qui està en perill, l’ossa hvala o el caçador? el...

39
Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El conflicte de l’ós al Pirineu; una perspectiva ambiental, antropològica i històrica Màster en estudis ambientals Especialitat d'Economia ecològica i gestió ambiental Mòduls 40436, 40437 i 40438 Revista Desarrollo económico-Revista de ciencias sociales Directors del treball: Dr. Martí Boada Juncà (Icta-Universitat Autònoma de Barcelona) Dr. Víctor Bretón Solo de Zaldívar (Giedem-Universitat de Lleida) Juny de 2009

Upload: others

Post on 26-Feb-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador?

El conflicte de l’ós al Pirineu; una perspectiva ambiental,

antropològica i històrica

Màster en es tudis ambienta ls Especia l i ta t d 'Economia ecològica i ges t ió ambienta l

Mòduls 40436, 40437 i 40438 Revis ta Desarrol lo económico-Revis ta de c iencias soc ia les

Di rec tors de l t reba l l :

Dr . Mar t í Boada Juncà ( Ic ta -Univers i ta t Autònoma de Barce lona) Dr . Víc tor Bre tón Solo de Zald ívar (Giedem-Univers i ta t de Lle ida)

Juny de 2009

Page 2: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

DESCRIPCIÓ DE LA FEINA QUE HA FET L’ALUMNE: El t rebal l es va in ic iar amb una pr imera recerca b ib l iogràf ica sobre la temàt ica de l 'ós , tan t a l P i r ineu com a la ser ra lada cantàbr ica i a l t res zones europees on s 'han fe t re in t roduccions o recuperac ions d 'ós bru . També es van consul ta r es tudis sobre e l tur i sme i l ’economia de les comarques ca ta lanes p i r inenques i e l poss ib le impacte de la presència de l p lant ígrad en e l sec tor tur í s t ic . Això va permetre generar una pr imera h ipòtes i que es va complementar amb una lec tura més exhaus t iva sobre e l tema. Pos ter iorment , es va rea l i tzar un t rebal l de camp que ha compor ta t l ’enregis t rament de més quaranta ent revis tes en t re Lle ida , l ' à rea de Barce lona , e l Pa l la rs Sobi rà , l 'Al ta Ribagorça i , espec ia lment , la Val l d 'Aran . F ina lment , la recerca s 'ha comple ta t amb un in tens buida t de la premsa , que abraça des de l 1988 f ins a l 2009, i que inc lou e ls següents d iar i s i rev is tes : Segre , La Mañana, Avui , El País , La Vanguardia , El Per iódico , Diar i d’Andorra , El 9 Nou, El Punt , Heraldo de Aragón, Deia , El Mundo, Diar i de Girona, La Razón, ABC, Gara, Bon d ia , ADN i El Temps , en t re d’a l t res . Tot p legat ha compor ta t ree laborar la h ipòtes i in ic ia l f ins a r r ibar a la redacció def in i t iva de l t reba l l . Tot e l procés ha es ta t supervisa t pe ls codi rec tors de l t reba l l , que han corregi t e l pr imer esborrany i que h i han apor ta t e l seu coneixement i la seua exper iència en la tasca d’ inves t igac ió . D E S C R IP C IÓ D E L ’E N C A IX D E L T R E B A L L Q U E E S P R E S E N T A E N L A T A S C A IN V E S T IG A D O R A D E L G R U P D E R E C E R C A : El grup de recerca de què forma par t e l Dr . Mar t í Boada , que també és pres ident de l Parc Natura l de l ’Al t P i r ineu (PNAP) , es tà fent un impor tant t reba l l de recerca sobre la d iagnos i ambienta l de la zona de l Parc , que en e l cas d’aques t t reba l l , s ’ampl ia per a cent rar -se en una zona que , a més de la de l PNAP, inc lou zones de l Pa l la rs Sobi rà que no en formen par t , l ’Al ta Ribagorça i , espec ia lment , la Val l d’Aran. També complementa la seua ac tua l l ín ia conceptua l , que es tà cent rada en l ’anàl i s i i l a d iagnos i de la superac ió de l b inomi na tura-cul tura i en la desf ronter i tzac ió de la d icotomia c làss ica que separa na tura de soc ie ta t . Això pot re lac ionar -se c larament amb a lgunes de les pos tures que es veuen en aques t t reba l l : e l pa t r imoni na tura l i cu l tura l de l P i r ineu , i , per tan t , també de la Val l d’Aran, forma par t d’un to t , que és la rea l i ta t h is tòr ica i ac tua l que conforma e l pa isa tge i la v ida en aques ta zona . F ins a ra h i ha hagut una d iv is ió , potser a conseqüència de l punt de v is ta de les d iverses d isc ip l ines c ient í f iques , que semblava separar la soc ie ta t i l a na tura . Aques t t reba l l pre tén ser una nova apor tac ió per uni r e l que només es pot en tendre de manera comple ta , coherent i g lobal . A més , aques t recerca també compar te ix e l seu in terès per les formes de coneixement empír ic popular , j a que par te ix , a par t de la b ib l iograf ia i l ’hemeroteca , de les en t revis tes rea l i tzades a un nombrós grup de persones . L’ant ropòleg Víc tor Bre tón , tu tor de l t reba l l , es tà especia l i tza t en es tudis sobre desenvolupament i mul t icu l tura l i ta t . Tot i que e ls seus es tudis s ’han cent ra t en Lla t inoamèr ica , també són apl icables a les d i ferents rea l i ta t s an t ropològiques , cu l tura ls , soc ia ls i h is tòr iques de l nos t re cas : un pe t i t

Page 3: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

te r r i tor i de l P i r ineu —a caval l en t re t res es ta ts i amb un mínim de c inc l lengües of ic ia ls— al qual apor ten una v is ió enr iquidora que ens a juda a comprendre , especia lment , la rea l i ta t a ranesa . Cer tes pos tures favorables a la presència de l ’ós par len de l desenvolupament d’un tur i sme verd , un tur i sme més respectuós amb e l medi ; a ix í mate ix , la recerca sobre e l conjunt d’ in teressos que h i ha dar rere les d iverses pos tures davant de l conf l ic te de l ’ós posa de manifes t d i ferents aproximacions a la rea l i ta t que s i tuen e l t reba l l , t ambé, en l ’à rea de coneixement de l tu tor : l ’an t ropologia soc ia l . TRANSCRIPCIÓ DE LA “GUIA DE L’AUTOR”

P R E S E N T A C I Ó N D E T R A B A J O S :

A u t o r e s y c o l a b o r a d o r e s : L o s t r a b a j o s c o n p e d i d o d e p u b l i c a c i ó n d e b e n s e r e n v i a d o s , e n v e r s i ó n i m p r e s a , a : S r . D i r e c t o r / D e s a r r o l l o E c o n ó m i c o - R e v i s t a d e C i e n c i a s S o c i a l e s / I n s t i t u t o d e D e s a r r o l l o E c o n ó m i c o y S o c i a l / A r á o z 2 8 3 8 / C 1 4 2 5 D G T B u e n o s A i r e s / A r g e n t i n a . E n v e r s i ó n d i g i t a l , a : d e s a r r o l l o @ i d e s . o r g . a r . P a r a e l l o s e s u g i e r e o b s e r v a r l a s s i g u i e n t e s r e c o m e n d a c i o n e s :

1. S ó l o s e r á n c o n s i d e r a d o s p a r a s u p u b l i c a c i ó n t r a b a j o s inédi tos e n i d i o m a e s p a ñ o l .

E l m a n u s c r i t o – c o n d o s c o p i a s – d e b e r á p r e s e n t a r s e t i p e a d o a doble espacio , e n p a p e l t a m a ñ o c a r t a , e s c r i t o d e u n s o l o l a d o . [ L a p á g i n a d e b e r á c o n t e n e r 7 0 c a r a c t e r e s p o r l í n e a , c o n n o m á s d e 3 0 l í n e a s ] . E s t a s e s p e c i f i c a c i o n e s d e b e r á n r e s p e t a r s e r i g u r o s a m e n t e . S e a g r a d e c e a s i m i s m o e l e n v í o p o r c o r r e o e l e c t r ó n i c o a : d e s a r r o l l o @ i d e s . o r g . a r . E x t e n s i ó n d e l o s t r a b a j o s : E n l a s e c c i ó n A r t í c u l o s s e a d m i t e n 4 0 p á g i n a s c o m o m á x i m o [ a p r o x i m a d a m e n t e 8 4 . 0 0 0 c a r a c t e r e s c o n e s p a c i o s ] . E n C r í t i c a d e L i b r o s , 8 p á g i n a s ( 1 6 . 8 0 0 c a r a c t e r e s , r e s p e t a n d o l a s c a r a c t e r í s t i c a s s e ñ a l a d a s e n e l í t e m 2 ) . L o s t r a b a j o s d e b e r á n s e r a c o m p a ñ a d o s d e u n r e s u m e n d e l c o n t e n i d o , e n e s p a ñ o l y e n i n g l é s , c o n u n a e x t e n s i ó n m á x i m a d e 2 0 l í n e a s d e t e x t o [ 1 . 4 0 0 c a r a c t e r e s ] . L o s c u a d r o s y g r á f i c o s s e i n c l u i r án e n h o j a s s e p a r a d a s d e l t e x t o ( n u m e r a d o s y t i t u l a d o s c o r r e c t a m e n t e , c o n i n d i c a c i ó n d e l a s u n i d a d e s e n q u e s e e x p r e s a n l o s v a l o r e s y c o n l a s f u e n t e s c o r r e s p o n d i e n t e s ) . S e s u g i e r e e v i t a r t o d a c o m p l e j i d a d i n n e c e s a r i a e n s u e l a b o r a c i ó n , t o m a n d o e n c u e n t a q u e l a i m p r e s i ó n f i n a l e s a u n s o l o c o l o r ( n e g r o ) .

T o d a a c l a r a c i ó n c o n r e s p e c t o a l t r a b a j o ( p r e s e n t a c i ó n p r e v i a , c o l a b o r a d o r e s , a g r a d e c i m i e n t o s , e t c é t e r a ) s e i n d i c a r á c o n u n a s t e r i s c o e n e l t í t u l o r e m i t i e n d o a l p i e d e p á g i n a . A s i m i s m o , l a p e r t e n e n c i a i n s t i t u c io n a l s e c o n s i g n a r á e n n o t a a l p i e m e d i a n t e d o b l e a s t e r i s c o r e m i t i d o d e s d e e l n o m b r e d e l a u t o r , i n c l u y é n d o s e d i r e c c i ó n , t e l é f o n o , f a x y d i r e c c i ó n e l e c t r ó n i c a .

C i t a s a l p i e d e p á g i n a ( n u m e r a d a s c o r r e l a t i v a m e n t e ) . P r o c u r a n d o n o o m i t i r d a t o s , s e s u g i e r e e s t e o r d e n : a ) n o m b r e y a p e l l i d o d e l a u t o r ; b ) t í t u l o d e l a o b r a , s u b r a y a d o ; c ) v o l u m e n , t o m o , e t c é t e r a , s i l o h u b i e r e ; d ) e d i t o r , s i s e d e s e a ; e ) l u g a r y f e c h a d e p u b l i c a c i ó n ; f ) p á g i n a n ú m e r o . S i s e t r a t a d e u n a r t í c u l o , é s t e i r á e n t r e c o m i l l a s , s u b r a y á n d o s e l a o b r a o l a r e v i s t a e n l a q u e f u e p u b l i c a d o . S i s e i n s e r t a r a b i b l i o g r a f í a ( c i t a d a e n e l t e x t o ) , é s t a s e i n c l u i r á a l f i n a l d e l t r a b a j o , o r d e n á n d o l a a l f a b é t i c a m e n t e p o r a u t o r y c o l o c a n d o p r i m e r o e l a p e l l i d o y l u e g o e l n o m b r e , s e g u i d o s d e l a ñ o d e p u b l i c a c i ó n ( e n t r e p a r é n t e s i s ) .

N o s e a d m i t i r á n a g r e g a d o s n i m o d i f i c a c i o n e s u n a v e z i n i c i a d o e l p r o c e s o d e e d i c i ó n

L o s m a n u s c r i t o s d e a u t o r e s a r g e n t i n o s y l a t i n o a m e r i c a n o s d e b e r á n e s t a r e s c r i t o s e n e s p a ñ o l . L a t r a d u c c i ó n d e t r a b a j o s e n o t r o s i d i o m a s s e h a r á c o n c a r g o a l a u t o r .

Page 4: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Qui està en peril l , l’ossa Hvala o el caçador? El conflicte de l’ós

al Pirineu, una perspectiva ambiental , antropològica i històrica1

Carles Giné-Janer2

RESUMEN EN ESPAÑOL

Este t rabajo pre tende ser una apor tac ión a la comprens ión de l conf l ic to de l oso

en e l P i r ineo , y de los in tereses que hay de t rás de los ac tores pr inc ipa les .

Es te tema afec ta a todo e l P i r ineo , pero t iene especia l inc idencia en e l

te r r i tor io de l Val le de Arán , dónde se ha rea l izado la pr inc ipa l ta rea

inves t igadora , y dónde pol í t icos , hote leros , cazadores y ganaderos in tentan

imponer sus razones de lante de ecologis tas , o t ros pol í t icos , o t ros hote leros y

una mayor ía s i lenc iosa que no se sabe de qué bando es tá , aunque todos

in tentan adueñarse de su representac ión . Todo se compl ica porque e l P i r ineo

se repar te en t res es tados d i ferentes : Andorra , España y Francia . Dent ro de

España , t res comunidades autónomas es tán re lac ionadas con e l programa de

recuperac ión de l oso en e l P i r ineo: Aragón, Cata luña y Navarra , y s i hablamos

de Cata luña , e l pequeño Val le de Arán t iene su propio gobierno autónomo y un

1 Agraïments: Aquest treball no hauria estat possible sense la disponibilitat, feina, paciència i recomanacions dels

directors, Víctor i Martí. Però tampoc sense el suport de les Laures, la Maria Teresa, l’Aleix, l’Ester, el Jordi, la Marta,

les companyes de pis, la facilitació de contactes de l’Elena, El Gerard, la Núria i la Txell o la documentació que m’han

aportat el Ximo, el Marc, la Yolanda i, ben especialment, la Maite. Així mateix, vull agrair la immensa disponibilitat,

cordialitat i acolliment de totes les persones entrevistades.

2 L’autor és estudiant del màster en Estudis Ambientals de la Universitat Autònoma de Barcelona. Institut de Ciència i

Tecnologia Ambiental (Edifici Cs. 08193 Bellaterra. Tel.: 93 581 29 74, fax: 93 581 33 31). A/e: [email protected].

Page 5: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

papel pr imordia l en e l asunto .

Los ganaderos ovinos son los pr inc ipa les per judicados por e l tema, y a e l los

también se les podr ía dec larar como “especie en ext inc ión” , en una zona que

t iene d i ferentes n ive les de desar ro l lo .

ABSTRACT IN ENGLISH

This work a ims to cont r ibute to the unders tanding of the conf l ic t of bear in the

Pyrenees , and the h idden in teres ts tha t seems to be behind the main ac tors .

This i ssue af fec ts a l l Pyrenees , but i t has a par t icu lar impact on the te r r i tory

of Aran , where the researching main task has been car r ied out , and where

pol i t ic ians , hote l ie rs , hunters and ranchers a re t ry ing to impose the i r ideas

upon the ecologis t s , o ther pol i t ic ians , hote l ie rs and a s i len t major i ty tha t does

not know which s ide i s , a l though everybody i s t ry ing to take possess ion of

the i r ideas . Everyth ing ge ts compl ica ted because the Pyrenees are formed by

three d i f ferent s ta tes : Andorra , Spain and France . In Spain , three d i f ferent

reg ions are re la ted to the bears recover ing in the Pyrenees : Arag on, Cata lonia

and Navarra . And in Cata lonia , the t iny Val d 'Aran has i t s own government

and a capi ta l ro le in th is mat ter .

Sheep ranchers a re the most a f fec ted by the subjec t , and they a lso could be

dec lared themselves an "endangered species" , in a p lace which has d i f ferent

leve ls of development .

Page 6: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

INTRODUCCIÓ

L 'oc tubre de l 2008, un caçador de Les (Val l d’Aran) , reb ia un a tac per par t de

l 'ossa Hvala , fe t que va por tar a pr imera p lana de ls mi t jans de comunicac ió un

conf l ic te que ve d 'anys enrere3.

Ent re e l 1996 i 1997, i f ru i t d 'un programa Life de la Unió Europea , i amb

l ' acord de ls governs f rancès , ca ta là , a ragonès i navarrès , s ' a l l iberaren en

te r r i tor i f rancès , però prop de l 'Aran , t res óssos provinents de la reserva de

Meddex, a Kozevje (Es lovènia) . Aques t programa pre tenia la recuperac ió

d 'espècies an imals en per i l l d ' ex t inc ió i va es tar envol ta t de cont rovèrs ia .

L 'acc ident de l passa t oc tubre la va revi far .

Ramaders , caçadors , tur i s tes , hote lers , ecologis tes i pol í t ics tenen d i ferents

in teressos en e l tema; desgranar - los és l ’objec t iu d’aques t t reba l l , basa t

especia lment en e l conf l ic te a l P i r ineu ca ta là amb presència d 'ós , i més

especí f icament , a l 'Al ta Ribagorça , e l Pa l la rs Sobi rà i , p r imordia lment , a

l 'Aran .

3 Sobre aquest incident, vegeu qualsevol diari local a partir del 24 d’octubre de 2008.

Page 7: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

CONTEXT HISTÒRIC, AMBIENTAL I ANTROPOLÒGIC

CONTEXT HISTÒRIC

L 'ós bru , secularment present a bona par t de Cata lunya va anar quedant

a r raconat a la zona p i r inenca f ins a mi t jan segle XX. A par t i r de l lavors ,

esdevingué una espècie d i f íc i l d’observar4 i sembla que en l ' ac tua l i ta t només

queden quat re mascles au tòc tons , en t re e l P i r ineu occ identa l i cent ra l , quan

“ l ’ours brun es t présent dans les Pyrénées depuis 25 0.000 ans”5. Com podrem

veure , la convivència ent re e l s habi tan ts de l P i r ineu i l 'ós bru és una l la rga

h is tòr ia d 'amor i odi :

“Des de sempre , e l s p i r inencs han conviscut amb l ’ós , l ’han

caça t , n’han for ja t l legendes , l i han dedica t cançons , han menja t

la seva carn , s ’han cura t amb e l seu gre ix i han venut la seva

pe l l ( . . . ) . La h is tòr ia demost ra que l ’ós ha donat més prof i t a l

P i r ineu que no per judic i”6

Caçar l ’ós s igni f icava caçar l ' espèc ie més temuda però també la més venerada:

“Peth pres t ig i d’auci r ua bès t ia tan grana , çò que vol ie d íder qu’er indivu ère

un bon caça i re e fòrça va lent”7.

4 Sobre l’extermini de l’ós pirinenc: –David Nieto: “Crònica d'un extermini”, Paratges. Núm.41. Lleida, 2008. -

Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005.

5 Pays de l’ours-Adet: L’ours en questions. Questions sur l’ours. Arbas, 2009, p.1.

6 Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005, p. 9-12.

7 Esther Borrell i José Manuel Rodríguez: Es ossi d'Arties. Vielha, 2001, p. 15.

Page 8: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

I e l s ve ïns de ls pobles pagaven a l caçador que demost rava que havia mata t un

exemplar . Al mate ix temps , e l s tes t imonis h is tòr ics par len d ’un profund

respecte , que f ins i to t podr íem anomenar es t imació , cap a ls p lant ígrads .

Mul t i tud d 'acc idents orogràf ics , de fes tes populars i t rad ic ionals tes t imonien

la seua presència i re lac ió amb e ls pobles .

E l reconeixement econòmic a l caçador es rea l i t zava perquè l 'ós e ra un animal

que , de vegades , a tacava e ls ramats . I en un context de subs is tència com

l ’habi tua l f ins a mi t jan segle XX, la pèrdua d 'un so l an imal podia representar

un cop impor tant per a les famí l ies . Això expl icar ia , poss ib lement , l ' a fany

d 'ex terminar l ' an imal8.

“Sin embargo, como mínimo desde los años 50 , es ta forma de

v ida ha exper imentado un re t roceso cont inuo ( . . . ) . Un es t i lo de

v ida ( . . . ) asoc iado a una ecolog ía humana especí f ica basada en

la agr icul tura de pequeña esca la , la hor t icu l tura y una ganader ía

a menudo t rashumante , es tá desaparec iendo”9

I aques ta pràc t ica desapar ic ió de l ’espècie va por tar , a f ina ls de ls anys 80 de l

segle XX, a p lante jar -se la idea de recuperar l ’ós10, amb la consegüent

8 Cal tenir present que fins a l’any 1976 no es derogarà la denominada Ley de Alimañas, que incentivava

econòmicament la mort de tota espècie animal carnívora.

9 John McNeill: “Prefacio”, dins Ecología política de los Pirineos. Tremp, 2007, p. 9.

10 Més informació sobre els precedents del programa Life: -Montserrat Ubach: “L’únic ós bru que sobreviu a

Catalunya”, Diari de Barcelona, 10-XII-1989. –Virgínia Mascaró (1-II-1990): “La població d’óssos bruns del Pirineu

pot ser reimplantada amb animals del Caucas”, Avui. –G.F.: “La Generalitat proyecta repoblar con 24 osos Aran y el

Page 9: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

s ignatura d’acords :

“e l desembre de l 1993 ent re la Unió Europea i e l s minis te r i s de

medi ambient f rancès i espanyol , la Diputac ió Fora l de Navarra ,

la Diputac ió Genera l d’Aragó i la Genera l i ta t de Cata lunya d ins

de l Pro jec te Li fe Gran Fauna Pi r inenca Amenaçada ( . . . ) . E l

pro jec te preveia indemni tzac ions per a l s danys provocats pe ls

óssos”11

Així , l ’any 1996, s ’a l l iberaren e ls pr imers óssos12. Però ja l lavors , les queixes

de la gent de l te r r i tor i van fer recular la Genera l i ta t , que no va voler

par t ic ipar en l ’a l l iberament i es va l imi tar a fe r -ne e l seguiment i a pagar les

poss ib les indemni tzac ions s i aques ts óssos ent raven a Cata lunya13.

La mor t d’a lguns animals va fer pensar , j a fora de l programa Life , en una

Sobirà”, Segre, 3-II-1990. –Alfred Montserrat: “La Generalitat creará dos reservas de oso pardo en el Pallars y Vall

d’Aran”, El Periódico, 5-II-1990. –Javier Martín: “Políticos y ecologistas planean importar osos pardos para repoblar

los Pirineos”, El País, 11-II-1990.

11 Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005, p. 369.

12 Per tenir més informació del programa i de la legislació catalana que l’empara: -Programa Life,

www.ec.europa.eu/environment/life/project/Projects/index.cfm , 1995. -Llei 3/1998, de 27 de febrer, (DOGC

13.03.1998) d'intervenció integral de l'administració ambiental. -Llei 22/2003, de 4 de juliol, (DOGC 16.07.03) de

protecció dels animals. -Llei 12/2006, de 27 de juliol, (DOGC 03.08.06) de mesures en matèria de medi ambient. -Martí

Boada i Francisco Javier Gómez: Biodiversidad. Barcelona, 2008, p.117-125.

13 Vegeu qualsevol diari dels mesos de maig i juny del 1996 per a ampliar aquesta afirmació. Alguns opinen que

aquesta marxa enrere estava forçada pel lideratge antiós de l’anterior síndic de l’Aran, C. Barrera, del mateix partit

polític que llavors governava a la Generalitat. Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005,

p. 370.

Page 10: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

segona repoblac ió . Així doncs , e l 2006, i t ambé provinents d’Es lovènia , van

ar r ibar c inc exemplars més , novament envol ta ts de polèmica .

Al t re cop sorg i ren cr í t iques a la manera com es va fer , i malgra t les promeses

governamenta ls de comptar amb la gent de l te r r i tor i , e l Conselh Generau i

a l t res persones van denunciar que e l govern f rancès va ac tuar de manera

uni la tera l i amb cer ta des l le ia l ta t , cap a l govern aranès i ca ta là , i , de re t ruc ,

l ’andorrà , que començava a es tar -h i in teressa t .

CONTEXT AMBIENTAL

L 'ós bru és l ’an imal “ re i” de la zona p i r inenca , conjuntament amb e l l lop , que

representa la dar rera fera . La seua presència és un indicador de la r iquesa

na tura l i de l bon es ta t de sa lu t ambienta l de l ’ indre t . A més , la pro tecc ió

d 'aques ta espècie impl ica la conservació de l seu hàbi ta t i , per ex tens ió ,

d 'a l t res espècies . Recuperar - lo cont r ibueix a comple tar la cadena t ròf ica i la

b iodivers i ta t de la zona14.

L 'ós bru és un animal t ímid que acos tuma a defugi r la presència humana.

Diuen e ls tècnics que és poss ib le que puguem es tar a prop d 'aques t an imal i

que no ens n 'adonem, perquè l ’ós procura passar inadver t i t15.

14 Entrevista amb T. Batet.

15 Entrevistes amb T. Batet, J. Palau i un naturalista anònim. Per a saber més sobre l’animal: -Rafel Notario: El oso

pardo en España. Madrid, 1970. –Anthony P. Clevenger, i Francisco J. Purroy: El oso pardo, un gigante acorralado,

León, 2007. -Generalitat de Catalunya: “Ós bru”,

Page 11: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Si par lem dels acc idents ocorreguts en t re l ' an imal i l 'home, sembla que aques ts

s ' expl iquen en contextos d 'es t r ès de l ' an imal ; és a d i r , femel les amb cr ies –

l ' ins t in t materna l de defensar la progènie– o s i tuac ions d’acorra lament , com

ara en una ba tuda de caça . De fe t , no h i ha documenta t cap a tac d 'ós a

persones en què aques tes no por tess in armes .

Això és và l id amb referència a l 'ós bru , l ' espèc ie d 'ós que habi ta la zona i que

és la mate ixa de la de ls óssos que s ' a l l iberen . Perquè s í que és cer t que h i ha

a l t res t ipus d 'óssos més agress ius amb e ls humans , com és e l cas de l Gr izz ly

amer icà , que , to t i se r de la mate ixa espècie , Ursus arc tus , cada any causa

a lguna ba ixa humana .

L 'ós , to t i manteni r una d ie ta en bona par t vegetar iana , par t icu larment

f rugívora , també pot a tacar e l s ramats . Els an imals que mata acos tumen a ser

ovel les , s i bé també es pot decantar per vedel l s o per a l t res an imals que pugui

t robar mor ts (vaques , egües . . . ) .

Quant a l programa del 1996, e l s especia l i s tes prefere ixen par lar més avia t de

recuperac ió , repoblac ió o reforçament que no pas de re in t roducció , perquè e l

te rme “re in t roducció” fa re ferència a an imals que han desaparegut to ta lment i ,

en aques t cas , a l P i r ineu encara pod íem par lar de ls ú l t ims animals au tòc tons .

www.mediambient.gencat.cat/cat/el_medi/fauna/fauna_autoctonra/especies_protegides/os_bru.jsp, 2006.

Page 12: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

CONTEXT ANTROPOLÒGIC I POLÍTIC

La re lac ió de la humani ta t amb l ' espèc ie Ursus ha es ta t , com s 'ha d i t ,

cont radic tòr ia . S i bé es cons iderava una amenaça a la subs is tència de les

famí l ies , a lguns segments de la poblac ió l i t en ien una es t ima i un respecte

mol t cons iderables . També és cer t , però , que ent re e l s habi tan ts de l P i r ineu h i

ha una por a tàvica a l 'ós : s i bé sembla que e ls avantpassa ts no ten ien por f í s ica

a la presència de l ' an imal , s í que n’h i havia a l fe t que es pogués menjar a lguna

bès t ia de l ramat . El t rencament generac ional que ha suposa t la poca presència

de ls óssos en e ls dar rers anys , pot expl icar que hagi perv iscu t la por en

genera l que fa que , en l ' ac tua l i ta t , es temi la presència d 'aques t an imal . El que

sembla c lar és que en les ú l t imes dècades , malgra t no haver desaparegut , s ’ha

perdut l ’hàbi t de conviure-h i16.

Un tema en e l qual h i ha un acord quas i unànime és que la recuperac ió de la

presència urs ina s 'ha por ta t de manera poc adequada . La tasca de l programa

Life es va in ic iar a r ran d’uns acords governamenta ls amb la Unió Europea

sense par lar prou amb e ls sec tors que h i es taven impl ica ts . Això ha compor ta t ,

poss ib lement , la desconf iança i mal f iança i una opos ic ió més gran que s i

s 'hagués fe t de manera més consensuada .

En l ' ac tua l i ta t , e l tema de l 'ós és quas i una qües t ió nac ional a l 'Aran . I és que

l ' en t ramat pol í t ic de l P i r ineu encara d i f icu l ta més la comprens ió de la qües t ió .

El P i r ineu es t roba d iv id i t en t re t res es ta ts : Andorra , Espanya i França . Els dos

16 Sophie Bobbé: “Malgré lui, l’ours est devenu un étendard”, Empreinte Ours, núm. 3. Toulouse, 2007.

Page 13: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

úl t ims per tanyen a la Unió Europea ; e l pr imer , no . A més , d ins d’Espanya , les

t res comuni ta ts au tònomes impl icades –Aragó, Cata lunya i Navarra– tenen

competències sobre medi ambient i agr icul tura . I d ins de Cata lunya , t robem e l

cas especí f ic de l ’Aran , amb govern propi i au tònom, i en t re les competències

cedides pe l govern de Cata lunya , les de medi ambient i agr icul tura .

A més , després de la f ina l i tzac ió de l programa Life , es van s ignar nous acords

ent re e l govern f rancès i espanyol per cont inuar la recuperac ió , amb

subvencions anuals de l govern espanyol a t ravés de l Minis te r io de Medio

Ambiente y Medio Rura l y Mar ino , cap a les comuni ta ts au tònomes , i , a t ravés

de la Genera l i ta t , d 'una par t d 'aques tes cap a l Conselh aranès .

Les adminis t rac ions , gràc ies a aques tes subvencions , paguen – to t i que amb

re tard– a ls ramaders que demost ren que a lgun de ls seus animals ha rebut un

a tac per par t de l p lant ígrad 17.

17 Per a conèixer millor les mesures dels diferents governs per a prevenir i pal·liar els efectes de la repoblació dels

óssos: -M. Serret: “El Govern pagará tres pastores al Aran para compensar la introducción del oso”, La Mañana, 1-VI-

2006. –Mikel Aristegui: “Ramaders rebran ajudes per a la vigilància de ramats contra l’ós”, Segre, 2-IX-2007. I en el

cas francès: -Pays de l'ours-Adet i ACP: “La protection des tropeaus. Fonctionnement, Efficacité, Limites et

optimisation”, www.paysdelours.com, 2006. -Jean Daubigny, et al.: Renforcement de la population d’ours bruns dans

les Pyrénées, www.paysdelours.com, 2005.

Page 14: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

ACTORS I INTERESSOS

CAÇADORS

Aquest col · lec t iu , e l mes d 'oc tubre de l 2008, es ve ié a fec ta t d i rec tament per un

a tac de l 'ós , que , sor tosament , es va sa ldar amb fer ides de poca cons iderac ió ,

s i bé ca l no menysteni r l ' ensur t que es va endur e l caçador .

Cal des tacar que aques t sec tor , a l 'Aran , és mol t cons iderable . S i a Cata lunya

la proporc ió de caçadors amb l l icència federa t iva e l 2009 no ar r iba a l '1% de

la poblac ió (61 .000 federa ts davant una poblac ió de 7 .364.078) , l a poblac ió

caçadora de la Val l s ' apropa a l 7% (680 federa ts davant una poblac ió de

10 .194 persones)18.

A més a més , ca l cons ta tar que a l 'Aran , la caça és cons iderada , ta l com la

ramader ia , una ac t iv i ta t t rad ic ional . Les competències cedides a l Conselh en la

matèr ia , fan que e l co l · lec t iu caçador gaudeix i d 'unes prer rogat ives

cons iderables s i les comparem amb les de la res ta de Cata lunya . I aques t

co l · lec t iu no pensa acceptar cap res t r icc ió a la seua ac t iv i ta t per la recuperac ió

de la presència de l 'ós . De fe t , un de ls temes a debat és s i la presència de l 'ós

pot compor tar a lguna res t r icc ió per a la caça ; com que s 'ha cons ta ta t que la

presència d 'ós i caçadors pot ser problemàt ica , és fàc i l que un seguiment de

l 'ós pe ls tècnics , a r r ib i a sugger i r a l s caçadors que fac in la seua ac t iv i ta t en un

l loc o en un a l t re en funció d 'on es t robi ubica t . Aques ta res t r icc ió no ser ia

18 Dades extretes de www.idescat.cat, i de la federació territorial de Lleida de caça.

Page 15: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

acceptada per la Socie ta t de Caça i Pesca de la Val l d 'Aran19. També és cer t

que aques ta pos tura no és unànime i sabem d 'a lgun caçador de l 'Aran que és

favorable a la presència de l 'ós . Malauradament , però , no ha volgut dec larar -

ho públ icament . Qui s í ha volgut tes t imoniar la seua pos tura favorable és Jord i

Marco , de l Pa l la rs Sobi rà .

Val a d i r que la pos tura de la Real Federac ión Española de Caza és favorable a

la presència de l ’ós :

“Ent re los osos ( . . . ) sucede lo mismo, s iempre han v iv ido con

nosot ros , ( . . . ) y nosot ros con e l los ( . . . ) . Con e l oso en Pi r ineos ,

ganaderos y cazadores t ienen la t ranqui l idad de que sus

te r r i tor ios de pas to , sus cazaderos , segui rán in tac tos”20

I s imi lars dec larac ions fa e l pres ident de la Federac ió , que ins ta e l s caçadors

a ranesos a co l · laborar amb e ls encarregats de re in t rodui r l ’espècie21.

Encara que s igui anecdòt ica , s imi lar és la pos tura de l ’ú l t im caçador d’óssos

de l Pa l la rs Sobi rà , Mar t í Br ingué: “def iende a l oso ( . . . ) . Reconoce que le har ía

mucha i lus ión saber que vuelve a haber osos en los bosques de l Pal lars ”22.

19 Entrevistes amb J. Cuny i C. Barrera.

20 Santiago Ballesteros: “¿Incómodo vecino?”, Federcaza. La revista líder de la caza, núm. 278. Alcobendas, 2009, p.

18.

21 Redacció: “La federació de caçadors defensa la continuïtat de l’ós al Pirineu de Lleida”, ADN, 4-XI-2008.

22 Pere Ortín: “El último cazador de un Pirineo que ya no existe”, Magazine La Vanguardia, 17-IV-1994.

Page 16: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

ECOLOGISTES

En aques t sec tor , com es pot suposar , h i ha unanimi ta t en les fonts

consul tades : Depana , Ipcena , Lo Pi Negre 23 i les empreses d 'educació

ambienta l en t revis tades , es most ren favorables a la presència de l p lant ígrad a l

P i r ineu , pe ls va lors ambienta ls , na tura l í s t ics i pa isa tg ís t ics que representa , i

perquè com diu Joan Vázquez , secre tar i genera l d’ Ipcena , “h i e ra abans que

nosa l t res” . També s 'ha de des tacar que no h i ha presència s igni f ica t iva

d 'organi tzac ions ecologis tes a la Val l , i e l s tes t imonis favorables que en volen

par lar , ho fan a t í to l indiv idual . Aquí també reben cr í t iques perquè par t de ls

que es tan a favor de la presència de l ’an imal a l P i r ineu , són gent no or ig inàr ia

de l ’Aran . Això, per a a lguns , e l s res ta leg i t imi ta t per a dec id i r24.

HOTELERS

Trobem aquí tes t imonis amb di ferents opin ions . Una empresàr ia que prefere ix

guardar l ' anonimat c reu que més avia t és per judic ia l per a l sec tor . Ximo Nie to ,

de l 'Hote l Mauberme de Salardú , n 'es tà a favor . Des de l seu es tabl iment

proposa sor t ides guiades per a observar f lora i fauna , i és més avia t c r í t ic amb

e ls caçadors perquè , a lgun cop , c l ien ts seus i caçadors han t ingut a lguna

topada per la muntanya .

23 Depana: Lliga per a la Defensa del Patrimoni Natural, organització d’àmbit català amb 1500 socis. Ipcena: Institució

de Ponent per a la Conservació i l’Estudi de l’Entorn Natural, organització de les comarques de Ponent, amb 400 socis.

Lo Pi Negre, organització del Pallars Sobirà, amb 70 socis.

24 Entrevista amb C. Barrera. Vegeu: -Depana: “El debat a favor-en contra”,

Page 17: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Però la pos tura of ic ia l de l Gremi d’Hote lers de la Val l d’Aran, en t i ta t que

agrupa 180 es tabl iments , és re f rac tàr ia a la recuperac ió de ls óssos a l P i r ineu ,

perquè creuen que la por a la seua presència pot compor tar una reducció de l

tur i sme25.

Per cont ra , Joan Br ingué , hote ler de l Pa l la rs Sobi rà , reconeix que per a l

tur i sme, la presència de l ’ós pot ser pos i t iva : a ra bé , en la seua vessant de

ramader i caçador , s ’h i most ra cont rar i .

POLÍTICS

Tant l ' a lca lde de Les , Emil io Medan, d 'Uni ta t d 'Aran , formació v inculada a l

PSC-PSOE, com l ' an ter ior s índic , Car los Barrera , de Convergència

Democrà t ica Aranesa , v inculada a CiU, s ’h i most ren cont rar i s . Mentre Medan

defensa que la poblac ió té por de l a seua presència i que a ixò pot a fec tar e l

tur i sme, l ' exs índic h i a fegeix que e l p lant ígrad no pot a fec tar les ac t iv i ta t s

t rad ic ionals de la Val l . A més , la presència de l ' an imal c reu que no ha

d’ inf lu i r en e l tur i sme i , per tan t , en les ins ta l · lac ions ludicoespor t ives que

pugui preveure la Val l . La pos tura de l conse l le r de Miei Ambient i Agr icul tura

de l Conselh Generau , Francisco Bruna , és més moderada , ja que sense prendre

una pos tura c lara es most ra par t idar i d 'assumir la problemàt ica que h i ha i

buscar -h i so luc ions , especia lment per a l cas de la ramader ia .

www.depana.org/public/Qu%C3%A8_fem/osSOS/El_debat_sobre_l%27%C3%B3s/, 2009

25 Entrevista amb M. Gil

Page 18: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

RAMADERS

Conjuntament amb e ls ap icul tors – l ’ós té debi l i ta t per la mel–26,

es pot a f i rmar que e ls ramaders són e ls grans damnif ica ts per la presència de ls

óssos a l P i r ineu . S i bé són un col · lec t iu en f ranca regress ió , i amb poca

inc idència econòmica , són e ls que de tan t en tan t veuen com a lgun de ls seus

animals mor per a tacs de l 'ós . En l ' ac tua l i ta t , a l 'Aran , només h i ha dues

persones dedicades ín tegrament a la ramader ia amb ovel les , i només una a Les ,

a l Baix Aran , zona amb presència urs ina . La res ta de ramaders ovins tenen

dedicac ió parc ia l a aques ta ocupació . A la Val l h i ha deu persones dedicades

ín tegrament a la ramader ia .

I pe l que fa a l ’ós , e l fe t que en e ls dar rers anys hagi desaparegut pràc t icament

la f igura de l pas tor , és un fac tor c lau pe l qual e l s óssos veuen fac i l i ta t s per a

a tacar ovel les . Abans , e l s ramaders acompanyaven quas i sempre e ls seus

ramats ; en l ’ac tua l i ta t , e l s de ixen anar quan comença l ’es t iu i e l s ramats es

passen mol ts d ies so ls a la muntanya . El tes t imoni de ls ramaders , però , és

c la rament cont rar i a l ’ós27. Ara bé , com en mol ts sec tors , aques ta pos tura no

és unànime28.

26 Sobre els apicultors, vegeu: “Reclaman más pastores eléctricos para que el oso no ataque las colmenas”, La Mañana,

31-V-2007.-María Jesús Ibáñez: “Bresques”, El Periódico, 18-XII-2008.

27 Entrevistes amb J. L. Torres, E. España, A. Ané i J. Roset.

28 Josep Farré, ramader de l’Alta Ribagorça, està a favor de la recuperació de l’ós.

Page 19: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

TÈCNICS I NATURALISTES

Aques t sec tor es most ra també, en genera l , favorable a la presència urs ina . Els

tècnics en t revis ta ts a l ’Aran , però , most ren escept ic isme per s i va l la pena to ta

la problemàt ica i e l s es forços econòmics que ha or ig ina t l ’an imal . Així , Iván

Afonso , tècnic de l Conselh , pensa que potser ser ia mi l lor des t inar e l s mate ixos

d iners a la pro tecc ió d’a l t res espècies que no compor ten la cont rovèrs ia de

l ’ós . Per cont ra , a l t res opinen que pro tegi r l ’ós , an imal que es t roba a l

capdamunt de la cadena t ròf ica , té un efec te para igua que impl ica pro tegi r

mol ta més b iodivers i ta t i to t e l seu hàbi ta t 29.

TURISTES

Aquí , segons les fonts consul tades , t robarem informacions cont radic tòr ies .

Personal de l Conselh , que prefere ix manteni r l ' anonimat , ens d iu que després

de l ' a tac a l caçador de Les van rebre a lgunes t rucades de gent espantada per la

s i tuac ió . Des de l re fugi de l 'Honer ia , proper a l l loc on tenen e l seu hàbi ta t

a lgun de ls óssos , no de tec ten preocupació , s inó més avia t in terès . Creuen que

s i e l tema es por tés bé i h i hagués informació concre ta i ac tua l i tzada , la

presència de l ’ós ser ia un a l · l ic ien t més de la zona30.

29 Entrevista amb T. Batet, J. Palau i persona anònima del Pallars.

30 Entrevista amb A. Saura.

Page 20: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

ANÀLISI DEL CONFLICTE

Sembla c lar que l ' in ic i de l procés de recuperac ió va rea l i tzar -se de manera poc

adequada . En a ixò , h i es tà pràc t icament d 'acord to thom. Hi ha bas tants

persones que posen èmfas i que aques t aspecte és c lau per a comprendre e l

rebuig major i ta r i de la soc ie ta t a ranesa a l tema.

Però n’h i ha més: e l mate ix Emil io Medan, a lca lde de Les i opos i tor a la

presència urs ina , d iu que s i es fes un re ferèndum a la Val l , no sap de l cer t

quina pos tura ser ia major i tà r ia . Això cont ras ta amb la c reença que l ’Aran té

una pos tura àmpl iament major i tà r ia de rebuig a la presència de ls óssos . La

sa t i s facc ió de la soc ie ta t p i r inenca s i e l procés s 'hagués engegat d 'una a l t ra

manera és un tema de d i f íc i l reso luc ió i inves t igac ió , però poss ib lement la

percepció ser ia d i ferent .

Això crec que és especia lment greu en e l cas de la segona repoblac ió , la de l

2006, perquè suposa repet i r l ' e r rada . Els d iar i s van p lens de les in tencions

governamenta ls de comptar amb e l te r r i tor i i d ’engegar un procés d’ informació

perquè to thom hi pugui par t ic ipar . Malgra t aques tes in tencions , sembla que

avui aques t d ià leg encara no ha ar r iba t , fe t que agreuja la s i tuac ió i ,

espec ia lment , les pos tures cont raposades . Tot fa pensar , però , que e ls

ramaders d i f íc i lment acceptar ien la presència d 'una espècie que posa en per i l l

l a seua subs is tència –segons d iuen . S i bé e ls a tacs no són indiscr iminats , i e l

ramader no depèn de la desapar ic ió d 'una o poques ovel les , s í que se sent e l

gran per judica t i mani fes ta que l 'ós “ens ha guanyat la par t ida”31.

31 Entrevista amb J. L. Torres.

Page 21: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

El Conselh ha endegat mesures prevent ives , com és la cont rac tac ió d 'un pas tor

que agrupa e ls ramats de la gent de la Val l que a ix í ho des i tgen , però e l mate ix

ramader es most ra cont rar ia t per les molès t ies que a ixò l i p rovoca: v ia tges

cont inus , despeses ext ra . . . a més de la sensac ió ja esmentada de no poder

por tar e l s ramats on sempre s 'hav ien por ta t . No entén per què , per la

recuperac ió d 'un animal , es vol acabar amb e l que s 'havia fe t sempre , i per

tan t , agreujar la ja prou compl icada s i tuac ió de ls ramaders .

E l que sembla c lar és que no és per l ’ós que la s i tuac ió de la ramader ia

p i r inenca es t igui en una s i tuac ió tan greu , però s í que podr íem qual i f icar la

presència de l p lant ígrad com la gota que fa vessar e l got . Una queixa que es

repete ix és la mal f iança en l ’adminis t rac ió i la len t i tud i burocràc ia que

compor ta comprovar que e ls a tacs que reben les ovel les són rea l i tza ts per

l ’ós32.

Per a l t ra banda , h i ha e l tema de l tur i sme, un aspecte amb impor tància i

inc idència d iversa segons la zona de què par lem. Sens dubte ara és mol t més

impor tant que fa només c inquanta anys , quan e l sec tor pr imar i e ra e l

pr imordia l . S i a l P i r ineu f rancès té cer ta impor tància , i en a lgunes zones de la

vessant sud també, a l Pa l la rs i l ’Al ta Ribagorça , però especia lment a l ’Aran , e l

tur i sme és e l motor de l ’economia . El 70% del tur i sme de l ’Aran , segons Ximo

Nie to , hote ler de Salardú , és tur i sme d’hivern , d i rec tament v incula t a l ’es tac ió

d’esquí de Vaquèi ra-Bere t . Aques t tur i sme s í que ha canvia t la faç i les

ac t iv i ta t s t rad ic ionals de la zona , re legant e l sec tor pr imar i a una pos ic ió quas i

res idual . Així , e l 90% dels ramaders a ranesos fan a l t res ac t iv i ta t s , en gran

32 Entrevistes amb J. Bringué i persones anònimes del Pallars.

Page 22: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

par t v inculades a l tur i sme, que n’és la pr inc ipa l font d’ ingressos33.

L’Aran ha apos ta t c la rament per un model tur í s t ic de l ’esquí i una explo tac ió

de l sò l cons iderable , que s i bé no n’ha canvia t l ’encant pa isa tg ís t ic , pot

a r r ibar a fe r -ho . Davant d’a ixò , un de ls a rguments de ls ecologis tes és que

s ’apos t i per un model tur í s t ic més respectuós amb e l medi , més sos tenib le i

més perdurable en e l temps . I l ’ós pot ser un nou rec lam per a aques t tur i sme

verd , ja que garante ix un medi na tura l en força bon es ta t34. Val a d i r , però ,

que les conseqüències sobre e l tur i sme res ten en un segon te rme medià t ic .

Només un cop , l ’a lca lde de Naut Aran va esmentar que la presència de l

p lant ígrad h ipotecava l ’ampl iac ió de Vaquèi ra . Des de l lavors , es fa re ferència

a l per judic i que causa a les ac t iv i ta t s t rad ic ionals35.

Així , d iversos a juntaments de l sud f rancès s ’han most ra t favorables a la

presència de l ’ós perquè h i veuen una opor tuni ta t de desenvolupament tur í s t ic

en una zona depr imida . Malgra t a ixò , a l l í t ambé caçadors i ramaders s ’oposen

a la presència de l ’an imal . A la vessant sud de l P i r ineu , les pos tures són més

d i fuses en e l tema de l tur i sme. S i bé e l g remi d’hote lers a ranès és cont rar i a

l ’ós , h i ha opin ions a favor per la deses tac ional i tzac ió que pot compor tar36.

33 Entrevista amb F. Bruna.

34 Entrevista amb F. Capdevila.

35 Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005, p. 374.

36 Més sobre l’impacte turístic i immobiliari a les comarques pirinenques: -Xavier Campillo i Xavier Font: Avaluació

de la sostenibilitat del turisme a l'Alt Pirineu i l'Aran. Barcelona, 2004. -Soledad Jiménez: Patrimoni i turisme de

muntanya a Catalunya. El cas del Pallars Sobirà. Una aproximació des de l'antropologia social. Universitat de Lleida,

1999.

Page 23: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

I també h i ha e l grup de ls caçadors . S i bé la Federac ió Espanyola de Caça es

most ra favorable a la recuperac ió d’aques ta espècie , la l le ida tana37, i l es dues

soc ie ta ts de la Val l s ’h i most ren cont ràr ies . I ca l ten i r en compte la seua

impor tància . Bona par t de ls ecologis tes denuncien que e ls caçadors

cons t i tue ixen , a l ’Aran , un grup de press ió mol t cons iderable , i remarquen que

e l fe t que l ’an ter ior s índic fos a l mate ix temps pres ident de la pr inc ipa l

soc ie ta t de caça i pesca de la Val l va inc l inar c la rament la pos tura de l Conselh

i , en conseqüència , la sensac ió que la major par t de la soc ie ta t a ranesa era

cont ràr ia a l ’ós . Alguns remarquen que , en una soc ie ta t tan pe t i ta com

l ’aranesa , la quant i ta t de caçadors que h i ha i les seues famí l ies poden dec id i r

unes e lecc ions38. F ins i to t par len d’un cer t t ipus de pos ic ió of ic ia l

pol í t icament correc ta , que fa que gent de la Val l que es tà a favor de la

presència de l ’ós , no vulgui par la r -ne públ icament .

Emil io Medan, a lca lde de Les , reconeix també que poss ib lement guanyés un s í

a l ’ós en un h ipotè t ic re ferèndum. El pr inc ipa l impl ica t en la qües t ió , Car los

Barrera , nega aques ta inf luència , i qual i f ica de “pobres d’esper i t” aques tes

persones que no s ’a t reveixen a tes t i f icar a favor de l ’ós .

Hi ha qui re lac iona , a més , l ’ inf luent lobby de ls caçadors amb e ls pr inc ipa ls

impulsors de la cu l tura de l ’especulac ió tur í s t ica , i que qual i f iquen de

cac iquis ta l ’es t ruc tura organi tza t iva de l ’Aran39. Els caçadors neguen aques tes

acusac ions i a f i rmen que e l l s són uns de ls in teressa ts a conservar la r iquesa

37 Entrevista amb J. M. Vidal i R. Mayenc.

38 Entrevista amb J. Vázquez.

39 David Colell: Els conflictes mediambientals a Ponent. Lleida, 2009, p.160-161.

Page 24: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

ambienta l de la Val l , perquè volen cont inuar caçant40. També s ’ha d’esmentar

un t re t carac ter í s t ic de la caça a zones muntanyoses que la d i ferencia de la

d’a l t res l locs : aques ta caça major , a d i ferència de la menor , té un ca i re més

d’excurs ió a la na tura , de coneixement de la muntanya , i no pas tan compet i t iu

com es pot donar a l p la . Això vol d i r que e ls caçadors de la muntanya són

mol tes vegades e ls que més coneixen , i per tan t , més respecten , la na tura . Això

ho d iuen e l l s mate ixos41, però també ho reconeix , per exemple , e l guarda de l

re fugi d’Honer ia , Ale ix Saura , que d iu que a lguns caçadors són e ls que més

camins i racons de ls vol tan ts de l re fugi l i han expl ica t .

Una a l t re tema que des taca , per exemple , Jac in to Cuny , pres ident de la

pr inc ipa l soc ie ta t a ranesa de caça , és que , malgra t la poca t raça a l ’hora

d’efec tuar les repoblac ions i , espec ia lment , després de l ’ inc ident de Les , cap

caçador a ranès ha mata t cap ós , fe t que s í ha succeï t en e l p i r ineu f rancès .

L’exs índic ha l idera t l ’opos ic ió aranesa i ha in tenta t a juntar i ampl iar aques ta

opos ic ió a to t e l P i r ineu . Quant a la repercuss ió medià t ica , e l s ramaders són

e ls que més c larament es most ren cont rar i s a l ’ós , j a que e ls caçadors no han

most ra t ober tament la seua pos tura f ins a l ’ inc ident de l ’oc tubre passa t . Però

també és cer t és que l ’opin ió major i tà r ia a r reu de l P i r ineu , o s i més no , la que

es fa públ ica , és també cont ràr ia a l ’ós , en zones on sembla que e ls caçadors

no són tan inf luents . Eugeni Casanova , però , també qües t iona aques ta suposada

major ia42.

40 Més sobre això: -David Colell: “El perquè de la persecució política de l’ós”, Paratges. Núm. 41. Lleida, 2008.

41 Entrevista, entre d’altres, amb E. Ortiz.

42 Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005, p.221. Un tema recurrent i que surt en

diverses entrevistes, com les d’E. Medan o C. Barrera, és que aquests óssos eslovens són especialment agressius i que

Page 25: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

El que s í s ’ha aconsegui t és fe r aparè ixer e l tema de l ’ós quas i com una

qües t ió nac ional . Sembla que e l conf l ic te Cata lunya-Espanya té un ref lex en

un cer t conf l ic te Aran-Cata lunya , com bé reconeixen a lguns ent revis ta ts .

Un a l t re paper des taca t cor respon a l ’adminis t rac ió . L’anter ior s índic es

most ra c lar d ient que e ls f rancesos sempre van a la seua , i l ’adminis t rac ió

ca ta lana també s ’ha queixa t de manera s imi lar , s i bé amb un to més modera t ;

d’ igual manera , aques ta sensac ió també es percep en e l govern andorrà . Això

es nota especia lment en e l cas de la segona repoblac ió , de c inc óssos , de l ’any

200643.

El t rac tament medià t ic de l a qües t ió és , s i més no , cur iós : qualsevol not íc ia

amb referència a l ’ós rep una a tenció cons iderable , i més cons iderant les

re ferències que es fan per a tacs de l ’ós a ramats d’ovel les , i comparant - les

amb e ls a tacs que poden rebre , per exemple , de gossos abandonats : “Recordem

que cada any, moren uns 2 .000 caps de bes t ia r per causes na tura ls o per a tacs

de gossos abandonats”44. A més , també sembla c lar que e l senglar és un animal

més per i l lós que no pas l ’ós 45.

no temen la presència humana. Es parla d’uns informes del govern eslovè enviats al francès indicant aquesta

característica o alguna malaltia. Ara bé, això ho desmenteixen els tècnics i alguns polítics, com S. Palazón, T. Batet, J.

Farré o N. Buenaventura,

43 Vegeu qualsevol diari del moment.

44 David Colell: Els conflictes mediambientals a Ponent. Lleida, 2009, p. 63.

Page 26: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

CONCLUSIONS

S i ens p lantegem la pregunta , una mica i rònica , de l t í to l de l ’a r t ic le , haurem

de d i r que tan t e l s óssos com e ls caçadors poden es tar en per i l l en la s i tuac ió

ac tua l , i més s i es cont inua sense ac tuar amb decis ió .

A la major par t d’Europa on s ’han p lante ja t recuperac ions o re in t roduccions

d’óssos , aques tes han t ingut èx i t46. En canvi , a l P i r ineu , a ixò no ha es ta t a ix í .

De to tes formes , s í que es pot a f i rmar que e l procés s 'ha por ta t una mica mi l lor

a França , encara que tampoc no hagi es ta t exempt de polèmica47.

S’ha demost ra t que e l tema de l ’ós té una sèr ie d’ac tor s i in teressos d iversos

que han crea t un conf l ic te cons iderable en la soc ie ta t a ranesa i en par t de la

p i r inenca .

Es pot des tacar una ac tuac ió massa uni la tera l per par t de l govern f rancès ,

complementada amb una ac tuac ió cont rover t ida per par t de les adminis t rac ions

espanyoles que , malgra t d i r que t indr ien en compte e l te r r i tor i d iverses

45 Eugeni Casanova: L'ós del Pirineu. Crònica d'un extermini. Lleida, 2005, p. 96.

46 Vegeu: -Paula Arroyo i Francisco Purroy: “Oso pardo. Reintroducción en Italia”, Quercus, núm. 220, 2004. -Cèlia

Clotes: Estudi ecoturístic de l'ós bru als Pirineus, Serralada Cantàbrica, Trentino i Abruzzo. Universitat Autònoma de

Barcelona, 2005. -Carlos Nores i Guillermo Palomero: “Actividades cinegéticas y conservación del oso pardo en la

cordillera cantábrica”, La conservación del oso pardo en Europa: un reto de cara al siglo XXI. Madrid, 2000. -Fapas :

Boletín septiembre 2008, núm. 80, Llanes, 2008. –Esitpa: “La Cohabitation homme - ours en Slovénie",

www.paysdelours.com, 2006.

47 Més informació sobre el procés a l'Estat francès: -Nelly Olin et al.: “Plan de restauration et de conservation de l’ours

brun dans les Pyrénées françaises 2006 – 2009”, www.paysdelours.com, 2006.

Page 27: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

vegades , encara ara no ho han fe t prou . Per a l t ra banda , e l s d i ferents ac tors ,

amb especia l inc idència de ls caçadors , i po tser amb espec ia l mala sor t per a l s

ramaders , in tenten , de moment sense èxi t , avor tar una ac tuac ió governamenta l

que , per a l t ra banda , s ’empara en les d ispos ic ions lega ls que exige ixen

pro tegi r les espècies en per i l l d ’ext inc ió , per a preservar la b iodivers i ta t . Unes

d ispos ic ions que , a més , tenen e l supor t major i ta r i de le s enques tes que s ’han

rea l i tza t48.

Potser va l la pena inc id i r aquí en a lgunes idees que dóna la Unió In ternac ional

per a la Conservació de la Natura ( IUCN) pe l que fa a la recuperac ió

d’espècies , j a que a par t d’avisar que aques t és sempre un procés l la rg ,

complex i cos tós , recomana que h i hagi un equip mul t id isc ip l inar ; que s 'hagin

e l iminat o reduï t s igni f ica t ivament les causes que van provocar la d isminució

de l ’espècie ; que es fac in es tudis soc ioeconòmics d ' impactes , cos tos i

benef ic is ; que s ' ava lu ïn les ac t i tuds de la poblac ió afec tada pe l pro jec te ; que

es d isminueix in r i scos i es prevegin indemni tzac ions s i la repoblac ió pot

a fec tar la v ida o la propie ta t i , força impor tant en aques t cas , que h i hagi e l

permís de to ts e l s agents governamenta ls , especia lment en repoblac ion s fe tes

en l ín ies de f rontera49.

Tot p legat indica que e l camí no s ’ha fe t , i no es fa , de la mi l lor manera

poss ib le , i a ixò compl ica mol t e l procés de r ecuperac ió de la poblac ió urs ina

48 Es poden veure enquestes a: -IFOP: “Les Pyrénéens et la conservation de l’ours”, www.paysdelours.com, 2005 -

Depana: “Les enquestes sobre l'ós bru”, www.depana.org/public/Qu%C3%A8_fem/osSOS/Les_enquestes/, 2009. -

David Colell: Els conflictes mediambientals a Ponent. Lleida, Pedescau, 2009, p. 165.

49 IUCN/SSC Re-introduction specialist group: “Iucn Guidelines for Re-introductions”,

Page 28: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

al P i r ineu . I en l ’ac tua l i ta t , h i ha pos tures tan enquis tades que semblen d i f íc i l s

de reconci l ia r . Er ig i t en un conf l ic te d’abas t nac ional a l ’Aran –es veu la

repoblac ió com un des ig de ls ecologis tes de c iu ta t–50, la presència de l lobby

de ls caçadors , i de ls ramaders damnif ica ts , per un cantó , i l es d ispos ic ions

lega ls , e l s ecologis tes i un cer t in terès en un t ipus de tur i sme per l ’a l t re ,

presenten pos tures que semblen i r reconci l iab les . És des tacable la impor tant

presència medià t ica de l ’a rgument de ls ramaders i les ac t iv i ta t s t rad ic ionals ,

quan , tanmate ix , e l seu pes demogràf ic i econòmic és margina l , ment re que

ca ldr ia inc id i r en e ls poss ib les v inc les en t re e l s d i r igents de ls caçadors , les

famí l ies econòmicament més potents de la Val l i l ’especulac ió urbanís t ica

l l igada a l tur i sme d’esquí , que es podr ia cont raposar a un a l t re model tur í s t ic ,

bàs icament defensa t des de pos tures ecologis tes , amb menys impacte en e l

medi . Tot p legat també pot ser que gener i un efec te “demost rac ió” cap a les

comarques ve ïnes , que veuen la prosper i ta t econòmica aranesa i volen a tansar -

s ’h i .

Cal també teni r en compte que “ i f wi ld l i fe resource manager a re to manage

publ ic resources t ru ly for the benef i t of the ent i re publ ic , they must learn

more about the people , the i r wants , concerns , expecta t ions , a t t i tudes and

behaviour”51.

www.iucnsscrsg.org/policy_guidelines.html, 1998.

50 Entrevistes amb E. Medan i C. Barrera.

51 Alistair J. Bath.: “Human dimensions in large carnivore magement: implications for managing large carnivores in

Spain”, La conservación del oso pardo en Europa: un reto de cara al siglo XXI. Madrid, 2000, p. 43.

Page 29: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Especia lment compl ica t és e l paper de l ’ac tua l s índic . S i l ’ an ter ior ha

demost ra t abas tament la seua opos ic ió , l ’ac tua l guarda una pos ic ió més

ambigua . Conscient de la lega l i ta t v igent , també sap que la qües t ió és prou

de l icada i inf lamable en la soc ie ta t a ranesa ; més s i ten im en compte e l

nombrós i inf luent grup de caçadors .

PROPOSTES

Per a ev i ta r que ossos i caçadors cont inuïn en per i l l , i espec ia lment per a

pa l · l ia r e l s e fec tes sobre e ls grans damnif ica ts , e l s ramaders , c rec que é s

impor tant i potser urgent , que les adminis t rac ions es pos in a ac tuar de manera

ràpida per a escol ta r to tes les par t s de manera s incera , i in tentar acos tar

pos ic ions i in teressos , amb e l benentès que to thom hi haur ia de posar una mica

de to lerància i capaci ta t de cess ió , perquè

“En res taurant la popula t ion d’ours , nous entendons non

seulement pro téger not re envi ronnement mais auss i renforcer e t

va lor i ser les ac t iv i tés humaines . Car , dans les Pyrénées , i l ne

s ’agi t pas de chois i r en t re homme e t ours mais b ien de fa i re

coexis te r l ’un e t l ’au t re dans un enr ichissement mutuel”52

I c rec que és impor tant ten i r en compte que “ la soc ie ta t que avança no és

52 François Arcangeli: “L’ours et nous”, Science&nature. Le magazine de l’environnement, núm. 1, París, 2001.

Page 30: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

aquel la que nega o amaga e ls seus conf l ic tes ( . . . ) , s inó aquel la capaç

d’af rontar - los i reso ldre’ l s de manera pos i t iva en benef ic i de la major ia de la

poblac ió”53.

Pr imer , c rec que ca l informar de manera mass iva de la presència de ls óssos i

de ls seus moviments . Així mate ix , ca l una d i fus ió impor tant de ls t r íp t ics

informat ius que ja ex is te ixen expl icant què ca l fe r en e l cas h ipotè t ic , i poc

probable , que ens t robem amb e l l s . Igualment , ca l ag i l i t a r a l màxim les

ges t ions per a indemni tzar e l s ramaders en cas d’a tacs a ovel les .

Poss ib lement , s ’ha ar r iba t mol t l luny en e l tema i s iguin d i f íc i l s e l s pr inc ip is ,

fe t que potser aconse l la r ia que , malg ra t que correspon a l ’adminis t rac ió

impulsar una tau la de concer tac ió , podr ia ser una persona independent ,

reconeguda i acceptada per to tes les par t s , qui la l iderés . Crec que ca l

pac iència i temps , però paga la pena posar f i l a l ’agul la per no haver de

lamentar cap acc ident més . Això també impl icar ia que l ’adminis t rac ió f rancesa

t ingués en compte les pos ic ions d ins Espanya i no emprengués mesures

uni la tera ls .

Cal apos tar per respectar la lega l i ta t i , per tan t , la b iodivers i ta t , però una

recuperac ió d’una espècie d i f íc i lment segui rà endavant s i no té la comprens ió

de la poblac ió que v iu en la seua zona d’ inf luència . A més , ca l també informar

de manera independent , però de forma c lara i r igorosa , de ls per i l l s rea ls de la

presència de l ’ós . Potser a ix í , d isminui r ia la press ió soc ia l .

53 Oriol Nel·lo: Aquí, no! Els conflictes territorials a Catalunya. Barcelona, 2003, p. 58.

Page 31: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

POSSIBLES LÍNIES DE RECERCA

Les l imi tac ions de l t reba l l no han permès aprofundi r més en cer tes temàt iques

que podr ien ser in teressants , com per exemple :

-Una economia pol í t ica de la ramader ia , que permet i conèixer l ’ evoluc ió de la

pèrdua d’ impor tància econòmica de l sec tor en e ls dar rers anys i l ’ impacte

econòmic de ls a tacs de l ’ós .

-Un es tudi de les xarxes de poder loca l , que permet i conèixer les famí l ies més

inf luents i s i h i ha v inc les en t re e l lobby de ls caçadors i e l sec tor immobi l ia r i

i especula t iu de l ’Aran .

Page 32: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

RELACIÓ DE PERSONES ENTREVISTADES

ACTIVISTES CULTURALS

-AGULLÓ, Ramon: 24-5-2009, (Les-Aran) , Almosc , Associac ió in tercul tura l

occ i tano-ca ta lana .

ALTRES

-CASANOVA, Eugeni : 11-5-2009, (Val lv idrera -Barce lonès) , es tudiós de l 'ós .

-CLOTES, Cèl ia : 23-5-2009, (Llavors í -Pal la rs Sobi rà) , es tudiosa de l 'ós .

-NÚÑEZ, Núr ia : 16-5-2009, ( I s i l -Pa l la rs Sobi rà) , neorura l .

-ROSELL, Dolors : 18-5-2009, (Llavors í -Pal la rs Sobi rà) , d i rec tora d 'escola .

CAÇADORS

-CUNY, Jac in to : 18-5-2009, (Vie lha-Aran) , pres ident de la Socie ta t de Caça i

Pesca de la Val d 'Aran .

-ORTIZ, Emi: 19-5-2009, (Vie lha-Aran) .

-MARCO, Jordi : 4 -6-2009, (Gerr i de la Sa l -Pal la rs Sobi rà) .

-MAYENC, Ramon: 14-5-2009, (Lle ida-Segr ià) , gerent de la Federac ió

Cata lana de Caça a Lle ida .

-VIDAL, Josep M. : 14-5-2009, (Lle ida , Segr ià) , pres ident de la Federac ió

Cata lana de Caça a Lle ida .

ECOLOGISTES

-CANUT, Jord i : 16-5-2009, (Gerr i de la Sa l -Pal la rs Sobi rà) , pres ident de

l ' assoc iac ió ambienta l i s ta Lo Pi Negre , 70 soc is .

-CAPDEVILA, Frank: 11-5-2009, (Sant Cugat de l Val lès -Val lès Occidenta l ) ,

Page 33: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

sotspres ident de Depana , 1500 soc is .

-VÁZQUEZ, Joan: 13-5-2009, (Lle ida-Segr ià) , secre tar i genera l d ' Ipcena , 400

soc is .

EMPRESÀRIES D'EDUCACIÓ AMBIENTAL

- JORDÀ, Eva: 18-5-2009, (Llesp-Al ta Ribagorça) .

-MIRA, Judi th : 18-5-2009, (El Pont de Suer t -Al ta Ribagorça) .

HOTELERS

-ANÒNIMA: 19-5-2009, (Aran)

-BRINGUÉ, Joan: 23-5-2009, (Àreu-Pal la rs Sobi rà) , també és caçador i

ramader a temps parc ia l .

-GIL, Manel : 4 -6-2009, (Vaquèi ra-Aran) , pres ident de l Gremi d 'Hote lers de la

Val d 'Aran (180 soc is ) .

-NIETO, Ximo: 19-5-2009, (Sa lardú-Aran)

-SAURA, Ale ix : 24-5-2009, (Canejan-Aran) .

NATURALISTES

-ALONSO, Marc : 19-5-2009, (Sa lardú , Aran) .

-ANÒNIM: 16-5-2009, (Pa l la rs Sobi rà) .

POLÍTICS

-BARRERA, Car los : 19-5-2009, (Vie lha-Aran) , Convergència Democrà t ica

Aranesa (CiU) , exs índic d 'Aran , cap de l 'opos ic ió i expres ident de la Socie ta t

de Caça i Pesca de la Val d 'Aran .

-BRUNA, Francisco: 19-5-2009, (Vie lha-Aran) , Uni ta t d 'Aran-PSC, conse l le r

Page 34: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

de Miei Ambient e Pages ia de l Conselh Generau d 'Aran

-BUENAVENTURA, Núr ia , 9-6-2009, (Barce lona-Barce lonès) , ICV-EUiA,

d i rec tora genera l de Medi Natura l de l Depar tament de Medi Ambient i

Habi ta tge , Genera l i ta t de Cata lunya .

-FARRÉ, Joan: 3-6-2009, (Lle ida-Segr ià) , ICV-EUiA, d i rec tor de ls Serveis

Terr i tor ia l s de l Depar tament de Medi Ambient i Habi ta tge a Lle ida ,

Genera l i ta t de Cata lunya .

-MEDAN, Emil io : 24-5-2009, (Les-Aran) , Uni ta t d 'Aran-PSC, a lca lde de Les .

RAMADERS

-ANÉ, Antonio : 24-5-2009, (Lés-Aran) , dedicac ió parc ia l .

-ANÒNIM: 16-5-2009, (Pa l la rs Sobi rà) , dedicac ió comple ta .

-ANÒNIM: 16-5-2009, (Pa l la rs Sobi rà ) , jubi la t .

-ANÒNIM: 16-5-2009, (Pa l la rs Sobi rà) , dedicac ió parc ia l .

-ANÒNIM: 16-5-2009, (Pa l la rs Sobi rà) , dedicac ió comple ta .

-ESPAÑA, Er ic : 24-5-2009, (Sa lardú-Aran) , pres ident d 'Acora , Associac ió de

Cr iadors d 'Ovel la de Raça Aranesa , dedicac ió comple ta .

-FARRÉ, Josep: 18-5-2009, (Llesp-Al ta Ribagorça) , dedicac ió comple ta .

-ROSET, Jord i : 16-5-2009, ( I s i l -Pa l la rs Sobi rà) , dedicac ió parc ia l .

-TORRES, José Luis Torres : 24-5-2009, (Les-Aran) , so tspres ident d 'Acora ,

dedicac ió comple ta .

TÈCNICS

-ANÒNIM: 18-5-2009, (Aran) .

-AFONSO, Iván: 18-5-2009, (Vie lha-Aran) .

Page 35: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

-BATET, Toni : 24-5-2009, (Viu de Llevata -Al ta Ribagorça) .

-PALAU, Jordi :18-5-2009, (Llavors í -Pal la rs Sobi rà) , d i rec tor de l Parc Natura l

de l 'Al t P i r ineu .

-PALAZÓN, Sant i : 2 -6-2009, (Barce lona-Barce lonès) .

Page 36: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

BIBLIOGRAFIA

-Arcangel i , François (2001) : “L’ours e t nous” , d ins Science&nature . Le

magazine de l ’envi ronnement , núm. 1 , Par i s .

-Ar is tegui , Mikel (2- IX-2007) : “Ramaders rebran a judes per a la v ig i lànc ia de

ramats cont ra l ’ós” , d ins d iar i Segre .

-Arroyo, Paula i Purroy , Francisco (2004) : “Oso pardo. Rein t roducción en

I ta l ia” , d ins Quercus , núm. 220, Madr id .

-Bal les teros , Sant iago (2009) : “¿Incómodo vecino?” , d ins Federcaza . La

revis ta l íder de la caza , núm. 278. Alcobendas , Real Federac ión Española de

Caza .

-Bath , Al is ta i r J . (2000) : “Human dimensions in la rge carn ivore magement :

impl ica t ions for managing la rge carn ivores in Spain” , d ins La conservación de l

oso pardo en Europa: un re to de cara a l s ig lo XXI. Madr id , Fundación

Biodivers idad .

-Boada , Mar t í y Gómez, Francisco Javier (2008) : Biodivers idad . Barce lona ,

ed i tor ia l Rubes .

-Bergua José Ángel (2008) : “Actors - red y p i r ine idades . Sobre la guerra de l oso

en la ver t ien te nor te de los p i r ineos” , d ins Ib ix . Annals 2006-2007. Núm. 5 .

Ripol l , Cent re d 'Es tudis de l Ripol lès .

-Bobbé, Sophie (2007) : “Malgré lu i , l ’ours es t devenu un é tendard” , d ins

Emprein te Ours , núm. 3 . Toulouse .

-Borre l l , Es ther i Rodr íguez , José Manuel (2001) : Es oss i d 'Ar t ies . Vie lha .

Conselh Generau d 'Aran .

-Campi l lo , Xavier i Font , Xavier (2004) : Avaluació de la sos tenib i l i ta t de l

tur i sme a l 'Al t P i r ineu i l 'Aran . Barce lona . Genera l i ta t de Cata lunya (Consel l

Page 37: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

Assessor per a l Desenvolupament Sos tenib le) .

-Casanova , Eugeni (2005) : L 'ós de l P i r ineu . Crònica d 'un extermini . Lle ida ,

Pagès Edi tors .

-Clevenger , Anthony P . i Purroy , Francisco J . (2007) : El oso pardo, un g igante

acorra lado , León, Edi lesa

-Clotes , Cèl ia (2005) : Es tudi ecotur í s t ic de l 'ós bru a ls P i r ineus , Ser ra lada

Cantàbr ica , Trent ino i Abruzzo . Trebal l de f i de car rera inèdi t , Univers i ta t

Autònoma de Barce lona

-Cole l l , David (2008) : “El perquè de la persecució pol í t ica de l ’ós” , d ins

Para tges . Núm. 41 . Lle ida .

-Cole l l , David (2009) : Els conf l ic tes mediambienta ls a Ponent . Lle ida ,

Pedescau .

-Daubigny, Jean et a l . (2005) : “Renforcement de la popula t ion d’ours bruns

dans les Pyrénées” , d ins www.paysdelours .com

-Depana (2009) : “Les enques tes sobre l 'ós bru” , d ins

www.depana .org /publ ic /Qu%C3%A8_fem/osSOS/Les_enques tes /

-Depana (2009) : “El debat a favor -en cont ra” , d ins

www.depana .org /publ ic /Qu%C3%A8_fem/osSOS/El_debat_sobre_l%27%C3%B

3s/

-Depar tament de Medi Ambient i Habi ta tge (2008) : “Ós bru” , d ins

h t tp : / /www.mediambient .gencat .ca t /ca t /e l_medi / fauna/ fauna_auctoc tona/especi

es_protegides /os_bru . j sp

-Es i tpa (École d’ ingénieurs en agr icul ture) (2006) : “La Cohabi ta t ion homme -

ours en Slovénie" , d ins www.paysdelours .com

-F . , G. (3- I I -1990) : “La Genera l i ta t proyecta repoblar con 24 osos Aran y e l

Sobi rà” , d ins d iar i Segre .

Page 38: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

-Fapas (2008) : Bole t ín sept iembre 2008 , núm. 80 , Llanes .

- Ibáñez , Mar ía Jesús (18-XII-2008) : “Bresques” , d ins d iar i El Per iódico .

- IFOP (2005) : “Les Pyrénéens e t la conservat ion

de l ’ours” , d ins www.paysdelours .com

- IUCN/SSC Re- in t roduct ion spec ia l i s t group (1998) : “ Iucn Guidel ines for Re-

in t roduct ions” , d ins www.iucnsscrsg .org /pol icy_guidel ines .h tml

-J iménez , Soledad (1999) : Pa t r imoni i tur i sme de muntanya a Cata lunya . El cas

de l Pa l la rs Sobi rà . Una aproximació des de l ' an t ropologia soc ia l . Tes i doctora l

inèdi ta , Univers i ta t de Lle ida .

-Lle i 3 /1998, de 27 de febrer , (DOGC 13.03 .1998) d ' in tervenció in tegra l de

l ' adminis t rac ió ambienta l

-Lle i 22/2003, de 4 de ju l io l , (DOGC 16.07 .03) de pro tecc ió de ls an imals

-Lle i 12/2006, de 27 de ju l io l , (DOGC 03.08 .06) de mesures en matèr ia de

medi ambient

–Mar t í , Serg í (31-V-2007) : “Reclaman más pas tores e léc t r icos para que e l oso

no a taque las co lmenas” , d ins La Mañana .

–Mar t ín , Javier (11-I I -1990) : “Pol í t icos y ecologis tas p lanean impor tar osos

pardos para repoblar los P i r ineos” , d ins El Pa ís .

-Mascaró , Virg ín ia (1- I I -1990) : “La poblac ió d’óssos bruns de l P i r ineu pot ser

re implantada amb animals de l Caucas” , d ins Avui .

-McNei l l , John, (2007) : “Prefac io” , d ins Ecología pol í t ica de los P i r ineos .

Tremp, Gars ineu Edic ions .

-Montser ra t , Alf red (5- I I -1990) : “La Genera l i ta t c reará dos reservas de oso

pardo en e l Pa l la rs i Val l d’Aran” , d ins d iar i El Per iódico .

-Nel · lo , Or io l (ed . ) (2003) : Aquí , no! Els conf l ic tes te r r i tor ia l s a Cata lunya .

Barce lona , Empúr ies .

Page 39: Qui està en perill, l’ossa Hvala o el caçador? El ...icta.uab.cat/.../Treballs/TRecerca/2009_06_treballrecercacarlesginejaner.pdf · treball de recerca sobre la diagnosi ambiental

-Nie to , David (2008) : “Crònica d 'un extermini” , d ins Para tges . Núm.41.

Lle ida , Ipcena .

-Notar io , Rafae l (1970) : El oso pardo en España . Madr id , Minis te r io de

Agr icul tura .

-Ol in , Nel ly e t a l . (2006) : “Plan de res taura t ion e t de conservat ion de l ’ours

brun dans les Pyrénées f rançaises 2006 – 2009” , d ins www.paysdelours .com

-Ort ín , Pere (17-IV-1994) : “El ú l t imo cazador de un Pi r ineo que ya no exis te” ,

d ins Magazine La Vanguardia .

-Pa lazón, Sant i (2006) : “Si tuac ió ac tua l de l 'ós bru a ls P i r ineus cent ra ls” , d ins

Ripacur t ia , núm. 4 . Benavarr i , Cent re d 'Es tudis Ribagorçans .

-Pa lomero , Gui l le rmo i Nores , Car los (2000) : “Act iv idades c inegét icas y

conservación de l oso pardo en la cordi l le ra cantábr ica” , d ins La conservación

de l oso pardo en Europa: un re to de cara a l s ig lo XXI . Madr id , Fundación

Biodivers idad .

-Pays de l 'ours -Adet i ACP (2006) : “La pro tec t ion des t ropeaus .

Fonct ionnement , Ef f icac i té , Limi tes e t opt imisa t ion” , d ins

www.paysdelours .com.

-Pays de l ’ours -Adet (2009) : L’ours en ques t ions . Ques t ions sur l ’ours . Arbas .

-Programa Life (1995) , d ins

www.ec .europa .eu/envi ronment / l i fe /pro jec t /Projec ts / index.cfm

-Redacció : “La federac ió de caçadors defensa la cont inuï ta t de l ’ós a l P i r ineu

de Lle ida” , d ins ADN, 4-XI-2008.

-Serre t , M. (1-VI-1996) : “El Govern pagará t res pas tores a l Aran para

compensar la in t roducción de l oso” , d ins La Mañana .

-Ubach, Montser ra t (10-XII-1989) : “L’únic ós bru que sobreviu a Cata lunya” ,

d ins Diar i de Barce lona .