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1 dezembro 2015 | ano IV | nº 9 Tem saída Afetadas pela desaceleração econômica, profissionais da engenharia, a arquitetura e a agronomia podem buscar alternativas de mercado para gerir suas carreiras ENERGIA biomassa e outras alternativas | AGRICULTURA muito além da cana ARQUITETURA projetos inovadores | ÁGUA gestão dos recursos hídricos | CREA-SP o atestado digital chegou

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A revista POLO é um veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho (AEAAS).

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dezembro 2015 | ano IV | nº 9

Tem saídaAfetadas pela desaceleração econômica, profissionais da engenharia, a arquitetura e a agronomia podem buscar alternativas de mercado para gerir suas carreiras

ENERGIA biomassa e outras alternativas | AGRICULTURA muito além da cana ARQUITETURA projetos inovadores | ÁGUA gestão dos recursos hídricos | CREA-SP o atestado digital chegou

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Expediente

AEAASAssociação de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia de SertãozinhoRua Expedicionário Lellis 1618, Centro,

CEP 14160-750 Sertãozinho-SPTelefone: (16) 3947.6406

[email protected]://www.faeasp.com.br/aeaas-sertaozinho

Presidente Paulo Alberto CecchiniVice-presidente José Galdino Barbosa da Cunha Junior1° Secretário Fábio Soldera2° Secretário Marcela Dorascenzi1° Tesoureiro Claudemir Daniel2° Tesoureiro Fabiano PitzDiretor Social Antônio Henrique SauleDiretor Cultural Ieso de Oliveira PalmieriDiretor de Relações Públicas Rodrigo ZardoDiretor de Esportes João Valdir Sverzut JuniorDiretor de Patrimônio José Ricardo MarçalConselho Paulo Ferreira, Rodrigo Ferracini, Ayrton Dardis Filho, Devanil José de Souza, Marcelo Eduardo Borges e Nerci Vieira

Revista Polo Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação www.textocomunicacao.com.br Editores: Blanche Amâncio MTb 20907Daniela Antunes MTb 25679Colaboração e editoração eletrônica: Bruna Zanuto MTb 73044

Tiragem: 1.000 exemplaresImpressão: Gráfica DTP

A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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04 Homenagem

2015 foi um ano incomum, pelo menos para aqueles que haviam se habituado ao cenário de aparente estabilidade econô-mica e institucional. Nossa cidade sofreu diretamente com as turbulências, em ra-zão da forte atividade industrial à qual sua economia está alicerçada. Neste período, a AEAAS buscou apoiar os profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia que foram afetados pela desaceleração do crescimento econômico do país.

Subsidiar com conhecimento e ações de orientação de gestão de carreiras, aliás, é um dos principais compromissos da associação com os profissionais. Neste sentido, nos reunimos diversas vezes com o CREA-SP e a UNACEM, organismos com as quais estreitamos os laços no sentido de obter orientações para os nossos associados.

A AEAAS também se aproximou das autarquias municipais para garantir que as atividades relativas às nossas profis-sões não sejam executadas por leigos. Além disso, a Associação deve se fazer presente junto ao governo municipal e ao terceiro setor de forma a colaborar com os conhecimentos técnicos que seus associados possuem no sentido de

proporcionar uma cidade melhor para se viver. Este é o compromisso social da nossa entidade.

A expectativa para 2016 quanto ao crescimento econômico não é das melhores, face à crise nacional. O setor de engenharia é um dos mais atingidos quando há dificuldades na produção, todos sabem disso. A Associação procu-ra apoiar os profissionais no sentido de reciclagem de conhecimentos e orientar sobre oportunidades no mercado de trabalho. Em 2016 vamos além e incre-mentaremos a agenda de palestras e cursos que agreguem conhecimento e colaborem com a formação dos nossos associados.

Na edição anual da revista Polo, reu-nimos informações para apoiar os pro-fissionais neste período de turbulência. Além do conhecimento, concluímos que é essencial termos coragem e serenida-de para atravessar o período. Se é das guerras que temos soluções tecnológicas que revolucionaram o mundo, como é a internet, por exemplo, é da crise que engenheiros, arquitetos e agrônomos devem extrair a melhor solução para construir um futuro sustentável.

Engenheiro Paulo Alberto Cecchini,

presidente AEAAS

Editorial

Índice

Engenheiro Homenageado 2015

06 EconomiaDe credibilidade e coragem

10 EngenhariaSetor energético: opções e soluções

13 ComércioEm leilão de energia, biomassa perde para eólica e gás natural

14 GestãoCantareira sofreu transição catastrófica em 2014

16 AgronegócioRiqueza que vem do campo

20 ArquiteturaO futuro em 100 construções

22 EtanolPesquisadores europeus e brasileiros de olho no combustível

25 CREA-SPCREA-SP e DERSA criam sistema on-line de emissão de ACT

26 CurtasCálculos de estruturasVilanova ArtigasDia da Engenharia

09 ArtigoComo superar dificuldades e alcançar o sucesso em 2016

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Homenagem

E ngenheiroHomenageado2015

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Homenagem

O engenheiro sertanezino Celso Antônio Perticarrari fez história. Formou-se engenheiro civil em 1976, em São Carlos. Era especializado em cálculo. Mas, foi no serviço público, mais especificamente na gestão de recursos hídricos, que ele deixou sua marca.

Em 1983, Perticarrari assumiu a direção do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). Segundo o engenheiro Carlos Alencastre, presidente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP) e colega de Perticarrari no DAEE, do qual hoje é o diretor, o engenheiro sertanezino batalhou pelos princípios da gestão dos recursos hídricos na região.

Ele foi o primeiro secretário executivo do Comitê da Bacia do Pardo e pioneiro na aplicação da lei da outorga, que entrou em vigor a partir do final dos anos de 1990, com a promulgação da Lei Federal de Recursos Hídricos.

Perticarrari deu os primeiros passos no Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Aquífero Guarani, realizado em parceria com Argentina, Uruguai e Paraguai, com financiamento do Fundo para o Meio Ambiente Mundial, e que culminou em ações de proteção de um dos maiores mananciais de água subterrânea do mundo.

Em 2005, há exatos 10 anos, depois de participar de um encontro no Paraná que debatia as medidas de proteção ao Aquífero, Perticarrari faleceu e entrou para a história. Hoje, diversos organismos do Estado levam seu nome e a AEAAS presta justa homenagem.

Celso Antônio Perticarrari

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Economia

De credibilidadee coragem

A redução da atividade industrial e as denúncias envolvendo a Petrobras têm reflexo nas profissões da área tecnológica que, em dificuldades,

podem encontrar saída no empreendedorismo

O paulistano Odil Garcez Filho foi demitido nos anos de 1980 e ganhou

as manchetes dos jornais ao abrir uma lanchonete na Avenida Paulista batizan-do-a de “O engenheiro que virou suco”. Tornou-se símbolo da desaceleração econômica daquele período, um fenôme-no que afeta diretamente as profissões da área tecnológica. O período atual tem ingrediente diferente, uma vez que se soma à crise a desestabilização financeira, política e institucional da Petrobras.

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Economia

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as engenharias, a arquitetura e a agronomia apresentaram índices positivos de empregabilidade entre os anos de 2008 e 2013, marcados pela crise econômica mundial, superados apenas por profissionais de Tecnologia da Informação (TI) e por professores e profissionais de saúde, carreiras com vínculo no setor público. O número de vínculos trabalhistas em ocupações de nível superior passou de 5,1 milhões para 6,7 milhões naqueles cinco anos, um crescimento de 30%. Engenharias e afins respondem por 5,1% deste crescimento.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a sondagem industrial de setembro de 2015 revelou queda da atividade, com recuos da produção e do emprego, e baixo uso da capacidade instalada. Contudo, a indústria conseguiu ajustar, ainda que parcialmente, o excesso de estoques e as as empresas exibiram otimismo com relação às vendas externas. Além disso, a intenção de investimento voltou a aumentar.

O principal problema enfrentado pela indústria no terceiro trimestre de 2015 foi a elevada carga tributária assinalado por 44,9% dos empresários no levantamento da CNI. O percentual é praticamente o mesmo que o registrado no segundo trimestre (44,8%). A demanda interna insuficiente manteve a segunda posição no ranking de principais problemas, assinalado por 42,2% dos empresários. Os percentuais refletem os temores da elevação de tributos e as dificuldades com a retração da demanda.

AS CAUSASPara o engenheiro Marcio Cancellara,

diretor vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI), as denúncias investigadas pela Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal, têm peso significativo no volume de serviços contratados na indústria. “No entanto, a desaceleração da economia influencia praticamente todos os setores industriais, pois provoca retração de investimentos, impactando toda a cadeia”, explica.

Para ele, a dificuldade econômica atual teve repercussão primeiro nas empresas que elaboram projetos e prestam consultoria. “Devido à falta absoluta de serviços, estão sendo obrigadas a desmobilizar equipes inteiras de profissionais qualificados e especialistas”, conta. O resultado, provavelmente o mais grave em longo prazo, será a perda de memória intelectual dos profissionais e das empresas brasileiras. Por enquanto, Marcio acredita que isso ainda é apenas um risco.

Para o presidente do CREA-SP, engenheiro Francisco Kurimori, para a área tecnológica, a Operação Lava Jato não tem somente reflexo econômico. Em sua visão, as denúncias que aconteceram no decorrer do ano de 2015 envolvendo profissionais de engenharia e empresas do setor, “coloca em risco a engenharia como um todo perante a opinião pública”.

“Temos a obrigação de separar o joio do trigo”, frisou em visita recente à região. Ele defendeu o julgamento e, no caso de condenação, a punição dos envolvidos nas irregularidades investigadas, sejam eles engenheiros ou não. Ponderou que é necessário separar a pessoa física do corrupto ou corruptor da atividade profissional que ele exerce.

Kurimori lembra que as empresas denunciadas construíram a infraestrutura do país e executam diversas obras no exterior. “Se os engenheiros não tomarem cuidado, vamos trabalhar nas empresas estrangeiras e vamos virar chão de

fábrica, essa é a grande verdade”, diz ele. “Punir corruptos e corruptores, fazer esse pessoal devolver o dinheiro, mas daí a prejudicar as instituições e empresas não. É nesse momento que os espertinhos vão fazer o segundo ato da corrupção, que é roubar o patrimônio nacional”, completa.

Para o engenheiro Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), as denúncias de corrupção devem ser oportunas para combater desvios e impunidade, separando o que é público do que é privado. “Como saldo, teremos não só a preservação do dinheiro público, mas um país mais decente de modo geral. O que não podemos permitir em hipótese alguma é que, a pretexto de combater os malfeitos, joguemos por água abaixo o que foi construído. É preciso preservar a capacidade produtiva e tecnológica nacional”, avalia.

REAÇÃONos últimos anos, análises davam

conta de que faltariam engenheiros para o desafio que a economia brasileira enfrentaria. Contava-se em milhares as necessidades do mercado de trabalho. Faltariam engenheiros para dar conta do desafio de crescimento do país. Todas as avaliações foram derrotadas pela conjuntura do país.

“A crise é sempre boa para pensar, coloca todo profissional em um circuito de possibilidades, medo e inseguranças, mas também provoca mobilidade. Nesta fase, pensamos em outras possibilidades de ganhos, de complementos ou aquisição de competências”, avalia a consultora Danielle Moro, especialista em gestão de carreiras e de pessoas.

O momento atual não é exatamente de crise para algumas carreiras ligadas à engenharia. Há retração, mas não esgotamento de oferta de trabalho, de acordo com a empresa de recrutamento Kelly Services.

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Economia

A análise da consultoria conclui que na engenharia civil, por exemplo, os contratos migram de grandes empresas para pequenas construtoras no estado de São Paulo.

As engenharias, a arquitetura e a agronomia têm, em várias áreas, forte apelo empreendedor. Para Danielle, esta característica é insuficiente para garantir o sucesso do negócio, desde que o profissional tenha condições de gerir o negócio. “Empreender não é apenas abrir uma empresa de produtos ou serviços, é saber gerenciar caixa, fazer projeções financeiras e liderar pessoas”, explica.

O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) tem importante portfolio de cursos e treinamentos para aqueles que desejam explorar novas possibilidades para suas empresas ou pretendam iniciar um novo negócio. O público-alvo são empresários, pessoas jurídicas ou pessoas físicas que buscam orientações.

O Empretec é o mais completo treinamento de empreendedorismo oferecido pelo órgão. A metodologia foi criada na Organização das Nações Unidas (ONU) e desenvolve características de comportamento empreendedor nos participantes, além de colaborar na identificação de novas oportunidades de negócios. O treinamento é promovido em 34 países.

Anualmente, o Empretec capacita em torno de 10 mil participantes no Brasil. Uma pesquisa feita pelo SEBRAE revelou que 75,4% dos empresários que participaram do treinamento em 2014 confirmaram aumento do lucro mensal; 91,8% disseram que o Empretec contribuiu para melhorar o conhecimento sobre o seu negócio, atualizar metas, planos e projetos e 84,9% disseram que foi útil para identificar novas oportunidades.

O treinamento tem duração de 60 horas, no modelo de imersão. O participante é desafiado em atividades

práticas, cientificamente fundamentadas que apontam como um empreendedor de sucesso age, tendo como base 10 características comportamentais.

As 10 características comportamentais do empreendedor de sucesso

▪ Busca de oportunidade e iniciativa▪ Persistência▪ Correr riscos calculados▪ Exigência de qualidade e eficiência▪ Comprometimento▪ Busca de informações▪ Estabelecimento de metas▪ Planejamento e monitoramento sistemáticos▪ Persuasão e rede de contatos▪ Independência e autoconfiança

Fonte: SEBRAE

Outro programa do SEBRAE é o Agente Local de Inovação (ALI), criado em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Bolsistas do CNPq visitam empresas interessadas em ter acompanhamento em médio e longo prazos. A ação é gratuita e começa com o diagnóstico dos pontos em que as empresas estão defasadas e precisam de ajustes. Na sequência, é montado um plano estratégico de ações levando em consideração as prioridades. O objetivo é promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de orientação proativa, gratuita e personalizada.

Danielle considera que as ferramentas do SEBRAE oferecem oportunidades de acessar métodos de gerenciamento. “Empreender não é nunca trabalhar menos e sim aumentar a carga de trabalho”, enfatiza. Ela também aconselha

que o candidato a empreendedor alinhe expectativas em relação à realidade. As ferramentas de gestão, por exemplo, são essenciais nesse processo. “Empreender em momentos de crise pode exigir investimentos maiores. É preciso saber se o profissional consegue atingir o plano de negócio delimitado”, pondera a consultora. Ela conclui, porém, que a queda no mercado de trabalho pode ser um bom momento para repensar a carreira e qualificar-se com as expectativas voltadas para o futuro.

Oportunidade Para José Goldemberg, presidente da

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a crise é oportuna para investir em ciência e tecnologia e desenvolver produtos e áreas nas quais o país apresenta vantagens competitivas.

Ele avalia que a cotação do dólar em torno de R$ 2 no Brasil nos últimos anos desencorajou a produção local e levou a indústria nacional, que representava 18% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro há dez anos, diminuir sua participação para 9%. Era mais barato comprar produtos da China do que fabricá-los em território nacional.

Goldemberg estima que o aumento na cotação da moeda norte-americana no Brasil pode dar novo impulso para o desenvolvimento de produtos e da ciência e tecnologia no país. “A ciência e tecnologia não dependem apenas de boas ideias, mas também da situação econômica do país. A subida do dólar, agora, é favorável para o desenvolvimento da ciência e tecnologia localmente”, afirma.

“A grande tarefa que temos é identificar essas áreas em que nós possamos, efetivamente, fazer a diferença, por nossas características próprias e locais”, disse Goldemberg.

Com informações: Agência FAPESP e do SEBRAE

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Artigo

Como superar dificuldades e alcançar o sucesso em 2016

Para sobrevier à tormenta que vem pela frente em 2016 os profissionais necessitarão aprender a entender e tirar proveito da forma como o cérebro toma decisões na economia.

Apesar de contarmos com toda uma literatura de gestão de empresas e economia acerca da tomada de decisão racional, a grande maioria delas não apresenta utilidade para o dia a dia das pessoas e das empresas, pois foram criadas baseadas no arquétipo do Homo Economicus (ser fictício que sempre otimiza o seu comportamento diante de uma escolha econômica).

Contudo, na vida real, os seres humanos não são assim. Por isso, alguns cientistas que estudam o cérebro estão comprovando por meio de sofisticadas técnicas de mapeamento do cérebro e do comportamento humano, que somos muito limitados na hora de tomarmos uma decisão no mercado. Na verdade, na maioria das vezes, estamos atuando no “piloto automático”. Segundo Daniel Kahneman (ganhador do Prêmio Nobel de economia), temos dois sistemas de pensamentos responsáveis pela tomada de decisão. São eles:

•Sistema 1 - é, automático, instintivo e emocional

•Sistema 2 - é lento, lógico e deliberado

O enfrentamento dos desafios de inovar, liderar, motivar a si mesmo e aos outros, elaborar estratégias pessoais e organizacionais, cuidar do meio ambiente, da família e da saúde, requer que o profissional entenda que seu poder de decisão é limitado. Isso por que depende, na maioria das vezes, de forças inconscientes derivadas da forma como o sistema 1 atua.

Entretanto, apesar da maior influência do sistema 1 no processo de tomada de decisão, você deve se aproveitar da forma como estes dois sistema atuam na hora elaborar políticas de relacionamento com terceiros. Como? Ajudando estas pessoas a tomarem decisões que sozinhas não seriam capazes, desenvolvendo a liberdade de decisão e pensamento na participação desses colaboradores nos projetos da empresa, criando métodos de gestão do sistema 1 que envolve principalmente os impulsos automáticos e as emoções das pessoas para que cada um dê o melhor de si.

Portanto, não tenho dúvidas (e nem as dez maiores empresas do mundo e o governo americano) que o futuro da excelência em gestão se dará por meio do entendimento da forma como as pessoas realmente atuam no mercado.

José Chavaglia NetoProfessor da FGV Management, professor convidado do Mestrado em Neuromarketing na Florida Christian University (EUA), membro do conselho editorial do International Journal of Latest Trends in Finance and Economic Sciences, no Reino Unido, e membro da Society for Neuroeconomics.

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Engenharia

Setor energético: opções e soluções

Energias renováveis a favor da matriz energética brasileira

Em 2014, o estado de São Paulo produziu 43% da energia elétrica consumida, os outros 57% foram importados. O déficit energético

do estado produziu o episódio de apagão no início de 2015, devido à oscilação de frequência nas linhas de transmissão. O engenheiro civil João Carlos de Souza Martins, secretário de Energia do Estado de São Paulo, chama a atenção para a necessidade de produzir energia mais próxima dos centros consumidores, além de diversificar a matriz energética. Grande parte da energia elétrica produzida no estado de São Paulo tem origem nas usinas hidroelétricas.

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Engenharia

A secretaria de Energia tem investido no gás natural como fonte alternativa de combustível. Em Sertãozinho (SP), recente-mente, Martins assinou o acordo entre uma distribuidora de gás natural da região e uma usina de cana-de-açúcar de Itápolis (SP). O biometano surge durante o processo de transformação da vinhaça e pode ser usado em substituição ao diesel nos caminhões que transportam cana dentro das usinas. A previsão é que o projeto inicie em 2016.

O secretário observa que o potencial hidroelétrico brasileiro está se esgotando e, por isso, é primordial encontrar outras fontes. O grande potencial de geração de biomassa na região de Sertãozinho, entretanto, não se sustenta. “A geração de

Em 2015, o consumo de gasolina e de etanol foi quase igual. De janeiro a agosto de 2015, foram consumidos 18.838 milhões de litros de etanol e 19.816 milhões de litros de gasolina, excluídos os 27% de etanol adicionado. O aumento do consumo do etanol é o reflexo da demanda de carros flex no país. Hoje, 89% dos veículos leves do Brasil são flex e só em 2014 foram produzidos mais de 2.800 milhões deste tipo de automóvel.

energia com derivados da cana acontece durante oito meses, que é o período da safra, de abril a novembro. O que faríamos nos outros quatro meses da entressafra?”, questiona Martins.

EÓLICAA energia eólica, gerada a partir de

fonte renovável, ganha mercado mundo afora. A China é a líder entre os países que mais investem nessa tecnologia. Em 2014, o setor energético chinês implantou 23 Gi-gawatts (GW) em usinas eólicas. Até 2020, chegará a 200 GW.

Segundo o engenheiro mecânico Edu-ardo Angelo, a partir de 2017, a cada ano será acrescido cerca de 60 GW de energia

eólica na matriz energética mundial. Para a Associação Mundial de Energia Eólica (AMEE), seis países têm potencial para de-senvolver essa tecnologia de forma rápida: Brasil, África do Sul, México, Turquia, Nova Zelândia e Austrália.

Além de figurar entre os países com grande potencial de desenvolvimento de energia eólica, o Brasil também é líder do setor na América Latina. O ranking dos 10 países com maior capacidade instalada de energia eólica, durante o ano de 2014, é liderado pela China (114,76 GW), seguido por Estados Unidos (65,88 GW), Alemanha (39,16 GW), Espanha (22,99 GW), Índia (22,46 GW), Reino Unido (12,44 GW), Ca-nadá (9,69 GW), França (9,28 GW), Itália (8,66 GW) e Brasil (5,96 GW).

O Brasil tem, aproximadamente, 7 GW de geração de energia eólica instalada. A maioria das usinas eólicas está na região Nordeste do país (75%), onde os ventos são mais favoráveis e constantes. Além disso, dos R$ 22 bilhões investidos na matriz energética brasileira, em 2014, R$ 17,35 bilhões foram destinados à geração de energia eólica.

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A tecnologia associada à pesquisa tem contribuído cada vez mais para

a disseminação da informação entre os profissionais das áreas técnicas. Um banco de dados criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) reuniu informações de nove mil solos brasileiros, tornando-se a maior base de dados de so-los do país, que está disponível na internet gratuitamente. Esse trabalho é o resultado de 40 anos de levantamento e pesquisa.

Engenharia

FOTOVOLTAICAA redução da dependência de fontes

de energias fósseis e o aumento da tarifa de energia impulsionaram o mercado do sistema fotovoltaico em 2015, segundo o engenheiro químico Fernando Medeiros. A Resolução 482, de 2012, editada pela Agên-cia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), autoriza a mini e micro geração de energia pelos consumidores, com produção de até um megawatt (MW) por estabelecimento. A crise do setor energético provocou na ANEEL o debate sobre a possibilidade de aumentar a produção para cinco mil megawatts.

A vantagem da cogeração do sistema fotovoltaico é a redução do valor da conta de energia elétrica e a possibilidade de

acumular créditos para outra unidade consumidora vinculada ao mesmo Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Cadas-tro de Pessoa Física (CPF).

Medeiros informa que o investimento na implantação se paga em três anos de funcionamento. A previsão pode variar de acordo com o valor da tarifa de energia, ou seja, quanto maior a conta de luz, menor é o tempo para reaver o investimento. As principais dificuldades para disseminar a tecnologia são a falta de financiamento e os altos impostos.

O sistema fotovoltaico precisa da ra-diação solar direta nos painéis para que a geração de energia aconteça, explica o engenheiro. “Por isso, a produção de ener-

gia em dias nublados é muito discreta”. Os módulos dos painéis são compostos de cé-lulas fotovoltaicas – dispositivos que fazem a conversão de energia solar em elétrica. Todos os módulos devem ser posicionados para o norte, levando-se em consideração as estações do ano e o movimento de des-locamento do sol, para garantir a eficiência do sistema.

O sistema funciona da seguinte forma: a radiação solar atinge os módulos, então os elétrons existentes nas células formam a corrente elétrica contínua que é encami-nhada para os inversores, equipamentos que transformam a energia corrente para a alternada, aquela que é usada nas resi-dências.

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Comércio

Em leilão de energia, biomassa perde para eólica e gás natural

Diretor da UNICA fala sobre a importância da remuneração e ressalta a importância do parque industrial já instalado no Brasil

A biomassa, combustível renovável para a geração de energia, cadastrou 64

projetos para o leilão que deverá aconte-cer em 5 de fevereiro de 2016, que contra-tará energia para entrega a partir de 2021, em contratos de 25 anos. Segundo infor-mações da Empresa de Pesquisa Energéti-ca (EPE), em termos de potência instalada, os 64 projetos totalizam 3.041 Megawatt (MW), representando 6% da oferta total cadastrada para o certame. Esse montante inclui projetos que aproveitam diversas biomassas, sendo predominante o baga-ço e a palha de cana-de-açúcar. Também inclui projetos de termelétrica a biogás.

De acordo com o gerente em Bioeletri-cidade da União da Indústria de Cana-de--Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, apesar de representar somente 6% do total ca-dastrado, a biomassa inscreveu quase três vezes mais projetos em comparação ao

último leilão, realizado em abril de 2015.“Se contratarmos toda a oferta regis-

trada pela biomassa, significará acrescen-tar o equivalente à potência instalada de quase três usinas hidrelétricas do porte de Sobradinho, na Bahia, que vive seu pior momento em termos de volume do reser-vatório, inferior a 3% de sua capacidade”, comentou o executivo da UNICA.

Souza lembra também a importância de que o preço-teto seja capaz de viabilizar a potencialidade energética da biomassa, ou parte significativa dela, evitando-se, portanto, a descontinuidade de contrata-ção de novos projetos de para esta fonte, como aconteceu nos últimos anos.

“Em 2016, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a previsão é que a biomassa acrescente apenas 626 MW novos ao sistema elétrico brasileiro. A fonte biomassa já demonstrou que,

com condições institucionais e de preço adequados, pode agregar anualmente, no mínimo, três vezes o que agregará em 2016, já tem um parque industrial local montado para isto. O cadastro do leilão mostra que é o momento de o Governo Federal ousar mais e, desta vez, estabele-cer preços adequados para começar um processo de revitalizar a participação da biomassa e de sua cadeia produtiva nos leilões regulados”, concluiu Souza.

Para o próximo leilão, a fonte eólica foi a que mais cadastrou projetos. Foram 864, somando 21.232 MW. Em seguida aparece o gás natural com 36, totalizando 18.741 MW. Empatada com a biomassa na tercei-ra posição está o carvão, com 3.056 MW inscritos por sete projetos. Por fim, em último lugar, consta a fonte hídrica, que registrou 84 projetos somando 1.548 MW.

Fonte: UNICA

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Gestão

Cantareira sofreutransição catastrófica em 2014

Estudo sobre o reservatório de São Paulo aponta erros nos métodos de gestão dos recursos hídricos

As represas do sistema Cantareira so-freram uma transição catastrófica em

janeiro de 2014, quando passaram rapida-mente de condições normais para o estado de ineficiência. A avaliação é baseada em dados sobre os reservatórios, métodos es-tatísticos e modelagem matemática, e foi feita em estudo dos pesquisadores Paulo Inácio Prado, professor do Instituto de Biociências (IB) da USP, e Renato Mendes Coutinho e Roberto Krankel, da Universi-dade Estadual Paulista (Unesp). De acordo com o trabalho, ações que poderiam deter a transição deveriam ter sido tomadas an-tes de 2014.

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A pesquisa é descrita em artigo da revista científica PLoS ONE. O motor da transição é chamado popularmente de “efeito esponja”. Em situação de norma-lidade, há muita água no reservatório e na bacia hidrográfica. Boa parte da água da chuva vai para os reservatórios, man-tendo o sistema no estado normal. Isto resulta em um círculo virtuoso.

Já numa situação de seca, o volume do sistema é mais baixo e o solo absorve mais da água que iria para o reservatório, o que faz o seu nível baixar mais ainda. Neste caso, há um círculo vicioso. A pas-sagem do círculo virtuoso ao vicioso é uma transição que acontece em poucos meses. Para evitá-la é preciso monitorar o sistema e retirar menos água quando houver o risco de transição.

Na Cantareira, a eficiência do sistema caiu muito. “Esta eficiência é a relação entre a chuva que cai e a quantidade de água que vai para os reservatórios”, res-salta o professor Prado. “E ela continua baixa mesmo com as chuvas voltando à normalidade, o que indica que o sistema mudou de regime”.

SINAIS Outra evidência da perda de eficiên-

cia são sinais estatísticos de transição nas variações diárias de volume. “Há várias técnicas que detectam estes sinais, e eles são inequívocos para o sistema Cantarei-ra”, aponta Prado. “Além disso, o grupo de pesquisa desenvolveu um modelo matemático para descrever a transição, que se ajusta muito bem aos dados de volume e vazões observados”. Por meio

desse modelo são feitas projeções para os próximos 30 dias, publicadas diaria-mente no site Águas Futuras desde o último mês de abril.

Os pesquisadores estimam que a transição no Cantareira ocorreu entre novembro de 2013 e janeiro de 2014, indicada pela queda abrupta da eficiên-cia do sistema e os sinais estatísticos de transição. Transições críticas não são no-vidade para cientistas, que as associam ao conceito de resiliência, que é a capaci-dade de um sistema de voltar ao mesmo estado depois de ter sido perturbado. Alguns casos de perda de resiliência na natureza são bem estudados, como o processo de desertificação.

De acordo com Prado, a Cantareira sofreu uma força grande o suficiente para mudar de estado, e agora resiste para voltar à condição normal. “O empurrão foi manter a retirada de água em níveis de anos normais em um ano de chuvas anormalmente baixas”, ressalta. “Não é possível controlar a chuva, mas uma re-dução mais precoce da retirada de água poderia ter evitado a transição”.

Os resultados da pesquisa mostram que o gerenciamento de um reservató-rio deve levar em conta a possibilidade de transições catastróficas. O padrão anteriormente utilizado, baseado na chamada “curva de aversão ao risco”, in-dicava uma situação de normalidade até dezembro de 2013, o que o artigo mostra que não era real. “Isto quer dizer que é necessário definir novos parâmetros de operação a partir de conhecimentos científicos atuais”, conclui Prado.

Fonte: Agência FAPESP

DESTINE 16% DO VALOR

DA ART PARA A AEAAS

(Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho)

Agora voce escreve o nome da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA/SP diretamente para a sua entidade.

Contamos com sua colaboração.

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Agronegócio

Riqueza que vem

Nem só de canaviais vive a região

do campo

Produtores de várias outras culturas como flores, frutas, produtos orgâni-

cos, hortaliças e ovos contribuem, ainda que discretamente, com a diversificação da produção agrícola na região. Diante da importância comercial dessas culturas, o governo do estado de São Paulo tem criado projetos para incentivar o negócio, agregando valor aos produtos dos peque-nos agricultores.

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Agronegócio

No ranking mundial de produção de fru-tas, o Brasil fica em terceiro lugar, atrás ape-nas da China e Índia. Já a citricultura brasileira é responsável por 60% da produção mundial de suco de laranja. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a cada ano são colhidas mais 18 milhões de toneladas de laranja no Brasil.

O Sudeste, Nordeste e Sul são as regiões do país que se destacam na fruticultura. Segundo a Secretaria de Agricultura e Abas-tecimento do Estado de São Paulo, o estado é líder na produção de frutas, com 14,8 milhões de toneladas colhidas em 2014.

A produção de etanol levou grande parte dos donos de terras a cederem-nas para a cana-de-açúcar. O engenheiro agrô-nomo Julio Jacobs, de Bebedouro (SP), foi um dos que resistiram. Ele investiu em um equipamento que descasca e embala a la-ranja, conferindo nova perspectiva para sua produção. Cerca de 160 mil laranjas passam pelo processo diariamente. Jacobs também vislumbrou um novo mercado: o suco de laranja extraído da fruta sem a casca.

Segundo o índice do Valor da Produção

Agropecuária (VPA) do estado de São Paulo, referente ao ano de 2014, a cana-de-açúcar liderou o ranking dos 53 produtos agrope-cuários mais produzidos. A laranja destina-da à indústria ficou em quinto lugar no VPA, com valor de produção de R$ 2,1 bilhões. Esta é a única fruta que figura entre os 10 produtos de maior VPA do estado.

FLORESNos últimos 10 anos, o mercado de

flores e plantas ornamentais cresceu entre

Sertãozinho faz parte do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Ribeirão Preto, que abrange 19 cidades. Veja na tabela com o valor da produção de frutas, na EDR Ribeirão, durante o ano de 2014.

10% e 15%, segundo a Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo. O setor é responsável por 209 mil vagas de emprego (desde a produção até o comércio no varejo), de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estado de São Paulo emprega mais de 85 mil pessoas e atende 70% do mercado.

A região de Sertãozinho abriga produ-tores de várias espécies de flores, nativas e exóticas. Em Matão (SP), por exemplo, há uma plantação de rosas, no Sítio São João, do agricultor Antonio Carlos Pereira, que produz entre 25 e 50 dúzias de rosas de 10 espécies diferentes todos os dias.

Em Itápolis (SP), o produtor Luiz Carlos Novelli reservou 10 alqueires de terras para cultivar 100 espécies de orquídeas em uma estufa de 3.000 metros quadrados. Novelli destina sua produção à floriculturas e vende-dores autônomos de flores. A rentabilidade mais significativa de seu negócio tem origem na comercialização em exposições de orquí-deas, realizadas em várias regiões do país.

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Agronegócio

AVICULTURA E PRODUÇÃO DE OVOSDe acordo com o último levantamento

do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), realizado em 2013, Guata-pará (SP) é a 36ª cidade que mais produz ovos de galinha no Brasil. Anualmente, são produzidas 21 milhões de dúzias de ovos de galinha – valor de produção R$ 29,8 milhões/ano – e 513 mil dúzias de ovos de codorna – R$ 247 mil/ano, segundo a Casa da Agricultura de Guatapará. Grande parte da produção está no Núcleo Colonial

de Mombuca. O mercado consumidor são as grandes redes de supermercados da região.

Mombuca concentra importante colô-nia de imigrante de japoneses que, além de ovos, também produzem milho, lichia, pitaia, cogumelo, shimeji, raiz de lótus, alho, flores, pepino e macadâmia, destinados para as cidades vizinhas. Os principais con-sumidores são feirantes, supermercados e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Segundo a Associação Agrocultural Es-portiva de Guatapará, Mombuca também tem um milhão de aves em postura, 300 mil

aves na recria, 30 mil aves destinadas para o corte a cada 60 dias e 1.800 cabeças de porco para abate a cada ano.

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Agronegócio

O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II – Acesso ao Mercado, do governo do Estado de São Paulo, foi criado em 2010 e desde então beneficiou produtores rurais de 645 cidades, que compõem 220 associações. Foram investidos R$ 86,7 milhões, segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).90% das obras financiadas pelo pro-jeto em cinco cidades próximas a Sertãozinho – Guatapará, Santa Cruz da Esperança, Serra Azul, São Simão e Brodowski (SP) – estão sendo finaliza-das. Com o investimento do programa, os ovos trincados das granjas de Gua-tapará que antes iam para o lixo, por exemplo, contam com um maquinário específico que pasteuriza o produto e o torna viável para a comercialização.Também com investimento do pro-grama, em Santa Cruz da Esperança os produtores de leite organizaram a produção em uma cooperativa e lucram R$ 0,20 a mais no litro de lei-te. Os de São Simão adquiriram uma máquina que higieniza, pica e embala as verduras e os de Brodowski conquis-taram um selo de exportação para o café produzido na cidade.

ORGÂNICOSO número de produtores orgânicos

aumentou 51,7%, de 2014 para 2015. De acordo com o Ministério da Agricultura, em janeiro de 2014 o Brasil contabilizava 6.719 produtores e um ano depois já regis-trava 10.194. A região Nordeste conta com o maior número de produtores orgânicos, devido ao incentivo da agricultura familiar, porém a maior produção de orgânicos está localizada na região Sudeste, com grandes empresas especializadas no setor.

No Sítio Terra da Gente, em Ribeirão Preto (SP), Geni Arruda e o marido produzem verduras, legumes e frutas orgânicas há dois anos e reve-lam que, em 2014, as vendas cresceram 30%. Os itens são produzidos em 1,4 hectares e vendidos em feiras e para clientes avulsos.

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O futuro em

Livro trata da transformação da arquitetura e propõe questionamentos que mostram as inovações no campo da arquitetura

100 construções

Em O futuro da arquitetura em 100 construções, o arquiteto Marc Kush-

ner apresenta o que, em sua visão, há de melhor na arquitetura contemporânea. Ele escolheu 100 projetos concorrentes aos prêmios Architizer A+ para exempli-ficar que tipo de arquitetura está sendo produzida no mundo e quais os questiona-mentos que levaram à elaboração destes projetos.

Arquitetura

UM ESCRITÓRIO PODE FLUTUAR?

A sede da Arctia shipping, empresa marítima finlandesa que ope-ra serviços de quebra-gelo, é um escritório flutuante cujo desejo faz referência a seus vizinhos. A empresa assenta-se nas barcaças quebra-gelo localizadas em uma doca seca no bairro portuário de Katajanokka e resguarda a edificação das temperaturas baixíssimas. A massa horizontal do prédio e as fachadas de aço preto customizadas imitam os cascos negros dos navios, ao passo que o acabamento interno de madeira com laca incolor lembra as tradições mais antigas da construção naval.

Sede da Arctia Shipping. Helsinque, Finlândia – K2S Architects

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Arquitetura

Cada construção é acompanhada de pelo menos uma foto e um texto que apresenta as características que as tornam representativas de uma nova era de inven-tividades. “Os projetos escolhidos para este livro são uma coletânea nada cientí-fica e puramente subjetiva dos trabalhos mais interessantes e relevantes feitos hoje no campo da arquitetura”, explica Kushner.

Há desde estruturas móveis que viajam pela parte mais meridional da Antártica até um imenso banco de sementes localizado entre a Noruega e o Polo Norte, mostrando quanto a arquitetura funciona como fer-ramenta que ajuda a solucionar questões sociais e ambientais do mundo.

Em 11 capítulos, o livro apresenta construções finalizadas e outras que são apenas conceituais, e que procuram responder perguntas como: e se as vacas construíssem nossas casas? Dá para viver na Lua?

O livro é o registro da crença do autor de que os lugares não são apenas o pano de fundo da vida das pessoas, mas também moldam a maneira como elas interagem com ambiente em que estão, afetando o seu humor e a maneira como se sentem.

Marc Kushner é arquiteto e divide seu tempo entre projetar edificações na HWKN, empresa de arquitetura da qual é cofundador, e inventariar a arquitetura mundial no Architizer.com, site que ad-ministra. Tanto a empresa quanto o site buscam restabelecer o contato entre o público e a arquitetura.

Coleção Este livro, lançamento da Editora

Alaúde, é o quarto volume da coleção TED Books, que reúne algumas das principais palestras do TED. As obras partem de onde as apresentações terminam e discorrem sobre temas variados como design, me-ditação, micróbios e exploração espacial. Os 12 títulos da coleção seguem o mesmo

espírito leve e acessível das palestras e são indicados para quem tem mente curiosa e vontade de aprender.

Conhecido mundialmente pelo slogan “Ideias que merecem ser disseminadas”, o

A ARQUITETURA PODE AJUDAR A COMBATER O CÂNCER?

Um centro de aconselhamento para pacientes com câncer e seus familiares cria uma microcomunidade para visitantes, cuidadores e conselheiros. Com uma sucessão de telhados que parecem serrilhados, o que distingue esse centro de outras construções hospitalares próximas, ele é composto de sete casas que rodeiam dois pátios gramados. Os pacientes e seus familiares podem aprender, comer, exercitar-se e descansar perto da principal ala oncológica, fomentando a colaboração entre a equipe do hospital e a Sociedade Dinamarquesa de Câncer. O centro funciona como uma pequena comunidade no bairro e realça o papel vital que o contato humano desempenha no processo de tratamento.

Livsrum. Næstved, Dinamarca. – Effekt

TED reúne anualmente líderes de grandes organizações, presidentes de importantes fundações, estrelas da música e do cinema. Nas palestras, ideias são apresentadas com o objetivo de ajudar a mudar o mundo.

SEUS FILHOS OS VISITARIAM AQUI?Este lar de idosos é um hibrido de hotel com hospital pensado para o futuro. Na fachada, todos os apartamentos – cúbicos e brancos – têm uma sacada que protege as janelas abaixo do sol. A privacidade é compensada pelo grande espaço público no qual está inserido o prédio. Essa área funciona como um caminho sinuoso, que contorna o pátio onde os pacientes se reúnem.

Residências assistidas. Alcácer do Sal, Portugal – Aires Mateus

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Etanol

Pesquisadores europeus e brasileiros

Comunidade Europeia e Brasil mantêm parcerias em projetos de inovação em várias áreas do conhecimento

de olho no combustível

A Comissão Europeia e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São

Paulo (FAPESP), juntamente com o Conse-lho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançaram um chamado com o objetivo de apoiar pesquisas colaborativas interna-cionais em biocombustíveis de segunda geração.

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Etanol

As propostas devem reunir pesquisado-res de três estados brasileiros, sendo um de São Paulo e os outros dois estabelecidos em estados cujas respectivas Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) participem da chamada.

Além disso, é preciso ter uma empresa associada à proposta e comprometida a financiar, pelo menos, 50% dos custos do projeto de pesquisa do lado brasileiro.

A Comunidade Europeia e o Brasil po-dem fazer muito mais em termos de coope-ração científica e tecnológica baseada em ciência e inovação aberta. A avaliação é de Carlos Moedas, comissário de pesquisa, ci-ência e inovação da Comunidade Europeia, feita recentemente em um encontro no Brasil indicou parcerias estratégicas entre o Brasil e a União Europeia em ciência e inovação aberta, especialmente em relação ao etanol de segunda geração.

“Temos mais de 150 pesquisadores bolsistas brasileiros apoiados por progra-mas de apoio à pesquisa europeus, mas podemos fazer muito mais”, afirmou. Uma das parcerias entre o Brasil e a União Europeia em ciência e inovação abertas é no Itaka (sigla de Initiative Towards sustai-nable Kerosene for Aviation), um projeto colaborativo, implementado pela Iniciativa Industrial Europeia em Bioenergia (EIBI, na sigla em inglês) com o objetivo de viabilizar a adoção de biocombustíveis na aviação na Europa. No Brasil, o projeto tem a partici-pação da Embraer.

“Esse projeto é mais um passo na já longa experiência brasileira de produzir biocombustíveis, principalmente a partir da cana-de-açúcar”, avaliou Moedas.

Os pesquisadores desenvolvem tam-bém projetos em outras áreas, como o Viajeo –plataforma aberta que permite o compartilhamento e troca de informações sobre trânsito nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Atenas, na Grécia, e Pequim e Xangai, na China, com o objetivo de or-

ganizar o transporte coletivo e individual nessas cidades. Em São Paulo, o projeto tem a participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Universidade de São Paulo (USP).

“Podemos e devemos continuar essa experiência positiva e aumentar nossa colaboração em áreas nas quais nossa com-plementaridade é mais forte. E uma das formas de se fazer isso é continuar nossa cooperação por meio de programas como o Horizonte 2020”, disse. Gerido pela Admi-nistração Geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia, sob responsabilidade de Moedas, o Horizonte 2020 (H2020) é o maior programa de pesquisa cooperativa e inovação do mundo.

Até 2020, deverão ser investidos mais de € 80 bilhões em projetos de pesquisa cientí-fica e tecnológica desenvolvidos em parceria

com pesquisadores de todos os países.“Um terço dos recursos do Horizonte

2020 será voltado para apoiar ciência fun-damental por meio do Centro Europeu de Investigação. Outro terço será para apoiar pesquisa em pequenas e médias empresas e o restante destinado para apoiar projetos relacionados a grandes desafios da socie-dade”, explicou Moedas.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) estabele-ceu acordo de cooperação com a União Europeia para o H2020 por meio do qual pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa do Estado de São Paulo podem usar modalidades de apoio oferecidas pela Fundação para financiar sua participação em propostas associadas ao programa, mas seguindo os prazos do H2020.

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nono

CONHECIMENTO, PATRIMÔNIO DA HUMANIDADEPara Carlos Moedas, comissário de pesquisa, ciência e inovação da Comunidade Europeia, a ciência não tem pátria, porque o conhecimento é patrimônio comum da humanidade, frase dita por Louis Pasteur (1822-1895). Para ele, a humanidade tem a responsabilidade conjunta de definir como será o conhecimento no futuro, que ponto quer que atinja e para quais fins será usado. Essas trajetórias passam pela abertura de dados e o compartilhamento do conhecimento.Um dos grandes exemplos de benefícios trazidos pela abertura de dados, de acordo com ele, foi o do Projeto Genoma Humano, capitaneado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.Com investimento de US$ 3,5 bilhões, estima-se que o projeto deu origem a um novo mercado avaliado em mais de US$ 800 bilhões e na criação de mais de 300 mil empregos ao disponibilizar os dados. Alguns dos exemplos de empresas derivadas desse novo mundo digital apontadas por ele são a Spotify – startup sueca do mercado de música – e a brasileira Easy Taxi, que há quatro anos criou o primeiro aplicativo de serviço de táxi do mundo e hoje está presente em mais de 420 cidades em 30 países.

Carlos Moedas

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BIOENERGIASegundo o físico José Goldemberg, pre-

sidente da FAPESP, se o Brasil produzir 50 bilhões de litros de etanol, diminuirá em 10% os níveis atuais de emissão de CO2. Para ele, a bioenergia será fundamental para o Brasil cumprir as metas às quais se propõe em fóruns internacionais sobre o clima.

“Brasil definiu que, até 2025, reduzirá as emissões até os níveis de 1992”, diz Gol-demberg. Em 1990, o Brasil emitia pouco mais de 500 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2 eq), quando somadas as emissões da indústria, do setor de energia, da agricultura e de resíduos. Em 2013, esse indicador subiu para cerca de um milhão de toneladas de CO2 eq.

Apesar de o senso comum considerar que as emissões brasileiras estão se amplian-do por causa da crise energética, que tem obrigado o país a acionar as termelétricas, Goldemberg afirma que o maior problema está na emissão nos setores de transporte e de agricultura. “Mas a possibilidade de reduzir as emissões está ao nosso alcance”, afirma, destacando o papel do etanol.

Ao usar um litro de etanol, deixa-se de emitir dois quilos de CO2 quando compa-rado a gasolina. Atualmente o Brasil produz 25 bilhões de litros de etanol. Mas, se equacionados os problemas do setor sucroalcooleiro, é possível produzir o dobro, segundo José Goldemberg, presidente da FAPESP. Ou seja, se o Brasil produzir 50 bilhões de litros, deixará de emitir 10% do que emite hoje.

Fonte: Agência Fapesp

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CREA-SP e DERSA criam

Parceria inédita confere confiabilidade ao processo e segurança à sociedade

sistema on-line de emissão de ACT

O Atestado Seguro, sistema on-line desenvolvido pela empresa Desen-

volvimento Rodoviário S/A (DERSA) para a produção eletrônica de Atestados de Capa-cidade Técnica (ACT), promete desburocra-tizar a comprovação de capacidade técnica de empresas e profissionais de engenharia.

O ACT é o documento que comprova a realização de serviços específicos no campo da engenharia, que pode ser solicitado após a conclusão de um ou vários serviços técnicos, e descreve com clareza as atividades desen-volvidas pelo prestador ao longo do contrato.

Nas licitações de obras e serviços de engenharia, órgãos públicos exigem que os competidores comprovem a experiência téc-nica por meio da apresentação de ACTs. Para ser considerado válido, cada atestado precisa estar previamente acervado nos Conselhos Regionais que regulamentam e fiscalizam o exercício das atividades de engenharia.

O documento é integralmente eletrônico. “Nos dias de hoje, quanto menos burocracia o Estado impuser, melhor para a sociedade. Quanto mais agilidade, menos ônus, menos custos, mais retorno a sociedade pode ter e mais benefícios as pessoas podem desfrutar”,

afirma o Secretário do Estado de Logística e Transportes, Duarte Nogueira Júnior.

Ao longo de todo o processo de obten-ção do atestado, é possível verificar cada etapa, até a sua acervação junto ao CREA-SP, que confere legitimidade e autenticidade ao documento. O desenvolvimento do sistema é resultado de parceria do governo de São Paulo com o Conselho. Todos os anos, mais de 20 mil documentos como estes circulam em todos os órgãos oficiais.

“Vamos começar agora com a DERSA e o CREA-SP, depois passar para os outros Conselhos, para as outras unidades des-centralizadas e colocar isso à disposição de todo o nosso setor público. Damos o passo inicial de uma maneira bastante significativa e obviamente com resultados muito positivos para todos nós, afinal o CREA-SP tem 370 mil profissionais, 60 mil empresas e todas as universidades na área tecnológica”, afirma Nogueira.

Com o Atestado Seguro, a DERSA substi-tuirá os ACTs em papel por arquivos eletrôni-cos no formato PDF, digitalmente assinados e com conteúdo aberto. Este formato elimina a necessidade de reconhecimentos de firma

e cópias autenticadas, além de ser imune a falsificações. A solução inédita eliminará deslocamentos e a circulação física de do-cumentos. As solicitações serão feitas dire-tamente pelos interessados no Via Digital, plataforma de serviços eletrônicos da DERSA (www.viadigital.sp.gov.br). O sistema emitirá o boleto para pagamento da taxa de serviço e providenciará os outros serviços - upload e checagem das Anotações de Responsabi-lidade Técnica (ARTs) no banco de dados do CREA-SP, por exemplo.

Quando o processo estiver finalizado, o requisitante será avisado por e-mail sobre a disponibilidade do documento. O atalho remeterá ao sistema CREANet, facilitando a etapa de acervação do ACT no CREA-SP.

A parceria entre o Governo do Estado e o CREA-SP permitiu a integração dos siste-mas e bancos de dados e levou ao aprimo-ramento do formato e conteúdo dos ACTs.

“Vamos facilitar muito a vida das pes-soas, dar conforto aos profissionais, às empresas e segurança à sociedade, o que é fundamental”, comenta Francisco Kurimori, presidente do CREA-SP.

Fonte: CREA-SP

Duarte Nogueira Francisco Kurimori

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análiseCurtas

Comemorado no dia 10 de abril, o Dia da Engenharia completará 150 anos de surgimento em 2016. A data foi criada em homenagem ao tenente-coronel João Carlos de Villagran Cabrita, que morreu no dia 10 de abril de 1866, em uma ex-plosão durante combate na Guerra do Paraguai. O tenente era comandante do 1° Batalhão de Engenharia na Guerra da Tríplice Aliança, confronto no qual Brasil, Argentina e Uruguai se juntaram para lu-tar contra o Paraguai, entre 1864 e 1870.

Fonte: Calendarr Brasil

Dia da Engenharia

O aplicativo JWood, programa educacio-nal para cálculo de estruturas de madeira desenvolvido na Universidade de Passo Fundo (UFP), promete ser eficaz para au-xiliar no cálculo conforme a norma técnica vigente. A ferramenta foi desenvolvida pelo engenheiro Juliano Lima da Silva e pelo professor da Faculdade de Engenha-ria e Arquitetura (Fear), Zacarias Martin Chamberlain Pravia. Segundo os autores, o diferencial do JWood está no fato de que ele atualiza conceitos de engenharia no espaço computacional. O foco do programa parte da revisão da norma técnica, a NBR 7190, referente a Projetos de Estruturas de Madeira, na qual são apresentadas tabelas, fórmulas e métodos de cálculos estruturais

Cálculo de estruturas

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa) disponibiliza gratuita-mente seis programas que auxiliam diversas atividades no campo como, por exemplo, a análise de pragas em determinados tipos de cultura ou das raízes e fibras dos vegetais e, até mesmo, o monitoramento em tem-po real de animais e insetos nas lavouras. Acesse o atalho http://migre.me/s66Cm e faça o download dos programas: Antro Livre, AFSoft, SisCob, Safira, Sacam e GeoFielder.

Precisão no campo

2015 marcou o centenário de nascimento do arquiteto João Batista Vilanova Artigas. Nascido no Paraná, Artigas consagrou sua carreira na capital paulista. Para comemorar a data foi lançado o portal www.vilanovaar-tigas.com e o documentário Vilanova Arti-gas – O arquiteto e a luz, que apresenta sua trajetória. O endereço eletrônico também traz uma linha do tempo que traça um pa-ralelo entre a vida de Artigas e os principais eventos históricos que estavam acontecendo na época.

Vilanova Artigas

extensos e complexos. O software é desti-nado a estudantes que buscam conheci-mentos na área de estruturas, professores que desejam utilizar a ferramenta para acompanhar suas aulas e profissionais do ramo de projetos e construção. O programa pode ser baixado gratuitamente no ende-reço www.etools.upf.br.

Cristi

ano

Mas

caro

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ConvêniosAssociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sertãozinho

Faculdade Anhanguera de Ribeirão PretoCurso de pós-graduação presencial em Engenharia de Segurança do TrabalhoDesconto especial para associados AEAAS:Matrícula: R$ 149Mensalidades: R$ 324,90 (17 parcelas)

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Engenharia

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