commons.

As posibilidades da rede en canto a formatos e difusión son ben coñecidas. Non o é tanto o sistema de

distribución de contidos baixo esta licenza. Basicamente, a Creative Commons preséntase coma unha

alternativa ao copyright, pola que o autor dunha obra cede de balde algúns dos dereitos que tradicio-

nalmente lle corresponden aos interesados. A flexibilidade desta licenza permite desde a copia gratuíta

con fins non comerciais ata o dereito a modificar libremente a obra, unicamente sinalando a autoría

orixinal, e é o autor o que decide cales destes dereitos se reserva. “Consideramos un pouco incohe-

rente, sacar cousas con copyright en Internet”, apunta María. “Con esta licenza, os autores pode facer

unha explotación comercial con outra xente se un editor decide publicalos o día de mañá”.

Edición e autoediciónA idea de facer unha editora virtual nun momento en que os propios autores poden publicar as súas

creacións na rede dun xeito sinxelo é cando menos curiosa18. “É un segundo paso despois dos blogs”,

sinala María. “Nese mundo constatamos que calquera pode ser editor do que sexa. O experimento

quere ver o papel que pode xogar un intermediario e conseguir unha plataforma que poida chegar a ese

público, coidar o deseño e a promoción e darlle unha certa marca a produtos aos que lles poida custar

máis acceder ao público por seren de autores noveis”, explica a promotora do proxecto. Deste xeito

a Rotonda servirá sobre todo como un apoio á hora de proporcionar un deseño, unha marca e unha

promoción ás obras e deixar que os autores se dediquen unicamente á creación. “Con catro cousas de

tecnoloxía que se aproveiten e que pode empregar calquera, pódense lanzar formatos innovadores e

ter un pouco da notoriedade que lles fai falta ás obras para se promocionar” completa Yáñez.

IntrahistoriaBoa parte da culpa do nacemento de Ediciós da Rotonda tena O home inédito, a novela de Carlos

Meixide coa que abre fogo esta marca editorial. “Era unha idea xa vella que tiñamos aí”, explica María.

“Concretouse máis ao ver a novela de Carlos”. “Víamos que nas editoriais non había posibilidades de

se publicar ou que se as había era un proceso moi lento, e ocorréusenos poñer ese material na rede.

Entón tentamos ver como se podía facer con xeito e dixemos ‘e por que non facemos unha editoriali-

ña?’”. O feito de ser a primeira destas características no país e o factor de promoción engadida que su-

puña este factor acabaron de convencelos. De calquera xeito, o proceso non foi nada precipitado. “En

febreiro ou en marzo xa tiñamos na cabeza toda a idea de como o facer, pero as cousas van a modo e

18 Referencias no ámbito da autoedición son as webs de Lulu.com (a nivel internacional), Bubok.es (no ámbito nacional) e Meubook.com (en Galicia).

Arredor da Rotonda - Anexos

ata o de agora non a demos sacado”. Máis concretamente, Ediciós da Rotonda dábase a coñecer o día

catro de novembro no marco do Encontro de Editores que se celebrou no Consello da Cultura Galega.

ReferenciasA proposta é orixinal e única, polo momento, no noso país. Pero non carece de referentes internacio-

nais. “O exemplo que me inspirou un pouco foi o de Cori Doctorows, un dos autores do blog boingboing.

net”. Este autor de novelas de ciencia ficción optou por poñer as súas obras na rede a través da licenza

Creative Commons. “Isto deulle ao autor un soporte promocional moi bo, e non lle impediu publicalas

logo nun formato convencional cun éxito importante”. Os promotores de Ediciós da Rotonda pensan

que, coas inevitables diferenzas de escala, este sistema se pode aplicar a Galicia. O outro referente

co que xoga esta proposta, especialmente no nome, é con Ediciós do Castro. “A referencia é un pouco

unha broma co nome. Tamén nos gustou a idea da rotonda, que graficamente ten reminiscencias dos

logos de Creative Commons. Do mesmo xeito que o castro representa a Galicia prehistórica e tradicio-

nal. A rotonda é tamén o símbolo da Galicia postmoderna”. Tamén nos gusta esa homenaxe ao galego

histórico e de Lugo co emprego da palabra Ediciós.”

EconomíasA primeira pregunta que xorde ao saber deste sistema de distribución, é como se vai soster economica-

mente o proxecto. “En principio non facemos isto para ter ningún tipo de compensación económica, polo

menos nun primeiro momento”, explica María. “Non descartamos que no futuro se poida pensar nunha

edición comercial. Polo de agora non ten esa orientación, pero pensamos que se pode aproveitar para

obter beneficios para autores ou editores de xeito directo ou indirecto. Tamén acontece que para editar

en papel directamente precisaríamos dunha infraestrutura que de momento non temos”. Claro que, se

ben non hai beneficios aínda, a Rotonda parte da vantaxe de que non hai tampouco moitos gastos.

PúblicoAdemais de todas as outras peculiaridades, o proxecto de Berto e de Yáñez caracterízase tamén por

ir dirixido a un público moi concreto, internauta, menor de trinta e cinco anos e que está interesado en

consumir produtos en galego. E cara a eles vai tamén O home inédito. “A novela vai precisamente para

o público que máis anda por Internet. Ao mellor outros contidos que sacan as editoriais son para un

lector que está tamén máis establecido, consume unha literatura máis seria e máis académica, pero

polo mesmo tampouco medra”, sinala María. “Esta obra pódese encadrar dentro da literatura popular

e de humor, e isto é algo que non oferta o sistema tradicional”. A decisión de apostar por este público

basease na propia experiencia dos promotores da iniciativa. “Imos por un público que consume cultura

pop pero non o fai en galego porque hai moi pouca. Queremos contribuír a desenvolver contidos máis

modernos para este tipo de público. Despois dun tempo de andar en blogs vemos que hai xente en In-

ternet que se comunica en galego e que está desexando ver contidos en galego. Só con chegar a eles

nós dariámonos por satisfeitos.”. Polo momento O home inédito leva xa máis de seiscentas descargas

antes de facer o primeiro mes de vida, sendo ademais a primeira novela en galego que está adaptada

para ler nun móbil. “Saíu en formato e-reader porque aos dous días de sacar a editora, a xente de ca-

nalpda.com, uns cataláns que levan un blog e que se dedican a pasar a este formato libros que están

liberados, chamáronnos para nos informar que ían facelo”.

Héctor Cajaraville Araújo

ProxectosA editora xa prepara a súa primeira incursión no mercado audiovisual. Trátase de E.U.R.O.P.A., que “é

unha coprodución cunha xente que xa comezara a serie documental coa idea de poñela pola súa conta

na rede, e nós quixemos colaborar para tirar a versión galega deste produto. Sairá para decembro o

primeiro capítulo, en diversos formatos, estamos a facer probar e vai ser a primeira serie galega con

versión para I–Pod video e para PSP”. A pesar da decidida aposta polo sistema Creative Commons, na

Rotonda non desbotan a posibilidade de, no futuro, publicar traballos seguindo un sistema máis tradi-

cional, adquirindo dereitos de autor e publicando en papel. A filosofía pop que está detrás da iniciativa

failles ter claro aos promotores da Rotonda que non van publicar música folk nin poesía, polo momen-

to. “Xa recibimos moito material desde que presentamos a editora”, recoñece María. A publicación de

música na rede preséntase coma o seu vindeiro obxectivo, e xa están moi avanzadas as negociacións

para que, antes de fin de ano, A Rotonda teña xa un produto en cada unha das súas liñas de edición.

Arredor da Rotonda - Anexos

Faro de Vigo, 8/01/06

“Dos nuevas editoriales amplían el horizonte de las letras gallegas”

A María Yáñez y a Moisés Barcia no les asustan las estadísticas que aseguran que, en 2004, se edi-

taron en España 67.822 títulos y 48 de cada cien personas no compró un solo libro en todo el año.

Yáñez y Barcia acaban de embarcarse en la aventura de crear una editorial. La primera es la directora

de Ediciós da Rotonda, pionera en Internet que ofrece textos, audio y vídeo en gallego. Y Barcia es el

padre de Rinoceronte Editora, especializada en traducir al gallego obras extranjeras contemporáneas.

Dos proyectos convencidos de la necesidad de ampliar las posibilidades de la lectura en gallego a un

público con nuevas inquietudes.

El 1 de enero del recién estrenado año Rinoceronte daba sus primeros pasos, y lo hacía a lo grande;

los dos primeros títulos que lanza son O bosque dos raposos aforcados, del finlandés Arto Paasilinna

–que supone la primera traducción de este idioma al gallego– y Seda, del italiano Alessandro Baricco.

“Esta editorial nace con el ánimo de romper con la tendencia de identificar las obras publicadas en

gallego con obras gallegas. Los textos actuales a penas se traducen y eso impide entrar, sin renunciar

a nuestra lengua, en el debate literario del momento”, explica Moisés Barcia, que posee una amplia

experiencia como traductor de libros al gallego y en la edición y crítica literaria.

Barcia conoce el exceso de producción en España y opina que “quien tiene que estimular la edición

son los propios lectores”. De este modo, el objetivo de Rinoceronte Editora, con sede en Cangas do

Morrazo y que cuenta con el apoyo de la Asociación de Tradutores Galegos, es captar subscriptores.

“Porque un cuerpo de subscriptores nos dará la libertad e independencia para confeccionar un catálogo

guiados únicamente por criterios de calidad. Tenemos fe en la respuesta de los lectores”, asegura el

director. Los primeros libros estarán en los próximos días en las librerías, pero además se pueden ad-

quirir en la página web de la editorial, “con la que queremos llegar a los lectores en gallego que residen

fuera”.

Literatura en un clicPor su parte, Ediciós da Rotonda nació el pasado mes de noviembre en Santiago con un deseo: “Ofre-

cer contenidos de libre distribución en gallego, luchar contra el abusivo Copyright y fomentar la cultura

colaborativa y de máxima difusión”, según explica su directora, la periodista lucense María Yáñez, de

27 años.

El libro con el que se estrenan es O home inédito, primera novela de Carlos G. Meixide. “La acogida

ha sido muy buena y la novela ya ha celebrado más de 1.000 descargas, lo que sería casi inimaginable

en un autor novel”, apunta Yáñez. “Esta novela transgresora de amor, humor y sexo no encontró hueco

en el sistema editorial gallego convencional. Por eso la elegimos para acercarla a nuestro público”,

indica. Los lectores de Ediciós da Rotonda son menores de 40 años, usuarios habituales de Internet,

urbanos y ansiosos de cosas diferentes.

Esta editorial no se limita a los libros; próximamente editará vídeo, música y la docuserie E.U.R.O.P.A.,

que narra un viaje desde Galicia hasta Albania.

Arredor da Rotonda - Anexos

2.•Making•of d’O•home•inédito realizado polo autor

Ola.

Son Carlos G. Meixide, o autor da novela O home inédito , ou mellor dito A lei da rotonda, título baixo

o que concorreu ao premio e obtivo unha mención de honra do xurado.

Supoño que está ben quedar segundo nun premio literario pero eu quería pegar un pelotazo. 12.020

euros.

Así que pesia as felicitacións da xente non podo deixar de conservar certo regusto amargo.

Era o segundo premio ao que me presentaba19. Antes intentárao co Premio Xerais, 15.000 euros.

Daquela nin finalista fun. Gañouno un tal Manuel Veiga cunha novela de 120 páxinas. O exiliado e a

primavera. (Sinopse: Alexandre Marrube, un galeguista exiliado en México, retorna a súa cidade natal,

despois de case corenta anos de ausencia, para asistir ao enterro da súa nai. Naqueles días, o exilia-

do atoparase cunha comunidade despolitizada que apenas lembra nin a guerra nin os anos da fame

e nin sequera posúe conciencia de que vive na ditadura. Marrube enfrontarase tamén a unha familia,

que apenas o recoñece (sexa a súa irmá ou o seu cuñado, o maxistrado, que quedaron en Galicia so-

brevivindo), e a un mozo, militante antifranquista con quen ten dificultades de empatar o seu discurso

político. Alexandre Marrube regresa a Galicia intentando atopar ou reconstruír o seu mundo perdido,

aínda que coa desolación de se decatar de que todo é inútil, imposible, pois os seus ollos chocan cunha

sociedade apática e desmemoriada, á que non entende, pero satisfeita cun precario, pero novidoso,

consumismo.)

Mais o Blanco Amor foi distinto. Non me pregunten por que mais no ambiente aboiaba a sensación

de que a sorpresa era posible. Así que cheguei a soñar esperto.

—E se gañas en que pensas gastar os cartos? –preguntaranme máis dunha vez.

Realmente non pensaba nos cartos. Pensaba en dar o saque de honra en Riazor o domingo seguin-

te antes do partido do Dépor contra o Sevilla.

—Pedimos un aplauso para el socio del Deportivo, Carlos González Meixide, reciente ganador del

premio Blanco Amor de Literatura.

—Blanco que?

—No sé. Algo de literatura.

—Pero quien es el pavo?

—Ni puta.

—Hostia. Pero es un payasote.

—Se sale!

Nun saque de honra, anque ninguén te coñeza, se saes coa bufanda do equipo e fas unha bicicleta

antes de darlle a pelota xa todo o mundo che aplaude como se foses Maradona. Seino porque eu son

socio e teño aplaudido a moitos pallasetes sen ter nin idea de quen eran.

Calculo que previamente ao día do fallo xa leran a novela unhas dez persoas aproximadamente. En

xeral gustara. Hai que ter en conta que era unha novela de “amor, humor e sexo”–así lle explicaba a

todo o que preguntaba– e eses tres elementos ben combinados, decote funcionan. Ora ben, os prog-

nósticos mudaban.

19 O autor presentou O home inédito (aínda co título A lei da rotonda) aos premios Blanco Amor de novela do ano 2004, nos que acadou o segundo premio e unha mención especial do xurado, que recomendaba a publicación da obra.

Héctor Cajaraville Araújo

—Home, non sei. Eu, persoalmente, penso que é moi fresca. Pero, claro, se cadra é fresca de máis

para determinados xurados.

—Demasiado diálogo. Parece un guión. Fáltalle narración.

—Xenial, tio, xenial. Que ben escribes! Eu penso que gañas. Se non gañas é unha inxustiza.

—A novela está de puta madre pero non gañas un premio literario na túa puta vida. Estás como

unha chota.

Agora que o penso, claro que devecía polos cartos. A quen non lle prestan 12.000 euros cando está

contratado por unha ETT nun triste xornal galego; isto é, nun xornal galego. Algun poeta do país de ca-

lidade discutible anque imaxe impecable cobraba daquela máis por escribir unha columniña de merda

cada domingo, que eu traballando seis horas ao día, todos os días. Así que cun premio como o Blanco

Amor na man, ben podía subir ao despacho dalgún dos xefes e ofrecerlle unha columniña semanal a

cambio dunha remuneración adecuada ao ‘meu prestixio’. Pero non! –Nin columna semanal, nin Con-

gresos de Novos Creadores, nin recitais colectivos. Sen un premio literario permaneces no anonimato.

Os segundos non pasan á Historia.

—Non me estarei pondo un pouco repugnante con isto do premio?– preguntaba seguido por aque-

les días.

—Non, estás ilusionado. Mais nada. É normal. Non te preocupes por iso.

Escribín a novela en Lugo. Si. Agás algúns capítulos, a maior parte foi escrita en Lugo. A miña

moza, María, traballaba daquela en Lugo, actualizando e traducindo ao galego a vella Gran Enciclope-

dia Galega, a das pastas vermellas. E eu, que estaba no paro, pasaba extensas tempadas na cidade

amurallada. Escribía, nomeadamente, despois de comer. Alguén me comentou que é insólito escribir

despois de comer, que o normal é escribir a primeira hora do día, ou ben á última de noite. Non sei. Eu

supoño que cadaquén atopará o seu momento idóneo. Hai que ter en conta que eu polas mañás ía dar

un paseo, compraba o xornal, tomaba un café relaxadamente.parecía Pessoa ou a imaxe que eu teño

de Pessoa, ata debía ter os mesmos andares cansinos. De noite, en cambio, María, xa non estaba no

traballo, polo que eu estaba con ela. Iamos ao cine, a tomar uns viños coas súas compañeiras –non hai

como Lugo para ir de viños.– ou quedabamos na casa e viamos a televisión –series, películas. se me

deixaban algún partidiño de fútbol–.

En fin, que polo serán, atopaba o meu momento para a escritura. Conste que eu non era moito de

escribir. Anque algúns me adiviñaban certo talento, lamentaban a mña falta de constancia. Por iso, a

miña obra limitábase ata o daquela a un libriño de contos infantís –non pregunten como me deu por

escribir contos infantís pois o meu interese polos nenos é nulo– e algúns poemiñas non moi extensos e

máis cercanos ao chiste que a lírica. Con todo pescudei moito sobre o tema e concluín que se escribín

unha novela foi por tres motivos, anque os tres podían concentrarse nun só: estaba no paro. Estar no

paro leva implícito tres situacións que todas metidas nun bote supoño que foron as que me levaron a

escribir. Estas condicións eran:

• Dispoñía de tempo.

• Estaba nun estado semidepresivo, se non depresivo, moi propicio.

• Viña de ler moito, novela sobre todo.

Tampouco quero enganar a ninguén. Non me considero un bo lector. Leo máis ben pouco e sen

demasiado criterio. Gustaríame ler máis pero hai tantas distraccións.

En fin, que estaba no paro e atopei unha historia, e se cadra tamén unha estrutura, que me permitiu

escribir unha novela, antes mesmo de ter un fillo e plantar unha árbore. Como sempre que inicio unha

Arredor da Rotonda - Anexos

aventura creativa caía facilmente na humorada, no chiste fácil, como aquel no que no medio dunha

borracheira, o protagonista Lucas dille ao seu amigo Ramón:

—Repite moitas veces a palabra lonsupérpiro.

—Lonsupérpiro?

—Si. Lonsupérpiro.

—Lonsupérpiro, lonsupérpiro, lonsupérpirolonsupérpirolonsuperpirolón superpirolón. Que cabrón!

Superpirolón!

Gracioso, mesmo groso de máis talvez, estou dacordo. Pero alén de toda esa humorada percibín

que había algo de literatura no que era a historia, a composición dos personaxes. Vaites! Iso. E que

ademais eu o pasaba pipa escrbindo diante do ordenador, rindo eu só dos meus propios chistes, das

situacións. ás veces tiña ganas de que os personaxes caeran dun tropezón así porque si. (Pensaba.

Tan rariño non son. Se estas paridas a min me fan graza, porque non lle habían facer graza aos máis).

Debo decir en todo caso que por aqueles días lin dous artigos de prensa contraditorios sobre literatura

humorística que me fixeron pensar e paralizaron o proceso creativo un par de días aproximadamente.

Nunha crónica de Babelia, ese suplemento literario dese xornal sociata e españolista, falábase dun

vello escritor e humorista estadounidense, , autor da novela A vida secreta de Walter Mitty, logo conver-

tida nun clásico da comedia cinematográfica hollywoodiense. Eu non tiña nin idea da existencia deste

señor. De Mark Twain si. E parece ser que este señor, que era moi divertido escribindo, aseguraba

que era prexudicial rir demasiado do que un escribía, que era perxudicial para o estilo, basicamente.

Fíxome pensar. Parecía que aquel señor se introducira no Babelia para decirme a min, á cara: Así vas

mal. En cambio, ese mesmo domingo penso que foi, no Semanal, ese suplemento dominical dese xor-

nal sociata e españolista, entrevistaban a Tom Sharpe, o autor de Wilt, Ánimo Wilt, etc. e contaba este

señor encantador que as súas mellares novelas eran aquelas nas que se escarallaba mentres escribía

e sentía a necesidade de irlle ler as paridas á súa muller –penso que estaba casado, estou falando de

memoria–. Era o que necesitaba escoltar. Grazas a aquela entrevista a Tom Sharpe, autor por certo ao

que nunca lin pero que teño ganas de ler– a novela emprendeu de novo o seu camiño.

Volvamos ao presente. A mención de honra no Premio Blanco Amor aconsellaba a súa publicación.

Así que agora a miña ‘obra’ descansa nalgunha gaveta da Editorial Galaxia.

Chamo a Galaxia e pregunto por Carlos Lema, o meu suposto editor. É 8 de xaneiro de 2005

—Ola. Carlos Lema?

—Si, son eu.

—Encantado de coñecelo.

—O mesmo digo. Con quen falo?

—Con Carlos G.Meixide. Non sei se me coñece...

—Meixide? Ummm, déixame pensar. Si, claro. Levaches unha mención no Blanco Amor. A lei da

Rotonda, pode ser?

—Si. Efecivamente. O mesmo.

—Pois fíxate. Teño o manuscrito na mesa. Pero acabo de chegar das vacacións e non tiven tempo

aínda de lela.

—Claro, normal.

—Dixéronme que é unha novela moi anovadora.. Que trata temas moi de agora.moi do noso tempo.

Vaites! E iso é ser anovador? Non era a miña intención. Pero. que diaños. Vou publicar?

Héctor Cajaraville Araújo

—Déixame un tempo para lela. Daquela xa te chamo e miramos que posibilidades hai.

As editoriais. Ese mundo! De que viven, realmente, as editoriais? A miña única obra publicada chá-

mase A Miragaia, (Ed. Sotelo Blanco, 2004), a dos contos infantís. “Un pouco rancia”, segundo algúns

comentarios. Talvez. Tampouco foi algo no que me esmerara demasiado. Tanto ten, O caso é que tres

anos despois de deixala na editorial anunciáronme que logo a publicaban. Mandáronme as probas,

corrixinas –tampouco moito–, e un día durmía pracidamente –debían ser as once da mañá, debía estar

aínda no paro– cando soa o teléfono. Era Fabiola Sotelo. A xefa nese momento da editorial.

—Carlos G.Meixide?

—Si. Son eu.

—Eu son Fabiola Sotelo Blanco.

—Ola, Fabiola. (A miña tendencia á humorada chega a extremos tan tontos como este clásico das

rimas)

—Chámote porque teño que pedirche disculpas. Entende que estamos un pouco liados todos co

tema das vacacións e. en fin. que se nos pasou dicirche que o teu libro leva xa quice días nas librerías.

Noraboa.

—Perdón?

É certo. Erguínme, ducheime, almorcei, saín a rúa, fun á libería Couceiro e aló estaba A Miragaia

entre un libriño de Rivadulla Corcón e unha tradución ao galego de Manolito Gafotas. Cinco euros.

Merqueino aínda que logo me enviaran vintecinco exemplares de balde, pero, Madia leva! Vino alí tan

só que dixen eu: se eu non o compro, quen o compra? Vano comprar porque o título lles pareza suxe-

rente? Anda, anda. Nunca se me chamou para apresentalo, a páxina web da editorial leva dous anos

sen actualizar. non vin aínda unha reseña do libriño nalgún xornal. A min tanto me ten, a verdade. O

que non entendo é que a eles tamén lles dea igual. É que, honestamente, non vivides de vender libros?

De que vivides logo? De facer macetas?

Reflexionei moito sobre este tema nos últimos días.

Arredor da Rotonda - Anexos

3. Comentarios sobre O•home•inédito na web de Ediciós da Rotonda

tomás lijó

Antes de nada quero recomendar encarecidamente unha segunda lectura, mesmo antes da primeira. A

novela de Carlos G. Meixide merécea ben. Farase esta segunda lectura libre de prexuízos e coa sere-

nidade imprescindíbel que nos aportará o saber que non nos vai decepcionar en ningún momento. Xa

de paso gozaremos aínda máis coas conversas dos seus personaxes e se cabe, aprezaremos aínda

máis a beleza das coreanas (eu namorei das dúas).

Eu xa coñecía a Carlos G. Meixide cando comezou a disparar as primeiras páxinas d’O Home Inédi-

to, mesmo antes (non en van saio como personaxe nalgún capítulo), e podo dar fe de que este home

busca a fama e os cartos como pouca xente no mundo. Isto é: con sinceridade e con honestidade.

Por iso esta novela non foi escrita pensando en ocupar un parágrafo dos libros de texto de galego,

ainda que os ocupará, nin como pretexto para facer amigos nos círculos pseudointelectuais do país.

Amigos non lle faltan.

O home inédito é de verdade, simplemente. E iso é o que a fai excepcional. Non é preciso ter ínfulas

literarias nin título universitario para gozar coas súas páxinas e conta cun aval impagábel para o seu

xa seguro éxito: contar co apoio dos seus xa numerosos lectores fronte ao desinterese dos editores.

A excepción, por suposto, de Ediciós da Rotonda, que de seguro vai ser, desde xa, lugar de paso

obrigado para o mellorciño da cultura viva deste noso país.

Saúde e a darlle voltas.

manuel outeriño

N’O Home Inédito ofrécese a experiencia do descentramento e da continxencia da vida actual. Os per-

sonaxes viven entre culturas, línguas e situacións que dificilmente encaixan. De par do descentramento

e a liquidez ou caos dos vínculos sociais, amósase eiquí o absurdo. Especialmente no mundo do traba-

llo alienado. Que fai un coitado traballando de locutor na canle temática deportiva dun antigo torturador

da ditadura arxentina? Meixide implica preguntas coma esta nun texto sintético e sintomático.

sechu sende

livro livreDeberiam fazer algo com o autor d´O home inédito. É um perigo público. E umha ameaza á orde vigen-

te, á correcçom política e moral, á ortodoxia ideológica e á propriedade privada da literatura galega.

Porque é um desses grandes espectáculos do mundo: um livro livre. Livre, copy-ceibe e foder copular.

Nom sei como consegue face-lo, semelha fácil sem se-lo, mais a medida que fum lendo o livro

forom–se–me aparecendo umha tras outra as persoas que conheço. E vexo-me a mim e vexo como

somos. Como somos as persoas humanas e as inhumanas, as colegas e as cabronas, as fodidas e as

que vam tirando, as que falam inglés e as que sabem corunho, as que se deixam ir e as que se defen-

dem, e o resto. E todas estam vivas, como nós.

Nom sei, Galiza tem estas cousas: os recursos mais valiosos estam ameazados, hai pouco inves-

timento em I+D, o capitalismo fode-nos, dim que somos pesimistas e algo tristes...e de súbito aparece

Héctor Cajaraville Araújo

umha novela que nos rompe a rir num exercício único de innovaçom que, fodendo ao capitalismo, se

converte numha reserva natural da liberdade de expressom.

E aparecem palabras ordenadas dumha forma que moita gente estavamos esperando: Se tes co-

legas fart@s de traumas coa literatura, se conheces gente que queira passa-lo bem lendo, se queres

recomendar um romance cumha chiscadela de olhos, e escaralhar-te comentando as xogadas mais

interessantes, le O home inédito e passa-o. É o que estou fazendo eu. Porque me gustou e me seguirá

gustando. Já lho recomendei a Rozio, a meu irmao Carlos, a Jano, a Humberto, a Noelia, a Alex, a

Iolanda..., e agora tocou-che a ti.

Hai novelas que som um perigo. Parabéns, Carlos, e que se vaia preparando a gente ráncia do

mundo...

expósito alcocer

A verdade é que para as pinteghas a vida é, simplesmente se chove ou nom, quanta é a humidade

relativa, e que caralho passa com o do cámbio climático que em palavras do próprio Pemán diria que:

“Eu nom sei se há ou nom cambio climatico o único que sei é que isto nom é normal.”

E mentres todo isto sucede, hai que ir andando pola estrada, mirar às bandas para cruçar e ceder o

passo nas rotondas. Por isso para o dia de hoxe toca falar dun livro... A lei da rotonda ou tal qual o seu

autor quere titula-la O home inédito. Eu sinceramente, gosto mais do primeiro título pois segundo os

servizos de inteligência anfibios pronto deixará de ser o home inédito passará a ser o home publicado.

A lei da rotonda pois, e a ópera prima do artista Carlos Meixide, aquel afamado cómico do dúo gale-

go Lijó e Meixide que se passearom pola cena galega da tasca com espectáculos que oscilavam entre

a tragédia e a paródia.

Foi quizais está situaçom ou o seu trabalho como jornalista na Galiza o que sem dúvida inspirou o

autor para desenvolver toda a sua cosmogonia de palhaso en papel. Também estou certo, de que a

situaçom de desemprego foi fundamental, por isso é moi possível que agora que foi despedido, afortu-

nadamente, do Correo Gallego volte deleitar-nos com outro escrito.

A lei da rotonda fala do amor-sexo como tragédia cômica um eterno concurso de morreio, fala

de estúpidos cordóns umbilicais que nos amarram sabe satanás porqué a esta nossa terrinha toca

a necessidade de compartir vínculos de rachar o isolacionismo ainda em Nova Iorque ainda falando

em português con unha espécie de Erasmus koreanas a lei da rotonda é ceder o passo como quando

estamos diante do televisor estombalhados vendo como o Dépor e o Madrid jogan porque ser do Depor

é o único que lle queda a um corunhes galeguista na corunha renegada de si própria e governada por

Pako Vázquez coma quem governa unha emisora de televison latina que retransmite partidos de fútbol

para a comunidade hispana de Nova Iorque.

Porque as rotondas som estructuras arquitectonicas para o controlo do kaos e como o kaos é incon-

trolável pois sempre geram moitas dúvidas passas ti ou passo eu? Nom, nom passa ti, vamos uuuuiiii

que caralho pero que fas!!!! Viches o que fijo esse ah pero si era unha tia. Tia tinhas que ser, non ma-

chista desgrazado a rotonda é unha dúbida arquitéctonica no kaos interior de cada quem.

Na rotonda girarei. Na rotonda eu girarei e girarei por que na rotonda o afecto ten o valor da raçóm o

valor de que cada quem é de onde se sinte e como algumha vez dixo Rodrigo García deberiamos ter o

direito de nascer e morrer na mesma casa e a novela como parte dumha literatura para mim descasta-

da e sen raigame toma vida na poesia antiliterata deste artista parado de origem galega que por lógica

rotonda viu cair as torres xemelgas.

Arredor da Rotonda - Anexos

Mas, porquê recomendar um livro quando como diria Meixide, “podemos esperar a que saquen o

DVD nos quiosques”?

Por que nom vai a estar publicado nem em Xerais nem em Galaxia, nem vai a receber o prémio

Planeta, porque nom nos vai a costar nem um duro ao difundirse gratuitamente na rede pero sobre todo

por que na lei da rotonda o home inédito tem sempre preferência.

PD: A novela estará pronto publicada esperemos que co beneplácito de Paco Macias e Anxo Quin-

tela.

Comentarios dos lectores

• Ola meu, felicítoche por a túa obra. Apenas bou pola páxina 50 y non está nada mal, de verda-

de gustame por que falas de moitas lingua deiferentes y tal. Non sei si te decatas de que non teño

un galego moi bo esque són Latino e só lebo 2 e pico, bueno non quero enrollarme máis que teñas

moitas sorte e te desexo o mellor. Chao!!

• “Unha novela variablemente inédita, que se descarga de prexuízos editoriais e é coma un filme

escrito en esceas lexibles por máquina.

• Noraboa, Carlos G. Meixide!, un home que confiou na liberdade da nova literatura hipertextual

• Gutenberg estaría contento.

• Gustei moito da novela: enchinme de rir, entretívome e quedoume o corpo con ganas de máis,

penso que non se pode pedir máis.

• Acabei hoje de o ler e adorei, creo que vivim muitos dos diálogos do seu livro.

• A cultura livre foi hoje um chanço mais alô.

• Isto é do mellorciño que lle pode pasar á literatura galega.

• Non é por suposto unha novela que vaia marcar un antes e un despois na historia da literatura

universal, nin falta que fai.

• Que máis queremos? Que tamén nos aproben unhas oposicións á Xunta?

• “Se tivese unha editorial publicaríaa, porque mira que hai cousas por aí infumables!

• Eu descargueina onte e hoxe xa a teño rematada.

• Bueno, eu roubei libros a mogollón...

• Papeino en 2 horas.

• Benvind@s tod@s ao futuro da distribución artística.