LA UNIÓN SOVIÉTICA Y CENTRO AMÉRICA
F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A
L A U N I Ó N S O V I É T I C A ha desarrol lado v í n c u l o s estables con los p a í s e s de A m é r i c a L a t i n a en d i p l o m a c i a , e c o n o m í a , c u l t u r a , en algunos casos h a establecido relaciones mi l i t a r e s , y m a n t i e n e hoy relaciones estables c o n l a m a y o r í a de los p a í s e s l a t inoamer i canos . Esta s i t u a c i ó n es result a d o de u n a serie de factores, entre los que se p u e d e n s e ñ a l a r la m u l t i -p o l a r i d a d del sistema i n t e r n a c i o n a l , el desarrol lo de u n a p o l í t i c a d i p l o m á t i c a de l a rgo plazo, el e lemento s i m b ó l i c o que l a r e l a c i ó n e n t r a ñ a y las pos ib i l idades que pa ra A m é r i c a L a t i n a ofrece el mercado s o v i é t i c o .
S i n e m b a r g o , la c o m p r e n s i ó n de las relaciones p o l í t i c a s — c o m o de o t r a s esferas— entre la superpotencia y L a t i n o a m é r i c a requiere prestar a t e n c i ó n a u n e lemento f u n d a m e n t a l : las v incu lac iones de ambas partes c o n Estados U n i d o s . E n efecto, las relaciones ent re nuestra r e g i ó n y l a U R S S se han vis to y se v e r á n condic ionadas p o r la r e l a c i ó n t r i a n g u l a r entre Estados U n i d o s , A m é r i c a L a t i n a y la U n i ó n S o v i é t i c a . Esta, s i n e m b a r g o , só lo t iene v í n c u l o s d i p l o m á t i c o s con Cos ta R i c a y N i c a r a g u a . Las relaciones comerciales son d é b i l e s y se m a n t i e n e n con Cos ta R i c a , H o n d u r a s , P a n a m á y N i c a r a g u a .
L a s i t u a c i ó n p o l í t i c a del á r e a , a p a r t i r de l a crisis cen t roamer icana , ha afectado tanto las relaciones d i p l o m á t i c a s como la p a r t i c i p a c i ó n comerc i a l de la U R S S . L a presencia s o v i é t i c a , su ca l idad y las á r e a s en las que se desenvuelve, son elementos i m p o r t a n t e s en las d is t in tas percepciones sobre la crisis. A s í t a m b i é n , todas las f ó r m u l a s de s o l u c i ó n propuestas pa ra superar la crisis r eg iona l cons ideran a la U R S S como u n actor i m p o r t a n t e y c o n inc idenc ia en el á r e a .
E n este t rabajo a n a l i z a r é las relaciones ent re la U n i ó n S o v i é t i c a y C e n t r o a m é r i c a . Para ello presento u n a breve h i s to r i a de las relaciones d i p l o m á t i c a s y comerciales y luego el efecto de los cambios o r ig inados e n ambas regiones m á s las nuevas or ien tac iones que t o m a r á n las relaciones en el f u t u r o .
819
820 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI xxviii-4
P E R S P E C T I V A H I S T Ó R I C A
Cos ta R i c a es el p a í s cen t roamer icano que du ran te m á s t i e m p o ha desar r o l l a d o v í n c u l o s po l í t i cos , d i p l o m á t i c o s y comerciales con l a U R S S , que d a t a n de 1945. Las relaciones c o n N i c a r a g u a se i n i c i a r o n d e s p u é s de la c a í d a de Somoza y del t r i u n f o de l a r e v o l u c i ó n sandinis ta , el 18 de oc tubre de 1979. C o n los d e m á s p a í s e s del á r e a no existen v í n c u l o s d ip lo m á t i c o s formales .
D e s p u é s de l a r e v o l u c i ó n bo lchev ique , en a lgunos p a í s e s centroamer i canos se p l a n t e ó l a p o s i b i l i d a d de desar ro l la r relaciones con los soviets. Inc luso h u b o contactos c i rcunstanciales en l a d é c a d a de 1920 . 1
L a I n t e r n a c i o n a l C o m u n i s t a , el C o m i n t e r n , p a r t i c i p ó en C e n t r o a m é -r i ca d u r a n t e l a gesta de Sand ino , en el p e r i o d o de l a i n s u r r e c c i ó n salvad o r e ñ a de 1932 y en Cos ta R i c a . Pos te r io rmen te , a consecuencia de l a segunda guer ra m u n d i a l , la U R S S fue reconocida p o r Costa R ica , N i c a ragua , G u a t e m a l a , y se establecieron contactos para fo rma l i za r las relaciones d i p l o m á t i c a s , pero só lo se c o n c r e t ó con l a p r i m e r a . E n estas gest iones t u v o d e s e m p e ñ o i m p o r t a n t e M é x i c o , p a í s en donde h a b í a u n a sede d i p l o m á t i c a de l a U R S S .
E n Costa R i c a , el Pa r t i do Refo rmis t a d i r i g i d o p o r Jorge V o l i o J i m é nez fue el p r inc ipa l propagandista de la r e v o l u c i ó n bolchevique. E n marzo de 1928, l a bancada p a r l a m e n t a r i a de l P a r t i d o i n t e r p e l ó a l m i n i s t r o de Relac iones Exte r io res sobre los m o t i v o s p a r a no establecer relaciones con l a j o v e n r e p ú b l i c a s o v i é t i c a , en especial p o r q u e Cos ta R i c a man te n í a relaciones con l a R u s i a zarista, pero el M i n i s t r o s e ñ a l ó que no h a b í a documen to a lguno que demostrara que h u b i e r a hab ido tales relaciones. 2
E n u n a i n v e s t i g a c i ó n que hice en los A r c h i v o s Nacionales costarr icenses e n c o n t r é dos cartas, en f r a n c é s , de l C ó n s u l G e n e r a l de Cos ta R i c a en R u s i a con sede en St. Pe te r sbourg fechadas en agosto y n o v i e m b r e de 1 9 1 2 . 3 S i n e m b a r g o , en este pe r iodo n o h u b o relaciones entre los
1 N . Zá i t s ev , " P o l í t i c a exterior de la U R S S y relaciones con los pa íses de A m é rica C e n t r a l " , en La presencia soviética en Centroamérica, Escuela de Relaciones Internacionales, Univers idad Nacional , Costa Rica , noviembre de 1986 (mimeo. ) .
2 V l a d i m i r de la Cruz , Las luchas sociales en Costa Rica, 1870-1930. San J o s é , Ed i tor ia l Costa Rica , 1980, pp. 146-150.
3 L a firma del cónsu l es ilegible. L a sede del consulado estampada en la p a p e l e r í a estaba cita en 4, r u é Nicolaiewkaja. E n la correspondencia, fechada en el calendario ruso y occidental, el cónsu l in fo rma en su p r imera carta del 30 de agosto/12 de sept iembre de 1912, que a s u m i ó funciones y solicita tarifas aduaneras, código c i v i l , reglamentos y otros. E n la segunda, fechada el 27 de noviembre/10 de diciembre de 1912, acusa la r e c e p c i ó n de l i te ra tura de Costa Rica, datos es tad í s t i cos , etc., y solicita inform a c i ó n sobre la pol í t ica migra tor ia del p a í s .
A B R - J U N 8 8 L A U N I Ó N S O V I É T I C A Y C E N T R O A M É R I C A 8 2 1
estados, que c o m e n z a r o n en la d é c a d a de los cuaren ta . E l P a r t i d o C o m u n i s t a costarricense, fundado en 1931 , t iene ante
cedentes en a lgunos sectores del P a r t i d o R e f o r m i s t a hacia 1923, desa- * r r o l l ó v í n c u l o s in ternacionales con el B u r e a u del C a r i b e , y con la L i g a A n t i i m p e r i a l i s t a —creada en 1925 po r i n i c i a t i v a de l a I n t e r n a c i o n a l C o m u n i s t a — pero los v í n c u l o s p r iv i l eg iados estaban en N i c a r a g u a y E l Salvador. Esta orfandad, s e g ú n Cerdas, fue salvadora para el crecimiento y g r a v i t a c i ó n del p a r t i d o c o m u n i s t a y el desarro l lo de l sistema p o l í t i c o cos ta r r icense . 4
E n el caso n i c a r a g ü e n s e , la lucha de S and i no t u v o u n g r a n i m p a c t o en t o d a A m é r i c a L a t i n a . E l d e s e m p e ñ o del A P R A de V í c t o r R a ú l H a y a de l a T o r r e y de la I n t e r n a c i o n a l C o m u n i s t a p o r i n t e r m e d i o de la L i g a A n t i i m p e r i a l i s t a fue ron m u y impor t an t e s . S i n e m b a r g o , las relaciones ent re Sandino y la In te rnac iona l C o m u n i s t a se de te r io ra ron hacia 1930, 5
c o m o consecuencia de la t e n s i ó n entre el c a r á c t e r nac iona l — m e t a b á s i c a de Sand ino— y la e m a n c i p a c i ó n social impu l sada p o r la I n t e r n a c i o n a l . 6
Los v í n c u l o s internacionales del m o v i m i e n t o comuni s t a s a l v a d o r e ñ o se desa r ro l l a ron p r i n c i p a l m e n t e p o r m e d i o de l Socorro R o j o I n t e r n a c i o n a l , 7 cuyo representante s a l v a d o r e ñ o fue Fa rabundo M a r t í . E n 1932, l u e g o de u n fraude e lectoral , el P a r t i d o C o m u n i s t a s a l v a d o r e ñ o l l a m ó a u n a i n s u r r e c c i ó n , que c u l m i n ó en u n a de las masacres m á s grandes de l a h i s to r i a cen t roamer icana . E l ob je t ivo era desar ro l la r u n a r e v o l u c i ó n d e m o c r á t i c o - b u r g u e s a en los t é r m i n o s de las or ientac iones generales de la I n t e r n a c i o n a l C o m u n i s t a . E l P a r t i d o C o m u n i s t a s a l v a d o r e ñ o t a r d ó m á s de 25 a ñ o s en recuperarse de l a de r ro t a suf r ida y no fue sino has ta fines de la d é c a d a de 1950 cuando r e c u p e r ó su exis tencia r e a l . 8
Este de r ro t e ro d i s t i n t o del m o v i m i e n t o c o m u n i s t a m a r c ó d i fe rencias i m p o r t a n t e s en los desarrollos del sistema p o l í t i c o de los p a í s e s de l a r e g i ó n , elemento que e s t á a la base de los o r í g e n e s de la crisis en el á r e a .
L a segunda gue r ra m u n d i a l c a m b i ó las perspectivas en las relaciones ent re C e n t r o a m é r i c a y la U R S S . E n 1944, Cos ta R i c a e s t a b l e c i ó
4 Rodolfo Cerdas, La hoz y el machete. La Internacional Comunista, América Latina y la revolución centroamericana, San J o s é , Edi tor ia l E U N E D , 1986. E l Partido Comunis ta costarricense se d e c l a r ó parte de la Internacional en 1934, pero su caso fue considerado en 1937. El P C C R se d e s a r r o l l ó sin la i n t e r v e n c i ó n del Bureau del Caribe y creó una o p c i ó n propia que le dio importante p a r t i c i p a c i ó n pol í t ica en la d é c a d a de 1940.
5 Rodolfo Cerdas, ' 'Sandino, el A P R A y la Internacional C o m u n i s t a " , Estudios 4, Cuadernos del C I A P A , San J o s é , 1980.
6 Ibid., pp. 76-77. 7 Rodolfo Cerdas, "Farabundo M a r t í , la Internacional Comunis t a y la Insurrec
c ión S a l v a d o r e ñ a de 1932", Estudios 7, Cuadernos del C I A P A , San J o s é , 1982. 8 Rodolfo Cerdas, La hoz y el machete. . ., op. cit.
822 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI xxviii-4
relaciones d i p l o m á t i c a s . D u r a n t e el gob ie rno del presidente T e o d o r o P icado se establecieron contactos con los representantes s o v i é t i c o s en M é x i c o , para el r econoc imien to f o r m a l y el es tablecimiento de relaciones d i p l o m á t i c a s . P a r t i c i p ó en el t r á m i t e de M a n u e l T e l l o , q u i e n l l egó a ser t i t u l a r de la cartera de Relaciones Exteriores de M é x i c o . Este embaj a d o r fue i n t e r m e d i a r i o entre C o n s t a n t i n o O u m a n s k y , embajador de la U R S S en M é x i c o y embajador concur ren te en Cos ta R i c a , y Car los J inesta , embajador costarricense en M é x i c o . 9 Cos ta R ica , po r su par te , n o m b r ó como embajador a L u i s Q u i n t a n i l l a , q u i e n era representante m e x i c a n o en M o s c ú . 1 0
L a m a y o r í a de los pa í se s la t inoamericanos establecieron vinculaciones c o n l a U R S S en este pe r iodo , y las cance la ron du ran t e l a guer ra f r ía . E n el caso costarricense, esto se p r o d u j o d e s p u é s de l a guer ra c i v i l de 1948. E l 24 de j u n i o de 1948, la j u n t a de gob ie rno a c o r d ó no c o m u n i car a la U R S S la c o n s t i t u c i ó n del nuevo gob ie rno , la Segunda R e p ú b l i c a , y a que ac tuando a s í e n t e n d í a que se s u s p e n d í a n las relaciones con ese Es t ado . 1 1 S in embargo , el gobierno sov ié t i co , al no haber u n a c o m u n i c a c i ó n f o r m a l c o n t i n u ó ac tuando c o m o dos estados que m a n t i e n e n relaciones normales , pero s in r e p r e s e n t a c i ó n d i p l o m á t i c a . L a normalización de las relaciones se produjo en d ic iembre de 1 9 7 0 . 1 2 Desde esa fecha h a n t r a n s c u r r i d o , con altos y bajos, en u n con tex to de bajo p e r f i l .
E n octubre de 1979, tres meses d e s p u é s del t r i u n f o sandinista se estab lec ie ron las relaciones entre la U R S S y N ica ragua . Las relaciones entre el F ren te Sandinis ta de L i b e r a c i ó n N a c i o n a l y la U R S S antes del t r i u n f o de l a r e v o l u c i ó n e ran p r á c t i c a m e n t e nulas . E n general , sobre este p u n t o se suele c i t a r l a v i s i t a de Car los Fonseca, f u n d a d o r del F S L N , a M o s c ú en 1957. E l apoyo s o v i é t i c o a la r e v o l u c i ó n n i c a r a g ü e n s e en lo e c o n ó m i c o y m i l i t a r ha sido de g ran i m p o r t a n c i a pa ra man tene r la r e v o l u -
9 M a n u e l Te l lo , México: una posición internacional, M é x i c o , J o a q u í n M o r t i z , 1972. el embajador Oumansky no a l canzó a asumir su puesto, ya que falleció en u n accidente a é r e o cuando se d i r ig ía a su destino.
1 0 E l embajador Qu in tan i l l a p r e s e n t ó sus cartas credenciales en enero de 1945. A l retirarse el embajador Qu in tan i l l a , Costa Rica n o m b r ó a Narciso Bassols, t a m b i é n embajador mexicano ante el gobierno de la URSS. Este nombramiento tuvo una vigencia de ocho a ñ o s , d e s p u é s de los cuales Costa Rica no rea l izó actos específicos, ya que, con posterioridad a la guerra c iv i l de 1948, la j u n t a de gobierno consideraba rotas las relaciones entre ambos estados.
1 1 M a r t a Eugenia Salazar Fallas, "Relaciones comerciales de Costa Rica con los pa í ses socialistas", tesis, Facultad de Derecho, Univers idad de Costa Rica, 1971.
1 2 Francisco Rojas Aravena, " L a s vinculaciones d i p l o m á t i c a s , e c o n ó m i c a s y culturales entre Costa Rica y la U n i ó n Sovié t ica : un bajo p e r f i l " , en Augusto Varas, América Latina y la Unión Soviética: una nueva relación, Buenos Aires , Edi tor ia l G E L , 1987.
A B R - J U N 8 8 L A U N I Ó N S O V I É T I C A Y C E N T R O A M É R I C A 8 2 3
c i ó n . E l i n c r e m e n t o de la ayuda s o v i é t i c a ha sido co r r e l a t i vo a l a p o l í t i c a de sanciones ap l icada po r el gob ie rno es t adun idense . 1 3 Esta a y u d a se h a m a n t e n i d o , pese a su i n c r e m e n t o , en los marcos convencionales , s in afectar relaciones de c a r á c t e r e s t r a t é g i c o entre ambos superpoderes.
E n 1981 , el gobierno s o v i é t i c o r e c o n o c i ó a Belice c o m o Estado independ ien te . E l 24 de agosto de 1987 la U R S S firmó el p r i m e r acuerdo c o m e r c i a l con H o n d u r a s . T a m b i é n en ese a ñ o , el emba jador s o v i é t i c o acredi tado en Cos ta R i c a v ia jó a Gua tema la para " n o r m a l i z a r " las relaciones entre ambos p a í s e s . C o n P a n a m á la U R S S man t i ene lazos comerciales desde 1973.
L A S R E L A C I O N E S C O M E R C I A L E S D E L A U R S S Y C E N T R O A M É R I C A
L a s relaciones ent re la U R S S y C e n t r o a m é r i c a en el t e r reno e c o n ó m i c o se h a n i n c r e m e n t a d o en f o r m a sustancial , si se m i r a n las e s t a d í s t i c a s globales , pero ello no es reflejo de la r ea l idad , ya que hay u n a c i rcunst a n c i a e spec í f i ca : N i c a r a g u a . C o n el resto de los p a í s e s las relaciones son pobres.
Las relaciones comerciales entre la U R S S y A m é r i c a L a t i n a en gener a l se desa r ro l l an sobre la base de convenios de Es tado a Estado. E n el caso costarricense se h a n firmado var ios ; el p r i m e r o data de 1970, y en el campo c u l t u r a l la U R S S se relaciona de m a n e r a s imi l a r . M u c h o s de los convenios firmados no h a n pasado de ser "buenas i n t e n c i o n e s " y n o se h a n l l evado a la p r á c t i c a . E l v o l u m e n del comerc io es m u y bajo . Pe ro a ú n a s í , pa ra Cos ta R i c a el mercado de los p a í s e s socialistas representa u n a a l t e r n a t i v a interesante , sobre todo pa ra l a e x p o r t a c i ó n de c a f é . 1 4
E l bajo n i v e l de l comerc io entre ambos es tados 1 5 queda en ev idencia al analizar las siguientes cifras: 1986 exportaciones sov ié t i ca s : 200 000 d ó l a r e s , correspondientes a v i d r i o s pa ra c o n s t r u c c i ó n (140 000 d ó l a r e s ) y repuestos para tractores o a u t o m ó v i l e s . E n este a ñ o se i m p o r t a r o n desde
1 3 Augusto Varas , " A m é r i c a La t i na y la U n i ó n Sovié t ica durante 1985: la b ú s queda de una nueva re lac ión e c o n ó m i c a " , en Heraldo M u ñ o z ( comp. ) , América Latina y el Caribe: políticas exteriores para sobrevivir, Buenos Aires, G E L , 1986. V é a s e t a m b i é n Boris Yopo H . , "Nica ragua : la pol í t ica exterior como estrategia de sobrevivencia", en Heraldo M u ñ o z , op. cit.
1 4 Sobre las relaciones comerciales véase m i trabajo en el l ib ro de Augusto Varas, América Latina y la Unión Soviética.
1 3 Entrevista con Y u r i P. Goró jov , consejero en la embajada de la URSS en Costa Rica , noviembre de 1987.
824 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI xxviii-4
P a n a m á a p r o x i m a d a m e n t e 200 a u t o m ó v i l e s p o r u n va lo r de 500 000 d ó l a r e s ; 1987 exportaciones s o v i é t i c a s : 300 000 d ó l a r e s . C o r r e s p o n d e n a v i d r i o s para c o n s t r u c c i ó n (260 000 d ó l a r e s ) , repuestos pa ra t ractores y a u t o m ó v i l e s . E n este a ñ o , el n ú m e r o de a u t o m ó v i l e s s o v i é t i c o s i m por tados desde P a n a m á se i n c r e m e n t ó a 650 unidades con u n va lor aprox i m a d o a los 2 mi l lones de d ó l a r e s .
C o n P a n a m á se firmó u n acuerdo comerc i a l , el cual ha t e n i d o u n l a r g o debate en l a leg is la tura y n o ha sido aprobado a la f e c h a . 1 6 E l c o m e r c i o en P a n a m á es i m p o r t a n t e p o r q u e en l a zona l i b r e se r ea l i zan operaciones para toda el á r e a . E l p r i n c i p a l r u b r o en este p a í s son los a u t o m o t o r e s .
E l 24 de agosto de 1987 se firmó el p r i m e r conven io comerc ia l en t re H o n d u r a s y la U n i ó n S o v i é t i c a ; consta de 20 a r t í c u l o s y responde a los pa t rones generales de los suscritos p o r l a U R S S y los p a í s e s l a t i n o a m e r icanos . E n dos anexos se s e ñ a l a n los l istados de productos ofrecidos p o r cada n a c i ó n . Las relaciones comerciales previas eran e s p o r á d i c a s y no t e n í a n base j u r í d i c a .
Las relaciones comerciales en t re l a U R S S y N i c a r a g u a h a n a d q u i r i d o p a r t i c u l a r i m p o r t a n c i a p o r el proceso p o l í t i c o y social de l p a í s y las s impl i f icac iones que él t iene en otras á r e a s con r e l a c i ó n a otros actores, en p a r t i c u l a r Estados U n i d o s .
E n el a ñ o 1980, du ran t e u n a v i s i t a que personeros del Fren te San-d i n i s t a de L i b e r a c i ó n N a c i o n a l de N i c a r a g u a h i c i e r o n a la U n i ó n S o v i é t i c a , se establecieron las bases pa ra u n acuerdo comerc ia l , p ro tocolos p a r a l a c o n s t i t u c i ó n de representaciones comerciales , c o o p e r a c i ó n t é c n i c a , c i e n t í f i c a y c u l t u r a l , comunicac iones a é r e a s y o t r o s . 1 7 Este conj u n t o de pactos, ofrecidos desde 1979, no se conc re ta ron sino hasta desp u é s que Estados U n i d o s i m p u s i e r a n el boicot a N ica r agua , en a b r i l de 1 9 8 1 . 1 8
S e g ú n fuentes s o v i é t i c a s , en el p e r i o d o c o m p r e n d i d o entre 1981 y 1985, l a U R S S s u m i n i s t r ó m e r c a n c í a s y equipos p o r u n va lo r super ior a 430 mi l l ones de rub los , i nc lu idos m a q u i n a r i a y equipos p o r 180 m i l l o n e s .
E l comerc io con la U R S S se ha t o r n a d o c r u c i a l para N i c a r a g u a , en especial el p e t r ó l e o , porque casi 5 0 % del combust ib le que consume N i c a r a g u a p r o v i e n e de la U R S S y o t r o t an to del resto de los p a í s e s socialis-
1 6 E l texto firmado puede verse en La Estrella de Panamá, 10 de noviembre de 1980. 1 7 N . Z á i t s e v , op. cit., p . 12. 1 8 Theodore Schwab y Haro ld Sims, "Relat ions w i t h the Communis t States", en
Thomas W . Walker, Nicaragua: thefirstfiveyears, Nueva York , Praeger, 1985, pp. 447-446.
A B R - J U N 88 L A U N I Ó N S O V I É T I C A Y C E N T R O A M É R I C A 825
tas. Las expor taciones n i c a r a g ü e n s e s son m u y bajas: en 1981-1985 l le g a r o n a unos 21.9 mi l lones de r u b l o s . 1 9
E l aumen to de las relaciones comerciales entre ambos p a í s e s es posib l e , pe ro se encuen t ra l i m i t a d o po r u n a serie de o b s t á c u l o s , en especial l a g u e r r a en N i c a r a g u a y l a d e s t r u c c i ó n de l a in f raes t ruc tu ra p r o d u c t i v a . P o r o t r a par te , u n c o m p r o m i s o m á s firme de l a U R S S es d i f íc i l , y a que N i c a r a g u a no es m i e m b r o del C A M E , n i se considera p a í s social i s t a . 2 0 A d e m á s se pueden s e ñ a l a r las condiciones po l í t i c a s derivadas de l t r i á n g u l o URSS-Es tados Un idos -c r i s i s cen t roamer icana .
H a s t a l a fecha — e n especial desde a b r i l de 1981 , cuando Estados U n i d o s c o r t ó la a y u d a e c o n ó m i c a a N i c a r a g u a y c o m e n z ó su p o l í t i c a de " d o b l e c a r r i l " c o n é n f a s i s en el m i l i t a r — la U R S S se ha t r a s fo rmado
1 9 N . Zá i t sev , op. cit., p . 13. 2 0 R u b é n Berrios y M a r c Edelman, " L o s v íncu los e c o n ó m i c o s de Nicaragua con
los pa í ses socialistas", en Comercio Exterior, 35 (1985), pp. 998-1 006.
826 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI x x v i i i - 4
en u n p u n t o de apoyo f u n d a m e n t a l de l sand in i smo. É s t e ha i n c l u i d o u n componen te m i l i t a r , pero el m i s m o se ha m a n t e n i d o en los niveles necesarios para que l a r e v o l u c i ó n sandinis ta pueda defenderse p o r sí m i s m a . C a l c u l a r las cifras es d i f íc i l , sobre todo desde A m é r i c a L a t i n a , y a que las pr incipales fuentes son de o r i gen no r t eamer i cano , las s o v i é ticas son p r á c t i c a m e n t e desconocidas y se basan en patrones diferentes . E n el cuadro 3 se i n c l u y e n las cifras de la asistencia e c o n ó m i c a y m i l i t a r que — s e g ú n el D e p a r t a d o de Es tado— N i c a r a g u a ha r ec ib ido de los p a í s e s socialistas.
D u r a n t e los p r i m e r o s a ñ o s de l a r e v o l u c i ó n sandinis ta , los e n v í o s de a rmas de la U R S S y sus al iados no fueron considerables, y se inc re m e n t a r o n al r i t m o que Estados U n i d o s p r o v e í a asistencia a la " c o n t r a " . E l c a m b i o cua l i t a t ivo se h izo en 1 9 8 5 . 2 1
D a d o el c a r á c t e r de l a asistencia m i l i t a r , no puede considerarse só lo " u n i n t e r c a m b i o m á s " , sino que debe ubicarse en u n contex to p o l í t i c o m á s a m p l i o .
Las relaciones entre la U n i ó n S o v i é t i c a y los p a í s e s de A m é r i c a C e n t r a l se d e f i n i r á n en u n f u t u r o p o r la f o r m a que adopte la s o l u c i ó n de l a crisis o su m a n t e n i m i e n t o . E n genera l , salvo N i c a r a g u a , no es p r e v i sible u n i nc r emen to i m p o r t a n t e de los v í n c u l o s comerciales y financieros, pero el comercio bi la tera l puede reaf i rmar los po l í t i cos . E n l a m e d i d a e n que l a U R S S redef ina el c o n j u n t o de las relaciones e c o n ó m i c a s c o n e l T e r c e r M u n d o , c o m o parte del proceso de r e n o v a c i ó n , y se establezca u n a f o r m a espec í f i ca con los p a í s e s mayores de A m é r i c a L a t i n a , los m á s p e q u e ñ o s s e g u i r á n esa co r r i en t e .
L A U R S S Y L A C R I S I S R E G I O N A L
L a b ú s q u e d a de la paz en C e n t r o a m é r i c a del G r u p o C o n t a d o r a t u v o dos obje t ivos b á s i c o s : ev i t a r l a i n t e r v e n c i ó n un i l a t e r a l de Estados U n i dos y m o d e r a r el c a m b i o y el c o m p r o m i s o de C u b a y l a U R S S en l a cr is is . E l p r o c e d i m i e n t o de G u a t e m a l a , Esqu ipu las I I , ha m a n t e n i d o estos obje t ivos y establecido medidas pa ra alcanzarlos.
E n diversas opo r tun idades , l a U R S S a p o y ó a C o n t a d o r a y en el ú l t i m o t i e m p o ha destacado la i m p o r t a n c i a de l P r o c e d i m i e n t o de G u a t e m a l a . E l l o q u e d ó expresado en l a d e c l a r a c i ó n de l gob ie rno s o v i é t i c o de l 12 de agosto en el que sa luda ron los acuerdos de Esquipu las I I , en
2 1 M a r c Edelman, " E E . U U . - N i c a r a g u a - U R S S . , u n t r i á n g u l o explos ivo" , Nueva Sociedad, n ú m . 88, 1987.
A B R - J U N 8 8 L A U N I Ó N S O V I É T I C A Y C E N T R O A M É R I C A 8 2 7
* Incluye la proporcionada por Cuba. F u e n t e : Departamento de Estado, ''Soviet Bloc assistance to Cuba and Nicaragua", Latín America
Dispatch, octubre, 1987. los textos de las declaraciones conjuntas firmadas por el cancil ler E d u a r d Sheva rdnadze y sus h o m ó l o g o s de A r g e n t i n a , Bras i l y U r u g u a y en l a c a r t a de f e l i c i t a c ión del P r e s i d i u m del Sovie t S u p r e m o , al pres idente Ó s c a r A r i a s p o r el o t o r g a m i e n t o de l P r e m i o N o b e l de l a Paz.
L a u b i c a c i ó n de la crisis en l a d i m e n s i ó n Este-Oeste pone a l a U R S S en l a perspectiva de asumir los conflictos regionales. Las relaciones d i p l o m á t i c a s con a lgunos p a í s e s de l á r e a se v e n afectadas po r lo que o c u r r e en N i c a r a g u a y p o r la crisis cen t roamer i cana . E n el caso costarricense esto es c l a r o . 2 2 S in embargo , pa ra A m é r i c a L a t i n a es de v i t a l i m p o r t a n c i a pone r el conf l ic to r eg iona l fuera de l a esfera de l conf l ic to b i p o l a r , p o r q u e é s a es la ú n i c a g a r a n t í a de que p o d r á m a n t e n e r a u t o n o m í a r e l a t i v a . Esto p e r m i t e c o m p r e n d e r u n o de los fundamentos de l a a c c i ó n d e l G r u p o de C o n t a d o r a y de l G r u p o de A p o y o .
Desde u n a perspect iva a m p l i a , y cons iderando las p r io r idades de l a U R S S , el conf l i c to cen t roamer i cano le a b r i ó opciones pero t a m b i é n m a r c ó l í m i t e s e spec í f i cos y su a c c i ó n en este hemis fe r io . L a i n v a s i ó n estadunidense a Granada y la respuesta s o v i é t i c a lo demues t ran . L o f u n d a m e n t a l de l a a c t i t u d de la U R S S en C e n t r o a m é r i c a e s t á d e t e r m i n a d o p o r su r e l a c i ó n p r i n c i p a l , Estados U n i d o s , y en segundo t é r m i n o p o r sus intereses en otras á r e a s . Esta p o l í t i c a se ha acentuado con el adven i m i e n t o de la perestroika, la glasnost, y la demokratizatsia impulsada por M i j a i l G o r b a c h o v .
2 2 Francisco Rojas Aravena, "Cos ta Rica , Contadora and the Regional C r i s i s " , en Bruce Bagley (ed.) , The Contadora Process, t . 2, Boulder, Westview Press, en prensa.
828 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI xxviii-4
Por o t ra par te , la crisis regional ha most rado de q u é m a n e r a las p r i o r idades e s t r a t é g i c a s de Estados U n i d o s se presentan en el á r e a . Si se c o m p a r a con la s i t u a c i ó n cubana de los a ñ o s sesenta, h o y l a l i b e r t a d e s t r a t é g i c a p e r m i t i d a a l proceso r e v o l u c i o n a r i o sand in i s ta es m u c h o m e n o r . E l l í m i t e ha sido puesto en u n a reduc ida capac idad a é r e a , lo que s e r í a in t e rp re tado c o m o u n d e s a f í o grave de Estados U n i d o s . L a U R S S y el gob ie rno sandin is ta h a n respetado esta d e c i s i ó n .
A m b a s potencias v e n de m a n e r a diferente los confl ic tos regionales. L a f o r m a en que se perc ibe l a es tabi l idad es d i ferente , pe ro l a y a p r o longada i n v a s i ó n y e m p a n t a n a m i e n t o s o v i é t i c o en A f g a n i s t á n e s t á n hac iendo converger pun tos de v is ta . L a es tabi l idad en los p a í s e s cercanos a las f ronteras es f u n d a m e n t a l , é s t a es l a p r e o c u p a c i ó n n o r t e a m e r i cana en C e n t r o a m é r i c a y la s o v i é t i c a en A f g a n i s t á n . E n el I n f o r m e p o l í t ico del p leno del C o m i t é C e n t r a l al X X V I I Congreso de l P C U S en 1986 G o r b a c h o v d i j o : " N u e s t r o i n t e r é s v i t a l y nac iona l consiste en que la U R S S tenga con todos los estados l i m í t r o f e s relaciones i n v a r i a b l e mente buenas y p a c í f i c a s . Es é s t e u n ob je t ivo sus tancia lmente i m p o r tante de nues t ra p o l í t i c a e x t e r i o r . "
Pos ib lemente en las rondas de conversaciones de L o n d r e s entre los encargados l a t i noamer i canos de los respectivos min i s t e r ios de Re lac iones Exte r io res esta perspect iva co inc iden te y el hecho de l i m a r asperezas para u n acuerdo m i l i t a r nuclear p e r m i t a n pe rc ib i r indicaciones sobre los conflictos regionales y la no interferencia de u n superpoder en el á r e a del o t r o .
E n este sent ido puede ser i n t e rp re t ada la d e c l a r a c i ó n de l Secretar io Gene ra l de l P C U S sobre N i c a r a g u a cuando s e ñ a l ó que : " l a U R S S no t iene p l a n e g o í s t a a l g u n o en ese p a í s ; [ N i c a r a g u a ] e s c o g i ó v o l u n t a r i a men te su v í a r e v o l u c i n a r i a o r i g i n a l . Nosot ros respetamos y , n a t u r a l men te , s impa t i zamos c o n esta o p c i ó n , no queremos imponer nada ni crear allí o donde sea bases militares. . . " 2 3
L a o b j e c i ó n s o v i é t i c a a l a " e x p o r t a c i ó n de l a r e v o l u c i ó n " y t a m b i é n de la c o n t r a r r e v o l u c i ó n ind ica los l í m i t e s del compromiso y del deseo de enfrentar los intereses occidentales en el T e r c e r M u n d o . L a conducta s o v i é t i c a i n d i c a que ella no crea los confl ic tos , pe ro que e s t á dispuesta a t o m a r las opo r tun idades que se presenten, si esto no afecta de m a n e r a d e t e r m i n a n t e su r e l a c i ó n con Estados U n i d o s . 2 4
2 3 Declaraciones de M . Gorbachov, Pravda, 16 de octubre de 1986, citadas en N . Z á i t s e v , op. cit., p . 17 (las cursivas son m í a s ) .
2 4 Ne i l MacFar lane , " T h e Soviet Concept ion o f Regional Secur i ty" , en World Politics, 37 (1985), pp . 295-316.
A B R - J U N 8 8 L A U N I Ó N S O V I É T I C A Y C E N T R O A M É R I C A 8 2 9
L a pol í t ica sov ié t ica en la era de Gorbachov parece tener las siguientes p r i o r i d a d e s , en el caso de los confl ictos reg io , les: ayuda e c o n ó m i c a , a d i e s t r a m i e n t o y asistencia pa ra l a defensa Solamente con el p r o p ó s i t o de a m p l i a r las capacidades loca les . 2 5 Esta parece ser c laramente l a po l í t i c a seguida frente a N i c a r a g u a .
E l apoyo a u n a salida negociada y de c a r á c t e r l a t i noamer i cano del c o n f l i c t o r eg iona l cen t roamer icano concuerda con las nuevas o r ien ta c iones de l K r e m l i n . E n la d e c l a r a c i ó n c o n j u n t a s o v i é t i c o - b r a s i l e ñ a se destaca que " E . Shevardnadze, al m o s t r a r p r e o c u p a c i ó n por l a t i r a n tez q u e se man t i ene en t o r n o a N i c a r a g u a y en C e n t r o a m é r i c a en gener a l , r a t i f i c ó l a pos tu ra de la U n i ó n S o v i é t i c a en apoyo a la s o l u c i ó n l a t i n o a m e r i c a n a en esta r e g i ó n , a los esfuerzos de l G r u p o de C o n t a d o r a y d e l G r u p o de A p o y o , de otros estados en sus b ú s q u e d a s de u n ar reglo p o l í t i c o j u s t o , que responda a los intereses de los pueblos de p a í s e s cent r o a m e r i c a n o s ' ' , 2 6
U n a s o l u c i ó n negociada del conf l ic to cen t roamer i cano pos ib i l i t a a l a U n i ó n S o v i é t i c a r ea f i rmar su r e l a c i ó n p r i n c i p a l con A m é r i c a L a t i n a , el f o r t a l e c i m i e n t o de las relaciones E s t a d o - E s t a d o . 2 7
R E F L E X I O N E S F I N A L E S
S i los intereses s o v i é t i c o s t i enen u n a escasa p r i o r i d a d en l a r e g i ó n l a t i n o a m e r i c a n a , l a s i t u a c i ó n n i c a r a g ü e n s e no ha c a m b i a d o el cuadro . Los intereses s o v i é t i c o s buscan asentarse en los p a í s e s m á s impor t an t e s del T e r c e r M u n d o , inc lu idos los l a t i noamer i canos . E n este sentido las relac iones p r iv i l eg iadas son con B r a s i l , A r g e n t i n a y M é x i c o .
Desde esta perspect iva, al enf ren tar los s o v i é t i c o s l a crisis r eg iona l e n C e n t r o a m é r i c a p r o c u r a n ev i t a r que p o r los cursos de a c c i ó n afecten las relaciones con Estados U n i d o s y c o n los p a í s e s mayores de A m é r i c a
Francis Fukuyama, "Gorbachev and the T h i r d W o r l d " , en Third World, 1988, n ú m . 88/89 pp. 28-33.
2 6 Comunicado conjunto sov ié t i co -h ras i l eño , Novedades de Moscú. Sección oficial , n ú m . 41 (1315), 1987, pp. 5-7. En el comunicado conjunto sovié t ico-argent ino se expresaron conceptos similares; en par t icular , el canciller soviét ico de s t acó la sat isfacción de su gobierno por el Acuerdo de Guatemala.
2 7 A esta c o n c l u s i ó n llegó u n grupo de expertos latinoamericanos que analizaron diversos casos nacionales. V é a s e el l i b ro editado por Augusto Varas ya citado. T a m b i é n los trabajos de este autor referidos a las relaciones sovié t ico latinoamericanas aparecidos en Anuario de política exterior latinoamericana correspondientes a los años 1984, 1985 y 1986.
830 F R A N C I S C O R O J A S A R A V E N A FI X X V I l l - 4
L a t i n a . E l resul tado es p o l í t i c a de so l ida r idad cautelosa con el r é g i m e n n i c a r a g ü e n s e y a ú n de m a y o r d is tancia con la g u e r r i l l a s a l v a d o r e ñ a y guatemal teca .
Estos l i ncamien tos de p o l í t i c a i n t e rnac iona l se deben a los cambios ocu r r idos en el sistema i n t e r n a c i o n a l , en p a r t i c u l a r en ambas superpo-tencias. P o r u n lado , en lo que se refiere a Estados U n i d o s , de l e s c á n dalo I r á n - c o n t r a s , que d e b i l i t ó a ú n m á s la presidencia de Reagan , a b r i ó opor tunidades para u n acuerdo e s t r a t é g i c o con la U n i ó n S o v i é t i c a y perm i t i ó el c a m i n o cent roamer icano para la salida a la crisis; po r o t ro , hubo t a m b i é n en l a U n i ó n S o v i é t i c a cambios i m p o r t a n t e s . T r a s var ios meses de acomodo i n t e r n o , G o r b a c h o v l o g r ó es tabi l izar su l iderazgo y p r o p u g n a r u n p r o g r a m a de reformas e c o n ó m i c a s pa ra m o d e r n i z a r el apara to p r o d u c t i v o s o v i é t i c o . A t r a p a d o entre C h e r n o b y l y A f g a n i s t á n , el nuevo l í d e r e n f r e n t ó i g u a l m e n t e a sectores o r todoxos den t ro del aparato b u r o c r á t i c o . Esta p u g n a p o r la glasnost y l a perestroika parece haberse i n c l i n a d o en favor de los sectores m á s renovadores , pese a que la p u g n a den t ro de l P a r t i d o C o m u n i s t a es in tensa y m á s o menos p ú b l i c a .
E n el á m b i t o e s t r a t é g i c o , l a U R S S p ropuso u n a nueva agenda de negociaciones con los Estados U n i d o s . G r a d u a l m e n t e , esta agenda l o g r ó concre tar á r e a s i m p o r t a n t e s de acuerdo, lo cua l p o s i b i l i t ó u n acuerdo de t r a t ado que reduzca efect ivamente el a r m a m e n t o nuclear de alcance i n t e r m e d i o . Pa ra p o s i b i l i t a r esta n e g o c i a c i ó n , la U R S S estuvo m e j o r dispuesta a considerar los temas de conf l ic to r eg iona l como par te de la agenda; esto, p o r razones obvias , i n c l u y ó a C e n t r o a m é r i c a .
U n a de las consecuencias de l a perestroika ha sido el reajuste en las relaciones e c o n ó m i c a s con los p a í s e s de Occ iden te , lo que afecta la capac idad de a y u d a s o v i é t i c a a sus aliados de l T e r c e r M u n d o . E n cuan to a nuest ro con t inen te , el lo s ignif ica menos apoyo e c o n ó m i c o a C u b a y N i c a r a g u a , cuyos r e g í m e n e s d e b e r á n buscar cada vez m á s i n s e r c i ó n en la e c o n o m í a m u n d i a l capi ta l i s ta , en especial con el sistema l a t i n o a m e r i cano. Puede haber inc luso consecuencias en el á m b i t o m i l i t a r . Es posible que Bras i l — i n f o r m a el p e r i ó d i c o Folha de Sao Paulo, del 3 de d ic iembre de 1987— p r o v e a a r m a m e n t o a N i c a r a g u a con lo que se e s t a r í a c o m p le t ando el proceso de l a t i n o a m e r i c a n i z a c i ó n del conf l ic to c en t roamer i cano; se a l c a n z a r í a n de esta m a n e r a los dos obje t ivos p ropugnados po r C o n t a d o r a , que son par te sustancial de los acuerdos de Esquipulas I I .
A B R - J U N 8 8
Comentarios
C O M E N T A R I O S 8 3 1
V o y a comentar brevemente dos de las cuatro ponencias que o ímos esta m a ñ a n a , la del profesor Garza y la del profesor Insulza. En primer t é r m i n o r e t o m a r é una frase del profesor Humber to Garza. M e n c i o n ó al principio de su exposición que entre la U n i ó n Soviética y Méx ico hay pocos intereses comunes. Y o estoy de acuerdo en que para ninguno de los dos países la relación con el otro es prior i tar ia , pero existen intereses mutuos que Humber to Garza m e n c i o n ó de paso y que vale la pena subrayar. En pr imer lugar, los dos países han mostrado u n enorme interés por incrementar sus exportaciones. En segundo t é r m i n o , está el in terés mutuo por contener a los Estados Unidos en A m é r i c a La t ina —coincidencia polít ica constante y de gran importancia— y en tercero, la voluntad de mantener al menos pol í t icamente plural al continente, de donde se deriva el acuerdo soviético con el programa de Contadora que acertadamente señaló en su in te rvenc ión Rojas Aravena— que el profesor Garza pasó por alto. Evitar la intervención norteamericana en Cuba y actualmente en Nicaragua, ha sido y es t a m b i é n , por supuesto, un in terés c o m ú n —nada ef ímero, como lo calificó Garza— entre M é x i c o y la URSS.
E n sus conclusiones, el profesor Garza af i rmó que en el presente hay poco que hacer. Y o tengo una visión diferente. M e parece, como lo señaló ayer la profesora Valkenier, que se han abierto muchas posibilidades para fortalecer e intensificar las relaciones, no solamente entre M é x i c o y la U n i ó n Soviética, sino entre todos los países de A m é r i c a Lat ina y la URSS. Estas oportunidades incluyen la posibilidad de establecer empresas conjuntas con la URSS y el enorme in te rés soviético y t a m b i é n mexicano por elevar la corriente comercial entre los dos países.
Estoy, por ú l t imo , en completo desacuerdo con la ana log ía de Humber to Garza entre la relación de dominio soviético sobre Polonia y la de México frente a los Estados Unidos. El carác te r y la profundidad del dominio soviético sobre Polonia tienen muy poco que ver con la dependencia mexicana de los Estados Unidos .
La ponencia del profesor Insulza me pareció muy buena y estoy de acuerdo en las l íneas generales de anál is is . Sin embargo, t a m b i é n a q u í h a b r í a algunos puntos que vale la pena comentar más ampliamente. El primero está relacionado con la sugerencia de Insulza que plantea la existencia de una ofensiva soviét ica en A m é r i c a Lat ina a fines de los sesenta, a la que siguió después de 1973 una polí t ica de bajo perfil. Pensar que después de 1973 bajó el optimismo de la U n i ó n Soviét ica con relación a L a t i n o a m é r i c a y surg ió una polít ica de bajo perfil , me parece un poco e n g a ñ o s o . Y o creo que la polí t ica de la URSS ha sido siempre de bajo perfil , aun durante los años en que Salvador Allende estuvo en el poder, para no hablar de los otros gobiernos izquierdistas que señaló el profesor Insulza.
En el l ib ro que p u b l i q u é hace algunos a ñ o s sobre la re lac ión de la Un idad
832 C O M E N T A R I O S FI xxviii-4
Popular ( U P ) con la URSS, analizo con detalle los programas de ayuda soviética a Chile durante el gobierno de Allende v % . « . a, la pesca, construcc ión de puertos y otras muchas á reas . El caiacter y monto de los crédi tos soviét icos a Chile , la importancia doctrinal que la U P tuvo para M o s c ú y el impacto negativo que los problemas y errores de la U P tuvieron en la actitud soviét ica.
A pesar de la cercanía , la polít ica de la URSS fue a tal grado cautelosa, que dif íc i lmente puede sostenerse la idea de que M o s c ú e m p r e n d i ó una ofensiva polí t ica en L a t i n o a m é r i c a a principios de los setenta. Sólo para terminar queda el dato curioso de que para 1976, la ayuda que la U n i ó n Soviética h a b í a otorgado ya a la Argent ina de Vide la era mucho mayor que el monto total dado a Allende durante los tres años que estuvo en el poder.
Por otra parte, la democra t i zac ión en Argent ina y Brasil parece haber erosionado el choque ideológico entre estos dos países y la U n i ó n Soviética y ha tenido un efecto mucho m á s grande en la re lación de la URSS con el continente del que se desprende del análisis del profesor Insulza. Esto es muy claro en la vis ión soviética de A m é r i c a Lat ina . Pienso que la evolución polít ica reciente en Argent ina y Brasil ha sido muy importante en el d iseño de las relaciones de estos países con la URSS especialmente desde 1985 con la llegada de M i k h a i l Gorbachev a la secre tar ía general. Estos dos sucesos, la democrat izac ión en Brasil y Argent ina y el ascenso de Gorbachev al poder intensificar á n , al menos, la re lación económica entre los países del cono sur y la URSS. H a y otros elementos que hubiera sido interesante considerar. Por ejemplo, el deseo de Argent ina , Brasil y la U n i ó n Soviét ica de evitar una mayor presencia norteamericana en el At lán t ico sur.
H a b r í a que mencionar t ambién la coincidencia fortuita de la política soviética y la bras i leña en África. Este interés c o m ú n en el continente africano desembocó en la firma de acuerdos soviét ico-brasi leños con algunos países de África. Para mencionar sólo un ejemplo, que d a r á idea de la magni tud de estos proyectos conjuntos, basta señalar que a fines de 1984 la c o m p a ñ í a brasi leña Oder-brecht firmó el contrato m á s importante que hubiera negociado hasta entonces Brasil en África. Varias facetas del convenio no tienen precedentes. Su costo es enorme y se construye con la co laborac ión de la U n i ó n Soviética: M o s c ú se c o m p r o m e t i ó a financiar la mayor parte del proyecto y a proveer la maquinaria para la cons t rucc ión de la h idroe léc t r ica Capan en Angola. Esta colaborac ión hubiera merecido un análisis m á s detallado.
Como conclus ión quiero apuntar que me parece que la relación entre los países del cono sur y la U n i ó n Soviét ica va mucho m á s allá de lo coyuntural y es tá montada en intereses permanentes.
I S A B E L T U R R E N T
A B R - J U N 88 C O M E N T A R I O S 8 3 3
Las relaciones de A m é r i c a Lat ina con la U n i ó n Soviética son marginales, pero la baja relación comerc ia l - tecnológica contrasta con la enorme influencia que ha tenido la U n i ó n Soviét ica ( "pa t r ia del socialismo") al generar conciencia pol í t ica , en grupos muy importantes de la sociedad latinoamericana, de la existencia de una alternativa de o rgan izac ión de la sociedad. Por otra parte, a la vez que la U n i ó n Soviét ica pretende ser vanguardia del socialismo, su función en la escena internacional es t a m b i é n la de una gran potencia.
Es indiscutible la función del proyecto ideológico que implica el papel de la U n i ó n Soviét ica en los movimientos revolucionarios vanguardistas en A m é rica Lat ina . Las relaciones internacionales que se originan en solidaridad con partidos políticos, movimientos de masas y agrupaciones revolucionarias, cumplen u n papel de la m á s alta importancia, por m á s que el comercio formal entre la U n i ó n Soviét ica y nuestros países sea de segunda o de tercera ca tegor ía . L a estrat i f icación internacional entre superpotencias, potencias medias y países p e q u e ñ o s , se diluye en la medida en que los intereses de la U n i ó n Soviét ica son de tipo globalista. Este país aprovecha las contradicciones y los errores de la diplomacia norteamericana hacia el Tercer M u n d o .
Es infundada la impres ión de que la U n i ó n Soviét ica se a s o m ó al Tercer M u n d o por razones de su política de gran potencia en la d é c a d a de los sesenta, ut i l izando el acceso a la independencia de los países africanos y asiát icos, y que fue a partir de la p rob lemát i ca de la descolonización posterior a la segunda guerra mundia l cuando realmente la U n i ó n Soviét ica se o c u p ó de esta mater ia . O t ra simplif icación es presentar el problema centroamericano como escenar io de un conficto Este-Oeste. E l gobierno mexicano siempre ha sostenido que es un problema de estructuras sociales de profunda desigualdad. Gorbachev, por su parte, dec laró que el problema centroamericano, en particular la revo luc ión sandinista, fue u n proceso generado desde adentro, en el que las contradicciones de la sociedad n i ca ragüense generaron una revoluc ión nacionalista. Pero ciertos sectores del gobierno norteamericano no entendieron que ayudar e c o n ó m i c a m e n t e , en un momento oportuno, a este movimiento popular, pod ía producirles beneficios: cortaron la ayuda cuando m á s la necesitaba la e c o n o m í a n i ca r agüense , y esto hizo que la revolución sandinista buscara sustento y es t ímulo en el otro bloque.
H É C T O R C U A D R A