2014 textos sobre logística

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  • 8/11/2019 2014 Textos Sobre Logstica

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    Malha ferroviria produtiva do

    Brasil a mesma do ImprioVALRIA FRANA - ESPECIAL PARA O ESTADO06 Agosto 2014 | 13h 41

    Modernizar e expandir ferrovias o caminho para logstica mais eficiente e para produtoscompetitivos no mercado mundial

    SO PAULO - Investimentos vultuosos e execuo de longo prazo so dois motivos que costumamdesanimar os governantes em apostar na ampliao da malha ferroviria brasileira. Gasta-se muito com umprojeto que pode ser inaugurado na gesto do poltico adversrio. Logstica investimento de futuro, e oBrasil precisa melhorar sua malha para ser competitivo mundialmente, diz Rodrigo Vilaa, vice-presidentede relaes institucionais da Associao Brasileira de Logstica (Abralog).

    Dos 27.782 km da malha ferroviria nacional, um tero produtivo, transportando minrio. Os demaistrechos so subutilizados. No Imprio, a linha frrea tinha um tero da extenso atual, mas sua ocupaoera equivalente. O setor cresceu pouco se comparado com a malha ferroviria americana, que dez vezes

    maior. A eficincia s vir com 52 mil km de ferrovias interligadas a portos, rodovias e hidrovias, dizVilaa.

    Atrair investimentos externos um dos grandes desafios do governo federal para ampliar a malhaferroviria, conseguir fretes mais baratos e ainda melhorar a logstica. Para se ter uma ideia, o custo deconstruo de apenas um quilmetro de ferrovia de U$ 1,5 milho. Sem contar as pontes e viadutos, quemuitas vezes so necessrios, diz Gustavo Bambini, presidente da Associao Nacional de TransporteFerrovirio (ANTF). O preo mdio para a construo de um quilmetro de rodovia de U$ 200 mil. Ouseja, o valor final de uma ferrovia sai sete vezes mais caro que o de uma rodovia.

    A construo de ferrovias tambm leva mais tempo. Em seis meses, abre-se 500 quilmetros de estrada deterra. A mesma extenso de uma ferrovia levaria cinco anos. Hoje a malha ferroviria 50 vezes menor quea rodoviria.

    No ano passado, os investimentos pblicos e privados aplicados em estradas somaram R$ 11,92 bilhes, eem ferrovias, R$ 7,30 bilhes. O mercado fica mais inseguro em apostar em projetos de longo prazo, comouma linha frrea, diz Roberto Fantoni, diretor de pesquisa da consultoria McKinsey, preciso acenarpara os investidores com garantias de lucratividade e de que as regras no vo mudar ao longo dos anos.

    Avano. Em 2012, o governo federal lanou o Plano de Investimentos em Logstica (PIL), que prev asinergia entre todos os modais de transporte. O governo estabeleceu como meta a construo ou melhoria

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    de 11 mil km de estradas de ferro. Para isso seriam necessrios R$ 99,6 bilhes. Menos de um tero dessasobras foram feitas at agora. E para atrair mais investidores, tambm contemplou um novo modelo deconcesso (por 35 anos) e estabeleceu novos papis. A Valec, empresa que antes cuidava da construo e daoperao, agora passa a monitorar o trfego de linhas frreas, num sistema parecido como das aerovias,onde so vendidas horas de voos s companhias.

    O Instituto de Pesquisas e Estudos Avanados (Ipea), que analisou o sistema ferrovirio a partir de 1997,quando houve a privatizao de ferrovias, apontou falhas no novo modelo, como no estimular um maiornvel de investimentos, no propiciar melhor utilizao da malha ferroviria em toda a sua extenso e nopermitir maior concorrncia entre as concessionrias. H realmente problemas no modelo, mas que estosendo discutidos, diz Vilaa. Desde que o governo apresentou um novo plano, as concessionrias, osinvestidores, agncias passaram a dialogar. Isso uma esperana de chegar a um modelo atraente paratodos.

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,malha-ferroviaria-produtiva-do-brasil-e-a-mesma-do-imperio,1539689

    Intermodalidade cortaria em 50% valor do fretePublicado Sexta-Feira, 11 de Julho de 2014, s 08:46

    O primeiro passo para a intermodalidade, segundo empresrios e especialistas, se daria com aampliao da malha ferroviria, que hoje ainda pequena no Pas.

    Segundo consultor em logstica e diretor da Trading Best Company, Roberto Jerer Fialkovits, a

    expanso da malha ferroviria resolveria um problema crasso da realidade brasileira. "Hoje, um terodo PIB brasileiro proveniente do agronegcio, no entanto, h perdas enormes em todo processo detransporte do gro. Desde dentro do armazm, espera de transporte, at no processo rodovirio eporturio", diz ele ao DCI.

    Na viso do executivo, o chamado custo Brasil interfere diretamente nos planos de expanso dasempresas brasileiras, somada ao grande risco que o governo ainda repassa. "Antes dos incentivos paraesse setor, preciso que o governo passe credibilidade. O risco Valec apenas um dos pontos queintimida o investimento."

    O planejamento de uma logstica integrada, para Fialkovits, aparece tambm como de extremaimportncia. "No basta o dinheiro, preciso planejar. O governo e a iniciativa privada precisam entrarem acordos e buscar solues enxutas. Todos os pases que possuem intermodalidade tem operaes

    concisas, com menor custo".Operao ferroviria

    No final da dcada de 1990, uma onda de privatizaes levou iniciativa privada cerca de 26 milquilmetros de malha ferroviria. Segundo dados da Associao Nacional dos TransportesFerrovirios, deste montante, 22,8 mil km esto em operao e 5,5 mil subutilizado ou no utilizado."A mdia de operao boa, o problema que o Brasil precisaria dobrar a malha para comear a sercompetitivo", afirmou o presidente da transportadora de gros Transpoint, Carlos Brando.

    Para o executivo, com uma malha ferroviria adequada, sob os padres apontados pelo governo,resultaria em reduo de 50% o valor do frete cobrado.

    "De acordo com o Programa de Investimento em Logstica, anunciado pelo governo federal em 2012, asferrovias seriam concedidas iniciativa privada, que construiriam a malha e devolveriam Valec, querevenderia os espaos nos vages para transportadores. Nesse cenrio, nosso custo cairia pela metade,j que atravessamos o Brasil via rodovias", explicou ainda o executivo ao DCI.

    As chances de que esse programa se consolide, para Brando, so muito baixas. "O governo noconseguiu convencer os empresrios a investirem. O mundo vive em crise, o momento no bom e ogoverno no repassa segurana", detalhou.

    Como faz?

    Um levantamento feito pelo Instituto de Logstica e Supply Chain (Ilos) endossa a opinio de Brando.Segundo o estudo, o transporte no Brasil apoiado na malha rodoviria (62% de uso), seguida daferroviria (24,1%), aquaviria (14%). "Em um pas de extenso parecido com o Brasil, como osEstados Unidos, o transporte ferrovirio responde por 43% do mercado, seguido por rodovias [32%], e

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    aquavirios [25%]", diz Rubens Feitosa, professor de engenharia civil com nfase em logstica daUniversidade Federal do Rio de Janeiro.

    O professor, que tem sua tese de doutorado apoiada nas relaes do transporte entre pases comoBrasil, Estados Unidos e Rssia, apontou ainda que a explicao para o ramo logstico no deslancharno Pas a malha restrita. "O PIB logstico soma, por ano, entre R$ 500 e R$ 650 bilhes e ainda sim,nos Estados Unidos e na Rssia a logstica 25% e 30% mais barata."

    Alm das ferrovias, o aporte em hidrovias e melhores condies de mobilidade dentro dos portostambm aparecem como essencial. "A costa brasileira poderia ser muito mais bem utilizada, noentanto, a cabotagem ainda engatinha no Pas", disse Feitosa.

    Fonte: Paula Cristina, do DCI

    http://www.cenariomt.com.br/noticia/371357/intermodalidade-cortaria-em-50percent-valor-do-frete.html

    Em 5 anos, rodovias 'ganham' 12 empresas

    de logstica na regio de RibeiroISABELA PALHARES - DE RIBEIRO PRETO20/04/2014 01h04

    O nmero de empresas de transporte e logstica instaladas s margens das rodovias Anhanguera e

    Washington Lus, na regio de Ribeiro Preto (313 km de So Paulo), mais do que dobrou nos ltimoscinco anos.

    O crescimento refora a vocao das vias como importantes corredores logsticos.

    At 2010, eram dez transportadoras s margens dessas rodovias. Hoje, j so 22, de acordo com dadosda Jucesp (Junta Comercial do Estado de So Paulo).

    Alm disso, no seu entorno, existem 160 transportadoras instaladas.

    Tayguara Helou, vice-presidente do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de SoPaulo), disse que a tendncia de que as rodovias da regio sejam escolhidas por mais empresas nos

    prximos anos.

    O grande atrativo da Anhanguera e daWashington Lus na regio, segundo Helou, que o mercado imobilirio ainda no estto aquecido como em outras rodovias eregies prximas a So Paulo e Campinas(93 km de So Paulo).

    Os preos imobilirios mais baixos tambmatraram empresas de outros setores, o que

    favorece o mercado para as transportadoras.

    A regio de Ribeiro Preto tem 556empresas no entorno da Anhanguera e 265no da Washington Lus, segundo dados daJucesp.

    Edson Silva/Folhapress

    Caminhes trafegam na rodovia Anhanguera, em trecho de RibeiroPreto, com empresa de logstica s margens da via

    "So duas rodovias muito bem localizadas geograficamente, porque ligam os grandes centroscomerciais de So Paulo a Minas Gerais, mas ainda no esto com o mercado imobilirio to aquecidoe acelerado", disse Helou.

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    Proprietrio de uma transportadora s margens da Anhanguera h quatro anos, Reinaldo Ferreiradisse que a concorrncia aumentou desde que comeou a trabalhar na rea. Ele, porm, considerapositivo o crescimento.

    "Aqui na regio tem muito trabalho, porque so muitas empresas", afirmou. "Quanto mais caminhescirculando, maior a cobrana para uma estrutura melhor para os caminhoneiros."

    Apenas nas trs maiores cidades da regio, cortadas por essas duas rodovias, a frota de caminhes de37,2 mil.

    PREJUZO

    Para o professor de logstica da UFSCar (Universidade Federal de So Carlos), Arquimedes Raia, oaumento de transportadoras e o consequente aumento na frota de caminhes, traz prejuzo para osmotoristas.

    "Quanto mais caminhes nas estradas, menor a velocidade mdia que os veculos conseguemalcanar", afirmou Raia. "Alm do que, eles trazem maior insegurana com relao a acidentes."

    Tayguara Helou disse que os principais problemas para as transportadoras o alto preo dos pedgiose o crescente nmero de roubos de cargas nas duas rodovias.

    "A infraestrutura rodoviria no Brasil muito ruim, no Estado de So Paulo ela foge regra", afirmouHelou.

    http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2014/04/1442944-em-5-anos-rodovias-ganham-12-empresas-de-logistica-na-regiao-de-ribeirao.shtml

    Geral - 12/06/2014 - 10:48

    Portos e hidrovias da Europa so exemplos parainfraestrutura brasileiraA infraestrutura de transporte por hidrovias, canais e portos da Europa, desenvolvida desde o sculo XIX,

    considerada a melhor do mundo e um bom exemplo para Mato Grosso e o Brasil. Foi o que constatouo diretor de Relaes Institucionais da Federao da Agricultura e Pecuria de Mato Grosso (Famato),Rogrio Romanini, que participou da Misso Tcnica do Movimento Pr-Logstica, realizada na ltimasemana de maio e que passou por Holanda, Alemanha e Blgica, visitando modais como o Porto deRotterdam (Holanda), o Porto de Hamburgo (Alemanha), canais e eclusas na Blgica.

    O Porto de Rotterdam foi construdo no sculo XIX. o maior da Europa e at 2004 foi considerado omais movimentado do mundo, quando foi ultrapassado pelos portos de Singapura e Xangai, na China.Localizado no rio Nieuwe Maas, forma um delta com o Rio Reno quando desagua no Mar do Norte,levando diretamente ao centro do continente europeu. Cerca de 300 milhes de toneladas de mercadoriasso transportadas por ali anualmente. Rotterdam faz parte de 500 linhas de trfego de navios, que seconectam com cerca de outros mil portos ao redor do mundo. A ttulo de comparao, o Porto de Santos,maior do Brasil, foi responsvel por 48% do escoamento da produo de gros de Mato Grosso neste ano

    at abril, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuria (Imea). Este porto foi inauguradoem 1892 e em 2013 cerca de 114 milhes de toneladas de produtos foram embarcados por l.

    "O que notamos que estamos muitos anos atrs dos europeus. Com uma engenharia eficiente, elesconseguiram realizar grandes obras de infraestrutura que ligam todo o continente de forma gil. Algumas,como o Porto de Rotterdam, datam do sculo XIX. No Brasil as obras necessrias so ainda mais fceisde ser realizadas, pois temos inmeros rios navegveis, onde a construo de hidrovias pode ser feita,diferentemente da Europa. O que nos falta planejamento e vontade de fazer", opina o diretor deRelaes Institucionais da Famato, Rogrio Romanini.

    Atualmente, existem estudos para viabilizar oito hidrovias nas bacias brasileiras. Em Mato Grosso, osprojetos so a hidrovia Teles Pires-Tapajs, Arinos-Juruena-Tapajs, Tocantins-Araguaia e a Paraguai-Paran. Somente a hidrovia Juruena, via Juara, chegando at a Vila do Conde, no Par, por exemplo, ir

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    contribuir com uma economia anual de R$ 3,36 bilhes para Mato Grosso, segundo dados do estudoCentro-Oeste Competitivo, divulgado em dezembro pela Fundao Getlio Vargas (FGV).

    Eclusas- Na Blgica, o grupo visitou a Eclusa de Berendrecht, a maior do mundo e que d acesso sdocas da margem direita do Porto de Anturpia e foi construda logo aps o trmino da 2 Guerra Mundial.A equipe tambm esteve no elevador de barcos Strpy-Thieu, localizado no Canal do Centro, tambm naBlgica. A construo comeou e 1982 e terminou em 2002. J a Holanda tem a maior rede de viasnavegveis da Europa. So cerca de seis mil km de rios e canais, que conseguem atingir praticamentetodos os pontos do pas. As eclusas mais movimentadas chegam a ter um trfego de 50 mil embarcaesao ano.

    "O que vimos l s reforou o que h tempos discutimos em Mato Grosso. As eclusas soimportantssimas para facilitar o transporte de gros via hidrovias. Nesta semana, a Cmara de Deputadosaprovou o substitutivo ao Projeto de Lei (PL 5.335/2009) que obriga a construo simultnea de eclusasjunto s barragens de usinas hidreltricas. Este um ponto que estamos cobrando h algum tempo e queir viabilizar a navegabilidade pelos rios", comenta Romanini.

    Alm do diretor de Relaes Institucionais da Famato, Rogrio Romanini, tambm participaram da MissoLogstica Europa membros da diretoria e delegados da Aprosoja-MT, o deputado federal pelo Paran,Eduardo Sciarra, o coordenador de transportes aquavirios do Dnit-GO, Carlos Motta, representantes daCargill e empresrios do setor de logstica.Fonte: Da Redao (MC)

    http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=264340&ed=Geral&cat=Not%C3%ADcias

    Panorama geral do transporte hidrovirio no BrasilDanilo Dantas, 2 de abril de 2014

    Um dos modais mais importantes para a indstria e para a logstica no Brasil o transporte martimo, que aindano tem todo o seu potencial devidamente utilizado pela extenso litornea de 9.198 km, sua importncia estdiretamente ligada a intermodalidade, gerao de novos empregos, ao aumento na movimentao de cargas no

    pas e ao fortalecimento do setor de logstica no mercado nacional.

    O transporte hidrovirio no Brasil realizado nas modalidades fluvial e martima, consiste no transporte demercadorias e de passageiros por barcos, navios ou balsas. Pelos mares e rios.O transporte martimo responde por quase 75% do comrcio internacional do Brasil e o fluvial o maiseconmico e limpo, no entanto o menos utilizado no pas, h regies entretanto, que dependem quase queexclusivamente desta modalidade, como o caso da Amaznia, onde as distncias so grandes e as estradas ouferrovias inexistem.

    Muitos rios do Brasil so de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam anavegao, o caso dos rios Tiet, Paran, Tocantins e Araguaia, o utro motivo so os rios de plancie facilmentenavegveis (Amazonas, So Francisco e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centroseconmicos do Brasil.

    Este modo de transporte cobre o essencial das matrias primas (petrleo e derivados, carvo, minrio de ferro,cereais, bauxita, alumnio e fosfatos, entre outros). Paralelamente a estes transportes a granel, o transporteaqutico tambm cobre o transporte de produtos previamente acondicionados em sacas, caixotes ou outro tipo deembalagens, conhecidos como carga geral transportada em caixas, paletes, barris, contentores etc., o

    empacotamento de carga que mais contribuiu para o desenvolvimento do transporte martimo desde a dcada de1960 o uso de contentores, que padronizados permitem o transporte de carga de uma forma eficiente e segura,facilitando o transporte e arrumao da carga dentro dos navios.

    Quando iniciou o Transporte Maritimo no Brasil

    A partir dos anos 50, Ps-Segunda Guerra Mundial, teve inicio o transporte de matrias primas e demercadorias ao longo da costa brasileira.

    A maioria dos portos brasileiros no acompanharam a evoluo tecnolgica do transporte martimo, que exigeguas mais profundas, disponibilidade de frentes de atracao, instalaes de grande capacidade e especializadas

    para movimentao de contineres e granis.

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    A partir de meados da dcada de 1960 desenvolveu-se um novo tipo de mercado de transporte aqutico o docontentor ou continer, estas embalagens revolucionaram no s o transporte propriamente dito, mas tambmtoda a cadeia logstica, desde o produtor ao consumidor.

    Em 1999, com economia estabilizada e ndices de inflao controlados, o pas aparentemente retoma seucrescimento e possibilita uma nova investida no transporte martimo por cabotagem, perodo oportuno em quesurge a Mercosul Line, uma empresa brasileira que foi criada visando suprir esse novo mercado em plenaexpanso, principalmente no que tange carga continerizada. Segundo especialistas, a cabotagem sem dvida considerada um modal muito promissor e o Brasil que um pas que apresenta aproximadamente 7.400 km deextenso de costa navegvel, onde as principais cidades, os plos industriais e os grandes centros consumidoresconcentram-se no litoral ou em cidades prximas a ele, o segmento de cabotagem surge como uma alternativavivel para compor a cadeia de suprimentos de diversos setores principalmente com o conceito porta-a-porta.

    Afinal, so oito bacias com 48 mil km de rios navegveis, reunindo, pelo menos, 16 hidrovias e 20 portosfluviais. Entre 1998 e 2000, 69 milhes de toneladas foram movimentadas. Modernizado e adequado sexigncias de um mundo globalizado, o transporte martimo pode diminuir distncias internas e ser decisivo naconsolidao do Mercosul, alm de aumentar o comrcio com os demais continentes.

    Qual o custo

    Outro grave problema em relao aos portos o custo de embarque por continer, apesar de ter diminudo emquase US$ 300, o valor ainda muito alto comparando-se aos portos estrangeiros.H muita burocracia e os portos nacionais ainda no tm o mesmo preparo que os europeus ou asiticos, falta

    preparo e maiores investimentos para suportar um aumento significativo nas exportaes.

    Onde so realizados

    Apesar de todas as dificuldades que enfrenta com portos ainda inadequados, burocracia e altas tarifas, o setormovimenta mais de 350 milhes de toneladas ao ano, fica fcil imaginar o quanto este nmero pode melhorar sehouver uma preocupao e um trabalho efetivos para alterar este quadro, so 16 portos com boa capacidade, comdestaque para os de Santos (SP), Itaja (SC), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Paranagu (PR) e Vitria(ES), alm de duas hidrovias para o transporte fluvial no interior do Brasil e com os pases vizinhos do sul esudeste (as hidrovias Paran-Paraguai e Tiet-Paran), ento fazer o setor, responsvel por 11,72% domovimento de carga registrado no pas, crescer difcil, mas no impossvel.

    O transporte hidrovirio no Brasil regulado pela Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ), tempor objetivos implementar as polticas formuladas pelo Ministrio dos Transportes e pelo Conselho Nacional de

    Integrao de Polticas de Transporte e regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestao de serviosde transporte aquavirio e de explorao da infraestrutura porturia e aquaviria, exercida por terceiros comvistas a garantir a movimentao de pessoas e bens, em cumprimento a padres de eficincia, segurana,conforto, regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas; harmonizar os interesses dos usurios comos das empresas concessionrias, permissionrias, autorizadas e arrendatrias, e de entidades delegadas,

    preservando o interesse pblico e arbitrar conflitos de interesse e impedir situaes que configurem competioimperfeita ou infrao contra a ordem econmica.

    Quais os portos

    Nos ltimos anos tm sido realizadas vrias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros navegveis, eclusasso construdas para superar as diferenas de nvel das guas nas barragens das usinas hidreltricas., o caso das

    eclusas de Tucuru no rio Tocantins, de Barra Bonita no rio Tiet e da eclusa de Jupi no rio Paran.O Brasil tem os portos martimos mais movimentados da Amrica Latina, com destaque aos portos de Santos,Paranagu, Rio de Janeiro/Niteri, Vitria e Itaqui (So Lus).

    O transporte martimo pode englobar todo o tipo de cargas desde qumicos, combustveis, alimentos, areias,cereais, minrios a automveis e por ai adiante. A carga chamada carga geral transportada em caixas, paletes,

    barris, contentores etc., o empacotamento de carga que mais contribuiu para o desenvolvimento do transportemartimo desde a dcada de 1960 o uso de contentores, que padronizados permitem o transporte de carga deuma forma eficiente e segura, facilitando o transporte e arrumao da carga dentro dos navios.

    http://www.administradores.com.br/artigos/academico/panorama-geral-do-transporte-hidroviario-no-brasil/76526/

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    Quarta, 07 Janeiro 2009 22:00

    Brasil desperdia todo seu potencial hidrovirioA hidrovia o modelo de transporte menos oneroso que qualquer outra modalidadedisponvel no mundo. Mas, no Brasil, onde h condies geogrficas bastante favorveis aesse tipo de operao, os investimentos no setor andam na contramo.

    O meio mais utilizado o rodovirio, que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.Estudos indicam que, caso o Brasil cresa uma mdia de 5% durante trs anos consecutivos,o pas pode entrar em colapso logstico.

    Para uma nao reconhecida internacionalmente pela produo de alimentos, o risco de umaestagnao dos transportes preocupante. Segundo Luciano Rocha, presidente da ABEPL(Associao Brasileira de Empresas e Profissionais de Logstica), o transporte hidrovirio mais econmico porque cada unidade de conduo tem capacidade de armazenar muito maiscargas. Alm disso, no h perdas relacionadas ao desgaste da via, assim como uma menorutilizao de combustveis, o que ainda uma vantagem para o meio ambiente.

    Uma barcaa (unidade que compe a embarcao) pode transportar at 1.500 toneladas emcargas. Na comparao com o transporte rodovirio, cada barcaa equivale a 60 carretas,que podem transportar no mximo at 25 toneladas. Nas hidrovias no h pedgios,estradas esburacadas que causam danos unidade de transporte e desperdcio da carga, e o

    risco de roubo tambm menor, destaca Rocha.

    Quando o comparativo com as ferrovias, o sistema hidrovirio tambm mais vantajoso.Cada barcaa pode substituir at 15 vages, com capacidade para carregar at 100toneladas. Considerando a degradao da malha ferroviria brasileira, abandonada h cercade 50 anos, a hidrovia se mostra ainda mais vivel, por no oferecer riscos.

    No estado de So Paulo, o modal hidrovirio representa apenas 0,5% de todo o transportefeito, contra o percentual de 70 a 75% que representa o transporte rodovirio. De acordocom o presidente da ABEPL, os principais motivos esto relacionados ao fato de que ashidrovias comearam a ser exploradas h apenas 30 anos e os investimentos feitos pelosgovernos no sistema ainda so escassos.

    Fonte: Capital Newshttps://portogente.com.br/noticias-do-dia/brasil-desperdica-todo-seu-potencial-hidroviario-21452

    Novo programa de logstica vai integrar rodovias,ferrovias e portos15/08/2012 - 16h19Daniel Lima, Pedro Peduzzi, Sabrina Craide e Yara AquinoReprteres da Agncia Brasil

    Braslia O Programa de Investimentos em Logstica, lanado hoje (15) pelo governo,

    contemplar nove trechos de rodovias e 12 de ferrovias. O governo pretende ao concederrodovias iniciativa privada e promover parcerias pblico-privadas (PPP) para as ferrovias criarcondies para que o pas restabelea a capacidade de planejamento do sistema de transportes,com integrao de modais e articulao com as cadeias produtivas.

    Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Srgio Passos, que detalhou o novo programa, tudoficar a cargo da estatal recm-criada Empresa de Planejamento e Logstica (EPL).

    A EPL ter o papel de trabalhar pela ampliao dos investimentos pblicos e privados eminfraestrutura. nova empresa, estar vinculada a tambm recm-criada Empresa de TransporteFerrovirio de Alta Velocidade (Etav) e ser presidida por Bernardo Figueiredo. Essa empresa vaicuidar de todos aspectos relacionados ao TAV [trem de alta velocidade] e ferrovias, ficandoresponsvel pelo planejamento, pela viso estratgica, pelos estudos a serem feitos em diversas

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    regies do pas e por apresentar os projetos necessrios ao nosso desenvolvimento, dissePassos.

    A criao dessa empresa passo fundamental para essa nova etapa, de forma a recuperar acapacidade de investimento adequado [na logstica do pas] e reestruturar um sistema detransporte mais eficiente. Comeamos com rodovias e ferrovias, mas vamos atender portos eaeroportos tambm, disse a presidenta Dilma Rousseff, durante o lanamento do novoprograma.

    Segundo o Passos, a previso que sejam investidos R$ 42 bilhes em 7,5 mil quilmetros derodovias. Vamos duplicar os principais eixos rodovirios do pas, reestruturar o modelo de

    investimento e explorao das ferrovias e expandir e aumentar a capacidade da malhaferroviria, disse o ministro.

    Os trechos de rodovias a serem concedidos esto localizados na BR-101, entre Porto Seguro eSalvador; na BR-262, entre Joo Monlevade (MG) e Vitria (ES); na BR-153, que liga Gois aoTocantins, trecho entre Anpolis (GO) e o entroncamento da TO-080, a 56 quilmetros de Palmas(TO); na BR-050, em Gois, de Cristalina at pouco depois de Catalo; na BR-163, tanto em Matogrosso como em um trecho de Mato Grosso do Sul, estado que ser beneficiado tambm comobras nas BR-267 e 262.

    O Distrito Federal, Gois e Minas Gerais tero, ainda, concesses em trechos das BR-060, 153 e262; e, em Minas Gerais, a BR-116 ser concedida no trecho que vai de Alm Paraba, na divisa

    com o Rio de Janeiro, at Divisa Alegre, j chegando na Bahia. No Distrito Federal, a BR-040 terconcedidos, iniciativa privada, trechos da ligao entre Braslia e Luzinia (GO) e, em MinasGerais, entre Sete Lagoas e Juiz de Fora.

    J as ferrovias que tm previso de investimentos de R$ 91 bilhes via PPP, em 10 milquilmetros da malha tero 12 frentes de parcerias com a iniciativa privada. Esto entre elas osramos norte e sul da Ferroanel, em So Paulo; o acesso ao Porto de Santos, desde Ribero Pires,passando por Raiz da Serra e Cubato. A Ferroanel um grande problema que ser resolvido,garantiu o ministro dos Transportes.

    Em Mato Grosso, onde grande a produo de gros, chegaremos at a regio de Lucas do RioVerde. Com isso, o escoamento de mais de 37 milhes de toneladas de gros ser feito de formamais rpida. Certamente os produtores vo recorrer ferrovia que estamos construindo, disse

    Passos. Caso se confirmem as expectativas do governo, essa estrada chegar a Uruau e, depois,a Corinto e a Campos. Outro trecho far uma ramificao que ligar essa ferrovia aos portos deVitria e do Rio de Janeiro.

    Recife, onde chegar, via Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) a FerroviaTransnordestina, ser o destino de outra estrada de ferro, que se estender at Belo Horizontevia Salvador, passando por Aracaju e Macei. [Nesse caso] falamos de uma configurao de umagrande malha ferroviria que tem lgica, destacou Passos.

    A Regio Sul ser beneficiada com uma ferrovia que se estender do Porto de Rio Grande (RS)at So Paulo, passando por Porto Alegre e Mafra (SC), de onde ser feita uma ramificao atMaracaju (MS).

    Teremos tambm um grande trecho de alta capacidade, que far um corredor na Regio Norte,que fundamental para o transporte de gros, minrios e para a produo siderrgica,acrescentou o ministro, em referncia ao trecho que ligar Aailndia (MA) ao Porto de Vila doConde, em Belm.

    Edio: Lana Cristina

    http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-08-15/novo-programa-de-logistica-vai-integrar-rodovias-ferrovias-e-portos