cap16_sec9_2x4

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  • 8/16/2019 Cap16_Sec9_2x4

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    © 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

    Capítulo 16Cálculo Vetorial

    © 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

    16.9O Teorema do Divergente

    Nesta seção, aprenderemos sobre:

    O Teorema do Divergente para regiões sólidas simples esuas aplicações em campos elétricos e fluídos.

    CÁLCULO VETORIAL

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    INTRODUÇÃO

    Na Seção 16.5, reescrevemos o Teorema de

    Green na versão vetorial

    onde C é a curva fronteira da região do

    plano D, orientada positivamente.

    div ( , )C 

     D

    ds x y dA  F n F

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    Se quisermos estender esse teorema para

    campos vetoriais em R³, podemos

    conjecturar que

    onde S é a superfície fronteira da região

    sólida E .

    div ( , , )S E 

    dS x y z dV  

     F n F

    INTRODUÇÃO Equação 1

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    TEOREMA DO DIVERGENTE

     A Equação 1 é verdadeira sob hipóteses

    apropriadas e é chamada Teorema do

    Divergente.

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    Observe sua semelhança com os Teoremas

    de Green e de Stokes, pois ele relaciona a

    integral da derivada de uma função

    (div F, nesse caso) sobre uma região com a

    integral da função original F sobre a fronteira

    da região.

    TEOREMA DO DIVERGENTE

    © 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

    Nesse estágio, você pode fazer uma revisão

    dos vários tipos de regiões sobre os quais

    calculamos integrais triplas na Seção 15.6.

    TEOREMA DO DIVERGENTE

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    REGIÕES SÓLIDAS SIMPLESEnunciaremos e demonstraremos o Teorema

    do Divergente para as regiões E que são

    simultaneamente dos tipos 1, 2 e 3, às quais

    chamaremos regiões sólidas simples.

    Por exemplo: regiões limitadas por elipsoides ou

    caixas retangulares são regiões sólidas simples.

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     A fronteira de F é uma superfície fechada e

    usaremos a convenção, introduzida na

    Seção 16.7, de que a orientação positiva é

    para for a.

    Ou seja, o vetor normal unitário n apontará

    para fora de E .

    REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES

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    Seja:

    E uma região sólida simples

    S a superfície fronteira de E , orientada

    positivamente (para fora).

    F um campo vetorial cujas funções componentes

    tenham derivadas parciais contínuas em uma

    região aberta que contenha E .

    Então, divS E 

    d dV   F S F

    TEOREMA DO DIVERGENTE

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    Portanto, o Teorema do Divergente afirma

    que:

    sob as condições dadas, o fluxo de F pela

    superfície fronteira de E é igual à integral tripla

    do divergente de F em E .

    TEOREMA DO DIVERGENTE

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    TEOREMA DE GAUSS

    O Teorema do Divergente é às vezes

    chamado Teorema de Gauss, em

    homenagem ao grande matemático alemão

    Karl Friedrich Gauss (1777 -1855).

    Ele descobriu esse teorema durante suas

    pesquisas sobre eletrostática.

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    TEOREMA DE OSTROGRADSKY

    Em muitos países da Europa, o Teorema do

    Divergente é conhecido como Teorema de

    Ostrogradsky, em homenagem ao

    matemático russo Mikhail Ostrogradsky

    (1801-1862).

    Ele publicou esse resultado em 1826.

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    Seja F = P i + Q j + R k

    Então,

    logo,

    div  P Q R

     x y z 

    F

    div E 

     E E E 

    dV 

     P Q RdV dV dV  

     x y z 

     

     

    F

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Se n é o vetor normal unitário para fora de S,

    então a integral de superfície do lado

    esquerdo do Teorema do Divergente é

    S S 

    S S S 

    d d 

     P Q R dS 

     P dS Q dS R dS 

     

     

     

    F S F n S

    i j k n

    i n j n k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Portanto, para demonstrar o Teorema do

    Divergente, é suficiente demonstrar as três

    seguintes equações:

    S E 

    S E 

    S E 

     P  P dS dV 

     x

    QQ dS dV  

     y

     R R dS dV 

     z 

     

     

     

    i n

     j n

    k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Equações 2 - 4

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    Para demonstrar a Equação 4, usamos o

    fato de que E é uma região do tipo 1:

    onde D é a projeção de E sobre o plano xy .

    1 2, , , , , , E 

     x y z x y D u x y z u x y

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Pela Equação 15.6.6, temos

    Portanto, pelo Teorema Fundamental do

    Cálculo,

    TEOREMA DO DIVERGENTE Equação 5

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     A superfície fronteira

    S é formada por três

    partes:

    a superfície do fundo S1

    a superfície do topo S2

    possivelmente, uma superfície vertical S3, que está

    acima da curva fronteira de D (Pode acontecer de

    S3 não existir, como no caso da esfera.)

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Observe que sobre S3, temos k · n = 0,

    porque k é vertical e n é horizontal, e assim

    3

    3

    0 0

     R dS 

    dS 

     

     

    k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Logo, independentemente da existência de

    uma superfície vertical, podemos escrever 

    1 2S S S 

     R dS R dS R dS   k n k n k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Equação 6

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     A equação de S2 é z = u 2( x , y ), ( x , y ) D,

    e o vetor normal que sai de n aponta paracima.

    Da Equação 16.7.10

    (com F substituído por 

    R k), temos

    2

    2, , ,

     D

     R dS 

     R x y u x y dA

     

     

    k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Sobre S1, temos z = u 1( x , y , mas aqui a

    normal n aponta para baixo, então

    multiplicamos por  –1:

    1

    1, , ,

     D

     R dS 

     R x y u x y dA

     

     

    k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Portanto, a Equação 6 fica

      2 1, , , , , ,S 

     D

     R dS 

     R x y u x y R x y u x y dA

     

     

    k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Comparando com a Equação 5, temos que

     As Equações 2 e 3 são demonstradas de modo

    análogo, usando as expressões para E como

    uma região do tipo 2 ou do tipo 3.

    S E 

     R R dS dV 

     z 

     k n

    TEOREMA DO DIVERGENTE Demonstração

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    Observe que o método de demonstração

    do Teorema do Divergente é muito

    semelhante ao do Teorema de Green.

    TEOREMA DO DIVERGENTE

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    DIVERGENTE EXEMPLO 1

    Determine o fluxo do campo vetorial

    F( x , y , z ) = z i + y j + x k

    sobre a esfera unitária

     x 2 + y 2 + z 2 = 1

    Primeiro calcularemos o divergente de F:

    div 1 z y x x y z 

    F

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     A esfera unitária S é a fronteira da bola

    unitária B dada por: x 2 + y 2 + z 2 1

    Então, o Teorema do Divergente dá o fluxo como

    34

    3

    div 1

    41

    3

    S B B

     F dS dV dV 

    V B    

      

     F

    DIVERGENTE EXEMPLO 1

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    Calcule onde:

    F( x , y , z) = xy i + (y 2 + e xz 2) j + sen( xy) k

    S é a superfície da

    região E limitada pelo

    cilindro parabólico

    z = 1 – x 2 e pelos planos

    z = 0, y = 0, y + z = 2

    d  F SDIVERGENTE EXEMPLO 2

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    Seria extremamente difícil calcular a integral

    da superfície dada diretamente.

    Teríamos de calcular quatro integrais de

    superfícies correspondentes às quatro partes de S.

     Além disso, o divergente de F é muito menos

    complicado que o próprio F:

    DIVERGENTE EXEMPLO 2

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    Portanto, usamos o Teorema do Divergente

    para transformar a integral da superfície dada

    em uma integral tripla.

    O modo mais fácil de calcular a integral tripla é

    escrever E como uma região do tipo 3:

    2, , 1 1, 0 1 , 0 2 E 

     x y z x z x y z 

    DIVERGENTE EXEMPLO 2

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     Assim, temos:DIVERGENTE EXEMPLO 2

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    UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES

     Apesar de termos demonstrado o Teorema

    do Divergente somente para o caso de

    regiões sólidas simples, ele pode ser

    demonstrado para regiões que são a união

    finita de regiões sólidas simples.

    O procedimento é semelhante ao usado na Seção

    16.4 para estender o Teorema de Green.

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    Por exemplo, vamos considerar a região E

    que está entre as superfícies fechadas S1 e

    S2, onde S1 está dentro de S2.

    Sejam n1 e n2 as normais apontando para

    fora de S1 e S2.

    UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES

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    Então, a superfície fronteira de E é:

    S = S1 S2

    e sua normal n é dada por:

    n = –n1 sobre S1n = n2 sobre S2

    UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES

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     Aplicando o Teorema do Divergente a S,

    obtemos

    1 2

    1 2

    1 2

    div E S 

    S S 

    S S 

    dV d 

    dS 

    dS dS  

    d d 

     

     

     

     

    F F S

    F n

    F n F n

    F S F S

    UNIÃO DE REGIÕES SÓLIDAS SIMPLES Eq. 7

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    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

    Vamos aplicar isso ao campo elétrico (veja o

    Exemplo 5 na Seção 16.1):

    onde S1 é uma pequena esfera com raio a e

    centro na origem.

      3Q 

    E x xx

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    Você pode verificar que div E = 0 (Exercício 23).

    Portanto, da Equação 7 vem

    2 1

    1

    2

    divS S E 

    d d dV  

    dS 

     

     

     

    E S E S E

    E S

    E n

    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

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    O ponto importante nesse cálculo é que

    podemos calcular a integral de superfície

    sobre S1 porque S1 é uma esfera.

    O vetor normal em x é x/|x|.

    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

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    Portanto,

     já que a equação de S1 é |x| = a.

    2 23 4

    Q Q Q Q

    a

     

    xE n x x x

    xx x   x

    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

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     Assim, temos

    2 1 1

    2

    12

    2

    2

      4

    4

    S S S 

    Qd dS dS  

    a

    Q A S 

    a

    Qa

    aQ

     

     

     

      

     

     E S E n

    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

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    Isso mostra que o fluxo elétrico de E é 4  Qatravés de qualquer superfície fechada S2

    que contenha a origem.

    Esse é um caso especial da Lei de Gauss

    (Equação 16.7.11) para uma única carga.

     A relação entre  e  0

    é  = 1/4    0.

    APLICAÇÕES—CAMPOS ELÉTRICOS

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    APLICAÇÕES—FLUIDOS

    Outra aplicação do Teorema do Divergente

    aparece no escoamento de fluidos.

    Seja v( x , y , z ) o campo de velocidade de um

    fluido com densidade constante .

    Então, a vazão do fluido por unidade de área

    é F = v.

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    Se P 0( x 0, y 0, z 0) é um ponto no fluido e Ba é

    uma bola com centro em P 0 e raio muito

    pequeno a.

    Então, div F(P ) div F(P 0) para todos os pontosde Ba , uma vez que div F é contínuo.

    APLICAÇÕES—FLUIDOS

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     Aproximamos o fluxo sobre a fronteira

    esférica Sa como segue:

    0

    0

    div

    div

    div

    a a

    a

    S B

     B

    a

    d dV 

     P dV 

     P V B

     

     

    F S F

    F

    F

    APLICAÇÕES—FLUIDOS

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    Essa aproximação se torna melhor à medida

    que a 0 e sugere que:

    0 01

    div lim

    a

    aa   S 

     P d V B

     F F S

    APLICAÇÕES—FLUIDOS Equação 8

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    FONTE E SORVEDOURO A Equação 8 nos diz que div F(P 0) é a vazão

    total por unidade de volume que sai de P 0.

    (essa é a razão para o nome divergente).

    Se div F(P ) > 0, o escoamento total perto de P é

    para fora e P é chamado fonte.

    Se div F(P ) < 0, o escoamento total perto de P é

    para dentro e P é denominado sorvedouro.

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    FONTEPara o campo vetorial da Figura 4, parece

    que os vetores que terminam próximo de P 1

    são menores que os vetores que iniciam

    perto do mesmo ponto P 1.

    Então, o fluxo total é

    para fora perto de P 1.

     Assim, div F(P 1) > 0e P 1 é uma fonte.

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    SORVEDOURO

    Por outro lado, perto de P 2, os vetores que

    chegam são maiores que os que saem.

     Aqui o fluxo total é

    para dentro.

     Assim, div F(P 2) < 0

    e P 2 é um sorvedouro.

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    Podemos usar a fórmula para F para

    confirmar essa impressão.

    Como F = x 2 i + y 2 j, temos div F = 2 x + 2y ,

    que é positivo quando y > – x .

     Assim os pontos acima da reta y = – x 

    são fontes e os pontos abaixo da reta são

    sorvedouros.

    FONTE E SORVEDOURO