t01 principios da prospeccao geoquimica
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8/19/2019 T01 Principios Da Prospeccao Geoquimica
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Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Disciplina: Prospecção e Pesquisa Mineral
Código: IA 277
Professor: Francisco Silva
Departamento de Geociências (IA)
UFRuralRJ
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Nota Importante Sobre o Curso
Este curso é dividido em duas partes: a primeira abrange aprospecção e pesquisa, enquanto a segunda parte tem porobjetivo a estimação e avaliação de depósitos minerais.
A parte de prospecção e pesquisa visa estudar os métodos
de aplicação mais comum na procura e descoberta deocorrências e depósitos minerais.
A parte da estimação e avaliação tem por objetivo estudar aaplicação de técnicas utilizadas na caracterização dageometria, volume e distribuição de teores de depósitosminerais.
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Bibliografia
• Pereira, R.M. (2012) “Fundamentos de ProspecçãoMineral”. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 348 p. (2ªedição revista e ampliada)
• Licht, O.A.B., Mello, C.S.B. e Silva, C.R. (2007)
“Prospecção Geoquímica de Depósitos MineraisMetálicos, Não-Metálicos, Óleo e Gás”. SociedadeBrasileira de Geoquímica, CPRM – Serviço Geológico doBrasil, Rio de Janeiro, 788 p.
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Princí pios da Prospecção Geoquí mica
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Princí pios Básicos da Prospecção Geoquí micaPrincí pios Básicos da Prospecção Geoquí mica
• Um dos principais objetivos da prospecção geoquímica é compreender a distribuição dos diferentes elementosquímicos, nos vários componentes do planeta (rochas,solos, córregos, águas minerais, etc.), e aplicar esteconhecimento na identificação de locais onde ocorrem
concentrações que não se enquadram no habitual.
• Algumas das áreas de aplicação da prospecção geoquímicasão:
> Localização de jazidas minerais e de
hidrocarbonetos> Estudo do meio ambiente
> Estudo dos efeitos do ambiente na saúde humana eanimal
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
• Algumas das vantagens da utilização da prospecçãogeoquímica na pesquisa mineral são (Licht, 2007):
> Permite localizar anomalias associadas a
ocorrências minerais de baixo teor ou semexpressão superficial.
> Permite detectar anomalias, deslocadas ou não,associadas a falhamentos que cortam depósitos emprofundidade ou sob cobertura sedimentar.
> Orienta os métodos geofísicos de prospecção naconfirmação de anomalias geoquímicas.
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> Constitui uma ferramenta de baixo custo na
prospecção de depósitos minerais. O mesmo se
aplica à programas regionais de saúde naidentificação da presença de determinadoselementos em quantidades nocivas à saúde.
> Ajudam no refinamento de mapas geológicos ao
contribuir para uma melhor definição dos tiposlitológicos.
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Amostragem Geoquí mica
• Os métodos geoquímicos envolvem a coleta e análise dediferentes tipos de material. Estes métodos são eficientes ecapazes de detectar mineralizações mesmo poucoperceptíveis que, de outra forma, dificilmente seriamreveladas. Os materiais amostrados podem ser:
> Sedimentos de corrente> Solo
> Rochas
> Água
> Plantas> Ar
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• Mesmo após a descoberta de uma mineralização, osmétodos geoquímicos continuam a ser empregados como,
por exemplo, na geoquímica de solos, com o objetivo decontribuir para a delimitação do corpo.
• As amostras de geoquímica são analisadas comumentepara vários elementos químicos, em função da geologia e
do tipo de mineralização.
• Muitos elementos estão associados com certos tipos demineralização e, apesar de não serem os alvos diretos dapesquisa, ajudam na descoberta e delimitação damineralização.
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Noção de Background
• A superfície terrestre apresenta uma grande variedadede tipos litológicos. Estes tipos podem ser descritos emtermos de valores médios de cada um dos elementosquímicos que os compõe.
• No entanto, um conceito distinto e mais aplicável, dada agrande variabilidade química das rochas, mesmo entreaquelas de classificação litológica similar, é a noção debackground .
• O background não representa um único valor. Estecorresponde a uma faixa de valores que flutua entre um
valor mínimo e um valor máximo.
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
• Isto significa dizer que o background representa um
conjunto ou uma distribuição de valores. Estes valores são
considerados como usuais ou de ocorrência comum.
• O termo aplica-se com relação a concentração dedeterminado elemento químico, em um meio específico,como rocha, água, solo, etc.
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Elem Solos Crosta Argilas Í gnea Félsica Interm Máfica Ultram
Ti 4600 5000 4500 4400 2300 8000 9000 3000
Mn 850 975 760 1000 500 1200 2200 1300
Ba 500 450 690 640 720 650 270 15
Zr 300 190 200 170 190 260 100 30
Sr 300 385 450 350 290 800 440 27
Cr 200 150 130 117 14 56 300 2000
V 100 145 130 90 30 100 200 140
Rb 80 165 270 280 275 70 45 2
Zn 50 125 80 80 50 105 130 50
Andrews-Jones (1968)
Abundância média dos elementos traço em ppm
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Elem Solos Crosta Argilas Í gnea Félsica Interm Máfica Ultram
Ce 50 45 50 40 87 nd 48 nd
Ni 40 95 95 100 4.25 55 160 1200
Li 30 45 60 50 50 20 15 2
Ga 20 15 30 20 24 20 18 4
Cu 20 75 57 70 20 35 140 80
Nb 15 20 20 20 20 3.5 20 15
Pb 10 15 20 16 11 17 8 nd
Sn 10 40 16 32 24 nd 6 nd
B 10 10 56 13 15 nd 10 40
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Andrews-Jones (1968)
P i í i d P ã G í i
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Elem Solos Crosta Argilas Í gnea Félsica Interm Máfica Ultram
Co 10 35 22 18 3 20 45 200
Th 13 10 11 13 18 7 3 6
Be 6 4.5 5 4.2 5.25 nd 1.5 0.2
Ge 5 4 4.5 2 2.25 1.5 1.5 nd
As 5 3.5 6.6 2 1.5 2.4 2 2.3
Cs 5 1 10 10 5 nd 1 nd
Mo 2.5 2.5 2 1.7 2 0.9 1.4 0.4
U 1 3.4 3.2 2.6 4 1.8 0.8 0.05
Ag 1 0.06 0.5 0.2 0.09 nd 0.3 0.3
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P i í i d P ã G í i
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Princí pios da Prospecção Geoquí mica
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Elem Solos Crosta Argilas Í gnea Félsica Interm Máfica Ultram
Cd 0.5 0.2 0.5 0.13 0.1 nd 0.2 nd
Se 0.5 0.07 0.6 0.01 0.05 nd 0.05 nd
W nd 1.2 2 2 2 1 10 nd
Sb nd 0.6 1.25 0.3 0.3 0.2 0.15 0.1
Hg 0.01 0.07 0.04 0.06 0.06 nd 0.09 nd
Bi nd 0.34 0.01 0.1 0.18 nd 0.15 nd
Au nd 0.001 nd 0.001 0.01 nd 0.035 0.1
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Anomalia
• Quando os valores encontrados são diferentes daquelespertencentes a faixa de valores (normais) do background ,
estes são considerados como anômalos ou relacionados auma anomalia.
• A anomalia pode ser positiva, no caso do valor encontradoser superior ao valor máximo de background (limiar), ounegativa se a concentração deste valor for inferior ao valormínimo de background .
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• Por exemplo, dizer que uma anomalia é três vezes maior doque o background significa dizer que foi estabelecida uma
média para a faixa de valores background , e que aconcentração do elemento químico em questão é três vezessuperior a este valor médio definido.
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Dispersão Geoquí mica
• A prospecção geoquímica baseia-se em estudossistemáticos da dispersão de elementos químicos, nosmeios circundantes como água, sedimentos de corrente,solo, ar, plantas, etc. (exógena). Por outro lado, a dispersãoendógena relaciona-se com processos como cristalização,
metamorfismo, alteração hidrotermal e outros.
• A dispersão pode ser compreendida como uma distribuiçãoou redistribuição de elementos químicos devido a agentesfísicos e/ou químicos e outros.
• A dispersão geoquímica se materializa através de halosgeoquímicos ao redor da mineralização.
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• Em geral, os teores encontrados nos halos são menores doque aqueles encontrados na própria mineralização, mas
são significativamente mais elevados do aquelesencontrados no background .
• Segundo o ambiente geoquímico, a dispersão é classificada em:
> Halo ou dispersão primária> Halo ou dispersão secundária
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c p os da ospecção Geoqu ca
Halo ou Dispersão Primária
• São halos formados durante o processo de gênese dodepósito, sendo comumente produto de alteraçãohidrotermal. As características destes halos estão ligadasao tipo de rocha que os hospeda, sendo as rochas mais
permeáveis, porosas e fraturadas aquelas que normalmente
mostram os halos mais desenvolvidos.
• Estes halos estão relacionados com ambientes maisinteriores da crosta onde atuam processos ígneos,metamórficos e de alteração hidrotermal. Este ambiente é caracterizado por P e T maiores, pouco ou nenhum
oxigênio e com uma circulação de fluidoscomparativamente limitada.
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p p ç q
• Os depósitos do tipo cobre porfirítico possuem, comumente,halos primários bem desenvolvidos devido a alteração
hidrotermal, tanto em zonas internas ao próprio corpo comonas rochas encaixantes.
• Na prospecção direta destes halos, as campanhas delitogeoquímica mostram-se importantes, tais como:
> prospecção a martelo (rock sampling )> amostragem de canal (channel sampling )
> trincheiras e poços de pesquisa (trench and pitsampling )
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Halo ou Dispersão Secundária
• São halos ligados com a dispersão dos elementos no solo,sedimentos de corrente, água, plantas e ar. Estes halos sãoo resultado de processos superficiais como o
intemperismo químico, biogênico e físico, assim como deprocessos de formação de solos (pedogênese) esedimentação.
• Este ambiente é caracterizado por baixas P e T, abundanteoxigênio e outros gases como, por exemplo CO
2, para além
de fluidos com ampla movimentação.
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• Os halos secundários podem se estender por grandesdistâncias da fonte mineralizada, o que possibilita a sua
detecção mesmo quando as amostras não são coletadasnas proximidades dos corpos mineralizados.
• Estes halos são bastante mais extensos dos que osprimários razão pela qual, nos trabalhos de prospecção, anível de reconhecimento, estes representam os objetivosmais tangíveis.
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Mecanismos de Dispersão Secundária
• Intemperismo físicoRedução dos grãos, por partição, devido ao choquetérmico, choque físico, etc.
• Intemperismo químico
Decomposiçã
o química dos minerais devido a rea
çãodestes com as águas superficiais, subterrâneas e
elementos atmosféricos.
A oxidação representa o meio mais eficaz de alteraçãointempérica de muitos depósitos minerais.
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A oxidação, em muitos tipos de depósitos minerais, libertaferro e enxofre que, juntamente com outros metais, no
ambiente de águas superficiais ou subterrâneas, e sobdeterminadas condições físico-químicas, podem sertransportados por grandes distâncias.
• Em depósitos com outras características, o manganês e oferro tendem a precipitar ao deixar as condições de pHácido das proximidades dos depósitos alterados.
• Tal precipitação, sob a forma de hidróxidos e de carganegativa, tendem a atrair os cátions metálicos que estão emsolução nas águas superficiais e subterrâneas. Tal
processo pode gerar a acumulação de íons metálicos emsolos e sedimentos.
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Dispersão Primária em Rochas Í gneas
• A distribuição de elementos traço em rochas ígneas, nosminerais formadores das rochas, é apresentada na tabela aseguir.
Importante referir que a entrada de elementos traço naestrutura de minerais depende da disponibilidade destes
elementos no magma, pressão, temperatura, carga e raioiônico.
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x% 0.x% 0.0x% 0.00x% 0.000x%
Plagioclásio K Sr Ba,Rb,Ti,Mn P,Ga,V,Zn,Ni Pb,Cu,Li,Cr,Co,B
Feldspato K Na Ca,Ba,Sr Rb,Ti P,Pb,Li,Ga,Mn B,Zn,V,Cr,Ni,Co
!uart"o #l,Ti,Fe,Mg,Ca Na,Ga,Li,Ni,B,Zn,Ge,Mn
#n$ib%lio Ti,F,K,Mn,Cl,Rb Zn,Cr,V,Li,Ni Ba,Cu,P,Co,Ga,Pb Li,B
Piro&'nio #l Ti,Na,Mn,K Cr,V,Ni,Cl,Sr P,Cu,Co,Zn,Li,Rb Ba,Pb,Ga,B
Biotita Ti,F Ca,Na,Ba,Mn,Rb Cl,Zn,V,Cr,Li,Ni Cu,Sr,Co,P,Pb,Ga B
Magnetita Ti,#l Mg,Mn,V Cr,Zn,Cu Ni,Co Pb,Mo
(li)ina Ni,Mn Ca,#l,Cr,Ti,P,Co Zn,V,Cu,Sc Rb,B,Ge,Sr,#s,Ga,Pb
Concentrações de elementos traço nos minerais formadores de rochas(Wedepohl,1971)
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• Nas tabelas a seguir, são apresentadas alguns dosprincipais minerais, muitos de interesse econômico,
formados a partir de elementos menores e elementos traço.
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Elemento Granitos/Granodioritos Rochas
Intermediárias
Ti il*enita, titanita il*enita
P apatita apatita
S sul$etos de Fe, Cu, Pb, Zn, etc+ o *es*o
B tur*alina
Zr "irc-o "irc-o
Li *icas de Li, a*bligonita, espodu*'nio Be berilo, bertrandita, $enacita, crisoberilo
F $luorita, topá"io
Cr
Mn %&idos secundários o *es*o
Principais minerais formados por elementos
menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
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Elemento Granitos/Granodioritos Rochas
Intermediárias
C!P"!Zn!#i sul$etos sul$etos
$s arsenopirita arsenopirita
Mo *olibdenita
Sn cassiterita
TR*ona"ita, alanita, &enoti*a, Taniobatos de
.TR
#"!Ta colu*bitatantalita, pirocloro, *icrolita, Taniobatos de .TR
Th *ona"ita, torita
& %&idos de /, $os$atos
Principais minerais formados por elementos
menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
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Elemento Rochas
Má'icasRochas
$(ca(inasRochas
&(tramá'icas
Ti il*enita, titano*agnetitail*enorutilo,titanita,silicatos de Ti
P apatita apatita
Ssul$etos de Fe, Cu, Pb, Zn,etc+
o *es*o o *es*o
B
Zr "irc-o, silicatos de Zr
Li
Be
F )ilau*ita
Cr cro*ita cro*ita
Mn %&idos secundários o *es*o o *es*o
Principais minerais formados por elementos
menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
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Elemento Rochas
Má'icas Rochas $(ca(inas
Rochas&(tramá'icas
C!P"!Zn!#i sul$etos sul$etos sul$etos
$s arsenopirita
Mo *olibdenita
Sn
TR loparita, silicatos co*ple&os #"!Ta loparita
Th torita
&
Principais minerais formados por elementos
menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
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Mobilidade no Ambiente Secundário
• A mobilidade de um elemento químico está relacionadacom a sua capacidade de delocar-se no ambientesecundário (dispersão secundária). Elementos químicos emmateriais clásticos (dispersão mecânica) têm umamobilidade distinta de quando se deslocam em solução(dispersão hidromórfica).
• Alguns elementos, tais como o Au, Be, Si, Sn e Ti, ocorrem
como minerais estáveis ou em minerais estáveis, sendomuito resistentes aos efeitos da meteorização.
• Estes elementos têm, em geral, uma baixa mobilidade eestão dispersos, em solos e sedimentos de corrente, comomateriais clásticos, estando sujeitos a uma alteração física(mecânica) lenta.
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• No entanto, em alguns regimes fluviais, alguns destes
minerais (e.g. cassiterita) podem ser transportados por
longas distâncias.
• Outros elementos, entretanto, encontram-se no outro
extremo em termos de dispersão secundária. São oselementos de forte mobilidade, como o K, Li, Mg e Na,
que rapidamente se solubilizam em águas subterrâneas esuperficiais.
• Muitos dos elementos de interesse para a prospecçãogeoquímica estão entre estes extremos, e podem ter umalarga variabilidade de mobilidade dependendo do ambiente
em que se encontram.
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• No caso dos materiais clásticos, os principais parâmetrosque condicionam a mobilidade (dispersão mecânica) são:
> Viscosidade do meio
> Velocidade de transporte (função da topografia)
> Características do material transportado
> Características do fundo (transporte aluvionar)
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• O transporte em solução (dispersão hidromórfica), por outrolado, têm como principais parâmetros:
> pH
> Eh
> Adsorção
> Gases dissolvidos
> Presença de microorganismos/matéria orgânica
> Formação de íons complexos
• Importante relevar que a dispersão hidromórfica representa
um importante mecanismo de transporte de metais emambiente superficial durante a intemperização do depósitomineral. Tal é fundamental na deposição de metais emminerais associados com os regolitos e, em consequênciate, na formação de anomalias.
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• O conhecimento da mobilidade de um elemento químico,numa certa área, é de grande importância para a
interpretação dos resultados da amostragem de sedimentosde corrente e geoquímica de solos.
• Em resumo: quanto maior a dispersão dos elementospresentes numa mineralização para a área circundante,maior a facilidade na detecção do depósito mineral.
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Falsa Anomalia e Contaminação
• Processos como, por exemplo, adsorção ou mudanças depH, para além de outros, podem ser responsáveis porconcentrar de forma anômala elementos químicos sem quetal concentração tenha qualquer relação com umamineralização.
• Tal concentração de elementos químicos em uma qualquerbarreira geoquímica é denominada por falsa anomaliageoquímica.
• A ocorrência de uma falsa anomalia pode ser também
devido a processos não naturais. Exemplos são acontaminação devido a materiais inadequados naamostragem, fábricas, estradas, fertilizantes, etc.
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Elemento Farejador ou Indicador (Pathfinder )
• Idealmente, para além dos elementos de interesseeconômico direto, são analisados ainda outros elementosquímicos com as seguintes características ou propriedades:
> Mostram-se associados ao tipo de mineralização emetal objeto da prospecção. Alguns destes elementospossuem uma grande mobilidade e, por conseguinte,podem apresentar um halo de dispersão secundáriobem mais alargado do que aquele formado pelo metal
de interesse.
> Podem ser analisados por métodos analíticos confiáveise de baixo custo.
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> Produzem o maior halo de dispersão possível, isto é,têm uma grande mobilidade geoquímica (ambienteprimário ou secundário). Em geral, o elemento farejadorpossui uma mobilidade superior ao elemento objeto da
prospecção.
• Desta forma, e através de anomalias relacionadas com oselementos farejadores, é possível chegar ao metal deinteresse.
• Alguns exemplos de elementos farejadores sãoapresentados na tabela a seguir:
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Elementos
Farejadores
Ti)os de *e)+sitos
#s #u,#g0 do tipo )eio
#s #u#gCuCoZn0 *in1rios de sul$etos co*ple&os
B 2BeZnMoCuPb0 s3arns
B Sn2Be0 )eios ou greisens
4g PbZn#g0 dep%sitos co*ple&os de sul$etos
Mo 2Sn0 dep%sitos de *eta*or$is*o de contato
Mn Ba#g0 dep%sitos de )eio, cobre por$ir5tico
Se,V,Mo /0 tipo arenito
Cu,Bi,#s,Co,Mo,Ni /0 tipo )eio
Mo,Te,#u Cobre por$ir5tico
Pd,Cr,Cu,Ni,Co Platina e* roc6as ultra*á$icas
Zn #gPbZn0 dep%sitos de sul$etos e* geral
Zn,Cu CuPbZn0 dep%sitos de sul$etos e* geral
Rn /0 todos os tipos de ocorr'ncia
S(7 8ep%sitos de sul$eto de todos os tipos
Exemplos de elementos farejadores na detecção de depósitos minerais (Levinson, 1980)
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Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of Major Associated
Deposit Components Elements
Magmatic Deposits
Chromite ores (Bushveld) Cr Ni, Fe, Mg
Layered magnetite (Bushveld) Fe V, Ti, P
Immiscible Cu-Ni-sulphide (Sudbury) Cu, Ni, S Pt, Co, As, Au
Pt-Ni-Cu in layered intrusion (Bushveld) Pt, Ni, Cu Sr, Co, S
Immiscible Fe-Ti-oxide (Allard Lake) Fe, Ti P
Nb-Ta carbonatite (Oka) Nb, Ta Na, Zr, P
Rare-metal pegmatite Be, Li, Cs, Rb B, U, Th, REE
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Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of Major Associated
Deposit Components Elements
Hydrothermal Deposits
Porphyry copper (Bingham) Cu, S Mo, Au, Ag, Re, As, Pb, Zn, K
Porphyry molybdenum (Climax) Mo, S W, Sn, F, Cu
Skarn-magnetite (Iron Springs) Fe Cu, Co, S
Skarn-Cu (Yerington) Cu, Fe, S Au, Ag
Skarn-Pb-Zn (Hanover) Pb, Zn, S Cu, Co
Skarn-W-Mo-Sn (Bishop) W, Mo, Sn F, S, Cu, Be, Bi
Base metal veins Pb, Zn, Cu, S Ag, Au, As, Sb, Mn
Sn-W greisens Sn, W Cu,Mo,Bi,Li,Rb,Si,Cs,Re,F,B
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Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of Major Associated
Deposit Components Elements
Hydrothermal Deposits (cont.)
Sn-sulphide veins Sn, S Cu, Pb, Zn, Ag, Sb
Co-Ni-Ag veins (Cobalt) Co, Ni, Ag, S As, Sb, Bi, U
Epithermal precious metal Au, Ag Sb, As, Hg, Te, Se, S, Cu
Sediment hosted precious metal (Carlin) Au, Ag As, Sb, Hg, W
Vein gold (Archaean) Au As, Sb, W
Mercury Hg, S Sb, As
Uranium vein in granite U Mo, Pb, F Unconformity linked
Uranium U Ni, Se, Au, Pd, As
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Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of Major Associated
Deposit Components Elements
Hydrothermal Deposits (cont.)
Copper in basalt (L. Superior type) Cu Ag, As, S
Volcanic-assoc. mass. sulp. Cu Cu, S Zn, Au
Volcanic-assoc. mass. sulp. Zn-Cu-Pb Zn, Pb, Cu, S Ag, Ba, Au, As
Au-As rich Fe formation Au, As, S Sb
Mississipi Valley Pb-Zn Zn, Pb, S Ba,F,Cd,Cu,Ni,Co,Hg
Mississipi Valley fluorite F Ba, Pb, Zn
Sandstone-type U U Se, Mo, V, Cu, Pb
Red bed Cu Cu, S Ag, Pb
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Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of Major Associated
Deposit Components Elements
Sedimentary Types
Copper shale (Kupferschiefer) Cu, S Ag, Zn, Pb, Co, Ni, Cd, Hg
Copper sandstone Cu, S Ag, Co, Ni
Calcrete U V
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Principais Etapas da Prospecção Geoquí mica
1. Planejamento e reconhecimento da área2. Amostragem
3. Análises químicas4. Interpretação5. Follow up
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1. Planejamento geral e reconhecimento da área
> Definição do metal, modelo geológico, tipo demineralização, volume e teores de interesse.
> Definição dos recursos (financeiro, humano e técnico)disponíveis.
> Levantamento bibliográfico. Localização das
ocorrências conhecidas. Trabalhos geoquímicosanteriormente executados na região/ área.
> Reconhecimento geológico da região/ área, o que incluivisitar ocorrências (relacionadas) conhecidas.
> Escolha da região/ área para amostragem e definição
das técnicas de amostragem a serem utilizadas nolevantamento de campo.
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2. Planejamento da amostragem
> Planejamento do trabalho de amostragem em funçãodas características do tipo de depósito alvo daprospecção.
> Analisar a área de prospecção e tentar compreendercomo se desenvolve a dispersão primária e a
secundária.> Definir o tipo de amostragem e procedimentos.
> Definir o intervalo da amostragem, densidade e
orientação.
> Desfinir o tipo de observações que devem serrealizadas no campo em apoio à interpretação dosresultados da amostragem.
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> Definir os procedimentos na preparação das amostras.
> Definir as frações granulométricas a analisar.
> Definir os elementos que devem ser analisados emfunção do elemento de interesse, tipo de mineralizaçãoe correlações entre os vários elementos associados.
> Definir o método analítico mais apropriado em funçãodos elementos a analisar, custos e confiabilidade dos
resultados.> Notar que muitas das questões acima podem ser
definidas pela execução de uma geoquímica orientativa,caso esta seja possível de realizar.
> Escolher o laboratório para as amostras de rotina e de
controle.> Forma de apresentação dos resultados.
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3. Análises Quí micas
> Planejar os procedimentos QA/QC relativamente a
qualidade das análises químicas.
> Obter as amostras padrão e os brancos de laboratórioscertificados. Confeccionar os brancos se for o caso.
> As amostras duplicatas servirão para observar e
mensurar a precisão enquanto as amostras padrão e osbrancos serão utilizados na definição da exatidão ouacuracidade das análises químicas.
> Escolha da frequência de inserção das amostrasduplicatas, amostras padrão e brancos. Também
planejar para a realização de testes interlaboratoriais.
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4. Interpretação
• Métodos estatísticos e geoestatísticos são comumenteutilizados na interpretação de dados geoquímicos e serãoestudados posteriormente.
Com relação à interpretação dos resultados obtidos com aamostragem de sedimentos de corrente, em particular,
deve-se observar o seguinte:
> Este tipo de amostra é composta.
> A localização espacial da amostra representa o pontoda coleta e não diretamente o local de uma possívelmineralização.
> Tais fatos devem ser considerados quando da
interpretação dos resultados e planejamento do followup .
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5. Follow Up
• Depois de definida in situ a anomalia como verdadeira ou
mesmo como indefinida, vários tipos de trabalho follow up podem ser desenvolvidos no terreno, tais como:
> Densificação da amostragem por sedimento de correnteà montante da amostra anômala.
> Instalação de uma malha regular para a amostragem desolos na área julgada como fonte da anomalia.
> Mapeamento geológico expedito para a verificação dageologia e possíveis mineralizações.
> Abertura de poços e/ou trincheiras.
> Utilização de métodos geofísicos mais econômicos e sedisponíveis na área (um levantamento geofísico maiorrequer melhor definição da mineralização).
> Combinação dos métodos acima.
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