PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFF 2018.2

DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA IV

PROFESSOR: DANILO MARCONDES

DATA: QUINTAS-FEIRAS, DE 9H ÀS 13H

SALA: O 320

EMENTA: CETICISMO E MODERNIDADE

Discutir a formação e o desenvolvimento do Ceticismo Moderno com base na

retomada do Ceticismo Antigo a partir do século XVI, tomando o pensamento de

Michel de Montaigne como representativo desse desenvolvimento, examinando as

influências que teria sofrido, sua recepção e seus desdobramentos Daremos especial

ênfase ao estilo “ensaio”.

Partimos da hipótese formulada inicialmente por Richard Popkin de que o ceticismo

teve um papel fundamental na formação do pensamento moderno, procurando

explorar a caminhos abertos por sua obra History of Scepticism from Savonarola to

Bayle.

Tópicos:

A “Tradição” Cética Antiga:

Academia, Pirronismo, ceticismo dialético, ceticismo terapêutico

A Retomada do Ceticismo Antigo no Período Moderno:

O conflito das doutrinas na escolástica: O nominalismo de Ockham e a querela

das heresias

A redescoberta dos textos clássicos no Renascimento e o ceticismo.

A controvérsia da Reforma Protestante e a questão do fideísmo: Erasmo vs

Lutero.

A descoberta do Novo Mundo: ceticismo sobre a natureza humana.

A “crise pyrrhonienne” de Montaigne.

A querela dos Antigos e dos Modernos.

Ceticismo e refutação do ceticismo em Descartes: o papel da dúvida.

Bibliografia

A “Tradição” Cética Antiga: Academia, Pirronismo, ceticismo dialético,

ceticismo terapêutico.

SEXTO EMPÍRICO, Obras, em inglês na col.Loeb, Harvard Univ. Press, 1976 e

em francês nos Classiques Gallimard.

CICERO, Academica, col. Loeb, Harvard U.P.

BROCHARD, Victor Les sceptiques grecs. Trad. Os céticos gregos, 2009,

Odisseus, São Paulo.

BURNYEAT, M. The skeptical tradition, Univ. California Press, 1983.

http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k94236b.capture

POLITO, Roberto, “Was scepticism a philosophy?”, Classical Philology,

102, 2007.

A Retomada do Ceticismo Antigo no Período Moderno:

Richard Popkin, A história do ceticismo de Erasmo a Spinoza, Rio, Ed.Francisco Alves,

2000.

WOODRUFF, Paul, “Aporetic pyrrhonism”, Oxford Studies in Ancient Philosophy, vol.VI,

1988. POPKIN, Richard H. História do Ceticismo de Erasmo a Spinoza, Francisco Alves,

Rio, 2000, The History of Scepticism from Savonarola do Bayle. Oxford U. P. 2003.

FLORIDI, Luciano, Sextus Empiricus: The transmission and recovery of Pyrrhonism,

Oxford U. P. 2002.

FUMAROLI , Marc, La querelle des Anciens et des Modernes, Gallimard, Paris, 2001.

GIOCANTI, S. Penser l’irresolution: Montaigne, Pascal, La Mothe Le Vayer, Honoré

Champion, Paris, 2001.

FEBRVE, L. Le problème de l’incroyance au XVIe. siècle. Albin Michel, 1944. O problema

da incredulidade no séc.XVI, Companhia das Letras, 2009.

MONTAIGNE, M. Essais, http://livrefrance.com/Montaigne.pdf

Ensaios, São Paulo, Martins Fontes, 2006.