27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
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El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil
Ismar de Oliveira Soares
El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil Neste início de século, instaurou-se no Brasil a discussão acerca
da classificação indicativa, por faixa etária, de programas televisivos destinados a crianças e jovens. A discussão deste tema é a faceta mais aparente de uma questão maior, ligada ao direito de expressão e acesso a produtos da mídia por parte de crianças e adolescentes.
A discussão é travada, curiosamente, mais nos âmbitos daJustiça e da Cultura do que, propriamente, da Educação – ainda permanecendo o conceito deque os maiores responsáveis peloacesso das crianças aosprodutos da mídia são os pais.
El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil
Neste cenário, a proposta educomunicativa busca estimular a intervenção cultural a partir de uma perspectiva que interesse, principalmente, ao próprio grupo com a qual interage.
Produtos midiáticos como a telenovela, que faz parte da vida dos alunos e suscitam importantes discussões sobre temas polêmicos nos grupos e na família, ainda são ignorados – quando não considerados nocivos – como instrumento de trabalho em sala de aula pelos professores.
A atriz mirim Clara Castanho, cujo papel causou polêmicana atual telenovela do horário nobre da Rede Globo, Viver a Vida.
El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil Do ponto de vista da educação, podem-se observar três vertentes
distintas de pensamento que agrupam os educadores: a vertente moralista (focada ainda nos efeitos dos meios sobre a audiência), a vertente culturalista (influenciada pela semiótica e pela sociologia clínica) e a vertente dialética ou educomunicativa (“leitura crítica” em busca de uma comunicação democrática e horizontal).
A teoria das mediações culturais ajuda a formularalgumas questões fundamentais: ao invés de “Qual o impacto dos meios sobre os receptores?”,pergunta-se “Como colaborar para que os receptores se transformem em agentes culturais autônomos em frente à tela?”
Relatório “A Mídia dos Jovens”, publicado pela ANDI em 2005.
El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil Pesquisas realizadas pela ANDI mostram a dificuldade dos
programas televisivos em mostrar a diversidade social, étnica e cultural da juventude brasileira. Por outro lado, registram aumento do número de coberturas jornalísticas destinadas à adolescência e destacam a importância do conceito de Educomunicação, mostrando um imenso campo a ser explorado no Brasil.
O conceito educomunicativo prevê não só a aproximação com os jovens, mas o direito de construírem sua própria comunicação. Durante a Cúpula “Media for Children” (2004) adolescentes reafirmaram seu “direitoà tela”, considerando como meios de qualidade somente aqueles feitos por eles mesmos ou feitos por adultos em colaboração com eles.
El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil A educação para os meios só é eficaz quando se oferece aos educandos
condições para que utilizem, eles mesmos, a linguagem e os recursos técnicos de produção midiática – possibilitando o desenvolvimento de parâmetros de julgamento da comunicação e, especialmente, da comunicação de massa.
Nesse sentido, a educação relativa à TV deve ser precedida por conceitos de educação para a comunicação de forma geral – o que vai ao encontro do conceito de Educomunicação defendido peloNCE/USP (gestão democrática dos processoscomunicacionais nos espaços educativos). Aos poucos, a reflexão começa a chegar também ao sistema midiático, abrindo espaço para experiências educomunicativas.