BRUJOS Y ASTRÓLOGOS DE LA

INQUISICIÓN DE GALICIA Y EL FAMOSO

LIBRO DE SAN CIPRIANO POR

Bernardo Barreiro de W.

DIRECTOR DE LA REVISTA DE ANTIGÜEDADES

«Galicia Diplomática"

X885

Imprenta de «La Vo\ de Galicia.» comicnñirA

M Í

\ \

PRÓLOGO.

CARTA-PRÓLOGO

Al SP. D. Juan Fernandez Latorre DIRECTOR BE « L A VOZ DE GALICIA»

I Muy q u e r i d o c o m p a ñ e r o y a m i g o :

" C u a n d o , l l egado el o p o r t u n o t i e m p o , s a l g a n u u o t r a s o t ro los r e d a c t o r e s d e v u e s t r o p o p u l a r d i a r i o á r e co r r e r de n u e v o e s t a s c o m a r c a s g a l l e ­g a s p a r a t o m a r n o t a e x a c t a de la o p i n i ó n y de l a s n e c e s i d a d e s y a s p i r a c i o n e s de los p u e b l o s s o ­b r e q u e h a n de v e r s a r los c o m b a t e s c u o t i d i a n o s ) u n e n c a r g o i m p o r t a n t í s i m o h a b r á n de l levar e s ­c r i t o e n su p r o g r a m a p a t r i ó t i c o : el estudio minu­cioso de las creencias y preocupaciones vulgares y su

V I I I

relación, con las antiguas religiones de las diversas razas que poblaron esta tierra, con las d o c t r i n a s y p r á c t i c a s que c o n s t i t u y e r o n l a h e r e g í a P r i s c i l i a -n i s t a , ó con las de la r e l i g i ó n c a t ó l i c a ú l t i m a ­m e n t e d o m i n a n t e . T a r e a b i e n dif íc i l , pe ro d i g n a d e l a m a y o r a t e n c i ó n p a r a t o d o s aque l los h o m ­b r e s que , d e d i c a n d o su Yida á la i n s t r u c c i ó n d e l a s m a s a s y á la i l u s t r a c i ó n de las c l a ses por m e ­d io de la i n c e s a n t e labor del pe r iód ico , deben c o ­noce r p r o f u n d a m e n t e , p a r a c o m b a t i r l a s c o m o pe r jud i c i a l e s c i e r t a s s u p e r s t i c i o n e s , y c r e e n c i a s a u n t a n a r r a i g a d a s en el corazón de n u e s t r o s c a m ­p e s i n o s .

No poco h a b r á de c o n t r i b u i r es te t r aba jo a l e s c l a r e c i m i e n t o de u n p a s a d o r e m o t o y d e s c o n o ­c i d o , de u n a h i s t o r i a no e s c r i t a , y de u n a l i t e r a ­t u r a no e s t u d i a d a ; pe ro á la vez que p r e s t a r á n a l pa í s el se rv ic io i n a p r e c i a b l e de r e c o g e r v e s t i g i o s q u e q u i z á h a y a n de d e s a p a r e c e r en b reve , h a l l a r á n los viajeros redactores de L A VOZ u n a s a t i s f a c c i ó n ' g r a n d í s i m a al p a r t i c i p a r de las m á s t i e r n a s i m ­pres iones , s i g u i e n d o p a s o á paso e n t r e s u s d o l o ­r e s ó s u s p l ace res á ese e t e rno n i ñ o , el p u e b l o , á q u i e n v a s i endo m u y n e c e s a r i o y u r g e n t e c o n ­v e r t i r l e en h o m b r e , a l l ega r l e á la m a y o r edad .

E n t o n c e s s u b i r e m o s á la c i m a de t o d a s l a s m o n t a ñ a s d o n d e los c e l t a s , n u e s t r o s a n t e p a s a ­d o s , s ac r i f i c aban á s u s d ioses en las h e r m o s a s n o c h e s de l u n a , t a l l a n d o s u s a l t a r e s en l a s r o c a s : y v e r e m o s cómo los r o m a n o s a p r o v e c h a r o n l a s c o l i n a s s a g r a d a s p a r a s u s c a s t r a s y s u s t ú m u l o s y como el c r i s t i a n i s m o o c u p a h o y l a s a l t a s y r e s -

I X

p e t a d a s e m i n e n c i a s , s i n d e r r i b a r l as c o n s t r u c ­c i o n e s p r i m i t i T a s , con s u s m o n a s t e r i o s y s a n ­t u a r i o s m á s famosos , y el f euda l i smo de l a E d a d Media con las t o r r e s y c a s t i l l o s de n u e s t r a s l e ­y e n d a s y t r a d i c i o n e s m á s r e spe t ab l e s .

Ve remos cómo en aque l sendero p e d r e g o s o , s e m b r a d o de c r u c e s de p i ed ra , eme g u í a á la a l ­t u r a del S a n t a Tecla , c u y a s fa ldas c o m b a t e n fu ­r i o s a m e n t e las o las del Océano , t o d a v í a el d e s ­c e n d i e n t e c rédu lo del s c y t a ó del suevo g e r m a n o d e s t r o z a y e n s a n g r i e n t a s u s rod i l l a s a r r a s t r á n ­dose h a s t a l l ega r , y a e x á n i m e , á la a n h e l a d a e r ­m i t a c r i s t i a n a , c u y o e squ i lón le a l e n t a b a e n el c a m i n o ; y d e s c u b r i e n d o de lejos a q u e l l a g r a n r o c a de b l a n c o c u a r z o , aque l famoso Pico Sacro del c u l t o del d r u i d a , donde a ú n se ven s u s m e n -h i r e s , s u s d ó l m e n e s y s u s a r a s , c o r r e r e m o s h a c i a é l , a c o m p a ñ a n d o al campesino enfermo, á t r a v é s de o t r a s m o n t a ñ a s del t i l l a ; y d e t e n i é n d o n o s , y a p r ó x i m o s , á c o n t e m p l a r la c i m a p u n t i a g u d a de l coloso , c r e y é n d o l e , a ú n , la c a b e z a de u n Dios c u y o poder le h a de c u r a r , v e r e m o s cómo d e s c u ­b re la s u y a con r e spe to , se a r r o d i l l a c o n v e n e r a ­c i ó n , y de j ando e n t i e r r a u n a co r t eza de p a n e n o f renda , s a l ú d a l e l leno de fó con es te p a r e a d o :

u¡Pico Sagro! ¡Pico Sagro! Sáname de este mal que eu trago!»

O b s e r v a r e m o s como c a s i toda.s l as a n t i g u a s fiestas p a g a n a s , lejos de h a b e r s e e x t i n g u i d o , p e r ­m a n e c e n florecientes en n u e s t r o p a i s al t r a v é s de d i ez y n u e v e s i g l o s d e . c r i s t i a n i s m o , como l a s p o p u l a r í s i m a s h o g u e r a s de S a n J u a n y S a n P e -

X

dro ; los c í r c u l o s al r ededor de e l l a s ; los s a l to s de u n o al o t ro e x t r e m o y sobre el fuego ; las f u m i g a ­c i o n e s , y a b l u c i o n e s , e t c . ; y el ahumar ó pan e n c i e r t a s c o m a r c a s en la ú l t i m a n o c h e de A b r i l , c o r r i e n d o por los s e m b r a d o s e n t r e s a l to s y g r i ­t o s , l l evando en las m a n o s h a c e s de pa j a a r ­d i e n d o .

E n la n o c h e del 24 de - Jun io las m u c h e d u m ­b re s se d e s b o r d a n por los va l l e s á o r i l l a s de los a r r o y o s c r i s t a l i n o s , b u s c a n d o el r e m e d i o de c i e r ­t a s en fe rmedades e n el f resco roc ío , c o r r i e n d o u n o s r á p i d a m e n t e por e n t r e los ' t r i g o s , y r e v o l ­c á n d o s e los o t ros , d e s n u d o s , sobre la m o j a d a y e r ­b a de los p r a d o s ; c o n c u r r i e n d o las j óvenes á las-fuentes santas á b a ñ a r s e en s u s a g u a s y á r emo ja r l a s y e r b a s o lo rosas , la v e r b e n a , la r a m a del m u é r d a g o s a g r a d o , en t a n t o a l u m b r a n l a s l e j a ­n a s h o g u e r a s e n las m o n t a ñ a s , y se o y e n en t o d a s d i r e c c i o n e s los p r o l o n g a d o s a t u r u x o s , el g u e r r e ­ro c a n t o de los c e l t a s .

L a fiesta no h a c a m b i a d o s ino solo en el n o m ­b r e , y en la e s t r u c t u r a de s u s e n s a l m o s :

«Dia de S a n X o a n a l e g r e m e n i n a v a i t e l aba r , p i l l a r á s a u g u a do p á x a r o a n t e s de que ó sol r a y a r . I r á s ó ó b r e n t e do d i a á y a u g u a fresca c a t a r , d a y a u g u a do p a x a r i ñ o q u e s a u d e c h ' a de dar .»

L a s b ru j a s c e l e b r a n en t a l e s n o c h e s g r a n d e s : r e u n i o n e s y r egoc i jo s e n h o n o r de los e sp í r i t u s , .

X I

c o m o conf iesan en c a s i t odos los p rocesos de la I n _ q u i s i c i ó n ; y e s t a s d e c l a r a c i o n e s son de i n m o r a ­l i dad t a l , q u e s e ñ a l a n e n e s t a s fiestas y m u j e r e s m á s d e s h o n e s t i d a d en las c o s t u m b r e s y d e l i t o s d e t e r ce r í a , q u e fa lsa afición y s u p u e s t o e j e r c i c i o d e s u p e r s t i c i o s a s c e r e m o n i a s , p u d i é n d o s e s u p o ­n e r c l a r a m e n t e , q u e los d e m o n i o s q u e c o n c u r r i a n á e s tos ba i l e s y b a n q u e t e s de S a n J u a n , al p ió d e l a s fuentes santas, no e r a n s ino pe r sona je s r e c a t a ­d o s que b u s c a b a n la p r o c u r a de v í r g e n e s .

A p e s a r del f a n a t i s m o s u p e r s t i c i o s o , el pueb lo o d i a b a á e s t a s m u j e r e s , s a c e r d o t i s a s de P r i a p o y d e la Noche .

S' a r r a y a r a , s' a r r a y a r a t ó d a - l a s m e i g a s l eba ra . X' a r r a y o u , x ' a r r a y o u , t ó d a - l a s m e i g a s lebou. P e l a d a s e r a n , p e l a d a s s e r á n t ó d a - l a s m e i g a s qu ' a n d a n po- lo c h a n . P e l a d a s son , p e l a d a s e r a n t ó d a - l a s m e i g a s qu ' a n d a n p o - l a t é r r a .

L a i n q u i s i c i ó n las p e r s e g u í a : conoc ía el c r i ­m e n , pero r e s p e t a b a á los a l tos c r i m i n a l e s , a f i a n ­z a n d o , por o c u l t a r l o s , la creencia supersticiosa en, el demonio, q u e s i endo u n e s p í r i t u , es dec i r , i n c o r ­pó reo , se e n t r e t e n í a en b u s c a r mu je r e s p a r a en--

XII

t r e g a r s e á los desva r ios m á s desenf renados y v e r ­g o n z o s o s de la c a r n e .

¿No pud i e r a so specha r se que es tos h o m b r e s á q u i e n e s t a n t o o c u l t a b a el S a n t o Oficio, e r a n n o solo cé l ibes , (á los cua l e s a r r e b a t a n c o n m a y o r í m p e t u las pas iones , ) s ino los m i s m o s i n t e r e s a ­dos en el t r i b u n a l , como los r e l i g io sos y c l é r i g o s , c o n s u l t o r e s , ca l i f icadores , c o m i s a r i o s y j u e c e s , ó s u s a m i g o s y cómplices?

E n n u e s t r a s c i u d a d e s d o n d e parece, (porque c a d a cua l o c u l t a s u s v e r g o n z o s a s deb i l i dades , ) q u e y a se v a n e x t i n g u i e n d o e s t a s p r e o c u p a c i o n e s y c o s t u m b r e s , e s t á n en v i g o r , t o d a v í a . Los h i j o s , de m u c h a s fami l i as i l u s t r a d a s c o l o c a n á serenar e n v e n t a n a s y azo teas la clara de u n h u e v o den t ro , dé u n vaso de c r i s t a l ; la c u a l c l a r a h a de t o m a r e x t r a ñ a s fo rmas de b a r c o s , de p a l a c i o s , de i g l e ­s i a s , ó de figuras que h a b r á n de p r e s a g i a r s e g u ­r a m e n t e el p o r v e n i r y d e s t i n o de s u d u e ñ o . T a m ­b i é n lo predicen las a l c a c h o f a s , los c a r d o s y l a s h a b a s : se p r e g o n a n y r e g a l a n y e r b a s y flores, y e n el a g u a donde e s t u v i e r o n á serenar s u m e r g i d a s en la n o c h e de la v í spe ra , h a c e n s u s a b l u c i o n e s , g e n e r a l m e n t e , las p e r s o n a s m á s despreocupadaSj m a d r u g a n d o aquel ú n i c o d i a a n t e s del a m a n e c e r p a r a ver bailar el Sol, s e g ú n el deseo q u e t u v o el m i s m o S a n J u a n :

«San X o a n p ideu l l ' á Cr i s to q u e n o n n o a d o r m e n t a s e . . . p a r a ver b e i l a r ó Sol d i a d' á s u a romaxe .»

Tales fiestas n o c t u r n a s se h a n m u l t i p l i c a d o y

XII I

a u m e n t a n c a d a d í a en n u e s t r o p a í s . Cas i t o d a s l a s p a r r o q u i a s , cofradías y s a n t u a r i o s las c e l eb ran h a s t a l a a u r o r a , con pe r ju i c io de la m o r a l , e n la v í s p e r a del s a n t o p a t r o n o .

L a p r o s t i t u c i ó n y el v i c i o se p r e s e n t a n c o m a na obsequio religioso. Se sacr i f ica , o c u l t a y v i o l e n ­t a m e n t e , en la s o m b r a , por el e n g a ñ o y g r o s e r o u l t r a j e la c a s t i d a d y la v i r t u d , a l l í d o n d e a n t e s l a s v í r g e n e s e s c o g i d a s e r a n t e n d i d a s p u b l i c a ­m e n t e sobre el a r a , y h a l l a b a n s i e m p r e , c a s t a s y a m a d a s , m á s d u l c e m u e r t e con la c u c h i l l a del s a c e r d o t e d r u i d a .

Mar ía d e So l i na (1621) (1) E l o i s a Mar t í nez (1625) C a t a l i n a de l a I g l e s i a (1627) conf iesan s u t r i s t e c a i d a en l a m á s t i e r n a j u v e n t u d ; sus-l i v i a n o s y locos d e s v a r i o s e n e s t a s n o c h e s f a m o s a s c e r c a de l a s fuen tes s a g r a d a s y de l a s g r u t a s m i s t e r i o s a s á d o n d e e r a n c o n d u c i d a s p a ­r a el r egoc i jo y p l a c e r de los demonios... p o r s u s v e c i n a s y por s u s p r o p i a s m a d r e s I

¡ C a u s a s de e s t u p r o , q u e no s e g u í a n u n c a po r i n t e r e s a d o el S a n t o Oficio!

L o s p rocesos de V a z q u i d a Garc í a y de L u c í a F i d a l g o , q u e en e s t e l ibro se c o n t i e n e n , (1579-1650,) son de g r a n e s c á n d a l o , y r e c u e r d a n los r e ­c i e n t e s h e c h o s d e n u n c i a d o s en L o n d r e s p o r el PallMall Qazzette.

Que e x i s t e t a m b i é n e n Ga l i c i a , h o y e n m a y o r e s c a l a q u e n u n c a , l a p r o c u r a de v í r g e n e s , e n t o n c e s o c u l t a p o r la i n q u i s i c i ó n bajo el p r e t e s t o de p e r -

(1) Léase la nota final del libro.

XIV

s e g u i r los r i d í cu los casamientos con. el demonio, e s d e t o d a p u n t o i n d u d a b l e .

I s abe l Bel la , (1602,) u s a b a de los f r a g m e n t o s de a r a c o n s a g r a d a p a r a el a b o r t o , y c o n t i n ú a u s á n d o s e , t o d a v í a , e s t a p i e d r a ¿endita en a l g u ­n a s c o m a r c a s , n o sólo p a r a e s to , s i no p a r a en fe r ­m e d a d e s de v a r i o s a n i m a l e s , y e n o t r a s , d i f e r e n ­t e s y e r b a s , a f o r t u n a d a m e n t e i n o f e n s i v a s , c o m o t a l i s m a n e s ef icacís imos y m a r a v i l l o s o s c o n t r a l a concepc ión .

E l r e c t o r de S a n B a r t o l o m é d e P o n t e v e d r a e n 1651, Alonso de C a s t r o y P u g a , e c h a n d o polvos y d r o g a s p a r a en loquece r de a m o r e s á u n a j o v e n d e b u e n a fami l i a (que quedó r e a l m e n t e loca,) es u n o de los p rocesos de h e c h i c e r í a q u e e n n u e s t r o s - t iempos p r e s e n t e s ofrece m a y o r i n t e r é s y c o n s i ­de rac ión soc ia l ; a s í c o m o el s u p u e s t o d o n de u b i c u i d a d que se a t r i b u y ó á F r . A n t o n i o de S a n E o m a n , fl606); el t e m o r q u e le h a b í a cob rado á e s t e frai le po r s u s a m e n a z a s , el n o v i c i o , d e 15 a ñ o s , F r . Zoi l , y los p r o c e s o s c u r i o s í s i m o s de Sor B e r n a r d a de Novoa y T a b o a d a , Sor M a r i a n a d e Montoto y o t r a s r e l i g i o s a s , sobre h u i d a del c o n ­c e n t o de S a n t a C la ra de Al l a r i z , por h a b e r s a l i d o t a m b i é n , p a r a c a s a r s e , u n a j o v e n e d u c a n d a , (1637).

II L o s i n s t i n t o s d e l a s a n g r e , l a s c r e e n c i a s p r i ­

m i t i v a s y los c a r a c t e r e s c o m u n e s á n u e s t r a s r a z a s , s e m e z c l a n y p e r s i s t e n á t r a v é s de los s i g l o s , y á p e s a r de l a s d i s t i n t a s c i v i l i z a c i o n e s . E n n u e s t r a s c i u d a d e s los g r a n d e s b ru jo s , los negrnmant.es, y a c o n a l g u n o s p u n t o s de i l u s t r a c i ó n c o m o e l b a ­c h i l l e r P a t r i c i o S i n o t , i r l a n d é s , c a t e d r á t i c o d e Te tó r i ca e n la U n i v e r s i d a d C o m p o s t e l a n a , c o m o el M a r q u é s de C a m a r a s a , D. J u a n de B e a u m o n t , y c o m o el L i c . Ped ro A lonso , a b o g a d o de M o n t e r r e y (1622,1623,1637,) levantan figura y h a c e n h o r ó s c o ­p o s po r l a s Efemérides de Ju l io E s t a d i o , po r los l i b r o s s u p e r s t i c i o s o s del j u d í o A b r a h a n A b e n a r , y p o r m e d a l l a s a c u ñ a d a s , c o n c u a d r í c u l a s , n ú m e r o s y s i g n o s c a b a l í s t i c o s , p r e g u n t a s y r e s p u e s t a s c o m b i n a d a s , c o m o e n n u e s t r a s m o d e r n a s b a r a j a s

a m o r o s a s , y como en el v u l g a r l i b ro de los sinos «ó el Tesoro de Napoleón.

XVI

Fr . J u a n de Vega , (1602), confiesa h a b e r h a ­l lado o t ro l ibro en el conven to de S a n Franc i sco-de Orense , e sc r i t o p a r a la i n v o c a c i ó n de los e s p í ­ritus in fe rna le s ; el cual h a b í a u s a d o a l g u n a vez , s o s p e c h á n d o s e en es to el o r i g e n m o n á s t i c o de l famoso l ibro d e San Cipriano, c o m p u e s t o e n e s t o s s ig lo s p a r a i n v o c a r d i ab los y d e s c u b r i r p o r s u m e d i o los t e soros de la t i e r r a y del m a r , d e s p u é s de l a r g a s p r e p a r a c i o n e s y t e m o r o s o s con ju ros , n o s i e m p r e e x e n t o s de p e l i g r o .

L a c r e e n c i a en el d e m o n i o , con ese d e s c a b e l l a ­do poder q u e se i m p o n e á Dios y á s u s c r i a t u r a s , s a l i endo él, cas i s i e m p r e t r i u n f a n t e , con s u a s t u ­c ia , de la i n m e n s a O m n i p o t e n c i a y S a b i d u r í a de l A l t í s i m o , esa lucha entre el bien y el mal, p e r son i f i ­c a d a por la m o d e r n a i g l e s i a , fué f o m e n t a d a c o n u n a p e r s i s t e n c i a t a n g r a n d e po r el S a n t o Oficio, c o m o g r a n d e s y benef ic iosos fueron los r e s u l t a d o s p e c u n i a r i o s q u e u s u f r u c t u a b a n los m i n i s t r o s d e es te t r i b u n a l apos tó l i co e n p a r t i c u l a r , y e n g e n e r a l t o d o s los ec l e s i á s t i cos s e c u l a r e s y r e g u l a r e s , p u e s po r a l g u n a s m o n e d a s , se o b l i g a b a n , e n t o n c e s , y se o b l i g a n todav ía , á s a l v a r de l a s g a r r a s del t a l demonio á t o d a espec ie de a l m a s .

L a s h i s t o r i a s de e s t e g é n e r o en Ga l i c i a s o n t a n v a r i a d a s , i n n u m e r a b l e s y h e r m o s a s po r s u du l ce poes ía , como e s t u p e n d a s ó i n v e r o s í m i l e s , e n l a s r u i n a s de los m o n a s t e r i o s y c a s t i l l o s , d o n d e h a b i t a n l a s s o m b r a s s a n g r i e n t a s y los d u e n ­des h o r r e n d o s de la E d a d m e d i a ; e n la c r u z de p i e d r a con el farol de a c e i t e de l a s o l i t a r i a e n ­c r u c i j a d a ; en la rob leda m i s t e r i o s a y e n los s o -

XVII

b é r b i o s m o n u m e n t o s a n t i g u o s , como s u c e d e en el o r i g e n y c o n s t r u c c i ó n m a r a v i l l o s a del P u e n t e de l E u m e , el Ponte-do-de rao de la d e s e s p e r a d a h i j a d e F e r n á n Pérez ó Bóo, conde de A n d r a d e .

A u n a s o r a c i o n e s del pueb lo «Co;¿ Dios me acuesto... r e s p o n d e n o t r a s : «San Ignacio de Logóla, dice al demonio ¡Vete!».

E n t o d a s las p u e r t a s y v e n t a n n s se fijan los r e s c r i p t o s de S a n Pedro Már t i r c o n t r a el d i a b l o , c o n t r a el mal bajo, la e n v i d i a , la frida d'ollo, el ramo catioo...

L a o l iva b e n d i t a c u é l g a s e en t odas las h a b i ­t a c i o n e s ; los c u r a s b e n d i c e n a n u a l m e n t e e s t a s v i v i e n d a s , de j ando en d i f e ren tes bo te l l l a s el a g u a d e l a P a s c u a ; t o d o s s a b e n de m e m o r i a , a ú n a n t e s q u e l a s o r a c i o n e s de la i g l e s i a , l as c é l eb re s r e ­t r ó n i c a s de S a n J u a n , d i c h a s del d e r e c h o y del r e v é s :

«San X o a n e sc l a rec ido q u e e n L i s b o a foi n a c i d o c o n h á b i t o de l an c o n co rdón de e s p a r t a n g á r d a m e ó g a n d o do p a n s i n p a s t o r ó s i n c a n . ¿Que a t o p a s t e , s eño r S a n Xoan? - Tope i lobos ó l eon icos b r u x i c a s ó d i a b l i c o s .

— A m i g o m i ó : d i m e la u n a . — L a u n a t e la d i r é p o r q u e l a s ó : á l a u n a m á s c la ro es el sol que la l u n a . — A m i g o m i ó : d i m e las dos .

XVIII

— L a s dos , t e las d i r á , p o r q u e l a s d io el reíos: á las dos pa r ió la V i r g e n a Dios . — A m i g o mío : d i m e la t r e s . —A las t r e s , las t res v a r a s de Moisés d o n d e Cr i s to v a y ó v e n á c a s a de J e r u s a l e n . Q u e i m e n ó d e m o m a y o r e c a n t o t en d ' a r redor» e t c . (1)

C u a n d o de n o c h e el t e r r i b l e g a t o n e g r o m a -h u l l a sobre el t e c h a d o de la v i v i e n d a , y la marta revo lo tea en to rno de la l á m p a r a p a r a c h u p a r el a c e i t e : c u a n d o las c a m p a n a s de la p a r r o q u i a , m o ­v i d a s por el fuer te v e n d a b a l , s u e n a n l ú g u b r e m e n ­te u n a en pos de o t r a y á l a r g o s i n t e r v a l o s c o m o h t o q u e de d i fun tos , e n t r e l a t e m p e s t a d a n d a n los e s p í r i t u s in fe rna le s ; y e n la c o c i n a c h o c a n t a m b i é n los p l a t o s de b a r r o ó de cobre , y el v i e n t o q u e sop la en la s o l a n a y el g o z n e ó la c l a v i j a q u e flojea, s i m u l a n t a m b i é n la voz f a t íd i ca del d e ­m o n i o , que se e n t r e t i e n e , en t a n t o n o l l ega el d i a , •en c o n t a r y r e c o n t a r los g r a n o s de m a í z c o n s u c o n t i n u a d o ó i n v a r i a b l e ¡un... dous!... (2)

E n t o n c e s t a m b i é n s u e l e n cae r l a s p i e d r a s p o r las a l t a s c h i m e n e a s , y se e s c u c h a n los a v e s de l a s a l m a s en p e n a que p i d e n m i s a s . . . y g r i t a n á los v ivos p a r i e n t e s , ( qu i zá d e n t r o de la c o n c i e n c i a ) c o n voz v i b r a n t e y q u e j u m b r o s a : ¡restituid!...

L o s fuegos fa tuos q u e se obse rva en el a t r i o d e l a s i g l e s i a s , s i m u l a n p a s e o s n o c t u r n o s de f a n -

(1) E s t a s rclríiiiictts e n g a l l e g o y e n c a s t o l l a n o d i a l o g a d a * , c n n -U o n c n g r a n d e s a l t e r a c i o n e s e n c a d a p u e b l o d e G a l i c i a , n e c e s i t á n d o ­se d e l a s d i v e r s a s v e r s i o n e s p a r a r e c o n s t r u i r las p r i m i t i v a s .

(2) F.n IS'tS o c u r r i ó e n e l ¿ t r i o d e la c a p i l l a d o la fj. 1 1 Antjuslia-•de S a n t i a g o u n cuso r u i d o s í s i m o d e e s t a e s p e c i e , q u a a l o m o r i z a h a á.

XIX

t a s m a s que se m u e v e n en de r redor del t e m p l o , a g i t a n d o en la s o m b r a tibias encendidas, c i r i a l e s y h a c h a s de luz a z u l a d a , q u e se a p a g a n y e n c i e n ­den s i m u l t á n e a m e n t e y se a c e r c a n y h u y e n .

ü y e n s e le janos y t á n u e s los c a n t o s f u n e r a l e s tle la cólebre CompaMa, la t e m e r o s a Estaiea ó San­ta Compañía q u e se a c e r c a con s u s b l a n c o s s u d a ­r i o s , s u c ruz y s u t u m b a , y e n t o n c e s el d e s d i c h a ­do t r a n s e ú n t e , sólo h a c i e n d o el c í rcu lo y o f r e ­c i e n d o la t o r t a c a l i e n t e ó la m o n e d a de cobre , p o d r á l i b r a r s e de ser a r r a s t r a d o por m o n t e s y despob lados h a s t a la n u e v a a u r o r a .

L a s i g l e s i a s ce a b r e n f r e c u e n t e m e n t e por m a ­n o i n v i s i b l e e n e s a s h o r a s de la m e d i a n o c h e , y los c a d á v e r e s , que c a s i d i a r i a m e n t e d e s c a n s a b a n sobre s u s t ú m u l o s , a n t e el a l t a r r e s u c i t a b a n y s u b í a n al c a m p a n a r i o p a r a t o c a r á m i s a de á n i ­m a s , s i e s t a b a la s u y a en el p u r g a t o r i o ; y s i s e h a l l a b a en el in f ie rno , p a r a g r i t a r con d e s t e m p l a ­dos l a m e n t o s que v i n i e s e n á r a s g a r l e el, h á b i t o p o r d e l a n t e , bajo c i e r t a s c e r e m o n i a s , p o r q u e c o n ól , n o le e r a pos ib le b a j a r á los a b i s m o s á c u m ­p l i r s u c o n d e n a c i ó n e t e r n a .

l o s b a r r i o s d e l G o z o , t e n i e n d o n e c e s i d a d d e c o n c u r r i r la f u e r z a p u ­b l i c a p a r a c a p t u r a r u n s u p u e s t o f a n t a s m a , q u e i r r i t a b a con v o z d o ­l i e n t e , l o m a n d o el n o m b r e d e un r i co p r o p i e t a r i o f a l l e c i d o e n a q u e ­l l o s d í a s y e n t e r r a d o e n d i c l i o a t r i o . L o s c a s o s q u e so c i t a n d e d e s ­p r e n d e r s e l a s p i e d r a s d e n t r o d e las h a b i t a c i o n e s , a u n e n n o c h e s s e ­r e n a s , s o n tan j n n u m o r a b l e s ^ r e c i e n t e s e n l o s a l r e d e d o r o s d e S a n t i a ­g o , q u e b i e n d e m u e s t r a n , m á s q u o el f a n a t i s m o , la m a l i c i a d e l c a m ­p e s i n o g a l l e g o p a r a b u r l a r s e d e l o s v e c i n o s c r é d u l o s . A n u e s t r o h o n r a d o i m p r e s o r d e S a n t i a g o , IX M a n u e l M i r a s y A l v a r c z , y á l o s i n d i v i d u o s d e s u f a m i l i a c a í a n l e l a s p i e d r a s s o b r e l o s h o m b r o s s i n h a c e r l o d a ñ o , s i n t r a s p a s a r l o s l e c h o s , n i p o d e r a v e r i g u a r s e d o d o n ­d e p r o c e d í a n , e n s u c a s a - q u i n t a d e A m e s . S e p r o c u r a b a p e r e s t o , m e d i o q u e m a l v e n d i ó s e l a l inca , p r e o c u p a d o c o m o e r a e n a s u n t o s r e l i g i o s o s . A c o n s e j á r n o s l e q u e v a r i a s e d e c a s e r o , y d e s d e e n t ó n e o s

J a s p i e d r a s d e j a r o n d e c a e r .

XX

E s t a s l e y e n d a s ref iérense en t o d a s l a s a l d e a s , y e s p e c i a l m e n t e en aque l los l u g a r e s d o n d e se h a l l a n e s t ab lec idos s o l i t a r i o s y a n t i g u o s m o n a s ­t e r i o s , s i e m p r e ce rcados de e x t e n s o s , o s c u r o s y poco t r a n s i t a d o s b o s q u e s , a u n en las c e r c a n í a s de las c i u d a d e s , como el de S a n Lorenzo de S a n ­t i a g o , donde h a c e a u n m u y pocos a ñ o s t e n i a n o r i g e n m u y n a t u r a l es tos t e r r o r e s del v u l g o .

E r a el l u g a r t r i s t e y so l i t a r i o , la se lva e spesa y e x t e n s a , el sendero e s t r echo y p r o l o n g a d o , los m u r o s s in t é r m i n o á lo que a l c a n z a b a la v i s t a , el t e r r e n o p e n d i e n t e h a c i a las r i b e r a s de u n r io c u y a s c o r r i e n t e s se e s c u c h a b a n en el fondo de de sconoc ida c a ñ a d a , como se e s c u c h a u n t e r r e ­m o t o ; de c u a n d o en c u a n d o se l e v a n t a b a a n t e n u e s t r a v i s t a , p r e v e n i d a en c o n t r a de los f a n t a s ­m a s , a l g ú n c ruce ro de p i e d r a con s u crucifi jo y s u v i r g e n , a n t e c u y a s ef igies a r d í a a l g ú n farol, a l i m e n t a d o no se sabe s i por la p i e d a d , ó por el t e m o r del vu lgo .

Tres c ruces m á s , c l a v a d a s bajo de g r a n a r c o en la e scue t a pa red de la I g l e s i a f r a n c i s c a n a , o f r e ­c í a n u n a spec to t é t r i c o y c a s i m i l a g r o s o . L a p a ­red , a g u j e r e a d a en t o r n o al Cr i s to , c o n t e n i a u n n u m e r o s o en j ambre de abe jas q u e t r a b a j a b a n s u m i e l , a l i m e n t a d a s , al dec i r de l a s g e n t e s , e n l a s l l a g a s de m a d e r a p i n t a d a del s u b l i m e m á r t i r .

L a m o l i n e r a y el pobre c a m p e s i n o t r a n s i t a b a n ú n i c a m e n t e e s tos s i t i o s de n o c h e , y c u é n t a s e que e r a n d e t e n i d o s y a h u y e n t a d o s por las a p a ­r i c i o n e s de los e s p í r i t u s de los m u e r t o s h a s t a t a l p u n t p , que del s u s t o h u b o que l a m e n t a r f u n e s t a s

X X I

c o n s e c u e n c i a s . C u é n t a s e q u e la c ap i l l a de Ani­mas, q u e t a n t o s r e n d i m i e n t o s p r o p o r c i o n a , fué ed i f icada po r los m u c h o s c a s o s de a p a r e c i d o s , y c o n objeto de a p l a c a r l o s con m i s a s y r e s p o n s o s : pero s i de la v e r a c i d a d de e s t a s c o s a s n o p o d e ­m o s r e s p o n d e r s e g u r a m e n t e , sí , d i r e m o s , q u e el feo a s p e c t o del m u r o , el g r a n i t o del t e m p l o m a n ­c h a d o de b l a n c o , a m a r i l l o y rojo como la c a r a de m e n d i g o h a m b r i e n t o , la r u i n d a d de las p u e r t a s d e s v e n c i j a d a s y del cober t i zo míse ro que s e r v i a de f a c h a d a al c o n v e n t o , u n i d o todo con los m i s ­t e r i o s del bosque y con el m i l a g r o del e n j a m b r e d e abe ja s , h a c í a n de S a n Lo renzo u n o de a q u e ­llos l u g a r e s , m i l veces d e s c r i t o s en las n o v e l a s r o m á n t i c a s . Pos ib le se r ía que h u b i e s e a l g o d e r e a l i d a d e n c u e s t i ó n de a p a r e c i d o s á las s e n c i l l a s y be l l a s m o l i n e r a s ; pero t a m b i é n p u d o d e c i r s e m u c h o q u e la f e c u n d a i m a g i n a c i ó n de n u e s t r o pueb lo fué a g r a n d a n d o i n s e n s i b l e m e n t e . L o s ecos q u e al l í se r e p e r c u t e n mi l veces h a r í a n c r e e r a l t í m i d o pasa j e ro c a m p e s i n o u n a p e r s e c u c i ó n t e n a z y s i e m p r e i n v i s i b l e ; fingir voces n a t u r a l e s los ecos de la m o n t a ñ a , y el c l a ro o s c u r o de la se lva el c e n i c i e n t o y tosco s a y a l de S a n F r a n c i s ­c o ; pero t a m b i é n á d e s h o r a q u i z á a n d u v i e r a n e r r a n t e s por a q u e l b o s q u e los r e l i g i o s o s , r e z a n d o a r r i m a d o s c o n t r a los t r oncos h u e c o s , a n t e s de la e x c l a u s t r a c i ó n . E s t a m b i é n i n d u d a b l e , c o m o q u e d a d i c h o , q u e se lvas y m o o t e s h a n t e n i d o s i e m p r e p a r a n u e s t r o pueblo s i g n i f i ­c a c i ó n s u b l i m e y m i s t e r i o s a : en el los l e v a n t a ­b a n los c e l t a s s u s m e n h i r e s y s u s c a s t ro s l o s ^ a - ,

XXII

m a n o s ; m á s ta rdo el famoso Libredon m o s t r ó s u s ce l e s t i a l e s l u m i n a r i a s , y h o y de todos los b o s ­q u e s se c u e n t a n las fábu las m á s e x t r a ñ a s . As í q u e , n o a d m i r a que u n l u g a r t a n n o t a b l e en la h i s t o r i a de Compos te la , i l u s t r a d o con las m e m o ­r i a s del a rzobispo nigromántico Muñiz , y de t a n ­t o s mon je s e n t r e g a d o s en la so ledad del b o s q u e á l a c o n t e m p l a c i ó n , r e a l zada aque l l a por la a n t i ­g ü e d a d y e x t e n s i ó n de la rob leda , l as c e r c a n í a s d e la c a ñ a d a por donde p a s a el Sa re la , el e s t r e ­c h o sendero por donde se a t r a v e s a b a bajo el follaje e speso a n t e los a r c o s d e l a s t res c r u c e s m i s t e r i o s a s y de l a ' m i l a g r o s a c o l m e n a , fuese objeto de las s u p e r s t i c i o s a s c r e e n c i a s del v u l g o , las c u a l e s h a n ido d e s a p a r e c i e n d o á m e d i d a q u e se a r r a n ­c a r o n los á rbo les y se t r a z a r o n a r abas c a r r e t e r a s p o r d e l a n t e de la e s c o n d i d a i g l e s i a , e n s a n c h á n ­d o s e el b a r r i o , c e r r ándose el c o n v e n t o á la v i d a m o n á s t i c a , y al su f rag io de las a l m a s a p a r e c i ­d a s , el viejo t emplo .

ni ¿Quien p o d r á referir t odas las cu i ' iosas h i s t o ­

r i a s á q u e d i e r o n o r i g e n las c r e e n c i a s en el d i a ­b l o , las a p a r i c i o n e s de las a l m a s y el t e m o r á l o s c e m e n t e r i o s ?

L a l i r a g a l l e g a , a u n q u e e s c a s a en es te g é n e r o d e c u a d r o s p o p u l a r e s , donde t a n t o p o d r í a n i n s p i -r a r s e n u e s t r o s p o e t a s , no lo es t a n t o q u e , e n t r e o t r o s , n o se p u e d a c i t a r el pasa je cómico d e s c r i t a po r el i n o l v i d a b l e A ñ o n bnjo el ep ígrafe A pan-tasma.

Aló n ' a a l t a n o i t e C a n d o en s i l enc io d o r m e ó m u n d o i n t e i r o S i n q u e e n n i n g u r e s n a d a m a i s se e s c o i t e Que ó m u r m u l l a r d ' a s a u g a s d ' u n r e g u e i r o ,

Que a t r a v e s e i l i xe i ro , D i r i x i a m e u s p a s o s á d e s h o r a A u n c i m e n t e i r o t r i s t e é p a v o r o s o ,

Para apañar un hoso,

XXIV

Según me liña dito ó noso cura, Que era ó demedio pr'oloidar amores D ' u n - h a r a p a z a q u e ó m e u p e i t o a d o r a

N ' a q u e l e s a r r e d o r e s . E n t r e i por fin... A n o i t e e s t a b a o s c u r a : O co razón n ' o pe i to m e b a t í a ;

O pelo se a r r e p í a E n ' a s p e r n a s s en t í a a l g u n s t r e m o r e s .

Todo cheo de medo , a s a p a l p a d a s Botei l le á p o u t a á u n - h a ca l i ve r a ;

¡Ay! n u n c a Dios me de ra ! A p e n a s á t oque i ¡que c a r c a x a d a s In fe rna les oin!!.. L o g o u n d i f u n t o

Se me p r e s e n t a d i a n t e D ' á b i t o b r a n c o ó v a g a r o s o a n d a r ;

C o m e n c e y á reza r B a i x i ñ o u n padre nuestro; ó n ' a q u e l p u n t o F i x e n u n c i rco co m e u p a u d ' o l i va Que x a b e n d i t o (por s i acaso) i b a , E pos to d e n t r o d 'ó l :—Eu te r e q u e r o De p a r t e de. . .—lie d i x e n t r e m e l a n d o : El con g r a v e a d e m a n ó voz a l t i v a Me i n t e r r a m p e u : — ¡ A h , fuxe, t e m e r a r i o ; Non toques nada!!!—¿Si? eu m e r e t i r o , E a p e r t e y c o n t r a ó pe i to ó e s c a p u l a r i o

Que ó d a v i r x e n d 'o C a r m e . —Pero , a t ó n d e m e ben ; h a s de e s p e r a r m e N 'o m u i ñ o de ta l . . .—¿Preciso ó fouce? —Non, mi se rab l e . . . ¡vai te!—E d o u m e u n c o u c e Como ó n u n c a levei n a m i ñ a v i d a ; P o r q u e ó d i fun to a q u e l g a s t a b a zocos ,

p a r a d e s p e d i d a

XXV

I n d a m e z o r r e g o u d o u s s o p l a m o c o s . Non pa r ece s i n o n q u e po- lo a i r e

T i n a c h e g a d o ó s e ñ a l a d o p u n t o ; E c á t a m e ó d i fun to

Q u e x a r u x i n d o ven po r e n t r e ó mi l l o : P a r e c e q ' i n d a x a c o n m a i s d o n a i r e .

¡Canto m e m a r a v i l l o Vendo d ' a q u e l p a n t a s m a á l i n d a c a r a D ' a l úa q u e n a c i a ó c l a ro br i l lo! ¡Ay, p e c a d o r de m i n , q u e n ó p e n s a r a ! E r a á m i ñ a M i n g u c h a en corpo ó a l m a ,

C u n - h a s á b u a c u b c r t a , Que m e e s t r o b a b a de a p a ñ a r ó hoso P o r q u e n o n a c a b a s e ó a m o r noso . P a s m a d o m e q u e d e y co a b o c a a b e r t a :

Mais e la que e ra e x p e r t a O p a s m o m e t i r o u con doce b i c o . E r i n d o s e á va le r m e d ixo :—«Chico

X a e s t á s ben c a s t i g a d o » . — Trocouse ó medo e n v e n t u r o s a c a l m a , E e n t r a m o s n ' o m u i ñ o ; que e r a t a r d e , P a r a d o r m i r n ' a q u e l a n o i t e x u n t o s

P o - 1 ' a m o r dos d i f u n t o s .

Dende a q u e l a c h u s c a d a .No me c h a m e n c o b a r d e ,

Po i s sea n o i t e e r a r a ou de t r o n a d a 8 i p a s o ó pá do ad ro ou c i m e n t e r i o R i n d o do v u l g o á v a n c r e d u l i d a d e

(Con p e r d ó n do Abade) , •Quixera ver p a n t a s m a s (falo ser io) ;

P o i s m a x i n a r a a i u d a

XXV 1

Ser á m i ñ a a d o r a d a M i n g a s l inda-Solo es te g é n e r o fes t ivo m e r e c e n á n u e s t r o s

p o e t a s g a l l e g o s , c u a n d o no a m a r g a s c e n s u r a s , e s t a s p r e o c u p a c i o n e s sobre la a p a r i c i ó n de d i f u n ­t o s y la v i r t u d de h u e s o s y y e r b a s p a r a c u r a r c i e r t a s en fe rmedades . T a m b i é n c i t a el Sr . A n ó n los c í rcu los y e n c a n t a m i e n t o s , con ju ros y p a l a ­b r a s m i s t e r i o s a s , c u y a c r e e n c i a t a n a r r a i g a d a só h a l l a e n n u e s t r o p u e b l o .

Pero n u e s t r o a m i g o y c o m p a ñ e r o e n la p r e n s a el Sr. D. Alfredo B r a ñ a s , d i r e c t o r de El Libredóii. n o s h a d e s c r i t o en u n a poes í a l a u r e a d a la c u r i o s a j v i e j í s ima c o s t u m b r e , c u y o o r i g e n se n o t a de­l a r g o s s i g l o s , y p rov i ene q u i z á de las r e l i g i o n e s p r i m i t i v a s .

El Avellou, h o y t r a n s f o r m a d o por el t i e m p o en u n j u e g o i m p r o p i o , i n m o r a l , i r r e s p e t u o s o en los v e l a t o r i o s á los d i fun to s , no á e b ¡ a c o n s i s t i r en u n p r i n c i p i o m á s q u e e n las a s p e r s i o n e s , v i g i l a n c i a s , p a l a b r a s m i s t e r i o s a s y c e r e m o n i a s de los a n t i ­g u o s s a c e r d o t e s y s a c e r d o t i s a s p a r a a h u y e n t a r á J o s e s p í r i t u s m a l i g n o s en to rno del c a d á v e r , en t a n t o que é s t e p e r m a n e c í a i n s e p u l t o . Po r e s t a r a z ó n n o s p a r e c e e s t a u n a de las más i m p o r t a n t e s c o s t u m b r e s , p a r a s u j e t a r l a á m i n u c i o s o e x a m e n : y como la poes ía p r e m i a d a es t a m b i é n del género-c ó m i c o , lo cua l es de l a m e n t a r en p o e t a s que t a n m a g i s t r a l m e n t e s a b e n d e s c r i b i r e s t a s e s c e n a s p o ­p u l a r e s , h e m o s de e s p e r a r q u e el Sr. B r a ñ a s a m _ pl íe e n p r o s a lo q u e h a v i s to y lo q u e piense, r e s ­p e c t o de El Aoellon. Por a h o r a c o p i a r e m o s de s u

p o e s í a lo m á s esenc ia l en la d e s c r i p c i ó n del h e c h o

Moitos c i c a i s n o n s e p i a n c u a s e m e n t e ó que c h a m a aoellon á n o s a x e n t e d ' a s Rias n - o pa í s e n c a n t a d o r . C o m ' u n h a forma a h o n d a p a r a p r o b a c o n t a r e i c h e o q u e v i n en V i l a n o v a u n d i a d' aoellon, ca ro l eu to r .

T r e m a n d o c 'o f r iaxe , e u e Al i fonso d i m p o i s de m a r m u l l a r d r e n t o u n r e s p o n s o b o t a m o s á co r r e r h a s t a abafar , e c h e g a m o s á c a s a d' a d i f u n t a o n d e e s t a b a a f ami l i a toda x u n t a c o n m a n t e l o s cobe r t a ó pó d 'o lar .

C r e b a b a o co razón en cen a n a c o s ve r c h o r a r ás s o b r i n a s ; os s e u s f racos c o r p o s de b i m b i a en forza d a delor r e t o r c í a n s e loucos ; y - o s seus be r ros s o m e l l a b a n a q u e l e s q u ' os bece r ro s b o t a n ó i r p r a f e i r a n - o ca lor .

— ¡Adiós, t i a Sábela! . . . . (lie d i c i a n á t e m p o q u e n - a c a r a a s m a u s b a t í a n . ) — A d i ó s m i ñ a v i d i ñ a , ad ió s m e u ben! , . . . ¡Ay, ad ió s p a r a s e m p r e m i ñ a t ia ! . . . . ¡Xa s ' a c a b o u a t u a romer ía ! . . . . ¡Xa n u n c a p e i x e l eva rá s p r ' o t r en! . . . .

¡Adiós t i a Sábe la A l v a r e s Pon te ,

XXVII

Caiuwa de m a l n o m e ; i n d a n a n t r o n t e ¡con q u e n o x o bo t áches rn ' u n caray!...-¡Qué m a n t e d a b a s á l i m p i a r s a r d i n a s ! ¡Xá que fuxes de cabo á t u a s s o b r i n a s da l l e m o i t a s m a m o r i a s á s e u pa i ! . . . .

Pouco á p ô u c o v i ñ e r o n m o i c a l a d o s t i o s , c u r m a n s , p a r e n t e s e a c h e g a d o s o m e s m o q u e si fora en p r eces ión . . . . e n - u n c u a r t o q u ' e s tá c e r ca d' a m o r t a á r e m p u x o n s e n t r a r o n p o l - a p o r t a a s m o c i ñ a s y - o s mozos d ' o aoellon.

S e n t á r o n s e n - o c h a n todos á roda ; o r a p a s c o - a r a p a z a s ' a c o m o d a ca l si fora un l i a festa á e s c o m e n z a r ; e por m a i s que c l i e i rase a t i a S á b e l a i m p r i n c i p i o u , ás n o v e , á l a r p a d e l a d i m p o i s que s ' a c a b a r a de r eza r .

P i r m e i r o u n h a g a r r a f a d ' a g a r d e n t e co r r eu de m a n en m a n , l o g a u n h a e n d i e n t e d e s a r d i n a s s a l g a d a s se t o m o u ; <• e n - o p rebe d ' a s m e s m a s . . . . ¡cousa boa ! flxeron sopas con a l g u n h a b r o a q u ' e n r r i b a d' os m a n t é s s ' e s n a q u i z o u .

Qs no ivos x a p i c a d o s c o - a b e b i d a a p e r t a b a n á n o i v a e s m o r e c i d a e n c o n t r a d 'o seu pe i t o con a m o r , e al í l o i t ando a x o v e n t ü s ' a x u n t a j e n t r a m e n t r e s n - o c u a r t o d ' a d i f u n t a

XXVIII

soi lo h a b i a u n s i l ens io a t e r r a d o r !

H o u b o x o g o s de p r e n d a s á b a r u l l o o n d e t a n t o m a n e a r o n o b a n d u l l o , , q u , a r r e m a t o u a l g ú n por g o m i t a r , y - a s n e n a s x a m a r e a d a s d ' a c o n c e n c i a i m p ú ñ a l l e s o x o g o en p e n i t e n c i a n - a s m e i x e l a s d ' a m o r t a i r á b i c a r .

Collidos pol-a man os concurrentes e fungando baixiño y-entr' os dentes foron d'a morta á triste kabitasion, e voltando ó redor d'a defuntiña o vello, a vella, o mozo y-a moci'ia fungaban como funga mi avellon.

¡Probé d' aquel que dése algunha fala ou de bulir deixasepol-a sala!... ¡Siñal era de mor te non fungar!... As honras d'o aceitón son tan percisas como son par' os cregos moiias misas y-o gando y-o ligón para labrar.

Hó a q u í , e n e s to s solos doce ú l t i m o s v e r s o s q u e s u b r a y a m o s d e s c r i t a la c e r e m o n i a p a g a n a y s u p rofundo a r r a i g o e n las c o s t u m b r e s del p a í s , p u e s se c o n s i d e r a a u n t a n i m p o r t a n t e c o m o l a s de l c a t o l i c i s m o , a u n q u e a q u e l l a h a p e r d i d o n e ­c e s a r i a m e n t e , t odo s u c a r á c t e r .

L o q u e s i g u e á es to e n l a c o m p o s i c i ó n de l c u a d r o p o é t i c o , es la p a r t e p u r a m e n t e c ó m i c a q u e el a u t o r c r e y ó n e c e s a r i o i m p r i m i r á la e s c e -

XXIX

n a , s i n d u d a p a r a h a c e r l a m o n o s r e spe t ab l e y m á s od iosa .

'O redor d'o cadávre d'a oelliña deron voltas os mozos tan axiña qu'o piso imprincipiouse á manear e c 'o peso , q u i z á i s , de t a n t a x e n t e , a fund í ronse as t a b o a s de r e p e n t e e todos á u n cor te l lo foron d a r

El Sr . B r a ñ a s (D. Alfredo,) debió p r e s e n t i r e l o r i gen r e m o t í s i m o de la c o s t u m b r e q u e r e l a t a , -y t a m b i é n la c o n s i d e r a t a n dif íci l de o l v i d a r s e y s u p r i m i r s e que , á p e s a r del e s p a n t o , de los h e r i ­dos , de los m u e r t o s o c u r r i d o s en a q u e l l a n o c h e y de la p ro fanac ión del c a d á v e r de la v ie ja q u e c a y ó con ca ja y todo sobre los c o n v i d a d o s , an% los vecinos de Vílanova no escarmientan; y n o sólo é s t o s , s ino todos los d e m á s h a b i t a n t e s de las h e r ­m o s a s Rias bajas.

Non h a y festa s i n g a i t a n i n fogue te s n i n c a p a vel la q u e n o n t e ñ a se tes n i n m o r t o s i n e n t e r r o n i avellon... A familia o sew creto perdería sin facer esa triste romería •qu' a s c o r d a s fai x e m i r d' o co razón .

E por p a r t e d' a infamia qu ' os p a r e n t e s reco l len s i n o n d a n e s a s e n d i e n t e s , o d i fun to d' os s e u s s' e s q u e n c e r á e poís x a qu ' a s s u a s c i n z a s n o n h o n r a r o n os a m i g o s qu ' en m o r t e as í o b u l r a r o n

XXX-

todos deud ' o eco m a l d i c i r á .

E logo a m o c e d á p r e c u r a a x i ñ a q u e doud ' h a i x a d i f u n t o ou d i f u n t i ñ a se f aga u n acelloa p a r a lo i ta r ; y - e n t r e t u m b o s e b i c o s , eles e e l a s , a n d a r t o d o s a l i ás a p a l p a d e l a s e s m a g a n d o a mora l n - e s e a p a l p a r .

¡A. f ami l i a d'o m o r t o d e s h o n r a d a ! ¡Es te sofr indo! . . . . ¡A m o c e d á n o x a d a ! V e l - e i q u í o q u ' e x p r i c a o aoellon, e sa fes ta t a l yes d ' as m a i s x u d í a s , q u e n - o l indo e v izoso pa í s d 'as R i a s e c u s t u m e , fei t izo c c o r r u p c i ó n .

¿Qué p a d r i c a n os c r e g o s n - a s e i r e x a s q u e p r e m i t e n c o s t u m e s t a n a n e x a s n - o s i g r o d' os a r a m i o s e d ' a lus?. . . ¡Nin q u e fora G a l i c i a a n iourer ía ! . . . ¡Non se fai c o u s a t a l i n d ' h o x e en d i a n - a t é r r a d' o se r ra l lo y - o alcuscúsl...

' A c a b e n d e u n h a ves e sas r o m a x e s . e s a s t e s t a s d'o demo , e s a s s a l v a x e s runf las d 'os m e s m o s rnor tos á ca rón . . . . ! Como g a l l e g o e n x e b r e a g o r a falo, e x u r o , q u ' a n t e s m o r r a ó pe d ' u n v a l o q u e vo lver o u t r a n o i t e á u n acellou.

IV. ¡Cierto es , p e r i o d i s t a s g a l l e g o s ! N u e s t r o s ve la to r ios p a g a n o s son u n g r a n e s ­

c á n d a l o . Pero el c lero de e s t e p a i s , el c lero de l a s l u c t u o s a s , no p u e d e , n i q u i e r e c o m b a t i r e s t a s c o s t u m b r e s c u a n d o t o d a v í a e n m u c h o s p u n t o s l a s s o s t i e n e y fomenta con s u m o c u i d a d o .

Será , q u i e n sabe , e s t a c e n s u r a a c e r t a d í s i m a de l s eño r B r a ñ a s , d i r e c t o r del d i a r i o ca tó l i co El Libredon, el p r e s a g i o c i e r to y feliz de u n a p r ó x i ­m a y n e c e s a r i a r evo luc ión en los h á b i t o s y p r á c ­t i c a s e c l e s i á s t i c a s t a n t o en e s t a como e n o t r a s d ióces i s de Ga l i c i a , pero todo lo j u z g a m o s a u n p r e m a t u r o ; c o n s i d e r a n d o que la ob ra de los s i ­g l o s y las i n c l i n a c i o n e s de las r a z a s y l a s c o s ­t u m b r e s de los pueb los fueron s i e m p r e a d o p t a d a s y c o n s e r v a d a s por l a I g l e s i a p a r a h a c e r m á s s u a ­v e s u y u g o , a l p r o p i o t i e m p o que a c r e c e n t a b a , d& e s t e m o d o , y no d i s m i n u í a s u s i n t e r e s e s .

XXXII I

A u n h a c e poco t i e m p o que se ce l eb raba en G a ­l i c i a la fiesta de d i fun tos en el clia 2 de N o v i e m ­bre , de modo h a r t o r a ro , e s c a n d a l o s o y c í n i c o .

Si la m u e r t e de las p e r s o n a s q u e r i d a s d io o r i ­g e n á las i n m u u d a s b a c a n a l e s , á las c o m i l o n a s de los e n t i e r r o s y a las fiestas y r egoc i j o s de t o ­do g é n e r o , y a u n á los forzosos d e r e c h o s c l e j u c -t u o s a , q u e no solo c o n t r a s t a n mal s ino q u e a g r a ­v a n el dolor del e n l u t a d o h o g a r , no d e b i e r a la I g l e s i a , n o , h a c e r s u y a s , a d o p t a r de las r e l i g i o ­n e s a n t e r i o r e s e s t a s c r a p u l o s a s e s c e n a s , i n t r o ­d u c i é n d o l a s en s u s m i s m o s s a g r a d o s r e c i n t o s .

Y s in e m b a r g o , e s t a s f iestas de lá m u e r t e , r e ­m i n i s c e n c i a de los a n t i g u o s pueb lo s , c o n s e r v a d a s por u n a e d u c a c i ó n r e l i g i o s a y feudal q u e i m p o ­n í a de t r i b u t o de l u c t u o s a , los t r e i n t a n a r i o s s i n s a l i r u n m e s del t emplo , c o m i e n d o y d u r ­m i e n d o sobre los a l t a r e s , y o t r a s c o s t u m b r e s b á r ­b a r a s a ú n en b o g a en 1586 (l) h i c i e r o n s u r g i r y e s t a b l e c e r la f amosa orgia anual del 2 de N o v i e m ­bre , d e d i c a d a por las f a m i l i a s r i c a s á s u s p a r i e n ­t e s m u e r t o s .

E n las i g l e s i a s y en los a t r i o s se i n h u m a b a n Jos c a d á v e r e s ; d e n t r o , o ra en el sue lo , o ra e n los m u r o s y c a p i l l a s de p a t r o n a t o , los r i co s ; fuera ba jo la c a p a de verde césped , b e n d e c i d a por el roc ío , los pob re s . D e n t r o y fue ra debía , p u e s , de

(I) E n l a s c o n s t i t u c i o n e s d e l o b i s p o l ' achecOjdc M o n d o ñ e d o ( l ó í i l ) *:«[». X X I I I , s e i n d i c a el o r d e n con cjue los e c l e s i á s t i c o s d e b e n p e r ­m a n e c e r e n c e r r a d o s e n los t e m p l o s s i n s a l i r m a s i iue al c e m e n t e r i o , ( á l r i o ) d u r a n t e l o s t r e i n t a d i a s , s o p e ñ a d e .*i()0 m r s . ; p e r o e n l a s d e t 'a ja d e l a X a r u (I58IÍ) e n el t i t u l o X X I X c a p . Y H , s e p r o h i b e el ircinlattitrio «por itltittmix ¡tícüineutcnte-i que ctt vi eiicvmimivnlu dv vine/ton clérigos (no tan v*¡>ir¡tttalcx como era riti-oll', liuliftt.»

XXXIV

c e l e b r a r s e el b a n q u e t e de los v ivos en h o n o r de los d i f u n t o s , en el c u a l se i n s p i r a r o n t a n t o s e s c r i t o ­res c r e y é n d o l o fábula y fingiendo q u e á m e d i a n o c h e los e sque le tos c e l e b r a b a n e n ta l d ia o t ro b a n q u e t e e s p a n t o s o , c o r r e s p o n d i e n d o á la b r o m a de s u s p a r i e n t e s v ivos . Por lo que se refiere á G a ­l i c i a es u n a v e r d a d i n c u e s t i o n a b l e q u e el 2 de N o v i e m b r e se c o n m e m o r ó á los fieles d i fun tos a l m e n o s h a s t a fines del s ig io XVI, c o n r u i d o s a s o r ­g í a s en las i g l e s i a s .

As í como el m o n u m e n t o de J u e v e s S a n t o sol ía ser , en las m á s pobres , u n a g r a n h o g u e r a y en l a s d e m á s v a r i a s l u c e s e s t e n d i d a s por las p a r e ­des , as í la fiesta d s los d i f u n t o s se ce l eb raba m á s ó m e n o s s u n t u o s a y o p í p a r a m e n t e en el b a n q u e ­t e del i n t e r i o r del t e m p l o . En el ex t e r i o r , pob l ado el a t r i o do pobres p e c h e r o s , e s p e r á b a s e t r a n q u i l a ­m e n t e el m e n d r u g o de L á z a r o , p a r a a c o m p a ñ a r á l as c a s t a ñ a s t r a d i c i o n a l e s .

L a s v i a n d a s h u m e a b a n sobre las g r a n d e s m e ­sa s e s t e n d i d a s bajo la n a v e r o m á n i c a de n u e s t r a s p a r r o q u i a s ; las s a c r i s t í a s c o n v e r t í a n s e en c o c i ­n a s y d e s p e n s a s , y h o m b r e s y m u j e r e s p r o f a n a ­b a n aque l l a c a s a de Dios y aque l d i a de l u to c o n la a l g a z a r a de u n a fiesta i n c o n c e b i b l e y g r o s e r a L a s m e s a s de los a l t a r e s s e r v í a n de a p a r a d o r donde se colocaban jarros y platos, y c u a n d o los v a ­p o r e s del v i n o c a l e n t a b a n la í'ria a tmós fe ra q u e rodea las t u m b a s , p r o r r u m p í a n los i g n o r a n t e s pero r i cos c o m e n s a l e s e n r u i d o s o s y s a c r i l e g o s b r i n d i s á la m e m o r i a de aque l l o s d i f u n t o s q u e y a c í a n en paz bajo s u s p l a n t a s v a c i l a n t e s , ó d e n -

XXXV

t ro de las a r c a s de p i e d r a de las v e c i n a s c a p i ­l las ! (1)

¡ C u á n t a s veces p u d o r e p e t i r s e la e s c e n a del cemeiiterio de D. J u a n Tenor io , y c u á n t a s los r e ­s e n t i m i e n t o s a v i v a d o s por el v ino s e r í a n c a u s a de o t r a s m á s t e r r i b l e s y t r á g i c a s p r o f a n a c i o n e s ! ¿Pero , á q u é e x t r a ñ a r n o s de a q u e l l a s fiestas b á ­q u i c a s s i al cabo de t res s ig lo s y con la d e c a n t a ­d a c i v i l i z a c i ó n p r e s e n t e a p e n a s n o t a m o s o t r a d i ­fe renc ia q u e el l u g a r y el modo cómo se r ea l i zan?

Si m u c h o h a n h e c h o l a s a u t o r i d a d e s c iv i l e s por d e s t e r r a r las p r e o c u p a c i o n e s , a l e j ando de los t e m p l o s y de los a t r i o s y de las c i u d a d e s la r e s i ­d e n c i a de la m u e r t e , m u c h o m á s le q u e d a r á q u e h a c e r t o d a v í a , p r o h i b i e n d o las fiestas del dos de Nov iembre e n las n e c r ó p o l i s , y h a c i e n d o q u e e s t o s a n i v e r s a r i o s v u e l v a n al t e m p l o , y a sólo r e ­d u c i d o s á la o r a c i ó n y al dolor , s i n m a n i f e s t a ­c i o n e s de sobe rb ia , n i r e m i n i s c e n c i a s del p a g a ­n i s m o .

E n t a n t o ¿qué h e m o s de d e c i r de ese p u e b l o q u e se e m b r i a g a por t r a d i c i ó n en d i a t a n m e m o ­rable?

C o n t r a el dolor y el m i e d o h a l l a n s i e m p r e las a l m a s c r é d u l a s , e n t o r p e c i d a s por la i g n o r a n c i a , c o n s u e l o s eficaces y t e m p l e s fuer tes ó i n s t a n t á -

( t ) E s t o c r i m e n so h a l l a c s p l i c a i l o e n l a s C o n s t i t u c i o n e s S i n o ­d a l e s d e d o n A n t o n i o d e G u e v a r a o b i s p o d e M o n d o ñ o d o , (J5 -Ü) c o n l a s s i g u i e n t e s p a l a b r a s :

« l l a l l a i n o s t e n e r c o s t u m b r e en m u c h a s p a r t e s d e n u e s t r o o b i s p a n d o , q u e e n los m o r t u o r i o s q u e h a c e n y el d i a d e l o s finados q u e e s o tro d i a d o t o d o s S a n t o s , comen y beben y ponen maa d e n t r o do l a s i g l e s i a s , y l o q u e e s p e o r peinen jarrón y plata* sobry /o.,- altares l i a -e i e n i l o a p a r a d o r d e u l l o s ,» e t c . ( C o n s t i l u c i ú i i I I I . )

XXXVI

neos en los vapores del v ino; y e m b o t a d o s as í los s e n t i d o s por e s t ú p i d a y ar t i f ic ia l a l eg r í a , no se e n t r e g a r á n t a m p o c o á las ref lexiones g r a v í s i m a s q u e q u i z á p u d i e r a s u g e r i r l e s ver a l l í , en aque l c a m p o de la i g u a l d a d y de la m i s e r i a , - lo m i s m o que en las c i u d a d e s , s i e m p r e h u m i l l a d a y e s c a r ­n e c i d a la v i r t u d y la h o n r a d e z del pobre , en t a n t o que el v i c io , la a v a r i c i a , la o p u l e n c i a se m u e s t r a n c a d a vez m á s o r g u l l o s a s y p r o v o c a t i v a s .

Si el pueblo no se e m b r i a g a s e y p u d i e r a leer s e reno los ró tu los conoc idos ; s i o b s e r v a s e cómo c o n t i n ú a la fa rsa y la i n j u s t i c i a c u a n d o á la d e ­r e c h a del c ruc i f icado e s t á n los e s c o g i d o s de la a r i s t o c r a c i a con s u s c o r o n a s de oro, s u s g u a r d i a ­n e s de l ibrea , los s a c e r d o t e s q u e c a n t a n , los b l a n ­d o n e s a m a r i l l o s . q u e r e s p l a n d e c e n ; y a l a i z q u i e r ­d a los r ep robos de la fo r tuna , los h u m i l l a d o s h i ­j o s del t r a b a j o , s i e m p r e e n v u e l t o s en la s o m b r a y e n el m o n t ó n , d e s c o n o c i d o s y o lv idados ; s i p u ­d i e r a e x a m i n a r todo es to ; ¡qu ién sabe s i n o lo a r r a s a r í a todo p a r a q u e no v o l v i e r a n á c o n d u c i r l e a l l í , donde a u n los g u s a n o s se r i e n con ta l d e s c a ­ro de s u pobreza , i m b e c i l i d a d y d e s n u d e z !

V. Un p e l i g r o m á s g r a v e nos a m e n a z a c o n t i n u a ­

m e n t e . L a v i d a d e n u e s t r o s h e r m a n o s , q u i z á l a n u e s t r a p r o p i a , no e s t á g a r a n t i z a d a en e s t a d u d a i n m e n s a de l a s v u l g a r e s p r e o c u p a c i o n e s . Los c u ­r a n d e r o s , esos após to les o s c u r o s de s i e m p r e , y q u e s a l en á luz de c u a n d o en c u a n d o en E s p a ñ a , m a r ­c a n d o c o n s u s m i l a g r o s y s u a p a r i c i ó n las é p o c a s de r e t roceso , son e n e m i g o s poderosos de q u i e n e s n o s so lemos r e i r i r r e l i ex ib l emen te , p a r a c a e r e n s u s m a n o s , s i n s abe r lo , á la p r i m e r a o c a s i ó n y t a n t o m á s f á c i l m e n t e c u a n t o las p e r s o n a s q u e n o s r o d e a r e n fueren m á s a d i c t a s y c a r i ñ o s a s . A u n q u e no c a r e z c a n de i n s t r u c c i ó n , s u s p e s a r e s po r n u e s t r a s d o l e n c i a s las a r r a s t r a r á n á b u s c a r o c u l t a m e n t e los r e m e d i o s e s p i r i t u a l e s y s u p e r s ­t i c i o s o s q u e se les i n d i c a n .

El i n m e n s o a m o r de la mu je r g a l l e g a la h a c e -c rédula y dóc i l : s u v a c i l a c i ó n y t e m o r a n t e n ú e s -

x x x v n i t r a a c t i t u d la o b l i g a r á al sec re to ; y la c r e d u l i d a d y el s ec r e to p u e d e n c o n d u c i r l a a g r a n d e s d e s v a ­r ios ; p u e s s i b ien se m e z c l a s i n pe l ig ro en el c a l ­do del enfe rmo la s u s t a n c i a i n m u n d a del r a t o n -c i l lo , la s a n g r e del g a t o n e g r o , y m u c h a s veces el c o c i m i e n t o de rep t i l e s ino fens ivos ; en la e l e c ­c i ó n de y e r b a s de t r ece ó de c a t o r c e c e m e n t e r i o s , y e r b a cabreira, y e r b a tuñez, folla de seteherbas, e t ­c é t e r a , por p e r s o n a s i m p e r i t a s , y en o t r a s p r á c ­t i c a s y c e r e m o n i a s , p u e d e h a b e r grane les d e s c u i ­d o s , á m e r c e d de los c u a l e s e s t á n u e s t r a e x i s t e n ­c i a , á la que t a m p o c o h a b r í a n de s a l v a r o f rendas d e v o t a s n i l á g r i m a s a m a r g a s , s ino s o l ó l a a c t i v i ­dad y la e x a c t i t u d en c u m p l i m e n t a r las p r e s c r i p ­c iones de la c i e n c i a f a c u l t a t i v a .

¿Cómo, p u e s , en n u e s t r a s p l aza s p ú b l i c a s , eh l a s fer ias y s a n t u a r i o s , el c i e g o , j u g l a r d e g e n e ­r a d o de n u e s t r o s t i e m p o s , e n h i e s t o el e s t a n d a r t e q u e r e p r e s e n t a los c r í m e n e s y los m i l a g r o s m á s e s tó l idos , p r e g o n a y v e n d e e n t r e s u s cop la s d e ­t e s t a b l e libro de recetas para curar toda clase de en­fermedades s i n la a p r o b a c i ó n n e c e s a r i a de l a s j u n t a s d e San idad?

L a es ta fa que se e jerce e m b r u t e c i e n d o y e n g a ­ñ a n d o al pueb lo con las coplas milagrosas no debe c o n s e n t i r s e ; pero m u c h o m e n o s a u n la v e n t a de t a l g é n e r o de fol letos, y t a m b i é n la p r o p a g a c i ó n d e c i e r t a s t eo r í a s a n t i g u a s y el e je rc ic io p ú b l i c o d e los c u r a n d e r o s q u e sue len o c a s i o n a r c o n s i d e ­r a b l e s pe r j u i c io s , como n o s d e m o s t r a r á la h i s t o ­r i a del p a s a d o .

F i j á n d o n o s , por a h o r a , ú n i c a m e n t e e n los bru—'

X X X I X

j o s do la e spec ie de los c u r a n d e r o s , c u y o s p r o c e ­sos se e x t r a c t a n en es te l ibro , e n t r e los que f u e ­r o n c o n d e n a d o s por la I n q u i s i c i ó n de G a l i c i a e n los s i g l o s XVI y XVII r e s u l t a F r . A n d r é s Dorado (1(522,) con s u s u n c i o n e s de a c i t e b e n d i t o , q u e d a ­b a á beber c o m o s e g u r o v o m i t i v o , con s u e s c u d a l ia de a g u a y s u c a n d e l a de ce r a h i l a d a y e n c e n ­d i d a por tres vírgenes Marías.

L a v e l a d e ce r a v i r g e n y b e n d i t a es de p r á c t i c a y t r a d i c i ó n a n t i q u í s i m a en la c u r a c i ó n de los e n ­f e rmos ; pero es de j u s t i c i a a d v e r t i r a q u í , q u e s i h o y se u s a , a u n q u e g e n e r a l m e n t e sólo á l'a h o r a de la a g o n í a , y se e n c i e n d e t a m b i é n d u r a n t e l a s t o r m e n t a s , s i n que y a se tenga, por r e q u i s i t o i n ­d i s p e n s a b l e que sea h i l a d a por d o n c e l l a s , s i no •sólo q u e h a y a se rv ido p a r a el m o n u m e n t o de V i e r ­n e s S a n t o ó p a r a la C a n d e l a r i a , t e n e m o s n o t i c i a de q u e en el s i g lo XIV era p e r s e g u i d a y c a s t i g a ­d a e s t a p ro f anac ión s u p e r s t i c i o s a por a l g u n o s ob i spos de G a l i c i a . (1)

Fr. And res Doado d e r r a m a b a g o t a s de ce r a e n e i a g u a de la e s c u d i l l a ; d a b a n ó m i n a s y o r a c i o n e s e s c r i t a s , p a r a l i b r a r s e de los e n c a n t a m i e n t o s , y t a m b i e u se d e d i c a b a á l a p r e s t i d i g i t a c i ó n , d á n d o ­se m a ñ a p a r a e s t a m p a r en el p lomo . d e r r e t i d o , g r a c i a s á u n c e u l t o sel lo , v a r i a s f i g u r a s y r e t r a -

(1) E n u n n e s c r i t u r a d e Concordia c e l e b r a d a entre el obispo de tírense 1/ los vecinas de. sn cindad, y contestación al carao de. {torncias he­chos por el prelado, a ñ o l.'!S3, q u e j á n d o s e los v a s a l l o s de l s e ñ o r í o d e q u e n o l e s p e r m i t í a l a d e f e n s a d e a h o g a d o s y l e s p r e n d i a l o s q u e l e s p r e s t a b a n a y u d a , r e s p o n d i ó el o b i s p o q u e l e s h a b í a p r e s o ti Co-riiio ¡res de Frofíicsta, non porque, non les ajudase, mas porque faisa r.N<!A.\TAME,vros v. CKUAS.» ( l ) o c u i n : e n p e r g a m i n o p u b l i c a d o por Ib'it H o u i l o F . A l o n s o - )

XL

tos q u e él g r a b a b í , a s e g u r a n d o e r a n de b r u j o s q u e c a u s a b a n el d a ñ o á los en fe rmos .

A n a de Cas t ro (1635) p roced ía con los m i s m o s j u e g o s ; Mar ta F e r n a n d e z , (161«,) u s a b a c o n la e s ­c u d i l l a y las ve las v í r g e n e s , la r o sca de t r i g o , el i n c i e n s o , los r a m o s b e n d i t o s y las a s p s r s i o n e s . d e s l i g a n d o de es te modo a n t i g u o s afectos a m o ­rosos y h a b i l i t a n d o en el p a g o del déb i t o á los m a t r i m o n i o s r eac io s .

Los d i e n t e s ro tos , los cabel los b l a n c o s , los h u e s o s de c a n i l l a , los g r a n o s d é t r i g o ; todo e r a objeto de s o s p e c h a y d e n u n c i a del .Santo Oficio, t r i b u n a l c o m p u e s t o de j u e c e s m á s a m b i c i o s o s q u e i g n o r a n t e s , m á s con fabu lados p a r a la r a p i ñ a q u e p a r a la p r o p a g a c i ó n de las d o c t r i n a s c r i s t i a n a s ,

El c l é r igo Montes , (1586,) t a m b i é n ' e s c r i b i a n ó ­m i n a s , de las c u a l e s no n o s h a q u e d a d o , d e s g r a ­c i a d a m e n t e , u n solo e j empla r ; e x o r c i s a b a y e x ­ped ía i m a g i n a r i o s e s p í r i t u s en las mu je r e s h i s ­t ó r i c a s : y c u a n d o c a r e c í a de ellos p a r a c u r a r el m a l , los i n v o c a b a en s u a u x i l i o p a r a p r o p o r c i o ­n a r el b i en en a q u e l l a m e d i d a del d i n e r o , de la n e c e s i d a d ó de la c a l i d a d de s u s c l i e n t e s .

Pedro Sánchez C iego , (157!),) e s c a m o t e a b a p e r ­f ec t amen te las m o n e d a s p a r a d á r s e l a s á los e s p í ­r i t u s favor i tos , los cua l e s h a b í a n de a y u d a r l e e n l a c u r a c i ó n de las en fe rmedades , y b a u t i z a b a de n u e v o á los n i ñ o s , a t r i b u y é n d o l o s p a d e c i m i e n t o s q u e suf r ían á no h a b é r s e l e s a p l i c a d o b i e n por el s ace rdo te , aque l s a c r a m e n t o de la i g l e s i a .

J á c o m e de P i g a r a , en fin, (1579) u s a b a f re­c u e n t e m e n t e los E v a n g e l i o s e s c r i t o s y a p l i c a d o s

XLI

al c u e r p o de los enfe rmos c o m o t a l i s m á n p r e c i o ­so , a ú n al u s o de n u e s t r o s t i e m p o s a c t u a l e s , d e s ­n u d a b a y e n t e r r a b a de u n m o d o c r u e l y b á r b a r o á los p a c i e n t e s , a t á n d o l o s de p i e s y m a n o s , y o r ­d e n á n d o l e s que no c e s a s e n de i n v o c a r al d e m o n i o d e n t r o de la h o y a ; u s a b a t a m b i é n la c a n d e l a d e c e r a h i l a d a p o r las t r e s M a r t a s v í r g e n e s y b a u t i ­z a b a de n u e v o á las c r i a t u r a s .

VI E s t a ú l t i m a p r á c t i c a de los c u r a n d e r o s y ne-

grumaiites fué a l t a m e n t e p e r j u d i c i a l p a r a la i g l e ­s i a y o r i g i n ó en el pueblo desconf i anza g r a n d í ­s i m a a c e r c a del b a u t i s m o s a c e r d o t a l , q u e pa r ec ió d e m a s i a d o i n d i f e r e n t e , inef icaz y l igero , c u a n d o se t r a t a b a de f a m i l i a s pob re s ; y m u y de t en ido -c e r e m o n i o s o y so l emne , c u a n d o el p rec io ofrecido po r las p e r s o n a s p o d e r o s a s c o r r e s p o n d í a á la g r a n d e z a del s a c r a m e n t o . E s t a i d e a , m u y lóg ica , d e q u e h a b í a en la i g l e s i a d i f e ren tes b a u t i s m o s , u n o s in fe r io res á los o t ro s , ocas ionó los s e g u n ­d o s , q u e t e n í a n l u g a r d e s p u é s en el h o g a r , c o n ­t r i b u y e n d o el j u d a i s m o e x t e n d i d o por G a l i c i a á q u e c a d a vez se h i c i e s e n es tos a c t o s c o n m á s f r e c u e n c i a y s i e m p r e de u n a m a n e r a s u p e r s t i c i o ­s a , p u e s los a d e p t o s á la l ey m o s a i c a i n t r o d u c í a n e n el a g u a a l h a j a s y m o n e d a s de oro y p i e d r a s p r e c i o s a s , d i c i e n d o al n i ñ o : uDios te haga rico »

X L I V

e n t a n t o los n i g r o m á n t i c o s y c u r a n d e r o s a d e l a n ­t a r o n el b a u t i s m o a l g u n o s moses a n t e s del n a c i ­m i e n t o , b e n d i c i e n d o al feto d e n t r o el m i s m o c l a u s t r o m a t e r n o , del modo como n o s h a n d e s c r i t o en p r o s a y verso dos ap rec i ab l e s l i t e r a t o s .

El a u t o r de la d e s c r i p c i ó n en p r o s a es D. C l a u ­d io Cube i ro , y el de la n a r r a c i ó n p o é t i c a , en d i a ­lec to g-allego y s i empre en es t i lo fest ivo y e p i ­g r a m á t i c o , n u e s t r o m a l o g r a d o a m i g o D. A n d r é s Murua í s .

A m b o s e sc r i t o re s se refieren, s i n d u d a a l g u n a , á u n a m i s m a e scena o c u r r i d a en el p u e n t e de l a c i u d a d de Pon teved ra , a u n q u e i n t r o d u c e n en s u s c u a d r o s r e spec t i vos a l g u n a s p e q u e ñ a s v a r i a n t e s y «letalles de poco i n t e r é s .

S e g ú n la fecha en q u e h a l l a m o s p u b l i c a d o s e s t o s r e l a to s de la vieja c o s t u m b r e , c u y o o r i g e n no n o s d e t e n d r e m o s á e s t u d i a r en e s t e l ib ro , c o ­r r e sponde la p r i m a c í a , y a u n t a m b i é n es me jo r e n el concep to l i t e ra r io , á la c o m p o s i c i ó n q u e s i g u e , del Sr. Murua í s :

Po ida q u e n o n m e c r e á d e s Mais x ú r o v o s q u ' abofel las Mi re in -o con es tos olios Que t en q u e roe l - a t é r r a , E que n i n e s t a b a bóbedo, X in c ' u n h a gota, s i q u e r a . O c a s o foivos u ' a p o n t e Que d i u n o m b r e á P o n t e v e d r a . ¿Vos s e i ca n u n c a á esa v i l a Fós tedes v e n d e r á feira? Pois o qu 'ó a p o n t e é boa;

X L V

D a x e n i o o l o u g a q u ' ó e l a ! N'o m e d i o d ' u u h a b a r a n d a , Non me l embro si d ' a e s q u e r d a , Ten u n c r u c c i r o m u y l ongo E ó po u n a s e n t o de p e d r a : N ' o u t r a b a r a n d a h a y u n peto C ' u n h a s a n i m i ñ a s vel las Q'o h a y еще g a r d a r por de n o i t e Por m o r de q u ' a l g u e n p o i d e r a R a b u ñ a r , o Purgatorio... Qu'ó l a s t i m a q u e se p e r d a . ¡Nadie vos sabe o n d ' a t e n ! ¡Cantó , si u n l ióme o soupera ! . . ¡Non, oh! q u e as veces o d e m o ,Sal o n d e m e n o s se p e n s a . C a t a d o q u ' e r a de n o i t e E qu"' h a b í a a l g u n a b r ó t e m a E q u e como d i x o o o u t r o , Non i b a a b u l s a v a l e i r a . Pre to do m e d i o d 'o p o n t e E s t a b a n de c e n t i n e l a D o u s h o m e s , c a d ' u n c ' u n s a c h o : E a s i q u e c h e g u e i a be i r a , —Alto! , d i x ' u n , ¡non se p a s a ! ­ ¿ E logo?. . .

—Toña p a c e n c i a . ' (Eu por s ' e s c a s o p a r e i m e : E n o n fux in , p o r q u ' a s p e r n a s E n t u m i r o n s e c 'o medo) —¿Que d e m o , é?, n o n se m e t a n C o n q u e n s i g u e ó seu c a m i n o . — A q u í , n o n se . a rma q u i m e i r a ,

XLVI

N i n se 11c fai m a l á n a i d e ! — L o g o ben , Pois en ton , t e ñ a n , Si' que ren d ive r t i z ión , Mais c r i anza , ó m a i s aquó la . . . ¡Vai te con todos os d i a ñ o s Q a ' i n d a a r r e n e g a d o s sean! D e i n x e n m e pasa r !

— !Non podo —¿Que non podes? . , . ¡Lér ia! ¡ loria! A i s to o relós da v i l a G u i n d o u , zoando n - a b ró t ema , Das doce en p u n t o cía n o i t e A b a d a l a d a p r i m e i r a . A escó l t a lo os d o u s d 'o s a c h o Mainos d e s c u b r i d ' a t e s t a , E con m o i t a c o r t e s i a , S á l t a n m e á dec i r :

—«Quixe ra Si e q u e nos f a i ' e s a g r a c i a Que vos tede , a m o z a aque l a . . . E i x e s e u n ' a l m a c r i s t i a n a . —¿A que moza., eh? ¿Ti r a b e a s , Ou faste o adoecido? . . . — H o m e , n o n p e n s ó : abofei las! —¿Pro q u ' moza , n i n q u e x u n c a s ? — Esa ; á m i ñ a m u l l e r m e s m a Que e s t á ó pó do c r u c e i r o S e n t a d a , c a l a d a e q u e d a ; —De m i n n o n facedes b u l r a . —Non porfié m a i s , e v e n a ; P o r q u e s i n o n v e n por ben . . . Por ma l ¡ n u n c a Dios m e de ra !

XLVII

—Pro q u e q u e r e d e s q u ' e u faga? — B a u t i z a r o n e n o , ou n e n a Que Dios e María S a n t í s i m a E S a n Ben i to lie d e á n ; Po i s d o u s q u ' t u v o m o r r e r o n ; E p r a que n o n t e n ' a p e r d a D e s t ' o u t r o , h a y q u e b a u t í z a l o U n p o u c ' a n t e s d ' a n a c e n c i a U n s á b a d o c o n r ó oxe , Por q u e n pase , v a y a ou v e n a O p o n t e , d a s doce en p u n t o A badalac la p r i m e i r a . »

Non h u b o x a m a i s r emed io ; E fomos a s e s c a l e i r a s D 'o p o n t e , e p re to d 'o r i o Col l in a u g a , e á t a l m e i g a E i x e n l l ' u n h a c r u z no p e i t o , A m o d i n o , e c o n c o n c e n c i a , D i c i n d o o q u e d i n d o u t r i n a E como Dios n o s e n s e ñ a ; L o g o fíxenll' o u t r a c r u s Mais a b a i x o . ó n o n q u i x e r a O l e m b r a r m e d ' o u t r o s i t i o Onde ñ x e n a t e r c e i r a ; Que c o m ' e r a boa m o z a ¡Mais d ' u n h a vez se m e l e m b r a ! ¡Ah, de Dios! no i s t a n t i ñ o E n q u ' a r r e m a t e i a fes ta , — ¡Vaieche s a i r t o r t o e coxo E c ' o s c a d r i l e s n ' a t e s t a ! —¡Ogal lá c h e s a i a m a c h o !

XLVI1I

—¡Ogal lá che s a i a t emía ! - ¡Ogal lá n a z a con co rnos ! --¡Ogallá n a z a s in p e r n a s !

—¡Quera Dios s a i a con x i b a ! —¡Ogal lá que Dios c h ' o dea C u b e r t o de Ca ra funchos ' » . . . As i , be r r a que t e b e r r a , H o u b e á n d o como c a n s , Comenzou á c a n i u e a D ' u n s l a p a d o i r a s d ' a v i l a , Que v i r a n t o d ' a c o m e d i a Ca lad iños n ' u n c u r r u n c h o : l i á i s nos , t i r a m o s a p r e s a P r a n o n dar l l es m o i t o c r e to . O que den t ro d ' u n h a c e s t a L e v a b a m i ñ a c o m a d r e ; E e n t r e p a n , ó v i n o , ó í'reba: E e n t r e c a c h e i r a de porco , E e n t r e de porco c a c h e i r a . . . ¡Vaiche boa , l apado i r a s ! . . . V i n d ' á c h e i r a r n o s a cea!

El Sr. Cube i ro en s u d e s c r i p c i ó n en prosa i n ­t r o d u c e a l g u n a s a c l a r a c i o n e s a c e r c a de la c e r e ­m o n i a ; como la de q u e , ós ta solo debe t e n e r l u ­g a r en el ú l t i m o s á b a d o de c a d a m e s ; q u e u n o de los h o m b r e s sacó u n a c a j i t a c o n t e n i e n d o g r a n o s d e sal c o m ú n , y o t ro exh ib ió u n frasco de a g u a b e n d i t a .

Que las m u j e r e s s e n t a d a s al p i é del c r u c e r o del p u e n t e e r a n t r e s , y la del m e d i o a q u e l l a q u e d e b í a ser m a d r e . Que la sa l c o m ú n fué d e p o s i t a ­d a po r m a n o del Sr . Cube i ro sobre el s eno de la

XL.IX

c o m a d r e , de s l i z ándose los g r a n o s e n t r e ei p3cho y el c u e r p o del ves t ido .—Qae sobre el a b d k n e n de la mu je r e n c i n t a , y a l e v a n t a d a s las r o p a s , h i ­zo la s e ñ a l de la c ruz , p r o n u n c i a n d o las c o n o c i ­d a s , frases:» Yo t e b a u t i z o e u en , el n o m b r e , » e t c . a c o m p a ñ a d a s de dos n o m b r e s de s u e l e c ­c ión q u e deb ía l levar la c r i a t u r a , s e g ú n fuese n i ­ñ o ó n i ñ a ; y q u e d e s p u é s , por c o n c l u s i ó n , d e r r a ­m ó en el m i s m o l u g a r i n d i c a d o todo el frió c o n ­t e n i d o de la bote l la , d á n d o s e por t e r m i n a d o e s t e b a u t i s m o obsceno , q u e d e b i é r a m o s c o n s i d e r a r d e p a g a n o o r i g e n .

I n v i t a d o . d e s p u é s á la c e n a de r e g l a m e n t o e n t a l e s c a s o s , e x c u s ó s e como p u d o el l i t e r a t o ; p a r o p e r m a n e c i ó p r e s e n c i á n d o l a , e n t a n t o u n a de l a s m u j e r e s le e x p l i c a b a , á s u m a n e r a , el a l c a n c e y t r a s c e n d e n c i a de t a m a ñ a c e r e m o n i a .

T e s c r i b e el Sr. Cube i ro lo s i g u i e n t e , c o n t a l m o t i v o :

—«El espíritu maligno—me. d i j o — p e r s i g u e á l a s m u j e r e s ; y no p u d i e n d o c a u s a r n o s los m a l e s q u e desea , p o r q u e se lo i m p i d e n ios a m u l e t o s q u e t o d a s l l e v a m o s , se c o n v i e r t e en u u a p a r t í c u ­l a m u y p e q u e ñ a , l a c u a l , u n a vez i n t r o d u c i d a e n n u e s t r o . c u e r p o , se t r a s f o r m a en u n i n s e c t o v e n e ­n o s o , q u e m a t a a l feto, o c a s i o n a n d o a s í u n a g r a n ¿ e s g r a c i a á la f a m i l i a f l ) . P a r a e v i t a r e s t a d e s ­g r a c i a , n o h a y o t ro m e d i o s ino h a c e r el b a u t i z o a n t e s de q u e el n i ñ o . h a y a n a c i d o . Todos los p u e n t e s , .en los c u a l e s h a y : u n cruc i f i jo , tienen.la

.(1) E s d e a d v e r t i r q u e 11 a i'a e l l a b r a d o r » ál I eii-o e s u n a v e r d a ­d e r a f e l i c i d a d t e n e r m u c h o s . h i j o s . (.Nota d e l ' Sr. C u b e i e r o J .

L

•virtiidde pi-eservar al n i ñ o de la i n f luenc ia m a ­léfica de S a t a n á s , pero e s t a v i r t u d solo p r o d u c e los r e s u l t a d o s a p e t e c i d o s en el ú l t i m o s á b a d o de. c a d a m e s , d e s p u é s de las doce de la n o c h e . »

«A es te fin es p rec i so co loca r se al p i é de la ef igie del Reden to r , a n t e s de la h o r a i n d i c a d a , e v i t a n d o á todo t r a n c e q u e por el , p u e n t e t r a n s i ­te ser v i v i e n t e h a s t a d e s p u é s de e fec tuado el b a u ­t izo . Es a d e m á s c o n d i c i ó n i n d i s p e n s a b l e c e n a r e n el m i s m o l u g a r en q u e se h a l levado á cabo la c e r e m o n i a . »

«No t a r d a r o n m u c h o t i e m p o en t e r m i n a r la c e n a , a r r o j a n d o de s e g u i d a al r io los u t e n s i l i o s =que l a h a b i a n s e r v i d o — c i r c u n s t a n c i a , s e g ú n ellos i n d i s p e n s a b l e , p a r a el mejor é x i t o del b a u t i z o . D e s p i d i é r o n m e , d e s p u é s , con i n e q u í v o c a s m u e s ­t r a s de g r a t i t u d ; y á la vez que ellos se d i r i g í a n a l a r r a b a l , a l e g r e s y s a t i s f echos , t o m a b a y o el c a m i n o de la p o b l a c i ó n , p e n s a n d o en los de t a l l e s d e a q u e l l a s i n g u l a r c e r e m o n i a .

El Sr . Cube i ro t e r m i n a con e s t a s c o n s i d e r a c i o ­n e s u n a r t í c u l o del Bautismo, las c u a l e s , a u n q u e d e c l a r a m o s no h a l l a r s e conformes con n u e s t r a s •opin iones en m a t e r i a de i n s t r u c c i ó n , á la q u e se d e d i c a s i n d e s c a n s o a l g u n o el p e r i o d i s t a , r e p r o ­d u c i m o s a q u í , d e m o s t r a n d o con ello todo n u e s t r o r e s p e t o á las r a z o n e s a g e n a s sobre u n p u n t o q u e d e b a t i r e m o s en o c a s i ó n m u y p r ó x i m a de u n s e ­g u n d o v o l u m e n sobre e s t e g é n e r o de c o s t u m b r e s , c r e e n c i a s , t r a d i c i o n e s y p r e o c u p a c i o n e s v u l g a r -r e s . D ice , p u e s , n u e s t r o a l u d i d o e sc r i t o r :

« S e g u r a m e n t e que , al leer e s t a s l í n e a s , no f a l -

L I

t a r a qu ien se bur le de la c r e d u l i d a d de los s e n c i ­l los c a m p e s i n o s g a l l e g o s ; pero s i as í s u c e d i e s e , c o n v i e n e t e n e r eii c u e n t a q u e las p r e o c u p a c i o n e s son c o m p a ñ e r a s i n s e p a r a b l e s del h o m b r e . El m á s i l u s t r a d o , s i n d a r s e c u e n t a de ello, y h a c i e n ­do a l a r d e s de despreocupado, las de ja p e n e t r a r y h a s t a a r r a i g a r s e en s u corazón.»

«¿Quién es , e n efecto, a q u é l q u e no t i e n e u n a p r e o c u p a c i ó n ? ¿En q u i e s p í r i t u no se a l b e r g a e se v a g o ó i n e x p l i c a b l e t e m o r que se a p o d e r a del c o ­razón , c u a n d o , q u e r i e n d o desc i f ra r los m i s t e r i o s de la n a t u r a l e z a , y r e c o r d a n d o las s e n c i l l a s c r e e n c i a s de la n i ñ e z , a c a b a m o s por p r o n u n c i a r e s t a frase: ¿quién, sabe? c u y a frase n o es o t r a c o s a que l a e x p r e s i ó n del d e s a l i e n t o q u e en el a l m a se p r o d u c e al c o m p r e n d e r lo l i m i t a d o de n u e s t r a i n ­t e l i g e n c i a »

«—¿Quién sabe?— d e c i m o s al o c u p a r el l u g a r t r e c e en u n a mesa . . . convencidos, s i n e m b a r g o , d e q u e n i n g ú n p e l i g r o h a y en q u e t r e c e p e r s o n a s c o m a n reunidas.—¿Quién, sabe?— p e n s a m o s c u a n ­do se d e r r a m a la sa l ó el a c e i t e , pose idos de u n s o b r e s a l t o q u e e n v a n o q u e r e m o s d o m i n a r . —

¿Quién sabe?— e x c l a m a m o s al e n t r a r e n u n v a g ó n , r e c o r d a n d o q u e v a m o s á e m p r e n d e r u n v i a j e . . . en martes.—¿Quién sabe?—murmuramos, en fin, s i e m p r e q u e n o s preocupa a l g o q u e n o p o d e m o s e x p l i c a r . . . Y al m i s m o t i e m p o q u e d e c i m o s ¿quién, sabe? n o s r e i m o s del t o n t o que v a en b u s c a de l a g i t a n a de la buena ventura, ó de la a d i v i n a q u e e n s u s n a i p e s t i e n e e s c r i t o el s ec re to del p o r v e n i r . »

LI I

«Pero la c a m p e s i n a g a l l e g a no d i ce ¿qvicn sale? c ree y p r a c t i c a s u s c r e e n c i a s . Y la que u n a y o t r a vez abor tó a n t e s de h a b e r ido al p u e n t e á las doce de la n o c h e del ú l t i m o sábado de c a d a m e s . sue le n o a b o r t a r d e s p u é s de h a b e r ce l eb rado el b a u t i z o q u e a c a b a m o s de d e s c r i b i r .

E s t o t i ene , en n u e s t r o c o n c e p t o , u n a senc i l l a e x p l i c a c i ó n : la i n f luenc ia de la i m a g i n a c i ó n . E n los a n a l e s de las c i e n c i a s m é d i c a s se d e s c r i b e n h e c h o s a s o m b r o s o s , r ea l i zados por la f a cu l t ad i m a g i n a t i v a , c u y o s s o r p r e n d e n t e s r e s u l t a d o s e n el o r g a n i s m o son i n n e g a b l e s . Nad ie de sconoce el h e c h o de u n abo r to p rovocado por c i e r t a s i no fen ­s i v a s p i l d o r a s t o m a d a s por u n a j o v e n , en la s e ­g u r i d a d de q u e c o n t e n í a n u n eficaz a b o r t i v o . Todo el m u n d o conoce los n o t a b l e s efectos de la i m a g i n a c i ó n . »

«No deben , en v e r d a d , f o m e n t a r s e las p r e o c u ­p a c i o n e s , pero t a m p o c o debe d e s c u i d a r s e el e s t u ­d io de l a s que e x i s t e n en t o d o s los p a i s e s ; n i el d e s u s c a u s a s , n i el de los r e s u l t a d o s q u e p r o d u ­c e n , e s t u d i o i n t e r e s a n t e por m á s de u n c o n c e p t o , y q u e t a l vez p u e d a l l eva rnos á d e s c u b r i r a l g u n a d e e s a s m i s t e r i o s a s r e l a c i o n e s q u e e x i s t e n e n t r e el m u n d o sub je t ivo y el ob je t ivo , e n t r e la p e r s o ­n a l i d a d h u m a n a y la n a t u r a l e z a , de que s o m o s u n á t o m o , es c i e r t o ; pe ro u n á t o m o u n i d o á el la c o n l azos i n d i s o l u b l e s , y e n v i r t u d de l eyes i n m u t a ­b les y e t e rnas .»

vn. Otro g é n e r o de p r e o c u p a c i o n e s , de o r i g e n

T e r d a d e r a m e n t e c é l t i c o , son las q u e se d e n u n ­c i a n e n el p roceso de -Ana Mar t ínez , de R i b a d a -v i a , e n la c u r a c i ó n de los n i ñ o s enfe rmos de l en-ganido. L o s robles y las e n c i n a s s a g r a d a s v u e l ­v e n al r e c u e r d o de los d e s c e n d i e n t e s de a q u e l l a s r a z a s , c u y a s r e l i g i o n e s y c o s t u m b r e s n a t u r a l i s ­t a s n o h a n pod ido e x t i n g u i r s e del t o d o e n t r e n o s ­o t r o s , á p e s a r de los s i g l o s .

E l ígese p a r a ello los t r o n c o s q u e r e ú n e n c i e r ­t a s c o n d i c i o n e s y por c u y a s h e n d i d u r a s debe h a ­ce r se p a s a r la c r i a t u r a v a r i a s vece s , de j ando c o m o of renda al á rbo l d i v i n i z a d o , ve la s e n c e n d i d a s s o ­b r e l a s r o p a s del en fe rmi to .

Y n o h a t r a s c u r r i d o u n m e s , t o d a v í a , d e s d e q u e , l lorosa y a c o n g o j a d a , se p r e s e n t ó á l a s p u e r ­t a s del v ie jo c o n v e n t o d e S a n L o r e n z o , q u e y a h e m o s c i t a d o y d e s c r i t o , h o y p r o p i e d a d y p a l a -

LIV

c i ó de la Sra . D u q u e s a de Medina de l a s T o r r e s , u n a p o b r e m a d r e q u e s o l i c i t a b a p a r a su h i jo u n á r b o l de las c o n d i c i o n e s n e c e s a r i a s , y c u y o t r o n c o p u d i e r a a b r i r s e á h a c h a z o s por el c e n t r o p a r a ver i f icar las t r a s m i s i o n e s y c e r e m o n i a s d e ' eng anido.

Si, por fo r tuna en e s t a o c a s i ó n p r o p i c i a , se h a l l a r a en Compos te la la S ra . D u q u e s a , ó s u h i j o , n u e s t r o i l u s t r a d o a m i g o el Sr. Marqués de M o ­n a s t e r i o , h u b i é r a m o s p r e s e n c i a d o , y a no á costa-d e u n o , s ino de m u c h o s rob les y e n c i n a s del e x ­t e n s o bosque , e sa c u r i o s í s i m a e s c e n a del enganido q u e d e s c r i b i r í a m o s e n t o n c e s con t o d o s s u s d e t a ­l l e s , h a c i é n d o l a objeto p a r a n u e s t r o Folk-Lore Ga­llego, de u n espec ia l e s t u d i o .

Pero el c a p e l l á n de la c a s a , h a r t o de e s t a s c o ­s a s , d i jo á la p o b r e p e t i c i o n a r i a q u e sólo h a b í a u n árbol en l a f inca c o n las c o n d i c i o n e s r e q u e ­r i d a s , el c u a l , h a b i e n d o se rv ido y a p a r a c u r a r o t r o n i ñ o , n o p o d i a t e n e r la v i r t u d c o m p l e t a y n e ­c e s a r i a p a r a el s e g u n d o c a s o . Tomóse es to como-u n a n e g a t i v a ; qué j e senos la m a d r e , y n o s o t r o s , á p e s a r de n u e s t r o deseo , n o n o s a t r e v i m o s á i n ­s i s t i r .

A n a R o d r í g u e z , (1609), c u r a b a á s u s enfe rmos c o n y e r b a s r e c o g i d a s de diez y ocho cemen te r ios , , c o n g u i j a r r o s de p u e n t e s por donde h u b i e s e n p a ­s a d o ob ispos . . . ; m a z a b a h a s t a d e s h a c e r l a s las c a ­m i s a s de los c l i e n t e s , con el objeto de matar á las b r u j a s q u e les h a c í a n d a ñ o ; usa.ba e s c u d i l l a s y ve l a s , y . a r r a s t r a b a , por c o n c l u s i ó n , el h o g a r con. rastrillos de lino p a r a a z o t a r y pe l l i zca r á las h e ­c h i c e r a s q u e se e s c a p a s e n de la m u e r t e .

L V

Su p r i n c i p a l específico e r a la y e r b a TuJiez y la Cabreira.

Al p r o p i n a r s u s c o c i m i e n t o s , i n v o c a b a los e s ­p í r i t u s , d i c i e n d o , s e g ú n c o s t u m b r e , p a l a b r a s m i s t e r i o s a s , i n i n t e l i g i b l e s .

Con la r u d a , el i n c i e n s o , el o r é g a n o , el apio, l a b r i t o n i a , la m a n t e c a , el p a n y la cebol la , d e ­vo lv ía M a g d a l e n a d a s P e s e i r a s , (1650), la l eche á l a s n o d r i z a s ; y con c e r e m o n i a s m u y v a r i a d a s sobre las p i eza s de r o p a de los en fe rmos , c o r r i e n ­do á e s tos los b r a z o s con c i e r t o s a c e i t e s y b r e -vajes , p r e t e n d í a devolver les la s a lud , e s p a c i a l -m e n t e á los q u e se q u e j a b a n de la e sp in i l l a .

Tales recetas e s t á n en b o g a t o d a v í a . ¿Y q u e d i r e m o s de los p r o c e d i m i e n t o s de P e ­

dro Pazos (1602,) c u r a n d o en nombre y por orden de San Amaro"!

¿Qué a ñ a d i r e m o s a c e r c a del agua de la Pascua. de los a m u l e t o s , de los s a n t u a r i o s favorec idos p o r l a I g l e s i a , c e n t r o s de todo g é n e r o de f a n a t i s m o s y s u p e r s t i c i o n e s en s u s c u r a c i o n e s m a r a v i l l o s a s , q u e a n u l a n y c o n d e n a n al e x - c o m u l g o , los a d e ­l a n t o s de la c i enc i a? ¿No son e s t a s , t a m b i é n , r e ­m i n i s c e n c i a s de r e l i g i o n e s p r i m i t i v a s , y p r á c t i ­c a s i n t e r e s a d a s de las m o d e r n a s ?

VIXL H e m o s de c o n c u r r i r , q u e r i d o a m i g o , h e m o s d e

p r e s e n c i a r j u n t o s u n a fiesta ce l eb rada , n o en l a Esclavitud, s a n t u a r i o de los m á s r i c o s , c u y a s p a ­r edes e s t á n r e c u b i e r t a s de c u a d r o s r e p r e s e n t a n d o c u r a c i o n e s m i l a g r o s a s ; de p i e r n a s , c a b e z a s , p e ­c h o s , m a n o s , p i ó s , niños y o t r a s figuras d e c e r a , d e a q u e l l a s ceras c o n d e n a d a s por el ob i spo d e Orense e n el s i g l o XIV, de b a r c o s de m a d e r a fi­g u r a d o s en p e q u e ñ a e s c a l a y en g r a n n ú m e r o , s a l v a d o s del n a u f r a g i o por la p r o t e c c i ó n de l a V i r g e n ; de h á b i t o s y ca j a s fúnebres que r e g a l a n a l t e m p l o , a ñ a d i é n d o l e s c o n s i d e r a b l e s d o n a ­t i v o s , l as p e r s o n a s l i b r a d a s de la m u e r t e . . . ; y a u n q u e es to es g r a v í s i m o , en el s e n t i r de los h o m ­b r e s q u e se d e d i c a n al e s t u d i o de las c i e n c i a s m é d i c a s , p o r q u e en u n p a í s as í , á dos l e g u a s d e l a U n i v e r s i d a d C o m p o s t e l a n , y a n o son n e c e s a ­r i o s los Ga lenos y h u e l g a n los e s t u d i a n t e s , n o

LVII I

h e m o s de p r e s e n c i a r e s t a fiesta n i s i q u i e r a la-v e n t a de a l m o n e d a p ú b l i c a de las a l h a j a s , de los s a r c ó f a g o s , de los h á b i t o s , de los f ru tos q u e la t i e r r a p r o d u c e , de la y u n t a ú n i c a de b u e y e s , de t o d o s los b i e n e s , en fin, de aque l h o g a r y a e m p o ­b r e c i d o por l a r g a s en fe rmedades , y e n el c u a l l l e ­g ó y a á t e m e r s e la m u e r t e de s u s i n d i v i d u o s , n o t a n t o por el e n t r a ñ a b l e c a r i ñ o , como por la gran ruina y por el timo religioso q u e las v ie jas c o s t u m ­b r e s y las m á s v ie jas c r e e n c i a s nos i m p o n e n y a u t o r i z a n !

H e m o s de a s i s t i r á la t r a d i c i o n a l r o m e r í a de N u e s t r a Señora del Corpino; á la r o m e r í a de N u e s ­t r a Señora de la Cabeza, de la Regla, e t c ; á e s a s V í r g e n e s del p i adoso c a t o l i c i s m o m o d e r n o , n i n g u n a de las c u a l e s a s u m e e n sí t o d o s los p o ­d e r e s de la m a d r e de Dios , s i no q u e comparten t o ­d a s , c a d a u n a por s u s especialismos en la ciencia de curar v a r i a s p a r t e s del c u e r p o h u m a n o , l a s g a n a n ­c i a s de t o d a s n u e s t r a s s u p e r c h e r í a s y p r e o c u p a ­c i o n e s , con u n s a n t o m u y in fe r io r como el c é l e ­b r e San Pedro Már t i r , q u e e x i s t e solo en el c o n ­v e n t o de d o m i n i c a s de S a n t i a g o , c u y a s m u j e r e s d o m i n a n p e r f e c t a m e n t e desde u n a e m i n e n c i a c e r c a n a el e s t a b l e c i m i e n t o c ient í f ico q u e c o n s t i ­t u y e la única gloria de Fonseca.

U n pe r iód i co , fundado por la c a t e d r a l de S a n ­t i a g o para i c o n t r a r r e s t a r l as o p i n i o n e s p o l í t i c a s r e s u l t a n t e s de la g u e r r a f r a n c e s a en 1812, La Es­tafeta, n o s p i n t a sobre t o d a s las c o s a s de p o n d e ­r a c i ó n c r i s t i a n a , la concurrencia que en tal año asistió de romeros y de endemoniados al templo de Bel-

L I X

vis; de s u e r t e q u e n i a l l í , n i e n el c o n v e n t o d e S a n t o D o m i n g o h a b í a l u g a r p a r a t a l e s pa t ru l l a s , , n i con fes iona r io s b a s t a n t e s p a r a t a n t a s a l m a s , n i r o s q u i l l a s , n i r a m o s p a r a s e m e j a n t e m u c h e ­d u m b r e . E n e s to f u n d a b a aque l pe r iód ico el t r i u n ­fo del c r i s t i a n i s m o sobre el l i b e r a l i s m o n a c i e n t e en E s p a ñ a ; y s in e m b a r g o , aque l l a fiesta m a t u t i ­n a h a d e s c e n d i d o t a n t o , que fué y a s u p r i m i d a po r a u t o r i d a d e s c iv i l e s y e c l e s i á s t i c a s , con m o t i ­vo de i n c r é d u l o s de só rdenes .

Q u i s i é r a m o s , a h o r a , d i s p o n e r de e s p a c i o y t e n e r v e r d a d e r a o p o r t u n i d a d p a r a d e s c r i b i r e s t a s fiestas de los e n e r g ú m e n o s , e s p e c i a l m e n t e m u j e ­r e s , q u e s u b e n l a c u e s t a m a l a c o n s e j a d a s , l l a m a n ­do á la Madre de .Tesús Capeluda, á es t i lo de • los e n e r g ú m e n o s q u e , n o h a c e m u c h o , p r o f e s a b a n e n G a l i c i a la r e l i g i ó n Mosaica; a s i s t i e n d o á la m i s a y p r o r r u m p i e n d o en fur iosos g r i t o s al a l za r la s a g r a d a H o s t i a ; y r e g r e s a n d o t r a n q u i l a s á s u s h o g a r e s d e s p u é s de la f iesta y de la o f renda y de l a c o m i d a c a m p e s t r e , a r m a d a s y a del i n d i s p e n s a ­ble r amo de o l iva y de las r o s q u i l l a s h e c h a s sin sal ni levadura, y de los a m u l e t o s de, azabache , , e t c é t e r a .

Y s i la I g l e s i a c o n t i n u a s e f o m e n t a n d o e s t a i g n o r a n c i a v e r g o n z o s a p a r a la Ga l i c i a m o d e r n a . , s i l as d e m á s a u t o r i d a d e s c o n s i e n t e n los d e s ó r ­d e n e s i n m o r a l e s q u e o c u r r e n e n Compos te l a , y e n g e n e r a l en t o d a s l a s r o m e r í a s de e s t e g é n e r o s u p e r s t i c i o s o , e n t r e j ó v e n e s de a m b o s s e x o s -¿quó h e m o s de h a c e r los p e r i o d i s t a s p a r a r e g e n e ­r a r e s t a s c o s t u m b r e s y p o n e r l a s á la a l t u r a de los p u e b l o s cu l tos?

L X

E s t u d i a r l a s , m i q u e r i d o a m i g o ; e x a m i n a r l a s p r o f u n d a m e n t e , s o m e t i é n d o l a s a d e m á s , a l c o n ­c i e n z u d o j u i c i o y á la dec i s i ón de n u e s t r o s h o m ­b r e s m á s i l u s t r e s .

P u b l i c a r l ib ros como el p r e s e n t e que c r e e m o s s e r á u n g r a n a d e l a n t o p a r a la e x p o s i c i ó n , c o m ­b i n a c i ó n y l u c h a de t o d a s las o p i n i o n e s , d e l a s c u a l e s r e s u l t a r á la luz .

Al i n a u g u r a r t a l e s e s t u d i o s sobre p r e o c u p a ­c i o n e s p o p u l a r e s , a l p a r e c e r t a n á g e n o s á los p r e d i l e c t o s sobre h i s t o r i a g e n e r a l de Ga l i c i a , á l a q u e d e d i c a m o s n u e s t r a v ida , c r e e m o s q u e , s i n o h u b i é r a m o s t r a z a d o u n c u a d r o , n i s i q u i e r a e n bosque jo , de l a s s u p e r s t i c i o n e s q u e p a d e c e n n u e s t r o s pueb los desde a n t e r i o r e s s i g l o s , h e m o s fundado al m e n o s u n a b a s e forzosa de la m i s m a h i s t o r i a , e x p o n i e n d o los c u a r e n t a p rocesos s u s ­t a n c i a d o s en el cé lebre t r i b u n a l del S a n t o Oficio de la I n q u i s i c i ó n de S a n t i a g o en los s i g l o s XVI y XVII .

E n e l s i l enc io de los archivos secretos, v i g i l a d o s , y s i n h a l l a r t i e m p o n i c o m o d i d a d ; d i s g u s t a d o s po r las t r a b a s q u e n o s o p o n e n los m e r o d e a d o r e s de la po l í t i ca ó del s a n t u a r i o , l i m i t á m o n o s h o y á c o p i a r e s t r i c t a m e n t e los d o c u m e n t o s q u e h a n de f o r m a r l a p r i m e r a y firme b a s e de la f u t u r a h i s ­t o r i a .

M a ñ a n a , q u i z á s , v i a j ando por d i s t i n t a s c o m a r ­c a s de la r e g i ó n g a l l e g a ; i n s p i r á n d o n o s e n l a s p r á c t i c a s de los c o m a r c a n o s , e n las p r e d i c a c i o ­n e s de los s a c e r d o t e s y e n los s a n o s p r i n c i p i o s d e l a mora l u n i v e r s a l , q u e t o m a u n poco y e x c l u y e m u c h o de c a d a u n a de las r e l i g i o n e s pos i t ivas , ,

LXI

h a r e m o s los c o m e n t a r i o s , y t r a t a r e m o s f o r m a l ­m e n t e de c o n s t i t u i r la hermandad de la prensa li­beral gallega, ó sea la Liga c o n t r a la i g n o r a n c i a , la e s p e c u l a c i ó n ó la e s ta fa q u e se ejerce sobre los h u m i l d e s h a c e y a m u c h o s s ig lo s ; unas veces en nombre del Dios Todo-poderoso y o t r a s en nombre del demonio, m á s poderoso todav ía . . . ; o m n i p o t e n c i a s q u e se d i s p u t a n c r u e l m e n t e , e n el s e n t i r c a tó l i co y c a s i s i e m p r e por el dinero, la poses ión de las p o ­b re s a l m a s i m p e r f e c t a s , p e c a d o r a s y m í s e r a s . . .

El Apéndice q u e s i g u e á los p rocesos , c o p i a n d o a l p ió de la l e t r a v a r i o s c a p í t u l o s del famoso l ibro d e San Cipriano, d e n o t a r á el g r a d o de i n s t r u c c i ó n q u e con t a l e s m a e s t r o s y ba jo s e m e j a n t e s m o ­n a r q u í a s e s p a ñ o l a s a l c a n z a es te a b a n d o n a d o y d e s a t e n d i d o pueb lo g a l l e g o á fines de l s ig lo XIX; h a c i é n d o s e n e c e s a r i a por n u e s t r a p a r t e , n o solo u n a e n é r g i c a p r o t e s t a e n c o n t r a de los g o b i e r n o s y de las l eyes c e n t r a l i z a d o r a s q u e a h o g a n i n s e n ­s a t a m e n t e con n u e s t r a i n t e l i g e n c i a los m á s f e ­c u n d o s g é r m e n e s de la p r o s p e r i d a d del E s t a d o , y le d e b i l i t a n y d e s h o n r a n a n t e el m u n d o c u l t o c o n l a m u e r t e v i o l e n t a q u e suf ren t o d a s las a s p i r a ­c i o n e s l ibe ra le s de Ga l i c i a , s i no que es forzoso a ñ a d i r t a m b i é n á la p r o t e s t a la t r i s t í s i m a predic­ción de n o l e j anas d i f e renc ia s q u e h a b r á n de s u r g i r i n d u d a b l e m e n t e , s i a s í c o n t i n ú a n las c o s a s e n t r e e s t a c u n a g l o r i o s a de la l i be r t ad y d e la i n d e p e n d e n c i a p a t r i a en todos los s ig lo s y e n t o ­d a s l a s o c a s i o n e s de p e l i g r o , y a q u e l l a s o t^as r e ­g i o n e s r e d i m i d a s , q u e sobre la l ea l t ad y m a n s e ­d u m b r e n u e s t r a , p r e t e n d a n l e v a n t a r el e s t á n d a r -

LXII

t e de od iosos p r i v i l e g i o s ó i m p o n e r el y u g o ¡le b á r b a r o s y ve rgonzosos f a n a t i s m o s .

G a l i c i a a s p i r a á la paz. Ga l i c i a r e c l a m a la i n s t r u c c i ó n y la p r o t e c c i ó n á que t i e n e d e r e c h o ; G a l i c i a q u i e r e a p r o x i m a r s e r á p i d a m e n t e á los p u e b l o s c u l t o s ; Ga l i c i a t r a b a j a s i n d e s c a n s o po r s u l i b e r t a d , q u e h a d e s c u i d a d o h a s t a a h o r a e m ­p l e a n d o t a n t o s esfuerzos en la r e d e n c i ó n de la pa­t r i a c o m ú n . . . ¡pero s i al deseo de G a l i c i a se o p u ­s i e r a n de n u e v o o b s t á c u l o s t r a d i c i o n a l e s , s i c o n ­t i n u a a b a n d o n a d a y d e s a t e n d i d a p a r a todo lo q u e no s e a n e x a c c i o n e s del F i s c o y r e p r e s i o n e s v i o l e n ­t a s ; s i p e r m a n e c e n d e s i e r t o s s u s c a m p o s por u n a j u s t a y forzosa e m i g r a c i ó n , y la m i s e r i a , c o m p a ­ñ e r a i n s e p a r a b l e de la i g n o r a n c i a , se c i e r n e c o n s ­t a n t e m e n t e sobre s u s s i l e n c i o s a s pob lac iones s i n e s c c u e l a s , . . e n t o n c e s n o h a y d u d a que h a b r á s o ­n a d o la h o r a de q u e se p i e n s e en a l g o m á s p r á c ­t i c o q u e las que j a s po r todos los h i j o s de e s t a t i e r r a i n f o r t u n a d a , p a r a c o n s e g u i r de a l g ú n m o ­d o s u p r o s p e r i d a d y g r a n d e z a .

B E R N A R D O B A R R E I R O D E V . V -

LA INQUISICIÓN DE GALICIA

33rujos y A s t r ó l o g o s ,

Juan Coirón—Catalina Estevez — Dominga da Serra [Brujos.)

M O X T E M A Y O R Y V l A T i E . — I S A S » .

•SIL g lo r io so d i a del Após to l S a n B a r t o l o m é , á. 24 d e A g o s t o de 1575, ce l eb rába lo la i g l e s i a de S a n t i a g o con u n l uc ido e s p e c t á c u l o de ed i f i can te y e j e m p l a r í s i m a j u s t i c i a en el s e n t i r ca tó l i co . Un a u t o de fé a l q u e a s i s t í a n 20 reos .

Desde el 6 de Marzo, v í spe ra de S a n t o T o m á s d e A q u i n o , no se h a b i a ofrecido á los c r i s t i a n o s v i e jo s u n a fiesta s e m e j a n t e ; pero a u n q u e t a r d í a , e r a m á s so l emne y m a g n í f i c a la s e g u n d a , p u e s t o q u e en la fiesta de l Á n g e l de las E s c u e l a s solo h a b í a n a p a r e c i d o en el t a b l a d o t r e s in fe l i ces l a ­b r a d o r e s que fueron D o m i n g o González , v e c i n o de J3an¡.Iuan de Fr io l fe , a c u s a d o de h a b e r a c u c h i l l a d o u n a c r u z , y E s t e b a n Paez B e r m u d e z y s u c r i a d o P e d r o G a r c í a Seco , c o n v i c t o s de ignorancia en v a ­r i a s p r o p o s i c i o n e s .

L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

E n es te s e g u n d o a u t o de fá los r eos e r a n de m a y o r ca l idad : pobres so ldados , m a r i n e r o s f r a n ­ceses , p r i s i one ros en u n n a v i o d e . l u t e r a n o s c o r ­s a r i o s de la l iocl ie la , e n t r e ellos Alonso D a n i e l , n a t u r a l de Vi l i ens , v o t a d o á r e la ja r por n e g a t i v o . T a m b i é n a p a r e c e r i a n en el t a b l a d o con s u s c a r a s p i n t a d a s y s u s c o r a z a s y s a m b e n i t o s con d i a b l o s , los tres primeros br-njos procesados en la Inquisición de Oalicia, á s abe r : J u a n Coirón, l ab rador , v e c i n o d e .Santa María M a g d a l e n a de M o n t e m a y o r , y C a t a ­l i na Es tevez y D o m i n g a d a Ser ra , i g u a l m e n t e l a ­b r a d o r a s , las dos v e c i n a s de la E n c o m i e n d a d e "Viade. El a ñ o e ra de hambre h o r r o r o s a y n e c e s i t á ­b a n s e e s p e c t á c u l o s p a r a d i v e r t i r a l pueb lo y d i ­n e r o p a r a las ca jas e x h a u s t a s del S a n t o Oficio. Pocos de ta l l e s podemos d a r sobre e s to s r eos .

A p u n t a m o s s u s n o m b r e s por ser los p r i m e r o s de e s t e g é n e r o ; pero s u s p rocesos r e m i t i d o s a l Consejo cíe la S u p r e m a , en c o n s u l t a , por c o n t e n e r e x t r a o r d i n a r i o s de l i t o s , no a p a r e c e n en el a r c h i v o de S i m a n c a s , s i no so la la c a r t a de r e m i s i ó n q u e A r m a n los i n q u i s i d o r e s Q u i j a n o de Mercado y Dr . Alva , s i n d u d a por h a b e r s ido aque l lo s de'— v u e l t o s . y ca l i f icados .

Por lo q u e d ice es te d o c u m e n t o , los t r e s h a b i a i i c o m e t i d o y e s t a b a n conf i t en te s de g r a n d e s m a l e ­f icios, c e r e m o n i a s y p a l a b r a s , c u y a p é r d i d a e s l a m e n t a b l e p a r a la h i s t o r i a de l a s c o s t u m b r e s , p r e o c u p a c i o n e s y l e n g u a de n u e s t r o pueb lo g a ­l l ego , y e r a n e f icac ís imos invocadores de demonios con p a c t o y c r e e n c i a en s u poder , por c u y o m e d i o h a b í a n c o n s e g u i d o e s t u p e n d a s m a r a v i l l a s , c a s i i n c o n c e b i b l e s e i n d i g n a s de ser t o m a d a s en c o n ­s i d e r a c i ó n por ce rebros b i e n o r g a n i z a d o s .

P u e s t a s l a s dos m u j e r e s y"el- h o m b r e , c u y a e d a d no s a b e m o s , en el po t ro y en la s i l l a y s u j e ­t o s á r epe t i dos t o r m e n t o s , h a b í a n h e c h o ' t o d o s , confesiones inverosímiles, c o m o d i c e n en s u c a r t a a l Consejo los m i s m o s i n q u i s i d o r e s , por lo c u á l r e ­m i t i e r o n y fa l t an aque l lo s p r o c e s o s .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s .

L a h i s t o r i a ha.brá de c o n t e n t a r s e , po r a h o r a , c o n e s to s solos d a t o s a c e r c a de los p r i m e r o s r eos . s en t enc i ados por el de l i to de h e c h i c e r í a .

R e s p e c t o al a u t o de fe en q u e a p a r e c i e r o n es tos r eos , p e r t e n e c e s u d e s c r i p c i ó n por e x t e n s o á n u e s t r a Historia de Santiago, en c u y a s p á g i n a s l a v e r á n n u e s t r o s l e c to r e s .

Maña Rodriguez.

PONTIC DE L I M I A , ( P O R T U G A L ) . - 'HS'S'S.

L a s j u s t i c i a s e c l e s i á s t i c a s del a r zob i spado de B r a g a e n t r e g a r o n á las del o b i s p a d o de T u y esta, p r i s i o n e r a , con s u proceso por de l i tos de h e c h i ­ce r ía , á p r i n c i p i o s del a ñ o 1577.

E r a p o r t u g u e s a , n a t u r a l de P o n t e de L i m i a ; s u e d a d n o p a r e c í a a p r o p ó s i t o p a r a e jercer la p r o f e ­s i ó n p o r q u e se la a c u s a b a : t e n i a 35 a ñ o s .

Del o b i s p a d o de T u y fué remitida Mar ía R o d r i ­g u e z po r los j u e c e s s e g l a r e s á la I n q u i s i c i ó n d e S a n t i a g o , no s i n a n t e s h a b e r l a h e c h o p r e g u n t a s y r e p r e g u n t a s q u e a ñ a d i e r o n á la i n f o r m a c i ó n y a ú n s u j e t á d o l a de t r á n s i t o en t r á n s i t o , por e x c e ­s ivo celo, c u r i o s i d a d , ú o t r a s c a u s a s á v a r i o s c rue l e s t o r m e n t o s p a r a q u e h a b l a s e la pobre v í c ­t i m a ó p a r a h a c e r q u e por s u boca h a b l a s e el d e ­m o n i o , de q u i e n se d e c i a e r a la p r o p i a e s p o s a . E n m a n o s de la j u s t i c i a u n a m u j e r e r a u n j u g u e t e : u n h o m b r e u n e n e m i g o , y a m b o s o f rec í an m e d i o s ef icaces p a r a los fines q u e se p e r s e g u í a n .

María R o d r i g u e z l legó á S a n t i a g o m u t i l a d a y des fa l l ec ida , po r el m e s de Mayo; fué p u e s t a "á b u e n r e c a u d o e n las c á r c e l e s s e c r e t a s y se e spe ró á s u c o m p l e t a c u r a c i ó n p a r a vo lve r l a á m u t i l a r y a t o r m e n t a r .

E n a q u e l l a c r i a t u r a h u m a n a , n a c i d a ba jo mal sino, s e g ú n los f a t a l i s t a s m o d e r n o s , no a p a r e c í a

I

4 L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

y a la o b r a de Dios , d i g n a de todo r e s p e t o , s i no u n pedazo de c a r n e b r u t a , c o n d e n a d a á la h o g u e ­r a po r s u s s e m e j a n t e s , t a n t o m á s c r u e l e s y e s t ú ­p i d o s c u a n t o m a s s e g l a r e s !

Por J u l i o y a se h a l l a b a el pobre c u e r p o de­Mar ía con t o d a la s e n s i b i l i d a d n e c e s a r i a p a r a el: t o r m e n t o y s u m e m o r i a p a r a el p á n i c o t e r r i b l e .

L o s m é d i c o s del S a n t o Oficio t e n í a n la m i s i ó n , b i e n m i s e r a b l e , de d e c l a r a r l o as í , como si fuese el a l t a en u n a de n u e s t r a s c a s a s de m i s e r i c o r d i a ; d o n d e se c u r a n p a r a v i v i r los en fe rmos y n o p a ­r a a t o r m e n t a r l o s y he r i r l o s n u e v a m e n t e .

E n v i r t u d de e s t a a l t a , ba jó María R o d r í g u e z á la bóveda del t o r m e n t o , s u b t e r r á n e a , l ó b r e g a , a i s l a d a , a h o g a d a por la l eñera .

N a d a h a b í a q u e r i d o confesa r en la a u d i e n c i a , c o m o nunca , h a b í a confesado e n n i n g u n a d e c l a ­r a c i ó n paci f ica , po r Dios , por el j u r a m e n t o y pol­l a c r e e n c i a del c ie lo .

E r a n e c e s a r i o q u e los t o r m e n t o s del infierno-v o l v i e s e n en s u m í s e r o c u e r p o y c o g i é n d o l o los v e r d u g o s le. a r r a s t r a r o n u n a n o c h e e n t r e h o r r o ­r o s o s g r i t o s , q u e a c a l l a r o n con la m o r d a z a , por l a s s i e t e e s c a l e r a s del j a r d í n de Ochoa á la b ó v e ­d a d é l a l eñe ra ; en t a n t o c e n a b a n b e b i e n d o los t r a d i c i o n a l e s Cristus los f ra i les de S a n M a r t i n , c e n a b a n en c o m p a ñ í a de s u s a m a s los c a n ó n i g o s y se d i v e r t í a n en la c i u d a d m i l c r i m i n a l e s m á s d i g n o s de la t o r t u r a , en el j u i c i o de Dios , q u e la d é b i l y pobre b r u j a , q u e no lo e r a , p u e s t o q u e n o t e n i a poder a l g u n o , n i lo t e n i a el infe l iz d e m o n i o , s u esposo , c u a n d o en aque l m o m e n t o , por s u p r o p i a h o n r a , n o revo lv ía c o n t r a los i n q u i s i d o r e s á ¡ o s e j é r c i t o s i n f e r n a l e s . E l Dios m i s m o , s e g ú n las t e o r í a s q u e r e i n a n , p u e s q u e no la p o d í a defender d e s e m e j a n t e s i n j u s t i c i a s , deb ía ca rece r de i n ­fluencia s ó b r e l o s h o m b r e s , y ser d u r o , c rue l , ó i m p o t e n t e a n t e l a s l á g r i m a s de u n a pobre , i g n o ­r a n t e y débi l m u j e r . •

Con c u a n t o co razón p u d o la a t o r m e n t a d a

U n i ó o s y A s t r ó l o s o s -

María s u p l i c a r á s u Dios , no lo d ice la h i s t o r i a , •cuando y a de p i é , y a de r o d i l l a s , y a t e n d i d a e n el suelo le a r r a n c a r o n s u s v e s t i d o s ; p o r q u e e n a q u e l t i e m p o de m o r a l i d a d c r i s t i a n a , p a r a el t o r ­m e n t o dado por los h o m b r e s era n e c e s a r i o q u e u n a mu je r , donce l l a ó c a s a d a , se m o s t r a s e com­pletamente desnuda]

T e n d i d a y a en el po t ro , (que e r a u n a c a m a i n ­v e n t a d a por los f ra i les h o l g a z a n e s y po r los p o d e ­rosos q u e d o r m í a n en c o l c h o n e s de p l u m a , y c o n ­s i s t í a en ocho b a r r o t e s p u e s t o s en e s c a l e r a q u e c o r t a b a n el c u e r p o con s u s a r i s t a s a f i l adas h a c i a a r r i ba , ) a p r e t á r o n l e los corde les e n las p i e r n a s y en los brazos , se i s y s ie te v u e l t a s h a s t a l l e g a r á los h u e s o s .

María Rodr igue / , en el co lmo del s u f r i m i e n t o , loca de dolor , y a no se s o s t u v o n e g a t i v a , s i n o q u e c o n v i n o en c u a n t o q u i s i e r o n los i n q u i s i d o ­res , y n a d a me jo r q u e el s i g lo XIX p a r a c o m ­p r e n d e r la i ne f i cac i a del t o r m e n t o .

¡Confesó q u e h a b í a c o n o c i d o al d e m o n i o , h a ­b ía t e n i d o con él r e l a c i o n e s a m o r o s a s y . . . p a c t o c a r n a l y e s p i r i t u a l e n t r e g á n d o l e , e s c l a v a , s u a l m a y s u cue rpo ! Le i n v o c a b a c o n p a l a b r a s d e ­t e r m i n a d a s , y él la t r a s l a d a b a por los a i r e s d e u n p u n t o á o t ro , s e g ú n s u deseo ; n o o b s t a n t e q u e a h o r a n o la p o d i a s a l v a r de a q u e l l a s c a r ­e l e s !

P e q u e ñ a y t r i s t e i d e a de lo q u e és esa l u c h a i m p o s i o l e , i n v e n t a d a por los t eó logos a n t i g u o s e n t r e Dios y el d e m o n i o , por a r r e b a t a r s e el uno» a l o t ro l a s a l m a s de los pobres c r e y e n t e s q u e t i e ­n e n a l g o q u e conf iscar en la t i e r r a .

Bajo p r o m e s a g r o s e r a de que no h a b i a de c o n ­cede r m a s g o c e s de s u c u e r p o al d e m o n i o . . . fué c o n d u c i d a al t a b l a d o e s t a m u j e r en u n a c t o d e fé po r S e t i e m b r e del m i s m o a ñ o , p i n t a r r a j a d a e n s u c u e r p o y h á b i t o c o n las i n s i g n i a s de b r u ­

j a , y all í ad ju ró de vehenenti. El a u t o se ce lebró en la c a t e d r a l de Santiago»

6 T . 11 I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

e s t r a m b ó t i c a m e n t e p i n t a d a de ve rde , en bóvedas , a r c o s y p i l a r e s soberb ios , p a r a e s tos e s p e c t á ­c u l o s r i s i b l e s . El p ú b l i c o se d i v e r t í a allí como en l a p l a z a p ú b l i c a y e s p e r a b a d e s p u é s en la ca l l e l a p r o c e s i ó n de la j u s t i c i a seglar q u e e j e c u t a b a l a s s e n t e n c i a s . ' '

Mar ía R o d r í g u e z llevó 200 azo tes d e s n u d a de­m e d i o c u e r p o a r r i b a , y sobre aque l pellejo c r i b a d o y de las h e r i d a s por las t o r t u r a s . Después se l a d e s -t e r r ó á p u n t o s le janos de s u t i e r r a y de S a n t i a g o .

Volvió á c u r a r s e e s t a infe l iz m u j e r . El S a n ­t o Oficio de la I n q u i s i c i ó n la dejó d e s c a n s a r c e r ­c a de dos a ñ o s j u s t o s .

Más por Agos to de 15*79 h u b o n o t i c i a en el t r i ­b u n a l de que la h a b i a p r e n d i d o n u e v a m e n t e el m e r i n o de la j u r i s d i c c i ó n de Peñaflor , y el fiscal l a d e n u n c i ó como r e i n c i d e n t e en los m i s m o s d e ­l i t o s .

El m e r i n o la h a b i a s o m e t i d o al t o r m e n t o y e u él con fesa ra s u r e i n c i d e n c i a en los m i s m o s " p e ­c a d o s .

«Trujóse ,—dicen los i n q u i s i d o r e s en la i n f o r ­m a c i ó n o r i g i n a l que d i r i g e n al Consejo ,—á es t e S a n t o Oficio, y confesó lo m i s m o en el t o r m e n t o q u e se le volvió á r epe t i r , y de h a b e r s e a p a r t a d o d e n u e s t r a S a n t a F e C a t h ó l i c a y fué v o t a d a á r e ­la ja r en p e r s o n a á la j u s t i c i a y b razo seg l a r , e n 30 de N o v i e m b r e de 1579.»

Mar ía R o d r í g u e z , c u m p l i e n d o los 38 a ñ o s de s u e d a d , fué c o n s u m i d a en u n a hoguera , p ú b l i c a e n l a p l a z a del C a m p o , h o y de Cercantes, e n t r e las b u r l a s de u n pueb lo m á s * e n g a ñ a d o que i n s t r u i d o e n las m á x i m a s de la r e l i g i ó n c r i s t i a n a y sobre el c u a l se l e v a n t a b a n y e n r i q u e c í a n los e m b a u c a ­d o r e s .

¿Qué m i s t e r i o s , q u é m ó v i l e s , q u é v e n g a n z a s s e c r e t a s h a n c o n d u c i d o á la h o g u e r a á e s t a in fe l iz muje r?

E s t o es lo q u e i g n o r a r á s i e m p r e la h i s to r i a . .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 7

p u e s n o e r a n t a n es tó l idos los doc to r e s e c l e s i á s ­t i c o s de B r a g a , de T u y y de S a n t i a g o q u e h u b i e ­s e n de c ree r e n q u e el d e m o n i o n e c e s i t a s e m u j e r e s h e r m o s a s p a r a c a s a r s e c o n e l las en es te bajo m u n d o , n i q u e n a d i e p u d i e s e vo la r po r los a i r e s y busca.r t e so ros con a y u d a y p a c t o del m a l i g n o e s p í r i t u .

T a m p o c o se h a l l a n en e s t e p roceso las c u r i o s a s con fe s iones ó m o n i c i o n e s de los r e p e t i d o s t o r ­m e n t o s d a d o s á e s t a mu je r , s in d u d a i n e s t i m a b l e s e n n u e s t r a é p o c a p a r a el e s t u d i o de l a s c o s t u m ­b r e s y p r e o c u p a c i o n e s p o p u l a r e s de G a l i c i a y P o r t u g a l en el ú l t i m o t e r c i o del s i g l o XVI .

Pero Sanchez Ciego

SANTIAGO.— 15 99

No n o s p a r e c e t a n i n o c e n t e como María R o ­d r í g u e z , y po r lo t a n t o no fué t a n c a s t i g a d o , s u c o m p a n e r o de cá r ce l e s Pero S á n c h e z C iego , n a ­t u r a l de S a n t i a g o .

E r a u n ¿imador r e l i g io so q u e h a b l a b a con los á n g e l e s y c o n e l d e i n o n i o , y g a n a b a el d i n e r o p o r m e d i a c i ó n de aque l lo s y de é s t e e n b a s t a n t e s o c a s i o n e s .

Vac i l ó , n o o b s t a n t e , e n t r e u n o s y o t ro po r m u ­c h o t i e m p o . S e g ú n la n a t u r a l i n c l i n a c i ó n del v u l ­g o le p a r e c í a mejor el d e m o n i o y le i n v o c a b a p a r a a d i v i n a r c o n s u a y u d a (y cá l cu lo s a s t r o l ó ­g i c o s y caba l í s t i co s ) l as cosas h u r t a d a s q u e le p e d í a n en c o n s u l t a . Pero el fiscal del S a n t o Ofi­c i o , á q u i e n n i c o n s u l t a b a p a r a es to n i p a g a b a el m e r e c i d o t r i b u t o , le d e n u n c i ó por h e c h i c e r o .

Pe ro , Ped ro , se v io m e t i d o e n l a s c á r c e l e s , a c u s a d o de i n v o c a d o r de d e m o n i o s p o r q u e a d i ­v i n a b a l a s c o s a s q u e se h u r t a b a n c o n s u l t á n d o l a s c o n e l los , y l l a m á n d o l o s po r s u s n o m b r e s .

8 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

Su p roceso d ice t e x t u a l m e n t e : «Probósele q u e e s t a n d o e n f e r m a c i e r t a m u j e r h a b í a ped ido u n r ea l , d i c i e n d o q u e l o q u e r í a p a r a los e s p í r i t u s , p o r q u e e s t a b a espiritada y t o m a n d o el r ea l le h a b í a e c h a d o en u n s o m b r e r o y l l a m a b a á los e s p í r i t u s d i c i e n d o :

—«Ven, Bercebú!... ven Juan MoxicoU T a m b i é n se le probó q u e e s t a n d o u n a c r i a t u r a

en fe rma , di jo Pero S á n c h e z que e r a p o r q u e n o e s t a b a b ien b a u t i z a d a , y q u e ól la h a b í a d e b a u ­t i z a r mejor .

Tomó p a d r i n o s p a r a el caso y echó a g u a á l a c r i a t u r a , s i endo g r a v e el b a u t i s m o s e g u n d o p o r ser i n ú t i l y a p r o p i a r s e los d e r e c h o s de la i g l e s i a e m b a u c a n d o á las g e n t e s .

Con e s to , b i en pa r ece que el timador r e l i g i o s o Pe ro S á n c h e z , e s t a b a e n c a r c e l a d o con t o d a j u s t i c i a .

S u b i ó e n u n a u t o de f j , d e n t r o de la c a t e d r a l , á-u n t a b l a d o , y ad ju ró de leoi. Dióronle á la v e r ­g ü e n z a p ú b l i c a ' p o r las ca l les de S a n t i a g o 100 azo tes y quedó en s u c a s a por i n f l uenc i a s , s i n el de s t i e r ro a c o s t u m b r a d o e n e s t a s c a u s a s .

Creció co7i é s to , c o n s i d e r a b l e m e n t e , s u f a m a •de h e c h i c e r o . Pero S á n c h e z va r ió e n t o n c e s d e t á c t i c a y l l a m a b a á los d e m o n i o s , á n g e l e s , c u a n d o h a b í a de i n v o c a r l o s d e l a n t e de la g e n t e . Po r e s ­t a profes ión ganaba , s u s d i n e r o s , n e c e s a r i o s p a r a s u s u s t e n t o c u o t i d i a n o .

U n di a v i n o á c o n s u l t a r l e c i e r t a m u j e r , á q u i e n h a b í a n robado u n m a n t o . P r e g u n t ó l e al r e o -quien ser ía el l ad rón . P id ió l a é s t e a n t i c i p a d a ­m e n t e el real, para sus ángeles; echólo en s u s o m ­b re ro . . . hab ló con los e s p í r i t u s en t é r m i n o s m i s t e ­r i o s o s , s e g ú n c o s t u m b r e , y v i endo la m u j e r q u e n o h a b l a b a c o n n a d i e y q u e s u m a n t o no p a r e c í a le de l a tó .

Otro t e s t i g o c o n t e s t a e n la c a u s a , d i c i e n d o , q u e c u r a b a ó p r e t e n d í a c u r a r por e s t e s i s t e m a á los en fe rmos . P id i é r a l e r e m e d i o s p a r a u n o de s u

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 9

f ami l i a ; d e m a n d á b a l e el limador c i e r t a s c a n t i d a ­d e s para dar á sus ángeles; hab ló m i s t e r i o s a m e n t e c o n ellos; pero como el d e s d i c h a d o enfe rmo se m u r i ó , Pero S á n c h e z Ciego , s i n v i r t u d ó y a s i n b a s t a n t e h a b i l i d a d p a r a los m i l a g r o s , dio c o n s i g o en las cá rce le s s e c r e t a s del S a n t o Oficio, m u y j u s t a m e n t e , por c i e r t o , como es ta fador , a u n q u e d e b i e r a ser a c o m p a ñ a d o por los c r é d u l o s , m a l o s ó i g n o r a n t e s c r i s t i a n o s que lo d e l a t a b a n d e s p u é s de c o n s u l t a r l e , y p a r a que se c o r r i g i e s e n e s t a s c o s t u m b r e s .

«S igu ióse la c a u s a con 61,—dicen los i n q u i s i ­dores' , - y e s t u v o n e g a t i v o . No h izo de fensas . S a ­lió á la iglesia , en fo rma de p e n i t e n t e con u n a coroza; d i é r o n s e l e c i e n aco tes y se le m a n d ó n o sa l i e se de e s t a c i u d a d , y que de al l í e n a d e l a n t e n o h i c i e s e s e m e j a n t e s e n b u s t e s , p r e g o n á n d o s e q u e n i n g u n a p e r s o n a fuese á consu l t a r l e .»

C a s t i g o b i e n b e n i g n o por c i e r t o p a r a u n l a d r ó n , c u a n d o se q u e m a b a en h o g u e r a á l a infel iz po r tuguesa . María R o d r í g u e z ,

A m b o s h a b í a n s ido r e i n c i d e u t e s , y e s t e ú l ­t i m o negativo. Pero , María R o d r í g u e z , cómo h e m o s d i c h o , deb ía posee r a l g ú n sec re to y de u n a y o t r a vez. v e n d r í a b i e n r e c o m e n d a d a p a r a la h o ­

g u e r a po r los c l é r i g o s de B r a g a .

Jácome de Pigara

SANTA M A R Í A DE SOUTO, (SANTIAGO).—lSf»

Otro timador r e l i g i o s o , como el a n t e c e d e n t e ; n o fué re la jado p o r q u e no t e n í a b i enes q u e de j a r á su m u e r t e y se e s p e r a b a los a d q u i r i e s e ; lo c u a l no p u d o c o n s e g u i r n u n c a en u n pueb lo j u s t a ­m e n t e desconf iado como el de Ga l i c i a , h a s t a p a r a las c o s a s d i v i n a s .

E r a l ab rador , v e c i n o de S a n t a María de S o u t o ,

1 0 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

d i ó c e s i s de S a n t i a g o , y s u i n s t r u c c i ó n no e r a su f i c i en te p a r a es te oficio. ¡Un m e n t a c a t o , á q u i e n la i g l e s i a d e b í a p e r s e g u i r por decoro , h a s t a d e s t r u i r l e , ó i m p o n e r l e s i l enc io y miedo !

J á c o m e de P i g a r a se a t r e v í a ¡i c u r a r t o d a c l a ­se de enfe rmos con el s i g u i e n t e r e c i p e que figura e n s u p roceso : Co locaba u n a e s c u d i l l a l l ena de a g u a ce r ca del lecho, h a b i e n d o h e c h o a n t e s u n a c a n d e l a de ce r a v i r g e n cuyo pábilo d e b í a de ser-h i l a d o por tres Martas, doncellas.

A n d a b a d e s p u é s al r ededor de la e s c u d i l l a el t a l e m b a u c a d o r J á c o m e , e c h a n d o en el la g o t a s de ce ra , y c u a n d o a l g u n a s de e s t a s se j u n t a b a n , dec í a que aque l e ra el abue lo del enfermo, el t í o , el p a r i e n t e m á s p r ó x i m o , e t c . , q u e as í se j u n t a ­b a n ó h a b í a n j u n t a d o con la c o m a d r e , h e r m a n a ó a m i g a , de donde v e n í a n las m a l a s Jadas ó v o ­l u n t a d e s .

Ten ía u n c l é r i g o cómpl i ce p a r a q u e , con la ve l a e n c e n d i d a , l eyese al en fe rmo los e v a n g e ­l ios ; pero de es te c l é r i g o , n i se sabe el n o m b r e n i a p a r e c e en el p r o c e s o .

De es tos J á c o m e s de P i g a r a s h a y t o d a v í a m u ­c h o s en G a l i c i a que h o y se d e d i c a n k componer c o n c i e r t o m é t o d o p r á c t i c o los m i e m b r o s d i s l o c a d o s y lo q u e e s p e c i a l m e n t e l l a m a n paletilla. Pero-n u e s t r o s c u r a n d e r o s de h o y h a n a b a n d o n a d o y a po r comple to la vela de ce r a v i r g e n h i l a d a y h e ­c h a por las v í r g e n e s Mar ías , r e z a n d o al r e t o r c e r c a d a h i lo , s e g ú n J á c o m e de P i g a r a , u n pater iioster.

E s t e b u e n J á c o m e e r a t a m b i é n c rue l y t i m a ­do r s i n c o n c i e n c i a , p u e s c i e r t o d í a , h a l l a n d o en la. c a s a de u n enfermo m a s desconf ianza de lo que-e r a de e spe ra r , p a r a g a n a r esta,, y m e r e c e r m a s p r e c i o , e s t r emó cuanto" p u d o las c e r e m o n i a s . El m i s m o d e s n u d ó al p a c i e n t e ; le m i d i ó t res v e c e s d e s p u é s de a l g u n a s o r a c i o n e s , con la ve la v i r g e n d e s d e los p i e s h a s t a la cabeza ; h i z o u n ce rco y h o y o e n t i e r r a , y al l í m i s m o le m e t i ó , a tándole -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . di

de p iós y m a n o s , y l l amó ó h i z o l l a m a r por todos-los p r e s e n t e s al d e m o n i o , con los n o m b r e s de S a ­t a n á s y B a r r a b á s , p a r a que le a y u d a s e n , a s e g u ­r á n d o l e s que v e n d r í a n es tos e s p í r i t u s p a r a s a n a r a l en fe rmo d u r a n t e la n o c h e .

Como los s u p u e s t o s d e m o n i o s no h i c i e r o n t a l , y el enfermo se m u r i ó a q u e l l a n o c h e m i s m a , a g r a v a d o con s e m e j a n t e t r a t a m i e n t o , J á c o m e de P í g a r a . el timador r e l i g io so y e s t ú p i d o , fuo d e ­n u n c i a d o por h e c h i c e r o á la I n q u i s i c i ó n y preso-e n s u s cá rce le s s e c r e t a s . Probósele la s u p e r s t i c i ó n y la i n v o c a c i ó n de los d e m o n i o s y q u e e m b a u c a b a á las g e n t e s . Muy j u s t a m e n t e , a s i s t i ó á u n a u t o de fé donde ab juró de leoi, pero es tos l ad rones da,ban m u c h o d i n e r o , s i n d u d a , al S a n t o Oficio, p u e s s u l i b e r t a d e r a s i e m p r e s e g u r a y v o l v í a n á s u a n t i ­g u a profes ión , s i n q u e de la s e g u n d a , n i de la t e r c e r a vez, n i j a m á s , q u e d a r a n c a s t i g a d o s , c o ­m o se h izo con la m á s i n o c e n t e María Rodríguez* q u e c o m i e n z a la s a r i e de los b ru jos .

L ib re J á c o m e de P í g a r a y c a d a vez con m á s f a m a á c a u s a de s u s e n t e n c i a en el t a b l a d o de la c a t e d r a l , n o supo h a c e r o t r a s c o s a s m a s q u e las-a n t i g u a s ; c u r a r á los enfe rmos por t a n r u d i m e n ­t a r i o s m e d i o s . No a d e l a n t a b a n o v e d a d a l g u n a .

L l e g a r o n los p a r i e n t e s a f l ig idos de u u a m u j e r q u e n o s a l í a de s u c u i d a d o . N a d a v a l í a n las m a ­t r o n a s y v e c i n a s m á s a v e z a d a s á e s tos p e r c a n c e s , y fué l l amado el b ru jo .

J á c o m e de P í g a r a e ra h o m b r e r e sue l t o , y n o s a l í a n u n c a , como i g n o r a n t e , de su e t e rno y m o r ­t a l s i s t e m a c u r a t i v o . Mandó h a c e r el h o y o e n la t i e r r a , ( a u n q u e en el h o g a r y j u n t o al fuego) y l a m e t i ó allí h a s t a la c i n t u r a .

l i s t a n u e v a ca t á s t ro fe , p u e s r e s u l t ó u n nuevo-c a d á v e r , en s u h o y o ab ie r to , f e p ropo rc ionó n u e v a d e n u n c i a .

H u y ó , J á c o m e de P í g a r a . Pero s u fama e r a b a s t a n t e y fué l l a m a d o p o r

e l p a d r e de u n mochado, al d e c i r de los inquis ido—

12 L . a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

¡res, q u e se h a l l a b a t a m b i é n en fe rmo , s i n d e c i r s e de que m a l en el proceso., p u e s h a y que a d v e r t i r de p a s o que , n o h a b i e n d o m ó d i c o s en la c o m a r c a _y a ú n s i endo pocos y m a l r e t r i b u i d o s n i a d m i t i ­dos h o y en n u e s t r o s pueb los r u r a l e s , c a s i , c o m o e n t o n c e s , h a y c i e r t a d i s c u l p a p a r a los c u r a n d e ­r o s , e x p u e s t o s como J á c o m e de P í g a r a á las r e ­s u l t a s de s u oficio.

A d e m á s la I n q u i s i c i ó n no c las i f ica n u n c a e n .sus p rocesos n i n g u n a de e s t a s cosa s , n i se a v e n ­t u r a en n i n g ú n r a m o de la c i e n c i a , s i n d u d a , p r u d e n t e m e n t e , por no e r r a r . .Sus ca l i f i cadores e r a n solo e m p e d e r n i d o s t eó logos . N a d a s a b í a n .

Es te m ó d i c o s i n t í t u l o a c a d é m i c o dijo c a n d o ­r o s a m e n t e q u e se m o r í a el mochacho por no e s t a r b i en b a u t i z a d o . Cogió su e s c u d i l l a de a g u a y s u

•candela de ce ra , dio s u s v u e l t a s e c h a n d o g o t a s , y c u a n d o e s t a s se j u n t a b a n en l u g a r de d e c i r q u e se e c h a b a n c o m a d r e s y c o m p a d r e s como en l a c u r a c i ó n de los h o m b r e s , a s e g u r a b a , que se j u n ­t a b a n las b r u j a s , a q u e l l a s q u e q u e r í a n m a l al n i ñ o , f a l t a n d o as í al c o m p a ñ e r i s m o . C a r a s le s a l i e r o n al J á c o m e e s t a s y o t r a s p a l a b r a s y c e r e m o n i a s q u e h izo al pobre en fe rmi to y por las c u a l e s llevó sus dineros al padre. El n i ñ o fal leció, y no t e n i e n d o J á c o m e t í t u lo a l g u n o , como h o y se u s a , p a r a d a r l e s e p u l t u r a , pero lo q u e es m á s , y a p e r s e g u i d o po r la I n q u i s i c i ó n , q u e en es tos c a s o s o b r a b a r e c ­t a m e n t e ; el m i s m o bru jo ó c u r a n d e r o , q u e oyó e n u n a i g l e s i a p r e d i c a r ' l a s c e n s u r a s f u l m i n a d a s

•cont ra los c o n t u m a c e s y h u i d o s , s i n t i e n d o s i n d u d a , b i en r e p l e t a s las bo l sa s , t omó el c a m i n o d e S a n t i a g o y se p r e s e n t ó al t r i b u n a l del San to ' Ofi­c i o á defenderse s i n miedo . )

Rec luso en cá r ce l e s s e c r e t a s en J u n i o de 1579, •siguióse s u c a u s a y e s t u v o n e g a t i v o e n m u c h a s cosas de las que le a c u s a b a n los t e s t i g o s , «aunque j¡e puso,—dicen los i n q u i s i d o r e s , -A question de ¿ormeiüo ad arhitrium.n

L a h i s t o r i a de es te t i m a d o r r e l i g io so c o n c l u y e

U r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1 3

a h o r a e n b r e v e s l ineas , c o n s i g n a d a s en la i n f o r ­m a c i ó n o r i g i n a l h e c h a po r el l i c enc i ado C a n t e r a y po r el Dr. A lba , i n q u i s i d o r e s , en 20 de N o v i e m ­bre de 1579.

«Salió, - d i c e n al S u p r e m o Consejo ,—ala i g l e ­s i a e n fo rma de p e n i t e n t e con coroza; ab juró de l e v i , d i é r o n s e l e d o s c i e n t o s azo te s en e s t a c i u d a d

y c i e n t o m á s en s u t i e r r a y fué d e s t e r r a d o p e r ­p e t u a m e n t e de e s t e d i s t r i t o . »

Vasquida García.

P O N T E V E D R A . — ' A S S O .

P o r las c e r c a n í a s de P o n t e v e d r a deb ía h a b i t a r y fué p r e s a por los c o m i s a r i o s . d e l S a n t o Oficio y c o n d u c i d a á las c á r c e l e s de S a n t i a g o , e s t a n u e v a e s p o s a del demon io , V a s q u i d a G a r c í a , c u y a e d a d n o n o s ref ieren los d o c u m e n t o s q u e t e n e m o s á la v i s t a .

Pocos a ñ o s a n t e s , s e g ú n la d e n u n c i a q u e c o n ­t r a el la p r e s e n t ó el fiscal, h a b l a o c u p a d o l a s p r i ­s i o n e s s e c r e t a s ; y d e s p u é s de s a l i r e n u n a u t o d e fó á la v e r g ü e n z a p ú b l i c a y de r e c i b i r c i en a c o ­t e s , se la h a b i a c o n m i n a d o g r a v e m e n t e y d e s t e ­r r a d o de la c i u d a d , a m e n a z á n d o l a con t e r r i b l e s c a s t i g o s s i p e r s i s t í a en t e n e r a c t o s t o r p e s y d e s ­h o n e s t o s con s u in fe rna l m a r i d o .

D e s g r a c i a d a m e n t e el a m o r q u e el la , c o m o fiel e s p o s a le t e n i a , h i z o q u e se c o n s u m a s e n u e v a ­m e n t e la u n i ó n ; y de haberla visto con el demonio se p r e s e n t a r o n en el t r i b u n a l n u m e r o s o s t e s t i g o s , y h a s t a de h a b e r p r e s e n c i a d o como se pagaban am­bos consortes el amoroso débito.—uVwhóseles,,—dicen l o s i n q u i s i d o r e s al S u p r e m o Conse jo en s u i n f o r ­m a c i ó n de 20 de N o v i e m b r e de 1579,—Probósele c o n m u c h o s t e s t i g o s s i n g u l a r e s y dos c o n t e x t e s de un acto, y q u e h a b i a h e c h o s u p e r s t i c i o n e s y h e c h i c e r í a s . »

14 H,n I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a

E s t a s a c u s a c i o n e s r i d i c u l a s del pacto y parte c o n el d e m o n i o , t a n c o m u n e s en los p rocesos d e t o d a s las b r a j a s de la I n q u i s i c i ó n de S a n t i a g o , d e b í a n de se rv i r de s e g u r o m e d i o , f o m e n t a n d o la i g n o r a n c i a de las m a s a s , p a r a e n c u b r i r c r í m e n e s m i s t e r i o s o s deshaciéndose de estas mujeres peligrosas por su oficio de terceras... y a l g u n a s veces p r i n c i ­p a l e s .

V a s q u i d a G a r c í a , a l e n t a d a por el p e r d ó n q u e se le h a b í a efrecido s i confesaba la ve rdad , h a b í a d e c l a r a d o en s u p r i m e r a p r i s i ó n y p roceso , q u e e r a h e c h i c e r a , que t e n i a p a c t o con el d i ab lo y q u e so l ía c o m e t e r con é l , en efecto, los a c t o s n e f a n d o s de q u e se la a c u s a b a . E s t r e m á r o n s e d e s p u é s en e l t o r m e n t o e s t a s d e p o s i c i o n e s c a l u m n i o s a s de l a reo , y al fin rec ib ió el c a s t i g o de s u p r o p i a f a l s e ­dad ,"en vez de la i n d u l g e n c i a p r o m e t i d a .

R e c o r d a n d o és to V a s q u i d a en el s e g u n d o p r o ­ceso revocó lo que e n t o n c e s h a b í a confesado y se conse rvó n e g a t i v a c o n g r a n va lo r en todos los t r a n c e s de t o r m e n t o á q u e se Ia su je tó ad arbilrium.

N a d a p o d e m o s a ñ a d i r a c e r c a de la s u e r t e q u e le cupo en e s t a ú l t i m a c a u s a de r e i n c i d e n c i a , p o r n o a d e l a n t a r s e la i n f o r m a c i ó n c i t a d a m a s q u e á d e c i r q u e d a b a en defensa s u p roceso . De s o s p e ­c h a r ós, s e g ú n c o s t u m b r e del S a n t o Oficio, fuese V a s q u i d a García c o n d e n a d a á re la ja r , a u n q u e n o pe r seve ra se n e g a t i v a .

E n la v i s i t a q u e el i n q u i s i d o r D. H e r n a n d o de M o n t o y a h izo en el o b i s p a d o de Mondoñedo el a ñ o 1586, e n t r e o t ros d e l a t o r e s que r ec ib ió , esta.ndo e n

T u e n t e d e u m e d e s p u é s de p u b l i c a d o s los e d i c t o s v c e n s u r a s , fué u n o , el c o n t a d o r del c o n d e de L e -m o s , Gregor io C a r n e r o , f a m i l i a r del S a n t o Oficio,

PUENTEUEUME—XSS©.

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 15

r e s i d e n t e en d i c h a v i l la , el c u a l d i jo : «que h a ­b í a u n año q u e t e n í a n o t i c i a , — t e x t u a l , - q u e u n f u l a n o Montes h a c í a ce rcos y s a c a b a d e m o n i o s y los i n v o c a b a ; e s c r i b í a n ó m i n a s y t e n í a l ib ros de h e c h i c e r í a de d o n d e las t o m a b a , ' s e g ú n e ra p ú b l i ­co y n o t o r i o ; y q u e a u n q u e (el t a l Carnero) le h a b í a a d v e r t i d o no h i c i e r a a q u e l l a s cosas ó le d e ­l a t a r í a , a u n c o n t i n u a b a en ello.»

E s c r i t a e s t a d e l a c i ó n p roced ió se por el D o c t o r M o n t o y a y el f a m i l i a r C a r n e r o , p a r t e y j u s t i c i a á u n m i s m o t i e m p o , y a c o m p a ñ a d o s con el a l ­g u a c i l m a y o r de P u e n t e d e u m e , á p r e n d e r a l c l é r i g o Montes , y «hab i endo ido u n a n o c h e á s u

•casa n o le h a l l a r o n en ella.» L a I n q u i s i c i ó n r e g i s t r ó la c a s a y p r e n d i ó á

l a s d e m á s p e r s o n a s q u e la h a b i t a b a n , " a p o d e r á n ­dose de los obje tos q u e h a b i a de jado el reo e n s u a p o s e n t o , q u e e r a n « u n a s ca l za s de g a m u z a , y u n cofreci l lo pequeño .» Den t ro de las ca l za s h a ­l l á r o n s e « c u a t r o v a r i l l a s de u n p i é de l a r g o con •ciertas l e t r a s y gerog l í f i cos i n i n t e l i g i b l e s , y u n o s pape l e s en folios m a n u s c r i t o s . »

Su c a u s a se c o n t i n u ó en el S a n t o Oficio, p e r o n o se s u p o m a s de Montes . E n t o n c e s a u n e r a f á ­c i l el h u i r .

De e s to s s a c e r d o t e s q u e e s c r i b e n n ó m i n a s p a r a v a r i a s e n f e r m e d a d e s , leen e v a n g e l i o s á los n i ñ o s r a q u í t i c o s , h a c e n t r a e r p r e n d a s p a r a b e n ­dec i r , r e g a l a n ve l a s b e n d i t a s , e x h o r c i s a n e n d e ­m o n i a d o s , c u r a n la r a b i a ó h id ro fob ia y se p r e s ­t a n á e j e c u t a r l a s f a r sas a c u m u l a d a s en el l ibro f amoso de San Ciprian, h a y a c t u a l m e n t e m u c h o s e n t o d a G a l i c i a .

Pocos a ñ o s h á , q u e u n fraile e x c l a u s t r a d o de ' S a n M a r t i n echaba las cartas en c o n s u l t a a l p ú b l i ­

co e n la ca l l e del P o m b a l en S a n t i a g o ; y o t ro e x ­f ra i le , e n Conjo, d a b a reliquias y leia e v a n g e l i o s á los n i ñ o s en fe rmos , de la aristocracia santiaguesa. No n o s s e r i a dif íci l n o m b r a r á los suce so re s d e •estos b u e n o s m i n i s t r o s del Dios de s a b i d u r í a , l o s

18 L a I n q u i s i c i ó n rto G a l i c i a .

c u a l e s t i e n e n en la a c t u a l i d a d s u c a s a l l ena con­t i n u a m e n t e de pobres g e n t e s c a m p e s i n a s á q u i e ­n e s e n g a ñ a n t i m á n d o l e s el d i n e r o ; pero n i a u n a h o r a q u e c a r e c e m o s de I n q u i s i c i ó n d e j a r e m o s de a b o r r e c e r á los de l a to r e s .

Y a que las a u t o r i d a d e s no v i g i l e n , i n s t r u y a ­m o s n o s o t r o s á las m a s a s y p o n g a m o s en t o d o s los pueb los m ó d i c o s i dóneos y p r u d e n t e s , b i e n r e t r i b u i d o s p a r a el s e rv i c io g r a t u i t o de los p o b r e s .

Con es to se h a r á luz , se a c a b a r á n poco á p o ­co e v a n g e l i o s , p i e d r a s de a r a , n ó m i n a s y r e l i ­q u i a s : se a p a g a r á n las l a m p a r i l l a s e n c e n d i d a s á los S a n t o s y se a b r i r á n l a b o r a t o r i o s : no se c o l ­g a r á n de l a s p a r e d e s de los t e m p l o s p i e r n a s , c a ­b e z a s , b r a z o s , p e c h o s y m u ñ e c o s de ce ra , pero se a l e n t a r á con aque l d i n e r o á la c i e n c i a y no se-h a l l a r á la s a l u d por c a s u a l i d a d n i por m i l a g r o .

Constanza do Pazo

SANTA M A R Í A DE L Á M E L A , (ORENSE).—160S

E n 2 de Marzo del año de 1602 el i n q u i s i d o r D . P e d r o de G a m a r r a sa l ió á p r a c t i c a r v i s i t a e n e l ob i spado de Orense , a c o m p a ñ a d o del s e c r e t a ­r i o J u a n A l v a r a d o P a l a c i o , y del p o r t e r o y a l ­g u a c i l Ped ro Pérez .

Pedro de G a m a r r a s e r í a , r q u i z á s , aque l gordo bandullo de que n o s h a b l a a u n el d i c h o t a n p o p u ­l a r en Ga l i c i a :

«Pedro Pérez ó m a i s ó bandullo v a n os d o u s h a s t a ó cabo do m u n d o . »

Muy famosos fueron en d e m a s í a , i n q u i s i d o r y p o r t e r o , q u e r e g r e s a r o n de s u e x p e d i c i ó n el d í a d o s de J u l i o , h a b i e n d o e m p l e a d o en e l la cuatro* m e s e s j u s t o s .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 17

E n t r e las d e l a c i o n n e s c o n t r a b ru j a s q u e r e ­c i b i e r o n en d i c h o ob i spado , figura, a u n q u e b r e ­v e m e n t e . C o n s t a n z a do Pazo . E r a v e c i n a de la f e l ig re s í a de S a n t a María de L á m e l a .

Tres t e s t i g o s d e p o n e n c o n t r a e s t a infel iz m u ­j e r so l t e ra , j o v e n y q u i z á h e r m o s a y v i c t i m a de " in t r i gas de loca l idad , que e ra bruja", h e c h i c e r a y q u e chupaba los niños.

Todos los t e s t i g o s son m u j e r e s i g n o r a n t e s , a m i g a s s u y a s . y c a s a d a s , á q u i e n e s h a b í a n m u e r t o c r i a t u r a s cas i r e c i én n a c i d a s , a n é m i c a s ó t í s i c a s , « s i n pos ib le desa r ro l lo por el r a q u i t i s m o , l l e g a n ­d o á e x p r e s a r u n a de e l las c o n t r a C o n s t a n z a , e x t r e m o s de celo por la enfermedad ( i nd i f e r enc i a ó f r ia ldad) de su m a r i d o .

E s t a s c a u s a s fueron n u m e r o s í s i m a s d u r a n t e el pode r i n q u i s i t o r i a l , q u i e n a p a r e n t a n d o c r e e r c o n el v u l g o e n la i n f luenc ia del d i ab lo , en el m a l d e ojo, y en las m u j e r e s chupadoras de t i e r ­n a s c r i a t u r a s , s e rv ía los odios , l l enaba las a r c a s de l fisco c o n t i n u a m e n t e , con p r e c i o s a s a l h a j a s , r i c o s v e s t i d o s y b i e n e s de g r a n p r e c i o , deshacién­dose de las personas de una manera bien fácil, p u e s n a d i e p id ió á la I n q u i s i c i ó n c u e n t a a l g u n a d e s u s reos d u r a n t e los dos s i g l o s y m e d i o q u e e x i s ­t i ó en G a l i c i a .

E n la s a l v a d o r a y p r o v i d e n c i a l g u e r r a de la I n d e p e n d e n c i a c o n t r a los f r anceses (1808) c u a n d o s u p r i m i d o el S a n t o Oficio po r el g o b i e r n o e x t r a n ­j e r o p e n e t r ó el pueb lo e n la c a s a del t r i b u n a l , p u d o o b s e r v a r s e e n u n a p u e r t a q u e d á á la e x t e n ­s a h u e r t a de la q u e es h o y a d m i n i s t r a c i ó n de r e n t a s del E s t a d o , u n a l lave q u e decía «Puerta de los cadáveres.» {La Estafeta de Santiago, p á g . 322 a ñ o 1812.)

1S L a I n q u i s i c i ó n « e G a l i c i a .

Fr. Juan ds Vega

P a r a que n o a p a r e z c a n a p a s i o n a d o s n u e s t r o s e x t r a c t o s t o m a m o s de la i n f o r m a c i ó n de P e d r o de G a m a r r a , i n q u i s i d o r de S a n t i a g o , la t e s t i f i c a ­c i ó n c o r r e s p o n d i e n t e á e s t e reo, í n t e g r a , s i n a ñ a ­d i r , n i q u i t a r . Dice as í :

«Fr. J u a n de V e g a es de la o rden de S a n F r a n ­c i sco y m o r a d o r en el c o n v e n t o de S a n F r a n c i s c o de S a n t i a g o . F u é t e s t i f i cado de q u e h a b í a u n a ñ o que el d i c h o fraile h a b í a a s e g u r a d o al t e s t i g o q u e pose ía u n l ib ro , h a l l a d o en el c o n v e n t o d e Orense , con el cua l pod ía h a c e r que p a r e c i e ­s e n a n t e s í los d e m o n i o s . (1) Qu • a s i lo h a b í a h e c h o i n v o c á n d o l o s , y q u e le h a b í a n p a r e c i d o m u y p e q u e ñ o s . Qué h a r í a u n poco d e fuego c o n el cua l p a r e c i e r a q u e a r d í a t o d a u n a c a s a , y q u e po r aque l l a m i s m a a r t e podr í a , s i q u i s i e r a , i r p o r el a i r e de u n l u g a r á ot ro .»

«En la r a t i f i c ac ión se e n m e n d ó el ú n i c o t e s t i ­g o de es te p roceso , y di jo q u e el reo F r . J u a n d e V e g a no i n v o c a b a los d e m o n i o s , s i no solo q u e , i n v o c á n d o l o s por lo c o n t e n i d o en d i c h o l i b r o , b a i l a d o en el c o n v e n t o de Orense , p o d í a n a p a ­recer .»

El r e l i g i o s o f r a n c i s c a n o fué m a n d a d o c o m p a ­r e c e r en la a u d i e n c i a ; y p r e g u n t a d o s i s o s p e c h a b a p o r q u é c a u s a se le l l a m a b a , no supo dec i r l o , y a d v e r t i d o de la a c u s a c i ó n a s e g u r ó no t e n e r l i b r o a l g u n o de m a g i a n i i n v o c a c i ó n de d e m o n i o s , c o m o p o d í a ve r se en s u c o n v e n t o .

No c o n c u r r i e n d o o t r a a l g u n a t e s t i f i c a c i ó n c o n t r a r i a á F r . J u a n de V e g a , e s t a c a u s a q u e d ó s u s p e n s a , a u n q u e a d v e r t i d o el g u a r d i á n .

( i ) ¿Ser ía e s t a l i b r o el h o y t a n f a m o s o l l a m a d o S A N eir-RIAN?

J3vujos y A s t r ó l o g o s . Ifl

Juan Asturiano

. V I U . . \ M A Y O K , ( V K I U N ) . — a ©OS

E n V e r i n , fuó d e l a t a d o al i n q u i s i d o r G a m a r r a e s t e s u p e r s t i c i o s o , y no q u i t a r e m o s n i a ñ a d i r e m o s cosa a l g u n a á la i n f o r m a c i ó n o r i g i n a l , q u e d i ­ce as í :

«Vecino de V i l l a m a y o r , t e s t i f i cado de q u e , p a r a h a c e r a r a r u n a v a c a , t omó u n a c a n d e l a b e n d i t a y v a r i o s r a m o s de l au re l y de o l iva b e n ­d i t o s , h a c i e n d o de ellos c u a t r o c r u c e s : y l l e v a n ­do la c a n d e l a a r d i e n d o con a g u a b e n d i t a á u n a p o s e n t o r e t i r a d o , p e r m a n e c i e n d o all í á so las u n c u a r t o de h o r a , y h a b i e n d o sa l ido á es te t é r m i n o echó las g o t a s de ce r a en el a g u a y d e s p u é s a t ó u n a de las c r u c e s á la co la 'de la v a c a , y m a n d ó q u e no se la q u i t a s e n , p o r q u e de all í a d e l a n t e h a b i a de a r a r m u y b ien con ella.»

Bartolomé de Castro

VKMN.—160S

Solo á i n q u i s i d o r e s como Pedro de G a m a r r a p u d i e r a o c u r n r s e l e s , po r a m b i c i ó n d e s m e d i d a , q u e se t o m a r í a e n todo c a s o por e sces ivo celo r e l i ­g i o s o , p r o c e s a r á locos ó i m b é c i l e s como B a r t o ­lomé de C a s t r o , pe ro el c u a l pose í a , c o m o c a s i t o d a s las v í c t i m a s del S a n t o Oficio, a l g o que con­fiscar y q u e c o n v e n í a á los d e l a t a n t e s ó á s u s i n s ­t i g a d o r e s .

E r a C a s t r o , v e c i n o de V e r i n , y e n e s t a v i l l a fué d e n u n c i a d o de oidas, de q u e «hab ía p u e s t o u n a r i s t r a y c a b o de cebo l l as al cue l lo de u n

2 0 I n q u i s i c i ó n elo G a l i c i a .

s a n t o de p i e d r a q u e e s t a b a en u n c a m i n o ] y,' que-le h a b í a d i c h o :

—«San to , c a m i n a c o n e s a s cebol las .» «Y como no h u b i e s e v i s t o c a m i n a r al s a n t o le

h a b í a t i r a d o de p e d r a d a s . » ¡Bien j u z g a d a e s t á la S a n t a I n q u i s i c i ó n c o n

s e m e j a n t e s i n fo rmes , y b i e n j u z g a d a la c u l t u r a de u n a m o n a r q u í a que , por d e s d i c h a , m a n t e n í a s o ­b r e los pueb los a n i q u i l a d o s t a l e s t r i b u n a l e s de j u s t i c i a .

«No pudo c o m p r o b a r s e el hecho» , d ice la i n f o r ­m a c i ó n de Pedro de G a m a r r a .

Pedro de Pazos.

V l L L E L A , ( O H E S S E . ) — - 1 6 0 S 5 .

E s t e fu i u n o de los c u r a n d e r o s que a b u n d a b a n e n Ga l i c i a con poder de S a n A m a r o p a r a c u r a r á s u s devo tos . Con t a l e s a u t o r i d a d e s y doc to re s de l a i g l e s i a , d e s p u é s de diez y n u e v e s i g l o s se h a n m u l t i p l i c a d o t o d a v í a en el n u e s t r o t a l e s milagre­ros, h a s t a el p u n t o de h a b e r n u e v o s após to l e s .

E r a Pedro de Pazos v e c i n o d e V i l l e l a y l ab rado r . F u é tes t i f i cado de q u e c u r a b a los enfe rmos p o ­n i é n d o l e s u n emplasto en las e s p a l d a s , y d i c i e n d o c i e r t a s p a l a b r a s m i s t e r i o s a s , i n c o m p r e n s i b l e s p a r a el t e s t i g o , solo a q u e l l a s en q u e se le o ía d e c i r :

—aSursim cordw!—señor Santo Amaro, por la mar-cuajada paso!»

L u e g o refer ia Pazos á s u s in fe l i ces c l i e n t e s q u e el señor S a n A m a r o se le h a b í a a p a r e c i d o dos ó t r e s veces p e r s o n a l y m i l a g r o s a m e n t e , e n c a r ­g á n d o l e q u e c u r a s e l a s en fe rmedades de a q u e l l a m a n e r a . Y s i e m p r e t e r m i n a b a s u s o p e r a c i o n e s con. p a l a b r a s s e c r e t a s ó q u e n o p o d i a n c o m p r e n d e r s e .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 2 1

Juan Gomsz.

TAMEIUON, (ORENSE).-1©©».

L a i n f o r m a c i ó n de G a m a r r a c o n t r a es te reo es de Jas m a s p e l i g r o s a s y a v e n t u r a d a s , en u n t e r r e ­no d e n t r o del c u a l , c o m u n m e n t e nos h a l l a r í a m o s c a s i t odos c o m p r o m e t i d o s en la soc iedad a c t u a l , y e x p u e s t o s por lo t a n t o , s i n c u l p a y por d e l a c i o n e s i n j u s t a s , á las p e r s e c u c i o n e s y conf i scac iones d e la S a n t a I n q u i s i c i ó n , s i d e s g r a c i a d a m e n t e e x i s ­t i e r a .

Ca lcú lese lo q u e p o d r i a ser la soc i edad en o t r o s • t iempos .

J u a n Gómez e r a v e c i n o del l u g a r de T a m e i r o n . Fué- t e s t i f i cado de púb l i co h e c h i c e r o y q u e t e n i a u n l ibro de a s t r o l o g í a ó m á g i c a . Med ian te s u c o n ­d e n a d a c i e n c i a h a b i a h e c h o que o t ro vec ino no se pudiese apartar de una mujer con q u i e n e s t a b a a m a n c e b a d o , y á ot ro h a b i a l i g a d o p a r a q u e n o p u d i e s e p a g a r el deb i t o á s u c o n s o r t e . E s t a e s p o ­sa se h a b i a que jado á s u s p a r i e n t e s de la fa l ta d e s u m a r i d o , y los t a l e s , c o n o c i e n d o al h e c h i c e r o , le a m e n a z a r o n f u e r t e m e n t e , y J u a n Gómez e n t o n ­ces , desligó á su c o m p a ñ e r o , q u e s in d u d a e s t a b a por s u s e n c a n t a m i e n t o s e n a m o r a d o de o t r a m u j e r .

N i n g u n a o t r a c o s a c o n s t a c o n t r a es te reo e n Ja i n f o r m a c i ó n e l evada al Consejo, en c o n s u l t a , por la I n q u i s i c i ó n del d i s t r i t o de G a l i c i a .

Lucía do Mato. SANTA M A R Í A DE V H X A N O E V A ( O R E N S E ) — * © © »

E s t a s t e s t i f i cac iones t o m a d a s por el i n q u i s i ­d o r Pedro de G a m a r r a , n o a r r o j a n g r a n luz p a r a l a h i s t o r i a , pe ro no h e m o s do p a s a r l a s en s i l e n c i o

2 2 I n q u i s i c i ó n t l e G a l i c i a

p o r lo q u e e x p r e s a n ú t i l p a r a el c o n o c i m i e n t o de l a s c o s t u m b r e s y c a r á c t e r de n u e s t r o s p u e b l o s .

L u c í a do Mato e ra v e c i n a de S a n t a María de V i l l a n u e v a ; y h a l l á n d o s e el i n q u i s i d o r e n la de A l l a r i z , d e s p u é s de p u b l i c a d o s los ed i c to s , c o n c u ­r r i e r o n va r io s de la to res a c u s á n d o l a de h e c h i c e r a -b r u j a .

í ) i jo u n o de el los , y q u e d a r o n c o n t e x t e s los d e m á s , de que h a b i é n d o l a l l amado á c u r a r u n e n ­fe rmo, á q u i e n . s in d u e l a , c a u s a r a la m u e r t e , p id ió u n ba r r eño , echó a g u a ; y con g o t a s de ce r a b e n ­d i t a y r a m o s de ol iva, la r emov ía , p r o n u n c i a n d o e n t r e d i e n t e s o r a c i o n e s i n c o m p r e n s i b l e s .

Hizo u n agu je ro en el u m b r a l de la p u e r t a del a p o s e n t o d o n d e d o r m i a e l enfermo, y e c h a n d o t r e s g o t a s de la m i s m a ce r a b e n d i t a d e n t r o del d i c h o a g u j e r o tapólo con las r a m a s de o l iva ; y con e s to d i j o , d a n d o por t e r m i n a d a su c u r a c i ó n , q u e al l í d e j a b a e n c e r r a d a s las m a l a s b r u j a s y n o h u b i e s e m i e d o a l g u n o que vo lv i e sen á h a c e r d a ñ o al pobre e n f e r m o , el c u a l f a l l ec ió , como c a s i t o d o s los d e l a s a ldeas fallecen t o d a v í a , s in a s i s t e n c i a f a c u l t a ­t i v a , y a p r e s u r a d o s , c a d a vez m á s , por las i m p r u ­d e n c i a s y m a l o s conse jos de es tos c u r a n d e r o s .

IsaM Bella.

V I U . A R DE D O N A S , (ORENSE) .—£ S O S .

Joven so l te ra , del Vi l l a r de D o n a s . Se la a c u s ó e n la v i s i t a q u e h izo G a i n a r r a al o b i s p a d o de

.Orense , de q u e con u n a s t i j e r a s h a b i a ro to u n p e -d a c i t o de a r a c o n s a g r a d a , de u n a l t a r de a q u e l l a i g l e s i a p a r r o q u i a l , y c o s i é n d o l a d e n t r o de u n p a ñ o , á m o d o d e r e l i c a r i o , al j u s t i l l o , d e c i a q u e « t e n i e n d o aque l lo en s u poder a u n q u e t u v i e s e q u e v e r con u n h o m b r e no se p o d i a h a c e r p reñada .» .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 23

El d e l a t o r a s e g u r ó , q u i z á m á s ' p o r e n v i d i a q u e p o r c a r i d a d , q u e la j o v e n e s t a b a e n t o n c e s aman­cebada.

Los f r a c m e n t o s del a r a son h o y t o d a v í a p r e ­c io sos t a l i s m a n e s p a r a l i b r a r s e de e n v i d i a s y m a l q u e r e n c i a s , y e s p e c i a l m e n t e p a r a s a l v a r f e ­l i z m e n t e de p a r t o , e n u n o s pueb lo s , y e n o t r a s c o m a r c a s p a r a el abo r to .

E n n u e s t r a s a ldea s t o d a s las m u j e r e s j ó v e n e s y v ie j a s , pero e s p e c i a l m e n t e las p r i m e r a s , t r a e n el f r a g m e n t o de p i e d r a de a r a en u n a b o l s i t a c o s i d a a l j u s t i l l o , como Isabe l Bella , y en c o m p a ñ í a de los

• e s c r i t o s d e San Pedro Már t i r , ' de las higas de a z a ­b a c h e y u n m o n t ó n de m e d a l l a s , c r u c e s y e s c a ­p u l a r i o s .

No o b s t a n t e , c u a n d o son pobres , e s t a s g e n t e s s o n p r e s a de t o d a s las d e s d i c h a s y no se l i b r a n d e e l l a s n i los b u e y e s y v a c a s q u e c o m p o n e n t o d a s u h a c i e n d a , por m á s que t a m b i é n se h a i n t r o d u c i d o y e x t e n d i d o h a s t a los a n i m a l e s el u s o , poco r e s ­p e t u o s o , de c o l g a r l e s a l cuel lo e s tos s a g r a d o s a m u l e t o s .

Gracia García.

Tí M AGÜELOS, (VERIN).—'160IB.

L a c a u s a de G r a c i a , es g r a c i o s a y se la r e c o ­m e n d a m o s al lector , q u i e n p u e d e f á c i l m e n t e h a ­c e r lo u i s m o de q u e se la a c u s a .

C o p i a r e m o s , s i n a ñ a d i r n i q u i t a r , lo q u e d ice la te s t i f i cac ión e s c r i t a e n la v i s i t a del F)r. G a m a r r a .

« G r a c i a G a r c í a es m u j e r de J u a n de V a a i n o n d e y v e c i n a de T a i n n g ü e l o s , ( d i s t r i t o de Ve r in ) . F u e tes t i f icada, de que para hacer que su marido Ja qui--siese bien, la vio t o m a r a g u a fr ia u n t e s t i g o , de los c á n t a r o s , y e c h a r l a en u n a c a l d e r a y sin ponerla al fuego había comenzado á hervir mucho y sa l i r de e l la

21 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

u n o s v a p o r e s como de u n a olla que e s t u v i e s e c a b e el fuego, y que es to fuera en la c o c i n a de la dicha, qxie testifica, un la cua l no h a b í a e n t o n c e s fu eg o a l g u n o ; y h a b i e n d o d i c h o q u e los que e s t u v i e s e n a l l í n o q u e r í a v i e sen lo d e m á s q u e h a b i a de-h a c e r , n i oyesen las p a l a b r a s q u e h a b i a de d e c i r , se a p a r t ó r e t i r á n d o s e á o t ro a p o s e n t o á s o l a s , d o n d e la testigo pudo obse rva r por un a g u j e r o q u e l a d i c h a G r a c i a Garc ía , echó u n poco de p a n h e ­c h o m i g a j a s en la d i c h a a g u a q u e e s t a b a h i r v i e n ­do y la volvió al rededor con u n huSo y q u e s a c ó de l pecho u n poco de cebol la con la cua l no la v i o h a c e r cosa n i n g u n a , pe ro d e c i a p a l a b r a s q u e t a m p o c o p u d o comprende r . »

«Después de todo e s t o , — c o n t i n u a la i n f o r m a ­c ión ,—dio u n o s polvos á la d i c h a t e s t i g o a c o n s e ­j á n d o l a que , n o t a n d o f r ia ldad y desv io e n s u m a r i d o , se los d iese y e c h a s e en el ca ldo ¡:an que la quisiera bien; pe ro la t e s t i g o no lo h a b i a p r a c t i ­c a d o as í , a p e s a r de las in f ide l idades y celos q u e la d a b a el referido esposo , por c ree r q u e los p o l v o s s e r í a n cosa mala, a p r e s u r á n d o s e á d e n u n c i a r á s u a m i g a i n s t i g a d o r a al S a n t o Oficio, la cua l h a b i é n ­dolo c o m p r e n d i d o , la h a b i a r eñ ido y a m e n a z a d o . »

Fr. Antonio de San Eoman

DON W. UBICUIDAD. --flffiO©

Son i n t e r e s a n t í s i m a s las t e s t i f i c a c i o n e s q u e l a I n q u i s i c i ó n de Ga l i c i a r e m i t i ó al conse jo c o n ­t r a es te cé lebre r e l i g io so ; pero su p roceso , s e g u i ­do en el t r i b u n a l del S a n t o Oficio de V a l l a d o l i d n o s es h a s t a a h o r a c a s i d e s c o n o c i d o , no obs tan te ; q u é por los d o c u m e n t o s q u e v a m o s á i n s e r t a r p u e d e s o s p e c h a r s e s i F r . A n t o n i o , de talle y per­sona menuda, m u y - m e t i d o en c a s a s p o d e r o s a s , •tanto en R s p a ñ a como en R o m a , no e r a s i no u n

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 25

cómpl i ce , y a u n t a l vez aque l l a m i s m a m u j e r con q u i e n , s i e n d o profeso y s a c e r d o t e , se h a b í a -casado in faccie eclesice el p a d r e F r . Diego H e r ­n á n d e z de la m i s m a o rden b e n e d i c t i n a .

H u i d o e s t e ú l t i m o de la p r i s i ó n en que por t a l de l i to le h a b í a n p u e s t o y p e r s i g u i é n d o l e la I n ^ q u i s i c i o n , se o rdenó por el Consejo S u p r e m o a l

-d i s t r i to de G a l i c i a h i c i e s e a v e r i g u a c i o n e s y e x a ­m i n a s e en forma á F r . Gerón imo M a r t h o n a b a d e n •el c o n v e n t o de Monforte de L e m o s . Por lo q u e d i ­jo es te p a d r e p roced ióse á e x a m i n a r al e x - g e n e -ra l F r . A n t o n i o Cornejo , m o r a d o r en S a n M a r t i n de S a n t i a g o ; y es te , e n t o n c e s , p ropo rc ionó ai S a n t o oficio los pocos d a t o s que v a m o s ¡i p u b l i ­c a r de la c a u s a de S a n R o m á n , t a n i n t i m a m e n t e l i g a d a c o n la de F r . Diego , q u e s i no e ra en r e a ­l i dad s u p r o p i a m u j e r h a b í a t e n i d o u n a p a r t e m u y p r i n c i p a l en su c a s a m i e n t o , y e a s u h u i d a .

Como e s t a s a v e r i g u a c i o n e s son a g e n a s a l p r e s e n t e e s t u d i o y solo n o s i m p o r t a n a h o r a los de l i tos de s u p e r s t i c i ó n y p a c t o con S a t a n á s , n o s basta, p u b l i c a r la t e s t i f i cac ión en (pie se a c u s a á F r . A n t o n i o de S a n R o m á n de haberse aparecido a un mismo tiempo en diferentes ciudades y a u n e s t a n ­t ío e n c a r c e l a d o y p u e s t o en u n cepo . Hé a q u í í n ­t e g r o el d o c u m e n t o o r i g i u a l .

' «Este m o n j e — d i c e , — e s t a p rocesado y a c u s a d o , e n t r e o t ros de l i tos , de que le h a b í a n v i s to á u n a m i s m a h o r a de u n m i s m o d í a en Va l l ado l id u n a s veces y o t r a s en P a l e n c i a v e n el m o n a s t e r i o d e S a n Zoyl de Ca r r i on ; y a d v i r t i e n d o el M. F r . D i e ­g o de Y e n e g a s , def inidor que e n t o n c e s e ra , q u e e r a caso de i n q u i s i c i ó n p o r q u e p a r e c í a q u e e s t a r -en dos l u g a r e s á u n m i s m o t i e m p o e ra cosa d e p a c t o con el d e m o n i o , F r . A n t o n i o de S a n R o m á n h u y ó á, R o m a y volvió á, p r e s e n t a r s e en la Cor te e n h á b i t o de c ió r igo y con d i m i s o r i a , — s e g ú n se d ice ,—del P a p a , de lo cua l se d á c u e n t a al C o n -.sejo á 2 de Ju l io de 1(507.

El P . F r . A n t o n i o .Cornejo, a b a d de S a n B e n i t o

2 6 L a I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a .

el Rea l de Vallado-lid y g e n e r a l de s u o rden , p ide á F r . L u i s de S a n B e r n a r d o a v e r i g ü e la v e r d a d del c a so , y e n d o á Val lado l id , á F a l e n c i a y d e m á s p a r t e s n e c e s a r i a s , á lo que c o n t e s t a el d i c h o que , ba jo j u r a m e n t o de v e r d a d tomó d e c l a r a c i ó n del a l c a i d e m a y o r de v i l l a Murie l , J u a n de J i j ón A y a l a , e l -cual a f i rma h a b e r v i s to á F r . A n t o n i o d e S a n R o m á n en el sopor ta l del Monas t e r io de ¿Santa C l a r a de C a l a b a z a n o s por la fiesta de los R e y e s ó por el d o m i n g o ú l t i m o de c a r n a v a l de es te año (1(50(3); u n a de las veces , que no a c u e r d a á que h o r a , m a s u n a de e l las fué á las t r e s d e s ­p u é s de med io d i a , y que i b a h a c i a el t o r n o . — F i r m a d a en C a l a b a z a n o s á 13 de Marzo del d i c h o año .— Juan Qijon Ayala. -Fr. Luis de S. Bernardo. —Id. que en la c i u d a d de Va l l ado l id á 15 de M a r ­zo de 1606, rec ib ió j u r a m e n t o y d e c l a r a c i ó n del L i c . Ba r r io Osor io , a b o g a d o en la Corte y r e g i d o r de F a l e n c i a , el c u a l d i ce q u e no t i e n e p u n t u a l n o t i c i a del d i a en que fué lo q u e aqu í i r á d e c l a ­r a d o ; pero q u e sabe que u n d i a de la c u a r e s m a , m u y á s u s p r i n c i p i o s , ó en los ú l t i m o s d í a s de c a r n a v a l , c e r c a de las c u a t r o ca l les de e s t a c i u ­d a d vio a t r a v e s a r á u n mon je b e n i t o q u e le p a r e ­c ió e r a F r . A n t o n i o de S a n R o m á n , y a l a r g a n d o el paso le volvió á d a r v i s t a y l o v i ó e n u n a m u l i l l a m u y p e q u e ñ a , la c u a l el t e s t i g o conoc ió e r a la m i s m a en q u e sol ía a n d a r e n la c i u d a d , que fué p r i m e r o de Pedro de la R ú a , su p a d r e , y a u n q u e n o h a b l ó al d i c h o monje por e s t a r a l g o lejos, e r a su talle y persona menvda y en la d i c h a m u l i l l a , y le t u v o por F r . A n t o n i o de San R o m á n y q u e m u c h a s p e r s o n a s le h a b í a n v i s to ; y p r e g u n t a n d o es te t e s ­t i g o en c a s a del Condes t ab l e de Cas t i l l a , Je d i j e ron a l g u n o s c r i ados q u e h a b í a a c u d i d o al l í .— F i r ­mado—£-¿'c. Barrio Osorin.- Id. que en Va l l ado l id t omó j u r a m e n t o y d e c l a r a c i ó n de D o ñ a F r a n c i s c a d e Arce , m u j e r del L ic . Ba r r i o Osorio la q u e d i jo h a b e r v i s to e s t a n d o en c a s a de D o ñ a A n g e l a d e Z a m u d i o , v io p a s a r á u n mon je B e n i t o e n u n a

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 27

m u l i l l a m u y pequeña. , el que le pa r ec ió F r . A n ­t o n i o de San R o m á n y l l ena de a d m i r a c i ó n di jo á la Doña A n g e l a que aque l que p a s a b a e r a F r a y A n t o n i o de S a n R o m á n , á l o q u e el la le c o n t e s t ó deque se espantaba, que c a d a d i a p a s a b a por a l l í . —Firmado:—Francisca de Arce.—Id. J u a n Q u i n -t a n o , S e c r e t a r i o del Condes t ab l e de Cas t i l l a , d e ­c l a r a q u e al p r i n c i p i o de c u a r e s m a ó a l g o a n t e s fuá á s u p o s a d a el Fr . A n t o n i o de S a n R o m á n a c o m p a ñ a d o de u n g e n t i l h o m b r e a m i g o ó deudo s u y o , á lo que pa rec í a , el c u a l le c o n t a r a el d e s ­c a r g o que h a b í a hecho de sí en Roma y de los d e s ­p a c h o s q u e de allá, t r a í a y q u e le p r o p o r c i o n a s e a u d i e n c i a del c o n d e s t a b l e p a r a s u p l i c a r l e le f a ­v o r e c i e s e p a r a q u e el g e n e r a l de s u o rden le r e c i b i e s e con b e n i g n i d a d y le g u a r d a s e la g r a c i a q u e Su S a n t i d a d y el Colegio d é l a c o n g r e g a ­c i ó n le h a b í a n h e c h o , y d e s p u é s a c á no h a b í a v u e l t o á ve r l e n i s a b e r ' c o s a de ó l . - F i r m a d o — e n Yal ladol id 1(5 de Marzo, Jua>i Q.uintano ( R ú ­brica.)—/'V. Luis de Saz Bernardo.—Id. d e c l a r a -r a c i ó n en la. m i s m a forma de D o ñ a A n g e l a Z a -m u d i o íde V a l l a d o ü d ) , la que di jo h a b e r v i s t o á p r i n c i p i o de e s t a c u a r e s m a ó' a l g o a n t e s , a l P . F r . A n t o n i o de S a n R o m á n , r e l i g io so de S a n B e n i t o q u e b a j a b a con J u a n Q u i n t a n o , S e c r e t a -t a r i o del Condes t ab l e , (que v ive en la m i s m a c a s a que ella) y que pasó de l a rgo s i n h a b l a r l a , y e l la le hab ló y le p r e g u n t ó por s u s a lud , y se q u e ­j a r a de q u e h a b i é n d o l a v is to le e s c u s a s e d e h a b l a r , á. q u e ól r e s p o n d i e r a q u e a n d a b a de p r i s a — F i r m a d o —1(5 de Marzo de 1806—Doña Anqela de Zamudio. E n el m o n a s t e r i o de San Zoyl de C a r r i o n l u n e s d iez de ab r i l de 1(506, el P . F r . A lonso B a r r a n í e s , s u a b a d , d i jo : que a y e r d o m i n g o á la t a r d e estaba, F r . Zoyí n o v i c i o en el n o v i c i a d o q u e j á n d o s e y g i m i e n d o a c o n g o j a d o y afli j ido, y q u e dijo ser la. c a u s a de ello h a b e r e n t r a d o en él d i c h o n o v i c i a d o á aque l l a h o r a , Fr . A n t o n i o de ¡San R o m á n , el cua l t i e n e el A b a d p reso e n la

2S L a I n q u i s i c i ó n , ele G a l i c i a .

c á r c e l m e t i d o en u n cepo y u n a ce lda c o n c a n d a d o , y p u e s t o por s u g u a r d a y c u s t o d i a á F r . L u c a s S á n c h e z ; y por que es to ha causado in­quietud y miedo en muchos, m a n d a se h a g a a v e r i ­g u a c i ó n sobre es tos s u c e s o s y firma:— Fr. Alonso 2?«n-a«¿es.-Habiandose r ec ib ido j u r a m e n t o en for­m a á F r . L u c a s S á n c h e z , e n c a r g a d o de la Cá rce l , dec l a ró j u r a n d o sobre t m a c r u z . d e c i r ve rdad , q u e e s t a n d o es te t e s t i g o of ic iando la m i s a de N u e s t r a Seño ra , le d i j e ron Fr . Ben i to de A r a g ó n y F r a y A n d r é s R a m í r e z y el d i c h o Zoyl , nov ic io , c o m o .ayer t a r d e a n t e s de c o m p l e t a s , e s t a n d o el d i c h o nov i c io e n el n o v i c i a d o , h a b í a v i s t o en ól á F r a y A n t o n i o de S a n R o m á n ves t i do con u n s a y o a b i e r t o por u n lado y u n o s Zarafüel les de e s t a ­m e ñ a n e g r a ro tos , y q u e h a b í a j u r a d o á Dios le h a b í a de m a t a r , y q u e es te t e s t i g o , o y é n d o l e se a lboro tó , por que e s t á á s u c a r g o el g u a r d a r l e y f u i con m u c h a p r i s a á la ce lda donde e s t á p r e s o y h a b i é n d o l a ab i e r to ha l ló a l d i c h o F r . A n t o n i o de S a n R o m á n de la s u e r t e q u e le hab ía dejado la n o c h e an t e r i o r , e scep to que , como le d i j e ron del s a y o , a d v i r t i ó q u e el s a y o no estaba, como la n o c h e a n t e s , y h a b i e n d o h a b l a d o F r . L u c a s u n poco con ól, se volvió á s a l i r y cerró s u p u e r t a y fu i a t r i b u l a d o á i n f o r m a r s e m á s e n t e r a m e n t e ; y a ñ a d i ó el d i c h o nov ic io que c u a n d o vio a't F r . A n t o n i o en el n o v i c i a d o e s t a b a con los v e s ­t i d o s s o b r e d i c h o s y q u e le p a r e c i ó t e n í a u n a s e ­ñ a l á u n lado del r o s t r o y se h a b í a e s p a n t a d o y c a y ó e n t i e r r a en el d i c h o n o v i c i a d o , de m i e d o ; y q u e t e n í a c e r r a d a la p u e r t a del n o v i c i a d o y n o vio m á s al d i c h o Fr . A n t o n i o , n i po r d o n d e s a l i ó , y que todo pasó d e s p u é s de h a b e r c e n a d o todo el c o n v e n t o a n t e s de c o m p l e t a s ; y m e d i a h o r a a n ­t e s de e s to , a u n h a b í a e s t ado el t e s t i g o d e c l a r a n t e •con el d i c h o F r . A n t o n i o , y que después d e •completas t o r n ó a l lá y e s t u v o con ol o t r a vez y le dejó como sol ía de ja r le , y que a y e r , n i o t r o d i a , n i vez a l g u n a h a de jado sa l i r de l a

33rujos y A s t r ó l o g o s . 29

cárce l y p r i s i ó n al d i c h o Fr . A n t o n i o , lo cual-firma sea, ve rdad—Fr . Lucas Sánchez,—Declarando F r . Ben i to de A r a g ó n debajo de j u r a m e n t o d i j o : «que la. n o c h e p a s a d a e s t á n d o s e l e v a n t a n d o p a r a i r á jVlaytines de m e d i a n o c h e , en s u ce lda q u e e s t á en la e s c a l e r a del Nov ic i ado , y t e n i é n d o l a c e r r a d a por d e n t r o por temor que las cosas de S. Ro­mán han causado en esta casa, (como n i m a s n i m e n o s lo h a c e n a l g u n o s m o n j e s q u e la c ierran-po r e s t a m i s m a c a u s a . ) l legó Fr . Zoyl n o v i c i o , y h a b i e n d o l l amado á la p u e r t a y e n t r a d o , con tó á e s t e t e s t i g o y á F r . A n d r é s R a m í r e z q u e e s t á j u n t o con'ol e n la d i c h a ce lda lo q u e v a refer ido y q u e vo lv i endo en sí no vio n a d a y quedó d a n d o g e m i d o s y voces q u e oyó el P . P r io r s e g u n d o , e s t á n d o s e p a s e a n d o en el c l a u s t r o , y q u e h a s t a a q u e l l a h o r a h a b i a e s t a d o en la ce lda de s u m a e s ­tro^ de m i e d o , y d e s p u é s de M a y t i n e s h a s t a P r i m a e s t u v o en la ce lda de e s t e t e s t i g o s i n q u e r e r s e i r d e el la , a u n q u e es te se lo di jo m u c h a s veces y le q u i s o e c h a r por fuerza , d i c i e n d o el nov ic io q u e no e s t a r í a solo en s u ce lda de m a n e r a a l g u n a ; de t o d o lo cua l es te t e s t i g o t u v o p a v o r y e s p a n t o por h a b e r o ido dec i r a l g o des to e n o t r a s o c a s i o n e s , q u e el d i c h o F r . A n t o n i o , d e s p u é s q u e e s t á en e s t a d i c h a c a s a , h a b i a e s t a d o en Ya l l ado l id y q u e es to e s lo q u e s a b e . S u edad 23 a ñ o s . — F i r m a d o — Fr. Benito de Aragón— T o m a n d o d e c l a r a c i ó n á. F r . Zoyl , nov i c io , di jo q u e a y e r d o m i n g o a n t e s d e c o m p l e t a s á l a s se i s poco m á s ó m o n o s e s t a b a e n el n o v i c i a d o , s e n t a d o d e n t r o de s u ce ld i l l a j u n t o á la c a m a , en la m a d e r a de el la y a r r i m a d o c o n el b r a z o á la ropa de la c a m a , y v io q u e se p u s o en med io de la d i c h a p u e r t a de la ce ld i l l a u n c u e r p o q u e le pa r ec ió en la c a r a á F r . A n t o n i o - d e S. R o m á n v e s t i d o á s u pa rece r c o n u n s a y o n e g r o y u n o s z a r a g ü e l l e s t a m b i é n n e g r o s y r o t o s , q u e p o r las rod i l l a s y po r e n t r e l a s p i e r n a s se le v e i a e n b l a n c o , y no l l evaba s a y a n i e s c a p u l a r i o de m o n j e , y a b r i e n d o m u c h o los ojos y a l zando e l

30 L a I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a .

•dedo le di jo con ros t ro eno jado y voz c r e c i d a , q u e j u r a b a á Dios le h a b i a de m a t a r , y el t e s t i g o se e s p a n t ó y c a y ó en t i e r r a u n poco a r r i m a d o á la c a m a , y d e s p u é s vo lv iendo á m i r a r lo que e ra , n o vio n a d a , y sa l ió de s u ce ld i l l a d a n d o voces y g i ­m i e n d o y e n c o n t r ó á s u m a e s t r o que s u b í a por la e s c a l e r a y le con tó lo a c o n t e c i d o . P r e g u n t a d o s i se a c u e r d a s i e s t a b a desp ie r to ó d o r m i d o c u a n d o es to le a c o n t e c i ó ó s i fué a l g ú n s u e ñ o , d i j o : = Q u e u n a n o c h e de la s e m a n a a n t e s , q u e le pa r ece fué l u n e s , en la n o c h e s:>ñó q u e el d i c h o F r . A n t o n i o de 8 . R o m á n d e s n u d o , le volvió las e s p a l d a s a z o ­t a d a s , y vo lv iéndose p a r a él de c a r a a l zaba el dedo como a m e n a z á n d o l e s in h a b l a r p a l a b r a , y a q u e l l a n o c h e le pa rece fué es to t r e s ó c u a t r o veces : m a s que lo s u c e d i d o el d o m i n g o fué r e a l i d a d y e s t a b a b i e n de sp i e r t o , y que a h o r a a n d a con t a n t o m i e d o q u e en c a d a p a r t e le t i e n e p r e s e n t e y dijo ser de e d a d de 15 a ñ o s y m e d i o ( ! )—Firmado:—Fr. Zoyl Yañez.—Habiendo ped ido el Consejo e s t a t e s t i f i c a ­c i ó n al P . F r a y A n t o n i o Cornejo , A b b a d del Real Monas te r io de 'tí. B e n i t o de Va l l ado l id , y g e n e r a l de s u Orden , se e n v i a á él, con la p e d i d a al P . F r . Ge rón imo M a r t h o n A b b a d dé Monforte d e L e m o s , en r a z ó n de s abe r q u i e n dio e scape á F r . D iego H e r n á n d e z f ra i le b e n i t o , p a r a q u e se fuese del Monas t e r io sobre d i c h o de tí. B e n i t o el Rea l de Va l l ado l id , donde le p u s i e r a n preso .»

«De S a n t i a g o J u l i o 28 de 1607.-Lic. Juan Muñoz de la Cuesta.—Lic. Juan Ochoa.— (Rúbr icas ) C a r t a al C o n s e j o — I n q u i s i c i ó n dé G a l i c i a . - L e g . n ú m . 5.»

«En la I n q u i s i c i ó n de Va l l ado l id se h a c e i n s ­t a n c i a c o n t r a F r . D i e g o H e r n á n d e z de la O r d e n de S a n B e n i t o , p o r q u e s i e n d o r e l i g i o s o profeso y s a c e r d o t e se casó t » faccie ecelesice y t r a y é n d o l e p reso A n t o n i o del Cor ra l , g e n e r a l de s u o rden , y puós to le en la ce lda de F r . L u i s L e d e ñ o , P r i o r d e Va l l ado l id , con a c u e r d o d é l o s dos le d i e ron e s c a p e a c o n s e j á n d o l e q u e h u y e s e p o r q u e no fuese p r e s o .y c a s t i g a d o por el S a n t o Oficio.»

B r u j o s y A s t r ó l o g o s , 31

Se o r d e n a con e s t e m o t i v o á la I n q u i s i c i ó n d e Ga l i c i a que e x a m i n e en forma á F r . G e r ó n i m o M a r t h o n de la o rden de S a n B e n i t o , A b a d en el c o n v e n t o de Monforte de L e m o s , p a r a q u e d e c l a r e l a s p e r s o n a s q u e p o d r á n s abe r a l g o sobre e s t e a s u n t o .

«A 20 de Junio de 1607.» «Se e x a m i n ó al P . F r . A n t o n i o Cornejo r e l i g io so

de la o rden de S a n B e n i t o , g e n e r a l q u é h a s ido de l a d i c h a o rden , y m o r a d o r q u e al p r e s e n t e es de l c o n v e n t o de S a n M a r t i n de la c i u d a d de S a n t i a g o , el c u a l d i jo lo q u e v a refer ido en la c a u s a de S a n R o m á n y q u e q u i e n s a b r í a dec i r a l g o e r a F r a y F r a n c i s c o G u t i é r r e z p r e d i c a d o r y c o n v e n t u a l de la c a s a de S a n Sa lvado r de Ce lanova , de la d i c h a o rden , p o r q u e de él t u v o n o t i c i a el t e s t i g o , q u e S a n R o m á n e s t a b a en Va l lado l id , y el d i c h o G u ­t i é r r e z env ió o rden p a r a que le b u s c a r a n y le p r e n d i e s e n . »

Dice al ú l t i m o de e s t a s dos t e s t i ñ c a c i o n e s r e ­m i t i d a s al Consejo:

«Convendrá c o n s u o r i g i n a l q u e e s t á e n el L i ­b r o II de t e s t i ñ c a c i o n e s de la A u d i e n c i a , á fojas 656, de donde fué s a c a d o , de que d o y fó:

Juan de Allarado Palacio, S e c r e t a r i o . — R ú b r i c a —Los i n q u i s i d o r e s de G a l i c i a a l S u p r e m o Con- , se jo .

3 2 L a I n q u i s i c i ó n d o O a l i c i a .

Ana Eodriguez

F l l . G 1ЛС1 n л ( P O N T E V E D R A ) . — 4 6 0 9

E n es te aun de 1(509 el I n q u i s i d o r de Gal ic i a Dr. D o n J u a n de Ochoa h izo s u v i s i t a por todo el o b i s p a d o de T u y y villa de P o n t e v e d r a ; y e n t r e las d e l a c i o n e s y c a u s a s que empezó á i n s t r u i r , f i g u r a la de A n a R o d r í g u e z , v i u d a , v e c i n a de F r e i r á ó de la B a r r a de F o l g u e i r a , t i e r r a de S a n M a r t i ñ o , que con es tos n o m b r e s figura en dos p i e z a s d i s t i n t a s d e s u proceso .

V a r i o s t e s t i g o s a c u s a n á e s t a muje r de los s i g u i e n t e s de l i tos :

El p r i m e r o dice q u e t e n i e n d o á s u h i jo g r a v e ­m e n t e enfermo, y h a b i e n d o oido la f a m a de la h e c h i c e r a , se e n c a m i n ó á s u c a s a , r o g á n d o l a q u e a c u d i e s e en socor ro del p a c i e n t e , y la t í a bruja., no sólo a d i v i n ó en el a c t o c u á l de los i n d i ­v i d u o s de su f ami l i a e ra el enfe rmo, s ino el m a l q u e le p o s t r a b a uy todo lo que tenia en casa, cofres y rincones,» m a r a v i l l o s a . a d i v i n a n z a á l a q u e a ñ a ­d ió que el la sab r í a en breve q u i e n e ra la b r u j a q u e h a c í a p a d e c e r al j oven .

P r e c e d i é n d o s e l u e g o á la c u r a c i ó n m i s t e r i o s a , y a c o n s t i t u i d a la reo á la c a b e c e r a del enfe rmo , h i z o que le t r a j e sen u n a e s c u d i l l a de a g u a d o n d e e c h ó u n p u ñ a d o de sa l y t r e s c a r b o n e s e n c e n d i ­d o s ; y a l u m b r a n d o la e s c e n a n o c t u r n a la l uz de u n a ve la de ce ra b e n d i t a q u e t e n í a en l as m a n o s una joven doncella, d e r r a m a b a g o t a s de aquella, c e r a en el a g u a de la escud i l l a , d i c i e n d o :

—«¡Parece a q u í , l ad rón ! ¡ ladrón , p a r e c e a q u í ! ¡di, l a verdad!» •

De e s t a s y o t r a s v a r i a s c e r e m o n i a s q u e d e c l a r a el t e s t i g o , h a b í a r e s u l t a d o aque l l a n o c h e el s a b e r s e c ó m o e n el l u g a r h a b í a dos h e c h i c e r a s m a l i g n a s q u e q u e r í a n mal y se v e n g a b a n del enfe rmo y d e

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 3 3

t o d o s s u s p a r i e n t e s , pero e s p e c i a l m e n t e del t e s ­t i g o .

No h a b i e n d o r e c u r r i d o és te á o t ro s m é d i c o s y s i endo g r a v e el m a l , supónese sob rev ino el f a ­l l e c i m i e n t o del h i jo y con él l as d e l a c i o n e s de e s t e h o m b r e y de s u f ami l i a c o n t r a e s t a y o t r a s b r u j a s de la comarca, . P a r a e s c a r m i e n t o de i n ­c a u t o s , m á s d i g n o s q u e A n a R o d r í g u e z e r a n de l a s c á r c e l e s s e c r e t a s y de las e n s e ñ a n z a s del c l e r o , e s tos d e l a t o r e s .

El s e g u n d o t e s t i g o consul taba , t a m b i é n c o n l a f a m o s a c u r a n d e r a la d o l e n c i a de o t r a p e r s o n a de s u f ami l i a . A d i v i n ó y d e s c u b r i ó A n a c u á l e r a l a b r u j a del l u g a r q u e le h a c i a aque l d a ñ o ; y p a r a a l i v i a r l e de t a l e s m o l e s t i a s , o rdenó que e r a n e c e ­s a r i o , no d e s c u b r i e n d o el i n t e n t o , a d q u i r i r u n a c a m i s a de la t a l b r u j a p a r a q u e , por m e d i o de e l la , r e c i b i e s e el c o n d i g n o c a s t i g o . A n a m i s m a se e n ­c a r g ó de a d q u i r i r l a con d i n e r o . Dio, s i n d u d a , u n a d e las s u y a s , y c i e r t a m a ñ a n a m u y t e m p r a n o , c o l o c a d a la pobre camisa , de la. s u p u e s t a b r u j a e n el u m b r a l de la c a s a de la enferma, e m p e z a r o n á m a ­z a r l a c o n g r a n d e s pa lo s , a s e g u r a n d o la c u r a n d e ­r a q u e n o t a r d a r í a la re fe r ida b r u j a e n v e n i r p o r a l l í q u e j á n d o s e d e s g r e ñ a d a , o la h a l l a r í a n m u e r t a e n s u c a s a .

No d i c e el p roceso s i es to se verificó,- ó s i l a e n f e r m a del s e g u n d o t e s t i g o recobró la salud;: p e r o es de p r e s u m i r u n de sen l ace t a m b i é n funes to c o n e s to s m é t o d o s de c u r a r , c u a n d o la j u s t i c i a , r e c i b í a e s t a s d e l a c i o n e s de los m a l c o n t e n t o s que, , e n o t ro ca so , no t e n d r í a n l u g a r de n i n g ú n m o d o , a n t e s al c o n t r a r i o los é x i t o s a u m e n t a r í a n la f a m a y la v i r t u d de la c u r a n d e r a b r u j a A n a R o d r í g u e z .

U n c l é r i g o es el t e r c e r o de los t e s t i g o s de c a r g o c o n t r a la e m b a u c a d o r a ; y en es tos p r o c e s o s 110 se e s c r i b e n j a m á s , por m o t i v o a l g u n o , s e g ú n l a i n s t r u c c i ó n , los n o m b r e s d é l o s t e s t i g o s ; d e m o d o q u e el s ec re to , a l c a n z a n d o t a m b i é n á los a r c h i v o s y á la h i s t o r i a e s c r i t a , n o s i m p i d e d e s -

31 L.» Inquisición cío Galicia.

c u b r i r g r a n d e s r a n ú ñ e a c i o n e s y c i r c u n s t a n c i a s . Di jo el i n c ó g n i t o e c l e s i á s t i c o , que u n a n o c h e

h a b i a t e n i d o u n g r a n e s p a n t o con u n a a p a r i c i ó n de e s p í r i t u s del otro mundo, ó d i fun to s , q u e le v e ­n í a n á r e q u e r i r , c e r ca del c e m e n t e r i o y a t r i o d e l a i g l e s i a , tíe re fug ió h u y e p d o , el s a c e r d o t e , e n c a s a de la b ru j a , con i n t e n c i ó n de que le t r a n q u i ­l i z a s e y a d i v i n a s e aque l e x t r a o r d i n a r i o s u c e s o . H i z o é s t a al m o m e n t o la c e r e m o n i a de la e s c u d i ­l l a , c a r b o n e s y g o t a s de ce ra , t e n i e n d o po r v i r g e n q u e s o s t e n í a la ve la á u n a s o b r i n a s u y a , y r e s u l t ó q u e el f a n t a s m a no e r a s ino el a l m a a p a r e c i d a d e o t ro c l é r i g o q u e h a b i a m u e r t o h a c i a c u a t r o a ñ o s , d i c ióndo le la b r u j a A n a q u e d e b i a g u a r d a r s e m u ­c h o de é l , p o r q u e andaba por matarle.»

Mal c o m p r e n d í a n A n a y el c l é r i g o , por lo q u e a p a r e c e , lo q u e son las a l m a s ó los e s p í r i t u s ; p e r o e n t e n d í a n peor las e n f e r m e d a d e s . El c l é r i g o , y a t r a n q u i l i z a d o de s u e s p a n t o , c o n s u l t ó s e g u i d a ­m e n t e el m a l que a q u e j a b a á s u m a d r e en u n o jo , y r ec ib ió la r e s p u e s t a de s i e m p r e , i n v a r i a b l e e n Ana: «aquel lo lo c a u s a b a o t r a b ru j a ; pe ro e l l a a c a b a r í a c o n la c a u s a y c o n el efecto.»

D e b i a n h a l l a r s e e n és to c l é r i g o y h e c h i c e r a s e n t a d o s t r a n q u i l a m e n t e en el h o g a r , al a m o r d e l a l u m b r e , p o r q u e A n a E o d r i g u e z p u s o en p r á c ­t i c a s i n d i l a c i ó n a l g u n a el c a s t i g o y m u e r t e a f r en tosa de la b r u j a e n e m i g a y la c u r a c i ó n d e l ojo de la p a c i e n t e c o n s u l t a d a .

P a r a es to comenzó , d e l a n t e del ilustrado s a c e r ­do te ó lo q u e fuese, á b a r r e r f u r i o s a m e n t e el h o g a r c o n un r a s t r i l l o de l i n o , d i c i e n d o q u e de a q u e l l a m a n e r a a t o r m e n t a b a á la b r u j a , y q u e l u e g o l a m a t a r í a a p a g a n d o el fuego con a g u a b e n d i t a .

U n a m u j e r es t e s t i g o c u a r t o en es te p r o c e s o . D i c e q u e c o n s u l t a n d o á la reo a c e r c a de c i e r t o m a l e s t a r q u e p a d e c í a s u m a r i d o , A n a re f lex ionó b r e v e t i e m p o , y d e s p u é s , f a b r i c a n d o u n a ve l a d e c e r a , l a r g a y d e l g a d a , se l a dio á la t e s t i g o , a c o n ­s e j á n d o l a se la c i ñ e s e o c u l t a m e n t e al c u e r p o , y

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 3 5

-con el la c e ñ i d a , d e s p u é s de d o r m i r con s u m a r i d o aque l l a n o c h e , vo lv ie se al d i a s i g u i e n t e por l a r e s p u e s t a .

Verif icado é s to , y vo lv i endo l a ce losa ó a c o n ­g o j a d a c lh jn te con la ve la , d e s p u é s de h a b e r d o r ­m i d o con su esposo , se h i z o la c e r e m o n i a de l a e scud i l l a , r e s u l t a n d o , s e g ú n c á l c u l o s m i s t e r i o s o s , q u e e r a n , n a d a m o n o s q u e dos b r u j a s , dos m u j e ­r e s l l a m a d a s Teresas l as q u e h a c í a n m a l ó e n t r e ­t e n í a n á aque l h o m b r e ; pe ro que r e g a n d o con el a g u a de a q u e l l a e s c u d i l l a los u m b r a l e s de l a s p u e r t a s e n las c a s a s de t a l e s m u j e r e s , h a b í a de d e s a p a r e c e r el m a l , y volver la paz al h o g a r y el a m o r á los e sposos .

De e s t a s p r e o c u p a c i o n e s c a u s a d a s g e n e r a l m e n ­te por los c e l o s , r e s u l t a n e n G a l i c i a , h o y d i a , m u l ­t i t u d de c a s o s s e m e j a n t e s : v i v i e n d o á c o s t a de la

• c r e d u l i d a d p ú b l i c a a ú n b a s t a n t e s de e s t a s b r u j a s c u r a n d e r a s , a d i v i n a d o r a s ó meigas de las carias, s i b i e n h a y que a g r a d e c e r l e s q u e t o d a s s u s m e d i -

• c i n a s son g e n e r a l m e n t e i n o f e n s i v a s , c o m o la v e ­la , el m e c h ó n de pe lo , la p r e n d a de r o p a del m a r r i d o , l a l a n a ó p l u m a de l co l chón , la s a n g r e de l g a t o n e g r o , la p i e d r a de a r a , y o t r a s s u s t a n c i a s n o m u y a g r a d a b l e s , p e r o n o p e l i g r o s a s , q u e s e m e z c l a n en la c o m i d a de los i n g r a t o s a m a n t e s ,

• c u i d a n d o po r lo t a n t o de q u e no p e r j u d i q u e n á s u s a l u d , c o n t r a la c u a l , p o r m u y i r r i t a d a y m a l t r a ­t a d a q u e fuere, no c o n s p i r a r á , á s a b i e n d a s , n i n ­g u n a m u j e r g a l l e g a .

Ot ros t e s t i g o s d e p o n e n c o n t r a A n a R o d r í g u e z q u e p a r a c a u s a r enfe rmos los s a h u m a b a con u n a y e r b a que l l a m a n Túnez, y q u e o t r a s veces i n v o ­c a b a los d e m o n i o s y se d a b a á e l los .

E n es te e s t a d o la c a u s a , v ino o t r a t e s t i f i c a c i ó n (y fo rma l a s e g u n d a p i eza del p roceso) , d o n d e s e a c u s a á e s t a reo q u e p a r a c u r a r o t ro enfe rmo g r a ­ve q u e h a b í a fa l lec ido , o r d e n a r a r e u n i r d iez y

•ocho m a n o j o s de y e r b a s de o t ro s t a n t o s c e m e n ­t e r i o s y u n a p i e d r a de c a d a u n o d e ellos y d o s

3 6 L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

g u i j a r r o s m á s , de dos p u e n t e s po r d o n d e hubiesen pasado obispos; y t o d a s e s t a s p i e d r a s y y e r b a s c o ­c i d a s , t i r a s e n u n o de los g u i j a r r o s de la p u e n t e aba jo , d i c i e n d o :

— Vele, tú, dolor, fuera de fulano..*; enfretica-menlo y aire malo se vaya á las peñas Óbiñas por la gracia de Dios y de la virgen Maria.

L u e g o con el c o c i m i e n t o de y e r b a s y p i e ­d r a s de los diez y ocho c e m e n t e r i o s s a h u m a b a á los en fe rmos , r e p i t i e n d o s i e m p r e las c e r e m o n i a s de la e scud i l l a .

E n el d ía 1." de Feb re ro al s i g u i e n t e de la a u ­d i e n c i a donde se r ec ib ió e s t a ú l t i m a t e s t i f i c a ­c ión , sufr ió A n a R o d r i g u e z el t o r m e n t o de l a m a n c u e r d a , donde se d e s m a y ó ; y c o n t i n u á n d o s e a l d i a s i g u i e n t e , h u b o de s u s p e n d e r s e de n u e ­vo por el p e l i g r o de s u v i d a y ser m u y d e l i c a ­d a , no o b s t a n t e q u e , p i d i e n d o m i s e r i c o r d i a a l t r i b u n a l , confesó ser v e r d a d de c u a n t o la a c u ­s a b a n .

Mar ía sa l ió á u n a u t o de fó, en la c a t e d r a l , sobre u n t a b l a d o , en la m i s a m a y o r de u n d o ­m i n g o y con i n s i g n i a s de b ru j a . Leyóse le al l í l a s e n t e n c i a , y s a l i e n d o por las ca l l e s , d e s n u d a s l a s e s p a l d a s , r e c i b i ó cien atotes á la voz de p r e ­g ó n , d e s t e r r á n d o s e l a de S a n t i a g o y la F o l g u e i r a p o r t r e s a ñ o s .

Catalina de Eegueira

G U U I A R A E S (PORTUGUESA).—1609

V e c i n a e n S a n t a Mar ía de G u i m a r e a s y c a s a d a con el h o n r a d o l a b r a d o r Alonso B a r b a , v i v i a C a ­t a l i n a de R e g u e i r a c u a n d o fué s o r p r e n d i d a en s u d o m i c i l i o en la n o c h e del d iez de ene ro de 1609, p o r la j u s t i c i a y s e p a r a d a de s u esposo; d e s a l o j a -d a y c o n f i s c a d a s u c a s a y d e m á s h a c i e n d a , y t r a s -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 3T

laclada la d e l i n c u e n t e á l as cá r ce l e s s e c r e t a s de l tíanto Oficio, en v i r t a d de u n a d e n u n c i a q u e n o p o d í a s o s p e c h a r s e en r a z ó n a l g u n a .

C u a n d o pocos d i a s d e s p u é s t u v i e r o n con e l l a los i n q u i s i d o r e s la p r i m e r a a u d i e n c i a , l u e g o d e h a b e r l a p r e g u n t a d o s i s o s p e c h a b a la c a u s a de s u . e n c a r c e l a m i e n t o , á lo que c o n t e s t ó n e g a t i v a ­m e n t e , la h i c i e r o n saber q u e e s t a b a a c u s a d a d e b r u j a y de que matada los niños]

U n a v e c i n a s u y a , á q u i e n le h a b í a m u e r t o u n o , se c o n s t i t u y ó en de l a to ra ; p o r q u e s e g ú n o p i n i ó n d e las m a d r e s i g n o r a n t e s e n n u e s t r o s p u e b l o s , h o y m i s m o , n o es pos ib le que fal lezca ó en fe rme g r a v e m e n t e u n n i ñ o s i n í po r la enoidia ó el m a l de ojo de las meigas, s u s v e c i n a s .

U n a e s c e n a f a n t á s t i c a pod ía p i n t a r s e c o n l a s d e c l a r a c i o n e s de e s t a v e c i n a y de s u c r i a d a , s i f ue r an m á s c l a r a s y p u d i é r a m o s c o m p r e n d e r t o ­do s u s e n t i d o , b i e n o s c u r o por c i e r t o , c u a n d o n o e x t r a v a g a n t e .

D i c e n q u e e n la n o c h e en q u e fa l leció el c i ­t a d o n i ñ o de c o r t a edad , y h a d á n d o s e á o s c u r a s el a p o s e n t o , se habían peleado las dos con una perso­na en carnes, que al principio les pareció como galgo y que después la vieron ir cubierta con una sábana.»

Tal ós, t e x t u a l m e n t e , el ú n i c o i n d i c i o de q u e a q u e l l a persona en carnes, que era un galgo en un principio, deb ía ser d e s p u é s C a t a l i n a , la b r u j a ' v e c i n a q u e le h a b í a c a u s a d o l a e n f e r m e d a d y m u e r t e del q u e r i d o n i ñ o .

S e m e j a n t e s s u e ñ o s y d i s l a t e s , y t a l e s j u s t i c i a s a p o s t ó l i c a s q u e los a c o g i a n y p a t r o c i n a b a n c r é ­d u l a m e n t e , sólo p u d i e r a n i n s p i r a r l á s t i m a y de sp rec io , sino hubiese por medio p sobre el hogar des­truido y las familias arruinadas el cebo de los bienes confiscados, con ios cuales se enriquecían estos jueces ¿eclesiásticos á costa del embrutecimiento de los pueblos.

SS L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

Alonso Perez

TUY.—1609

H a l l á n d o s e el i n q u i s i d o r . L i c e n c i a d o T). Juan-O c h o a , v i s i t a n d o la c i u d a d de T u y , le fué d e n u n ­c i a d o es te reo como bru jo , con p a c t o con el d e ­m o n i o , g r a n profe ta y a d i v i n o .

B u s c a b a las p e r s o n a s q u e con s u s odios y e n ­v i d i a s c a u s a b a n d e s g r a c i a s y en fe rmedades i n ­d i c a n d o los m e d i o s "de c u r a r é s t a s y v e n g a r s e -de a q u e l l a s , va l i éndose de c i e r t a s c e r e m o n i a s c o ­m u n e s en s u época e n t r e l a s g e n t e s de s u oficio. P o c o n u e v o p o d e m o s d e c i r sobre e s t a s c a u s a s , s i no los a c c i d e n t e s del p roceso , y los d a t o s a u ­t é n t i c o s p a r a la h i s t o r i a .

I n t r o d u j o . n o o b s t a n t e , l as s i g u i e n t e s v a r i a ­c i o n e s :

E n el a g u a de la e s c u d i l l a , s e g ú n los t e s t i g o s , d e j a b a cae r m u c h o s m a r a v e d i s e s de cobre y r o c i a ­b a la c a s a c o n e l l a , v a l i ó n d o s e d e r a m a s d e ' r u d a , y n o de o l iva , y d i c i e n d o , en l u g a r del Pater noUe'r: —«¡Jesús! en el n o m b r e de Jesús !»—y e s c u p i e n ­do á las p a r e d e s y á los t e c h o s , m u r m u r a n d o e n t r e d i e n t e s p a l a b r a s n o c o m p r e n s i b l e s . E s t a e r a t o d a s u c i e n c i a de c u r a r .

Los m a r a v e d i s e s de cobre , y a secos e n el fon ­d o de la e s c u d i l l a , p r o c u r a b a echa r lo s en par te-d o n d e n u n c a p a r e c i e s e n — p r o b a b l e m e n t e en s u bols i l lo , - y a d i v i n a b a por e s t e m e d i o q u i é n q u e ­r í a b i e n ó m a l á l a s p e r s o n a s , d e n u n c i a n d o á i n o ­c e n t e s y a r m a n d o g r a n g u e r r a e n t r e l a s fa ­m i l i a s .

R e b a u t i z a b a á l o s n i ñ o s , c o m o t o d o s l o s b r u j o s ' d e s u época , l avándo los c o n el a g u a de la e s c u d i ­l l a m i l a g r o s a ; pero en e s t e c a s o , q u e y a t o c a á las c a u s a s de fe y de j u d a i s m o , ( a u n q u e es t a m b i é n d e ­l i t o de s u p e r s t i c i ó n y profecía ,) la e s c u d i l l a se-

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 3fl

l l e n a b a de m o n e d a s ó j o y a s de p l a t a y de o r o p a r a q u e t u v i e s e g r a n f o r t u n a el r e c i e n n a c i d o .

A lonso Pérez e r a v e c i n o d e la c i u d a d de T u y y fué c o n d e n a d o á r e c o n c i l i a c i ó n con s e c u e s t r o y d e s t i e r r o .

Dominga Pomtio

PAPROX.—161«

A 22 de D i c i e m b r e de 1(512 el t r i b u n a l de la I n q u i s i c i ó n de G a l i c i a r e m i t i ó a l Conse jo , e n c o n s u l t a , el p roceso de e s t a m u j e r , v e c i n a d e P a d r ó n .

C u r a b a á los h o m b r e s y á los g a n a d o s ; d a b a n ó m i n a s c o n t r a los celos y predecís* la s u e r t e f u ­t u r a ; pero mataba lo? niFiosl

El p roceso n o a p a r e c i ó , por m a s q u e d i l i g e n ­t e m e n t e lo h e m o s p r o c u r a d o b u s c a r en el a r c h i ­v o del Conse jo , c a s t i l l o de S i m a n c a s , s i n d u d a p o r h a b e r s e devue l t o i n f o r m a d o . Apa rec ió s o l a ­m e n t e la c a r t a de r e m i s i ó n con e s t a fecha , d o n d e d i c e n los i n q u i s i d o r e s lo s i g u i e n t e :

«Los c o n s u l t o r e s - n o s e n c a r g a r o n q u e a v i s e ­m o s á U . S. q u e e s t e r e i n o e s t á m u y i n f a m a d o d e e s t e g é n e r o de m u j e r e s , y por e x p e r i e n c i a s e ven los d a ñ o s que c a d a d i a h a c e n , a n s í e n los h o m b r e s y c r i a t u r a s como en los g a n a d o s . »

Marta Fernandez

R E Q U E U O . — I O I 8

E s t a m u j e r , s o l t e r a y d e edad de 50 a ñ o s , v i ­v í a e n el l u g a r de Reque i jo , c u a n d o los i n q u i s i d o ­r e s h i c i e r o n la v i s i t a de 1(518 y fué d e l a t a d a p o r

4 0 Híci Ixicxuisicióxx de Galicia.

los v e c i n o s , como f amosa c u r a n d e r a , e m b u s t e r a y meiga.

A b i e r t a la i n f o r m a c i ó n , m a n d ó s e p r e n d e r y s e c u e s t r a r s u s . b i e n e s . Tuvo c o n t r a e l la nueve; t e s t i g o s que d e c l a r a n los s i g u i e n t e s c a s o s :

El p r i m e r o de los de l a to re s es u n l a b r a d o r q u e t e n í a u n a vaca enfe rma , y s o s p e c h a n d o , s e g ú n c o s t u m b r e de la g e n t e i g n o r a n t e , q u e las b r u j a s le c a u s a b a n aque l p a d e c i m i e n t o , l l amó á M a r t a p a r a q u e la c u r a s e . E r a g e n e r a l e n t r e e s cá s m u j e r e s la c e r e m o n i a de la e s c u d i l l a de a g u a , q u e t a m b i é n h izo Mar ta , d e r r a m a n d o en e l la t r e s ó c u a t r o g o t a s de ce ra ; pe ro con la p a r t i c u l a ­r i d a d de q u e al ver i f icar lo , d i c i e n d o al t e s t i g o q u e m i r a s e en la e s c u d i l l a l as p e r s o n a s q u e le h a c i a n el m a l á ia v a c a , d ícese a p a r e c i e r o n e n la. superf ic ie del a g u a t r e s figuras de mu je r y o t r a de un h o m b r e , y que t o d a s conoc ió el t e s t i g o y di jo s u s n o m b r e s , y como e s t a b a n en la comarca , c o n g r a n d e o p i n i ó n de b ru j a s , lo m i s m o q u e la. a c u s a d a .

El s e g u n d o t e s t i g o di jo q u e e s t a n d o e n f e r m o ól m i s m o y s o s p e c h a n d o le h a b r í a n h e c h o , p a r a

\ e l l o , a l g u n o s h e c h i z o s l l amó á Mar t a p a r a q u e los c o n j u r a s e . P id ió e s t a h a r i n a de t r i g o y d e el la h izo u n a g r a n ro sca d e n t r o d é la cua l m a n ­d ó al enfermo q u e m e t i e s e s u s dos p i e r n a s en. c r u z . E n t a n t o comenzó la c e r e m o n i a conoc ida , d e la e s c u d i l l a y c e r a b e n d i t a , m u r m u r a n d o o r a c i o n e s i m c o m p r e n s i b l e s h a s t a que e n el aguas apa rec ió la figura de la p e r s o n a q u e c a u s a b a el d a ñ o al en fe rmo.

El t e s t i g o t e r ce ro a c u d i ó á Mar t a po r c o n s u l ­t a r u n a v a c a y d e c l a r a lo m i s m o de la e s c u d i l l a , a ñ a d i e n d o q u e Mar t a h a b i a i n t r o d u c i d o e n e l a g i t a la ve la de ce ra que. e s t a b a m u e r t a y ha— h e r í a s a c a d o e n c e n d i d a po r t r e s veces c o n g r a n a d m i r a c i ó n s u y a .

El t e s t i g o c u a r t o , u n a m u j e r c a s a d a , d e c l a r a : q u e no p u d i e n d o p a g a r el deb i t o al e sposo , y e r e -

3 3 r u j o 6 y A s t r ó l o g o s . 41

. yéndose h e c h i z a d a , a c u d i ó á Mar t a p a r a q u e l a el fado. P id ió e s t a reo h a r i n a , y h a c i e n d o

dos r o s c a s de t r i g o , m a n d ó q u e la m u j e r y el m a ­r i d o m e t i e s e n u n a p i e r n a c a d a u n o en s u r o s c a , e n ta.nto p r a c t i c a b a la c e r e m o n i a de la e s c u d i l l a d o n d e a s e g u r ó e s t a b a v i endo la p e r s o n a a u t o r a de los h e c h i z o s , pero que ellos no v e í a n n a d a . L u e g o la b r u j a les h a b í a h e c h o beber el a g u a d e l a e scud i l l a , r e p i t i e n d o e s t a s o p e r a c i o n e s con los d o s esposos n u e v e m a ñ a n a s c o n t i n u a s . Con u n poco de ce r a del cirio pascual, i n c i e n s o y o l i v a b e n d i t a del r a m o del d o m i n g o de Pas ión , c o n s ­t r u y ó u n a c ruz , envo lv ió la en u n o s m a n t e l e s l i s ­t a d o s , y la colocó en la c a b e c e r a de la c a m a , e n ­c a r g á n d o l e s q u e n o la q u i t a r a n h a s t a de al l í á m u c h o s d i a s ; y h a b i é n d o l o h e c h o as í los e sposos , con f i e san q u e se h a l l a r o n b u e n o s y q u e h a b í a n p o d i d o p a g a r s e el d é b i t o .

O t r a mu je r , t a m b i é n c a s a d a , t es t i f ica e n e s t a •causa de cómo dos m e s e s a n t e s de la p r i s i ó n d e Mar t a , h a l l á n d o s e del m i s m o caso en fe rma y c o n l a i m a g i n a c i ó n de q u e la h a b í a n dado h e c h i z o s , a c u d i e r a á l l a m a r á la reo , por ser p ú b l i c o q u e s a b í a h a c e r l o s y d e s h a c e r l o s . H a b i e n d o l l e g a d o l a a c u s a d a h e c h i c e r a , e s c r i b i e n d o en u n pape l -c ie r tas p a l a b r a s se las dio á u n h o m b r e , d i c i e n d o a l a en fe rma que , s i el m a l c o n t i n u a b a , se l a s h a b í a de p e d i r á aque l h o m b r e y dec í r se l a s á s u m a r i d o , p o r q u e t a m b i é n e s t a b a h e c h i z a d o . E j e ­c u t ó l o as í la t e s t i g o , y vio que l a s p a l a b r a s d e ­c í a n lo s i g u i e n t e :

—Ansí como Nuestra SeTwra parió virgen y sin parto y sin fuerzas de este hombre, ansí yo se las llie-•ve; y ansi como Nuestro Señor Jesuchrislo nació sin parto y sin fortuna, ansi fulano tenga que ver con­migo y no con otra ninguna.»

A s e g u r a n d o Mar t a q u e e s t a o r a c i ó n d e s h a ­r í a el h e c h i z o • y se r ía u n t a l i s m á n s e g u r o p a r a q u e s u esposo le p a g a s e el d é b i t o , la t e s t i g o d e ­c l a r ó q u e se la h a b í a d i c h o por dos veces a i m i s m o .

42 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

O t r a mu je r , t e s t i g o o c t a v o , d e c l a r a que t e ­n i e n d o c i e r t a p e r s o n a t r a t o s i l í c i tos con o t r a , p i ­d ió r e m e d i o s á la reo p a r a c o n s e g u i r a p a r t a r l o s , y q u e Mar ta le dio e n t o n c e s por e s c r i t o c i e r t a s p a l a b r a s al m a r i d o de la t e s t i g o , a s e g u r a n d o q u e s i é s t e se las d i jese a la p e r s o n a que q u e r í a n a p a r t a r de la re fer ida mu je r , no se vo lver ía a c o r ­d a r de el la .

Los d e m á s t e s t i g o s d e c l a r a n a u t o s de e^ ta m i s m a n a t u r a l e z a .

H a s t a el 14 de Feb re ro del a ñ o de 1622 no v o l ­v e m o s á e n c o n t r a r n o t i c i a de e s t e p roceso , n i h u b o de c o n t i n u a r s e l a - in fo rmac ión de 1618.

«Vís tose—dice en a q u e l l a fecha,— fué t r a í d a á la p r i m e r a a u d i e n c i a d o n d e p id ió m i s e r i c o r d i a d i c i e n d o q u e n o h a b í a h e c h o cosa m a l a ; y l u e g o confesó h a b e r c u r a d o u n a m u j e r con u n a o r a c i ó n l a r g a q u e refirió (y es d e las q u e sue len d e c i r e s t a s e n b u s t e r a s . ) y q u e se la enseñó s u m a d r e y c u r a b a con el la m u c h a s en fe rmedades , y á Ios-c a s a d o s q u e n o p o d í a n p a g a r s e el déb i to , los-desligaba d i c ióndo l a , y m e t i é n d o l e s j u n t a m e n t e los p i e s d e r e c h o s e n u n a r o s c a q u e les h a c í a d e p a n d e t r i g o , y dio s u g e n e a l o g í a y dec la ró se r c r i s t i a n a v ie ja , y no supo de la d o c t r i n a m á s deL Pater nosler, y el Ave María y el Credo , m a l d i cho .»

E n los d i a s 16 y 17 figura la m o n i c i ó n del t o r ­m e n t o á q u e se su je tó e s t a reo Mar ta Fe rnandez , , d e c l a r a n d o en él a l g u n a s de las p e r s o n a s q u e h a ­b í a c u r a d o y d e s l i g a d o .

«El d i a 19 ,—te rmina la n o t a r e m i t i d a al S u ­p r e m o C o n s e j o , — c o m u n i c á n d o s e con s u abogado* se rec ib ió la c a u s a á p r u e b a , y en 7 de Abr i l c o n ­c l u y ó d e f i n i t i v a m e n t e , y fué v o t a d a á ser r e ­p r e n d i d a g r a v e m e u t e y d e s t e r r a d a po r t r e s a ñ o s d e s u l u g a r , (Kequeijo) y de la c i u d a d de S a n t i a ­g o ; lo c u a l se e jecu tó én 9 de d i c h o m e s v a ñ o . » (1622).

B r u j o s y A s t r ó l o g o s .

Catalina Pernas

SANTA M A R Í A DE C E L A , (PONTEVEDRA.)—

Pedro d a P o n t e y C a t a l i n a P e r n a s , s u m u j e r , vi— v i a n h o n r a d a m e n t e en la fe l igres ía de S a n t a María d e Cela, e j e rc i endo el esposo su oficio de z a p a t e r o . T e n í a n u n a h i j a , c u y a h e r m o s u r a fué la d e s d i c h a d e s u s p a d r e s , p u e s e n a m o r a d o de ella u n Comisario del Santo Oficio, comenzó ¡i p e r s e g u i r l a ; y va l i do de­s ú s fueros y del t e m o r que i n s p i r a b a el t e r r i b l e y pode roso t r i b u n a l de la F e . no dudó u n m o m e n t o e n l l a m a r á la m i s m a C a t a l i n a s u m a d r e , y con. a l h a g o s , p r i m e r o , y con a m e n a z a s d e s p u é s , p r o c u ­ró i n d u c i r l a d e s c a r a d a m e n t e á que fuese tercerapa-•racon su hija, lleoándosela á su casal ¡A ta l e x t r e m o h a b i a l l egado la i n s o l e n c i a de los j u e c e s y f a m i ­l i a r e s , y la m o r a l i d a d de la j u s t i c i a r e l i g i o s a !

. C a t a l i n a P e r n a s se i n d i g n ó y se r e s i s t i ó v a l e ­r o s a m e n t e á e n t r e g a r la h o n r a de s u h i ja , pero fué p r e s a y d e l a t a d a por el d i c h o c o m i s a r i o á la I n ­q u i s i c i ó n de S a n t i a g o , s u p o n i e n d o de l i t o s de h e ­c h i c e r í a .

Sepa róse la a r b i t r a r i a m e n t e de s u h o n r a d o m a ­r i d o y de s u h i j a , (que q u i z á , s i n s u a p o y o c a e r í a e n b r a z o s del i m p u d e n t e Comisa r io , ) á m e d i a d o s d e J u l i o , i n g r e s a n d o en las cá r ce l e s s e c r e t a s el d i a 2 0 del m i s m o m e s del a ñ o 1621;todo és to , c o m o d e c o s t u m b r e , d e s p u é s del r i g o r o s o s e c u e s t r o de b i e n e s , se l l ada y cerrada, la c a s a , d e p o s i t a d o s Ios-b i e n e s , y p u e s t o en m e d i o de la ca l l e el pobre a r ­t e s a n o Pedro d a P o n t e y á s u h i j a , i n f a m a d o s po r el d i c t a d o de b r u j a que se dio a l a b u e n a m a d r e C a t a l i n a P e r n a s .

T e n í a es ta reo c i n c u e n t a a ñ o s de edad , y a c u ­d i e r o n á. la a u d i e n c i a n a d a m e n o s q u e 21 t e s t i g o s d e c a r g o , l levados por el i n f a m e C o m i s a r i o .

A n o t a r a q u í t o d o s los desp ropós i tos y extraños--

41 L a I n q u i s i c i ó n el© G a l i c i a .

•embustes de q u e i b a n p r e v e n i d o s y e n s a y a d o s e s ­t o s t e s t i g o s , (que solo al t e m o r y al poder del c a ­c i q u e obedec ían) ser ía cosa m u y e x t e n s a ; a p u n ­t a r e m o s sólo los p r i n c i p a l e s .

C o n t e s t e s e n a f i rmar todos a p a r e c e r como p ú ­b l i co y n o t o r i o que C a t a l i n a e ra b r u j a - h e c h i c e r a y q u e , como á t a l , a c u d í a n de d i v e r s a s p a r t e s á p e d i r l a r emed ios p a r a que c u r a s e en fe rmedades y d e s h i c i e s e h e c h i z o s , a ñ a d i ó u n t e s t i g o q u e t e n í a l a c o s t u m b r e de dec i r e s t a reo . -«Re/iego de Dios é de seiís saulosl» y que t a m b i é n r e n e g a b a de n u e s ­t r a S a n t a Fó y del ánge l de la G u a r d a , c a r g o s y a m á s que suf ic ien tes p a r a la h o g u e r a .

Otros d i je ron que C a t a l i n a , del z u m o de v a r i a s y e r b a s y m e z c l a n d o i n c i e n s o , h a c í a y d a b a á bebe r m e d i c i n a s , d i c i e n d o e n t r e d i e n t e s a l g u n a s p a l a ­b r a s que no e n t e n d í a n , y que p o n í a en p r á c t i c a o t r a s m u c h a s s u p e r s t i c i o s a s c e r e m o n i a s , j a c t á n ­dose de que , s i no la p a g a b a n , no s a n a r í a n s u s c l i e n t e s ; y a l g u n o s t e s t i g o s a s e g u r a r o n q u e , e n efecto, a s í lo h a b í a n e x p e r i m e n t a d o ; y o t ros q u e , s i e l la q u e r í a q u e dos p e r s o n a s se q u i s i e s e n b i e n p o r med io de s u s d r o g a s , p ó c i m a s , b reba jes y c o n j u r o s s u p e r s t i c i o s o s , lo c o n s e g u í a , de t a l . suer te , que t r a i a e n g a ñ a d a á m u c h a g e n t e .

E s t a n d o con C a t a l i n a á la p u e r t a de s u c a s a , —dijo o t ro t e s t i g o , — p a r a p r o b a r s u g r a n p o d e r dí jole la reo q u e h a r í a v e n i r all í u n r aposo c o n u n c e n c e r r o , y que en efecto l u e g o h a b i a v e n i d o y d e s a p a r e c i ó l e el a n i m a l .

Otros dos t e s t i g o s c o n t e s t a n y d e c l a r a n q u e e n d i v e r s a s o c a s i o n e s h a b í a n oído d e c i r á la b ru j a , q u e j á n d o s e , que" c u a n d o d e s h a c í a a l g ú n h e c h i z o lo p a g a b a b i e n ca ro , p o r q u e el d e m o n i o la c a s t i ­g a b a enojado por e l lo .

Pero lo m á s no t ab l e y s i n g u l a r , es lo que ref iere el ú l t i m o de los t e s t i g o s .

Ten ía es te , s e g ú n d i c e , u n a s v a c a s e n f e r m a s ; y f iando en la v i r t u d de la hech icera ' , fué á b u s c a r l a p a r a q u e se las c u r a s e .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 4 5

E m p r e n d i e r o n la m a r c h a h a c i a la c a s a del t e s ­t i g o , y s i endo y a de n o c h e y c o n v e r s a n d o , díjole l a reo en el c a m i n o q u e le h a b i a de h a c e r u n r u i n j u e g o y que se fuese d e l a n t e de ella, p o r q u e e l la h a b i a de s e g u i r «en otra figura,» m á s c o n e m p e ñ o dejóle e n c a r g a d o a n t e s de s e p a r a r s e , q u e por c o s a a lguna , q u e v iese hab i a de d e c i r ¡Jesús!

«Desaparec ió la b ru ja , al dec i r e s to , v o l a n d o c o m o u n pá ja ro ; y se le p u s o d e l a n t e , a l t e s t i g o , un animal como un castrón con tres cuernos, el c u a l le a m e n a z a b a . »

T e m i e n d o el t e s t i g o la e m b e s t i d a q u i s o h u i r , y l l amó á voces por C a t a l i n a P e r n a s , d i c i e n d o q u e

jse e n c o m e n d a b a á Dios, y á ella y que l u e g o se le a p a r e c i ó la reo o t r a vez vo l ando y le dijo:—«¿¿Yo te dije que no dijeses Jesús?.,., pues no hagas mal al castrón, que él no te lo hará.»

I n m e d i a t a m e n t e d e s a p a r e c i e r o n el c a s t r ó n y C a t a l i n a , y el t e s t i g o , m á s confiado y a , c o n t i n u ó el c a m i n o de s u c a s a , d o n d e d e b i a n ver i f icarse n u e v o s p r o d i g i o s .

Hal ló las p u e r t a s c e r r a d a s , c o n t r a c o s t u m b r e . L l a m ó r e p e t i d a s veces y n a d i e le r e s p o n d í a . E n ­t o n c e s , d e s e s p e r a d o , «arrancó las puertas» ( t ex tua l ) y e n t r a n d o y e n c e n d i e n d o l u m b r e l legó á d o n d e e s t a b a s u m u j e r , l a c u a l d o r m í a t a n p r o f u n d a ­m e n t e , q u e m i n e a p u d o d e s p e r t a r l a h a s t a q u e s a ­lió de debajo de la c a m a la b r u j a C a t a l i n a Pernas-sonr ióndos 'e y d ic ióndo le :—«Por m a s q u e h a g a s , h a s t a q u e y o q u i e r a no h a de despe r t a r . » Y a n s í l l a m á n d o l a e l la , d e s p e r t ó al i n s t a n t e . »

E l d í a 29 de J u l i o fué c o n d u c i d a á la A u d i e n ­c i a la a c u s a d a y se la e n c a r e c i ó po r vez post rera , d i j e s e v e r d a d , {jorque e s t a b a n e g a t i v a de t a n t o c r i m e n . C a t a l i n a p e r s i s t i ó , y d i jo q u e el Comisar io-d e l a t o r era su enemigo, porque hacia dos años que la perseguía procurando fuese tercera para con una hija suya, lleoándosela ásu casa; y por no h a b e r a c c e d i d o le h i c i e r a e s t a i n f o r m a c i ó n , a m e n a z a n d o á los t e s t i g o s que no q u e r í a n dec i r lo q u e él pre tendía .»-

L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a

No confo rme el t r i b u n a l con es tos d e s c a r g o s su j e tó á t o r m e n t o ad arhitrium á la infeliz C a t a l i ­n a P e r n a s , d u r a n t e los t r e s d i a s c o n s e c u t i v o s 29, 30 y 31 «en los c u a l e s , y á p e s a r de la d u r e z a d é l o s ^dolores»,perseveró en su d e c l a r a c i ó n p r i m e r a , p i ­d i e n d o m i s e r i c o r d i a y u n a s e g u n d a d e p o s i c i ó n ó r a t i f i c a c i ó n de los t e s t i g o s .

P a r e c e q u e e n el ú l t i m o d i a de t o r t u r a los c o r ­deles q u e a p r e t a b a n e n m ú l t i p l e s v u e l t a s los b r a ­zos y p i e r n a s de aque l l a mu je r , h a b í a n y a p e n e ­t r a d o h a s t a los h u e s o s , d e s m a y á n d o s e C a t a l i n a v a r i a s veces y s i endo n e c e s a r i o d e s i s t i r e n l a c o n t i n u a c i ó n de t a n ho r ro ro so s u p l i c i o .

Apeló, e n t o n c e s , el t r i b u n a l á la s e g u n d a d e ­c l a r a c i ó n de los falsos t e s t i g o s ; «y siendo llamados éstos, los que habían dicho que la reo renegábase retrac­taron y fueron penitenciados por eso, y los o t ro s , al­

gunos variaron contradiciéndose en algunas cosas, por lo que resultó que esta mujer se emborrachaba y solía decir algunas chocarrerías.»

El t r i b u n a l s a n t o n o h a b í a de c o n d e n a r s e á s í p r o p i o n i á s u C o m i s a r i o : b a s t a n t e h a c í a al fin, q u e a b a n d o n a b a s u p r e s a y s u s b i e n e s ; d e s t r o z a d a y en fe rma aque l l a , y p e r d i d o s ó i n f a m a d o s e s t o s c o n la d e s h o n r a .

El 15 de A g o s t o de 1621, d i a s o l e m n e de l a A s u n c i ó n de la V i r g e n , t u v o l u g a r es te p r e t e n d ído d e s a g r a v i o en la s a l a de la A u d i e n c i a y de -p u e s de la m i s a , e n el a l t a r del E s p í r i t u S a n t o , s -

Todav ía se r e p r e n d i ó s e v e r a m e n t e á C a t a l i n a P e r n a s d e l a n t e de u n púb l i co n u m e r o s o , a u n q u e s i n p r o n u n c i a r s e n t e n c i a a l g u n a ; y como s i n i n ­g ú n va lor h u b i e r a t e n i d o lo p a s a d o , se m a n d ó i r e n paz á la d i g n a y v a l e r o s a m a d r e q u e t a n t o h a b i a suf r ido , y su f r i r í a q u i z á d e s p u é s h a s t a s u m u e r t e , po r c o n s e r v a r i l e s a la h o n r a de s u h i j a .

L o s c o m e n t a r i o s á es te p roceso i n f a m e y á -otros de s e m e j a n t e e spac i e , los h a r á el l ec tor i n ­t e l i g e n t e y j u s t o .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 4 7

María de Solina

C A N G A S . — S « S I

U n a a n c i a n a , á los s e t e n t a a ñ o s , fué a c u s a d a •de b r u j a de t o d a la v i d a , objeto de es te p r o c e s o y de g r a v í s i m o s c a s t i g o s . F u e r z a es d e c i r q u e l a s j u s t i c i a s s e g l a r e s y e c l e s i á s t i c a s n o h a b í a n e j e r ­c i d o v i g i l a n c i a ó h a b í a n s ido cómpl i ces y e n c u ­b r i d o r a s d u r a n t e t a n t o s a ñ o s , y a u n p u e d e a s e ­g u r a r s e al c o n c e d e r a l g ú n m é r i t o á l a s s u p e r s ­t i c i o n e s dé q u e , como v ie j a y c r i s t i a n a d e b í a e s t a r i m b u i d a en a q u e l l a época , m e r e c i ó r e s p e ­t o y c o n s i d e r a c i ó n de s u s v e c i n o s c u a n d o e r a - r e g u l a r m e n t e a c o m o d a d a , y fué d e c l a r a d a meiga y p e r s e g u i d a á la vejez, c u a n d o se h a l l a b a e n l a m i s e r i a 'más e s t r e m a , y e n el m a y o r d e s a m p a r o y so l edad .

Po r la p a t r i a , a u q u e p a r e z c a i n v e r o s í m i l , y p o r l a p a t r i a a b a n d o n a d a e i n g r a t a pe rd ió Mar ía d e So l ina , ó Soliña, como se l l a m a b a , s u s i n t e r e ­s e s y el a p o y o de s u f ami l i a ; y d e n t r o de la pa­t r i a , e n aque l lo s y en es tos t i e m p o s solo b u e n a p a r a los q u e m a n e j a n los c a u d a l e s del E r a r i o , a l ió e n breve l a r e c o m p e n s a y l a m u e r t o como v e r á el i l u s t r a d o lec tor .

Soliña e ra la e sposa de Pedro Ba rba , p e s c a d o r d e l a v i l l a de C a n g a s , d u e ñ o de u n a r e g u l a r h a c i e n ­d a . A n t o n i o Soliño h e r m a n o de Maria , y P e d r o M a r t í n e z , s u h i j o , i g u a l m e n t e p e s c a d o r e s , se h a l l a ­b a n e n m e d i a n a p o s i c i ó n h a b i t a n d o e n d i c h a v i ­l l a , c u a n d o ocu r r i ó u n a g r a n d í s i m a c a t á s t r o f e .que n o s r e l a t a n los a n t i g u o s d o c u m e n t o s y q u e h e m o s y a p u b l i c a d o e n o t ro l u g a r , m u y e x t e n ­s a m e n t e , ( í ) .

(1) R e v i s t a d e a n t i g ü e d a d e s G A L I C I A D I P L O M Á T I C A t o m o n r i m : --4-0, p á g i n a s 7, 12, 2 9 , 4<S y 9 2 .

4 8 L a I n q u i s i c i ó n , d o G a l i c i a .

El clia l u n e s c u a t r o de d i c i e m b r e de 1(317 e n t r ó e n la r i a de Vigo y dio fondo en las i s l a s Gies , u n a e s c u a d r a de once n a v i o s de c o r s a r i o s t u r c o s los cua l e s s i n ser m o l e s t a d o s , e s t u d i a r o n u n d e ­s e m b a r c o y t a l a d u r a n t e c u a t r o d i a s , h a s t a q u e el v i e r n e s 8 se d e c i d i e r o n á d e s e m b a r c a r y lo e j e c u t a r o n en S a n Pedi'o D o m a y o , á l as p r i m e ­r a s h o r a s del d ia .

L a g e n t e m a r i n e r a á l as o r d e n e s de los c a p i t a ­n e s Pedro C o s t a s F r a n c o y Ped ro B e r m u d e z d e S o t o m a y o r , y del Alférez D o m i n g o Pérez H u r ­t a d o , sa l ió á la defensa s i n o t ro é x i t o q u e u n a h u i d a forzosa y s i e t e m u e r t o s e n la p l a y a , e n t r e los cua l e s se c o n t a r o n á los v ie jos p e s c a d o r e s A n t ó n Sol iño y su c u ñ a d o Pedro B a r b a esposo d e María .

Q u e m a d a la p a r r o q u i a de D o m a y o , la e s c u a ­d r a t u r c a fondeó en el m i s m o d i a , v i e r n e s 8, d e ­l a n t e de C a n g a s , p e r m a n e c i e n d o al l í t o d a la n o ­c h e como d a n d o l u g a r á q u e se p r e p a r a s e n á la defensa todos los pueb los c o m a r c a n o s . Pero las fue rzas t u r c a s e r a n m u y s u p e r i o r e s p a r a q u e á e l l a s se r e s i s t i e r a n los a b a n d o n a d o s p u e r t o s d e a q u e l l a r i a que no o p o n i a n n i u n c a ñ ó n de pa lo á l a a b u n d a n t e a r t i l l e r í a e n e m i g a . Bajo s u s fuegos y e n s i e t e l a n c h a s , d e s e m b a r c a r o n el s á b a d o 9, á las-o c h o de la m a ñ a n a , los p i r a t a s en n ú m e r o de m i l e n la p l a y a de E o d e i r o y a l g u n o s m á s e n o t r a s c u a t r o e m b a r c a c i o n e s , t o m a r o n t i e r r a e n la p u n ­t a de Va l l a .

Los c a p i t a n e s re fer idos y el alférez, a c u d i e ­r o n á c u m p l i r como b u e n o s c o n s i g u i e n d o solo m o r i r h o n r a d a m e n t e ; l l e v á n d o s e c a u t i v o s e n l a s n a v e s , aque l los p i r a t a s , á Ped ro Mar t inez , h i j o d e A n t o n i o Sol iño y sob r ino de Mar i a y al c a p i ­t á n de o t r a c o m p a ñ í a de l a Yilla, D o m i n g o P r e g o de Montaos .

L a i n f o r m a c i ó n , de e s t a t e r r i b l e d e s g r a c i a l a t e n e m o s á la v i s t a , y en el la se lee q u e los t u r c o s « rodeando la v i l l a , p u e r t o a b i e r t o s i n a r t i l l e r í a

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 40

n i defensa a l g u n a se e n t r a r o n en el la y q u e m a ­r o n p a r t e de la i g l e s i a co leg ia l , c o r t a r o n , q u e m a ­r o n , y q u e b r a n t a r o n las i m á g e n e s , c r u c e s , r e ­t a b l o s y c a m p a n a s , l l evándose los o r n a m e n t o s f ron ta l e s o p i a t a , p o n i e n d o fuego á u n S a n t o Cr i s to q u e e ra de m u c h a devoc ión o m i l a g r o s a èque no guiso arder... ó a n s i mes ino q u e m a r o n el h o s p i t a l d e la d i c h a v i l la , d o n d e se a c o x i a n los p o b r e s o Jos p e r e g r i n o s , 6 lo m e s m o roba ron el d i c h o p u e ­blo" con la i g l e s i a y f e l ig re s í a de S a n t a Mar ia de B a r b o , s u ane jo ¿ quemaron mas de ciento e cin­cuenta casas que eran las mejores y mas ri¡:as y prin­cipales de la d i c h a v i l la .

Kn t re e s t a s c a s a s y h a c i e n d a s principales, q u e ­m a d a s y a r r u i n a d a s , y de las c u a l e s se a c o m p a ñ a el c o r r e s p o n d i e n t e m e m o r i a l (1) figura la c a s a d o l a y a v i u d a María de Solvía ó Soliña, y la del d o c ­t o r V i l l a r P r e g o T i m i ñ o de L i r a c o n s u l t o r de l .Santo Oficio, r e g i d o r de S a n t i a g o .

E n la l i s t a de los m u e r t o s a p a r e c e t a m b i é n J u a n Refojos, f ami l i a r de la I n q u i s i c i ó n , con u n b a l a z o en el pecho y dos c u c h i l l a d a s en la cabeza . H a b í a , p u e s , a u t o r i d a d e s del S a n t o Oficio en C a n ­g a s y h a s t a c a n ó n i g o s de Orense y S a n t i a g o q u e n o h a b í a n s o s p e c h a d o n u n c a a c e r c a de la m a l a c o n d u c t a de e s t a v ie ja .

Todos es tos d a t o s los c o n s i g n a m o s b r e v e m e n t e c o m o i n t r o d u c i ó n al p roceso de esta b ru j a , no a c u s a d a n i t e n i d a por ta l d u r a n t e s e s e n t a y se i s a ñ o s que t e n d r í a en 1617 c u a n d o los t u r c o s , e n ­t r a n d o en C a n g a s , la de j a ron v i u d a , a b a n d o n a d a y p o b r e .

U n a a d v e r t e n c i a h a r e m o s p a r a c e r r a r es te p r e á m b u l o . E n el p roceso que c u a t r o años d e s p u é s s e comenzó y t e r m i n ó c o n t r a e s t a reo, d ícese q u e a l conf i sca r le los b i e n e s no se le hallaron y por ser m u y pobre llevó e l . h á b i t o solo po r med io a ñ o . E n t o n c e s la v i l l a de C a n g a s se h a l l a b a en r e c o n s -

(1) ( J A L I C I A DIPLOMATICA , l o m o I p Ú £ . 29.

T̂ a Inquisición cío Galicia.

t r a c c i ó n y los so la res y t i e r r a s de So l i ña p u d i e r o n a p r o v e c h a r á los d e n u n c i a d o r e s y t e s t i g o s q u e figuran en su c a u s a , y a u n é s t a no r econoce r o t ro o r i g e n que el despojo . A h o r a , y p a r a no q u i t a r l e el m é r i t o de la senc i l lez y de la o r i g i n a l i d a d , c o p i a ­m o s í n t e g r a , á c o n t i n u a c i ó n , la i n f o r m a t o r i a q u e c o n t r a e s t a b r u j a e l eva ron al Consejo de la S u ­p r e m a los i n q u i s i d o r e s de S a n t i a g o . Hola a q u í :

«María de So l ina , v i u d a de Pedro Barba p e r c a ­dor de la v i l l a de C a n g a s , de edad de s e t e n t a a ñ o s , t e s t i f i cada por doce t e s t i g o s de que t e n í a g r a n fama de b r u j a y que c o m u n m e n t e la t e n í a n por t a l , y se lo l l a m a b a n a s i , y ella lo c o n s e n t í a ; y u n t e s t i g o a ñ a d e , q u e , t e n i e n d o su m u j e r po r l a s n o c h e s en fe rma que la t o m a b a u n m a l q u e l a de j aba a m o r t e c i d a e s t a n d o b u e n a de d i a , y p r e ­s u m i ó que la reo , t e n i e n d o fama de b r u j a la h a b í a h e c h o m a l , y a n s í se fué á el la y la j u r ó que s i n o la deshac ía ' los h e c h i z o s que ' h a b í a h e c h o á s u m u j e r , l a h a b i a de m a t a r ; y el la r e spond ió :—«Pues e s t á n o c h e q u e v i e n e la h a de ven i r m á s mal .» Y q u e t e m i é n d o s e de e l la el t e s t i g o se quedó a q u e l l a n o c h e con u n c a n d i l e n c e n d i d o e n s u a p o s e n t o y p u s o á la c a b e c e r a u n S a n t o Cr i s to , y d e s p e r t a n d o á la m e d i a n o c h e , ha l l ó q u e el c a n d i l se h a b í a m u e r t o y que s u m u j e r n o e s t a b a en la c a m a ; y l e v a n t á n d o s e á e n c e n d e r luz p a r a b u s c a r l a , l a halló en pié arrimada á la escalera, como una estatua, s i n pode r h a b l a r h a s t a q u e volvió en sí , d e s p u é s de m e d i a h o r a ; y q u e , por es to , t u v o de all í a d e ­l a n t e m á s s o s p e c h a de la reo : Que h a b í a t r e s s e ­m a n a s d á n d o l a p a n y v i n o la p r e g u n t ó s i h a b í a h e c h o a l g u n a b e l l a q u e r í a en c a s a el s u s u e g r o del t e s t i g o , y ella r e s p o n d i ó que , s i le g u a r d a b a sec re to , l e d i r í a la v e r d a d , y p r o m e t i é n d o s e l o él c o n j u r a m e n t o , p a r a m á s a s e g u r a r l a , la di jo a l a reo que él t a m b i é n q u e r í a s a b e r aqué l oficio, y el la di jo q u e e r a b r u j a y q u e h a b í a t r e s a ñ o s y m e d i o q u e atenía h e c h o s h e c h i z o s a l d i c h o s u s u e g r o y p r o m e t i ó d e s h a c e r l o s , y luego se d e s p i -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 5t

dio de la reo d i c ióndo la volv iese á la t a r d e e n c o m i e n d o ; y p a r a e n t o n c e s t u v o el t e s t i g o p r e v e ­n i d o s dos h o m b r e s debajo de la e s c a l e r a de s u c a s a , en u n a b o d e g a , p a r a q u e desde all í p u d i e s e n o i r le con la reo; y h a b i e n d o ven ido y a s e g u r á -dose que la g e n t e de c a s a e s t a b a fuera , t e n i e n d o c e r r a d a la p u e r t a de la ca l l e , se p u s i e r o n á h a b l a r la reo y el t e s t i g o e n c i m a de la e s c a l e r a p a r a q u e les p u d i e s e n oir los q u e e s t a b a n deba jo ; y a s e ­g u r á n d o l a el t e s t i g o q u e r í a a p r e n d e r á ser b ru jo , le di jo la Soliña q u e s i lo q u e r í a ser , se h a b í a de d a r al d e m o n i o , y el la le l levar ía á u n a fuen te donde se j u n t a b a n las b r u j a s ; y que d ic ióndo le el t e s t i g o q u e al d e m o n i o no ' se h a b í a de da r , d i jo l a r eo , q u e , s i n o se d a b a , le h a r í a n m a l las o t r a s b r u j a s q u e se h a b í a n ele j u n t a r al l í : y que d i c i ó n ­dole el t e s t i g o q u e y e n d o con el la n o t e n d r í a q u e t e m e r , r e s p o n d i ó la Sol iña q u e h a b í a o t r a s b r u j a s q u e m a n d a b a n m á s q u e el la , p o r q u e u n a s b r u j a s m a n d a b a n m á s q u e o t r a s ; y le d i jo que al l í t e n ­d r í a m o z a s con q u i e n t r a t a r y o t ros de l e i t e s , y q u e á q u i e n q u i s i e s e m a l , h a r í a m a l , y á q u i e n q u i s i e s e b i e n h a r í a b i en ; y q u e si no q u e r i a d a r s e a l d e m o n i o , que fuese y las h i r i e s e con h i e r r o y las c o n o c e r í a . Y p r e g u n t á n d o l e el t e s t i g o s i se j u n t a b a n m u c h a s j óvenes r e spond ió q u e c a s i l as de la v i l l a de C a n g a s y a l d e a s ; y p r e g u n t á n d o l e s i o t r a m u j e r q u e le n o m b r ó el t e s t i g o e ra t a m b i é n de a q u e l l a s , r e s p o n d i ó q u e sí , y la d i jo el t e s t i g o q u e la q u e r i a m a l y la h a b i a ele 'dar de pa lo s , y S o ­l i ñ a le aconse jó q u e no la h i c i e s e d a ñ o p o r q u e e l la s a b i a h a c e r m u c h o m a l ; y p r e g u n t á n d o l e el t e s ­t i g o que como la l l a m a r í a c u a n d o h a b l a s e con l a r eo . si mujer ó si demonio, le r e s p o n d i ó el la q u e c u a l q u i e r a de las dos c o s a s q u i s i e s e ; y q u e s i q u i s i e s e i r con el la en la n o c h e de S a n J u a n á la junta de las b r u j a s de C a n g a s , h a b í a de h a c e r lo q u e le h a b í a d i c h o , y que le a g u a r d a r í a á l as d iez de la n o c h e j u n t o á c i e r t a h u e r t a que le dijo.»

«Los t e s t i g o s q u e e s t a b a n oyendo bajo la e s -

5*2 L a I t i c i u i s i e i ó n . d o G a l i c i a .

ca l e r a , el u n o c o n t e x t a , _y el o t ro d e c l a r a que s i e n d o algo tenienta. de oídos no les entendía, m á s v e i a como s u c o m p a ñ e r o e s t a b a h a c i e n d o c r u c e s d e lo q u e oía.»

«Otro t e s t i g o , d ice , la v io b u s c a r e n t r e las s e p u l t u r a s no sabe que e ra . m á s q u e t r a í a u n envo l to r io en u n p a ñ o y p r e g u n t á n d o l e que e r a . díjole q u e b u s c a b a las c u e n t a s de s u r o s a r i o que s e le h a b í a q u e b r a d o , a u n q u e el t e s t i g o n o vio ta l .»

«El t e s t i g o c u a r t o d i ce q u e la vio t o m a r u n poco t i e r r a de la e s c a l e r a de c i e r to v e c i n o del t e s t i g o que es ta l la enfermo, y q u e la m e t i e r a e n l a m a n g a ; y r i n é n d o l a po r ello, volvió á c o g e r o t r a p o c a de t i e r r a del q u i c i o de la p u e r t a y la p u s o con la o t r a , y que es to h izo la So l iña con r e ­c a t o , s i n que p u d i e s e ver q u e la ve i a n a d i e . Otro t e s t i g o d ice q u e , e s t a n d o a s e r r a n d o u n m a d e r o , se l legó la r ea á coge r de lo q u e c a i a de las s e r r a ­d u r a s ; y s o s p e c h a n d o lo q u e r í a p a r a h a c e r a l g ú n l iech izo la l l a m ó b ru j a , h e c h i c e r a , q u e p a r a q u e lo q u e r í a , y q u e ella le a m e n a z ó s e lo h a b í a de p a g a r ; y á la m i s m a n o c h e s i n t i ó g r a n r u i d o e n s u ' a p o s e n t o e s t a n d o en la c a m a , y que le d i e r o n e n la m a n o u n go lpe n o sabe con q u e , m á s de q u e s e la e n s u c i a r o n , y le do l í a como s i se la c o r t a ­r a n ; y l l a m a n d o á voces v i n o gente, de c a s a q u e se l a ' l impió y le cesó el dolor , y s o s p e c h a n d o q u e la reo h a b í a s ido , fué a n t e s de a m a n e z a r á s u c a s a y la ha l ló v i s t i é n d o s e y a m e n a z á n d o l a , l l a ­m á n d o l e b ru ja que la h a b í a de h a c e r c a s t i g a r p o r j u s t i c i a , e l la le e c h a b a m a l d i c i o n e s . »

«Otro t e s t i g o d i c e , q u e t e n i e n d o s u m u j e r e n ­fe rma , s o s p e c h a n d o q u e del ech izo de So l iña , l a l levó á o t ro l u g a r p a r a q u e u n c l é r igo la d i j e se a l g u n o s e x o r c i s m o s , y q u e a l l á fué t a m b i é n la r e o , y en t r e s p a r t e s q u e se h a l l a r o n s i e m p r e la topa­ban; y en u n b a r c o en q u e se e m b a r c a r o n se l l egó á la en fe rma y e s t a n d o d o r m i d a de spe r tó q u e j á n ­d o s e de que l a reo la h a b í a p i c a d o ; y q u e d e s p u é s

B r u j o s y A s t r ó l o g o s , 5 3

s a l i e n d o del b a r c o y a n o p u d o a n d a r por s u pió l a e n f e r m a y fué forzoso l l evar la en u n c a r r o , m u ­r i e n d o de al l í á pocos d i a s . Con es to se t u v o m á s

. so specha de la r eo , q u e la h a b r í a h e c h o a q u e l d a ñ o por q u e r e r m a l al t a s t i g o . u n o s t e s t i g o s q u e fueron á p r e g u n t a r l a , e s t a n d o p r e s a en l a •cárcel l i ea i s i dos enfermos que t e n í a n en s u s c a ­s a s les h a b í a h e c h o a l g ú n m a l h e c h i z o , e l la l es di jo que nú, pero q u e les m i r a s e n e n t r e la p l u m a de los cabeza l e s de la c a m a , y all í lo v e r í a n s i e r a h e c h i z o y m i r á n d o l o , h a l l a r o n u n h u e s o c o ­m o de c a n i l l a , h u e c o , y d e n t r o unos c a b e l l o s b l a n c o s y c i e r t o s g r a n o s de t r i g o , mi jo , c e b a d a y c e n t e n o , y u n a c a s c a r a de c a s t a ñ a , y u n p e d a z o de l ienzo y o t ro de p a ñ o , y u n d i e n t e , y u n a c o s a como v e t u n e n , (beiun) y u n a p o c a de t i e r r a y o t r a s m u c h a s c o s a s ; y p r e g u n t á n d o l e q u i e n h a ­b í a c o m p u e s t o d i c h o ' h e c h i z o , el la dijo q u e t r e s m u j e r e s que n o m b r ó , y que h a b í a n r eñ ido c o n el la , p o r q u e d e f e n d í a n no h e c h i z a r a n a la d i c h a p e r s o n a , y por q u e la reo no u s a b a y a el d i c h o oficio d e s p u é s que los moros h a b í a n ' q u e m a d o l a d i c h a v i l l a de C a n g a s . » e t c . E s t a pobre v ie j a fue . r e m i t i d a po r la j u s t i c i a s e g l a r al S a n t o Oficio c o n el p roceso q u e la h a b í a n c a u s a d o d e s p u é s d e u n r i g u r o s o t o r m e n t o e n que dec la ró ser b r u j a h a c í a m á s de v e i n t i c i n c o a ñ o s ; q u e hab ía r e n e ­g a d o de Dios y h e c h o s a l g u n o s d a ñ o s , y t a m b i é n t e n i d o a c t o s ne fandos con el d e m o n i o a c u d i e n d o a l a d i c h a fuente con m u c h a s b r u j a s . «Fue r e -c l u s a en cá r ce l e s s e c r e t a s con s e c u e s t r o de b i e ­n e s á 17 de S e t i e m b r e y en la p r i m e r a a u d i e n c i a

•del d i a s i g u i e n t e .pidió m i s e r i c o r d i a al t r i b u n a l , po r que dec ía q u e en los tormentos crueles que la-daban la habían sacado sujuiciu y q u e dec ía q u e e r a meiga que q u i e r e dec i r b r u j a y se r e m i t í a á lo q u e t e n i a d e c l a r a d o q u e se a r r epen t í a .» e t c .

«Dijo, q u e p r e g u n t a d a s i h a b i a m u e r t o u n i ­d l a s c r i a t u r a s , ¿pesar de haber dicho que no siem­pre, como era la verdad; la justicia seglar habia escrito

5* L a I n q i u s i c i ó n d e G a l i c i r t

que sí en s u p roceso . L e í d a s u d e c l a r a c i ó n h e c h a a n t e la j u s t i c i a s e g l a r di jo: que m u c h a s c o s a s estaban escritas en la audiencia del tormento pero que no eran ciertas; que solo h a c í a 4 años q u e e r a b r u ­j a y q u e n o h a b í a m u e r t o c r i a t u r a a l g u n a , n i t e ­n i d o q u e ver con el Demon io , n i h a b í a r e n e g a d o t a m p o c o de Dios; y que s i h a b í a d i c h o aque l lo , fuera por los muchos dolores del tormento con que la obligaban y que no podía resistir. A m o n e s t a d a d i jese l a A rerdad, por v a r i a s v e c e s se la a m e n a z ó l l evar la á la C á m a r a del t o r m e n t o , de la I n q u i s i c i ó n , y c o n es to dec la ró h a b í a 20 a ñ o s q u e e r a b ru j a , y h a b e r t en ido p a r t e con el d e m o n i o dos veces t a i i so lo ; y q u e h a c í a 20 a ñ o s q u e , u n a n o c h e de S a n J u a n la l l eva ron á u n a fuente que e s t a b a fuera de l a v i l l a de C a n g a s , o t r a s b r u j a s , a c o m p a ñ á n d o l a s el D e m o n i o en f igura de h o m b r e , y que all í e s t a ­b a n o t ros c u a t r o d e m o n i o s con o t r a s c u a t r o b r u ­j a s que nombró .» «Que al l í h a b í a r e n e g a d o de Dios ofrec iéndose al d e m o n i o , como se lo m a n d ó s u m a e s t r a ; pero no de s u v o l u n t a d ; y q u e l u e g o t u v o p a r t e con el la el d e m o n i o , los d e m á s con las o t r a s b ru j a s , y vio q u e e c h a n d o el a.gua de la d i c h a fuente , y d i c i e n d o q u e de u n a h e r e d a d se p a s a s e n á o t r a s los f ru tos , se p a s a b a n ; y l u e g o d i j o que e n las n o c h e s de S a n J u a n , S a n P e d r o . S a n t i a g o y N u e s t r a Señora se h a b í a n j u n t a d o y t e n i d o los m i s m o s ac to s ne f andos , e s t a n d o s i e m p r e el d e m o n i o en figura de h o m b r e b l anco , v e s t i d o d e n e g r o , y que c u a n d o t u v o q u e ve r con e l la s i n t i ó So l iña q u e la h a b í a mo jado . . . (aquí el p r o ­ceso c o n t i e n e a l g u n o s de t a l l e s , q u e o m i t i m o s , h a c i e n d o n o t a r la d i fe renc ia q u e no tó e n t r e el d e m o n i o y su m a r i d o y q u e la m o j a r a como con a g u a fría, q u e le co r r í a por el c u e r p o y q u e h a b í a l i m p i a d o , e t c . etc.)» «Y que en o t r a n o c h e , u n m i é r c o l e s , fué el D e m o n i o á s u c a s a y t u v o q u e v e r con el la en la m i s m a forma. Y 'habiéndola-h e c h o a l g u n a s p r e g u n t a s p a r a ver s i e ra e n s u e ­ñ o s ó d e s p i e r t a , d i jo : q u e e s t a n d o c a l e n t á n d o s e á-

B r u j o s y A s t r ó l o g o s .

l a l u m b r e v e s t i d a y d e s p i e r t a , l legó el d e m o n i o , y q u e no t e n í a la p u e r t a c e r r a d a y la ce r ró el d e m o n i o luego como en t ró , y al sa l i r é s te la ce r ró e l la : y q u e s i e m p r e i ba a n t e s de a c o s t a r s e , u n ­t á n d o s e el la y la m a e s t r a u n a ve/, dos n o c h e s á l a s e m a n a , q u e s e r í an diez veces las q u e fué, á c o s a de las 9 de la n o c h e en c o m p a ñ í a del d e m o ­n i o á la fuen te y se e s t a b a n h a s t a la m e d i a n o c h e y se u n t a b a n con u n a s u n t u r a s h e c h a s de y e r b a s m a j a d a s , y c u a n d o las m a j a b a n dec ía su m a e s t r a u n a s p a l a b r a s q u e la reo no s a b í a n i e n t e n d í a y la e c h a b a n sebo de raposo y q u e a u n q u e l loviese n o se m o j a b a n , n i o í a n ru ido a l g u n o , n i e n c o n ­t r a b a n g e n t e por los c a m i n o s ; y q u e c u a n d o r e ­n e g ó de Dios la p icó el d e m o n i o ' p o r e n c i m a de los v e s t i d o s y en c a s a luego le dol ía la h e r i d a y e n ­c o n t r ó s a n g r e en la . c a m i s a y se cu ró con u n a e s t o p a d a ; y b e s a b a al d e m o n i o en los p i e s d e l a n t e d e las d e m á s b r u j a s , y u n d i a m a r a v i l l á n d o s e del m i l a g r o d i c h o de la fuen te , d i c i e n d o el la: »=z¡ Jesús! d e s a p a r e c i e r o n los d e m o n i o s de j ando á las d i c h a s b r u j a s , las c u a l e s le r i ñ e r o n por h a b e r l o d i c h o , y l l e g a n d o á c a s a se l a v a r o n la u n t u r a ; y u n d i a de Han Pedro q u e fue ran en figura de g a t o s á l a d i ­c h a fuen te c u y a s a g u a s e r a n s a n t a s : q u e de todo se h a b í a a r r e p e n t i d o «habrá cuatro años, cuando los moros (/neniaron la villa de Cangas, y que a h o r a e s ­t a b a a r r e p e n t i d a de co razón y p e d i a m i s e r i c o r d i a a l t r i b u n a l , de s u s e x t r a v í o s , como e r a n el h a b e r c r e í d o que el d e m o n i o le h a b i a de d a r m u c h o s b ienes ,» e t c . , « m á s v i e n d o q u e e ra c a d a d i a m á s p o b r e se a p a r t ó de aque l m a l camino .»

« E s t a reo fué v o t a d a incompletum tormentorwm y e n 22 de E n e r o de 1622, e s t a n d o en la C á m a r a de l t o r m e n t o , a n t e s de d e s n u d a r l a en p r e s e n c i a d e los i n q u i s i d o r e s , dec l a ró ser v e r d a d q u e h a b í a r e n e g a d o de Dios y c r e í a q u e el d e m o n i o la h a b í a d e s a lva r , y p id ió po r Dios mise r icord ia , á s u s j u e c e s ; y p a s a d a s l a s 24 h o r a s d e s p u é s del t o r "mentó se ra t i f i có y dijo no habe r se a t r e v i d o á

58 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

confesar a n t e s todo , por la verg-üenza que t e n í a ; y e n 23 de E n e r o fué v o t a d a á ser r e c o n c i l i a d a e n forma y conf iscación de b i e n e s , los que no se h a ­l la ron por ser m u y pobre , y a s í faó s e n t e n c i a d a á l levar el háb i t o p e n i t e n c i a l t a n solo por m e d i o año.»

Patricio Sinot.

IRLANDÉS, CACHII.I.EK GRADUADO KN C Á N O N E S . — C A T E ­

DRÁTICO DE RETÓRICA EN LA UNIVERSIDAD DE S A N ­

TIAGO.—ASTRÓLOGO JCDICIAIUO.—1618®.

Por d e s g r a c i a de G a l i c i a y de I r l a n d a no f u i es te reo de aque l los q u e la I n q u i s i c i ó n y la I g l e s i a h a n p e r s e g u i d o por la c i e n c i a . Así t a m p o c o s u n o m b r e figura s ino al iado de los bru jos v u l g a r e s ; y en c o n s i d e r a c i ó n á s u c lase de caballero y á s u pos ic ión de catedrático, l lamósele Astrólogo judicia— •rio; lo cua l e r a u n a c a t e g o r í a en el a r t e de a d i v i ­n a r por la c a b a l í s t i c a y por los p l a n e t a s ,

P a t r i c i o S ino t de j aba la e s c u d i l l a y la ve la d e cera b e n d i t a h i l a d a po r t r e s l i a r í a s " v í r g e n e s , y e s t u d i a b a en los l ib ros de los g r a n d e s n i g r o m á n ­t i cos Ju l io E s t a d i o y A b r a h a m A b e n a r . H a c í a r a ­y a s y c í rcu los , n ú m e r o s y c a r a c t e r e s v a r i o s e n l u g a r de las o r d i n a r i a s c r u c e s d e r a m o s de o l iva y ro sca s de p a n de t r i g o . E r a , en u n a p a l a b r a , u n bru jo fino, u n a s t r ó l o g o , c ient í f ico en s u s i g l o .

Así no t e n í a c l i en t e l a , n i f ama , n i d i n e r o , n i p r e s t i g i o : p o r q u e en n u e s t r a t i e r r a se p re f i e ren Jas c o s t u m b r e s y p r e o c u p a c i o n e s , e x i s t e n t e s d e s d e la m á s r e m o t a a n t i g ü e d a d i n t r o d u c i d a s po r a t l a s , g r i e g o s , r o m a n o s , suevos y m o r o s ; es dec i r : Jas p a l a b r a s s a g r a d a s , i n c o m p r e n s i b l e s ; los v e r s o s y o r a c i o n e s en el i d i o m a del p a í s , las p i e d r a s y l a s y e r b a s y los c a n t o s de las a v e s a g o r e r a s , y l a

B r u j o s >- A s t r ó l o g o s . 57

c e r d a y la bol la c a l i e n t e y el g a t o n e g r o y el m i r a r •de los ojos m á s n e g r o todav ía , a l a m a r c h a de los a s t r o s por el e spac io , c u y a in f luenc ia p a s a n d o y a d é l o s l ími tes p a r t i c u l a r e s , e n t r a en la c o m b i n a ­c i ó n de g u e r r a s y ca t á s t ro f e s u n i v e r s a l e s p r e c u r ­s o r a s , s ino seña le s e v i d e n t e s , de la t e r m i n a c i ó n d e la t i e r r a .

Por es to se c o m p r e n d e que , a u n q u e c a t e d r á t i ­co , P a t r i c i o S ino t e ra u n a s t ró logo pobre y n o t u v o m á s que dos c l i e n t e s que le a c u s a r o n de t a l , por no habe r l e sa l ido b i e n las c u e n t a s , á lo q u e se de ja c o m p r e n d e r , y a ú n a c u s a d o el s e g u n d o t e s ­t i g o de l ad rón por el b ru jo a d i v i n o y "por c o n s i ­g u i e n t e de l a to r v e n g a t i v o y r e c u s a d o y p o r a ñ a d i d u r a e s t u d i a n t e .

No q u e r e m o s a ñ a d i r n i q u i t a r u n a so la p a l a b r a á la i n f o r m a c i ó n o r i g i n a l que los i n q u i s i d o r e s de S a n t i a g o e levaron , de e s t a c a u s a , al S u p r e m o C o n ­sejo, p a r a q u e n u e s t r o s i l u s t r a d o s l ec to res fo rmen s u imjpareial j u i c i o con e n t e r a l i b e r t a d .

Hó a q u í ese d o c u m e n t o : « P a t r i c i o S i n o t es n a t u r a l de l a c i u d a d de

Hues fo rd ía , en I r l a n d a , de edad de 46 años .» «Fué t e s t i l i c ado por dos t e s t i g o s : el u n o de los

•cuales d i ce que e s t a n d o á so las en la c a s a del r eo , h a l l á n d o s e a l g o i n d i s p u e s t o le p r e g u n t ó é s t e e n q u e a ñ o y h o r a h a b i a n a c i d o , p a r a ver s i s a b i a a l g o ; y que h a b i é n d o s e l o d i c h o , poco m á s ó m o ­n o s , es te t e s t i g o , p o r q u e e c h a b a de ver q u e el reo s ab í a alzar figura, e n t r a n d o luego P a t r i c i o S i n o t <?« el estudio sacó u n l ibro que h a b l a b a de los sinos y le di jo q u e le a m e n a z a b a n dos p e l i g r o s g r a v e s e l u n o de a g u a y el o t ro de fuego.»

«Pa t r i c io S i n o t p r e t e n d i ó t a m b i é n a v e r i g u a r el e s t a d o de h u m o r e s q u e t e n í a el c u e r p o de l • test igo, y vo lv iendo á e n t r a r en su e s t u d i o s a c ó u n pape l sue l to en q u e t e n í a u n a r u e d a c o n u n o s . s ignos y c a r a c t a r e s q u e el t e s t i g o n o e n t e n d í a lo q u e era .»

«Mas de q u e l e d i j o (el a s t ró logo ] , q u e el p e l i g r o

58 H i a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a ,

de l a g u a y a lo h a b í a p a s a d o , p r e g u n t a n d o c o m o lo sab ía , le di jo el reo q u e , e s t a n d o el t e s t i g o e n c o n v i t e , b e b i e r a v i n o a g u a d o con a g u a p o n ­z o ñ o s a que le h a b í a h e c h o m a l , y q u é p r e g u n ­t á n d o l e s i le h a b í a n e c h a d o p o n z o ñ a q u e r i é n d o l e m a l , le r e s p o n d i ó q u e no e r a s ino h a b e r t r a í d o u n o s m u c h a c h o s el a g u a de donde e s t a b a n u n a s s a b a n d i j a s m u e r t a s y e m p o n z o ñ a d a el a g u a ; y q u e p r e g u n t á n d o l e el t e s t i g o , d o n d e h a b r í a s ido , le r e spond ió , q u e ce rca de S a n t i a g o . »

«No a c o r d á n d o s e el t e s t i g o de es te h e c h o , y p a r e c i ó n d o l e q u e se e n g a ñ a b a el r eo , d i jo e s t e q u e le d a r í a l as s e ñ a s ; como e ran : que las g e n t e s d e la c a s a donde h a b í a c o m i d o y beb ido en d i c h a o c a s i ó n , t e n í a n t r a t o de m u í a s y e r a n p a d r e ó h i ­j o ; que v i v í a n en u n a m i s m a c a s a , y q u e le p a r e ­c í a q u e e s t a c a s a t e n í a la e n t r a d a hacia t a l p a r ­t e . . . s eña l ándo le con la m a n o h a c i a donde h a ­b í a s u c e d i d o y d á n d o l e o t r a s n o t i c i a s , c o n las c u a l e s se acordó el t e s t i g o q u e u n a ñ o a n t e s h a b í a e s t ado en c a s a de dos p e r s o n a s , p a d r e ó h i j o , q u e t e n í a n t r a t o de m u í a s d o n d e h a b í a c o m i d o y beb ido con o t ro s a m i g o s ; y q u e de all í á v e i n t e d i a s comenzóse á h a l l a r enfe rmo q u e t o d a v í a le d u r a b a ; y que t a m b i é n le di jo el reo que no h a b í a e c h a d o de ver el t e s t i g o el d a ñ o q u e le hab í a h e ­c h o el a g u a po r e s t a r en r egoc i jo y fiesta, pero q u e le d u r a r í a h a s t a q u e t u v i e s e t r e i n t a a ñ o s y q u e s i n o t u v i e r a t a n b u e n n a t u r a l le h u b i e r a m u e r t o . Y que p a r a s a t i s f a c e r el t e s t i g o fué d e s ­p u é s á ver de donde se h a b í a t r a í d o la a g u a p a r a l a c o m i d a y ha l ló q u e e s t a b a la fuente a l g o a p a r ­t a d a y q u e h a b í a m á s ce r ca u n c h a r c o de la m i s ­m a fuente c o n - a l g u n a s s a b a n d i j a s donde h a b r í a n t o m a d o el a g u a los m u c h a c h o s ; y q u e o t r a p e r ­s o n a , que es el t e s t i g o s e g u n d o , le h a b í a d i c h o á é s t e q u e h a b i e n d o h u r t a d o á o t r a p e r s o n a 200 r ea l e s p r e g u n t á n d o l e al reo q u i e n se los h a b í a t o ­m a d o le r e s p o n d i e r a el n o m b r e p rop io y q u e t a m b i é n vio en o t r a o c a s i ó n el t e s t i g o e n e l

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 5»

a p o s e n t o fiel reo u n a figura q u e t e n í a j u z g a d a de-c i e r t o c r i a d o del Arzob i spo (1) en q u e dec ía , e n ­t r e o t r a s c o s a s , que la t a l p e r s o n a ser ía e m -v i a d a á a l g u n o s n e g o c i o s de p a r t e de a l g ú n s e -ñ o r y q u e v a l d r í a , m u c h o a u n q u e t a r d e . El t e s t i g o s e g u n d o d ice q u e el reo le h a b í a d i c h o q u e h a r í a c o m o u n o s s i e t e m e s e s que c i e r t a p e r s o n a le h a ­b í a p r e g u n t a d o s i por a s t r o l o g i a pod ía saber de n n a so r t i j a q u e le h a b í a fa l tado; y q u e r e s p o n d i ó n o lo pod ía dec i r , po rque e ra vedado , é s to , s e g ú n le h a b í a n d i c h o s u s confesores ; y que o t r a s veces v i o el t e s t i g o como el reo , t o m a n d o u n a s e f e m é ­r i d e s y e s c r i b i e n d o u n o s n ú m e r o s y c u a t r o ó c i n c o r a y a s y u n c í r cu lo c u a d r a d o que dec ía e r a

figura, d i jo q u e á la m a ñ a n a h a r í a b u e n t i e m p o ó m a l t i e m p o , ó la s e m a n a s i g u i e n t e s u c e d e r í a t a l c o s a , y que h a b í a c u a t r o ó c i n c o meses fuera c o n u n paje del a r zob i spo , á q u i e n b a b i a n h u r t a d o 200

. ó 300 rea ies á p r e g u n t a r al reo q u i e n se los h a b í a t o m a d o , y que é s t e les r e s p o n d i ó que el d i n e r o p a r e c e r í a , como d e s p u é s pa rec ió , y no vio lo d e ­m á s q u e p a s ó en e s t a ocas ión ; y en la r a t i f i c a ­c i ó n di jo q u e se a c o r d a b a q u e t a m b i é n el t e s t i g o p o r el m e s m o t i e m p o pregunt: ' ) al reo s i á u n h e r m a n o s u y o le v o l v e r í a n u n oficio de la i g l e s i a q u e le b a b i a n q u i t a d o , y q u e el reo p r e g u n t ó la h o r a q u e e r a e n t o n c e s , e n c a r g á n d o l e lo s u p i e s e d e c i e r t o , y h a b i é n d o l a s ab ido , le di jo al o t ro d i a q u e no sa ld r í a con el oficio , y no s ab í a s i alzó f i g u r a ó nó .

« E s t a n d o en es te e s t ado el p roceso , se de la tó e l reo de q u e h a b í a a l zado t r e s figuras; la u n a de u n c r i a d o del Arzob i spo , p i d i é n d o l e la h o r a e n q u e h a b í a n a c i d o , y d á n d o s e l a , alzó figura por la c a l c u l a c i ó n de l a s t a b l a s ; q u e h a b r í a u n a ñ o y s e l a d i e r a j u z g a d a , d i c ióndo le , e n t r e o t r a s c o s a s , q u e h a b í a de ser de la I g l e s i a y t ene r d i g n i d a d e s

(1) I>. J u a n B o l t r a n d e G u e v a r a q u e t a l l e c i ó n u e v e d i a s riefcpucs. -do i a p r i s i ó n d e P a t r i c i o S i n o t , ut 22 d e M a y o d e 1(122,

(50 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

y r i q u e z a s , y las o t r a s dos figuras, la u n a fuá la q u e refiere el t e s t i g o 2.°, j u z g á n d o l a por la h o r a a e la i n t e r r o g a c i ó n y r e s p o n d i é n d o l e q u e q u i e n le h a b í a h u r t a d o los d i n e r o s , e r a u n h o m b r e l l a m a ­do Gregor io ó J u a n ; y q u e porf iándole q u e se lo d i j e r a m á s c l a ro , le di jo se l l a m a b a Juan López, que e ra el e s t u d i a n t e q u e i b a con és te (y q u e es el d i c h o t e s t i g o 2.";) y la o t r a figura q u e alzó fué c u a n d o este t e s t i g o le p r e g u n t ó por s u h e r m a n o lo q u e va d i c h o ; y le r e s p o n d i ó q u e nó , p o r q u e t e n í a u n a p e r s o n a g r a v e por c o n t r a r i a y q u e a n s i ser ía m u y di f icul toso salir, con el la , y que n o le d i o el pape l de la figura j u z g a d a , y q u e d e s p u é s á todos Íes di jo n o h i c i e s e n c a s o de ello p o r q u e solo Dios sabía la verdad. Y dec la ró que los l i b ros d o n d e a l zaba figura e r a n las Ejemérides de Julio Estadio y o t ro de Astrologia Universal ó Interroga­ciones hedías por Abrahan Abenar, judio, y o t ro v i e ­j o , s i n p r i n c i p i o n i n o m b r e de a u t o r , q u e e n t r e g ó c o n a l g u n a s figuras que habia alzado por curiosidad ypor ejercicio, s i n h a b e r a lzado m á s , n i j u z g a d o m á s de las t r e s ; y q u e el l ib ro de Abenar, j u d i o , d ic i . sndole s u confesor que e ra v e d a d o , en u n a e n f e r m e d a d q u e h a b í a t e n i d o el a ñ o p a s a d o se lo e n t r e g ó y lo q u e m ó . (Asi lo declara también el con-

J'esor.)» «Es te reo dec í a cosas muy singulares y so l ía

acertar en suspredieiones:-Votóse q u e , t e n i e n d o l a c i u d a d por cárce l se s i g u i e s e s u c a u s a , y es to fuo c o n s i d e r a n d o q u e se h a b i a d e l a t a d o , y p o r q u e p u ­d iese a c u d i r á s u c á t e d r a , y por p a r e c e r h o m b r e senc i l lo .

«Túbose con él l a p r i m e r a a u d i e n c i a á 14 d e :

Mayo de 1622, en q u e dijo ser c r i s t i a n o vie jo , h i j o ' d e p a d r e s ca tó l i cos y caba l l e ros , q u e , por de f ensa de la F é h a b í a n s ido p e r s e g u i d o s , v i n i é n d o s e ol á E s p a ñ a ; y que no s ab í a la c a u s a de s u p r i s i ó n s i n o por lo q u e t e n í a d e c l a r a d o , y di jo q u e s e g u i a b a por los s i g n o s y p l a n e t a s sin tener pacto con el Demonio. F u e s e n t e n c i a d o á 21 de J u n i o que 1

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 61

en la, s a l a (le la A u d i e n c i a se le leyese s u s e n t e n ­c i a , a b j u r a s e de leoi y fuese g r a v e m e n t e r e p r e n ­d i d o y d e s t e r r a d o de e s t a c i u d a d po r dos a ñ o s ; y n o se le dio p o n a m a y o r por ser de la calidad que és, y m u y pobre . E j ecu tóse en 22 del m i s m o . »

E s d e a d v e r t i r q u e el 24 de Mayo t u v o l u g a r u n g r a n a u t o de fó al q u e no sa l ió es te reo .por la de fe renc ia y respe to que á los i n q u i s i d o r e s le n i e r e c i a , m á s q u e s u c a l i d a d , el C l a u s t r o U n i v e r ­s i t a r i o y la b u e n a f a m a d e e s t a e s c u e l a c a t ó l i c a . E n es te c a s o , i n s p i r a b a n solo desp rec io l a s c h o ­c h e c e s de los t e s t i g o s . J a m á s h u b o l e g a l i d a d i g u a l p a r a todos , a n t e los t r i b u n a l e s h u m a n o s , y a u n es tos la n i e g a n a n t e el i n a p e l a b l e de Dios. d i c i e n d o «lo que alareis en la tierra e t c . Solo la N a t u r a l e z a es j u s t a .

Fr. Andrés Dorado.

S A N T I A G O . — 1 ©S«. E s t e bru jo de la o rden de p r e d i c a d o r e s y s a ­

c e r d o t e , c o n o c í a me jo r que el i r l a n d é s Si 'not, á e s t a c l a se v u l g a r del pueb lo g a l l e g o , s enc i l l a y m a l i c i o s a á u n t i e m p o , q u e c o n c u r r e á la c o n s u l ­t a , n o de los a s t ros n i de la c i e n c i a , s i no de la f a ­m o s a e s c u d i l l a y de l a s m i s t e r i o s a s i n v o c a c i o n e s de l d e m o n i o . Todo m á s en armonía , con la e n s e ­ñ a n z a r e l i g i o s a y a n t i q u í s i m a que recibe de s u c le ro y de s u s p r í n c i p e s .

F r a y A n d r é s Dorado t en í a , es c i e r t o , %n libro latino de d o n d e s a c a b a e x o r c i s m o s p a r a e n d e m o ­n i a d o s h i s t é r i c o s y c e r e m o n i a s p a r a t o d a c lase de e n f e r m e d a d e s .

El c o n v e n t o de r e l g i í o s a s d o m i n i c a s de Belvis e n S a n t i a g o , e r a en d o n d e ejercía el oficio de c u ­r a n d e r o y s a c a - d i a b l o s , ó mejor d i c h o s a c a - d i n e ­r o s , q u e e r a n ios q u e á él le t e n í a n con c u i d a d o .

82 Х-гл I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

D a b a n ó m i n a s e s c r i t a s contra el fuego y los r e s t a n t e s e l e m e n t o s ; y n o h a b í a r a b i a , n i ce los , n i d e s d i c h a s , n i t i s i s que no c u r a s e , teniendo Jé— como era de r i go r .—los q u e le c o m p r a b a n e s t a s i n a p r e c i a b l e s r e c e t a s .

Vend ía el d o m i n i c o m e d a l l a s , c u e n t a s de v i d r i o c o n i n d u l g e n c i a s , la g l o r i a e n t e r a con s u Dios y s u s S a n t o s y la b e n d i c i ó n , al m a y o r c r i m i n a l de t o d a la v i d a , y por b ien pocos r ea l e s ; y n o a t a b a e n la t i e r r a al j u s t o q u e no le p a g a s e , p a r a q u e n o fuese a t a d o en el c ie lo , en j u s t a V e n g a n z a de s u s i n t e r e s e s b u r l a d o s .

L o s enfe rmos r e c u r r í a n á es te frai le de S a n t o D o m i n g o b i e n s e g u r o s de q u e , si la s a l u d n o r e ­c o b r a s e n (por i n e s c r u t a b l e s d e s i g n i o s de Dios,) t e n í a n , al m e n o s , s e g u r a la b i e n a v e n t u r a n z a .

Fr . A n d r á s m a r c h a b a bien en s u profes ión ; pero todo c o m e r c i o t i e n e s u s q u i e b r a s ; y u n e s t ú ­p ido c l i e n t e , q u e , s in d u d a , se h a b í a a g r a v a d o c o n s u s m e d i c i n a s , dela tó le al S a n t o Oficio, c o n t a n d o l a s c e r e m o n i a s s i g u i e n t e s :

« P r i m e r a m e n t e , di jo F r . A n d r é s Dorado , q u e el m a l q u e t e n í a d i c h o enfermo eran brujas; y l u e ­g o le u n g i ó con c i e r t o s a c e i t e s y le dio de el los á beber .»

«Pidió, l uego , u n p o c o de p l o m o ; y h a c i e n d o fuego , der r i t i ó lo , e c h á n d o l o d e s p u é s en u n a e s c u ­d i l l a de a g u a . Colocó e s t a e s c u d i l l a e n c i m a del enfe rmo, y apareció en el plomo una flgura, por una parle como sapo, y por otra como de mujer.» . F r . A n d r é s e r a p r e s t i d i g i t a d o r y d e b i a t e n e r ocu l to en la a n c h a m a n g a a l g ú n cuño: pero n o h a b i é n d o l e sa l ido b i e n m a r c a d o la p r i m e r a vez» di jo q u e aque l p lomo n o e ra b u e n o , p o r q u e t e n í a m u c h o e s t a ñ o , y m a n d ó q u e le b u s c a s e n o t r o mejor .

Tra jé ron le , e n t o n c e s , dos b a l a s de a r c a b u z y volvió á c o m e n z a r la o p e r a c i ó n . D e r r i t i ó l a s , echó a q u e l plomo e n la e s c u d i l l a s a c r a t e n i é n d o l a e n ­c i m a del enfe rmo, e s t a m p ó s u ocu l to sel lo , y . . , . .

B r u j o s >' A s t r ó l o g o s . 0 8

•entonces sa l ió en la p l a n c h a m e t á l i c a «una (¡gura de mujer coa su toca y unas yeroas debajo del brazo y

junto á ella dos //guras feas pequeñilas y a n s i raesmo—prosigue el t e x t o , — s e h izo r e l ac ión q u e e s t e reo d a b a n ó m i n a s á los enfe rmos c o n las q u e d e c í a s a n a b a á m u c h o s . »

E s t e p roceso d i s p a r a t a d o pa só , como todos los de s u c l a se , á in fo rme de los sabios calificadores; d o c t o r e s de g r a n ciencia y virtud, y f ra i les , c a n ó ­n i g o s , t eó logos de la U n i v e r s i d a d , y a u n p r e l a d o s .y t í t u l o s , y conse je ros . Lo m á s florido de a q u e l l a s s o c i e d a d e s r e l i g i o s a s y c ien t í f icas .

E s t o s s a b i o s , cuyos n o m b r e s n o h a n q u e d a d o e s c r i t o s n i s i q u i e r a en e s to s p rocesos h u m i l d e s , ca l i f i ca ron es tos h e c h o s de s u p e r s t i c i o s o s ; p e r o aque l lo do las figuras en el p lomo. . . .—que no i n ­d i c a b a s ino q u e F r . A n d r é s Dorado e ra u n a r t i s t a g r a b a d o r en h u e c o del s ig lo XVII,—inducía gran sospecha de pacto con el demonio.

H a b í a c o m e n z a d o es te p roceso el d í a 22 de A g o s t o de 1622 con la p r i s i ó n del r eo , d e n t r o de u n a ce lda de su c o n v e n t o de S a n t i a g o ; y e n t r e i n ­f o r m a c i o n e s y d i l a c i o n e s , d i s g u s t o s y r é p l i c a s , (pues u n f ra i le n o es u n h o m b r e solo y u n c h a r l a ­t á n c u a l q u i e r a , s ino t o d a u n a o rden de m i l l a r e s de i n d i v i d u o s , ) pasóse u n a ñ o e n t e r o , h a s t a q u e s e c o n v i n o con el S a n t o Oficio en q u e solo se le q u i t a s e el l ibro q u e pose ía , por d o n d e c o p i a b a los e x o r c i s m o s y c e r e m o n i a s , - l i b r o d e l c u a l h a b í a , s i n d u d a , m á s e j emp la re s e n el c o n v e n t o . . . . — y a d e ­m á s «fué adoertido y avisado en u n a A u d i e n c i a s e ­c r e t a de 29 de O c t u b r e de 1623, q u e de a l l i en a d e ­l a n t e n o h i c i e s e s e m e j a n t e s c e r e m o n i a s y s u p e r s ­t i c i o n e s . »

F r a y A n d r é s Dorado volvió , p u e s , al re fec tor io t r a n q u i l a m e n t e , y p u d o h a b e r d i c h o á los i n q u i s i ­d o r e s , t o m a n d o s e c r e t a m e n t e en s u c o m p a ñ í a el chocola te :—«Yo b u s c o l a , v i d a como p u e d o , u s t e ­d e s b u s c a n la s u y a . . . . Todos somos unos, como d i c e

6í T-dO, I n q u i s i c i ó n «le G a l i c i a .

el Profe ta :«Sea una sola la bolsa de lodos nosotros...»(!)• —¡Oh, y a lo c reo , - r ep l i ca r í a o t ro co lega s u y o .

F r . M a r t i n Alonso A d á n , q u e era el i n q u i s i d o r : — ¡pero q u e no se vea , h o m b r e , que no se vea!. . . (2)-

El Marqués de Camarasa.

S A N T I A G O — 1 G « 3 . Como a r m a po l í t i ca no t u v o c o m p e t e n c i a la

I n q u i s i c i ó n ; no o b s t a n t e , h a y q u e r e c o n o c e r que-l a a r i s t o c r a c i a de aque l s ig lo XVII n o c a r e c í a de s u p e r s t i c i o n e s y de i g n o r a n c i a s , n i h o y c a r e c e t o d a v í a .

Dec imos es to al h a l l a r con s o r p r e s a e n t r e los folios de es te p roceso u n a p r u e b a i r r e c u s a b l e c o n t r a el b ru jo m a r q u é s de C a m a r a s a .

E s u n a m e d a l l a de p l a t a , como de c u a t r o c e n ­t í m e t r o s de d i á m e í r o , b i e n a c u ñ a d a y c o n s e r v a ­d a , r e p r e s e n t a n d o por el a n v e r s o u n a c u a d r í c u l a d e m á s de s e s e n t a c a j e t i n e s con n ú m e r o s y c a ­r a c t e r e s g r i e g o s , ger 'oglíficos, mu je r e s , h o m b r e s -a n i m a l e s , figuras g e o m é t r i c a s y o t ros m u c h o s y m e n u d o s d ibu jos de re l i eve en el r eve r so .

E s t a m e d a l l a de p l a t a p e r t e n e c í a al m a r q u é s de C a m a r a s a , D. A n t o n i o de B e a u f o r t h , c a b a l l e r o del h á b i t o de S a n t i a g o , y la u s a b a p a r a alzar fi­gura y hacer hechicerías.

(1) L i b r o fie l o s P r o v e r b i o s , c a p . I v e r . I I . (2) E n ol m o m e n t o d o t e r m i n a r e s t e l i b e r o e x t r a c t o , r e c i b i m o s EL

Correo ('.allego d e l 2S d e O c l u b r e d e e s t e a ñ o 1SS5, d o n d e v e n i o s qu'..-t i o n l i n ú a n l o s s a c e r d o t e s c u r a n d e r o s , ( a u n q u e y a s u j e t o s á o l e o g é n e r o d e j u s t i c i a s y p e n i t e n c i a s . ) D i c e así e l p e r i ó d i c o l 'errolanc:

« E l G o b e r n a d o r c i v i l d e e s t a p r o v i n c i a h a i m p u e s t o á 1). J o s é jMarl'a A l o n s o y X a v a z a , p r e s b í t e r o , la m u l t a d e 75 p e s e t a s p o r h a b e r a n u n ­c i a d o como específico para curar todan las enfermedades, un vino de mi. invención. Y se le c o n m i n a con s o m e t e r l e ; ! l o s t r i b u n a l e s , si r e i n c i ­d i e s e . » « P e r o v a m o s á c u e n t a s : ¿ 0 , l é s i g n i f i c a la r e i n c i d e n c i a ? » « P o r ­q u e se n o s a n t o j a q u e el P a d r e A l o n s o y N a v a z a e s t á reincidiendo l t a c c m u c h o t i empo . . »

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 65

B i e n se s u p o n e que no l l evaba d ine ro por a d i ­v i n a r la s u e r t e fu tu ra , ni. por c u r a r las en fe r ine -

' d a d e s ; y a u n t a m b i é n q u e no r c c i b i a c o n s u l t a s ; p e r o se deja c o m p r e n d e r que Y). A n t o n i o de B e a u -í o r t h , e r a a f ic ionado á la a s t r o l o g í a j u d i c i a r i a y p a s a b a en n u e s t r o s pueb los como"un sab io meigo, d a d o á los d i a b l o s , de c u y a o p i n i ó n se a p r o v e c h ó e l Consejo p a r a d e s h a c e r s e de u n e n e m i g o p o d e ­r o s o , y él c o n d e - d u q u e de Ol iva res p a r a m o r t i f i ­c a r y a u n i n u t i l i z a r v a n i d a d e s , a fecc iones y p l a ­n e s del c a r d e n a l d u q u e de L e r m a .

De r e g r e s o ó h u i d a d é l a Cor t e , fué d e t e n i d o y p r e s o en s u c a s a de S a n t i a g o el refer ido m a r q u é s , e l d i a doce de Nov iembre de 1623, h a b i é n d o s e l e h a l l a d o v a r i l l a s , pape l e s y l ibros de a s t r o l o g í a , c o n la re fer ida m e d a l l a c a b a l í s t i c a que e s t á d e n ­t r o de es te p roceso en el a r c h i v o de S i m a n c a s .

E s t e reo no pasó á las cá r ce l e s s e c r e t a s po r s u c a l i d a d , q u e d a n d o solo e n c e r r a d o en s u c a s a , p o r o r d e n del Consejo .

A c u s ó s e l e de que , i n s t i g a d o por el c a r d e n a l d u q u e de L e r m a , h a b i a t r a t a d o de d a r m u e r t e a l c o n d e - d u q u e de Ol iva res ; y como es te c r i m e n s e

s e p a r a m u c h o de la astrología judiciaria, y el p r o ­c e s o es m u y e x t e n s o y a l t a m e n t e po l í t i co , c e r r a ­m o s el l ega jo de n u e s t r a s n o t a s , de j ando e s t e e s ­t u d i o p a r a u n folleto a p a r t e , m u y c u r i o s o y d i g n o d e ser le ido, y e n el c u a l p r o c u r a r e m o s d a r u n f a c s í m i l e de la m e d a l l a q u e a h o r a n o t e n e m o s á l a v i s t a .

L a s d i m e n s i o n e s r e g u l a r e s q u e y a v a t o m a n d o e s t e t r a b a j o , y p o r q u e n o s p r o p u s i m o s q u e r e s u l ­t a s e b reve y e n t r e t e n i d o , y el ver que a u n t e n e ­m o s once p rocesos p a r a él e x a m e n , n o s d e c i d e á p u b l i c a r a p a r t e la cé lebre c a u s a del m a r q u é s d e C a m a r a s a , D. A n t o n i o de Beaufor th , c a b a l l e r o d e l h á b i t o de S a n t i a g o , n o solo po r las r e f e r i da s h e c h i c e r í a s , sino por t e n t a t i v a de a s e s i n a t o c o n -

(56 L a I n q u i s i c i ó n ele G a l i c i a .

t r a la p e r s o n a del p r i m e r m i n i s t r o de F e l i ­pe IV. (1)

r

Elvira Martinez. CANGAS.—1G«5.

C u a n d o se e s t a b a r e c o n s t r u y e n d o la v i l l a d e "Cangas , q u e m a d a por la a r m a d a t u r c a e n 1617, b a i l á r o n s e so la res de c a s a s y b i e n e s p e r t e n e c i e n ­t e s á e s t a reo y s u fami l i a , t o d a el la c a u t i v a ó m u e r t a , como consta del memorial existente en el ayuntamiento de Santiago, y que y a h e m o s c i t a d o y p u b l i c a d o .

A d e m á s de J u a n Bon «muerto de un mosquetazo y dos cuchilladas en la cabeza» y María Bon ude un

flechazo en los pechos y una cuchillada en la garganta,» fueron c a u t i v o s y l levados en las n a v e s t u r c a s , p a r a no volver j a m á s y h a l l a r o s c u r a m u e r t e , J u a n Mar t inez , el viejo, m o l i n e r o , y D o m i n g a M a r t i n e z , s u muje r , con u n a n i e t e c i l l a , h i j a de los p r i m e ­ros , y de e d a d de dos a ñ o s .

E l v i r a Mar t i nez , so l t e ra , a u n q u e de e d a d de 50 a ñ o s , h e r e d e r a de las c a s a s , m o l i n o s y t i e r r a s d e e s t a s f a m i l i a s , fué d e n u n c i a d a por bruja a l S a n t o Oficio; el mejor de los r e c u r s o s p o s i b l e s p a r a d e s ­po j a r l a de s u s b i e n e s , a u n q u e se p a g a s e el t a n t o al t r i b u n a l Apos tó l i co .

(1) Esto marqués do Camarasa conserva una capilla fio patro­nato y mi lujoso panteón en el templo de Santa María del Camiuo c u la ciudad Conipostclana, sobro cuyo locho so representa su estatua de rodillas, l'rcnlc al altar, y debajo de un arco, vestido do cota y mallas, armado de espada, y repasando las cuentas do un grueso rosario. El arco y el gmerroro están pintados y llorados reciente­mente. El rostro de esto altivo y quizá icóg'nico, es hermoso, está rodeado de abundante cabellera y usa blg-oto y perilla. En el orato­rio que el marqués tiono delante cubierto por un paño y Hoco pinta-dode rojo y dorado/se ven las manoplas y el casco de acero con l a m -hrequines. La arquitectura do la capilla es anterior á la del tem­plo actual, como so comprende, y la inscripción es de otro ind iv i ­duo de la familia, una marquesa t'allocida en 1810.

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 6 7

E n el a t a q u e de los t u r c o s , s i u n o s h a b í a n s i do d e g o l l a d o s y d e s h o n r a d a s y m u e r t a s las m u ­j e r e s y a r r u i n a d a s y p e r d i d a s m u c h a s f a m i l i a s i n fe l i ces , en c a m b i o o t r a s se h a b í a n e n r i q u e c i d o ; y t r a s de la g u e r r a h a b i a v e n i d o la pes t e , y el h a m b r e , y la r a p i ñ a , y la I n q u i s i c i ó n , peor y m á s t e r r i b l e p l a g a q u e t o d a s las c a l a m i d a d e s j u n t a s .

Desde la e d a d de 20 a ñ o s , c u a n d o e r a j o v e n y hermosa, y se c a s a b a con el d e m o n i o , e r a b r u j a E l v i r a Mar t ínez , s e g ú n c o n s t a de s u p roceso ; y , s i n e m b a r g o , n o fué d e l a t a d a h a s t a ocho a ñ o s d e s p u é s de la q u e m a de C a n g a s , y c u a n d o , s i n d u d a , r e g r e s a b a á e s t a v i l l a en 1625, y a c u m p l i ­dos los 50 a ñ o s de su edad , h u é r f a n a , d e s g r a c i a ­da , pobre ; p o r q u e y a todo se lo h a b í a n a r r e b a t a ­do los que l l e g a r a n p r i m e r o , y t o m a r o n la v i l l a po r conqu i s t a " á i m i t a c i ó n de los t u r c o s .

P o r q u e h a y q u e a d v e r t i r que en n u e s t r a g l o ­r i o s a m o n a r q u í a y r e i n a n d o Fe l ipe I I I ; e n e s t a s c o s t a s de Ga l i c i a , a b a n d o n a d a s como las de G u i ­n e a , c a d a cua l e s c a p a b a por d o n d e p o d í a á l a a p r o x i m a c i ó n de c u a l e s q u i e r a n a v e s p i r a t a s . L a c u e s t i ó n e r a de q u e no llegasen á Madrid l a s c o ­r r e r í a s e x t r a n j e r a s , y b i e n se r e í a de o t r a s u e r t e el b u e n m o n a r c a de los m u e r t o s y h e r i d o s q u e h u b i e s e en s u r e i n o de Gal ic ia ! . . . como no m e r ­m a s e n m u c h o las r e n t a s

L a s b r u j a s de C a n g a s h a n l l a m a d o la a t e n ­c ión , p o r q u e p r e c i s a m e n t e t o d a s h a n a p a r e c i d o y f igurado p r o c e s a d a s después de la entrada de los turcos; y como h e m o s h a b l a d o y h a b l a r e m o s m á s a d e l a n t e de e s t a f amosa d e r r o t a , no p o d e m o s r e s i s t i r al deseo de cop ia r u n a r t í c u l o n u e s t r o , i m p r e s o e n Galicia Diplomática, n u e s t t a r e v i s t a de a n t i g ü e d a d e s c o r r e s p o n d i e n t e al t o m o p r i m e ­ro n ú m e r o 13 de 1." de O c t u b r e de 1882.

V a y a el p a r é n t e s i s h i s t é r i c o - l i t e r a r i o p a r a so laz del l ec to r á q u i e n j u z g a m o s y a c a n s a d o c o n l a m o n o t o n í a d e los b ru jos g a l l e g o s , q u e n o a p o r t a r o n o t r a c i e n c i a que el h a c e r s e u n o s

L i a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

c o n los b i e n e s de los o t ros por la t r a i c i ó n , el e n g a ñ o y la d e n u n c i a , .como s u c e d e en t o d o s los p a i s e s donde r e i n a la a n a r q u í a , el c le ro , y s o b e r a n o s como los de la c a s a de A u s t r i a , b i e n d e s d i c h a d o s por c i e r t o .

Mejor le va ld r í a á G a l i c i a en t a l e s t i e m p o s ser p o r t u g u e s a ; p u e s i n d i g n a la i n d i f e r e n c i a con q u e l a m i r ó y explo tó ese poder c e n t r a l , que solo á s u c o s t a y por s u i n i c i a t i v a pudo erigirse d e s p u e s-de u n a g u e r r a de s ie te s i g l o s , d u r a n t e la c u a l h a ­lló aqu í h o m b r e s , r e c u r s o s , l ea l t ad , nob leza , a b ­n e g a c i ó n y p a t r i o t i s m o . J u z g e el lec tor , de n u e s ­t r a p r o p i a d e s d i c h a .

Canción Popular Antigua E N DÍALECTO GALLEGO

{Be un foro del convento de Celanova.) H a c e a l g ú n t i e m p o q u e u n i l u s t r a d í s i m o s u s ­

c r i t o y e s c r i t o r , el Sr. D. .Toso Ojea, hal ló e s c r i t a e n u n foro del cé lebre c o n v e n t o de Ce lanova u n a de las a n t i g u a s c a n c i o n e s p o p u l a r e s de Ga l i c i a , c o n s u e s t r ib i l lo , s u m e t r o e s p e c i a l í s i m b de n u e ­v e s í l abas a l t e r n a n d o c o n c i n c o , s u s r e m i n i s c e n ­c i a s de la e d a d m e d i a , s u s abo r feudá l ico y u n a d e s c r i p c i ó n , c a s i c o m p l e t a y en e x t r e m o l u m i n o ­s a , de c i e r t a i n v a s i ó n de moros renegados e n u n a c o m a r c a g a l l e g a q u e arrasaron y s a q u e a r o n á p l a c e r .

Tal d e s c u b r i m i e n t o , d e g r a n i m p o r t a n c i a , n o solo p a r a la p a t r i a l i t e r a t u r a , s ino p a r a la h i s t o r i a , fué objeto de a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s p o r p a r t e d e u n e s c r i t o r g a l l e g o , á q u i e n el Sr . Ojea confió u n a cop ia de la c i t a d a c o m p o s i c i ó n . E n e l l as l i ­m i t ó s e á p r e s e n t a r l a c o m o u n espécimen de a l ­g u n a s otras» de las c u a l e s n o e r a la m á s c a r a c t e -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 69

•rística n i l a m a s i m p o r t a n t e , pero s i «una de l a s m á s c u r i o s a s ba jo el p u n t o de v i s t a de la e x ­p re s ión y de la forma.»

Noso t ros , q u e la t e n e m o s á la v i s t a , opinamos de •una manera bien distinta. L a e x p r e s i ó n y la f o r m a n a d a ofrecen de n o t a b l e en u n a c a n c i ó n p o p u l a r

.que h a p e r d i d o á t r a v o s de los s ig lo s s u r e d a c ­c i ó n p r i m i t i v a y h a s t a los t é r m i n o s en q u e p u d o se r e s c r i t a , (no e n v e r d a d los. del s u b d i a l e c t o o r e n s a n o ) y n o nos h u b i é r a m o s o c u p a d o de e l l a •con s e m e j a n t e m o t i v o .

El h a l l a r s e t r a z a d a e n t r e los c l a ro s de u n foro del c o n v e n t o de Ce l anova por u n a m a n o del s i ­g lo p a s a d o , no e ra , (después del e scaso m é r i t o de la fo rma y de la exp re s ión ) c a u s a ni a n t i g ü e ­d a d b a s t a n t e p a r a h a c e r l a d i g n a de u n d e t e n i d o e s t u d i o y de u n e log io i n m e r e c i d o .

E s que á t r a v é s de s u t o s c a c o n t e x t u r a , d e .sus c a m b i a d a s f rases , de s u s r e t o q u e s g r o s e r o s , h e m o s a d i v i n a d o u n a f echa -memorab le , y en s u s ve r sos i n c o m p l e t o s u u a r e l a c i ó n h i s t ó r i c a de q u e y a nos h e m o s o c u p a d o : por eso t i e n e p a r a n o s s o t ro s i m p o r t a n c i a s u m a .

«Da ta ,—dice el e s c r i t o r q u e la e x a m i n ó p r i ­m e r o , — c u a n d o m o n o s , de m e d i a d o s del s i g l o p a -.sado; pero la c r eemos h a r t o a n t i g u a , y n i s i q u i e ­r a la j u z g a m o s fruto de aque l los t i e m p o s e n q u e t a n a z o t a d a fué la c o s t a de Ga l i c i a po r los p i r a ­t a s b e r b e r i s c o s .

Todo lo contrario es n u e s t r o h u m i l d e p a r e c e r . E l c r í t i co p u s o el dedo en la l l a g a y lo r e t i r ó c o n t e m o r , c o n s i d e r a n d o «que l a p r o v i n c i a de O r e n s e n o t e n i a p u e r t o a l g u n o , q u e e s t a b a por d e p r o n t o •al a b r i g o de u n g o l p e de m a n o de b e r b e r i s c o s y a r g e l i n o s , y que n o d e b í a n p r e o c u p a r m u c h o á-s u s pueb los s e m e j a n t e s sucesos ,»

P r e c i s a m e n t e ' e n es to h á l l a s e la e x p l i c a c i ó n •del e s c a s o r e spe to con q n e se t r a t ó e s t a p r e c i o s a m u e s t r a de n u e s t r a poes ía p o p u l a r , m u t i l á n d o l a . s in p i e d a d h a s t a el p u n t o de n o c o n s e r v a r , e »

7 0 X j a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

n u e s t r o j u i c i o , ni forma ni redacción primera,. En s u l a r g a p e r e g r i n a c i ó n por Ga l i c i a d u r a n ­

t e u n s ig lo y medio , o r a c a n t a d a á las p u e r t a s de l p a l a c i o ó del a n t i g u o cas t i l l o en donde t omó los-r a s g o s feudales q u e en el la se d e s c u b r e n , o ra á l a s p u e s t a s del m o n a s t e r i o ó del s a n t u a r i o m i l a ­g r o s o , en donde tomó d e f i n i t i v a m e n t e el t i n t e r e l i g i o s o que la b a ñ a , a d q u i r i ó t a m b i é n la c o m ­p o s i c i ó n que es objeto de e s t a s l i n e a s , e sa v a g u e ­d a d «no m u y p r o p i a de la m u s a popu l a r , á la c u a l a g r a d a sobre m a n e r a lo a c u s a d o y p e r f e c t a m e n t e definido,» como a c e r t a d a m e n t e observó el e s c r i ­t o r c i t a d o . Ai l l ega r en el s ig lo p a s a d o al m o n a s ­t e r i o de Ce lano va y al e s c r i b i r l a el monje en los c l a ro s del a n t i g u o foro, e s t a b a y a , s i n d u d a , t a n p e r d i d a , que q u i z á el. m i s m o r e l i g io so la reformó e n el s u b d i a l e c t o o r e n s a n o , s i r v i éndo l e el o b l i g a ­do y no s i e m p r e o p o r t u n o lonxe, lonxe, p a r a s u p l i r f a l t a s de la m e m o r i a , y a ñ a d i é n d o l e h a s t a p a r é n ­t e s i s , en casos n e c e s a r i o s y en c o n o c i d a s a l t e r a ­c i o n e s de la ob ra p r i m i t i v a ,

As í quedó e s t a , t a n d e s f i g u r a d a , q u e n u e s ­t r o a l u d i d o e s c r i t o r g a l l e g o n o ace r tó á fijar la época , n i p u d o s o s p e c h a r á qué a c o n t e c i m i e n t o s ' i m p o r t a n t e s so refería, l i m i t á n d o s e á e x c l a m a r d e s p u é s de la l ec tu ra : « ¡Famosa d e b i a s e r la c o m ­p o s i c i ó n , ó muy famoso el hecho, c u a n d o se fiaba s u c o n s e r v a c i ó n á la e s c r i t u r a , y u n h o m b r e d e l p a ­s a d o s ig lo , u n monje de Ce lanova , le p r e s t a b a la su f ic ien te a t e n c i ó n y d a b a la i m p o r t a n c i a n e c e ­s a r i a , p a r a conf iar la al pape l y l i b r a r l a a s i del o lv ido de las gen tes !»

Sin e m b a r g o , fijándose b ien en la v a g a r e l a ­c i ó n de e s t a s e s t ro fas y t e n i e n d o p r e s e n t e la in­formación original de la entrada de los turcos y saco de Cangas que h e m o s p u b l i c a d o e n n ú m e r o s a n t e r i o ­r e s , n o cabe la m e n o r d u d a q u e p a r e c e n a m b a s u n a m i s m a cosa ,

«Viñeron os m o u r o s a r r e n e g a d o s l á de m o y l o n x e , l o n x e , lonxe . . .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 71

¿Y po r dónde p o d i a n v e n i r , s i n o n o s r e m o n t a ­m o s á la é p o c a de la r e c o n q u i s t a , s ino por el O c é a n o e n las n a v e s co r sa r i a s?

L a s g e n t e s del l u g a r i n d e f e n s a s , p u e s l a m a ­y o r p a r t e do los h o m b r e s , ( r ep re sen tados por u n o e n la compos i c ión ! a n d a b a n en la g u e r r a p o - l o se­ñor, fueron s o r u r e h d i d a s , y los e n e m i g o s lo a r r a ­s a r o n y lo s a q u e a r o n t o d o .

El a l t a r de Dios quedó «com'á noüiña sin sol;» y l a s g e n t e s c o r r i e r o n á r e f u g i a r s e e n t r e penedos y touzas l l evando con a l g u n o s obje tos s a lvados de l a r a p i ñ a el m i l a g r o s o Santo Cristo de Cangas que no quiso arder en el i n c e n d i o de la I g l e s i a C o l e ­g i a l , s e g ú n la d e c l a r a c i ó n de u n t e s t i g o .

Desdé e s t e p u n t o en que la r e l a c i ó n p o é t i c a c i t a al Cr i s to , c o m i e n z a s u e s p í r i t u p u r a m e n t e r e ­l i g i o s o y la a f i rmac ión del m i l a g r o s o s u c e s o .

Los penedos y las tomas fueron rodeados po r los p i r a t a s e n e m i g o s :

«Xa dos p e n e d o s , n a b u r a t i ñ a , v í a n s e a s c a r a s de t a l x e n t i ñ a » . . .

y todos los pobres r e f u g i a d o s p u s i e r o n su ú n i c a e s p e r a n z a en el Sa lvado r del m u n d o : e n t o n c e s o c u r r i ó el milagro q u e se a p u n t a en la p e n ú l t i m a e s t ro fa y que p u d o ser a ñ a d i d o p a r a c a n t a r en los s a n t u a r i o s , p o r q u e vue lve al m o m e n t o á d e s ­m e n t i r s e en la es t rofa s i g u i e n t e .

Así deb ía de ser , p a r a e s t a r conformé l a c a n ­c i ó n p o p u l a r con la i n f o r m a c i ó n oficial . S e g ú n l a p r i m e r a es t rofa , á los c l a m o r e s de \Cristo\ \Cristo\ quedó esmagada aqueta xentiña; s e g ú n los e n e m i g o s t u r c o s , d e s p u é s del s a q u e o y del i n ­c e n d i o fóronse.

¡En t a l e s t a d o y c o n t a l e s c o n t r a d i c c i o n e s l l e g a á n o s o t r o s e s a p r e c i a d a r e l i q u i a de n u e s t r o c a n c i o n e r o , t a n t o m á s d i g n a de a t e n c i ó n y r e s ­p e t o c u a n t o m á s i n c o m p l e t a y p r o f a n a d a !

C o n s i g a d a y a la d a t a , d e s p u é s de 1617, y e x ­p r e s a d o el t e r r i b l e suceso que n o s p i n t a , r ó s t a n o s d a r á conoce r la c o m p o s i c i ó n c o p i a d a del s u p r a -

7 2 L a I n q u i s i c i ó n , d o G a l i c i a .

di cho foro de Celan ova, por el cu r io so ó i n t e l i g e n t e Sr . Ojea, y q u e n o s p a r e c e habe r , e n e s t e b r e v e e s t u d i o , u n i d o d e f i n i t i v a m e n t e á n u e s t r a h i s ­t o r i a .

Pó~lo c a m i n o e i v e n u n h o m e a i n d a ven lonxe , l o n x e , l onxe E u n o n sei s i a n d a ou s i co r r e , p o r q u e v e n l onxe , l o n x e , l o n x e .

¡Quen fora g a l g o , q u e n fora p á x a r o , q u e n fora v e n t o !

F a i m o i t o t e m p o que n o s d e i x o u a l a p r á l onxe , l o n x e , l onxe A n d a n a g u e r r a po - lo Señor a l a m o y lonxe , lonxe , l o n x e .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

V i ñ e r o n os m o u r o s a r r e n e g a d o s l á de m o y lonxe , lonxe , lonxe Todo a r r a s a r o n , e e s t a b a il ala m o y lonxe , l o n x e , l o n x e .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

Aque les h o m e s e r a n u s d e m u s l á de m o y lonxe , l o n x e , l onxe Todo l eva ron e n o s fuxemos ala p r a lonxe , l o n x e , l o n x e .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

O a l t a r i ñ o do noso Dios q u e m o r a lonxe , l onxe , l onxe , q u e d o u c o m a n o i t i ñ a s in sol -fux ido l onxe , l onxe , l o n x e .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

E n t r e p e n e d o s y e n t r e t o u z a s ala l o n x e , l onxe , l onxe , l e v a m o s o C r i s t o c o u t r a s c o u s a s

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 7 3

ala p r a l onxe , l onxe , l o n x e . Q u e n f'ora g a l g o , e t c .

I os m o u r o s a r r e n e g a d o s foron d e n t r a s l onxe , l onxe , I á q u i l e s p e n a d o s rodeados (era m o y l o n x e , l onxe , lonxe.)

Quen fora g a l g o , e t c .

Pob res de n o s todos h e r r a b a n a l a m o y l o n x e , l onxe , l o n x e , v á l e n o s C r i s t o , a p e l i d a b a n , e r a m o y l o n x e , lonxe , l onxe .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

E Cr i s to a p e l i d a b a n a l a m o y lonxe , lonxe , l onxe . Mira que i s e s po r t í n o n c h a m a n , •decíamos lonxe , l o n x e , l onxe .

Q u e n fora g a l g o , e t c .

X a dos p e n e d o s n a b u r a t i ñ a a l a m o y lonxe , l o n x e , l o n x e , v í a n s e a s c a r a s de t a l x e n t i ñ a ,

• a l a l onxe , l onxe , lonxe . Q u e n fora g a l g o , e t c .

Cr i s to , C r i s to , t odos á u n ' a d i x e m o s l onxe , l onxe , l onxe . I e s m a g a d a a q u e l a x e n t i ñ a q u e d o u a l a lonxe , l onxe , l o n x e . •

Quen fora g a l g o , e t c .

Ben t i v i n v i r pó- lo c a m i n o a l a l onxe , l onxe , l onxe . O Cr i s to a m p a r o u n o s , m e u q u e r i d i ñ o , E foronse l o n x e , l o n x e , l o n x e .

No t e r m i n a r e m o s a u n , s i n a d v e r t i r , (pues e s t o q u i z á e x p l i q u e el h a l l a z g o de e s t a a n t i g u a c a n -

7 4 L a I n q u i s i c i ó n , d e G a l i c i a .

c i ó n en l a p r o v i n c i a de Orense,) q u e A lva ro do-Va l l e , p r i m e r t e s t i g o en la i n f o r m a c i ó n l e v a n t a ­d a sobre los sucesos de C a n g a s , y q u e se h a l l ó p r e s e n t e á el los, e r a c a n ó n i g o de aque l l a c a t e d r a l y n a t u r a l ó r e s i d e n t e en la c i t a d a v i l l a .

Conoc ido el e s p í r i t u de aque l los t i e m p o s d e s ­g r a c i a d o s por los q u e a t r a v e s a b a n u e s t r o p u e b l o g a l l e g o , ( c u y a h i s t o r i a a u n no es del d o m i n i o públ ico , ) vo lvemos a h o r a á la c a u s a i n s t r u i d a c o n t r a E lv i r a Mar t ínez , d u e ñ a de g r a n d e s r i q u e ­z a s po r m u e r t e y c a u t i v i d a d de s u s p a r i e n t e s J u a n de Bon s u c u ñ a d o , Mar ía de Bon, s u h e r m a ­n a , J u a n Mar t ínez , el viejo m o l i n e r o , s u p a d r e , y D o m i n g a , s u m a d r e , con la n i e t e c i l l a q u e a n t e s q u e d a n o m b r a d a .

A la m e n o r t e n t a t i v a que h i z o E l v i r a p a r a a c e r c a r s e á s u s c a s a s y t e r r e n o , «fué p r e s a por la j u s t i c i a s e g l a r de d i c h a v i l l a de C a n g a s . » A c u s ó -se le de bruja y meiqa y otras cosas «y por p r u e b a s ó i n d i c i o s que c o n t r a e l la h u b o le dio la d i c h a j u s t i c i a s e g l a r , tormento.» E n ól confesó, o b l i g a ­d a por los do lores , «ser b ru ja y m e i g a y t e n e r p a c t o con el d e m o n i o c o n c r e e n c i a en ol, y a p o s -t a s i a e n la fe.»

Conven ía le en es te c a s o á la j u s t i c i a s e g l a r , m i l veces m á s a r b i t r a r i a , t i r a n a y m i s e r a b l e a u n q u e la i n q u i s i t o r i a l , d a r m u e r t e en h o g u e r a á la p o b r e ó i n o c e n t e E l v i r a ; pero el c o m i s a r i o de l S a n t o Oficio, que vio los p r e p a r a t i v o s de la J u s t i ­c i a de C a n g a s p a r a d a r á aque l pueb lo u n d ía de r egoc i jo , a m o n t o n a n d o l eña y q u e m a n d o á u n a m u j e r r e c l a m ó á é s t a p a r a el S a n t o Oficio de S a n t i a g o , n o condo l ido s e g u r a m e n t e , s ino m á s b i e n g a n o s o de! t a n t o por c i e n t o que se conf i scase .

L a d e n u n c i a del C o m i s a r i o , sa lvó á E l v i r a Mar t í nez de la h o g u e r a .

«Se ordenó po r la I n q u i s i c i ó n de S a n t i a g o al j u e z s e g l a r q u e no e j ecu t a se la s e n t e n c i a de­m u e r t e q u e t e n í a d a d a c o n t r a e s t a reo , y q u e r e ­m i t i e s e los a u t o s al t r i b u n a l . »

D B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 75

«Se le mar idó as í m i s m o á d i c h o Comisar io-q u e e x a m i n a s e J o s t e s t i g o s q u e d e p o n í a n , c o n t r a l a d i c h a , y fué é s t a v o t a d a á p r i s i ó n , en t r ando -e n cá rce l e s s e c r e t a s el d ía 5 de A g o s t o de 1626.»

El d ía 7 se t u v o con e l la la p r i m e r a a u d i e n c i a e n S a n t i a g o . Declaró q u e e r a cristiana vieja, bau­tizada y o t r a s c o s a s de r i g o r , ( n e c e s a r i a s absolu­tamente p a r a v iv i r en e s t a t i e r r a , ) y que t e n í a 50 a ñ o s .

P u e s t a en el t o r m e n t o , e n a q u e l l a s dos ó tres-h o r a s de a n s i e d a d , dolores y v e r g ü e n z a , sobre el p o t r o , d e s n u d a como las n i ñ a s de 15 a ñ o s , d e l a n ­t e de los h o m b r e s i m p ú d i c o s , t o d o s cé l ibes y c l é r i g o s , como e r a n F r a y M a r t i n Monso A d á n ; el l i c e n c i a d o Gómez Cor rea y F r a y Ben i to Méndez d e A n d r a d e , Inqu i s ido re s :*un c a n ó n i g o de . l a c a ­t e d r a l , p r o c e s a d o d e s p u é s por t o r p e s excesos c o n l a s d o n c e l l a s de las cá rce le s s e c r e t a s y con las m o n j a s de S a n Pe l ayo , (como d i r e m o s en o t ro l ibró;) el Dr. D. T o m á s de A g ü e r o e je rc iendo d e F i s c a l ! . . . y o t ro s á t i r o e n c a u s a d o t a m b i é n p o r d e l i t o s de e s t u p r o como e r a el a l c a i d e G a r c í a Fe i jóo ; a n t e e s t a g e n t e q u e se re ía y so l azaba c o n s u s do lores , d e s n u d e z y c o n t o r s i o n e s , p o ­n i é n d o l e el Cr i s to d e l a n t e de los ojos y m a n d a n ­d o al v e r d u g o q u e a p r e t a s e los corde les E l v i r a Mar t í nez fuo c a p a z de todo ; de todo lo que podía !

P o r q u e a u n q u e po r la l ib re i m a g i n a c i ó n le d i s c u r r i r í a n i d e a s de m u e r t e c o n t r a s u s e n e m i ­g o s , y los m a y o r e s c r í m e n e s r e s p o n d i e s e n e n r e p r e s a l i a á los t o r m e n t o s q u e sufr ía ; h a l l á b a s e o p r i m i d a en las mollejas de las p a n t o r r i l l a s p o r s e i s corde les que le c o r t a b a n la c a r n e ; e n a m b o s m u s l o s por o t ro s se i s corde les ; en b razos y a n t e ­b r a z o s doce corde les m á s ; el cue rpo e s t i r a d o y d e s n u d o sobre diez b a r r o t e s co locados en arista... ¡Magníf ica c a m a y p rec ioso obsequ io p a r a u n r e y y p a r a u n P a p a de q u i e n e s e r a aque l l a j u s t i c i a !

¿De qué pod ía ser c apaz E l v i r a Mar t ínez , loca j ' a p o r los dolores?

76 I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

.De d e c i r b a r b a r i d a d e s c o n t r a s i m i s m a , c o m o t o d a s l as d e m á s v i c t i m a s ; y c a n s a d o s n o s o t r o s d e e x a m i n a r e s to s e s t ú p i d o s p rocesos , m a n d a r e ­m o s cop i a r lo s i n t e g r a m e n t e y d e j a r e m o s los c o ­m e n t a r i o s p a r a el c u r i o s o l ec to r .

Hó aqu í , p u o s , el t e x t o de la i n f o r m a c i ó n o r i ­g i n a l e l evada al S u p r e m o Consejo , sobre e s t a i n ­feliz, pero rica, E l v i r a Mar t í nez :

«Dijo ser c r i s t i a n a v ie ja , b a p t i z a d a , e t c . d e e d a d de 50 a ñ o s ; y q u e , t e n i e n d o v e i n t e a ñ o s , á, p e r s u a s i ó n de c i e r t a persona su conjunta se casó con el demonio estando este en figura de hombre, el c u a l le p r o m e t i ó da r l e m u c h a s r i q u e z a s , y c o n e s t a conf ianza usó de l la t o rpe y n e f a n d a m e n t e y c o m o que r í a , u n a s v e c e s de n o c h e y o t r a s de d i á ; y e n con fo rmidad de és to el d i ab lo la seña ló p o r s u y a con una uña en c i e r t a p a r t e de su c u e r p o y l a sacó s a n g r e con la cua l e sc r ib ió , y le h i z o u n a s c é d u l a s e n q u e dec í a se le o/recia el cuerpo y el al­ma... l a s c u a l e s c é d u l a s , setas llevó el denoilio.»

(Todo es to e r a lo que h a c í a el c lero d a l s i g l o XVI I con las p o b r e s g a l l e g a s so l t e ras , c a s a d a s y v i u d a s , ba jo el pon t i f i cado de Grego r io XV y el r e i n a d o del t e r c e r Fel ipe . )

C o n t i n ú a el d o c u m e n t o , q u e á d u r a s p e n a s n o s n e g a r e m o s á c o m e n t a r .

«Para ce l eb ra r con el d i ab lo d i c h o c a s a m i e n t o , r e n e g ó E l v i r a Mar t ínez por p a l a b r a s e x p r e s a s d e D i o s , y de n u e s t r a S a n t a Fó y se ofreció por e s ­c l a v a de S a t a n á s » y po r su mujer y con es to l a c o n o c í a t o r p e m e n t e en diferentes figuras, unas en apariencia de hombre y oirás en figuras de diferentes animales».... (!)

E n v í spe ra de cierto Santo, E l v i r a y o t r a s b r u ­j a s q u e e l la n o m b r ó i b a n en c o m p a ñ í a de los d e ­m o n i o s á c i e r t a fuente de C a n g a s , d o n d e b a i l a b a n y quitaban les frutos d", una heredad á otra% muchas personas...(!) y p a r a es to se u n t a b a n c o n u n o s u n ­g ü e n t o s que"el d i ab lo les t r a í a . »

( C o n t i n u a n d o el t'jrjnnto rigKOSD y U 3 h a

B r u j o s y A s t r ó l o g o s .

b i e n d o l u g a r a q u í p a r a e x p l i c a r la forma y m o n i ­c i ó n s in m i s e r i c o r d i a , debajo d é l a bóveda de la l eñera , se la fingirá el i l u s t r a d o lector ; y c o n t i ­n u a m o s con el d o c u m e n t o . )

«Dijo E l v i r a M a r t i n e s que , a d e m á s de las m u ­c h a s veces q u e el d i ab lo h a b í a t e n i d o con e l ia s a t i s f a c c i o n e s a m o r o s a s y c a r n a l e s , e s t a n d o l ib re , a n t e s de ser e n c a r c e l a d a , q u e d e s p u é s q u e e s t u v o p r e s a en la cárce l s e g l a r de C a n g a s la h a b í a v i ­s i t a d o y t u v i e r a p a r t e con ella.»

«Aconsejóla en a q u e l l a o c a s i ó n el d i ab lo q u e n o confesase n u n c a , y d i c i á n d o l e el la ¿por q u é n o l a s a c a b a de la p r i s ión? el d e m o n i o r e s p o n d i ó t a ­c i t u r n o , que n o podía hacer lo .»

«Y a n s í m e s m o r e s p o n d i ó , q u e ella y otras-b r u j a s i b a n á c i e r t a s p a r t e s de es tos r e i n o s e n c o m p a ñ í a de los d i ab lo s y p e l e a b a n u n a s con l a s o t r a s c a b a l g a n d o sobre u n o s caba l los . . . . p a r a v e r quienes volcian ú su tierra con mas ganancia.»

«Después t o d a s las b r u j a s j u n t a s a d o r a b a n a l d i ab lo qne estaba en Jtgura de cabrón; b e s á n d o l e e n c i e r t a s p a r t e s d e s h o n e s t a s y s u c i a s ; d i c i e n d o -le q u e h a b í a n de ser s u y a s ; g u a r d a n d o s u l ey c o n t r a la de Dios.»

( A p r e t a d a en el po t ro c a d a vez m á s la p o b r e -E l v i r a Mar t ínez por los v i v i d o r e s de la j u s t i c i a , di jo:)

«Que las p a l a b r a s q u e d i j e r a al d e m o n i o c u a n ­do se casara con ól, e s t a n d o en figura de h o m b r e , f u e r a n d i c i e n d o : «Que se entregaba á él....»

«Y ól r e s p o n d i ó q u e p r o m e t í a a m p a r a r l a y d a r l a u n a s j o y a s de p l a t a , l as c u a l e s n u n c a se l a s d i o . »

«A e s t e c a s a m i e n t o se h a l l a r o n p r e s e n t e s v a ­r i a s b r u j a s , q u e fué n o m b r a n d o , y o t ros d i a b l o s q u e v e n í a n con e l l a s , en figura de ca s t rones .»

«Que t a m b i é n r e n e g ó de la fó de Dios . . . y d e l a m a d r e q u e l a pa r i e ra . . . »

«Yr de la V i r g e n N u e s t r a Señora .» «Y di jo las p a l a b r a s : Reniego de la fe de Dios

78 L i a I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a ,

y entregóme á este hombre» el d e m o n i o . (El verdug-0 q u e la a t o r m e n t a b a . ) (1)

«Confesó m á s , (á l as v u e l t a s de la m a n c u a r d a , ) q u e en c o m p a ñ í a y o rden del d i ab lo había muerto tinas criaturas; q u e h a b í a d a d o h e c h i z o s á u n h o m ­b r e , con los cua l e s h a b í a m u e r t o ; y q u e á los cer­cos, q u e son b a r c o s y r edes de p e s c a r , quitaba la sardina.»

«Y d e s t a s cosas confesó o t r a s m á s »

T e r m i n a d o el t o r m e n t o , E l v i r a Mar t ínez , c o ­m o e r a n a t u r a l , «revocó en el mismo día su confesión.»

Pero se la volvió á la C á m a r a de la t o r t u r a e n h o r a c o n v e n i e n t e , e m p e z a r o n á d e s n u d a r l a u n a vez m á s , p r e p a r a n d o el v e r d u g o n u e v o s co rde le s , y a n t e t a n cristianas i n s i n u a c i o n e s «se ratificó y conformó en todo lo dicho, confesando haher pasado ansi y ser realmente la verdad... a ñ a d i e n d o al p o ­n e r l a en el po t ro otras cosas al tenor destas.»

«Fuele dado u n l e t r ado p a r a s u de fensa . . . ( u n l e t r a d o de la i n f a m e c a m a r i l l a ) y con s u a c u e r d o d i jo :

«No t e n í a q u e h a c e r ninguna defensa, mas de reducirse á la misericordia de la Santa Inquisición y que e s t a b a p r o n t a á a b j u r a r s u s e r ro res y s u ­f r i r la p e n a que le fuese i m p u e s t a . »

(Val ien te de fensa y t r i b u n a l . ) El 15 de E n e r o de 1627, v i s t a e s t a c a u s a , fué

v o t a d a la reo E l v i r a Mar t ínez , n o á la h o g u e r a como la s e n t e n c i a r a n los j u e c e s s e g l a r e s de C a n ­

d a s , s ino á sa l i r á u n a u t o p ú b l i c o de fó con i n ­s i g n i a s de b r u j a y h á b i t o p e n i t e n c i a l , y l e ida e n el t a b l a d o la s e n t e n c i a c o n m é r i t o s , a b j u r a s e los e r r o r e s , y fuese r e c o n c i l i a d a e n fo rma .

E l d ía 14 de Mayo de 1627, q u e se ce l eb ra l a

(1) E l d e m o n i o n u n c a p u d o sor p r e s o p o r el S a n t o Of i c io , á p e s a r d e s o r e s t e t r i b u n a l d o fó y l l e v a r p o r d i v i s a e s t a s p a l a b r a s : Exwrgc Homine, etjudica c a u s a m t u a m . n P o r o s i n o p o d í a n l o s i n q u i s i d o r e s e c h a r m a n o d o S a t a n á s , e c h a b a n m a n o y so r e p a r t í a n l o s b i o n e s

"Confiscados.

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 7S

P a s c u a del E s p í r i t u S a n t o , t u v o l u g a r en la m i s a m a y o r de la C a t e d r a l el a u t o de re, d o n d e sa l ió e s t a reo al t a b l a d o , p a r a r i s a g e n e r a l de los - c r i s t i a n o s .

El d í a 15, fiesta de S a n I s id ro , b o r r a c h e r a e n el v u l g o de Madr id , a p a r e c i ó en la A u d i e n c i a la c o n ­d e n a d a , y p u e s t o q u e no t e n í a y a b i enes a l g u n o s , p o r q u e de ellos se h a b í a n e n c a r g a d o los b u e n o s ca tó l i cos de C a n g a s , c o n c e r t a d o s con el S a n t o Ofi­c i o se le quitó el hálito q u e no t e n í a p a r a p a g a r y s o s t e n e r en las cárce les ; - lo c u a l e r a u n a v e n t a j a p a r a los pob re s .

I n m e d i a t a m e n t e se r e m i t i ó e s t a muje r , y a p o ­b r e , á la j u s t i c i a s e g l a r de la v i l l a de C a n g a s . El c a m e l o filó a c o m p a ñ a d o de u n oficio en que se ad­vertía, en nombre del Supremo Consejo de Inquisición,

.que á Elvira Martínez, por este delito de bruja, no ha­bía de castigársela más...

E s m u y r a r a e s t a i n d u l g e n c i a del S a n t o Oficio -con los pob re s , y h a y q u e b u s c a r l e a l g ú n o r i g e n non santo.

¡Quién sabe s i á f a l t a de d i n e r o , t e n d r í a e s ­t a b r u j a a l g u n a h i j a s e c r e t a del d i ab lo , a l g u n a Eva en fin, que vo lv iese loco con s u s i n s i n u a c i o ­n e s s u p l i c a n t e s al f rai le i n q u i s i d o r Adanl

O al fiscal D . T o m á s d e A g ü e r o , p r o c e s a d o p o r v i o l e n c i a s h e c h a s á l a s j ó v e n e s e n c a r c e l a d a s .

O q u i z á s al a l c a i d e d é l a s cá rce l e s , Ga rc í a F e i -J ó o , que t i e n e s u c a u s a por e s t u p r o !

Catalina de la Iglesia

Como, (CA N G A S ) . — Ten ía e s t a m u j e r 39 a ñ o s y e r a e s p o s a de J u a n

"Martínez L a b r a d a , a m b o s r e s i d e n t e s en S a n S a l ­ivador de Coiro , j u n t o á C a n g a s .

C a t a l i n a de la I g l e s i a fue en todo c o m p a ñ e r a

8 0 T , ; l E ntf i n s ¡ v ' i ó i I d e G a l i c i a

de d e s g r a c i a de K lv i r a M a r t í n e z , desde q u e la t u v o p r i s i o n e r a la j u s t i c i a s e g l a r de a q u e l l a v i l l a . Sufr ió como s u a m i g a los t o r m e n t o s , y c o m o e l l a e s t a b a c o n d e n a d a á ser q u e m a d a v i v a en la p l a z a p ú b l i c a , c u a n d o las r e c l a m ó á a m b a s el C o ­m i s a r i o , e n t r a n d o j u n t a s e n c á r c e l e s s e c r e t a s el m i s m o día. 5 de A g o s t o de 1(52(5.

E n la t o r t u r a a, q u e la h a b í a c o n d e n a d o y s o ­m e t i d o el j uez de C a n g a s , dec la ró , e n t r e o t r a s c o s a s , o b l i g a d a por los do lores , q u e t e n í a p a c t o c o n el d e m o n i o y a p o s t a s i a en la fó. E n la a u ­d i e n c i a del S a n t o Oficio, á 7 de A g o s t o , di jo ser c r i s t i a n a v ie ja , b a u t i z a d a , e t c . , c a s a d a y v e c i n a de Coiro .

A m o n e s t a d a d i jese v e r d a d , confesó h a b e r m u e r t o c i n c o c r i a t u r a s y n o m b r ó c u á l e s h a b í a n s i d o , s i n a ñ a d i r o t r a cosa . E n la s e g u n d a a u d i e n ­c i a revocó e s t a confes ión , y dec la ró que ella h a ­b í a d i c h o lo de la m u e r t e de e s t a s c r i a t u r a s «por ­q u e la h a b í a n o b l i g a d o e n el t o r m e n t o los v e r d u ­g o s de C a n g a s c o n los g r a n d e s dolores q u e a l l í p a d e c í a ; pero q u e la v e r d a d e r a q u e no l a s h a b í a m u e r t o , s i no q u e m u r i e r a n n a t u r a l m e n t e . »

Ba jada á la c á m a r a del t o r m e n t o , y al d e s n u ­d a r l a se rat i f icó de n u e v o e n todo ; y p u e s t a y l i g a d a en la s i l la , di jo: «que se a c o r d a b a de q u e s u m a d r e , con o t r a s m u j e r e s , y a d i f u n t a s , la l l e ­v a b a n á las Arenas gordas, s i endo de e d a d de v e i n ­t e a ñ o s , y q u e al l í b a i l a b a n y se h o l g a b a n de n o ­c h e , h a b i e n d o c o n c u r r i d o á e s t a s fiestas t r e s v e c e s , por la m a r , en u n b a r c o que g u i a b a el d e ­m o n i o e n figura de cabrón.»

Desde es te p u n t o , y s a l v a n d o a l g u n a s i n c o n ­v e n i e n c i a s y o b s c e n i d a d e s q u e t i e n e el e x t r a c t o d e e s t e p roceso d i r i g i d o al S u p r e m o Consejo , t o m a r e m o s í n t e g r o s los s i g u i e n t e s p á r r a f o s :

«Diósele u n l e t r ado á e s t a r eo , c o m u n i c ó c o n é l , y con s u p a r e c e r r ec ib ióse e s t a c a u s a a p r u e b a . »

«Es t ando en es te e s t a d o , p id ió la reo a u d i e n c i a d i c i e n d o q u e d e s e a b a d e c i r t o d a la v e r d a d , p a r a

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 81

q u e t u v i e s e n con el la m i s e r i c o r d i a y q u e d a s e s u c o n c i e n c i a l i m p i a y d e s c a r g a d a de todo de l i to . Y l u e g o confesó q u e e r a v e r d a d q u e s i e n d o de edad de v e i n t e a ñ o s fuó en c o m p a ñ í a de u n a p e r ­s o n a , s u c o n j u n t a (que nombró) á c a s a de u n a v e c i n a , y e s t a n d o j u n t a s , en t ró u n h o m b r e á q u i e n C a t a l i n a no h á b i a v i s t o e n t o d a s u v i d a , y u n a de a q u e l l a s mu je r e s le di jo s i que r í a c a s a r ­s e c o n aque l h o m b r e , y é s t a lo r e h u s ó , p r i m e r o ; a u n q u e vo lv iéndo le á i n c i t a r aque l l a á q u e se c a s a s e , lo h izo as í , no e c h a n d o de ver con q u i e n c a s a b a y ce l eb raba las b o d a s . Y c e n a r o n y b a i l a ­r o n , y el nov io la seña ló con la uña, s i n d e s n u ­d a r l a , m e t i é n d o l e la m a n o en las e s p a l d a s , (en l a i z q u i e r d a , ) y al ( c o n s u m a r el m a t r i m o n i o ) C a ­t a l i n a echó de ver q u e el h o m b r e e s t a b a frió y n o c a l i e n t e como s u m a r i d o , p o r q u e e r a c a s a d a , y a q u e l l o le p a r e c i ó q u e e r a c o s a m a l a , m a y o r m e n ­t e q u e t o d a s las veces q u e la conoc ió fuó n e f a n ­d a m e n t e , » e t c . (Y s i g u e n de ta l l e s i m p o s i b l e s d e t r a s c r i b i r . )

«Que a q u e l l a s m u j e r e s h a c í a n c i e r t a s i n v e n ­c i o n e s en l a c en i za y luego se vo lv í an t o d a s á s u s c a s a s en figura de g a t o s , y q u e la reo i b a c o n e l l a s á m a t a r l as c r i a t u r a s que t i e n e confesado , y t a m b i é n las a c o m p a ñ a b a el d i ab lo en figura d e c a s t r ó n . »

«Dijo m á s ; q u e la n o c h e q u e se h a b í a c a s a d o c o n el d e m o n i o , é s t e le h a b í a p r o m e t i d o m u c h o s b i e n e s y h a c e r l a r i c a en e s t a v i d a y e n la o t r a d a r l e la gloria, y q u e en p a g o de e s t o l a ob l igó á q u e r e n e g a s e de Dios , y de s u ley , y de la V i r g e n Mar ía ; y el la le d i jo al d i a b l o q u e h a r í a todo lo q u e él q u i s i e r e : y as í lo h i zo , y se e n t r e g ó al d i a -olo po r suya, y e n t o n c e s la seña ló como t a l , con l a u ñ a y c r e y ó en q u e e ra poderoso y en s u ley.»

«Que en e s t a c r e e n c i a se casó con él , e s t a n d o y a c a s a d a con s u m a r i d o ; y se dejó conoce r c a r ­n a l y t o r p e m e n t e , y le h a c i a r e v e r e n c i a al d i a b l o , y le' b e s a b a en c i e r t a p a r t e d e s h o n e s t a y s u c i a , y

82 L a I n q u i s i c i ó n ele G a l i c i a

de es te modo y en t a l c r e e n c i a pe r seve ró t r e s a ñ o s ; s a b i e n d o b i e n q u e todo aque l lo e ra c o n t r a lo q u e t i e n e y c ree la S a n t a Madre I g l e s i a R o m a n a , y q u e e n t a n t o t i e m p o n o confesó n a d a de es to á s u s c o n ­fesores , y a u n q u e c o m u l g a b a lo h a c i a po r c u m p l i ­m i e n t o . »

«Se r econoc ió po r m ó d i c o s y c i r u j a n o s la señal que con la uña le hizo el diablo, y se halló que la tenía en la espalda izquierda.» «Pidió pe rdón c o n m i s e ­r i c o r d i a , » e t c .

C a t a l i n a de la I g l e s i a , i g u a l q u e s u c o m p a ñ e r a de a q u e l l a s a l e g r e s co r r e r í a s n o c t u r n a s , c a s a ­m i e n t o s de fa r sa y d e v a n e o s de la j u v e n t u d : fué v o t a d a por el t r i b u n a l á s a l i r al t a b l a d o e n ' u n a u t o de Fó con h á b i t o p e n i t e n c i a l , a d o r n a d o d e l a s i n s i g n i a s de b ru j a , d o n d e le fuese l e í d a s u s e n t e n c i a con m é r i t o s , a b j u r a s e los e r ro res y s e r e c o n c i l i a s e en forma, q u i t á n d o s e l e al s i g u i e n t e d í a el h á b i t o en la s a l a de la A u d i e n c i a .

E s t a s e n t e n c i a se e jecu tó dos m e s e s y m e d i a a n t e s de la de E l v i r a M a r t i n e s , en la m i s a m a y o r de la C a t e d r a l el d i a 3 de Marzo de 1627.

S a c á n d o s e l e el h á b i t o al d i a s i g u i e n t e p a r a s e r c o l g a d o como t o d o s los s a m b e n i t o s en las p a r e d e s de l pó r t i co de la Gloria, fué r e m i t i d a e s t a m u j e r , a b s u e l t a , al Juez de C a n g a s , a d v i r t i e n d o l e , e n n o m b r e del Conse jo , q u e e s t a c a u s a e s t a b a c o n ­c l u s a por el S a n t o Oficio, y no h a b i a q u e h a c e r m á s po r e l la e n lo s u c e s i v o .

Lo m i s m o que s u s c o m p a ñ e r a s fué s a l v a d a d e la h o g u e r a s e g l a r e s t a m u j e r , c a s i j oven : del m a l el m o n o s .

Ana de Castro

A R M E N T E R A (PONTEVEDRA).—145S®. Dos p r o c e s o s h a l l a m o s c o n t r a e s t a m u j e r : e l

p r i m e r o en 1626, d o n d e a p a r e c e c o m o s o l t e r a y

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 83

j o v e n , v e c i n a del coto de A r m e n t e r a ; y el s e g u n d e 26 a n o s d e s p u é s , e s t a n d o y a c a s a d a con B e n i t o do G r a n a (ó q u i z á d a Grana ) r e s i d e n t e e n P o n t e v e d r a .

A n a de Cas t ro , j oven , deb ía ser u n a de t a n t a s m u c h a c h a s a b a n d o n a d a s y h u é r f a n a s q u e la s o ­c i e d a d n u n c a se c u i d ó de r e c o g e r y r e g l a m e n t a r , s i no p a r a l a s c á r c e l e s , e n l u g a r de c o l e g i o s , y p a r a los c a s t i g o s y las b u r l a s , en vez de la e n s e ñ a n z a y el conse jo .

Dado el c a s t i g o de azotes que r ec ib ió á la p ú b l i ­c a v e r g ü e n z a , á la t e r m i n a c i ó n de la c a u s a p r i ­m e r a y p r i n c i p a l , no pod ía y a h a b e r en el m u n d o h o m b r e de h o n o r q u e s in u n a g r u e s a do te . . . . se c a s a s e con el la . L a I n q u i s i c i ó n i m p r i m í a la i n f a ­m i a en todo .

N u n c a fa l ta u n ro to p a r a u n descos ido , d i ce el v u l g o , pero A n a de Cas t ro , a n t e s v e c i n a de u n pueb lo r u r a l , a p a r e c e c a s a d a en P o n t e v e d r a c o n u n o de aque l lo s h o n r a d o s m e n e s t r a l e s , lo c u a l q u i e r e d e c i r que fué m u y a f o r t u n a d a ó m u y h e r ­m o s a .

E s t a c i r c u n s t a n c i a es m u y d i g n a de n o t a r s e , d a d a s las af ic iones l ú b r i c a s de l a s p e r s o n a s q u e g o b e r n a b a n el t r i b u n a l Apos tó l ico del S a n t o Ofi­c io de Ga l i c i a , q u e n i c r e í a n n i p o d í a n c ree r e n e s t e g é n e r o de b r u j a s j ó v e n e s , i n d e f e n s a s , h u é r ­f a n a s , i g n o r a n t e s y pobres ; pero sí c r e í an , en q u e este mundo y el otro era todo suyo, s e g ú n los p o d e r e s c i v i l e s y e c l e s i á s t i c o s q u e r e u n í a n e n s u ¡ m a n o .

As í , D. T o m á s de A g ü e r o , el d o c t o r fiscal,— p o r e j e m p l o , — c a n ó n i g o , por c i e r t o , del S a n t o Após to l , fué a c u s a d o en el m i s m o año 1626, p o r 36 t e s t i g o s , de e n t r a r en el c o n v e n t o de S a n P a y o , el h o n r a d o l u g a r de los arcos marmóreos ó lugar-santo, y de t e n e r c o m u n i c a c i o n e s s o s p e c h o s a s c o n .una r e l i g i o s a : por el t e s t i g o 15 de h a b e r s o l i c i t a ­do á u n a c a s a d a ; por el t e s t i g o 6 de h a b e r su f r ido e n j u s t a r e c o m p e n s a u n a s o b e r a n a pa j iza ; por el 16 que c i e r t a n o c h e se d e s c o l g a b a de u n a v e n t a ­n a , asido de una cuerda q u e t e n í a n de a r r i b a ; po r el

Si 1 . a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

36 que era menester mucho tiempo y mucho papel para' decirlo y escribirlo todo; por el 21 q u e tenía, t ra tos" d e s h o n e s t o s con A n a González , h i j a de M a r g a r i t a Yaz , v a l i é n d o s e en l a s cá r ce l e s de q u e ella e s t a b a r e c o n c i l i a d a y p r e s a y n e c e s i t a b a de la p r o ­t e c c i ó n del b u e n fiscal y c a n ó n i g o .

B a s t a es to p a r a c o m p r e n d e r en q u é i n f a m e lazo h a b í a c a í d o A n a de C a s t r o , como o t r a s m u ­c h a s m u j e r e s q u e a b u n d a b a n en las cá r ce l e s i n ­q u i s i t o r i a l e s , p a r a s u r t i r en p r o s t i t u c i ó n á t o d a l a c a m a r i l l a del S a n t o Oficio, como h a r e m s i e m ­p r e v a r i a d o y sec re to q u e , a d e m á s , l l enaba l a s a r c a s del F i s c o , les proporc iona .ba b u e n a r e n t a , y po r a ñ a d i d u r a s ú p l i c a s , l á g r i m a s , a c u s a c i o n e s y s e c r e t o s , i n f l uenc i a s y pos i c ión , d i g n i d a d y t a ­l en to y g r a t i t u d . Y á t o d a s e s t a s c o s a s se les l l a m a t o d a v í a Glorias de España, q u e p a r a G a l i c i a n o son m á s que d e s d i c h a s y t r i s t e s r e c u e r d o s ; p u e s no h a de o lv ida r n u e s t r o pa í s c u á n t o h a l u c h a d o y c u á n t o s sacr i f ic ios le c u e s t a la p r o p i a n a c i ó n q u e d e s p u é s c o n t r i b u y ó á s u a t r a s o y d e c a d e n c i a y e s c l a v i t u d y desdo ro , .'.

A n a d e C a s t r o t u v o 26 t e s t i g o s de c a r g o . A l ­g ú n celoso h a b í a b u s c a d o e s t a g e n t e p a r a v e n ­g a r s e de la pobre a l d e a n a : a s í como el i n d i g n o c o m i s a r i o de Cela , po r n o h a b e r c u m p l i d o s u s a m o r o s o s c a p r i c h o s , b u s c ó 23 de aque l los p a r a c a s t i g a r á u n a m a d r e h o n r a d a , á Catalina Pernas,. p o r q u e n o h a b í a c o n s e n t i d o e n el estupro con su hija!

L a j o v e n A n a de C a s t r o , como de 20 a ñ o s , fué e n c e r r a d a en las cá rce le s s e c r e t a s el d í a l . 1 de J u l i o de 1626, y p e r m a n e c i ó en e l las h a s t a el 6 d e D i c i e m b r e del m i s m o a ñ o .

Medio a ñ o e x p u e s t a á la c a p r i c h o s a v o l u n t a d d e los h o m b r e s cé l ibes , los m á s e x t r e m a d o s e n t o d o g é n e r o de i n m o r a l i d a d e s , como q u e d u r a n t e s u c a u s a y d e s p u é s de v a r í a s a u d i e n c i a s y v i s i ­t a s aque l lo s h o m b r e s c a s t o s y r e l i g io sos se com—

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 58

p l a c i a n en ver á n u e s t r a j oven d e s n u d a , como e r a -de c o s t u m b r e , en la C á m a r a del t o r m e n t o po r v a r i a s n o c h e s c o n s e c u t i v a s , y en l i g a r l a con s u s p r o p i a s m a n o s á la s i l l a y al p o t r o , y u s a r c o n e l la de su misericordia en los t o r m e n t o s .

Lo q u e e s c r i b e n e s t a s j u s t i c i a s e n los p r o c e ­sos es m u y d i s t i n t o ; sólo c o n s i g n a n los d i s p a r a ­t e s a r r a n c a d o s por ios dolores ó por el m i e d o .

No h e m o s de p r i v a r á la h i s t o r i a de a l g u n o s pá r r a fos Í n t e g r o s , q u e c o m e n t a r á n los h o m b r e s i n s t r u i d o s .

Dice as í el e x t r a c t o d i r i g i d o al Consejo: « A n a de Cas t ro e s t á p resa . Y de las tes t i f ica- -

• c i o n e s r e s u l t a q u e d i c h a reo es h e c h i c e r a , e m ­b u s t e r a y a d i v i n a d o r a : q u e c u r a t o d a s l a s e n ­f e rmedades con y e r b a s y con p a l a b r a s y t r a e m u ­c h a g e n t e e n g a ñ a d a t r a s sí , con i n v e n c i o n e s q u e s e r í a m u y l a r g o de referir .»

«Tiene t r a t o c o n el d e m o n i o , y h a d i c h o d e l a n ­t e de m u c h a s p e r s o n a s q u e b i e n pod ía u n o q u e s e v a a confesar , c a l l a r c u a l q u i e r a pecado y d e s p u é s confesar lo al p ió de u n roble.»

«Obl igándo la á c o n t e s t a r á e s t a p r o p o s i c i ó n , vdijo, q u e b i e n p o d í a u n a p e r s o n a , v i éndose e n p e ­l i g r o de m u e r t e y a t r a v e s a n d o por u n m o n t e , s i n t e n e r confesor , confiar s u s pecados á u n a p i e d r a ó á u n rob le , q u e Dios h a b r í a m i s e r i c o r d i a d e e l l a , y que o y e n d o és to m u c h a s p e r s o n a s la h a ­b í a n a m e n a z a d o con d e l a t a r l a á la i n q u i s i c i ó n . »

«Una t e s t i g o la d e l a t a de q u e , h a b i e n d o ido a p e d i r á A n a de C a s t r o n o t i c i a s a c e r c a de l p a r a ­d e r o de u n o s (echones s u y o s q u e le h a b í a n h u r ­t a d o ; t o m ó la reo u n v a s o de v i d r i o con v i n o ó

. a g u a , y d a n d o u n a v u e l t a a l v a s o , l l amó á l a p e r s o n a que la c o n s u l t a b a y le m o s t r ó d e n t r o de l v a s o uno de los l e chones , v i éndo lo t a m b i é n d o s t e s t i g o s , y dí joles:— «Este y a e s t á muer to r»—Y l u e g o d i o o t r a v u e l t a a l vaso , y m o s t r ó d e n t r o el

«otro l echón , y d i jo :—«Este a u n e s t á vivo.» ((Que h a b i é n d o s e v a c i a d o u n a c u b a de v i n o á.

S6 Ijti Inquisición cío Oalicia

c i e r t a p e r s o n a e n el R ive ro de Avía , lo a d i v i n ó A ñ a d e Cas t ro el m i s m o d ía , e s t a n d o en P o n t e v e ­d r a q u e , son diez l e g u a s d e . d i s t a n c i a , y es to n o p u d o ver i f icarse as í ; sin trato con el. demonio.»

«Que u n a p e r s o n a h a b í a i do á p r e g u n t a r l e por u n o s n i ñ o s q u e se le h a b í a n m u e r t o ; y s i había, s i d o po r a l g ú n h e c h i z o ; y la d i c h a A n a ' d e Castro-r e c o m e n d ó á la c o n s u l t a n t e q u e p a r a sabe r lo , h i c i e s e unas cintas de hilo virgen y no t u v i e s e n m á s d e t r e s ó c i n c o h i los ; con las c u a l e s c i n t a s d u r m i e ­s e l i g a d a t o d a u n a n o c h e , y al o t ro día se las l l e ­v a s e . Hízolo as í la d i c h a p e r s o n a , y l l evándose la s , t o m ó l a s A n a y echó la s en u n a e s c u d i l l a de a g u a , d i c i e n d o c i e r t a s p a l a b r a s i n c o m p r e n s i b l e s p a r a los t e s t i g o s q u e se h a l l a b a n p r e s e n t e s ; y e n t o n ­c e s u n a de l a s c i n t a s q u e t e n í a u n o s t a n t o s n u ­d o s h e c h o s por la d i c h a A n a de Cas t ro , se c o ­m e n z a r o n á m e n e a r y e x t e n d e r s i n h a b e r a i r e n i t o c a r á la e scud i l l a .

« í t em: Que h a b i é n d o s e p a r t i d o u n o s c a b a l l e ­r o s de la cos t a de u n deudo s u y o y se i b a n c a m i n o d e P o r t u g a l , la d i c h a A n a de C a s t r o , d e s p u é s de-e l los p a r t i d o s , d i j o : = « A q u e l l o s caba.lleros se les-o lv idó c i e r t a c o s a y h a n de e n v i a r por e l la d e s d e el c a m i n o . » = Y as í fué, e n efecto, p o r q u e se les h a b í a n o lv idado u n o s a c i c a t e s de j i n e t a y e n v i a ­r o n por e l los , como lo h a b í a p r e d i c h o e s t a reo.»

A n a de C a s t r o e s t u v o s i e m p r e n e g a t i v a e n t o d o s es tos c a p í t u l o s , e x c e p t o e n lo de la c o n f e ­s ión ; y á p e s a r de v a r i o s d í a s en q u e se la puso al t o r m e n t o , n o se la p u d o a r r a n c a r p a l a b r a , excep to -e n el t e r c e r o , en q u e á la m o n i c i ó n confesó, p i ­d i e n d o m i s e r i c o r d i a , q u e h a b í a c u r a d o a l g u n o s en fe rmos , d i c i e n d o e s t a s \>alahra.s:=uJesucristo-fué baulieado en el rio Jordán.—San Pedro y San Juan lo tuvieron po-la man:—ansi destos males se jafan po-la gracia de Deus 4 de la Virgen María,— Pater noster y Ate María.»

C o n c l u s a su c a u s a el 14 de O c t u b r e de 1626, fué v o t a d a por el t r i b u n a l á sa l i r e s t a reo á uní

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 8 7

a u t o de Fó , con h á b i t o de p e n i t e n t e de m e d i a a s p a , y all í se l eyese s u s e n t e n c i a , a b j u r a s e d e vehementi, y se le d i e s e n e n s e g u i d a 2 0 0 a z o t e s p o r m a n o del v e r d u g o , d e s t e r r á n d o s e l a del co to d e A r m e n t e r a y de S a n t i a g o , por se i s a ñ o s .

El d í a 6 de D i c i e m b r e , fiesta de S a n N i c o l á s d e B a r i , t u v o l u g a r la e j ecuc ión de e s t a s e n t e n c i a e n l a misa, m a y o r que el A y u n t a m i e n t o ce l eb ra e n el convento ' de S a n P e l a y o de A n t e a l t a r e s ; y l u e ­g o s e d i o u n a d i v e r s i ó n al pueb lo e n m e m o r i a d e a q u e l l a fiesta, l anzando á la j o v e n A n a de C a s t r o p o r las ca l les de la c i u d a d , d e s n u d a s l a s e s p a l ­d a s y sobre u n po l l i no , s e g u i d a por el p r e g o n e r o y e l ' v e r d u g o , qu ienes^ p u b l i c a r o n y le d i e r o n los d o s c i e n t o s azo t e s refer idos

E n la v i s i t a que el L i c e n c i a d o J u a n Rojo , i n ­q u i s i d o r de S a n t i a g o , h i zo en P o n t e v e d r a y o b i s ­p a d o de T u y , fuó d e l a t a d a n u e v a m e n t e e s t a m u ­j e r , y a e n t o n c e s c a s a d a , po r reincidencia en d e l i t o s d e h e c h i c e r í a . Año 1651.

V u e l t a á las cá r ce l e s s e c r e t a s con el s e c u e s t r o d e b i e n e s , s i g u i ó e s t a n u e v a c a u s a h a s t a A b r i l d e 1652, en q u e r e c a y ó sobre A n a R o d r í g u e z o t r a s e g u n d a s e n t e n c i a de 200 azo tes po r las ca l les de tíantiago y d e s t i e r r o del r e ino de Ga l i c i a d u r a n t e d i ez a ñ o s , lo cua l se e jecu tó e n el d i a 17 d e d i c h o m e s de Abri l del m i s m o a ñ o , c o n t a n d o e n ­t o n c e s 46 de e d a d .

Eufemia Cid de Marzas.

(O R E N S E ) , A M B Í A . — - 1 6 3 6 . E n la v i s i t a q u e h i z o al o b i s p a d o de Orense e n

e s t e a ñ o el i n q u i s i d o r de S a n t i a g o D. F r a n c i s c o N e r t a r e s Marín , a p a r e c e d e l a t a d a e s t a m u j e r , v i u ­d a d e Blas Cid , v e c i n a de la fe l ig res ía de A m b í a , c o m o h e c h i c e r a y e m b u s t e r a .

8* I J№ I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

S u c a u s a c o n t i e n e dos p i e z a s : la p r i m e r a de 91 fojas y l a s e g u n d a de Ib, q u e t e r m i n ó en el a ñ o 1654; pero n o h a b i é n d o l a s h a l l a d o en el a r c h i v o d e S i m a n c a s , no p o d e m o s sabe r por a h o r a los m é r i ­t o s n i o t r a n o t i c i a a l g u n a , s ino q u e fu j e s t a reo v o t a d a y s o m e t i d a al t o r m e n t o ad­arburiurn en la n o c h e del 11 de Octubre de 1636, y c o n d e n a d a á s a l i r al a u t o de Fé en 19 de S e t i e m b r e de 1654.

Como nos pa rece m u c h o t i e m p o el t r a n s c u r r i d o e n t r e u n a y o t r a fecha , y no a c o s t u m b r a b a e l S a n t o Oficio i n v e r t i r 18 a ñ o s en la s u s t a n c i a c i ó n d e u n proceso , n i d a r t a n l a r g a p r i s i ó n á e s t a s m u j e r e s , h e m o s de creer q u e l as dos p ieza s s o n d i s t i n t a s c a u s a s , y p u d o h a b e r s ido c a s t i g a d a y r e c o n c i l i a d a en 1636, y d e l a t a d a y p r e s a n u e v a ­m e n t e , por reincidencia, e n 1654.

E n e s t a ú l t i m a s e n t e n c i a ordenó el Conse jo sa l i e s e al a u t o de Fó con i n s i g n i a s de bru ja ; l e ­yóse l e en el t a b l a d o s u s e n t e n c i a , abjuró de leoi y l a s a c a r o n d e s p u é s por las cal les á la v e r g ü e n z a p ú b l i c a , e m b e t u n a d a y e m p l u m a d a , s i n azo te s .

Luego­fuá d e s t e r r a d a de s u p u e b l o y de S a n ­t i a g o por c u a t r o a ñ o s .

Lic. Pedro Alonso M o n t e r r e y . — 1 © 3 ^ .

E n la r e l a c i ó n de c a u s a s d e la v i s i t a g i r a d a a l o b i s p a d o de Orense por el i n q u i s i d o r 1). L o r e n z o d e S o t o m a y o r y el s e c r e t a r i o D. P e d r o S á n c h e z de Somoza*, al folio 20 a p a r e c e e s t a b r e v e c a u s a i n s t r u i d a por d e n u n c i a de s ie te t e s t i g o s , en M o n ­t e r r e y , c o n t r a el conoc ido a b o g a d o , v e c i n o d e d i c h a p l a z a , L i c e n c i a d o Pedro Alonso , por d e l i t o d e astrologia judiciaria.

Uno de los t e s t i g o s , c o m e r c i a n t e , s u v e c i n o , d i c e que es t e a b o g a d o t e n i a f ama de a d i v i n o y •de sab io , y era de o r d i n a r i o c o n s u l t a d o por m u ­

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 80

c h a s p e r s o n a s en c o s a s h u r t a d a s y p e r d i d a s . Y h a b i é n d o l e s ido r o b a d a s á el , de s u t i e n d a , c i e r ­t a s m e r c a d e r í a s , c o n c u r r i ó t a m b i é n á c o n s u l t a r l o p a r a q u e alzase figura y a v e r i g u a s e q u i o n se r ía e l l ad rón . P r e g u n t ó l e Pedro Alonso el d i a y h o r a e n q u e se h i c i e r a el h u r t o , y d i c i e n d o l e que se e n ­t r e t u v i e s e u n m o m e n t o , q u e luego d e s p a c h á b a l e d i o la r e s p u e s t a en u n pape l e s c r i t o , d o n d e d e c i a «que el h u r t o e s t a b a en u n s ó t a n o o s c u r o , y q u e l a p e r s o n a que lo h a b i a h e c h o e r a a l t a , de cabe l lo e n c r e s p a d o y r u b i o , f rente c a i d a , ojos n e g r o s y g r a n d e s y de p a s o a p r e s u r a d o ; y que d i s c u r r i e s e po r la p e r s o n a q u e pod r í a ser , q u e no le e r a p o s i ­b le d e c i r más .»

L o s d e m á s t e s t i g o s c o n f o r m a n en la f ama d e a d i v i n o del r eo , s i n a ñ a d i r p a r t i c u l a r i d a d e s .

Por r e l i g io sos d o c t o s del S a u t o Üñc io fuá c a l i ­ficado e s t e de l i to de «adivinación üicüa-y supersti­ciosa, prohibida en el breoe del Papa Sixto V.»

F u e l l amado el reo y d e t e n i d o en S a n t i a g o , •dándosele la c i u d a d por cá r ce l , y s i g u i e n d o s u c a u s a con el fiscal: pero n o r e s u l t a n d o m á s t e s t i ­ficación, el S u p r e m o Consejo m a n d ó s u s p e n d e r l a á 13 de Feb re ro de 1637.

El T r i b u n a l de la I n q u i s i c i ó n de G a l i c i a , s e g ú n e s t a r e l ac ión , se c o m p o n í a e n t o n c e s de los s e ñ o r e s . s i g u i e n t e s :

Dr. D. F e r n a n d o de Aldao , I n q u i s i d o r . L i c . D. Lorenzo S o t o m a y o r , Id . Dr . D. F r a n c i s c o Ne r t a r e s Mar in , Id . L i c . D. D iego ü z o r e s , F i s c a l . D. A n t o n i o de L a m a s , A l g u a c i l Mayor . D. D o m i n g o de L o r i g a , S e c r e t a r i o . D . Pedro S á n c h e z de Somoza , i d . L á z a r o Fei jóo , Alca ide .

90 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

Sor Bernarda de ITóvoa y Taboada, y Sor Mariana de Montes

A L L A I U Z . - i s a s

E n la m i s m a r e l a c i ó n de c a u s a s de la v i s i t a h e c h a al ob i spado de Orense , q u e se e n c u e n t r a e n el a r c h i v o de S i m a n c a s , I n q u i s i c i ó n del d i s t r i t o de Ga l i c i a , legajo 19, al folio 7, se h a l l a el e s t r a c t o d e los p r o c e s o s ' i n s t r u i d o s c o n t r a e s t a s dos m o n ­j a s p ro fesas en el Real c o n v e n t o de S a n t a C l a r a de Al la r iz , y o t r a s cómpl i ce s s u y a s , en la e j e c u ­c i ó n de a l g u n a s c e r e m o n i a s s u p e r s t i c i o s a s , y lo que es m á s g r a v e , en confiar al poder de la h e c h i c e r a la e s p e r a n z a y deseo de b u r l a r la c l a u ­s u r a y a b a n d o n a r l a v i d a r e l i g i o s a , con p r o p o ­s i c i o n e s c o n t r a r i a s á la fó c a tó l i c a .

De t o d a s e s t a s t e n t a c i o n e s de la c a r n e , p r o c e ­s o s ó i n q u i e t u d e s , fué o r i g e n b i e n i n o c e n t e u n a j o v e n s o b r i n a de c i e r t a r e l i g i o s a , que , en c l a s e "de e d u c a n d a , r e s i d í a en el c o n v e n t o ; y q u e lejos-d e a f i c ionarse á la v i d a c o n t e m p l a t i v a , h a b í a r e ­v u e l t o la c a s a con las t e n t a d o r a s i d e a s de u n p r ó ­x i m o y d i c h o s o m a t r i m o n i o , a n u n c i a n d o el d í a e n que h a b í a n de v e n i r á b u s c a r l a . . .

P a r a q u e se j u z g u e lo q u e sue l en se r los c o n ­v e n t o s y c u a n infe l ices ó i n g r a t a s r e s u l t a n ( c a s i s i e m p r e con m á s ó m e n o s seci*etos) al a m o r e s p i ­r i t u a l y d i v i n o del i n v i s i b l e Esposo las monjas-q u e , p a r a p e r m a n e c e r en ellos n e c e s i t a n de fuer ­t e s r e j a s , y de c e r r a d a s p u e r t a s , p a r a no h u i r ; y d e e s p e s a s ce los ías y de a l t o s m u r o s p a r a no ver,, lóase lo que h i c i e r o n las m o n j a s de Al la r i z el R e a l , u n a y mi l veces t e n t a d a s por el d e m o n i o c o n el e jemplo p e r n i c i o s o de la j o v e n d e s p o s a d a .

A n o t a r e m o s , a n t e s de p a s a r a d e l a n t e , que las: r e l i g i o s a s de es te c o n v e n t o de C l a r i s a s , e r a n de-

B r u j o s y A s t r ó l o g o s ni

la a l t a nob leza . El edificio es el m á s n o t a b l e que-l a s m u j e r e s h a n t e n i d o en Galicia.. Su f u n d a c i ó n r e a l e n g a c o n s t a de u n a i n s c r i p c i ó n g r a b a d a e n el a r c o de u n a p u e r t a , h o y t a p i a d a en la f a c h a d a N . E . y debajo del e scudo de E s p a ñ a , sopor tado-por dos águilas, y q u e d i ce : «Es de patronazgo Real. Fundólo la reina doña Violante y su hijo el rey Don Sancho (la e sposa ó h i jo rebe lde del b u e n Alfonso el Sabio) en la era M.CUOXXI V. (año 128(5). H a y e n a q u e l l a fábr ica ó mo le de g r a n i t o e x t e n s o s c l a u s ­t r o s , r i cos s a lones , ce ldas- e s p a c i o s a s , t e m p l o m a g n i f i c o , t o r r e , r e lo j , lu jo . . . ; pero todo ello e s t á r o d e a d o de u n muro sólido y altísimo.

Dicho es to en h o n o r de las r i c a s y a r i s t o c r á t i ­c a s r e c l u s a s , c o n t i n u a r e m o s .

Nad ie sab ía en el c o n v e n t o con q u i é n se i ba á c a s a r a q u e l l a joven e d u c a n d a , y e s p robab le quer­e l l a t a m p o c o lo sup ie se , por ce lebra r se el c o n t r a t o -e n t r e f ami l i a s ; pero é s to , q u é podr ía i m p o r t a r á l as t r a n q u i l a s r e l i g io sa s? No o b s t a n t e , e r a n m u ­j e r e s y la c u r i o s i d a d fué t a n v iva y la a n s i e d a d t a n i n m e n s a por conocer al nov io de su feliz a m i ­g a , q u e las m a n d a d e r a s co r r i e ron todo Al la r i z y s u c o m a r c a p i d i e n d o á las m á s f amosas b r u j a s u n p o c o de s u c i e n c i a y de s u poder , p a r a a d i v i n a r e l c a s o .

ii.Dijéronle á ü. 1" B e r n a r d a de Novoa y Taboada . — d i c e la i n f o r m a c i ó n o r i g i n a l , que hiciese^ la ora­ción de San Pedro, y que con eso lo sabría;* y que-h a b r í a de p o n e r u n b a r r e ñ ó n de a g u a ; y u n a m o n j a h a b í a de pone r u n p i e d e s n u d o ' d c n t f o , c o n u n a c a d e n a , y q u e h a b í a n de e s t a r d i c i e n d o : — «Recela denlos meosn- y o t r a monja h a b í a de a n d a r a l r ededo r , diciendo:—«Ahíncala Sancti Pelri;—y o t r a h a b í a de t e n e r en s u s m a n o s u n a ve la d e c e r a , e n c e n d i d a .

No se d e s c u b r e en es te p roceso , s e g ú n c o s t u m ­b r e r i g o r o s a del S a n t o Oficio, a l a u t o r de e s t e r a r o p r o c e d i m i e n t o : pero debió de ser u n a b r o m a p e s a d a de los f ra i les , con las m o n j a s , ó de unas.-

92 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

m o n j a s c o n o t r a s , por l as c o n s e c u e n c i a s q u e t u v o . 0 de monjas y f ra i les , p u e s t o s u n a s y o t ros d e

c o m ú n a c u e r d o . Y n o es posible q u e h u b i e s e s ido o t r a c o s a . Los frai les q u e v i v í a n e n el m u n d o , s a b í a n

m u y b i e n c u á n d o , cómo y con q u i e n se i b a á •casar la re fer ida j oven , a u n q u e , q u i z á , n i e l l a m i s m a lo s o s p e c h a b a , y se d i s p u s i e r o n l as c o s a s p a r a la ses ión n o c t u r n a de n i g r o m a n c i a , de m i e ­d o s y a n s i e d a d e s por u n a p a r t e y de r i s a s por l a •otra.

Йог B e r n a r d a de Novoa y T a b o a d a , t o m ó el b a r r e ñ ó n , d e s n u d ó s u pío , púso l e u n a g r u e s a c a ­d e n a de h i e r r o y lo i n t r o d u j o en el a g u a con la m a y o r i n o c e n c i a , diciendo:—Recela ócalos meos...

tíor M a r i a n a de Montoto , comenzó á d a r v u e l ­t a s c o n t e s t a n d o con g r a n fervor:—Abínctda Sancti Petri.

O t r a m o n j a t e n í a u n a ve la e n c e n d i d a en l a s m a n o s , c o m o e ra u s o de t o d a s l as h e c h i c e r a s , v a l i é n d o s e de u n a donce l l a .

Debió de t a r d a r la r eve l ac ión del d e m o n i o b a s ­t a n t e t i e m p o , p o r q u e la r e l ac ión , d i c e , .que S o r B e r n a r d a y s u s c o m p a ñ e r a s — estuvieron toda una. noche haciendo las dichas ceremonias;» pero por ñ n , •uvieron por dos veces, dentro del agua, una cara Manca y oyeron unos tambores roncos »

El m i e d o n o a r r e d r ó á las c u r i o s a s m o n j a s , ­que, m á s q u e r o n c o s y l e j anos t a m b o r e s p r e t e n ­d í a n q u e á la i m a g e n b l a n c a de u n r o s t ro , a p a r e ­

c i d o e n el a g u a del b a r r e ñ ó n , se s i g u i e s e i n c o n ­t i n e n t i la a p a r i c i ó n r ea l y per sona l y c o m p l e t a , e n t r e e l l as , del h e r m o s o j o v e n p r o m e t i d o de s u a m i g a .

ti Y volvieron á ver la dicha casa—continúa la i n ­formación i n q u i s i t o r i a l , — q u e parecía tener un locador encima, en la cabeza.»

L u e g o c e s a r o n los t a m b o r e s , bor róse l a a n s i a ­d a i m a g e n y por m á s que d a b a v u e l t a s y v u e l t a s .Sor M a r i a n a de Monto to y c o n t i n u a b a tíor B e r ­

B r u j o s v A s t r ó l o g o s 0 3

n a r d a de Novoa b a ñ a n d o en el a g u a s u p ió blanco* y m e n u d o , y la o t r a m o n j a a l u m b r a n d o c o n la Vela de ce ra , no se p r e s e n t ó n i s i q u i e r a el d i ab lo ; b i e n es v e r d a d q u e es tos e s p í r i t u s in fe rna le s h u ­y e n á s u s a n t r o s t e n e b r o s o s c u a n d o t o c a n al a l b a l a s c a m p a n a s de los c o n v e n t o s , y las p r i m e r a s t i n t a s de la r i s u e ñ a a u r o r a i l u m i n a n por el O r i e n ­t e las t o r r e s y las c ú p u l a s de los t e m p l o s .

El r e s u l t a d o de aque l lo s e x p e r i m e n t o s no p u d o se r m a s d e s c o n s o l a d o r p a r a las r e l i g i o s a s , q u e c o n t i n u a b a n s u m i d a s e n la t e r r i b l e i n c e r t i -d u m b r e .

¿Y q u é s i g n i f i c a r í a n a q u e l l a c a r a b l a n c a c u ­y o s perfi les a p e n a s h a b í a n definido s í e r a n d e h o m b r e h e r m o s o ó feo, de j o v e n ó de v ie jo , y a q u e l raro tocador en la cabeza, y el ronco son ido de a q u e l l o s t ambores?

T o d a v í a p a s a r o n a l g u n o s m e s e s s i n d e s c i f r a r ­se el m i s t e r i o s o e n i g m a ; pero la b r o m a de a q u e l l a n o c h e , no o b s t a n t e , t e n i a u n g r a n fondo de v e r ­d a d . Seña l de q u e a l g u i e n q u e s a b i a , h a b í a t o m a ­d o p a r t e en e l la .

«Pasados a l g u n o s m e s e s , — d i c e n las m o n j a s p r o c e s a d a s , - v i n o de la C o r u ñ a u n alférez; y p o r q u e no lo c o n o c i e s e n t r a í a u n t o c a d o r en la c a b e ­za , y sacó del d i c h o c o n v e n t o á la s o b r i n a d e la-d i c h a m o n j a y se casó con ella.»

A p a r t i r de a q u í , el p roceso i n s t r u i d o t o m a d i v e r s o c a r á c t e r . L a s m o n j a s , a n s i o s a s a n t e s po r m e r a c u r i o s i d a d de conoce r á u n h o m b r e y h a ­b l a r l e s i es pos ib l e , le h a n v i s t o y a : d e s a p a r e c i ó d e l c o n v e n t o s u c o m p a ñ e r a , t a n d i c h o s a , p a r a e n t r e g a r s e en b r a z o s del amor , á los p l a c e r e s de l h o g a r , á los g o c e s m a t e r n a l e s , p a r a los c u a l e s fué c r e a d a l a mu je r , y las m o n j a s m u r m u r a n d e s u e s t a d o l l a m a d o perfecto; se a b u r r e n de s u s o l e ­d a d ; a n s i a n la l i be r t ad y el m u n d o ; q u i e r e n l u ­c h a r c o n t r a s u s p e l i g r o s , t a n e x a g e r a d o s y s e s i e n t e n no solo fuer tes p a r a c u m p l i r con los d e ­b e r e s q u e l a n a t u r a l e z a les i m p o n e , s i no q u e n o s e

ÍU Tjii IntxuiisioiÓTi el© O-alicifi

. c r een t a n pe r fec ta s muje res n o l l e g a n d o á ser e s ­p o s a s y m a d r e s .

E n t o n c e s fué c u a n d o las p r o c e s a d a s l a n z a r o n l a h e r é t i c a p r o p o s i c i ó n q u e f igu ra e n a u t o s , de q u e , «era mas perfecto el estado de las casadas que el

.de las religiosas.» Pero e s t a p ropos i c ión no e r a m a s q u e el d e s ­

a h o g o i n ú t i l de r e p r i m i d o s deseos , m o v i m i e n t o s n a t u r a l e s de la m a t e r i a en a c c i ó n , á los q u e se •oponía o t r a m a t e r i a m á s fuer te ó i n s e n s i b l e , . , l a s fue r t e s r e j a s y las p e s a d a s p u e r t a s , y las a u t o r i ­d a d e s e c l e s i á s t i c a s , y las t i r a n í a s y f a n a t i s m o s d e l a s c r e e n c i a s r e l i g i o s a s y el s a c r i l e g i o de c a m b i a r á Dios por los h o m b r e s , c u a n d o Dios n o p r e c i s a p a r a o t r a cosa á las m u j e r e s m á s q u e p a ­j a q u e c u m p l a n s u c o m e t i d o en la t i e r r a .

E s cre íb le q u e las m o n j a s c l a r i s a s de Al ia r iz , q u e p r e t e n d í a n s e g u i r a l a j o v e n c a s a d a y h u i r

•del c o n v e n t o , U a m a r i a n á Dios p r i m e r o y l u e g o a l d i a b l o , t a l vez.

P e r o n o l l e g a n d o en s u a y u d a n i n g u n o de e s ­t o s poderes r e so lv i e ron va'lerse de i n t e r m e d i o s , ••con las p r á c t i c a s y c e r e m o n i a s de l a s e m b u s t e ­r a s b r u j a s .

Y d i ce el p r o c e s o o r i g i n a l , s i n a ñ a d i r n i •qui tar :

«También se de la tó e s t a rea (doña B e r n a r d a de Novoa y Taboada ) , de que ella y otras religiosas em~ liaron á buscar dos hechiceras para que hiciesen que pudieran salir del convento sin que nadie las viese». Cosa b i e n difíci l á c a u s a de los m u r o s a l t í s i m o s de que e s t á r o d e a d o el. e n c i e r r o , de q u e a n t e s q u e d a h e c h o m é r i t o .

Sor B e r n a r d a y Sor M a r i a n a fueron p r e s a s e n u n a n o c h e , la del 23 de O c t u b r e de 1636; y c o n d u ­c i d a s á S a n t i a g o . No c o n s t a h a y a n e n t r a d o e n cá rce le s sec re ta s , , s i e n d o m a s p robab l e l a s e n c e ­

r r a s e n e n el c o n v e n t o de S a n t a C l a r a de e s t a c i u ­d a d donde e s t a b a t a m b i é n p r e s a , por de l i tos s e ­m e j a n t e s de v i g o r n a t u r a l , u n a d e s d i c h a d a j o v e n

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 9 5

d e l c o n v e n t o de la Concepc ión de T u y , Sor M a n a d e la A n u n c i a c i ó n , c u y o i m p o r t a n t í s i m o p r o c e ­.so, re fe r i remos en otro v o l u m e n a p a r t e .

L a s e n t e n c i a q u e se votó y aprobó en el S u p r e ­m o Consejo sobre e s t a s c a u s a s fué­ m u y r e s e r v a ­d a p a r a las g e n t e s , c u a l c o n v e n i a al decoro de t a n i l u s t r e c o n v e n t o c o m o el de S a n t a (Лага de Al la r i z , fundac ión de u n a r e i n a . He aqu í lo q u e se h izo :

L a s p r o c e s a d a s fueron c o n d u c i d a s á la s a l a d e l a A u d i e n c i a e n el t r i b u n a l de S a n t i a g o . Se e n ­c e n d e r í a n á p u e r t a s c e r r a d a s l as ve las ve rdes e n el a l t a r del E s p í r i t u S a n t o ; se r o d e a r í a el a c t o c o n a p a r a t o s t e m i b l e s y s o l e m n e s , y los i n q u i s i d o r e s , . f ingiendo g r a n e s p a n t o y enojo al r e p a s a r l a s h o j a s de es te proceso d o n d e se c o n s i g n a n c r í m e ­n e s t a n a t r o c e s , r e p r e n d i e r o n y a m e n a z a r o n s e ­v e r a m e n t e á l as dos m o n j a s profesas , a u t o r a s p r i n c i p a l e s de los deseos m u n d a n o s de l as d e m á s .

R e m i t i é r o n s e l u e g o e s t a s in fe l i ces s e ñ o r a s o t r a vez á s u c á r c e l de Al la r i z , e n c a r g á n d o l a s por p e n i t e n c i a , que ayunasen seis nemes y se diesen en cada viernes una disciplinan.

Los azo tes en l a s p e r s o n a s o c i o s a s , s e g ú n p a ­r e c e , a u m e n t a n y n o a m o r t i g u a n de n i n g ú n m o d o l a s t e n t a c i o n e s r ebe ldes de la c a r n e .

De s u e r t e q u e el r e m e d i o se r í a peor q u e l a e n ­f e r m e d a d .

Magdalena das Pereiras

( A L I A S L A V E D O U E I R A D E CA N I D E ) Monforte.—1«4M5.

E s t a m u j e r fué u n a pobre vie ja , c a s a d a , l a b r a ­d o r a y c u r a n d e r a , á q u i e n p r e n d i ó el v i c a r i o d e .los f ra i les b e n e d i c t i n o s de Monforte por la m u c h a

96 L I A I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a .

f a m a que h a b i a c o n s e g u i d o d a n d o r emed ios p a r a v a r i a s e n f e r m e d a d e s .

Pero de jando a p a r t e todo e x t r a c t o y c o m e n t a r i o n u e s t r o , n o s a g r a d e c e r á el l ec to r q'ue c o p i e m o s í n t e g r a la r e l a c i ó n q u e los i n q u i s i d o r e s h a c e n d e e s t e cu r io so p roceso al S u p r e m o Consejo , s i n a ñ a ­d i r n i q u i t a r u n a so la p a l a b r a : d i ce as í :

«Magda lena d a s P e r e i r a s , a l i a s la Vedoreira de Canide, mu je r de A n t o n i o R o d r í g u e z , l ab rador , v e ­c i n o de la v i l l a de Monforte de 'Lomos. F u é t e s t i ­ficada en la v i s i t a q u e h izo el i n q u i s i d o r L i c e n ­c i a d o D. A n t o n i o Ozores , e n el a ñ o p a s a d o d e 1646, de q u e t e n i e n d o c i e r t a m u j e r una. h i j a q u e t r a t a b a u n h o m b r e i l í c i t a m e n t e , debajo de p a l a b r a d e c a s a m i e n t o , y t e m i e n d o no la b u r l a s e y de j a se d e s h o n r a d a , se fuó á c a s a de la reo , por t e n e r e s t a , f a m a de b ru j a , q u e a d i v i n a b a m u c h a s c o s a s , y l a p i d i ó le h i c i e s e a l g ú n h e c h i z o p a r a que se casasen . .

«La reo le r e s p o n d i ó q u e e n vo lv iendo á s u c a s a le e n v i a s e u n a p i e z a d e la r o p a de d i c h o h o m b r e y que no t u v i e s e c u i d a d o ; y h a b i é n d o l a r e m i t i d o una manga de la ropilla del s o b r e d i c h o , le d i j o q u e no t u v i e s e c u i d a d o , q u e p r e s t o se c a s a ­r í a n y s e r i a n b u e n o s c a s a d o s , lo c u a l h a b i a s u c e ­d i d o d e n t r o de t r e s s e m a n a s . »

«Y q u e en o t r a o c a s i ó n , p r e g u n t a n d o c i e r t a m u j e r á la reo , v i e n d o q u e d a b a r e m e d i o s p a r a c u a n t a s en f e rmedades y c o s a s l a c o n s u l t a b a n uque, ¿quién la habia enseñado tanto,?» le r e s p o n d i ó q u e s i e n d o n i ñ a de doce a ñ o s , e s t a n d o u n d i a e n c a s a de s u s p a d r e s t e n i e n d o u n poco de oru jo e n e l r e g a z o se le v i n i e r a u n a p a l o m a á él y l u e g o se le p u s i e r a e n la c a b e z a y la h a b l a r a d í c i e n d o l a q u e p o d i a c u r a r de c u a n t a s en fe rmedades q u i s i e r a y c o n o c e r t o d a s las y e r b a s ; y q u e la p a l o m a e r a el E s p í r i t u San to .»

«Y q u e v i n i e n d o c i e r t o l a b r a d o r á c o m u n i c a r l e l a s en fe rmedades de o t r a s p e r s o n a s , — p o r ser p ú ­b l i c o d a b a r e m e d i o s á c u a n t o s se los p e d i a n , — l e p r e g u n t ó la reo s i t r a i a a l g u n a p ieza de la r o p a d e

B r u j o s , y A s t r ó l o g o s .

e l los , y q u e e r a forzoso le t r a j e r a de c a d a u n o de e l los ó c i n t a , ó p e t r i n a , ó o t r a cosa , q u e e r a p o r d o n d e se l i ab ia de c o n o c e r ¡a en fe rmedad , y t r a -y é n d o l e l u e g o la p e t r i n a del u n o , y u n h a r a p o d e l a c a m i s a del o t ro y la faja de o t ro , h i zo ia reo á t o d o s los obje tos u n a s c r u c e s , y m a n d ó pone r , á c a d a enfe rmo, lo q u e e r a s u y o , ceñ ido ; y h a b i é n ­dose lo h e c h o no sanaron; y d i c h o h o m b r e volvió á c o n s u l t a r d i c h a Vedoreir'a á la c u a l ha l ló l lorosa p o r q u e d e c i a la q u e r í a p r e n d e r c i e r to c o m i s a r i o , c o m o v i c a r i o de los frai les Ben i to s de Monforte, y c o n s o l á n d o l a , e l la le r e spond ió q u e no la p o d í a n h a c e r n i n g ú n a g r a v i o sino porque adivinaba. Y q u e h a b i e n d o fa l tado u n sa le ro de p l a t a sob redorado á c i e r t a p e r s o n a (¿el conde de Lemos?) t e n i e n d o n o ­t ic ia , q u e la roa a d i v i n a b a y d a b a no t i c i a de c o s a s p e r d i d a s la env ió á p r e g u n t a r por u n c r i a d o , q u i é n s e lo h a b i a h u r t a d o , y le env ió dos rea les ; y en el m e d i o t i e m p o que fué el d i c h o mozo á p r e g u n t á r ­se lo la p e r s o n a á q u i e n le fa l t aba , (no d i ce q u i e n p e r o d e b i a ser el m a y o r d o m o ó coc ine ro del conde) fué á u n a a r c a d o n d e tenia, c a s t a ñ a s y lo ha l ló a l l í ; y h a b i e n d o v e n i d o d i c h o mozo y p r e g u n t á n -do l e q u e le h a b i a d i c h o la b r u j a , r e spond ió que le d i j e r a q u e el sa le ro e s t a b a en él a r c a de c a s t a ñ a s , lo q u e e r a as í ; s i n q u e d i c h o mozo sup i e se s i se h a b i a h a l l a d o ; y q u e p a r a dec i r l e d o n d e e s t a b a le habia , h e c h o a g u a r d a r un diay una noche; y h a b i é n ­do le ped ido r e m e d i o p a r a u n a a m a q u e h a b i a p e r ­d i d o la l eche , le m a n d ó comer p a n y cebo l las , c o n lo c u a l le h a b i a vue l t o en a b u n d a n c i a . »

Qué á c u a n t o s d a b a r e m e d i o s les h a c i a e s p e r a r u n d i a y u n a n o c h e . Que h a b i e n d o fa l t ado u n poco de r o p a de v e s t i r á u n a s m o z a s de s e r v i ­c i o , p r e g u n t á n d o l e á la Vedoreira q u i e n se la h a ­b i a h u r t a d o , les r e s p o n d i ó no q u e r í a d e c i r l a s c o s a n i n g u n a , p o r q u e h a b i e n d o h u r t a d o al Conde de Lemos u n poco de p l a t a de su a p a r a d o r , p o r q u e d e s c u b r i ó q u i e n la h a b i a l l evado , él Conde l a h a b i a m a n d a d o no usase de aquel trato».

OS L . a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

«En 4 de Mayo de 1(350 fué r e c l u s a en c á r c e l e s s e c r e t a s , y en (3 del m i s m o se le d io la p r i m e r a a u d i e n c i a en q u e d i jo ser de 60 años de edad, d e c a s t a de c r i s t i a n o s v ie jos , y q u e p r e s u m í a q u e h a b í a s ido p r e s a p o r q u e , h a b i e n d o t e n i d o u n m a l p a r t o y q u e d a n d o m u y h i n c h a d a y m a l a , fué á o t r a m u j e r de d i c h a v i l l a que y a es d i f u n t a y q u e c u r a b a m u c h a s e n f e r m e d a d e s , 1\ c u a l l e m a n d ó t r a e r de la B o t i c a u n poco manteca de aza­har, asente, ruda, orégano é incinso; y de todo le h i z o u n e m p l a s t o q u e le p u s o en el e s t ó m a g o y o t ro en el r i ñ o n , y le m a n d ó beb iese u n poco d e a c e i t e , dos ó t r e s veces en las m a ñ a n a s s i g u i e n ­t e s , con el c u a l r e m e d i o se ha l ló b u e n a ; y d e s ­p u é s á las p e r s o n a s q u e le p e d í a n a l g u n o p a r a s u s e n f e r m e d a d e s , le d a b a el mismo-, y á o t r a s se lo h a c í a , con lo cua l v i n o t o m a r m u c h o n o m b r e q u e de m u c h a s p a r t e s a c u d í a n á e l l a ; y q u e n u n c a h a b í a h e c h o o t r a cosa , n i la s ab ía , s ino q u e c o n u n poco de a c e i t e , d i c i e n d o p r i m e r o t r e s v e c e s : «En el nombre de Jesús,» co r r í a los b razos á los e n ­fe rmos de la e spen i l l a ; y p o r q u e u n c u r a le h a b í a v e n i d o p r e g u n t a n d o q u i e n le h a b í a q u e b r a d o u n a c o s a y le r e s p o n d i ó el la q u e n o e r a m u j e r q u e s u -p i e s e r e s a s a r t e s n i o t r a s m á s de lo q u e l leva d i ­c h o , la d e n u n c i a r a d e l a n t e del V i c a r i o de los F r a i l e s de Monfor te , el c u a l la r ep rend ió .»

«Que á las m u j e r e s á q u i e n e s f a l t aba l e c h e p a r a c r i a r s u s c r i a t u r a s las m a n d a b a t o m a r apio, b r i t o n i a y m a n t e c a , y e c h a n d o todo á h e r v i r , l a h e b i e s e n en t r e s m a ñ a n a s ; el c u a l r e m e d i o lo h a ­b í a t o m a d o el la y le s a l i e r a b i e n y a s í lo r e c o ­m e n d a b a á los demás .»

«Votada á question de tormento y p u e s t a e n é l , y d e s p u é s de d e s n u d a d a , d i jo : q u e e ra v e r d a d lo 'do la p a l o m a , y a ñ a d i ó q u e s e g u n d a vez la e n c o n ­t r a r a e n el c a m p o y se le h a b í a p u e s t o en el r e ­g a z o , y e l la le d a b a m i g a j a s de p a n , la c u a l s e bajó al sue lo á p i c a r u n a p o c a r u d a y d i jo la r e o : que con aquella gema había de curar de todas en-

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 99

Jirmedades, y que era el Espíritu Santo, que no lo di­jese á nadie».—Y n e g ó todo lo d e m á s ; y h a b i ó n d o -• Ja l i g a d o e n la s i l l a y p u e s t o la m a n c u e r d a y a m o n e s t a d a d i jese la v e r d a d , (¡60 años!) r e s p o n ­dió q u e n o t e n í a m á s q u e dec i r , s ino que t u v i e ­s e n m i s e r i c o r d i a de e l la , y se le m a n d ó d a r la p r i m e r a v u e l t a y apretándola se rompió el cordel y se puso otro.»

«Fué v o t a d a á s a l i r á u n a i g l e s i a en forma d e p e n i t e n t e con u n a s o g a al cue l l a , d o n d e le fuese l e ída la s e n t e n c i a ; y al d i a s i g u i e n t e se le d i e s e n 200 azo tes po r las ca l les á la v e r g ü e n z a p ú b l i c a y fuese d e s t e r r a d a de S a n t i a g o , Madr id y Monforte de L e m o s c o n d i ez l e g u a s e n c o n t o r n o , p o r s e i s a ñ o s ; lo cua l se e j ecu tó e n 3 de O c t u b r e d e 1650. fV i s i t a del I n q u i s i d o r L i e D. J u a n Rojo.)

(Su c a u s a en 109 fojas, se a r ch ivó á 12 de O c ­t u b r e . )

Lucía Fidalgo

LUGO.—

Mas q u e b r u j a s e r a n p r o s t i t u t a s e l la y s u r n a -idre, n a t u r a l e s de la fe l ig res ía de S a n Mar t íño D a n -11o en la d ióces i s de L u g o . G a n a b a n la v i d a c o ­mo, p o d í a n po r n o poseer n i b i e n e s , n i o t ro oficio n i g é n e r o de i n s t r u c c i ó n .

J u z g a n d o por los a u t o s del p roceso , la m a d r e v e n d i ó l a h o n r a de L u c í a s i endo a ú n e s t a m u y n i ñ a , c o m o h a s u c e d i d o con c a s i t o d a s e s t a s m u ­j e r e s q u e se l l a m a r o n b r u j a s y se d e c í a n c a s a d a s •con el d i a b l o .

E n las b e r b e n a s de S a n J u a n , S a n P e d r o , S a n ­t i a g o y N u e s t r a Señora , s u c e d í a n a n t e s c o m o s u ­

c e d e n a h o r a , e n aque l lo s pueb los i n c u l t o s en q u e . a u n n o se h a n s u p r i m i d o las h o g u e r a s n o c t u r n a s ,

100 L a I n q u i s i c i ó n ele G a l i c i a .

e s c e n a s como las q u e a p a r e c e n en e s l a c a u s a p o r d e c l a r a c i ó n de la p r o c e s a d a .

C i e r t a n o c h e de S a n J u a n c u a n d o e l la t e n d r í a de trece á catorce años, s u m a d r e y o t r a m u j e r la h a b í a n l l evado al S a n J u a n de la Kossa» . B a j á ­r o n s e t o d a s las t r e s á l as o r i l l a s del r i o , de n o c h e , e n donde se les apareciera un hombre, vestido de par­dillo, de m e d i a n a e s t a t u r a , el c u a l e n c e n d i e r a l umbre» .

Aque l h o m b r e era el i n f a m e c o m p r a d o r q u e c o n s u m ó el i n t e n t o á la luz de la l u m b r e p o r q u e l a n o c h e e ra m u y o s c u r a ; y no solo se h izo el c r i m e n á la v i s t a y con a u x i l i o de la m a d r e y m e ­d i a c i ó n de la o t r a m u j e r , s ino q u e t a m b i é n , d e s ­p u é s de h a b e r c o m i d o y beb ido aque l h o m b r e , lejos de d e s p r e c i a r á e s t a s ú l t i m a s m e d i a d o r a s l a s prefir ió d u r a n t e el r e s to de la n o c h e , p u e s t o q u e á L u c í a , l a «conoció u n a vez sola , y á l a s o t r a s , á c a d a u n a t res» ( t e x t u a l ) .

No h a y p a r a q u e d e c i r q u e aque l h o m b r e e r a e l d e m o n i o , t a n a f ic ionado á e s t a s m u j e r e s de b a j a c a l i d a d , y a u n b o r r a c h o por a ñ a d i d u r a .

Al lá h a c i a el fin de la n o c h e u n d i s g u s t o , c o ­m o r e s u l t a en t o d a s e s t a s f ies tas . El d e m o n i o c a n s a d o , a b u r r i d o y b o r r a c h o cog ió á L u c i a , la n i ñ a de trece & catorce años y d e s p u é s de d e s h o n ­r a d a p r e t e n d i ó p ropós i t o s a b s o l u t a m e n t e p r o h i ­b i d o s y c o n t r a n a t u r a l e z a .

L a n i ñ a e n t o n c e s comenzó á l lo ra r y á g r i t a r i n c r e p a n d o j u s t a m e n t e á s u i n f a m e m a d r e y á la o t r a m u j e r , d i c i é n d o l a s q u e e r a m u y n i ñ a t o d a ­v í a p a r a semejante oñcio, y n o h u b o m á s r e m e d i o q u e de j a r l a .

El d e m o n i o se m a r c h ó e n t o n c e s d i s g u s t a d o r p e r o r e v i s t i é n d o s e de c a r á c t e r y g r a v e d a d dijo-á las tres mujeres suyas q u e cuando quisiesen saber alguna cosa se encomendasen á él, y que se guardasen de jurar en manos de justicia.»

E s t o n o s d a á conoce r que los c a s a m i e n t o s corr el d e m o n i o t a n m u l t i p l i c a d o s en Ga l i c i a e n t r e j ó -

JBrujos y A s t r ó l o g o s . 101

venes a l d e a n a s son r e a l m e n t e c i e r to s ; p u e s los s eñores r i c o s , y a s e g l a r e s y a ec l e s i á s t i cos de l a c o m a r c a , b u r l a b a n de t a l modo y con t a l d i s f raz

. y c r e e n c i a la i n o c e n c i a de s u s v i c t i m a s , s i n e x ­p o n e r s e , no al c a s t i g o , po rque n o h a b i a j u s t i c i a b a s t a n t e p a r a e l los , s ino á la m a l e d i c e n c i a p ú ­b l i ca , p o n i é n d o s e á c u b i e r t o de t o d a s o s p e c h a y de t o d a p r e t e n s i ó n por p a r t e de las e n g a ñ a d a s d o n c e l l a s .

M u e r t a la m a d r e de L u c i a en o p i n i ó n de h e ­c h i c e r a , la m a l a f ama s o l a m e n t e t u v o q u e h e r e d a r por f o r t u n a s u d e s d i c h a d a h i j a , q u e h u b o de r e ­d u c i r s e á p e d i r l i m o s n a , p u e s s u s g r a c i a s y t a ­l en tos no d e b í a n ser b a s t a n t e p a r a p r o p o r c i o n a r ­le o t ro mejor s u s t e n t o .

Y dio l a c a s u a l i d a d q u e , v a g a n d o de p u e r t a e n p u e r t a p id ió l i m o s n a e n c a s a d e ' c i e r t o honrado cecino, q u i z á t a n h o n r a d o como el la ó m u c h o m o n o s .

Dióle la s u p l i c a d a l i m o s n a . Pero es el c a s o g r a v e que , c u a n d o h a b í a n t r a s c u r r i d o y a d o s d í a s , d e s p u é s de la t a l l i m o s n a , (que deb ía s a l i r b i e n c a r a á la j o v e n Luc ía . ) n o t ó el v e c i n o q u e dos l echonc i l lo s q u e t e n í a se h a l l a b a n a t u r d i d o s , se m e t í a n en los a g u j e r o s de las p a r e d e s y l a l e c h o n a m a d r e no q ü e r i a da r l e s de m a m a r . A t r i ­b u y ó e s to , por c o n s i g u i e n t e , á malef ic io de l a j oven , q u e y a g o z a b a de la m a l a f ama de h e c h i ­ce r a . Algo t en ía q u e v e n g a r ó q u e o c u l t a r en e s t e a s u n t o , el t a l v e c i n o c u a n d o , por los l e c h o n e s , y al cabo de dos d i a s , b u s c a n d o a! j u e z de la j u r i s --dicción «le dio las que j a s y le p id ió p r e n d i e s e á L u c í a F ida lgo .»

¿Qué h a b í a pasado? ¿Quién e r a el t e s t i g o q u e la h a b í a de la t ado? E s t o no lo d e s c u b r í a j a m á s el S a n t o Üñcio á los p r o c e s a d o s , de s u e r t e q u e n o p o d í a n é s t o s r e c u s a r l o s n i de fende r se .

M a n d a d a p r e s e n t a r s e a n t e el j u e z s e g l a r , L u ­c ía F i d a l g o a l a r m a d a y l lena de p a v o r c o n t ó t o d a .su v ida; y a m e n a z a d a ' d e g r a n d e s y v i g o r o s c a s -

102 L a I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a .

t i g o s y de la h o g u e r a , s i no confesaba que había hecho maleficios á los ¡echones, dijo que si, pe ro q u e of rec ía deshacerlos si. la s o l t a b a n .

Hízolo as í el j uez de la j u r i s d i c c i ó n ; y no s a ­b e m o s s i d e s p u é s se t r a n q u i l i z a r o n los l e c h o n c i -l los y s u m a d r e les dio de m a m a r ; pero p a s a n d o la. v i s i t a en L u g o el I n q u i s i d o r Ozores de S o t o -m a y o r , el a ñ o 1(546, el e n e m i g o de L u c í a F i d a l g o l a volvió á d e l a t a r y se ab r ió i n f o r m a c i ó n por el S a n t o Oficio.

E r a pobre e s t a j oven como q u e d a d i c h o y t e n í a e n t o n c e s 26 a ñ o s . Por es to ó por o t r a c a u s a , e n el t r i b u n a l de S a n t i a g o no se a p r e c i a r o n como b a s ­t a n t e s m é r i t o s p a r a el p roceso , n i los e scesos i n v o l u n t a r i o s de la cé lebre n o c h e de S a n J u a n e n l a Rosa , de q u e e r a i n o c e n t e , n i el malef ic io de los l echones i n c r e í b l e á los dos d i a s de h a b e r p a ­s a d o la reo y solo a t r i b u i d o á v e n g a n z a s del t e s ­t i g o ; por lo cua l n o se s i g u i ó la i n f o r m a c i ó n en e s t e a ñ o .

E n 1647 h i z o la v i s i t a en el o b i s p a d o L u c e n s e el L i c e n c i a d o i n q u i s i d o r D. J u a n Rojo, y volvió á ser r e p r o d u c i d a la d e n u n c i a , y á ex tende r se -n u e v a i n f o r m a c i ó n .

El S a n t o Oficio volv ió á d e s p r e c i a r e s t a causa -c o n t r a u n a joven pob re , p r o b a b l e m e n t e poco a g r a c i a d a y d e s g r a c i a d a p r o s t i t u t a , p e r s e g u i d a , s i n d u d a , con t o d a la fuerza del odio por a q u e l m i s m í s i m o d e m o n i o á q u i e n t u v o la i m p r u d e n c i a de d e s p r e c i a r y d e s c u b r i r l i v i a n d a d e s y c r i m i n e s b a s t a e n t o n c e s s e c r e t o s , desde a q u e l l a n o c h e p a s a d a á o r i l l a s del r io , en S a n J u a n de la R o s a .

A u n p a s a r o n t r e s a ñ o s m á s s in que L u c í a F i ­d a l g o , á p e s a r de las c o n t i n u a s d e l a c i o n e s , fuese c o n s i d e r a d a como reo de la I n q u i s i c i ó n . Pero u n a m a n o o c u l t a deb ió t r a b a r con e m p e ñ o é i n f l u e n ­c i a en s u pe rd i c ión ; y e n 1 d e Mayo de 1650 se r e g i s t r ó por fin s u n o m b r e en el l ibro de e n t r a d a s -d e las cá rce le s s e c r e t a s del S a n t o Oficio de San—

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1 0 3

t i a g o . b i e n i n o c e n t e de c u l p a como se c o m ­p r e n d e r á .

T e n í a e n t o n c e s 30 a ñ o s . A ñ a d i é r o n s e a l g u n a s t e s t i f i c ac iones de leves

d e l i t o s corno el s i g u i e n t e : «Carec i endo de leche A n a de B u j a n , m a n d ó l e

c o m e r y e r b a Briloitia y t r e s b e r z a s c r e s p a s » C u a n d o L u c í a F i d a l g o fué l l evada á la a u d i e n ­

c i a el d ía 2, se c o n s t e r n ó y l lenó de miedo de u n m o d o i n d e c i b l e . Pobre m e n d i g a de las a l d e a s d e L u g o , no s ab í a q u é h a c e r p a r a c o m p l a c e r á s u s j u e c e s é i m p l o r a r s u g r a c i a , d e r o d i l l a s y a r r a s ­t r á n d o s e como p e r r i l l a m i s e r a b l e .

Po r a l g o p ide la m o r a l la i n s t r u c c i ó n de e s t e g é n e r o de m u j e r e s q u e solo son c o m p a r a b l e s á l a s b e s t i a s , y de q u i e n e s se a b u s a m á s q u e de l a s m i s m a s , po r ser r e a l m e n t e m á s d e s p r e c i a b l e s , i n d e f e n s a s é i n ú t i l e s en la soc i edad .

Los d i s p a r a t e s q u e d i jo e s t a j o v e n al h a l l a r s e d e s n u d a sobre el po t ro en la c á m a r a del t o r m e n t o fueron de t a l m a g n i t u d , q u e á p e s a r de su d u r e z a y a n c h í s i m a c o n c i e n c i a , los j u e c e s i n q u i s i d o r e s suspendieron la monición, creyendo que estaba sin jui­cio a q u e l l a pobre Luc ía -

Así es , que , vo lv i éndo l a á s u s c á r c e l e s , se p i ­d i e r o n n u e v a s i n f o r m a c i o n e s á L u g o p o r q u e no decía cosa con cosa.

«Y h e c h a e s t a d i l i g e n c i a , — d í c e s e en la c a u ­s a , — c o n s t ó q u e la s o b r e d i c h a tiene forma de hechi­cera y la tuvo su madre, y que no era tonta ni boba.»

«Así fué v o t a d a á t o r m e n t o ad arhitrium.» L u c í a F i d a l g o sufr ió los g r a n d e s dolores c u a n ­

do el v e r d u g o le a p r e t a b a , u n o por u n o , los v e i n ­t i c u a t r o corde les q u e o p r i m í a n s u s p i e r n a s , m u s ­los y b r azos , m a r c á n d o l e en la pie l b l a n c a , o t r a s t a n t a s c i n t a s d e ro ja s a n g r e . Gr i tó , volvió á d e c i r c o s a s s i n s e n t i d o a l g u n o ; y como nada se le apre­ciase «se d i o por d e f i n i t i v a m e n t e c o n c l u s a s u c a u s a y se vo tó á s a l i r á u n a i g l e s i a e n forma d e p e n i t e n t e la d i c h a roo, c o n u n a s o g a al pescuezo; .

104 L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

le fuese all í l e ída s u s e n t e n c i a ; a b j u r a s e de leal; y a l o t ro d ia le fuesen d a d o s 200 azotes en las calles y á la vergüenza pública, los c i e n t o en la c i u d a d d e S a n t i a g o , y los o t ros c i e n t o en la fe l ig res ía d e S a n Martirio Dan l lo , y f u i d e s t e r r a d a de e s t o s p u n t o s y de Madr id , con diez l e g u a s en c o n t o r n o , po r se i s años .»

Tal s e n t e n c i a fué p ronunc iada , el d i a 14 de N o ­v i e m b r e del a ñ o 1650, d i a del m á r t i r S a n S e r a p i o . y se e jecu tó él d o m i n g o 9 del mes s i g u i e n t e , d i a d e S a n t a L e o c a d i a , a s i s t i e n d o á la m i s a m a y o r d e la C a t e d r a l .

(Vis i t a del L i c e n c i a d o J u a n Ro jo .—Causa e n 53 fojas.)

E n o t r a r e l a c i ó n se d ice q u e e s t a j o v e n e r a n a ­t u r a l de F e r r ó n o s y q u e al l í use le darán los cien azotes restantes.»

Alonso de Castro y Puga

Pontevedra.—16S1

Es te reo del S a n t o Oficio es u n r e c t o r de la p a ­r r o q u i a de S a n B a r t o l o m é de P o n t e v e d r a y a r l e -m á s c o m i s a r i o de es te m i s m o t r i b u n a l a p o s t ó l i ­c o , infa l ib le ó i n v i o l a b l e , por s u s fueros .

¿Que h a r í a p a r a q u e s u s c o m p a ñ e r o s se a t r e ­v i e s e n á procesar le? I n d u d a b l e m e n t e a l g o muy público que c o n t r i b u y e s e al d e s c r é d i t o de s e m e ­j a n t e h e r m a n d a d ó m a s o n e r í a c a t ó l i c a .

Y en efecto; t i e n e dos c a u s a s es te p á r r a c o : la p r i m e r a como s o l i c i t a n t e de muje re s en el a c t o de la confes ión p a r a c o s a s t o rpes y d e s h o n e s t a s , d e la c u a l t r a t a r e m o s en o t ro v o l u m e n y en e s t e g é n e r o de p rocesos sobre s o l i c i t a c i ó n de m u j e r e s ; y la s e g u n d a es de la q u e t r a t a r e m o s ú n i c a m e n t e e n é s t e , sobre la h e c h i c e r í a , a b r e v i a n d o lo m á s pos ib l e .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s .

R e s u l t a de los a u t o s q u e el c u r a de S a u B a r ­to lomé de P o n t e v e d r a , A lonso de C a s t r o y P u g a , n o p u d i e n d o c o n s e g u i r por o t ro m e d i o a l g u n o e s p i r i t u a l , a c i e r t a j oven á q u i e n a m a b a con d e ­l i r io , c o n s u l t ó á u n a b r u j a p a r a q u e le h i c i e r a h e c h i z o s con los c u a l e s ule quisiese bien »

L a n u e v a m a d r e C e l e s t i n a le d i o u n o s po lvos p a r a que el c u r a se los e c h a s e por dónde h a b í a d e p a s a r la h e r m o s a Melibea, ó mejor d i c h o , pudo s e r v i r de t e r c e r a , con lo c u a l se c o n s i g u i e r o n - y r e a l i z a r o n los t r a t o s i l í c i t o s .

Pero c o n los polvos ó las m e d i c i n a s de la t o r ­pe b r u j a , a c u s a n los t e s t i g o s que h a b í a perdido el juicio a q u e l l a d e s g r a c i a d a j o v e n p o u t e v e d r e s a ; y de a q u í las de l ac iones y los e s c á n d a l o s y las i n ­c r e p a c i o n e s y fu r io sas a m e n a z a s de t oda a q u e l l a c i u d a d , q u e o b l i g a r o n á la I n q u i s i c i ó n á c a l m a r los á n i m o s con a l g ú n acto a p a r e n t e de j u s t i c i a .

I n t i m i d a d o con esto el c u r a , c o n s u l t ó á o t r a h e c h i c e r a , de las m u c h a s q u e s i e m p r e a b u n d a n p a r a las g e n t e s v u l g a r e s en a q u e l l a s h e r m o s a s r i a s ; pero en t a l t i e m p o y a l legó el cor reo de M a ­d r i d t r a y e n d o u n a o rden e x p r e s a del S u p r e m o Consejo , (á 6 de Feb re ro de 1(551,) p a r a que fíese preso e s te i n d i g n o s a c e r d o t e y c o m i s a r i o del T r i ­b u n a l S a n t o . Tal e s c á n d a l o se h a b í a a r m a d o .

A u n se p a s a r o n m á s de dos m e s e s s in c u m ­p l i r s e la e x p r e s a d a o rden del Consejo . L a loca , d e s h o n r a d a , deb ía t e n e r en Madr id m á s i n f l u e n ­c i a s que en S a n t i a g o , pero el reo , m á s a m i g o s e n t r e los c l é r i g o s de e s t a c i u d a d a r c h i p i s c o p a l q u e en la co r t e .

No o b s t a n t e , nohubo remedio. Alonso de C a s t r o y P u g a fué m a n d a d o c o m p a r e c e r , pero v o t a d o . so lamente á q u e t u v i e s e la c i u d a d por c á r c e l , c o ­m o foras tero y con s e c r e t o , y s i g u i e s e s u c a u s a

L l e g ó el c u r a D. B a r t o l o m é de P o n t e v e d r a el d í a 16 de Abr i l , y el 17 «se le d io la p r i m e r a a u ­d i e n c i a (copiamos) e n la que dijo ser de e d a d d e

10G L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

55 a ñ o s , de c a s t a de c r i s t i a n o s viejos.» e t c é t e r a -Y s e g u i m o s c o p i a n d o . « P r e g u n t a d o : s i s ab í a la c a u s a de su v e n i d a . » «Dijo: no s abe r la c a u s a de s u p r i s i ó n . P e r o

le p a r e c í a q u e e r a p o r q u e h a b i e n d o s ido r e ­c i en e n t r a d o en el benef ic io de P o n t e v e d r a , a d ­v i r t i e n d o á s u s f e l ig reses q u e s u p i e s e n b i e n la d o c t r i n a c r i s t i a n a les dijera:—<-¿ue había de ser peor que el diablo»... las c u a l e s r a z o n e s p r o n u n c i a ­r a e s t a n d o r e v e s t i d o y d i c i e n d o misa .»

' S e g u i m o s c o p i a n d o el t e s t i g o í n t e g r o : «Respond iendo á la a c u s a c i ó n del fiscal, d i jo ,

y confesó, e r a v e r d a d q u e h a b í a t e n i d o t r a t o s con la m u j e r q u e d e c l a r a n los últimos testigos (1) y que p a r a que le quisiese bien h a b í a c o n s u l t a do po r m e d i o de o t r a m u j e r h e c h i c e r a , la c u a l le h a b í a e n v i a d o u n o s polvos p a r a q u e se los e c h a s e por donde h a b í a de p a s a r la d i c h a muje r á q u i e n d e s e a b a t r a t a r c á r n a l m e n t e ; y q u e t a m b i é n e r a v e r d a d q u e habiendo perdido el juicio dicha mujer le h a b i a ped ido , á la i n t e r m e d i a d o r a , fuese á c o n ­s u l t a r á o t r a h e c h i c e r a , p a r a q u e le d iese a l g ú n r e m e d i o á s u en fe rmedad , lo c u a l di jo había hecho de lástima; pero no con á n i m o de c o n t r a v e n i r de m o d o a l g u n o á cosa q u e t o c a s e al S a n t o Oficio.»

A es tos s eñores reos e c l e s i ñ s t i c o s n o se les d a b a t o r m e n t o n i se les d e m a n d a b a n i o b l i g a b a c o n g é n e r o a l g u n o de a m e n a z a s ; de s u e r t e q u e s i h a c í a n c a r g o a l g u n o c o n t r a e s a s p e r s o n a s e r a á v o l u n t a d , y d e b í a n ser m u y c r e í d o s .

No o b s t a n t e , en la s e g u n d a a u d i e n c i a revocó A l o n s o de C a s t r o y P u g a , y d i jo :

«Que los polvos los h a b í a e c h a d o por donde h a ­b í a de p a s a r d i c h a muje r . . . pe ro q u e n o h a b í a n s ido polvos sino unas flores y semillas de ciertas yerbas.»

Y a q u i s i e r a n s a b e r n u e s t r o s b o t á n i c o s de q u e

( l ) H e m o s i l í c i to q u e s o l o n o s o r u | i a i - c n i r s e n e s t e v o l u m e n (1* a n c a s o d e h o c l i i e e r i a , d e j a n d o l o s d e s o l i c i t a c i ó n u a r a o t r o v o l ó m e » .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 1 0 7

flores se h a b í a va l ido el p á r r o c o de San B a r t o l o ­m é de P o n t e v e d r a p a r a c o n s e g u i r y volver loca á l a i n c ó g n i t a v i c t i m a y e s t a r á n e s p e r a n d o q u e c o n s i g n e m o s p r o n t o lá i n f o r m a c i ó n c ient í f ica y la r e so luc ión de es te p r o c e s o .

P u e s a q u í t e r m i n a , como t o d o s los d e m á s , de-l a m a n e r a m á s a n t i - c i e n t í f i c a pos ib le , p a r a que-se d i g a q u e E s p a ñ a en el s i g lo x v n e ra u n a g r a n n a c i ó n .

No se q u i s i e r o n e x a m i n a r po lvos , n i flores, n i s e m i l l a s ; y a u n es pos ib le y s e g u r o q u e e n es ta U n i v e r s i d a d , e n t r e t a n t o s s ab io s no h u b i e s e u n o q u e p u d i e r a a c e r t a r en s u c las i f i cac ión , s ino h a ­b l a n d o de p a c t o s con el d e m o n i o , y b u l a s de tíisto v .

Aqu í , como en t o d a s p a r t e s no h a b í a m á s q u e t eó logos e x o r c i s a d o r e s de d e m o n i o s , y c u y a c i e n ­c i a b a s a d a en las o r a c i o n e s y en los m i l a g r o s p a r a el v u l g o de las g e n t e s , y p a r a ellos en el i n ­d i f e r e n t i s m o m á s c o m p l e t o , en la u n i ó n m á s e s ­t r e c h a p a r a a m p a r a r s e u n o s á_ o t ros y p a r a c u m ­p l i r el ve r s í cu lo «sea u n a so la la bolsa de t o d o s noso t ros .»

L a a u d i e n c i a Real de G a l i c i a e r a u n t r i b u n a l m i l veces m á s a r b i t r a r i o y a t r a s a d o en c a u s a s c o n t r a c r i m i n a l e s de es te j a ez , y e s p e c i a l m e n t e p o b r e s , que no l l enasen aque l l a s i n s a c i a b l e s a r c a s de l F i s c o .

Y p e n s a r q u e al p r i n c i p i a r s e y a ú n c a s i m e d i a r e l s i g lo x ix n o s h a l l á b a m o s en E s p a ñ a c a s i e n i g u a l e s t a d o , es m u c h a g l o r i a .

L a Glo r i a es de la r evo luc ión de S e t i e m b r e q u e n o s p u s o e n c o n t a c t o s i q u i e r a , con las i d e a s de­l e g a l i d a d m o d e r n a s : y d e c i m o s en c o n t a c t o p o r ­q u e en n u e s t r a s a u d i e n c i a s de lo C r i m i n a l no s e s e n t a r í a , (s in e m b a r g o de todos s u s e n v e n e n a ­m i e n t o s y c r ímenes ) u n c u r a de P o n t e v e d r a , p e r o al m o n o s h a b í a de ser j u z g a d o como o t r o c u a l q u i e r a c r i m i n a l , c o m o u n l ab rado r cual—

1 0 * L a I n q u i s i c i ó n d o O a l i c i a .

q u i e r a , r i co ó pobre , por los pe r iód icos i n d e p e n ­d i e n t e s y por la o p i n i ó n p ú b l i c a .

Y es to es a l g o en E u r o p a : y ' p a r a E s p a ñ a e s m u c h o ! . . . .

C o n t i n u a n d o en el e x a m e n de e s t a c a u s a d e e s t u p r o , v i o l e n c i a , e n v e n e n a m i e n t o ó lo q u e p u ­d iese ser , po rque , s e g ú n c o s t u m b r e del S a n t o Ofi-c i o , n i se d e c l a r a en el la la muje r , edad , n i e s t a d o , n i flores, n i s e m i l l a s q u e la h a n vue l to el j u i c i o . . . « Vista en el tribunal, fué votado el reo á que se le ad­virtiese y reprendiese»..., no en a u t o p ú b l i c o asina en el aposento del Inquisidor, pagando (eso si.) 6,000 m a r a v e d i s e s p a r a g a s t o s del S a n t o Oficio por . e s t e .y los d e m á s de l i t o s .

¡No p a r a i n d e m n i z a c i ó n a l a f ami l i a de la j o ­v e n d e s h o n r a d a y loca! P a r a el T r i b u n a l .

Se e jecu tó e s t a s e n t e n c i a a b s u r d a e n 31 d e J u l i o de 1651.

¡Oh, c o n t r a a q u e l l a s j u s t i c i a s e c l e s i á s t i c a s ó c iv i l e s s o b o r n a b l e s , i g n o r a n t e s , f a n á t i c a s ó r u i ­n e s , n o s es dado h a b l a r m u y a l to con es tos p r o c e ­s o s ; q u e la p o s t e r i d a d n o s d a p l e n o s d e r e c h o s p a r a el lo .

No p o d r í a m o s h a b l a r n a d a de las a c t u a l e s l e ­y e s , a ú n p r i v i l e g i a d a s , d i v i d i d a s , def ic ien tes , Ca­p r i c h o s a s ó i n s e r v i b l e s ; d o n d e el d é s p o t a t o d a v í a •ordena y m a n d a , y h a y t r i b u n a l e s y cue rp o s y p e r s o n a s e spec i a l e s , i n v i o l a b l e s , i r r e s p o n s a b l e s ,

y se a m e n a z a á los j u e c e s y se les d e s t i t u y e y t r a s l a d a y se a b o c h o r n a á los pobres y se c o n s i ­d e r a á los r i c o s .

Pero E s p a ñ a , m a l q u e les pese , va a r r a s t r a d a por el r e s t o de E u r o p a ; y de los t r i b u n a l e s y d e los i n q u i s i d o r e s de hoy , h a b l a r á n b i e n p r o n t o los e s c r i t o r e s de m a ñ a n a .

(Es t a c a u s a e s t á t o m a d a de la v i s i t a del I n ­q u i s i d o r L i c e n c i a d o ü . J u a n Kojo en 1651.)

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1 0 »

Ana Martinez.

R I B ABATÍA.—1651. Mucho t e n d r í a q u e h a c e r el S a n t o Oficio, (sí

e x i s t i e r a e n la a c t u a l i d a d , ) con m u j e r e s c o m o e s t a A n a Mar t ínez , c a s a d a , con A n t o n i o Solía,, c a r n i c e r o de R i b a d a v í a .

E r a b u e n a , r a zonab l e y v i r t u o s a mu je r . Cre ía e n Dios y en s u ú n i c o pode r y p l e n a v o l u n t a d ; p e r o c u a n d o u n hi jo s u y o enfermó de r e p e n t e ; s e p a r a n d o s u c r e e n c i a de aque l los a l t o s ó i n e s ­c r u t a b l e s d e s i g n i o s del A l t í s i m o s e g ú n los c u a l e s n o h a y a r e n a que se m u e v a en el de s i e r to n i h o j a e n el árbol q u e se s epa re s in s u c o n s e n t i m i e n t o , b u s c ó en la t i e r r a la c a u s a de t a n t o d a ñ o y ha l ló o t ro s pode re s maléf icos q u e l u c h a b a n y t r i u n f a ­b a n de Dios a r r e b a t á n d o l e s u s m á s h e r m o s a s c r i a t u r a s , solo c o n la envidia, con la mirada, cotí el AIRK.

Mucho deben inf lu i r en las m u j e r e s g a l l e g a s l a s a n t i q u í s i m a s c o s t u m b r e s de o t ros pueb los y d e o t r a s r e l i g i o n e s , p a r a q u e h o y t o d a v í a , s i e n d o m a d r e s c a r i ñ o s a s , no h a y a solo u n a , sa lvo p o c a s y g r a n d e s e s c e p c i o n e s que , como A n a Mar t inez , n o t u v i e s e q u e p u r g a r a l g ú n de l i to de p r e o c u p a c i ó n s u p e r s t i c i o s a , en las cá r ce l e s del S a n t o Oficio.

C u a n d o el n i ñ o r a q u í t i c o l a n g u i d e c e ¿qué m a ­d r e de las n u e s t r a s n o se malicia de las p e r s o n a s envidiosas que la q u i e r e n m a l y n o p i e n s a n d e r e p e n t e en el mal de ojo?

N a d i e s e g u r a m e n t e p o d r á a c o r d a r s e n i de la m a d r e n i del h i j o : pe ro t e n é i s u n o s ojos g r a n d e s y e x p r e s i v o s ; os fijáis en a l g ú n de ta l l e ; q u i z á i n d i f e r e n t e s s i l enc io sos , y se r ios ; y s i el n i ñ o e n ­fe rma , t e n d r á m u y p r e s e n t e la m a d r e a q u e l l a m i r a d a p e n e t r a n t e y s e r e n a y h a b r é i s s ido v o s -

110 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

o t r o s , s i n p e n s a r l o , los q u e le h a b é i s c a u s a d o q u i z á la m u e r t e á s u h i jo .

Y a u n q u e se h a b l a del mal cristalino e n los ojos g r a n d e s y Ajos, h a y t a m b i é n aires q u e s o n t o d a v í a m á s p e l i g r o s o s y m o r t a l e s .

El aire de la joven doncella y el aire de la gata preñada son p a r a los n i ñ o s p o n z o ñ a s de m u e r t e .

L a joven v i r g e n t i e n e d i a s en los cua l e s le e s t á p r o h i b i d o ver , t o c a r , n i p e n s a r s i q u i e r a en los n i ñ o s ; p o r q u e sv, aire los p o n d r á en fe rmos . Si p o r d e s g r a c i a , a l g u n a v i r g e n en e s t e e s t ado tocó s u s r o p a s ó d i o u n beso en el ro s t ro del i n f a n t e y o s t e se s i e n t e con l i g e r a i n d i s p o s i c i ó n ¡ d e s d i c h a d a v i r g e n y d e s d i c h a d a m a d r e !

T a m b i é n á las p l a n t a s le sucede lo m i s m o q u e á los n i ñ o s ; se a g o s t a n .

El a i r e de la d o n c e l l a solo se p u e d e s a c a r a l n i ñ o de la s i g u i e n t e m a n e r a , que , u n á n i m e s , i n ­d i c a n h o y t o d o s los c u r a n d e r o s y c u r a n d e r a s , t o m á n d o l o de las a n t i g u a s p r á c t i c a s .

E s n e c e s a r i o l e v a n t a r s e del l echo y s a l i r de c a s a a n t e s de r a y a r la a u r o r a . M a r c h a n d o m a d r e ó h i jo enfe rmo por n u e s t r a s p o é t i c a s corredoiras; y r e s p i r a n d o el a i r e p u r o del c a m p o á a q u e l l a h o r a ¿cómo n o h a de ser s a l u d a b l e e s t e p r o c e d i ­m i e n t o ? Pero se l l ega á u n a e n c r u c i j a d a de t r e s ó c u a t r o ó c i n c o s e n d e r o s , en el m o n t e , e n el va l l e , ó en la c a ñ a d a . All í se l e v a n t a g e n e r a l m e n ­t e u n c r u c e r o de p i e d r a con t r e s e s c a l o n e s . L a m a d r e se s e n t a r á en el los y sin pronunciar una sola palabra desde salir de casa por más que vea lo que

./itere, a t a r á á s u h i j i t o con u n a c i n t a al fds te de l a c ruz , e s p e r a n d o á q u e p a s a s e desde e n t o n c e s p o r aque l l o s s e n d e r o s el p r i m e r t r a n s e ú n t e á q u i e n debe d e c i r e n s e g u i d a e s t e p a r e a d o :

—«Mulleriña (ou h o m i ñ o ) que vay de fortuna desencabestrem' esta criatura] »— El pasa j e ro , ó p a s a j e r a , se d e t i e n e ; c o r t a l a s

l i g a d u r a s q u e a p r i s i o n a n al n i ñ o enfe rmo y e n ¡aquel m o m e n t o r e c o b r a r á la s a l u d y se h a b r á i d o

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1L-J

n o r a m a l a ol a i r e de la donce l l a i m p r u d e n t e si se ha hecho la ceremonia con toda formalidad.

¿Y el aire de la g a t a p r e ñ a d a ? E n m u c h a s c a s a s de f ami l i a y a n o se q u i e r e n

g a t a s , y a u n es de g r a n e s c á n d a l o aque l d ía en el que u n g a t o l i m p i o , g o r d o , h e r m o s o y m i m a ­do , s i n aire, n i envidia y h u y e n d o solo del frió del i n v i e r n o , se r e f u g i a e n t r e ías r o p a s ó se e n r o s c a s i m p l e m e n t e á los p i e s de la c u n a de los n i ñ o s .

L a g a t a p r e ñ a d a se a r ro j a de c a s a g e n e r a l ­m e n t e d u r a n t e s u c u i d a d o , y p a r e c i e n d o e l las c o m p r e n d e r l o , v a n á p o n e r s u s h i j o s en los m á s e s c o n d i d o s d e s v a n e s . No o b s t a n t e , s i a l g ú n d e s ­c u i d o c a u s a en los n i ñ o s la e n f e r m e d a d m a l é ­fica, por la cua l n i t o m a n el pecho n i c o m e n , n i s o n r í e , a n t e s al c o n t r a r i o e s t á n f a s t id iosos y l l o ­r a n , t odos los c u r a n d e r o s y melgas os d a r á n el s i g u i e n t e r e m e d i o :

E n v o l v e d al en f e rmi to en u n a s g r a n d e s h o j a s q u e l l a m a n de ara y u n a s e rv i l l e t a fina. A c o s t á d -lo u n d í a y u n a n o c h e con t o d a la r o p a pos ib l e d e s u u s o y ve s t i do L a s h o j a s d e s p r e n d e n al m o m e n t o u n t i n t e rojo en la s e r v i l l e t a ¡y aque l lo e s el malef ic io , la m i s m a s a n g r e de la g a t a p r e ­ñ a d a ! e t c . e t c .

¿Y l as q u e b r a d u r a s ? Será n e c e s a r i o r e m o n t a r ­se á los t i e m p o s de c e l t a s y d r u i d a s p a r a c o m ­p r e n d e r el o r i g e n de e s t e m é t o d o dif íc i l de c u r a r l a s q u e b r a d u r a s en los n i ñ o s q u e c r eemos s e r á lo m i s m o q u e la e n f e r m e d a d l l a m a d a por o t ro n o m ­b r e e n Ga l i c i a , del Enganido.

H a d e p r o c u r a r s e u n c o r p u l e n t o rob le , t a l a ­d r a r l o en s u t r o n c o con que deje p a s a r de u n o a l o t ro lado la e n f e r m a c r i a t u r a , y da r lo y r e c i b i r l o m u j e r e s en c i e r t o s e s t a d o s y c o n d i c i o n e s , s e g ú n l a s c o s t u m b r e s de v a r i a s c o m a r c a s y d i c i e n d o

• c i e r t a s p a l a b r a s . S i el á rbol m u e r e d e s p u é s á c o n ­s e c u e n c i a de los h a c h a z o s r e c i b i d o s , m o r i r á t a m ­b i é n la c r i a t u r a , y s i r eve rdece el á rbo l el n i ñ o s a n a r á , s e g u r a m e n t e .

112 l a I n q u i s i c i ó n d e G á l i c a

E s t a ú l t i m a e n f e r m e d a d del enganido,y r e m e d i o i n d i c a d o , t e n í a y e j ecu tó con u n n i ñ o s u y o la d e l a t a d a y p r o c e s a d a A n a Mar t ínez , m u j e r de A n t o n i o Solía, c a r n i c e r o de R i b a d a v í a .

Cop iamos de e s t a c a u s a : «Fué t e s t i f i c ada de q u e e l la y u n a h e r m a n a

s u y a , por e n s e ñ a n z a de o t r a s p e r s o n a s h a b í a n p a ­s a d o t r e s veces á u n n i ñ o (pa ra q u e s a n a s e de la e n f e r m e d a d q u e l l a m a n del euganido), po r la h e n ­d i d u r a de u n carballo, d i c i e n d o c a d a vez q u e lo p a s a b a n , dándo lo la u n a y r e c i b i é n d o l o la o t r a .

—«¿Tu q u e me das, engonido?» —«Yo te d o y á fu l an i to . . . s a n o po r la g r a c i a de

D ios y de la V i r g e n Mar ía . Y al fin de la r e l a c i ó n h a y e s t a n o t a : « A l g u ­

n a s de j an j u n t o al carballo y como ofrenda , celas de cera encendidas -yla camisa del enfermo.»

Todas e s t a s c o s t u m b r e s de las" r e l i g i o n e s p r i ­m i t i v a s se p r a c t i c a n a c t u a l m e n t e e n G a l i c i a .

E s t a p r o c e s a d a A n a Mar t ínez fué a b s u e l t a s i n s e n t e n c i a .

A c a b a n d o de e s c r i b i r e s t a c a u s a sobre los aires y q u e b r a d u r a s r e c i b i m o s El Correo Gallego de-Ferrol con u n a r t í c u l o a n ó n i m o q u e t r a t a de l m i s m o a s u n t o . H o y se a u m e n t a r o n , s e g ú n p a r e ­c e , los aires malos, y los h a y t a m b i é n de so l , d e l u n a , . d e v e c h o , de v e c h a r a , de m a r y de t i e r r a , d e p u n t o y de e x c o m u l g a d o , de v ivó y de m u e r ­t o , de c r i s t i a n o y de j u d i o , s e g ú n l a c u r i o s a o r a ­c i ó n que t o m ó de v iva voz el a r t i c u l i s t a . Hó a q u í lo q u e e s c r i b e :

Errores populares

I m p o s i b l e p a r e c e , m á s n o p o r eso es m e n o s e v i d e n t e , q u e en la é p o c a a c t u a l t i e n e n l o z a n a e x i s t e n c i a e n el fondo de la s o c i e d a d de p o b l a c i o -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1 1 3

n e s q u e se l l a m a n c u l t a s y con m á s v igor en los c a m p o s , a ñ e j a s p r e o c u p a c i o n e s y c r a s o s e r ro re s q u e e je rcen s u letal i n f l uenc i a y d e c i d e n á veces (le la s u e r t e y p o r v e n i r de m u c h a s f ami l i a s .

A e s t a s p r á c t i c a s , r e g u l a n s u c o n d u c t a m u ­c h a s p e r s o n a s y s o s t i e n e n o t r a s d e s t i n a d a s á e s t e g é n e r o de i n d u s t r i a que , a u n q u e no s o m e t i d a s á Ta t a r i f a de s u b s i d i o , n o por eso de j an de ser l u ­c r a t i v a s á j u z g a r por el cómodo y h o l g a d o v i v i r d e a l g u n a s p e r f e c t a m e n t e c o n o c i d a s y q u e t r a n ­q u i l a m e n t e se d e d i c a n á su profesión, á c i e n c i a y p a c i e n c i a de t o d a s las a u t o r i d a d e s h a b i d a s y por h a b e r .

Y s i n e m b a r g o , u n a d e t e n i d a i n s v e s t i g a c i ó u e n los d o m i c i l i o s de e s t a s p rofesoras de " c a r t o ­m a n c i a , a d i v i n a s y s a l u d a d o r a s , ¿ c u a n t a r i q u e z a d e c u r i o s o s d a t o s no p r o p o r c i o n a r í a y q u i z á r e v e -J a r í a la c o n s u m a c i ó n de de l i t o s m á s ó m e n o s se­r i o s , r e s a l t a n d o s i e m p r e en e s t a s p r á c t i c a s l a e s ­t a f a , el e n g a ñ o y la falsía? P a r a los s e c t a r i o s de e s t o s ídolos , h a n t r a s c u r r i d o i n f r u c t u o s a m e n t e d i e z y ocho s i g l o s de e n s e ñ a n z a c r i s t i a n a , el g i ­g a n t e s c o desa r ro l lo de t o d a s las c i e n c i a s , y m u y e s p e c i a l m e n t e el m a y o r t r a t o de las r a z a s d i v e r ­s a s por la s u m a f a c i l i t a d a do t r a s m i s i ó n de i d e a s y t r a s l a c i ó n de p e r s o n a s : e sos v a r o n e s con fa ldas q u e , t a n t o s d a ñ o s inf ieren á la soc i edad en s u s c l a s e s m o n o s i n s t r u i d a s , v i v e n y p r o s p e r a n h o y s i n c o r t a p i s a a l g u n a como en las é p o c a s h i s t ó r i ­c a s de m a y o r e n v i l e c i m i e n t o y d e g r a d a c i ó n , son l a s a s q u e r o s a s e s c r e c e n c i a s de n u e s t r a a c t u a l c i ­v i l i z a c i ó n q u e d e m a n d a n el h i e r r o y el fuego del c ó d i g o y b u e n a po l ic ía , h a s t a l o g r a r ve r l a s e s t i r -p a d a s en s u s m á s p ro fundas r a i c e s .

Pero m i e n t r a s e s to ,no s u c e d a , como lo e x i g e n c o n s i d e r a c i o n e s m u y a t e n d i b l e s , p e r m í t a s e n o s p r e s e n t a r la r i d i c u l a o r a c i ó n ó c o m o q u i e r a l l a ­m á r s e l a e m p l e a d a i n v a r i a b l e m e n t e por las c i t a ­d a s a l i m a ñ a s en el m o m e n t o de d e s e m p e ñ a r c i e r ­ta v a r i e d a d d e s u s m ú l t i p l e s func iones ; r e s p o n -

U 4 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

d e m o s de s u e x a c t i t u d , p u e s , u n a m i g o n u e s t r o d e m u y b u e n h u m o r en m o m e n t o s d a d o s , t u v o l a p a c i e n c i a y h a b i l i d a d de t o m a r l a a l d i c t a d o p o r m e d i o de p r o m e s a s y h a l a g o s de u n o de e s o s s u c i o s t i p o s .

Quizá la i n s t r u c c i ó n de e sa fó rmula p r o p o r ­c i o n e a l g ú n solaz á n u e s t r o s s u s c r i t o r e s y s i r v a d e p r o v e c h o s a e n s e ñ a n z a á d e s g r a c i a d a s v í c t i ­m a s de t a l e s e r ro res .

He la a q u í s i n e n m i e n d a a l g u n a , c o m o fuá t r a s l a d a d a al pape l p o r n u e s t r o a m i g o , t o m á n d o ­l a de v iva voz y como e r a d i c t a d a por la p i ­t o n i s a :

«Es ta S a n t í s i m a v i r t u d q u e t i e n e es te S a n t í s i ­m o R o s a r i o t e c o r t e es te aire. Dios t e lo c o r t e , s ea de sol, s e a de luna, s ea de vecho, s ea do aechara, s e a de mar, s e a de tierra, s ea de pauto, s e a d e envidia, s ea de escomulgado, muerto, s ea de cristia­no, po r la g r a c i a de Dios y la V i r g e n Mar ía . C o r t a e l cobro , m a l o o ñ c i o , a i r e m a l o ; la e n v i d i a h a c e m a l e n la b r u g e r í a ; u n p a d r e n u e s t r o al S a n t o ó S a n t a del d ía . Si la V i r g e n sa l ió V i r g e n c o n el Sr . de V e r n i e g o , con t o d a b ru je r í a por la d i v i n a g r a c i a de la S a n t a Cruz Aire de vivos, aire d» muer­tos, aire de escomulgados, t e a r r e n i e g o , v e t e á l o s in f i e rnos fu lano cíe t a l : tirache esta dada con esta, ollada, con esta aireada por la gracia de Dios y la Vir­gen María; si cha deron por la manan, que cha tire ó Sor San Juan; si cha deron á mediodía, que cha tire a Virgen María; si cha deron á tarde, que cha tire (í Virgen Carmen. Por aquí pasó Cristo antes que ta mal fuere visto; viva Cristo y, muera tu mal visto

Él Folk-Lore g a l l e g o t i e n e r eco j ídas y p u b l i ­c a r á m u c h a s de e s t a s c u r i o s a s o r a c i o n e s .

E n a s t u r i a s a b u n d a n l a s m i s m a s c r e e n c i a s , del aire y del agoiro ( agüe ro ) , en las e n f e r m e d a ­d e s de los n i ñ o s . L a s m a d r e s son all í como a q u í p r e o c u p a d a s . No m u e r e u n n i ñ o q u e n o lo h a y a chupado la v ie ja v e c i n a .

Y p a r a solaz del l ec tor , s i n d u d a a m a n t e d e

B r u j o s >• A s t r ó l o g o s 115

üa be l la l i t e r a t u r a , n o r e s i s t i m o s al deseo d e c o ­p i a r u n t i e r n í s i m o f r ac raen to de la poes ía e n ba-^ ble del Sr . D. José Gaveda , t i t u l a d a El niño enfer­mo. L a m a d r e a s t u r i a n a h a b l a al n i ñ o de e s t a m a n e r a :

¡Pobrequín! ¿Que t i e n e s ? ¿Que t e fexo mal? ¡Calla, m i a l m a , ca l l a , n o n t e t e q u e x e s m á s !

Si d io s t e m e g u a r d a h a s d i r á. c a n d a s . . . y u n ñ e ñ i n de ce r a a l Cr i s to d a r á s .

¡Pero n o n m e e s c u c h a . . . ¿Si l u agüeyará La vieja Roseada del otro lugar?

Desque a l l á n a c u e r v a le diera en besar... P o q u í ñ i n y á p o c u m o r r é n d o s e v á .

D a l g u n maleficio, l a m a l d i t a y faí; Que d iz q u e á Sev i l l a los s á b a d o s v á .

Y q u e a n d a de n o c h e p o r t o d o el l u g a r c h u p a n d o los n i ñ o s q u e g o r d o s e s t á n .

¿Si el m i ó , la b r u x a t a m b i é n c h u p a r á ? t e m ó l o en c o n c e n c i a , •.temólo e n v e r d á .

llfi L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

M a ñ a n a , s i n fa l ta , s i h e q u e l lego a l l á c o n a g u a b e n d i t a l u t e n g u a s p e r x a r .

Y p o n e i la c i g u a a n t e s de m a m a r y d a i p a n b e n d i t o m e z c l a u al p a p a r .

Y de S a n B e n i t o se i y a de c o l g a r la r e g l a q u e fora del p a d r e B a s t i a n .

¡Como lo p u n x e r o n ! ¡ ay , q u e t a l e s t á ! n o n t i e n m á s q u e g ü e s o s , m o r r é n d o s e vá!

Leonor da Fonte.

PONTEVEDRA.—16»®. E s t a m u j e r , c a s a d a con Ba r to lomé de I n f a n t e r

m a r e a n t e d e P o n t e v e d r a , fué d e l a t a d a po r b r u j a y a d i v i n a . F u é p r e s a c o n s e c u e s t r o de b i e n e s e n l a s cá r ce l e s s e c r e t a s de S a n t i a g o , y de las t e s t i f i ­c a c i o n e s y d e c l a r a c i o n e s c o n s t a q u e p r o c u r a b a r e m e d i o s y h a c í a c e r e m o n i a s s u p e r s t i c i o s a s c o m o l a s a n t e r i o r e s . As í t a m b i é n fué s e n t e n c i a d a en la m i s a m a y o r , s a l i endo al t a b l a d o con i n s i g n i a s de b r u j a , a b j u r a n d o de levi, y c o r r i e n d o las ca l l e s d e l a n t e del v e r d u g o q u e le d i o de s u m a n o c i e n a z o t e s á la v e r g ü e n z a p ú b l i c a ; . s i e n d o d e s p u é s d e s t e r r a d a de S a n t i a g o , Madr id y P o n t e v e d r a , p o r so lo dos a ñ o s .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 117

De estos procesos, casi id ínticos, hay en el a r ­chivo de Simancas gran abundancia que no nos detendremos á copiar por no hacer más extenso este folleto. Para muestra creemos bastarán estos

-cuarenta extractos.-

A P É N D I C E

Libro de San Cipriano

X , A G R A N J E R I A - — L A G R A N C L A V I C U L A D E S A L O ­

M Ó N . E L T R I Á N G U L O D E L O S P A C T O S , P O R

E L R A B I N O A - B E N I C I A N A R A B I N A -

C o m e n t a r l o s • $ e h a b l a con m u c h o e m p e ñ o , (no solo e n t r e el v u l g o i g n o r a n t e , s i no t a m b i é n e n t r e p e r s o n a s c r é d u l a s de cierta instrucción, y Ututos académicos, y n o solo en las p r o v i n c i a s de Ga l i c i a , pe ro m á s •aún en las de L e ó n , y Cas t i l la , ) de u n f a m o s í s i m o l ib ro c o m p u e s t o por el s ab io ob i spo de C a r t a g o •con el objeto de a t o r m e n t a r , evoca r y c o n s t i t u i r p o r e s c l avos de la v o l u n t a d h u m a n a i n d i v i d u a l e i n t e r e s a d a á los m i l l a r e s de e s p í r i t u s q u e p u e ­b l a n el in f ie rno .

El l ib ro , s e g ú n d i c e n , es e x t r a o r d i n a r i a m e n t e v o l u m i n o s o ; e s c r i t o en g r u e s o s y l a r g o s p e r g a m i ­n o s ; con figuras y s i g n o s c a b a l í s t i c o s ; c o n p a l a ­b r a s y c a r a c t e r e s i n c o m p r e n s i b l e s y n o d e s c i f r a ­d o s en p a r t e ; c o n r ú b r i c a s y a p r o b a c i o n e s , p u e s t a s a l final por el m i s m o L u c i f e r , emperado r ; p o r e l p o d e r o s o p r í n c i p e Belcebúi; por el g r a n d u q u e

152 L a I n q . u i s i e i ó n d e G a l i c i a .

Astharot; por el p r i m e r m i n i s t r o Lucífugo; p o r Salanachia, g r a n g e n e r a l , y po r los m i n i s t r o s Fleurrute, Sargatona, Neoiros y o t r a s diez y o c h o p o t e s t a d e s s e c u n d a r i a s , q u e fueron o b l i g a d a s , en s u d i a , á c o m p a r e c e r por el s a n t o , y firmar c o n él , el p a c t o de u n a e t e r n a , i n c o n d i c i o n a l y h u ­m i l d í s i m a o b e d i e n c i a !

N a d i e h a v i s t o h a s t a a h o r a s e m e j a n t e v o l u m e n de i n a p r e c i a b l e va lor ; pe ro todos en e s t a s t i e r r a s s a b e n q u i é n e s de s u s v e c i n o s lo poseen , a u n q u e lo •nieguen y lo oculten, y no q u i e r a n fiarlo, n i v e n ­de r lo , por el d i n e r o del m u n d o . Como q u e e s t á e x c o m u l g a d o y p r o h i b i d o r i g u r o s a m e n t e y n i el Gob ie rno , que t a n t o n e c e s i t a del d i ab lo y de s u s t e s o r o s , se a t r e v e á e c h a r m a n o d e e s t e l i b ro .

Aque l l a p e r s o n a q u e , de la n o c h e á la m a ñ a n a , se e n c u e n t r a en la a b u n d a n c i a , s i n s a b e r de q u é m e d i o s se h a va l ido , s i e n d o pobre y m í s e r o ; a q u e l l a t i e n e el ocu l t o y d e s c o n o c i d o libro deSan Cipria no, que le h a p r o p o r c i o n a d o a l g ú n tesoro-oculto.

Se c i t a n ca sos ; se n o m b r a n p e r s o n a s en t o d o s los pueb los ; se s a b e b i e n q u i é n e s fueron los s a ­ce rdo te s e x o r c i s a n t e s , h a s t a el m o n t e e l e g i d o , para, c i t a r a l d e m o n i o ; la n o c h e y la h o r a y t o d o lo suced ido en la se s ión i n f e r n a l .

Pero el l ibro no a p a r e c e en p a r t e a l g u n a , n i S a n C i p r i a n o se h a o c u p a d o j a m á s e n e s c r i b i r ob ra s e m e j a n t e .

«En la g r a n b i b l i o t e c a de la U n i v e r s i d a d de S a n t i a g o — s e d i c e , a l l á e n la s ecc ión r e s e r v a d a y e n u n e s t a n t e a p a r t a d o , su je to con dos g r u e s a s , c a d e n a s y r e s g u a r d a d o por u n a re ja d e h i e r r o , e s t á u n e j empla r de es te famoso l ib ro de los t e ­soros» .

¿Y por q u é , e n c a d e n a d o y c e r r a d o c o n c a n ­dados?

«Porque e s u n l ib ro q u e q u i e n osa a b r i r l e y leer le , c o m e t e g r a v í s i m o p e c a d o ; i n c u r r e en e x c o ­m u n i ó n m a y o r y co r re el p e l i g r o de q u e se le-

U n i j o s y A s t r ó l o g o s

a p a r e z c a S a t á n ; y como n o e s t é p r even ido n i ' t e n g a s a c e r d o t e s con e s to l a s y a g u a b e n d i t a , se-lo l l e v a r á n á los a b i s m o s » . . . E s t o se d i c e h a c e m u c h o t i e m p o .

Pero lo c i e r t o es q u e el l ibro , falso ó v e r d a d e r o , t a m p o c o e s t á , como c u e n t a el v u l g o , en la b i b l i o ­t e c a c o m p o s t e l a n a , n i a t a d o , n i sue l to ! El v u l g o t o d a v í a es t a n n e c i o , c o m o q u i e n e s t á e n c a r g a d o d e e n s e ñ a r l e .

A n o s o t r o s , q u e d u r a n t e m u c h o s a ñ o s h e m o s a n d a d o de a r c h i v o en a r c h i v o y n o s h e m o s d e ­d i c a d o por c a p r i c h o á las a n t i g ü e d a d e s , m u c h a g e n t e s enc i l l a n o s h a ofrecido c a n t i d a d e s r e g u ­l a r e s por el libro de San Ciprian, s e g u r o s de q u e d e b í a m o s t e n e r a l g ú n e jempla r , ó s abe r de q u i e n lo t u v i e s e , y ced iese .

H a l l á n d o n o s en el c a s t i l l o de S i m a n c a s , e n d i v e r s a s t e m p o r a d a s , h a n l l egado h a s t a allí e n t o d a s e l las c a m p e s i n o s d e las p r o v i n c i a s de L eó n s o l i c i t a n d o el m i s m o famoso l ibro ó a l g u n a s rece­tas p a r a a d i v i n a r los t e so ros q u e e s t á n e s c o n d i ­d o s desde los t i e m p o s de los m o r o s . E s t o y a no-e r a e x t r a ñ o all í! Cada d í a ocu r r e lo m i s m o .

Todos los q u e t r a b a j a m o s en el a r c h i v o h i s t ó ­r i c o y g e n e r a l de E s p a ñ a é r a m o s e m p l e a d o s de m o d e s t í s i m a pos i c ión : ¿cómo d i s t r i b u i r , y n o •utilizarnos de los t a l e s t e so ros , s i t u v i é r a m o s las-recetas? As í les c o n t e s t á b a m o s . No t e n d r í a m o s n e c e s i d a d de t r a b a j a r , s i fuesen c i e r t a s s u s p r e o ­c u p a c i o n e s s e n c i l l a s .

Pero e s t a s r a z o n e s n o c o n v e n c í a n á los a v a r o s p e r e g r i n o s , los c u a l e s se m a r c h a b a n de la v i l l a o t r a vez h a c i a s u s h o g a r e s , m u r m u r a n d o de los-señoritos y de s u e g o í s m o y m a l a fé p a r a con e l los .

No o b s t a n t e : con el l ibro de S a n C i p r i a n o s u c e ­d e c o s a d i s t i n t a q u e con las recelas. VA l ibro o r i ­g i n a l no e x i s t e ; pero h a y , sí , m u l t i t u d de c o p i a s y se l l evan á cabo los con ju ros y las t e m e r o s a s e v o c a c i o n e s á m e d i a n o c h e ; y todo el m u n d o s a b e q u e h a y q u e l levar a l m o n t e los c a n d e l e r o s , l as

121 L a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

ve las b e n d i t a s , la v a r a m á g i c a , l as m o n e d a s d e p l a t a y oro, el i n c i e n s o y el a lcohol , la piel de u n corde ro , u n g a t o n e g r o p a r a a p l a c a r c o n s u of ren­d a al e s p i r i t a i n f e rna l , u n a bol la de p a n c a l i e n t e y u n s a c e r d o t e e x o r c i s t a que , r e v e s t i d o de o r n a ­t o s s a g r a d o s , lea en el l ibro y d i r i j a las t e r r i b l e s c e r e m o n i a s , s i n p e l i g r o p a r a los a s i s t e n t e s p r o ­fanos .

Sí: es t a m b i é n u n h e c h o que se l l eva ron á la p r á c t i c a m a c h a s veces y e n t r e personas formales Л no tan imbéciles, como se cree, e s t a s r i d i c u l a s f a r ­s a s ; u n a s veces con el objeto de b u r l a r s e de los c r é d u l o s c a m p e s i n o s ó a r t e s a n o s , es v e r d a d ; pero o t r a s con v e r d a d e r a fe y con e s p e r a n z a c i e r t a e n la v i r t u d del l ibro , y ' d i s p u e s t a s á l levar á c a b o , i n ­t r é p i d a m e n t e y s i n m i e d o , un pacto con Luzbel, c a m b i a n d o á Dios y su pobreza por las c o m o d i ­d a d e s i n d i s c u t i b l e s , f a m a y t a l e n t o que d a el d i ­n e r o . No t e n e m o s de recho de i m p e d i r a n a d i e el l i ­b re e je rc ic io de su profes ión l ega l , n i es á n i m o n u e s t r o el de ofender á p e r s o n a l i d a d a l g u n a ; p e r o s i e n c o n t r a m o s c l é r i g o s q u e a v e r g ü e n z a n s u a l t o y s a g r a d o m i n i s t e r i o , no solo d a n d o c réd i to á e s ­t a s s u p e r t i c i o s a s p r e o c u p a c i o n e s del v u l g o , s i n o p r e s t á n d o s e á a u t o r i z a r l a s , l l evando en s u m a n o d e r e c h a la v a r a de avellano oirgen y en la i z q u i e r ­d a el d e s a t i n a d o l ibro de los e s p í r i t u s , h e m o s d e t r a b a j a r t o d a n u e s t r a v i d a p a r a q u e ese s a c e r d o ­c i o , q u e n o r e s p o n d e á s u m i s i ó n c iv i l i z ado ra , n o t e n g o , pueb lo q u e le e s c u c h e , n i le s i g a , n i le v e ­n e r e , en c a s t i g o de s u c r i m e n de r e t roceso .

Nosot ros no q u e r e m o s q u e e n G a l i c i a se a l i ­m e n t e n e s t a s fa l sas e s p e r a n z a s y e s t ú p i d a s •creencias de los t e soros o c u l t o s y de los p o d e r e s de los e s p í r i t u s del in f ie rno ; n o s o t r o s no p e r m i ­t i r e m o s q u e b u s q u e s u r e m e d i o el enfermo Gon l a n ó m i n a c a b a l í s t i c a , s i n o con la c i e n c i a e x p e r i ­m e n t a d a : ­nosotros p e r s e g u i m o s s i n cesa r l o s escritos de San Pedro Mártir y los a m u l e t o s q u e vende la i g l e s i a , y las o l ivas q u e b e n d i c e y ei

B r u j o s y A s t r ó l o g o s

fuego q u e a l i m e n t a c o m o r e m i n i s c e n c i a s p a g a ­n a s , y no d e s c a n s a r e m o s t a m p o c o h a s t a arrojar-d e n u e s t r a s p l a z a s las coplas de ciego p u b l i c a d a s c o n e n t o n a c i ó n l a s t i m e r a al son de r e p u g n a n t e v io l i n , l e v a n t a n d o en a l to u n e s t a n d a r t e donde se p i n t a n los p o r t e n t o s m á s e s t u p e n d o s y los m o n s ­t r u o s m á s i n c r e í b l e s .

Y todo el r i g o r de la ley h e m o s de ped i r c u a n ­do l l egue el o p o r t u n o t i e m p o , pa ra r e p r i m i r y c a s t i g a r e s tos c r í m e n e s de lesa c u l t u r a y de e s ­t a fa p a t e n t e ; p o r q u e h a y s i e m p r e , en t a l e s c a sos , q u i e n e s v i v e n del e n g a ñ o de las s e n c i l l a s g e n t e s , q u i e n e s a r r e b a t a n el d i n e r o al pobre a l d e a n o y le i n d u c e n á sacr i f i ca r su c a s a y s u s h i jos por u n a i m p o s t u r a i n ú t i l , a n t í - s o c i a l y a n t í - r e l i g i o s a .

E n t a n t o que las a u t o r i d a d e s no e s t á n d e n u e s t r o lado , h e m o s d e p r o c u r a r por a l g ú n m e d i o , q u i z á el m á s a c e r t a d o y m á s senc i l lo , d a r el g o l p e de m u e r t e á e s to s n e c i o s , pero i n s i s t e n t e s y porf iados s u e ñ o s del v u l g o .

D e s p o j a d a del m i s t e r i o y del a p a r a t o y de l s i g i l o , t o d a c r e e n c i a pe rece . A la luz del ' c l a ro d i a h u y e n y no i n t i m i d a n las f a n t a s m a s . P u b l i ­c a d o , V u l g a r i z a d o , r e g a l a d o g r a t i s el g r a n d e ó i n e s t i m a b l e libro de San Cipriano c u y a s cop i a s o c u l t a s t a n t o d i n e r o y t r a b a j o c u e s t a a d q u i r i r , a c a b a r á s u h i s t o r i a con la d e s h o n r a en e s t a s p á ­g i n a s q u e t r a t a n de bru jos y de e m b u s t e r o s .

El e x a m e n d e t e n i d o y la r a z ó n n o o fuscada d e b e n ha l l a r en s u s c a p í t u l o s las a b e r r a c i o n e s y l a s l o c u r a s m á s e x t r a ñ a s , obra , a l fin, del m a s r a r o c h a r l a t a n i s m o , q u e h a b r á de d i v e r t i r á los c u r i o s o s y o b l i g a r á á t o m a r n o t a de tódo ello á l o s h o m b r e s p e n s a d o r e s .

Nos h e m o s p r o c u r a d o á fuerza de f a t i g a s , u n e j empla r , de los q u e c o r r e n m a n u s c r i t o s , p a r a a ñ a d i r á e s t a s p á g i n a s : y c u a n d o y a n o sea u n s e c r e t o , c u a n d o todos los a m b i c i o s o s y c r édu lo s t e n g a n s u e j empla r , t a n t a s veces a v e r i g u a d o y p e d i d o , t odos s u b i r á n al m o n t e , s i q u i e r e n , á la

1-25 L i a I n q u i s i c i ó n d o G a l i c i a .

m e d i a n o c h e , p a r a c o m e t e r s u pecado de i n o c e n ­c i a : pero t o d o s b a j a r á n a v e r g o n z a d o s y a r r e p e n ­t i d o s , p o r q u e el d i ab lo no se aparecerá, y solo á s u s v a n a s i n v o c a c i o n e s a c u d i r á , t a l vez, a l g ú n g u a r ­d a de c o n s u m o s !

Y se a c a b a r á n los c u e n t o s . Y se h a r á luz sobre a s u n t o s de i m p o r t a n c i a s u m a , de m o r a l c r i s t i a n a

_y de p ú b l i c a i n s t r u c c i ó n . Y se c u m p l i r á la m i s i ó n del e s c r i t o r h u m i l d e .

Instruir, desengañar a l i n c a u t o , s e ñ a l á n d o l e el c a ­m i n o . . . . Poner le á sa lvo de l a s r a p i ñ a s , y de l a s a s e c h a n z a s . L l e v a r u n a a r e n a p a r a c e g a r p r o n t o el p u e r t o p e l i g r o s o de l a i g n o r a n c i a , y sobre c u y a s

-or i l las l e v a n t a r e m o s el faro h e r m o s o y b r i l l a n t e de la i n t e l i g e n c i a .

El Proemio ó «El Preludio > H e m o s d i c h o que n i e x i s t i ó el l ibro de San C i ­

p r i a n o , n i es te s a n t o p o d i a h a b e r e s c r i t o s e m e ­j a n t e l ibro de pactos con los espíritus infernales. L a s p e r s o n a s s e n c i l l a s n e c e s i t a r á n t o d a v í a de o t r o g é n e r o de p r u e b a s c o n v i n c e n t e s .

E n los s i g l o s XVI y XVII , c o m o se v é en e s t e t r a b a j o , n i la I n q u i s i c i ó n , n i el pueblo de G a l i c i a , en g e n e r a l , t e n í a n c o n o c i m i e n t o a l g u n o de t a l m o d o de i n v o c a r y v e n c e r al d i ab lo . (1) L a s c a u s a s de bru jos y a s t r ó l o g o s n o a r r o j a n , c o n t a n t a s t e s -

(4) La c a u s a d e f'r. J u a n d o V e g - a e n 1 (502 p a r e c e a l u d i r , n o o b s ­t a n t e , á u n l i b r o s e m e j a n t e al d e S a n C i p r i a n o , h a l l a d o e n ol c o n -v o n t o d o Í V a n e i s c a n o s d e O r e n s o y por m e d i o d e l c u a l s o h a r í a c o n -

• d u c i r p o r l o s a i r e s , y s e l e a p a r o c o r i an y a p a r e c i e r o n l o s d e m o n i o s l o s - c u a l e s lo p a r e c i e r o n muy pequeños. ( V é a s e ) .

J u a n G ó m e z d e T a n i e i r o n , ( V c r i n , ) p a r e c e q u e t a m b i é n l o n i a u n l i b r o d o M a g i a ; y P a t r i c i o S i n o t , i r l a n d é s , c o n s u l t a b a o t r o , s i n p r i n ­c i p i o n i f in , q u o entreg-ó al c o n f e s o r ; poro n i n g ' u n o d e e s t o s l i b r o s •consta s e r e l l l a m a d o d e San Cipriano Clavícula de Salvmun, c o n l a s • c e r e m o n i a s q u e v a m o s á rcí 'erir y q u e s e r i a n g r a v í s i m a s a n t e e l T r i ­b u n a l d e l S a n t o O l i c i o .

T o d o lo m á s , p u e d e f i jarse e n o s t o s l i b r o s l a s t e n d e n c i a s á l a i n v o ­c a c i ó n y p a c t o c o n l o s p o d e r o s d e l i n f i e r n o , q u e , c o m o n z a n d o e n e l . s i g l o X V I f , d i e r o n o r i g e n al p r e s e n t o l i b r o , p e r f e c c i o n a d o y v u í g - a r i -

_-zado ú l t i m a m e n t e .

O r u j o s y A s t r ó l o g o s . 127

t i ñ c a c i o n e s , u n a so la p r u e b a sobre e s t a p r e o c u ­p a c i ó n , q u e debe ser c o s a del p r e s e n t e s i g l o X I X ó poco a n t e r i o r en a ñ o s , y de m u y e s c a s a i m p o r ­t a n c i a en s u o r i g e n . De o t ro m o d o , el S a n t o Oficio h u b i e r a t e n i d o n o t i c i a s de e s t a n u e v a s u ­p e r s t i c i ó n , m á s g r a v e que las a n t e r i o r e s , y la p e r ­s e g u i r l a c a s t i g á n d o l a con todo r i g o r , con t a n t o m a y o r m o t i v o c u a n t o q u e , a l g u n o s e x o r c i s a n t e s , a l ped i r t e so ros al d e m o n i o y q u e los b u s c a s e e n el fondo del mar.... al r e p l i c a r l e e s t e que no le e r a pos ib l e , se a v e n t u r a b a n á dec i r l e q u e los robase de las arcas reales. Y en E n e r o de 1624 no solo e s t a b a n i n s e g u r a s y a las a r c a s r ea l e s , s i no que l a s m i s ­m a s de la I n q u i s i c i ó n de S a n t i a g o fueron r o b a d a s : pe ro el t r i b u n a l , lejos de c ree r a l d e m o n i o a u t o r d e s e m e j a n t e i r r e g u l a r i d a d , b i e n legal por c i e r t o (pues se t r a t a b a de d i n e r o q u e se j u n t a b a p a r a l a s f ies tas de la c a n o n i z a c i ó n del Maestro Epila), p u ­b l i có ed i c to s de e x c o m u n i ó n y l lenó s u s p r i s i o n e s d e g e n t e s o s p e c h o s a . Y as í d e b i a sucede r .

El es t i lo en que e s t á e s c r i t o el l l amado l ibro de S a n C i p r i a n o n o es m u y m o d e r n o , senc i l lo y de p l u m a v u l g a r ó i n d o c t a , pero de i n n e g a b l e s t a ­l e n t o s p a r a es te g é n e r o de l i t e r a t u r a p o p u l a r . E n l a s o r a c i o n e s y en el m é t o d o se d e s c u b r e b i e n l a m a n o de u n c l é r i g o , a c o s t u m b r a d o s i n d u d a , á e s c r i b i r n o v e n a s , c u y o uso es t a m b i é n r e c i e n -t í s i m o .

El a u t o r , en fin, t o m a u n s e u d ó n i m o d e rabino hembra: n ó m b r a s e Beniciana Kabina, y en o t ro e j e m ­p l a r m a n u s c r i t o a n t e p o n e el n o m b r e de A n t o n i o . U n c h a r l a t á n c o n s u m a d o q u e p u d o h a c e r s e r i c o ba jo es te a n ó n i m o .

M o d e s t a m e n t e y e n v e r d a d , Beniciana Kabina n o se t i t u l a a u t o r ; p o r q u e y a se d i c e q u e t a n g r a n l ib ro p e r t e n e c e , no y a solo á S a n C i p r i a n o , s i n o á S a l o m ó n y á o t ro s s a b i o s .

Usa de Pre fac io con el t í t u lo de Preludio y a s e v e r a K a b i n a q u e se h a l l a «con, dificultad de per­suadir que me ha sido posible encerrar en una colee-

12S 1 . a I n q u i s i c i ó n d e G á l i c a

cion tan pequeña el extracto de más de veinte volúme­nes, q u e por s u s a s e r t o s , r e p e t i c i o n e s y a n t i g ü e ­d a d e s , h a c í a n c a s i i m p o s i b l e la p r á c t i c a de l a s o p e r a c i o n e s phi losóf icas . Pero t ó m e s e el t r a b a j o el i n c r é d u l o y el h o m b r e p r e o c u p a d o de s e g u i r , p a s o á p a s o , por el c a m i n o q u e y o le seña lo , y v e r á n como la ve rdad d e s t i e r r a él t e m o r de s u s e s p í r i t u s , o c a s i o n a d o por u n a c c i d e n t e , y q u e hará tal vez que salgan infructuosas las ceremonia por haberse practicado fuera de sazón ó con unos in­dicios imperfectos. Es tontería creer que no se puedan ejecutar estas operaciones sin riesgo de conciencia:

­фага persuadirse de ello, no se necesita más que pasar la vista por la vida de San Cipriano....» «Me a t r e v o á l i s o n j e a r m e de q u e los sab io s i n s t r u i d o s en los m i s t e r i o s de la ciencia divina, q u e se l l a m a oculta. m i r a r á n es te l ib ro como el m á s prec ioso t e s o r o del m u n d o . »

A q u í t e r m i n a el Preludio, pero p a r e c e q u e t a l i n t r o d u c c i ó n ó pró logo c o n t i n ú a e n el C a p í t u ­lo I, al fin del c u a l pone s u firma el b u e n r a b i n o B e n i c i a n a K a b i n a .

Creemos q u e és te sea u n er ror de c o p i a n t e s y q u e la o b r a c o m i e n z a , como se verá , en el C a p í t u ­lo II , pero n a d a e n m e n d a r e m o s al m a n u s c r i t o q u e t e n e m o s á la v i s t a , y s e g u r o s de d i s t r a e r al l e c ­t o r , a g r a d a b l e m e n t e , lo c o p i a m o s í n t e g r o , por ser b r e v e .

CÁPÍTTJLO I. (S I G U E E L PRELUDIO.)

«Este g r a n l ibro es t a n r a r o y t a n b u s c a d o e n n u e s t r o s p a í s e s , que , por s u escasez , se le p u e d e l l a m a r , s e g ú n los r a b i n o s , la verdadera obra maestra, y el los son los q u e n o s de ja ron es te prec ioso o r i ­g i n a l q u e t a n t o s c h a r l a t a n e s h a n q u e r i d o c o n t r a ­h a c e r , i n ú t i l m e n t e , por q u e r e r i m i t a r al verdadero­que jamás hallaron; y es to con el fin de a p o d e r a r s e

B r u j o s y A s t r ó l o g o s

d e l á n i m o de los t o n t o s q u e se fian del p r i m e r o q u e l l ega y n o a v e r i g u a n el ve rdade ro o r i g e n . E s t e se h a l l a en los e s c r i t o s l eg í t imos del g r a n r e y Sa lomón , h a l l a d o s po r u n a p u r a c a s u a l i d a d . E s t e g r a n r e y pasó t o d a s u v i d a en las i n v e s t i g a ­c i o n e s m á s m o l e s t a s y sec re tos m á s o s c u r o s ó i m p e n s a d o s ; pe ro , por fin, logró t o d a s s u s e m ­p r e s a s , y l legó á p e n e t r a r la m a n s i ó n m á s o c u l t a d e los e s p í r i t u s , á los cua l e s fijó y ob l igó á o b e ­d e c e r l e con el poder de s u talismán ó clavicula; y n i n g ú n o t ro h o m b r e , s ino es te g r a n g e n i o , h u ­b i e r a t e n i d o va lor p a r a d e s c u b r i r las f u l m i n a n t e s p a l a b r a s de que se s i rv ió Dios p a r a a t e r r a r y h a ­c e r que los e s p í r i t u s rebeldes obedec iesen al p r i ­m e r m a n d a t o s u y o ; y p e n e t r a n d o las bóvedas ce l e s t e s , fuese capaz cíe p ro fund iza r los sec re tos y p o d e r o s a s p a l a b r a s q u e c o n s t i t u y e n t o d a la f u e r ­z a de u n Dios t e r r i b l e y respe tab le .»

«Este g r a n r e y pene t ró el fondo de s u s s e c r e t o s r e s e r v a d o s y de q u e s e rv i r í a la g r a n d i v i n i d a d , y as í es que n o s d e s c u b r i ó las i n f l uenc i a s de los a s t r o s , la c o n s t e l a c i ó n de los p l a n e t a s y el m o d o d e q u e a p a r e z c a n t o d a la c l a se de e s p í r i t u s , l e ­y e n d o las grandes llamadas q u e ve ré i s e n es te l ib ro a s í como la v e r d a d e r a c o m p o s i c i ó n de la vara ful­minante y s u s efectos , con los c u a l e s t i e m b l a n l o s e s p í r i t u s , y de la que Dios se s i rv ió p a r a a r m a r á s u Á n g e l c u a n d o arrojó del P a r a í s o t e r r e n a l á A d á n y Eva , y con la m i s m a q u e Cas t igó á los e s ­p í r i t u s rebe ldes p r e c i p i t a n d o s u o r g u l l o en los m á s e s p a n t o s o s a b i s m o s con la fuerza de esta vara que tiene la virtud de formar nubes, dispersar y ahuyen­tar las tempestades, vientos y huracanes, y h a c e r l o s c a e r en c u a l q u i e r a p a r t e del m u n d o q u e so q u i e r a . »

«Aquí ve rá , el l ec to r , l a s v e r d a d e r a s p a l a b r a s q u e s a l i e r o n de la boca de aque l sab io r e y , l a s c u a l e s y o h e cop iado , p u n t o por p u n t o , y t u v e e n ello el m a y o r g u s t o y s a t i s f a c c i ó n p o s i b l e , p u e s g o c ó la fe l i c idad de s a l i r b i e n con e l l a s , de

130 I j a I n q u i s i c i ó n , d e G a l i c i a

t o d a s m i s e m p r e s a s . ( F i r m a d a : Beniciana Kovina.) ( H a s t a a q u í el c a p í t u l o p r i m e r o , q u e b i e n h e ­

m o s d i c h o c o n t i n u a b a s i endo el p ró logo ó p r e l u ­dio. A h o r a e m p i e z a la obra por e r ro r de los c o ­p i a n t e s en el c a p í t u l o .2". Los folkloristas y los c u r i o s o s , fuera de los q u e por deber h a n de e s t u ­d i a r n u e s t r a s c o s t u m b r e s p o p u l a r e s , lo v e r á n c o n g u s t o . )

CAPÍTULO II L A G R A N G U E J E R I A , (1) y C L A V I C U L A D E S A L O M Ó N

«¡Oh, h o m b r e s , déb i l e s m o r t a l e s ! t e m b l a d c o n v u e s t r a t e m e r i d a d de s i p e n s á i s c i e g a m e n t e p o ­seer u n a c i e n c i a t a n p ro funda , t r a s p o r t a d a d e v u e s t r o e s p í r i t u m á s a l lá de v u e s t r a esfera; y t e ­n e d e n t e n d i d o q u e , a n t e t odo , es n e c e s a r i o s e r fue r t es y c o n s t a n t e s y m u y c u i d a d o s o s de o b s e r -Tar con e x a c t i t u d , p u n t o po r p u n t o , c u a n t o os d i g o ; y s ino t o d o se c o n v e r t i r á e n p é r d i d a y d e s ­v e n t a j a y confus ión v u e s t r a . S i por el c o n t r a r i o o b r á i s con e x a c t i t u d lo q u e d i g o , s a ld ré i s d e v u e s t r a vergüenza y pobreza c o n g r a n v i c t o r i a d e t o d a s v u e s t r a s e m p r e s a s .

A r m a o s , p u e s , de i n t r e p i d e z , p r u d e n c i a , s a b i ­d u r í a y v i r t u d , p a r a poder e m p r e n d e r e s t a g r a n ­d e ó i n m e n s a ob ra , e n la q u e y o h e c o n s u m i d o setenta años, trabajando noche y dia.

P a r a l o g r a r es te s u p r e m o obje to , es p r e c i s o , p u e s , h a c e r e x a c t a m e n t e todo lo que s i g u e .

P R I M E R A M E N T E :—Duran t e todo u n c u a r t o d e l u n a n o os h a b é i s de a c o m p a ñ a r de m u j e r e s , s i s o i s h o m b r e s , y de h o m b r e s , sí so is m u j e r e s , l a s e j e r c i t a n t e s ; h u i d del sexo c o n t r a r i o p a r a q u e n o c a i g á i s e n la i m p u r e z a . D e s p u é s c o m e n z a r e i s o t ro c u a r t o de l u n a , q u e es el q u e se os d e d i c a , e n e l momento mismo e n que e n t r a , p r o m e t i e n d o a i

(I) E» otras copias Gran Grtgeriw

' B r u j o s y A s t r ó l o g o s 131

•Gran A d o n a y , que es el Jefe de todos los e s p í r i t u s q u e no hare ' re i s ál d ía s i no dos c o m i d a s , m i e n t r a s d u r e v u e s t r o c u a r t o de l u n a ; y e s t a s s e r á n al m e ­d i o d ía y á m e d i a n o c h e , ó si os a c o m o d a r e m e ­j o r , á l as s ie te de la m a ñ a n a y á las s i e t e de l a t a r d e .

Y a n t e s de t o d a s la c o m i d a s , d u r a n t e el c u a r ­to de l u n a , d i r é i s la o r a c i ó n s i g u i e n t e :

O K A C l é H T

«Yo t e i m p l o r o , g r a n d e y poderoso A d o n a y , s e ñ o r de todos los e s p í r i t u s ; y o t e i m p l o r o ¡oh E l o i m ! y o t e r u e g o ¡oh Jehovam!»

«¡Oh g r a n d e A d o n a y ! ¡ d í g n a t e favorecerme!» «ASÍ s ea . A m e n . »

No os h a b r é i s de d e s n u d a r n i d o r m i r lo m e ­n tónos pos ib le d u r a n t e el c u a r t o de l u n a , p e n s a n d o s i e m p r e e n v u e s t r a e m p r e s a , f u n d a n d o v u e s t r a e s p e r a n z a e n la i n f i n i t a b o n d a d del g r a n d e A d o n a y .

Al o t ro d í a (después de la p r i m e r a n o c h e de d i c h o c u a r t o de luna ) c o m p r a r e i s p i e d r a sengina, q u e se l l a m a de esmalte, la c u a l s i e m p r e t r a e r é i s sobre v u e s t r o c u e r p o , p a r a e v i t a r a l g ú n a c c i d e n t e c o n t r a el e s p í r i t u q u e os p r o p o n é i s forzar y o b l i ­g a r á h a c e r , desde l u e g o , todo c u a n t o p u e d a p a r a d i s g u s t a r o s con el m i e d o y q u e d e s i s t á i s d e v u e s t r a e m p r e s a a t e r r a d o s , p o r q u e c ree que de e s t e modo se e s c a p a r á de la red q u e e m p e z á i s .á t e n d e r l e .

E s p r e c i s o t e n e r en c u e n t a que no deben a s i s ­t i r á e s t e a c t o s ino mía, tres ó cinco p e r s o n a s , c o n ­t a n d o con el exorcista, que es el q u e debe d i r i g i r l a p a l a b r a al e s p í r i t u y t e n e r e n la m a n o la vara

.fulminante, c u i d a n d o de escojer , p a r a e s t e c a s o , u n l u g a r s o l i t a r i o y n a d a c o n c u r r i d o , de n o c h e , c o m o r u i n a s a b a n d o n a d a s , m o n t a ñ a s y e r m a s , ó p r e c i p i c i o s y c a v e r n a s p e l i g r o s a s , con el ob je to

4 3 2 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

de q u e no p u e d a n ser v i s t o s ó i n t e r r u m p i d o s en e s t a ob ra los e j e r c i t a n t e s .

C o m p r a r e i s , a l s e g u n d o d ía , u n c a b r i t o j o v e n . el c u a l , al t e r c e r d í a de la l u n a , a d o r n a r e i s e l ' cue l l o con g u i r n a l d a s de v e r b e n a por debajo d é l a g o r g u e r a , c o n u n a c i n t a ve rde .

E l i g i d o el l u g a r de l a s r u i n a s ó de la m o n t a ñ a d o n d e h a b é i s de l l a m a r al e s p í r i t u , al l í , en e s t a t e r c e r a n o c h e , ce l eb ra re i s el p r i m e r sacr i f ic io , c o n el b razo de recho d e s n u d o h a s t a el h o m b r o y a r m a d o con u n ho ja de ace ro puro.

E n c e n d e r é i s la h o g u e r a con maderas blancas d i c i e n d o con e s p e r a n z a y e n t e r e z a l a s s i g u i e n t e s -p a l a b r a s :

PRIMERA OFRENDA «Yo ofrezco e s t a v í c t i m a , ¡oh poderoso A d o -

n a y , oh g r a n d e s Ariel y J e h o v a m ! y es to en h o ­n o r y g l o r i a del ser s u p e r i o r de todos los e s p í r i ­t u s / D i g n a o s ¡oh g r a n A d o n a y , de que os sea a g r a d a b l e ! Amen .»

«Despnes de d e g o l l a r a l c a b r i t o , lo deso l l a r e i s y e c h a r e i s al fuego . M i e n t r a s a r d e la v í c t i m a , p o d é i s r e g o c i j a r o s e n h o n o r y g l o r i a de los g r a n ­d e s e s p í r i t u s , t e n i e n d o c u i d a d o de r e s e r v a r l a p i e l p a r a fo rmar c o n e l la , c o r t a d a e n t i r a s , y c u a n d o l l e g u e el m o m e n t o , la r u e d a del g r a n c í r ­c u l o c a b a l í s t i c o , d e n t r o del c u a l os h a b r é i s de-m e t e r el d ía de la g r a n empresa .»

. L a s c e n i z a s de la v í c t i m a so a r r o j a r á n por el l ado l e v a n t e del Sol, d i c i e n d o las s i g u i e n t e s p a ­l a b r a s :

«Oh g r a n ' A d o n a y , E l o i m , Ar ie l y J ehova rn í v i s t e la s a n g r e de e s t a v í c t i m a en h o n o r y g l o r i a y poder ío v u e s t r o l D i g n a o s de q u e os s e a n g r a t a s e s t a s cenizas!»

B r u j o s v A s t r ó l o g o s 133

CAPÍTULO III. 'VERDADERA COMPOSICIÓN DE LA. VARITA MISTERIOSA

L l á m a s e la virtud ó vara fulminante y á la m i ­t a d de el la se d iv ide en dos r a m a s , u n a m á s l a r g a

• q u e la o t r a . (Aquí el m a n u s c r i t o que c o n s u l t a m o s m a r c a u n a figura como h o r c a de leñador . )

El d i a v í s p e r a de la g r a n e m p r e s a b u s c a r e i s u n a b a q u e t a ó v a r a de ave l l ano v i r g e n , ó bravo, . que j a m á s h a y a d a d o f ru to , y q u e h a g a a r c o ó p u n t a s por a r r i b a .

Su l o n g i t u d h a de ser de diez y n u e v e p u l g a ­d a s y media. L u e g o q u e la ha l l é i s , no h a g á i s s i n o m i r a r l a y e s p e r a r al o t ro d ía , q u e s e r á el dia de la acción, para, i r á c o r t a r l a p o s i t i v a m e n t e al s a l i r e l

.sol . S i t i e n e a l g u n a s ho j a s y r a m i t o s , se le h a n de c o r t a r p r e c i s a m e n t e con ia m i s m a h o j a d e a c e ­ro que s i rv ió p a r a dego l l a r á la v í c t i m a y q u e t o ­d a v í a e s t a r á t e ñ i d a con s u s a n g r e , p a r a lo c u a l h a b r á de t e n e r c u i d a d o de no l i m p i a r e n t o n c e s d i c h a ho ja .

Co inenza ráse á c o r t a r la v a r i t a c u a n d o el sol e m p i e c e á a p a r e c e r sobre n u e s t r o emis fe r io , d i ­c i é n d o s e las s i g u i e n t e s p a l a b r a s :

«Os p i d o ¡oh g r a n d e s A d o n a y , E lo in , Arie l y J e h o v a m , q u e me favorezcá i s yodéis á e s t a baque­ta, que y o co r to , la fuerza y la v i r t u d de l a d e Moisés y de la del g r a n J o s u é . Os s u p l i c o , t a m ­b i é n , que e n c e r r é i s en e s t a v a r a t o d a l a fuerza de S a n s ó n , la j u s t a co le ra de E n m a n u e l y los r a -

. y o s del g r a n d e Lharia-Thai, M'ik (1) el cua l v e n ­g a r á las i n j u r i a s de los h o m b r e s el g r a n d i a del j u i c i o . A m e n .

Después de h a b e r p r o n u n c i a d o e s t a s grandes y terribles palabras, ( s i empre m i r a n d o á la p a r t e del sol sa l i en te ) a c a b a r e i s de c o r t a r la v a r a y l a

(1) Esta es una divinidad ó un espíritu infernal deseonociílo en nuestros pu-blos, inventada de repente por Kabbia en un m o ­

t í l en lo feliz

1 3 4 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

l l eva re i s á v u e s t r o a p o s e n t o . B u s c a r e i s después-u n pedazo de palo y lo p o n d r é i s del m i s m o g r u e s o q u e las dos p u n t a s de la v a r a , con objeto de l l e ­v a r l o al ce r ra je ro q u e h a de p r e p a r a r dos p u n t a s d e ace ro e n c o r b a d a s , con la m i s m a ho ja que-os s i rv ió p a r a dego l l a r la v í c t i m a , p r o c u r a n d o q u e d e n b i e n a g u d o s los e x t r e m o s . H e c h o es to y vo lv i endo á c a s a , t r a s l a d a r e i s por v u e s t r a p r o p i a m a n o e s t a s c o n t e r a s ó p u n t a s de ace ro á la v e r ­d a d e r a v a r a , y t o m a n d o , d e s p u é s , u n a p i e d r a d e d i a m a n t e la p o n d r é i s a l fuego p a r a diamantizar l a s d i c h a s p u n t a s , p r o n u n c i a n d o las s i g u i e n t e s p a l a b r a s s a g r a d a s :

Por el pode r de l g r a n d e A d o n a y E l o i m , Ar i e l y J e h o v a m , venir á traer cuantas materias yo quiera.» Por el poder del g r a n d e A d o n a y E l o i m , Arie l y J e h o v a m , te m a n d o , por l a i n c o m p a t i b i l i d a d de l fuego y del a g u a , que separes todas las materias, c o m o se separaron el d i a de la c r e a c i ó n del m u n d o . A m e n . »

D e s p u é s os r egoc i j a r e i s en h o n o r y g l o r i a d e los E s p í r i t u s , y e s t a d s e g u r o s d e q u e posé i s el más inmenso tesoro de la tierra.

U n a doncella virgen os h a de h a c e r dos ve las de­c e r a , virgen t a m b i é n y b e n d e c i d a . P rocu ra re i s -c u a t r o c lavos que ha.yan servido para el ataúd de un niño.... y e s t a d y a p r e p a r a d o s p a r a el g r a n d i o s o a u t o .

A la t a r d e s i g u i e n t e t o m a r e i s la v a r i t a fu l ­m i n a n t e , la p ie l del c a b r i t o , la p i e d r a e s m a l t a d a y dos c o r o n a s de v e r b e n a , a s i como dos c a n d e l e -r o s y las dos ve las de c e r a v i r g e n , b e n d e c i d a , h e c h a s por la donce l la .

T o m a r e i s t a m b i é n u n fuelle n u e v o ; dos p i e ­d r a s n u e v a s (pederna l ) y y e s c a p a r a e n c e n d e r el' fuego s a g r a d o ; y p a r a es to u n a bo te l l a de a l c o h o l u n a po rc ión de i n c i e n s o b e n d i t o y a lcanfor .

T o m a r e i s t a m b i é n Ios -cua t ro ' c l avos q u e h a ­b é i s c o g i d o del a t a ú d de u n n i ñ o . . . y p a s a r e i s d e s p u é s c o n t o d a conf ianza al s i t i o donde se debe-

' I í v i i . j o s y A s t r ó l o g o s . 13«

p r a c t i c a r la grande obra, h a c i e n d o p u n t u a l m e n t e lo que s i g u e y d i b u j a n d o en t i e r r a , con la m a y o r e x a c t i t u d , el círculo cabalístico como se os d e m u e s ­t r a en e s t a figura. (Aquí el m a n u s c r i t o i n d i c a u n a g r a n c i r c u n f e r e n c i a , d e n t r o de la c u a l se h a l l a u n t r i á n g u l o . E n la base de é s t e h a y e s c r i t a e n t r e c r u c e s la p a l a b r a f .1 SI S f y á ios dos e x t r e ­m o s s.'> figuran los dos c a n d e l e r a s . E n el v ó r t i c e se co loca rá el e x o r c i s t a , y en el c e n t r o los i l u s o s q u e p i d e n los t e so ros al d e m o n i o . No poca r a b i a h a b r á á e s t a s h o r a s en el inf ierno p o r q u e d i v u l ­g a m o s e s t e s ec re to . C u a l q u i e r a z a s c a n d i l , a h o r a , a r m a d o de la t e r r i b l e v a r a f u l m i n a n t e , h a r á p o s ­t r a r s e á s u s p ies de z a p a t e r o , n a d a menos_que a l e m p e r a d o r Lucifer ó al p r í n c i p e Belcebúi, y d a r á c u a t r o azo tes ó alf i lerazos c u a l q u i e r s a s t r e ó m o ­d i s t a al g r a n d u q u e Astharot ó al g e n e r a l Sataaa-chia, e n c a r g a n d o t e so ros , emp leos , p a l a c i o s , m a ­r i d o s , etc .)

¡Buena la h e m o s a r m a d o !

CAPÍTULO IV VERDADERA REPRESENTACIÓN DEL CÍRCULO CABALÍSTICO

Ya e n el lug-ar d i c h o e m p e z a r e i s á fo rmar u n c í r c u l o c o n la p ie l 'de l c a b r i t o , la c u a l c l a v a r e i s c o n los c u a t r o c l avos del a t a ú d del n i ñ o m u e r t o . T o m a n d o d e s p u é s la p i e d r a e s m a l t a d a d i b u j a r e i s u n t r i á n g u l o d e n t r o del c í r cu lo e m p e z a n d o por el l ado de L e v a n t e . T a m b i é n t r a z a r e i s con la m i s m a p i e d r a la g r a n d e A y la p e q u e ñ a e; la p e q u e ñ a á y l a g r a n d e / . . . .

Lo m i s m o e s c r i b i r é i s el s a n t o n o m b r e de J e s ú s e n med io .de dos c r u c e s , con el objeto de q u e los e s p í r i t u s no os h a g a n d a ñ o a l g u n o por d e t r á s .

D e s p u é s de es to el e x o r c i s t a h a r á e n t r a r á s u s cofrades e n el t r i á n g u l o ; c a d a u n o en s u s i t i o , s e g ú n se m a n i f i e s t a , y él t a m b i é n e n t r a r á e n é l

136 X J Í I I n q u i s i c i ó n d o O A l i c i a , '

sin asustarse de ningún raido que sienta, c o l o c a n d o los dos c a n d e l e r a s con l a s dos c o r o n a s de v e r b e n a á d e r e c h a ó i z q u i e r d a del t r i á n g u l o i n t e r i o r . T e n d r é i s u n vaso nuevo d e l a n t e del e x o r c i s t a ; e n el v ó r t i c e del t r i á n g u l o , l leno de c a r b ó n de palo de sauce que se haya quemado en'él mismo dia.... en el cua l e n c e n d e r á el e x o r c i s t a u n a p a r t e de l e s p i r i t u de a g u a r d i e n t e y p a r t e del i n c i e n s o y a lcanfor , de j ando lo r e s t a n t e p a r a c o n s e r v a r u n fuego c o n t i n u o , p r o p o r c i o n a d o á la d u r a c i ó n d e l a n o c h e .

E j e c u t a d o e x a c t a m e n t e todo lo d i c h o , se c o ­m e n z a r á el r e s p e t a b l e ac to con las s i g u i e n t e s p a l a b r a s :

«Te p r e s t o ¡oh g r a n A d o n a y ! es te i n c i e n s o •como lo m á s p u r o . Te ofrezco lo m i s m o es tos c a r ­b o n e s , como p r o d u c i d o s de la m a d e r a m á s l i g e r a . E l o i m , Ariel y J e h o v á m , d i g n a o s q u e os s ea g r a t a e s t a ofrenda, q u e os d o y con t o d a m i a l m a y t o d o m i co razón . Amen .»

E s t a s p a l a b r a s las d i r á solo el e x o r s i s t a , r e p i ­t i é n d o l a s i n t e r i o r m e n t e , c a d a u n o p a r a s í , los c i r c u n s t a n t e s , en el m a y o r s i l enc io y c o m p o s t u ­r a ; p u e s d e n t r o del t r i á n g u l o n a d i e m á s h a d e h a b l a r , por lo que vea y e s c u c h e .

Todos los a s i s t e n t e s t e n d r é i s c u i d a d o de n o t r a e r e n c i m a n i n g ú n metal impuro.... Solo el oro y la plata sirven para echar la pieza al espíritu, e n v o l ­v i é n d o l a en u n pape l , la cua l le a r ro j a r e i s t o d o s á fin de q u e no os h a g a mal a l g u n o c u a n d o se p r e s e n t a r e d e l a n t e del c í rculo.»

( M o t a . — E l poderoso Luc i fe r , dueño de los tesoros q u e se i b a n á so l i c i t a r , n e c e s i t a b a , por d e p r o n t o , e s t a s c u a n t a s monedas de plata ó de oro p a r a s u s n e c e s i d a d e s i n f e rna l e s . El c l é r i g o e x o r ­c i s t a q u e d e b i a e s t a r en el ajo y de a c u e r d o con el e s p í r i t u , r e c o m e n d a r í a á los cofrades q u e a p l a c a ­s e n aque l l a fu r ia con sendos d u r o s q u e e l la s e e n c a r g a r í a de d a r en t a n t o g r a n d e s be r r i dos y

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 137

s a l t o s , n o d á n d o s e por confo rme , a u n q u e g u a r ­d a n d o s i e m p r e r e s p e t u o s a d i s t a n c i a .

Mien t r a s que el espirita recogerá la pieza, el e x o r c i s t a d i r á la s i g u i e n t e o r ac ión ; y a r m á n d o s e d e va lor , fuerza y p r u d e n c i a , t o d o s deben g u a r d a r s i l e n c i o , a u n c u a n d o el e s p í r i t u les p r e g u n t a s e ó a m e n a z a s e . » (Y a q u í e m p i e z a la novena , )

PRIMERA ORACIÓN

«¡Oh, g r a n Dios v ivo , e n u n a so la y ú n i c a p e r s o n a , el P a d r e , el Hijo y el E s p í r i t u S a n t o ! Os adoro con el m á s p rofundo r e spe to y m e p o n g o bajo v u e s t r a s a n t a y d i g n a g u a r d a con la m a s v i v a confianza.» «Creo con la fo m á s s i n c e r a q u e s o i s m i Cr iador , m i b i e n h e c h o r , m i a m p a r o y m i .señor , y os dec la ro n o t e n e r m á s v o l u n t a d q u e se r v u e s t r o d u r a n t e t oda la e t e r n i d a d . Amen .»

SEGUNDA ORACIÓN

«¡Oh, g r a n Dios v ivo , q u e c r i a s t e a l h o m b r e para ser feliz en e s t a v i d a . Que fo rmas t e t o d a s l a s c o s a s p a r a s u s n e c e s i d a d e s y q u e d i j i s t e : «Todo estará sometido al hombre,» s c á s m e favorable y n o p e r m i t a s q u e los e s p í r i t u s r ebe ldes p o s e a n los t e s o r o s fo rmados p a r a n u e s t r a s n e c e s i d a d e s t e m ­p o r a l e s . D a m e ¡oh, g r a n Dios! la f acu l t ad d e pode r d i s p o n e r de ellos por m e d i o de las p o d e r o -.sas y t e r r i b l e s p a l a b r a s de tu cldoicnla. Sedrne-favorab les A d o n a y , E l o i m , Ar ie l y J e h o v á m T h a g l a - M a t h o n . Amen .»

T e n d r é i s c u i d a d o de c o n s e r v a r el fuego c o n el -alcohol , i n c i e n s o y a lcanfor , y d e s p u é s d i r é i s c o n el e x o r c i s t a , a u n q u e i n t e r i o r m e n t e :

13S TL.&, I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

OFRENDA

((Yo te ofrezco es te i n c i e n s o , el m á s p u r o que-í ie pod ido e n c o n t r a r . ¡Oh g r a n Aclonay, E l o i m , Ar i e l , J e h o v á m ! D i g n a o s t e n e r l e por g r a t o y fa— v o r e c e d m e con v u e s t r o poder h a s t a que y o c o n s i ­g a e s t a g r a n e m p r e s a . A m e n . »

( S i g u e n a q u í u n a m u l t i t u d de rezos c h a v a c a -n o s por el e s t i l o , e n t a n t o el d e m o n i o e s t á d a n d o s a l t o s y g r i t o s , b u s c a n d o y r e g o c i j á n d o s e c o n l a s m o n e d a s q u e le a r r o j a r á n e n a b u n d a n c i a los-a t e m o r i z a d o s cofrades.)

CAPÍTULO V LLAMAMIENTOS AL EMPERADOR LUCIFER.

(Cuando el d e m o n i o se h a g a e s p e r a r por e n t r e ­t e n e r s e e n a l g u n a t a b e r n a ó no s a b e r q u e h o r a e s , e l e x o r c i s t a , c l é r i g o , d i s i m u l a n d o s u i m p a c i e n c i a y d i s g u s t o por la fa l ta de s u c o m p a ñ e r o , d i s t r a e ­r á á los cofrades con o t r a s o r a c i o n e s , e x h o r t á n d o ­les á que , c u a n d o l l e g u e la h o r a t e r r i b l e no v a c i ­len , n i h u y a n , y le de jen solo. A d e m á s , p a r a estos-c a s o s , h a y en el libro de San Oiprian l a s t r e s g r a n ­des l l a m a d a s s i g u i e n t e s : )

« E m p e r a d o r Luc i fe r , p r í n c i p e y señor de los e s p í r i t u s r ebe ldes , t e r u e g o de jes t u m a n s i ó n e n c u a l q u i e r p a r t e del m u n d o que sea , p a r a q u e v e n ­g a s á h a b l a r m e . Te m a n d o y con juro de p a r t e de l g r a n Dios v ivo , P a d r e , Hi jo y Píspír i tu S a n t o , á q u e v e n g a s s i n h a c e r r u i d o a l g u n o , s i n e x h a l a r n i n g ú n m a l olor, p a r a r e s p o n d e r m e en a l t a ó i n ­t e l i g i b l e voz , a r t i c u l o por a r t í c u l o , a c e r c a de lo q u e te p r e g u n t a s e , s i n que t e a p r e m i e á ello el p o d e r del g r a n A d o n a y , E l o i m , Ar ie l J e h o v á m , T h a g l a - M a t h o n , e t c . y todos los o t ro s e s p í r i t u s s u p e r i o r e s , m a l q u e t e p e s e . V e n i d Subintillor^

T í i ' u j o s y A s t r ó l o g o s . 189

Lucifuge, ó v a s e t e r n a m e n t e a t o r m e n t a d o por l a fuerza g r a n d e de e s t a v a r i t a f u l m i n a n t e insúbito. (Aquí los a s i s t e n t e s p rofanos se e n c o m i e n d a n á Dios y e s p e r a n en el d i ab lo , m i r a n d o con o jos d e s e n c a j a d o s c u a n d o a p a r e c e y se m u e v e a l g u n a sombra." No r e s u l t a n d o n a d a d e s p u é s de a l g ú n t i e m p o de c rue l a n s i e d a d , el e x o r c i s t a c o m p r e n ­d e r á que la b r o m a es l a r g a , y l ia rá , con la c a l i n a p o s i b l e , la s e g u n d a l l a m a d a . A l g u n o s d e m o n i o s sue l en e s t a r e scond idos f u m a n d o u n c i g a r r o y r i ondose á m á s no 'poder s i n p r e s e n t a r s e h a s t a q u e , en r i go r , el e x o r c i s t a h a a g o t a d o y a t o d a s u e locuenc i a . )

SE C U N D A L L A M A D A .—Te m a n d o y con ju ro , e m ­pe rador Luc i fe r , de p a r t e del g r a n Dios v ivo y p o r el poder de E m m a n u e l s u h i jo ú n i c o , s e ñ o r t u y o y m i ó , y por la v i r t u d de s u p r e c i o s a s a n g r e q u e d e r r a m ó p a r a a r r a n c a r á los h o m b r e s de t u s c a d e n a s ; t e m a n d o q u e dejes t u m a n s i ó n en c u a l ­q u i e r a p a r t e del m u n d o q u e t e e n c u e n t r e s y j u r o q u e no te doy más que un cuarto de hora, (esto lo d i r á el e x o r c i s t a s i conoce q u e lo b r o m e a n y t i e n e p r i s a ) ; y s i t u no p u e d e s ven i r e n p e r s o n a , e n ­v í a m e á t u mensa j e ro A s t h a r o t en figura h u m a ­n a , s i n r u i d o ni m a l olor; y s ino v o y á sacudirte 4 ¿i y á toda tu casta con la t e m i b l e f u l m i n a n t e hasta el fondo de los abismos y es to por el poder d e e s t a s g r a n d e s p a l a b r a s de la c l av ícu la , po r A d o -n a y , Kloim, Ar ie l , J e h o v a m , T h a g l a - M a t h o n ' A l inon /ún , A r c o s , P h i t o n a , Magot , S i lpe , Cabo l t , S a l a m a n d r a que nnmus ierre celis jodens agua in­súbito.

A D V E R T E N C I A .—Antes de leer la t e r c e r a l l a m a ­d a , s i el e s p í r i t u no apa rec i e se , leeréis la c l a v í ­c u l a t a l como s i g u e d e s p u é s , y c a s t i g a r e i s á los e s p í r i t u s m e t i e n d o en el -fuego el e x o r c i s t a las dos p u n t a s h e r r a d a s de la v a r i t a . E n es te m o m e n t o h a y q u e t e n e r g r a n va lo r y no a s u s t a r s e con los aullidos que se oirán y con lo que se verá, p o r q u e e n t o n c e s a p a r e c e r á n todos los e s p í r i t u s . M i e n t r a s

1 4 0 XJÍX I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

d u r e es te r u i d o in fe rna l se leerá la t e r c e r l l a m a -m a d a .

(Es ta t e r c e r l l a m a d a n o es m á s que r e p e t i c i ó n ' i n s u l s a de las a n t e r i o r e s c o n la d i f e r euc i a de q u e , h a b i e n d o el e x o r c i s t a s e n t i d o y a la g e n t e prepara-da para la comedia no d a al d e m o n i o , en n o m b r e d e A d o n a y , e t c . m á s que un minuto de t é r m i n o p a r a p r e s e n t a r s e . F u e r z a la YOZ con e n e r g í a y vue lve á m e t e r en el fuego las p u n t a s de la v a r a ; y fin­g i e n d o g r a n enojo leerá i n m e d i a t a m e n t e l a ' g r a n (Jláeicula de Salomón.)

E s t a g r a n c l a v í c u l a es u n c o n j u n t o de c i f ras A. E . A. .7. A. T., e t c . e t c . , y de p a l a b r a s i n c o m ­p r e n s i b l e s y c a p r i c h o s a s q u e no c o p i a m o s , p o r ­q u e no g u a r d a n el m e n o r s e n t i d o .

«Después de h a b e r repet ido,- d i ce K a b i n a , — d o s veces e s t a s g r a n d e s y p o d e r o s a s p a l a b r a s , e s t a d s e g u r o s q u e a p a r e c e r á el e s p í r i t u i n f e r n a l , d e l modo s i g u i e n t e . »

CAPÍTULO VI. L A APARICIÓN DEL DIABLO.

— «Aquí e s t o y ¿qué m e qu ie res? ¿para q u é m e q u i t a s m i descanso? No m e h i e r a s m á s con e s a t e r r i b l e v a r a . Y s o y L u c í f u g o Rofocal , el de los tesoros.» (1)

E L EXORCISTA .—Si h u b i e r a s v e n i d o c u a n d o t e l l amó n o t e h u b i e r a c a s t i g a d o . Pero s i no m e concedes lo que v o y á p e d i r t e , t e voy á c a s t i g a r ' - e t e rnamen te , po rque y o soy Sa lomón .

LUCÍFUGO.—No irie d e t e n g a s a q u í m u c h o t i e m ­p o , n i m e a t o r m e n t e s m á s ; en o t ro lado m e l l a m a n t a m b i é n m i l l a r e s de S a l o m o n e s como t ú . D i m e •cuanto a n t e s ¿qué m e qu ie res?

f O C a d a - n a o d e l o s d i a b l o s t i e n e s u i u r ¡ s d i c ; i ó n y' s u s p o d e » • r e s , c o m o s e v e r á m . i s a d e l a n t e , e n e l Sanct/tm líegnnm.''

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 141

E X O R C I S T A .—Por de p r o n t o el t e so ro que e s t é m á s p r ó x i m o , aque l que sea b a s t a n t e p a r a n u e s ­t r o s n e c e s i d a d e s y deseos .

LU C Í F U G O .—En t o d a e s t a t i e r r a no h a y tesoro-a l g u n o . Se a c a b a r o n .

EXOIU-ISTA. L o s h a y , l u e g o , en el fondo del m a r .

LU C Í F U G O .—¡En el m a r ! Yo q u e e s t o y a r d i e n d o e n el fuego , m e e s t á p r o h i b i d o t o m a r b a ñ o s ! ( c o k tristeza.) No puedo S a l o m ó n .

EXOIU ' ISTA.—Pues e n t o n c e s m e h a s de t r a e r e l t e so ro de las a r c a s rea les . . . de c u a l q u i e r a a d m i ­n i s t r a c i ó n de r e n t a s c u y a s ca j a s c o n t e n g a n se i s ó d iez mi l l ones . . .

L U C Í F U G O .—Impos ib le ! Todos los e m p l e a d o s son m i s s u b d i t o s y me t i e n e n of rec ido s u s a l m a s c o n t a l q u e les deje c h u p a r . Ya no q u e d a n a d a : todo e s t á p e d i d o . Te h a s a c o r d a d o t a r d e .

ExonciSTA.—¿Ni s i q u i e r a h a y m i n a s de oro, n i de p l a t a , no e x p l o t a d a s en e s t a s m o n t a ñ a s de l a t i e r r a ?

L U C Í F U G O .—Hay, sí; pero y a e s t á n o f rec idas . A h u r !

El d e m o n i o I lofocal q u i e r e i r s e . E n t o n c e s p o n ­d ré i s l as p u n t a s de acero de la v a r i t a f u l m i n a n t e o t r a vez en el fuego y vo lve re i s á leer la g r a n l l a ­m a d a de la clavicula de Sa lomón .

« Visca ramero-íí aliscot marhel, sumini orcel, ma— greusse» e t c , e t c .

LU C Í F U G O .—(Volviendo p i e s a t r á s y a m e n a z a n ­do c o n las u ñ a s ) te concedo el t esoro ¿que más-pides?

EX O R C I S T A .—Te p i d o q u e v e n g a s á h a b l a r m e d o s veces t o d o s l o s d i a s d e l a s e m a n a por s i se-ofrece a l g o , y d u r a n t e l a n o c h e b i e n sea á r n i ó á los que tuviesen, el presente libro, el cual aprobarás y firmarás, d e j ando desde a h o r a e l e g i d a s l a s h o ­r a s q u e t e c o n v e n g a n , s i es q u e no t e conformas--c o n l a s s i g u i e n t e s . E l l u n e s á las n u e v e , y á m e d i a n o c h e . El m a r t e s á l as d iez y á la u n a . EL

142 H . a I n q u i s i c i ó n « le G a l i c i a .

m i é r c o l e s á l a s once y á las dos . El j u e v e s á l a s •ocho y á las d iez . El v i e r n e s á las s i e t e y m e d i a y á. las n u e v e y ined ia . El s á b a d o á las n u e v e y á l a s once .

L U C Í F U G O . —¿Y que me d a r á s e n r e c o m p e n s a ? EX O R C I S T A .—Te p r o m e t o la p r i m e r a p i eza d e

oro q u e t e n d r é todos los p r i m e r o s d i a s del m e s . LUCÍFUGO .—No puedo c o n c e d e r t e lo q u e me p i ­

d e s , n i con esas c o n d i c i o n e s n i con o t r a s a l g u ­n a s ; á m e n o s q u e m e e n t r e g u e s t u a l m a y t u c u e r p o .

A D V E R T E N C I A .—Ahora q u e m a r e i s en el fuego m a s f u e r t e m e n t e las p u n t a s a c e r a d a s de la v a ­r i t a f u l m i n a n t e y volvere is á leer la g r a n l l a ­m a d a de la c l a v í c u l a de Sa lomón , h a s t a q u e el e s p í r i t u se s o m e t a á v u e s t r o s deseos .»

E s i n ú t i l que c o n t i n u e m o s la cop ia de e s t e •capítulo c o n t o d a la e x a c t i t u d de u n d o c u m e n t o i m p o r t a n t e , p o r q u e i n c u r r e e n r e p i t i c i o n e s , — N o m e h i e r a s m á s ; te p r o m e t o hace r , e t c . d i r á el e n s a y a d o d e m o n i o , y v e n d r á d i a r i a m e n t e en l a s h o r a s c o n v e n i d a s á v i s i t a r de n o c h e á q u i e n p o ­sea t a n p rec ioso l ibro , el c u a l a p r u e b a de n u e v o y a r ro j a al c í r cu lo de los cof rades su firma, en per­gamino que h a de s e rv i r como de p r ec io so t a l i s ­m á n e n t o d a s las o c a s i o n e s en q u e se p rec i s e s u p o d e r o s o a u x i l i o , siempre que abriendo este libro se halle su, dueño purificado y empuñe la terrible vara fulminante. El d e m o n i o t a m b i é n p r o m e t i ó t r a t a r . a m i s t o s a m e n t e y e n la f igura m á s h e r m o s a y t e n t a d o r a de m u j e r ó de h o m b r e , con los q u e s e a n d u e ñ o s de s e m e j a n t e l ib ro . T a m b i é n p r o m e t e el t e s o r o s i e m p r e q u e se g u a r d e u n p r o f u n d í s i m o sec re to ; y s i no lo h i c i e s e as í , el p e t i c i o n a r i o se l l e v a r á s u a l m a p a r a s i e m p r e . (Aquí el l i b r o l l a m a d o de S a n C i p r i a n t i e n e u n a firma e s t r a ñ a 6 n s u figura y q u e d i ce Lucífugo Rofocal. El d u e ­ñ o de l l ibro firma t a m b i é n á c o n t i n u a c i ó n c o n •estas pa labras :—Ciento Reglio.Salomón.

No se p u e d e d a r c o s a m á s d i s p a r a t a d a .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 1 4 3

D e s p u é s s i g u e u n a o rac ión de p a l a b r a s i n c o ­n e x a s « Visca rameron aliscot manel sitmini orcel ma-greusse» e t c . e t c . , y á c o n t i n u a c i ó n las c a p i t u l a ­c iones de Lucifer:—«Yo Luci fer e m p e r a d o r p o t e n ­t í s i m o o i n d e p e n d i e n t e , l ibre y a b s o l u t o s eño r de todo el reino Sulamo: s eño r de spó t i co en t o d a m i

J u r i s d i c c i ó n fo rmidab le ; t e r r i b l e , n o b i l í s i m o , á c u y o i m p e r i o todo se m u e v e , a r b i t r o de t o d a s l a s f o r t u n a s , de t o d a s las s e g u r i d a d e s , s ab io y s a ­g a z y a d o r n a d o de t o d o s los c a r a c t e r e s m á s s u b l i ­m e s y l u m i n o s o s , domador de la Europa, y del Asia en particular.

CA P Í T U L O I .—Prometo y j u r o en el nombre de Dios y de los oioientes, o b e d i e n c i a y s u m i s i ó n al

• d u e ñ o de es te l ib ro , (y se a d h i e r e á t o d o s s u s -deseos.)

CA P I T U L O I I .—Promete y j u r a lo m i s m o , po r p a r t e de s u s s u b d i t o s ; y q u e la sola l e c t u r a q u e se h a g a de la l l a m a d a del c a p í t u l o p r i m e r o se •apa rece rán ól ó c u a l q u i e r a de el los en forma de hermoso jóoen, con a i r e p l a c e n t e r o , s i n e s t r é p i t o , n i r u i d o , n i o t r a cosa q u e p u e d a ofender ó c a u s a r t e r r o r , r e s p o n d i e n d o c l a r a m e n t e s in anf ibología á l a s p r e g u n t a s y c u m p l i e n d o c u a n t o se le o r d e n e .

CA P I T U L O III.—No o fenderá t a m p o c o á l a s p e r ­d o n a s q u e se h a l l e n e n c o m p a ñ í a del d u e ñ o de l l i b ro y d e s a p a r e c e r á s ú b i t a m e n t e s i n r e p l i c a r y

. s i n e s t r é p i t o . CA P Í T U L O I V .— No r e p a r a r á e s t e d i a b l o e n el

a ñ o , m e s , s e m a n a , d i a , h o r a , c u a r t o , m i n u t o y m o m e n t o e n q u e se le l l ame y e s t a r á s i e m p r e l i s t o á a p a r e c e r s e ; pero no se d e s p e d i r á t a m p o c o s i n •que se le d i g a la s i m p l e fó rmula— ¡Ay de mi! ¡ay de los otros!»

S i g u e n o t ro s v a r i o s c a p í t u l o s h a s t a s i e t e , e n l o s cua l e s p r o m e t e s ec re to i n v i o l a b l e , p r o p o r c i o ­n a r al d u e ñ o del l ibro c u a n t o s m e d i o s de d i s f raz , d e figuras, de v i e n t o s , e t c . , n e c e s i t e p a r a o c u l ­t a r s e , a p a r e c e r s e y vo la r , y c u a n t a s c o s a s q u i e r a , «aunque no estén expresadas en el libro.»

144 L u I n q u i s i c i ó n , d o G a l i c i a

D e s p u é s de t o d a s e s t a s n e g o c i a c i o n e s d i p l o ­m á t i c a s , p a s a d a s por e s c r i t o y l e idas de p a r t e á p a r t e , y á las cua l e s e s t a r á n a t e n t o s y n e c e s a r i a ­m e n t e a d m i r a d o s los cofrades, d i ce :

L U C Í F U G O .—Sigúeme, v a m o s á r e conoce r el t e s o r o .

E L EXORCISTA. ( N O r ep l i ca : cojera la v a r a f u l ­m i n a n t e y la p i e d r a e s m a l t a d a y s a l d r á del t r i á n ­g u l o , no por el v é r t i c e , s ino por el l ado i zqu ie rdo-q u e es la p u e r t a del g r a n A d o n a y , s i g u i e n d o a l d e m o n i o . Los cofrades no se m o v e r á n de m o d o a l g u n o ; p e r m a n e c i e n d o a l l í , firmes, a u n q u e o i g a n e x t r a ñ o s r u i d o s y se les p r e s e n t e n a l g u n a s v i ­s iones . )

Y es tos deben ser los m o m e n t o s m á s d e l i c i o ­sos de la b r o m a , p a r a los t i m a d o r e s ó p á r a l o s a m i g o s q u e se h a l l e n en el s ec re to . ¡Que a n g u s ­t i a s no p a s a r á n los cofrades , so lo s , y a , en el c í r ­c u l o e n t r e los c a n d e l e r a s , de rod i l l a s , i nmóv i l e s , , t e m e r o s o s , fijos los ojos en la s o m b r a del b a r r a n ­co y s i n el a u x i l i o d e l e x o r c i s t a á m e r c e d de t o ­d o s , l as i r a s del inf ie rno .

Al l í se a p a r e c e n figuras e x t r a ñ a s , h á b i t o s b l a n c o s , f a n t a s m a s , g u e r r e r o s , y a n i m a l e s . H u e l e á azufre , se q u e m a n c a r r e t i l l a s , se o y e n ru j i dos y se a r r a s t r a n c a d e n a s .

L o s cofrades r e z a n i n t e r i o r m e n t e p o r q u e les e s t á p r o h i b i d o h a b l a r . Sus g e s t o s c o m p u n g i d o s y s u s l á g r i m a s se ven desde la s o m b r a (donde e s t á n los fingidos e s p í r i t u s y el f a r s a n t e e x o r c i s ­t a ) , á la luz de las ve las de ce r a v i r g e n . E s t o s c u e n t a n l a s m o n e d a s q u e se les a r r o j a r o n al c o ­m e n z a r el paso. Si e s t á n conformes* y t o d o s h a n . ganado la noche; ó s i son a m i g o s y p e r d o n a n , s e s u e l e a c a b a r de dos m a n e r a s d i s t i n t a s e s t a e s ­c e n a p u r a m e n t e r e l i g i o s a . E n el p r i m e r c a s o , c u a n d o y a se conoce n o h a n de a r r a n c a r m á s d i ­n e r o los e s p í r i t u s timadores, c a r g a n e s to s sobre el c í r c u l o rodeándo lo por t o d a s p a r t e s á g a t a s , d e p i ó , de cabeza p a r a el sue lo , de mi l m a n e r a s e x -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 1 1 5

t r a i i a s , en t a n t o el e x o r c i s t a y el d e m o n i o l l o f o -ca l v a n en b u s c a del t e so ro y se r i e n o c u l t o s d e ­t r á s de a l g u n a p i e d r a .

E s t r e c h a d o el c í r cu lo por todos l ados , menos por detrás donde e s t á e s c r i t o el n o m b r e de Jesús, los pobres cofrades y a no p u e d e n g u a r d a r s i l e n ­c io y g r i t a n y p i d e n á Dios y á los s a n t o s la s a l ­v a c i ó n de s u s a l m a s . Y como h a n i n f r i n g i d o y a los p r ecep to s del l ibro de S a n C i p r i a n , los e s p í r i ­t u s a c o m e t e n y r o m p e n d e c i d i d a m e n t e el c í r c u l o d e la pie l del c a b r i t o ! Se les a r r o j a n y r o b a n l a s ú l t i m a s m o n e d a s á los c r é d u l o s y a b a n d o n a d o s cof rades , pero e n t o n c e s s u c e d e n cosas h a r t o g r a ­v e s y q u e m á s de u n a vez h e m o s o ido refer i r . L a s m u j e r e s se d e s m a y a n d e n t r o del t r i á n g u l o . L o s h o m b r e s h u y e n a t r o p e l l a d a m e n t e , y . . . q u i z á del p á n i c o t e r r i b l e h a y a n m u e r t o a l g u n o s á los p o c o s d i a s !

E n el s e g u n d o ca so , de q u e s e a n a m i g o s y n o timadores los e s p í r i t u s y el e x o r c i s t a , la c o n c l u ­s ión de e s t a e m p r e s a es como i n d i c a el m i s m o l i b r o , q u e c o n t i n u a m o s c o p i a n d o .

«Lucífugo Rofocal g u i a r á e n t o n c e s al e x o r c i s t a h a s t a la e n t r a d a del t e so ro , y p o d r á s u c e d e r q u e e n t o n c e s se vea u n e n o r m e pe r ro de l a n a s q u e c e r r a r á la e n t r a d a con s u co l la r r e s p l a n d e c i e n t e c o m o el sol . P r e s e n t á n d o l e el e x o r c i s t a l as d o s p u n t a s de la v a r a f u l m i n a n t e so s e p a r a r á á u n l a d o el p e r r i t o y m a r c h a r á h a c i a el t e so ro . E l e x o r c i s t a le s e g u i r á , y c u a n d o l l e g u e n c e r c a del t e s o r o se s o r p r e n d e r á al ver q u e aque l pe r ro se c o n v i e r t e e n p e r s o n a , que es la q u e g u a r d ó el t e ­so ro y se a r r o j a r á sobre é l , p a r a defender lo . P e r o e l e x o r c i s t a debe i r p r e v e n i d o con u n pedazo de p e r g a m i n o d o n d e e s t a r á e s c r i t o el g r a n c o n j u r o d e la clavícula y e c h á n d o l o e n c i m a del t e so ro t o ­m a r á s u poses ión , l l evando u n a m o n e d a en p r e n ­d a . E c h a r á a l l í o t r a de s u p rop io d i n e r o d e s p u é s d e h a b e r l a m o r d i d o , y l l evándose lo q u e p u e d a de l j t e so ro , se r e t i r a r á andando hacia atrás y s i n

140 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a .

volverse por r u i d o que s i e n t a , p o r q u e e n t o n c e s l e p a r e c e r á q u e t o d a s l a s m o n t a ñ a s del m u n d o l e c a e n e n c i m a » .

«El t e so ro r e s t a n t e no le p u e d e fa l t a r po r l a s p r e c a u c i o n e s t o m a d a s : Pero es n e c e s a r i o , e n t o n ­c e s , a r m a r s e de i n t r e p i d e z , n o a s u s t a r s e y m a n ­t e n e r s e firme. H a c i é n d o l o a s í , el e s p í r i t u i n f e r n a l le vo lve rá h a s t a la e n t r a d a del c i r cu lo , d o n d e e s t á n m e t i d o s los cofrades ; y h a b i é n d o s e t e r m i ­n a d o la feliz e m p r e s a proced3 aqu í la ú l t i m a o r a c i ó n y d e s p e d i d a dei d e m o n i o , del m o d o s i ­g u i e n t e :

—«¡Oh p r í n c i p e L u c í f u g o ! ve te en paz ; p o r a h o r a quedo c o n t e n t o de tí;"te dejo en d e s c a n s o y t e p e r m i t o que te r e t i r e s á d o n d e " q u i e r a s s in h a ­ce r r u i d o a l g u n o n i de ja r m a l olor, e tc .»

Se v á p a c í f i c a m e n t e el d i ab lo ; y e n t o n c e s los d e l corro," s i n l e v a n t a r s e t o d a v í a r e z a n v a r i a s o r a c i o n e s q u e i n d i c a el l ibro p a r a d a r gracias á Dios p o r q u e les h a l l enado a q u e l l a n o c h e de s u s p r e c i o s o s favores y d o n e s y p o r q u e les h a h e c h o conoce r , ahora la verdad de aquella promesa « B U S ­CAD Y HALLAREIS; LLAMAD y SE os ABRIRÁ.»

D e s p u é s p r o m e t e n s e n c i l l a m e n t e ser c a r i t a t i ­v o s con los pob re s .

Pe ro h e a q u í que , r e s u l t a a l l e v a n t a r s e la s e ­s i ó n q u e el bo te de l a t a q u e el e x o r c i s t a t r a e de l t e s o r o c o n t i e n e las m i s m a s m o n e d a s de t o d o lo g a s t a d o e n la b u r l a , y al d i a s i g u i e n t e c u á n d o se v a á ver el r e s to del t e so ro , h a d e s a p a r e c i d o c o m o u n s u e ñ o .

O t r a s veces t i e n e s u c e d i d o e n t r e e s p í r i t u s s o s p e c h o s o s y timadores que e x i s t e , e f e c t i v a m e n ­t e el t e so ro ; pero á c a m b i o de e x c e l e n t e s m o n e ­d a s , m i e d o s h o r r i b l e s , y f a t i g a s s i n c u e n t o r e c o -j e n los b u e n o s y e n g a ñ a d o s cofrades a l g u n o s bo tec i l l o s de moneda falsa..,..

Y a ú n los t r i b u n a l e s no h a n t e n i d o n o t i c i a d e e s t a s cosas n i la t e n d r á n j a m á s ; p o r q u e los p e r ­j u d i c a d o s , s i no se h a n m u e r t o de m i e d o , ó sue len .

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 147

a c h a c a r t oda la c u l p a al d e m o n i o e n g a ñ a d o r ó s i conocen el robo t i e n e n v e r g ü e n z a de su p r o p i a i m b e c i l i d a d .

G e n e r a l m e n t e no c a e n de la b u r r a y se c o n t e n ­t a n con el d i c h o v u l g a r : . i fariña dodemo toda se volee saleados!...

Libro segundo E l . T I U Á . N G I L O HE L O S P A C T O S (i E L S A N C I T M ItEO.NTM

Todav ía ?1 fullero r a b i n o Beniciana Kabina e s ­c r ib ió , e x t r a c t a d o de los v e i n t e t o m o s o r i g i n a l e s u n a s e g u n d a p a r t e ó l ibro s e g u n d o que , s e g ú n ol, «Contiene un verdadero Sanctum Regnum de la claví­cula, ó el v e r d a d e r o m o d o de h a c e r los pactos, con los n o m b r e s , poder ío y t a l e n t o s de todos los g r a n d e s e s p í r i t u s s u p e r i o r e s , conocer los d e m o ­n i o s , t r a t a r l o s s i n que p u e d a n h a c e r m a l , y o b l i ­g a r l o s f r e c u e n t e m e n t e b ien sea p a r a l o g r a r t e s o ­r o s , b i e n p a r a d i s f r u t a r de las donce l l a s , ó e l l as a l c a n z a r los favores de los h o m b r e s ; b i en sea p a r a d e s c u b r i r los m á s o c u l t o s s ec re to s en t o d a s las co r t e s y en todos los g a b i n e t e s del m u n d o ; b i e n s ea p a r a co r r e r el velo á los sec re tos m á s i m p e ­n e t r a b l e s ; b i e n sea p a r a q u e u n e s p í r i t u t r a b a j e en s u obra por la n o c h e ; b i e n sea p a r a h a c e r q u e c a i g a u n g r a n i z o ó u n a t e m p e s t a d en donde se q u i e r a ; b i e n sea p a r a t r a s p o r t a r los f ru tos de u n a h e r e d a d á o t ra ; b i e n p a r a ser t r a s l a d a d o , en u n m o m e n t o á donde s e d e s e a r e ; ó b i e n a b r i r t o d a s l a s c e r r a d u r a s , p e n e t r a r en todos los a p o s e n t o s , v e r c u a n t o p a s a en l a s Casas , conoce r t o d a s las a g u d e z a s de los p a s t o r e s , a d q u i r i r la mano de glo­ria, s abe r t o d a s las m a l d a d e s y v i r t u d e s de los m e t a l e s , m i n e r a l e s , v e g e t a l e s , a n i m a l e s p u r o s é i m p u r o s , y o t r a s m u c h a s c o s a s que s o r p r e n d e n ' t a n t o , q u e n o h a y n a d i e q u e no se p a s m e a l v e r q u e , como m e d i a d o r con los e s p í r i t u s se p u e d e n d e s c u b r i r l as m a r a v i l l a s de la n a t u r a l e z a y los

148 L a I n q u i s i c i ó n d e G a l i c i a

m i s t e r i o s m á s ocu l to s á los ojos de los d e m á s h o m b r e s . »

C o m i e n z a t a n v a s t o p r o g r a m a e x p l i c a n d o las c a t e g o r í a s e n q u e se d i v i d e n los d e m o n i o s y for­m a n se i s m i n i s t e r i o s , ó a g r u p a c i o n e s , y o t r a s t a n t a s f a c u l t a d e s ó pode re s d i v e r s o s , y á es to se l l a m a s a c r i l e g a m e n t e el Sanctum Regnuml....

V e a m o s c u a l e s son los g r a n d e s m a g n a t e s : L u c í f u g o Rofocal p r i m e r m i n i s t r o y s u s

a y u d a n t e s Bael , A g a r e s y Marbas , t i e n e n el pode r de las r i q u e z a s y d i s p o n e n de t o d o s los tesoros del m u n d o . Como s i d i j é r a m o s es el m i n i s t r o de H a ­c i e n d a del r e i n o i n f e r n a l .

El g r a n g e n e r a l S a t a n a c h i a y s u s a y u d a n t e s P r u s l a s , A n n o m y B a r b a t o s , t i e n e n el "poder de l a belleza, y s o m e t e n á t o d a s l a s m u j e r e s h a c i e n ­do de e l las lo q u e d e s e a n . E s t e s e r á el m i n i s t e r i o d e Gob ie rno y Po l i c í a .

A g a h a R e p t , t a m b i é n g e n e r a l , t i e n e el p o ­de r de d e s c u b r i r t o d o s los secretos d i p l o m á t i ­cos e n los g a b i n e t e s de l m u n d o ; q u i t a el velo á los m á s g r a n d e s m i s t e r i o s , m a n d a la s e g u n d a l e g i ó n de e s p í r i t u s y t i e n e á s u s ó rdenes á A g r a n , G u i o m y W o l l t e v e v e . E s t e es el m i n i s t r o d e Estado.

P a c r e t e , m i n i s t r o de F o m e n t o h a c e lo q u e q u i e r e de n o c h e en los sembrados. Por él c a e n el g r a n i z o y las t e m p e s t a d e s y se d e s t r u y e n las h a ­c i e n d a s . Manda u n c u e r p o c o n s i d e r a b l e d e e s p í r i ­t u s y e s p e c i a l m e n t e t i e n e á s u s ó rdenes á A b a l -t h i m , P u r s a n y A b i g a r .

Sargatones" , t i e n e f a c u l t a d p a r a transfigurar á los m o r t a l e s , t r a s p o r t a r l o s de u n p u n t o á o t r o , a b r i r t o d a s las p u e r t a s , e n s e ñ a r t o d a s las tretas e t c . E s el m i n i s t r o de Mar ida y U l t r a m a r , y s u s b r i g a d a s de e s p í r i t u s e s t á n m a n d a d a s por L o r a y , Valefor y J u r a c .

Nev i ros , d i s p o n e de t o d o el m a l y h a c e h a l l a r t a m b i é n t o d a la mano de gloria; se va l e , y d e s c u ­b r e p a r a eso , l as c u a l i d a d e s de la m a t e r i a y a d i -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s . 14¡1

v i n a t a m b i é n lo f u t u r o . E s el r e y de los n i g r o ­m á n t i c o s y es el I n s p e c t o r g e n e r a l del Inf ierno, m i n i s t r o de J u s t i c i a y de g r a c i a . Sus a y u d a n t e s son A i p e r o s , N u b e r o y G lascobo la s .

Sobre es te m i n i s t e r i o , i n a m o v i b l e ó i r r e s p o n ­sab le , e s t á la real familia c o m p u e s t a del e m p e r a ­do r Luc i f e r y el p r í n c i p e B e l c e b u t , y t i e n e n po r c a n c i l l e r y m i n i s t r o de la G u e r r a al g r a n d u ­q u e A s t h a r o t .

E x p r e s a d a s e s t a s a t r i b u c i o n e s con el objeto de q u e c a d a cua l de los lec tores h a g a el p a c t o y a m i s t a d con aque l de los d e m o n i o s q u e mejor le c o n v e n g a , p a s a B e n i c i a n a K a b i n a á e s p l i c a r los s i g n o s , c a r a c t e r e s y r ú b r i c a s y h a y en el l ib ro m u l t i t u d de figuras y r a s g o s de m a n o t o r p e con los q u e p r e t e n d i ó en v a n o e j e c u t a r los r e t r a t o s de t a n a l t o s p e r s o n a j e s .

Todo el r e s to del l ibro s e g u n d o del r a b i K a b i ­n a l l a m a d o v u l g a r m e n t e S a u C i p r i a n , d e s p u é s de r epe t i r p a r a el p a c t o c a s i las m i s m a s c e r e m o n i a s de la p r i m e r a p a r t e de los t e so ros , c o n s i s t e e n d i v e r s a s y p e s a d í s i m a s o r a c i o n e s d i r i g i d a s á e s ­t o s d i ab los p a r a la m á s s a n t a p r e p a r a c i ó n á e s tos e j e rc i c ios , t e r m i n a n d o con o t r a s en a c c i ó n de g r a c i a s á Dios por los favores r e c i b i d o s .

Ya p u e d e n j u z g a r , p u e s , a ú n los lec tores m á s i n o c e n t e s y p r e o c u p a d o s que , por la b reve e x p o ­s i c i ó n h e c h a a q u i de lo m á s s u s t a n c i a l , el famoso l ib ro , t a n r a ro , t a n ca ro , t a n p rec ioso de S a n C i ­p r i a n no es m á s q u e u n t e g i d o de las m á s e s t r a ñ a s y r i d i c u l a s t o n t e r í a s , m a l e s c r i t a s y peor o r d e n a ­d a s por el c h a r l a t á n r a b i n o y las c u a l e s c o n s i d e ­r a r í a m o s s i e m p r e i n d i g n a s de la i m p r e n t a s i n o fuera n e c e s a r i o y ú t i l c o n t r i b u i r á s u d e s c r é d i t o y d e s t e r r a r por es te m e d i o t a n a r r a i g a d a s c r e e n ­c i a s , que h a n s ido por m u c h o s a ñ o s , y lo s o n t o ­d a v í a , objeto de b u r l a s p e s a d a s y de no m o n o s p e s a d o s y c r i m i n a l e s timos.

N O T A al proceso de María de Soliña.

C A N G A S . — 1 6 « « .

H a b i e n d o t e r m i n a d o l a r e d a c c i ó n de es te l i b ro y p r e p a r á n d o n o s p a r a c o n t i n u a r la co lecc ión d e l o s q u e h a b r á n .de fo rmar la Historia del Santo O/icio del d i s t r i t o de Ga l i c i a , q u e c o m p r e n d í a á L e ó n y A s t u r i a s , al e x a m i n a r los l ega jos de a p u u t e s que h e m o s t o m a d o de los o r i g i n a l e s e n l a s s a l a s del S u p r e m o Consejo de I n q u i s i c i ó n e x i s t e n t e s en el A r c h i v o de S i m a n c a s , h e m o s h a l l a d o u n a m e m o r i a m á s , a c e r c a de la suer te* d e s d i c h a d a que le c u p o á la v ie ja infe l iz , h i j a de C a n g a s , benemérita de la patria en n u e s t r o c o n c e p ­t o , y en el c o n c e p t o de la I g l e s i a , bruja, l l a m a d a Mar ía de Sol ina , ó Soliña.

—Soliña y 110 de Dios!—Suelen dec i r e n q u e j a d e s u s s e m e j a n t e s n u e s t r a s p a i s a n a s g a l l e g a s , n o ­t a n d o la i n d i f e r e n c i a y a b a n d o n o en q u e se l a s

152 X_i£l I n c i L i i s i c i ó n d o G a l i o l »

t i e n e . — S o l i ñ a del todo e s t a b a Mar ía de S o l i ñ a , p o r q u e Dios , q u e no puede t o m a r p a r t e a l g u n a e n el m a l , s i e n d o la e senc i a del s u m o b ien , t u v o n e ­c e s i d a d de a b a n d o n a r l a a n t e la perfidia y la c r u e l ­d a d de los h o m b r e s q u e se l l a m a b a n n a d a m e n o s que m i n i s t r o s s u y o s apostólicos.

Solo en los p a í s e s s a lva j e s t i e n e n l u g a r , y n o m u y 1 f r e c u e n t e m e n t e t o d a v í a , e s c e n a s como l a del tormento a p l i c a d a con r i g o r á u n a pobre v i e j a d e s e t e n t a a ñ o s !

E s t o a v e r g ü e n z a á E s p a ñ a fuera de t o d a d u d a e n el s i g lo XVII, pero no p u e d e a v e r g o n z a r ¡V G a ­l i c i a en c u y o s h á b i t o s no e n t r a g e n e r a l m e n t e el c r i m e n del a s e s i n a t o l en to y t e r r i b l e de la t o r t u r a c o n t r a las mu je r e s a n c i a n a s y m u c h o m e n o s po r de spo j a r l a s de pobres i n t e r e s e s f a m i l i a r e s .

E r a n ó rdenes de Madr id , q u i z á de R o m a , p o r l a s c u a l e s se m o v í a n es tos v e r d u g o s , q u e t a m p o c o e r a n g a l l e g o s por v e n t u r a n u e s t r a .

H a y que a d v e r t i r ' q u e G a l i c i a t i e n e a p t i t u d e s c o m o n i n g u n a o t r a r e g i ó n de E s p a ñ a p a r a ser u n g r a n pueb lo , y lo se rá todav ía , y h e m o s de c o n s a ­g r a r t o d a n u e s t r a v i d a y j u r a m e n t a r á n u e s t r o s h i j o s á que la c o n s a g r e n p a r a que as í s u c e d a .

Y s i c a u s a i n d i g n a c i ó n en n u e s t r o s i g l o v e r v o t a d a á inscompectu tormentornm e s t a v ie j a de s e ­t e n t a a ñ o s y a m u t i l a d a y e s t r o p e a d a e n o t r a s c r u e l e s t o r t u r a s d a d a s por las i g n o r a n t í s i m a s y b á r b a r a s j u s t i c i a s s e g l a r e s ¿qu¿ h e m o s de d e c i r a q u í al a n u n c i a r s u m u e r t e de r e s u l t a s del t o r ­m e n t o pocos d í a s d e s p u é s del 22 de S e t i e m b r e de 1621?

Mejor es q u e se l l emos n u e s t r o s l ab ios por n o d e c i r aqu í q u e e s t a i g l e s i a y e s t a f o n o s o n l a c a s a n i la c a r i d a d de J e s u c r i s t o . Mejor es q u e g u a r d e m o s s i l enc io , p u e s los h e c h o s son e l o ­c u e n t í s i m o s , t a n e l o c u e n t e s q u e s i c r e e m o s n o s ­o t r o s t o d a v í a á d u r a s p e n a s en la i m p o s i b i l i d a d d e aque l crucif i jo q u e p r e s e n c i a b a en la b ó v e d a del t o r m e n t o s e m e j a n t e s a s e s i n a t o s a l evosos , i r a -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 153

p r o p i o s de s u d o c t r i n a , es ba jo la c o n d i c i ó n d e q u e e s t a s i m á g e n e s de m a d e r a son c a s i s i e m p r e g r a n d e s m a m a r r a c h o s e s c u l t ó r i c o s c o n d e n a d o s po r el Conc i l io de T r e u t o , y m á s c o n d e n a d o s t o ­d a v í a en el c ielo donde no se les concede la más mínima representación, e s p e c i a l m e n t e d o n d e o b r a l a fuerza b r u t a . E s t o es h a b l a n d o lo m á s c a t ó l i ­c a m e n t e pos ib le . . . , .

Mue r t a María de So l i na e n el t o r m e n t o , n o fué pos ib le s a c a r l a al a u t o de fe en p e r s o n a , s ino en e s t a t u a . Hizóse u n a de c a r t ó n y pa ja , t a n g r o t e s ­ca y t a n icónica como el S a n t o Cr i s to de la b ó v e ­da . . . ; y l l evada sobre el lomo de u n a s n o , se paseó por las ca l l e s e n esos d í a s de c a r n a v a l r e l i g i o s o q u e h a b í a n i n v e n t a d o los f ra i les p a r a t u p i r c a d a vez m á s las i n t e l i g e n c i a s y c o n t e n t a r de ba lde al v u l g o , q u e b i e n lo merecía", p u e s s u s c a r c a j a d a s e s t ú p i d a s le a p o r t a b a n c o n s i d e r a b l e s r i q u e z a s .

D e s p u é s de todo es to , los i n s t i g a d o r e s del p roceso de la a n c i a n a se a p r o v e c h a r o n de s u s b i e n e s , dando , - c o m o e ra n a t u r a l , s u quiñón a l a c t i v o S a n t o Oficio por el asesinato conoenido.

U n a cosa nos c o n s u e l a en la c o n s i d e r a c i ó n de e s to s e s c á n d a l o s . ¿Dónde v á aque l pueb lo de los a u t o s de ta y del a c o m p a ñ a m i e n t o de los a z o t a ­d o s y e m p l u m a d o s ?

No e x i s t e . El pueb lo a c t u a l de G a l i c i a se h o ­r r o r i z a solo á la s i m p l e m e n c i ó n de u n a s e n t e n ­c i a de m u e r t e .

Todo es m o r a l i d a d y s e n t i m i e n t o d e s p u é s d e 1820. No h a n s ido n e c e s a r i o s m á s que s e s e n t a a ñ o s de l i b e r a l i s m o p a r a d i g n i f i c a r al h o m b r e b r u t o .

S a b e m o s q u e n u e s t r o s a n t e p a s a d o s d e c í a n ¡Con el rey y con la Inquisición...! ¡chitan!...» y solo c o m p r e n d e m o s e s t e miedo al e x a m i n a r t a l e s p r o ­c e s o s ca tó l i cos . Pe ro h o y q u e y a no e x i s t e n n i la I n q u i s i c i ó n n i el r e y a b s o l u t o , t a n d i g n o s d e n u e s t r o s od ios , d a m o s e x p a n s i ó n á las i d e a s p r o -

1 5 4 L a I n q u i s i c i ó n d o G - u i i c i a .

pias de nuestra raza y condenamos estas j u s t i ­c i a s y poderes, y si fuera preciso todo lo que h a consti tuido su origen y fundamento.

Vivimos en épocas consti tuyentes.

La monja de Cangas P O S E Í D A D E L D E M O N I O , E N E L P R O C E S O D E H E C H I C E R Í A .

S O B R E L A N A T U R A L I M B E C I L I D A D D E C A R L O S I I .

H e m o s h a l l a d o t a m b i é n e n t r e n u e s t r o s papeles , , y á ú l t i m a h o r a , v a r i a s n o t a s sobre el p r o c e s a c r i m i n a l q u e se fu lminó c o n t r a el M. R. P . M. F r a y F r o i l a n Diaz confesor q u e fué del r e y Car los I I , d e la orden d u m i n i c a , p r e s e n t a d o por el ob ispo de-A v i l a .

De es te p roceso fueron y a p u b l i c a d o s por o r ­den del Consejo de Cas t i l l a v a r i o s e x t r a c t o s e n t r e s t o m o s (8.° Madr id ; con P r i v i l e g i o Real y l i ­c e n c i a s n e c e s a r i a s ; i m p r e n t a de D. José D o b l a ­do.) a p é n d i c e s que c o m p r e n d e n la c o n s u l t a que-d i c h o consejo h izo al r e y en 4 de Enero de 1704 c o n t r a los p r o c e d i m i e n t o s d e D . B a l t a s a r de M e n ­doza , I n q u i s i d o r g e n e r a l ; el in fo rme al r e y de-D. Lorenzo Fo lch de C a r d o n a , d e c a n o del Consejo-de I n q u i s i c i ó n y el e x t r a c t o de todo lo s u c e d i d o e n la C á m a r a de Casti l la, y en la Corte de Roma , sobre la p r e s e n t a c i ó n del p rocesado frai le F ro i l an . D i a z p a r a la s i l l a de Av i l a ; los t r e s votos s i n g u -

136 H i a I n q u i s i c i ó n cío G a l i c i a

l a r e s del g o b e r n a d o r del Consejo de Fe l i pe V, m a r q u é s de And ía , el P . Confesor Diego de la S e r ­n a y el l e t r a d o D. D iego de Arac ie l ; y finalmente l a s n o t a s c r í t i c a s p u e s t a s por e l ,P . Pérez , m o n j e Bas i l io , c a t e d r á t i c o de S a l a m a n c a al e s c r i t o del F i s c a l del Consejo de I n q u i s i c i ó n D. J u a n F e r ­n a n d e z de F r i a s en defensa del e x o r c i s m o de los e n e r g ú m e n o s , s e g ú n la c i e n c i a t eo lóg i ca .

L a l e c t u r a de todos es tos d o c u m e n t o s a p e n a e l a l m a por la p a t r i a q u e h a m a n t e n i d o s in d e c o ­ro t a n t a v a g a n c i a r e v e s t i d a de t a n p o c a c i e n c i a •á fines del p a s a d o s ig lo ; pe ro n a d a nos i n t e r e s a de e s t e l a rgo proceso si no lo q u e se r e l a c i o n a e n él con las d e c l a r a c i o n e s de la m o n j a e n e r g ú m e n a •de la v i l l a de C a n g a s , sobre los h e c h i z o s ' s u p u e s ­t o s ó i m b e c i l i d a d p r o p i a del d e s d i c h a d í s i m o Car­los II , ú l t i m o m o n a r c a c a s i español de la d i n a s ­t í a A u s t r í a c a .

L a c a u s a del d o m i n i c o F r o i l a n Diaz , confesor de es te r e y , t u v o p r i n c i p i o en la s u p o s i c i ó n , j u i c i o y d i c t a m e n q u e es te frai le i g n o r a n t e h izo de q u e los c o n t i n u o s a c h a q u e s de Car los no e r a n n a t u ­r a l e s , s i que p r o c e d í a n de a l g ú n maleficio de h e ­c h i z o s , y por s u p r o p i a a u t o r i d a d «recurrió á los medios -que tiene prevenidos la iglesia de conjuros y exorcismos, los q u e se c o n t i n u a r o n m u c h o t i e m p o ; y p a r e c i é n d o l e q u e con e s t e a n t í d o t o no c o n s e ­g u í a el fin q u e d e s e a b a , r e c u r r i ó á va le r se de a l ­g u n o s e n e r g ú m e n o s q u e se h a l l a b a n pose ídos del •demonio, p a r a i n v e s t i g a r la fuen te , o r i g e n , c a u ­sa y p e r s o n a s , q u e h a b í a n coope rado en t e m e r i ­d a d s e m e j a n t e . (Esto lo c o p i a m o s de la ce l eb re c o n s u l t a del Consejo de Cas t i l l a , q u e c o m o t o d o s los Consejos y como t o d a s las j u s t i c i a s y a u t o r i ­

d a d e s a n d a b a n á porfía en a q u e l l a s é p o c a s a c i a ­g a s p a r a b o r r a r t o d a la d i g n i d a d y la c u l t u r a d e E s p a ñ a , h a b i é n d o l o c o n s e g u i d o rea l y v e r d a d e ­r a m e n t e . )

Y s i g u e el pape l : «Y t e n i e n d o n o t i c i a (F ro i l an Diaz , el P . Confe -

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 1 5 7

so r del rey) q u e e u la v i l l a de C a n g a s p a d e c í a e s t e a c h a q u e y e s t a b a p o s e í d a del d e m o n i o una reli­giosa á quien estaba conjurando otro religioso de su orden, se va l i ó de ól, p a r a q u e c o n los e x o r c i s m o s y c o n j u r o s o b l i g a s e al d e m o n i o á que manifestase tos cómplices de este delito (de lesa m a g e s t a d c o m o d i j e ron a l g u n o s l e t rados ) y las c i r c u n s t a n c i a s de q u e se compon ía .»

«A.quel re. l igioso, q u e c o n j u r a b a se r e s i s t i ó , p a r e c i e n d o l e no e r a l í c i to . (Lo q u e le p a r e c í a a l r e l i g i o s o e r a que se m e t í a como se m e t i ó c o n F r a i l a n Díaz en u n p roceso de E s t a d o sobre r e g i ­c i d i o ó poco m o n o s , y todos s a b e n h a s t a n u e s t r o s c a m p e s i n o s que es p e l i g r o s o fo rmar i n t e r e s e s a l l ado de e s t a s t r e s erres R e y , R i o , Re l ig ión . )

«El Maest ro F r . F r a i l a n , ( c o n t i n u a el Consejo ' sabio de Cas t i l l a ) se va l ió e n t o n c e s p a r a o b l i g a r l a del I n q u i s i d o r g e n e r a l D. J u a n T h o m á s de R o c a -b e r t i , Arzobispo de Valencia, q u e se lo mandó ;» (y a n o p o d í a fa l t a r en es tos a s u n t o s u n pre lado , )

«Al p r e c e p t o del a r zob i spo I n q u i s i d o r se r e ­s i g n ó el r e l i g i o s o y e jecu tó con los c o n j u r o s s a ­g r a d o s c u a n t a s d i l i g e n c i a s p u d o , g o b e r n á n d o s e en las p r e g u n t a s y demás operaciones por las cartas que le escribía el Maes t ro F r a i l a n q u e son m u c h a s y r e p e t i d a s , l as q u e se h a l l a n en s u p r o c e s o y t i e n e con fe sadas y r e c o n o c i d a s el m i s m o : m o t i ­v a d a s las m á s , de las r e s p u e s t a s q u e el d e m o n i o d a b a , c o m o padre de mentira, p a r a e x i m i r s e de la e f icac ia de las a r m a s de la Ig l e s i a .»

No c o p i a m o s m á s por a h o r a del ilustrado C o n ­sejo, n i nos o c u p a m o s de d i c h a s c a r t a s y p r o c e ­sos , n o solo por no p e r t e n e c e r á la co lecc ión de los q u e p u b l i c a m o s p e r t e n e c i e n t e s á los s i g l o s XVI y XVII , s i no y a á p r i n c i p i o s del s i g l o XVII I , pe ro t a m b i é n p o r q u e s i endo e s t e n s í s i m a y p o r d e m á s c u r i o s a e s t a m a t e r i a de já rnos la p a r a se r t r a t a d a m á s d e t e n i d a m e n t e en u n v o l u m e n a p a r t e de los q u e f o r m a r á n e s t a Historia c o m p l e t a de la Inquisición de Galicia.

1 5 3 H.» Inquisición do Galicia

¡Qua d e c l a r a c i o n e s m á s e s t ú p i d a s ó i n v e r o s í ­m i l e s las de la e n e r g ú m e n a de C a n g a s ! ¡Que i n s ­t r u c c i ó n r e l i g i o s a la de las mon ja s h i s t ó r i c a s y n o h i s t é r i c a s ! Bajo q u e P a d r e s Maes t ros , t eó logos y c a t e d r á t i c o s co r r i a la i n s t r u c c i ó n y el g o b i e r n o d e los pueb los y de n u e s t r a s mal llamadas U n i ­v e r s i d a d e s !

De es to se o r i g i n ó u n a gran conlrooersia con R o m a sobre r e g a í í a s de la Co rona en la c u a l , á p e s a r del poco p a t r i o t i s m o de los f ra i les que i n t i ­m i d a b a n á Fe l ipe V, e s t u v o á p u n t o de ser s u p r i ­m i d a la I n q u i s i c i ó n Apostólica; pero m á s d i g n a de a s c o es la o t r a c o n t r o v e r s i a q u e se o r i g i n ó e n t r e los t eó logos de la cólebre U n i v e r s i d a d , (ya d e c a ­d e n t e por fo r tuna ) de S a l a m a n c a , a c e r c a de sí e r a l í c i to ó no i n t e r r o g a r al d e m o n i o h a l l á n d o l e en e l c u e r p o de u n a pobre e n e r g ú m e n a , s i n expe le r le p r o n t o á c a u s a de l i b r a r l a de los g r a n d e s do lores q u e sufre , y a u n ob l i ga r l e á ba j a r á la p u n t a de l p ió de la p o s e í d a y l i g a r l e all í p a r a q u e no se e s ­c a p e y r e s p o n d a á las p r e g u n t a s del c l é r i g o e x o r -c i t a n t e .

E n e s t a c o n t r o v e r s i a se h a c e r e l a c i ó n de q u e t a m b i é n es l íc i to , como lo fué á los s a n t o s conju­rar á las nubes c o m o h a c e n en t o d o el r e i n o d e M u r c i a y o t ros de A n d a l u c í a s e g ú n el B r e v i a r i o R o m a n o en e s t a s p a l a b r a s :

«Ego peccalor et Christi Minister Ucet indignns auloritate ejusdem Dei, et Domini nostri Jesu, Christi vovis precipio immundissimis Spiritibus, qui has nu­bes concitatis ut excalis ab eis et eas dispergalis in locis silvestribus, el incultis quatenus nocere nonpossint...» «en c u y a s p a l a b r a s , — d i c e el c a t e d r á t i c o de S a l a ­m a n c a , p a d r e Pérez ,—se v e n dos cosas : la p r i m e r a q u e los m i n i s t r o s de C r i s t o , n o solo t i e n e n p o t e s ­t a d p a r a expe le r los d e m o n i o s de los c u e r p o s h u ­m a n o s , sino también para hacerlos salir de las nubes; l a s e g u n d a , q u e d i c h a p o t e s t a d se e x t i e n d e á •compelerlos, que después huyan las nubes y las dirijan •en los desiertos donde no ofendan....

B r u j o s y A s t r ó l o g o s 13»

Tal es la c i e n c i a que se e x p l i c a b a en E s p a ñ a •en el a ñ o 1688 en que se s e g u í a e s t a t a r d í a p o l é ­m i c a a c e r c a de u n d e m o n i o q u e h u y ó á t i r o s de l a p e n í n s u l a mi l veces d e s d i c h a d a por la r e l i g i ó n -de es tos f ra i les y m i l veces feliz pero t a m b i é n , á c o s t a de su s a n g r e en las j o r n a d a s de 1808 á 1814 •cont ra los f ranceses , en c u y a g u e r r a comenzó n u e s t r a r e g e n e r a c i ó n soc i a l .

E s t o s p rocesos , como h e m o s d i c h o , de F r o i l a n D iaz y del r e l i g io so y e n e r g ú m e n a de C a n g a s s e r á n ' o b j e t o de e spec ia l e s t u d i o y v o l u m e n a p a r ­t e t a n p r o n t o h a y a m o s p r o c u r a d o a l g u n a s c o p i a s d e d o c u m e n t o s de los a r c h i v o s del Conse jo .

T a m b i é n q u e d a n en p r e p a r a c i ó n , y a u n a l g u ­n o s en p r e n s a , los s i g u i e n t e s l ib ros . «.Judaizantes de la Inquisición de halicia. Solicitantes' in aclu confesionis. Archivos secretos.—Correspondencia del Santo Oficio.

Con e s t a s o b r i t a s c r eemos h a b e r t e r m i n a d o l a h i s t o r i a de tes te cé lebre t r i b u n a l r e l i g i o s o en l a s r e g i o n e s del Noroes te , y a y u d a d o g r a n d e m e n t e á los h i s t o r i a d o r e s de es te pa í s en e r a c o p i o de m a ­t e r i a l e s q u e deben t e n e r á la v i s t a p a r a s u s t r a ­ba jos c a s i t a n n u e v o s como i m p o s i b l e s en el clia.

I N D I C E

C a r t a - p r ó l o g o al señor D. Juan Fernandez Latorre.

DIRECTOR DE "LA VOZ DE GALICIA "

PROCESOS

PAGINAS

J u a n Coi rón , (Montemayor) , . — C a t a l i n a Es t evez , (Viade ) .— D o m i n g a d a S e r r a , (Viade) 1

Mar ia R o d r i g u e z , (Pon te de L i m i a . — P o r t u g a l ) 3

Pero S a n c h e z C iego , ( S a n t i a g o ) 7 Jácorne d a P i g a r a , (Sta . M a n a de Souto) 9 V a s q u i d a G a r c í a (Pon tevedra ) 13 El c l é r i g o Montes , ( P u e n t e d e u m e ) 14 C o n s t a n z a do P a z o , (Lámela .—Orense) 16 F r . J u a n de V e g a , (San t i ago ) 18 J u a n A s t u r i a n o , (V i l l amayor .—Ver in , ) 1 9 " B a r t o l o m é de C a s t r o , (Verin) 19 Ped ro de P a z o s (Vi l le la .—Orense) 20 J u a n Gomez, (Tamei rón .—Orense) 21 L u c í a do Mato , ( V i l l a n u e v a . — O r e n s e ) . . 21 I sabe l Bel la , (Vil lar de Donas .—Orense) 22 G r a c i a Garc ía , ( T a m a g ü e l o s . — V e r i n ) . . . 23 F r . A n t o n i o de S a n R o m a n , (Val ladol id) 24 A n a R o d r i g u e z , ( F i l g u e i r a — P o n t e v e d r a ) 32 C a t a l i n a d a R e g u e i r a , ( G u i m a r a e n s . —

P o r t u g a l ) 36 A l o n s o Perez , (Tuy) . . . 38 D o m i n g a P o m b o , (Padrón) 39 M a r t a F e r n a n d e z , (Requei jo) 39 C a t a l i n a P e r n a s , ( C e l a . — P o n t e v e d r a ) . . . 43 Mar ia de So l ina , ( C a n g a s ) . . • 47

— 162 —

P a t r i c i o S ino t , ( I r landa) 56 F r . A n d r é s Dorado , (San t i ago ) 61 E l M a r q u é s de C a r n a r a s a , ( S a n t i a g o ) . . . 64 E l v i r a Mar t inez , (Cangas ) 66 C a t a l i n a de la I g l e s i a , (Coi rò .—Cangas) 79 A n a de C a s t r o , ( A r m e n t e r a — P o n t e v e d r a ) 82 E u f e m i a Cid de Marzas , (Ambia Orense) 87 L i c . Pedro Alonso , (Monterrey) 8S Sor B e r n a r d a de Novúa y T a b o a d a y Sor

M a r i a n a de Montoto , (Allariz) 90 M a g d a l e n a d a s P e r e i r a s , (Monforte) 95 L u c í a F i d a l g o , (Lugo) 99 Alonso de C a s t r o y P u g a , (Pontevedra) 104 A n a Mar t inez , ( E i v a d a v i a ) 109 Leonor d a F o n t e , (Pontevedra) 116

A P É N D I C E

E3X lltoro < X & San Cipriano

C o m e n t a r i o s . El P r o e m i o , (Preludio.)

Cap. I . — S i g n e el Preludio. » IT.—La Granjeria y la Clavícula de Salomon. » I I I .—Verdade ra c o m p o s i c i ó n de la v a r i t a

m i s t e r i o s a . » IV.— V e r d a d e r a r e p r e s e n t a c i ó n del Cí rcu lo

C a b a l í s t i c o . » V . — L l a m a m i e n t o s al E m p e r a d o r L u c i f e r . » VI . —La a p a r i c i ó n d e l d e m o n i o .

LIBRO II .—El t r i á n g u l o de los p a c t o s ó el Sanc­tum Regnum.

CLI .—Nota al p roceso de Mar ía de So l ina . CLV.—La mon ja de C a n g a s .