sexo na casa branca - como a vida privada dos presidentes e poderosos norte-americanos

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SEXO na CASA BRANCA Como a vida privada dos presidentes e poderosos norte-americanos mudou os rumos da história dos Estados Unidos e do mundo LARRY FLYNT . DAVID EISENBACH, P H .D.

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Sexo e poder movem o mundo Muito além do escandaloso caso entre Bill Clinton e Monica Lewinsky, a vida sexual dos presidentes e poderosos norte-americanos, desde o início, teve muito mais influência nos rumos da história do que supõe nossa vã imaginação. Movimentos sociais, políticas governamentais, eleições e até guerras tiveram seus destinos definidos entre as quatro paredes não de salas de reunião, mas de muitas alcovas. Um mulherengo Benjamin Franklin garantiu assistência militar francesa aos Estados Unidos durante a guerra da independência com seus dotes sedutores. O romance gay entre o presidente James Buchanan e o senador William King, que era proprietário de escravos, estimulou a guerra civil. Relações lésbicas inspiraram Eleanor Roosevelt a empreender uma cruzada pela igualdade de direitos entre os sexos…

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SEXOna CASABRANCAComo a vida privada dos presidentes e poderosos norte-americanos mudou os rumos da história dos Estados Unidos e do mundo

LARRY FLYNT . DAVID EISENBACH, Ph.D.

Tradução: Paulo Polzonoff Jr.

Larry FlyntDavid Eisenbach, Ph.D.

Como a vida privada dos presidentes e poderosos norte-americanos mudou os rumos da história dos Estados Unidos e do mundo

SEXO NA CASA BRANCA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:1. Estados Unidos : Políticos : Escândalos sexuais : 306.770973

Flynt, LarrySexo na Casa Branca: como a vida privada dos presidentes e poderosos norte-

americanos mudou os rumos da história dos Estados Unidos e do mundo / Larry Flynt, David Eisenbach ; tradução Paulo Polzonoff Jr.. – Belo Horizonte : Editora Gutenberg , 2013.

Título original: One Nation Under Sex: How the Private Lives of Presidents, First Ladies and Their Lovers Changed the Course of American History

ISBN 978-85-8235-009-6

1. Corrupção política - Estados Unidos 2. Escândalos sexuais - Estados Unidos 3. Ética - Estados Unidos 4. Políticos - Comportamento sexual - Estados Unidos I. Eisenbach, David. II. Título.

12-12502 CDD-306.770973

EDITORA GUTENBERG LTDA.

São PauloAv. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I, 11º andar, Conj. 1101Cerqueira César . São Paulo . SP . 01311-940 Tel.: (55 11) 3034 4468

Televendas: 0800 283 13 22www.editoragutenberg.com.br

Belo HorizonteRua Aimorés, 981, 8º andar . FuncionáriosBelo Horizonte . MG . 30140-071Tel.: (55 31) 3214 5700

Todos os direitos reservados pela Editora Gutenberg. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

gerente editorial

Alessandra J. Gelman Ruiz

tradução

Paulo Polzonoff Jr.

preparação de texto

Amanda Pavani Beatriz Magalhães Cecília Martins Rodrigo Seabra

diagramação

Christiane Morais de Oliveira

revisão

Lilian de Oliveira Lizete Mercadante Machado

projeto gráfico de capa

Diogo Droschi

Copyright © Larry Flynt e David Eisenbach, 2011. Todos os direitos reservados. Copyright © 2013 Editora Gutenberg

título original

One Nation Under Sex: How the Private Lives of Presidents, First Ladies and Their Lovers Changed the Course of American History

Para minha esposa, Liz, minha maior apoiadora.Para meus pais, Joanne e George Eisenbach.

Agradecimento

Gostaríamos de agradecer especialmente a Andrew Stuart, nosso dedi-cado agente literário, e Alessandra Bastagli, nossa talentosa editora.

Agradecemos ainda a Destin Jenkins e Jacob Shapiro, pela ajuda na pesquisa, e à Biblioteca da Universidade de Colúmbia, à Biblioteca do Congresso, à Biblioteca Franklin D. Roosevelt, à Biblioteca Pública de Nova York, aos Arquivos Nacionais e à Biblioteca da Universidade da Califórnia. Agradece-mos também a Alan Bradshaw, Alison Brod, Sarah Brown, Emily Carleton, George e Joanne Eisenbach, Stephanie Gangi, Charity e Kevin Keating, Adam Liebner, Roosevelt Montes, Melrose Phillips e Alyssa Quart.

Introdução ......................................................................................11

Capítulo 1

Flertes e fornicações dos Fundadores ......................................................... 15

Capítulo 2

Sexo e Guerra Civil .................................................................................. 45

Capítulo 3

Casos de Estado ........................................................................................ 71

Capítulo 4

A balada de Franklin e Eleanor .................................................................104

Capítulo 5

O czar do sexo norte-americano ..............................................................141

Capítulo 6

A fronteira nua ........................................................................................175

Capítulo 7

Sexo, morte e os Kennedys ......................................................................198

Capítulo 8

Quando Bill Clinton “deu uma geral” ......................................................224

Conclusão

Cumprindo o juramento ..........................................................................258

Notas ........................................................................................... 265

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Introdução

Juro lealdade à minha Bandeira e à República que ela representa, uma nação, indivisível, com liberdade e justiça para todos.

Juramento de Lealdade, 1892

Durante a Caça às Bruxas da década de 1950, o Congresso norte-ameri-cano acrescentou um “protegida por Deus” ao Juramento de Lealdade

numa tentativa de relacionar o patriotismo à piedade religiosa e distinguir os Estados Unidos da ateia União Soviética. Mas há um argumento maior – o de que Deus exerceu um papel essencial ao guiar e moldar o país. Dei-xando de lado a dúbia ideia de uma divindade que favorece um país acima dos outros, acreditamos realmente que existe uma força maior que moldou essa grande nação. Essa força é o sexo. Descobrimos que, longe de ser um assunto meramente privado, as relações sexuais dos líderes norte-america-nos afetaram eventos cruciais que alteraram a vida de milhões de pessoas. Sexo na Casa Branca é a primeira obra a explicitar como a vida privada dos presidentes, das primeiras-damas e de outros norte-americanos notáveis moldou os Estados Unidos de hoje.

As histórias sobre a intimidade da Casa Branca propiciam uma divertida mistura do sórdido e romântico, hétero e homossexual, trágico e cômico, excitante e assustador. Um dos nossos objetivos é revelar aos leitores fatos esclarecedores a respeito de pessoas e acontecimentos sobre os quais ouviram a vida toda, mas nunca entenderam completamente. Tomamos o cuidado, contudo, de não repetir automaticamente rumores lascivos e boatos que despontaram na mídia – nossas muitas notas refletem as bases dos nossos relatos históricos. Também reservamos um tempo para desfazermos mi-tos passados de geração a geração sobre os líderes norte-americanos. Não estamos aqui para espalhar indiscrições; queremos acrescentar uma nova abordagem à história do país.

Tradicionalmente, historiadores temem examinar a vida sexual dos presidentes porque não consideram assuntos privados como tema válido de pesquisa “séria”. O resultado é a vida dos nossos líderes acabar tão ca-muflada que as pessoas pensam que Thomas Jefferson e Abraham Lincoln

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foram feitos do granito do monte Rushmore, não de carne e osso. Os historiadores são ainda mais relutantes no que diz respeito à investigação da vida das primeiras-damas. Descobrimos que essas mulheres influentes também tiveram casos extraconjugais e algumas se envolveram em escân-dalos que tiveram importante impacto político. Outros livros já lavaram a roupa suja de personagens históricos e já expuseram as aventuras sexuais da política norte-americana. Também fazemos isso, mas explicamos como a vida sexual dos nossos líderes afetou as eleições, a economia, as relações internacionais e até as guerras.

Nossas histórias de amor e sexo também nos permitem mapear as mu-danças no conceito de moral social ao longo da história. Ao desconstruir os escândalos sexuais de Dolley Madison, examinamos o lugar das mulheres na vida política da recém-criada República. Nossa análise da relação do presi-dente James Buchanan com o senador William Rufus King, que durou 32 anos, revela como os norte-americanos de meados do século XIX tratavam o tema da homossexualidade. O foco da nossa narrativa é a vida privada dos líderes políticos, mas ao contar esta história também apresentamos um retrato abrangente da moralidade sexual e do papel social dos gêneros nos Estados Unidos.

Inevitavelmente, acabamos explorando o papel da mídia e das di-ferentes formas como os repórteres trataram escândalos sexuais ao longo da história. Mostramos que os libertários panfleteiros e editores dos primórdios dos Estados Unidos adoravam expor os casos privados dos políticos. Os jornais do século XIX também consideravam a vida sexual desses homens um bom assunto, porque a história pessoal de um candi-dato era vista como um termômetro de como ele se comportaria num cargo público. Somente no século XX é que os jornalistas adotaram um código de ética que proibia reportagens sobre a vida privada dos políticos. De repente, os romances ilícitos presidenciais não eram mais considera-dos temas adequados ao jornalismo sério. Woodrow Wilson, Franklin e Eleanor Roosevelt, J. Edgar Hoover, John, Jackie e Bobby Kennedy e Martin Luther King acabaram se aproveitando da recusa da imprensa em noticiar suas vidas privadas. A ascensão do jornalismo de tabloide e o fim da Guerra Fria, no entanto, libertaram a imprensa novamente para expor o sexo na Casa Branca. Agora, na era da internet, os casos de qualquer um se tornam notícia, não interessa quão importante ele ou ela seja para a estabilidade da República. A obsessão atual da imprensa por escândalos sexuais envolvendo políticos, na verdade, não é um fenômeno novo, e sim um retorno às raízes da tradição política norte-americana. Os blogueiros são os novos panfleteiros.

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Gore Vidal, que escreveu um romance sobre Abe Lincoln e foi amigo de John Kennedy, disse que “tudo está tão interconectado na nossa república jacobina que nada mais surpreende”.1 Ao ignorar as regras convencionais da erudição histórica e direcionar nossa atenção para a vida privada dos líderes dos Estados Unidos, descobrimos conexões-chave entre os atos públicos e privados que os historiadores ignoraram. Desde a Guerra da Independência até o Monicagate (o caso Monica Lewinski), e além, o sexo tem exercido um papel fundamental na história do país. A história dos Estados Unidos é mesmo uma das maiores e mais estranhas histórias jamais contadas.

Larry Flint, Los Angeles, CA David Eisenbach, Nova York

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