oferta de alimento à fauna silvestre

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 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL  CEDUP WILLIAM DE ALMEIDA OFERTA DE ALIMENTO À FAUNA SILVESTRE EM PERÍODO DE INVERNO NO PARQUE MUNICIPAL ‘’SÃO LUÍS DE TOLOSA’’, RIO NEGRO/PR. MAFRA  SC 2012

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  • 5/25/2018 Oferta de Alimento Fauna Silvestre

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    CENTRO DE EDUCAO PROFISSIONALCEDUP

    WILLIAM DE ALMEIDA

    OFERTA DE ALIMENTO FAUNA SILVESTRE EM PERODO DE INVERNO NOPARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO/PR.

    MAFRASC

    2012

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    WILLIAM DE ALMEIDA

    OFERTA DE ALIMENTO FAUNA SILVESTRE EM PERODO DE INVERNO NOPARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO/PR.

    Trabalho de concluso de curso - TCCapresentado para a obteno do ttulo detcnico no Curso Tcnico em Meio Ambientedo Centro de Educao Profissional CEDUP,MafraSC.

    ORIENTADOR (A): Lenita Kozak

    MAFRASC

    2012

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    WILLIAM DE ALMEIDA

    OFERTA DE ALIMENTO FAUNA SILVESTRE EM PERODO DE INVERNO NOPARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO/PR.

    Trabalho de Concluso de Curso- TCC aprovado como requisito parcial para

    obteno do ttulo de tcnico no Curso Tcnico em Meio Ambiente no Centro

    de Educao Profissional - CEDUP, pela comisso formada pelosprofessores:

    ____________________________________________________

    Letcia Hitner Amrico

    ________________________________________________________

    Rafael Jordo

    ________________________________________________________

    Lenita Kozak

    ii

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    AGRADECIMENTO

    A todos os seres que em mim conspiram.

    Agradeo tambm as pessoas que participaram significativamente para a

    realizao deste trabalho.

    A todos os professores e coordenao que cederam de seus conhecimentos,

    aos colegas que se mostraram favorveis s idias, principalmente a Ghinara,

    Daniel, Juceli, Vanessa, Gisele e Ademar, praticamente o grupo definido para os

    trabalhos e projetos que puderam auxiliar nosso conhecimento durante o ano.

    A Fabiana Melo pelo incentivo e pelas correes que ajudaram a deixar este

    trabalho ainda melhor.

    Aos meus familiares que apiam minha escolha, meu rumo, meu futuro.

    A biloga Fabiana Silveira pelo apoio de trabalho e enriquecimento de meuestudo com seu conhecimento e pelos artigos a mim cedidos.

    Agradeo a biloga Lenita Kozak pela inspirao ao meio em que estou

    inserido, a fora de vontade de atuar na busca de um ambiente mais favorvel ao

    prprio meio que me faz ter a vontade de seguir nesse caminho.

    Agradeo, enfim aos animais que com sua simplicidade silvestre, ajudaram

    em meu trabalho. As plantas do inverno que mostraram sua beleza e sua

    importncia em cada fator. A toda a floresta que renasce, que permanece,

    ensinando a mim, ser - humano, que sou parte constante desta grande teia da vida.

    Muito Obrigado.

    iii

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    Eu encontro minha fora

    Acreditando que sua alma

    se mantm viva

    At o fim dos tempos

    Eu levarei isso comigo

    (Within Temptation)

    iv

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    RESUMO

    A oferta de alimento em perodo de inverno um estudo de fator interessante porenvolver conceitos em ecologia. A Floresta Ombrfila Mista possui naturalmente oaspecto de climas frios, lembrando que no inverno acredita-se que h escassezalimentar. Acercando-se desta afirmativa foi formulado o presente trabalho queavaliou os recursos oferecidos dentro de dois fragmentos de Floresta OmbrfilaMista fauna local. O Parque Municipal So Lus de Tolosa possui uma rea de 54hectares e est localizado na zona urbana do municpio de Rio Negro, Paran(26o2550S; 49o4730W). Entre junho e setembro de 2012 foi realizadolevantamento de espcies vegetais que apresentavam frutificao e a anlise do

    recurso do pinho, semente de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze.(Araucariaceae) verificando qual seria a oferta de alimento em duas reas deamostras: rea 01 (Campo Santo) uma capoeira e rea 02 (Trilha do Bugio) umcapoeiro. As plantas foram coletadas, herborizadas e identificadas atravs doSistema de Classificao Angiosperm Phylogeny Group II (APG II). Foramlevantadas 22 espcies vegetais que apresentaram frutificao, pertencentes a 9famlias (Arecaceae, Fabaceae, Melastomataceae, Piperaceae, Rhamnaceae,Rubiaceae, Rosaceae, Solanaceae, Verbenaceae). As famlias mais representativasforam Rubiaceae, com 4 espcies, seguida de Solanaceae e Melastomataceae, com3 espcies. Dentre estas, 19 foram identificadas, no mnimo a nvel de famlia eapenas 3 no se conseguiu classificao. Foram obtidos dados com capturas depequenos mamferos ocorrente nas reas de estudo e estabelecido relaes deconsumo das espcies levantadas pelos ocorrentes animais apresentados empesquisas realizadas no mesmo local. O estudo conclui um importantereconhecimento para o nvel de conservao do Parque e tambm dos processos dedisperso que visam ocorrer nas reas amostrais. O trabalho reconheceu um totalde 23 espcies como oferta de alimento em perodo de inverno, de frutos aoconsumo do pinho.

    Palavras chave: Floresta Ombrfila Mista, frugivoria,Araucaria angustifolia, pinho.

    v

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    Lista de Figuras

    Figura 1 REA 01 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO

    NEGRO, PR...............................................................................................................26

    Figura 2 REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO

    NEGRO, PR...............................................................................................................27

    Figura 3 PLANTAS ARMAZENADAS PARA EXSICATA NO LABORATRIO DO

    CENTRO AMBIENTAL CASA BRANCA.................................................................28

    Figura 4 MATERIAL OBTIDO DE TRIAGEM DE FEZES DE Alouatta clamitans

    (ATELIDAE) NA REA 01 DO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA........29

    Figura 5PINHO COLETADO EM REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS

    DE TOLOSA ENTRE JUNHO A SETEMBRO DE 2012.............................................30

    Figura 6ARMADILHA DE PEGADA EM REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SOLUS DE TOLOSA......................................................................................................31

    Figura 7ARMADILHA DE CAPTURA DE PEQUENOS MAMFEROS EM REA 02

    NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO, PR.....................33

    Figura 8 FRUTOS DE Rudgea jasminoidesEM REA 02 (TRILHA DO BUGIO)

    NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO,

    PR...........................35

    Figura 9PEGADAS DE Dasyprocta azaraeNO PARQUE MUNICIPAL SO LUS

    DE TOLOSA, RIO NEGRO, PR, ENTRE JUNHO E SETEMBRO DE 2012..............37

    Figura 10PEGADA DE Procyon cancrivorusNO PARQUE MUNICIPAL SO LUS

    DE TOLOSA, RIO NEGRO, PR, ENTRE JUNHO E SETEMBRO DE 2012..............37

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    Lista de Tabelas

    Tabela 1Espcies encontradas em frutificao nas duas reas de estudo (Campo

    Santo e Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio Negro, PR,

    entre Junho e Setembro de 2012...............................................................................34

    Tabela 2Nmero de capturas por gneros capturados nas reas 01 e 02 (Campo

    Santo e Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio Negro, PR,

    entre julho e setembro de 2012 por SILVEIRA, 2012................................................36

    Tabela 3Espcies vegetais levantadas como oferta de alimento no perodo de

    inverno na rea 01 (Campo Santo) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio

    Negro, PR...................................................................................................................36

    Tabela 4 - Espcies vegetais levantadas como oferta de alimento no perodo de

    inverno na rea 02 (Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, rio

    Negro, PR...................................................................................................................38

    Tabela 5Espcies de animais levantadas que utilizaram dos recursos alimentares,

    recurso utilizado e fonte do dado no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio

    Negro, PR, entre junho e setembro de 2012..............................................................39

    Tabela 6Espcies vegetais levantadas como oportunidade alimentar nas reas 01

    (Campo Santo) e 02 (Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio

    Negro, PR, entre junho e setembro de 2012..............................................................40

    Tabela 7Espcies consumidas por Alouatta clamitans (Atelidae) em trabalho de

    SILVEIRA (2004)........................................................................................................43

    Tabela 8 Relao dos vegetais levantados com seus consumidores no Parque

    Municipal So Lus de Tolosa....................................................................................44

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    LISTA DE SIGLAS

    FOMFloresta Ombrfila Mista;

    UCUnidade de Conservao;

    PMSLTParque Municipal So Lus de Tolosa;

    FOMFloresta Ombrfila Mista;

    DDDados Deficientes;

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................................... 121.1 APRESENTAO DO TEMA .............................................................................. 12

    1.2 PROBLEMA ........................................................................................................ 13

    1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13

    1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14

    1.4.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 14

    1.4.2 Objetivos Especficos ....................................................................................... 14

    2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 15

    2.1 FUNDAMENTAO TERICA ........................................................................... 15

    2.1.1 Ecologia............................................................................................................ 15

    2.1.1.1 Mutualismo .................................................................................................... 16

    2.1.2 Floresta Ombrfila Mista .................................................................................. 16

    2.1.3 Parque Municipal So Lus de Tolosa........................................................... 19

    2.1.4 Inverno ............................................................................................................. 20

    2.1.5 Frugivoria ......................................................................................................... 21

    2.2 METODOLOGIA .................................................................................................. 23

    2.2.1 Metodologia da Pesquisa ................................................................................. 23

    2.2.1.1 Pesquisa Bibliogrfica ................................................................................... 23

    2.2.1.2 Pesquisa Descritiva ....................................................................................... 23

    2.2.1.3 Pesquisa de Campo ...................................................................................... 24

    2.2.2 Local da Pesquisa ............................................................................................ 24

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    2.3 MATERIAL E MTODOS .................................................................................... 25

    2.3.1 Caracterizao das reas de Estudo ............................................................... 25

    2.3.2 Dados da Pesquisa .......................................................................................... 27

    2.3.3 Trabalho com Pequenos Mamferos ................................................................ 31

    2.4 RESULTADOS .................................................................................................... 34

    2.5 DISCUSSO ....................................................................................................... 41

    2.6 CONCLUSES ................................................................................................... 46

    ANEXOS ................................................................................................................... 48

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................... 57

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    1 INTRODUO

    1.1 APRESENTAO DO TEMA

    A Floresta Ombrfila Mista (FOM) chamada popularmente de Floresta com

    Araucria ou Mata de Pinhais, por ter como principal componente a espcie

    Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae), que devido seu porte de

    madeira nobre foi intensamente explorada pela especulao madeireira, assimentrando na lista de espcies ameaadas de extino. A formao fitogeogrfica

    FOM tambm se destaca pelo seu nmero de endemismos.

    Frugivoria uma relao ecolgica onde os animais utilizam frutos como itens

    de sua dieta alimentar (MESSIAS & ALVES, 2009).

    Os animais utilizando de frutos como base alimentar estabelecem um sistema

    mutualstico em que tanto a espcie animal, quanto a vegetal so beneficiados.

    Assim como FERRI (1985, apud MESSIAS & ALVES, 2009): o animal supre asnecessidades energticas metabolizando apenas a polpa, enquanto a semente,

    munida de um envoltrio muito resistente, atravessa o aparelho digestrio do animal,

    porm mantendo a capacidade de germinao.

    Concomitante a este processo, interessante avaliar quais espcies frutificam

    no inverno e a procura desses recursos pela fauna, exibindo assim, a relao de

    conservao vegetal e preservao da fauna.

    A relao ecolgica em estudo principalmente a frugivoria, salvo o consumo

    do pinhosemente daAraucaria angustifolia.

    No perodo de inverno acredita-se que h escassez de alimentos para a fauna

    silvestre, acercando-se desta afirmativa foi formulado o presente trabalho que

    avaliou os recursos oferecidos dentro de dois fragmentos de Floresta Ombrfila

    Mista fauna local.

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    1.2 PROBLEMA

    Quais so as espcies que esto em frutificao no perodo de inverno em

    dois fragmentos de Floresta Ombrfila Mista em estgios de sucesso ecolgica

    mdio e avanado no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio Negro/PR?

    1.3 JUSTIFICATIVA

    Este projeto tcnico teve por finalidade verificar as espcies que estiveram em

    frutificao no perodo de inverno em duas reas do Parque Municipal So Lus de

    Tolosa. Estas reas foram definidas a partir do estudo de SILVEIRA, 2012 (em

    preparao) com pequenos mamferos (roedores e marsupiais), realizado nos meses

    de Junho a Setembro.

    O Parque Municipal So Lus de Tolosa, sendo uma Unidade de

    Conservao (UC), favorece estabelecer ligaes entre espcies que ali ocorrem e

    as relaes ecolgicas que acontecem em diversas pocas do ano.

    Conhecer a oportunidade alimentar da fauna no perodo de inverno pode

    identificar a facilidade ou dificuldade desses animais sobreviverem nessa estao e

    contribuir para o conhecimento do nvel de conservao da UC.

    A frugivoria essencial no processo de disperso de sementes e juntamente

    com o consumo da semente de Araucaria angustifolia(Araucariaceae) poder obter

    informaes de como esta relao se comporta no perodo de inverno.

    O presente trabalho tambm tende a avaliar uma das possveis funes de

    um profissional tcnico em meio ambiente dentro de reas protegidas. O controle da

    fauna, estudo do ecossistema em que est inserido e conhecer a biota presente

    para manter a conservao da rea e realizar um processo de gesto

    significantemente bem elaborado.

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    1.4 OBJETIVOS

    1.4.1 Objetivo Geral

    CONHECER a oferta de alimento fauna silvestre em perodo de inverno atravs

    das espcies em frutificao e o consumo da semente de Araucaria angustifolia

    (Bertol.) Kuntze. (Araucariaceae) para estabelecer as relaes ecolgicas flora-fauna

    e aprimorar os estudos sobre conservao do Parque Municipal So Lus de

    Tolosa.

    1.4.2 Objetivos Especficos

    Estabelecer a sucesso ecolgica das reas de estudo;

    Levantar as espcies de flora que esto em frutificao em cada rea de estudo;

    Obter informaes da fauna presente, atravs da identificao de vestgios como

    fezes, sementes rodas e/ou estraalhadas, frutos, etc;

    Herborizar os exemplares coletados;

    Armazenar as exsicatas no Herbrio do Centro Ambiental Casa Branca.

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    2 DESENVOLVIMENTO

    2.1 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1.1 Ecologia

    O termo ecoderiva do grego oikosque significa lugar onde se vive (casa) e

    logia provm de logosque significa cincia, estudo. Portanto:

    ECOLOGIA

    Eco(oikos) casa + logosestudo = estudo da casa

    Entende-se por ecologia, ento, o estudo da casa, o estudo do ambiente onde

    os seres esto inseridos. Ou ainda como menciona Odum, 1972: [...] cincia que

    estuda a estrutura e funcionamento da Natureza, considerando que a humanidade uma parte dela.

    Segundo Callenbach, 2001:

    As idias ecolgicas procuram explicar o fluxo da vida dos sistemasecolgicos da Terra que esto em transformao incessante e sointerligados e incrivelmente intricados (...). A humanidade desse fluxo particularmente impressionante quando inclumos nele o papel das formasde vida microbianas que sustentam as plantas e os animais visveis, quedespertam mais nosso interesse.

    A ecologia procura conhecer e entender as relaes dos indivduos dentro de

    seu habitat e seu nicho, seu discernimento permite aprimorar as idias de

    conservao dos meios ambientes inseridos, entendendo que este estudo visualiza

    mais que uma simples didtica de determinado conjunto de espcies, mas sim suas

    relaes com sua natureza e outras funes estabelecidas.

    Dentro da ecologia h o estudo das relaes ecolgicas, onde ocorrem

    interaes de mesmas ou diferentes espcies, sendo elas harmnicas, onde todos

    os seres se beneficiam ou no sofrem prejuzos, e as desarmnicas, onde os seres,

    ou pelo menos um deles sofre consequncia danosa.

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    O projeto do estudo tcnico absorve a relao ecolgica harmnica

    interespecfica de mutualismo.

    2.1.1.1 Mutualismo

    Esse tipo de interao conhecido tambm como simbiose (sim, juntos;

    biose, vida, viver) (Amabis & Martho, 1990).

    O mutualismo a relao ecolgica onde um ser indispensvel para a

    permanncia do outro, visando que a disperso de sementes das espcies vegetais

    pela fauna (zoocoria) grande responsvel pela permanncia da flora que supre

    grande quantidade alimentar a algumas espcies de fauna.

    De acordo com Pijl (1982 apud RIBEIRO, et al., 2007), O processo de

    disperso de sementes pelos animais (zoocoria) um exemplo clssico de

    mutualismo entre fauna e flora.

    Contemplando desse conhecimento entendemos que os animais frugvoros

    obtm nutrientes a partir da ingesto de frutos e as plantas tm aumento na sua taxa

    reprodutiva (Janzen, 1970).

    2.1.2 Floresta Ombrfila Mista

    Dentro do bioma Mata Atlntica existe a formao fitogeogrfica Floresta

    Ombrfila Mista (FOM), tambm chamada de Floresta com Araucria ou Mata de

    Pinhais.

    uma formao muito primitiva, mas fortemente devastada. A denominao

    Floresta Ombrfila Mista se deve mistura de floras de diferentes origens, a tropical

    afro-brasileira e o temperado austro-brasileira (IBGE, 1992).

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    Assim, menciona KOZAK (2004, p. 27):

    Este bioma tem sido considervel um dos mais notveis em termos de valorecolgico por abrigar espcies tpicas e atributos biolgicos nicos em todo

    o planeta. Devido exuberncia de seus recursos madeireiros e nomadeireiros, a Floresta com Araucria tambm representou no passadogrande importncia scio-econmica para todo o sul do Brasil, sendoresponsvel direta pelo progresso e pela riqueza dessa regio nos dias dehoje.

    Contudo, devido o processo de enriquecimento, a Floresta Ombrfila Mista

    sofreu rapidamente sua devastao durante o perodo ocupacional do Paran,

    perdendo grande parte de sua valorao ambiental e econmica, grande parte pela

    explorao madeireira, cultivo do caf e recentemente a soja.

    De acordo com FUPEF-CNPq (2000 apudKOZAK 2004), p.27:[...] ainda existem extensas reas revestidas por cobertura de porte florestalno Bioma da Floresta Ombrfila Mista. Essas reas, em diferentes graus deantropismo, compe atualmente um mosaico de formaes em distintasfases sucessionais e com grandes variaes florsticas e estruturais. Essacaracterstica diferencia o bioma de outros, onde o processo de sucessoflorestal secundria se processou de forma demarcada.

    A FOM a formao dentro da Mata Atlntica mais ameaada, com apenas

    3% de vegetao remanescente. Hoje no estado do Paran, restam menos de 1%

    de mata com araucria em bom estado de conservao (SPVS, 2007 apudMAYER, 2011).

    Apesar de sua forte depredao, a FOM predomina em trs estados

    brasileiros: Paran (40%), Santa Catarina (32%) e Rio Grande do Sul (25%), ainda

    tem parte nos estados de So Paulo (3%), Rio de Janeiro e Minas Gerais (1%)

    (IBGE, 1992).

    Contudo esta floresta apresenta disjunes florsticas em refgios situados

    nas serras do Mar e Mantiqueira, muito embora no passado tenha se expandido bemmais ao norte porque a famlia Araucariaceae apresentava disperso

    paleogeogrfica que sugere ocupao bem diferente da atual (VELOSO et al.1991).

    A denominao FOM se deve mistura de floras de diferentes origens, a

    tropical afro-brasileira e o temperado austro-brasileira (IBGE, 1992).

    Para alguns autores (SONEGO, BACKES & SOUZA, 2007), FOM recebe o

    Sistema de Classificao Fitogeogrfica que embasa a altitude da formao florestal,

    reconhecendo esta formao com trs subformaes: Floresta Ombrfila Mista

    Submontana, Montana e Alto-montana.

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    A formao Ombrfila Mista ocorrente no municpio de Rio Negro PR

    corresponde Floresta Ombrfila Mista Montana.

    Esta formao Montana ocupava quase inteiramente o planalto acima dos

    500 m de altitude [...]. Porm na dcada de 50, em grandes extenses de terrenos

    situados entre as cidades de Lages (SC) e Rio Negro (PR), podia se observar a

    Araucaria angustifoliaocupando e emergindo da submata [...] (VELOSO et al. 1991).

    No municpio de Rio Negro, Paran, a FOM apresenta em geral trs estratos,

    tendo o superior representado por Araucaria angustifolia, Ocotea porosa, Syagrus

    romanzoffiana, Ocotea pretiosa, Cedrela fissilis, entre outras espcies; o estrato

    mdio representado por espcies como Mimosa scabrella, Piptocharpa

    angustifolia, Vernonia discolor, arbustos como Psychotria suterella, Piper aduncume

    Peperomea spp.; o inferior constitudo por gramneas, Asteraceae como Solidago

    chilensis, Bacharis trimera, samambaias e plantas herbceas (MAYER, 2011).

    Hoje em dia a floresta secundria ocupa a maior parte da rea da vegetao

    florestal. Ela substitui a vegetao primria e constituda predominante por

    macios de Mimosa scabrellacom aspecto de pereniflia (MAYER, 2011).

    Estudos relacionados botnica foram realizados no municpio e h destaque

    para espcies tpicas, endmicas e em extino no interior do mesmo.A mastofauna inventariada na regio de Rio Negro demonstra qualidade na

    conservao vegetal do municpio. Espcies como lontra Lontra longicaudis e

    gamb-de-orelha-preta Didelphis aurita, consideradas espcies muito exigentes, tm

    observao de existncia no municpio. Outras espcies de mastofauna que tm

    incidncia na regio podem ser representadas por: graxaim Cerdocyon thous

    (Linnaeus) (Canidae); bugio Alouatta clamitans(Cabrera, 1940) (Cebidae); serelepe

    Guerlinguetus ingrami (Thomas, 1901) (Sciuridae) e jaguatirica Leopardus pardalis(Linnaeus, 1758) (Felidae).

    A avifauna da regio tm o inventariado de 180 espcies catalogadas que

    compe desde gavies passeiriformes. Aves como jacu Penelope obscura que

    necessitam de reas grandes com bastante oferta de alimento, so fortemente

    presentes na regio, principalmente dentro dos limites do Parque Municipal So Lus

    de Tolosa. Tambm encontrada dentro do PMSLT a coruja mocho-diabo Asio

    stygiusque tem seu status como Dados Deficientes (DD) de acordo com o Livro daFauna Ameaada do Estado do Paran (2004).

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    2.1.3 Parque Municipal So Lus de Tolosa

    O Parque Municipal So Lus de Tolosa (PMSLT) possui uma rea de 54

    hectares e de acordo com o Plano de Manejo, 2004, trata-se de uma Unidade de

    Conservao (UC) de Proteo Integral, manejada como Parque Natural Municipal.

    Est localizada no municpio de Rio Negro no estado do Paran (2625'50 S; 49

    47'30 W).

    Embora localizada em uma regio atualmente includa na zona urbana do

    municpio, parte do seu entorno localiza-se na zona rural, em estado relativamente

    bem conservado, na poro que segue em direo estrada da Lapa (KOZAK et al.,

    2004).

    O PMSLT abriga um fragmento de Floresta Ombrfila Mista. situado no

    segundo planalto paranaense. Encontram-se na rea uma Floresta Secundria em

    estgios de regenerao mdio (43,5%), avanado (28%) e inicial (11%), tambm

    10% de bosques artificiais e 7,5% de reas com reflorestamento de Pinus spp.

    (KOZAK, 2004).

    Em 1923 funcionava no local o Collegio Seraphico, rea de estudo para os

    cento e dezoito seminaristas franciscanos provenientes da Alemanha que na poca

    estavam instalados em Blumenau/SC. Portanto, no perodo de 1923 a 1970, o

    territrio do atual PMSLT foi utilizado para plantao de espcies exticas, no intuito

    de formar pomares, tambm a bovinocultura e suinocultura caseira. Concomitante,

    pelo segmento franciscano ter alto valor de concepo ambiental, os estudos e

    observaes da natureza local tambm contriburam para a valorao scio-

    ambiental da Unidade. A partir de 1970 a 1994, aps o fechamento e abandono doSeminrio, a rea ficou vulnervel ao de vndalos, caadores e exploradores

    clandestinos de madeira, que realizaram o corte seletivo e ilegal dos melhores

    espcimes nativos(KOZAK, 2004).

    Foi tombado como Patrimnio Histrico Cultural do Municpio em 1994. Em

    1998 criou-se o Parque Municipal So Lus de Tolosa. Restaurado em 1999,

    passou a abrigar oficialmente a Prefeitura Municipal de Rio Negro. Em 2004 foi

    decretado o Plano de Manejo do PMSLT atravs do Decreto 22/97 de 28 de abril de1997. (KOZAK,2004).

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    O PMSLT inclui em sua rea uma antiga casa de hspedes utilizada pelos

    franciscanos, que depois de recuperada passou a funcionar o Centro Ambiental

    Casa Branca, qual fornece apoio para pesquisas de fauna e flora da regio e

    possui setor de administrao para a Unidade de Conservao. Atravs do Centro

    Ambiental Casa Branca, realizou-se o levantamento florstico, zoneamento florestal

    e o Plano de Manejo do Parque, bem como atividades ambientais e o programa de

    Educao Ambiental de capacitao para Monitores de Trilhas Interpretativas do

    Parque Municipal So Lus deTolosa, qual ajuda na disseminao de informaes

    sobre o ecossistema local aos moradores.

    2.1.4 Inverno

    O planeta Terra gira em torno do seu eixo, assim completando o equivalente

    um dia. Isto ocorre em uma inclinao constante, em torno de um eixo imaginrio em

    relao posio do Sol, durante certa parte do ano o hemisfrio sul recebe mais

    irradiaes, enquanto em outra poca a maior propagao do calor recebida pelo

    hemisfrio norte. Explicando a isso se cita VIEIRA, 2002:Temos durante um ano, quatro situaes distintas alterando a vida na Terra,as quais so chamadas de estaes: duas quando parece que o Sol estpassando bem pela linha do Equador, e outras duas, quando se tem aimpresso de que ele se transfere para o sul ou para o norte.

    O Brasil por apresentar a maior parte do territrio na Zona Intertropical

    (prxima linha do Equador), no possui as quatro estaes bem definidas. O

    inverno mais rigoroso nos estados da regio sul (Paran, Santa Catarina e Rio

    Grande do Sul) (VIEIRA, 2002).

    No Brasil o inverno tem incio com o solstcio de inverno no hemisfrio sul,

    que ocorre por volta de 21 de junho, e termina com o equincio de primavera, que

    acontece perto de 23 de setembro nesse mesmo hemisfrio.

    Muitos acreditam na estivao, perodo no inverno em que h escassez de

    alimentos, assim alterando os ciclos biolgicos da fauna. Tambm o perodo em

    que algumas espcies diminuem as funes reprodutivas.

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    2.1.5 Frugivoria

    Frugivoria uma relao ecolgica onde os animais utilizam frutos como itens

    de sua dieta alimentar (MESSIAS & ALVES, 2009). Assim, possvel estabelecer

    relaes entre fauna e flora em que o animal que se alimenta dos frutos (frugvoro)

    ajuda na disperso da espcie vegetal em espaos longes da planta-me.

    Ainda com Howe & Miriti (2004 apudJordano, et al.2006, p.2):

    A disperso de sementes, processo pelo qual as sementes so removidasdas imediaes da planta-me para distncias seguras, onde a predaoe competio so mais baixas, um processo-chave dentro do ciclo de vida

    da maioria das plantas, especialmente em ambientes tropicais.

    Visto que a digesto geralmente demora horas, ao defecar o animal libera as

    sementes em local distante da planta originria, promovendo, assim, a disperso das

    sementes, alm de diminuir a competio por nutrientes das sementes que

    germinam em baixo da planta-me (BRASIL, 2005).

    A frugivoria de exmia importncia dentro dos ecossistemas, um efeito de

    complexidade que promove a riqueza da biodiversidade nas reas fragmentadas de

    uma floresta, est presente em todas as sucesses ecolgicas e em animais depequeno porte, at maiores oportunistas.

    Se um fragmento sofrer depredao de espcies, a parte vegetativa tambm

    sofrer prejuzos, j que os animais frugvoros dispersam as sementes, tendo

    consequncia para ambos.

    A defaunao pode ser ainda pior em fragmentos florestais, onde a perda de

    grandes frugvoros est associada ao efeito de borda, reduo de hbitat e ao

    aumento de intensidade e propenso ao fogo (Peres, 2001, apud Jordano, et al.2006).

    Segundo Fernandez (2005), algumas florestas mostram-se densas dando a

    impresso de estarem bem conservadas, mas o ndice de biodiversidade escasso,

    deixando a formao florestal prestes a extinguir futuramente, ocorre o que podemos

    chamar de florestas vazias. Assim, a frugivoria torna-se de suma importncia para

    a manuteno de um ecossistema.

    Sem disperso de sementes e germinao de plntulas, no momento em queas rvores adultas hoje existentes morrerem as espcies em questo deixaro de

    existir no local (Fernandez, 2005).

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    Alguns estudos realizados com a fauna no PMSLT (Scultori, 2005; Sabia,

    comunicao pessoal, 2012; Silveira, 2012, em prep.) mostram que a frugivoria pode

    instituir uma importante relao para estabelecer ecossistemas e quantificar a

    estrutura de conservao da rea

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    2.2 METODOLOGIA

    2.2.1 Metodologia da Pesquisa

    O presente trabalho tcnico foi efetuado atravs de pesquisa bibliogrfica,

    pesquisa descritiva e pesquisa de campo, tendo como base a coleta e anlises de

    dados com apoio do estudo de SILVEIRA (em preparao).

    2.2.1.1 Pesquisa Bibliogrfica

    A pesquisa bibliogrfica se realizou com material escrito e publicado sobre o

    tema. Fonte de colaboradores, professores, profissionais da rea, biblioteca do

    Centro Ambiental Casa Branca e documentos extrados da rede mundial de

    computadores.

    2.2.1.2 Pesquisa Descritiva

    A pesquisa descritiva foi realizada atravs de tcnicas de coleta de dados em

    campo, anlises e dissertao dos materiais obtidos. O tcnico a partir dos dados de

    campo efetuou a anlise em laboratrio e anotou os processos obtidos a partir de

    ento. A cada sada em campo, os avistamentos, coletas e levantamentos foram

    separadamente anotados em um bloco prprio para o trabalho, facilitando assim, o

    estudo para presentes concluses sobre o tema estudado.

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    2.2.1.3 Pesquisa de Campo

    A pesquisa de campo realizou-se no perodo de junho a setembro,diariamente nas reas de estudo do Parque Municipal So Lus de Tolosa (2625'50

    S; 49 47'30 W). Para fins de amostragem foram utilizadas duas reas em estgios

    diferentes de sucesso ecolgica, rea 1: (Campo Santo) uma capoeira e rea 2

    (Trilha do Bugio) um capoeiro. O tcnico deslocou-se a p dentro das reas

    delimitadas e fez as coletas e estudos previstos. Tambm foi realizada a montagem

    de armadilhas de pegadas que consistiram em um substrato (lama) coletado do rio

    Passa Trs, adjacente ao Parque Municipal So Lus de Tolosa, disposto em

    pontos dentro de cada rea trs pontos na rea 01 e dois pontos na rea 02 e

    iscas com alguns frutos coletados dos levantamentos. A coleta de algumas espcies

    de flora encontradas em frutificao foram armazenadas no Herbrio, encontrado no

    Centro Ambiental Casa Branca. Aps coleta dos materiais, os dados de campo

    foram armazenados no Centro Ambiental Casa Branca. O processo de pesquisa

    de campo foi registrado em fichas de coleta de dados e fotografias dos materiais

    obtidos.

    2.2.2 Local da Pesquisa

    Parque Ecoturstico Municipal So Lusde Tolosa, municpio de Rio Negro,

    PR (2625'50 S; 49 47'30 W).

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    2.3 MATERIAL E MTODOS

    2.3.1 Caracterizao das reas de Estudo

    A rea 01, situada no trecho Campo Santo dentro do territrio da UC

    Parque Municipal So Lus de Tolosa, apresenta uma rea florestal secundria em

    estgio mdio de regenerao, em recuperao aps o manejo de espcies exticas

    e exticas-invasoras.Atravs das Atividades, Sub-atividades e normas contidas no Plano de

    Manejo, 2004, a erradicao de espcies da flora extica e exticas-invasoras uma

    meta proposta.

    A retirada de exticas e exticas-invasoras foi realizada no ano de 2000. Aps

    o manejo, a rea foi deixada para regenerao natural.

    Hoje a rea composta principalmente por espcies arbreas como

    bracatinga Mimosa scabrella (Mimosaceae), vassouro branco Piptocharpaangustifolia(Asteraceae), estas cedendo espao para espcies de vida mais longa,

    como exemplares jovens de Araucaria angustifolia (Araucariaceae) e de Syagrus

    romanzoffiana (Arecaceae), Ocotea puberula (Lauraceae), guaatungas Caesaria

    decandra e C. silvestris(Flacourtiaceae), entre outras. No estrato herbceo ocorrem

    samambaias Alsophyla spp. (Aspleniaceae), pixiricas Leandra spp.

    (Melastomataceae), e amora-do-mato Rubus rosaefolius(Rosaceae) (FIGURA 1).

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    Figura 1 REA 01 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO,PR.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    A rea 02 apresenta uma formao florestal definida como floresta

    secundria estgio avanado de regenerao. Isto devido extrao seletiva de

    madeira realizada no passado, principalmente de exemplares de araucrias eimbuias. O local ainda abriga a zona de vida do primata bugio Alouatta clamitans

    Cabrera, 1940 (Atelidae).

    Pela rea ser sua zona de vida, vestgios de fezes e avistamento puderam ser

    facilmente obtidos. A triagem de fezes foi realizada, no intuito de busca de dados

    para analisar a alimentao deA. clamitans.

    A rea apresenta com relevncia espcies de Rubiaceae como Psychotria

    suterella Mll. Arg. e Rudgea jasminoides(Cham.) Muell. Arg. (Figura 2).

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    Figura 2 REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO,PR.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    2.3.2 Dados da Pesquisa

    A coleta dos dados deu-se nos perodos de 20 de junho a 23 de setembro de

    2012, com observaes de segunda a sexta e alguns sbados (07/08; 21/08; 04/09;

    25/09).

    As sadas a campo duraram o mnimo de uma hora e o mximo de trs horas.

    Eram observadas nas reas, plantas que estavam em frutificao e com flores,

    visando que posteriormente poderiam surgir frutos. Coletas de pinhes comidos e de

    fezes deA. clamitansforam realizadas.

    As plantas coletadas foram depositadas em saco plstico. Aps a sada em

    campo, as plantas eram dispostas para exsicatas no Centro Ambiental Casa

    Branca, com flores e/ou frutos (FIGURA 3). Os frutos muito carnosos eram retirados

    cuidadosamente, armazenados em pacote de jornal e armazenados em caixa de

    papelo com naftalinas, no intuito de conservar o material.

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    Figura 3 PLANTAS ARMAZENADAS PARA EXSICATA NO LABORATRIO DOCENTRO AMBIENTAL CASA BRANCA Fonte: ALMEIDA, 2012.

    As espcies conhecidas foram catalogadas em fichas de coleta do Herbrio

    do Centro Ambiental Casa Branca. As espcies desconhecidas foram analisadas

    atravs da metodologia do Sistema de Classificao Angiosperm Phylogeny Group

    II (APG II). Entretanto, as espcies ainda no estabelecidas foram identificadas

    como sp.

    A coleta das fezes foi realizada a cada momento em que o vestgio era

    localizado. Utilizou de sacos plsticos para o armazenamento em campo. No

    laboratrio do Centro Ambiental Casa Branca, as fezes foram lavadas em gua

    corrente, dispostas em uma peneira de malha fina, com a utilizao de luvas

    esterilizadas.Aps a lavagem, o material encontrado foi posto em papel absorvente e

    deixado em ambiente aquecido para a secagem. Ento o material era analisado,

    identificado e armazenado em copos plsticos 50 ml, vetados com filme de PVC

    transparente e catalogados atravs de ficha de triagem de fezes contendo: espcie

    (do animal qual obteve o vestgio); data da coleta; identificao do coletor; data da

    triagem; material encontrado (FIGURA 4).

    Com este procedimento realizado, o material foi armazenado em caixa depapelo com naftalinas para a conservao do mesmo.

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    Figura 4 MATERIAL OBTIDO DE TRIAGEM DE FEZES DE Alo uat ta cla mit ans (ATELIDAE) NA REA 01 DO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSAFonte: ALMEIDA, 2012.

    Os pinhes que estavam comidos foram coletados e no laboratrio do Centro

    Ambiental Casa Branca o material foi analisado para identificar a espcie que pode

    ter se alimentado, atravs de MLLER (1986). O material foi disposto em filme de

    PVC transparente, juntamente com uma tira de papel identificando a rea em que foi

    encontrado e data da coleta (FIGURA 5), aps foram armazenados em caixa de

    papelo com naftalinas para a conservao do material.

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    Figura 5 PINHO COLETADO EM REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DETOLOSA ENTRE JUNHO A SETEMBRO DE 2012.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    Foram utilizados frutos de Syagrus romanzoffiana (Arecaceae), Psychotria

    suterella e Rudgea jasminoides (Rubiaceae) e Piper aduncum (Piperaceae) para

    elaborar armadilhas de pegadas, no intuito de absorver informao de que espciesanimais poderiam estar se alimentando de tais ofertas.

    As armadilhas de pegadas foram colocadas da seguinte maneira: trs (3)

    localizadas na rea 01 e uma (1) localizada na rea 02.

    As armadilhas da rea 01 foram postas: uma perto de um exemplar de

    palmeira-jeriv Syagrus romanzoffiana, onde a espcie de roedor serelepe

    Guerlinguetus ingrami (Sciurdae) era fortemente avistada; uma perto de possveis

    tocas localizadas em um espao dominado por pixiricas Leandra sp.

    (Melastomataceae); uma em baixo de vassoures-pretos Vernonia discolor

    (Asteraceae) numa rea prxima a herbceas como samambaias e uma espcie de

    amora-do-mato Rubus rosaefolius(Rosaceae).

    A armadilha da rea 02 foi posta perto de possveis tocas, localizadas em

    um espao fortemente dominado por araa-de-macaco Psychotria suterella.

    Do substrato coletado foram retirados folhas, tacos de madeira e possveis

    materiais indesejveis, no intuito de deixar o substrato mais puro possvel. A rea

    em que seria utilizada para a armadilha era limpa, de forma que ficasse apenas uma

    rea de aproximadamente 1 m2de terra sem a interveno de gramneas e outras

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    matrias. O substrato era derramado e espojado at tomar uma forma quadrangular.

    Em seu centro, eram dispostos os frutos (FIGURA 6).

    Quando o possvel animal fosse se alimentar da oferta, deixaria no substrato

    a marca de suas patas, assim possibilitando o seu reconhecimento.

    Figura 6 ARMADILHA DE PEGADA EM REA 02 NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS

    DE TOLOSAFonte: ALMEIDA, 2012.

    Foram realizadas vistorias para as armadilhas, notificando a presena ou no

    de vestgios e anotado na agenda de campo. Os vestgios alimentares foram

    coletados e armazenados em copo plstico 50 ml e vetados com filme de PVC

    transparente e sua respectiva ficha de identificao da rea e data de coleta. As

    pegadas foram comparadas com rgua e identificadas atravs do Manual de Rastros

    de Mamferos (IAP, 2008).

    2.3.3 Trabalho com Pequenos Mamferos

    As atividades e mtodos a seguir foram elaborados e exercidos pela biloga

    MSc. Fabiana Silveira. A pesquisa serviu de apoio para a identificao dos gneros

    de roedores evidentes nas reas de estudo do presente trabalho e anlises

    comparativos de capturas dos roedores com a influncia alimentar presente no

    tempo de estudo.

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    A coleta dos dados ocorreu em dois perodos de amostras: o primeiro entre

    04 de julho e 16 de julho de 2012; o segundo entre 05 de setembro a 10 de

    setembro de 2012. As capturas foram realizadas com 12 armadilhas de arame

    (22,5x9,5x10 cm) (FIGURA 7). Foram colocadas 06 armadilhas na rea 01 (Campo

    Santo) e 06 armadilhas na rea 02 (Trilha do Bugio). Em ambas as reas as

    armadilhas foram colocadas em uma transecto com um intervalo de 6 m.

    As iscas utilizadas foram: banana madura; banana madura com pasta de

    amendoim; abbora; milho; mistura de banana madura, aveia, sardinha, pasta de

    amendoim sobre um pedao de mandioca; mistura de banana madura, aveia,

    pedao de bacon, pasta de amendoim sobre um pedao de mandioca. Somente no

    primeiro perodo de captura tanto a armadilha como o seu entorno foi borrifado com

    emulso de leo de fgado de bacalhau.

    No perodo de estudo, as armadilhas foram cobertas com sacos plsticos

    para evitar que eventuais chuvas prejudicassem os animais capturados. Folhas

    secas encontradas nos locais eram dispostas dentro das armadilhas para que

    ajudassem a manter a temperatura corprea. Em dias que a temperatura decaa

    excessivamente, os animais que sofriam de hipotermia eram aquecidos at se

    normalizarem para ento, serem soltos em seu local de captura.Quando havia captura, era anotada a posio da armadilha, isca utilizada e a

    biometria do animal. Os animais eram soltos no mesmo local de sua captura. A

    identificao dos animais era realizada atravs de morfologia externa. Algumas

    dvidas sobre a identificao das espcies foram sanadas com o auxlio do Guia de

    Roedores do Brasil (Bonvicino et al. 2008).

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    Figura 7 ARMADILHA DE CAPTURA DE PEQUENOS MAMFEROS EM REA 02 NOPARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO, PR.Fonte: ALMEIDA, 2012.

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    2.4 RESULTADOS

    Foram levantadas no total 22 espcies de plantas que apresentaram

    frutificao no perodo da estao de inverno nas duas reas de estudo,

    pertencentes a 9 famlias. As famlias mais representativas foram Rubiaceae, com 4

    espcies, seguida de Solanaceae e Melastomataceae, com 3 espcies. Dentre

    estas, 19 foram identificadas, no mnimo a nvel de famlia (Tabela 1).

    Tabela 1Espcies encontradas em frutificao nas duas reas de estudo (CampoSanto e Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio Negro, PR,entre Junho e Setembro de 2012.

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULAR

    ARECACEAESyagrus romanzoffiana (Cham.) jeriv

    FABACEAE

    Mimosa scabrella Benth. bracatinga

    MELASTOMATACEAELeandra lacunosa Cogn. pixirica

    Leandra sp. pixirica

    sp.

    PIPERACEAEPiper aduncum L. falso-jaborandi

    Peperomea sp. peperomea

    RHAMNACEAE

    Hovenia dulcis Thunb. uva-do-japo

    RUBIACEAE

    Psychotria suterella Mll. Arg. ara-de-macaco

    Galium hypocarpium (L.)Rudgea jasminoides (Cham.) Mll. Arg. cafzinho-do-mato

    Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. baga-de-capito

    ROSACEAE

    Rubus nigrum amora-do-mato

    Rubus rosaefoliusSmith. amora-vermelha

    Rubus sp. amora-do-mato

    SOLANACEAESolanum erianthum D. Don cuvitinga

    Solanum pseudocarpium peloteirasp.

    VERBENACEAE

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    Citharexylum solanaceum Cham. tucaneiraFonte: ALMEIDA, 2012

    Figura 8FRUTOS DE Rudgea jasminoidesEM REA 02 (TRILHA DO BUGIO) NOPARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO, PR.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    Atravs de vestgios e avistamentos, o consumo do pinho foi fortemente

    utilizado.

    Na rea 01, no foi obtido o consumo do pinho, pois no havia exemplares

    adultos deA. angustifoliadentro da rea de estudo e nas reas limtrofes.

    De acordo com SILVEIRA, (2012), na primeira fase foram capturados

    indivduos de trs gneros:Akodon, Oligoryzomyse Oxymycterus. Na segunda fase

    foram capturados indivduos de dois gneros:Akodone Oligoryzomys.Na rea 01 foram realizadas 20 capturas no ms de julho (Akodon, 9;

    Oligoryzomys, 6; Oxymycterus, 5). Na mesma rea, no ms de setembro, foram

    realizadas 13 capturas (Akodon, 2; Oligoryzomys, 11). Na rea 02 foi realizada 01

    captura no ms de julho (Akodon). Em setembro foram realizadas 10 capturas do

    mesmo gnero (Tabela 2).

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    Tabela 2Nmero de capturas por gneros capturados nas reas 01 e 02 (CampoSanto e Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, Rio Negro, PR,entre julho e setembro de 2012 por SILVEIRA, 2012.

    REA GNERO

    NMERO DE CAPTURAS

    JULHO/2012

    NMERO DE CAPTURAS

    SETEMBRO/2012

    REA01

    Akodon 9 2Oligoryzomys 6 11Oxymycterus 5 0

    REA02

    Akodon 1 10Fonte: ALMEIDA, 2012

    Na rea 01, as espcies fortemente presenciadas em frutificao foramRosaceae e Piperaceae (Tabela 3). Com frutificao constante durante o final de

    junho e incio de setembro. Aps incio de setembro as frutificaes ficaram menos

    intensas.

    Tabela 3Espcies vegetais levantadas como oferta de alimento no perodo deinverno na rea 01 (Campo Santo) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, RioNegro, PR.

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULARARECACEAE

    Syagrus romanzoffiana (Cham.) jeriv

    MELASTOMATACEAE

    Leandra lacunosaCogn. pixirica

    PIPERACEAEPiper aduncum L. falso-jaborandi

    Peperomea sp. peperomea

    ROSACEAE

    Rubus rosaefolius Smith. amora-vermelha

    Rubus nigrum amora-do-mato

    SOLANACEAESolanum erianthum D. Don cuvitinga

    sp.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    A armadilha de pegadas montada abaixo do exemplar de Syagrus

    romanzoffianaapresentou resultados no dia 07/08/2012. Inicialmente foram postos22 frutos de jerivs verdes e 15 maduros. Pegadas de guaxinim Procyon cancrivorus

    (Procyonidae) (Figura 10) e cutia Dasyprocta azarae (Dasyproctidae) (Figura 9)

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    estiveram presentes. Sobraram 05 frutos verdes. Possivelmente os frutos atacados

    puderam ser o recurso utilizado por ambas as espcies, pois D. azarae um roedor

    que costumeiramente consome esse tipo de fruto, e P. cacrivorus considerada

    uma espcies generalista, consumidora de pequenos animais e de frutos.

    Figura 9 PEGADAS DE Dasyprocta azaraeNO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE

    TOLOSA, RIO NEGRO, PR, ENTRE JUNHO E SETEMBRO DE 2012.Fonte: ALMEIDA, 2012.

    Figura 10 PEGADA DE Procyon cancrivorus NO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DETOLOSA, RIO NEGRO, PR, ENTRE JUNHO E SETEMBRO DE 2012.Fonte: ALMEIDA, 2012

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    A rea 02 por apresentar estgio avanado havia maior quantidade de

    espcies em frutificao e muitos exemplares deA. angustifolia(Tabela 4).

    Atravs das triagens de fezes, foram encontradas sementes da espcie

    extica-invasora Hovenia dulcis Thunb. (Rahmnaceae). Das quatro amostras

    colhidas e triadas, H. dulcisteve 100% de presena.

    Tabela 4 - Espcies vegetais levantadas como oferta de alimento no perodo deinverno na rea 02 (Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, rioNegro, PR.

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULAR

    ARAUCARIACEAE

    Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. pinheiro-do-paranFABACEAE

    Mimosa scabrella Benth. bracatinga

    MELASTOMATACEAELeandra lacunosa Cogn. pixirica

    Leandra sp. pixirica

    sp.

    PIPERACEAEPiper aduncum L. falso-jaborandi

    Peperomea sp. peperomeaRHAMNACEAE

    Hovenia dulcis Thunb. uva-do-japo

    ROSACEAE

    Rubus sp. amora-do-mato

    RUBIACEAEPsychotria suterella Mll. Arg. ara-de-macaco

    Galium hypocarpium (L.)Rudgea jasminoides (Cham.) Mll. Arg. cafzinho-do-mato

    Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. baga-de-capito

    SOLANACEAE

    Solanum pseudocarpium peloteira

    VERBENACEAE

    Citharexylum solanaceum Cham. tucaneiraFonte: ALMEIDA, 2012

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    Na rea 02 foram encontradas trs (03) espcies em frutificao que no se

    conseguiu chegar a nvel de famlia (Anexo 01).

    Atravs de avistamentos, na rea 02 foram registradas duas (02) espcies defauna alimentando-se do recurso do pinho: cutia Dasyprocta azarae

    (Dasyproctideae) e gralha-azul Cyanocorax caeruleus(Corvideae).

    Atravs de coleta de vestgios alimentares, identificou-se o consumo de

    pinho tambm por ourio Coendou prehensilis (Erethizontidae), tiriva Pyrrhura

    frontalis (Psittacidae) e cutia Dasyprocta azarae(Dasyproctideae).

    A montagem de armadilha de pegadas na rea 02 com frutos de Psychotria

    suterellae Rudgea jasminoides(Rubiaceae) no obteve dados.

    Dentre as espcies identificadas, duas so de ocorrncia extica Hovenia

    dulcis (Rhamnaceae) e Rubus nigrum(Rosaceae)aquela sendo extica-invasora,

    ainda que encontrada em fezes de A. clamitans, tendo registro de disperso

    zoocrica (Tabela 5).

    Abaixo a tabela indicando as espcies registradas como consumidores e as

    respectivas ofertas:

    Tabela 5Espcies de animais levantadas que utilizaram dos recursos alimentares,recurso utilizado e fonte do dado no Parque Municipal So Lus de Tolosa, RioNegro, PR, entre junho e setembro de 2012.

    ANIMAL RECURSO UTILIZADO FONTE DO DADO

    CEBIDAE

    Alouatta clamitans Araucaria angustifolia avistamento, vestgiosHovenia dulcis(extica-invasora) vestgios

    CORVIDAE

    Cyanocorax caeruleus Araucaria angustifolia avistamento, vestgios

    DASYPROCTIDAEDasyprocta azarae Araucaria angustifolia avistamento, vestgios

    Syagrus romanzoffiana vestgios

    ERETHIZONTIDAE

    Coendou sp. Araucaria angustifolia vestgios

    PROCYONIDAE

    Procyon cancrivorus Syagrus romanzoffiana vestgios

    PSITTACIDAE

    Pyrrhura frontalis Araucaria angustifolia vestgiosSCIURIDAE

    Guerlinguetus ingrami Araucaria angustifolia avistamento

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    Syagrus romanzoffiana avistamentoFonte: ALMEIDA, 2012

    Acatando os dados das duas reas amostrais, foram levantadas 23 espcies

    como oferta de alimento fauna silvestre em perodo de inverno (Tabela 6).

    Tabela 6Espcies vegetais levantadas como oportunidade alimentar nas reas 01(Campo Santo) e 02 (Trilha do Bugio) no Parque Municipal So Lus de Tolosa, RioNegro, PR, entre junho e setembro de 2012.

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULAR

    ARAUCARIACEAEAraucaria angustifolia(Bert.) O. Kuntze. pinheiro-do-paran

    ARECACEAESyagrus romanzoffiana (Cham.) jeriv

    FABACEAE

    Mimosa scabrella Benth. bracatingaMELASTOMATACEAELeandra lacunosa Cogn. pixirica

    Leandra sp. pixirica

    sp.

    PIPERACEAE

    Piper aduncumL. falso-jaborandiPeperomea sp. peperomea

    RHAMNACEAE

    Hovenia dulcis Thunb. uva-do-japo

    RUBIACEAE

    Psychotria suterella Mll. Arg. ara-de-macaco

    Galium hypocarpium (L.)

    Rudgea jasminoides (Cham.) Mll. Arg. cafzinho-do-mato

    Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. baga-de-capito

    ROSACEAERubus nigrum amora-do-mato

    Rubus rosaefolius Smith. amora-vermelha

    Rubus sp. amora-do-mato

    SOLANACEAESolanum erianthum D. Don cuvitingaSolanum pseudocarpium peloteira

    sp.

    VERBENACEAECitharexylum solanaceum Cham. tucaneiraFonte: ALMEIDA, 2012

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    2.5 DISCUSSO

    Acatando-se de que o resultado de espcies que foram encontradas comfrutos no perodo de inverno foi de vinte e duas, estabelecemos a relao do estudo

    de Fenologia e Florao de Liebsch & Mikich (2009) em Floresta Ombrfila Mista no

    Paran:

    Embora no caso da frutificao a sincronia no seja to acentuada, onmero de espcies com frutos maduros nos meses mais frios foi muitobaixo. Isso provavelmente ocorre porque o frio intenso no favorvel germinao e ao estabelecimento (Mantovani et al. 2004, Caldato et al.1996) e, portanto, no inverno muitas plantas devem limitar a disperso desuas sementes.

    Ainda, por mais que estudos de levantamento com frutferas em FOM

    (Liebsch & Mikich, 2009, IOB, 2007) acusem baixo ndice de frutos, comparando

    com as outras estaes do ano, verificou-se que principalmente as espcies das

    famlias Rubiaceae, Solanaceae e Arecaceae apresentaram intensa frutificao,

    portanto, o ndice de frutificao por mais baixo que se apresente, nas duas reas

    de amostragem, essas trs famlias mostraram-se abundantes.

    A presena da espcie Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze

    (Araucariaceae) uma importante fonte de recurso alimentar para a fauna silvestre

    durante o perodo de inverno, tendo grande influncia na dieta de algumas espcies

    como A. clamitans e Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 (Dasyproctidae) com a

    oferta de sua semente, o pinho. Esta afirmao pode ser baseada na relao das

    capturas de pequenos mamferos realizadas no PMSLT por SILVEIRA (2012, em

    prep.) e em duas reas do estado de Rio Grande do Sul por CADERMATORI et al

    (2004), ambas em Floresta Ombrfila Mista. SILVEIRA (2012) obteve maior nmero

    de capturas em setembro, comparativamente CADERMATORI (2004) obteve em sua

    amostragem maior nmeros de capturas em agosto a outubro, perodo em que os

    exemplares maduros de pinhes se encontravam em menor disponibilidade nas

    reas amostradas.

    Citando anlises de SILVEIRA, F. (2012):

    O maior nmero de capturas ocorreu na segunda fase [...]. Durante essafase foi verificado uma diminuio de um importante recurso alimentarexclusivo da floresta com Araucria, os pinhes [...]. Isto nos mostra que

    quando h diferentes recursos disponveis, eles so utilizados intensamente[...].

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    A espcie A. clamitans possui uma dieta baseada em folhas, entretanto,

    segundo SILVEIRA, 2004, no inverno a espcie supre totalmente sua dieta com o

    consumo do pinho, proveniente do pinheiro-do-paran Araucaria angustifolia

    (Bertol.) Kuntze, 1898 (Araucariaceae). Fato confirmado no presente estudo, com os

    vestgios de pinhes comidos pela espcie, a consistncia da massa fecal e

    avistamentos.

    Os resultados obtidos do consumo das ofertas utilizadas como isca mostram-

    se pequenos se comparados ao estudo de MESSIAS & ALVES (2009) que

    obtiveram um total de quatorze espcies que se alimentaram da oferta de Syagrus

    romanzoffiana (Arecaceae) no perodo de inverno. Conquanto, o tempo de

    amostragem dessa pesquisa foi maior do que a do presente estudo, objetivando

    mais nos resultados com a procura pro S. romanzoffiana e no em espcies que

    ofertam alimento na estao.

    Destaca-se o intenso consumo do fruto do jeriv pelo serelepe, Sciurus

    ingrami, o qual foi observado diretamente em metade das sadas de campo (...)

    (MESSIAS & ALVES, 2009). O resultado semelhante ao do presente estudo, na

    questo, mencionando que o consumo do fruto do jeriv por serelepe tambm foi

    presenciado frequentemente por avistamento. MESSIAS & ALVES (2009) tambmpresenciaram em seus resultados o consumo do fruto por guaxinim Procyon

    cancrivorus, igualmente ao presente trabalho.

    De acordo com Nievas (2010), foi verificado consumo dos frutos de Syagrus

    romanzoffiana(Arecaceae) por Guerlinguetus ingrami (Sciuridae):

    Apesar de frutos maiores de S. romanzoffiana no possurem sementesmaiores, indivduos de G. ingrami parecem selecionar os maiores frutos.Essa preferncia por frutos maiores talvez seja explicada pela maiorfacilidade em descascar frutos mais maduros.

    Esta anlise pode explicar o fator de os frutos de S. romanzoffiana verdes

    (mesmo em maior quantidade) resultarem sobras, concomitantemente os maduros

    serem todos consumidos, nos testes do presente trabalho.

    Atravs de estudos realizados no PMSLT por SILVEIRA (2004), identificou-se

    o consumo de frutos pela espcie Alouatta clamitanse sistematizado as espcies

    vegetais consumidas. Tambm identificou que A. clamitans utiliza os espaos do

    PMSLT no perodo de outono e inverno, enquanto que na primavera e vero eles

    no so mais presenciados, geralmente voltando com filhotes, ou seja, a poca de

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    reproduo. Assim pode-se dizer que a oferta alimentar para A. clamitans em

    perodo de inverno supre as necessidades metablicas da espcie.

    Algumas espcies levantadas por SILVERA (2004) que foram consumidas por

    A. clamitans coincidem com algumas encontradas no presente estudo so

    representadas em tabela (Tabela 7).

    Tabela 7Espcies consumidas por Alouatta clamitans (Atelidae) em trabalho deSILVEIRA (2004).

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULAR

    ARAUCARIACEAEAraucaria angustifolia(Bertol.) pinheiro-do-paran

    ARECACEAESyagrus romanzoffiana (Cham.) jeriv

    SOLANACEAESolanum erianthum D. Don. cuvitinga

    Fonte: ALMEIDA, 2012.

    Contudo, mais espcies foram levantas por SILVEIRA (2004) em seu perodo

    de estudo para o consumo de A. clamitansque no foram resultadas no presente

    trabalho, mas que atravs de estudos de KOZAK (2004) so espcies que oferecem

    oportunidade alimentar no inverno, portanto, as reas de amostragem do presente

    trabalho no avaliam todas as oportunidade de alimento para a fauna silvestre

    dentro do PMSLT.

    Atravs de comunicao pessoal com KOZAK, L., SABIA, J. e SILVEIRA, F.

    sabe-se que animais oportunistas como Cerdocyon thous (Canidae) podem se

    alimentar de frutos como Syagrus romanzoffiana(Arecaceae). A avifauna tem uma

    vasta oportunidade, sabendo que frutos como os presentes nas Rubiaceae chamam

    a ateno pela cor e formato, sendo fortemente consumidos por aves frugvoras,tambm Solanaceae como Solanum erianthum e Solanum pseudocarpium. Para

    pequenos mamferos, como roedores, frutos de plantas rasteiras como a Rosaceae

    Rubus spp.so uma fonte bastante presente nas reas de estudo. Piperaceae que

    tiveram frutificao intensa abordam um importante fator alimentar no perodo de

    inverno para os quirpteros.

    Citando anlises de SCULTORI (2005), com quirpteros:

    Dentre os frutos que podem servir de alimento para algumas espcies dequirpteros, existe um pomar na entrada do Parque, que produz caqui epra. Na rea do PMSLT existe uma figueira, muitas espcies de

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    Solanceas bem distribudas em toda a rea e algumas espcies dePiperceas [...].

    Ainda que no obtidos registros de quirpteros no presente estudo, as

    anlises de SCULTORI (2005) apresentam a equivalncia de duas famlias como

    importante fator alimentar para esta fauna (Solanaceae e Piperaceae), sendo que,

    foram catalogadas nesse estudo as espcies Solanum erianthum, Solanum

    pseudocarpium, e outra no identificada (Solanaceae); e Piper aduncum e

    Peperomea (Piperaceae). Sendo assim, a forte presena de Piperaceae e

    Solanaceae refora o conceito da abundante oferta de frutos para quirpteros.

    Atravs de comunicao pessoal com SABIA em base do inventrio de aves

    do PMSLT, acatou-se a informao de que Solanaceae como Solanum erianthum

    estiveram presentes nas fezes da avifauna durante o tempo de seu estudo,

    mantendo relao com os resultados obtidos no presente trabalho.

    Comparando as anlises obtidas e discutidas atravs de pesquisas realizadas

    dentro do PMSLT (KOZAK, 2004; SABIA, com. pess., SILVEIRA, 2004 &

    SILVEIRA, 2012, em prep.), apresenta-se a relao entre mamferos e aves com o

    consumo de cada oferta catalogada no presente estudo (Tabela 8).

    Tabela 8 Relao dos vegetais levantados com seus consumidores no ParqueMunicipal So Lus de Tolosa

    FAMLIA/ESPCIE NOME POPULAR CONSUMIDOR

    ARAUCARIACEAEAraucaria angustifolia(Bertol.) pinheiro-do-paran mamferos, aves

    ARECACEAESyagrus romanzoffiana (Cham.) jeriv mamferos, aves

    FABACEAE

    Mimosa scabrella Benth. bracatinga avesMELASTOMATACEAELeandra lacunosa Cogn. pixirica aves

    Leandra sp. pixirica aves

    sp. aves

    PIPERACEAEPiper aduncumL. falso-jaborandi mamferos, aves

    Peperomea sp. peperomea mamferos, aves

    RHAMNACEAE

    Hovenia dulcis Thunb. uva-do-japo mamferos, aves

    RUBIACEAE

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    Psychotria suterella Mll. Arg. ara-de-macaco aves

    Galium hypocarpium (L.) avesRudgea jasminoides (Cham.) Mll.

    Arg. cafzinho-do-mato avesCoccocypselum lanceolatum (Ruiz& Pav.) Pers. baga-de-capito aves

    ROSACEAE

    Rubus nigrum amora-do-mato mamferos, aves

    Rubus rosaefolius Smith. amora-vermelha mamferos, aves

    Rubus sp. amora-do-mato mamferos, aves

    SOLANACEAESolanum erianthum D. Don cuvitinga mamferos, aves

    Solanum pseudocarpium peloteira mamferos, avessp. mamferos, aves

    VERBENACEAE

    Citharexylum solanaceum Cham. tucaneira avesFonte: ALMEIDA, 2012.

    Estudos como o realizado precisam ser aprimorados e continuados, indicam

    diversos fatores ecolgicos, muitas vezes levados como simplrios, mas que atravs

    de anlises e concluses de dados, verifica-se a importncia e os diversos fatores

    que agregam as relaes estabelecidas.

    O controle das espcies exticas e exticas-invasoras dentro das rea do

    Parque Municipal So Lus de Tolosa so trabalhos realizados, mas o cuidado com

    espcies frutferas, de disperso zoocrica merecem mais ateno, por no ser

    apenas uma interao vegetal, mas sim interao direta da fauna-flora. Estas

    disperses de exticas e exticas-invasoras podem ocasionar contaminao

    biolgica das reas mais frgeis, que ainda esto em processo de recuperao.

    Atravs dos dados analisados, pesquisas com fenologia vegetal acarretamum fator muito importante para estes tipos de estudo.

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    2.6 CONCLUSES

    Foram levantadas e catalogadas quatorze (14) espcies nativas que estavamem frutificao durante o perodo de inverno nas duas reas de estudo, pertencentes

    a oito famlias diferentes.

    Foram levantadas duas espcies a nvel de famlia, que apresentaram

    frutificao durante o perodo de inverno nas duas reas de estudo. As plantas

    pertencem s famlias Melastomataceae e Solanaceae. De todas as espcies

    encontradas, apenas trs no puderam ser identificadas.

    Foi levantada e catalogada uma espcie extica que apresentou frutificao

    no inverno na rea 01: Rubus nigrum(Rosaceae).

    Foi levantada e catalogada uma espcie extica-invasora atravs da triagem

    de fezes de Alouatta clamitans (Cabrera, 1940) (Cebidae), que apresentou

    frutificao no perodo de inverno, sendo ainda uma oferta: Hovenia dulcisThunb.

    (Rhamnaceae).

    Foram levantadas no total vinte e uma espcies que estavam com fruto e

    mais uma fonte de semente, pinho, no perodo de inverno nas duas reas de

    estudo e podem estar sendo uma oferta de alimento.

    A ocorrncia da Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (Araucariaceae)

    um importante recurso alimentar para a fauna no perodo de inverno.

    Pode-se dizer ento, que a Floresta Ombrfila Mista, devido sua natureza de

    espcies adaptadas ao clima mais frio do sul do Brasil, contm variadas espcies

    que suprem as necessidades metablicas da fauna silvestre na poca de inverno,

    onde se acredita ter escassez alimentar.

    Com a anlise das espcies nativas levantadas, pode-se dizer que a

    presena ou no das espcies exticas R. nigrum e H. dulcis no ir interferir

    significativamente na sobrevivncia das espcies de fauna que ali ocorrem. Uma vez

    que o processo de disperso de endozoocoria efetuado, processando com isso a

    contaminao biolgica de reas prximas e distantes de onde o possvel animal se

    alimentou dos frutos das exticas.

    Com os dados obtidos, registrando-se a procura de sete espcies da fauna

    pela oferta de alimento dentro do tempo de estudo, pode-se estabelecer a

    importncia das reas manejadas dentro do PMSLT, qual oferecem abundncia em

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    espcies nativas para a alimentao desses animais, fortalecendo o processo de

    disperso de sementes, contribuindo para o ciclo vital das reas florestadas.

    O estudo mostrou a relevncia das relaes flora-fauna para a conservao

    da natureza, tomando por base os processos de alimentao e disperso de

    sementes. Sendo que, a zoocoria em seu processo de endozoocoria um fenmeno

    utilizado na recuperao de reas degradadas e conservao de ambientes

    manejados.

    O PMSLT apresentou-se favorvel aos estudos e aos resultados obtidos,

    gratificando o nvel de conservao do mesmo.

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    ANEXOS

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    ANEXO 1

    ESPCIES NO IDENTIFICADAS

    (Espcie 01)

    Fonte:ALMEIDA, 2012.

    Fonte:ALMEIDA, 2012.

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    ANEXO 1

    ESPCIES NO IDENTIFICADAS

    (Espcie 02)

    Fonte:ALMEIDA, 2012.

    Fonte:ALMEIDA, 2012.

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    ANEXO 1

    ESPCIES NO IDENTIFICADAS

    (Espcie 03)

    Fonte:ALMEIDA,2012.

    Fonte:ALMEIDA, 2012.

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    ANEXO 2

    IMAGEM DO PARQUE MUNICIPAL SO LUS DE TOLOSA, RIO NEGRO,PARAN.

    Fonte:Google Earth, 2012.

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    ANEXO 3

    OFCIO DE SOLICITAO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

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    ANEXO 4

    OFCIO DE AUTORIZAO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

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  • 5/25/2018 Oferta de Alimento Fauna Silvestre

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