seminario enredo
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8/6/2019 seminario enredo
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O enredo na narrativa
In: A natureza da
narrativa. Robert Scholes
e Robert Kellogg.1977.
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Considerações iniciais
� O que discute?
Discute o enredo na narrativa da literatura
ocidentalE nredo = E lemento dinâmico, sequencial da literatura narrativa.
� Como discute?
través de uma trajetória história, fazendo
um levantamento das várias formasnarrativas, remontando às suas origens, partindo do pressuposto de que elasderivam da épica tradicional que, em si, jáé um amálgama de narrativas tradicionaiscomo o mito sacro, lenda e conto popular
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Observações:
� 1) Mito = Narrativa tradicional;
� 2) ³Romance´ # Romance;
� 3) Em alguns estudos há a diferença entre
³enredo´, ³estória´ e ³ação´, mas no presente estudo se fará apenas uma
distinção entre ³estória´ como termo
genérico para a personagem e ação na
forma narrativa e ³enredo´ como termo
mais específico somente à ação;
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� Mythos Narrativa tradicional
1) Conto popular imaginativo:
Destinado a divertir a população;
2) Lenda: Conto quase histórico de
acontecimento comuns ou fantásticos,
considerados verdadeiros pela platéia;
3) Mito sacro: Expressão justificativa
para a teologia, maneiras e modalidades.
Mito
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Mito sacro:-Forma
simbólico
religiosa
Lendas e fábulas:-Indica efeito de
verdade
Conto
popular
imaginativo:-Destinado a
divertir a platéia
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Mito sacro:
� Forma mais antiga de narrativa;
� Celebração ritual dos vitais interesses da
raça humana;
� Corporeificação da verdade religiosa, eloentre mágica e religião;
� Evolui da adoração de fenômenos naturais;
� O mais importante é aquele que está
relacionado aos rituais que comemoram o
ciclo anual da vida vegetativa;
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Mito sacro:
� Sociedade primitiva Tempo como uma
maneira de dividir o ano individual;
� Rituais Combate anual entre as forças da
fertilidade e da esterilidade, da vida e da
morte, do bem e do mal;
- Expressam um ou mais dos quatro
principais elementos do padrão sazonal, asaber ³mortificação, purificação,
avigoramento e júbilo´ (terminologias de
Theodor. H. Gaster) Ritual da fertilidade;
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Mito sacro:
� Tanto o mito na forma narrativa quanto odrama mítico surgem de rituais comoesses;
� Mas devido às inerentes diferenças entrenarrativa e drama os materiais sacroschegam a ser tratados diferentemente nasduas formas. Ambas estão sujeitas à³contaminação´;
� Narrativa (mais próxima do conto popular e da lenda) é mais propensa à contaminatioque o drama (mais próximo do ritual).;
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Mito sacro:
� Drama trágico x cômico Diferença
começa com uma atitude para com os
materiais sacros, associada a uma diferença
e ênfase;
� Conforme se vão afastando do ritual e
voltando para o terreno estético, a tragédia
tende a especializar -se em mortificação e
purificação, enquanto a comédia tende aespecializar -se em avigoramento e júbilo;
Ex:
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Mito sacro:
� Vale ressaltar, portanto, que a separação de
enredos trágicos e cômicos, e a mudança
no conceito humano de tempo, são as
mudanças mais importantes para aliteratura narrativa;
� Tragédia (m ythos) associa-se mais aos
materiais passados Influencia a épica� Comédia (logos) associa-se aos materiais
contemporâneos Influencia o romance
antigo;
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Mito sacro:-Forma
simbólico
religiosa
Lendas e fábulas:-Indica efeito de
-verdade
Épica narrativa:-Amálgama
de mito,
lenda e conto popular
Drama: 1. Execução e
morte;
2. Batalha verão
e inverno;
3. Rei jovem e velho;
4. Morte x
ressurreição,
Comédia:(logos)
Tragédia:(mythos)
Conto
popular
imaginativo:-Destinado a
-divertir a platéia
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É pica narrativa:
� Estágio intermediário entre o ritual e o
histórico;
� Enredo intermediário entre o inartístico e
empírico;
� Seus enredos são episódicos e apresentam
feitos de um herói numa certa sequência
cronológica, começando muitas vezes com
o nascimento e terminando com a morte
deste herói;
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É pica narrativa:
� Exemplos:
1) Epopéia de Gilgamesh
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É pica narrativa:
� 2) Beowulf
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É pica narrativa
� 3) A Ilíada
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Elementos empíricos e
ficcionais
� É pica tradicional se subdivide emelementos empíricos e ficcionais;
� Narrativa heróica primitiva Narrativashistóricas: crônicas a anais (Idade Media);
� Narrativa empírica C
oncentra-se na personagem (os fatos de relevância para
construção do enredo são aqueles quemelhor revelam o sujeito);
� Narrativa ficcional Concentram-se nasaventuras (concentram-se em um episódioda vida do herói ou em vários episódiosque dependem de tensão e resolução).
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Narrativa ficcional:
Romance antigo
� Com seu desejo de agradar a um público,
assume o padrão alegre do drama cômico,
amplia-o;
� Romance heróico Apresenta como
enredos típicos a jornada para uma meta
distante (Eneida), e a volta aos lar (Odisséia) e a busca, que envolve viagem,
realização e regresso (está situado entre a
épica narrativa e o romance erótico);
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Narrativa ficcional:
Romance erótico
Exemplos (³romance´ grego)
1) Quérreas e Calírroe ± Caritón
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Narrativa ficcional:
Romance heróico2) Sir Gawain and the Green Knight
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Narrativa ficcional:
Ficção didática
� A narrativa didática tem maior
desenvolvimento no fim da Idade Média e
início da Renascença;
� Busca dos materiais do mito sacro do
passado;
� Padrão bíblico de ascensão e queda,
expulsão do Éden e ascensão à Nova
Jerusalém, morte e ressurreição projeção
do velho ciclo sazonal para um esquema de
tempo progressivo;
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Narrativa ficcional:
Ficção didática
� Influencia a literatura ocidental noconcernente às narrativas utópicas(possibilidade de se chegar à Cidade de
Deus);
� Conceber a Cidade de Deus na Terra éfundamental para o pensamento liberal e
progressista;
� Ficção didática Ficção utópica.
� A jornada no espaço remonta a Luciano,
mas o desenvolvimento da projeção daidéia para o futuro é ousada e pertence aoséc XIX;
N i fi i l
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Narrativa ficcional:
Ficção didática
� Ex: Uma sociedade do futuro (B.F
Skinner)
N i fi i l
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Narrativa ficcional:
Ficção didática
� Ex: 1984 (George Orwell)
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Épica narrativa:
Empíricos :- Concentram-se
na caracterização
Ficcionais: Concentram-se nas
aventuras.
R omance
erótico
Ficção didática
R omance
utópico
R omance
heróico
R omance anti-
utópico
Ficçãocientífica
R omance
picaresco
Bi fi
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Biografia x
Autobiografia:
� As principais formas de narrativasempíricas discutida no capítulo 6 são asnarrativas históricas e as biografias;
� Autobiografia Superficialmente falandoé o mesmo que a biografia, mas comdiferente ponto de vista;
� Todavia, a mudança de ponto de vista estáinegavelmente ligada a uma mudança deenredo;
� Ordem de resolução ± Ponto de conclusão passa a ser o ponto em que o autor chega aum acordo consigo mesmo;
Bi fi
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Biografia x
Autobiografia:
� Exemplo:
C onfissões, de Sto Agostinho
Biografia x
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Biografia x
Autobiografia:
� Se uma autobiografia continua além do
momento em que o autor relata sua
vocação, seu interesse volta-se pra fora e a
obra passa a ter final aberto;
Exemplo:
U m retrato de um artista quando jovem
(James Jo yce)
Biografia x
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Biografia x
Autobiografia:
� Retrato:
- Apresentada de forma ficcional (narrada
em terceira pessoa);
- Personagem central: Dédalus;
- Termina não com a aceitação da vocação
mas, além, depois que Stephen Dédalus
aceitou sua vocação e parte para Paris.
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Épica narrativa:
Empíricos :- Concentram-se
na caracterização
Ficcionais: Concentram-se nas
aventuras.
Autobiografia
Biografia: Nascimento
vida e morte
do sujeito
Narrativa
Histórica:Acontecimentos
do passado com
Suas causas e
consequênciasR omance
erótico
R omance
heróicoFicção
didática
R omance
utópico R omance anti-
utópico
Ficçãocientífica
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Narrativa histórica
� Séc XVII e XIX com o avanço dahistoriografia, uma nova fragmentação sefaz notar;
� A narrativa histórica se subdivide em³narrativa histórica artística´ e ³narrativahistórica científica´;
� A narrativa histórica artística - tende aconservar enredo e personagem;
� Narrativa histórica científica ± tende a
subordinar as qualidades narrativas àconsideração impessoal de forças sociais eeconômicas;
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Narrativa histórica:
� Exemplo:
1) Narrativa histórica artística
2) Narrativa histórica científica
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Épica narrativa:
Empíricos :- Concentram-se
na caracterização
Ficcionais:
Concentram-se nasaventuras.
Forma histórica
artística
Forma histórica
científica
Auto-
biografia
R omanceheróico
Biografia: Nascimento
vida e morte
do sujeito
Narrativa
Histórica:Acontecimentos
do passado com
Suas causas econsequências
Ficção didática
R omance
erótico
R omance
utópicoR omance
anti-
utópico
Ficçãocientífica
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Narrativa mimética
� Mimético # mítico;
� Drama antigo mimo:
� Destituído de ação;
� Interesse centralizado no estudo da personagem;
� Qualquer preocupação com assuntosde maior importância não impedemo extremo realismo;
� Mimese (Auerbach): As grandes narrativasrealistas combinaram o interesse trágico
pelo indivíduo com o interesse cômico pelasociedade que é um reflexo justo dascondições reais e ao mesmo tempodemonstra um interesse trágico e
problemático pelo individuo, independentede seu lugar na hierarquia social;
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Narrativa mimética
� A qualidade problemática Inserir
personagens sérios em situações cômicas;
� Se nota antes no drama que no romance:
� Exemplo: Mercador de Veneza
(Shakespeare)
i i i
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Narrativa mimética
� Exemplo:
Madame Bovary (Flaubert):
Exagero da figura trágica possível somentedevido à qualidade problemática derivadada presença de ³sapo´ individuais
problemáticos em ³jardins´ sociaiscômicos;
N i i é i
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Narrativa mimética
� A forma definitiva de enredo mimético é a³fatia de vida´, virtualmente um ³nãoenredo´;
� As novas ciências da psicologia e dasociologia tiveram um efeito inevitávelsobre a representação artística doindivíduo;
� Purgada de ³impurezas´ as formasnarrativas desaparecem nas orlas externasdo mundo:
� Narrativa mimética Relatóriomédico
� Narrativa histórica Científica
� Narrativa didática Exortativa
Mito sacro:
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Mito sacro:-Forma
simbólico
religiosa
Drama: 1. Execução e
morte;2. Batalha verão
e inverno;
3. Rei jovem e velho;
4. Morte x
ressurreição,
Comédia:
(logos)
Tragédia:
(mythos)
Mimo
Narrativa
mimética
R d
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Romance moderno:
� Scholes e Kellogg consideram o romance
um ³parente mais jovem´ da narrativa
histórica, mas também afirmam que ele
nasce pelo impulso da narrativa mimética;
� Classifica-o como um composto instável;
� Para sua construção sempre tomou os
materiais emprestados de seus enredos de
outras formas;
R d
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Romance moderno:
� Dom Quixote (progenitor da forma)
Ajuste entre padrão romântico da busca +
padrão vida-à-morte da biografia;
� Lazarillo de Tormes Elementos da
narrativa de viagem + padrão cronológico
da autobiografia;
� Mas, de um modo geral, os romances doséc. XVIII se atêm às formulações de
enredo histórico- biográfico e erótico;
� Autores do séc. XIX incluem a fórmula doenredo trágico conduzindo à morte violenta
ou expulsão da sociedade;
R d
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Romance moderno:
� Romance moderno Narrativa mimética
Tragédia de intensidade (personagem mais
trágico é aquele que possui os sentimentos
mais intensos);
� O despertar da psicologia moderna (fim
séc. XIX): Padrões novos para a
autobiografia;
� Séc. XX : desconstrução do tempo;
� Os enredos tendem a finais abertos.
Conclusão:
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Conclusão:
� De um modo geral, de todos os aspectos danarrativa, o enredo parece ser o menosvariável no que diz respeito a esboçosgerais;
� Aquilo a que reagimos nas maioresnarrativas é a qualidade da mente que nos étransmitida pela linguagem dacaracterização, motivação, descrição ecomentário;
� Mito, mimese, história, romance e fábula,todos funcionam de maneira a seenaltecerem mutuamente;
³ E nredo é apenas o esqueletoindispensável que recoberto pelas carnesde personagem e incidente, é que
proporciona o barro necessário que podereceber o sopro de vida.´ (PAG.167)
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