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  • 7/24/2019 Artigo Computador e Vygotsky

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    COMPUTADOR/INTERNETCOMOINSTRUMENTOSDE

    APRENDIZAGEM:UMAREFLEXOAPARTIRDAABORDAGEM

    PSICOLGICAHISTRICOCULTURAL

    MariaTeresadeAssunoFreitas1

    (PPGE/UFJF)

    [email protected]

    RESUMO

    Discutocomoateoriahistricocultural,atravsdeseusconceitosbsicos,permitepensarocomputador /internet

    como instrumentos de aprendizagem. Inicialmente situo a escola refletindo sobre suas dificuldades para a

    incorporao do computador/internet pratica pedaggica. Apresento, em seguida, uma reflexo terica

    compreendendo o papel mediador exercido por essa tecnologia que se constitui, ao mesmo tempo como

    instrumentotecnolgicoesimblico.

    PALAVRASCHAVE:escola;computador/internet;instrumentosdeaprendizagem

    ABSTRACT

    Ihavediscussedhowthehistoricalculturaltheory,throughitsbasicconcepts,allowstothinkthecomputer/internet

    as learning tools. First, I place school reflecting about its difficulties from the computer/Internet incorporation

    towardspedagogicalpractice.ThenIintroduceatheoreticalreflectioncomprehendingthemediatorroleperformed

    bythistechnologythatconstitutesitself,atthesametime,astechnologicalandsymbolictool.

    KEYWORDS:school;computer/internet;learningtools

    1 AESCOLADIANTEDAINOVAODODIGITAL

    Considero que o desenvolvimento do computador e a expanso da Internet tem e ter conseqncias muito

    importantesparaaescola. Issosempensaressastecnologiascomopanaciadetodososproblemasescolares,mas

    compreendendoascomoumanovaperspectivadeaprendizagem,umaoutravisodeacessos informaeses

    formasdecomunicao. Aescola,segundoSalvat (2000),pelaprimeiravezemsuahistria,noest isolada,ela

    1Coordenadora do Grupo de Pesquisa Linguagem, Interao e Conhecimento -LIC da FACED-UFJF Financiamento CNPq e FAPEMIG

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    podeestarconectadaaoutroscentros,aoutrasfontesde informaoqueestoalmdasparedesdasaladeaula,

    dos livros, dos textos. E isto de fato conduz a uma alterao da vida escolar.No entanto, compreendo que as

    inovaesnaescolasefazemdeumaformamuitolenta.Aculturaescolarpresaemseusritos,temdificuldadesdese

    desinstalareacolheronovo.Eissoacontececommuitamaisforaemrelaoaocomputadoreinternet.Segundo

    Lvyaescola

    umainstituioquehcincomilanossebaseianofalar/ditardomestre,na

    escritamanuscritadoalunoe,hquatrosculos,emumusomoderadoda

    impresso(1999:p.89).

    Assumir o computador/internet com o que eles disponibilizam e possibilitam uma tarefa difcil, pois supe o

    abandonodeumhbitoantropolgicomaisquemilenar, oquenopodeserfeitoemalgunsanos.

    O problema se acentua, uma vez que computadores e internet so introduzidos na escola como smbolo de

    renovaoemodernidade,centrandoseainovaonatecnologiacomoelementoinovador.Issosuperficialemuito

    pouco,pois,porsis,essatecnologianopoderealizaraesperadarevoluopedaggica. Sequiparasescolascom

    laboratriosde informticaeacessointernetnogarantiadeumavanopedaggico.Tambmaintroduodo

    usodocomputador/internet nopodesedarapenasporqueessaumademandadasociedadeatual.importante

    compreenderqueestes instrumentos,consideradosporsimesmos,soapenasobjetos,coisas,mquinasequea

    mediaohumana

    em

    seu

    contexto

    de

    utilizao

    que

    os

    transforma

    como

    meios

    de

    ensino

    einstrumentos

    de

    aprendizagem.

    Oscomputadoreschegamdevagarnaescolaeosprofessoresde incio,olhamparaelescomoestranhos,comum

    certomedodaquiloquenoconhecembem,depoiscomcuriosidade,etimidamente,tentam incorporlosaoseu

    fazer. Incorporaodifcil,quenodizerdeSalvat(2000),sedetmcampodovisvel.Paraessaautorassepodefalar

    de integrao do computador e internet quando o seu uso se torna habitual nas aulas para as tarefas de

    leitura/escrita,obtenode informaes, experimentaes, simulaes, comunicaes, etc.Umuso tonatural e

    comumcomoodo livro,do lpis,doquadroedogizquejso invisveis.Portanto,a integraoacontecequando

    essa

    nova

    tecnologia

    deixa

    de

    ser

    visvel

    no

    cotidiano

    escolar

    para

    se

    tornar

    invisvel,

    natural.

    Averdadeira integraodocomputador/internetnarealidadedaescolasupeumanovaorganizaoescolarmais

    descentrada,um currculomais flexvel,a instauraodenovos temposescolares,menos rgidos eprogramados,

    mudanas no prprio espao da sala de aula. E isso no acontece de um dia para outro: requer tempo, ajudas

    especficas,incentivos,todaumaestruturadeapoio.

    Salvat (2000) diz que as inovaes tecnolgicas na escola obedecem a um certo ciclo: primeiro so criadas as

    expectativas, em seguida surgem os textos, a produo da literatura especializada sobre o assunto, so depois

    elaboradaspolticaseducativasparasuaintroduonasescolas eporfiminiciaseoseuusolimitado.

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    Considero quenoBrasilj vencemos as trsprimeiras fases e estamos enfrentando aquarta.Temosumusodo

    computadoredainternetaindabastantelimitadonaescola,masqueestseexpandindoindependentedela.Oque

    temacontecidodefatoqueesteusoestsedesenvolvendomuitomaisforadosmurosescolarescomopesquisas

    coordenadaspormimentre1999e2003,puderamevidenciar.2

    Comoousodocomputador/internetpodepenetrarnaescolaeserapropriadopelosprofessores?

    Nossaltimapesquisa(20032006)3compreendeuatravsdasprticasdiscursivasdosprofessoresparticipantesas

    dificuldades para a insero na escola do computador/internet e sua conseqente apropriao por parte dos

    docentes.Osatuaisprofessorespertencemaumageraode transionoquese refereaocomputador/internet.

    Elespodemserconsideradosestrangeirosdigitaisdiantedeseusalunosnativosdigitais.Essadiferenadeculturas

    precisaserenfrentadaparaqueodilogoentreelasacontea.Assim,osprofessoresdetodososnveiseducacionais

    precisam seaproximardestanova culturaeaprender comosquedelaparticipam,conhecendoecompreendendo

    maiso letramentodigitaldeseusalunoseconstruindocomelesnovas relaesdeaprendizagempermitidaspela

    utilizaodocomputador/internet.

    2 COMPUTADOR/INTERNET:INSTRUMENTOSCULTURAISDEAPRENDIZAGEM

    Comocompreenderocomputadoreainternetcomoinstrumentosculturaisdeaprendizagem?

    Procurando responder essa questo apresento uma reflexo a partir da perspectiva histricocultural

    discutindoossentidosdos termos instrumento,cultura,eaprendizagemno interiordestateoriapsicolgica.

    Apesardeseusautoresteremvividoemumtempoemque astecnologiasdocomputadoreda interneteram

    ainda impensveis,asteoriasque construrampodemseconstituircomoumolhartericocriativosobreeste

    novoobjeto.Aformahistrica,social,culturalcomopensaramohomem,permitehojeodilogo,apartirde

    sua teoria,com estesnovosinstrumentosculturais.

    Vygotskytem uma concepodoconhecimentoque avanaemrelaosteoriaspsicolgicassubjetivistase

    objetivistas que apresentamse fragmentadas e ahistricas considerando o sujeito de forma abstrata e

    descontextualizada. Dessa forma acentuam a natureza individual do homem em detrimento das circunstncias

    sociaisqueoenvolvem. AinsatisfaocomosdoismodelospsicolgicosobjetivistasesubjetivistaslevouVygotsky

    buscadeumasuperaonumaperspectivaque,baseandosenadialticamarxista,pudessecompreenderohomem

    realeconcreto.Aoempreenderumacrticadapsicologiadeseu tempo,apresentounouma terceiraviaparase

    2Pesquisa: A construo/produo da leitura/escrita na internet e na escola: Uma abordagem scio-cultural (CNPq/FAPEMIG). Ver

    Freitas; Costa 2005.3

    Pesquisa: Letramento digital e aprendizagem na era da internet: um desafio para a formao de professores (CNPq/FAPEMIG). VerFreitas, 2005a.

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    compreenderaconstruodoconhecimento,masfoimaislonge,realizandodefatoumrompimentoaoarticularsua

    propostapsicolgica inovadora.(Freitas:1994).Essaaperspectivahistricocultural,paraaqualoconhecimento

    no adquiridomas construdonarelaocom ooutro.Umarelaodialticaentresujeitoeobjeto,isto,entre

    osujeitoeomeiohistrico.uma questodebasesocial,deumarelaonoscomobjetos,masprincipalmente

    umarelaoentrepessoas,entresujeitos.

    Ocaminhodoobjetoatacrianaedestaatoobjetopassaatravsdeoutrapessoa.

    Essa estruturahumana complexa oprodutodeumprocessodedesenvolvimento

    profundamente enraizado nas ligaes entre histria individual e histria social

    (Vygotsky,1991:p.33)

    Paraoautora relaodo sujeito como conhecimentono ,portanto,uma relaodireta,masmediada. Essa

    mediaoseprocessaviaumoutro,viainstrumentosesignos.

    O conceito demediao central em sua teoria e paramelhor compreendelo preciso partir do que o autor

    considera como instrumento.A noo de instrumento nopode ser consideradadesvinculadadaperspectiva do

    desenvolvimentohumano visto comooentrelaamentodonatural,biolgico como cultural.Vygotsky (1995)ao

    formularoprincpiogeraldesua teoriadizendoqueas funesmentaissuperioresespecificamentehumanastm

    umaorigem

    social

    est

    dizendo

    que

    na

    histria

    do

    homem

    h

    um

    duplo

    nascimento:

    obiolgico

    eocultural.

    A

    inseronaculturapelainteraocomooutrovialinguagemquepossibilitaacrianasetornardeumsimplesser

    biolgico em um ser cultural, humano.Nesse sentido, de acordo com Pino (2005), a humanizao do indivduo

    confundesecomoprocessodeapropriaodessacultura.Apropriaoqueseprocessaporumexerccioativoda

    criananarelaocomooutro.nessecontextotericoqueVygotsky incluianoode instrumentoconstrudaa

    partirdaconcepode trabalhoemMarxeEngels.O trabalhoparaessesautoresaparececomoumprocessode

    hominizao,poisatravsdeleohomemaodominaranaturezaassumeocontroledesuaevoluoquehistrica.

    Notrabalhoohomemutilizainstrumentosparaefetuarmodificaesnoobjetoeaofazlomodificaseasimesmo.

    Assimousodeinstrumentostambmumaformadehumanizao,pelaqualohomemtransformaocursodesua

    existncia

    de

    natural

    para

    cultural.

    Vygotskyconstriapartirdessaidiadeinstrumentomaterialumaanalogiaparachegaraoconceitodeinstrumento

    psicolgicoousigno,procurandomostraremqueelessedistinguem.

    Adiferenamaisessencialentresignoeinstrumento,eabasedadivergnciarealentreas

    duas linhas, consiste nas diferentes maneiras com que eles orientam o comportamento

    humano.Afunodoinstrumentoservircomoumcondutordainflunciahumanasobreo

    objetodaatividade;eleorientadoexternamente;devenecessariamentelevaramudanas

    nos objetos.Constitui ummeiopelo qual a atividade humana externa dirigidapara o

    controleeodomniodanatureza.Osigno,poroutro lado,nomodificaemnadaoobjeto

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    daoperaopsicolgica.Constituiummeiodaatividadeinternadirigidoparaocontroledo

    prprio indivduo; o signo orientado internamente. Essas atividades so to diferentes

    uma da outra, que a natureza dos meiospor elas utilizados nopode ser a mesma.(

    Vygotsky,1991,p.62)

    Estesconceitosdeinstrumentomaterialoutcnicoeinstrumentopsicolgicoousimblicopermitemcompreender

    que amediao para Vygotsky (1991) pode ser exercida por ferramentas e signos.Daniels (2003), ao discutir a

    questodosinstrumentosemVygotsky,citaumaargumentaodeKozulin,queencontraemVygotskytrsclasses

    demediadores: ferramentasmateriais, ferramentas psicolgicas e outros seres humanos.Diante disso indago:

    possvel afirmar que computador e internet so instrumentos culturais? Como essas mediaes acima referidas

    podemocorrernousodocomputadoredaInternet?

    Pensandoocomputadore internetcomoolhardaperspectivahistricoculturalprocuro inicialmentecompreender

    comoapartirda idiadeculturaemVygotskypossochamlosdeculturais.Aquestodaculturaestpresenteno

    tododaobradeVygotskymasnohumtextoespecficoaeladedicado.Nointeriordeseutrabalhosobreorigeme

    natureza das funes mentais superiores h uma pequena referncia explicitando que: cultura o produto,ao

    mesmo tempo,davidasocialedaatividade socialdohomem (1997:106).Partindodesseenunciado,Pino (2005)

    realizaumainteressantediscussodizendoqueneleestpresenteaidiadequeaculturaumaproduohumanae

    queessa

    produo

    tem

    como

    fontes

    avida

    social

    eaatividade

    social

    do

    homem.

    Continua

    sua

    argumentao

    dizendoqueesteconceitodeculturaenglobaumamultiplicidadedecoisasdiferentesquetmemcomumofatode

    seremconstitudasdosdoiscomponentesquecaracterizamasprodueshumanas:amaterialidadeeasignificao.

    Issopermiteentenderaexistnciadedoissubconjuntosdeprodueshumanasouobjetosculturais.Oprimeiro

    resultadodaaofsicadohomemsobreanaturezaconferindolheumaformamaterialqueveiculaumasignificao.

    Osegundo formadopelasproduesresultantesdaatividadementaldohomemsobreobjetossimblicos,como

    usodemeiossimblicos(diferentestiposdelinguagem)cujaexteriorizao(comunicaocomosoutros)sefazpor

    formasmateriaisdeexpresso.

    Continuando

    suas

    reflexes

    Pino

    (2005)

    afirma

    Instrumentosesmbolosconstituemosdoismeiosdeproduodacultura. [...]Essesdois

    meiosdenaturezatodiferentetmemcomumofato,japontadoporVygotsky,deserem

    mediadores da ao humana sobre a natureza, no caso do instrumento, e sobre as

    pessoas,nocasodosmbolo.[...]...ambos sojprodutodessamesmaaohumana.Ora,

    oquedefineoprodutodaaohumanaqueelaaconcretizaoda idiaquedirigea

    ao.[...]Todasasprodueshumanas,ouseja,aquelasquerenemascaractersticasque

    lhe conferemo sentidodohumano, soprodues culturaise se caracterizampor serem

    constitudaspordoiscomponentes:ummaterialeoutrosimblico,umdadopelanaturezae

    outroagregadopelohomem.(p:9091)

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    Assim,vejoqueacriaodocomputadoreapartirdeleda internetsooresultadodeumesforodohomemque

    interferindona realidadeemquevive constriestesobjetos culturaisda contemporaneidade,que soaomesmo

    tempouminstrumentomaterialeuminstrumentosimblico.

    Partindo da idia de instrumento tcnico e simblico emVygotsky vejo que alm de um instrumento tcnico o

    computadorpodetambmserconsideradouminstrumentosimblico.ParaDuran(2008)ocomputadorumobjeto

    fsico,ohardware,maseletemtambmumadimensosimblica,poisseufuncionamentodependedosoftware,a

    parte lgica que coordena suas operaes. Em textos anteriores (Freitas, 2005 e 2007/2008) comento que

    compreendoocomputadorea internetcomo instrumentosde linguagem,de leituraeescrita.Como instrumento

    informticoo computadorumoperador simblico,pois seuprprio funcionamentodependede smbolos.Seus

    programassoconstrudosapartirdeumalinguagembinria.Paraacionlotemosqueseguirinstruesescritasna

    tela, movimentando o mouse entre diferentescones ou usando o teclado (com letras e nmeros) para redigir

    instruesecolocloemao.AnavegaopelaInternettodafeitaapartirdaleitura/escrita.lendo/escrevendo

    queinteragimoscompessoasadistnciaatravsdeemail,oudebatepaposemcanaisdechatsouparticipamosde

    comunidadescomonosOrkuts. lendo/escrevendoquenavegamosporsitesda Internetnumtrajetohipertextual

    embuscadeinformaesouentretenimento.

    Nessesentidopossvelcompreenderopapelmediadorexercidoporestesinstrumentosquesoaomesmotempo

    tecnolgicosesimblicos.

    3 AMEDIAOHUMANANOUSODOCOMPUTADOR/INTERNET

    Astrsordensdemediaesocorremnousodocomputadoredainternet.amediaodaferramentamaterial:o

    computadorenquantomquina;amediaosemiticaatravsdalinguagemeamediaocomosoutrosenquanto

    interlocutores.Computador/internetintroduzemumaformadeinteraocomasinformaes,comoconhecimento

    ecomasoutraspessoas,totalmentenova,diferentedaqueaconteceemoutrosmeioscomoamquinadeescrever,

    o

    retroprojetor.

    No

    uso

    do

    computador

    e

    da

    internet

    a

    ao

    do

    sujeito

    se

    faz

    de

    forma

    interativa

    e

    enquanto

    l/escreve, novos fatores intelectuais so acionados: a memria (na organizao de bases de dados,

    hiperdocumentos,organizaodearquivos);a imaginao (pelassimulaes);apercepo (apartirdas realidades

    virtuais, telepresena).Outros tiposdecomunicaoafetamosusuriospor vrioscanais sensoriais, combinando

    texto, imagem,cor,som,movimento.Tratasedeumanovamodalidadecomunicacionalabsolutamentediferente

    possibilitadapelodigital:a interatividade.Comunicarno simplesmente transmitir,masdisponibilizarmltiplas

    disposiesintervenodointerlocutor.(Silva,2003).Essacomunicaointerativaapresentasecomoumdesafio

    para a escola que est centrada no paradigma da transmisso. Instaurase, com essa nova modalidade

    comunicacional,umanova relaoprofessoralunocentradanodilogo,naaocompartilhada,naaprendizagem

    colaborativa na qual o professor um mediador. Computador e Internet se mostram como adequados a uma

    conceposocialdeaprendizagem,queserealizanainterao. Osprofessoresteroqueenfrentarohipertextocom

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    suano linearidade,sua rededeconexes,sua leituraqueseconverteemescritura.Onovo leitornoummero

    receptor,masinterfere,manipula,modifica,reinventa.Assim,oprofessornopodeserapenasumtransmissor,mas

    devesetornarumprovocadordeinterrogaes,umcoordenadordeequipesdetrabalho.

    A internet permite escola o desenvolvimento de diferentes atividades: a) busca gil de informaes (pesquisa

    escolar,visitasamuseuseoutroslugares,visitasasitesinterativos,artesplsticas,msica,literatura,cursosvirtuais);

    b) interaes com pessoas (fruns e listas de discusso, comunidades virtuais, chats emails); c)entretenimento

    (jogos,simulaes).Essasatividadesampliamoespaodaaulapresencialepermitemaosalunosummaioracessos

    informaesquetrabalhadasemconjuntocomcolegaseprofessorespodemsetransformarememconhecimento.

    interessanteobservarqueoscontatosentreosparticipantesemfrunsou listasdediscussoouematividadesem

    ambientesvirtuaisdeaprendizagemcomoomoodlese realizamvia leituraeescrita.Nessasprticasdiscursivas

    possveluma interaoverbalviva,significativaquedesenvolveaargumentaoe levaconseqentementeauma

    maior apropriao dos temas em estudo. A se realiza de forma bem concreta a perspectiva da aprendizagem

    colaborativapropostaporVygotsky.

    Refletindo sobre o trabalho desenvolvido em pesquisas anteriores com alunos em formao inicial ou com

    professoresemsuaformaocontinuada,perceboanecessidadedeseencontrarestratgiasparaodesenvolvimento

    dessa aprendizagem de perspectiva social e colaborativa na escola. A marca de uma educao tradicional ou

    tecnicistaainda

    muito

    forte

    nos

    meios

    educacionais.

    A

    exposio

    didtica,

    apesar

    de

    seus

    aspectos

    negativos

    e

    criticveis, ainda hoje predominante em todos os nveis de ensino levando o aluno a se defrontar com um

    conhecimentoneutro,jpronto,querecebepassivamente.Derrubamsesobreosalunosinformaes,referentesaos

    contedosdasdiferentesdisciplinas,quedevemsermemorizadasedepois reproduzidas.Esteprocessomecnico

    excluia reflexopessoal sobreomaterialdeestudo,aspossibilidadesdecriaoeapropriaopessoal (Freitase

    Santos,2006).Oquesevapenasumaidentificaoenoumasignificaoemrelaoaoquelhesapresentado

    peloprofessor.Oque acontece,portanto, uma compreensopassivaquede acordo comBakhtin (1988) exclui

    qualquerrespostapessoal.Paraesteautor,acompreensodeveserativacontendoemsiogermedeumaresposta.

    A

    cada

    palavra

    da

    enunciao

    que

    estamos

    em

    processo

    de

    compreender,

    fazemoscorresponderumasriedepalavrasnossas,formandoumarplica.

    Quanto mais numerosas e substanciaisforem, maisprofunda e real a

    nossacompreenso(Bakhtin,1988:p.132).

    Senosedervozaoaluno,seelenotivercondieseespaoparadizer,impedeseseuprocessodecompreenso

    ativa.Alis,estasupe,deacordocomBakhtin(1988),umainterlocuo,umainteraoverbalnaqualhsempreum

    falanteeumouvintequesealternamequeseengajamemumprocessodiscursivodialgico.Nesseprocesso,que

    permitea contrapalavra,aargumentao,que se tornapossvelumaaprendizagemque seorganizaemnovas

    formasdepensarapartirdosobjetosdeestudo.EssaidiadeBakhtin,deumasituaocompartilhadaquefavorece

    a aprendizagem defendida tambm por Vygotsky (1991a), quando afirma que o processo de construo do

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    conhecimentoaconteceprimeironoplanointerpessoalparadepoisacontecernoplano intrapessoal.Paraelesh

    aprendizagemquandoapessoainternalizaoquejfoiexperienciadoexternamente,apropriase,isto,tornaprprio

    oquefoiconstrudocomumoutro.Nesseprocesso,segundoBakhtin(2003),aspalavrasalheiastornamsepalavras

    minhas,perdemasaspas.Leontiev(1975),aosereferiraesteprocessodeinternalizaodoconhecimento,dizquea

    apropriao a reproduo pelo indivduo das capacidades humanas formadas historicamente, atravs de sua

    prpria atividade.Pormeio do processo de interiorizao, a realizao da atividade, que era coletiva e externa,

    converteseem individual,eosmeiosde suaorganizao,em internos.Dessa forma,aatividade sejaexternaou

    interna,temumabasematerialeumaconstruoscioindividual(Sforni,2004).

    FazendomenoaoprocessoeducativonoqualessaapropriaodeveacontecerLeontievdiz:

    As aquisies do desenvolvimento histrico das aptides humanas no so

    simplesmente dadas aos homens nosfenmenos objetivos da cultura material e

    espiritual que os encarnam, mas so a apenaspostas. Para se apropriar destes

    resultados,parafazerdelesassuasaptides,osrgosdasua individualidade,a

    criana, o ser humano, deve entrar em relao com os fenmenos do mundo

    circundante atravs de outros homens, isto , numprocesso de comunicao com

    eles.Assim,acrianaaprendeaatividadeadequada.Pelasuafunoesteprocesso,

    portanto,um

    processo

    de

    educao

    (1975:

    p.290).

    ParaVygotsky(1991,2001),caberia linguagem,porsuaspropriedadesformaisediscursivasessepapelmediador

    quepeemrelaoohomemesuahistria,acognioeseuexteriordiscursivo.Amediaosemiticapropostapor

    Vygotskymostraque

    no h possibilidades integrais de pensamento ou de contedos cognitivos fora da

    linguagem nem possibilidades integrais de linguagem fora de processos interativos

    humanos,contingenciadosscioculturalmente(Morato,1997:p.39).

    Essa

    posio

    de

    Vygotsky

    enfatiza,

    portanto,

    a

    relao

    do

    sujeito

    com

    o

    conhecimento

    como

    uma

    interao

    entre

    sujeitosviabilizadapela linguagem.Dessa formaoconhecimentoseconstrinas relaes interpessoais.oqueo

    autordefendeissoaodizer:

    Umprocesso interpessoaltransformadonumprocesso intrapessoal.Todasasfunesno

    desenvolvimentoda crianaaparecemduas vezes:primeiro,nonvel social, edepois,no

    nvel individual;primeiro entrepessoas (interpsicolgica) e,depois,no interiorda criana

    (intrapsicolgica)(Vygotsky,1991:p.64).

    Portanto,osujeitodoconhecimentoparaVygotskynoapenasativomasinterativo.Aconstruoindividualo

    resultadodasinteraesentreindivduosmediadospelacultura.

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    Compreendemos, pois, que para Vygotsky as prticas culturais so constitutivas do psiquismo. O ensino

    formal se constituicomouma prtica cultural,portanto tem umpapel formadorem relaoao sujeito.Da,

    considerarmos,com Sforni (2004),que aescola,nas sociedadesescolarizadas,aopossibilitaraohomemsua

    inseronacoletividadecomocidado,podeser consideradacomoresponsvelpelaconstruodebasespara

    odesenvolvimentopsquico.Mas,segundoVygotsky(1991,2001),no qualquerensinoquepossibilitaesse

    desenvolvimentopsquico.Ele acreditaque essedesenvolvimentopodeocorrerpor meiodaaprendizagemdos

    prprios contedos escolares, mediante a aquisio dos conceitos cientficos. A teoria da atividade de

    Leontiev(1992)ampliaessaidiadapromoododesenvolvimentohumanoapartirdoconceitocientfico,ao

    compreenderque ohomemseapropriadoconhecimentocomoser ativo,considerandooconceitocientfico

    como condiodeprodutoda atividadehumana.ParaDavdov (1988), a aprendizagem escolar vai alm da

    aquisio de contedos ou habilidades especficas, consistindo de forma essencial numa possibilidade de

    desenvolvimentopsquico.noprocessoescolarque oalunotomacontatodemaneirasistematizadacom as

    formasdeconscinciasocialpresentesnoconhecimentocientfico,artsticoemoral.

    importantepensarque paraVygotsky(1991,2001)osconceitoscientficossseformam,apartirdapalavra,

    da linguagem,na interao com ooutro.Esteautor vaindaque huma relaodialticaentreosconceitos

    espontneoseosconceitoscientficos.Umconceitocientficospossveldeserconstrudocom baseemum

    conceito espontneo. Por sua vez o conceito espontneo se expande e se enriquece namedida em que

    alimentadopelo

    cientfico.

    isso

    que

    Vygotsky

    chama

    de

    movimento

    ascendente

    edescendente

    dos

    conceitos.Essemovimentodialticono aconteceindividualmenteeinternamenteapenas,mas antesdetudo

    ummovimentodooutroparaoeu/doeuparaooutro.ParaVygotsky,portanto,haprendizagemquandose

    internalizaoque foi vivenciadona relaocom ooutro.A internalizaoaconteceapartirdas significaes

    construdasnoprocessointerativosquaisosujeitoconfereumsentidopessoal.

    A partir das proposies de Leontiev (1992), de que o sujeito se apropria da cultura como um ser ativo,

    podemos compreender que seu desenvolvimento cognitivo pode ser desencadeado ao participar de uma

    atividadecoletivaque lhe traznovasnecessidadeseexignciasdenovosmodosdeao.Assim,oensinoea

    aprendizagem

    significativos

    podem

    se

    tornar

    possveis

    quando

    a

    escola

    favorece

    a

    insero

    do

    aluno

    nesse

    tipodeatividade.

    Toda a pedagogia derivada da psicologia histricocultural, na qual se insere tambm a teoria da atividade, se

    centralizapois,naatividadedosindivduoseminteraoeoconhecimentovistodeformacompartilhada.Alunose

    professoresparticipam deuma construopartilhadado saber.Assim,o conhecimentono se restringe auma

    construoindividualmas,serealizandonocoletivo,umaconstruosocial.Nasaladeaulanodevehaverlugar

    paraoensinareoaprenderdeformaisolada.Todanfasedevesercolocadanoensinar/aprendercomoumprocesso

    nicodoqualparticipamigualmenteprofessoresealunos(Freitas,1998).

  • 7/24/2019 Artigo Computador e Vygotsky

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    Nasaladeaulaoprofessoraqueleque,detendomaisexperincia,podefuncionarintervindoemediandoarelao

    do aluno com o conhecimento. Assim, ele est, em seu esforo pedaggico, procurando criar Zonas de

    DesenvolvimentoProximal1,isto,atuandocomoelementodeajuda,deinterveno,trabalhandojuntocomoaluno

    numaconstruocompartilhadadoconhecimento.Dessamaneira,odesenvolvimentoolhadoprospectivamente:o

    queimportasoosprocessosque,emboraaindanoestejamconsolidados,existemembrionariamentenoindivduo.

    O desenvolvimento real o conhecimento que j est construdo no sujeito, o desenvolvimento j

    consolidado.Oalunochegaaonovoconhecimentopela intervenodeumoutro (professorou colegamais

    experiente),que age em seu campodepossibilidades, construindojuntocom eleparaque depoisele possa

    construirsozinho. Assim,naZonadeDesenvolvimentoProximaloprofessoratuadeformaexplcitainterferindono

    desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanos que no ocorreriam espontaneamente. Isso

    aprendizagemcolaborativa,compartilhada.No possvel,dessa forma,pensarnaaprendizagemcomoalgo

    sinternoque seexternalizamas numarededialgicaque partedoexterno,seinternalizaeseexpressacomo

    idiasproduzidasnoconfrontocom outrasidiasepessoas.

    Vygotskycomessaperspectivadeaprendizagempromotoradodesenvolvimentoresgataaimportnciadaescolae

    dopapeldoprofessorcomoagente indispensveldoprocessodeensinoaprendizagem.Oqueocorrenaescola:a

    intervenodoprofessor e suaajudaatravsdeexplicaes,demonstraes,exemplos,orientaes, instrues,

    fornecimentodepistas,problematizaode situaes,provocaodeargumentaes ede reflexescrticas, so

    ingredientesimportantes

    do

    processo

    de

    ensino

    que

    podem

    levar

    oaluno

    ao

    desenvolvimento.

    assim que,Vygotsky ao considerar a aprendizagem como um processo essencialmente social que ocorre na

    interao com adultos e companheiros mais experientes destaca que as funes psicolgicas humanas so

    construdasnaapropriaodehabilidadeseconhecimentossocialmentedisponveis.

    Essas idias de Vygotsky so complementadas por Davdov (1988), que afirma que a tarefa da escola

    contemporneano consisteemdar aos alunosumacmulodeinformaesmas emensinarlhesaorientarse

    independentementena informaocientficaeemoutrostiposde informaes,construindoconhecimentos.

    Para

    o

    autor

    isso

    significa

    que

    laescueladeveenseara los alumnosapensar,esdecir,desarrolaractivamenteen

    ellos los fundamentos del pensamiento contemporneo, para lo cual es necesario

    organizarumaenseanzaqueimpulseeldesarrollo(llammosiadesarrollante)(p.3)

    ApoiadonopensamentodeDavdov,Libneo(2004)comenta,queascrianasejovensvoescolaparaaprender

    culturaeinternalizarosmeioscognitivosdecompreenderomundoetransformlo.Paraisso,necessriopensar

    estimularacapacidadederaciocnioejulgamento,melhoraracapacidadereflexiva.

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    A leituradessesautoresmeprovocoualgumas indagaes.Comoaescolapodeajudarosalunosaseconstiturem

    como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, para se

    defrontaremcomdilemaseproblemasqueasociedadedainformaoecomunicaodehojelhescoloca?

    Para adequarse s necessidades contemporneas que pedem novas formas de aprendizagem, especialmente

    quelasrelacionadasaousodocomputador/internet,aformaoinicialecontinuadadeprofessoresprecisainstaurar

    areflexosobreopapelmediadordoprofessornapreparaodosalunosparaopensar.

    4 CONSIDERAESFINAIS

    Estesconceitosdiscutidosat aqui,propostospelateoriahistricoculturaltem tudoaver com acompreenso

    do computador/internet como instrumentos culturais de aprendizagem. Como j afirmamos neste texto

    computador e internet so instrumentos tecnolgicos construdos pelo homem que no se constituem em

    merasmquinas.No seequivalema recursoscomouma mquinadeescrever,um retroprojetorque podem

    funcionarcomorecursosdidticosparaoprofessor.Elesvo muitoalmdisso.So defatomediadoresdeum

    conhecimentoenquantoferramentamaterialmas,principalmentesomediadoresdoconhecimentoenquanto

    um instrumento simblico, um instrumentode linguagemepermitemamediao com ooutro, com outras

    pessoasde

    forma

    no

    presencial.

    Computador

    einternet

    abrem

    novas

    possibilidades

    de

    aprendizagem

    por

    permitirem o acesso a uma infinidade de informaes, pelas formas de pensamento que so por eles

    potencializadas, pelas interaes possibilitadas e pela interatividade que proporcionam. Compreendo que

    portanto,elespodempossibilitaraconstruocompartilhadadeconhecimento via interatividade,deque fala

    ateoriahistricocultural;estimularnovasformasdepensamentonoenfrentamentocomahipertextualidade

    neles presente pela interrelao de diversos gneros textuais expressados por diversas linguagens(sons,

    imagensestticasedinmicas,textosemgeral);permitiraconstruodediversospercursosdeaprendizagem

    atravsda atividade do sujeitoque interage com o outro e com o objeto do conhecimentomediadapela

    plasticidadeinterativaprpriadas tecnologiasdigitaistrazidaspelocomputadoreinternet.

    Seoque estmudandoa formacomoseaprende,osprofessoresprecisammudaraformadecomoseensina,

    preocupandosecomaformaodesujeitospensantesecrticospara lidarpraticamentecomarealidade:resolver

    problemas, enfrentar dilemas, tomar decises, formular estratgias de ao, transformar informaes em

    conhecimentos.Oobjetivodoensinoensinaraosestudantesashabilidadesdeapreenderemporsimesmos,ou

    seja,apensar.

    Finalizando, retomo a idia de que computador/internet no so por si ss, garantias de uma inovao no

    processo de aprendizagem escolar. Tudo depende da maneira como so usados, da mediao humana do

    professor.estaque faz todaadiferenapor possibilitaraeficciadas duasoutrasmediaes:atcnicaea

    simblica.Nesse sentido, importante considerar que o receio de que com a chegadado computador eda

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    internetnaescolaoprofessor se tornadesnecessrio,no se sustenta.Ao contrrio,acentuase cada vezmaisa

    importnciadesuapresena,desuamediaohumana.

    Convido, pois, para que nos processos formativos de professores se instaure um espao de reflexo sobre essas

    questes aqui discutidas que possa levar construo de uma posio responsvel e conseqente diante da

    integraonaescoladessesinstrumentosculturaisdeaprendizagem.

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