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8/16/2019 Cap16_Sec9_2x4
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Capítulo 16Cálculo Vetorial
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16.9O Teorema do Divergente
Nesta seção, aprenderemos sobre:
O Teorema do Divergente para regiões sólidas simples esuas aplicações em campos elétricos e fluídos.
CÁLCULO VETORIAL
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INTRODUÇÃO
Na Seção 16.5, reescrevemos o Teorema de
Green na versão vetorial
onde C é a curva fronteira da região do
plano D, orientada positivamente.
div ( , )C
D
ds x y dA F n F
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Se quisermos estender esse teorema para
campos vetoriais em R³, podemos
conjecturar que
onde S é a superfície fronteira da região
sólida E .
div ( , , )S E
dS x y z dV
F n F
INTRODUÇÃO Equação 1
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TEOREMA DO DIVERGENTE
A Equação 1 é verdadeira sob hipóteses
apropriadas e é chamada Teorema do
Divergente.
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Observe sua semelhança com os Teoremas
de Green e de Stokes, pois ele relaciona a
integral da derivada de uma função
(div F, nesse caso) sobre uma região com a
integral da função original F sobre a fronteira
da região.
TEOREMA DO DIVERGENTE
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Nesse estágio, você pode fazer uma revisão
dos vários tipos de regiões sobre os quais
calculamos integrais triplas na Seção 15.6.
TEOREMA DO DIVERGENTE
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REGIÕES SÓLIDAS SIMPLESEnunciaremos e demonstraremos o Teorema
do Divergente para as regiões E que são
simultaneamente dos tipos 1, 2 e 3, às quais
chamaremos regiões sólidas simples.
Por exemplo: regiões limitadas por elipsoides ou
caixas retangulares são regiões sólidas simples.
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A fronteira de F é uma superfície fechada e
usaremos a convenção, introduzida na
Seção 16.7, de que a orientação positiva é
para for a.
Ou seja, o vetor normal unitário n apontará
para fora de E .
REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES
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Seja:
E uma região sólida simples
S a superfície fronteira de E , orientada
positivamente (para fora).
F um campo vetorial cujas funções componentes
tenham derivadas parciais contínuas em uma
região aberta que contenha E .
Então, divS E
d dV F S F
TEOREMA DO DIVERGENTE
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Portanto, o Teorema do Divergente afirma
que:
sob as condições dadas, o fluxo de F pela
superfície fronteira de E é igual à integral tripla
do divergente de F em E .
TEOREMA DO DIVERGENTE
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TEOREMA DE GAUSS
O Teorema do Divergente é às vezes
chamado Teorema de Gauss, em
homenagem ao grande matemático alemão
Karl Friedrich Gauss (1777 -1855).
Ele descobriu esse teorema durante suas
pesquisas sobre eletrostática.
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TEOREMA DE OSTROGRADSKY
Em muitos países da Europa, o Teorema do
Divergente é conhecido como Teorema de
Ostrogradsky, em homenagem ao
matemático russo Mikhail Ostrogradsky
(1801-1862).
Ele publicou esse resultado em 1826.
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Seja F = P i + Q j + R k
Então,
logo,
div P Q R
x y z
F
div E
E E E
dV
P Q RdV dV dV
x y z
F
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Se n é o vetor normal unitário para fora de S,
então a integral de superfície do lado
esquerdo do Teorema do Divergente é
S S
S
S S S
d d
P Q R dS
P dS Q dS R dS
F S F n S
i j k n
i n j n k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Portanto, para demonstrar o Teorema do
Divergente, é suficiente demonstrar as três
seguintes equações:
S E
S E
S E
P P dS dV
x
QQ dS dV
y
R R dS dV
z
i n
j n
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Equações 2 - 4
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Para demonstrar a Equação 4, usamos o
fato de que E é uma região do tipo 1:
onde D é a projeção de E sobre o plano xy .
1 2, , , , , , E
x y z x y D u x y z u x y
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Pela Equação 15.6.6, temos
Portanto, pelo Teorema Fundamental do
Cálculo,
TEOREMA DO DIVERGENTE Equação 5
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A superfície fronteira
S é formada por três
partes:
a superfície do fundo S1
a superfície do topo S2
possivelmente, uma superfície vertical S3, que está
acima da curva fronteira de D (Pode acontecer de
S3 não existir, como no caso da esfera.)
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Observe que sobre S3, temos k · n = 0,
porque k é vertical e n é horizontal, e assim
3
3
0 0
S
S
R dS
dS
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Logo, independentemente da existência de
uma superfície vertical, podemos escrever
1 2S S S
R dS R dS R dS k n k n k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Equação 6
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A equação de S2 é z = u 2( x , y ), ( x , y ) D,
e o vetor normal que sai de n aponta paracima.
Da Equação 16.7.10
(com F substituído por
R k), temos
2
2, , ,
S
D
R dS
R x y u x y dA
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Sobre S1, temos z = u 1( x , y , mas aqui a
normal n aponta para baixo, então
multiplicamos por –1:
1
1, , ,
S
D
R dS
R x y u x y dA
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Portanto, a Equação 6 fica
2 1, , , , , ,S
D
R dS
R x y u x y R x y u x y dA
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Comparando com a Equação 5, temos que
As Equações 2 e 3 são demonstradas de modo
análogo, usando as expressões para E como
uma região do tipo 2 ou do tipo 3.
S E
R R dS dV
z
k n
TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração
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Observe que o método de demonstração
do Teorema do Divergente é muito
semelhante ao do Teorema de Green.
TEOREMA DO DIVERGENTE
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DIVERGENTE EXEMPLO 1
Determine o fluxo do campo vetorial
F( x , y , z ) = z i + y j + x k
sobre a esfera unitária
x 2 + y 2 + z 2 = 1
Primeiro calcularemos o divergente de F:
div 1 z y x x y z
F
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A esfera unitária S é a fronteira da bola
unitária B dada por: x 2 + y 2 + z 2 1
Então, o Teorema do Divergente dá o fluxo como
34
3
div 1
41
3
S B B
F dS dV dV
V B
F
DIVERGENTE EXEMPLO 1
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Calcule onde:
F( x , y , z) = xy i + (y 2 + e xz 2) j + sen( xy) k
S é a superfície da
região E limitada pelo
cilindro parabólico
z = 1 – x 2 e pelos planos
z = 0, y = 0, y + z = 2
S
d F SDIVERGENTE EXEMPLO 2
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Seria extremamente difícil calcular a integral
da superfície dada diretamente.
Teríamos de calcular quatro integrais de
superfícies correspondentes às quatro partes de S.
Além disso, o divergente de F é muito menos
complicado que o próprio F:
DIVERGENTE EXEMPLO 2
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Portanto, usamos o Teorema do Divergente
para transformar a integral da superfície dada
em uma integral tripla.
O modo mais fácil de calcular a integral tripla é
escrever E como uma região do tipo 3:
2, , 1 1, 0 1 , 0 2 E
x y z x z x y z
DIVERGENTE EXEMPLO 2
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Assim, temos:DIVERGENTE EXEMPLO 2
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UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES
Apesar de termos demonstrado o Teorema
do Divergente somente para o caso de
regiões sólidas simples, ele pode ser
demonstrado para regiões que são a união
finita de regiões sólidas simples.
O procedimento é semelhante ao usado na Seção
16.4 para estender o Teorema de Green.
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Por exemplo, vamos considerar a região E
que está entre as superfícies fechadas S1 e
S2, onde S1 está dentro de S2.
Sejam n1 e n2 as normais apontando para
fora de S1 e S2.
UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES
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Então, a superfície fronteira de E é:
S = S1 S2
e sua normal n é dada por:
n = –n1 sobre S1n = n2 sobre S2
UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES
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Aplicando o Teorema do Divergente a S,
obtemos
1 2
1 2
1 2
div E S
S
S S
S S
dV d
dS
dS dS
d d
F F S
F n
F n F n
F S F S
UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES Eq. 7
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APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
Vamos aplicar isso ao campo elétrico (veja o
Exemplo 5 na Seção 16.1):
onde S1 é uma pequena esfera com raio a e
centro na origem.
3Q
E x xx
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Você pode verificar que div E = 0 (Exercício 23).
Portanto, da Equação 7 vem
2 1
1
2
divS S E
S
S
d d dV
d
dS
E S E S E
E S
E n
APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
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O ponto importante nesse cálculo é que
podemos calcular a integral de superfície
sobre S1 porque S1 é uma esfera.
O vetor normal em x é x/|x|.
APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
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Portanto,
já que a equação de S1 é |x| = a.
2 23 4
Q Q Q Q
a
xE n x x x
xx x x
APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
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Assim, temos
2 1 1
2
12
2
2
4
4
S S S
Qd dS dS
a
Q A S
a
Qa
aQ
E S E n
APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
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Isso mostra que o fluxo elétrico de E é 4 Qatravés de qualquer superfície fechada S2
que contenha a origem.
Esse é um caso especial da Lei de Gauss
(Equação 16.7.11) para uma única carga.
A relação entre e 0
é = 1/4 0.
APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS
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APLICAÇÕES—FLUIDOS
Outra aplicação do Teorema do Divergente
aparece no escoamento de fluidos.
Seja v( x , y , z ) o campo de velocidade de um
fluido com densidade constante .
Então, a vazão do fluido por unidade de área
é F = v.
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Se P 0( x 0, y 0, z 0) é um ponto no fluido e Ba é
uma bola com centro em P 0 e raio muito
pequeno a.
Então, div F(P ) div F(P 0) para todos os pontosde Ba , uma vez que div F é contínuo.
APLICAÇÕES—FLUIDOS
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Aproximamos o fluxo sobre a fronteira
esférica Sa como segue:
0
0
div
div
div
a a
a
S B
B
a
d dV
P dV
P V B
F S F
F
F
APLICAÇÕES—FLUIDOS
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Essa aproximação se torna melhor à medida
que a 0 e sugere que:
0 01
div lim
a
aa S
P d V B
F F S
APLICAÇÕES—FLUIDOS Equação 8
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FONTE E SORVEDOURO A Equação 8 nos diz que div F(P 0) é a vazão
total por unidade de volume que sai de P 0.
(essa é a razão para o nome divergente).
Se div F(P ) > 0, o escoamento total perto de P é
para fora e P é chamado fonte.
Se div F(P ) < 0, o escoamento total perto de P é
para dentro e P é denominado sorvedouro.
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FONTEPara o campo vetorial da Figura 4, parece
que os vetores que terminam próximo de P 1
são menores que os vetores que iniciam
perto do mesmo ponto P 1.
Então, o fluxo total é
para fora perto de P 1.
Assim, div F(P 1) > 0e P 1 é uma fonte.
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SORVEDOURO
Por outro lado, perto de P 2, os vetores que
chegam são maiores que os que saem.
Aqui o fluxo total é
para dentro.
Assim, div F(P 2) < 0
e P 2 é um sorvedouro.
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Podemos usar a fórmula para F para
confirmar essa impressão.
Como F = x 2 i + y 2 j, temos div F = 2 x + 2y ,
que é positivo quando y > – x .
Assim os pontos acima da reta y = – x
são fontes e os pontos abaixo da reta são
sorvedouros.
FONTE E SORVEDOURO