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Arcebispo de Cali é assassinado após celebração PÁG. 2 Distribuição gratuita www.diocesedesantos.com.br Abril - 2002 - Nº 8 - Ano 1 PÁSCOA: TEMPO DE RENOVAR A FÉ Veja também Reuters D. Isaías Duarte denuncia- va as precárias condições de vida da população e o medo imposto pelos narcotraficantes Lançada nova biografia de Santa Bakhita “Bakhita - Uma fascinante his- tória de liberdade”, de Roberto Italo Zanini, será lançado pela Editora Cidade Nova, no próximo dia 28, em Santos. Com este trabalho, o autor apresenta o resultado de uma lon- ga pesquisa, revelando a realida- de do Sudão, onde a santa nas- ceu, até seus últimos dias na Itá- lia. Segundo o autor, Bakhita é a santa do ‘novo milênio”. PÁG. 5 CNBB celebra 50 anos de fundação Durante a próxima Assem- bléia Geral, nos dias 10 a 19, os bispos aprovarão - como desafio de ação para o novo milênio - o documento Exigên- cias éticas e evangélicas para a superação da miséria e da fome, que será a base de um grande mutirão a ser feito em todo o País, envolvendo as co- munidades católicas. PÁG. 2 Guaranis recebem atendimento da Pastoral da Criança Do Domingo de Ramos à Vigília Pascal, celebrações atualizam a entrega total de Jesus por amor à humanidade Milhares de fiéis participaram das celebrações da Semana San- ta e da Páscoa, nas nove cidades da Baixada Santista. Desde o Domingo de Ramos (24) até o Domingo da Páscoa (31 de março), as comunidades se empenharam para reviver e cele- brar a experiência da entrega to- tal de Jesus que não teme passar pela dor, pelo sofrimento e pela morte, para dar testemunho do amor maior de Deus pela huma- nidade: a vitória sobre a morte, com sua Ressurreição. Motivadas pela Campanha da Fraternidade - “Fraternidade e os Povos Indígenas”- várias comu- nidades se mobilizaram para co- nhecer mais de perto a realidade das sete aldeias Guaranis da Bai- xada, que constituem uma popu- lação de cerca de 700 habitantes. A Diocese, como gesto con- creto da Campanha da Fraterni- dade, assumiu o compromisso de lutar pela demarcação definitiva das terras da comunidade Itaóca, em Mongaguá, embargada por decisão judicial (p.5). Enquanto as comunidades in- dígenas não tiverem garantida a posse de suas terras, não pode- rão investir em projetos de auto- nomia cultural e econômica. Isso pode significar - como já vem acontecendo - o avanço da de- sintegração social dessas comu- nidades, com graves prejuízos para a identidade desses povos. Nesta Páscoa, os cristãos são chamados a assumir a causa dos Povos Indígenas, no meio dos quais também cresce a semente da Palavra de Deus. PÁGS. 5, 6, 7 e 12 Lutando contra problemas cau- sados, muitas vezes, por uma ali- mentação insuficiente e inadequa- da - resultado das precárias condi- ções de subsistência nas aldeias - voluntários da Pastoral da Crian- ça, da Diocese de Santos, não me- dem esforços para acompanhar o desenvolvimento de 80 crianças guaranis, de zero a seis anos de idade. Através da pesagem e da dis- tribuição de alimentos, como a multi mistura, os agentes estão ajudan- do as mães a manter o nível nutricional das crianças. PÁG. 12 Missa marca encerramento do Ano Vocacional diocesano Durante a celebração, os fiéis foram motivados a renovar o compromisso com a pastoral vocacional PÁG. 9 Fotos Chico Surian/Lu Corrêa O agente Amado Daniel, ao fundo, durante pesagem em Itaóca O grande segredo da Cruz de Cristo é a superação do ódio e da injustiça. Na Semana Santa... ...os cristãos renovam o compromisso de atualizar a vitória da vida, simbolizada no Círio Pascal

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Page 1:  · das celebrações da Semana San-ta e da Páscoa, nas nove cidades da Baixada Santista. Desde o Domingo de Ramos (24) até o Domingo da Páscoa (31 de março), as comunidades se

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D. Isaías Duarte denuncia-va as precárias condiçõesde vida da população e o

medo imposto pelosnarcotraficantes

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“Bakhita - Uma fascinante his-tória de liberdade”, de RobertoItalo Zanini, será lançado pelaEditora Cidade Nova, no próximodia 28, em Santos.

Com este trabalho, o autorapresenta o resultado de uma lon-ga pesquisa, revelando a realida-de do Sudão, onde a santa nas-ceu, até seus últimos dias na Itá-lia. Segundo o autor, Bakhita é asanta do ‘novo milênio”.

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Durante a próxima Assem-bléia Geral, nos dias 10 a 19,os bispos aprovarão - comodesafio de ação para o novomilênio - o documento Exigên-cias éticas e evangélicas paraa superação da miséria e dafome, que será a base de umgrande mutirão a ser feito emtodo o País, envolvendo as co-munidades católicas.

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Milhares de fiéis participaramdas celebrações da Semana San-ta e da Páscoa, nas nove cidadesda Baixada Santista.

Desde o Domingo de Ramos(24) até o Domingo da Páscoa (31de março), as comunidades seempenharam para reviver e cele-brar a experiência da entrega to-tal de Jesus que não teme passarpela dor, pelo sofrimento e pelamorte, para dar testemunho doamor maior de Deus pela huma-nidade: a vitória sobre a morte,com sua Ressurreição.

Motivadas pela Campanha daFraternidade - “Fraternidade e osPovos Indígenas”- várias comu-nidades se mobilizaram para co-nhecer mais de perto a realidadedas sete aldeias Guaranis da Bai-xada, que constituem uma popu-lação de cerca de 700 habitantes.

A Diocese, como gesto con-creto da Campanha da Fraterni-dade, assumiu o compromisso delutar pela demarcação definitivadas terras da comunidade Itaóca,em Mongaguá, embargada pordecisão judicial (p.5).

Enquanto as comunidades in-dígenas não tiverem garantida aposse de suas terras, não pode-rão investir em projetos de auto-nomia cultural e econômica. Issopode significar - como já vemacontecendo - o avanço da de-sintegração social dessas comu-nidades, com graves prejuízospara a identidade desses povos.

Nesta Páscoa, os cristãos sãochamados a assumir a causa dosPovos Indígenas, no meio dosquais também cresce a sementeda Palavra de Deus.

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Lutando contra problemas cau-sados, muitas vezes, por uma ali-mentação insuficiente e inadequa-da - resultado das precárias condi-ções de subsistência nas aldeias -voluntários da Pastoral da Crian-ça, da Diocese de Santos, não me-dem esforços para acompanhar odesenvolvimento de 80 crianças

guaranis, de zero a seis anos deidade.

Através da pesagem e da dis-tribuição de alimentos, como a multimistura, os agentes estão ajudan-do as mães a manter o nívelnutricional das crianças.

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O agente Amado Daniel, ao fundo, durante pesagem em Itaóca

O grande segredo da Cruz de Cristo é a superação do ódio e da injustiça. Na Semana Santa...

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�������������������������������������������������� Presença DiocesanaPresença Diocesana é oinformativo oficial daDiocese de Santos, lançadoem setembro de 2001Bispo diocesanoD. Jacyr Francisco Braido, CSDiretorPe. Antonio Baldan CasalConselho EditorialPe. Antonio Baldan Casal,Pe. Antonio Alberto Finotti,Pe. Claudenil Moraes daSilva, Pe. Eniroque Ballerini,

Pe. Joseph Thomas,Ivanilce Oliveira, Odílio Rodrigues Filho.RevisorMonsenhor João JoaquimVicente LeiteJornalista responsávelGuadalupe Corrêa MotaDRT 30.847/SPProjeto Gráfico eEditoração: Francisco SurianServiços de Notícias: CNBB,CNBBSUL1, AnotE,CatolicaNet, Adital,Notícias Eclesias,BuscacatolicaTiragem: 40 mil exemplares

Impressão: Gráfica Diário doGrande ABC.Distribuição: PresençaDiocesana é distribuídogratuitamente em todas asparóquias e comunidades daDiocese de Santos, nosseguintes municípios: Santos,São Vicente, Cubatão, Guaru-já, Praia Grande, Mongaguá,Itanhaém, Bertioga e Peruíbe.

Os artigos assinados são deresponsabilidade exclusiva deseus autores e não refletem,necessariamente, a orientaçãoeditorial deste Jornal.

Presença DiocesanaTel/Fax: (13)3221-2964

Cúria Diocesana(13)3224-3000

Fax: (13)3224-3101Centro de Pastoral

Pe. Lúcio Floro(13) 3224-3170

Seminário S. José(13) 3258-6868

Endereço para correspondência:Presença Diocesana

Av. Cons.Rodrigues Alves, 25411015-200 - Santos-SP.

O Jornal reserva-se o direito de nãopublicar cartas que estejam com

nomes ou endereços incompletos.presencadiocesana@

diocesedesantos.com.br

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ANUNCIE

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JornalPresença

Diocesana

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������������� �������������� ���De 25 a 30 de janeiro,

cerca de 15 religiosasafro-indígenas da Congre-gação das Irmãs Missioná-rias de Jesus Crucificado,estiveram reunidas, emBrasília, para a preparaçãodo Encontro Nacional daCongregação, em julho.

Participaram do En-contro, representantes deBelo Horizonte, Campi-nas, Fortaleza, Goiânia,Porto Alegre, Recife, SãoPaulo e uma representan-te dos países de língua es-panhola, da América La-tina. De Santos, estiverampresentes as Irmãs MariaJosé Rodrigues e Ir. Ma-ria Fidêncio do EspíritoSanto.

As religiosas estuda-ram o tema “Mulher Afro-Indígena, és força trans-formadora na sociedade”.“Comparando com algu-mas mulheres da Bíblia ecomo elas se posiciona-ram diante da cultura da-quela época, procuramosatualizar nossa realidade”,explica Ir. Maria José Ro-drigues, da Diocese deSantos.

Segundo Ir. MariaJosé, a Campanha da Fra-ternidade deste ano, “deveprovocar as congregaçõesreligiosas, de movo geral,a resgatar as raízes denossas etnias como formade refundação da VidaReligiosa”.

Religiosas buscam maior inserção cultural

Divulgação

Cali (Bogotá) - Comouma só voz, milhares decolombianos, em todo oPaís, repudiaram o assas-sinato de Dom IsaíasDuarte Cancino, Arcebis-po de Cali, ocorrido no dia16 de março, à noite.

O brutal assassinatoocorreu após o Arcebispoter presidido a cerimôniade matrimônio de cem ca-sais na paróquia do BomPastor, no bairro RicardoBalcázar, um dos setoresmais pobres de Cali. Aosair da igreja, dois homensdispararam contra o Arce-bispo, ferindo também umsacerdote que o acompa-nhava.

Após o doloroso fato,o Arcebispo de Medellíne Presidente da Conferên-cia Episcopal da Colôm-bia, Dom Alberto GiraldoJaramillo, expressou suatristeza pela morte do Pre-lado, fazendo também umchamado à população àunidade “na fé, no amor ena esperança”. Do mesmomodo, manifestou seu de-sejo de que “a morte des-

Casamento comunitário celebrado por D. Isaías Duarte

te queridíssimo Pastor daIgreja Católica faça re-nascer a esperança noscorações de todos os quecremos no Senhor Res-suscitado”.

“Na morte de DomDuarte” - acrescentouDom Giraldo -, “vejo a re-alização das próprias pa-lavras do Senhor Jesus emseu Evangelho: o BomPastor entrega sua vidapelas ovelhas”.

����“Pastor generoso e va-

lente no anúncio da BoaNova”. Com estas pala-vras, o Papa João Paulo IIlembrou Dom IsaíasDuarte, dirigindo-se aosperegrinos reunidos naPraça São Pedro após aoração do Ângelus.

“Pagou com tão altopreço sua enérgica defesada vida humana, sua firmeoposição a todo tipo de vi-olência e sua dedicação àpromoção social desde asraízes do Evangelho”,acrescentou.

(NE - eclesiales.org)

El Tiempo/Bogotá

Reunida em sua 40ª Assem-bléia Geral - de 10 a 19

próximos, em Itaici/SP - aConferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) celebra50 anos de sua fundação.

Fundada em 1952, por ini-ciativa de D. Helder Câmara, aCNBB surgiu inspirada no mo-delo da Ação Católica, sobretu-do em relação a sua ação espe-cializada. Era o embrião para odesenvolvimento da pedagogiaa ser adotada pela Instituição: oPlanejamento Pastoral, que setornou também o “instrumentode aplicação dos princípios re-novadores do Concílio Vatica-no II” (1962-1965), explica Pe.Virgílio Leite Uchôa, membrofundador da Comissão Brasilei-ra de Justiça e Paz (CBJP).

Pe. Virgílio, falando da ca-minhada da CNBB, traça umapanorâmica do desenvolvi-mento, tanto da identidadequanto das ações da Institui-ção, desde 1968 até hoje, parademonstrar o quanto foi “umperíodo único e extremamen-te fecundo da relação da Igre-ja com o povo brasileiro... ca-racterizado pela vontade efi-caz de renovar a presençaevangelizadora da Igreja num

Sob o tema “Internet: umpúlpito para anunciar o E-vangelho”, e contando coma presença de 30 pessoas, aPastoral da Comunicaçãodo Sub-Regional SP2 este-ve reunida no Centro deAnimação Missionária JoséAllamano, São Paulo, nosdias 15 e 16 de março, paramomentos de formação.

Os assessores RubensMeyer e William Vasconce-los abordaram o tema, sus-citando uma reflexão que

considerou a importânciafundamental da Internet en-quanto cultura da comuni-cação.

As exposições enfatiza-ram a necessidade de se co-nhecer sempre mais paraque se possa trabalhar comprofissionalidade a culturada Internet, um mundo depossibilidades no universoda comunicação, e de dis-por dessa cultura para o oanúncio do Evangelho demodo eficaz.

��������������������������������������������������������������Divulgação

Agentes das Pascom se preparam para usar a Internet

amplo processo de comunhãoe participação”.

Dentre os momentos maismarcantes da história recentedo Brasil, em que a CNBBteve participação fundamental,Pe. Virgílio destaca: a luta pe-los Direitos Humanos durantea Ditadura Militar (1964-1985), com a criação de servi-ços pastorais, diretamente li-gado às questões sociais(CIMI, CPT, CBJP, Comis-sões de Direitos Humanosetc); e a participação na Cons-tituinte de 1988.

“A CNBB foi sempre, an-tes de tudo, a consciência e aprática de que ...todos têm umavocação comum como Povo deDeus... Neste sentido, a CNBBdeveria ser sempre um podero-so instrumento para fomentara complementar responsabili-dade na Igreja”, finaliza.

Durante a assembléia, osbispos aprovarão - como de-safio de ação para o novo mi-lênio - o documento “Exigên-cias éticas e evangélicas paraa superação da miséria e dafome”, que será a base de umgrande mutirão a ser feito emtodo o País, envolvendo ascomunidades católicas.

Razões de Nossa Esperan-ça foi o tema do II EncontroNacional de Fé e Política quereuniu, nos dias 16 e 17 de mar-ço, em Poços de Caldas (MG),mais de 4 mil pessoas de 19 es-tados. Entre elas, líderes religi-osos como Frei Beto, Dom De-métrio Valentim, Margarida Ri-beiro, Reverenda da Igreja Me-todista, e líderes políticos comoo candidato a presidência doPaís, Luiz Inácio Lula da Silva.

������������ ��A socióloga Maria Victó-

ria levantou a discussão de quea construção de um poder queseja efetivamente democráticoe popular só será possível atra-vés do “encontro entre a sen-sibilidade do governante paraa população e a organizaçãodo povo, pela base”.

A socióloga apontou comoum dos maiores problemas con-seguir que a população se mo-tive para participar, mas, poroutro lado, iniciativas nestecampo já estão sendo tomadas,como o plebiscito da dívidaexterna e o projeto de iniciati-va popular sobre a corrupção.

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������������������������Lembrando líderes mundi-

ais que fizeram história, o ex-prefeito de Belo Horizonte,Patrus Ananias, descreveu aesperança como uma grandeutopia, em que o desejo dachegada do reino de Deus so-bre a terra só será possívelquando integrarmos pensa-mentos e ações, como fez opróprio Jesus Cristo.

Frisou que “nós devemosser a mudança que queremosver no mundo” e parafraseouGandhi: “A responsabilidadeda mudança é de cada um. Seeles não respondem ao chama-do, vá sozinho”.

��� ������“Manter viva a indignação,

estar em contato com o irmãonecessitado, defender sempreo oprimido e fazer da oraçãoum antídoto contra a aliena-ção”, foram alguns dos conse-lhos que frei Beto deu aos pre-sentes. “É melhor preferir orisco de errar com os pobres ater a pretensão de acertar semeles”, alertou.

(Colaboração:Ivanilce de Oliveira)

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Carta de Emaús

Em plena Campanha daFraternidade 2002, que temcomo lema “Por uma Terrasem Males” para todos os po-vos indígenas que vivem noBrasil, estivemos reunidosdias 2 e 3 de março, na chá-cara Emaús, Abadiânia-GO,na casa em que viveu FreiMateus Rocha OP, cujo tes-temunho e mensagem marca-ram nossa vida no seguimen-to de Jesus Cristo.

Aqui neste lugar, em 1973,com a participação de FreiMateus, foi elaborado o pro-fético documento “Y-JucaPirama: O Índio, aquele quedeve Morrer”, o qual denun-ciava a responsabilidade dosditadores e outros que, pelaviolência e o arbítrio, manti-nham um sistema jurídico,político e econômico que ne-gava os direitos dos povos in-dígenas...

Hoje, quase 30 anos depois,passada a ditadura militar, ospovos indígenas, em sua mai-oria, ainda não conseguirama posse definitiva de suas ter-ras tradicionais, não obstantesua capacidade organizativa emobilizadora...

A Constituição Federal de-terminou um prazo para quea União Federal demarcassetodas as terras indígenas. Seisso fosse cumprido, já em1993 todas elas estariam de-marcadas. Em vez disto, oGoverno Federal criou em1996 o Decreto n.º 1.775, quepossibilitou aos grileiros eaos outros invasores das ter-ras indígenas questionarem odireito dos índios sobre asmesmas, contrário o dispos-to na Constituição.

Agora, durante a Campa-nha da Fraternidade, lamen-tamos que um dos mentoresdeste perverso e inconstitu-cional decreto, o senhor Nel-son Jobim, ministro do STF,na qualidade de relator daação que tramita há mais de20 anos naquele tribunal, oesteja utilizando para impe-dir e procrastinar a posse de-finitiva dos Pataxó Hã-Hã-Hãe de suas terras.

Somos convictos que aCampanha da Fraternidade

deve ser oportunidade para to-dos os cristãos reverem sua re-lação com a causa dos povosindígenas: ou assumimos aluta pela garantia desses direi-tos, ou renegamos nossas raí-zes e nos tornamos cúmplicesdesse genocídio continuado.

...Conclamamos a todosque se mobilizem para cobrara revogação do Decreto1.775, bem como que cessemas violências de fazendeirose jagunços contra o povo Pa-taxó.

Emaús, Abadiânia-GO,3 de março de 2002,

Encaminhe as assinaturasao site “Mosteiro da Paz” -www.empaz.org , ou pelo e-mail [email protected] para as autoridadesbrasileiras, exigindo o imedi-ato atendimento das justasreivindicações dos povos in-dígenas brasileiros, com có-pia ao “Mosteiro da Paz” [email protected].

Presidente da República:Presidente Fernando Henri-que Cardoso - Palácio do Pla-nalto - Praça dos Três Pode-res, Brasília, DF - 70.000-000- mensagens: [email protected]

Presidente da Câmarados Deputados: DeputadoAécio Neves -Palácio doCongresso Nacional -Edifí-cio Principal, Praça dos TrêsPoderes - CEP 70.160-900 -Brasília - DF -Telefone: (61)318-5151 - e-mail: [email protected]

Presidente do Senado Fe-deral: Senador Ramez Tebet- Senado Federal - Praça dosTrês Poderes - Brasília, DF -70.000-000 - Fax: 61-311.1750 - Mensagens:www.senado.gov.br/web/se-nador/ramez/mensagens.htm

Presidente do SupremoTribunal Federal: MinistroMarco Aurélio - Praça dosTrês Poderes - Brasília, DF -70.000-000 - Fax: 0xx61 2174020 - E-Mail: [email protected]

Ministro Nelsom Jobim:STFl - Praça dos Três Pode-res - 70.000-000 - Brasília,DF - Mensagens: ([email protected]) - Fax: 0xx61217 4369

40 mil exemplares,distribuídos em

9 cidades daBaixada Santista.

Telefone(13) 3224-3000

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Riqueza de assuntos

Fotos Chico Surian

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O amor ao próximo, pois só peloamor poderemos conhecer a Deus.Hoje em dia a sociedade está muitoegoísta, individualista. O consumis-mo e o materialismo parece que to-maram conta de tudo e de todos. Porisso é que existe tanto preconceito,tanta discriminação com os povosindígenas, com os dependentes quí-micos. O amor nos devolve o verda-deiro respeito ao outro, nos faz vero outro como ele realmente é, valo-rizando-o como Filho de Deus. Sóque a gente precisa se amar primeiropara poder amar o outro.�������������������������������������� �������� �����������������

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Escreva para o jornalPresença Diocesana.

Dê sua opinião, informe acontecimen-tos de sua comunidade. Participe e

valorize o seu espaço.Av. Cons.Rodrigues Alves, 254

11015-300 - Santos-SP.O Jornal só publicará cartas que

estejam com nomes ou endereços completos.

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Tel/Fax: (13)3221-2964 - 3224-3000

Sou aposentado e atualmente traba-lho como voluntário na Igreja Matriz dacidada de Piedade, Diocese de Soroca-ba, interior de São Paulo.

Em janeiro, visitando a cidade deSantos e participando da Santa Missa naPaóquia São Paulo Apóstolo, recebi ojornal Presença Diocesana, edição defevereiro/2002, o qual me chamou aatenção pela riqueza dos mais variadosassuntos, podendo destacar: miséria noMaranhão, tarefas do século XX,mistériode fé, dentre outros.

Nosso pároco, Pe. Antonio, gostariamuito de receber os próximos númerosdo jornal, pois todos os assuntos são in-teressantes.�����!��"�#���������#���

A Câmara Municipal de Santos, emsessão realizada no dia 4 de março, apro-vou requerimento de autoria do verea-dor Sr. Ademir Pestana, subscrito pelasvereadoras sras. Cassandra Maroni Nu-nes, Suely Morgado, Luzia Neófiti epelos edis srs. Carlos Eduardo Adegas,Fausto Figueira, Adelino Rodrigues,Augusto Zago, Geonísio Pereira de A-guiar e por esta Presidência, apresentan-do ao pároco da Igreja Sagrada Família,Pe. Valdeci João dos Santos, os votos decongratulações desta Casa, pelo seu ex-celente trabalho.

Ao ensejo, apresento a V. Exa. pro-testos de elevada consideração.�� ����������!�$�� ���"������ �����������%"�����������

Homenagem aoPe. Valdeci dos Santos

Caríssimos Irmãos e Irmãs! A to-dos vós, “queridos de Deus e

chamados a serem santos, graça epaz da parte de Deus, nosso Pai eda parte do Senhor Jesus Cristo”(Rm 1,7). Estas palavras do após-tolo Paulo aos cristãos de Romanos introduzem no tema do próxi-mo Dia Mundial de Oração pe-las Vocações: “A vocação à santi-dade”. A santidade! Eis a graça e ameta de todo aquele que crê, deacordo com o que nos lembra o Li-vro do Levítico: “Sede santos, por-que eu, o Senhor vosso Deus, sousanto” (19,2).

Dever primário da Igreja é daracompanhamento aos cristãos pe-los caminhos da santidade, a fimde que, iluminados pela inteligên-cia da fé, aprendam a conhecer e acontemplar o Rosto de Cristo e aredescobrir nele a própria identi-dade autêntica e a missão que oSenhor confia a cada um. Dessaforma, eles são “edificados sobreo fundamento dos apóstolos e dosprofetas, tendo como pedra angu-lar o mesmo Cristo Jesus. Nele,toda construção se ergue harmoni-osamente para ser um templo san-to no Senhor” (Ef 2,20-21).

Justamente porque a comunida-de eclesial é o lugar onde se expri-mem todas as diversas vocaçõessuscitadas pelo Senhor, no contex-to do Dia Mundial, que terá lugarno próximo 21 de abril, 4º Domin-go da Páscoa, será realizado, naAmérica do Norte, o 3º Congressocontinental para as vocações ao

ministério ordenado e à vida con-sagrada. Tenho a satisfação de di-rigir, aos seus promotores e parti-cipantes, os meus cumprimentos debons augúrios e de manifestar vivacomplacência por tal iniciativa, queenfrenta um dos problemas cruci-ais da Igreja na América e da novaevangelização do Continente.

Toda vocação na Igreja está aserviço da santidade; todavia algu-mas, como a vocação ao ministérioordenado e à vida consagrada, ofazem de modo todo singular. Épara essas vocações que eu convi-do todos a olhar com particularatenção, intensificando sua oraçãopor elas.

A vocação ao ministério orde-nado “é essencialmente um chama-do à santidade, na forma que brotado sacramento da Ordem. A santi-dade é intimidade com Deus, é imi-tação de Cristo, pobre, casto e hu-milde; é amor sem reservas às al-mas e doação pelo seu verdadeirobem; é amor à Igreja que é santa enos quer santos, porque essa é amissão que Cristo lhe confiou”(Pastores dabo vobis, 33).

A vida consagrada revela a ín-tima natureza de toda vocação cris-tã à santidade e a tensão de toda aIgreja-Esposa para Cristo “seu úni-co Esposo”. As vocações a essesestados de vida são dons preciosose necessários, atestando que, ain-da hoje, o seguimento de Cristocasto, pobre e obediente, o teste-munho do primado absoluto deDeus e o serviço à humanidade, no

estilo do Redentor, representamvias privilegiadas para uma pleni-tude de vida espiritual.

. É necessário colocar em prá-tica todos os meios para que as vo-cações ao sacerdócio e à vida con-sagrada, essenciais para a vida e asantidade do Povo de Deus, este-jam continuamente no centro daespiritualidade, da ação pastoral eda oração dos fiéis.

As famílias são chamadas a de-sempenhar um papel decisivo parao futuro das vocações na Igreja. Asantidade do amor esponsal, a har-monia da vida familiar, o espíritode fé com que se enfrentam os pro-blemas cotidianos da vida, a aber-tura para os outros, sobretudo osmais pobres, a participação na vidada comunidade cristã constituem oambiente adequado para a escuta dodivino chamado e para uma gene-rosa resposta por parte dos filhos.

O Senhor da messe não dei-xe faltar, à sua Igreja, numerosase santas vocações sacerdotais ereligiosas!

(Veja o texto completo no sitewww.vatican.va).

Agradeço a divulgação do livro“Waldemar Valle Martins – homem de vir-tude e saber” (edição nº 7, março de 2002,p. 11) e a sensibilidade de vocês na mon-tagem do texto. Pe. Waldemar Valle tam-bém agradece, pois recebeu o jornal nodia em que comemorou 52 anos de sa-cerdócio (4/3).

A cobertura do Fórum social estáótima. Uma marca que vocês têm dei-xado no Presença é a didática e a cla-reza das matérias. Usarei, para debateem sala de aula, os textos: “Fome noBrasil é um escândalo” e “ Qual é ovalor real da dívida do Brasil?”(págs.6 e 7, edição de março). O jornal cum-pre, assim, sua parcela de contribuiçãona formação cidadã.

Tenho uma sugestão: criar uma pági-na sobre cidadania, espiritualidade, va-lores e ética direcionada às crianças.Penso ser de grande importância, pois aIgreja abre espaços para a formação éti-ca e vocacional.�����������#���&� ����� ����

Formação cidadã

Com muita alegria, venho por meiodesta agradecer à equipe do jornal Pre-sença Diocesana pelo carinho com osPobres de Deus, com relação à publica-ção de matéria, falando sobre a vida daFraternidade de Aliança Toca de Assis,em Santos (edição nº 7, p.10).

Após a publicação recebemos mui-tas ligações e visitas em nossa casa, pes-soas querendo, não só conhecer, mastambém colaborar com o que podem.Agradecemos todas as pessoas que liga-ra, visitaram e se sensibilizaram com estaobra de Deus. E como forma de agrade-cimento, rezamos, bendizemos a Deuspela presença de cada uma das pessoasque nos visitaram.

Pedimos a intercessão da Bem-aven-turada Virgem Maria, de São Miguel ede nosso Santo Anjo da guarda. A bên-ção de Deus-Pai, Filho e Espírito Santo. ��'��� �#�(�������)�������� � �#������

Fraternidade Agradece

Uma palavra de ânimo e de es-tímulo a todos. Desanimar

não leva a nada. É apenas um pro-blema a mais. Somos convidados afixar nossos olhos em Jesus, Aque-le que é o sinal da verdadeira vidano Reino de Deus. Ele se tornouem tudo semelhante a nós. Tornou-se um de nós. Esvaziou-se de suacondição divina para assumir nos-sa caminhada. Assumiu nossos er-ros e pecados e, em sua morte, nosrecolocou no caminho do Pai, queé caminho de busca da santidade.Santidade é assumir o “jeito deDeus”, dar novo sentido à vida!

Novo sentido à vida! Que faltafaz para muita gente hoje esse sen-tido da vida. Muita gente caminhana vida simplesmente levada pelaemoção, pelo prazer, por aquilo quese diz, por aquilo que é do momen-to. Nada de um horizonte mais are-jado e aberto. Nada de um olharmais amplo sobre a vida. Nenhumideal mais inspirador. Nenhuma“verdade” sólida e duradoura.Quem assim anda na vida, passa demomentos de euforia à momentosde depressão. Quem não busca a“verdade” definitiva das coisas,acaba ficando num horizonte tãopequeno que não é capaz de veralém do que vê e sente. Sobretudo,não tem a mínima chance de darsentido ao sofrimento e, muito me-nos, à morte.

Dar sentido à vida; passar damorte à vida! A ressurreição deCristo é sua passagem da mortepara a vida, seu “levantar-se” dosepulcro e retornar vivo. A ressur-

reição de Jesus é um fato inédito,novo e inimaginável. Quem o reve-la é o próprio Jesus.

Quando Jesus efetivamentemorreu – crucificado! – o que res-tou aos discípulos foi enterrá-lo àspressas no próprio dia de sua mor-te – por causa do descanso rigoro-so do Shabat; às mulheres, não res-tou nada mais a fazer do que tentarembalsamar seu corpo, no primei-ro dia útil da semana, bem de ma-drugada. Tudo parecia terminado.Era o fim de um sonho! “Nós espe-rávamos que fosse ele quem iria li-bertar Israel. Agora, porém, além detudo, já passaram três dias desdeque essas coisas aconteceram” (Lc24, 21). Mas de repente, começa-ram a pipocar os sinais da presen-ça rediviva de Jesus: as apariçõesàs mulheres, aos Onze, aos demaisdiscípulos, aos dois no caminho deEmaús, a Tomé, o incrédulo... Areação deles oscilava da increduli-dade à alegria intensa por verem oSenhor. Aos poucos, sua resistên-cia foi sendo vencida. Eles foramse reagrupando. Aos poucos, a ale-gria foi tomando conta do grupo eeles passaram a ser testemunhasdeste fato inédito: “Este Jesus,Deus o ressuscitou e disso todosnós somos testemunhas” (At 2,32).

Os discípulos fizeram a expe-riência do Senhor Ressuscitado.Tornaram-se testemunhas de umfato absolutamente “novo” na his-tória. É como que uma nova cria-ção. E eles passam a entender ou-tras palavras de Jesus que falavamdesta “novidade”: Então Jesus

abriu-lhes a inteligência para com-preenderem as Escrituras, e lhesdisse: “Assim estava escrito que oCristo haveria de sofrer e ao ter-ceiro dia ressuscitar dos mortos”(Lc 24, 45-46).

Desejar “Feliz Páscoa” é dese-jar que a pessoa se sinta feliz emcomemorar o fato inédito e total-mente novo do ressurgimento deCristo. É desejar que a pessoa façaa experiência do poder do CristoRessuscitado em sua vida; que apessoa tenha a certeza de que elatambém é vocacionada para ressur-gir com Ele no Dia da Consuma-ção: “A vontade do Pai é que todoaquele que vê o Filho e acreditanele tenha a vida eterna; e eu o res-suscitarei no último dia” (Jo 6, 40).

Desejar “Feliz Páscoa” é dese-jar que a pessoa faça a experiênciareconfortadora de passar da deses-perança para a esperança, da tris-teza para a alegria, de uma situa-ção de trevas e confusão interiorpara uma situação de luz e de cer-teza; da ausência prática de Deusna vida para o seu predomínio nosafetos, desejos, pensamentos eações. Feliz Tempo Pascal!

Gostaria que ressuscitasse nestaPáscoa, se não todas, mas, pelo me-nos, a Utopia da Terra sem Males.Ou seja, uma Terra:

- sem ódio e rancor- sem dominadores e sem domi-

nados- sem dívida externa e interna- sem miséria e sem doença- sem desempregados e sem ex-

cluídos- sem discriminações e sem anal-

fabetos- sem seqüestros e sem assassi-

natos- sem traficantes e sem usuários

de drogas- sem mendigos e sem crianças

abandonadas- sem lares desintegrados- sem agressão ao meio ambiente- sem nenhum sinal de morteTudo porque o Projeto de Deus,

anunciado e vivido por Jesus Cristo,foi levado a sério por todos os quefomos batizados e tornamos realida-de a Utopia da Terra Sem Males.��������!��� ��*��� +��� �����������+����������������

Se eu fosse muito poderosa epudesse dar um presente para todomundo nesta Páscoa, eu daria umjeito de acabar com a violência e aju-daria a ter mais amor no nundo. Achoque existe muita violência porquetem muitas crianças, jovens e atéadultos abandonados. E eles ficamsem saber o que fazer. Jesus morreuna cruz e ressuscitou para trazer asalvação para o mundo. Podia termais amor no mundo.�,-���+��*�����*���.���� ��/0 ����#�' �����������������1�����#��2$��������� �����,���#������

Para o cristão, a Ressurreiçãode Cristo é luz que ilumina

o caminho. Não é possível com-preender a novidade da ressur-reição, distante de sua dimen-são profética.

Ao ressuscitar, Jesus transfor-ma a morte em vida. E é JesusRessuscitado que envia defini-tivamente seus seguidores paraum apostolado profético, aptosa enfrentar leões e exércitos,pela fé. O Reino de Deus é umreino de Justiça, sim, isto é, deanúncio do Evangelho e de de-núncia das injustiças.

Não é possível entender osacrifício derradeiro de Jesus esua Ressurreição sem que ocristão assuma em sua vida umaatitude profética diante dos si-

nais de morte que oprimem oPovo de Deus: a fome; o desem-prego; a corrupção; a acumula-ção de riquezas nas mãos depoucos e a miséria para muitos;as terras em grandes latifúndi-os, enquanto milhares de pes-soas não têm onde recostar acabeça. Calar diante desta si-tuação é tentar apagar a luz daRessurreição que ilumina a no-vidade do Reino de Deus: “Euvim para que todos tenhamvida, e a tenham em plenitude”.

É acreditando que a Ressur-reição de Cristo ainda é uma luza iluminar nosso caminho quea Diocese de Santos assumiu ocompromisso de se mobilizar,através de um abaixo-assinado,para que as terras da aldeia de

Itaóca, Mongaguá, sejam defi-nitivamente demarcadas. Não épossível se calar diante da ga-nância do homem branco que,no passado, já dizimou civiliza-ções inteiras, ou pela força dapólvora ou pelo poder político.

É acreditando na Ressurrei-ção de Cristo e na de todos nós,que reverenciamos a coragemprofética de Dom Isaías DuarteCancino, Arcebispo de Cali, as-sassinado em 16 de março, erepudiamos a violência que lhetirou a vida para calar sua voz.

A nossa esperança é que,pela fé, a voz de cada cristãose transforme num eco da vozde Dom Duarte contra os sinaisde morte que continuam cruci-ficando Jesus hoje .

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Ir. Eliene (à esq.) numa aldeia em Angola: perseverança

Divulgação

SÃO MARCOS

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Geral: Para que as famíli-as sejam escolas de fé, devalores humanos e, acimade tudo, o berço sagradoda vida, num mundo emconstante transformação.����������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������� �������������������������� �������������������������� �������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� ����!��������������������� ����!��������������������� ����!��������������������� ����!��������������������� ����!�����������!��������"����!��������"����!��������"����!��������"����!��������"��! �"�#���� ���$�������% &���'��()*��%+������),,)������������ ���-�.�

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Aos 24 anos de idade, ain-da postulante à vida reli-

giosa, Ir. Eliene Brito Corrêa,deixou o Brasil para ser missi-onária em Angola, na África.

Mais do que enfrentar ummundo novo, desconhecido, ajovem missionária das Irmãs deJesus Crucificado, iria enfren-tar um mundo destroçado pelaguerra civil, em que milhares devida já foram perdidas nos últi-mos 38 anos. Depois de dezanos, Ir. Eliene voltou ao Brasilpara descansar e fazer uma atu-alização pessoal e pastoral. Deférias em Santos, falou ao Pre-sença Diocesana.

Por que ir para a África?Primeiro fui para fazer com-

panhia à única postulante que aCongregação tinha na África. Elá acabei fazendo toda minhaformação. Depois, eu já estavatão integrada àquele povo quesentia que meu lugar era lá. Nãoque eu vá ficar lá para sempre,pois eu sou uma missionária eonde precisarem de mim estoudisposta a ir. Mas, por enquan-to, sinto que ainda tenho umamissão naquela terra.

Tem poucas vocações reli-giosas locais?

Em 25 anos que a Congrega-ção tem casa em Angola, temosapenas seis religiosas, sendoduas angolanas. A questão cul-tural é determinante nesse pro-cesso, porque para a família afri-cana, o casamento, ter filhos é umdado essencial. A identidade de-

les está nos laços familiares. Tan-to é que, quem decide a vida dofilho, não é o pai ou a mãe, é otio por parte de mãe. E só se nãohouver nenhum parente nessa li-nha - sobrinho, primo etc -, é queos pais assumem a tutela dos fi-lhos. Então, não é fácil para osjovens pensar em abandonar fa-mília para se dedicarem à vidareligiosa.

Qual o seu trabalho em An-gola?

Nos primeiros sete anos fi-quei em Luanda, capital de An-gola. Depois fui para uma pe-quena cidade chamada Ma-lange. Além do trabalho pasto-ral - catequese, liturgia, sacra-mentos - particularmente, façoum trabalho com um grupo decerca de 80 mulheres: alfabeti-zação, profissionalização, for-mação humana e agora as mu-lheres começaram vários gru-pos de dança. Esse é um traba-lho muito bonito, porque elasestão resgatando músicas, his-tórias e danças típicas de suasculturas. Além disso é uma for-ma de conscientização porquede outra forma não é possívelreuni-las.

O que é mais difícil?Onde estou é um lugar mui-

to pobre, que vive basicamentede ajuda internacional da Cári-tas, de algumas ONG’s e da agri-cultura de subsistência. O pro-blema é que Angola, literalmen-te, é um campo minado. Para osagricultores, é uma armadilha,pois eles não sabem onde estão

as minas. Então, pouco se plan-ta. Nessa situação de guerra, àpobreza se alia uma outra tragé-dia: a falta de esperança. Porquevocê não sabe se vai estar vivono momento seguinte. A qual-quer momento você pode estarno meio de um tiroteio.

Vocês já sofreram perse-guições ou atentados?

Não. Existe um respeito gran-de pelas igrejas e pelas ONG’s.Já houve época em que havia umaperseguição explícita. Só que nãodá para fazer um trabalho abertode conscientização, de denúncia.Isso não é possível. Mas nossacasa fica entre dois quartéis. Es-tamos na linha de fogo.

Qual a grande lição dessaexperiência?

O sentido da vida. Apesar daguerra, o povo angolano é ale-gre, acolhedor e ainda não de-sistiu de acreditar num futuro depaz, na sua reconstrução. O tra-balho com mulheres tem memostrado que elas estão buscan-do sua ressurreição. E é nistoque aposto: que a paz vai voltarpara Angola e que o povo aindavai ser muito feliz.

O Evangelista São Mar-cos, hebreu de origem, nas-ceu fora da Palestina, em umafamília abastada. São Pedroque o chama de “meu filho”,o teve certamente consigo emsuas viagens a Roma, ondeprovavelmente escreveu oEvangelho. São Marcos nãoescutou nem seguiu a Jesus,mas copiou tudo o que ouviude São Pedro.

Além da convivência comSão Pedro, Marcos tambémconviveu longamente comSão Paulo, a partir do ano de44 d.C. Em 66, Paulo, escre-vendo da prisão romana aTimóteo, nos dá a última in-formação sobre esse evange-lista: “Traga Marcos comvocê. Posso necessitar deseus serviços”. Os Atos deMarcos, escrito na metade doséculo IV, referem que Mar-cos, no dia 24 de abril foi ar-rastado pelos pagãos pelasruas de Alexandria, amarra-do com cordas no pescoço.No dia seguinte, faleceu.

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petróleo, minérios e terras fér-teis. E o principal motivo daguerra civil do país hoje é este:dinheiro. O conflito vem des-de a época em que o país ficouindependente de Portugal, em1975. O MPLA (MovimentoPopular para a Libertação deAngola) tinha o apoio soviéti-co. A Frente Nacional para aLibertação de Angola (FNLA)recebia ajuda da CIA (agênciade inteligência americana). AUnião Nacional para a Inde-pendência Total de Angola(Unita) teve o apoio inicial daChina comunista, do regimeracista da África do Sul e de-pois dos EUA. Em 1994, oMPLA e a Unita assinaram umacordo de paz, mas a guerrarecomeçou em 1998.

O governo gera bilhões dedólares com petróleo, masainda conta com a assistên-cia internacional para alimen-tar a maior parte da popula-ção de 12,5 milhões de habi-tantes, dos quais 1,3 milhãosão refugiados.

No Brasil existe uma leiespecífica para os povos in-dígenas, a Lei n. 6.001, de19 de dezembro de 1973,chamada de “Estatuto do Ín-dio”. Este estatuto baseia-seno que dizia a Constituiçãoda época (Emenda Constitu-cional de 1969), ou seja, queo Estado Brasileiro devia“incorporar os índios à co-munhão nacional”. Por cau-sa disso, o seu principal ob-jetivo é “integrar” os índiosà sociedade brasileira.

Com a vitória do movi-mento indígena nas propos-tas para a Constituição Fe-deral de 1988, este objeti-vo de “incorporação” dosíndios deixou de existir. Emseu lugar, o Estado brasilei-ro deve reconhecer “aosíndios sua organização so-cial, costumes, línguas,crenças e tradições”. Ouseja, os índios têm o direi-to de viver de acordo comseus próprios costumes,sem a necessidade do Esta-do tentar integrá-los e for-çarem a abandonar os seuscostumes e tradições.

Assim, neste Estatuto de1973, tudo que se refere a“integração” ou “incorpora-ção” foi derrogado tacita-mente2 pela Constituição de88, mas, mesmo assim, a nor-ma continua vigendo. Comoa Lei 6.001 ficou sem senti-do e contrário à Constituição,precisava ser substituída poruma lei nova, capaz de dizercomo deveria ser feito o res-peito e a proteção dos bensindígenas.

Nos anos de 1991 e1992, três projetos de leiforam apresentados à Câma-

ra dos Deputados, com oobjetivo de gerar um Esta-tuto que substituísse o de1973. Estes projetos foram:PL n. 2057/91 (“Estatutodas Sociedades Indígenas”),elaborado pelo Núcleo deDireitos Indígenas e apre-sentado pelo Deputado Alo-ísio Mercadante; PL n.2160/91 (“Estatuto do Ín-dio”), elaborado pelo PoderExecutivo e apresentadopela Mensagem n. 598-A/91; PL n. 2619/92 (“Esta-tuto dos Povos Indígenas”),elaborado pelo Cimi e apre-sentado pelo DeputadoTuga Angerami.

Iniciando a tramitaçãodestes projetos de lei, o Pre-sidente da Câmara resol-veu, no final de 1992 cons-tituir uma Comissão Espe-cial, para analisar estas pro-posições. Não havendo anecessidade de que as pro-posições tramitassem nascomissões permanentes daCâmara.

As propostas foram estu-dadas e debatidas, por maisde 350 lideranças, represen-tativas de 101 povos e 55 or-ganizações indígenas no En-contro de Povos e Organiza-ções Indígenas do Brasil, emabril de 1992, em Luziânia -GO. Os resultados deste es-tudo foram colocados numdocumento e entregue pelomovimento indígena à Co-missão Especial.

(Continua na próxima edição)

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No mês passado, fala-mos sobre a precária situ-ação editorial da Bíblia.Desse modo, os estudio-sos descobriram que ostextos originais das Sagra-das Escrituras, infeliz-mente se perderam ao lon-go do tempo.

Tanto os papiros comoos pergaminhos são mate-riais muito frágeis, deteri-oram-se logo. Alguns ma-teriais antigos, achados noEgito e na região de Qum-ram (em 1948), que corres-ponde ao deserto árido deJudá e suas cavernas, tam-bém não são os originais.

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muitos rolos e códices seestragaram. Sendo assim,era urgente fazer cópias outranscrições o mais rápidopossível.

Esse procedimento ge-rou muitos erros (naque-les tempos não existiammáquinas copiadoras),especialmente quandoeram feitas cópias de có-pias. É por isso que nãopossuímos o original denenhum texto bíblico.

Na verdade, o que te-mos são testemunhas dos

textos bíblicos, isto é,exemplares que chegaramaté os dias de hoje atra-vés de correções, modifi-cações e revisões gerais.

�����Quando alguém vai es-

tudar a fundo uma passa-gem da Bíblia deve fazero que chamamos de críti-ca textual, ou seja, re-construir um texto aproxi-mando-o quanto maispossível do original.

Mas cuidado!: tudo oque falamos não significaque os textos que temosem nossas bíblias não se-jam merecedores de cre-dibilidade ou confiança.Ao contrário, todo o em-penho por conservar essaspalavras, ao longo dos sé-culos, indicam o quão pre-ciosas são para toda a hu-manidade, pois é o pró-prio Deus quem se revelano texto sagrado.

Nosso Leitor, RenatoLuiz, de Santos, faz a pergun-ta que dá título a este artigo.Inicialmente, desejo a você ea todos os leitores uma FelizPáscoa da RESSURREI-ÇÃO! Seja o Cristo RES-SUSCITADO o penhor deum novo tempo.

O centro de nossa fé estána ressurreição de Jesus quegarante a nossa própria res-surreição. Ressuscitar é pas-sar à vida eterna, sem perdera identidade, isto é, sem dei-xar de ser a gente mesmo. Jáa reencarnação fala que aspessoas vão deixando de serelas mesmas, para viver emoutra pessoa. Nega a ressur-reição e a vida eterna. Quemsegue a reencarnação não écristão, não crê em JesusCristo, nem que Ele ressus-citou e garantiu nossa ressur-reição.

Muitos que pregam a re-encarnação, embora até fa-lem de Jesus Cristo, negamensinamentos cristãos, comoa ressurreição. Os Evange-lhos são claros em mostrarque Jesus veio para libertaro ser humano do mal, do pe-cado e da morte! Jesus ven-ceu a morte pela ressurrei-ção! E garantiu que quem crênele e o segue, também vai

ressuscitar, isto é, vai estarcom Ele definitivamente,transformado, vivo. E issosem deixar de ser a própriapessoa.

Todo o cristianismo estácentrado na pessoa de JesusRessuscitado. Negar isso énegar a fé cristã. A reencar-nação é humilhante: a genteviver no outro ou os outrosviverem na gente até alcan-çar a purificação. Essa teorianega a identidade, a respon-sabilidade de cada um. O au-tor da Carta aos Hebreus nosdiz: “Está decretado que ohomem morra uma só vez edepois disso haverá o juízo(Hb 9,27). Jesus também foicategórico ao dizer ao BomLadrão, no alto da cruz:“Hoje mesmo estarás comi-go no paraíso: (Lc 23,39-43).

Nós rezamos: creio naRessurreição e na vida eter-na. E isso nos anima a viverna fé e no amor fraterno. Porisso afirmamos: “Jesus Cris-to Ressuscitou! Nós, com ele,também ressuscitaremos”.

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Planejamento pastoral é exercício de corresponsabilidade

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Chico Surian

A elaboração do 1º PlanoDiocesano de Pastoral

pós-sínodo, encerrado em2000, teve início no último dia16 de março com a realizaçãoda 1ª Assembléia Ampliada dePastoral.

O encontro aconteceu nocolégio Stella Maris e foi pre-sidido pelo bispo Diocesano,D. Jacyr Francisco Braido.Estiveram presentes também obispo emérito, D. David Picão,o coordenador diocesano dePastoral, Pe. Antonio AlbertoFinotti, além de padres dasvárias Regiões Pastorais.

As assembléias ampliadas(duas) são prevista nos Esta-tutos do Conselho Diocesa-no de Pastoral (CDPa -Art.24) e acontecem em março eoutubro.

Participaram, como con-vocados, cerca de 100 repre-sentantes: membros do CDPa;coordenadores das RegiõesPastorais; e dois representan-tes de cada um dos organis-mos, movimentos e pastoraisdas seis dimensões da AçãoEvangelizadora da Igreja: Co-munitária Participativa; Di-mensão Missionária; Dimen-são Bíblico-Catequética; Di-mensão Litúrgica; DimensãoEcumênica e do DiálogoInter-religioso; e DimensãoSócio-Transformadora.�������

No início dos trabalhos,D. Jacyr falou sobre a neces-sidade de os participantes en-tenderem a assembléia comoum processo de aprendiza-gem, cujo resultado deve sercada vez mais a comunhão e

a participação na vida daIgreja.

“Olhar para as seis di-mensões de nossa ação pas-toral vai nos colocar diantedo desafio de vivermos omistério de ser Igreja e dedefinirmos nossa atuação,enquanto Povo de Deus, nasociedade em que vive-mos”, destacou.� ���� �

D. David relembrou aexperiência de planejamen-to que a Igreja do Brasil foiconvidada a fazer após oConcílio Vaticano II (1962-1965) como um caminho quenorteou a caminhada pastoralaté os dias atuais.

“Por isso, nosso planeja-mento deve priorizar os pon-tos fundamentais de nossaação, de modo que a Diocesepossa agir de forma articula-da, numa verdadeira Pastoralde Conjunto. E não podemosesquecer o que já foi definidodurante o Sínodo, para que elenão vire letra morta”, alertou.

Em grupos, os participan-tes responderam às seguintesquestões: a) Quais as dificul-dades encontradas nas ativida-des pastorais, diante das dis-posições sinodais? b) Que pro-postas são sugeridas? c) E oque fazer para superar os obs-táculos?

Ficou decidido que, a par-tir das constatações e propos-tas, cada dimensão vai elabo-rar e encaminhar seus proje-tos para o Conselho Diocesa-no de Pastoral, responsávelpela elaboração do Pano Dio-cesano de Pastoral.

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● Em muitas pastorais,o quadro de leigos é majo-ritariamente formado porpessoas idosas;

● Poucos leigos traba-lhando nas pastorais e ain-da com pouca formação;

● Algumas pastorais sãopouco conhecidas;

● Situação financeiraprecária de alguns movi-mentos impede maior orga-nização e desenvolvimentode projetos;

● Faltam padres para as-sessorar movimentos;

● Falta comunicação eintegração entre as pastoraise regiões;

● Pouca visão regionale diocesana das atividades.

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Como gesto concreto daCampanha da Fraternidade,em nível diocesano, a Dioce-se de Santos assumiu o com-promisso de apoiar o empe-nho da comunidade indígenaGuarani da Aldeia de Itaóca,no município de Mongaguá,na luta pela demarcação desuas terras.

Diante disso, a ComissãoDiocesana da Campanha daFraternidade, juntamente como Conselho Indigenista Missi-onário (CIMI), setor LitoralSul, elaboraram uma moção deapoio à comunidade de Itaócae estão coletando assinaturaspara um abaixo-assinado, quedeverá ser entregue ao desem-bargador Márcio Moraes, pre-sidente do Tribunal RegionalFederal, da 3ª Região.

A coordenação da CF naDiocese pede a todos os agen-tes paroquiais que se empe-nhem ao máximo na coleta dasassinaturas. O objetivo ésensiblizar os agentes do Po-der Judiciário - a quem cabe adecisão final do processo -cujo desdobramento pode re-sultar em mais um ato de vio-lência contra “os primeiroshabitantes do País” (Texto-Base CF 2002, p.7).

Veja a seguir a íntegra damoção:

“Moção de apoio aosGuarani da Terra IndígenaItaóca

Ao Excelentíssimo desem-bargador Márcio Moraes, DDPresidente do Tribunal Regi-onal Federal da 3ª Região.

Nós, abaixo-assinados,movidos pelo espírito da Cam-panha da Fraternidade 2002,que tem como tema “Fraterni-dade e Povos Indígenas” ecomo lema “Por uma terra semmales”, vimos manifestar nos-so apoio à luta da comunida-de indígena Itaóca, pela regu-larização de sua terra, no mu-nicípio de Mongaguá -SP.

A demarcação da Terra In-dígena Itaóca, além de um di-reito constitucional (art. 231da CF), é vital para a sobrevi-vência da própria comunida-de, pois, para os povos indí-

genas, a terra “é seu chão cul-tural, habitada por suas tradi-ções, referência básica de seusvalores vitais, prenhe de seusmitos, campo de sua histó-ria”... Hoje, devido a grandequantidade de posseiros resi-dentes no local, os indígenasvêm sofrendo sérias restriçõesquanto ao uso da terra, princi-palmente no que diz respeitoàs suas atividades produtivase culturais, trazendo mais emais riscos a uma cultura quehá tanto resiste.

O processo de regulariza-ção da T.I. Itaóca, conforme oDecreto 1775/96, teve inícioem 1997. com a criação doGrupo Técnico para Identifi-cação e Delimitação da área.O relatório do GT foi publica-do em 11/05/1999. Nos termosdo mencionado decreto, trans-correram mais de nove mesesalém do prazo de 90 dias pre-visto para o Contraditório, enão foram apresentadas con-testações à existência da ÁreaIndígena. Assim, em 17/04/2000, foi publicada no DiárioOficial da União a PortariaDeclaratória n° 292, do Minis-tro da Justiça, declarando aárea de ocupação tradicionalpelos Guarani.

Seguindo os regulares trâ-mites, a Fundação Nacional doÍndio (Funai) de u início, em18/01/2001 à demarcação daárea, como prevê o decreto1775/96. Porém, em 03/02/2001, o trabalho foi suspen-so por força de decisão judi-cial em Ação Cautelar, pro-movida por um fazendeiro quealega ser proprietário de parteda terra indígena. No entanto,já estão nos autos documentosque bem demonstram ter eleinduzido em erro o MM. Juizque conduz o feito. Com efei-to, ao afirmar que a Compa-nhia Energética do Estado deSão Paulo (CESP) havia de-marcado sua área faltou coma verdade. De acordo comofício enviado ao MinistérioPúblico Federal, a CESP negaque tenha efetuado qualquertrabalho dc demarcação da-quela fazenda, e ainda infor-

ma que colaborou com o Go-verno do Estado ao trabalharna delimitação da T .I. Itaóca.Além disso, o fazendeiro apre-senta matrícula irregular desua área, apresentando falsoslimites.

Em 17/12/2001, a 2ª Varada Justiça Federal em Santosjulgou improcedente a medi-da cautelar promovida peloocupante da área. Desta forma,em 15/01/2002, a Funai reco-meçou os trabalhos de demar-cação. Porém, no dia 22 domesmo mês, a poucos dias dotérmino dos trabalhos demar-catórios, foi concedido efeitosuspensivo ao agravo de ins-trumento oposto - durante asférias forenses -contra a r. De-cisão que recebeu a apelaçãoem medida cautelar, somenteno efeito devolutivo. Atravésde decisão do relator regimen-tal da Turma de Férias desseE. Tribunal Regional Federal,foi interrompida novamente ademarcação, situação que per-dura até o presente momentocom todos os transtornos eperigos que ela enseja.

Ressaltando que a demorana regularização da Terra In-dígena Itaóca põe em risco aintegridade física e moral dacomunidade Guarani, pedimosque o referido recurso seja jul-gado o mais rápido possível,para, uma vez improvido, sejaviabilizada a conclusão da de-marcação da área.

Após 500 anos de opres-são, os indígenas sobreviven-tes merecem viver em paz emseu próprio território.

Assim sendo, solicitamosseja dado conhecimento des-te a todos os integrantes des-sa E. Corte por incluir em suajurisdição, além do Estado dcSão Paulo, o Estado do MatoGrosso do Sul, que possui asegunda maior população in-dígena entre as Unidades daFederação.”

Os abaixo-assinados de-vem ser entregues até o dia 15de abril na Cúria Diocesanade Santos - R. Cons. Rodri-gues Alves, 254 - Macuco -Santos. Fone: (13)3224-3000.

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● Renovar e diversifi-car quadro de leigos; en-volver os mais jovens;

● Intensificar divulga-ção dos projetos;

● Mais formação paraos agentes;

● Participação dos lei-gos nas reuniões das Re-giões Pastorais.

● Promover encontrosentre agentes, por regiões;

● Ter mais consciênciada responsabilidade indivi-dual frente aos problemas;

● Fortalecer os Conse-lhos Paroquiais de Pastoral;

● Trabalhar com visãodiocesana.

��������������������������Bakhita: mulher ne-

gra, escrava, santa -Uma fascinante históriade liberdade, de autoriado italiano Roberto ÍtaloZanini, será lançado emSantos no próximo dia 24de abril.

A primeira edição foiapresentada em Roma,por ocasião da Canoniza-ção de Santa Bakhita,pelo Papa João Paulo II,em 1º de outubro de2000.

“Quando li o livro, meentusiasmei pelo trabalhoe percebi que estava di-ante de uma obra profun-da, com muitas referên-cias críticas sobre a vidae obra desta jovem afri-cana. Comecei os conta-tos para traduzi-lo noBrasil, o que foi aceitopela editora CidadeNova”, explica D. DavidPicão, Bispo Emérito deSantos, que participou dacerimônia da canoniza-ção de Santa Bakhita.

O autor denomina Ba-khita como a “negra dosmilagres”. A apresenta-ção do livro diz que setrata de “uma santa parao terceiro milênio porqueé nova, envolvente, sim-pática, humilde, desafia-

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dora, explosiva, mística,radicalmente pobre, total-mente enamorada deDeus. Bakhita é uma mu-lher verdadeiramente ca-paz de comunicar-se coma humanidade tão diver-sificada que enfrenta onovo milênio”. João Pau-lo II denominou-a “IrmãUniversal”.�������

A Editora CidadeNova e a Livraria Mag-nificat convidam para olançamento.

Dia: 24 de abril, às20h

Local: Paróquia Sa-grado Coração de Jesus -Av. Bartolomeu deGusmão, 114 - Ponta daPraia - Santos

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��������������������No dia 19 de março úl-

timo, em resposta ao pedi-do de aprovação da cons-tituição do Conselho Dia-conal Diocesano, feitopelo Pe. Caetano Rizzi, Vi-gário Judicial da Diocesede Santos e membro daEquipe de formação dosDiáconos, D.Jacyr Fran-cisco Braido emitiu o se-guinte despacho:

“Aprovo, tendo presen-te o estudo da CNBB so-bre o caso, por dois anos,organizar o estatuto dioce-sano para os diáconos, emconformidade com as pró-ximas determinações daCNBB.

Santos, 19 de março de2002”.!��� "#�

O Conselho ficará as-sim constituído:

Coordenador: DiáconoAntonio Tavares da Silva

Vice- coordenador: Di-ácono José Marques do A-maral Guerra

Secretário: DiáconoGenivaldo Maciel

Tesoureiro: DiáconoArnaldo Esaú.

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Lu Corrêa

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No dia 1º de março,Monsenhor Francisco Lei-te, celebrou 44 anos desacerdócio, dos quais 34dedicados à Paróquia SãoJudas Tadeu, em Santos,onde é pároco.

Dono de um carismanato, Padre Chiquinho,como é carinhosamenteconhecido, tem se destaca-do por sua atuação social,sobretudo nos bairros doMarapé, Campo Grande eVila Belmiro. Atualmente,junto com a comunidade,está empenhado na cons-trução do Centro de Con-vivência “Dona Evangelina”,já em fase de acabamento,que vai abrigar 160 criançase jovens carentes, de 7 a 16anos de idade, em regime desemi-internato.

No próximo dia 25, Pe.Chiquinho vai completar 70

anos de idade.A comunidade São Judas

Tadeu manifesta sua grandeadmiração e agradecimentopor todos esses anos deexemplo de fé, humildade eamizade.

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Pe. Francisco Leite

���������������������������Celebração do Domingo de Ramos e do Lava-pés: o Rei humilde que ensina o caminho do serviço

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A procissão do Domingode Ramos dá início às cele-brações da Semana Santa.

Relembrando a entrada deJesus em Jerusalém, onde vi-verá sua Paixão, Morte e Res-surreição, a comunidade cris-tã professa sua disposição emseguir o caminho de sofri-mento, vivido pelo Mestre e,ao mesmo tempo, anuncia avitória da vida sobre a mor-te, proclamando sua fé na res-

surreição de Jesus.Durante a homilia, D. Ja-

cyr Francisco Braido, BispoDiocesano, alertou: “Pareceque hoje em dia, as pessoasnão querem enfrentar os pro-blemas. E associam consumocomo garantia de felicidade.Mas, com Jesus sofredor,aprendemos a enfrentar a re-alidade humana com cora-gem, crentes na sua promes-sa de fidelidade”.

A Missa do Crisma - ce-lebrada na 5ª Feira pela ma-nhã - é também chamada deMissa da Unidade, pois nelaos sacerdotes renovam suaspromessas sacerdotais e seucompromisso de unidadecom a Igreja.

O bispo lêu parte da men-sagem do Papa aos sacerdo-tes. Para este ano, João Pau-lo II destacou: “Como minis-tros da Eucaristia e da Recon-

ciliação sacramental temos atarefa de espalhar no mundoesperança, bondade, paz... Aolembrar esta verdade, sinto odesejo de convidar-vos calo-rosamente, a que pessoalmen-te descubrais e façais desco-brir a beleza do sacramentoda Reconciliação”.

Nessa celebração tambémsão abençoados os óleos doCrisma, dos Catecúmenos eda Unção dos Enfermos.

Óleos são levados para serem abençoados pelo bispo

Na 5ª Feira Santa - à noi-te - é celebrada a Ceia doSenhor, quando Jesus, reuni-do com os apóstolos para ce-lebrar a Páscoa, institui anova e eterna aliança - a Eu-caristia.

Nesta celebração, os fiéisrelembram a entrega total deJesus, que doa seu corpo eseu sangue, por amor à hu-manidade, selando, definiti-vamente seu compromisso de

estar ao lado dos homens emulheres, frágeis e pecado-res. Porém, ao lavar os pésdos apóstolos, Jesus ensinaaos seus seguidores o modocomo estes devem manifes-tar sua fé: servindo, colocan-do-se ao lado dos necessita-dos, amando primeiro.

D. Jacyr lembrou que,este ano, os Povos Indígenassão os merecedores especiaisde nosso amor e serviço.

neira de tornar este momen-to mais conhecido das pesso-as que não freqüentam a Pa-róquia.

Durante o trajeto foramlembradas diversas situaçõesde exclusões sociais que pro-vocam dor, sofrimento e mor-te e que devem merecer aten-ção especial dos cristãos.

Situações de sofrimento foram lembradas durante o trajeto

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Crianças, jovens e adultosde diversas pastorais da Pa-róquia Imaculado Coração demaria, em Santos, se reuni-ram para organizar e encenara Via-Sacra pelas ruas dobairro, na 4ª-feira, dia 27.

É a segunda vez que a co-munidade realiza a via-sacradesta forma, como uma ma-

Fiéis velam o corpo de Jesus, confortados por N. Senhora

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Fotos ChicoSurian

Centenas de fiéis partici-param da procissão do Se-nhor Morto, na Sexta-FeiraSanta, à noite, nas ruas doCentro Histórico de Santos.

Antes da saída, o Cantode Verônica serviu para mo-tivar os participantes a acom-panhar a caminhada de sofri-mento de Cristo.

O cortejo saiu da Catedral

e, em frente ao centro socialCasa João Paulo, houve o en-contro com Nossa Senhoradas Dores.

A procissão foi organiza-da pela Catedral de Santos,Convento do Carmo, Santu-ário do Valongo e Jesus BomPastor, com o apoio das se-cretaria de Tursimo e de Cul-tura de Santos.

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Visita à aldeia serviu para assumir compromissos

Valdívia Santos

Um grupo de fiéis da Pa-róquia N.S. das Graças, emSV, visitou a aldeia Rio Bran-co, em Itanhaém, no dia 17de março, como gesto concre-to na Campanha da Fraterni-dade. Nesse dia foram distri-buídos alimentos, roupas ebrinquedos. A aldeia vive docultivo de mandioca, banana,milho e palmito e enfrenta di-ficuldades para transportar opalmito.

Segundo Vagner de An-drade, da Comissão Diocesa-na da CF, o que pôde serconstatado será levado à dis-cussões em busca de parceri-as. “Eles têm muita carência.Nosso trabalho não pode pa-rar aqui. Eles estão necessi-tando de ferramentas e se-mentes para aplicar na agri-cultura.”

A visita foi uma iniciati-va da Pastoral Familiar.

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Crianças entregam alimentos durante o ofertório

Elizete

Os coordenadores da CF2002 da Paróquia São Bene-dito, em Santos, Elizete eGilberto e Cristina e Henri-que, conseguiram mobilizar acomunidade da Escola SantaInês - próxima à Paróquia -,para o tema “Fraternidade ePovos Indígenas”.

Após vários encontros na

escola, as crianças arrecada-ram mais de 500 quilos dealimentos, produtos de higi-ene e limpesa e insumos agrí-colas, que foram as ofertas damissa do Sábado de Aleluia.

Representando todas as ra-ças, as crianças fizeram o pa-pel dos apóstolos na cerimô-nia do Lava-pés, na 5ª feira.

Procissão de Ramos nas ruas próximo à Catedral

As celebrações da Sema-na Santa, na Diocese de

Santos, colocaram novamen-te os fiéis frente ao mistériodo sofrimento, da morte e daressurreição de Jesus.

Do Domingo de Ramos(24) à Missa da Páscoa (31 demarço), as comunidades revi-veram e celebraram o teste-munho do Filho de Deus seentregando livremente à mor-te, como conseqüência da fi-delidade de seu amor ao Pai eà humanidade.

Essa entrega é um convi-te a que cada cristão renoveseu compromisso com a su-peração das situações quecontinuam provocando sofri-mento e morte.

Este ano, de modo espe-cial, como sugeriu a Campa-nha da Fraternidade, situaçãoque atinge milhares de indí-genas em todo o Brasil.

Monsenhor Benedito:serviço à Igreja

A Paróquia Nossa Se-nhora do Rosário de Pom-péia, em Santos, celebroucom muita alegria, no dia15 de março, missa deação de graças pelos 88anos de vida de Monse-nhor Benedito Vicente dosSantos. A celebração foipresidida pelo Pe. Francis-co Greco.

A comunidade agrade-ce a presença de Monse-nhor Benedito, que traba-lhou como pároco na Igre-ja da Pompéia durante 44anos. Nesse período, eleconcluiu todas as obras doTemplo e a construção do Gi-násio Esportivo, que leva seunome. A comunidade conti-nua orando para que outrosmomentos como esse possamser repetidos.

Monsenhor Benedito, 64

anos de vida sacerdotal, foio primeiro reitor do Seminá-rio Diocesano São José, ain-da na sua primeira sede, emSão Vicente, em 1947.

Claudenil Moraes

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Instituição da Eucaristia: origem do sacerdócio

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Fotos Lu Corrêa

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José Guerra, o primei-ro filho de uma família de5 irmãos, nasceu em 06 dejunho de 1955, em Santos,na mesma casa onde ain-da moram seus pais Anto-nio e Nair, dos quais her-dou a iniciação religiosa.

Na infância, trabalhouvendendo pipas, refrescose frutas na praia e, maistarde, como Patrulheiro.Sua carreira profissionalcomeçou aos 14 anoscomo carpinteiro e abaste-cedor de combustíveis.Com 22 anos ingressou naCOSIPA como Instrumen-tista, onde aposentou-seem 1996.

Casado há 24 anos comElvira Lúcia, tem 3 filhos:Lúcia Helena, Regina Cé-lia e Mário Sérgio, pelosquais sempre agradece aDeus, pela participaçãoativa na Igreja.

Apesar de já haver par-ticipado, quando criança,da Cruzada Eucarística ecomo coroinha, foi com oincentivo da sua esposa (naépoca, ainda namorada)que o jovem José retomousua caminhada eclesial naParóquia Aparecida. Láparticipou do grupo de Jo-vens da Congregação Ma-riana, Catequese, ECC, Li-turgia, Encontros para Fa-mílias Assistidas, entre ou-tras atividades.

Desde 1988 participada Comissão Diocesana dePastoral Litúrgica - CODI-PAL - auxiliando as comu-nidades que procuramcrescer nessa dimensão daIgreja. Em janeiro de1994, através do Pe. Cae-tano e com o consentimen-to de D. David, foi convi-dado a iniciar os estudos

para o Diaconato Perma-nente, juntamente comAntonio Tavares, tambémda Aparecida.

Cursou a I Turma doInstituto “Beato José An-chieta”, onde, mais tarde,lecionou a matéria sobreLiturgia dos Sacramentos.Com o acompanhamentoda Equipe de Formadores,teve aulas práticas e en-contros de espiritualidadeque muito o ajudaram nasua decisão de assumiresse serviço.

Ordenado DiáconoPermanente em 7 de ou-tubro do ano passado, comoutros 11 candidatos, per-maneceu na sua paróquiade origem até o final des-se ano. Designado por D.Jacyr, é o atual responsá-vel pela Paróquia São Jor-ge Mártir, em Santos.

De toda a sua vida eleaprendeu uma grande li-ção: “Uma vocação deveter como berço a família,como caminho a comuni-dade eclesial e como ali-mento a Eucaristia. Então,basta estar atento ao cha-mado, ter confiança emDeus e deixá-Lo agir”.

De 14 a 2l: Novena às 19h30, com missas anima-das por comunidades convidadasDia 20: Peça teatral sobre S. JorgeDia 21: Procissão pelas ruas do bairroDia 23: Missa presidida por D. JacyrTodos os dias da novena, barracas de lazer e lan-ches.

Para preparar a Festa, será realizada no próximodia 7, das 14 às 17h30, a Assembléia Paroquial, paralevar ao conhecimento da população o funciona-mento da comunidade e suas diversas pastorais. Sin-ta-se convidado.

A Paróquia S. Jorge Mártir celebra no próximodia 23 a festa de seu padroeiro. Criada em 1971está localizada no bairro do Estuário, na Praça Ru-bens Ferreira Martins, 41 (próximo à Paróquia S.Benedito). Desenvolve diversos trabalhos pastoraispara atender às necessidades da população.

Horário de atendimento: das 13 às 18h. (2ª asábado); das 16 às 18h (domingos) - Telefax:(13)3236-3528.

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Fiéis manifestam publicamente sua fé na Ressurreição

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Rosely, Paula e os padrinhos Cecília e José Newton

A celebração da VigíliaPascal, no Sábado de Ale-luia, foi marcada por umacontecimento especial paraa comunidade da Catedral deSantos.

Durante a celebração,Rosely Cardoso, 43 anos, esua filha, Paula Ferreira, 22anos, receberam, ao mesmo

tempo os sacramentos doBatismo, Crisma e PrimeiraEucaristia. Durante três me-ses elas foram preparadaspelo casal - e padrinhos -Maria Cecília e José NewtonVillaça-, da Equipe de NossaSenhora da Catedral.

A comunidade dá as boasvindas aos novos membros.

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José Guerra

Durante a procissão da Sexta-Feira Santa, jovens da Paró-quia São Paulo Apóstolo,no José Menino, em Santos, encena-

ram a Paixão de Cristo pelas ruas do bairro.

“A história de Jesus nãoparou no túmulo. Só com aRessurreição foi possívelaos apóstolos entenderem aPaixão. E hoje, quando es-tamos todos entristecidospor tanta violência que en-volve a humanidade, temosde voltar nossos olhos parao mistério da Cruz para en-tender que Jesus morreupor amor e não por ódio ouvingança”.

A mensagem de D. Ja-cyr, durante a celebração daPaixão do Senhor, foi umapelo de esperança, paraque a comunidade não en-

verede pelo caminho dodesespero.

Durante a celebração, acomunidade pede ao Pai, naOração Universal, que asalvação chegue a todos ospovos.

E, à exemplo de Jesus,que se entrega por amor, ocristão deve seguir o cami-nho da esperança e não termedo de enfrentar os pró-prios pecados ou passarpelas experiências de mor-te. A noite escura e silenci-osa passará para dar entra-da ao dia glorioso da Res-surreição.

A grande celebração daVigília Pascal, no Sábado deAleluia, celebra o fato maisimportante da História daSalvação.

��������Reunida em vigília, a co-

munidade cristã dá testemu-nho da Ressurreição de Cris-to, sem a qual vã seria a fé, ese compromete - com a reno-vação das promessas batis-mais - a assumir a vida nova,inaugurada com a ressurrei-ção. Promessas que implicamna renúncia do pecado, na vi-vência da fraternidade e damissão da Igreja.

Dividida em quatro mo-mentos - bênção do fogo, li-turgia da Palavra, bênção daágua e comunhão -, esta ce-lebração atualiza aos fiéis osprincipais fatos da ação sal-vadora de Deus na história dahumanidade (leituras), puri-fica a comunidade, através darenovação das promessas e

renova a disposição para en-frentar a realidade cotidiana,através da comunhão. O Cí-rio Pascal - aceso no inícioda celebração - é o sinal dofogo novo, vida renascida damorte, da qual os cristãos fa-zem parte com o batismo.

�� ���No Domingo, pela ma-

nhã, a comunidade cheia dealegria e de esperança, agra-dece e louva a Deus pelomaior presente que Ele deu àhumanidade: seu Filho vivoe agindo no meio da comu-nidade, garantindo a todos aressurreição, a certeza davida eterna.

Agora, com Jesus, a hu-manidade não está mais re-fém do medo, da desesperan-ça ou da dor. A comunidadeé convidada a renovar seu atode fé na Ressurreição, acre-ditando na presença de Jesus,como força e garantia da vidanova que ele prometeu.

Centenas de fiéis, a exem-plo das mulheres no Domin-go da Ressurreição, levanta-ram de madrugada e foramcelebrar a Missa da Aurora(às 5 da manhã), na ParóquiaNossa Senhora Aparecida,em Santos. Após a celebra-ção, os fiéis saíram em pro-cissão pelas ruas do bairro,

lembrando a todos a mensa-gem principal dos eventospascais: Jesus está vivo nomeio dos homens e mulheres.

Depois da procissão, foiservido o café comunitáriopara mais de 800 pessoas. Emcomum acordo, a comunida-de decidiu fazer novamentea procissão ano que vem.

O Círio aceso e a água do batismo purificam o cristão e o fortalecem para o seguimento de Jesus

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Imagens de Jesus ressuscitado e N.S. da Alegria, na Catedral

A tarde de Sexta-feiraSanta apresenta o drama

imenso da morte de Cristo noCalvário. A cruz erguida so-bre o mundo segue de pécomo sinal de salvação e deesperança.O sábado é dia do silêncio.A comunidade cristã velajunto ao sepulcro. O altar estádespojado. O sacrário abertoe vazio. Á noite, a comuni-dade faz uma Vigília em hon-ra ao Senhor, segundo umaantiqüíssima tradição, (Ex.12, 42), de maneira que osfiéis tenham acesas as lâm-padas como os que aguardama seu Senhor.O Domingo de Páscoa é oápice do ano litúrgico. É afeliz conclusão do drama daPaixão e a alegria imensadepois da dor. É o dia da es-perança universal.

Luci

Fotos Chico Surian

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Roberta Barbosa

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Visite o sitewww.liceusantista.br

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����������� ������������Silvio Sanini

ReproduçãoUma das datas mais im-portantes para os cris-

tãos de todo o mundo, a Pás-coa, também foi festejadapela família Liceu Santista demodo especial.

No período da manhã, osalunos de 7ª e 8ª séries doEnsino Fundamental e detodo o Ensino Médio assisti-ram à palestra da professoraElita Cesar Argemon, que ex-planou sobre o real significa-do da data, quando Cristo,depois de perseguido e cru-cificado, ressuscita, numavitória da vida sobre a mor-te. Além disso, os estudantestambém presenciaram a mon-tagem da Santa Ceia, alusivaao famoso quadro de Leonar-do da Vinci.

Já os alunos do períodovespertino comemoraram aPáscoa com a encenação doTríduo Pascal com a parti-cipação de estudantes de 1ªa 4ª séries do Ensino Fun-damental.

A vivência abrangeu oDomingo de Ramos, a Eu-caristia e a Paixão e Ressur-reição de Cristo. Houvetambém números musicais,com flauta e canto, coorde-nados pelas professorasAndréa Dall´Antonia, deEducação Musical, e Mar-lene dos Santos Tavares, deEnsino Religioso.

A realização dos traba-lhos contou ainda com a par-ticipação dos professoresCarlos Eduardo Finochio(Teatro), Maria de FátimaAlbuquerque Sant´Ana (Edu-cação Artística) e Neyde

Retiro da Associação das Escolas Católicas (AEC)lembrou a responsabilidade do educador cristão

Brazão Pileggi (Serviço deFormação Cristã).

�������������Outro momento come-

morativo do Liceu Santista,voltado para alunos, profes-sores e funcionários, vaiacontecer no dia 6 de abrilcom uma Missa de Páscoa.Com convite extensivo à co-munidade do ComplexoEducacional São Leopoldo,o Serviço de Formação Cris-tã realiza dois momentos deoração: às quartas-feiras, das8h30 às 9h30 e às quintas-feiras, das 16h30 às 17h30.Esses encontros vão aconte-cer até o final do ano.

��Os professores do Liceu

Santista, desde a EducaçãoInfantil até os Ensinos Funda-mental e Médio, também par-ticiparam do primeiro retirovoluntário do ano, organiza-do pela Associação das Esco-

las Católicas (AEC) da Bai-xada Santista - núcleo “IrmãMaria de Loreto”. A reuniãoaconteceu no Colégio Cora-ção de Maria e contou com apresença do padre RubensPedro Cabral, da Diocese deSão Paulo, que explanou so-bre o tema “Compromisso doprofessor cristão”.

Entre momentos de refle-xão e relaxamento, padreRubens salientou algumasdiretrizes do educador: hojeele tem a responsabilidade deformar pessoas livres paradecidir, capazes de assumira responsabilidade sobre simesmas e livres para fazer obem; formar pessoas abertasà transcendência, que este-jam culturalmente inseridase orientadas para a justiça epara a fraternidade.

A Universidade Católica deSantos – UniSantos - é a

única universidade da Baixa-da Santista conveniada ao por-tal Universia Brasil, lançadono dia 5 de março, em Brasí-lia, pelo presidente da Repú-blica, Fernando Henrique Car-doso, pelo ministro da Educa-ção, Paulo Renato Souza, epelo presidente mundial doBanco Santander, EmilioBotín.

No grupo inicial estão 74instituições de ensino superi-or brasileiras e o portal já estádisponível gratuitamente na In-ternet no endereço www.uni-versiabrasil.net .

Os investimentos são da or-dem de US$ 3 milhões, ape-nas nesta primeira etapa brasi-leira.“ A iniciativa é muito im-portante para o universo aca-dêmico brasileiro porque a In-ternet na Educação é um fatocada vez mais presente. A Uni-Santos pretende agir fortemen-te nessa área”, comentou a rei-tora Maria Helena Lambert,após a cerimônia apresentação,no salão nobre do Palácio doItamarati.

Maria Helena, que esteveacompanhada do pró-reitorComunitário, Ouhydes Fonse-ca, e do coordenador do Cen-tro de Informática e Tecnolo-gia (CEITE), André LuizVizine Pereira, acrescentouque uma das oportunidadescriadas pelo portal é a da cria-ção de cursos de educação àdistância. Até porque, por re-cente determinação do Minis-tério da Educação, até 20% dacarga horária pode ser ofere-cida aos alunos por meio daInternet.

Entre os serviços ofereci-dos está a exibição dos currí-culos dos alunos – feita poreles mesmos – interessados emobter colocação no mercado detrabalho. No caso da UniSan-tos, esse serviço também já édisponibilizado através do siteda universidade na Internet:www.unisantos.br.

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O Universia, voltado inte-gralmente à comunidade aca-dêmica, nasceu há dois anos naEspanha e já reúne 428 univer-sidades e seis milhões de estu-dantes na Argentina, Brasil,Chile, Espanha, México, Peru,Porto Rico e Venezuela. Ospróximo a aderir serão Portu-gal e Colômbia.

Segundo os dirigentes doSantander, o investimento emtodos esses países soma US$60 milhões. “Nosso objetivo écontribuir para a construção deuma plataforma comum de lín-gua portuguesa e espanhola,na Internet, que seja um pontode encontro entre universida-

des e universitários latino-americanos”, afirmou Botín.

Promover cursos para a co-munidade também estão nosplanos do grupo. Entre as li-nhas de pesquisa, estão: Edu-cação à Distância, Gestão doConhecimento, AprendizagemColaborativa e Cooperativa,Informática na Educação, Pro-cessos Comunicações na Edu-cação à Distância, Cognição eTecnologia e Sociedade doConhecimento.

Além da UniSantos, parti-cipam do portal as principaisinstituições do ensino superi-or brasileiro, representando40% do coletivo universitáriodo País, tais como USP,Unicamp, UFMG, UFSC,FGV-SP, PUC-SP, PUC-RJ,UFRGS e Unifesp.

André Pereira ressaltouque “o portal é uma iniciativapioneira e inovadora e não en-contra similar nem na Europanem nos Estados Unidos. Seudesafio será oferecer conteú-do e serviços com oportunida-des para um futuro melhor”.

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A Sociedade de São Vi-cente de Paulo (SSVP) deCubatão, tradicionalmente li-gada ao conceito da Carida-de Cristã, vem se empenhan-do em projetos sociais decombate a pobreza e de bem-estar da população atendida.

Atualmente assiste nomunicípio, mensalmente,cerca de 180 famílias, atra-vés da distribuição de ces-tas básicas de alimentos,medicamentos, vestuário,orientações e diversos enca-minhamentos aos setores dacomunidade.

Como critério de atendi-mento leva em consideraçãoas famílias cuja renda fami-liar per capta é insuficientepara adquirir alimentos deprimeira necessidade e cus-tear despesas básicas. Con-vém lembrar que existe aobrigatoriedade de as crian-ças frequentarem a escolaformal.

��������A entidade é mantenedora

do Centro de CapacitaçãoComunitária de Vila Natal,próximo às áreas de risco so-cial. Recentemente foi cons-truída uma ampla área de la-zer para o Programa de Inte-gração da Criança (PIC).

Situado numa região deextrema pobreza, o Centrodesenvolve programas volta-dos à criança e a capacitaçãodas famílias. Formou até omomento centenas de alunos

O que fazer diante de umamultidão que, privada das con-dições mínimas de sobrevivên-cia, tem de pedir ajuda até paragarantir o “pão nosso de cadadia”? O desafio - que parece nãoter fim! - é enfrentado com fé ecoragem por um grupo de volun-tários da comunidade Nossa Se-nhora Aparecida, do Jardim Sa-mambaia, em Praia Grande.

Desde 1997, duas vezes porsemana - às terças e às sextas-fei-ras -, um grupo de voluntários,coordenado pelas Irmãs Ursuli-nas, Violeta, Fabíola e Adriana,e com o apoio da conferência vi-centina N.S. do Carmo e da Pas-toral da Criança e de outras pas-torais, distribuem cerca de 500refeições - o sopão - para famíli-as pobres do Jardim Samambaiae Parque das Américas. “É umaregião muito pobre, onde hámuitos desempregados, mãessolteiras e muitos doentes”, ex-plica João Rodrigues Dantas,presidente da Conferência.

Seo João conta que não é fá-cil conseguir o necessário parafazer o sopão, mas nunca ninguémficou sem comida. “A gente pededoações na missa, nos supermer-

desempregados ou mães soltei-ras. Às vezes, é possível arrumaremprego”, explica.

Segundo Ir. Violeta, “estáhavendo um esforço muito gran-de da comunidade para ajudaressas famílias. Sabemos que osproblemas são muitos e nossodesejo seria poder atender todaselas, mas isso é impossível”.

Interessados em colaborarcom o trabalho social na Comu-nidade Nossa Senhora Apareci-da, podem entrar em contatopelo fone 3477-5455.

Voluntárias não medem esforço para ajudar os necessitados

em diversos cursos: interpre-tação de desenho técnico emecânico, noções de tubula-ção hidráulica, corte e costu-ra, pintura em tecidos, dati-lografia.

O PIC vem se firmandocomo um centro de convivên-cia, que reúne cerca de150crianças em atividades de re-creação, reforço escolar, cur-so de artesanato. Essas ativi-dades contam com o acom-panhamento de uma Assis-tente Social e Psicóloga.

��������A SSVP iniciou no mês de

agosto de 2001, a construçãode um equipamento socialdestinado ao atendimento in-tegral dirigido a famílias. Oprédio, de dois pavimentos,oferecerá à comunidade aten-dimento social, psicológico,médico e odontológico, me-diante parcerias.

O projeto prevê tambéma descentralização dos cursosque funcionam hoje no Cen-tro de Capacitação de VilaNatal. O prédio contará comuma área construída de 278,9m2,em área cedida através dePermissão de Uso por parteda Municipalidade.

A Entidade pretende, como apoio de toda a comunida-de, entregar a obra até o pró-ximo ano. Os interessados emajudar, com recursos finan-ceiros ou materiais, poderãoentrar em contato através dotelefone (13)3361-6802.

cados e, na quinta-feira, recolhe amaior parte dos alimentos na fei-ra. Mas na 3ª feira precisamoscomprar os alimentos, pois não háfeira no dia anterior”.

Além da distribuição dasopa, os vicentinos mantêm umcadastro de famílias que rece-bem uma cesta básica por mês.

“Quando recebemos a soli-citação da cesta, um casal vai vi-sitar essa família para conferir anecessidade. Só depois é que agente aprova o pedido. Nós da-mos preferência para famílias de

� �!�"� ����������� ����� ��#$����%�"�������A Comissão Diocesana

Sócio-Política (CODISP)estará realizando, ao longodo ano, encontros de forma-ção em Fé e Política.

O primeiro será realiza-

do na Região Pastoral SãoVicente, no próximo dia 28.Temas: “As Alianças deDeus com seu Povo”, e “Po-lítica como forma exigentede viver a caridade”. Será

cobrada uma taxa de R$5,00 para despesas de ma-teriais e almoço.

Outras informaçõespelo telefone (13)3222-8160 (com Andréa).

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A Capela Jesus BomPastor (ParóquiaNossa Senhora doRosário de Pompéia -Santos) convida ascomunidades para acelebração da Festado seu padroeiro.

Programação

TríduoDias 18 e 19 de abril(5ª e 6ª): 19h30Dia 20 (sábado): 18hDia 21: Missa solene18hEnd.: Ana Costa,392 - Gonzaga(3251-7191)

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Fotos Chico Surian

A celebração festiva emhonra a São José, Padro-

eiro das Vocações e do semi-nário diocesano, marcou oencerramento do Ano Voca-cional na Diocese de Santos.

A missa aconteceu no dia18 de março, na Catedral deSantos e foi presidida por D.Jacyr Francisco Braido. Par-ticiparam ainda o Bispo Emé-rito, D. David Picão, padresdas diversas regiões pasto-rais, diáconos, religiosos eleigos.

����������� ���Durante a celebração, D.

Jacyr lembrou os objetivosdo Ano Vocacional, desta-cando a necessidade de a Di-ocese “promover a formaçãodas equipes paroquiais dePastoral Vocacional (PV), in-vestir na conscientização doque é a PV e crescer na espi-ritualidade vocacional, atra-vés da oração, da formação edo aprofundamento do senti-do da própria vocação, que ésempre um serviço à Igreja”.

Avaliação positiva desseempenho pôde ser sentida nacriação de equipes vocacio-nais em 20 paróquias, em2001, de um total de 47.“Apenas nove paróquias nãotêm ainda equipe vocacio-nal”, explica Pe. Eusébio Pas-cual, assessor diocesano daPastoral Vocacional e Reitordo Seminário Diocesano.

D. Jacyr lembrou tambémque o objetivo da PastoralVocacional não é apenas o depromover as vocações sacer-dotais ou religiosas. “A Pas-toral Vocacional deve promo-ver, acompanhar e incentivartodas as vocações. E essa é

uma tarefa que diz respeito atodo cristão. Não basta opovo dizer que quer mais pa-dres. É preciso assumir a cor-responsabilidade pelo traba-lho, ir a campo, dar a sua con-tribuição”.

������� ���������Como exemplo de ‘agente

vocacional’, D. Jacyr lembrouSão José: “É à luz da fé navinda do Messias Libertadorque José, homem justo, enten-de sua missão junto a Maria,primeiramente, e depois jun-to a Jesus. Mas, ao mesmotempo, é ele quem acompa-nha, orienta e dá a primeiraformação ao Messias”.

A partir de Jesus, o agen-te vocacional encontra umjeito particular de realizar seutrabalho: “Jesus inicia suamissão chamando pessoas

para o ajudar. São os 12 após-tolos, os 72 discípulos, quemais tarde foram enviadospara dar testemunho do queviram e ouviram. E nós esta-mos aqui, hoje, para dar con-tinuidade a essa missão. Épelo chamado de Jesus quenossa vocação sobrevive”.

������Como tarefas para a Pas-

toral Vocacional na Diocese,D. Jacyr destacou: correspon-sabilidade de toda a Igreja;testemunho concorde e coe-rente no ministério sacerdo-tal; investir na oração de in-tercessão; - trabalhar no dis-cernimento vocacional;acompanhar todas as voca-ções de todas as idades;acompanhar, de modo espe-cial, a formação dos jovensseminaristas.

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Como acontece desde a fundação da sede nova, em1984, a comunidade do Seminário Diocesano celebra odia de seu padroeiro, São José - 19 de março -, com umaconfraternização entre os padres, religiosos, diáconos eseminaristas. Este ano, o evento contou também com lei-gos da Centro 1, Região onde está localizado o Seminário,no Morro da Nova Cintra, em Santos.

Padres: 83Congregações religio-sas: 33 (masc/fem)Diáconos: 14Seminaristas: 22(nos cursos de Filosofiae Teologia)Paróquias com Coorde-nações Vocacionais Pa-roquiais (CVP): 39Catequistas: 1719Pastorais*: 56* incluindo movimentos,organismos, comissões,serviços, quer de nível pa-roquial ou diocesano.

Fonte: Centro Diocesano dePastoral/PV

Acredita-se que o serhumano busca a felicida-de no meio profissional,no casamento, nas rela-ções pessoais, enfim emtodas as dimensões davida. No mundo dilacera-do em que vivemos, comtanta violência, este serperturba-se e não encontrapaz dentro nem fora de si.

As pessoas já não se en-contram, ficam presas noseu próprio eu e perdem adinâmica da vida que é re-lacionar-se, pois o ser hu-mano é ser de relação.

Cristo ressuscitadovem dar a paz que o mun-do não pode dar. Assimdiz o filosofo: “O infer-no é o outro”. Eu vos digoque o céu também é ooutro. Partilhar não con-siste apenas em saciar ooutro com bens matérias,mas doar-se em amizadee compreensão. Destemodo podemos construiruma Terra Sem Males.����������� ������������������

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Fernando Silva

Minha experiência comochamado aconteceu a partir darealidade de vida do povo deDeus.

Quando criança fiz minhaPrimeira Comunhão, fui coroi-nha na Paróquia Beato José deAnchieta, quando o párocoainda era o Pe. Valdeci dosSantos. Ele, sem dúvida, foi oprimeiro desencadeador domeu processo de discernimen-to vocacional. Hoje é meu pa-drinho de Crisma.

Passados alguns anos hou-ve a mudança de pároco. En-tão, veio o Pe. Luiz Carlos etrabalhamos juntos por seisanos. Ele também muito meajudou, me acompanhou voca-cional e espiritualmente.

Em 1999 iniciei o Seminá-rio em Família, sendo acompa-nhado pelos padres Pablo,Eduardo e Eusébio. Neste ano,me mudei para Cubatão, passan-do a trabalhar na Paróquia S.Francisco de Assis, com Pe. An-tonio Pereira. Fui assessorar aComunidade N.S. do PerpétuoSocorro, na Vila Esperança.Trabalho que muito me fez cres-cer como pessoa e como cris-tão comprometido.

Em 2000, iniciei o acompa-nhamento pessoal no Seminário,junto com o Pe. Eduardo e noano seguinte iniciei o curso deFilosofia.

O meu despertar vocacionalaconteceu através de uma frasedita por um padre: “Tirado do

meio do povo para servi-lo”.Penso que é assim mesmo: osacerdócio é um ministério deserviço ao povo amado deDeus. É Ele quem nos chamapara realizar este ministério.

Peço a Deus que continueme conduzindo a este serviço.

Paróquias para oExercício pastoral dosseminaristasCláudio da Conceição - San-ta Rosa (Gua)Almir José da Silva - S. BomJesus (Gua)Lucas A. Silva e José Rai-mundo - Imaculada Concei-ção (Ita)Marciel Teixeira e Lúcio An-dré - N.S.das Graças (PG)Márcio Sarabando - N.S.Lapa (Cb)Edson Felipe - N.S. das Gra-ças (SV)Edvaldo Gomes - Beato An-chieta (SV)Fernando Jacinto e Isac Car-neiro - N.S. Aparecida (Stos)João C. Santos - Catedral(Santos)Rafael dos Santos e GilvaciSantos - S. Família (Stos)Gilson Coimbra Braga - S. doPassos (Stos)Onesio Ferreira e Júlio CésarBrant -S. J. Batista (Stos)Wilhem Barbosa - N.S. daAssunção(Stos)Valfran dos Santos - S. Cora-ção de Jesus (Stos)Mauro Ramos - Santo Antô-nio (Caragua)Paulo A. Freire - Cristo Rei -(Caragua)Francisco Lino - S. J. Batista(Caragua)

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� ����� ����������������������� ��“As famílias desempenham papel fundamental

para o futuro das vocações na Igreja”(João Paulo II).

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Veja a mensagem de João Paulo II para oDia Mundial de Oração pelas Vocações à página 3.

Tarefa dos agentes é promover a conscientização do sentido vocacional de cada ministério

Lu Corrêa

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Sacerdotes foram animados a formar grupos de discussão sobre fé e política nas paróquias

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Divulgação

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Chico Surian

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����������No segundo semestre de

1998, durante a caminhadasinodal, foi iniciado o estu-do da Dimensão Ecumênicae do Diálogo Inter-Religio-so do Sínodo Diocesano. Acoordenação da ComissãoSinodal escolheu algumaspessoas para integrarem aequipe que iria elaborar oplano de trabalho para estaetapa.

Na primeira reunião detrabalho deste grupo, ficou acerteza de que seria um mo-mento delicado da caminha-da pelo quase total desconhe-cimento de todos sobre otema.

����������������������“Por muitos títulos a

Igreja sabe-se ligada aos ba-tizados que são ornados como nome de cristão, mas nãoprofessam na íntegra a fé ounão guardam a unidade dacomunhão sob o Sucessor dePedro.

Muitos deles honram aSagrada Escritura como nor-ma de fé e de vida. Mostramsincero zelo religioso. Crêemno amor em Deus Pai Onipo-tente e em Cristo, Filho deDeus Salvador.

São assinalados peloBatismo no qual se unem aCristo. E até reconhecem eaceitam outros sacramentosnas próprias Igrejas ou co-

munidades eclesiásticas.Não poucos dentre eles

possuem mesmo o Episco-pado, celebram a SagradaEucaristia e cultivam a pie-dade para com a VirgemMãe de Deus. Acresce a co-munhão das orações e outrosbenefícios espirituais.

Temos até com eles certaunião verdadeira no EspíritoSanto, que também nelesopera com Seu poder santi-ficante por meio de dons egraças... tendo fortalecido aalguns deles até à efusão desangue.

Assim o Espírito suscitaem todos os discípulos deCristo o desejo e a ação, paraque todos, pelo modo esta-belecido por Cristo, se unampacificamente em um reba-nho sob um único Pastor.

Para obter isso, a MãeIgreja não deixa de rezar, es-perar e agir. E exorta seus fi-lhos à purificação e à reno-vação, a fim de que brilhemais claro o sinal de Cristosobre a face da Igreja.”

(Continua na próximaedição)

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O Conselho Central deSantos da Sociedade São Vi-cente de Paulo (SSVP) estálançando a campanha “Ami-go do Idoso”. O objetivo éconseguir a adesão de novosvoluntários para trabalharcom os idosos atendidos pelaInstituição, pelo menos umahora por semana.

A Sociedade São Vicentede Paulo também está abrin-do inscrições para novos vo-luntários que desejem traba-

lhar na Pastoral da Saúde.Para quem quiser aderir

à campanha “Amigo do Ido-so”, as inscrições serão fei-tas às Segundas-feiras, das14h às 16h, com Alessandraou Fabíola.

Para trabalhar na Pasto-ral da Saúde, as inscriçõesserão feitas às Quartas-feiras,das 8h às 9h, com Marizilda.O endereço é Av. Cons. Ro-drigues Alves, 311 - Macu-co. Fone: (13)3235-1505.

Cerca de 550 catequistas,representando as sete RegiõesPastorais da Diocese, partici-param da Celebração do En-vio, que marcou a abertura doAno Catequético.

A celebração foi realizadana Paróquia Nossa Senhora deFátima e Santo Amaro, noGuarujá, no dia 2 de março,presidida pelo bispo diocesa-no, D. Jacyr Francisco Braido.Co-celebraram os padresAnderson Paes, pároco daIgreja N.S. de Fátima, AdilarLodi Rissini, da Igreja NossaSenhora das Graças, de Vicen-te de Carvalho, e José NiltonCuogi, pároco da Igreja Ima-culado Coração de Maria, emSantos.��������

O simbolismo da ‘águaviva’ - que deve ser a moti-vação de todo o trabalho ca-tequético - esteve presenteem toda a celebração, a co-meçar pelo rito penitencial,quando um grupo de cate-quistas, representando assamaritanas, derramaramágua em uma bacia, que foibenzida por D. Jacyr.

Em seguida, os catequistasdirigiam-se a esta ‘fonte’ e pe-diram perdão para recomeçar

mais uma caminhada, revigo-rados pela força de Deus.

Na homilia, D. Jacyr re-lembrou a grande lição que oPovo de Deus viveu no deser-to, durante os 40 anos de pe-regrinação: “Diante da difi-culdade, o povo aprende queconfiar em Deus é o caminhomais seguro. E essa confian-ça deve sustentar a fé de todocatequista”.

Como exemplo, apresen-tou a samaritana que dialogacom Jesus, num processo quevai da hostilidade à conversãoplena. “Mas é isto que aconte-ce quando há o encontro coma Palavra de Deus: Jesus trans-forma a consciência e faz deseus ouvintes discípulos, se-guidores. Este é o grande de-safio dos catequistas: fazercom que os catequizandos en-contrem e conheçam a Jesus,a verdadeira fonte da águaviva”.

Ao final da celebração, oscatequistas receberam um pe-queno ‘poço’, como símboloda missão.

Para este ano, a ComissãoDiocesana de Educação da Fé(CODIEF) estará iniciando asatividades da Escola Catequé-tica, destinada à formação denovos catequistas.

A questão da ética na po-lítica e as conseqüências

dos relacionamentos que sur-gem nesse processo foi o temaestudado na Jornada de Estu-dos Pastorais, no dia 14 de mar-ço, no Centro de Formaçãopara o Apostolado (CEFAS),em Santos.

O encontro reuniu sacerdo-tes, diáconos e religiosas e con-tou com a presença do BispoDiocesano, D. Jacyr FranciscoBraido, e do Bispo Emérito, D.David Picão. O tema foi apre-sentado pela vereadora LuizaNeófiti (PT-Santos) e pelo FreiJosé Alamiro, do Santuário doValongo, de Santos.�����������������

“Para falar de ética na po-lítica temos de ter em mente onosso contexto histórico de500 anos, que tipo de relacio-namentos foram construídos e,sobretudo, como os povos queaqui já viviam foram subjulga-dos pelos europeus”, comen-tou Luiza Neófiti.

Segundo a vereadora, essecontexto deixou como heran-ça - que chegou até os dias dehoje - uma mentalidade políti-ca que privilegia a corrupção,o proveito próprio, os “interes-ses dos grupos de amigos”, emdetrimento da comunidadecomo tal. “Só para termos umaidéia, por causa da corrupçãopraticada em todas as instân-

cias públicas, a renda per cap-ta anual do brasileiro éR$ 6.600 menor. E não é in-comum acharmos quem pen-se que a máquina pública deveestar a serviço de interessespessoais. Então, como agir?”,questiona a vereadora. �����������

Para Frei Alamiro, os crité-rios da ação política do cristãopassam pela compreensão pri-meira de que “todo agir é polí-tico. Até o não-agir é uma op-ção política. Paulo VI dizia quea política é a forma mais subli-me de caridade. Nesse sentido

não dá para confundir políticacom politicagem e nem usar osproblemas para se ausentardessa questão tão séria”.

Segundo Frei Alamiro,exemplos da ação política po-dem ser encontrados em gran-des líderes mundiais, comoGhandi, que se serviu da for-ça da oração e do jejum - enunca da violência - para de-fender o seu povo. “Mas Je-sus Cristo também morreu porquestões políticas: sua açãodesestabilizou o poder, inco-modou os poderosos do seutempo, que se sentiram amea-çados e por isso o mataram”.

Diante de questionamentossobre as relações que sempresurgem no contexto eleitoral,e que muitas vezes tentam usaras comunidades com fins elei-toreiros, Frei Alamiro lembrouque “a ética e os verdadeirosvalores devem ser sempre ocritério para discernir o real in-teresse do candidato. A comu-nidade tem de estar atenta aisso”, alertou.

Como uma das formas deas comunidades acompanha-rem a atividade política, foramlembrados o Fórum Paulista deParticipação Popular e os gru-pos de Fé e Política.

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Oferecer um pouco decarinho, amizade e atenção.Ajudar a recuperar a auto-estima, apresentando possi-bilidades de socialização.

É esse trabalho que umgrupo de voluntários daPastoral do Idoso, do pro-jeto “Vida em Ascenção”, daparóquia Beato José Anchi-eta, no bairro do Humaitá,em São Vicente, vem reali-zando com um grupo deidosos do Lar S. Francisco,de Praia Grande.

A iniciativa foi da cabe-leireira Clarice Ribeiro e deseu esposo, Jorge, há dois

anos, e hoje já conta com umgrupo de 12 voluntários.

Uma vez por mês, os vo-luntários levam os idosos parapasseios, à praia, a um res-taurante, ou para alguma ati-vidade de lazer. Eles recebemtambém um tratamento espe-cial no salão de beleza deClarice. “Esses momentos sãoimportantes para eles. Paraalguns é a primeira vez quetêm esse tipo de experiência”,explica Sérgio.

Quem quiser colaborarcom o projeto, os telefonespara contato são: (13) 3406-2063 / 9778-7595 (clarice).

Idosos recebem carinho e atenção dos voluntários

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Catequistas devem promover o encontro entre Jesus e o povo

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Marize (assist. social), Manoel, Murilo e Zenildo

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Depois de mais de doisanos cumprindo pena em regi-me semi-aberto, Manoel, 36anos, voltou a pisar na areia domar. Parecia uma criança felize cheia de esperança.

Essa experiência - que,para muitos é cotidiana - só foipossível para Manoel, graçasao “Projeto Acolhida”, da As-sociação de Assistência à Res-socialização (AAR) - Casa doEgresso - em São Vicente.

Criada por um grupo de vo-luntários do Conselho da Co-munidade - ligado à Vara deExecuções Penais de SV -, emdezembro do ano passado, aAAR, dentre outros projetos,receberá presos, beneficiáriosde indultos em datas especiais- Páscoa, Dia das Mães, Nataletc - que não possuem familia-res na Região. “Essas pessoastêm direito a sair das Peniten-ciárias nessas datas, mas ficamnuma situação muito delicada,pois não têm para onde ir”, ex-plica Murilo Martins, adminis-trador da AAR.

Na Páscoa, do dia 26 demarço (5ª-feira Santa à 3ª-fei-ra, 2 de abril,), a Casa recebeuseis reeducandos, que tiverama oportunidade de passear,conversar com os voluntáriosdo projeto e começar a fazer

planos para quando terminaremde cumprir a pena. “Quero vol-tar para a Bahia. Minha famíliaestá lá. Tenho uma profissão eo que aconteceu comigo foiuma fatalidade. Sei que não pre-ciso disso para viver”, avaliaManoel, que ainda precisa cum-prir quatro meses.

“Ele não vai poder voltar deimediato, pois não tem nenhu-ma renda. Aí entra nossos pro-jeto profissionalizante, paraque, os que quiserem, possamou aprender uma profissão e termais chance no mercado ou fa-zer uma pequena renda antes devoltar à ressocialização’, expli-ca Murilo.

“Estou ressuscitando”. As-sim se sentia Joseílson Severi-no, 28 anos, na 5ª Feira Santa,quando recebeu o benefício delivramento condicional. “Senão fosse o pessoal da Casa,não sei o que teria acontecidocomigo, porque pensei muitasvezes em fugir. Eles se torna-ram minha segunda família”,diz, agradecido.

A AAR funciona em parce-ria com a Prefeitura de São Vi-cente e com a Secretaria deAdministração Penitenciária.Outras informações sobre osprojetos da Casa do Egresso,pelo telefone (13) 3468-1288.

Chico Surian

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������������ ����O inseto pica o ser humano durante o dia (manhã e tarde).Não há transmissão por contato direto com um doente oucom suas secreções. Também não há transmissão atravésde fontes de água ou alimentos.

� �������� �O ciclo de vida do mosquito da Dengue divide-seem duas fases: aquática (ovo, larva e pupa) e ter-restre (adulto).1 - O ovo (2 a 5 dias para incubar)Os ovos são depositados próximos à superfície eficam grudados na parede interna dos recipientes.2 - A larva (5 a 10 dias)Alimenta-se de detritos orgânicos, bactérias, fun-gos e protozoários. A larva vive em água limpa eparada.3 - A pupa (2 dias)Não se alimenta. Apenas respira. É dotada de boa

mobilidade.4 - Mosquito adulto (30 dias)A fêmea, depois do acasalamento, neces-sita de sangue para a maturação dos ovos.

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Febre alta (39º s 40º graus) de início súbitoDor de cabeçaProstraçãoDor nos olhosDores musculares e articularesFalta de apetiteNáuseas e vômitosDor abdominalManchas vermelhas no corpoSangramento leve������� �Feito através de coleta de sangue após o 5ºdia do início da doença����������Repouso, beber muito líquido. Analségicoe antitérmico só os indicados pelo médico.

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Semelhantes ao do dengue clássicoHemorragias (pele, nariz, gengiva, urina, aparelho digesti-vo, cérebro etc).Insuficiência circulatória (choque)óbito����������Internação imediataFonte: Ministério da Saúde/PMSP/Univ. Federal de Santa Catarina

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A dengue é uma doença causada por vírus (tipos 1,2,3,4), transmitido pela picada do mosquito fêmea do AedesAegypti. Na Baixada Santista, o número de pessoas infectadas aumenta a cada dia, deixando todo mundo em estado dealerta. Afinal, os principais criadouros dos mosquistos estão mesmo dentro de casa.

Diante disso, o Jornal Presença Diocesana apresenta aos seus leitores um informativo especial sobre a Dengue, paraque a comunidade possa estar atenta e dar sua colaboração nesta batalha da qual ninguém está imune. A maneira maiseficaz de combater a Dengue é evitar que os mosquistos se multipliquem.Portanto, fique de olho!

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�����������A comunidade do Con-

vento do Carmo, em Santos,convida os interessados emadquirir conhecimentos bí-blicos para participarem docurso, realizado aos sábados,no próprio convento.

Horário: das 14h às 16hEndereço: Praça Barão

do Rio Branco, 16 - Centro.Inscrições podem ser fei-

tas pelo telefone: (13) 3234-5566, em horário comercial,ou na secretaria da Igreja.

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���������������������A coordenação diocesa-

na da Pastoral da Juventu-de convida para a reunião doConselho Pastoral na Re-gião Centro, no próximo dia7. O encontro acontece naParóquia Coração de Maria,às 9 horas. Os Grupos deJovens devem mandar umrepresentante.

A Pastoral da Juventude

da Diocese - Região Centro- estará realizando o CAJA-Curso de Animação de Jo-vens e Adolescentes. O cur-so será ministrado na CasaJoão Paulo II, no dias 27 e28 de Abril. Os interessadosdevem entrar em contatocom os coordenadores Re-gionais da PJ ou pelo tele-fone (13)9702-9349.

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A Diocese de Santos agra-dece a Frei Lino de Oliveira,Reitor do Convento do Car-mo, em Santos, pelos seisanos de serviço prestados àIgreja local. Desejamos queem sua nova comunidade,Angra dos Reis, Rio de Ja-neiro, Frei Lino possa reali-zar seu ministério com fide-lidade e alegria.

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���������������O Conselho MissionárioDiocesano convida as pa-róquias para participaremdo Encontro de Animaçãoe Espiritualidade Missio-nária, que marcará a aber-tura do Ano Missionário.Dia:27 de abrilLocal: Col. Stella MarisHorário: das 8h30 às 20hPalestrante: Pe. GiorgiPalhares - PIME.Taxa: R$ 10,00Obs.: O encontro é desti-nado aos coordenadoresdos COMIPAS e da Infân-cia Missionária.

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Mais dois religiosos chegampara reforçar o time pastoral daDiocese. A eles as nossas boasvindas e que possam desenvol-ver sua missão com coragem eesperança.

São eles: Ir. Ana Carvalho,Missionária Claretiana: vai tra-balhar na Enseada, no Guarujá. Padre Alceu Bernardi: Paróquia Nossa Senhora das Gra-ças, em Vicente de Carvalho.

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Lu Corrêa

���������������Para os amantes da boa

música, o casal OswaldoBitencourt e Priscila, da Pa-róquia Santa Rosa de Lima(Guarujá) acabam de lançaro CD Nino Bitencourt &Priscila Santos.

Nino, como é mais conhe-cido, tem deficiêcia visual e,junto com Priscila, anima ascelebrações litúrgicas da pa-róquia, casamentos e festas.A maioria das letras e músi-cas do CD é de autoria deNino. Interessados em conhe-cer o trabalho do casal podementrar em contato pelos tels:9125-5877 ou 3358-1479 (nasecretaria paroquial).

Divulgação

Page 12:  · das celebrações da Semana San-ta e da Páscoa, nas nove cidades da Baixada Santista. Desde o Domingo de Ramos (24) até o Domingo da Páscoa (31 de março), as comunidades se

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Monsenhor Nelsonde Paula

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A atenção com a saúde das crianças passa também pela alimentação que recebem

Aos 82 anos, completadosno último dia 3 de março,Monsenhor Nelson de Paulanão cansa de repetir: “Sousacerdote para fazer o bem,devo fazer o melhor por to-dos e quero fazer o bem atéo fim dos meus dias”.

Apesar do abatimento pro-vocado pela enfermidade,Monsenhor Nelson mantém obom humor e a profunda con-vicção que sempre o orien-tou durante seus 56 anos devida sacerdotal: “Se agora jánão posso mais trabalharcomo queria, ofereço meusofrimento por aqueles queestão trabalhando por mim.Não tenho medo da morte,pois estamos aqui para isso.E sou agradecido a Deus portudo o que vivi”.

����������� A origem dessa serenida-

de e de seu grande amor pelaIgreja, Monsenhor Nelson vaibuscar na família, profunda-mente católica e sempre atu-ante na vida paroquial: “Meuspais, José de Paula e Mariadas Dores, e meus 11 irmãosajudavam na Paróquia SãoJosé Operário. Eu era coroi-nha e isso despertou em mimo desejo de ser sacerdote.Aos 14 anos entrei para o Se-minário de Botucatu, onde fizos estudos iniciais. Depois,estudei Filosofia e Teologiano Seminário Central doIpiranga, em São Paulo”.

Depois da ordenação -celebrada na Catedral deSantos - Monsenhor Nelsonfoi trabalhar como coadjutorna Paróquia Nossa Senhorado Rosário de Pompéia.

“Foi um aprendizado mui-to grande, porque, quando seestá no Seminário, a gentetem um jeito de tratar as pes-soas. Depois tem de apren-der a tratar todo mundoigual”, ensina.

�������Em sua caminhada sacer-

dotal, Monsenhor Nelson de-dicou 37 anos de sua vida aotrabalho com os presidiários.“Mas não era só com os pre-sos. Eu atendia mãe, irmã,esposa, parentes dos presos.Fazia a intermediação entreos presos e a justiça. Eu ti-nha um caderno com os no-mes de todos os que eu aten-dia, sabia o caso de cada ume procurava fazer tudo o queera possível para resolver osproblemas”.

A maior lição, segundoMonsenhor Nelson, foi teraprendido a lidar com as di-ferenças, a enfrentar os con-flitos, confiante na força daPalavra de Deus, levada comcoragem para as cadeias.

“Uma cadeia sem religiãoé um verdadeiro inferno. Masse a Palavra de Deus está lá,é possível fazer o bem. Pro-va disso é que nunca fui ame-açado, nunca estive em peri-go. Nunca vi presos brigan-do na minha frente. Mas eutinha consciência de que mi-nha missão era fazer o beme eles entendiam isso”.

Além da Pastoral Carce-rária, Monsenhor Nelson tra-balhou como capelão no Co-légio Santista e na PastoralVocacional.

Promovendo um trabalhode conscientização entre osalunos, o Serviço de ApoioPedagógico e Social (Sa-pes), da Universidade Ca-tólica de Santos (UniSan-tos), levou um grupo paraconhecer a aldeia de Itaó-ca, Casa de Pedra em Gua-

No dia 13 de março,Padre Olmes (assessor di-ocesano da Cáritas), PadreClaudenil Moraes (S. J. Ba-tista, em Bertioga), e Pau-lo Mauá, coordenador daCáritas Diocesana de San-tos, visitaram a Aldeia In-dígena Guarani do Rio Sil-veira, em Boracéia, Berti-oga, para conhecer o pro-jeto de desenvolvimento daAssociação ComunitáriaIndígena Tjeru MirimBa’E Kuaa’L.

A visita foi assessora-da pelo cacique AdolfoTimotio, e pelo técnico daFunai, Márcio Alvim, quemostraram as novas casasque estão sendo construí-das para os índios, sem al-terar a estrutura culturaldas atuais residências.

A novidade do projeto éque as casas só foram cons-truídas depois de aceitaspelos membros da Associ-ação Indígena, que temcomo presidente o índioMarcos Samuel dos Santos.

Os membros da Cári-tas distribuíram roupas,

conheceram a belíssimaescola com o sugestivonome de “Lugar em quese aprende coisas boas”(Nhembo’ E’ A’ Porã,em Guarani), os projetosde mudas de plantas or-namentais e tanques depiscicultura. No ínicio datarde, o grupo foi conhe-cer o local onde o caci-que Adolfo mora com 8famílias.

No final da visita, foientregue à Cáritas, o docu-mento “DesenvolvimentoSustentável da Terra Indí-gena do Ribeirão Silveira”,com cronograma e explica-ções dos projetos de pei-xes, plantas, criação de ca-pivaras, galinhas.

�������A Cáritas continua com

várias campanhas de assis-tência a comunidades ca-rentes. Interessados emfazer doações devem en-tregar os materiais na Av.Conselheiro Rodrigues Al-ves, 254 - Macuco - San-tos. Tel.: (13)3224-3000.

O Regional Sul 1 entregouao Conselho Indigenista Mis-sionário (CIMI) as primeiras50 mil assinaturas coletadasno Estado de São Paulo, soli-citando ao Congresso Naci-onal a abertura da discussãosobre os Estatutos dos PovosIndígenas. As dioceses deSantos e São José dos Cam-pos totalizaram mais de 20 milassinaturas cada uma delas.

Quanto à Coleta da Cam-panha da Fraternidade, reali-zada no dia 24 de março, a Di-ocese de Caraguatatuba já re-cebeu o apoio da Diocese deS. J. dos Campos para firmarparcerias na execução de pro-jetos de educação, saúde eauto-sustentação nas Aldeiasexistentes no Litoral Norte.

A Diocese de Caraguata-tuba tem em seu territóriostrês comunidades indígenas:duas em Ubatuba e uma emSão Sebastião, reunindo apro-ximadamente 400 índios.

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A Pastoral da Juventuderealizou no dia 10 de marçoo dia de formação da CF2002,que contou com a presençade mais de 120 jovens.

O objetivo era refletir so-bre a causa indígena, prin-cipalmente sobre os proble-mas das aldeias na Dioce-se. Em vista disso, algunsjovens, no dia 17, visitarama aldeia Itaóca, em Monga-guá, levando alimentos, rou-pas e brinquedos.

Os jovens conheceram asocas, a casa de reza e umpouco da cultura Guarani.

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Comunidade do Rio Silveira já conta com projetosde melhorias integrados à cultura indígena

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Universitários estão abertos ao intercâmbio

rani, em Mongaguá.Os estudantes foram le-

var, inicialmente, os primei-ros resultados do trote soli-dário realizado na Universi-dade. Ao todo, 130 quilos,entre alimentos e roupas,foram entregues aos 72 ín-dios da tribo Guarani.

Há cerca de um ano, aPastoral da Criança da

Diocese de Santos vemacompanhando o desenvolvi-mento das crianças de zero aseis anos das aldeias Guara-nis de Itaóca e Aguapeú(Mongaguá) e Rio Branco(Peruíbe).

O trabalho é feito por umgrupo de 12 voluntários dascidades de Guarujá, Santos,Praia Grande e Itanhaém, co-ordenado pelo enfermeiroAmado Daniel da Silva.

Uma vez por mês, os vo-luntários visitam as aldeias,pesando as crianças e verifi-cando os níveis de desnutri-ção, aumento ou diminuiçãode peso.

Nas três aldeias são aten-didas cerca de 80 crianças.As mães também recebemorientação sobre a alimenta-ção mais adequada para ascrianças e noções de higienee cuidados pessoais.

“Há uma série de dificul-dades nesse trabalho”, expli-ca Daniel. “Dentre elas, ascondições ambientais, o tipode alimentação nem sempresaudável e o atendimentomédico por vezes não é omais adequado, além de, emmuitos casos, ser preciso re-correr a hospitais longe dasaldeias”.

Em relação à alimenta-ção, os voluntários fazem co-letas nas comunidades antesda visita e sempre entregamalguns mantimentos nas aldei-as. “Mas é comida para umdia e é preciso pensar em pro-jetos que promovam a auto-sustentação deles”, defendeDaniel.

Nesse sentido, a comuni-dade de Aguapeú já destinouuma área para o cultivo dehortas. Em 2001, foi feito oprimeiro plantio, mas a expe-riência não deu certo, por

causa da forte chuva logoapós o plantio. “Os Guaranisnão têm tradição agrícola.Então, na verdade, todos es-tamos aprendendo a lidar comisso”, diz o coordenador.

���O cacique Nilo Rodrigues,

da Aldeia de Itaóca, explicaque, enquanto a comunidadenão tiver garantida a demar-cação de suas terras (vejatexto à página 5), eles nãopodem usar as áreas destina-das ao plantio.

“O trabalho da Pastoral daCriança é apenas uma parte.Temos consciência de que épreciso maior investimento daFunai e dos órgãos públicosem geral. O cuidado que te-mos com as crianças precisaser ampliado a toda a comu-nidade”, avalia Daniel.

A Pastoral da Criança pre-tende ampliar o trabalho paraas sete aldeias existentes naDiocese.