asunción y superación de la estilística en el … · rariedad en el formalismo ruso desemboca en...

ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO.

POESÍA Y ONTOLOGÌA

H U G O W . C O W E S

Universidad de Buenos Aires

R E S U M E N

Este ensayo se p ropone mostrar que el pensamiento de A m a d o Alonso sobre los discursos líricos tiene vigencia actual al mismo t iempo que su posi ­c ión en el ámbito de la crítica y la teoría literaria del siglo XX. A lonso in t rodu­ce en el ámbito de la cultura hispánica la l lamada estilística idealista: Vossler, Hatzfeld, Spitzer, pero al m ismo t iempo incorpora a su pensamiento la teoría de Husserl, Bergson, Croce, H u m b o l d t y Saussure. Como la estilística, el formal is­mo ruso y el N e w Crit icism, Alonso rechaza la f i lología positivista. En este rechazo coincide con la mejor teoría del siglo XX, algunas posteriores a su momento , c o m o el «giro lingüístico» y la reacción de Derrida. Con Derr ida co in ­cide, además, en su diá logo con Saussure y Husserl. Derr ida, en este sentido, sostiene que el cióse reading del N e w Crit icism pertenece a la deconstrucción. Lo mismo podríamos sostener, apoyados en Derrida, del formal ismo ruso y la estilística.

P A L A B R A S CLAVE

Filología. Estilística. Teoría Literaria. Deconstrucción. A m a d o Alonso.

A B S T R A C T

The purpose o f this essay is to show that A m a d o Alonso's thoughts as to the lyrical discourse are, at present, va l id , as w e l l as his pos i t ion w i t h respect to literary cri t icism and theory in the Twent ie th Century. A lonso brings into Hispanic culture the so called idealistic stilistic: Vossler, Hatzfeld, Spitzer, but at the same time incorporates to his thought the theories o f Husserl , Bergson,

CAIKE, Revista de Filologia y su niddctica, n.° 18-19, 1995-96/pans. 255-269

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H U G O W. C O W E S

K E Y W O R D S

Philology. Stilistic. Literary Theory. Déconstruct ion. A m a d o Alonso

R É S U M É

Cet essai veut montrer que la pensée de Amado Alonso sur les discours l i r i -ques est toujours actuelle de même que sa posi t ion dans le m o n d e de la cr i t i ­que et de la théorie littéraire d u X X siècle. A lonso introdui t dans le m o n d e de la culture hispanique ce q u ' o n a convenu d'appeler la stylistique idéaliste : Vossler, Hatzfeld, Spitzer, mais en même temps i l incorpore a sa pensée la thé­orie de Husserl, Bergson, Croce, H u m b o l d t et Saussure. Comme la stylistique, le formal isme russe et le N e w Crit icism, A lonso refuse la phi lo logie positiviste. En la refusant, i l coincide avec la mei l leure théorie d u X X siècle, certaines pos­térieures à son temps, comme le «virage linguistique» et la réaction de Derrida. I l est d'accord, avec Derrida, dans son dialogue avec Saussure et Husserl. Dans ce sens, Derrida, soutient que le close reading d u New Crit icism appartient a la déconstruct ion. O n pourrai t dire la même chose, en nous appuyant sur Derrida, du formal isme russe et de la stylistique.

M O T S - C L É

Philologie. Stylistique. Théorie Littéraire. Déconstruct ion. A m a d o Alonso.

E s t e e n s a y o s e p r o p o n e m o s t r a r q u e e l p e n s a m i e n t o d e A m a d o

A l o n s o s o b r e la e s e n c i a d e l a p o e s í a t i e n e v i g e n c i a , a p e s a r d e l o s a ñ o s

t r a n s c u r r i d o s d e s d e s u p u b l i c a c i ó n .

E s t a v i g e n c i a p r o v i e n e d e s u p e r s p i c a c i a p a r a a d o p t a r e l e m e n t o s

t e ó r i c o s f u n d a m e n t a l e s d e l p e n s a m i e n t o d e l s i g l o X X .

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Croce, H u m b o l d t and Saussure. As in stilistic, Russian formal ism and New Criticism, A lonso rejects posivistic ph i lo logy. I n this rejection he coincides w i t h the best Twent ie th Century theory, some o f a later date to his t ime, as is the case o f the "linguistic turn» and Derrida's reaction. I n addi t ion he coincides w i t h Derr ida in his dialogue w i t h Saussure and Husserl. Derrida, in this sense, holds that the close reading o f N e w Crit icism belongs to the "de-construction". The same w e could ho ld , based o n Derrida, o f Russina formal ism and stilistic.

ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

E l p r imer acierto de A lonso es haber percibido la importancia de la esti l íst ica en la transformación del pensamiento de f ines de s ig lo , en rela­cionar la est i l íst ica con el pensamiento de f i l óso fos decis ivos para la f i lo ­sofía del lenguaje y en oponer estos pensamientos a la pos ic ión de la f i lo logía posi t iv is ta.

E n «La interpretación esti l íst ica de l os textos l i terarios» (Materia y forma en poesía, Gredos, Madrid, 1 9 5 5 , pp. 1 0 7 - 1 3 2 ) se lee:

E l estudio tradicional de las obras literarias ha sido de carácter filológico, dando aquí a Filología su viejo sentido, tal cual lo precisó Wolff: el estu­dio de todo cuanto es necesario para la recta interpretación de un texto literario: las costumbres de su tiempo, las ideas, la mitología, la geogra­fía aludida, los sistemas filosóficos implicados, las particularidades gra­maticales, la vida social y política, las condiciones personales del autor, etc. [...] Lo único que la crítica deja de lado son los valores específica­mente poéticos (p. 107)

La conclusión implíci ta en esta manifestación es clara: lo que inte­resa, lo que la est i l íst ica va a procurar, es ocuparse de «los valores espe­cíficamente poéticos».

La importancia histór ica de esta afirmación es decisiva. E n dos sen ­t idos. U n a pos ic ión s imi lar , contemporáneamente, adopta el f o rma l i smo r u s o y el New Cr i t ic ism. Esta carencia que A lonso combate en la crítica tradicional se mantiene en un porcentaje grande de l os estudios l i tera­r i o s actuales.

Como es sabido, para mayor abundamiento, la búsqueda de la l i te-rariedad en el fo rma l i smo r u s o desemboca en una larga tradición: for­ma l i smo checo, estructural ismo, postestructural ismo, deconstrucción.

Esta negación del pos i t i v i smo, en la que ins is te el fo rma l i smo r u s o y el New Cr i t ic ism, tiene también una decisiva importancia histór ica. La idea central del pos i t i v i smo es que hay objetos prev ios al lenguaje y que el lenguaje nombra a esos objetos.

Como dice Paul Standish:

The rational assertive mode can be connected with a positivistic view of language: languaje is a mirror to nature [...] the language has meaning because we can look back at the world to verify the accuracy of the image. The function of language i s designative: a word i s primarily a label to be attached to an object (Beyond the Self Averbury Series in Philosophy, 1992.)

Acontece u n texto de Amado A lonso en que reacciona con toda cla­ridad y r igor contra esta concepción posi t iv is ta del lenguaje:

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H U G O W . C O W E S

[...] se ha sostenido por m u c h o t iempo en las gramáticas que el sustanti­vo , el adjetivo y el verbo corresponden a tres modos distintos de ser la realidad, a saber: los seres vivientes y la cosas, sus cualidades, sus accio­nes. Pero los ejemplos presentados muestran que el sustantivo puede sig­nificar cualquier clase de real idad, tanto seres como acciones, sucesos y cualidades, etc. El sustantivo n o corresponde, pues, a u n m o d o de ser la real idad signif icada: es una fo rma de pensarla y representarla. (Gramática castellana, Losada, Buenos Aires, 1 9 3 9 , p- 3 9 ) .

E s t a p o s i c i ó n d e A l o n s o e s t á i n f l u i d a p o r H u s s e r l , a t r a v é s d e l d i s c í ­p u l o P f á n d e r . La f i l o so f í a d e l l e n g u a j e d e A l o n s o , a d e m á s d e l o s t e ó r i c o s d e la e s t i l í s t i c a - V o s s l e r , S p i t z e r , H a t z f e l d - y s u s v i n c u l a c i o n e s c o n H u m b o l d t y C r o c e , a p a r e c e f u n d a m e n t a d a , c o m o v e r e m o s c o n c r e t a ­m e n t e , e n B e r g s o n , S a u s s u r e y H u s s e r l , q u e t i e n e n u n a p e r m a n e n c i a d e c i s i v a e n la f i l o so f í a d e l l e n g u a j e d e l s i g l o XX.

E s t a o p o s i c i ó n a l a t e o r í a p o s i t i v i s t a , q u e s e p a r a la l e n g u a d e l o b j e ­t o , s e v i n c u l a c o n u n v i e j o p r o b l e m a f i l o s ó f i c o : la s e p a r a c i ó n d e l o b j e t o y e l s u j e t o .

El r e a l i s m o p i e n s a q u e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o p r o v i e n e d e l a s c o s a s . A s í A r i s t ó t e l e s , S a n t o T o m á s , e l p o s i t i v i s m o , e l n e o p o s i t i v i s m o . P a r a e l i d e a l i s m o , n e o p l a t o n i s m o , c a r t e s i a n i s m o , i d e a l i s m o a l e m á n , e l c o n o c i ­m i e n t o p a r t e d e l y o , d e l s u j e t o c o n o s c e n t e , d e l c u a l d e p e n d e la r e a l i d a d e x t e r i o r .

Y a K a n t h a b í a a t a c a d o a q u e l « r e a l i s m o i n g e n u o » , c o n s u o p o s i c i ó n e n t r e e l n o ú m e n o y e l f e n ó m e m o , c o n s t r u i d o p o r l a s c a t e g o r í a s d e l e n t e n d i m i e n t o y d e la s e n s i b i l i d a d . H e g e l y M a r x i n s i s t e n e n la d i a l é c t i ­c a d e l o b j e t o y e l s u j e t o . El o b j e t o e s o b j e t o p a r a u n s u j e t o y e l s u j e t o e s s u j e t o p a r a u n o b j e t o .

La n e g a c i ó n e x t r e m a d e e s t e p o s i t i v i s m o s e e n c u e n t r a s e g u r a m e n t e e n l a t r a d i c i ó n d e N i e t z c h e c o n s u a t a q u e a la « e n f e r m e d a d h i s t ó r i c a » y c o n la e x a l t a c i ó n d e la r e l i g i ó n y e l a r t e c o m o f o r m a d o r e s d e la r e a l i d a d q u e p u e d e r e a l i z a r l a h i s t o r i a .

Que desemboca en lo que se llama el giro l ingüístico.

E n El ser y el tiempo H e i d e g g e r c i t a a S t e p h a n G e o r g e : «no h a y n i n ­

g u n a c o s a d o n d e fa l ta la p a l a b r a » y l u e g o c o m e n t a :

Sólo cuando se ha encontrado la palabra para una cosa es ésta una cosa. [...] El ser de todo aquel lo que es habita en la palabra. Por eso es vá l ido el pr inc ip io: el lenguaje es la casa del ser.

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ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

El p e n s a m i e n t o d e A l o n s o s e i n t e g r a e n e s t a t r a d i c i ó n , c o m o q u e d a

c o n f i r m a d o e n s u d e f i n i c i ó n d e la e s t i l í s t i c a y e n t r a b a j o s s o b r e t e x t o s

c o n c r e t o s .

E n «Car ta a A l f o n s o R e y e s s o b r e la es t i l í s t i ca» s e e x p r e s a l o s i g u i e n ­

t e :

Lo p r i m e r o , p o r o r d e n d e e x p o s i c i ó n , e s q u e el n o m b r e d e estilística

d e n u n c i a q u e s e q u i e r e l legar al c o n o c i m i e n t o í n t i m o d e u n a o b r a l i tera­

ria o d e u n c r e a d o r d e l i tera tura p o r el e s t u d i o d e l es t i lo . El p r i n c i p i o e n

q u e s e b a s a e s q u e a t o d a p a r t i c u l a r i d a d i d i o m á t i c a ' e n el es t i lo c o r r e s ­

p o n d e u n a p a r t i c u l a r i d a d ps íqu ica , ( o p . cit. p . 95)

A l o n s o e s t a b l e c e e s t a e c u a c i ó n :

p a r t i c u l a r i d a d i d iomá t i ca -pa r t i cu l a r i dad p s í q u i c a

D e j e m o s p o r a h o r a - e s e l t e m a c e n t r a l d e n u e s t r a i n t e r p r e t a c i ó n -

q u é q u i e r e d e c i r «ps íqu i ca» . La e c u a c i ó n d e m u e s t r a q u e u n a c l a s e d e l e n ­

g u a « p a r t i c u l a r i d a d i d i o m á t i c a » c r e a u n a c l a s e d e o b j e t o « p a r t i c u l a r i d a d

p s í q u i c a » . El s u j e t o y e l o b j e t o s e i n t e r p e n e t r a n , d i a l é c t i c a m e n t e , c o m o

q u i e r e n M a r x y H e g e l ; l a s c a t e g o r í a s c r e a n e l f e n ó m e n o , c o m o q u i e r e

K a n t ; c u a n d o a c o n t e c e l a p a l a b r a a c o n t e c e l a c o s a , c o m o q u i e r e S t e p h a n

G e o r g e .

N o s o s t e n g o q u e A l o n s o f u e s e c o n s c i e n t e p e r s o n a l m e n t e d e e s t a s

v i n c u l a c i o n e s , d e e s t a s i t u a c i ó n d e l h o r i z o n t e d e s u p o s i c i ó n . P i e n s o q u e

s u d i s c u r s o i m p l i c a e s t a s p o s i b i l i d a d e s , a p o y a d o e n l o s t e ó r i c o s q u e f r e ­

c u e n t a y q u e h e e n u m e r a d o . Y a p o y a d o e n s u p r o p i a i n t u i c i ó n .

U n n u e v o e l e m e n t o c o n c r e t o . H u s s e r l p e r m a n e c e e n t o d a la f i l o s o ­

fía d e l l e n g u a j e d e l s i g l o X X . U n o d e l o s ú l t i m o s e n s a y o s d e D e r r i d a t r a t a

d e la d o c t r i n a d e l s i g n o e n H u s s e r l (La voz y el fenómeno, V a l e n c i a ,

1 9 8 5 ) .

¿Y b i e n ? ¿ C u á l e s e l o b j e t o q u e c r e a e s e s u j e t o , c u á l e s p a r a A l o n s o

e l o b j e t o c r e a d o p o r l a p a r t i c u l a r i d a d i d i o m á t i c a ? ¿Se t r a t a r í a d e u n p s i -

c o l o g i s m o c o m o t a n t a s v e c e s s e h a s e ñ a l a d o ? ¿Se t r a t a r í a d e q u e l a s «pa r ­

t i c u l a r i d a d e s i d i o m á t i c a s » d e t e r m i n a n la p e r s o n a l i d a d d e l a u t o r ?

N o p u e d o t r a t a r a q u í e l p r o b l e m a e n g e n e r a l . M e l i m i t a r é a t r a t a r l o

e n e l c a s o c o n c r e t o d e A m a d o A l o n s o . P a r a d e s a u t o r i z a r e s a i n t e r p r e t a ­

c i ó n e n g e n e r a l p r o p o n g o e s t e p r o b l e m a : ¿ a c a s o e l l i b r o d e H a t z f e l d

s o b r e e l Quijote t r a t a d e la p s i c o l o g í a d e C e r v a n t e s ?

E n « S e n t i m i e n t o e i n t u i c i ó n e n la lírica» ( o p . c i t . , p . 1 1 - 2 0 ) A l o n s o

v u e l v e s o b r e e l p r o b l e m a : «lo p o é t i c o d e u n a p o e s í a c o n s i s t e e n u n

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HUGO W. COWES

m o d o c o h e r e n t e d e s e n t i m i e n t o y e n u n m o d o v a l i o s o d e i n t u i c i ó n » , ( p .

1 1 )

La p a l a b r a i n t u i c i ó n n o d e j a l u g a r a d u d a s : «lo p o é t i c o d e u n a p o e ­

sía» e s u n a f o r m a d e c o n o c i m i e n t o . P a r a a l g u n o s , p a r a B e r g s o n , a q u i e n

A l o n s o , c o m o v e r e m o s , c o n o c e , e s la f o r m a m á s a d e c u a d a p a r a l l e g a r a l

s e r .

El t e x t o d e A l o n s o n o d e j a n i n g u n a d u d a s o b r e e s t a i n t e r p r e t a c i ó n :

«La i n t u i c i ó n c o n s i s t e e n u n a visión penetrante de la realidad, e l h a l l a z ­

g o d e u n s e n t i d o d e l a s c o s a s m á s h o n d o q u e e l p r á c t i c o q u e l e s d a

n u e s t r o i n t e l e c t o » , la p r e s e n c i a d e B e r g s o n e s a q u í i n d u d a b l e .

El s e n t i m i e n t o , a s u v e z e s « c o n t e m p l a d o y c o n f i g u r a d o p o r e l p o e t a »

( p . 1 1 ) «En s u ú l t i m o o r i g e n , e l p u n t o d e p a r t i d a p a r a la c r e a c i ó n p o é t i ­

c a n o p u e d e s e r m á s q u e u n a d i s p o s i c i ó n s e n t i m e n t a l , y a q u e e l s e n t i d o

p o é t i c o d e la r e a l i d a d p r e s e n t a d a e s d e o r d e n s e n t i m e n t a l » ( p . 1 2 )

A l o n s o a d v i e r t e e l p r o b l e m a . La i n t u i c i ó n d a u n a v e r s i ó n o b j e t i v a d e

l a r e a l i d a d . P e r o n o a s í e l s e n t i m i e n t o y e n t o n c e s l o e n f r e n t a : « P o d e m o s

a s í d e c i r [...] q u e e l c l i m a s e n t i m e n t a l y s u s d e s t a c a d a s e m o c i o n e s e s t á n

e n a r m ó n i c a r e l a c i ó n c o n la i m a g e n p r e s e n t a d a d e la r e a l i d a d » , ( p . 1 2 )

El s e n t i m i e n t o n o e s la v e r s i ó n d e l a r e a l i d a d p e r o t a m p o c o d e l a

s u b j e t i v i d a d . H a y « u n a a r m ó n i c a r e l a c i ó n c o n la i m a g e n p r e s e n t a d a d e la

r e a l i d a d » .

Q u i z á A l o n s o , a u n q u e n o l o a d v i e r t a c o n s c i e n t e m e n t e , a p a r e c e a c e r ­

c á n d o s e a e s t a s o l u c i ó n d e H e i d e g g e r .

E n «El o r i g e n d e la o b r a d e ar te», e n Arte y poesía, (F .C .E . , 1 9 8 5 , p p .

4 7 - 4 8 ) , H e i d e g g e r s o s t i e n e :

Pero ¿qué tiene que hacer u n sentimiento, por seguro que sea, c o n la determinación de la esencia de la cosa, cuando sólo el pensamiento puede tener la palabra? Quizá lo que aquí y en ocasiones semejantes l la­mamos sentimiento o estado de án imo es más racional y percipiente, por ­que es más abierto al ser que toda razón [...] Solamente si, en cierto m o d o , concedemos a las cosas u n campo l ibre para que muestre lo cós­mico inmediatamente.

P O E S Í A Y O N T O L O G Ì A

P a r a m o s t r a r q u e e n e l p e n s a m i e n t o d e A l o n s o la p o e s í a n o t i e n e u n

h o r i z o n t e p s i c o l ó g i c o s i n o o n t o l ò g i c o , a n a l i z a r é d o s i n v e s t i g a c i o n e s

c o n c r e t a s : «Jorge Guillen, p o e t a e s e n c i a l » y « A m e r i c a n i s m o s e n la f o r m a

i n t e r i o r d e l l e n g u a j e » .

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ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

« J O R G E G U I L L E N , P O E T A E S E N C I A L »

El t í t u l o y a a p u n t a a l p r o b l e m a p r i m e r o . S e t r a t a d e u n p o e t a esen­

cial. E s t e r e c u r r i r a la n o c i ó n d e e s e n c i a n o e s c i r c u n s t a n c i a l s i n o q u e

e s t á e n e l c e n t r o d e e s t a i n v e s t i g a c i ó n y a p a r e c e r e i t e r a d a y c a r a c t e r i z a ­

d a d e s d e d i v e r s o s p u n t o s d e v i s t a .

U n t e x t o p r i m e r o i n s i n ú a la p o s i c i ó n q u e i n t e n t o m o s t r a r :

Metáforas , sí, p e r o n o e n t i ranía , s i n o e n c e ñ i d a s e r v i d u m b r e ; n o c o m o

b l a n c o s i n o c o m o a r c o ( p . 370) .

I n m e d i a t a m e n t e , a l e n u m e r a r l o s «tres s u s t a n c i a l e s f a c t o r e s » d e la

p o e s í a d e G u i l l e n p r o p o n e :

1ro. U n d i s p a r a r s e a p a s i o n a d o hac ia el enigma-misterio c o n g r u e n t e q u e

las cosas le plantean [...] 2 d o . U n tesonero y concentrado mirar q u e v a

t r a n s i e n d o y e s f u m a n d o la costra p e r e c e d e r a d e l objeto p a r a l legar a la

contemplación de su eterna esencia. 3 ro . La a legr ía d e l t r iunfo . (Los

s u b r a y a d o s s o n m í o s , p p . 270-271) .

S e g u i r e m o s e l c o n s e j o d e l m i s m o A l o n s o :

En ú l t ima ins tanc ia , el s e g u n d o factor e s el p r o p i a m e n t e nuc lea r , ( p . 371) .

Y e s t e s e g u n d o f a c t o r n o d e j a l u g a r a d u d a s : n o s e t r a t a d e l a p s i ­

c o l o g í a d e G u i l l e n , s i n o d e l «objeto», d e s u « e t e r n a e s e n c i a » . Y p a r a e l l o

s e n e c e s i t a la contemplación n o la expresión.

T o d a v í a e l f a c t o r p r i m e r o p r o p o n e o t r o s d o s e l e m e n t o s c o m p l e ­

m e n t a r i o s . S e t r a t a d e l p r o b l e m a e p i s t e m o l ó g i c o ( « e n i g m a » , «mis te r io»)

q u e «las cosas l e p l a n t e a n » .

El d i s c u r s o d e A l o n s o s e c o n t a m i n a , c o m o c o r r e s p o n d e , c o n e l d i s ­

c u r s o d e G u i l l e n t a l c o m o A l o n s o l o c o n f i g u r a : « s u s t a n c i a l e s f a c t o r e s » ,

d i c e . A l a n o c i ó n d e e s e n c i a s e a g r e g a la d e s u s t a n c i a .

C o n v i e n e t o d a v í a d e t e n e r s e e n la d e s c r i p c i ó n q u e A l o n s o c o n f i g u r a

d e l f a c t o r s e g u n d o : «No q u i e r e e n c u b r i r ; d e s c u b r i r , d e s v e s t i r e l o b j e t o d e

s u s p r o p i e d a d e s t r a n s i t o r i a s - e x i s t e n c i a l e s , d i r í a u n f e n o m e n ó l o g o - p a r a

s o r p r e n d e r s u secreto sentido, s u alma escondida, s u estructura, s u esen­

cia». ( p . 3 7 1 )

P a r e c e i n d u d a b l e q u e A l o n s o s e i n t e r e s a e n é r g i c a m e n t e p o r m o s t r a r

la o b j e t i v i d a d d e la v e r d a d l í r i ca , p u e s a m o n t o n a l o s s i n ó n i m o s : s e n t i d o ,

a l m a , e s t r u c t u r a , e s e n c i a .

2 6 1

HUGO W. COWES

P e r o a c o n t e c e u n o q u e p a r e c e e s c r i t o p a r a r e f u t a r l a s i n t e r p r e t a c i o ­

n e s p s i c o l o g i s t a s d e la e s t i l í s t i c a : «su a l m a e s c o n d i - d a » . E s t o m e p e r m i t e

u n a p a r a d o j a : s e t r a t a d e l « a l m a d e l o b j e t o » , n o d e l « a l m a d e G u i l l e n » .

A c o n t e c e n t o d a v í a d o s p r o p o s i c i o n e s q u e a p u n t a n a la o b j e t i v i d a d :

la p r i m e r a l o e n u n c i a l i t e r a l m e n t e . «A la c o n q u i s t a d e l o e t e r n o p o r l o

p e r e c e d e r o , s e p o d r í a t i t u l a r e s t e l ib ro» ( p . 373)

A l o n s o c o i n c i d e e n e s t a p r o p o s i c i ó n c o n l a c o n c e p c i ó n d e L y o t a r d

e n e l c a p í t u l o «Lo s u b l i m e y l a v a n g u a r d i a » d e La postmodernidad (expli­

cada a los niños). Al l í m u e s t r a c o m o e l a r t e « m o d e r n o » h a c e « a l u s i ó n a

l o i m p r e s e n t a b l e / A l o s u b l i m e / p o r m e d i o d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s v i s i ­

b l e s»

La s e g u n d a n e c e s i t a u n a c i e r t a p e r s p e c t i v a h e r m e n é u t i c a :

¿No necesita nuestro pensamiento casi u n rigor f i losóf ico para seguir al poeta en estos giros? (p.372)

La f i l o so f í a e s , p o r s u p u e s t o , u n a d e l a s a l t a s f o r m a s d e la o b j e t i v i ­

d a d . A l o n s o p r o p o n e u n a s u g e s t i ó n p a r a e l d i s c u r s o c r í t i c o , q u e n o s e

a d e c ú a a l d i s c u r s o d e c i e r t o s d i s c u r s o s l í r i c o s , y ju s t i f i ca s u p r o p i o d i s ­

c u r s o , q u e e s t á c o n s t r u i d o f u n d a m e n t a l m e n t e c o n c a t e g o r í a s f i l o s ó f i c a s .

La o b j e t i v i d a d d e l d i s c u r s o f i l o s ó f i c o a p a r e c e d e s t a c a d a : «casi u n rigor».

El d i s c u r s o d e A l o n s o p l a n t e a a s í u n a c r í t i c a d e d i m e n s i ó n a b s o l u t a .

D e l o m á s p r o f u n d o d e l t e x t o l i t e r a r i o a l o m á s p r o f u n d o , l o e s e n c i a l ,

d e l r e f e r e n t e c r e a d o . E n u n t e x t o c i t a d o h a b l a d e « l legar a l c o n o c i m i e n ­

t o íntimo d e u n a o b r a l i t e ra r ia» . A h o r a s e t r a t a d e l l e g a r a l «a lma e s c o n ­

d i d a » d e l o b j e t o .

E s t a d i m e n s i ó n a b s o l u t a a p a r e c e e n e l d i s c u r s o m i s m o d e A l o n s o : «la

" u n i d a d i n v a s o r a y a b s o l u t a ' d e l o b j e t o » , ( p . 3 7 2 )

A d e c u a d a m e n t e , A l o n s o r e l a c i o n a e s t e m o v i m i e n t o l í r i c o d e G u i l l e n

c o n M a l l a r m é y P r o u s t y c o n l a f e n o m e n o l o g í a .

P e r o e n s e g u i d a a c l a r a l a s d i f e r e n t e s n o c i o n e s d e e s e n c i a . E s t a n e c e ­

s i d a d d e a c l a r a r c o n p r e c i s i ó n e l s e n t i d o d e e s e n c i a c o n f i r m a n u e s t r a

i n t e r p r e t a c i ó n .

Claro que la esencia y un idad intuidas por el artista serán de otra espe­cie que las avanzadas por la fi losofía y por la ciencia; y claro también que el análisis f i losófico podría aproximar esta perseguida estructura más b ien a la 'idea' platónica que a la 'esencia' de la fenomenología, (p.373)

L u e g o A l o n s o d e s t a c a d o s p e r c e p c i o n e s i m p o r t a n t e s e n e l d i s c u r s o

d e G u i l l e n q u e t i e n e n d i m e n s i ó n f i l o s ó f i c a . La d i f e r e n c i a e n t r e l o q u e

«existe» y l o q u e «es» y la f u s i ó n d e l o p a r t i c u l a r y l o u n i v e r s a l , ( p . 3 7 3 )

262

ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

Este d i s c u r s o d e A l o n s o está t a n o b s e s i o n a d o p o r la o b j e t i v i d a d l í r i ­ca, q u e c u a n d o esboza u n anál is is est i l ís t ico destaca las i m á g e n e s g e o ­mét r i cas , u n a d e las f o r m a s f u n d a m e n t a l e s de la o b j e t i v i d a d p o s i b l e p a r a e l h o m b r e .

«La g e o m e t r í a ten ía q u e dar a este p o e t a , s e d i e n t o d e e x a c t i t u d e s , sus más seguras referencias»: c í r c u l o , v o l u m e n , c e n t r o , g e o m e t r í a , á n g u ­los , cu rvas , rectas, v é r t i c e , l íneas, rayas, esfera, etc. A d e m á s f a l t a n ve r ­b o s y a b u n d a n los sus tan t ivos .

C u a n d o c o m e n t a «Sazón»:

No están los seres inmediatos, los seres fuertes, los seres alegres o dis­tantes, sino la inmediat idad, las 'fuerzas', la alacridad, las 'distancias'. Como si quisiera escamotear las efímeras existencias de los objetos, para que nos queden sus perdurables atributos; y precisamente aquellos atri­butos en donde reside la eficacia estética de cada cosa, ( p . 3 7 5 )

« A M E R I C A N I S M O S E N LA F O R M A I N T E R I O R D E L L E N G U A J E »

Este t r a b a j o 1 c o m i e n z a así:

Bergson se quejaba, casi con rencor, de que el conocimiento de la reali­dad adquir ido con el lenguaje era fraudulento. El lenguaje y el intelecto o el lenguaje-intelecto, era el doble blanco de sus quejas. La in tu ic ión , la v is ión directa de la realidad, es la única manera de conocer. El intelecto, y su gran herramienta, el lenguaje, sirven a la acción; su f i n n o es cono­cer, sino dominar, utilizar.

A l o n s o c o m e n t a :

A los hombres que t ienen de manera excepcional esa capacidad de ver y expresar intuic ional y virginalmente la real idad con el instrumento cate-gorial y c o m ú n del id ioma, l lamamos poetas.

Y agrega:

[...] b ien es verdad que ellos lo logran con el procedimiento casi obl iga­tor io de desenfocar y desmoldar las categorías comunes con imágenes y metáforas, (p.62)

C o m o se a d v i e r t e c l a r a m e n t e , A l o n s o p r o p o n e a los p o e t a s la tarea f i l o s ó f i c a esenc ia l i n d i c a d a p o r B e r g s o n . Q u e es l o q u e t r a t a m o s d e m o s ­trar e n el anál is is d e l t e x t o anter ior .

1. Alonso, Amado: «Americanismos en la forma interior del lenguaje» en Estudios lingüísticos. Temas americanos, Madrid, Gredos, 1953, pp . 61-122.

2 6 3

HUGO W. COWES

Alonso a c e p t a la p o s i c i ó n d e Bergson : «el i d ioma n o s d a u n a r e p r e ­s e n t a c i ó n ca tegor ia l d e la rea l idad , su r e d u c c i ó n a clases».

A p a r e c e , a d e m á s , implícita, la o p o s i c i ó n d e las d o s l e n g u a s : la c o m ú n y la poé t ica . C o n v i e n e a t e n d e r a c o m o A l o n s o p l an t ea la t a rea de l p o e t a : «desenfocar y d e s m o l d a r las ca tegor ías comunes» .

Los d o s des a p u n t a n a ¿/es-construir. Q u e e s lo q u e p r e c i s a m e n t e d ice Pau l d e M a n d e la l e n g u a poé t i ca c o n r e s p e c t o a la l e n g u a c o m ú n .

Más a d e l a n t e c u a n d o el t ex to está m o s t r a n d o c ó m o el p a i s a n o n o m ­bra a su cabal lo , c o m e n t a : «miradas in tu ic iona les d e c o m p r e n s i ó n e i d e n ­tificación c o n lo m i r a d o , e s e mirar u n ob je to d e s d e d e n t r o , q u e e s el mi l ag ro de l ob je to estético», (p .75)

Se trata d e la m i s m a n o c i ó n q u e v i m o s e n el t rabajo s o b r e Gui l len: «sorprender el s e n t i d o secre to , su a lma e s c o n d i d a , su es t ruc tura , su e s e n ­cia». (p .373)

A lonso m u e s t r a a c o n t i n u a c i ó n q u e esta c o n c e p c i ó n d e B e r g s o n t i ene u n siglo d e a n t i g ü e d a d , c o n la «forma inter ior de l lenguaje», d e H u m b o l d t .

Para los in te reses d e es te e n s a y o só lo m e bas ta ag rega r lo s igu ien­te , q u e r e s u m e su pos ic ión :

Una palabra nunca significa escuetamente u n objeto; siempre la tensión vital entre el sujeto y el objeto. Una signif icación es siempre una v is ión interesada del objeto, y el interés por cada objeto se coordina en sistema con el que preside a las significaciones de los objetos afines, opuestos, deslindados, (p.63)

C u a n d o n o m b r a m o s u n ob je to n o n o m b r a m o s «sólo el ob je to m a t e ­rial s ino la mi r ada q u e le d a m o s : su valor.» (p .64) . Esta «tensión vital e n t r e el sujeto y el objeto», a p u n t a a la s u p e r a c i ó n de l pos i t iv i smo d e q u e pa r ­t í amos c o n la p r e s e n t a c i ó n d e la dialéct ica hege l i ana .

E X C U R S O D E C O N S T R U C T I V O

C u a n d o , e n el cap í tu lo anterior , A lonso p r o p o n e c o m o ta rea de l p o e t a «desenfocar», «desmoldar» las pa lab ras , suger í q u e p o d r í a h a b e r u s a d o , c o m o lo usa Paul d e Man, «deconstruir».

Este e x c u r s o t i ene p o r f inal idad mos t ra r q u e mi p r o p o s i c i ó n n o t i ene u n a d i m e n s i ó n c i rcunstancia l , n i está b a s a d a e n u n a m e r a co inc idenc i a verba l . C reo f i r m e m e n t e q u e mi suges t ión indica el c a m i n o hac ia d o n d e A lonso y la t rad ic ión e n q u e está ins ta lado se dir ige.

264

ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

Este acercamiento del pensamiento y la práctica de Alonso a la deconstrucción se apoya en varias circunstancias históricas.

En primer lugar, quizá el más decisivo, consiste en que con la deconstrucción, con Derrida, llega a su extremo absoluto la liquidación del positivismo.

He señalado, con algún detalle, cómo funcionan en ese sentido la asunción de la estilística por Alonso y su exégesis del poema de Guillen.

Como he insinuado, este rechazo del positivismo se continúa en el ensayo sobre la «forma interior del lenguaje» de Humboldt. Al l í leemos lo siguiente:

En la masa continua y amorfa que ofrecen la realidad y la experiencia, los hombres de cada idioma han ido rayando límites, destacando perfi­les, imprimiendo formas, no según las cosas son [...] sino procediendo con un interés vital, con las experiencias acumuladas generación tras generación y con las fantasías y apetitos que en esa organización eterna del idioma hallan su expresión colectiva (p. 65). Si como comentario a una conducta se puede decir 'un padre es siempre un padre' es porque en la significación de padre entra algo más que la relación genética: no sólo el valor material sino la mirada que le damos: su valor, (p. 64)

La palabra clave es aquí, por supuesto, valor.

La differance-différence, el diferir, la negación de la presencia, de la metafísica, apuntan directamente a la negación del positivismo.

Carmen González Marín ha visto esto adecuadamente. Cito su texto porque en la caracterización del problema configura la definición de positivismo de que he partido.

Al referirse a la difusión de la deconstrucción en la cultura nortea­mericana señala cierto desvío:

[...] la resistencia ideológica de ciertos sectores ante la deconstrucción se debe, sin duda, a la adscripción de los mismos a lo que podríamos deno­minar objetivismo, es decir, a la creencia en la existencia de una verdad objetiva, exterior y aprehensible por el individuo, (p.9)

González Marín señala dos componentes concretos de esta posición: los filósofos analíticos y los partidarios del historicismo.

Otro rasgo muy conocido de la posición de Derrida nos permite acercarlo, desde otra perspectiva, al pensamiento de Alonso: «su disolu­ción -agrega González Marín- de fronteras estrictas entre filosofía y lite­ratura». (p.9)

265

HUGO W. COWES

C o m o h e s e ñ a l a d o , A l o n s o i n t e r p r e t a e l d i s c u r s o l í r i c o d e G u i l l e n

c o n c a t e g o r í a s f i l o s ó f i c a s . P e r o m á s t o d a v í a : e n u n m o m e n t o p r o p o n e

e s e s i s t e m a l i t e r a l m e n t e : «¿no n e c e s i t a n u e s t r o p e n s a m i e n t o c a s i u n r i g o r

f i losóf ico. . .?» ( p . 3 7 2 )

La t e r c e r c i r c u n s t a n c i a q u e n o s p e r m i t e a c e r c a r e l p e n s a m i e n t o d e

A l o n s o a l d e D e r r i d a e s la p r e s e n c i a e n a m b o s d e l p e n s a m i e n t o d e

S a u s s u r e .

C o m o e s s a b i d o A l o n s o i n c o r p o r a a l a c u l t u r a e n l e n g u a c a s t e l l a n a

e l Curso de lingüística general, ( A l i a n z a , 1 9 8 9 ) a l q u e t r a d u c e y p r e c e d e

s u p u b l i c a c i ó n d e u n e s t u d i o i m p o r t a n t e .

E a g l e t o n h a s e ñ a l a d o e n é r g i c a m e n t e la v i n c u l a c i ó n S a u s s u r e -

D e r r i d a .

El c a p í t u l o P o s t - S t r u c t u r a l i s m , d e Literary Theory, ( U n i v e r s i t y o f

M i n n e s o t a P r e s s , M i n n e a p o l i s , 1 9 8 9 , p . 1 2 7 ) , c o m i e n z a a s í :

Saussure, as the the reader w i l l remember, argües that meaning in len-guage is just a matter o f difference. 'Cat' is 'cat' because es not 'cap' or 'bat'

L u e g o d e s a r r o l l a e n g e n e r a l la t e o r í a l i n g ü í s t i c a d e S a u s s u r e e i n s e n ­

s i b l e m e n t e , s i n s o l u c i ó n d e c o n t i n u i d a d , p a s a a d e s c r i b i r e l p o s t - e s t r u c -

t u r a l i s m o .

P o c o d e s p u é s , e n la p á g i n a 1 3 2 , c o m e n t a :

Jacques Derrida, the french phi losopher whose v iews I have been e x p o u n d i n g over the last few pages.

A c o n t i n u a c i ó n n o m b r a a M i c h e l F o u c a u l t , J a c q u e s L a c a n y J u l i a

K r i s t e v a .

G r e g o r y L. U l m e r , e n «El o b j e t o d e la p o s c r í t i c a » , ( H a l F o s t e r . La pos­

modernidad, K a i r ó s , B a r c e l o n a , 1 9 8 5 ) , t r a n s c r i b e la c o n s i d e r a c i ó n s u s ­

t a n c i a l d e D e r r i d a a c e r c a d e l gram.

Se trata de produci r u n nuevo concepto de escritura. Podemos llamar a este concepto gram o difference... Tanto en el orden del discurso habla­do como en el escrito, n i n g ú n elemento puede funcionar c o m o u n signo sin referirse a otro e lemento que n o está presente. El resultado de este entretejido es que cada 'elemento' - f o n e m a o gra fema- está const i tu ido sobre la huella que hay en él de los otros elementos de la cadena o sis­tema. Este entretejido es el texto p roduc ido sólo en la t ransformación de otro texto. Nada, n i entre los elementos n i dentro del sistema, está ya s im­plemente presente o ausente. Sólo hay en todas partes diferencias y hue-

2 6 6

ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

lias de huellas. Así, pues, el gram es el concepto más general en semio­logía, la cual se convierte, en gramatología. (p.132)

E s t e t e x t o d e D e r r i d a , s u g i e r o , p a r e c e u n a p a r á f r a s i s d e e s t e t e x t o d e S a u s s u r e . Curso de lingüística general, ( A l i a n z a , A r g e n t i n a , 1 9 8 9 -T r a d u c c i ó n , p r ó l o g o y n o t a s d e A m a d o A l o n s o ) . E n e l p a r á g r a f o t i t u l a d o El signo considerado en su totalidad, ( p . 1 5 0 ) , s e l e e :

Todo lo precedente viene a decir que en la lengua no hay más que dife­rencias. Todavía más: una diferencia supone, en general, términos posi ­tivos entre los cuales se establece; pero en la lengua sólo hay diferencias sin términos positivos. Ya se considere el significante, ya el signif icado, la lengua no comporta ni ideas n i sonidos preexistentes al sistema l ingüís­t ico, sino solamente diferencias conceptuales y diferencias fónicas resul­tantes del sistema. Lo que de idea o de materia fónica hay en u n signo importa menos que lo que hay a su alrededor en los otros signos, (pp . 150-1, los subrayados v ienen en el texto)

S a u s s u r e a c e p t a s ó l o d i f e r e n c i a s e n l a l e n g u a ( n o t é r m i n o s p o s i t i ­v o s ) , a u n q u e l o s a c e p t a e n e l c o n t e x t o e x t r a l i n g ü í s t i c o . P a r a D e r r i d a a q u í t a m p o c o f u n c i o n a n .

E n la p á g i n a 1 4 8 a c o n t e c e e s t a p r o p o s i c i ó n t a x a t i v a : «Arbitrario y diferencial s o n d o s c u a l i d a d e s c o r r e l a t i v a s » ( S u b r a y a d o e n e l t e x t o )

S i n e m b a r g o , a p e s a r d e h a b e r c i t a d o e s e t e x t o « s a u s s u r i a n o » d e D e r r i d a , U l m e r l o s s e p a r a :

La noc ión de gram es especialmente út i l para teorizar el hecho evidente [...] de que significantes y significadores están separándose cont inuamen­te y uniéndose de nuevo en otras combinaciones, revelando así la ina­decuación del mode lo del signo de Saussure, según el cual el signif icado y el significante se relacionan como si fueran la dos caras de la misma hoja de papel , (p.133)

P e r o U l m e r s i m p l i f i c a , y p o r l o t a n t o d e f o r m a , e l p e n s a m i e n t o d e S a u s s u r e . D o s t e x t o s m e p e r m i t e n , c r e o , d e s a u t o r i z a r e l i n t e n t o d e a l e j a r e l p e n s a m i e n t o d e S a u s s u r e d e l p e n s a m i e n t o d e D e r r i d a .

E n la p á g i n a 1 4 7 d e l Curso s e l e e :

Cuando af i rmo simplemente que una palabra significa tal cosa, cuando me atengo a la asociación de la imagen acústica con el concepto, hago una operación que puede en cierta medida ser exacta y dar una idea de la real idad, pero de n ingún m o d o expreso el hecho l ingüístico en su esencia y en su amplitud. (El subrayado es mío)

2 6 7

HUGO W. COWES

Y p o c o an tes , e n la m i s m a pág ina , d i r ig ido m á s d i r e c t a m e n t e a n u e s ­t ro p r o b l e m a :

Cuando se dice que los valores corresponden a conceptos, se sobreen­t iende que son puramente diferenciales, def inidos no positivamente por su contenido sino negativamente por sus relaciones con los otros térmi­nos del sistema. Su más exacta característica es ser lo que los otros no son. (Los subrayados son míos)

N o s o s t e n g o q u e la d i ferencia d e Saussu re e s igual a la différance d e Der r ida . P e r o t a m p o c o e s d i ferente . Es différant.

El d i scu r so de l m i s m o Der r ida sug ie re es ta so luc ión .

En La Différance - Márgenes de la filosofía (Cá tedra , Madr id , 1989, p .46 ) a p a r e c e n c i t ados t o d o s los t ex tos i n c o r p o r a d o s p o r mí a e s t e e n s a ­y o . Más es te c o m e n t a r i o :

La mayoría de las investigaciones semiológicas o lingüísticas que h o y d o m i n a n el campo del pensamiento, sea por sus propios resultados, sea por la f u n c i ó n de mode lo regulador que ven reconocer por todas partes, conducen genealógicamente a Saussure, errada o acertadamente, c o m o al c o m ú n instaurador. Ahora b ien , Saussure es inicialmente qu ien ha situado l o arbitrario del signo' y 'el carácter' diferencial del signo en el pr inc ip io de la semiología general, singularmente de la lingüística. Y los dos motivos -arbitrario y diferencial- son a sus ojos, es sabido, insepara­bles. No puede haber algo arbitrario si no es porque el sistema de los signos está const i tuido por diferencias, no por la total idad de los térmi ­nos. Los elementos de la signif icación func ionan n o por la fuerza c o m ­pacta de núcleo, sino por la red de las oposiciones que los dist inguen y los relacionan unos a otros. 'Arbitrario y diferencial ' , dice Saussure, 'son dos cualidades correlativas'. Ahora b ien, este pr inc ip io de la diferencia, como cond ic ión de la signi f i ­cación, afecta a la totalidad del signo, es decir, a la vez a la cara del sig­ni f icado y a la cara del significante.

Cuat ro v e c e s m á s el d i scu r so d e Der r ida d ia loga c o n el d e Saussure . C o n v i e n e a t e n d e r al c o n t e x t o d iscurs ivo . Este d i á l o g o a c o n t e c e c u a n d o Der r ida trata d e e n c o n t r a r e n o t ros a u t o r e s el c a m i n o hac ia la d e c o n s ­t rucc ión: Husser l , Saussure , Nie tzche , F reud , He idegge r .

Der r ida m i s m o justifica su p r o c e d i m i e n t o y el mío :

Creo que lo que hoy se denomina deconstrucción estaba operando hace mucho t iempo en el campo de la filosofía y de la cultura occidental bajo otros nombres, de manera que no es una intervención del exterior n i sucede en u n momento dado. (pp . 164-165).

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ASUNCIÓN Y SUPERACIÓN DE LA ESTILÍSTICA EN EL PENSAMIENTO DE AMADO ALONSO

P e r o t o d a v í a m á s l i t e r a l m e n t e , y d i r i g i d o d i r e c t a m e n t e a la t r a d i c i ó n

e n q u e h e m o s c o l o c a d o a A m a d o A l o n s o :

la t radición del New Criticism [...], con el gusto por el cióse reading -algo que también es deconstrucción, ¿no?. (Revista de Occidente, 6 2 - 6 3 , p. 1 7 1 )

A d e m á s c u a n d o A l o n s o p r o p o n e « l legar a l c o n o c i m i e n t o í n t i m o d e

u n a o b r a l i t e ra r ia» , « c o n o c i m i e n t o í n t i m o » p u e d e s e r u n a t r a d u c c i ó n d e

«c ió se r e a d i n g » .

S e g ú n e l m i s m o D e r r i d a , e l N e w C r i t i c i s m a p a r e c e e n e l c a m i n o d e

la d e c o n s t r u c c i ó n . N o s e n e c e s i t a m u c h a h e r m e n é u t i c a p a r a p r o y e c t a r a l

f o r m a l i s m o r u s o y a l a e s t i l í s t i c a a e s t e c a m i n o . F u n c i o n a a q u í l a t r a d i ­

c i ó n e n q u e h e m o s c o l o c a d o a A m a d o A l o n s o . Q u e e s l o q u e q u e r í a m o s

d e m o s t r a r .

BIBLIOGRAFÍA

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