o neoconsumidor cresce e aparece
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Momentum
O Neoconsumidor cresce e aparece
Marcos Gouvêa de Souza ([email protected]), diretor-geral da
GS&MD Gouvêa de Souza
O Neoconsumidor, aquele que é cada vez mais multicanal, digital e global,
tem importância crescente em todas as formas de varejo não só quando
compra via e-commerce, mas, principalmente, por conta das mudanças
que ele impõe em todos os outros canais de distribuição.
O comportamento aprendido e incorporado de suas experiências no
ambiente digital, na internet e no celular, é determinante de novas
expectativas e atitudes que se traduzem em mais e melhores informações
sobre produtos e marcas; na comparação mais crítica entre o que é
oferecido e ofertado; e num aumento significativo da importância da
referência de outros consumidores sobre suas próprias experiências com
produtos, marcas, sites e lojas.
Esses elementos ajudam a redesenhar o varejo em praticamente todas as
categorias de produtos no mundo e, principalmente, no Brasil.
A recém-concluída pesquisa global sobre o Neoconsumidor, que envolveu
10.500 pessoas em 15 países, realizada pela GS&MD Gouvêa de Souza
com apoio do Grupo Ebeltoft e que será apresentada nesta terça-feira no
Digitailing, o Fórum Internacional de Varejo Digital, mostra a evolução do
comportamento com acesso prévio à internet para a busca de
informações e comparação de preços. Em 2009 , 49% dos entrevistados no
Brasildeclaravam que verificavam antes online e depois compravam na
loja, número que cresceu para 84% em 2011, sinalizando a explosão dessa
prática entre os Neoconsumidores.
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É importante lembrar que existem no Brasil 72 milhões de internautas e
que, na pesquisa Web Shoppers, realizada pelo e-bit e também divulgada
na semana passada, o uso da rede para compras e análise de produtos e
preços é o segundo maior uso declarado que se faz da internet, com 81%
de menções, depois do acesso para verificar e-mails (95%).
Pela mesma pesquisa Web Shoppers, as compras via e-commerce nos
primeiros seis meses de 2011 no Brasil apresentaram um crescimento de
24% sobre o mesmo período do ano passado e a previsão é que alcance
29% ao longo de todo o ano, chegando a R$ 18,7 bilhões. Considerando
que o varejo total brasileiro deverá crescer em torno de 7% em 2011,
repete-se aqui o fenômeno global do inevitável e expressivo aumento de
participação das vendas via internet no todo das vendas do varejo, por
conta de umcrescimento mais de quatro vezes superior.
Tão ou mais importante, porém, que o crescimento das próprias vendas
via e-commerce são as mudanças de hábitos e seu reflexo nas novas
demandas. No estudo Neoconsumidor, outro aspecto que se destacou foi
a evolução do percentual dos que declararam a utilização de sites para
comparações de preços no Brasil: de 73% na pesquisa realizada em 2009
para 81% em 2011. Na amostra do estudo global existe uma leve
predominância do público masculino (52 a 48%) e, como seria de se
esperar, dos mais jovens, sendo que o segmento de 19 a 34 anos
responde por 53% da amostra total.
O efeito macroeconômico global dessa atitude de comparação de preços
exerce uma crescente e também irreversível pressão sobre a rentabilidade
do varejo de forma ampla, e de seus fornecedores por conseq uência, pois
os consumidores, mais informados e críticos, tenderão a comprar mais
onde os preços sejam menores, impactando as margens praticadas.
Observação: a GS&MD Gouvêa de Souza realiza nesta terça-feira nohotel Sheraton WTC, em São Paulo, o Digitailing Fórum Internacional de
Varejo Digital, com a presença dos principais operadores de e-commerce
do país e apresentando os resultados do estudo global Neoconsumidor.
Nos dias 20 e 21 de setembro, realiza o 14º Fórum de Varejo da América