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AÇÕES PARA PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO ISNN 0100-1485 INDÚSTRIA NAVAL E DO PETRÓLEO INDÚSTRIA NAVAL E DO PETRÓLEO ENTREVISTA Sérgio Machado, presidente da TRANSPETRO Ano 7 Nº 32 Mai/Jun 2010 ENTREVISTA Ano 7 Nº 32 Mai/Jun 2010 Sérgio Machado, presidente da TRANSPETRO INTERCORR 2010 Cobertura completa INTERCORR 2010 Cobertura completa AÇÕES PARA PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

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AÇÕES PARA PROTEÇÃOCONTRA CORROSÃO

ISNN 0100-1485

INDÚSTRIA NAVAL E DO PETRÓLEOINDÚSTRIA NAVAL E DO PETRÓLEO

ENTREVISTA

Sérgio Machado,

presidente da

TRANSPETRO

Ano 7Nº 32Mai/Jun 2010

ENTREVISTA

Ano 7Nº 32Mai/Jun 2010

Sérgio Machado,

presidente da

TRANSPETRO

INTERCORR 2010

Cobertura

completa

INTERCORR 2010

Cobertura

completa

AÇÕES PARA PROTEÇÃOCONTRA CORROSÃO

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Sumário

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968.ISNN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IECVice-presidenteEng. João Hipólito de Lima Oliver –PETROBRAS/TRANSPETRODiretora FinanceiraDra. Olga Baptista Ferraz – INTGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

Diretoria TécnicaEng. Fernando Benedicto Mainier – UFFEng. Fernando de Loureiro Fragata – CEPELMauro José Deretti – WEGM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INT

Eng. Rosileia Mantovani – AkzoDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Denise Souza de Freitas – INTEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDr. Luiz Roberto Martins Miranda – COPPEEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQSimone Maciel – ABRACODra. Zehbour Panossian – IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em julhode 2010.

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

22Causa da ocorrência de pites em

cupons de aço carbonoPor Lorena Cristina de Oliveira

e co-autores

Artigo Técnico6

EntrevistaO ressurgimento da indústria naval

8Evento INTERCORR

Compartilhando avanços tecnológicos

14Matéria de Capa

Ações para proteção contra corrosão

20Indústria Naval

Atlântico Sul lança seu primeiro navio

29Cursos e Eventos

Calendário 2010 – 2º Semestre

30Notícias do Mercado

32Treinamento & Desenvolvimento

Orgasmo e estupro intelectual

34Opinião

Novos paradigmas da Geração YMarcelo Mariaca

C & P • Maio/Junho • 2010 3

Errata:Na página 22 da edição nº 31, Soluções coma nanotecnologia, na verdade, o depoimentofoi dado por Cláudia Bártoli Belizaro,pesquisadora da empresa Nanox.

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odos os envolvidos na pesquisa e no negócio relacionado às ações anticorrosivas estãomuito satisfeitos com a revitalização experimentada pela indústria naval brasileira. E não é paramenos! Depois de ser um dos importantes pólos de desenvolvimento do Brasil nas décadas de 1960

e 1970, a indústria naval perdeu fôlego e caiu no ostracismo nas décadas de 1980 e 1990.No início deste século, tal qual fênix, ressurgiu. Nesse período, o país passou por um vertiginoso pro-

cesso de reorganização interna, após se ver livre da estagnação econômica e da espiral inflacionária. A par-tir daí, novos e decisivos passos foram dados para se dotar a indústria nacional de escala suficiente para esta-belecer uma indústria naval eficiente e que, assim, pudesse concorrer com os grandes players globais.

A desconfiança e incerteza iniciais, perfeitamente previsíveis pelo passado recente de investimentos nosetor, foram suplantadas pela ação decisiva do governo federal ao estabelecer categoricamente a importân-cia desse segmento, como forma de estancar a perda de divisas e criar uma indústria nacional forte que

inclusive apoiasse o crescimento vivido pela indústria do petróleo,particularmente pela PETROBRAS. O passo mais espetacular foi acriação, em 2004, do Programa de Modernização e Expansão daFrota (o PROMEF) que criou mecanismos para a produção de 49navios no Brasil, com alto índice de nacionalização.

Os investimentos estão próximos dos U$ 5 bilhões e, neste pri-meiro semestre de 2010, os estaleiros nacionais entregaram as duasprimeiras embarcações. A expectativa, portanto, se materializou. En-fim, depois de um longo período, são lançados ao mar embarcações

de grande calado com o selo Made in Brazil. A mudança de postura em menos de uma década é fato a serlouvado, e todos esperam agora que os novos estaleiros, a mão-de-obra que está se especializando e a pes-quisa cada vez mais ativa sejam motor de torque para ampliar esse mercado e receber encomendas de outrospaíses para, finalmente, consolidar a indústria naval como uma das mais importantes para o Brasil.

A entrevista com o presidente da TRANSPETRO, Sérgio Machado, e a matéria sobre o navio entreguepelo Estaleiro Atlântico Sul (o segundo dentro do PROMEF) complementam esse quadro positivo que aindústria naval está vivenciando.

INTERCORR – Outra matéria desta edição aborda o maior evento do setor realizado no Brasil, oINTERCORR. Essa foi a maior e mais concorrida edição do evento, por qualquer parâmetro que se ava-lie. Foram 788 profissionais participantes e a qualidade e a abrangência dos trabalhos apresentados sur-preenderam até os mais renomados especialistas presentes. O sucesso do evento também pode ser parcial-mente creditado a esse momento ímpar da história das indústrias do petróleo e gás e naval.

E a ABRACO se sente particularmente empolgada em ser um dos pilares do desenvolvimento técnicodo setor da corrosão, um dos itens mais importantes para o bom desempenho desses setores da economia.

Boa leitura!

Os editores

A revitalização da indústria naval

Carta ao leitor

A mudança de postura do governo brasileiro

em menos de uma década é fato

a ser louvado e todos esperam agora

a ampliação e a consolidação desse mercado

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O ressurgimento da indústria navalNeste primeiro semestre de 2010, foram entregues os dois primeiros navios

construídos no âmbito do PROMEF. Há um longo caminho a percorrer,

porém os resultados iniciais do programa são muito promissores

Entrevista

Sérgio Machado

frente da TRANSPETROdesde 2003, o fortalezenseSérgio Machado foi eleito,

em junho, por uma publicaçãoespecializada norueguesa, umadas 100 pessoas mais influentesdo mundo no setor de transpor-te marítimo. Formado em Admi-nistração Pública pela FundaçãoGetulio Vargas do Rio de Janei-ro, o ex-senador ocupa a 65ª po-sição neste ranking, apontado co-mo um executivo visionário e co-rajoso. Trata-se de um reconheci-mento pelo trabalho desenvolvi-do com a criação, em 2004, doPrograma de Modernização eExpansão da Frota (PROMEF),que, ao prever a construção noBrasil de 49 navios, com conteú-do mínimo nacional (65% naprimeira fase e 70% na segundafase) e preço internacionalmentecompetitivo ao final da curva deaprendizado, foi responsável pelorenascimento da indústria navalnacional. Com os contratos deconstrução assinados para 46navios, o montante de investi-mentos já soma US$ 4,7 bilhões.As entregas começaram este ano,com o primeiro deles lançado aomar em maio e o segundo emjunho, e vão até 2013.

O programa é visto comoum passo importante para aeconomia de divisas, hoje en-viadas ao exterior para paga-mento de serviços de frete. A es-

ciclo de decadência que se seguiraao apogeu dos anos 70. Partimosde uma necessidade, que era aconstrução de navios para umpaís de 7,5 mil km de litoral e 42mil km de rios navegáveis com95% de seu comércio exterior porvia marítima, para a criação deuma oportunidade, que foi aretomada da indústria naval.Com isso, estamos contribuindopara a criação de 40 mil empre-gos diretos e 160 mil empregosindiretos.

A TRANSPETRO lançou, em24 de junho, o segundo naviodo PROMEF. Que balanço osenhor faz, neste momento, doPrograma em termos do alcan-ce de suas metas objetivas e daconsequência inerente, que éa de propiciar o renascimentoda indústria naval brasileira?Machado – O programa é umsucesso, tanto pelo cumprimentoestrito do cronograma de lança-mentos quanto pelo estímulo àretomada de encomendas poroutras empresas. Especialistasindependentes e dirigentes sindi-cais, tanto de empregados comode patrões, têm ressaltado aimportância do PROMEF comodeflagrador de um processo maisamplo, de recuperação da auto-estima de um segmento vital pa-ra nossa indústria, como a cons-trução naval.

timativa é a de que esta econo-mia chegue anualmente a US$500 milhões em remessas ao ex-terior. Ao fim das duas primei-ras fases do programa, a expec-tativa é de que 100% das neces-sidades de cabotagem (navega-ção costeira) e 50% dos trajetosde longo curso da PETRO-BRAS sejam atendidas pela fro-ta da TRANSPETRO.

Por navegarem em água sal-gada e transportarem cargas al-tamente corrosivas, a proteçãocontra a corrosão destes naviosé item importante neste contex-to. A Revista Corrosão & Pro-teção pediu ao presidente daTRANSPETRO, Sérgio Ma-chado, que fizesse uma avalia-ção do momento da indústrianaval, confira:

O senhor foi listado pelo jor-nal norueguês Trade Winds, amaior publicação especializadaem transporte marítimo domundo, entre as 100 pessoasmundialmente mais influentesno setor marítimo. O que estereconhecimento representa?Machado – Tomo este reconheci-mento como um prêmio a umtrabalho coletivo, que teve o apo-io decidido do Governo Federal eo engajamento de dirigentes efuncionários da TRANSPETRO.Recolocamos o Brasil no mapa daconstrução naval, dando fim ao

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Por Luciana Fleury

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O que a expansão da indústrianaval brasileira representa emtermos de desenvolvimento pa-ra o País? Qual a importânciado fortalecimento deste setorpara a Economia em geral?Machado – A locomotiva da eco-nomia mundial, no momento,são os países emergentes. A logís-tica é fundamental para o Brasilbeneficiar-se plenamente desseprocesso, levando os alimentos ematérias-primas que produz pa-ra países que são grandes deman-dantes, como China e Índia. Nãohá como pensar em alavancar asexportações nem tornar o Paísplenamente competitivo sem in-vestimentos significativos em na-vegação e construção naval. E oPROMEF foi um passo impor-tantíssimo nessa direção.Num país de dimensões conti-nentais, como o nosso, o modalaquaviário (hidrovias + cabota-gem) tem que ser incentivado,para baratear a movimentaçãointerna das mercadorias e au-mentar a competitividade das ex-portações. Não por acaso, a metado Governo Federal no PlanoNacional de Logística de Trans-porte é mais que dobrar a parti-cipação do modal aquaviário, de13% para 29%, em cerca deuma década.Por último, mas não por fim, asdescobertas de petróleo e gás nopré-sal, camada mais profundada plataforma continental brasi-leira, demandarão uma estruturalogística mais poderosa e inova-dora do que a atual. A construçãodessa estrutura demandará porsua vez um trabalho decidido daPETROBRAS, da TRANSPE-TRO e dos operadores privadosde transporte.

Como está sendo enfrentado odesafio relacionado à formaçãoe qualificação da mão de obranecessária para apoiar esterenascimento da indústria na-val brasileira?

Machado – A TRANSPETRO e aPETROBRAS apóiam diretamen-te a formação de marítimos, de-manda crescente diante da renova-ção da frota, por meio de convêniocom o Ciaba (Centro de InstruçãoAlmirante Braz de Aguiar) e oCiaga (Centro de Instrução Almi-rante Graça Aranha), que treiname preparam os oficiais de MarinhaMercante. O PROMEF, por suavez, desde o seu início estimula oengajamento dos estaleiros na for-mação de mão de obra. O Estalei-ro Atlântico Sul, criado para a dis-puta das encomendas do PRO-MEF, investiu no ‘Nascedouro deTalentos’, centro que complementaa qualificação oferecida pelo Senai.O exemplo não é isolado: iniciati-vas deste gênero, em diferentesgraus, têm sido desenvolvidas poroutros estaleiros, muitas vezes emparceria com o Programa de Mo-bilização da Indústria Petrolífera.

Qual a importância da prote-ção contra a corrosão em ter-mos de produtos e processosneste contexto?Machado – Os cascos dos naviospetroleiros são fabricados com açonaval, navegam em água salgada e

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transportam cargas altamente cor-rosivas. Falhas na proteção contraa corrosão no casco podem provo-car danos à carga (contaminação),ao meio ambiente e à imagem doarmador. Nesse contexto, a prote-ção contra a corrosão em naviostanques, petroleiros ou de produtosquímicos e derivados de petróleo éextremamente relevante.

Como a TRANSPETRO vemtrabalhando as questões relati-vas a esta proteção?Machado – Investimos em paradaspara manutenção e nossos esque-mas de tratamento e pintura supe-ram os padrões atuais empregadospelos principais estaleiros interna-cionais. Além disso, a TRANSPE-TRO tem como diretriz a partici-pação de seus técnicos e engenheirosem fóruns nacionais e internacio-nais para se manterem atualizadasobre o desenvolvimento de novastecnologias tanto para a fabricaçãodas tintas como em relação aos pro-cessos de aplicação das mesmas.

Mais informações sobre aTRANSPETRO no sitewww.transpetro.com.br.

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Evento INTERCORR

INTERCORR, maiorevento internacional decorrosão que ocorre no

Brasil, reuniu no Centro deConvenções do Hotel PraiaCentro, em Fortaleza, entre osdias 24 e 28 de maio, toda a co-munidade técnica e científicade universidades, institutos depesquisas, empresas e profissio-nais da área de corrosão. Nototal, 788 profissionais – umnúmero recorde – estiverampresentes para vivenciar umrico intercâmbio de experiên-cias e ter acesso a inúmeros as-suntos técnicos, abordados pormeio de palestras, conferências,mesas-redondas e trabalhos téc-nicos apresentados na formaoral ou como pôsteres.

Juntamente com o INTER-CORR, organizado pela ABRA-CO, ocorreram o 3rd Internatio-nal Corrosion Meeting, o 17ºConcurso de Fotografia deCorrosão e Degradação de Ma-teriais, além da 30

aedição do

CONBRASCORR – Congresso Brasileiro de Corrosão e sua tradi-cional exposição de produtos e serviços.

O INTERCORR tem forte viés técnico, o que, segundo Laerce dePaula Nunes, presidente da ABRACO, faz do evento uma excelenteoportunidade para os debates e apresentação de inovações sobre a cor-rosão e suas medidas preventivas. “O INTERCORR tem um objeti-vo estratégico de criar possibilidades para a disseminação do co-nhecimento’, observa Laerce.

A conferência de abertura proferida por Marcelino Guedes Fer-reira Mosqueira Gomes, Diretor-Presidente da Refinaria Abreu e Li-ma (RNEST) da PETROBRAS, abordou o tema “2010-2020: De-safios e Oportunidades do Brasil no segmento do óleo, gás, offshore enaval” (veja mais no box). Marcelino foi apresentado por LaerceNunes, que fez um breve discurso de abertura abordando os feitos dosmais de 40 anos da história da ABRACO, relembrando os profissio-nais que foram fundamentais para a criação e para o desenvolvimen-to da entidade no decorrer desse tempo. “A ABRACO é fruto do tra-balho de diversas pessoas que voluntariamente contribuíram para seucrescimento, certos de que o sucesso da entidade tem relação diretacom a maior valorização do tema junto a todos os segmentos impac-tados”, argumenta Laerce.

O engenheiro João Hipólito da Cunha Oliver, atual vice-presiden-te e próximo presidente para o biênio 2011/2012 da ABRACO, fezum questionamento na abertura do evento para reflexão: Qual o papeldo Brasil futuro? “Sem dúvida, o país está em evidência junto à comu-nidade internacional. Na área da corrosão, o importante agora é divul-gar e desenvolver novas tecnologias, só assim estaremos aptos paradesenvolver materiais e processos. Esse é um compromisso da ABRA-

A terceira edição do INTERCORR evidenciou a grande importância do tema corrosãoe proteção no atual cenário de expansão das indústrias do petróleo e gás e da naval

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Compartilhando avanços tecnológicos

A partir daesquerda,

NeusvaldoLira de

Almeida, JoãoHipólito da

Cunha Oliver,Laerce de

Paula Nunes eSimone

Louise Brasil

Por Carlos Sbarai e Henrique Dias

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um forte efeito junto aos profis-sionais presentes, por sua interes-sante abordagem, abrangênciado assunto e posição de destaqueno mercado nacional do petróleoe gás”.

Zehbour destacou a grandeparticipação nas conferênciasplenárias, intensificadas pela a-bordagem diversificada tantopara profissionais da área acadê-mica quanto para os da indús-tria. “As salas estiveram semprecom excelente público e, princi-palmente, com profissionais cla-ramente interessados nos assun-tos discorridos. É muito difícilver essa participação nos con-gressos e estamos muito satisfei-tos, pois o retorno foi muito po-sitivo”.

Apesar do sucesso, Zehbour,argumenta que sempre é possívelmelhorar e a equipe vem traba-lhando sistematicamente para a

CO e deve serde todos osprofissionais eempresas en-volvidas nonegócio, poissó assim o Bra-sil vai consoli-dar uma posi-ção de desta-que no merca-do”, observa.

O futuropresidente daABRACO des-tacou os even-

tos técnicos organizados no Brasil como fio-condutores desse de-senvolvimento, os eventos internacionais que serão organizados(Copa do Mundo e Olimpíadas) e que há um pleito do Brasil parasediar um evento internacional sobre tecnologias de controle decorrosão.

A presidente do Comitê Técnico-Científico do INTERCORR2010, Zehbour Panossian, disse que o evento foi excelente tanto doponto de vista do número de trabalhos apresentados como de públi-co. “A conferência de abertura, proferida por Marcelino Guedes, teve

Zehbour Panossian destacou o grande número devisitantes e de trabalhos apresentados no evento

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os dias, o que valorizou sobremaneira todo o evento”, comentaZehbour Panossian.

PanoramaPara os profissionais que não puderam participar do INTER-

CORR, a Revista Corrosão & Proteção traz um breve panorama dasatividades desenvolvidas durante o maior evento da corrosão organi-zado no Brasil. Além da conferência de abertura, foram realizadas seteconferências / palestras conduzidas por profissionais renomados inter-nacionalmente: Hermano Cezar Jambo (Brasil – PETROBRAS),Pedro Altoé (Brasil – PETROBRAS), John Kelly (Estados Unidos –International Paint), Zehbour Panossian (Brasil – IPT), BijanKermani (Reino Unido – Universidade de Manchester), RicardoNogueira (França – INP-Lepmi) e João Carlos Salvador Fernandes(Portugal – IST).

Neusvaldo Lira de Almeida, pesquisador do IPT – Instituto dePesquisas Tecnológicas de São Paulo, diretor da ABRACO e membrodo Comitê Executivo do INTERCORR, destacou ainda as três mesas-

melhoria contínua do evento.“Avançamos quanto ao conteúdoapresentado, como o ensino dacorrosão. Os próprios autores-professores nos deram um retor-no positivo e solicitaram quefosse mantido esse tema nos pró-ximos congressos. Outro pontoalto foi a qualidade dos trabalhosapresentados e os pôsteres. Ospalestrantes internacionais fica-ram impressionados com o nívelde organização e de presença depúblico. Cada vez mais estamosvalorizando as plenárias, pois agrande maioria dos eventos temuma ou duas plenárias no come-ço e no fim e nós fizemos todos

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O balcão de inscrições com sofisticado software deatendimento

Em clima de festa, o coquetel de abertura foi um dospontos altos do evento

17º Concurso de Fotografia

1º Lugar: Fernando Marchiori /Renner HerrmannPlaca de rua em Caiobá, PR

2º Lugar: Carlos Alberto Picone /UNESPCorrosão em água do mar no açoAISI H13 nitretado por plasma

3º Lugar: Carlos Alexandre Mar-tins da Silva / TRANSPETROCorrosão em zona de variação demaré

O concurso de fotografia, que também é uma tradição da ABRACO há muitos anos, está conquistandocada vez mais adeptos. A décima-sétima edição recebeu mais de 40 fotografias, novo recorde de participa-ção. “Essa é uma forma de incentivar e aguçar a curiosidade das pessoas, que começam a fotografar peçascorroídas para mostrar durante o evento”, comenta Neusvaldo Lira.

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contra corrosão (instrutora Zeh-bour Panossian), Ensaios paraavaliação de processos corrosivos– aplicações e normas (DeniseFreitas – INT), Inspeção de sis-tema de proteção catódica erevestimento – como selecionara técnica mais adequada (JoãoHipólito de Lima Oliver –TRANSPETRO), Técnicas de

redondas que propiciaram ao público conhecer, debater e trocar expe-riências em profundidade com especialistas. Os temas foram: “Cor-rosão por corrente alternada e interferência por descarga atmosférica”,coordenada por Jorge Fernando Coelho (PETROBRAS), “Meta-lização – aplicação offshore e onshore”, coordenada por Antonio BravoJúnior (Durotec) e “Revestimentos orgânicos & pré-sal – novos desa-fios”, com Joaquim Pereira Quintela (PETROBRAS/CENPES).

Com carga horária de seis horas, os tradicionais minicursos forambastante concorridos. No total, 105 profissionais participaram doscinco temas desenvolvidos: Revestimentos metálicos para proteção

O melhor trabalho pôster do evento ficou comRaphael Gomes de Paula (PUC-MG)

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dores, revestimentos orgânicos e metálicos, além de uma sessão dedi-cada ao ensino da corrosão. “Pretendemos que essa sessão esteja pre-sente nos próximos eventos, onde os pesquisadores das mais diversaslinhas de atuação poderão trazer suas experiências teóricas e práticas,reforçando ainda mais os conceitos relativos aos processos corrosivos,suas técnicas de controle e formas de avaliação”, comenta.

Finalmente, Neusvaldo e Simone Brasil destacam o reconheci-mento da comunidade técnica aos melhores trabalhos apresentados.O Prêmio Professor Vicente Gentil, concedido ao melhor trabalhoapresentado na forma oral no CONBRASCORR, foi conquistadopor Lorena Cristina de Oliveira Tiroel (TRANSPETRO) com o tema“Causas da Ocorrência de pites em cupons de aço-carbono” (veja arti-go na íntegra nesta edição na página 22). Em segundo e terceiro lugar,ficaram respectivamente os trabalhos “Estudo eletroquímico do efeitoda concentração de íons de Ce (IV) na formação de um filme prote-tor à base de polissilano sobre aço carbono”, de Idalina V. Aoki (EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo – USP) e “Investigação deoxidação seletiva em aço dual phase”, de Vanessa C. F. Lins(Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG). Na sessão pôster,Simone Brasil ressalta uma inovação: além do horário disponibilizadopara a apresentação, os pôsteres tiveram um espaço próprio e puderamficar expostos durante todo o evento. “Com isso, um número maiorde participantes tiveram acesso aos trabalhos”, avalia Simone Brasil.

O melhor pôster foi “The effect of zinc addition in stress corrosioncracking initiation in nickel alloy 600 in simulated PWR primarywater”, de Raphael Gomes de Paula (PUC-MG). “Vale ressaltar queos três melhores trabalhos orais e o ganhador do melhor pôster con-quistam seu ‘passaporte’ para a 11ª COTEQ – Conferência sobreTecnologia de Equipamentos, evento que é realizado em parceria com

avaliação de revestimentos orgâ-nicos (Celso Gnecco – SherwinWillians) e Uso de inibidores decorrosão: aplicação, avaliação deeficiência e mecanismo (IsabelGuedes – USP).

Tivemos mais de 200 traba-lhos apresentados, sendo 170 naforma oral, em cinco sessões si-multâneas. “Esse aumento é umclaro indicador de que o temacorrosão vem ganhando cada vezmais destaque entre os pesquisa-dores. Os trabalhos abordarampraticamente todos os temas so-bre corrosão e proteção, comdestaque para os assuntos volta-dos ao petróleo, gás, energia enanotecnologia aplicada à corro-são”, observa Neusvaldo.

Simone Brasil, do Departa-mento de Processos Inorgânicos,da Escola de Química da Uni-versidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ) e diretora daABRACO, ressalta que os traba-lhos técnicos apresentaram te-mas tradicionalmente presentes,como proteção catódica, inibi-

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Desafios e oportunidades no BrasilPara proferir a conferência inicial do INTERCORR em alto nível, a ABRACO

convidou o Diretor-Presidente da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), MarcelinoGuedes Ferreira Mosqueira Gomes que abordou o tema “2010/2020 Desafios eOportunidades no Brasil para os Segmentos de Óleo, Gás, Offshore e Naval”.

Marcelino comentou sobre sua primeira participação, ainda como profissionaljúnior, em um congresso brasileiro de corrosão, em meados da década de 1980, e

como se sentia satisfeito por retornar aonde tudo começou. Entrando no assunto da palestra, ele traçou umpanorama geral da indústria do petróleo e gás no Brasil, seus avanços e sua interação com o mercado globalocorridos nas duas últimas décadas. Depois, avaliou as possibilidades que devem-se abrir nos próximos anos.Longe de ser um exercício exato, ele acredita que “os próximos dez anos serão fantásticos, pois as últimas duasdécadas não foram perdidas, o Brasil estava se preparando para algo muito maior”, comentou.

Na sequência, destacou a construção da nova refinaria em Pernambuco (veja entrevista sobre o assuntona Revista Corrosão e Proteção 31) e como esse projeto se integra ao plano global de autossuficiência empetróleo e gás, consolidando o Brasil como um dos mais importantes players desse segmento. Além disso, aimportância de investir no Nordeste e levando desenvolvimento e inclusão àquela região.

Outro destaque foram os desafios para a exploração do pré-sal. As dificuldades são imensas, mas as opor-tunidades são maiores ainda. Marcelino, comentou que a expectativa de investimentos da PETROBRAS éde US$ 220 bilhões nos próximos cinco anos, “é muito dinheiro e temos que aproveitar esse momento paracriar no Brasil definitivamente uma indústria verdadeiramente competitiva”, alertou. Exemplo positivo é areestruturação da indústria naval, que levará o Brasil a ser um dos cinco maiores do setor. Os desafios estãomuito ligados a mão de obra. “Em Pernambuco procuramos soldadores, engenheiros, inspetores e não encon-tramos. Temos que encontrar solução para isso. Vejam apenas um exemplo, o Brasil forma cerca de 23 milengenheiros por ano, e nossa demanda é por cerca de 40 mil”.

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pertise em temas específicos. Fo-ram quatro palestras nesse forma-to: Revestimento para minerado-ras estendidos a outros mercados,ministrado por Eric Ugarte –Sherwin Williams/Chile; Produ-tos ecologicamente corretos paraa indústria naval – Rosiléia Man-tovani – International Paint; Re-dução de riscos associados comrevestimentos anticorrosivos dealta tecnologia – Antonino DiMarco – International Paint; Gal-vanização: economia e durabili-dade na proteção contra a corro-são – casos de sucesso – FlávioPenha Júnior – Instituto de Me-tais Não-Ferrosos.

a ABENDI e com o IBP, entre os dias 10 e 13 de Maio de 2011, noRecife”, explica Neusvaldo.

Inovações também na organizaçãoSimone Maciel, coordenadora de Comunicação e Eventos da A-

BRACO, conta algumas inovações apresentadas, sempre com o obje-tivo de tornar mais dinâmico os processos. “A modernização no rece-bimento dos resumos e trabalhos, por exemplo, tornou o contato maisrápido e direto”, comenta.

Para tanto, a ABRACO investiu na implementação de um sistemaonline que permitia o envio dos resumos e trabalhos técnicos paratodos os membros do Comitê Científico. O envio de fotos para par-ticipação no tradicional concurso de fotografias foi feito dessa forma.“A votação para a escolha da melhor foto também por meio eletrôni-co”, explica Simone Maciel.

Palestras técnico-comerciaisFoi criado ainda um espaço especial para a indústria expor sua ex-

Simone Brasil (à dir.) entrega o prêmio ProfessorVicente Gentil a Lorena Cristina de Oliveira Tiroel

As visitas aos estandes da exposição revelaram ointeresse de um público altamente qualificado

C & P • Maio/Junho • 2010 13

30ª Exposição de Tecnologias para Prevenção e Controle da CorrosãoA 30ª Exposição de Tecnologias para Prevenção e Controle da Corrosão também foi muito movimen-

tada e trouxe resultados efetivos para a exposição de produtos e serviços do setor para um público altamen-te qualificado e formador de opinião. No total, 25 empresas e instituições participaram da feira. São elas:

• ABENDI• Altmann S/A Imp. e Com.• Aquilex WSI• C.K. Com. e Representação• CAJUART• CEART• Centro de Tec. em Dutos –

CTDUT• De Nora do Brasil• Durotec Industrial• Engecorr Engenharia• Gaiatec• IEC• INT

• Interprise Instr. Analíticos• IPT• Macseal Service• Mangels Ind. e Comércio• Metrohm• MTT Aselco Automação• Multialloy Metais e Ligas

Especiais• Naja Turismo• Nova Coating• Resinar Materiais Compostos• Roxar do Brasil • SEBRAE

Patrocinadores do evento• Anion• Aquilex WSI• Blaspint• CEPEL• Mangels• PPL Manutenção• Química Industrial União• Renner Herrmann• Resinar• Sherwin-Williams• Votorantim Metais• Weg

Apoio: PETROBRAS e FAPESP

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Indústria Naval e do Petróleo

arantir que existam ex-celentes condições téc-nicas estruturais por

cerca de 25 anos é um dos mai-ores desafios quando se abordaa questão da proteção contra acorrosão na indústria naval. Ofoco do problema está na supe-rexposição a fatores que ampli-am a ação corrosiva, tais comoa água marinha. Não é à toaque há uma busca constantepor soluções (produtos e pro-cessos) que minimizem o im-pacto.

Por outro lado, a exploraçãodo petróleo na camada do pré-sal deve impor novos desafiosao processo de extração. Espe-cialistas indicam que a presençade gás sulfídrico e CO2, presen-tes em poços muito profundose com alto potencial corrosivo,faz da escolha adequada de ma-teriais algo vital não só para asegurança, mas também paratornar a extração economica-mente viável.

Em ambos os casos, a atua-lização dos profissionais que sededicam a essa tarefa é um pro-cesso contínuo, dinâmico e de-safiador. E não se trata apenasdas soluções relacionadas dire-tamente a minimizar os impac-tos da corrosão. Sempre seránecessário avaliar as questõesambientais de forma a garantira preservação do ambiente ma-rinho e todo seu ecossistema,além das condições de seguran-ça para os trabalhadores e paraa operação como um todo, pro-porcionando, assim, resultadosmais eficientes.

Para traçar um panoramadas questões da proteção contraa corrosão que envolvem essas

Técnicos comentam a importância de ações preventivas contra a corrosão

para garantir o bom desempenho dos equipamentos

Ações para proteção contra corrosão

Por Luciana Fleury

C & P • Maio/Junho • 2010 15

áreas correlacionadas, a Revista Corrosão & Proteção convidouprofissionais especializados para apresentar sua visão da realidadeatual e tendências.

Revestimentos contra corrosão“A corrosão é uma atividade extremamente dinâmica, ou seja,

cada vez que se consegue definir um processo e estabelecer uma téc-nica de proteção, surge outro problema de características e condi-ções de contornos diferentes. A cada dia surge um novo desafio queserá vencido com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras ouaperfeiçoamento das já disponíveis. Desta forma, o profissional quedeixar de se atualizar ficará obsoleto em pouco tempo.

Com relação às tecnologias disponíveis, temos várias opçõespara a proteção contra a corrosão, dependendo do tipo, forma eprincipalmente do meio ou ambiente corrosivo base do processo. Aseleção de uma tecnologia para proteção contra a corrosão sempredeve levar em consideração aspectos de ordem técnica e econômi-ca. Para uma seleção adequada da tecnologia de proteção é funda-mental que se conheça em profundidade todo o processo corrosivo.Essa avaliação deve ser feita por profissionais da área de corrosão,que devem estar envolvidos em todas as etapas dos projetos (elabo-ração, construção, montagem, operação e inspeção). No caso dasquestões relativas à indústria naval, as soluções devem levar em consi-deração as características das embarcações, os ambientes agressivos, ostempos de docagem e as exigências das sociedades classificadoras.

Há, também, a preocupação com os aspectos ambientais. Osprofissionais da área de corrosão estão atentos a isto e vêm inserin-do conceitos de preservação de meio ambiente e da saúde dos tra-balhadores nas tecnologias de proteção. No caso de revestimentosorgânicos, podemos citar como exemplos as novas técnicas de pre-paração de superfície ecologicamente corretas, como hidrojatea-mento com e sem abrasivos e jateamento com abrasivos envolvidosem esponjas (Sponge Jet) e tintas sem solventes, de base aquosa eoutras com baixos teores de voláteis orgânicos. Embora o Brasil sejaum país carente em legislação específica para a área de revestimen-tos orgânicos (tintas), por iniciativa da PETROBRAS, o país jáemprega estas tecnologias há mais de 15 anos, mesmo na ausência deleis que obriguem a utilização de técnicas menos agressivas ao meioambiente e à saúde dos trabalhadores envolvidos na atividade.

A indústria naval tem um fator específico que são as tintas anti-in-crustantes e a preservação do ambiente marinho. De uma forma geral,o mundo moderno se preocupa com estes fatores e adota medidaspara controlar as substâncias usadas nestas tintas. Pesquisa e desenvol-vimento de novas tecnologias são fatores constantes nesta área.

Já os desafios do pré-sal são um bom exemplo para o que mencio-nei sobre a permanente atualização. Embora tenhamos um bomconhecimento a respeito das tecnologias a serem aplicadas, teremos deinvestir muito em pesquisa para vencer os desafios que já são conhe-

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este propósito. Em peças cuja dimensão e peso permitem que as mes-mas sejam colocadas dentro de um banho, o processo de imersão aquente é bem apropriado. Para peças de maior porte e que já estejamsoldadas, os revestimentos por aspersão térmica se tornam os maisindicados, pois o processo pode ser aplicado no local onde se encon-tra a estrutura de interesse, por exemplo, vasos de pressão, guindastes,queimadores etc.

Normalmente, ambos os processos citados possuem custo maiselevado que o dos sistemas tradicionais de pintura. Uma das vanta-gens dos revestimentos metálicos mencionados é o fato de os mes-mos resistirem relativamente bem ao dano mecânico por impacto,quando comparados aos sistemas tradicionais de pintura. Já os reves-timentos aplicados por aspersão térmica possuem também a vanta-gem de terem cura imediata, o que possibilita agilidade no transpor-te ou na movimentação. São tratamentos de superfície utilizadosquando se tem como objetivo uma redução significativa dos serviçosde manutenção offshore.

Falando de tendências, os revestimentos por aspersão térmica,usando zinco ou suas ligas como camada base, seguido da aplicaçãoadicional de uma película de pintura, de forma a se ter um efeito maispronunciado e efetivo da função anodo local (camada metálica dezinco) + barreira (camada de pintura) deverão ser usados de forma sig-nificativa no futuro, no que se refere à proteção contra a corrosãoatmosférica marinha de estruturas de aço, seja em navios/plataformasde produção de petróleo, seja em meio aquoso em tanques de lastro

cidos e os outros, que com certe-za, surgirão a curto e médio pra-zos, à medida que avance a ex-ploração da área”.

Joaquim Pereira QuintelaConsultor TécnicoPETROBRAS/CENPES/PDP/TMEC

Revestimentos metálicosno combate à corrosão

"No ambiente atmosféricomarinho, o desempenho dos re-vestimentos metálicos depen-dem de um correto tratamentode superfície, da técnica de apli-cação, da espessura aplicada e dacapacidade do revestimentoatuar como um processo desacrifício local, na ocasião de seter pequenos danos do revesti-mento que irão expor o substra-to ao meio corrosivo. Os proces-sos de zinco e alumínio e suasligas são os mais utilizados para

Seminário de Corrosão Externa de Dutos e Equipamentos

Evento ABRACO

Mais informações:(21) [email protected]

√ Data: 28 de setembro de 2010 √ Local: IPT/SP

Objetivo:• Reunir especialistas envolvidos nas técnicas de prevenção e controle da corrosão externa de dutos

e equipamento, com apresentação das tendências atuais do mercado e as novas tecnologiasde produtos e de aplicação.

Público Alvo:• Empresas ligadas às atividades de prevenção da corrosão externa em equipamentos e estruturas.• Centros e Institutos de Pesquisa.• Gerentes, supervisores, engenheiros, técnicos e inspetores da área de projetos, operação,

inspeção e manutenção.• Empresas ligadas à fabricação, aplicação, pesquisa e desenvolvimento do segmento.

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que se obtenha uma maior auto-mação na aplicação e inspeçãodesses revestimentos, principal-mente em superfícies não tubula-res, de forma a tornar tais proces-sos mais competitivos no que dizrespeito a seu custo de aplicação”.

Marcelo PizaEngenheiro de Inspeção de EquipamentosCoord. do Grupo de Integridade EstruturalPETROBRAS/CENPES/ PDP/TMEC

de petroleiros. Esse maior investimento deverá ser adotado ainda naetapa de fabricação, objetivando uma redução considerável do serviçode manutenção em ambiente offshore, o qual pode atingir cifras extre-mamente elevadas quando comparado ao custo de aplicação em can-teiro de obra. Os revestimentos de alumínio aplicados por aspersãotérmica devem continuar sendo muito usados para proteção contra acorrosão atmosférica marinha, tanto em superfícies com temperaturaelevada (acima de 120 ºC), como no caso de queimadores e tubosexaustores, e também na superfície externa de risers de perfuração ecompletação e lanças de guindastes.

Por último, no que tange à aplicação de revestimentos por aspersãotérmica, torna-se necessário um maior investimento em tecnologia para

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Av. Angélica 672 • 4º andarO1228-OOO • São Paulo • SPTel.: (11) [email protected] – www.italtecno.com.br

Apor

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Produto líquido parafosqueamento de alumínio

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Processo longa-vida, cinco vezes mais rápidodo que o tratamento alcalino tradicional.

Otimiza a logística com a eliminação daoperação de jateamento com micro-esferas,além de garantir outros benefícios, tais como:

• Elimina 95% dos defeitos de extrusão doalumínio: faixas, estrias e linhas de solda

• Permite que a dissolução do alumínio seja60 vezes menor do que no processotradicional com soda cáustica

• Gera 10 vezes menos resíduos sólidos notratamento de efluentes

• Reconstitui o acabamento da superfíciede perfis rejeitados

• Possui vasta aplicação no setor moveleiro edecorativo

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Processo longa-vida, cinco vezes mais rápidodo que o tratamento alcalino tradicional.

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• Gera 10 vezes menos resíduos sólidos notratamento de efluentes

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Indústria Naval

Estaleiro Atlântico Sul(EAS) lançou o seu pri-meiro navio e que é tam-

bém o primeiro dos 22 petrolei-ros encomendados ao Estaleiropela TRANSPETRO, no âmbi-to do Programa de Moderniza-ção e Expansão da Frota (PRO-MEF). A embarcação, do tipoSuezmax, tem 274 metros decomprimento e capacidade paratransportar um milhão de barrisde petróleo. A cerimônia aconte-ceu em 7 de maio e marcou aretomada da indústria naval bra-sileira, que há 14 anos não cons-truía embarcações desse porte.“A construção do navio foi bas-

Fruto de um investimento de R$ 1,8 bilhão, o Estaleiro Atlântico Sul já nasce com R$ 3,5 bilhões em

encomendas e a ambição de se tornar a maior e mais moderna planta naval do Hemisfério Sul

Atlântico Sul lança seu primeiro navio

Por Carlos Sbarai

tante peculiar, já que o estaleiro estava sendo construído paralelamen-te à embarcação. À medida que as instalações ficavam prontas, opetroleiro avançava na linha de produção”, ressalta o presidente doEAS, Angelo Bellelis.

Estiveram presentes na cerimônia, entre outras autoridades, osPresidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da PETROBRAS,Sergio Gabrielli, e da TRANSPETRO, Sergio Machado, além do go-vernador de Pernambuco, Eduardo Campos, ministros de Estado,parlamentares, prefeitos e secretários. Também participaram do even-to os 3,7 mil funcionários do EAS e 2,5 mil convidados.

“Outro destaque é que a maioria da mão-de-obra empregada naconstrução do navio foi formada em Pernambuco, no Centro deTreinamento Engenheiro Francisco C. E. Vasconcelos, e não tinhaexperiência prévia na construção naval. Em muitos casos, foram donasde casa, trabalhadores rurais, comerciantes, pescadores e jovens emnível de primeiro emprego e que hoje trabalham como soldadores,montadores, encanadores, eletricistas e caldeireiros, entre outras fun-ções da nossa operação”, comemora o executivo, acrescentando que o

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C & P • Maio/Junho • 2010 21

max e o casco da plataforma P-55, da PETROBRAS – soma US$ 3,5bilhões. O EAS tem o objetivo de ser a maior, mais moderna e maiseficiente planta naval do Hemisfério Sul. Com equipamentos simila-res aos existentes nos mais avançados estaleiros do mundo, o EAS inte-gra o seleto time da quarta geração da indústria naval. Já foram cons-truídas 98% das instalações do estaleiro e sua conclusão está previstapara o final deste semestre. A previsão é de que o número de fun-cionários alcance quatro mil até o final de 2010.

investimento da empresa emtreinamento foi de R$ 12 mi-lhões, incluindo os R$ 3,5 mi-lhões aportados no Centro deTreinamento.

BatismoO lançamento é o ritual mais

importante da construção de umnavio. Para fazer a embarcaçãoflutuar, o dique do EAS, atéentão seco, é inundado com 24horas de antecedência. Na ceri-mônia, a madrinha – que foi aesmerilhadora Mônica Robertade França – quebrou uma garra-fa de champanhe no costado, fezum discurso desejando boa sorteà embarcação e procedeu ao ba-tismo. Esse primeiro petroleirodo EAS recebeu o nome de JoãoCândido, escolhido pelo Presi-dente Lula em homenagem aomarinheiro negro que liderouum motim contra os castigos fí-sicos na Marinha do Brasil. ARevolta da Chibata, que aconte-ceu em 1910 no Rio de Janeiro,fez com que João Cândido setornasse conhecido como o “Al-mirante Negro”. O marinheiromorreu pobre e esquecido em1969. Quem recebeu as home-nagens no lançamento do naviofoi seu filho, Adalberto Cândi-do, o Candinho.

Rebocado do dique seco, opetroleiro João Cândido foi parao cais de acabamento, onde a-conteceu a finalização da monta-gem, a conclusão das áreas inter-nas, a instalação de móveis nasacomodações, os testes de cais eas provas de mar. O lançamentoao mar da embarcação deve a-contecer em agosto.

EstaleiroO Estaleiro Atlântico Sul,

instalado em um terreno de 160hectares com capacidade de pro-cessamento de 160 mil toneladasde aço por ano, envolve investi-mentos de R$ 1,8 bilhão. Suacarteira de encomendas – com22 petroleiros Suezmax e Afra-

Tipo de navio: Suezmax (tem as maiores dimensõespara passar no Canal de Suez, que ligao Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo);

Comprimento total: 274,2 metros;Comprimento entre perpendiculares: 264 metros;Boca moldada: 48 metros;Pontal moldado: 23,2 metros;Calado de escantilhão: 17 metros;Demanda de aço: 24,5 mil toneladasCapacidade: 1 milhão de barris;Porte bruto : 157,7 mil toneladas (peso da embarcação

mais a carga máxima);Velocidade de serviço: 14,80 nós;Consumo de tinta na construção: 300 mil litros;Motor principal: Doosan 6S70ME-C7 – MCR 22.920BHP

x 91 RPM;Hélice: Tipo passo fixo;Número de segregações: 3

PERFIL DO JOÃO CÂNDIDO

Além deautoridades,participaramdo eventoos 3,7 milfuncionáriosdo EASe 2,5 milconvidados

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22 C & P • Maio/Junho • 2010

Artigos Técnicos

Causas da ocorrência de pitesem coupons de aço carbono

inclusões de sulfeto de ferro e desulfeto de manganês. Dependen-do do tipo de aço, algumas in-clusões podem resultar em dimi-nuição de propriedades mecâni-cas, especialmente nos aços de al-ta resistência. Do ponto de vistade corrosão, tanto as inclusões desulfeto de ferro como as de sulfe-to de manganês são catódicas emrelação ao aço-carbono. As inclu-sões de sulfeto de ferro são maiscatódicas do que as de sulfeto demanganês e, portanto, podemser mais prejudiciais ao aço-car-bono do que as de sulfeto demanganês.

Neste estudo, foram avalia-dos dois tipos de cupons, identi-ficados como Cupom A e CupomB, por meio de ensaios de imer-são, ensaios eletroquímicos, decaracterização do material e deanálises por dispersão de energia.Alguns destes ensaios foram rea-lizados também em aço API 5Lque é o material usado para fa-bricação dos dutos de transporte.

MetodologiaCupons A e B foram submeti-

dos a ensaios de imersão e a en-saios eletroquímicos tendo comomeio, água coletada nos tanquesde armazenamento de petróleodo Terminal de São Sebastião,em São Paulo (o duto de petró-leo de onde foram retirados cu-pons com pites transporta petró-leo deste terminal). O aspecto dealguns dos cupons antes dos en-saios está mostrado nas figuras 1e 2 (Cupom B e Cupom A, res-pectivamente). Pode-se observarque o Cupom A apresentava áreacom oxidação superficial. O Cu-

pom B não apresentava oxidação.Os seguintes ensaios e análisesforam realizados: análise químicaquantitativa para caracterizaçãoda liga metálica, exames metalo-gráficos para verificação da mi-croestrutura dos materiais, deter-minação da dureza dos materiaisdos cupons, ensaio de imersãoem água coletada nos tanques doterminal de petróleo, levanta-mento de curvas de polarização,na água coletada nos tanque doterminal de petróleo e análise pordispersão de energia.

Ensaios e análises

Análise químicaOs materiais dos cupons fo-

ram submetidos à análise quími-ca para identificação liga metáli-ca. Os resultados estão mostra-dos na tabela 1 e indicam que osmateriais apresentam composi-ção química compatível com a doaço ABNT 1018.

Exame metalográficoOs cupons foram submetidos

a exames metalográficos para ve-rificação da microestrutura eeventualmente identificar algu-ma alteração microestrutural quepudesse estar associada à ocor-rência de corrosão localizada.Observou-se que a microestrutu-ra dos materiais dos cupons apre-sentava-se diferente, mesmo emcupons da mesma procedência,como mostram as figuras 3 a 6.A análise de dois dos Cupons A,com microestruturas aparente-mente similares, mostrou queem apenas um deles havia pites.Assim, com base nos resultados

Ensaios de laboratório indicaram que a recorrência de pites em cupons oriundos de dutos sem histórico

de pites e com baixas taxas de corrosão estava associada ao processo de fabricação do material

Por:

Lorena Cristina

de Oliveira

m duto de transporte dederivados claros e um du-to de transporte de petró-

leo têm o seu processo corrosivointerno monitorado através dasinformações, obtidas por cuponsde perda de massa, dados de son-da de resistência elétrica e de bio-cupons. Os cupons de perda demassa instalados são periodica-mente retirados e submetidos aensaios e análises em laboratóriopara quantificar as taxas de cor-rosão. Com base nos valores detaxa de corrosão (generalizada oulocalizada) dos cupons, os dutosrecebem uma determinada clas-sificação que servirá de referênciapara a implementação das medi-das corretivas ou preventivas aserem tomadas.

A recorrente identificação depites nos cupons retirados de du-tos sem histórico de pites e comvalores de taxas de corrosão pre-dominantemente baixos levoupesquisadores do Laboratório deCorrosão e Proteção do IPT e daTRANSPETRO a investigaremas causas da ocorrência de pitesnos cupons instalados nestes du-tos. Como o aparecimento depites coincidiu com a utilizaçãode cupons de outra procedência,uma das hipóteses investigadasfoi de que este fenômeno estives-se associado com algumas carac-terísticas dos novos cuponscomo, por exemplo, presença deinclusões metálicas, e não com aagressividade do produto trans-portado pelos dutos.

Inclusões metálicas estão pre-sentes com relativa frequênciaem ligas metálicas e, no caso doaço carbono, as mais comuns são

Co-autores:Neusvaldo Lira

de Almeida;Adriano Garcia

Bernal;Eduardo

WlaudemirLaurino;

Vanessa YumiNagayassu;Vinícius deÁvila Jorge

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do exame metalográfico, aparen-temente não havia relação entreo tipo de microestrutura e aocorrência de pites. Por outrolado, o cupom que apresentoupite continha grande quantidadede inclusões alongadas enquantoque o outro apresentou algumaspequenas inclusões. O Cupom Bapresentou apenas algumas in-clusões.

Determinação da durezado material dos cupons

Os materiais dos cupons fo-ram submetidos ao ensaio paradeterminação da dureza. Não fo-ram observadas diferenças signi-ficativas nas durezas dos váriostipos de cupons, exceto do novoCupom A, cuja dureza foi supe-rior a dos demais, como mostra atabela 2.

Ensaios de imersãoOs ensaios de imersão dos

Cupons B e A foram realizadosem água coletada nos tanques dearmazenamento de petróleo du-rante 30 dias para investigar aocorrência de pites e também de-terminar a taxa de corrosão ge-neralizada. Após o ensaio, os cu-pons foram decapados em solu-ção de Clark (ASTM, G1) e ava-liados com auxílio de uma lupa.Foram ensaiados nove Cupons Ae dois Cupons B. Os resultadosdeste ensaio são mostrados na ta-bela 3.

Pelos resultados mostradosna tabela 3, não houve diferen-ças significativas nas taxas decorrosão dos cupons; no entan-to, praticamente todos os Cu-pons A apresentaram vários pites.

No caso dos Cupons B emboratenham sido ensaiados apenasdois cupons, um deles apresen-tou um único pite. O outro nãoapresentou pites.

Ensaios eletroquímicosOs materiais dos cupons fo-

ram submetidos também a en-saios eletroquímicos em água co-letada nos tanques do terminalde armazenamento de petróleo.As curvas de polarização obtidasapresentam aspectos típicos doaço carbono com corrosão gover-nada por ativação, havendo pou-ca diferença entre os dois mate-riais, como pode ser observadona figura 7. No entanto, em umexame visual com auxílio de umalupa, pôde-se constatar que oCupom A, além de corrosão ge-neralizada, apresentava pites rela-tivamente profundos, enquantoque o Cupom B apresentava ape-nas corrosão generalizada.

Análise por dispersãode energia

Foram realizadas análises pordispersão de energia (EDS) comauxílio de um microscópio ele-trônico de varredura, modo am-biental, marca FEI, nos cuponsA e B nas seções de topo e trans-versal, com o objetivo de identi-ficar o tipo de inclusão nos ma-teriais. Esta análise foi realizadatambém em um cupom de açoAPI 5L preparado exclusivamen-te para compará-lo com os cu-pons A e B. Foram identificadasinclusões de MnS em todos osCupons A e B analisados e tam-bém no cupom de aço API. Noentanto na seção transversal, do

Cupom A havia uma grande den-sidade de inclusões e do tipoalongadas. No Cupom B, haviaapenas algumas inclusões alon-gadas e de dimensões muito me-nores do que aquelas encontra-das nos Cupom A. No cupom deaço API 5L, havia também algu-mas inclusões, porém de forma-to aproximadamente esféricos.As regiões analisadas estão apre-sentadas nas figuras 8, 9, 11,12, 14 e 15. Os espectros deenergia correspondentes e asanálises semiquantitativas dasinclusões estão mostrados nasfiguras 10, 13 e 16.

Determinação da rugosidadeda superfície dos cupons

A rugosidade da superfíciedos cupons foi determinada comauxílio de um rugosímetro mar-ca Mitutoyo e os resultados obti-dos estão mostrados na tabela 4.Embora haja variação na rugosi-dade, ela está compatível com o

C & P • Maio/Junho • 2010 23

Figura 1 – Aspecto de umCupom B antes dos ensaios.

Figura 2 – Aspecto de umCupom A antes dos ensaios.Nota-se oxidação superficial.

TABELA 1 – ANÁLISE QUÍMICA DO MATERIAL DOS CUPONS

Elementos Cupom B Cupom AA1 A2 A3

Carbono - %C 0,16 0,16 0,16 0,18Fósforo - %P 0,007 – 0,0029 0,009Enxofre - %S < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,04Manganês - %Mn 0,70 0,70 0,69 0,69Silício - %Si 0,20 0,036 0,033 0,20

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perfil obtido pelo jateamentoutilizado na preparação dos cu-pons antes da instalação.

Discussão dos resultadosO aço carbono tem baixa re-

sistência à corrosão na maioriados meios de exposição, quandocomparado com outros materiaismetálicos. Apesar disso, é o ma-terial mais utilizado na maioriadas aplicações, especialmente na-quelas que envolvem equipa-mentos e estruturas, devido a suaexcelente resistência mecânica.

Quando imerso em águas na-turais, o aço carbono pode sofrervários tipos de corrosão, dentreeles, corrosão generalizada, cor-rosão em frestas, corrosão por pi-te, além de corrosão associada afatores mecânicos. O caso em es-tudo refere-se à ocorrência de

corrosão localizada do tipo pitesem cupons de aço carbono utili-zados no programa de monitora-mento da corrosão interna dedutos de transportes de petróleoe derivados.

Há algum tempo, começa-ram a surgir pites nos cupons ins-talados em dutos de transportede derivados claros e transportede petróleo que não tinham his-tórico de pites. Este fato gerouuma grande preocupação, pois aocorrência de pites pode signifi-car que o duto está sofrendo cor-rosão localizada e, portanto,ações mitigadoras devem ser to-madas, para evitar vazamentos.

Neste estudo, foi feita uma

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Figura 4 – Aspecto micrográficoda seção transversal domaterial de um Cupom Aque apresentou pites.Microestrutura de ferrita eperlita típica de aço baixocarbono. Ataque: nital

Figura 5 – Aspecto micrográficoda seção transversal do materialde um Cupom A que nãoapresentou pites.Microestrutura de ferritae perlita típica de aço baixocarbono. Ataque: nital

Figura 6 – Aspecto micrográficoda seção transversal domaterial de um Cupom Bque não apresentou pites.Microestrutura de ferrita eperlita típica de aço baixocarbono. Ataque: nital

Figura 7 – Curvas de polarizaçãodos materiais dos Cupons A e B

Figura 8 – Aspecto micrográficode topo de um Cupom A,que foi obtido com omicroscópio eletrônico devarredura.É possível notar várias inclusõesarredondadas

Figura 9 – Seção transversal deum Cupom A obtida com omicroscópio eletrônico devarredura. Notam-se váriasinclusões alongadas, comdimensões de até 40 microns

Figura 3 – Aspecto micrográficoda seção transversal do materialde um Cupom A que não foiinstalado (cupom novo).Microestrutura de ferritae perlita típica de aço baixocarbono. Ataque: nital.

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dos materiais dos Cupons A eramuito heterogênea. Alguns delesapresentavam grãos finos e linhasde deformação e outros grãosgrandes e sem linhas de deforma-ção; entretanto, este fato parecianão ter influência na formaçãodos pites. No entanto, foramconstatadas várias inclusões alon-gadas. Nos cupons que apresen-taram pites, estas inclusões,quando vistas de topo, tinhamformato arredondado e quandovista em seção transversal tinhamformato alongado, como ilustraa figura 17. No caso dos CuponsB, havia apenas algumas inclu-sões alongadas e de dimensõesmuito menores.

Nos ensaios de imersão rea-lizados com água coletada determinal de armazenamento depetróleo, as taxas de corrosãodos Cupons B e A foram prati-camente iguais. No entanto,dos nove Cupons A que foramensaiados, oito apresentaramgrande quantidade de pites. Nocaso do Cupom B, foram en-saiados apenas dois cupons e

investigação detalhada para de-terminar as causas do apareci-mento de pites, por meio de en-saios e análises em dois tipos decupons de procedências diferen-tes: Cupom B (usados anterior-mente quando não havia registrorecorrente de pites) e Cupom A,usado atualmente e que sistema-ticamente apresentava pites.

Dentre os parâmetros anali-sados, a composição química, adureza e a rugosidade não apre-sentaram diferenças significativasque pudessem justificar a ocor-rência de pites. No caso da análi-se química, todos os materiaistinham composição químicacompatível com a do aço-carbo-no ABNT 1018.

Os exames metalográficos re-velaram que a microestrutura

um deles apresentou um pite.Nos ensaios eletroquímicos,

embora as curvas de polarizaçãotenham sido semelhantes, oexame visual da superfície doscupons, após o ensaio, mostrouclaramente a ocorrência de pitesno Cupom A, enquanto que oCupom B não apresentou pites.Isto sugere que deve haver algu-ma relação entre as característi-cas dos cupons e a ocorrênciade pites.

Finalmente, a análise pordispersão de energia identificouuma grande concentração deinclusões alongadas de MnS naseção transversal do Cupom Acomo foi mostrado na figura 9.No caso do Cupom B, na seção

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Cupons HV HRBCupom B (novo) 166 85Cupom A (novo) 237 98Cupom A com pite 154 81Cupom A sem pite 165 85

TABELA 2 – DUREZA DOSMATERIAIS DOS CUPONS

Figura 10 – Espectro de energia e análise semiquantitativa do Cupom Aobtido com o microscópio eletrônico de varredura

Figura 11 – Aspecto micrográficode topo de um Cupom B, obtidocom o microscópio eletrônico devarredura. Notam-se algumasinclusões muito pequenas

Figura 12 – Seção transversal deum Cupom B obtida com omicroscópio eletrônico de varredu-ra. Notam-se apenas duas inclu-sões alongadas e colineares, comdimensão máxima de cerca de 13microns

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za-amarelado e as de sulfeto demanganês são cinza-azulado(wranglén, 1969). Dependen-do do tipo de aço, estas inclu-sões podem causar danos im-portantes aos materiais especi-almente nos aços de alta resis-tência, uma vez que tais inclu-sões são frágeis.

Do ponto de vista de corro-são, tanto as inclusões de sulfe-to de ferro quanto as de sulfetode manganês são catódicas emrelação à matriz de aço-carbo-no. De acordo com Wranglén(1969) as inclusões de sulfetode ferro são mais catódicas doque as de sulfeto de manganês epodem ser mais prejudiciais aoaço-carbono que as de sulfetode manganês.

algumas inclusões na superfície,porém não eram de formatoalongado que pudessem nuclearpites.

Inclusões metálicas estãopresentes com relativa frequên-cia em ligas metálicas. No casodo aço carbono, as mais co-muns são inclusões de sulfetode ferro e de sulfeto de manga-nês. As inclusões de sulfeto deferro apresentam coloração cin-

transversal, foi observada so-mente uma inclusão alongada ede menor dimensão (ver a figu-ra 12).

O cupom de aço API 5L,preparado exclusivamente paraeste estudo, foi analisado tam-bém por dispersão de energiacom um microscópio eletrôni-co de varredura, na superfíciede topo e na seção transversal.As figuras 14 e 15 mostram

Figura 13 – Espectro de energia e análise semiquantitativa do Cupom Bobtido com o microscópio eletrônico de varredura

Figura 14 – Aspecto micrográficode topo do cupom de aço API 5L,obtido com o microscópioeletrônico de varredura.Notam-se algumas inclusões

Figura 15 – Aspecto da seçãotransversal de um cupom de açoAPI 5L, obtido com omicroscópio eletrônico devarredura. Nota se que asinclusões não são alongadas

Cupons Taxa de corrosão Avaliação visual(mm/ano)

B 1 0,24 Não apresentou pites.2 0,29 Apresentou um único pite raso1 0,25 Apresentou vários pites2 0,22 Apresentou vários pites3 0,18 Apresentou vários pites4 0,22 Apresentou vários pites

A 5 0,20 Apresentou vários pites6 0,22 Apresentou vários pites7 0,24 Apresentou vários pites8 0,19 Não apresentou pites9 0,19 Apresentou vários pites

TABELA 3 – TAXAS DE CORROSÃO E AVALIAÇÃO VISUAL DOS CUPONSAPÓS ENSAIO DE IMERSÃO EM ÁGUA COLETADA EM UM TANQUE DEARMAZENAMENTO DE PETRÓLEO

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de, ocorre uma acidificação domeio, cujo pH pode atingir va-lores extremamente baixos resul-tando em taxas elevadas de cor-rosão localizada (sheir, 1977;panossian, 1982).

ConclusõesOs resultados obtidos neste

estudo indicaram que a ocor-rência de pites nos cupons estárelacionada com a existência deinclusões alongadas de MnS.Quando os cupons são instala-dos nos dutos, estas inclusõesficam perpendiculares à direçãodo fluxo. Em contato com o lí-quido, o entorno dessas inclu-sões sofrem dissolução eletro-química, resultando no arran-camento destas inclusões comconsequente geração de pites oupequenas frestas. Os ensaios deimersão e ensaios eletroquími-cos reforçaram esta hipótese ede certa forma justificaram por-que há uma grande concentra-ção de pites no Cupom A e ape-nas alguns no Cupom B. Comomostrado nas figuras 9 e 12, oCupom A possui muito mais in-clusões alongadas e de dimen-sões maiores do que o CupomB. No caso do cupom de açoAPI 5L, não houve formaçãode pites e isto era esperado, umavez que não havia inclusõesalongadas no material.

Cabe ressaltar que este fenô-meno deve ser cuidadosamente

anódica, é determinante para odesenvolvimento do processocorrosivo. Quando o par ma-triz-inclusão entra em contatocom o meio corrosivo, ocorreuma dissolução preferencial doaço-carbono da matriz, no en-torno da inclusão, resultandono arrancamento desta. Esteprocesso gera pites ou pequenasfrestas que podem concentrar oeletrólito e acelerar ainda maiso processo de corrosão agoraagravado pela existência simul-tânea de par galvânico, frestas epites. Cabe salientar que, umavez formado o pite, o processode corrosão não será interrom-pido, mesmo que não haja maisinclusão naquela região. Istoporque, no interior da cavida-

Considerando o potencialde eletrodo padrão do Fe2+/Fe =– 0,44V e a entalpia livre deformação do FeS para a condi-ção de equilíbrio, encontra-separa a reação:

FeS → Fe2+ + S + 2e-, E0 =+ 0,26V

Similarmente,

MnS → Mn2+ + S + 2e-, E0 =+ 0,11V

Como as inclusões estão ele-tricamente conectadas à matriz,forma-se um par galvânico queembora seja de curto alcance,dado que a área catódica é mui-to pequena relativamente à área

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Cupons Rugosidade Desvio Padrãomédia Ry (µm)

Cupom B Novo 33,0 3Novo 14,1 0,6

Cupom A Usado com pite 17,5 0,9Usado sem pite 22,9 0,8

TABELA 4 – RUGOSIDADE DOS CUPONS

Figura 16 – Espectro de energia e análise semiquantitativa do cupom deaço API 5 L obtido com o microscópio eletrônico de varredura

Figura 17 – Aspecto de uma vistade topo da superfície do cupome de uma seção transversal,ilustrando o formato das inclusões

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Cursos e Eventos

Calendário 2010 – 2º Semestre

1 Parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)2 Parceria com a Associação Brasileira de Ensaios nãoDestrutivos e inspeção (ABENDI)3 A confirmar

4 IPT5 INT6 FIRJAN

Mais informações:[email protected]@abraco.org.br

C & P • Maio/Junho • 2010 29

Cursos horas Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Pintura IndustrialInspetor de Pintura Industrial

88 19 a 30 9 a 20 18 a 29 22/11 a 3/12Nivel I / RJInspetor de Pintura Industrial

88 6 a 17Nivel I / BAInspetor de Pintura Industrial

88 23/8 a 3/9Nivel I / SPInspetor de Pintura Industrial

8813 a 6 a

Nivel I / Diversos 24 (PE) 17 (ES)Inspetor de Pintura Industrial

40 8 a 12Nivel IIPintor e Encarregado

40 12 a 16 30/8 a 3/9 (BA) 22 a 26de Pintura IndustrialInspetor de Pintura –

40 19 a 23Módulo de DocumentaçãoBásico de Pintura Industrial (BA) 16 15 a 16

CorrosãoCorrosão e Inibidores (RJ) 1 24 2 a 4Corrosão: Fundamentos,

24 29/11 a 1/12Monitoração e Controle (BA)

Inspeção e Monitoramento da CorrosãoInspeção e Corrosão em Aeronaves (SP) 2 24 19 a 21Recuperação, Reforço e Tratamento

16 7 a 8de Estruturas de Concreto Armado

Proteção CatódicaInsp. e Manut. de Sistemas de Proteção

32 5 a 8Catódica em Dutos Terrestres (RJ) 1

Revestimento AnticorrosivoFundamentos de Resistência à Corrosão 16 14 a 15Básico de Revestimentos Anticorrosivos

24 24 a 26Orgânicos de Dutos Terrestres

EventosSeminário de Corrosão

8 28/10 6

na Construção Civil (RJ) 3

Seminário de Corrosão8 25/11 5

na Construção Naval (RJ) 3

Seminário de Corrosão Externa de Dutos 8 28/9 4

e Equipamentos

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Notícias do Mercado

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A International Paint, marca de revestimentose tintas industriais de alta performance da divisãoMarine & Protective Coatings da AkzoNobel, éuma das empresas que participam da construçãoda usina hidrelétrica de Santo Antônio, localizadano Rio Madeira, em Porto Velho (RO). A marcafoi contratada pela Indústria Metalúrgica e Me-cânica da Amazônia (IMMA), uma joint ventureformada pelas empresas Alstom e Bardella, conce-bida para fabricar os equipamentos hidromecâni-cos e de levantamentos da UHE.

O critério básico para a seleção das empresasparticipantes do projeto foi o desenvolvimento desoluções de engenharia e equipamentos que produ-zissem os menores impactos socioambientais possí-veis e, ao mesmo tempo, permitissem a maior capa-cidade de geração de energia. De acordo com Wil-son Jardini, Gerente de Vendas Protective Coatings

International Paint está presente na Usina de Santo Antônio

Associação de classe sediada na cidade de SãoPaulo procura por Engenheiro Metalúrgico ouQuímico com conhecimento em metais não fer-rosos. Será responsável por realizar palestras, se-minários com apresentações técnicas, demons-trando as vantagens e os custos-benefícios da uti-lização dos metais não ferrosos. Deverá destacar,no caso do uso do zinco, o processo de galvani-

zação por imersão a quente contra corrosão doaço ou ferro fundido, não só a parte técnicacomo os aspectos econômicos e de proteção aomeio ambiente. Profissional comunicativo comboa expressão verbal e domínio das ferramentasMicrosoft Office.Enviar currículos para Ricardo Goes,no e-mail: [email protected].

Candidatos à vaga de Engenheiro Metalúrgico ou Químico

O OxiFree, lançamento exclusivo da Tecno-Fink, oferece mais de 30 anos de proteção contraos efeitos da corrosão e contaminação em peçasmetálicas. O produto foi submetido por 11.688horas, com sucesso, ao teste de névoa salina(ASTM B 117) da PETROBRAS, aprovado emcampo e através do Centro de Pesquisas e Desen-volvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello.

“Para que nosso produto fosse aprovado, aPetrobras o aplicou sobre um flange e exigiu que,num prazo de duas mil horas em salt spray, o metalnão fosse atacado pela corrosão. Quase 12 milhoras depois, o flange permaneceu sem nenhumvestígio de corrosão, o que fez do teste um verda-deiro sucesso”, afirma Thomas Georg Fink, dire-tor da TecnoFink.

O OxiFree é uma resina polimérica de altís-sima durabilidade, produzido na fábrica da Tec-noFink em Nova Lima (MG), e atua como pro-

teção passiva envolvendo a peça e impedindo aação da corrosão assim como a penetração departículas em suspensão.

É ideal para ser utilizado em flanges, man-cais, válvulas, tubulações, entre outros, deman-dando mínimo preparo da superfície.

30 anos de proteção contra a corrosão

da AkzoNobel, a International Paint está fornecen-do mais de 100.000 litros de produtos inovadores,de alta performance. “O principal deles é o Inter-zone 954, um epóxi modificado de dois compo-nentes, altos sólidos e baixo VOC, projetado paraproporcionar proteção duradoura em uma únicaaplicação, com processo de cura mantido mesmodurante a imersão em água, o que oferece excelen-te resistência à perda e aderência catódica”, afirma.

Ainda segundo Wilson Jardini, outros produ-tos já foram fornecidos, como o Intergard 235(primer epóxi de alta espessura, de dois componen-tes, com alto teor de sólidos e baixo VOC), oInterthane 990 (acabamento poliuretano acrílicode dois componentes, que proporciona excelentedurabilidade e longo período de repintura) e oIntergard 251 (primer epóxi anticorrosivo de doiscomponentes pigmentado com fosfato de zinco).

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PATROCÍNIO PLATINA PATROCÍNIO PRATAPATROCÍNIO OURO

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Treinamento & Desenvolvimento

Orgasmo e estupro intelectual

Aprendizado normal-mente não é o que efeti-vamente acontece quan-

do as pessoas alegam ter “enten-dido” alguma coisa! O mero “en-tendimento” e a mera “compre-ensão” não costumam vir acom-panhados de uma sensação detransformação pessoal.

Normalmente, comentocom as pessoas de meu relacio-namento mais direto o quantotem sido escasso deparar-mecom pessoas que realmente te-nham tido a experiência resig-nificante e recontextualizantedo aprendizado efetivo. O queas pessoas relatam, quando sereferem à experiência de seusaprendizados pessoais, configu-ra muito mais um processo dereprodução cuidadosa do queouvira de alguém, lera de algumlugar ou exercitara em algumcurso (por mais caro que seja)!Raramente, este processo deaprendizado inclui uma refle-xão ponderada e completa so-bre o assunto e ainda é permea-do de uma emoção incontrolá-vel pelo que tenha acontecidoconsigo próprio depois do

aprendizado ter-se consumado.Quando achamos que aprendemos alguma coisa, costumamos

dizer, na ânsia de aplicá-los: que utilização eu farei desse novo conhe-cimento!? Se houvesse realmente o aprendizado, o mais correto seriaperguntar: o que este aprendizado será capaz de fazer comigo?!

Todo o processo educacional ao qual fomos submetidos desde ainfância – seja no ambiente familiar, social, educacional ou profis-sional – assemelha-se muito mais a uma espécie de estupro intelec-tual, uma vez que o fundamento histórico é “assimilar” um conhe-cimento (que normalmente não escolhemos e com relação ao qualsomos absolutamente ignorantes) e “repeti-lo” nas mais diversastipificações de aplicações!

Não temos base informacional suficiente para refletir acerca doque estamos aprendendo e, por isto, não aprendemos de fato, ape-nas “engolimos” algum conceito, submissamente, e os reproduzi-mos recorrentemente ao longo da vida!

Numa eventual primeira aula de matemática na vida de umapessoa, raramente esta pessoa (alvo do aprendizado tradicional esubmisso ao conhecimento que lhe for repassado) será capaz dequestionar se o professor disser que 1+1=3! Se esta pessoa continuarrestrita em seu mundinho limitado, provavelmente passará a vidainteira mergulhado no acomodado conhecimento de que 1+1=3,sem sequer ponderar o que um conhecimento divergente, ou atéantagônico, poderia lhe oferecer.

O efetivo conhecimento, fruto do real processo de aprendiza-gem, reside onde nunca fomos! Não se consegue aprender insistin-do na mesmice e na mera repetição de experiências antigas ou deacesso a assuntos e/ou temas que já se conhece em algum grau. OAprendizado, quando acontece realmente, assemelha-se a umaespécie de orgasmo intelectual, uma sensação da qual não se con-trola de tão transformadora que é. Sequer conseguimos comparti-lhar com outras pessoas, tamanho o grau de empolgação e de inca-

O Aprendizado, quando efetivamente acontece,

transforma a pessoa e é visceralmente prazeroso!

Por OrlandoPavani Júnior

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É uma pena constatar queesta sensação de efetivo orgasmointelectual seja tão impopular eescassa no ambiente corporativo,no ambiente educacional e aténo ambiente familiar e social. Aspessoas entendem sem aprender!

O Aprendizado Organiza-cional é assunto recorrente noambiente corporativo, mas tam-bém é tema que ainda se encon-tra em construção dentre muitosautores que se arriscam em es-crever sobre o assunto. Não exis-te aprendizado organizacional senão for precedido de aprendiza-do individual e que também nãogere aprendizado grupal.

pacidade para replicar a sensação vivenciada!Costumo chamar de “cabeção” (carinhosamente) aquela pessoa

que “entende” tudo que lhe é explicado sem vibrar por este pseudo-entendimento! Não move uma palha de emoção pelo aprendizado!É claro que não houve aprendizado, mas apenas uma compreensãosem significado nenhum na mudança de atitude e na vida desta pes-soa. Tanto que não há evidências de nenhuma melhoria no contatointerpessoal.

Quando dou aulas, no meio acadêmico, é evidente a distinçãodo aluno que aprendeu efetivamente daquele que apenas entendeu(compreendeu) o que lhe foi passado. Aquele que aprendeu efetiva-mente se auto-elabora perguntas (em voz alta) que auto-testam suaauto-compreensão (ele não precisa de alguém para atestar seuaprendizado). E aquele que apenas entendeu pede a “prova” (avalia-ção clássica) como meio de ter uma oportunidade de checar edemonstrar o que sabe (a alguém). Aquele que aprendeu efetiva-mente fornece uma resposta fisiológica que denota uma emoçãotransformacional (uma metáfora de orgasmo intelectual mesmo),normalmente de cunho resignificante e recontextualizante, masaquele que apenas entende, manifesta tédio em retomar o processo(de aprendizado) com relação a outro assunto.

É similar a uma piada! Se houver aprendizado haverá riso alea-tório e incontrolável por parte do ouvinte, mas se não houveraprendizado, apenas entendimento, não gerará riso algum, mas ape-nas uma ironização sem graça do quão é fraca a piada (na opiniãodo ouvinte)!

Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Jr.Consultor Titulado CMC peloIBCO/ICMCI e Diretor da Solutty, empresade soluções em gestão comercial –[email protected]

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Opinião

studo recente da consulto-ria Great Place to Work, es-pecializada na gestão do

ambiente de trabalho, iluminanosso conhecimento sobre a ge-ração que nasceu após o ano de1980 – homens e mulheres aci-ma de 30 anos, representando amaioria dos nossos clientes, cole-gas, acionistas, subalternos e fu-turos chefes. Será melhor nospreparar para contratá-los, mo-tivá-los e retê-los, mas para isso énecessário repensar os modelostradicionais de liderança.

Definida com rápidas pin-celadas, essa Geração Y é maissuscetível a ações coletivas, estáfortemente conectada aos am-bientes virtuais, tem alta capa-cidade de interação e alto graude tenacidade.

Em termos de motivação,esses jovens se preocupam comdinheiro, mas as recompensasmateriais precisam ser acompa-nhadas do bom convívio social.Eles gostam de trabalhar emempresas engajadas em ques-tões sociais e que estejam fazen-do a coisa certa. Para recrutá-los, é importante utilizar cami-nhos alternativos que partemdas redes sociais. Mas para mo-tivá-los, a questão crucial élembrar que eles demandam lí-deres capazes de inspirá-los, re-querem comunicação clara,querem entender os objetivosda empresa e como eles se en-caixam nela e gostam de ambi-entes de trabalho que permitam

Marcelo Mariaca

Novos paradigmas da Geração Y

Contratar profissionais de fora com as competências requeridas ou desenvolver talentos internos?Quando os profissionais da empresa pertencem à Geração Y, esta é uma real encruzilhada

Marcelo MariacaPresidente do conselho da Mariaca, empresa de consultoria e assessoria em gestão de capitalhumano, e professor da Brazilian Business School.

conciliar seus diversos interesses pessoais e profissionais.Quando uma organização precisa reforçar seu reservatório de ta-

lentos, o dilema é contratar profissionais de fora, que possuam as com-petências requeridas (o que pode ser mais rápido), ou desenvolver ta-lentos internos (processo geralmente mais lento). Mas quando a maio-ria dos profissionais na empresa pertence à Geração Y, essas duas alter-nativas representam uma real encruzilhada. A resposta é “depende”.

Para o professor Benjamim Campbell, da Wharton School, asempresas devem estruturar um sistema de Gestão de Recursos Hu-manos que leve em conta ambas as opções, considerando a crescentevelocidade no ciclo de vida dos produtos, que na maioria dos casosestá aumentando. Ou seja, para manter um reserva de talentos, asempresas devem saber calcular o custo de atrair, contratar e reter tal-entos, o custo de substituí-los e o custo de desenvolver e treiná-los, emcontraposição ao valor que eles poderão agregar.

Para cada profissional com talento, o desafio também se compli-cou. Existem cinco elos na cadeia de valor do próprio custo de cadatalento e esses cinco devem ser conhecidos e considerados:

1. Previsão do futuro: quem quiser vencer o mercado terá que prevere criar seu próprio futuro;

2. Articulação: contratá-lo poderá ser uma grande idéia, mas se nãofor bem articulada, não será aceita;

3. Aceitação: cada um deverá certificar-se de que seu público iráaceitá-lo;

4. Ação: expor com rapidez as boas idéias e transformá-las em produ-tos, e finalmente

5. Potencialização: cada talento deve descobrir como potencializarseu próprio custo-benefício, gerando riqueza emum negócio muito maior.

As idéias morrerão em qualquer ponto desta cadeia, se não houvero comprometimento contínuo por parte da empresa, levando a umademissão não planejada.

34 C & P • Maio/Junho • 2010

Mais suscetível a ações coletivas, a Geração Y tem altacapacidade de interação, alto grau de tenacidadee está fortemente conectada aos ambientes virtuais

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DETEN QUÍMICA S/Awww.deten.com.br

DOERKEN DO BRASIL ANTI-CORROSIVOS LTDA.www.doerken-mks.de

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ELETRONUCLEAR S/Awww.eletronuclear.gov.br

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EQUILAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.equilam.com.br

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FIRST FISCHER PROTEÇÃO CATÓDICAwww.firstfischer.com.br

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GAIATEC COM. E SERV. DE AUTOM. DO BRASIL LTDA.www.gaiatecsistemas.com.br

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HENKEL LTDA.www.henkel.com.br

HITA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.www.hita.com.br

IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA.www.iecengenharia.com.br

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIEwww.mackenzie.com.br

INT – INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIAwww.int.gov.br

JOTUN BRASIL IMP. EXP. E IND. DE TINTAS LTDA.www.jotun.com

JPI REVESTIMENTOS ANTICORROSIVOSwww.polyspray.com.br

MANGELS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.mangels.com.br

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PPG IND. DO BRASIL TINTAS E VERNIZESwww.ppgpmc.com.br

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PROMAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA. www.promarpintura.com.br

QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.www.tintasjumbo.com.br

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RESINAR MATERIAIS COMPOSTOSwww.resinar.com.br

ROXAR DO BRASIL LTDA.www.roxar.com

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ZERUST PREVENÇÃO DE CORROSÃO LTDA.www.zerust.com.br

Empresas associadas à ABRACO

Empresas Associadas

A ABRACO espera estreitar ainda mais as parcerias com as empresas, para compartilhar os avanços tecnológicos do setor.

Mais informações: Tel. (21) 2516-1982 www.abraco.org.br

Page 36: AÇÕES PARA PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO€¦ · com o Ciaba (Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar) e o Ciaga (Centro de Instrução Almi-rante Graça Aranha), que treinam