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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS PLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITESVIRAIS E TUBERCULOSE LORENA ALMEIDA OLIVEIRA IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIV NO PROGRAMA MUNICIPAL DE IST/AIDS E HEPATITES VIRAIS DE IGUATU-CE IGUATU 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS PLÍTICAS DE DST/AIDS,

HEPATITESVIRAIS E TUBERCULOSE

LORENA ALMEIDA OLIVEIRA

IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIV NO

PROGRAMA MUNICIPAL DE IST/AIDS E HEPATITES VIRAIS DE IGUATU-CE

IGUATU

2017

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LORENA ALMEIDA OLIVEIRA

IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIV NO

PROGRAMA MUNICIPAL DE IST/AIDS E HEPATITES VIRAIS DE IGUATU-CE

Trabalho de conclusão de curso submetido ao Curso de Especialização sobre Gestão da Política de DST, AIDS, Hepatites Virais e Tuberculose – Educação a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a obtenção do Grau de Especialista.

Orientadora: Maria Quitéria Batista Meireles

IGUATU

2007

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RESUMO

A terapia antirretroviral produziu um grande impacto na epidemia de HIV/AIDS, uma vez que

proporcionou a diminuição da ocorrência de infecções oportunistas, o aumento da sobrevida e

a melhoria da qualidade de vida de seus portadores. A maior ameaça à manutenção destas

conquistas é o desenvolvimento de resistência viral e o recrudescimento da doença. Neste

contexto, a adesão ao tratamento tornou-se um fator crucial para a sustentação do sucesso

terapêutico, sendo essencial o monitoramento continuo dos pacientes e a adoção de estratégias

a fim de evitar ou de reduzir os fatores de risco para a não adesão. O presente projeto de

intervenção tem como objetivo implantar no Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites

virais de Iguatu-CE um grupo de adesão ao tratamento do HIV com intuito de viabilizar um

espaço para o acesso à informação, a troca de experiências e o fortalecimento de vínculos

entre pacientes, cuidadores domésticos e equipe de saúde. O projeto será voltado para as

pessoas que vivem com HIV/AIDS assistidas pelo referido programa e seus familiares, sendo

as reuniões mensais conduzidas no Centro Microrregional Especializado de Atenção à Saúde

Reprodutiva e Sexual (CEMEAR). Espera-se que o grupo possibilite a vivência de uma

pluralidade de situações que criem oportunidades para que usuários e profissionais de saúde

vislumbrem alternativas de cuidado e encontrem soluções adequadas para problemáticas

individuais e/ ou coletivas que estejam dificultando a adesão ao tratamento.

Palavras-Chave: HIV, antirretrovirais, TARV

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 04

2 OBJETIVOS......................................................................................................... 10

2.1 Objetivo geral....................................................................................................... 10

2.2 Objetivos específicos............................................................................................ 10

3 METODOLOGIA................................................................................................ 11

3.1 Cenário do projeto............................................................................................... 11

3.2 Elementos do plano de intervenção.................................................................... 11

3.3 Fragilidades e oportunidades.............................................................................. 13

3.4 Processo de avaliação.......................................................................................... 16

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 17

REFERÊNCIAS................................................................................................... 18

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1 INTRODUÇÃO

A AIDS é uma doença pandêmica que tem como agente etiológico o vírus HIV

(Humam Immunodeficiency Virus), um retrovírus pertencente à subfamília Lentivirinae cujo

material genético é constituído por RNA. Durante a infecção, o principal alvo do HIV é o

linfócito T CD4+, importante célula do sistema imunológico.

A infecção pelo HIV não determina a AIDS imediatamente, e os aspectos de

como e quando os pacientes infectados pelo vírus irão progredir para a expressão da doença

permanecem controversos (SALDANHA; ANDRADE; BECK, 2009). O surgimento de

infecções oportunistas e neoplasias é definidor da AIDS. As infecções oportunistas mais

habituais são a tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, a pneumocistose, a

neurotoxoplasmose, a meningite criptocócica e a retinite por citomegalovírus. As neoplasias

mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em

mulheres jovens. Nessas situações, na maioria das vezes, a contagem de LT-CD4+ está abaixo

de 200 células/mm³. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode

ocasionar doenças por dano direto a determinados órgãos ou por processos inflamatórios, tais

como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a

evolução da infecção pelo HIV-1 (BRASIL, 2013).

O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a adotar uma política pública de

acesso ao tratamento antirretroviral. A Lei nº 9.313, sancionada em novembro de 1996,

assegurou aos portadores do vírus HIV e da AIDS o direito de receber gratuitamente todos os

medicamentos necessários ao seu tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa lei marcou o início de grandes mudanças no âmbito da política de assistência

farmacêutica aos portadores de HIV/AIDS. A atuação brasileira no tratamento da síndrome

destacou-se por seu pioneirismo no plano internacional e demonstrou ser possível atuar na

dinâmica dos preços dos medicamentos no mercado mundial (RESENDE, 2012). Os

medicamentos antirretrovirais são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos

exclusivamente nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) na rede pública de

saúde, suprindo também as necessidades de pacientes da rede privada. Para tratamento de

infecções oportunistas e outras IST, os medicamentos são adquiridos pelos estados, de acordo

com pactuações estabelecidas entre as três esferas de governo que compõem o SUS. As UDM

utilizam o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM) para gerenciar a

logística dos medicamentos antirretrovirais (ARV) no Brasil. O sistema permite que o

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Programa Nacional de IST/Aids se mantenha atualizado em relação ao fornecimento de

medicamentos aos pacientes em tratamento nas várias regiões do país. As informações são

utilizadas para controle dos estoques e da distribuição dos ARV, assim como para obtenção de

informações clínico-laboratoriais dos pacientes (BRASIL, 2007b).

No Brasil, a organização da rede de serviços de referência teve um papel histórico

no manejo clínico da infecção pelo HIV, com grande impacto na sobrevida dos pacientes. A

rede de assistência conta atualmente com 724 Unidades Dispensadoras de Medicamentos

(UDM), 518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência

Especializada (SAE), além de inúmeras unidades básicas de saúde (BRASIL, 2017).

Os SAE compreendem unidades de caráter ambulatorial que propiciam o vínculo

do paciente portador de HIV/AIDS com uma equipe multiprofissional apta a prestar

atendimento integral e qualificado. Estes serviços podem apresentar diferentes configurações

institucionais, podendo ser ambulatórios gerais ou de especialidades, ambulatórios de

hospitais, unidades básicas de saúde, policlínicas e serviços de assistência especializados em

IST, HIV/AIDS. Os profissionais integrantes dos serviços de assistência especializada

desenvolvem diversas atividades com intuito de promover a melhoria da qualidade de vida

das pessoas vivendo com HIV/AIDS, como os cuidados de enfermagem; a orientação e apoio

psicológico; o atendimento médico e odontológico; o controle e a distribuição de

antirretrovirais; as orientações farmacêuticas; a realização de exames de monitoramento; a

distribuição de insumos de prevenção e as atividades educativas para adesão ao tratamento e

para prevenção e controle de IST e AIDS (BRASIL, 2016).

De 2009 a 2015, o número de pacientes em tratamento no SUS aumentou 97%,

passando de 231 para 455 mil. Dessa forma, em seis anos, o país praticamente dobrou o

número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais. Atualmente, o Ministério da Saúde

oferece gratuitamente 22 medicamentos antirretrovirais, disponíveis em 39 apresentações

(Quadro 1). Os medicamentos empregados na TARV têm seus mecanismos de ação baseados

na inibição de etapas do ciclo de replicação viral. No país, são oferecidas seis classes

terapêuticas de ARV: inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo (ITRN);

inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo (ITRNN); inibidor da protease

(IP); inibidor de fusão, inibidor de integrasse e inibidor do CCR5 (BRASIL, 2016). Os

principais objetivos da terapia ARV são reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de

vida dos pacientes por meio da supressão viral, o que permite retardar ou evitar o surgimento

da imunodeficiência (BASTOS, 2006).

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Quadro 1 – Antirretrovirais ofertados no SUS para o tratamento do HIV/AIDS, por categoria.Medicamento Apresentação

Inibidor da Transcriptase Reversa Análogo de Nucleosídeo (ITRN)

Zidovudina Comprimido 100 mg/ Solução oral 1%

Estavudina Pó para solução oral 1mg/mL

Didanosina Pó para solução oral 4g/ Cápsula 250 e 400 mg

Lamivudina Comprimido 150 mg/ Solução oral 10 mg/mL

Abacavir Comprimido 300 mg/ Solução oral 20 mg/mL

Tenofovir Comprimido 300mg

Etravirina Comprimido 100 mg/ 200 mg

Tenofovir + Lamivudina Comprimido 300 mg + 300 mg

Zidovudina + Lamivudina Comprimido 300 mg + 150 mg

Inibidor da Transcriptase Reversa Não Análogo de Nucleosídeo (ITRNN)

Nevirapina Comprimido 200 mg/ Suspensão oral 10 mg/mL

Efavirenz Comprimido 600 mg/ Solução oral 30 mg/mL

Inibidor da Protease (IP)

Ritonavir Comprimido 100 mg/ Solução oral 80 mg/mL

Saquinavir Cápsula 200 mg

Lopinavir + Ritonavir Comprimido 100 mg + 25 mg/ 200 mg + 50 mg

Atazanavir Comprimido 200 mg/300 mg

Darunavir Comprimido 75 mg/150 mg/300 mg/600 mg

Tipranavir Cápsula 250 mg/ Solução oral 100 mg/mL

Inibidor de Fusão

Enfuvirtida Pó liófilo injetável 90 mg/mL

Inibidor de Integrase

Raltegravir Comprimido 100 mg/400 mg

Dolutegravir Comprimido

Inibidor do CCR5

Maraviroque Comprimido 150 mg

Associação de ITRN e ITRNN

Tenoforvir + Lamivudina + Efavirenz Comprimido 300mg + 300mg + 600mg

Fonte: SICLOM GERENCIAL.

A terapia antirretroviral produziu um enorme impacto na epidemia de HIV/AIDS,

uma vez que possibilitou a diminuição da mortalidade e da ocorrência de infecções

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oportunistas, o aumento na sobrevida e a melhoria da qualidade de vida de seus portadores. A

maior ameaça à manutenção destas conquistas é o desenvolvimento de resistência viral e o

recrudescimento da doença. Neste contexto, a adesão ao tratamento tornou-se um fator crucial

para a sustentação do sucesso terapêutico (CARACIOLO; SHIMMA, 2007).

O acesso gratuito e universal à terapia antirretroviral (TARV), aos exames

laboratoriais de monitoramento e aos insumos e ações de prevenção de IST/AIDS é uma

conquista de extrema relevância para a sociedade brasileira. No entanto, sua efetividade

demanda uma diversidade de ações que garantam, além do amplo acesso, a melhor qualidade

no tratamento (BRASIL, 2007a).

A adesão ao tratamento, compreendida de modo integral, abrange, além do uso

correto de medicamentos, o comparecimento às consultas agendadas com a equipe

multidisciplinar e a realização de exames de seguimento em tempo oportuno. A adesão é um

processo dinâmico e multifatorial que envolve aspectos físicos, psicológicos, sociais, culturais

e comportamentais, que requer decisões compartilhadas entre a pessoa que vive com HIV, a

equipe de saúde e a rede social (BRASIL, 2007a).

São diversas as variáveis associadas à baixa adesão de pacientes em TARV,

dentre elas encontra-se a complexidade do regime terapêutico, os efeitos colaterais dos

medicamentos, as informações inadequadas referentes ao tratamento e à doença e a

dificuldade de adequação do tratamento à rotina diária. Além dessas variáveis, podemos citar

como determinante a precariedade ou ausência de suporte social, a baixa escolaridade, a faixa

etária do paciente, a não aceitação da soropositividade, a presença de transtornos mentais, a

relação insatisfatória do usuário com os profissionais de saúde e com os serviços prestados, o

abuso de álcool e outras drogas e a dificuldade de transporte do paciente. Outro aspecto que

compromete a aderência à terapia antirretroviral é relativo à efetividade da rede assistencial.

A hierarquização representada pelo sistema de referência e de contrarreferência se expressa,

muitas vezes, em dificuldades de encaminhamento de usuários a determinados serviços e de

comunicação entre os profissionais envolvidos. Além disso, tem peso evidente a falta de

recursos humanos na equipe e a dificuldade de acesso a exames e a medicamentos

(CARVALHO, 2003; DALLA, 2009; BRASIL, 2007a).

O uso irregular ou em doses inadequadas dos antirretrovirais pode desencadear o

desenvolvimento de vírus resistentes, afetando negativamente a efetividade do tratamento e a

qualidade de vida dos usuários, podendo contribuir para o aumento da morbidade e da

mortalidade. Consequências de uma baixa adesão incluem limitações terapêuticas para o

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paciente e ameaça para a saúde pública, diante da possibilidade de transmissão de cepas virais

multirresistentes (NEMES, 2000). Ainda que não tenha sido estabelecida uma relação direta

entre níveis de adesão e eficácia dos diferentes antirretrovirais, de maneira geral, a maior

parte dos estudos aponta como necessária a tomada de pelo menos 80% das doses para que se

obtenha resposta terapêutica adequada (BRASIL, 2013).

É fundamental que o paciente entenda claramente o objetivo da terapia

antirretroviral e participe da decisão de iniciá-la, compreendendo a importância da tomada

continuada e correta dos medicamentos a fim de atingir uma adequada supressão da

replicação viral. Além disso, é essencial que o paciente tenha conhecimentos básicos sobre a

doença, as formas de transmissão, o significado e a utilidade dos exames laboratoriais (como

a contagem de linfócitos T-CD4+ e a carga viral) e os possíveis efeitos adversos em curto e

longo prazo relacionados à TARV. Dessa maneira, tendo acesso às informações e

promovendo a própria autonomia, o paciente se fortalece para enfrentar as adversidades

trazidas pela doença e seu tratamento (BRASIL, 2007a).

O Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites virais de Iguatu, instituído em

2007, integra, hoje, um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e uma Unidade

Dispensadora de Medicamentos (UDM). A testagem rápida para HIV, sífilis e hepatite B e C

atende tanto a demanda espontânea quanto aquela encaminhada por outros serviços de saúde

da cidade, fornecendo a possibilidade de um diagnóstico precoce da infecção. A equipe do

programa, constituída por uma enfermeira, uma assistente social e uma farmacêutica, assiste

atualmente 175 pessoas vivendo com HIV/AIDS, as quais são referenciadas para o Serviço de

Assistência Especializada (SAE) do Hospital São José em Fortaleza, onde são realizadas as

consultas médicas e os exames laboratoriais de monitoramento, essenciais para assegurar o

sucesso terapêutico. Após receberem o receituário médico com a descrição da terapia

medicamentosa a ser adotada, estes pacientes retornam à UDM de Iguatu, que dispõe dos 22

medicamentos ofertados pelo SUS para o tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS. No

momento da dispensação mensal dos antirretrovirais, são esclarecidas dúvidas pertinentes à

síndrome e fornecidas orientações quanto ao uso correto dos medicamentos e quanto aos

cuidados necessários para o seguimento do tratamento.

Para que os pacientes em uso da TARV possam receber os medicamentos na

UDM, o Ministério da Saúde estabelece a obrigatoriedade da apresentação de receita médica

atualizada e da realização de exames de carga viral, no mínimo, uma vez ao ano. Por essa

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razão, os pacientes atendidos no programa são encaminhados periodicamente ao serviço de

referência na capital para dar prosseguimento ao tratamento.

No município de Iguatu, verifica-se que uma parcela significativa de pacientes

soropositivos para HIV enfrenta dificuldades na manutenção do tratamento proposto. São

frequentes os atrasos na retirada de medicamentos na UDM e a utilização de doses

inadequadas pelos usuários bem como o não comparecimento às consultas médicas e aos

exames de seguimento agendados pela equipe do programa. Alguns pacientes abandonam o

tratamento porque têm problemas com álcool, outros porque sofrem com a exclusão e a

discriminação social, e há também aqueles que desconhecem a gravidade da doença e não têm

o entendimento da importância e da eficácia do tratamento. A maior parte dos usuários

atendidos apresenta baixo nível escolaridade e, assim, têm dificuldades em identificar os ARV

pelo nome da substância ativa ou pelo nome comercial, reconhecendo os medicamentos

apenas pela cor, formato e/ou tamanho. 

Como é sabido, promover adesão ao tratamento não traduz apenas uma

abordagem medicamentosa, mas abrange distintos aspectos, como o estabelecimento de

vínculo com a equipe de saúde, o acesso à informação, a qualidade na assistência, o

acompanhamento clínico-laboratorial, etc. Dessa forma, é necessário o monitoramento

contínuo dos pacientes e a adoção de estratégias a fim de evitar ou de reduzir os fatores de

risco para a não adesão. Com o intuito de estimular o autocuidado e de promover a adesão dos

usuários ao tratamento prescrito, faz-se oportuno implantar no serviço ambulatorial de Iguatu

um grupo de adesão com reuniões mensais, nas quais os pacientes terão a oportunidade de

receber informações de especialistas sobre diversas temáticas que envolvem a síndrome,

como nutrição, terapêuticas, atividade física, prevenções de doenças oportunistas e questões

relacionadas com o viver com o HIV/AIDS. O grupo irá oportunizar um espaço para a troca

de experiências entre seus integrantes e para a ampliação do conhecimento dos mesmos a

respeito do HIV/AIDS.

Espera-se que o grupo venha contribuir de forma significativa para o

fortalecimento da adesão dos usuários ao tratamento bem como para a aceitação e o

enfrentamento da doença. Almeja-se ainda elevar a autoestima dos participantes, diminuir o

isolamento e melhorar a qualidade de vida dos mesmos.

2 OBJETIVOS

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2.1 Objetivo geral

Implantar o grupo de adesão no Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites

virais de Iguatu-CE, fortalecendo a adesão ao tratamento e melhorando a

qualidade de vida dos pacientes que vivem com HIV/AIDS.

2.2 Objetivos específicos

Sensibilizar a equipe de saúde do Programa Municipal IST/AIDS e Hepatites

virais de Iguatu-CE da necessidade de implantar o grupo como estratégia para

evitar ou reduzir os fatores de risco para a não adesão dos pacientes ao tratamento;

Estabelecer parcerias com especialistas e com ativistas da luta contra a AIDS que

possam ampliar o conhecimento dos pacientes e de seus cuidadores domésticos a

respeito do HIV/AIDS;

Sensibilizar os pacientes e seus cuidadores domésticos quanto à importância de

participar do grupo de adesão.

3 METODOLOGIA

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3.1 Cenário do projeto de intervenção

O projeto de intervenção será realizado no Centro Microrregional Especializado

de Atenção à Saúde Reprodutiva e Sexual (CEMEAR), através do Programa Municipal de

IST/AIDS e Hepatites virais de Iguatu-CE, e terá como público-alvo os pacientes que vivem

com HIV/AIDS em tratamento antirretroviral e seus cuidadores domésticos.

3.2 Elementos do plano de intervenção

Objetivo: Sensibilizar a equipe de saúde do Programa Municipal IST/AIDS e

Hepatites virais de Iguatu-CE da necessidade de implantar o grupo como estratégia

para evitar ou reduzir os fatores de risco para a não adesão dos pacientes ao

tratamento;

ESTRATÉGIA: AÇÕES: CRONOGRAMA

Realizar reuniões com os

profissionais que compõem a

equipe do Programa Municipal

IST/AIDS e Hepatites virais de

Iguatu-CE a fim de discutir as

particularidades de cada usuário.

1. Investigar quais pacientes não

retiram de modo regular os

ARV na UDM através dos

dados registrados no SICLOM.

2. Averiguar, através do SICLOM,

os resultados dos exames de

carga viral bem como a

periodicidade com que cada

paciente os têm realizado.

3. Identificar os principais

obstáculos para adesão ao

tratamento enfrentados pelos

pacientes que vivem com

HIV/AIDS atendidos no

Programa.

Maio/2017

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Objetivos: Estabelecer parcerias com especialistas e com ativistas da luta contra a

AIDS que possam ampliar o conhecimento dos pacientes e de seus cuidadores

domésticos a respeito do HIV/AIDS.

ESTRATÉGIA: AÇÕES: CRONOGRAMA

Contatar membros da Rede

Nacional de Pessoas Vivendo com

HIV do Ceará (RNP) para que

possam dar suporte e apoio às

atividades do projeto.

1. Confeccionar e enviar convites

para integrantes da Rede

Nacional de Pessoas Vivendo

com HIV do Ceará

apresentando a proposta do

grupo de adesão.

Maio/2017

Realizar reuniões com integrantes

do Núcleo de Atenção à Saúde da

Família (NASF), do CAPS AD,

das UBSF e com outros

profissionais de saúde do

município a fim de apresentar o

projeto e de discutir possíveis

temáticas a serem exploradas nos

encontros.

1. Convidar profissionais da rede

de atenção primária e

secundária à saúde do

município para a reunião por

meio de contato telefônico.

2. Apresentar a situação

epidemiológica do HIV/AIDS

no município de Iguatu.

3. Elaborar termo de pactuação

entre membros da sociedade

civil organizada e profissionais

de saúde de modo que se firme

parceria entre os envolvidos na

perspectiva da

corresponsabilidade.

4. Elaborar cronograma de

reuniões mensais visando

oportunizar atividades a serem

desenvolvidas com o grupo de

pacientes que vivem com

HIV/AIDS.

Junho/2017

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Objetivo: Sensibilizar os pacientes e seus cuidadores domésticos quanto à importância

de participar do grupo de adesão.

ESTRATÉGIA: AÇÕES: CRONOGRAMA

Convidar os pacientes que vivem

com HIV/AIDS para participar do

grupo de adesão.

1. Confeccionar cartazes e

convites para divulgar o grupo

de adesão.

2. Distribuir os convites para os

pacientes e/ou cuidadores no

serviço especializado.

Maio/2017

Realizar um encontro prévio com

pacientes, membros do programa

e ativistas da luta contra a AIDS

com intuito de expor os objetivos

e os benefícios da construção do

grupo de adesão.

1. Entrar em contato com

integrantes da Rede Nacional

de Pessoas Vivendo com HIV

do Ceará (RNP) para que

possam participar do encontro

de abertura.

2. Organizar um lanche para ser

oferecido no início dos

encontros.

Maio/2017

3.3 Fragilidades e oportunidades

Ações Condições favoráveis Condições

desfavoráveis

Investigar quais pacientes não

retiram de modo regular os ARV

na UDM através dos dados

registrados no SICLOM.

Fácil obtenção de dados através

dos relatórios gerados pelo

próprio SICLOM logístico.

-

Averiguar, através do SICLOM,

os resultados dos exames de carga

viral bem como a periodicidade

com que cada paciente os têm

realizado.

Fácil obtenção de dados através

dos relatórios gerados pelo

próprio SICLOM logístico.

-

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Identificar os principais

obstáculos para adesão ao

tratamento enfrentados pelos

pacientes que vivem com

HIV/AIDS atendidos no

Programa.

Melhor compreensão das

variáveis associadas à baixa

adesão de pacientes em TARV

assistidos pelo Programa

Municipal de IST/AIDS e

Hepatites virais de Iguatu a fim de

subsidiar tomada de decisões,

alternativas de cuidado e

encontrem soluções adequadas

para problemáticas individuais

e/ou coletivas que estejam

dificultando a adesão ao

tratamento

Sobrecarga de

atividades no

trabalho e

dificuldade de reunir

os membros da

equipe.

Confeccionar e enviar convites

para integrantes da Rede Nacional

de Pessoas Vivendo com

HIV/AIDS do Ceará

apresentando a proposta do grupo

de adesão.

Estabelecer parcerias e estreitar

vínculos entre profissionais do

Programa Municipal de IST/AIDS

e Hepatites virais com membros

da Rede Nacional de Pessoas

Vivendo com HIV/AIDS do

Ceará.

-

Convidar profissionais da rede de

atenção primária e secundária à

saúde do município para a

reunião por meio de contato

telefônico.

Promoção do diálogo entre

diferentes profissionais de saúde

do município e os integrantes do

Programa Municipal de IST/AIDS

e Hepatites virais.

Fortalecimento da rede de atenção

às pessoas vivendo com

HIV/AIDS.

Indisponibilidade de

tempo de diversos

profissionais de

saúde devido à

sobrecarga de

trabalho.

Apresentar a situação

epidemiológica do HIV/AIDS no

município de Iguatu.

Sensibilização dos profissionais

de saúde quanto às diversas

condições de vulnerabilidade do

viver-conviver com HIV/AIDS.

-

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15

Elaborar termo de pactuação entre

membros da sociedade civil

organizada e profissionais de

saúde de modo que se firme

parceria entre os envolvidos na

perspectiva da

corresponsabilidade.

Fortalecimento da rede de atenção

às pessoas vivendo com

HIV/AIDS.

-

Elaborar cronogrrama de reuniões

mensais visando oportunizar

atividades a serem desenvolvidas

com o grupo de pacientes que

vivem com HIV/AIDS.

Planejamento e organização das

reuniões mensais visando fornecer

informações sobre diversas

temáticas que envolvem a

síndrome, como nutrição,

terapêuticas, atividade física,

prevenções de doenças

oportunistas e questões

relacionadas com o viver com o

HIV/AIDS.

Sobrecarga de

atividades no

trabalho e

dificuldade de reunir

os membros da

equipe.

Confeccionar cartazes e convites

para divulgar o grupo de adesão.

Disponibilidade dos membros do

Programa Municipal de IST/AIDS

e Hepatites virais em executar a

ação.

-

Distribuir os convites para os

pacientes e/ou cuidadores no

serviço especializado.

Divulgação eficiente do grupo de

adesão a ser implantado e

sensibilização dos pacientes e de

seus cuidadores domésticos

quanto à importância de participar

do mesmo.

-

Entrar em contato com

integrantes da Rede Nacional de

Pessoas Vivendo com HIV/AIDS

do Ceará (RNP+) para que

possam participar do encontro de

abertura.

Promoção da troca de

experiências e do fortalecimento

das pessoas sorologicamente

positivas para o vírus HIV.

Dificuldade de

deslocamento dos

membros da

RNP+/CE para o

interior do estado.

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Fortalecimento dos usuários do

Programa para que os mesmos

participem ativamente no

processo de combate ao

desrespeito aos seus direitos de

cidadania;

Organizar um lanche para ser

oferecido no início dos encontros.

Promoção de um momento de

acolhimento e de descontração

voltado para os usuários do

Programa.

-

3.4 Processo de avaliação

A avaliação ocorrerá por meio da presença e da participação dos usuários do

Programa Municipal de IST/AIDS e Hepatites virais de Iguatu durante as reuniões mensais

bem como pelos dados de dispensação de antirretrovirais e de realização de exames de carga

viral obtidos através do SICLOM logístico.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Espera-se que o grupo de adesão a ser implantado no Programa Municipal de

IST/AIDS e Hepatites virais de Iguatu amplie o acesso à informação e possibilite o apoio

mútuo, a troca de experiências e a vivência de uma pluralidade de situações que criem

oportunidades para que pacientes e profissionais de saúde fortaleçam vínculos, esclareçam

dúvidas, vislumbrem alternativas de cuidado e encontrem soluções adequadas para

problemáticas individuais e/ou coletivas que estejam dificultando a adesão ao tratamento.

Expecta-se ainda que o grupo possa contribuir para o processo de empoderamento dos

usuários e para que os mesmos se tornem sujeitos ativos no cuidado de sua saúde.

REFERÊNCIAS

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