trabalho - tintas, vernizes e lacas
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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA CIVIL
Carlito Pereira do NascimentoCaroline Nogueira Couto
Fernanda de Paula FreitasKênia Lucia Cunha
Rafael Lucas de MatosRoberta de Abreu
TINTAS, VERNIZES E LACAS
Governador Valadares
2012
Carlito Pereira do NascimentoCaroline Nogueira Couto
Fernanda de Paula FreitasKênia Lucia Cunha
Rafael Lucas de MatosRoberta de Abreu
TINTAS, VERNIZES E LACAS
Governador Valadares
2012
Trabalho apresentado a disciplina Materiais de Construção Civil II, professor Anderson Gusmão, Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Vale do Rio Doce.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................1
2. HISTÓRIA DA TINTA...........................................................................................2
2.1. PRÉ-HISTÓRIA: FUNÇÃO PURAMENTE DECORATIVA.............................2
2.2. EGITO: ADICIONANDO CORES...................................................................2
2.3. CHINA: INVENTANDO A TINTA DE ESCREVER..........................................3
2.4. ROMA: ASCENSÃO E QUEDA......................................................................3
2.5. IDADE MÉDIA: REDESCOBERTA.................................................................3
2.6. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: EXPANSÃO E PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA...................................................................................................................4
2.7. SÉCULO XX: A TECNOLOGIA A SERVIÇO DAS TINTAS............................4
3. TINTAS E VERNIZES...........................................................................................5
4. MATÉRIAS-PRIMAS E CONSTITUINTES...........................................................7
4.1. RESINAS........................................................................................................7
4.1.1. Resinas alquídicas.................................................................................8
4.1.2. Resinas fenólicas...................................................................................8
4.1.3. Resinas uretânicas................................................................................9
4.1.4. Resinas látex acrílicos...........................................................................9
4.1.5. Resinas de polivinil butiral..................................................................10
4.1.6. Resina de nitrocelulose.......................................................................10
4.2. PIGMENTOS...................................................................................................10
4.2.1. Pigmentos de cobertura......................................................................12
4.2.2. Pigmentos funcionais..........................................................................13
4.2.3. Pigmentos anticorrosivos...................................................................13
4.3. ADITIVOS.....................................................................................................13
4.4. SOLVENTES................................................................................................14
4.5. CARGAS.......................................................................................................14
4.6. ÓLEOS.........................................................................................................15
5. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS.....................................................16
6. PROPRIEDADES DAS TINTAS.........................................................................18
6.1. ESTABILIDADE............................................................................................18
6.2. FACILIDADE DE APLICAÇÃO.....................................................................18
6.3. RENDIMENTO E COBERTURA...................................................................18
6.4. DURABILIDADE...........................................................................................19
6.5. LAVABILIDADE............................................................................................19
6.6. SECAGEM....................................................................................................19
7. CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS........................................................................20
7.1. SELADORES / FUNDOS PREPARADORES...............................................20
7.2. MASSAS.......................................................................................................20
7.3. PRIMERS.....................................................................................................20
7.3.1 Primers anticorrosivos........................................................................21
7.3.2 Primers Surfacers................................................................................21
7.3.3 Primers de aderência...........................................................................21
7.4 ESMALTES/ TINTAS DE ACABAMENTO....................................................21
7.4.1 Vernizes................................................................................................21
7.4.2 Silicone.................................................................................................22
8. TIPOS DE TINTAS..............................................................................................23
8.1 LINHA IMOBILIÁRIA.....................................................................................23
8.2 LINHA INDUSTRIAL.....................................................................................26
8.2.1 Alquídicas.............................................................................................27
8.2.2 Acrílicas................................................................................................27
8.2.3 Epoxídicas............................................................................................28
8.2.4 Poliuretânicas.......................................................................................29
8.2.5 Alta temperatura...................................................................................29
8.2.6 Etil Silicato de Zinco............................................................................30
9. TINTAS ESPECIAIS...........................................................................................31
9.1 TINTAS RESISTENTES AO CALOR............................................................31
9.2 TINTAS RETARDADORAS DE COMBUSTÃO............................................31
9.3 TINTAS INDICADORAS DE TEMPERATURA.............................................31
9.4 TINTAS ANTI-CONDENSAÇÃO..................................................................31
9.5 TINTAS INIBIDORAS DO DESENVOLVIMENTO DE ORGANISMOS........32
9.6 TINTAS LUMINESCENTES.........................................................................32
9.6.1 Fluorescentes.......................................................................................32
9.6.2 Fosforescentes.....................................................................................33
10. PREPARO DA SUPERFÍCIE...........................................................................34
10.1 CONCRETO E REBOCO.............................................................................34
10.2 CIMENTO AMIANTO....................................................................................35
10.3 MADEIRA.....................................................................................................35
10.4 PISOS...........................................................................................................35
10.5 AÇO..............................................................................................................36
10.6 METAL GALVANIZADO...............................................................................36
10.7 ALUMÍNIO....................................................................................................36
10.8 SUPERFÍCIES MOFADAS...........................................................................37
10.9 SUPERFÍCIES JÁ PINTADAS......................................................................37
10.10 SUPERFÍCIES CAIADAS..........................................................................37
11. FERRAMENTAS.............................................................................................38
11.1 PINCÉIS E TRINCHAS.................................................................................39
11.2 ROLOS.........................................................................................................40
11.2.1 Rolos de lã de carneiro ou lã sintética...............................................40
11.2.2 Rolos de lã para epóxi.........................................................................40
11.2.3 Rolos de espuma.................................................................................40
11.2.4 Rolos de espuma rígida (para texturização)......................................40
11.3 ESPÁTULAS DE AÇO..................................................................................41
11.4 DESEMPENADEIRAS DE AÇO...................................................................41
11.5 BANDEJAS OU CAÇAMBAS PARA PINTURA............................................41
11.6 LIXAS...........................................................................................................41
11.7 REVÓLVER OU PISTOLA DE PINTURA.....................................................42
11.8 AIR LESS......................................................................................................42
12. PRODUTOS E APLICAÇÕES.........................................................................43
11.1 LÁTEX PVA....................................................................................................43
12.1.1 Indicação...............................................................................................43
12.1.2 Local de aplicação...............................................................................43
12.1.3 Complementos.....................................................................................43
12.2 ACRÍLICAS...................................................................................................44
12.2.1 Indicação...............................................................................................45
12.2.2 Local de Aplicação...............................................................................45
12.3 ESMALTE SINTÉTICO.................................................................................45
12.3.1 Indicação...............................................................................................45
12.3.2 Local de Aplicação...............................................................................45
12.3.3 Complementos:....................................................................................46
12.4 VERNIZES....................................................................................................47
12.4.1 Indicação...............................................................................................47
12.4.2 Local de Aplicação...............................................................................47
12.4.3 Complementos:....................................................................................47
12.5 TEXTURAS...................................................................................................48
12.5.1 Indicação...............................................................................................48
12.5.2 Local de aplicação...............................................................................48
12.6 PRODUTOS DE RESTAURAÇÃO...............................................................48
13. PINTURA ELETROSTÁTICA..........................................................................49
13.1 MÉTODO DE LEITO FLUIDIZADO..............................................................49
13.2 MÉTODO DE PULVERIZAÇÃO ELETROSTÁTICA.....................................50
14. PROBLEMAS E SOLUÇÕES NO USO DE TINTAS.......................................51
14.1 SEDIMENTAÇÃO.........................................................................................51
14.2 COR DIFERENTE DA CARTELA DE CORES.............................................51
14.3 SECAGEM DIFERENTEZ............................................................................52
14.4 COBERTURA DEFICIENTE.........................................................................52
14.5 DIFICULDADE DE APLICAÇÃO..................................................................52
14.6 MAU CHEIRO...............................................................................................52
15. PATOLOGIAS OBSERVADAS NAS SUPERFÍCIES......................................54
15.1 CALCINAÇÃO/SAPONIFICAÇÃO................................................................54
15.2 EFLORESCÊNCIA.......................................................................................55
15.3 MANCHAS AMARELAS EM PAREDES E TETOS......................................56
15.4 BOLHAS.......................................................................................................57
15.5 DESAGREGAMENTO..................................................................................58
15.6 FISSURAS....................................................................................................58
15.7 OXIDAÇÃO...................................................................................................59
15.8 DESCASCAMENTO.....................................................................................60
15.9 MOFO...........................................................................................................60
15.10 ESCORRIMENTO.....................................................................................61
15.11 MAU ALASTRAMENTO............................................................................62
15.12 MANCHAS FOSCAS E NÃO UNIFORMES NO FILME............................62
15.13 ENRUGAMENTO......................................................................................63
15.14 TRINCAS DE ESTRUTURA......................................................................63
15.15 MANCHAS CAUSADAS POR PINGOS DE CHUVA.................................64
16. TINTAS - IMPORTÂNCIA E RISCOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE.....66
16.1 OS PRINCIPAIS PRODUTOS PERIGOSOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NAS TINTAS.................................................................................67
16.1.1 Solventes derivados de petróleo e terebentina.................................67
16.1.2 Resinas geralmente vinílicas e alquílicas..........................................67
16.1.3 Pigmentos ou corantes.......................................................................67
16.2. EFEITOS NOCIVOS AO SER HUMANO......................................................68
17. COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES................................................................73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................74
ANEXOS....................................................................................................................76
1
1. INTRODUÇÃO
Estamos constantemente cercados por cores que alegram todos os
ambientes. Estas cores geralmente são dadas através das tintas, mas o que é uma
tinta e qual a sua finalidade?
As tintas e os vernizes têm por finalidade proteger e embelezar as superfícies.
É utilizada também para sinalizar, transmitir ideias, refletir e absorver calor. A
história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da
humanidade. O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais
para transmitir experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que
complementassem sua comunicação e que perpetuasse a informação.
Neste contexto, os pigmentos eram utilizados somente como veículo de
comunicação ao possibilitar a representação iconográfica do cotidiano do homem
primitivo. Mais tarde, juntamente com a evolução humana, às tintas foram sendo
atribuídas outras funções. Assim, já começavam a ser utilizadas como elemento de
decoração e proteção de superfícies.
Uma casa, um automóvel ou uma grande estrutura metálica corretamente
pintada agradarão muito mais. Além disso, a função da pintura não é somente
decorativa, mas econômica, pois estas superfícies pintadas estarão protegidas da
ação destruidora dos agentes do meio ambiente.
Podemos observar desta forma que, ao lado da função decorativa,
melhorando sensivelmente a aparência, as tintas e os vernizes desempenham um
papel realmente muito importante, pois protegem e prolongam a vida útil de um
imenso complexo constituído por instalações industriais, edifícios, pontes, aviões,
veículos em geral, aparelhos eletrodomésticos, móveis, artigos de madeira, dentre
muitos outros.
2
2. HISTÓRIA DA TINTA
É muito difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. O homem não
estava procurando criar ou inventar algo que embelezasse ou protegesse sua casa
quando a tinta surgiu, mesmo porque, naquela época, ele ainda morava em
cavernas. Foi graças à incessante necessidade do homem expressar os seus
pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi descoberta.
Primeiramente, as tintas tiveram um papel puramente estético. Somente mais tarde,
quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as
condições climáticas eram mais severas, o aspecto "proteção" ganharia maior
importância.
2.1. PRÉ-HISTÓRIA: FUNÇÃO PURAMENTE DECORATIVA
Os povos pré-históricos fabricavam tintas moendo materiais coloridos como
plantas e argila em pó, e adicionando água. A técnica empregada era simples, pois
as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre
pedras. Usavam-na para a decoração de suas cavernas e tumbas, e sobre seus
corpos.
2.2. EGITO: ADICIONANDO CORES
O primeiro povo a pintar com grande variedade de cores foram os egípcios.
Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais encontrados na terra de seu
próprio país e das regiões próximas. Somente entre 8.000 a 5.800 a.C. é que
surgiram os primeiros pigmentos sintéticos. Para obterem cores adicionais, os
egípcios importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira, podia-se obter um
azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, violeta e marrom. Os
3
egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, com as quais aplicavam a
tinta.
2.3. CHINA: INVENTANDO A TINTA DE ESCREVER
As primeiras tintas de escrever foram provavelmente inventadas pelos antigos
egípcios e chineses. As datas exatas dessa invenção são desconhecidas.
Manuscritos de cerca de 2.000 a. C. comprovam que os chineses já conheciam e
utilizavam nanquim.
2.4. ROMA: ASCENSÃO E QUEDA
Os romanos aprenderam a técnica de fabricar tinta com os egípcios.
Exemplares de tintas e pinturas romanas podem ser vistos nas ruínas de Pompéia.
Por volta do século V a.C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o
alvaiade como pigmento. Após a queda do Império Romano, a arte de fabricar tintas
perdeu-se, sendo retomada pelos ingleses somente no final da Idade Média.
2.5. IDADE MÉDIA: REDESCOBERTA
Na Idade Média, o aspecto "proteção" começa a ganhar importância. Os
ingleses usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em prédios públicos
e residências de pessoas importantes. Durante os século XV e XVI, artistas italianos
fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Nessa época, a produção de tinta era
particularizada e altamente sigilosa. Cada artista ou artesão desenvolvia seu próprio
processo de fabricação de tinta. Tratadas como se fossem um "segredo de Estado",
as fórmulas de tintas eram enterradas com seu inventor.
4
2.6. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: EXPANSÃO E PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA
No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os
fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. Os primeiros
fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais para tinta, fornecendo-os
para os pintores, que compunham suas próprias misturas. Em 1867, os fabricantes
introduziram as primeiras tintas preparadas no mercado. O desenvolvimento de
novos equipamentos de moer e misturar tintas no final do século XIX também
facilitou a produção em larga escala.
2.7.SÉCULO XX: A TECNOLOGIA A SERVIÇO DAS TINTAS
Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, período considerado pelos
historiadores bastante fértil para ciência, químicos desenvolveram novos pigmentos
e resinas sintéticas. Esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das tintas,
como óleo de linhaça, necessário para fins militares. Pesquisas desenvolvidas por
químicos e engenheiros tornaram-se atividade importante na fabricação de tinta.
No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura de
exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas à prova
de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a pesquisa
continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência contra
substâncias químicas e gases. Foi nessa época, que as tintas fluorescentes se
popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento, por chumbo, de muitas
crianças após terem comido lascas de tinta seca, na década de 1970 os governos
de alguns países impuseram restrições ao conteúdo de chumbo nas tintas de uso
doméstico, limitando-o a cerca de 0,5%.
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3. TINTAS E VERNIZES
Quando falamos nas tintas e vernizes num sentido mais abrangente,
compreende-se qualquer material de revestimento, de consistência líquida ou
pastosa, apto a cobrir, proteger e colorir uma superfície. (Petrucci. 1993. p. 370)
Segundo o seu uso podem ser brilhantes ou ‘mate’, transparentes ou não,
coloridas ou incolores, bem como apresentar resistência a determinados tipos de
agentes agressivos.
Duas são, portanto, as funções que normalmente deve preencher uma tinta,
quais sejam a de proteger e a de embelezar.
Nesta acepção, tinta é uma composição pigmentada líquida, pastosa ou
sólida que, quando aplicada em camada fina sobre uma superfície apropriada, no
estado em que é fornecida ou após diluição ou dispersão em produtos voláteis, ou
fusão, é convertível, ao fim de certo tempo, numa película sólida, continua, corada e
opaca.
A qualidade pretendida, o fim a que se destina a tinta, o fator econômico,
entre outros, são elementos que podem condicionar a proporção dos constituintes.
Na proteção e decoração de superfícies não só se utilizam tintas como
também se aplicam vernizes.
Há diferenças a salientar que distinguem um verniz de uma tinta,
principalmente pelo fato do verniz não ser pigmentado e depois de aplicado forma-se
numa película seca transparente, não opaca e que poderá ser corado com corantes
solúveis. Podemos por isso definir que verniz é uma composição não pigmentada
líquida, pastosa ou sólida que, quando aplicada em camada fina sobre uma
superfície apropriada, no estado em que é fornecida ou após diluição, é convertível,
ao fim de certo tempo, numa película sólida, contínua, transparente ou translúcida e
mais ou menos dura.
Poderemos, ao escolher as matérias primas, obter tintas com as
características desejadas, como por exemplo:
a) Facilidade na aplicação: Ao utilizarmos o método de aplicação, seja ele qual
for, a tinta deverá estar na consistência correta para facilitar a aplicação;
6
b) Rápida secagem: As grandes áreas de aplicação são em regra geral de difícil
secagem, principalmente nas secagens muito rápidas. Uma tinta brilhante,
para aplicação à trincha em madeira, não deverá secar muito depressa. No
entanto. qualquer pintura deverá estar pronta a ser repintada no dia seguinte,
se necessário;
c) Boa aderência: Para termos sucesso numa pintura é sempre necessário
haver boa aderência às superfícies, qualquer que seja o tipo de tinta e
método de aplicação. Para uma boa aderência devemos preparar bem as
superfícies e escolher o sistema de pintura mais adequado.
d) Resistência e durabilidade depois de seca: A película deverá ser dura e ao
mesmo tempo flexível, para poder suportar certas expansões e contrações.
As películas muito duras são normalmente mais quebradiças.
As mudanças de temperatura são as causas normais de aparecimento de
fissuras, expansões e descasque total da tinta. Geralmente nota-se a falta de
durabilidade da tinta pela perda do brilho, esfarelamento e alteração de cor. A ação
da luz, água, ar e alguns agentes químicos originam ataques às películas,
provocando a mudança de cor e fissuras. A resistência da cor depende da qualidade
dos pigmentos usados na formulação da tinta.
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4. MATÉRIAS-PRIMAS E CONSTITUINTES
Em sua essência, a tinta é composta por veículos, pigmentos, solventes e
aditivos. Assim, os veículos ou aglutinadores constituem as resinas para tintas a
base de solventes e as emulsões para tintas a base de água. Servem para unir as
partículas de pigmento. Os pigmentos podem ser ativos ou inertes. Os ativos
conferem cor e cobertura e os inertes conferem enchimento, facilidade de lixamento,
entre outras propriedades.
Os aditivos melhoram ou aperfeiçoam uma série de características das tintas,
sejam elas à base de água ou solvente. Um deles, os espessantes, trabalham a
viscosidade na tinta e a espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca.
Figura 1: Composição das tintas
4.1. RESINAS
“Os aglomerantes ou resinas são os responsáveis pela formação do
filme da tinta, sua secagem e propriedades gerais. São ainda os
8
responsáveis em converter o filme da tinta em uma membrana densa,
uniforme, homogênea e perfeitamente aderente ao substrato” (Manual
Técnico – Linha Imobiliária das Tintas Ipiranga).
Resina é a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas
de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento
empregado. É ela responsável pela formação da película protetora na qual se
converte a tinta depois de seca. Outra função é a de proporcionar brilho, aderência,
elasticidade e resistência. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas,
epoxídicas, etc. Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais,
vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou
petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem
às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.
Para pinturas arquiteturais, os tipos mais usados são as resinas alquídicas,
fenólicas, epóxi, uretânicas, óleos resinosos e os látex vinílicos e acrílicos. É através
das características das resinas que se classificam os tipos de tinta.
4.1.1. Resinas alquídicas
As resinas alquídicas são poliésteres modificados com óleos, com boa
secagem e resistência ao intemperismo. São usadas em grande volume e secam
pela evaporação dos solventes e pela oxidação dos óleos. Quanto maior for a
quantidade de óleo em sua fórmula mais demorada é sua secagem, menor o seu
brilho e melhor sua propriedade de umectação e sua elasticidade.
São utilizadas para fabricação de esmaltes arquiteturais e industriais, para
uso interno e externo. São superiores às resinas fenólicas na retenção de cor e
facilidade de repintura. Não devem ser usadas diretamente sobre alvenaria ou
superfícies alcalinas; O uso sobre este substrato só é recomendável após aplicação
de um primer ou selador resistente à alcalinidade.
4.1.2. Resinas fenólicas
9
As resinas fenólicas usadas no preparo de tintas imobiliárias são
normalmente modificadas com óleos em percentuais variados e secam pela
evaporação dos solventes, seguido da oxidação dos óleos. Têm excelente
resistência à água e produtos químicos. Não têm boa manutenção de cor e
endurecem muito com o envelhecimento do filme.
4.1.3. Resinas uretânicas
Os polímeros uretânicos podem ser utilizados na formulação de produtos de
um ou dois componentes. Os mono-componentes são produtos da reação de
isocianatos modificados com óleos secativos e secam pela evaporação dos
solventes e oxidação dos óleos, proporcionando um filme duro, resistente à abrasão
e excelente resistência ao intemperismo. Os bi-componentes são fornecidos em dois
componentes, sendo que o componente ‘A’ é a resina poliéster e o componente ‘B’ é
um pré-polímero de isocianato. O verniz final têm excelente resistência ao exterior,
com manutenção da cor e do brilho.
Látex vinílicos são polímeros de acetato de vinila, modificados ou não, de
dureza variada, flexíveis, e secam pela evaporação da água e a coalescência das
partículas do polímero. São utilizadas na fabricação de tintas para uso interno e
externo.
4.1.4. Resinas látex acrílicos
Os látex acrílicos são copolímeros acrílicos, que secam pela evaporação da
água e a coalescência das partículas dos polímeros, formando filmes flexíveis,
aderentes, resistentes à álcalis e a água. São também utilizados no preparo de tintas
látex para uso interno ou externo.
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4.1.5. Resinas de polivinil butiral
O Polivinil Butiral é um aglomerante bem flexível e aderente, utilizado
normalmente na formulação de condicionadores de metal, pigmentos com Cromato
de Zinco e catalisadores com ácidos. Proporcionam filmes com bom poder de
adesão, inclusive sobre metais não ferrosos e com bom poder anticorrosivo.
4.1.6. Resina de nitrocelulose
Os polímeros de Nitrocelulose são produzidos através da nitração da
celulose. Apresentam secagem extra rápida, película bastante dura e facilidade de
lixamento ou polimento.
4.2.PIGMENTOS
“Pigmentos são sólidos finamente divididos, insolúveis no veículo da
tinta e que conferem principalmente cor e poder de cobertura,
contribuindo também para a proteção e resistência ao intemperismo,
brilho e outras características exigida.” (Manual Técnico – Linha
Imobiliária das Tintas Ipiranga).
Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para conferir
cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos.
As principais propriedades que um pigmento deve possuir em largo limite,
são:
opacidade;
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poder corante;
finura e propriedade de suspensão;
estabilidade á luz;
estabilidade ao calor;
estabilidade aos agentes de corrosão ou propriedades anticorrosivas;
poder de absorção de óleo.
O pigmento, aIém destas propriedades, também é responsável, mas em
menor grau, pelas propriedades mecânicas, de brilho, de resistência aos produtos
químicos e ao envelhecimento do revestimento por pintura.
Mas, geralmente, um pigmento não apresenta todas estas características com
o mesmo grau de intensidade. Por isso devera o formulador da tinta fazer um
judicioso equilíbrio entre o teor de pigmento (varia entre 5% a 8O%) e o teor dos
outros constituintes (veiculo. cargas e aditivos), para que o produto final corresponda
aos requisitos pretendidos como o de proteção e decoração.
Será ainda importante referenciar a relação pigmento/veículo (concentração
volumétrica de pigmento) considerado ótimo, para o qual em princípio a película
deverá apresentar as melhores propriedades e mais adequadas ao fim a que se
destina.
Disto conclui-se que o formulador da tinta, ao selecionar e preparar esta,
deverá se preocupar não só com a cor desejada, como também estar alerta para
não prejudicar o comportamento em geral.
Num breve esquema de classificação, os pigmentos dividem-se em:
Pigmentos orgânicos (produtos vegetais e animais);
Pigmentos inorgânicos (terras coloridas).
Quanto à natureza química temos:
Pigmentos metálicos: constituídos por pós metálicos (alumínio, cobre, zinco,
ligas de cobre e zinco e bronze);
Pigmentos inorgânicos: geralmente incombustíveis e insensíveis ao calor
(dióxido de titânico e óxido de zinco);
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Pigmentos orgânicos: sensíveis à temperatura e combustíveis (vermelho de
totuidina e amarelo de benzidina).
Quanto ao processo de obtenção os pigmentos classificam-se em:
Pigmentos naturais: obtidos a partir de produtos naturais por processos de
moagem e peneiração (terras, metais, dióxido metálico);
Pigmentos sintéticos: preparação por reação química a partir de compostos
orgânicos e inorgânicos (ftalocianina de cobre).
Os pigmentos mais comuns, oriundos dos diferentes produtores, distinguem-
se quanto às cores por:
Pigmentos brancos (dióxido de titânico, litopone, branco de zinco, branco de
antimónio, branco de chumbo e branco fixo);
Pigmentos amarelos (amarelos de crómio, amarelo de óxido de ferro,
amarelos de zinco, amarelo de cádmio e pigmentos orgánicos);
Pigmentos azuis (azul da Prússia ou azul de Paris, azul de cobalto, azul de
ultramira e azul de ftalocianina;
Pigmentos verdes (inorgânicos e orgânicos);
Pigmentos vermelhos (óxidos vermelhos de ferro, óxidos vermelhos de
chumbo e vermelho de cádmio);
Pigmentos castanhos (terras coloridas);
Pigmentos pretos.
São também divididos em pigmentos de cobertura, funcionais e
anticorrosivos.
4.2.1. Pigmentos de cobertura
Os pigmentos de cobertura conferem à tinta cor e poder de cobertura, além
de influírem decisivamente na resistência ao intemperismo e às atmosferas poluídas.
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Podem ser Orgânicos, que de um modo geral têm cores mais limpas e fortes, com
alto poder de tingimento e baixo poder de cobertura e Inorgânicos, com baixo poder
de tingimento e alto poder de cobertura, porém com pequena gama de tonalidades,
onde se destacam o dióxido de titânio, óxidos de ferro, cromatos e molibidatos.
4.2.2. Pigmentos funcionais
Os pigmentos funcionais são usados para conferir as tintas certas
propriedades como reologia, dureza, resistência à abrasão, facilidade de lixamento,
poder de selagem, brilho e ação anti-sedimentante, na qual podemos destacar o
caolim, talco, barita e calcita.
4.2.3. Pigmentos anticorrosivos
Existem ainda os pigmentos anticorrosivos, cuja finalidade é inibir a coesão
em superfícies metálicas, onde se destacam o pó de zinco, zarcão, cromatos e
fosfatos de zinco.
4.3.ADITIVOS
Substâncias eventualmente incorporadas, em pequena percentagem, nas
tintas e produtos similares, com o fim de lhes alterar acentuadamente determinadas
características. Ou seja, são produtos líquidos, viscosos ou sólidos pulverulentos,
solúveis nos veículos com o objetivo de melhorar e desenvolver as condições de
aplicação de tintas e as propriedades da película seca.
Alguns aditivos, bem como suas funções e produtos afins. Dos vários aditivos
existentes na indústria, os secantes e os plastificantes são os mais importantes, uma
vez que conferem às tintas propriedades fundamentais na sua composição final.
14
Os secantes são substâncias catalisadoras de absorção química de oxigênio
e, portanto, com o objetivo de reduzir o tempo de secagem de uma pintura. Contudo,
quantidades excessivas de secantes ocasionam películas duras e quebradiças.
O termo “plastificante” induz na palavra plástico, maleável, deformação
contínua e permanente, sem ruptura do material. Por esta razão têm a função de
produzirem películas suficientemente flexíveis, conferindo flexibilidade e elasticidade
às películas de tintas.
Proporcionam características especiais as tintas ou melhorias nas suas
propriedades.
Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e
vernizes, como agentes secantes, cargas, anti-mofos, dispersantes, anti-espumante,
anti-sedimentante, plastificante, niveladores, etc. Podem já estar presentes na tinta
ou serem adicionados na hora da aplicação.
4.4.SOLVENTES
Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e
correlatos para dissolver a resina. São produtos incorporados à formulação para
facilitar o processo de produção, bem como aplicação do produto final. Interfere na
secagem, na aparência e em suas propriedades físicas e de aplicação. Em virtude
da variedade de resinas empregadas, requer-se também uma grande gama de
solventes específicos para cada tipo de tinta. É composto por hidrocarbonetos
aromáticos, álcoois, ésteres, cetonas e glicóis-ésteres, isento de benzeno e produtos
clorados.
4.5.CARGAS
Carga é uma substância inorgânica sob a forma de partículas mais ou menos
finas, de fraco poder de cobertura, insolúvel nos veículos, empregada como
constituinte de tintas com o fim de lhes modificar determinadas propriedades.
15
É em função da sua granulometria, da superfície especifica e das
características a ela inerentes, que facilitam a fabricação e aplicação, melhoram a
qualidade e durabilidade, aumentam a impermeabilidade e elasticidade, conferem
determinadas propriedades como isolantes (acústico e térmico, resistência ao fogo,
antiderrapantes) e, ainda, possibilitam a conservação das tintas.
No entanto, as cargas têm fraco poder corante, praticamente não conferem
opacidade às tintas, mas por razões de ordem técnica e econômica, são utilizadas
na sua composição.
Conforme a sua origem as cargas classificam-se em:
Cargas naturais (barita, calcite, dolomite, caulino, limonite, mica, amianto,
talco, diatomite, sílica);
Cargas artificiais (sílicas artificias, sulfato de bário precipitado, etc.).
4.6. ÓLEOS
Define-se óleo como uma substância líquida e de aspecto viscoso à
temperatura ordinária, de origem vegetal, animal ou mineral, podendo apresentar
estruturas químicas muito diversas.
Nos óleos (tintas oleosas) o aglutinante é constituído por óleos orgânicos
designados por óleos secativos. Este tem normalmente origem vegetal, possuindo a
propriedade de se solidificar, transformando-se numa película mais ou menos dura e
elástica quando é exposta ao ar, em camada fina.
Os óleos secativos de maior importância são o óleo de linhaça, o de madeira
da China ou “Tung”, o de rícino desidratado, o de soja e o de “óleo de Tall”.
O óleo de linhaça, sendo o de maior importância, é dotado de boas propriedades de
secagem e durabilidade exterior. Contudo os filmes, por envelhecimento, tendem a
amarelar e a endurecer, perdendo as suas propriedades elásticas originais.
As propriedades a considerar num óleo são: a cor, o aspecto, a fluidez, o odor, a
massa específica, o índice de refração, índice de saponificação, índice de iodo,
índice de ácido e absorção de óleo.
16
5. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS
A Revolução Industrial teve um importante papel no desenvolvimento e
amadurecimento do processo de fabricação de tinta. Com o surgimento dos
equipamentos mecânicos, a produção de tinta — antes um processo manual e
personalizado — industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para
abastecer um mercado, embora embrionário, mas bastante promissor.
O século XX colocou à disposição das indústrias uma série de inovações
tecnológicas que, pouco a pouco, automatizariam o processo de fabricação. Ainda
neste século, as ciências — química, física e biológica — tiveram um espantoso
progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de
excelência qualitativa em que atualmente se encontra.
O processo de fabricação pode ser resumido nas etapas descritas abaixo:
1. Pesagem: A primeira etapa na fabricação de tinta é a pesagem dos materiais
líquidos para o veículo da tinta. Tubulações irão transportar os materiais do tanque
de estocagem;
2. Mistura: O fabricante coloca uma pequena quantidade de veículo em um
grande misturador mecânico. Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado.
As pás do misturador irão girar lentamente e transformarão os dois ingredientes em
pasta de pigmento e de veículo;
3. Trituração: Um operário deposita a pasta em um moinho ou triturador para
dispersar as partículas de pigmento e distribuí-las uniformente pelo veículo. Existem
dois tipos de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo
são grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo ou de aço.
Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as
outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de aço que rodam uns
sobre os outros para triturar e misturar os pigmentos;
4. Diluição e Secagem: Após a trituração, um operário derrama a pasta moída
em um tanque, onde é misturada mecanicamente com mais veículo, solventes e
17
secantes. Solventes como nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e
manganês levam a tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até
que esteja quase pronta para ser usada;
5. Teste de cor e qualidade: Em seguida, o tingidor envia uma amostra da
nova tinta para o laboratório de controle de qualidade da fábrica, que irá testar a cor
e qualidade. No Brasil, os padrões de cor e qualidade são estabelecidos pelas
fábricas de tintas e pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas;
6. Tintagem: Agora, um operário, chamado de tingidor, adiciona uma pequena
quantidade de pigmento à tinta para conferir-lhe a cor exata e o brilho desejado.
Nesta etapa ocorrem possíveis correções de formulação para atender as
especificações pretendidas;
7. Filtragem: Depois de ter sido aprovada, a tinta é finalmente filtrada através
de um saco de feltro, ou de outro tipo de filtro, para remover partículas sólidas de
poeira ou sujeira;
8. Embalagem: Esta é a última etapa do processo. A tinta é despejada em um
tanque (máquina de alimentação) que irá encher as latas com a quantidade exata.
Esteiras rolantes transportam as latas, que serão embarcadas em caminhões e trens
para o transporte final.
18
6. PROPRIEDADES DAS TINTAS
Existe uma série de características que são desejáveis em uma tinta, que
podem variar de acordo com a finalidade do produto. As principais são estabilidade,
facilidade de aplicação, rendimento e cobertura, durabilidade, lavabilidade e
secagem.
6.1. ESTABILIDADE
Caracteriza a tinta de forma que, ao se abrir uma lata de tinta pela primeira
vez, esta não deve apresentar excesso de sedimentação, coagulação,
empedramento, separação de pigmentos, sineresis ou formação de nata, tal que não
possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual. A tinta não deve
apresentar odor pútrio nem exalar vapores tóxicos.
6.2. FACILIDADE DE APLICAÇÃO
A tinta deve espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou trincha deslizem
suavemente sobre a superfície, devendo as marcas desses instrumentos
desaparecerem logo após a aplicação da tinta, resultando em uma película uniforme.
6.3. RENDIMENTO E COBERTURA
O rendimento refere-se ao volume necessário para pintar uma determinada
área. A cobertura significa a capacidade da tinta em cobrir totalmente a superfície e
estas duas propriedades estão diretamente relacionadas ao tipo, à qualidade e à
quantidade de resinas e pigmentos utilizados na formulação da tinta. È justamente
19
aqui, na variação desses elementos, que se encontram as maiores diferenças de
qualidade entre os produtos disponíveis no mercado.
6.4. DURABILIDADE
Refere-se a resistência da tinta à ação dos intempéries. A tinta mais durável
demora mais para sofrer alterações na sua película, como calcinar, mudar de cor,
perder sua boa aparência, assim como suas propriedades mecânicas e protetivas,
necessitando menor manutenção, ou seja, o tempo de repintura é maior. A
durabilidade de uma tinta também depende diretamente do tipo, da qualidade e da
quantidade de resinas e pigmentos utilizados em sua formulação. A resistência ao
intemperismo de uma tinta pode ser verificada com a exposição de painéis ao
ambiente, ou através de testes acelerados em laboratório.
6.5. LAVABILIDADE
As tintas devem ser laváveis, resistindo à ação de agentes químicos comuns
em uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária e outros.
6.6. SECAGEM
A secagem de uma tinta não deve ser tão rápida que não permita uma fácil
aplicação e nivelamento, nem tão lenta que não permita demãos posteriores num
tempo conveniente.
20
7. CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS
As tintas se classificam basicamente em seladores/ fundos preparadores,
massas, primers, esmaltes/ tintas de acabamento, vernizes e silicone.
7.1. SELADORES / FUNDOS PREPARADORES
São produtos formulados para selar a superfície, regularizando a absorção do
substrato, aumentando sua coesão ou ainda selando sua alcalinidade e preparando-
os para demãos seguintes.
Normalmente os produtos à base de solventes tem um poder de penetração
muito maior que os à base de látex e devem ser os recomendados sempre que
possível.
Existem ainda os seladores pigmentados que além de selarem a superfície,
funcionam como uma primeira demão, economizando desta forma o acabamento
final.
7.2. MASSAS
São produtos altamente pigmentados e tem por finalidade regularizar as
superfícies para um acabamento mais uniformizado e esmerado.
7.3. PRIMERS
São produtos medianamente pigmentados com funções específicas, sendo
classificados em anticorrosivos, surfacers e de aderência.
21
7.3.1 Primers anticorrosivos
Têm como finalidade principal proteger superfícies metálicas contra corrosão.
7.3.2 Primers Surfacers
Têm como função nivelar a superfície para as demãos subsequentes do
acabamento.
7.3.3 Primers de aderência
Têm como finalidade formarem uma ponte de ligação entre o substrato e o
acabamento final geralmente reage com a superfície a ser pintada, formando um
todo indissolúvel
.
7.4ESMALTES/ TINTAS DE ACABAMENTO
Tem como função dar o acabamento final à superfície, decorando-a,
protegendo-a, sinalizando-a, etc., sendo que existem ainda os texturizados. As tintas
de acabamento proporcionam infinitas opções de cores e de brilho, desde
acabamentos brilhantes até foscos.
7.4.1 Vernizes
22
É o acabamento final à superfícies nas quais se deseja que o fundo continue
a aparecer, como no caso de madeiras, concreto aparente, pedras e outros.
7.4.2 Silicone
É um produto à base de polisiloxana, que não forma filme sobre a superfície
em que foi aplicado. Têm por finalidade penetrar profundamente no substrato e
repelir a penetração de água no mesmo.
23
8. TIPOS DE TINTAS
Levando em consideração a gama de fornecedores de tintas, normalmente as
tintas de revestimento são classificadas como:
Tintas Imobiliárias / Linha Imobiliária
Tintas Automotivas / Linha Automotiva
Tintas Industriais / Linha Industrial
8.1LINHA IMOBILIÁRIA
Dentre as tintas imobiliárias disponíveis no mercado podem-se encontrar as
seguintes tipologias: látex PVA, acrílicas, esmaltes sintéticos, vernizes e texturas.
É a linha cujos produtos são indicados para uso em edificações residenciais e
comerciais.
Figura 2: Tipologias das tintas imobiliárias
O volume e a concentração de pigmentos nas tintas regulam os diferentes
níveis de brilho e interferem inclusive na resistência do produto. As variações de
brilho são calculadas através de um índice chamado PVC (pigmento-volume-
concentração).
Assim, quanto menor for o índice, mais baixo será o volume de pigmentos e
maior o brilho da tinta. Conforme o volume de pigmentos da fórmula, uma tinta
imobiliária é dividida em três tipos: semi-brilho, fosca e acetinada e sua indicação
deve estar de acordo com as características de cada uma delas. Esquema 4.
24
Figura 3: Acabamentos das tintas imobiliárias
As tintas PVA látex são compostas por resinas à base de dispersão aquosa
de polímeros vinílicos, pigmentos isentos de metais pesados, cargas minerais
inertes, glicóis e tensoativos etoxilados e carboxilados. Sua aplicação deve ser feita
com rolo de lã, trincha ou pistola esta tinta apresenta probabilidade de apresentar
um ligeiro manchamento quando exposta água (sereno ou chuvas leves), ocorrendo
geralmente no período de cura do filme da tinta, isto é, nas duas primeiras semanas.
Para asolução deste problema, os fabricantes recomendam que a superfície seja
toda lavada com água em abundância tão logo tenha ocorrido o manchamento.
As tintas acrílicas são compostas por resina 100% acrílica elastomérica em
dispersão aquosa, aditivos heterocíclicos, pigmentos isentos de metais pesados,
cargas minerais inertes, álcoois, tensoativos etoxilados e carboxilados. A aplicação é
feita com rolo de lã ou trincha.
Os esmaltes sintéticos são compostos por resina alquídica à base de óleo
vegetal semi-secativo, pigmentos orgânicos e inorgânicos, cargas minerais inertes
(nos metais acetinados e foscos), hidrocarbonetos alifáticos, secantes organo-
metálicos e não contém benzeno.
O quadro abaixo identifica os tipos de acabamentos com suas principais
características.
TIPOLOGIAS E ACABAMENTOS
TIPOFICHA TÉCNICA
Descrição Substrato/Aplicação Acabamento
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Látex PVA
Resina à base de dispersão aquosa de polímeros vinílicos, pigmentos isentos de metais pesados, cargas minerais inertes, glicóis e tensoativos etoxilados e carboxilados.• Tinta à base de água;•Não lavável;•Secagem rápida;• Média cobertura.
A aplicação deve ser feita com rolo de lã, pincel/trinha oupistola
•Alvenarias:- Interiores.
• Fosco aveludado
AcrílicaTinta à base de água;• Excelente lavabilidade e cobertura.
Alvenarias:- Exteriores- Interiores
• Fosco• Acetinado• Semi-brilho
Esmaltes Sintéticos
Tinta à base de solventes;• Ótimo acabamento• Resistência a intempéries.
Superfícies internas de:- Madeiras- Metais
Fosco• Acetinado• Semi-brilho
Vernizes
Produtos à base de solventes;• Acabamento e proteção transparente;• Conservação do aspecto natural da madeira.
• Superfícies:- Internas- Externas
• Brilho• Semiibrilho• Fosco• Pigmentado
Texturas
Tinta à base de água, com efeito;• Textura em alto relevo;• Ação hidrorrepelente.
• Superfícies:- Internas- Externas
Variado
As diferenças de brilho entre um produto e outro são, em primeiro lugar, uma
opção para o tipo de acabamento que o consumidor deseja. O acabamento
oferecido pelas tintas semi-brilho, apresentam maior quantidade de resina. As
acetinadas mostram um brilho mais reduzido. Seus preços são menores ou idênticos
ao da semi-brilho. As foscas são geralmente mais baratas e não têm brilho algum,
algo que não reduz e nem modifica sua qualidade. As tintas com acabamento semi-
brilho são usadas tanto em superfícies externas, como internamente.
Em relação às tintas acetinadas, estas são mais resistentes e laváveis,
apresentando certa facilidade na remoção de sujeiras. Elas são feitas com o mesmo
tipo de resina, mas são acrescidos agentes fosqueantes, ingredientes que diminuem
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o brilho, sem afetar a qualidade. Quando a tinta é fosca, problemas de polimento
podem ser percebidos. O fato surge com o atrito dos móveis ou objetos contra a
parede. O abaixo indica as tintas conforme seu índice de Pigmento, Volume e
Concentração – PVC.
IDENTIFICAÇÃO DAS TINTAS CONFORME O ÍNDICE DE PVC
Alto brilho PVC de 20 a 25%
Semibrilho PVC de 30 a 35%
Acetinada PVC de 40 e 45%
Fosca PVC de 50 a 55%
* Índice de PVC – pigmento + volume + concentração
Os produtos de primeira linha, em especial os preparados com a tecnologia
acrílica, têm a vantagem de render mais, além de resistir mais ao desgaste da
limpeza. Para áreas como o teto, que implicam a reflexão da luz recomenda-se a
tinta fosca. Nas demais, indica aqueles produtos ditos “top” de linha, como os
acrílicos acetinados e semi-brilhantes.
8.2LINHA INDUSTRIAL
A linha industrial caracteriza-se por ter uma alta tecnologia de formulação,
rigoroso controle de qualidade das matérias-primas, pelo processo de fabricação e
por resistir à agressividade do meio. Acrescenta-se ainda que, esta linha difere-se
da linha imobiliária ou de construção civil pela adição de resina fenólica que garante
um aumento da resistência destes produtos. As tintas da linha industrial estão
subdivididas conforme esquema:
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Em relação à sua composição as tintas industriais podem ser classificadas
como:
8.2.1 Alquídicas
São tintas monocomponentes que contém solventes, resinas e pigmentos. A
resina é um polímero resultante da reação de glicerina com óleos vegetais e com
anidrido ftálico que é um ácido proveniente da petroquímica. Nesta reação – de um
álcool (glicerina) e um ácido (anidrido ftálico) mais a inclusão do óleo vegetal (soja
ou mamona) adquiri-se um poliéster ftálico modificado com óleos vegetais cujas
características são:
Baixa resistência à umidade elevada, imersão em água, meios alcalinos,
solventes fortes e produtos químicos;
Baixo custo inicial;
Apropriadas para ambientes rurais sem poluição, ambientes industriais
de baixa agressividade, construção civil em madeira e aço (interiores das
edificações) e para estruturas e equipamentos abrigados, bem como em locais
secos.
Não é aconselhado o uso destas tintas sobre concreto, alvenaria ou aço
revestido com zinco, pois as superfícies cimentadas/alvenarias formam sabões de
cálcio quando em contato com a umidade. Já nas superfícies zincadas formam-se
sabões de zinco. Em ambos os casos estas reações resultam no destacamento da
película em pouco tempo.
8.2.2 Acrílicas
São tintas monocomponentes que contém solventes, resinas e pigmentos. A
resina é um polímero acrílico. Tais polímeros podem ser solubilizados em solventes
orgânicos (lacas acrílicas) ou dispersos em água (emulsões acrílicas). As tintas
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industriais acrílicas apresentam resistência a intemperismos (ação do sol ou da
chuva), bem como as seguintes vantagens:
Baixo odor;
Não emitem vapores inflamáveis;
Não são combustíveis;
Tornam mais fácil a limpeza dos equipamentos de pintura;
Sobre o alumínio, o acabamento pode ser aplicado diretamente na superfície,
porém, em aço carbono e aço galvanizado é necessária a utilização do primer
correspondente, também acrílico.
8.2.3 Epoxídicas
São tintas bicomponentes (componente A e componente B), ou seja,
apresentam-se em duas embalagens. Em uma embalagem tem-se a resina epóxi e
em outra se tem o agente de cura (catalizador). Estas tintas são subdivididas em:
Epóxi curadas com poliamidas – são resistentes a umidade, imersão
em água doce ou salgada. Possuem alta flexibilidade e aderência em aço carbono
ou concreto. São adequadas para ambientes internos de reservatórios de água
potável até 55ºC.
Epóxi curadas com poliaminas – são resistentes à imersão em
soluções ou vapores químicos. Recomenda-se sua utilização para pintura interna de
tanques, tubulações, equipamentos e estruturas sujeitas a imersões, derrames ou
respingos de produtos químicos ou solventes.
Epóxi modificadas – fabricadas a partir de alta tecnologia, são muito
próximas às poliamidas, pois são formuladas com pigmentos lamelares, inibidores
de corrosão e aditivos tenso ativos
Epóxi curadas com isocianato – são utilizadas como primer de
aderência sobre superfície de aço galvanizado, alumínio, aço inoxidável ou outros
metais não ferrosos e sobre poliéster reforçado com fibra de vidro (fiberglass).
Epóxi hidrossolúveis – são também chamadas de tintas WB (water
base or water borne).
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8.2.4 Poliuretânicas
São tintas bicomponentes (A e B), armazenadas em duas embalagens, uma
contendo a resina poliéster ou de acrílica polihidroxilada e outra contendo o agente
de cura a base de isocianato alifático ou aromático. As tintas PU, como são
comumente conhecidas no mercado, são de alta resistência ao intemperismo por
apresentarem características químicas ao serem formuladas a partir de resinas
poliéster ou acrílicas “catalisadas” com agente de cura que garantem esta
resistência.
Os poliuretanos alifáticos são tintas de acabamento utilizados normalmente
em esquemas de pintura com primer epóxi, com os quais são perfeitamente
compatíveis. Uma característica relevante neste tipo de tinta é a possibilidade de ser
resistente a “pichações”, pois, as superfícies com este tipo de acabamento podem
ser limpas com solventes orgânicos do tipo do xilol sem sofre danos à superfície ou
pintura. Com isto, é possível remover marcas de grafitagem ou pichações.
8.2.5 Alta temperatura
São tintas a base de silicone ou de silicatos que resistem a temperaturas
elevadas de até 540ºC por que ao curarem se transformam em um filme inorgânico.
Tais tintas são apresentadas somente em alumínio e seu uso é recomendado em
pinturas de chaminés, exterior de caldeiras, fornos reatores, colunas de destilarias,
escapamentos, dutos aquecidos, trocadores de calor, dentre outras superfícies que
apresentam temperaturas elevadas. Acrescenta-se que, o uso de silicone como
componente desta tinta acarreta na necessidade de um pré-cura entre 130º e 230ºC
e o primer utilizado deverá ser de etil silicato de zinco.
8.2.6 Etil Silicato de Zinco
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São tintas bicomponentes (A e B) fornecidas em duas embalagens, uma
contendo a solução de silicato de etila e a outra contendo o pó de zinco metálico
(filler).
Tais tintas são aplicadas um uma única demão sobre superfícies de aço
carbono preparado por jateamento abrasivo, para promoverem proteção catódica ao
aço carbono.
Esta proteção (catódica) é contra a corrosão sendo conseguida quando dois
metais diferentes são colocados em contato entre si na presença de um eletrólito
(líquido com propriedades condutoras de corrente elétrica). Neste processo, o metal
mais nobre é protegido pelo menos nobre. No caso da proteção catódica do aço
carbono pelo zinco, o ferro é protegido e se constitui no catodo sendo o zinco que é
o anodo é sacrificado em benefício do ferro.
Nestas tintas, a proteção catódica dá-se em função do alto teor de zinco na
película seca, motivo pelo qual são chamadas de “zincagem a frio”. O filme curado é
totalmente inorgânico e constituído de silício, zinco e oxigênio.
Para esta tinta é recomendada a utilização de um primer de alto desempenho
em ambientes agressivos e seu uso é recomendado para pintura de guindastes
expostos em ambientes marítimos, estruturas para indústria naval, plataformas off
shore, pintura interna de tanques de álcool hidratado e de outros tipos de solventes.
Também são utilizadas em superfícies de alta temperatura.
Por sua natureza química e por possuírem alto teor de pigmento (zinco
metálico), as tintas de zinco apresentam baixa flexibilidade e película quebradiça.
Ressalta-se que, estas tintas não devem receber lixamento devido a falta de adesão
da camada de tinta o que não compromete sua aderência
9. TINTAS ESPECIAIS
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9.1TINTAS RESISTENTES AO CALOR
As temperaturas elevadas causam a destruição das tintas comuns, O calor
pode, empolar ou causar bolhas devido a expansão de película por ação de vapor.
As modernas já resistentes à temperatura são formadas à base de siliconas,
pós metálicos e pigmentos estáveis ao calor.
São usadas em fornos, chaminés, câmaras de combustão
9.2TINTAS RETARDADORAS DE COMBUSTÃO
Os materiais combustíveis podem tornar-se menos inflamáveis pela
impregnação com compostos adequados ou pela aplicação desta tinta.
A tinta não e resistente ao calor no sentido de que ela não se altera quando
sujeita a temperaturas mais elevadas. A camada protetora, ao contrario, depende da
decomposição dos componentes da tinta pelo calor.
9.3TINTAS INDICADORAS DE TEMPERATURA
As tintas que contem materiais que apresentam uma mudança de cor em
temperaturas definidas podem ser usadas para indicar pontos quentes em um
equipamento,eficiência de um isolamento.
Podem-se usar de 45° a 1400°C, com uma tolerância de 1% no valor que a
temperatura indica. Usada em industrias
9.4TINTAS ANTI-CONDENSAÇÃO
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Estas tintas diminuem a tendência apresentada por algumas paredes e tetos,
principalmente em navios.
A camada aplicada e relativamente (2mm) e consiste em uma pasta fibrosa,
que pode ser também retardadora de combustão, de alta superfície especifica, a
qual absorve quantidades consideráveis de umidade antes de se apresentar
molhada (com gotas pendentes ou gotículas d´água, por exemplo). Age também
como isolante térmico. São muito usadas em cozinhas, casas de banho, paredes e
tetos e navios
9.5TINTAS INIBIDORAS DO DESENVOLVIMENTO DE ORGANISMOS
Este tipo e de especial interesse aos engenheiros ligados à construção naval,
pois previnem o ataque aos navios e ancoradouros pelas lavras marinhas, fungos,
algas mariscos e outros organismos.
9.6TINTAS LUMINESCENTES
Elaborada com pigmentos especiais que dão alto brilho e acabamento
perfeito. Divide em dois grupos:
9.6.1 Fluorescentes
Absorvem a radiação ultravioleta e emitem luz no espectro visível apenas
quando irradiadas. Usadas em mostradores de aparelhos, sinais de tráfego.
9.6.2 Fosforescentes
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Continuam a brilhar por algumas horas depois que a radiação cessou.
Possuem um brilho intenso e de curta duração.
Usadas em placas de sinalização de rodovias, interruptores elétricos e
mostradores de relógios. O processo também é usado em tubos de televisão, e em
detentores de partículas elementares.
10.PREPARO DA SUPERFÍCIE
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O correto preparo da superfície é de fundamental importância para se obter
uma pintura de qualidade e durável. Portanto alguns cuidados devem ser
rigorosamente observados. A superfície deve estar firme, coesa, limpa, seca, sem
poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo (Norma ABNT NBR 13245 de 06/2011).
Todas as partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de
raspagem ou escovação da superfície. As imperfeições profundas das paredes
deverão ser corrigidas com reboco. As pequenas imperfeições das paredes devem
ser corrigidas com massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa
corrida PVA em superfícies internas. Manchas de gordura ou graxa devem ser
eliminadas com água e detergentes. Paredes mofadas devem ser raspadas e
lavadas com uma solução de água e água sanitária (1:1) e a seguir lavadas e
enxaguadas com água potável. No caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o
brilho deve ser eliminado com lixa fina. Além desses cuidados, algumas outras
considerações devem ser levadas em conta em relação ao substrato que será
pintado.
10.1 CONCRETO E REBOCO
Deve-se aguardar pelo menos 30 (trinta) dias para cura total. Pintura sobre
superfícies mal curadas apresentarão problemas num curto espaço de tempo como
saponificação, calcinação, eflorescência, embolhamento e descascamento. Sobre
rebocos fracos deve-se utilizar fundo preparador de paredes para aumentar a
coesão das partículas da superfície, evitando problemas de mal aderência e
descascamentos. Superfícies de concreto e reboco bem curados e coesos não
precisam de tintas de fundo, a não ser para selagem da alcalinidade, podendo
receber a tinta de acabamento. Quando estas superfícies tiverem absorções
diferenciadas deverá ser aplicado o selador para uniformizar a absorção. O concreto
deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes.
10.2 CIMENTO AMIANTO
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Trata-se de uma superfície altamente alcalina, sendo indicado a aplicação de
um fundo resistente à alcalinidade para selar a superfície. Este procedimento não é
necessário se forem utilizados produtos acrílicos que apresentem resistência à
alcalinidade.
10.3 MADEIRA
A madeira deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleo, graxas, sujeiras
ou outros contaminantes. As madeiras verdes ou com excesso de umidade não
oferecem boa base para aplicação de revestimentos. Nós ou madeiras resinosas
devem primeiramente ser seladas. Um procedimento aconselhável é selar a parte
traseira da madeira antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por
esse lado. Uma cuidadosa vedação de furos, frestas e junções é necessária para
prevenir infiltrações de água de chuva.
10.4 PISOS
O piso deve apresentar-se limpo e seco, isento de impregnações (óleo, graxa,
cera, etc). Pisos de concreto liso (cimento queimado) devem ser submetidos a um
tratamento prévio com solução de ácido muriático e água (1:1), que terá a finalidade
de abrir porosidade na superfície. Após o tratamento, o piso deve ser bem
enxaguado, seco e só então pintado. O tratamento com ácido muriático é ineficaz
sobre pisos de ladrilhos vitrificados. Pisos excessivamente impregnados com
substâncias gordurosas (graxas, óleos, cera, etc) deverão ser lavados mais de uma
vez , caso seja necessário. A pintura só poderá ser realizada em caso de remoção
total da impregnação, de outra forma, a aderência estará prejudicada.
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10.5 AÇO
Sua maior vulnerabilidade é em relação à corrosão, que pode ser evitada com
o uso de tintas para esse fim. Os métodos de preparação da superfície devem
remover todos os contaminantes que possam interferir na aderência máxima do
revestimento, inclusive a ferrugem. O processo de preparo depende do tipo e
concentração dos contaminantes e as exigências específicas de cada tipo de tinta.
Alguns tipos de tinta têm uma boa aderência somente quando a superfície é
preparada com jateamento abrasivo, que produz um perfil rugoso adequado para a
perfeita ancoragem do revestimento.
10.6 METAL GALVANIZADO
É um metal ferroso com uma camada de Zinco. O Zinco é usado para dar a
proteção à corrosão por mecanismos físicos e químicos. Assim, não estaremos
pintando ferro mas sim zinco, que é um metal alcalino. As superfícies galvanizadas
devem ser limpas, secas e livre de contaminantes. Um primer específico para esse
tipo de superfície, também denominado primer de aderência, deve ser aplicado
inicialmente.
10.7 ALUMÍNIO
É um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve
constar de uma limpeza com solventes para eliminar o óleo, gordura, graxas ou
outros corpos estranhos. Aplicar inicialmente um primer de ancoragem para permitir
uma perfeita aderência de sistema de pintura.
10.8 SUPERFÍCIES MOFADAS
37
Estas superfícies, mesmo que contaminadas com esparsas colônias de mofo,
deverão ser cuidadosamente limpas, com total destruição dessas colônias, antes da
aplicação do sistema de pintura. Para tanto, as superfícies deverão ser escovadas e
lavadas com uma solução de água sanitária diluída 1:1 com água potável. Esta
solução deverá agir por 30 (trinta) minutos e então a superfície deverá ser lavada
com água potável, aguardando-se a completa secagem antes de se iniciar a pintura.
10.9 SUPERFÍCIES JÁ PINTADAS
Quando a pintura estiver m boas condições, será suficiente limpá-las bem
após um lixamento, e aplicar as tintas de acabamento escolhidas. Quando estiverem
em más condições, a tinta deverá ser completamente removida e a seguir proceder-
se como se fosse superfície nova.
10.10 SUPERFÍCIES CAIADAS
Estas superfícies não oferecem boa base para repintura, tornando-se
necessário uma raspagem completa, seguida de aplicação de Fundo preparador de
paredes.
11. FERRAMENTAS
38
Entre os procedimentos técnicos necessários à realização de uma pintura,
encontra-se a aquisição das ferramentas de pintura. Destacam-se, entre elas: pincel,
trincha, rolo de lã de carneiro, rolo de lã para epóxi, rolo de espuma, rolo de espuma
rígida, espátula, desempenadeira de aço, desempenadeira de plástico, bandeja ou
caçamba, pistola, lixa e air less.
ACESSÓRIOS DE PINTURA
Acessório Utilização Limpeza
Pincel/Trincha
Aplicação de esmaltes tintas, vernizes e complementos. Pincéis de cerdas claras para tintas a base de água e pincéis de cerdas escuras para tintas esmaltes, óleos e vernizes.
a) Retirar o excesso com papel ou jornalb) Lavar com solvente (thinner) e, em seguida, com água e sabão ou detergente.
Rolo de lã de carneiro
Aplicação de tintas à base d’água, látex PVA, vinil acrílicas e acrílica fosca. Rolos de pêlo baixo são utilizados para tintas látex acrílicas.
c) Lavar com água e sabão ou detergente.
Rolo de lã para epóxi
Aplicação de tintas à base de resina epóxi e acrílica acetinada e semi-brilho.
d) Limpeza de tintas acrílicas: lavar com água e sabão ou detergente.e) Limpeza de tinta epóxi: diluente para epóxi.
Rolo de espuma
Aplicação de tintas a óleo, esmaltes sintéticos, vernizes e complementos. Os rolos de espuma rígida são utilizados em aplicações de tintas texturizadas.
f) Lavar com solvente e depois com água e sabão ou detergentes.
Rolo de espuma rígida
Aplicação de acabamentostexturizados.
g) Lavar com água e sabão ou detergente.
Espátula de aço
Remoção de tintas velhas e aplicação de massa para pequenos retoques. São variados os tipos e os tamanhos.
Desempenadeira de aço
Aplicação de massa corrida e massa acrílica em grandes superfícies.
h) Tirar o excesso de massa com uma espátula, lavar com água e enxugar logo a seguir para evitar
39
ferrugem.
Desempenadeira de plástico
Aplicação de massa corrida, massa acrílica e textura.
i) Tirar o excesso de massa com uma espátula e lavar com água.
Bandeja ou caçamba
Recipientes que dão apoio ao rolo de pintura, facilitando sua molhagem e, assim, a aplicação do produto.
j) Tirar o excesso e lavar com água.
PistolaAplicação de esmaltes, vernizes e tintas a óleo. A mais utilizada é a de pressão.
***
Lixa
É usada para aumentar a aderência do produto e uniformizar a superfície. Há quatro tipos de lixas, que são identificadas pelas seguintes cores: bege (madeira), vermelha (massa) e cinzas e pretas (ferro).
***
Air Less
Aplicação de qualquer tipo de tinta látex (PVA ou acrílica), esmaltes, vernizes e tinta a óleo em ambientes internos e externos nos locais de difícil acesso ou em grandes áreas.
***
Mexedores
Importantes ferramentas usadas na homogeneização da tinta, devendo ser retangular, no formato de uma régua.
***
11.1 PINCÉIS E TRINCHAS
Os pincéis e trinchas são utilizados para aplicação de esmaltes, vernizes,
tintas a óleo, tintas látex e complementos tais como: fundos para madeiras, fundos
para metais, seladores, etc. São usados principalmente para pintar detalhes, cantos
e “recortes”. Também são muito utilizados em superfícies maiores e lisas como
portas e janelas. Suas medidas são expressas em polegadas e variam de ½ a 4
polegadas.
Para conservação dos pincéis e trinchas, após o seu uso, retirar o excesso de
tinta passando-os em um pedaço de papel ou jornal. Se a tinta utilizada for à base
de aguarrás, lavá-los com este solvente e em seguida com água e sabão ou
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detergente. No caso de tintas látex, lavá-los apenas com água e sabão ou
detergente.
11.2 ROLOS
11.2.1 Rolos de lã de carneiro ou lã sintética
São usados para aplicação de tintas à base d’água, látex PVA e acrílico. Suas
medidas são expressas em cm e variam de 7,5 a 23 cm de largura.
11.2.2 Rolos de lã para epóxi
Este rolo foi desenvolvido para aplicação de tintas à base de resina epóxi.
Porém, embora possua pelos mais curtos, proporciona um ótimo acabamento em
tintas à base de água, principalmente acrílicas. Sua medida é de 23 cm de largura e
são confeccionados em lã de carneiro e lã sintética.
11.2.3 Rolos de espuma
São rolos desenvolvidos para aplicação de esmaltes, vernizes, tintas a óleo e
complementos tais como: fundos para madeiras, fundos para metais, etc. São
confeccionados em espuma de poliéster. Suas medidas são expressas em cm e
variam de 4 a 15 cm de largura.
11.2.4 Rolos de espuma rígida (para texturização)
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Estes rolos são utilizados para aplicações de produtos que proporcionam
acabamentos texturizados. São confeccionados em espuma rígida de poliéster e sua
medida é de 23 cm de largura.
11.3 ESPÁTULAS DE AÇO
São normalmente usadas para aplicação de massas em pequenas áreas e
remoção de tintas.
11.4 DESEMPENADEIRAS DE AÇO
São usadas para a aplicação de massas em grandes áreas.
11.5 BANDEJAS OU CAÇAMBAS PARA PINTURA
Têm a função de acondicionar a tinta durante sua aplicação facilitando a
transferência da tinta para a ferramenta (rolo ou pincel). Muito comuns no mercado.
11.6 LIXAS
Têm a função de uniformizar a superfície e criar pontos de aderência para a
pintura. Nos sistemas de pintura são usados basicamente quatro tipos de lixas,
sendo basicamente as lixas para alvenaria (com grana 80 a 150), para massas (com
grana 220 a 240), para madeira (com grana 180 a 240) e para metais (com grana
150 a 220).
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11.7 REVÓLVER OU PISTOLA DE PINTURA
Esta ferramenta é largamente usada em pinturas de automóveis, podendo
também ser usada em pinturas imobiliárias na aplicação de esmaltes, vernizes e
tintas à óleo. A mais usada é a de pressão, com calibragem entre 30 a 35 lbs / pol. 2
ou 2,2 a 2,8 kgf/cm² para uso em produtos imobiliários.
11.8 AIR LESS
Esta ferramenta tem a capacidade de aplicar qualquer tipo de tinta látex (PVA
ou acrílica), esmalte, vernizes e tintas a óleo. Trabalha com sistema de pressão,
com pistola própria e um recipiente central de tinta. É muito usado em áreas internas
e externas para pintura de locais de difícil acesso ou em grandes áreas. A principal
vantagem deste equipamento é a rapidez na execução da pintura , entretanto
apresenta como desvantagem o cuidado maior que se deve ter com móveis, janelas,
portas, etc., que devem ser muito bem protegidos.
12. PRODUTOS E APLICAÇÕES
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11.1 LÁTEX PVA
Latex PVA é uma tinta de fácil aplicação, secagem rápida, baixo odor, e
proporciona finíssimo acabamento fosco aveludado, trazendo requinte e sofisticação
aos ambientes. É um produto da mais alta qualidade, com ótima cobertura e
rendimento.
12.1.1 Indicação
Indicada para pintura e repintura de superfícies internas e externas de
alvenaria, proporcionando beleza e durabilidade no acabamento.
12.1.2 Local de aplicação
Reboco, massa acrílica, texturas, concreto, fibrocimento, gesso e superfícies
internas de massa corrida PVA.
12.1.3 Complementos
12.1.3.1 Massa corrida PVA
Indicada para nivelar e corrigir imperfeições de superfícies internas de
alvenaria, proporcionando acabamento liso e de boa aderência para as tintas de
acabamento.
44
12.1.3.2 Massa acrílica
Possui as mesmas funções da massa corrida PVA, mas com a característica
de ser impermeável, proporcionando maior durabilidade à tinta empregada no
acabamento.
12.1.3.3 Liqui-Brilho
Indicado para regular o brilho de tintas látex PVA, quando utilizado em
misturas na aplicação da última demão em superfícies internas, ou então, para
conferir brilho a superfícies internas já pintadas com látex PVA ou látex acrílico,
tornando-as mais laváveis e resistentes.
12.1.3.4 Liqui-Base
Indicado para selar paredes internas de reboco e massa corrida,
uniformizando a absorção da superfície para aplicação da tinta de acabamento.
Produto de fácil aplicação, secagem rápida e ótimo alastramento.
12.2 ACRÍLICAS
São produtos de fácil aplicação e secagem rápida. Possuem ótima cobertura
e alastramento. Devido a sua intensidade de brilho, proporcionam alta
impermeabilidade quando aplicada em ambientes externos e em superfícies internas
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oferece grande facilidade de limpeza. Possui alta durabilidade, resistência, cobertura
e rendimento.
12.2.1 Indicação
É indicado para pintura de superfícies externas e internas de alvenaria,
dando brilho e valorizando a pintura do imóvel.
12.2.2 Local de Aplicação
Reboco, massa acrílica, texturas, concreto, fibrocimento e superfícies
internas de massa corrida, gesso e repintura sobre tintas PVA ou Acrílicas.
12.3 ESMALTE SINTÉTICO
12.3.1 Indicação
Indicado para aplicação em superfícies de metal e madeira, de fácil aplicação
e alta resistência às intempéries. Possui ótima secagem, além de proporcionar
excelente acabamento.
12.3.2 Local de Aplicação
Superfícies internas e externas de madeira e metais.
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12.3.3 Complementos:
12.3.3.1 Massa a óleo
Indicada para nivelar e corrigir imperfeições rasas de superfícies externas e
internas de madeira. Produto de secagem rápida, fácil de aplicar e lixar, possui ótimo
poder de enchimento, além de boa aderência, proporcionando um acabamento mais
liso e requintado.
12.3.3.2 Fundo branco fosco
Indicado para primeira pintura em superfícies externas e internas de madeira
nova. Melhora o rendimento e a qualidade do acabamento dos esmaltes. Produto de
fácil aplicação, ótimo enchimento, fácil lixamento, grande poder selante e boa
aderência.
12.3.3.3 Zarcão Universal:
Indicado como fundo anticorrosivo para superfícies ferrosas, internas e
externas, novas ou com indícios de corrosão. Produto de fácil aplicação, boa
aderência e fácil de lixar.
12.3.3.4 Fundo óxido de ferro
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Indicado como fundo anticorrosivo para superfícies ferrosas novas ou
repinturas, externas e internas, que ainda não tenham indícios de corrosão.
Proporciona uma excelente proteção contra ferrugem, é de fácil aplicação, boa
aderência e fácil de lixar.
12.4 VERNIZES
12.4.1 Indicação
Indicado para tratamento, proteção e embelezamento da madeira, que por ser
um material nobre e 100% natural, precisa de cuidados especiais que realcem e
mantenham sua beleza.
12.4.2 Local de Aplicação
Indicado para a proteção de superfícies externas e internas de madeira,
concreto aparente, pedras e outros.
12.4.3 Complementos:
12.4.3.1 Selador para madeira
Melhora o rendimento e a qualidade do acabamento dos vernizes,
proporcionando ótimo poder de enchimento e maior maciez no lixamento. Aplicado
em superfícies internas de madeira nova onde se deseja finíssimo acabamento após
a aplicação dos vernizes.
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12.5 TEXTURAS
Possibilita diversos tipos de acabamento, podendo ser aplicado com rolos de
efeitos especiais, escovas, esponjas, etc. É um produto de uso bastante flexível,
podendo dar, sob aplicação de verniz, um efeito de envelhecido.
12.5.1 Indicação
Produto hidrorrepelente indicado para áreas externas e internas, valorizando
os detalhes do ambiente, oferecendo beleza, resistência e proteção.
12.5.2 Local de aplicação
Superfícies externas e internas de reboco, blocos de concreto, fibrocimento,
concreto aparente, massa corrida ou massa acrílica e repintura sobre PVA ou
acrílico.
12.6 PRODUTOS DE RESTAURAÇÃO
São produtos que fazem parte de um sistema de tratamento de trincas e
fissuras em alvenarias e também na impermeabilização de lajes, paredes e
fachadas.
13. PINTURA ELETROSTÁTICA
49
Este processo de pintura industrial atende a exigências econômicas e
técnicas, classificando-se como ecologicamente correto por não utilizar solventes e,
desta forma, não produzir odores e/ou vapores agressivos ao meio ambiente. Seus
métodos de aplicação mais conhecidos são: leito fluidizado e pulverização
eletrostática.
Estas tintas são basicamente em pó que produz um revestimento termofixo,
isento de fase líquida e aplicável a todas as superfícies metálicas, podendo ser
encontrada em três famílias:
a) Híbridas – tintas compostas por resinas epóxi poliéster e indicadas para
superfícies metálicas em peças de uso interior;
b) Poliéster - tintas compostas por resina poliéster e indicadas para
superfícies em peças de uso exterior, especialmente peças de efeito arquitetônico;
c) Epóxi – tintas compostas por resinas epóxi e indicada para superfícies
metálicas em peças de uso em ambientes quimicamente agressivos.
Recomenda-se a aplicação da pintura eletrostática em móveis de aço,
esquadrias de alumínio/aço, produtos aramados, estantes e gôndolas de aço, peças
metálicas de decoração, estruturas espaciais, treliças de cobertura, telhas e calhas
metálicas, elementos de composição arquitetônica, rodas automotivas, bicicletas,
eletrodomésticos em geral e uma infinidade de outras peças metálicas.
13.1 MÉTODO DE LEITO FLUIDIZADO
A cura da camada de tinta depositada é obtida pelo processo de
polimerização, formando um filme rígido, obtido em estufa convectiva, com
temperatura variando entre 120º e 260º C. Este processo consiste no aquecimento
do substrato a uma temperatura pouco superior ao ponto de fusão da tinta e imersão
em um recipiente contendo tinta pulverizada, que é mantida fluidizada através de
uma placa difusora por uma corrente de ar. A camada de tinta resultante deste tipo
de aplicação, é regulada pelo tempo de permanência da peça imersa no leito
fluidizado e pela temperatura do substrato.
50
Após a retirada do substrato do tanque de aplicação, o mesmo é submetido a
um novo aquecimento para cura total do revestimento. Este método foi utilizado
durante algum tempo, porém com alguns inconvenientes como:
Altas variações de camadas
Necessidade de pré-aquecimento do substrato.
13.2 MÉTODO DE PULVERIZAÇÃO ELETROSTÁTICA
O bom desempenho da pintura a pó levou à necessidade de se desenvolver
um sistema que eliminasse os inconvenientes do processo até então existentes e
que permitisse uma aplicação mais eficiente, rápida e econômica. O princípio da
pulverização eletrostática está baseado no fato de que as cargas opostas se atraem,
portanto a maioria dos materiais condutivos é apropriada para serem revestidos por
este tipo de processo.
O pó que não é atraído pelo substrato e cai no interior da cabine, deve ser
recuperado, peneirado e reutilizado na pintura do mesmo. Existem dois tipos de
carregamento:
Carregamento por ionização - a pistola para pintura eletrostática é
carregada negativamente por uma fonte geradora, cada partícula que passa por esta
pistola receberá cargas negativas. Quando jogamos estas partículas no ar dentro de
um campo elétrico, ela será atraída pela peça a ser pintada desde que a mesma
encontra-se aterrada
Carregamento por atrito - na pistola tribo o carregamento se dá pelo
atrito do pó com o corpo da pistola. Neste caso não se forma o campo elétrico entre
a pistola e a peça.
14.PROBLEMAS E SOLUÇÕES NO USO DE TINTAS
51
O processo de pintura de um determinado material exige que todas as
normas e procedimentos técnicos sejam respeitados com rigor, incluindo-se o
respeito às datas de validade do produto a ser utilizado. Alguns problemas
eventualmente ocorrem, apesar de todos os cuidados tomados geralmente
decorrentes de condições de armazenamento deficientes, condições climáticas
adversas ou falhas no preparo da superfície, durante a aplicação ou durante a
secagem.
Destacam-se erros como: sedimentação da tinta, diferença da cor na
embalagem para a cor apresentada na cartela de cores, secagem diferente,
cobertura deficiente, dificuldade de aplicação e mau cheiro. Tais erros serão
detalhados a seguir:
14.1 SEDIMENTAÇÃO
No caso da sedimentação, ocorre um acúmulo da parte sólida da tinta no fundo
da embalagem em função do longo tempo de armazenamento da mesma. Este
problema pode ser resolvido através da homogeneização do produto com um
instrumento ou equipamento adequado. A homogeneização deverá ser feita sempre
com um mexedor de forma retangular.
14.2 COR DIFERENTE DA CARTELA DE CORES
Quando a cor da tinta se encontra diferente da cor presente da cartela de
cores, esta diferença pode se dar através das alterações de cor sofridas durante a
impressão das cores sobre o papel da cartela. Portanto, é preciso considerar que a
cartela de cores é apenas uma referência da cor e não o resultado apresentado nas
superfícies poderão apresentar pequenas variações de tonalidades.
14.3 SECAGEM DIFERENTEZ
52
Uma secagem diferente da tinta decorre, possivelmente, da baixa temperatura
(abaixo de 15°C) ou da excessiva umidade relativa do ar, retardando, assim, a
secagem. Além disso, o preparo incorreto de superfícies com contaminantes, tais
como óleo, cera, graxas e outros prejudicam a eficiência do produto. Faz-se
necessária a leitura das orientações constantes nas embalagens das tintas.
14.4 COBERTURA DEFICIENTE
A diluição excessiva, a não homogeneização do produto no ato da aplicação
ou até mesmo a utilização de um solvente inadequado pode causar uma cobertura
insuficiente de uma determinada superfície. Para evitar transtornos como este,
devem-se observar previamente as informações técnicas do produto utilizado.
14.5 DIFICULDADE DE APLICAÇÃO
Havendo uma diluição insuficiente, a aplicação do produto por se tornar
“pesada”. Esta dificuldade de alastramento pode, ainda, decorrer da aplicação de
camadas bastante finas. Além disso, um armazenamento prolongado ou incorreto do
produto pode gerar reações químicas, trazendo outras dificuldades na aplicação do
mesmo.
14.6 MAU CHEIRO
Além dos problemas supracitados, a proliferação de fungos nas tintas pode
ocasionar mau cheiro, decorrente da decomposição do produto por estes.
53
15. PATOLOGIAS OBSERVADAS NAS SUPERFÍCIES
54
A tinta é um produto singular, ela é produzida, enlatada e vendida, porém até
o momento ela é simplesmente um líquido sem valor prático. Somente após a
aplicação é que a tinta transforma-se em produto útil e de valor. Por isso a
cuidadosa e apropriada maneira de aplicar o produto, bem como o preparo correto
da superfície, podem ser as causas de sucesso ou insucesso da pintura final.
A prática incorreta e o uso de produtos inadequados em uma determinada
superfície podem trazer ao consumidor uma série de transtornos com o resultado
obtido pela pintura.
A performance final de uma tinta aplicada depende basicamente da tinta em
si, da preparação da superfície e da aplicação. Se um desses pontos não for
atingido, a pintura entrará em colapso em maior ou menor tempo. A grande maioria
das causas das falhas de pintura são ocasionadas pelo preparo incorreto d
superfície ou falha na aplicação do produto.
Os principais sinais observados em uma aplicação de pintura inadequada
são: calcinação/saponificação, eflorescência, manchas amarelas em paredes e
tetos, bolhas, desagregamento, fissuras, oxidação, descascamento, mofo,
escorrimento, mau alastramento, manchas foscas desuniformes no filme,
enrugamento, trincas de estrutura e manchas causadas por pingos de chuva. Em
seguida, serão identificados de forma objetiva os problemas apresentados, as
causas e as soluções a serem empregadas.
15.1 CALCINAÇÃO/SAPONIFICAÇÃO
Manchas por calcinação em uma superfície pintada.
55
A calcinação se caracteriza pelo aparecimento de manchas na superfície
pintada, provocando a destruição e o descascamento do filme da tinta látex ou o
retardamento da secagem em esmaltes sintéticos e em tintas a óleo, resultando em
uma superfície pegajosa (saponificação). Este problema resulta da aplicação do
produto sobre superfície alcalina (cal ou reboco não curado) na presença de
umidade. Essa alcalinidade reage com a acidez de alguns tipos de veículos (resina).
A correção a ser feita, quando em se tratando de pinturas com tinta PVA ou
acrílica é lixar ou raspar a superfície, eliminando as partes soltas, aplicando, em
seguida, uma demão de fundo preparador, geralmente diluído na proporção de 1:1
com thinner, finalizando com uma nova aplicação do acabamento.
15.2 EFLORESCÊNCIA
A eflorescência caracteriza-se pelo surgimento de manchas esbranquiçadas
na superfície pintada decorrente da aplicação de produtos sobre reboco úmido,
havendo uma migração de umidade de dentro para fora, levando consigo os sais
solúveis.
Manchas esbranquiçadas características da eflorescência.
56
Sugere-se a observação das infiltrações existentes com a correção das
mesmas. Deve-se aguardar a secagem da superfície, raspa-la e aplicar uma demão
de um fundo acrílico preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1 com
thinner. Proceder, posteriormente, com uma repintura da superfície.
15.3 MANCHAS AMARELAS EM PAREDES E TETOS
A presença de manchas amareladas em paredes e tetos geralmente se dá
pela disposição de gordura, óleo ou alcatrão sobre a película de tinta.
Manchas amareladas causadas por gordura.
A solução recomendada neste caso é a lavagem da superfície com uma
solução a 10% de amoníaco em água ou a utilização de detergente neutro com o
mesmo agente.
15.4 BOLHAS
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Presença de bolhas em superfície pintada.
O surgimento de bolhas em uma superfície pintada é sinal de cinco possíveis
erros:
1 - Aplicação da massa PVA em exteriores;
2 - Repintura sobre uma tinta de má qualidade;
3 - Não eliminação de poeira após o lixamento da massa corrida;
4 – Diluição insuficiente da tinta;
5 – Superfícies pulverolentas (ex.: cal, gesso);
Nestes casos, recomenda-se a remoção da massa aplicada, aplicando-se
uma demão de fundo acrílico preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1
com thinner. Em seguida, deve-se aplicar uma massa acrílica apropriada e,
posteriormente, pintar.
Pode-se também raspar a área afetada, aplicar uma demão de fundo acrílico
preparador de paredes diluído com thinner numa proporção de 1:1 e repinta-la.
Uma outra opção seria lixar a superfície, raspar as partes soltas, eliminar o
pó, aplicar, em interiores, uma demão de selador PVA e, em exteriores, aplicar uma
demão de selador acrílico e repintar por último.
15.5 DESAGREGAMENTO
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Parede desagregada.
O desagregamento é sinal de que a pintura foi destruída (esfarelada),
destacando-se da superfície juntamente com partes do reboco.
A causa principal deste processo é a aplicação direta do produto (sem uma
utilização prévia de um fundo preparador de paredes acrílico, base solvente) sobre o
reboco novo, não curado, por um período mínimo de 30 dias.
Corrije-se este problema com a raspagem das partes soltas, efetuando-se a
correção do reboco. Em seguida, deve-se aplicar uma ou duas demãos de fundo
preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1 com thinner, finalizando-se com
uma repintura.
15.6 FISSURAS
Fissuras.
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A aplicação do produto sobre resíduos de soda cáustica ou removedor pode
causar fissuras em uma superfície. Em casos como este, deve-se remover a pintura.
Se a superfície contiver resíduos de soda cáustica: lavar com água; em casos de
resíduos de removedores, lavar com solvente, aguardar a secagem da superfície
para repintá-la.
15.7 OXIDAÇÃO
Presença de bolhas em superfície pintada.
Uma superfície de madeira esbranquiçada é sinal de que esta se encontra
oxidada. Este processo se dá por duas causas: a utilização de um thinner
inadequado (frio) em períodos chuvosos (ou em períodos de umidade elevada) ou
pela aplicação do produto sobre superfícies úmidas. Soluciona-se este problema
com a remoção do produto com o auxílio de uma lixa para que se possa aplicá-lo
novamente.
15.8 DESCASCAMENTO
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Parede descascada.
A aplicação de produtos de pintura sobre superfícies poeirentas ou partes
soltas, como gesso ou reboco novo não selado é a principal causa do
descascamento das mesmas.
A correção indicada neste caso é a remoção das partes soltas e mal aderidas,
aplicando-se, em seguida, uma demão de fundo acrílico preparador, diluído na
proporção de 1:1 com thinner, deixando a superfície preparada para uma repintura.
15.9 MOFO
Parede descascada.
Uma superfície com mofo apresenta-se com manchas de cor e odor
característico. O aparecimento do mesmo é causado por ambientes excessivamente
úmidos e/ou quentes, com pouca circulação de ar ou pouco iluminado, favorecendo
61
o desenvolvimento dos microorganismos, que se alimentam nestas superfícies. Em
condições normais, as tintas devem apresentar boa resistência a esses
microorganismos. Soluciona-se este problema lavando-se a superfície com uma
solução de água sanitária diluída 1:1 em água potável.
15.10 ESCORRIMENTO
Escorrimento.
O escorrimento da tinta em uma superfície pode ser causado por excessiva
diluição, aplicação não uniforme, utilização de solvente muito lento, repintura sobre a
primeira demão ainda úmida ou temperatura muito baixa. Em casos como estes,
sugere-se que se faça uma observação das informações técnicas do produto nas
embalagens ou boletins técnicos.
15.11 MAU ALASTRAMENTO
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Mau alastramento.
O mau alastramento é causado pela diluição insuficiente, má aplicação,
utilização de solvente muito rápido ou aplicação de camadas bastante finas. A
solução apontada neste caso é a observação das informações técnicas do produto
nas embalagens ou boletins técnicos.
15.12 MANCHAS FOSCAS E NÃO UNIFORMES NO FILME
Manchas foscas desuniformes no filme
A presença de manchas foscas e desuniformes é sinal de superfície
contaminada, massa ou primers excessivamente absorventes ou em ambientes
fechados, com pouca circulação de ar. Limpando-se bem a superfície, selando-a
antes da aplicação do acabamento e mantendo-se o ambiente com uma boa
circulação de ar durante o processo de secagem são medidas profiláticas eficazes
na correção de erros como este.
63
15.13 ENRUGAMENTO
Figura 21: Enrugamento.
A aplicação de grossas camadas, a secagem sob a luz do sol ou a repintura
sobre a primeira demão não convenientemente seca são fatores que favorecem o
aparecimento de enrugamentos numa superfície pintada. Antes de realizar qualquer
pintura, deve-se ler o boletim técnico das tintas, para que se saiba a espessura
recomendada das demãos a serem aplicadas. A cura total da primeira demão deve
ser respeitada e ressalta-se que algumas tintas não devem ser aplicadas sob luz
solar.
15.14 TRINCAS DE ESTRUTURA
Trincas de estrutura
64
O surgimento de trincas em uma estrutura é o resultado do movimento da
mesma. Corrige-se este problema em 5 passos:
1 – Abrir a trinca e escova-la eliminando o pó.
2 – Aplicar uma demão de fundo acrílico preparador diluído na proporção de
1:1 em thinner.
3 – Repassar esta solução 24h após a primeira aplicação.
4 – Aplicar massa acrílica, aguardar sua secagem e estender uma tela de
nylon, aplicando três demãos de impermeabilizante acrílico.
5 – Repintar a superfície.
15.15 MANCHAS CAUSADAS POR PINGOS DE CHUVA
Superfícies pintadas com tinta látex podem apresentar manchas causadas,
normalmente, por pingos de chuva, antes que as mesmas estejam totalmente secas.
Evita-se este problema através da realização de pinturas externas somente
com a segurança de que não vai chover. Após a ocorrência deste problema, pode-se
minimiza-lo lavando-se por igual as superfícies machadas (sem esfregar).
Manchas causadas por pingos de chuva.
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16. TINTAS - IMPORTÂNCIA E RISCOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE
O recobrimento das estruturas arquitetônicas é indispensável para a sua
preservação, protegendo-as contra os ataques do intemperismo (segundo o
dicionário Aurélio: "Conjunto de processos devidos à ação de agentes atmosféricos
e biológicos que geram a destruição física e a decomposição química dos minerais
das rochas"). A madeira e o metal não recobertos são suscetíveis à deterioração,
sobretudo nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação
deteriorante.
Além do efeito protetor, o recobrimento tem uma importância estética,
tornando mais atraente os artigos manufaturados, realçando um conjunto de casas e
seus interiores. Os recobrimentos superficiais foram agrupados em: tintas, vernizes
e lacas.
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Ao grupo das tintas pertencem os revestimentos sólidos, relativamente
opacos, aplicados em camadas finas, cujas películas são usualmente formadas pela
polimerização (segundo o dicionário Aurélio: "Processo em que duas ou mais
moléculas de uma mesma substância, ou dois ou mais grupamentos atômicos
idênticos, se reúnem para formar uma estrutura de peso molecular múltiplo do das
unidades iniciais e, em geral, elevado") de óleos polinsaturados; ao grupo dos
vernizes, os revestimentos transparentes como esmaltes, classificam-se como
pigmentados; e o grupo das lacas compreende as películas formadas somente pela
evaporação, entretanto, tal agrupamento vem sofrendo modificações tendo em vista
a introdução das resinas plásticas na indústria.
A qualidade tem sido uma preocupação das indústrias que vêm aumentando
os investimentos em pesquisas, visando melhores pigmentos, solventes ou
formadores de película, melhorando a formulação e aumentando a adaptabilidade
dos processos de aplicação. Como consequências desses progressos, observa-se a
redução de custos, a diminuição dos riscos de incêndio e dos efeitos danosos à
saúde, com a obtenção de revestimentos melhorados e de grande duração.
Apesar desta evolução, os riscos decorrentes da utilização e descarte de tais
produtos ainda provocam grande preocupação tendo em vista os problemas que
podem ocasionar à saúde humana e o meio ambiente.
16.1 OS PRINCIPAIS PRODUTOS PERIGOSOS QUE PODEM SER
ENCONTRADOS NAS TINTAS
16.1.1 Solventes derivados de petróleo e terebentina
Inflamáveis e capazes de produzir pneumonias químicas, pela aspiração,
além de efeitos neurológicos e sobre o trato gastrointestinal. De modo geral todos
são considerados causadores de poluição atmosférica, e podem causar alterações
comportamentais e psíquicas temporárias;
16.1.2 Resinas geralmente vinílicas e alquílicas
67
Utilizadas para dar propriedades coesivas (com coesão) às tintas. A
toxicologia só é evidenciada na ingestão em grandes quantidades, podendo ocorrer
distúrbios gastrointestinais.
16.1.3 Pigmentos ou corantes
Todos potencialmente tóxicos, pois incluem derivados de anilina e muitos
metais pesados, como: chumbo, cobre, cádmio, cromo, prata, ferro.
A função dos pigmentos não é formar simplesmente uma superfície colorida
agradável esteticamente. Eles têm a função de refletir raios de luz destrutivos e,
dessa maneira, ajudam a prolongar a duração de toda a tinta.
Em geral, os pigmentos devem ser opacos, a fim de que tenham um bom
poder de cobertura, e quimicamente inertes, a fim de que tenham estabilidade e uma
vida longa. Os pigmentos devem ser atóxicos ou pelo menos ter uma toxidez muito
baixa, não só para os pintores, mas também para os usuários dos recintos pintados.
Nos Estados Unidos e Europa o emprego de pigmentos à base de cromo e
chumbo na fabricação de tintas tem sofrido sérias restrições devido a toxicidade que
apresentam quando ingeridos. Nas pinturas interiores, onde são empregados
pigmentos amarelos, usam-se amarelos orgânicos para evitar-se a possibilidade de
ingestão de chumbo ou cromo, por crianças que venham a ingerir pinturas de casa.
Dentre os processos de pinturas utilizados, o que oferece o maior risco de
intoxicação ao aplicador e de contaminação ao ambiente circunvizinho é o realizado
por aspersão, ou por pistola, que faz uma atomização da tinta, tornando-a muito
mais suscetível à contaminação de um indivíduo por contato e inalação, e ao meio
ambiente, através de transporte por ventos à consideráveis distâncias. Desta forma
este processo exige muito mais cuidados por parte das empresas e aplicadores,
cuidados estes, que, muitas vezes, são ignorados ou desobedecidos
16.2. EFEITOS NOCIVOS AO SER HUMANO
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Alumínio (pigmento) = Irritação, Astenia, fraqueza e distúrbios respiratórios
importantes, chegando até à fibrose, à formação de bolhas e ao pneumotórax
espontâneo (doença de Shaver), distúrbios na absorção de fosfatos e consequente
quadro de raquitismo. Irritação gastrointestinal, como náuseas, vômitos, cólicas
abdominais, e distúrbios na absorção de fosfatos, com consequente quadro de
raquitismo.
Antimônio (pigmento) = Vômitos, geralmente muito intensos, diarréia,
tontura, dermatites, erupções pruriginosas, pneumonite, irritação das vias
respiratórias, lesões hepáticas, distúrbios cardíacos e, sugerido por alguns autores,
câncer pulmonar. Vômitos profusos, salivação, dores retroesternais, diarréia aquosa,
desidratação, hipotermia, hipotensão, lesões sistêmicas, distúrbios cardíacos, lesões
hepáticas, nefrite hemorrágica, cefaléia, distúrbios neurológicos, irritabilidade,
tremores e abalos musculares, mioclonias, distúrbios de equilíbrio e ataxias.
Bário (pigmento) = Barilose (pneumoconiose benigna) Intensa estimulação
muscular, distúrbios gastrintestinais, convulsões, hipertensão arterial, distúrbios
cardíacos, lesões renais e hipotassemia.
Cádmio (pigmento) = Pneumonite intersticial, fibrose pulmonar, efisema
pulmonar, anemia, perturbações mentais, nefrose, distúrbios cardiovasculares (que
podem conduzir a infartos), anosmia (devido a lesões do nervo olfativo), rinite,
fadiga, perda de peso, baixos níveis de hemoglobina, raquitismo e câncer - mais
comumente de próstata no homem. Vômitos, salivação, cólicas abdominais,
diarréias, lesões hepáticas, lesões renais, hipertensão, dores lombares, dores nos
ombros, deformidades esqueléticas, diminuição da estatura, fragilidade óssea,
alterações de marcha (devido à anormalidades ósseas), alterações metabólicas
como proteinúria, glicosúria, hipofosfatúria, hipofosfatemia, hipocalcemia e aumento
da atividade da fosfatase alcalina, distúrbios respiratórios, distúrbios
cardiovasculares, anosmia, rinite, fadiga, perda de peso, anemia, raquitismo e
câncer (mais comumente de próstata no homem).
Chumbo (pigmento, secante) = Distúrbios neurológicos generalizados com
alta freqüência de seqüelas (paralisias residuais, distúrbios de raciocínio e do
comportamento, delírios, alucinações, convulsões, alterações eletroencefalográficas,
coma), distúrbios hematológicos, edema cerebral lento e câncer. Distúrbios
gastrintestinais (anorexia, vômitos intermitentes, dor abdominal, constipação),
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distúrbios renais, colapso circulatório, distúrbios hematológicos, distúrbios
neurológicos (irritabilidade, sonolência, incoordenação, convulsões, coma, paralisias,
hipertensão, edema de papila, pigmentação da retina, paralisia de nervo craniano),
edema cerebral lento e câncer.
Cromo (pigmento) = Irritação, dermatite e surgimento de úlceras cutâneas.
Palidez de mucosa, epistaxe, rinorréia, perfuração do septo nasal, neoplasia
pulmonar e câncer. Lesões amareladas na mucosa gastrintestinal, vômitos,
salivação, disfagia, intensas dores abdominais, distúrbios hidreletrolíticos, distúrbios
neurológicos, lesões hepáticas, lesões renais e câncer.
Ferro (pigmento) = Hemossiderose (aumento generalizado do teor de ferro),
hemocromatose (aumento dos níveis teciduais de ferro e alterações fibróticas nos
órgãos atingidos), alterações no metabolismo glicídico e distúrbios cardíacos
("siderose Bantu"), siderose (pneumoconiose relativamente benigna) e câncer
pulmonar. Distúrbios gastrintestinais (vômitos de coloração escura, hematêmese,
dores abdominais e diarréias com fezes também escuras), hemorragia gástrica ou
intestinal, gangrena e perfurações do intestino delgado (sem qualquer lesão gástrica
ou esofágica), perturbações hidreletrolíticas e acidose metabólica, lesões hepáticas,
convulsões generalizadas, contínua febre alta, hipotensão crescente e choque.
Titânio (pigmento) = Depósito pulmonar, fibrose discreta e pneumonite.
Zinco (pigmento) = Febre, vômitos, calafrios, traqueobronquite,
broncopneumonia, pneumonia, fibrose pulmonar difusa, congestão, obstrução de
bronquíolos, edema pulmonar.
Ésteres (plastificante) = Paralisias flácidas das extremidades inferiores,
parestesias que podem progredir para os músculos laríngeos, oculares e
respiratórios, provocando insuficiência respiratória, degeneração muscular e
medular.
Anidrido do ácido ftálico (ftalatos) (plastificante) = Urticária e dermatose.
Irritação dos olhos, conjuntivite, neurite ótica e opacidade do cristalino. Irritação das
vias respiratórias, eczema, asma, rinite, anorexia, distúrbios digestivos e cefaléia.
Distúrbios digestivos, anorexia, vômitos, cefaléia.
Cobalto (secante) = Dermatoses. Distúrbios respiratórios. Vômitos, diarréia,
dores epigástricas, dores nas extremidades, hematúria, sangue oculto nas fezes,
hipertensão, bradipnéia, zumbido no ouvido, surdez e distúrbios cardíacos.
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Manganês (secante) = Necrose epitelial. Pneumonite, manganismo (quadro
neuropsíquico grave que se caracteriza por irritabilidade, alterações de marcha,
distúrbios de linguagem, comportamento impulsivo e aparecimento de síndrome
parkinsoniana). Irritação gastrintestinal com náuseas, vômitos, disfagia e dores
abdominais.
Resinatos (secante) = Dermatites. Irritação brônquica, asma, rinite, eczema,
cefaléia, fadiga e distúrbios hepáticos discretos.
Álcoois (solvente volátil) = Manifestações gastrintestinais, com vômitos, e
neurológicas, com euforia, hiperexcitabilidade, discreto grau de agitação
psicomotora, confusão mental, agressividade, distúrbios de equilíbrio, movimentos
incoordenados, evidentes efeitos depressores sobre os neurônios cerebrais e
reticulares, estado comatoso (coma alcoólico), acompanhado de alterações
metabólicas importantes, anestesia, hipotermia, hipoglicemia, depressão dos centros
respiratórios com conseqüente hipoxia, acidose, inicialmente respiratória, associada
à uma acidose metabólica, abolição de reflexos, insuficiência respiratória e
circulatória.
Cetonas (solvente volátil) = Ressecamento da área atingida. Irritação e
congestão brônquica, além de vômitos, narcose, hipotensão, bradicardia, hipotermia,
lesões hepáticas e renais;
Éteres glicóis (solvente volátil) = Ressecamento da área atingida. Sendo
substâncias narcóticas, são depressores do sistema nervoso central, agindo em
várias fases, a última atingindo o bulbo, podendo determinar paralisia respiratória.
Seus vapores são irritantes, provocando hipersecreção brônquica e sialorréia.
Semelhantes ao alcoolismo, com um período inicial de excitação, irritabilidade,
quadro de embriaguez com sensações auditivas, hiperatividade ideativa,
impulsividade, convulsões, instabilidade psicomotora, ansiedade, eritema do nariz e
lábios superiores, lesões cardíacas e renais.
Ésteres glicóis (solvente volátil) = Paralisias flácidas das extremidades
inferiores, parestesias que podem progredir para os músculos laríngeos, oculares e
respiratórios, provocando insuficiência respiratória, degeneração muscular e
medular.
Glicóis (solvente volátil) = Ressecamento da área atingida. Distúrbios
neurológicos, como nistagmo ou mesmo inconsciência, lesões renais, necrose
tubular e nefrite intersticial crônica, que podem evoluir para insuficiência renal.
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Vômitos, cefaléia, estimulação transitória, taquipnéia, cianose, fraqueza, torpor,
confusão mental, ataxia, inconsciência, convulsões, lesões neurológicas
irreversíveis, em caso de coma prolongado, acidose metabólica, tetania
hipocalcêmica, oligúria e anúria.
Produtos clorados (solvente volátil) = Irritação e dor intensa no local
afetado. Irritação dos olhos, conjuntivite, lacrimejamento, fotofobia e neurite ótica.
Rinite, ardor na garganta, náuseas, cólicas abdominais, vômitos, cefaléia, astenia
vertigens, confusão mental, incoordenação motora, sonolência, visão borrada,
hipotensão, insuficiência respiratória, arritmias cardíacas, lesões hepáticas, coma
hepático, lesões renais, insuficiência renal, necrose do córtex supra-renal e
pancreatite. Distúrbios gastrintestinais, irritação e dor intensa nas vias digestivas e
região abdominal, seguida dos sintomas descritos para contato por inalação.
Pode-se observar que a toxicologia dos componentes de tintas oferecem risco
significativo à saúde humana e ao meio ambiente como um todo, podendo provocar
graves impactos humanos, sociais e ambientais. Em vários países há a imposição
de sérias restrições ao uso de tintas e correlatos com determinados componentes.
Embora os efeitos nocivos descritos sejam considerados para um grau de
intoxicação elevada, deve-se começar a disseminar a preocupação com os riscos
que podem advir da aplicação despreocupada, ou uso inadequado, de produtos que
contenham os componentes citados e também com o descarte no meio ambiente,
pois tais compostos, além de provocar alterações nos ecossistemas, acabam
retornando ao homem via cadeia alimentar.
Já que não se pode simplesmente deixar de utilizá-las deve-se começar a dar
maior importância a sua composição química, estimulando-se com isso o
aperfeiçoamento tecnológico com a substituição dos componentes que provocam
danos ao ambiente e a saúde.
72
17.COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES
À primeira vista, uma parede interna ou fachada bem acabada aparenta formar a
base ideal para receber uma pintura. Entretanto a pintura sobre superfícies de
reboco ou concreto não é assim tão simples quanto parece, constituindo-se em um
problema onde os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Fazendo uma
analogia a construção civil o preparo das superfícies se equipara ao trabalho de
fundação, pois sem uma boa base não podemos confiar na estabilidade e
durabilidade de uma edificação.
A cor tem o poder de renovar, embelezar, gerar bem estar e tornar um
ambiente agradável. Talvez por isso, a tendência mundial aponte hoje para o uso de
cores variadas e intensas em moradias, prédios, indústrias e cidades, acabando com
a frieza dos espaços urbanos.
Essa tendência deve-se em grande parte à indústria de tintas que, cada vez
mais, oferece novos produtos para novas aplicações, desde bases preparadoras até
acabamentos e texturas, sem contar que cada vez mais a mão de obra têm se
mostrado especializada, propiciando serviços criativos, duráveis, bonitos e de
excelente acabamento.
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A escolha de cores e produtos usados no acabamento pode valorizar ou
desvalorizar um empreendimento, tornando-se então de suma importância a análise
dos recursos disponíveis e seu devido emprego, para que consigamos reunir
economia, durabilidade e beleza no acabamento escolhido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Blücher Ltda. São Paulo, 2000.
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Livros Técnicos e Científicos Editora, 1994.
ASSOCIAÇÀO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200 –
REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS COM ARGAMASSAS. MATERIAIS,
PREPARO, APLICAÇÃO E MANUTENÇÃO.
YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 3ª ed. São Paulo: Pini: SindusCon – SP,
2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR 26 – SINALIZAÇÃO DE
SEGURANÇA.
74
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11702 –
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS
APOSTILA DE TREINAMENTO PROTECTIVE COATINGS (CORAL INDUSTRIAL).
São Paulo, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS. TINTAS E
VERNIZES. Ciência e Tecnologia. 2. ed. vol 1. Disponível em:
http://www.abrafati.com. Acesso em: Set. 2006.
LACY, Marie Louise. O poder das cores no equilíbrio dos ambientes. São Paulo:
Editora Pensamento, 2002.
MANUAL DE PRODUTOS E APLICAÇÕES: SUVINIL. São Paulo, 2005.
MANUAL TÉCNICO IQUINE. 7.ed. São Paulo: Iquine, 2006.
MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e medicina no trabalho. ed 38.
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PINTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL – TINTAS YPIRANGA. São Paulo: Akzo Nobel
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Historia: Fonte: Tintas & Vernizes - Volume 1 - Ciência & Tecnologia - 2ª edição -
Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas)
Site das Tintas Coral. Disponível em: <www.tintascoral.com.br>. Acesso em: 10 de
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Site das Tintas Suvinil. Disponível em: < www.suvinil.com.br>. Acesso em: 10 de
novembro de 2012
Site da Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas. Disponível em: <
www.abrafati.com >. Acesso em: 10 de novembro de 2012
75
Site da Iquine. Disponível em: < www.iquine.com.br>. Acesso em: 10 de novembro
de 2012
Site da Hidracor. Disponível em: <www.hidracor.com.br>. Acesso em: 10 de
novembro de 2012
ANEXOS
Abrasão (resistênsia à) – resistência de uma película ao desgaste por esfrega, que
tende progressivamente a remover material da superfície.
Acabamento – última demão de um esquema de pintura; remate.
Aderência – conjunto de forças de ligação que se exercem entre uma película de
tinta seca e o suporte sobre o qual foi aplicada.
Aditivos – substâncias incorporadas em pequena percentagem nas tintas, vernizes
e produtos similares com o fim de lhes alterar acentuadamente determinadas
características como, por exemplo, contribuírem para facilitar o fabrico, melhorar a
estabilidade da tinta na embalagem, facilitar a aplicação e resolver defeitos que
possam aparecer na película de tinta.
Air Less - sistema por pressão, com pistola específica e recipiente, servindo e
facilitando a aplicação em exteriores e interiores de tinta à base de água. Diminui a
perda de produto durante a aplicação e permite a obtenção de camadas mais
espessas.
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Alcalinidade (do reboco) – o betão novo dá uma reacção alcalina em presença da
água com um pH de cerca de 12, pelo que é necessário evitar todo o contacto
directo da sua superfície com revestimentos saponificáveis sem aplicação de um
primário adequada (anti-alcalino).
Aplicação – acto ou efeito de depositar uma película de tinta sobre um substrato.
Argamassa - mistura de um aglutinantes (cimento) com areia, cal e água, usada no
assentamento de alvenaria, tijolos, ladrilhos e no revestimento de paredes.
Bactericidas – biocidas que destroem a parede bacteriana, eliminado as bactérias;
conservam a tinta na embalagem durante o processo de armazenagem (protecção
in-can).
Betão – o betão ou concreto é um material da construção civil composto por uma
mistura de cimento, areia, agregados e água, além de outros materiais eventuais, os
aditivos a as adições.
Betume – é um produto muito espesso que se aplica à espátula depois do primário
e que deve conduzir a películas relativamente elásticas, aderentes e que permitam
uma lixagem fácil. Destina-se a nivelar as irregularidades da base de aplicação. É,
normalmente, aplicado em camadas espessas e pode originar pontos fracos no
sistema de protecção pelo que, sempre que possível, se deve evitar a sua
aplicação, especialmente sobre madeira em exteriores.
Brancura – atributo de um objecto colorido que permite julgar a maior ou menor
proximidade da cor branca padrão (normalmente uma placa cerâmica fornecida com
o instrumento de medida).
Brilho – impressão visual causada pelas propriedades reflectoras da superfície de
uma película de tinta; a reflectividade de uma película é dada pela razão entre a
quantidade de luz reflectida e a quantidade de luz incidente. Em geral, o brilho é
proporcional ao índice de refracção, mas em larga medida independente da cor.
Camada – película contínua de um produto resultante de uma só operação de
aplicação.
Cargas – substâncias que sob a forma de partículas mais ou menos finas, de fraco
poder de cobertura, insolúveis nos veículos, são empregues como constituintes de
tintas com o fim de lhes modificar determinadas propriedades, entre as quais, preço,
permeabilidade da película, resistência química, brilho, sedimentação, resistência à
abrasão, comportamento anticorrosivo e viscosidade.
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Coalescência – união das partículas de um polímero em emulsão, processo que
conduz à secagem da tinta com formação de uma película contínua, flexível e
resistente à água.
Compatibilidade – propriedade dos produtos que se podem misturar sem que
ocorra precipitação, coagulação, espessamento ou qualquer outra alteração
significativa das características expectáveis para a mistura.
Componente – parte que compõe um conjunto.
Compostos orgânicos voláteis COV’s - são compostos orgânicos que possuem
alta pressão de vapor sob condições normais a tal ponto de vaporizar
significativamente e entrar na atmosfera. O termo é frequentemente utilizado no
contexto legal ou regulatório e em tais casos a definição precisa depende das leis.
Em Portugal, esta temática remete para o Decreto-Lei n.º 181/2006, que
regulamenta e limita as emissões de compostos orgânicos voláteis resultantes da
utilização de solventes orgânicos em tintas e vernizes e em produtos de retoque de
veículos. Ao abrigo deste Decreto-Lei, COV é definido da seguinte forma: composto
orgânico cujo ponto de ebulição inicial, à pressão normal de 101,3 kPa, seja inferior
ou igual a 250ºc.
Concentração de pigmento em volume (CPV) – relação, em percentagem, do
volume de pigmento com o volume total de material não volátil (pigmento e ligante).
Valores mais altos (40 a 75%) estão associados a tintas mate e valores mais baixos
(10 a 25%) a tintas brilhantes e semibrilhantes.
Cor - sensação subjectiva que a luz provoca no órgão da vista humana e que lhe é
transmitido pelo cérebro.
Corante - concentrado, na forma líquida ou em pó, adicionado à tinta para se obter
uma determinada cor.
Corrosão - reacção entre o oxigénio do ar, a humidade e o metal. Quando essa
reacção ocorre com o ferro, é denominada ferrugem.
Demão - unidade utilizada para identificar o número de camadas de tinta numa
pintura.
Densidade ou massa volúmica - define-se como a propriedade da matéria
correspondente à massa contida por unidade de volume, ou seja, a proporção
existente entre a massa de um corpo e o seu volume.
Desagregação - destacamento da pintura da superfície; perda de adesão do
revestimento.
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Descoloração - perda gradual da cor de uma tinta, geralmente causada pela
exposição à luz, calor ou intempéries.
Diluente - líquido adicionado a uma tinta para reduzir a sua viscosidade. Um
diluente não é necessariamente um solvente para o ligante.
Dióxido de titânio - pigmento branco, de alta opacidade, usado como pigmento
principal tanto em tintas de água como à base de solvente.
Dureza - grau de resistência à pressão de um material sem que fique deformado ou
riscado.
Eflorescências salinas – Manchas esbranquiçadas sobre a superfície pintada,
provocadas por depósitos de sais de cálcio e magnésio solúveis que geralmente se
formam próximo de fissuras por onde penetra a humidade.
Elasticidade - capacidade do filme de tinta em expandir-se e contrair-se com o
substrato, sem sofrer danos ou mudanças no seu aspecto. A expansão e contração
geralmente são causadas por variações de temperatura e humidade.
Empolamento - formação de bolhas na película de tinta como resultado da perda
local de aderência.
Esmalte – produto de pintura pigmentado, líquido, que quando aplicado numa
superfície solidificada e dá origem a uma camada dura e brilhante.
Espessura – medida da camada resultante da aplicação de uma demão de tinta,
verniz ou produto similar.
Esquema de pintura – conjunto das demãos de tinta depositadas sobre um dado
suporte. Quando consideramos um determinado conjunto de tintas e lhe fixamos as
espessuras e número de demãos sucessivas, estamos a restringir a noção de
sistema de pintura ficando em presença de um esquema de pintura.
Estuque – argamassa composta por cal, areia fina, pó de mármore, gesso e água,
usada para o acabamento de paredes e tectos no interior.
Filme de tinta - película formada após a secagem da tinta.
Ficha técnica - é uma ficha que caracteriza integralmente cada um dos produtos em
termos técnicos, campos de utilização e procedimentos de aplicação. Pode
considerar-se o "bilhete de identidade" do produto e deve ser sempre consultada
antes do manuseamento e utilização do produto em causa.
Ficha de dados de segurança (FDS) - serve como documento informativo quanto a
perigos inerentes à substância/preparação, fornecendo conselhos quanto à
armazenagem, manuseamento, eliminação, equipamento de protecção individual a
79
utilizar, etc . Tem como destinatário o utilizador profissional. Todas as
substâncias/preparações que sejam classificadas como perigosas ou que, não
sendo classificadas como perigosas contenham componentes classificados como
perigosos na sua constituição, devem ter uma FDS actualizada.
Fissuração do revestimento – formação de fissuras na película seca.
Flexibilidade – capacidade de uma película seca acompanhar sem deterioração as
deformações do substrato em que está aplicada.
Fungicida - produto químico adicionado a tintas, que impede o crescimento de
fungos sobre a superfície pintada (protecção dry film).
Hidrorepelente - acabamentos incolores para exteriores, especialmente formulados
para fazer com que a água forme gotículas sobre a superfície, reduzindo a sua
penetração no substrato.
Hidrófobo – propriedade de um produto que não tem afinidade para a água.
Humidade – medida da quantidade de vapor de água que existe no ar e que pode
ser expressa como humidade absoluta ou como humidade relativa.
Impermeabilização - Conjunto de providências que impedem a infiltração de água
na estrutura construída; Protecção contra o fluxo de água (percolação) através dos
elementos da fundação, bem como sua estanqueidade.
Intempéries - acções promovidas pelo tempo (exemplos: chuva, sol, vento), que
provocam a deteriorização das películas de tinta.
Lavabilidade - capacidade de uma tinta resistir à limpeza de poeiras, manchas
superficiais ou outras sujidades, com agentes químicos de uso doméstico, sem
alteração das suas qualidades específicas, nomeadamente no que se refere à cor.
Ligante - nas tintas e selantes é o componente que une as partículas de pigmento,
formando um filme uniforme, contínuo e favorecendo a sua adesão ao substrato. A
natureza e a quantidade do ligante determinam, a maioria das propriedades de
desempenho das tintas (lavabilidade, resistência, adesão, retenção de cor e
durabilidade).
Nivelamento - capacidade de uma tinta em formar um filme uniforme, sem marcas
da trincha.
Opacidade - capacidade de impedir a passagem da luz. Uma tinta com alta
opacidade encobre completamente o substrato.
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Pegajosidade – característica de uma película que origina aderência indesejada,
apresentando tendência para reter à superfície sujidade que não se consegue
remover por simples limpeza.
Película - camada contínua resultante da aplicação de uma ou mais camadas de
revestimento a um substrato.
Permeabilidade – aptidão de uma película seca a deixar-se atravessar por certas
substâncias no estado líquido ou gasoso, em condições particulares predefinidas.
pH - refere-se a uma medida que indica se uma solução líquida é ácida (pH < 7),
neutra (pH = 7), ou básica/alcalina (pH > 7).
Pigmentos – substâncias sólidas, em geral finamente divididas, praticamente
insolúveis no veículo, usadas na preparação de tintas com o fim de lhes conferir cor
e opacidade ou certas características especiais.
Poder de cobertura - refere-se não apenas à opacidade do filme, mas também à
sua espessura e nivelamento. Deve ter-se em conta o tipo de aplicação (pincel, rolo
ou pistola).
Preparação de superfície – qualquer método de preparação de uma superfície para
a aplicação de um revestimento. Preparar uma superfície é fazer-lhe algo que
permita que uma tinta adira correctamente sobre ela. Esta preparação deve
contribuir igualmente para reduzir a quantidade de contaminantes iniciadores de
corrosão.
Primário - denominação utilizada para definir o produto aplicado geramente antes
da tinta de acabamento, que tem por finalidade, garantir uma boa aderência à
superfície, uniformizar a absorção e dar protecção contra a alcalinidade, corrosão,
etc.
Rendimento – quantidade de tinta, à viscosidade de aplicação, que é necessária
para realizar, sobre um metro quadrado de superfície perfeitamente lisa, uma
determinada espessura de película seca, considerando-se que não existem perdas
inerentes ao método de aplicação. Habitualmente exprime-se em m2/litro e pode
determinar-se a partir do conhecimento do teor de sólidos em volume e da
espessura aplicada expressa em micrómetros.
Resinas – material natural ou sintético utilizado como ligante numa tinta ou selante.
As resinas são as responsáveis pela formação da película de tinta e também pela
maioria das características físicas e químicas desta, pois determinam o brilho, a
resistência química e física, a secagem, a aderência, e outras.
81
Resinas Acrílicas - polímeros formados pela polimerização de monómeros acrílicos
e metacrílicos; por vezes o estireno é copolimerizado com estes monómeros.
Possuem uma resistência à intempérie que excede significativamente a dos outros
polímeros de igual custo.
Resinas Alquídicas - polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos
gordos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por oxidação ou
polimerização por calor.
Resinas Poliuretano – resinas resultantes da reacção de isocianatos com
compostos que contenham grupos hidroxilo, tais como óleos secativos com grupos
álcool reactivos, poliésteres e poliéteres. A combinação única de propriedades tais
como a resistência à intempérie, dureza superficial, flexibilidade e resistência
química, entre outras, levou a que se generalizasse a utilização dos poliuretanos na
indústria de tintas e vernizes.
Resinas Vinílicas - são polímeros obtidos na copolimerização em emulsão de
acetato de vinilo com diferentes monómeros: acrilato de butilo e outros. Estas
emulsões são usadas nas tintas látex vinílicas e vinil acrílicas.
Resistência à esfrega húmida – afirma-se que determinada tinta tem resistência à
esfrega húmida quando esta suporta 5000 ciclos de esfrega húmida sem que haja
desgaste da película (DIN 53778).
Resistência à lavagem – afirma-se que determinada tinta tem resistência à
lavagem quando esta suporta 1000 ciclos de esfrega húmida sem que haja desgaste
da película (DIN 53778).
Resistência à luz – capacidade que um pigmento tem para reter a sua cor quando
exposto à energia de uma fonte luminosa.
Resistência mecânica – resistência ao desgaste; capacidade de suportar as
solicitaçõesexternas sem que estas venham a causar deformações estruturais.
Resistência química - capacidade de uma tinta resistir ao ataque de agentes
químicos.
Secagem – conjunto de transformações que provocam a passagem do estado
liquído ao estado sólido, com formação de uma película de tinta seca. Este processo
não deve ser demasiado rápido nem muito lento, devendo facilitar o espalhamento e
trabalhabilidade do produto.
Selante – revestimento que sela um determinado substrato e baixa a sua absorção
de tinta ou verniz. Os selantes podem ser transparentes ou pigmentados.
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Sistema de pintura – a designação de sistema de pintura está estreitamente
relacionada com a natureza química das várias tintas que o constituem e é
independente do número de demãos e espessura de película recomendada para as
mesmas; assim, por exemplo, se os produtos a aplicar são todos formulados com
resinas acrílicas dizemos que estamos em presença de um sistema acrílico.
Solventes - são líquidos voláteis capazes de dissolver o veículo fixo de tintas e
vernizes, cujas principais funções são: facilitar a formulação, conferir a viscosidade
adequada para aplicação da tinta e contribuir para o nivelamento e secagem.
Subcapa – qualquer demão especialmente estudada para se aplicar antes da
demão de acabamento, com o intuito de proporcionar uma espessura total adequada
para o esquema de pintura, uma boa ligação com o suporte e uma protecção
eficiente contra a acção de produtos químicos.
Substrato - qualquer superfície sobre a qual é aplicado um revestimento.
Sujidade (retenção de) – acumulação de poeira ou outra sujidade à superfície de
uma película de tinta devida, normalmente, à pegajosidade da mesma.
Tapa-poros – tipo particular de verniz destinado a ser aplicado como primeira
demão para encher os poros da madeira.
Teor de sólidos – resíduo obtido por evaporação da matéria volátil de um
revestimento. Os sólidos (compostos principalmente pelos pigmentos e ligante),
após secagem da tinta, constituem o filme seco.
Teor de sólidos em volume – relação entre o volume de componentes sólidos
(pigmento e ligante) de uma tinta e o seu volume total. É expresso em percentagem.
Um teor de sólidos em volume alto, proporciona um filme mais espesso, resultando
numa melhor cobertura e durabilidade.
Tintas - podem ser definidas como um líquido pigmentado, aplicado em camadas
para proteger, decorar ou dar acabamento a uma superfície sólida e que endurece
para formar um revestimento sólido. A mudança de estado de líquido para sólido
pode ocorrer através de evaporação dos componentes voláteis (no nosso caso a
água).
Tintas de Silicato - tintas da nova geração que promovem maior respirabilidade das
paredes e muito mais ecológicas, pois são baseadas em produtos inorgânicos; trata-
se de um sistema que funciona como se de pedra líquida se tratasse.
Veículo – conjunto de componentes das tintas, vernizes ou produtos similares que
permitem a formação da película sólida.
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Veículo fixo – parte não volátil do veículo.
Verniz - podem ser definidos como um líquido que, quando aplicado num substrato,
forma uma película sólida transparente com propriedades protectoras, propriedades
decorativas ou propriedades técnicas específicas.
Viscosidade – grau de fluidez de uma tinta; resistência oposta ao deslocamento
relativo de duas camadas infinitamente finas e infinitamente vizinhas de um fluído
que se escoa de um forma estritamente laminar. Com outras condições de
escoamento dizemos que a viscosidade é aparente e referimo-la como consistência.