historia da beleza 02

Post on 14-Apr-2017

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Art & Photos

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A Historia da BelezaUmberto Eco

Para os gregos não havia uma estética e nem uma teoria de beleza propriamente ditas

A beleza se encontra associada à outras Qualidades:O mais justo é o mais belo

Bem e bom

No caso do corpo humano assumem um papel relevante também as qualidades da alma e do caráter, eu são percebidas mais com os olhos da mente do que com aqueles do corpo

Egípcios: Gregos:

Egípcios: Gregos:

Beleza Ideal: Harmonia de corpo = Beleza das formas, justa proporção e simetria

e Harmonia de alma = Bondade do corpo

Arcaica: Clássica: Helenística:

Período arte Romana: Na Grécia Antiga, esta arte tradicional ocorreu em três fases distintas:

busca da perfeição Perfeição Transformação da perfeição

A Beleza segundo os filósofos

Sócrates 1- Beleza ideal: representa a natureza de uma montagem das partes 2- Beleza espiritual: exprime a alma através do olhar3- Beleza útil e funcional

Platão 1- Harmonia e proporção das parte2- Beleza como esplendor3- Beleza geométrica

A proporção e a Harmonia

O corpo humanoNa interpretação de Pitágoras e de seus discípulos: na oposição de dois contrários, só um deles representa a perfeição. O ímpar, a reta e o quadrado são bons e belosOs contrários são maus e desarmônicos

A harmonia não é ausência, mas equilíbrio de contrastes:Amor e ódioPaz e guerraCalma e movimento

Segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e geométricos declarados, o sentido das proporções foram mudando

O Feio

Cada cultura colocou ao lado da concepção de belo a idéia do feio. (mesmo sem sabermos se na época, determinadas obras são consideradas feias)

Idade média o feio é considerado como antítese do beloUma desarmonia que viola as regras da proporção.

A arte tem poder de representar o feio de modo belo,torná-lo aceitável.

Renascimento

A perspectiva é uma perfeita adaptação da matéria à forma.

A boa representação em perspectiva passa a ser considerada justa e realista,bela e agradável.

Renascimento

Concepção de beleza através de:- Imitação da Natureza O artista é ao mesmo tempo criador da novidade e imitador da natureza

- Contemplação de um grau de perfeição sobrenatural A beleza divina se difunde não apenas na criatura humana mas também na natureza.

A mulherA mulher renascentista usa cosméticos e dá atenção aos cabelos. Seu corpo é para ser exaltado com jóias

Mais tarde o corpo da mulher se mostra e serve como contraponto à expressão privada

Beleza prática Século XVII e XVIII a mulher volta a se vestir, é dona de casa, educadora

Mulher que se sente feliz apenas por existir e poder mostrar-se.

Enquanto consolida-se (proporção e simetria do corpo), na pintura de representação homens poderosos, a figura masculina serve para exaltar a liberdade do pintor em relação aos Cânones

O Renascimento vive uma situação conflituosa:

Beleza = Proporção das parte

Beleza = Inquieta, informe, surpreendente

Sociedade inquieta: o homem é tirado de seu centro do mundo sendo deslocado para um ponto periférico

Na filosofia:“A beleza nada mais é que uma graça que nasce da proporção, conveniência e harmonia entre as coisas” Bembo

Assim abre-se caminhos para concessões subjetivas e particulares do belo

O Maneirismo A necessidade de não rejeitar o patrimônio artístico herdado e e um sentimento de estranheza em relação ao mundo provoca, uma série de interpretações diferenciadas e em várias direções para cada artista deste período

Os artistas do maneirismo dissolvem as regras

A beleza clássica é percebida como vazia, desprovida de alma. Suas figuras se lançam para o fantástico

Não mais a distinção entre

Proporção e desproporçãoForma e informeVisível e invisívelBelo e feioVerdadeiro e falso

El Greco

Ela pode dizer belo através do feioVerdadeiro através do falsoVida através da morte (este tema muito presente na mente barroca

O Barroco

É a combinação entre imaginação exata e efeito surpreendente

O século do barroco exprime uma beleza além do bem e do mal

Não há uma linha que não se carregue de tensão

Uma beleza dramática, sofredora

Êxtase de Santa Teresa

KantA estética do Século XVIII dá ampla ressonância aos aspectos subjetivos indetermináveis pelo gosto

Em A crítica da Razão, Kant põe na base da experiência estética o prazer desinteressado que se produz na contemplação da Beleza:

Belo é aquilo que agrada de maneira desinteressada, sem ser originado por um remissível ou por um conceito: o gosto é. Por isso, a faculdade de julgar desinteressadamente um objeto (ou uma representação) mediante um prazer ou um desprazer; o objeto deste prazer é aquilo que definimos como belo.

A existência do mal e do feio não contradizem a ordem positiva e substancialmente boa da criação

A natureza não é mais um lindo jardim inglês. É Algo mais potente que provoca uma espécie de sufocação da vida

Kant reconhece a independência da razão humana em relação à natureza

O sublime

Uma nova concepção do belo

Pesquisa das regras para a produção da obra

Reconhecimento dos efeitos que ela produz

Compreensão do sujeito sobre a obra

Belo ligado aos sentidos, ao reconhecimento do prazer

Avanço da idéia do sublime

Manet Afirma que:“Não há senão uma coisa verdadeira: fazer a primeira vista o que se vê”

“Não se faz uma paisagem, uma marina, uma figura: se faz a impressão, em uma certa hora do dia, de uma paisagem, de uma marina, de uma figura”.

A busca da beleza abandona o céu e leva o artista a mergulhar no vivo da matéria

O artista esquece até o ideal do belo que o guiava e acaba por entender a arte, não mais como registro e provocação de um êxtase, mas como instrumento de conhecimento.

A Arte contemporânea descobriu o valor e a fecundidade da matéria.

Isso não quer dizer que os artistas de outrora ignorassem o fato de que trabalhavam sobre um material e não compreendessem que esse material lhe viriam restrições e sugestões criativas, obstáculos e libertações.

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