51762067 jacques carles michel granger a alquimia superciencia extraterrestre livraria bertrand 1980

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A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? Jacques Carles/Michel GrangerA ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A AALQUIMIA SUPERCI?NCIAEXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? AALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?

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Titulo original:

L'ALCHIMIE SUPERSCIENCE EXTRA-TERRESTRE?Capa de Jos Cndido (g)1972 by Editions Albin Michel-Paris

Todos os direitos para a publicao desta obra em Portugal reservados pela LIVRARIA BERTRAND, s. A. R. L. Lisboa

Oficinas Gr?ficas da Livraria impresso na? (Imprensa Portugal-Brasil), Bertrand Rua Jo?o de Deus - Venda Nova - AmadoraAcabou de imprimir-se em Janeiro de 1980

memria de Simone, homenagem do seu marido e do seu amigo. A J. L.

Expressamos toda a nossa gratido a Gilbert Klutsch, que teve a amabilidade de rever o manuscrito deste livro. Agradecemos igualmente a todos os funcionrios da Biblioteca da Universidade de Montreal, que facilitaram as nossas pesquisas bibliogrficas.

PREFACIOMULTIDO DE FACTOS ESTRANHOS que a cincia actual, depois de ter adquirido as suas cartas de nobreza acumulando milhares de factos e homologando grande quantidade de experincias, voltasse hoje a hipteses formuladas h muitos milnios.)) Assim comea o artigo que publicmos em Setembro de 1969no jornal La Presse, de Montreal, que tinha por titulo ((A alquimia: supercincia ou vestgio de uma antiga civilizao?)). Com efeito, muito estranho verificar que um certo nmero de descobertas de vanguarda no passam do ressurgir de invenes de h vrias dezenas de sculos. Assim, sabe-se que, muito antes da era crist, o clebre Demcrito falava em tomos e considerava que a Via Lctea era formada por inmeras estrelas, o que conferia regio do cu que se observa aquela brancura leitosa. Tambm se pde comprovar que os Egpcios, ao construrem o templo de Edfu, ergueram longos mastros de cobre para dominar a tempestade e o raio. Os Egpcios estavam muito longe de calcular que Benjamim Franklin ((inventariai na Amrica o pra-raios3 uns trinta sculos mais tarde. Enfim, muito antes da descoberta noficiah) da plvora, o alquimista ingls Roger Bacon refere-se aos seus componentes e s suas propriedades num dos seus trabalhos. Quanto aos.j-yODERiA parecer paradoxal

Chineses, j a utilizavam abundantemente h perto de dois mil anos. Verifica-se uma quantidade de exemplos deste gnero em todos os domnios cientficos, mas outros factos mais perturbadores continuam inexplicados e inexplicveis na hora actual. Parece portanto natural que os cientistas, armados com a sua aparelhagem ultramoderna, ataquem estes basties do conhecimento. A ilha de Pscoa, no Pacifico, um caso tpico bem conhecido. Sabe-se que se podem ai ver cerca de seiscentas esttuas gigantescas de vrias dezenas de toneladas, cuja provenincia e a maneira como foram erigidas impossvel de explicar *. Nos Andes, na Amrica do Sul, foram encontradas esculturas de animais da era secundria e portos de mar a mil e oitocen- tos metros de altitude! No Mxico, os Maias utilizavam, alm do calendrio baseado no ano solar, um calendrio assente no ano venusiano, de quinhentos e oitenta e quatro dias." Quanto mais nos embrenhamos no tempo mais os factos fantsticos se multiplicam. No entanto, a nossa histria limitada; para alm de seis mil anos, s vemos generalidades, e a maior parte das vezes de ordem geolgica. Contudo, certo que o homem existe desde h vrias centenas de milhares de anos. RESTOS DE UMA CINCIA DO PASSADO Os homens foram sempre perseguidos por factos enigmticos e sentiam-se ultrapassados por qualquer coisa de desconhecido. S uns raros iniciados conheciam a verdade e mesmo estes protegiam-se por um esoterismo total. Afirma-se1 Thor Heyerdahl, promotor da famosa expedio do Kon-Tiki, pretende ter esclarecido o mistrio dos gigantes de pedraA ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?

aquando de uma viagem ilha de Pscoa, que efectuou em 1955. Historama, n. 243, Fevereiro de 1972, e, por Thor Heyerdahl, Aku-Aku, le Secret de Vlle de Pques, Albin Michel, Paris.A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA que os grandes profetas de todasEXTRATERRESTRE? homens as religies, os de todas as civilizaes do mundo vieram do cu. Os gnios contemporneos so outros tantos exemplos desses seres superiores, que no fizeram seno levar a civilizao at onde lhes pareceu, como se tivessem por finalidade fazer-lhe seguir o caminho que lhes. tinha sido indicado. No continuamos hoje a estar merc de dirigentes que, com discursos inflamados, promessas jamais cumpridas, levam pela mo todo um povo? No somos inteiramente tributrios de um ou dois centros de deciso a que s alguns tm acesso? A espada suspensa sobre as cabeas de todas as idades comea a ganhar peso, e de tal modo que prudente perguntar se os elos que a sustm vo ainda resistir muito tempo. muito degradante para o mundo concluir, do alto da sua cultura, que no directamente responsvel por coisa nenhuma e que ao longo da sua histria foi manobrado por uma fora transcendente que, possivelmente, no Deus.

Entre todos estes mistrios h um que nos parece digno de um interesse particular. Considerado ridculo durante muito tempo, actualmente fazem-se esforos para o reabilitar. Referimo-nos alquimia, que ser o assunto deste livro. JSio meio universitrio que freqentamos diariamente, mais precisamente na seco cientfica, verificamos a pouca importncia que se d me espiritual da quimica contempornea. Risos trocistas surgem s ao falar-se em alquimia. caso para deplorar tanta inconscincia a tal nvel. Com este livro vamos tentar, empregando semelhanas flagrantes e estudos srios, estabelecer uma ordem que nunca deveria ser alterada. No somos os primeiros a considerar seriamente as receitas da alquimia. Predecessores ilustres fornecer-nos-

o excelentes referncias, nas quais objectividade e integridade se no podem pr em dvida. No citaremos A h alguns que saem do anonimato dos todos, mas ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? decifradores sinceros dos ^imbrglios)) alquimicos: Marcelin Berthelot, White, Figuier, Ruelle, etc. No nos limitando alquimia europeia, sondmos os mlquimistas do Globo, por assim dizer, e so as analogias de formas e de princpios algumas das razes deste livro. Como possvel mantermo-nos insensveis a uma conformidade integral, numa doutrina que, em essncia, bastante particular? A alquimia chinesa, se bem que mais prtica, parece provir do mesmo molde, do mesmo livro, diramos ns, que a alquimia europeia ou que a alquimia rabe. As raizes desta rvore mergulham na mesma fonte, embora nos encontremos em pontos opostos do Globo. Nas. pocas em que cada civilizao se julgava nica num mundo discoidal e plano nasceu, espontnea e simultaneamenteum saber misterioso cuja origem ainda no foi precisada. Com a mesma angstia com que formulamos a pergunta Como foi criado o mundo?)), perguntamos tambm: aDonde vem a alquimia? Ser uma centelha de gnio do homem da proto-histriaf E, nesse caso, como pde revestir formas to semelhantes em locais to afastados?)) Se primeira vista, surgem divergncias no mago desta doutrina, elas no resistem a um exame mais profundo. Aps longas e apaixonantes investigaes, podemos dizer, sem receio de contradita, que a alquimia una e provm da mesma origem no espao e no tempo. Se possvel que na Terra se faam e desfaam civilizaes, igualmente possvel que tenhamos sido precedidos por civilizaes mais avanadas e que, por nosso lado, nos inclinemos para uma superciviliza- o. Apesar do apocalipse de uma antiga cultura, certos restos, certos aforismos, certas concluses teriam podido escapar ao dilvio universal e perpetuar-se. Os Incas, os Egpcios e

os Chineses talvez s tivessem utilizado receitas ou resultados de uma cincia passada que no A ALQUIMIA que lhes advinha pela tradio e se compreendiam, mas SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? apresentava envolvida por consideraes msticas e religiosas. Das cincias e doutrinas, a que nos foi mais bem retransmitida atravs dos sculos, sem sofrer evoluo, e que se encontra sob formas muito semelhantes nos mundos orientais, rabes ou europeus, a alquimia.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?A ALQUIMIA NO TRANSMITE-SE SE DESENVOLVE,

Na corrente da alquimia nada de novo se descobriu. Pertence ao ^adepto)), que do amestre)) aprendeu o seu saber, procurar realizar a Grande Obra, sempre por meios imutveis. A Grande Obra a obteno da pedra filosofal (ou p de projeco), que permite transmutar os metais vis em ouro. Este facto sabendo-se que a alquimia no evoluiu durante milnios uma realidade cheia de conseqncias. Contrariamente com o que acontece com as cincias experimentais actuals, no sofreu qualquer avano espectacular devido a um mdepto)) excepcional. De todas as vezes que tal eventualidade se apresentava, o alquimista obscure cia voluntariamente os seus textos, defendia-se com uma reserva inexplicvel, como se estivesse sob o receio de um grande temor, aps ter escapado a um perigo. O alquimista, trabalhador infatigvel nas suas pesquisas da pedra filosofal e do elixir da longa vida, parecia paralisado pela consagrao dos seus trabalhos. Ele, que labutar a pacientemente contra todos, s vezes durante uma vida inteira, nunca se aproveitava dos seus poderes adquiridos, a no ser para transmutar uma ona de mercrio. Nunca um alquimista do sculo XV irrompeu pela era atmica para proclamar a sua imortalidade. E, no entanto, somos levados a perguntar se a revelao no ultrapassava, e em muito, o previsto; se o segredo desvendado no era de natureza muito diferente e a tal ponto que o seu conhecimento levava o adepto a afastar-se dos poderes anexos, como sejam a transmutao e a imortalidade. A ascenso do iniciado parecia fazer-se de modo exponencial. Quer dizer: chegado ao limiar da barreira, o ltimo passo tornava-o eminentemente superior a um homem rico ou a um homem imortal. Eis a razo por que, no decorrer dos nossos trabalhos, muitas vezes nos interrogmos se a alquimia no continha, no fim de contas, a revelao da nossa essncia.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?Apesar da sua aparente estagnao, a alquimia contou sempre com grande nmero de adeptos, o que prova o valor das suas pretenses. Contudo, se o esoterismo de que se rodeava era sedutor para as teorias revolucionrias que procuravam um refgio permitiu tambm a problemas e a consideraes secundrios que se imiscussem nas regras fundamentais, atraindo o raio dos bem-pensantes e da autoridade. As funestas conseqncias de uma fuso a nvel esotrico fizeram-se sentir na Idade Mdia. Isto fez do alquifnista um proscrito, um mgicoum ocultista, um danado enviado pelo Diabo pata investigaes malficas. assim que encontramos a alquimia como rainha no seio das sociedades secretas, portadora de ideias rebeldes que a desviam um tanto do seu caminho recto. Tornou-se smbolo de um certo atesmo e do Mal, mas, graas sua base segura, pde sobreviver at aos nossos dias. OS ADEPTOS MODERNOS O sculo XX cptico, mas tambm curioso. Nos ltimos tempos tm-se publicado numerosas reedies e tradues de textos sobre alquimiaque tm obtido certo xito. As esperanas acalentadas pela fsica e pela qumica de hoje encontram paralelo na alquimia. Mas esta curiosidade no pode manter-se passiva perante este desconhecido vindo do nada. Por esta razo, existem ainda verdadeiros alquimistas a trabalhar contra tudo e contra todos, espalhados por todo o mundo, e cada vez mais procurados. Um pas como a Rssia no hesita em prospectar a Europa, a fim de os localizar e de lhes oferecer boas condies de trabalho. Contrariamente ao que se pensa, os alquimistas actuals so pessoas muito srias, que, para fugir fama de charlatanismo que os persegue, evitam toda a publicidade e fazem-se rodear pelo segredo mais completo. Um dos

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?mais clebres alquimistas do sculo XX to pouco conhecido e aureolado pela lenda como o eram Paracelso ou Basilio Valentim na Idade Mdia. Publicou os seus trabalhos sob o nome de Fulca- nelli, e a sua obra mais clebre, O Mistrio das atedrais, continua a ser um enigma. Ningum sabe quem foi Fulca- nelli, nem se j morreu ou se ainda vivo. Existe HV4 sociedade secreta) os Irmos de Heliopolis, que foi fundda n sculo 11 depois de Cristo, na Alexandria, e na qual Fulca- nelli foi iniciado. Se bem que este alquimista moderno no desvende nada sobre a referida sociedade, possvel que possua tcnicas e tradies extremamente antigas. De h uns vinte anos para c, a alquimia parece ter recuperado uma certa vitalidade, mas, ao mesmo tempo, deu-se um cisma nesta corrente hermtica. Na verdade, presentemente, pode dizer-se que h dois tipos de alquimistas que, chamando a si a mesma tradio, agem seguindo vias diferentes. Por um lado, h aquilo a que se poderia chamar a aescola literria)), que se esfora essencialmente por manter e desenvolver o caracter espiritual da arte sagrada; esta corrente encontra-se sobretudo na Europa, e especialmente em Frana, com apstolos como Eugne Canseliet, Cylani, Claude d'Yge, Auriger, etc. Por outro lado, h a corrente alquimista (.(dos laboratrios)), que, pela fora das circunstncias, ainda mais secreta que a primeira, mas mantm um elo constante e poderoso com todos os iniciados. As testas de ponte desta central do passado ao servio do futuro so Berkeley, Praga, Nova Deli, Tquio e Paris. As ligaes entre estes grandes centros fazem-se geralmente por via universitria e graas ao intercmbio de con- ferencistas, de estudantes em fase ps-doutoral e de professores. A ALQUIMIA TAMBM UMA FILOSOFIA No se caia no erro que consiste em afirmar que a

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?alquimia se preocupa essencialmente com a busca da pedra filosofal. A sede de ouro dos homens ampliou o caracter npecunioso)) das operaes, desfigurando a verdadeira consagrao da alquimia. Na verdade, aa arte de Hermes)) y antes de mais, uma filosofia. No satisfeita por ser unicamente uma cincia, aspira a tornar-se uma disciplina que englobe todos os ramos da actividade viva, quer humana quer no. Seguindo a frmula de J olivet Castelot, alquimista do princpio do sculo, mntes de mais a alquimia empenha-se em experimentar e conceber a vida intima da matria, esforando-se por descobrir a lei universal que liga a matria grande ordem cosmognica)). Nesta operao, o alquimista um participante em parte inteira. Zsimo, o Panopolitano, diznos que a alquimia se torna num autntico mystrion; a revelao pode fazer-se no meio de um sonho aquando de uma comunicao intima e interior de um instante. Deste modo, a alma sente-se elevada e pe-se a ((subir os degraus da escala mstica)). Trata-se simplesmente de um manejo espiritual que se encontra em todas as religies do mundo, quando o pecador se pe em ligao directa com a divindade. A alquimia , antes de mais, uma filosofia que tira a sua fora do conhecimento mais perfeito da natureza. Com esta maneira de ver as coisas, os alquimistas do incio da era crist e da Idade Mdia sero levados a considerar que um dos modos de produzir metais operar o mais prximo possvel das condies da natureza. Esta concepo tinha, alm do mais, o mrito de se no opor s ideias que corriam nessas pocas. Com efeito, dizem os alquimistas no foi a natureza criada por Deus? E entregar-se s condies naturais no mergulhar nas condies originais da criao do universo? Deste modo, tendo o homem recebido luz verde do seu amo e criador, refaz os gestos ditados para obter resultados anlogos. Assim, visto que o ouro foi encontrado no fundo das minas primitivamente fechadas, servir-nos-emos de um vaso

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?selado ahermeticamenter> (derivado de Hermes, trao de unio entre o homem e o grande mestre), em condies suaves de obscuridade e de temperatura. Por uma conivncia indefinida, o alquimista procura retomar as condies da criao, como no fundo, tenta faz-lo o qumico moderno. A pedra filosofal, de certo modo, no passa de um catalisador universal, milagre que activa as reaces naturais. Por isso mesmo, d possibilidades incalculveis, que escarnecem do factor tempo. UMA LOUCURA PERSISTENTE Se bem que os souffleurs (alquimistas no iniciados que buscam ao acaso) tenham conseguido fazer descobertas importantes, tendo estas servido de base nossa quimica moderna, a obscuridade dos escritos {(hermticos)) e a vaga de raciona- lismo do sculo passado, que permitiram ao conjunto das cincias dar um salto gigantesco, exageraram infelizmente as contradies e as aberraes dos trabalhos da alquimia. Estes foram durante muito tempo desacreditados e considerados como um conjunto de absurdos e loucuras. Hoje em dia, considera-se que uma loucura que persistiu com tanta fora durante sculos deve ser tomada a srio e deve ser estudada, mesmo que se deva revelar at que ponto a humanidade pode pensar erradamente. Presentemente, h grupos de sbios que se dedicam ao estudo crtico e enciclopdico da alquimia; certos factos explicam-se j, como seja, por exemplo, a decifrao de determinados textos. Vrios formulrios no passam de criptogramas que necessrio traduzir em linguagem clara, visto que so constitudos por uma grande quantidade de smbolos s acessveis a um nmero restrito de iniciados. Desde o inicio da fsica nuclear e, mais recentemente, como conseqncia das observaes do francs C. L. Kervran no domnio da biologia, tornou-se

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?evidente que so possveis transmutaes e que a unidade da matria no uma lenda mas sim uma realidade cientifica. Porque seria ento a nossa cincia actual a nica tcnica que permite a verificao dos resultados j descritos pelos alquimistas? Os homens (deveramos dizer: seres humanos ou no, terrestres ou extraterrestres) j descobriram os segredos da energia e da matria num passado sem fim? Um passado que tivesse conhecido uma brilhante civilizao, com tcnicas e filosofias muito avanadas mas diferentes das nossas, teria conseguido transmitir-nos um pouco do heu saber, apesar dos cataclismos geolgicos, climatricos ou de outra qualquer naturezapelo meio indirecto de uma cincia tradicional e mstica? A nossa prpria civilizao, beira de conhecer um prodigioso desenvolvimento comea a duvidar da sua aexclusivi- dade)) e procura interrogar o passado de uma maneira cientfica, com o fim de encontrar talvez um meio de esclarecer o mistrio da sua essncia e os novos utenslios com que forjar o seu futuro. UMA HIPTESE Durante a nossa pesquisa bibliogrfica verificmos com surpresa que o planeta Vnus (ou o seu smbolo) tinha um lugar importante na alquimia. por isso que daremos um relevo particular a este planeta estranho. Vamos mesmo at avanar uma hiptese ousada: Vnus o bero da alquimia. Nos manuais clebres so-lhe feitas aluses directas. H muitas informaes neste sentido, e Marcelin Berthelot observou muito antes de ns estas referncias perturbadoras. Seja de que maneira for, se a alquimia tem uma origem extraterrestre, o mesmo conhecimento no pode evoluir de forma anloga em dois meios diferentes. Marcmos com a

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?nossa sigla as receitas ensinadas e chegmos ao mesmo resultado, mas por via diferente. A transmutao dos metais em ouro ponto assente. A imortalidade bate porta dos nossos cemitrios. Porm, no que diz respeito nossa ascese filo- sfica, parece que estamos distantes da preconizada pelos nossos predecessores. mais que provvel terem ficado decepcionados com a nossa pouca aptido em pr em prtica a sua sabedoria e o seu ensino. Mas o espirito humano no pode

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?ter medida comum com outro qualquer. Ns fomos criados para seguir o nosso destino, e mesmo que a alquimia e o ocultismo tenham tentado canalizar os nossos espritos estes s aspiram liberdade que ns no podemos dispensar. Somos ahomens da Terra , tal como os cosmonautas deixaram escrito na Lua. A teoria que afirma que avanamos para a origem da alquimia no est isenta de apelo; quer dizer, o leitor no ter de a aceitar sem formular para si a sua prpria opinio. Ns submetemos-lhe o que nos parece mais provvel, mais razovel. Veremos que conhecemos, de facto, muito pouco de Vnus, e se este planeta tivesse querido prestar-se de melhor vontade s sondagens dos habitantes da Terra com certeza que a teoria teria podido ser mais bem elaborada. Tambm no pretendemos explicar a gnese do cosmo partindo da alquimia. O nosso trabalho mais humilde, mas talvez mais directo. A alquimia, devido sua idade, ao seu caracter gnstico, pe-nos directamente em contacto com uma poca passada, de que as nicas testemunhas so os fsseis. Apoiando-nos na transmisso oral e escrita dos alquimistas, conseguiremos um dia refazer a Histria? Por agora, admire- mo-nos olhando em frente e tentemos atravs da alquimia revelar algumas verdadesque um dia nos levaro at Verdade.

SIS CAPTULO I VNUS, PORTA-LUZ A ESTRELA DO PASTOR VISTA NO SCULO XX

Q

passeamos pelo campo numa noite de Vero e levantamos a cabea para admirar a magia douando

cu estrelado, no podemos deixar de reparar nesse ponto mais brilhante que Vnus, a estrela da tarde, a estrela da manh, ou ainda a estrela do pastor. Este planeta, cujo tamanho ligeiramente menor que o da Terra, realiza actualmente a sua revoluo em volta do Sol em 224,7 dias terrestres, ano sideral deste corpo celeste. A sua rbita, apesar da sua fraca excentricidade, inteiramente interior em relao da Terra. As informaes recolhidas sobre Vnus por diferentes mtodos de observao so contraditrias quanto sua rotao. Por enquanto ningum sabe se o planeta gira sobre si prprio to lentamente que o seu dia igual ao seu ano, ou to rapidamente que a parte que fica na sombra nunca arrefece suficientemente. Estas dificuldades provm (havemos de ver) da presena de uma espessa atmosfera. No entanto, sabemos que a sua densidade da mesma ordem da da Terra (5,12 contra 5,52), o que permite prever, sem no entanto se afirmar, que a constituio interna dos dois planetas ((deve ser semelhante. Os mtodos pticos usuais empregados para sondar os astros revelaram-se ineficazes no que diz respeito a Vnus, o que contribuiu at aos nossos dias para adensar o mistrio que envolve este planeta. Vnus faz parte dos planetas chamados terrestres, em oposio aos grandes planetas, muito maiores que a Terra. Na sua categoria encontram-se (por ordem de distncia crescente em relao ao Sol) Mercrio, Vnus, Terra e Marte. Hoje parece inteiramente assente ser a atmosfera de Vnus a mais densa das quatro. A natureza da atmosfera de Vnus tem sido objecto de numerosas observaes, que tm alcanado resultados contraditrios e, aparentemente, pouco satisfatrios. O invlucro gasoso , segundo as ltimas observaes, constitudo por duas camadas: uma, a mais elevada, pouco densa e as suas nuvens s se vem luz ultravioleta; a outra muito espessa, muito mais prxima do Sol e responsvel pelo elevado poder reflector (albedo) do

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?planeta (0,75 para Vnus, 0,22 e 0,13 respectivamente para Marte e para a Lua). Se bem que a composio desta camada no seja ainda exactamente conhecida, sabe-se que formada por partculas microscpicas uma espcie de poeira agitada por movimentos de conveco e turbulncias. Se, em vez das informaes fornecidas pelos telescpios, se utilizarem os dados recentemente fornecidos pela radias- tronomia e, melhor ainda, pelas sondas Mariner 2Vnus 5 e Vnus 6 o nosso conhecimento do planeta irmo parece que aumentar muito. Assim, afirma-se que o prprio solo se apresenta em estado pulverulento, que a superfcie relativamente plana e que a presena de extenses marinhas (oceanos ou mares) muito pouco provvel. Estas informaes parecem indicar que a brilhante Vnus oferece essencialmente um espectculo de desolao. Para aumentar este aspecto sinistro apresenta superfcie uma temperatura elevada, que as duas sondas soviticas Vnus no conseguiram precisar a menos de 300 C, muito embora se aproximassem a uma distncia de vinte quilmetros. Qualquer que seja a ordem de grandeza, 500o C exclui a possibilidade de qualquer vida em Vnus, ou pelo menos de uma vida evoluda tal como ns a concebemos. Mesmo sendo a temperatura no solo relativamente elevada, a das camadas superiores da atmosfera venusina da dos 0 C. Por conseqncia, difcil explicar porque Vnus to trrida superfcie, pois o seu calor no pode provir directamente do fluxo solar, o qual incide primeiro nas camadas exteriores. Certos sbios invocaram o efeito de estufa, quer dizer, a aco provocada pela densa atmosfera do planeta, que reteria o calor transportado pelos raios do Sol. Esta explicao (como todas as que dizem respeito a este planeta) esteve sujeita a numerosas controvrsias, vindas de astrnomos que sugerem, sem

avanar mais provas que os primeiros, a hiptese seguinte: seria um efeito trmico produzido pela frico das partculas de poeira erguidas pelo vento... Com efeito, esta segunda sugesto faz apelo a outras, e de tal maneira que a verdade ainda no fornecida pela cincia actual. Sobretudo quando se sabe que observaes radiom- tricas, datando de 1922, no monte Wilson e em Flagstaff, mostraram que uma considervel quantidade de calor emitida pela parte no iluminada do plapeta Vnus... Sob o ponto de vista da composio qumica da atmosfera, os estudos espectroscpicos estabeleceram que um dos constituintes importantes o gs carbnico, que apresenta faixas de absoro caractersticas, sobretudo em infravermelho. Tambm se encontram em grande quantidade azoto e oxignio, mas este em percentagem mais reduzida. Esta composio aproxima-se da sua homloga terrestre de h uns seis- centos milhes de anos. No devemos perder de vista que o ((nosso mundo no cessou de evoluir e que a sua idade actual deve andar pelos 5 x 109 anos! No esqueamos que o mar tinha uma temperatura de 30o h duzentos e dez mil anos. Trinta mil anos mais tarde descia para 25. Ora, o nosso universo saiu do nada h perto de cinqenta milhes de sculos... A atmosfera de Vnus corresponde que existia sobre o nosso globo antes de se iniciar a acumulao de oxignio pela fotossntese operada pelas plantas e antes da era dos grandes surios. No entanto, apesar de tudo perturbador, e s vezes mesmo irritante, verificar a nossa ignorncia no que diz respeito a este planeta vizinho, que nos fita todas as noites com o seu grande olho luzidio e que, contra todos os progressos da astronutica, guarda o seu segredo. VNUS NEM SEMPRE FOI O QUE HOJE

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?Se Vnus actualmente o astro brilhante que se conhece, cada vez mais parece certo que nem sempre foi assim. Numerosos testemunhos comeam a ser reunidos, e tendem todos a estabelecer a hiptese de que anteriormente primeira metade do terceiro milnio antes de Jesus Cristo os homens s conheciam um sistema de quatro planetas. 0americano Immanuel Velikovsky, no seu livro revolucionrio Mundo em Coliso enumera o fruto das suas longas pesquisas, sem, no entanto, as precisar. O arquelogo e jornalista Robert Charroux 1 esmerou-se a explicar os fundamentos desta hiptese; ei-los resumidos: 1.As tbuas de Tirvalour, descobertas nas ndias no sculo xviii e que datam dos anos de 3000 a. C., comportam numerosos dados astronmicos cuja preciso e rigor igualam os modernos. Facto extraordinrio: Vnus est ausente dos planetas visveis. 2. Um calendrio antigo descoberto em Boghaz-Keui, na sia Menor, mostra que a astronomia da Babilnia tinha tambm um sistema de quatro planetas. 3.As tradies mexicanas relatam que Vnus apareceu bruscamente no cu depois de um longo eclipse do Sol. 4. Santo Agostinho conta que antigos escritos latinos descrevem um fenmeno prodigioso no decorrer do qual Vnus ((mudara bruscamente de cor e de grandeza. A ltima citao leva-nos a acrescentar que a apario de Vnus no firmamento deve ter-se feito um pouco como quando se acende uma lmpada elctrica. Por outro lado, o seu brilho sbito foi tal que pde rivalizar com o do Sol. Os Caldeus chamaram-lhe a brilhante tocha celeste. Ora, mesmo tendo em conta a exuberncia deste povo oriental, difcil imaginar que este boto de ouro no corao da ab

1Texto astronmico chins de Sut Chu.

bada celeste tenha podido inspirar esta denominao. Enfim, conciui-se tambm por muitos textos chineses que Vnus era visvel em pleno dia K Durante sculos, este astro no pde ser visto durante a noite. De repente, surgiu com o brilho do Sol. uma situao para assustar o mundo. Da a Vnus-sis dos Egpcios, a Vnus-Istar dos Babilnios, a Vnus-Ateneia dos Gregos. A chegada deste astro no deixou de provocar prejuzos na Terra. A lenda taitiana sobre o nascimento da estrela da madrugada ainda hoje se conta no arquiplago da Sociedade, em pleno Pacfico. Segundo a lenda de Mangaldan, a Terra, aquando do nascimento da nova estrela, recebeu uma chuva compacta de inmeros fragmentos. No h necessidade de insistir num facto sobre que Velikovsky se apoiou ao longo das trezentas paginas da sua oora. Vnus, surgindo aos olhos dos povos espantados, provocou na Terra um cataclismo de grande envergadura, mas veremos que talvez no tivesse a dimenso que o americano lhe atribuiu. Um facto certo: na Antiguidade, Vnus tinha um brilho que no tem hoje. De tal modo que, no apogeu da civilizao romana, era to brilhante que o seu nome era ento Lcifer, o que etimologicamente significa portadora de luz (lux =luz, ferre = trazer). A concluso (tambm se poderia dizer a hiptese de base) de Velikovsky que se Vnus era desconhecida h cinco mil anos pela simples razo de sc no encontrar no sistema solar. Sob a forma de cometa incandescente (provindo do planeta Jpiter!), Vnus teria vindo inserir-se entre a Terra e Mercrio, provocando estragos no muito considerveis, visto que no havia destrudo o homem, animal rasteiro e sem defesa, para quem o oxignio indispensvel sobrevivncia, assim como uma temperatura moderada. A teoria de Velikovsky sedutora, fascinante mesmo, mas colide com as leis mais elementares da fsica e das

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?probabilidades. Ele prprio reconhece nas primeiras pginas do seu livro a ((harmonia celeste. Ora, evidente que a entrada no sistema solar de um corpo csmico estranho da envergadura de Vnus lev-lo-ia runa. Isto est estabelecido por todos os dados astronmicos existentes. A insero de Vnus, vindo ainda tocar na Terra, teria acarretado perturbaes gigantescas escala do cosmo, destruindo toda a espcie de vida e provavelmente provocando a exploso da Terra. Num outro plano, em quatro mil e quinhentos anos, Vnus teria passado do estado de cometa forma de planeta extinto; h nisto elementos que perturbam todas as teorias modernas! Um clculo mais terra-a-terra demonstra a vacui- dade de tais proposies. O nosso mundo tem cinco mil milhes de anos. H seiscentos milhes de anos a nossa atmosfera era idntica de Vnus actualmente. Concluso: Terra foram necessrios quatro mil milhes de anos para ser o que , e a Vnus somente quatro mil e quinhentos anos. No faz sentido! Um ltimo argumento milita a nosso favor: a densidade de Vnus , como vimos, muito semelhante da Terra, o que nos leva a prever que a sua constituio interna anloga. Como poderiam dois corpos celestes, cuja probabilidade de encontro mnima, apresentar tais analogias de formas e

de fundo sem pertencer ao mesmo sistema estelar? Por isso, conclumos que Vnus sempre pertenceu ao sistema solar, tem o seu lugar na famlia dos planetas terrestres, sendo intil invocar uma nova teoria cosmognica para explicar a sua presena. Viu o dia ao mesmo tempo que o nosso mundo, a partir da nebulosa que originou o Sol que nos alumia e aquece desde muito antes do xodo.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?ter tido uma amplitude extraordinria. O passo do Livro do Justo poderia parecer uma obra de pura imaginao se uma perturbante lenda mexicana no viesse confirmar este facto nico na histria do mundo. Na verdade, nos anais mexicanos, h referncia a uma noite que teve uma durao excepcional e que foi seguida pelo aparecimento da estrela da manh. Estas duas observaes datam da mesma poca, tanto quanto se pode saber, e a razo por que, se se no perder de vista a diferena horria entre a Palestina e o Mxico, se impe uma concluso: trata-se de um mesmo e nico fenmeno. Mais ainda, o Popol Vuh \ livro sagrado dos Maias e cuja origem to antiga como a Bblia, refere-se a uma poca de apocalipse que se seguiu a uma longa noite: Por fim, violentas tempestades acabaram de aniquilar os seres da Terceira Idade, cujos olhos foram arrancados, as carnes corrodas, as entranhas destrudas, os nervos e os ossos exterminados pelos seides do deus da Morte. 2 As descries e os testemunhos esto curiosamente muito prximos dos referidos nas citaes bblicas, nos Vedas hindus ou at nas narraes feitas pelos Polinsios aos primeiros brancos que os visitaram no sculo xix. assim que, em 1829, pouco tempo depois da chegada dos primeiros exploradores de Taiti, Papa- rua, mestreescola, e M^a, sacerdote da ilha, do a verso taitiana do Dilvio. A traduo desta narrativa a seguinte3: Taiti foi um dia submersa pelo mar tanto a Grande Taiti como a Pequena Taiti. No ficaram nem porcos, nem galinhas, nem ratos, nem ces, com excepo dos que foram salvos por dois seres humanos. Os deuses encarregaram-se dos pssaros e dos insectos e conservaram-nos no cu. Do norte comeou a soprar um forte vento, acompanhado de chuva e de trombas-d gua. Grandes rvores e rochedos foram arrancados e projectados no ar2 Popol Vuh, traduo Recinos, referido por R. Charroux, ob. cit. 3 T. Henry, Tahiti aux Temps Anciens, Museu do Homem, 1962.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?pela tempestade e pelos turbilhes. Mas houve um casal, um homem e uma mulher, que foram poupados... A continuao recorda estranhamente a aventura de No, visto que o homem e a mulher se refugiaram no cume de uma montanha, levando os seus animais, e a ficaram at as guas baixarem e deixarem aparecer uma paisagem de morte e desolao. O Dilvio foi depois seguido por ciclones, chuvas de pedra e, umas aps outras, as catstrofes vinham do cu. (Te pe ape, a te pe ape,a Mai te ra i mai.) Todas estas verses do Dilvio das diversas tradies so estranhamente concordantes. Recordemos que a Bblia nos diz, em referncia ao tempo do xodo, que havia o oceano e os rios vermelhos de sangue, a mar gigantesca, os sismos, as chuvas de pedra, a queda de pedaos de cu, que foi para os Gregos o combate de Zeus e Tfon. Uma grande fatalidade abateu-se sobre o nosso globo, exterminando irremediavelmente populaes inteiras. Quais eram as razes deste cataclismo? A aproximao dos dois factos seguintes aponta-nos uma soluo: Vnus, invisvel, comea bruscamente a arder, e a Terra sacudida at s entranhas. Sim, Vnus, a estrela de fogo, a causa dos nossos tormentos. E para isso no h necessidade de a fazer chegar aos confins do ter sob a forma de cometa. A explicao muito mais simples e, se parece fantstica, devemos ter o cuidado de a no refutar. Vnus, invisvel aos olhos nus da humanidade, devido ausncia de meios de observao mais poderosos (tambm no se viam Neptuno e Pluto), est no entanto presente, e porque no?, habitada. A causa da sua invisibilidade: a sua atmosfera, da mesma natureza que Neptuno e Pluto. Portanto, uma calamidade que resta precisar incendiou Vnus escala planetria, elevando o seu solo e a sua prxima atmosfera a uma temperatura tal como apareceu para o resto do sistema solar. O seu invlucro gasoso era to denso que representou o papel de invlucro trmico,

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?diminuindo assim consideravelmente a velocidade com a qual a energia calorfica se dissipou na atmosfera. Esta interpretao permite explicar a temperatura to elevada da baixa atmosfera do planeta, da mesma forma que, como veremos, a composio do solo venusino. No entanto, certo que Vnus sofreu de tal modo esta catstrofe que toda a civilizao do planeta foi exterminada. No entanto, como tinha um grau de desenvolvimento extraordinrio, certos seres puderam ser salvos fugindo deste mundo em fuso e procurando retgio na Terra, que era o planeta mais prximo. O planeta Vnus foi desviado da sua trajectria e esta situao deve ter-se feito sentir em todo o sistema solar. A Terra, pela sua aproximao, oscilou no seu eixo e viu a sua velocidade de rotao diminuir momentaneamente, o que fez acreditar aos primitivos que o Sol interrompia a sua progresso. Produziu-se um desequilbrio da gravitao e das foras concomitantes, o que ocasionou toda uma srie de infortnios que se abateram sobre ns. Podemos dizer, sem receio de nos enganarmos, que o nosso planeta esteve prestes a ser aniquilado. No podemos impedir-nos de pensar que a situao vir a ser a mesma se, um dia, a estupidez humana no cessar de acumular os seus stocks nucleares. Simplesmente, ns no seremos ento capazes de salvaguardar uma amostra da nossa humanidade enviando-a para outro planeta onde possa subsistir. A conjuntura torna-se extremamente significativa quando se pensa que, se tivssemos de abandonar o nosso planeta, seriamos absolutamente incapazes de atingir um planeta do sistema solar com uma atmosfera Vnus, por exemplo e a sobreviver.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?05 DISCOS VOADORES DE HA CINCO MIL ANOS Chegados a este ponto de desenvolvimento, seria impossvel no evocar o enigma dos OVNI (objectos voadores no identificados). A principal caracterstica dos discos aquilo a que Michel Carrouges chama a sua vigilante expectativa 4. Numa outra ordem de ideias, Aim Michel fez a seguinte descoberta: os OVNI manifestam-se ao longo de linhas geogrficas rectas e as suas trajectrias formam verdadeiras redes, cujos principais alinhamentos se recortam em pontos de polarizao 5. Devido sua velocidade, sua maneabilidade e sobretudo devido ignorncia da situao, os discos parecem provir de uma sociedade j no apogeu de uma civilizao ciberntica que s agora comeamos a descobrir. Ora, se os discos voadores tiveram a sua hora de glria h alguns anos, no devemos por isso acreditar que este fenmeno foi nico na longa histria da humanidade. Em especial, houve na Europa, em fins da Iaade Mdia e no princpio do Renascimento, uma epidemia de testemunhos que diziam respeito a objectos voadores de que se ignorava tanto a natureza como a origem. Assim, esquecem-se com frequncia as ((vises)) que tiveram muitas pessoas em Itlia e que deram ao genial Leonardo da Vinci as ideias das clebres mquinas voadoras, cujos planos desenhou com uma espantosa preciso uns quatro sculos antes dos pioneiros da aeronutica. Do mesmo modo, parece que h perto de cinco mil anos o homem teve problemas com seres ((voadores. Com efeito, existem numerosos desenhos e esculturas na Amrica do Sul, na sia Menor, nas ndias e mesmo em certas cavernas que representam estranhos aparelhos4 Michel Carrouges, Les Apparitions de Martiens, Fayard. 5 Parece que o autor teve depois de reconhecer ter-se enganado. Galileu, no incio do sculo XVII, no

renegou as especialmente que2

a Terra girava em volta do Sol?."

suas

afirmaes,

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?areos. Mais ainda, os desenhos em argila de Nnive mencionam tambm seres voadores, e todas as grandes tradies, bblicas, amerndias, polinsias, esto cheias de anjos ou de deuses vindos do cu a bordo de misteriosos navios celestes. Nestas condies, estamos inclinados a acreditar que os discos voadores de h cinco mil anos no eram seno astronaves que efectuavam misses de reconhecimento sobre a Terra, a fim de proceder a mltiplas anlises e observaes. Estes extraterrestres, que apalpavam terreno de qualquer maneira, antes de se refugiar no nosso planeta, poderiam muito bem ser os Venusinos, cujo planeta incen- diar-se-ia pouco depois da sua apario na Terra. Estes refugiados, se foram pouco numerosos e no conseguiram implantar a sua raa no nosso solo, puderam, no entanto, ter uma influncia considervel sobre o curso do nosso destino. Actualmente nada nos permite rejeitar a hiptese de que a Terra poderia mais uma vez servir de planeta de sobrevivncia a um povo obrigado a deixar a sua ptria. Se foi isto que aconteceu, este povo teria uma superioridade incontestvel sobre a nossa cincia actual,e seria normal que os recm-chegados subvertessem a nossa civilizao e trouxessem consigo, sob qualquer forma, uma parte do seu saber. O CUBO DO DOUTOR GURLT Um dos mais clebres vestgios que os extraterrestres teriam deixado na Terra, no decorrer de uma das suas visitas, .um objecto extremamente misterioso que foi descoberto em 1885 e que actualmente est exposto no museu da cidade de Salzburgo. Descries pormenorizadas e comentrios res- peitantes ao que hoje se chama o ((cubo do doutor Gurlt constituram objecto de numerosos artigos em diversas revistas cientficas. Foi descoberto pelo doutor Gurlt num bloco de carvo da era terciria. Este carvo, tendo-se formado h vrias deze-

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?nas de milhes de anos, d-nos uma ideia da antiguidade do cubo preso na massa de carbono. Este cubo de facto um paraleleppedo, cujas dimenses so 67 x 67 x 47 mm, ligeiramente arredondado em duas faces opostas. Pesa sete- centos e oitenta e cinco gramas e a anlise qumica revelou que se trata de um bloco de ao nquel-carbono, de uma dureza notvel,e cuja fraca taxa de enxofre exclui a possibilidade de liga natural de origem pirtica. Enfim, o aspecto da sua superfcie leva decididamente a pensar que o cubo foi fabricado. No h portanto qualquer dvida no que diz respeito antiguidade deste bloco de ao, o qual representa um testemunho de valor excepcional. Tanto mais que praticamente nula a probabilidade de encontrar um objecto talhado h milhes de anos, tendo portanto vivido todas as transformaes que a Terra conheceu durante este imenso perodo. Se os habitantes de um outro mundo vieram Terra durante a era terciria, razovel pensar que este facto no foi nico, e quanto mais nos aproximamos da poca actual mais deve ser fcil descobrir provas e vestgios de tais visitas. E, efectivmente, vamos mostrar que se deu a vinda h cinco mil anos de seres estranhos ao nosso planeta, o que marcou profundamente as nossas civilizaes, as nossas tradies e sobretudo a nossa tecnologia e a nossa cincia. O CATACLISMO EM VNUS E A ALQUIMIA Est, portanto, quase estabelecido que uma catstrofe de grande amplitude se deu em Vnus. No pensamos que esta se tenha produzido como conseqncia de um processo nuclear, pois, mesmo que isso fosse bastante para explicar as caractersticas da atmosfera venusina, restarnos-ia a composio qumica desta atmosfera para ver que no foi afectada pelo fenmeno. E mais: seria difcil avanar 2

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?a hiptese segundo a qual seres venusinos evoludos teriam podido sobreviver, mesmo temporariamente, sobre a Terra cuja atmosfera sensivelmente diferente da de Vnus. Acreditamos portanto que o cataclismo de Vnus tem uma origem no nuclear, no sentido em que a palavra usada actualmente, mas sim que resultado do uso infeliz (voluntrio ou no) de uma tcnica que domine a fora dos raios csmicos. Em especial, pensamos que os Venusinos teriam sabido focalizar ou mesmo criar raios csmicos 6, o que, por um princpio anlogo ao do laser dos nossos sbios, lhes permitia dispor de uma fonte energtica quase infinita e inesgotvel. A utilizao dos raios csmicos permite, evidentemente, operar transmutaes nucleares bem mais fceis que as transmutaes atmicas feitas actualmente. Os sbios dos nossos dias conhecem muito bem as radiaes csmicas. Observaram-se partculas que podem atingir energias de um trilio de electres-vltios. Sabe-se igualmente que os raios csmicos, incidindo na atmosfera e na superfcie terrestre, engendram constantemente um certo nmero de espcies radiactivas ou no, e em particular transmutam o azoto 14 vulgar em carbono 12 vulgar ou carbono 14 radiac- tivo com produo de protes ou de trites7. Na nossa opinio, a ((catstrofe de Vnus seria, portanto, conseqncia de impotncia dos habitantes do planeta para dominar um gerador de raios csmicos ou de partculas similares, ou ento uma guerra declarada por razes evidentemente desconhecidas. A radiao csmica assim acumulada e subitamente libertada teria6 Os raios csmicos fazem parte da maioria dos ncleos de hidrognio ou de elementos mais pesados de energia elevada que nos bombardeiam desde h milhares de anos. Atomes, Fevereiro de 1969. 7 W. J. Moore, Physical Chemistry, Prentice Hall, Nova Iorque.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?transformado a atmosfera venusina, que era semelhante nossa, naquilo que actualmente. As partculas fortemente energticas teriam dissociado o azoto N2 (4/5 da atmosfera terrestre) em tomos N e depois t-los-iam transformado em tomos de carbono, os quais, temperatura em que estavam, davam uma reaco de combusto com oxignio para produzir o xido de carbono e o gs carbnico revelado pelas sondas soviticas Vnus 5 e 6. O carbono no queimado, estagnando superfcie, constituiria uma camada pulverulenta importante sobre o solo venusino. 0que nos incita a optar por esta concluso , por um lado, porque explica todos os factos conhecidos hoje no que diz respeito a Vnus e s suas caractersticas fsicas e, por outro lado, a importncia da radiao solar (ou csmica), que se encontra em todos os textos de alquimia. A alquimia, restos da cincia venusina, procurou transmitir o segredo do domnio da radiao csmica para realizar transmutaes e o da sua importncia como fonte de energia. No h sobre isto a mais pequena dvida, de tal modo antigos alquimistas insistiram neste ponto capital. Assim, Zsimo, um dos maiores alquimistas gregos, escreveu: O que o fogo efectua por artifcio, o Sol realiza por concurso da divina natureza. O Grande Hermes afirma: O Sol faz tudo. Hermes diz ainda: Expe ao Sol e dilui o vapor ao Sol. 8 De passagem, Zsimo cita Hermes, o deus que teria revelado a alquimia aos padres egpcios. Mais adiante, diz ainda: ((O momento oportuno (para empreender a Grande Obra) o Vero, quando o Sol tem uma natureza favorvel para a operao. Blemides ainda mais explcito: Parte o ovo9 e deita no licor de prata trs partes de vidro modo. Expe tudo aos raios do cu sete vezes e extrai um do Todo. Se acontecer a8 Marcelin Berthelot, Colection des Anciens Alchimistes Grecs, Paris, 1888. 9 Smbolo do matrs de longo gargalo, onde o alquimista colocava os reagentes.

2

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?matria quente adquirir a cor do cinabre, porque se no deu a mistura. Pega no sedimento e, depois de o teres salpicado de pirite, deixa operar o Sol e escolhe os raios da manh. Exemplos deste tipo encontram-se indefinidamente em obras de alquimia, e as mais misteriosas s empregam o termo luz no sentido de irradiao e o termo solar num aspecto simblico, para indicar uma fora universal, que muito simplesmente poderia ser a energia. Hoje, no incio das viagens interplanetrias, comeamos a perguntar-nos com uma certa angstia se toda esta evoluo tcnica, se todas estas descobertas gerais no nos foram inspiradas por seres superiores que tivessem tentado uma operao de sobrevivncia no nosso planeta. O homem, directamente vindo de Deus, habitando o Centro do Mundo, o homem, esse monumento de sabedoria, essa inteligncia superior, ver- -se-ia relegado para um papel de imitador, um pouco como um macaco aprende das mos do homem pedaos de saber. O homem, com a sua cupidez natural,o seu orgulho e a sua fraqueza, tambm no teria sabido reter no seu pequeno crnio o que impressionava a sua imaginao. E aqui no podemos deixar de citar as trs grandes aspiraes da alquimia: a)Penetrar a essncia da matria e comunicar-lhe o estado perfeito. Era a finalidade da busca da pedra filosofal que devia permitir transformar em ouro ou em prata os metais vis. b)Conhecer a imortalidade pela preparao da panaceia, ou elixir da longa vida. c)Atingir a felicidade total identificando o adepto com a alma do mundo ou o esprito universal. No tem o homem, desde h sculos, procurado por todos os meios realizar estes grandes sonhos? J os realizou no decorrer da sua longa histria? Realiz-los- de novo num futuro prximo?

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?O APARECIMENTO DE VNUS E O INCIO DAS TCNICAS A similitude dos motivos folclricos dos povos dos cinco continentes e das ilhas ocenicas cria um difcil problema de etnologia e antropologia. A simultaneidade da apario das tcnicas, primeiro em determinados locais bem precisos, depois no conjunto do Globo, no menos desconcertante. Sobretudo quando se sabe que aps centenas de sculos de estagnao a tcnica humana atrai uma espiral ascendente de que ainda hoje continuamos a sofrer a influncia. Esta ecloso do gnio humano fez-se num tempo relativamente curto: entre 2500 e 3500 anos a. C. Por outras palavras, o homem cria novas tcnicas e progride a passos de gigante pouco tempo antes de Vnus se tornar visvel, poca que corresponde das visitas Terra dos anjos, de que nos falam as narrativas bblicas. Este impulso cientfico atinge um mximo aps o cataclismo venusino. Depois, aps trs ou quatro sculos, os progressos tcnicos continuam, mas lentamente, passando por certas pocas de recesso, como do sculo v ao xn. Espasmodicamente, a tecnologia manifesta aceleraes bruscas, dificilmente previsveis, das quais a mais espectacular se situa na poca actual. No estamos agora a dar em dez anos um passo que eqivale a um milnio? Um outro perodo de progresso foi o Renascimento, quando surgiu o mito da feiticeira percorrendo o cu montada numa vassoura. Porque que o homem, ascendendo dificilmente as etapas da sua evoluo, ficou sujeito irregularmente a relmpagos de gnio, cuja primeira fasca data de h cinco mil anos? Isto contrrio teoria de Darwin. Tomemos a arte da cermica. A origem desta indstria artesanal remonta a tempos imemoriais, mas nesses tempos recuados os pratos, os vasos e tudo o que saa das mos do oleiro tinham uma finalidade essencialmente utilitria e no ostentavam quaisquer motivos decorativos. Quando estes 2

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?existiam, tratava-se em especial de figuras desenhadas artisticamente ou simplesmente geomtricas, o que se conseguia com o dedo ou com um estilete. A cor era praticamente desconhecida, se no considerarmos o castanho do barro, o negro do carvo animal, ou qualquer tinta vegetal.E depois, trs milnios antes da nossa era, aparecem bruscamente no Egipto, na China, nas ndias e na sia Menor, os vernizes, as lacas e os esmaltes. As cores tornam-se variegadas e durveis, mesmo quando expostas s intempries durante longos perodos. Alm disso, tm um carcter qumico: o vermelho provm do xido de ferro, o azul do carbonato de cobre (azurite), o verde da malaquite; para obter o negro, o carvo animal cede o lugar ao xido de mangansio; os tons pastel no so esquecidos e verifica-se o uso do xido de cobalto e do silicato de cobre para conseguir os olhos azul-celestes das estatuetas da ndia. Neste mesmo perodo, aparecem muitas outras tcnicas e, facto curioso, todas ligadas de muito perto ao que hoje chamamos qumica. Foi assim que surgiu o fabrico do vidro, que, aps anlises de ampolas encontradas em diversos tmulos egpcios e de gargalos de frascos encontrados na China, surge como um material de excelente qualidade, com fraca proporo de sdio, mas com um elevado grau de silcio e de cal, tal como hoje se encontra nos vidros modernos ultra-resistentes. Tambm simultaneamente, comearam a ser fabricados o cimento, os perfumes, os unguentos e as pinturas. As bebidas fermentadas (a cerveja, a cidra e o vinho) apareceram igualmente, sujeitas a tcnicas que, desde h quatro mil anos, em nada evoluram. Em vrios casos, certos segredos e propriedades se perderam, s sendo reencontrados na poca actual. Por exemplo, o pltrage dos vinhos, que consiste em juntar sulfato de clcio ao sumo da uva em fermentao, revela-se com o tempo muito nocivo para o organismo K As leis actuais impedem

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?esta prtica, que era corrente nos sculos passados, visto ser ignorado o perigo que fazia correr. Portanto, desde o primeiro sculo depois de J. C., o sbio grego Dioscrides informava que juntar sulfato de clcio ao vinho (que comeava a ser feito na sua poca) era, na opinio dos antigos, altamente prejudicial para o organismo. Diodoro, que viveu mais ou menos no tempo de Dioscrides, recorda um grande nmero de factos esquecidos no seu tempo, como, por exemplo, a observao de que o uso da cerveja no s favorece a obesidade como tambm ataca os rins, pelas suas propriedades diurticas. Ensina-nos tambm que, para ter gua potvel, esta deve ferver e, uns dezoito sculos antes de Pasteur, afirma o interesse da esterilizao. O progresso das tcnicas humanas manifestou-se ainda na medicina, onde a utilizao de compostos qumicos tinha um papel importante. Assim, o stibi, ou sulfureto de antimnio, no era s para pintar os olhos, mas tambm um medicamento importante, como tambm o xido de antimnio. Os anestsicos fizeram tambm a sua apario h quatro mil anos, com o vinho de mandrgora, obtido pela destilao da planta deste nome. Enfim, substncias que tambm podem ser nocivas, como a estricnina, so perfeitamente conhecidas e elaboradas pelos homens de cincia da poca, quer dizer, em geral os sacerdotes e os feiticeiros. O domnio em que o progresso humano foi mais espectacular o da metalurgia. O metal que o homem utilizava h cinco mil anos era o cobre; todos os objectos metlicos trabalhados pertencentes proto-histria revelaram-se, na anlise, ser de cobre puro. Depois de os anjos descerem Terra e de Vnus se instalar no firmamento, vem-se as primeiras ligas de metais de propriedades notveis. Angelo Mosso analisou uma esttua egpcia de Ppi com a data de 2500 a. C. e verificou que era feita de bronze, a 6,56 por cento de estanho K 2

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?Assim, o homem, mesmo antes de possuir todos os dados referentes a cada um dos metais, no hesita em liglos para conseguir uma valorizao das suas qualidades. Mistura o cobre e o chumbo, quando nada fazia prever que desta liga se pudesse tirar qualquer vantagem. Tais processos implicam uma srie contnua de experincias e de ensaios, cuja adop- o dificilmente atribuda aos feiticeiros da poca. Estas ligas so, evidentemente, mais resistentes que o cobre sozinho, e esta inovao constitui um enorme progresso. As referidas combinaes encontram-se em todas as minas dos antigos beros da civilizao. assim que Schliemann descobre nas runas de Tria e de Tiro bronzes de cobre e de estanho e tambm de lato. Nesta mesma poca nascem no Egipto, na Mesopotmia e nas ndias as forjas e a indstria do ferro. Anteriormente a 2500-2700 anos a. C., o ferro no era conhecido como metal de eleio e til ao homem. E eis que, de repente, utilizado de maneira intensa; e pouco depois criam-se os aos. Segundo Von Lippmann \ os mais antigos utenslios de ferro foram encontrados na pirmide de Quops e datam de 2500 anos a. C. Era pouco mais ou menos a chamada Idade do Ferro, que os ((selvagens europeus conheciam. Em concluso, a brusca mudana das capacidades intelectuais dos nossos antepassados, na nossa opinio, no se pode explicar sem uma interveno exterior. Sem o empurro do destino, talvez o leitor e eu estivssemos hoje a perseguir quadrpedes nas florestas que cobriam todos os continentes de clima temperado. Pensamos, portanto, que h uma probabilidade muito forte de que um acontecimento surgido no tempo do cataclismo das tradies bblicas, que situamos h cerca de seis mil anos, tenha modificado radicalmente o curso da nossa evoluo e que uma cincia extraterrestre tenha sido trazida nesse momento, cincia que muito sofreu com o nosso fraco quociente intelectual:a alquimia.

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?AS TABUAS DA BIBLIOTECA DE SARDANAPALO Nas obras clssicas que pretendem descrever as origens da alquimia, os textos mais antigos remontam aos sculos 11 e in da nossa era. So, alis, dois papiros, tomados como base por Berthelot, Hoefer, Kopp e outros historiadores da qumica: o papiro de Leyde e o de Estocolmo, cujas descobertas so relativamente recentes, visto que datam de 1828, num tmulo de um sacerdote egpcio prximo de Tebas. Os papiros tm receitas de alquimia de carcter essencialmente mgico. Mas a alquimia mgica no passa da transio imediata das tcnicas mgicas para tcnicas cientficas. Estas so envolvidas por ritos secretos, pois a sua realizao no era acessvel a todos. Ora, estas tcnicas remontam muito mais longe no tempo, e no de espantar que no incio deste sculo tenham aparecido textos de alquimia mais antigos. Isto aconteceu em Nnive e tratava-se das tbuas da biblioteca de Sardanapalo. Estes textos, no fundo e na forma, no diferem dos que se lhes seguem. Assim, encontra-se a uma nova verso do Homunculus, o que no para surpreender \ e de que tornaremos a falar. As receitas a que se refere so um pouco artesanais, mas a sua execuo assemelha-se a um rito mgico. De facto, encontramo-nos no ponto de juno antigo de todas as cincias. Em potencial, verifica-se por estas tabuas que nessa poca as tcnicas englobavam as artes do artista, os cultos mgicos e o ambiente cientfico. A separao realizou-se mais tarde com o desenvolvimento do misticismo, e erro pensar que as tcnicas comuns saram das nossas cincias. precisamente o contrrio. No entanto, muito significativo fazer aproximaes entre os textos das tbuas babilnicas e os greco-egpcios, estes adiantados um milnio. Facto notvel, sob todos os pontos de vista, os segundos terem esclarecido os primeiros de tal maneira que nos leva a deduzir que existe 2

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?uma verdadeira filiao. Estamos em presena de uma mesma corrente, que examinamos em dois pontos da escala do tempo. So os mtodos para preparar os metais (cobre, prata) e para fabricar esmaltes, vidro e a tradicional imitao de pedras preciosas. O fogo desempenha um papel importante, num forno que se assemelha ao athanor do alquimista. Veremos que a alquimia est j mais evoluda que as tcnicas vulgares. uma inquirio sobre os segredos e os mistrios da natureza. A finalidade tcnica no est excluda, mas sim englobada na satisfao desinteressada que as suas cartas de nobreza lhe do. A alquimia, tcnica e magia, ao mesmo tempo uma protocincia, como a astrologia a que se alia. 10 Tal como a sua irm, legar resultados de uma importncia capital para a cincia que lhe suceder. OS DEUSES NA TERRA O OURO INCA o sculo xviquando Fernando Pizarro e os seus

Ihomens andinas

que constituem actualmente o Peru e uma parte da Bolvia, ficaram fortementeimpressionados com a ostentao e profuso das riquezas dos Incas. Estes, querendo impressionar os estrangeiros e no calculando que s excitavam a sua cobia, exibiram todo o esplendor de que eram capazes: ((Precedido de quatrocentos corredores ricamente vestidos, rodeado de danarinos e cantores. Atahualpa (rei do Imprio do Sol) avanou numa espcie de palanquim res- plandescente de ouro, prata10 M. R. Eisler Zeitschrift fr Assyriologie, 1926.

chegaram

para

conquistar

as

regies

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?e pedras preciosas. 11 O resultado no se fez esperar: os espanhis atacaram. O inca ro feito prisioneiro. Reconhecendo o seu erro, prometeu um enorme resgate: comprometeu-se a encher de ouro, do chao ao tecto, a cmara em que estava encerrado. Deve notar-se que esta abundncia de metais preciosos no exclusiva desta regio. Cortez foi trataao do mesmo modo pelos Astecas. Entre todas as riquezas recebidas como presentes havia dois discos grandes como rodas de carro, um de ouro e outro de prata. Bernard Diaz, companheiro de Cortez, avalia-o em mais de vinte mil pesos de ouro." Nessa poca, vivia no actual territrio de Nova Granada uma civilizao ainda na Idade da Pedra, os Muiscas. Ora, os habitantes desta regio usavam como moeda corrente pequenos discos de ouro, e todos os objectos metlicos de que se serviam eram de ouro puro. Chegou-se mesmo a afirmar que construam palcios e templos de ouro macio. Foram as notcias espalhadas sobre este povo que criaram a lenda do El Dourado. Mas voltemos aos Incas. Entre eles, cada templo ou casa particular estavam cheios de estatuetas e outros objectos feitos do precioso metal.O mais imponente destes santurios chamava-se Coricancha, o lugar de ouro. A se encontravam, entre outras coisas, conchas raras, belas plumas, prolas e pedras preciosas, e alm, impondo-se sobre cadeires de ouro macio, as mmias dos Incas, que pareciam manter um conci- libulo silencioso. De facto, todo este ouro, que no tinha para os Incas e para as civilizaes que os antecederam 12 outro valor que no fosse, juntamente com a sua beleza, o ser inaltervel, ia aumentar os tesouros de Espanha, passando pelas algibeiras dos aventureiros descobridores. O ouro, to corrente na cordilheira dos Andes, tornou-se11 A. Reville, Les Religions du Mexique, 1885, Paris. 12 Civilizaes de Nazca, lea Ancon e Chancay.

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A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?raro e, em menos de dois sculos, as extraordinrias riquezas foram completamente pilhadas. Os conquistadores espanhis isentos de escrpulos haviam-se apressado a destruir esta civilizao graas plvora, sem procurar determinar a sua histria e as suas origens. Estancada a sede do ouro, a Amrica do Sul pde respirar. Era a altura de se formularem perguntas! Donde vinha este ouro que tinham encontrado por toda a parte no antigo Peru? Com efeito, est inteiramente excludo que este metal provenha das minas; as minas de ouro do Peru e da Bolvia so relativamente raras e muito pouco produtivas e, mesmo que nem sempre tenha sido assim, nunca poderiam ter fornecido as tolenadas de metal necessrias para fazer os milhares de esttuas e de monumentos que se encontraram desde o incio da conquista espanhola. O ouro das cidades de Cuzco, Ollantaytombo, Pisac e Pachamac no podia provir doutras regies, visto no existir qualquer rota para o resto da Amrica do Sul. Comprova-se com estes exemplos que as civilizaes do Peru e do antigo Mxico possuam o suprfluo, faltando-lhes muitas vezes o necessrio. Na altura das batalhas, um chefe mexicano usava uma couraa de ouro e um capacete de prata fulgurante representando a cabea ameaadora de um animal, que servia de emblema ou de totem sua famli. Tinha os braos guarnecidos de braceletes, e um colar de ouro e de prolas caa-lhe sobre o peito. Era assim o comandante das tropas que os espanhis enfrentaram K Este ouro mexicano, e mais especialmente inca, ainda hoje constitui um mistrio. As numerosas povoaes ndias dos Andes, interrogadas sobre a provenincia deste metal precioso, no conheciam a sua origem. Algumas pessoas, respondendo com evasivas, diziam que sempre ali estivera e que os antepassado dos seus antepassados utilizavam calhaus de ouro. Outras tradies ndias afirmam, sem fornecer razes, que o ouro

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?dos Incas simplesmente a pedra dos seus planaltos, que os deuses transformaram em metal amarelo. Ao segredo da sua origem junta-se o mistrio da sua densidade. O ouro inca, se acreditarmos nas fontes citadas por R. Charroux13, no possua exactamente a mesma densidade do ouro vulgar. Apresentava, no entanto, as mesmas caractersticas do metal nobre, em especial um ponto de fuso de 1000o C, o que lhe permitia resistir chama. Assim, com toda a segurana, podia-se falar em ouro, e no em tombaque a imitao que os charlates da Idade Mdia, dizendo-se alquimistas, fabricavam para os poderem enganar. Uma outra caracterstica do ouro inca era a sua textura superficial, denotando um trabalho do metal que no conhecido nos nossos dias, mas que se encontra nos objectos de ouro dos Etruscos. H portanto, em definitivo, trs factos perturbadores no que diz respeito ao ouro, que os Incas utilizavam em profuso, tal como hoje usamos os plsticos: a sua provenincia e densidade e a maneira de ser tratado. Para ns, a soluo simples: os Incas no prospectaram minas para o encontrar o metal, tal como o mtodo de trabalho, foram-lhes cedidos por uma civilizao superior que os havia precedido nos planaltos dos Andes. O ouro inca seria ento ouro alqumico. Essa civilizao estava decadente e j no tinha fora para impedir o seu desaparecimento. Que mal desconhecido a corroa? Essa raa iniciadora dos Incas foi talvez uma amostra dos fugitivos venusinos que aterraram na Amrica do Sul depois de o cataclismo ter devastado o seu planeta. Capaz de mudar de mundo, esta supercivilizao devia certamente possuir o domnio da transmutao dos metais em ouro (tal como os sbios, actualmente, esto em vias de o fazer, graas energia nuclear, mas em condies que

13 R. Charroux, Histoire Inconnue des Hommes depuis 100 000 Ans (Histria Desconhecida dos Homens desde H Cem Mil Anos).

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A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?no so ren- dveis economicamente falando). Os Venusinos deram este ouro aos indgenas ento presentes (os antepassados dos Incas), do mesmo modo que os exploradores brancos conseguiram as boas graas dos indgenas negros da frica distribuindo bugigangas. Isto explica que os povos pr-colombianos no dem qualquer valor pecunirio aos metais preciosos, mas vejam neles um presente dos deuses 14. H um facto em que queremos insistir, pois d um novo apoio nossa teoria. Se os pr-incas do antigo Peru e os ndios

14 Paul Kelmen, UArt Prcolombien hors du Mexique, Payot.

NALTOS ANDINOS, LOCAL DE ATERRAGEM

Certos espritos, com determinada inclinao para o fantstico, no hesitam em ver em Vnus a ptria dos gigantes de que nos fala a Bblia. Os Israelitas, na realidade, encontraram uma raa desconhecida aquando da conquista do pas de Cana. Nos Nmeros (13-15) pode ler-se: No podemos marchar contra este povo, pois mais forte que ns. Todos os que at agora temos visto so homens de alta estatura. Tambm vimos gigantes (os filhos de Anaq, descendentes de gigantes). Ns parecemos gafanhotos, e deve ser como eles nos julgam. de reparar que todas as tradies do Globo mencionam uma raa de colossos: Tits, Hecatonquiros... A Gnese dos Maias fixa no ano 5206 do seu calendrio o tlaltonatiu, ou idade dos gigantes. Citemos, a propsito, o mito de Hunahpu e de Xbalanqu: Um tit, Vukub Kaxix, teve dois filhos. um formidvel gigante que se ergue. O globo dos seus olhos de metal (!) cintilante e esmeralda, o esmalte dos seus dentes brilha como o cu, o nariz resplandece como a Lua, e o lugar onde se senta de metal precioso. 1 Mas quem so estes seres que parece virem doutros stios? Seres que, depois do desastre do seu mundo, puderam, em pequeno nmero, fugir e vir estabelecer-se na Terra, erigir as esttuas da ilha de Pscoa, os templos pr-incas da cor

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?dilheira dos Andes e gravar o calendrio venusino de duzentos e vinte e cinco dias da Puerta dei Sol de Tiahuanaco, na Bolvia. Uma vez na Terra, os fugitivos teriam tentado auxiliar outros sinistrados a alcanar o nosso planeta. O que d lugar a um desembarque em dois tempos ou mais. Porque no? Num planalto rido dos Andes, em terra nua, nada se v e, no entanto, apercebemo-nos recentemente, sobrevoando esta regio, que possvel distinguir linhas cada vez mais ntidas medida que se sobe na montanha; finalmente, a uma altitude bastante elevada, v-se nitiaamente um desenho representando uma espcie de aranha que se encontra em numerosos barros pr-incas. Num outro planalto, avista-se, tambm de avio, um mapa do cu em duas dimenses. Em especial, reconhece-se a nuvem de Magalhes, conjunto de estrelas s visvel no hemisfrio sul. Os sbios procuram actualmente determinar, com auxlio de computadores, a data em que o cu, visto deste planalto, se apresentava com esta configurao. V-se que em terra foram anteriormente criados pontos de aterragem para naves espaciais, e os alinhamentos de Car- nac, na Bretanha, no so talvez estranhos a este fenmeno. Seja de que maneira for, outros indcios levamnos mesma concluso: so monumentos edifiados no tempo em que o homem era positivamente incapaz de o fazer. OS MONUMENTOS GIGANTESCOS Se se fizer a lista dos monumentos terrestres construdos h quatro ou cinco mil anos, verifica-se logo que precisamente a poca em que foram construdos os maiores monumentos do Globo; entre outros, as esttuas

da ilha de Pscoa, as pirmides do Egipto, o templo de Balbeque, Zimbabw, etc. Cada uma destas construes comporta blocos de pedra

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?de vrias dezenas de toneladas, os quais impossvel explicar de maneira plausvel por que prodgio foram erigidos. Os edifcios so inumanos no verdadeiro sentido do termo, quer dizer, os homens no tiveram a possibilidade de os construir. Porm, ainda sob este aspecto, h que fazer uma restrio (sempre a mesma): o que precede s vlido se se admitir a teoria clssica da Pr-Histria sem qualquer interveno exterior. Considerando as descobertas arqueologicas, o homem de h cinco mil anos no conhecia qualquer tcnica de construo racional anloga aos nossos mtodos modernos, e estes seriam insuficientes em certos casos, como, por exemplo, o das pirmides. Encontraram-se no Sul da actual Colmbia esttuas gigantescas de natureza nitidamente extraterrestre e muito antigas. Melhor ainda: no incio do sculo, exploradores intrpidos descobriram as provas indiscutveis de uma civilizao misteriosa, cujos venerveis vestgios ainda so visveis. Facto extraordinrio: as runas indicam uma civilizao muito avanada, que parece nunca haver tido outra noo das propores seno aquela a que estamos habituados. E isto no meio de desertos de areia, em plena sia. O campo das hipteses encontra-se mais uma vez aberto. No Tibete, nas montanhas, existe uma muralha gigantesca que ainda no desapareceu, prolongando-se a partir do curso do rio Quanqu, no sop dos montes Caracrum. Esta construo testemunha uma civilizao muito avanada que ali deve ter existido h milhares de anos. Quando se pergunta aos habitantes destas regies se conhecem alguma coisa sobre a sua origem, respondem evasivamente, afirmando que no sabem donde vieram os seus pais, mas que ouviram dizer que os primeiros homens destas localidades tinham sido governados pelos grandes gnios dos desertos K Nestas regies, os nativos ainda encontram, com

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?frequncia, vasos de ouro, moedas de prata e at peas de vidro colorido. Caixes de madeira envernizados com um material inaltervel foram encontrados tambm, tendo no interior mmias embalsamadas que repousam no seu ltimo sono desde h milnios. Entre estas mmias, vrias correspondem a homens de estatura muito alta, de compleio forte, com cabelos longos e ondulados. Que pensar de todas estas provas? Que concluir? Temos de chegar concluso que uma raa de gigantes viveu no nosso mundo num passado longnquo. Devemos recordar aqui a lenda dos antigos Atlantes, que pretende que seres fabulosamente grandes e dotados de maravilhosos poderes habitaram no nosso planeta. Como tudo isto se completa! E ns no somos os nicos a encarar um tal processo. Agrest, o clebre fsico russo, v em Balbeque as runas de um cosmdromo extraterrestre. Uma lenda vinda directamente dos confins da Monglia refere-se a uma imensa quantidade de documentos (espcie de biblioteca exumada das areias e venervel relquia do antigo saber mgico) que os habitantes do local tiveram durante muito tempo na sua posse. Seriam os livros que Henoch, segundo as Escrituras, escreveu no cu, quando Deus, tendo-o levado consigo, quis inici-lo nos grandes segredos? Deus disse a Henoch: Entrega a teus filhos os livros escritos pela tua mo e eles l-los-o e conhecer-me-o a mim, o criador de todas as coisas. Parece estender-se sobre estas verdades um vu que os que possuam a chave dos smbolos no queriam levantar, pela razo de a luz demasiado brilhante do conhecimento supremo no ser boa para ser pro- jectada num mundo que ainda no estava preparado para estes sublimes ensinamentos. O homem da Terra era para os deuses o que o Papua da Nova Guin para o Ocidental de hoje. Uma doutrina secreta, mantida com grande cuidado selada nos santurios, esotrica na origem, depois exotrica, religio universal, verdade essencial, me de

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?todas as cincias, conseguiu resistir prova do tempo. A alquimia pode muito bem ter sido um dos ramos dessa vasta omniscincia. OS OLMECAS A origem dos Olmecas constitui tambm um enigma, e no dos menores. A sua lngua, a sua cultura e a sua arte eram muito particulares e distinguiam-se das de todos os povos que ocupavam outras regies do antigo Mxico. A sua civilizao foi florescente muito antes da era crist e foi fonte de tradies artsticas dos Zapotecas, dos Totonacas e dos Maias, que iriam segui-los j na nossa era. A origem desta civilizao, que deve ter construdo cidades de vrios milhares de habitantes, no deixa de fazer lembrar as velhas civilizaes pr-incas de Chavin, que se desenvolveram nos grandes planaltos do Peru. Donde vinham os Olmecas? Ningum pode responder a esta pergunta, a no ser pela lenda que pretende que vieram de um local misterioso designado pelo nome de Tullan. Parece que esta raa foi infatigvel. Foi ela que cuidou da cultura do pas, introduzindo o milho e o algodo, e a primeira a erguer cidades e a estabelecer meios de comunicao. Entre outras artes teis, sabia fundir metais, talhar e polir as pedras mais duras, cozer barro e tecer vrios tecidos. Interessava-se particularmente por literatura e, em geral, por obras do esprito. Alexandre de Humboldt diz que a forma de governo dos Olmecas e a sua organizao levam a pensar que descendiam de um povo que j tinha passado por grandes vicissitudes no seu estado social. O desaparecimento deste imprio to misterioso como o do imprio dos Maias, mais prximo de ns. Esta regio do mundo parece sujeita a um fenmeno cclico, que episodicamente expulsa as populaes. a fome? A peste? Uma guerra infeliz entre vizinhos ferozes? Que calamidade

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?levava estes povos a abandonar estes locais hospitaleiros? bastante significativo notar que a civilizao olmeca apresenta caractersticas tais que no absurdo avanar a hiptese venusina. Com efeito, numa parte do territrio olmeca, o de Venta, descobriram-se, em 1939 esttuas representando gigantescas cabeas com elmos. Mais ainda: os Olmecas foram, sem dvida, os primeiros que no antigo Mxico estabeleceram mapas astronmicos precisos. de notar que dividiam o tempo em ciclos de sessenta anos, isto , aproximadamente um sculo dos Venusinos. Os Olmecas construram tambm a maior pirmide da Amrica (Cholula), pirmide que, embora diferente das do Egipto, no deixa de apresentar certo parentesco com estas. Este edifcio servia de suporte ao santurio do deus dos Ares, Quetzalcoatl,e a sua base quase o dobro da da pirmide de Quops, junto ao Nilo. orientada e dividida em andares com terraos sucessivos, dominando tudo que a cerca. Uma outra pirmide, tolteca, a de Papantla, notvel no pela sua grandeza, mas pelo cuidado da construo. inteiramente composta por enormes pedras de prfiro, regularmente talhadas e cuja superfcie foi polida. Ainda no domnio dos factos, no longe de Cholula encontra-se Tula, capital dos Tol- tecas, que, muito embora s conhecessem o seu apogeu por volta de 800 depois de Cristo, sofreram influncias dos Olmecas. Ora, em Tula, o templo de Quetzalcoatl, deus tutelar dos Toltecas, construdo com imponentes blocos; especialmente a entrada do templo constituda por quatro blocos que representam a estrela da manh (Vnus), smbolo do deus Quetzalcoatl K Todos os argumentos que acumulmos durante este captulo vm em abono da nossa convico no que diz respeito visita dos extraterrestres ao nosso planeta, h, pelo menos, cinco milnios. Essas criaturas vindas de um ponto do cu que no sabemos precisar seriam responsveis por esta imensidade de monumentos gigantescos, que, certamente,

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?no podem ser obra dos homens da poca. A AGONIA DOS VENUSINOS Se se adoptar a tese que faz vir de Vnus esses deuses da mitologia, esses gigantes da Bblia, a sua estatura pode ser justificada cientificamente, tendo em conta o que sabemos hoje do planeta irmo. Na Terra, no h necessidade de inqurito para verificar que o tamanho mdio dos homens aumenta cada vez mais. Em Frana, desde h dez anos, a craveira que mede os soldados-recru tas formal sob este aspecto. A populao actual compreende um nmero impressionante de indivduos cujo tamanho superior mdia do dos avs. Mas a que se deve isso? Sabemos que a atmosfera venusina contm uma grande proporo de gs carbnico. Ora, investigaes modernas provam que a estatura humana cresce proporcionalmente na quantidade de C02 (smbolo do gs carbnico), que aumenta no ar de uma maneira espantosa de gerao para gerao. A industrializao responsvel por esta taxa mais alta que a normal. Verte anualmente milhares de toneladas de C02. E como o homem se empenha em destruir as florestas dos continentes, a fotossntese operada pelas plantas revela-se insuficiente para restabelecer o equilbrio. Numa outra ordem de ideias, tentmos precisar a aco da gravidade em Vnus e verificmos que o valor dessa gravidade estava ainda sujeito a controvrsia. Seja de que maneira for, esta gravidade superior do nosso globo. Produziu-se uma espcie de diminuio de intensidade dos Venusinos recm-desembarcados na Terra e uma conseqncia lgica foi o crescimento da sua estatura. J nos voos siderais a que temos assistido, se afirma um facto: o ritmo bioiogico em referncia gravidade multiplica-se de modo notrio. Os

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?Venusinos no puderam escapar a este fenmeno. Uma terceira aeia merece ser mencionada brevemente. mais que provvel que a raa de gigantes tenha desaparecido bastante depressa; possivelmente porque os Venusinos no puderam reproduzir-se na Terra. Portanto, a sua longevidade no devia ser da mesma ordem de grandeza da nossa, o que pde passar durante muito tempo por uma certa imortalidade. Esta observao deve ser posta em paralelo com as tradies que pretendem que os Atlantes (talvez Venusinos) no se reproduziam e eram imortais. Os Venusinos talvez fossem os Atlantes das tradies. No entanto, a sua vida foi bastante longa para originar uma civilizao na Terra e iniciar os Terrestres na sua cincia e nos seus conhecimentos. A troca da mensagem depressa se revelaria um fiasco, pois, sendo os habitantes da Terra pouco evoludos, s fixaram o que impressionou a sua imaginao. Pela primeira vez, possivelmente, a estupidez humana deixava escapar um destino que teria podido tornar-se grandioso. Desde estes tempos recuados, ela se esfora por recomear, provocando guerras, brincando com o fogo atmico, combatendo a liberdade sob qualquer forma... No contentes por no poderem receber a mensagem, os homens chamaram deuses aos que queriam transmitir- -lhes o seu saber. Perderam o principal, para s conservar alguns rudimentos fceis de aplicar, que lhes iam permitir, apesar de tudo, subir com dificuldade os degraus da sua evoluo. No devemos deixar de afirmar que os principais centros de civilizao na Terra se desenvolveram a mais de trs mil metros de altitude, onde a concentrao de oxignio era fraca: Andes, planaltos mexicanos, Tibete. Os extraterrestres, procurando uma atmosfera rarefeita, porque a taxa normal de oxignio os indispunha e, mais ainda, sofrendo uma diminuio considervel de gravidade, encontravam-se um pouco na situao dos povos encostados aos flancos do Anapurna, cujas faculdades

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?reprodutoras so to limitadas que rara

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mente contam mais de dois filhos por famlia, nmero nitidamente aqum da mdia. claro que o desenvolvimento precedente no passa de uma hiptese fundada sobre a composio actual da atmosfera de Vnus. Mas no se deve esquecer que as condies no eram de modo nenhum as mesmas antes do cataclismo e que, em particular, as diferentes camadas da atmosfera foram mais ou menos misturadas. Para mais, com a elevao da temperatura, o oxignio, relativamente leve, deixou as camadas baixas do ar venusino e, por fim, conforme a teoria cintica dos gases, a presso elevou-se proporcionalmente ao aumento da temperatura. Os vestgios no assimilados da ((mensagem dos Venusinos seguiram uma rota desconhecida, e encontraramse no ocultismo, na magia e na alquimia disciplinas que ficam frequentemente associadas no esprito do profano. HERMES TRISMEGISTO Todos os alquimistas do Ocidente concordam em ver em Hermes Trismegisto o inventor de todas as artes teis e em particular o que revelou a ((arte sagrada aos sacerdotes do antigo Egipto. Estes sacerdotes iniciados trabalhavam no maior mistrio, em salas reservadas dos templos do vale do Nilo, em especial em Tebas e em Mnfis. Hermes Trismegisto era venerado como um deus, e, facto estranho, o seu nome significa trs vezes grande, o que nos leva a supor que este ((deus no era seno um tcnico de uma civilizao extraterrestre, um gigante entre todos os outros de que fala a tradio. Os gigantes, depois de terem ajudado os Egpcios a construir as suas pirmides, seguindo normas e orientaes que nos ultrapassam 15, iniciaram alguns homens na sua cincia15 Por exemplo, descobriu-se que o principal corredor da grande pirmide de Giz orientado, cora inacreditvel preciso, na direco da estrela chamada Alfa do Drago.

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e na sua filosofia. Hermes Trismegisto teria sido o grande iniciador dos sacerdotes do antigo Egipto, que, por sua vez, iriam transmitir os segredos aprendidos longa srie dos grandes adeptos gregos, rabes e europeus. Quando morreu, o deus Hermes foi mumificado segundo uma tcnica que se encontra no s no Egipto mas tambm no Peru, no Mxico e na China Oriental.O seu corpo, seguidamente, teria sido colocado na mais profunda cmara da stima pirmide, a dedicada ao planeta radioso (Vnus), e de que hoje s existe um monto de pedras. As seis pirmides restantes, trs grandes na margem esquerda do Nilo e trs colocadas num eixo este-oeste, simbolizam o Sol,a Lua e quatro outros planetas. Na pirmide de Vnus, os sacerdotes celebravam ritos de um gnero extremamente particular e que deviam permitirlhes entrar em contacto com um universo totalmente diferente do que conhecemos. Estas cerimnias deram lugar a uma dupla transmutao: por um lado, a dos metais que os adeptos traziam e, por outro lado, e num outro plano, a dos prprios iniciados. As tradies hermticas afirmam tambm que no tmulo de Hermes Trismegisto se encontrava uma enorme esmeralda onde estava gravado o significado do mundo, o mistrio da sua origem e o processo que permitia realizar aquilo a que os filsofos da Idade Mdia chamaram a Grande Obra. Este texto conhecido na literatura de alquimia sob o nome de Tbua de Esmeralda. Referir-nosemos a este assunto num captulo ulterior. UMA VISO DE ZSIMO, O PANOPOLITANO Os Astecas tinham como deus Uitzilopochtli e votavam-lhe um culto fantico. Situado no cume do grande templo do Mxico, o dolo assemelhava-se a um gigante de corpo obeso. Deixemos falar Bernal Diaz, que, acompanhado por Cortez e os seus, travou conhecimento com esta divindade:

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((O rosto deste Huichilobos (Diaz deforma-lhe o nome) era muito grande, os olhos enormes e assustadores; todo o seu corpo, incluindo a cabea, estava coberto por pedras preciosas, ouro e prolas, grandes e pequenas. O corpo era cingido por enormes serpentes feitas de ouro e pedras preciosas...16

Para garantir a sua proteco, os sacerdotes dos Astecas deviam regularmente proceder a sacrifcios humanos, e estes sacrifcios eram particularmente brbaros. Retomemos as descries de Diaz: No longe, viam-se defumadoiros feitos com copai; trs coraes de ndios sacrificados nesse mesmo dia ardiam l dentro. As paredes e o cho deste oratrio estavam nessa altura banhados pelo sangue, que secava e exalava um cheiro repugnante. O templo do deus tribal era uma construo em forma de paralelogramo, com cerca de cento e oito metros de comprimento por oitenta de largura. Chegava-se ali subindo um impressionante nmero de terraos sobrepostos at altura de trinta metros. O sacerdote mantinha-se de p em frente do santurio e ostentava um gldio, como smbolo da sua autoridade. O corao e a cabea dos sacrificados eram reduzidos a cinzas no fogo sagrado, para perpetuar o xito e a abundncia do povo asteca. Os ritos realizavam-se vulgarmente ao nascer do dia. Zsimo, chamado o Panopolitano, foi um clebre alquimista do incio da era crist. No conhecia a Amrica e ainda menos os ritos do antigo Mxico. Por isso no podemos deixar de ficar de certa maneira perturbados quando lemos a viso que ele teve, e que descreve nestes termos: Vi um sacerdote de p em frente de um altar em forma de taa, para o qual se subia por vrios degraus. O sacerdote dizia: Eu sou o sacerdote do santurio e estou sob o peso da viso que me sucumbe. Ao nascer do dia veio um servo que me agarrou, me matou com um gldio, me dividiu em pedaos; depois de ter tirado a pele da16Zsimo 2327, B. N. (trad. Berthelot).

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cabea, misturou os ossos com a carne e calcinou-me no fogo, para me ensinar que o esprito nasce com o corpo.1 evidente que esta pretensa viso no passa de uma alegoria escrita por Zsimo. O significado desta alegoria surge mais claro no texto grego do manuscrito original.A disposio das palavras e o lugar das maisculas tm um papel crip- togrmico certo, mas que ainda se no procurou analisar por um mtodo cientfico rigoroso. Seja como for, julga-se poder dizer que o texto de Zsimo d o princpio da obteno do ouro potvel, isto , o elixir da longa vida. Mas ento, que significa o rito asteca, que tambm simblico? Qual a sua verdadeira origem? No procuraram os sacerdotes aplicar justamente as recomendaes dos seus antigos textos, que ainda podiam ler antes da chegada dos Espanhis, mas cujo verdadeiro sentido no compreendiam? A alegoria de Zsimo e a do sacrifcio asteca esto to prximas que se pode perguntar se no viro as duas das revelaes que os Venusinos fizeram ao homem primitivo que encontraram h cinco mil anos.

CAPTULO III 0 QUE A ALQUIMIA? UMA VERDADEIRA CINCIA tes, de trapaceiros, de moedeiros falsos ou, ainda, refgio dos iluminados. No entanto, a alquimia propriamente dita foi uma cincia verdadeira, com as suas teorias prprias, e cuja ambio era s apresentar uma explicao racional da matria e oferecer uma cosmografia universal. Infelizmente para ela, uma das finalidades da arte sagrada era conseguir a transmutao dos metais vis em ouro, e isto que explica que a cupidez dos aventureiros de toda a espcie tenha conseguido lanar o descrdito sobre a alquimia. A tal ponto que, na compilao eclesistica de Migne, est classificada entre as cincias ocultas, a par da magia e da bruxaria. Apesar de tudo, se se considerar objectivamente a lista dos verdadeiros adeptos, dos iniciados, percebe-se que esta comporta personagens muito avanadas para a sua poca e de uma erudio extraordinria. A sua cincia no pretendia fazer milagres (muito embora muitos milagres se pudessem resolver partindo da sua cincia) nem transformaes qumicas ou fsicas pela simples utilizao de uma encantao ou de uma frmula mgica. assim que Geber, clebre alquimista rabe do fim do sculo viu, no hesita nas suas obras em fazer exibio de esprito crtico. As suas descries dos metais so abordadas de uma maneira muito semelhante dos nossos livros modernos de qumica, e se, por outro lado, as suas teorias da sua estrutura divergem das admitidas actualmente, no so absurdas, como tende a prov-lo a actual orientao da qumica, que mais adiante discutiremos. Geber , alm do

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m geral,a alquimia passa por ter sido obra de charla-

A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE?

mais, sincero e ntegro; reconhece que, no momento em que escreve os seus tratados, no iniciado e que, no fundo, no passa de um investigador isolado. Junta e expe os obstculos que se erguem perante a alquimia e impedem o seu xito, mas enuncia tambm os argumentos que provam a verdade da ((arte sagrada. Para ele no possvel a dvida; a alquimia deve, entre outras coisas, permitir transmutar o ouro e obter a panaceia universal, ou elixir da longa vida. Deve igualmente permitir ao iniciado transmutarse e atingir a felicidade perfeita. Para isso, multiplica as experincias e as investigaes sobre o passado, sobre os autores antigos, pois est persuadido de que a arte sagrada foi bem viva e que os antepassados longnquos conheciam o seu segredo. Cr que os iniciados, formando uma cadeia, transmitiram entre si o segredo at sua poca, e vai esforar-se por prosseguir os seus trabalhos a fim de descobrir o meio de reencontrar um verdadeiro adepto que lhe d ocasio de confrontar e aprofundar os resultados. Trabalhos posteriores Summa Perfectionis Magisterii in Sua Natura indicam que Geber conseguiu finalmente realizar a Grande Obra. No entanto, os seus manuscritos tornam-se cada vez mais obscuros para o no iniciado e, se encorajam a busca do segredo, recusam-se a revel-lo seja a quem for. Alm disso, os manuscritos de Geber abarcam um perodo de mais de duzentos anos, o que no exclui a possibilidade de que outros autores tenham utilizado o seu nome para dar mais peso aos seus escritos a menos que Geber tenha vivido mais de dois sculos. E esta avanada idade no aberrante

se se admitir que Geber tenha encontrado o elixir da longa vida no fim da sua paciente busca da pedra filosofal. Hiptese fantstica, verdade, mas a cincia humana A ALQUIMIA SUPERCI?NCIA EXTRATERRESTRE? actualmente apercebe j a poca em que os gerontlogos conseguiro prolongar a vida at duzentos ou trezentos anos. Tornou-