nvestigação, 17(4):1-40, 2017 investigação, 17(4): 1-402017

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ISSN 21774780 1 investigação, 17(4): 1-402017

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CBCAVResumos Simples

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Diretoria

Dr. Pedro Paulo Maia Teixeira - Presidente

Dr. Richard Filgueiras -Vice-Presidente

Dra. Jussara Peters Schefer- Secretária geral

Dr. Danilo Ferreira Rodrigues- Tesoureiro

Conselho Deliberativo Efetivo

Dra. Maria Angelica Baron

Dr. André Lacerda de Abreu Oliveira

Dr. Mauricio Veloso BrunSuplentes

Dr. Daniel Curvello de M. Müller

Dr. Ney Luis Pippi

Dr. Afonso de Castro Beck

Conselho Fiscal Efetivo

Dr. Marco Augusto Machado Silva

Dr. Daniel JarrougeSuplentes

Dr. Fabíola Dalmolin

Dr. Andrigo Barboza de Nardi

Dr. Leandro Zoccolotto Crivellente

Dr. Bruno Benetti Junta Torres - Diretor Científico

Organização Interna

Valcinir Aloísio Scalla Vulcani

Andréia Vitor Couto do Amaral

Bruna Ditzel da Costa Regalin

Bruno Benetti Junta Torres

Chayanne Silva Ferreira

Doughlas Regalin

Gustavo Henrique Marques Araujo

Luisa Pucci Bueno Borges

Luiz Antônio Franco Silva

Marco Augusto Machado Silva

Renata Sitta Gomes Mariano

Comitê Científico

Adriana Meirelles

Alexandre Pinto Ribeiro

Adriana Torrencilhas Jorge

André Lacerda de Abreu Oliveira

Andrigo Barboza De Nardi

Aracelle Elisane Alves

Bruno Benetti Junta Torres

Bruno Moraes Assis

Bruno Watanabe Minto

Carlos Afonso de Castro Beck

Clederson Idenio Schmitt

Daniel Curvello de Mendonça Müller

Daniel Herreira Jarrouge

Danilo Ferreira Rodrigues

Denis Vinicius Bonato

Denner Santos Anjos

Eduardo Capasso dos Anjos Afonso

Eric Saymom Andrade Brito

Fabíola Dalmolin

Fabrício Singaretti de Oliveira

CBCAV 2017 – Resumos expandidosFICHA TÉCNICA

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Felipe Farias Pereira da Câmara Barros

Jussara Peters Scheffer

José Eduardo Basilio de Oliveira Gneiding

Leandro Nassar Coutinho

Leandro Zuccolotto Crivellenti

Lucas de Freitas Pereira

Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias

Luisa Gouvea Teixeira

Luisa Pucci Bueno Borges

Luiz Antônio Franco Silva

Marco Augusto Machado Silva

Maria Angélica Baron Magalhães

Maria Eduarda Bastos Andrade Moutinho da Conceição

Maurício Veloso Brun

Nazilton de Paula Reis Filho

Ney Luis Pippi

Olizio Claudino da Silva

Otavio Luiz Fidelis Junior

Paulo Aléscio Canola

Paulo Fernandes Marcusso

Paulo Vinícius Marinho

Pedro Paulo Maia Teixeira

Priscila Pavini Cintra

Rafael Ricardo Huppes

Renata Sitta Gomes Mariano

Richard da Rocha Filgueiras

Rodrigo Norberto Pereira

Sabryna Gouvea Calazans

Saymom Andrade Brito

Tais Harumi de Castro Sasahara

Talita Raposo Ferreira

Thiago André Salvitti de Sá Rocha

Tiago Luís Treichel

Luisa Gouvêa Teixeira

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CBCAV 2017 – Resumos simplesAVALIADORES

Talita Raposo-Ferreira

Bruno Torres

André Oliveira

Bruno Assis

Denis Bonato

Tais Sasahara

Fabíola Dalmolin

Adriana Meirelles

Maria Angelica Baron

Paulo Fernandes Marcusso

Eric Saymom Andrade Brito

Otavio Luiz Fidelis Junior

Aracelle Elisane Alves

Denner Santos Anjos

Daniel Jarrouge

Richard Filgueiras

Me. Clederson Idenio Schmitt

Lucas de Freitas Pereira

Luisa Pucci Bueno Borges

José Eduardo Basilio de Oliveira Gneiding

Leandro Nassar Coutinho

Leandro Zuccolotto Crivellenti

Adriana Jorge

Bruno Watanabe Minto

Luisa Gouvea Teixeira

José Eduardo Gneiding

Adriana Torrecilhas Jorge

Marco Augusto Machado Silva

Ma. Priscila Pavini Cintra

Prof.a Dr.a Sabryna Calazans

Prof. Nazilton de Paula Reis Filho

Prof. Me. Eduardo Capasso dos Anjos Afonso

Dr. Tiago Luís Treichel

Eric Saymom Andrade Brito

Dr Paulo Fernandes Marcusso

Prof.a Dr.a Luisa Gouvea Teixeira

Fabíola Dalmolin

Bruno Torres

Paulo Vinícius Marinho

Ney Pippi

Bruno Assis

Leandro Coutinho

Daniel Jarrouge

Maria Eduarda Moutinho da Conceição

Thiago Salvitti de Sá Rocha

Luisa Teixeira

Paulo Vinícius Marinho

Rafael Huppes

Alexandre Ribeiro

Felipe Barros

Pedro Paulo Maia Teixeira

Renata Sitta Mariano

Luisa Pucci Bueno Borges

Marco Augusto Machado Silva

Maria Angelica Baron

Andrigo De Nardi

Marco Augusto Machado Silva

Leandro Crivellenti

José Eduardo Gneiding

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Comissão Científica

Bruno Benetti Junta Torres

Luisa Pucci Bueno Borges

Pedro Paulo Maia Teixeira

Renata Sitta Gomes Mariano

Rodrigo Norberto Pereira

Olizio Claudino da Silva

Daniel Curvello de Mendonça Müller

Marco Augusto Machado Silva

Leandro Zuccolotto Crivellenti

Andrigo Barboza De Nardi

Ney Luis Pippi

Jussara Peters Scheffer

Daniel H. Jarrouge

Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias

Bruno Watanabe Minto

Felipe Farias Pereira da Câmara Barros

Fabrício Singaretti de Oliveira

Thiago André Salvitti de Sá Rocha

Alexandre Pinto Ribeiro

Danilo Ferreira Rodrigues

Richard da Rocha Filgueiras

André Lacerda de Abreu Oliveira

Paulo Aléscio Canola

Maria Angélica Baron Magalhães

Fabíola Dalmolin

Maurício Veloso Brun

Carlos Afonso de Castro Beck

Bruno Moraes Assis

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ADESIÓLISE VIDEOLAPAROSCÓPICA EM OVINOS: ESTUDO PILOTOVideolaparoscopic adesiosis in sheep: pilot study Pg.9

APLICAÇÃO INTRAVENOSA DE METRONIDAZOL, CEFTRIAXONA E ENROFLOXACINA EM CADELAS ANESTESIADAS COM ISOFLURANO - REPERCUSSÃO DOS PARÂMETROS HEMODINÂMICOS E CARDIORRESPIRATÓRIOSIntravenous application of metronidazole, ceftriaxone and enrofloxacin in dogs anesthetized with isoflurane – impact of hemodynamic and cardiorespiratory parameters Pg.10

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO AFUNDAMENTO DE DOIS NOVOS MODELOS DE HASTE FEMORAL APÓS A CIRURGIA DE PRÓTESE TOTAL DO QUADRIL EM CÃESEvaluation of two new brazilian femoral stems to resist subsidence after total hip replacement in dogs Pg.11

AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE BIOPSIA HEPÁTICA VIDEOASSISTIDA COM PINÇA BABCOCKEVALUATION OF THE VIDEOASSISTIATED HEPATIC BIOPSY TECHNIQUE WITH BABCOCK CLAMP Pg.12

CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS ALÓGENAS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO NAS OSTEOSSÍNTESES MINIMAMENTE INVASIVAS NA TÍBIA DE CÃES Allogenic adipose-derived mesenquimal stem cells in minimally invasive osteosynthesis of the tibia in dogs Pg.13

CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS AUTÓLOGAS NO TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE INDUZIDA DA ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL EM COELHOS (ORYCTOLAGUS CUNICULUS)Use of autologous mesenchymal stem cells in the treatment of hip osteoarthritis in rabbits (Oryctolagus cuniculus) Pg.14

CINCO INTUSSUSCEPÇÕES SECUNDÁRIAS A HIPERMOTILIDADE POR ENTEROCOLITE EM MINI-PÔNEIFive intussusceptions secondary to enterocolitis in a miniature pony Pg.15

CIRURGIA RECONSTRUTIVA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO DE HEMANGIOSSARCOMA EM CÃO – RELATO DE CASOReconstructive surgery as an aid in the treatment of hemangiosarcoma in dogs - Case report Pg.16

CORREÇÃO DE HÉRNIA RUMINO-RETÍCULO-ABOMASAL EM BOVINO,COM UTILIZAÇÃO DE TELA DE POLIPROPILENOCorrection of rumen-reticulum-abomasal hernia in bovine, using polypropylene mesh Pg.17

DESENSIBILIZAÇÃO LOCAL PARA CATETERIZAÇÃO DA ARTÉRIA DIGITAL PALMAR DE CAVALOS COM O USO DE MISTURA EUTÉTICA TÓPICA (LIDOCAÍNA 2,5% e PRILOCAÍNA 2,5%)Topical eutectic mixture (lidocaine 2.5% and prilocaine 2.5%) as local desensitizing agent for purposes of digital artery catheterization of horses Pg.18

REPARAÇÃO CIRÚRGICA DA AVULSÃO DO TENDÃO CALCÂNEO COMUM POR TRAUMA PERFUROCONTUNDENTE EM CÃO – UM RELATO DE CASOSurgical repair of calcanean tendon avulsion by biting in dogs – a case report Pg.19

ESTRANGULAMENTO JEJUNAL POR LIPOMA PEDUNCULADO EM EQUINO PURO SANGUE INGLÊS Jejunal strangulation by penduculated lipoma in a Thoroughbred horse. Pg.20

Sumário

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ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE A SOBREVIDA DE CÃES COM NEOPLASIAS MALIGNAS: IMPACTO DA IDADE E DO TIPO HISTOLÓGICORetrospective study on survival of dogs with cancer: significance of age and tumor type Pg.21

FRATURA DE COSTELA EM BÚFALO: RELATO DE CASORip fracture in buffalo: case report Pg.22

INCONGRUÊNCIA DO COTOVELO EM CÃO COM FECHAMENTO PRECOCE DA FISE DISTAL DE ULNA TRATADO COM OSTEOTOMIA ULNAR PROXIMAL DINÂMICA – RELATO DE CASODynamic proximal ulnar osteotomy for the treatment of a elbow incongruency in a dog - case report Pg.23

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM UM CÃO Intestinal intussusception in a dog Pg.24

LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO METACARPO-FALANGEANA COM RUPTURA DA CAPSULA ARTICULAR E EXPOSIÇÃO ÓSSEA EM EQUINO: RELATO DE CASODislocation of the metacarpophalangeal joint with rupture of the joint capsule and bone exposure in horse: case report Pg.25

MIELOMENINGOCELE ASSOCIADO À SÍNDROME DA MEDULA ANCORADA EM UM CÃOMYELOMENINGOCELE ASSOCIATED WITH TETHERED CORD SYNDROME IN A DOG Pg.26

Miectomia bilateral de esfíncter anal externo com caudectomia sacrococcígea e esfincteroplastia anal externa para exérese de epitelioma em cãoExternal anal sphincter bilateral myectomy with sacrococcygeal caudectomy and external anal sphincteroplasty for epithelioma excision in dogs Pg.27

MINIRUMINOSTOMIA VIDEOASSISTIDA EM OVINOS: ESTUDO PRELIMINAR DO MODELO EXPERIMENTALVideo-assisted mini-ruminostomy in sheep: preliminar study of experimental model Pg.28

OSTEOSSÍNTE MANDIBULAR EM BORREGO DA RAÇA SANTA INÊS.Mandibular osteosynteshis in Santa Inês lamb. Pg.29

OSTEOSSARCOMA MAMÁRIO SEM EVIDÊNCIA DE METÁSTASE EM CADELA – RELATO DE CASOMammary osteosarcoma whitout evidence of metastasis in a dog – case report Pg.30

PARTICULARIDADES DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL DE CAVALOS ADULTOSIntra-abdominal pressure screening in adult horses Pg.31

POSTIOPLASTIA PARA A REDUÇÃO DE FIMOSE CONGÊNITA EM UM CÃO – RELATO DE CASOPostio solution for the reduction of congenital phyosisin a dog- Case report Pg.32

SABLOSE EM CÃO - RELATO DE CASOSablose in dog - case report Pg.33

TÉCNICA PLATE-ROD PARA TRATAMENTO DE FRATURA COMPLEXA DE FÊMUR EM JAGUATIRICA (LEOPARDUS PARDALIS)Plate and rod for the treatment of a complex femur fracture in Jaguatirica (Leopardus pardalis) Pg.34

TREPANAÇÃO EM RINITE ALÉRGICA CAUSADA POR CRIPTOCOCCUS: RELATO DE CASO Trephination in allergic rhinitis caused by Crytococcus: case report Pg.35

IMPLANTE NÃO CIMENTADO PARA ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL – ESTUDO EXPERIMENTAL EM OVINOS. RESULTADOS PRELIMINARES.Implant for cementless total hip replacement – Experimental study in sheep. Preliminary results. Pg.36

USO DA CRIOTERAPIA COM NITROGÊNIO COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DERMOVILITE EM EQUINOUse of nitrogen cryotherapy as an adjuvant in the surgical treatment of hypertrophic pododermatitis in equine Pg.37

USO DA COAGULAÇÃO BIPOLAR EM CADELAS COM PIOMETRA SUBMETIDAS À OVARIOHISTERECTOMIA – RESULTADOS PARCIAISUse of bipolar coagulation in bitches with pyometra submitted to ovariohysterectomy –Partial results Pg.38

USO DA CRIOTERAPIA COM NITROGÊNIO COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DERMOVILITE EM EQUINOUse of nitrogen cryotherapy as an adjuvant in the surgical treatment of hypertrophic pododermatitis in equine Pg.39

Videolaparoscopia em Camundongo (Mus Musculus)Videolaparoscopy in mice (Mus musculus) Pg.40

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Gabriela M. A. Santos1, Paulo I. T. Silva2, Adriana E. C. Barbosa1, Babara C. Guilherme1*, Luisa P. B. Borges1, Hanna L. M. Morais1, Daniela K. O. Bezerra1, Luciana S. Siqueira1, Lais A. S. Souza1, Kayan C. Rossy1, Renato A. Oliveira1, Rodrigo S. Albuquerque1, Carolina F. João1, Pedro P. M. Teixeira1

1. Instituto de Medicina Veterinária, 2. Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal do Pará. Br 316 Km 61, Castanhal, PA. *[email protected]

ADESIÓLISE VIDEOLAPAROSCÓPICA EM

OVINOS: ESTUDO PILOTOVideolaparoscopic adesiosis in sheep: pilot study

O objetivo deste trabalho foi avaliar, em um estudo piloto, a técnica de adesiólise videocirúrgica em ovinos que apresentavam aderências em ovários e útero, induzidas por modelo de diatermia bipolar. Inicialmente foram utilizadas duas fêmeas ovinas, adultas submetidas a aderências em ovário e útero por laparotomia na linha média, realizando três pontos de coagulação no corno direito e um ponto de coagulação no ovário direito, com uma pinça bipolar. Após 15 dias os animais foram submetidos à laparoscopia exploratória para a adesiólise com pinça de Maryland, na qual foram classificados os graus de aderências (tanto em quantidade e quanto na possibilidade reprodução futura). Nos dois animais, o grau de aderência pelo modelo experimental induzido foi alto, ambos apresentaram aderência de omento na parede abdominal no local de acesso da laparotomia, apresentando também aderência entre o ovário e útero com alças intestinais. Nos dois animais foi possível realização de adesiólise entre o omento e a parede abdominal e nas porções uterinas, porém nas porções mais próximas ao ovário, o procedimento foi realizado com maior dificuldade, devido fragilidade da tuba uterina, não sendo possível realizar completa adesiólise da porção do infundíbulo. Este estudo piloto verificou que a técnica de adesiólise videocirúrgica é possível, porém

dependendo do grau de aderências nem sempre se pode afirmar que a paciente voltará a reprodução de forma natural, porém completa visualização do ovário possibilita a reprodução de forma assistida por aspiração folicular.

Palavras-chave: aderências, ovário, útero, ovelhas.

Key-words: adhesion, ovary, uterus, ewes.

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MV. MSc. Paula R. S. Gomide1, Bruno W. Minto1*, Gabriel Cristofoletti 1, Tiago C. Prada1, Fabrícia G. F. Filgueira1, Ana Paula Gering1, André Escobar1, Nicole W. Pereira2, Juliana T. Brondani2

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP – Câmpus de Jaboticabal2Médica veterinária autônoma – Curitiba/PR

Endereço: Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n – Jaboticabal/SP. CEP: 14884-900. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária. E-mail: [email protected]

APLICAÇÃO INTRAVENOSA DE METRONIDAZOL, CEFTRIAXONA E ENROFLOXACINA EM CADELAS

ANESTESIADAS COM ISOFLURANO - REPERCUSSÃO DOS PARÂMETROS HEMODINÂMICOS E

CARDIORRESPIRATÓRIOSIntravenous application of metronidazole, ceftriaxone and enrofloxacin

in dogs anesthetized with isoflurane – impact of hemodynamic and cardiorespiratory parameters

RESUMO

Objetivou-se avaliar os efeitos cardiorrespiratórios e hemodinâmicos do metronidazol, ceftriaxona e enrofloxacina em cadelas anestesiadas com isoflurano. Foram utilizadas 40 cadelas hígidas, distribuídas igualmente em 4 grupos, submetidas a injeções intravenosas de cloreto de sódio 0.9% (GP), ou 25 mg kg-1 de metronidazol (GM), ou 22 mg kg-1 de ceftriaxona (GC), ou 5 mg kg-1 de enrofloxacina (GE). O estudo foi do tipo cego e randomizado. Estipulou-se volume e tempo de administração igual para todos (15 mL em 1 min), sendo esse valor alcançado administrando solução de cloreto de sódio 0,9%. O mesmo protocolo anestésico foi utilizado. Os dados analisados foram frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura corporal (T°C), fração expirada de dióxido de carbono (ETCO2), saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2), pressão arterial sistólica, média e diastólica (PAS, PAM e PAD) pelo método invasivo, nos tempos T0, 5 (T5), 10 (T10), 15 (T15), 20 (T20) e 30 (T30) minutos após administração do antimicrobiano. Para análise estatística utilizou-se o Shapiro-Wilk,

seguido do “two-way” ANOVA e Tukey (p≤0,05). A FC apresentou redução no T5 e T30 no GE comparado ao valor basal. A FR teve aumento no T30 no GP. As PAS e PAM tiveram um decréscimo após 30 minutos no GC. Houve diminuição na PAM no T5, T10 e T15 no GE. A T°C teve decréscimo em todos os grupos comparados ao valor basal. Todos os antimicrobianos estudados podem ser utilizados na terapia profilática em cadelas, em suas doses recomendadas pela literatura, sendo o metronidazol o mais seguro.

Palavras-chave: antimicrobiano, anestesia geral, hipotensão, cadelas

Key-words: antimicrobials, general anesthesia, hypotension, bitches

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MV. MSc. Dr. Bruno W. Minto1*, MV. Lúcia Maria Izique Diogo1, MV. Wanderley Severo Junior2, MV. Nicole W. Pereira1, MV. MSc. Dr. Cláudia Valéria Seullner Brandão3, MV. MSc. Dr. Luis G.G.G. Dias1

1 FCAV – Unesp – Jaboticabal – SP2 Médico Veterinário Autônomo – Rio de Janeiro – RJ

3 FMVZ – Unesp – Botucatu – SP

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO AFUNDAMENTO DE DOIS NOVOS MODELOS DE HASTE FEMORAL APÓS A CIRURGIA DE

PRÓTESE TOTAL DO QUADRIL EM CÃESEvaluation of two new brazilian femoral stems to resist

subsidence after total hip replacement in dogs

A prótese total não cimentada da articulação coxofemoral canina apresenta excelentes índices de sucesso no tratamento da osteoartrose do quadril, entretanto está associada a sérias complicações como as fraturas periprotéticas e o afundamento catastrófico do componente femoral. Com o objetivo principal de reduzir as taxas de complicações novos modelos não cimentados vêm sendo desenvolvidos e amplamente testados. O presente projeto de pesquisa teve como objetivo avaliar a utilização de dois modelos próteticos não cimentados, desenvolvidos e confeccionados no Brasil, na prevenção do afundamento da haste femoral, em cães. Foram utilizadas 24 articulações submetidas à prótese total não cimentada do quadril em 21 pacientes da espécie canina, de raças variadas, sendo 12 machos e 9 fêmeas, com média de idade de 50,84 meses. As 24 próteses foram dividas em dois grupos experimentais, sendo o grupo 1 (G1) composto de 10 articulações submetidas a utilização de haste femoral protética do modelo denominado de primeira geração ou Belly e o grupo 2 (G2) com 14 articulações nas quais utilizou-se o modelo de segunda geração ou Collar. Todos os pacientes foram avaliados radiograficamente e clinicamente para a ocorrência de afundamento da haste femoral protética nos períodos

pós-operatório imediato e aos 30 (M1) e 120 (M2) dias após a cirurgia. No G1 observou-se afundamento da haste femoral em três das 10 próteses, enquanto que no G2, seis das 14 apresentaram deslocamento distal da haste protética. Nenhum dos casos apresentou implicações clínicas a despeito de dois afundamentos acima de 10 mm. Os dois modelos protéticos mostraram-se efetivos na restauração da função da articulação do quadril com doença articular degenerativa. O preenchimento sub-ótimo do leito femoral pela haste protética e o desvio varus não apresentaram correlação positiva com o grau de afundamento. Ambos os modelos avaliados mostraram efetividade parcial contra o afundamento, contudo nenhuma implicação clínica foi registrada.

Palavras-chave: artroplastia, cão, displasia, complicações, press-fit, subsidence

Key words: arthroplasty, dog, dysplasia, complications, press-fit.

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M.V. Daniella K. O. Bezerra¹, M.V. Verena C. Ferreira¹, M.V. Danielle F. Fernandes¹, M. V. Ana C. S. Costa¹, Hanna L. M. Morais¹, M. V. Adriana E. C. Barbosa¹, M. V. Lais A. S. Souza¹, Gabriela M. A. Santos, Barbara C. Guilherme¹, Maria J. S. Cavalcante¹, M. V. Dr. Pedro P. M. Teixeira¹.

¹Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará.*Conjunto Geraldo Palmeira, cep 67040-340, Ananindeua-Pará, E-mail: [email protected]

AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE BIOPSIA HEPÁTICA VIDEOASSISTIDA COM PINÇA

BABCOCKEVALUATION OF THE VIDEOASSISTIATED HEPATIC BIOPSY

TECHNIQUE WITH BABCOCK CLAMP

RESUMO

A laparoscopia é um procedimento minimamente invasivo de grande utilização na medicina veterinária. A técnica de biopsia por videolaparoscopia se mostra adequada ao paciente por ser menos invasiva. O objetivo do estudo é relatar biopsias hepáticas videoassistida com pinça de manipulação babcock realizada em pacientes caninos com histórico de alteração hepática, avaliando a qualidade do fragmento obtido. Foram selecionados cães com histórico de alteração hepáticas em enzimas e ultrassonografia. Foi realizado o acesso ventral na técnica de Hasson, com dois portais laparoscópicos, um de 10 mm para ótica alguns centímetros caudais a cicatriz umbilical e um de 5 mm cranial para a pinça de manipulação babcock. Foi instituído o pneumoperitônio com dióxido de carbono, realizando então a laparoscopia exploratória. Foi retirado 3 a 4 fragmentos para biopsia de cada paciente de regiões do fígado que apresentavam alterações com suspeita de degenerações ou massas. A pinça babcock apreende a porção do órgão, segura por 5 segundos com pressão, o trocarter é elevado próximo ao órgão, fazendo

o corte do fragmento. Os procedimentos ocorreram sem intercorrências. Resultados: o fragmento obtido foi ideal para o diagnóstico histopatológico nos três pacientes, tendo como diagnóstico doença associada a anemia; colangite e hepatite periportal crônica associado a traços supurativos e moderada colestase; hiperplasia hepatocelular discreta associado à colangite linfocítica e formação de pontes de fibrina. A biopsia com a pinça de manipulação babcock ainda não tinha sido utilizada para esse tipo de procedimento e a mesma foi considerada viável para o procedimento.

Palavras-chave: Laparoscopia, hepatopatias, técnica de Hasson.

Keyword: Laparoscopy, hepatopathies, Hasson’s technique.

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MV. MSc. FRANCO, G.G.1*, MINTO, B.W.1, MV. MSc. FILGUEIRA, F.G.F.1, MV. MSc. MALLARD, P.2, MV. PEREIRA, N.W.1, MV. MSc. Dr. DIAS, L.G.G.G.1

1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Es-tadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Jaboticabal– São Paulo, Brasil.

2Laboratório Biocell – Brasilia – DF. Endereço: Avenida Caetano Merlino 221, Jardim São Marcos I, CEP 14887-242 – Jaboticabal - SP

E-mail: [email protected]

CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS ALÓGENAS DERIVADAS DE TECIDO

ADIPOSO NAS OSTEOSSÍNTESES MINIMAMENTE INVASIVAS NA TÍBIA DE

CÃES Allogenic adipose-derived mesenquimal stem cells in minimally invasive osteosynthesis of the tibia in dogs

RESUMO

O tratamento das fraturas, especialmente aquelas causadas por traumas de alta energia, permanece como grande desafio aos cirurgiões médicos e veterinários. A busca por terapias adjuvantes, assim como técnicas que possam melhorar os índices de sucesso, é fundamental na minimização das complicações potenciais. O objetivo deste projeto é avaliar a consolidação óssea após a realização da técnica de osteossíntese minimamente invasiva com placa (MIPO) associada à aplicação percutânea, no foco de fratura, de células-tronco mesenquimais alógenas derivadas de tecido adiposo (CTM-AD), na tíbia de cães. Foram utilizados 10 cães apresentando fraturas da tíbia, atendidos na rotina cirúrgica do Hospital Veterinário Escola da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Jaboticabal. Foram criados 2 grupos experimentais: grupo tratado (aplicação de 3 milhões de CTM-AD diluídas em 2 mL de solução salina no foco de fratura) e grupo controle (nada foi injetado), imediatamente após o procedimento de osteossíntese minimamente invasiva com placa bloqueada. Os animais foram avaliados

quanto à intensidade de formação do edema (EDE), atividade deambulatória (DEAM), exames radiográficos no momento imediato após a cirurgia e 15, 30, 60, 90 e 120 dias pós-operatórios. Não houve diferença estatística significativa entre os grupos com relação ao EDE e DEAM. Aos 15 dias de pós-operatório, 70% dos animais do grupo tratado apresentaram uso do membro operado sem claudicação. Houve diferença estatística quanto ao momento da consolidação, ocorrendo mais cedo no grupo tratado (40 dias). As CTM-AD associadas à MIPO auxiliaram a consolidação óssea em fraturas de tíbia de cães.

Palavras Chaves: aplicação percutânea, cão, consolidação óssea, fratura, osteossíntese biológica

Key words: percutaneous application, dog, bone healing, fracture, biological osteosynthesis

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MV. MSc. Lívia P. Coelho1, MV. Dr. MSc. Bruno W. Minto1*, MV. MSc. Guilherme G. Franco1, MV. MSc. Patrícia Mallard2, Dr. MSc. Márcio Botelho de Castro3, Dr. MSc. Eduardo Mauricio Mendes de Lima3, MV. Nicole W. Pereira1, MV. MSc. Fernando Yoiti Kawamoto1, MV. MSc. João Leonel de Souza1, MV. MSc. Paula Regina Silva Gomide1, MV. Caroline Ribeiro1, MV. Rafael Dreibi1, MV. Lucia Maria Izique Diogo1, MV. Dr. MSc. Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias1

1 Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, FCAV – Unesp – Jaboticabal - SP. 2 Biocell, Brasilia DF.

3 Universidade Federal de Brasilia – DF.* Endereço do autor correspondente, CEP: 14887042, Jaboticabal, SP. [email protected].

CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS AUTÓLOGAS NO TRATAMENTO

DA OSTEOARTRITE INDUZIDA DA ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL EM

COELHOS (ORYCTOLAGUS CUNICULUS)Use of autologous mesenchymal stem cells in the treatment of

hip osteoarthritis in rabbits (Oryctolagus cuniculus)

A cartilagem articular possui capacidade de reparação limitada, aumentado a predisposição ao desenvolvimento de alterações degenerativas, muitas vezes irreversíveis. Diversas formas de tratamento, cirúrgicas ou conservativas, são descritas, entretanto a terapêutica da osteoartrite continua sendo grande desafio ao médico veterinário. Neste contexto, a pesquisa envolvendo células-tronco mesenquimais destaca-se na busca de melhorias e avanços na reparação da cartilagem articular. Objetivou-se, no presente projeto, comparar a regeneração cartilaginosa da articulação coxofemoral de coelhos, com e sem o transplante de células-tronco mesenquimais autólogas, por meio de exames radiográficos e histopatológicos. Dois grupos, com 15 animais da espécie leporina cada, foram submetidos à indução química de osteoartrite com solução de colagenase 2% na articulação coxofemoral direita. No Grupo 1 (Células-tronco) realizou-se a aplicação intra-articular de células-tronco mesenquimais autólogas suspensas em 1ml de solução salina, enquanto que, o Grupo 2 (Controle) foi constituído por animais submetidos à aplicação intra-articular de solução salina estéril (1ml). Foram realizadas avaliações

radiográficas e histopatológicas aos 30, 60 e 90 dias após a aplicação. Os resultados histológicos deste ensaio indicam que células-tronco mesenquimais (Grupo 1) melhoraram discretamente a qualidade do tecido de reparo, de acordo com os critérios da escala semi-quantitativa ICRS 1 (“International Cartilage Repair Society”). O Grupo 1 (Células-Tronco) demonstrou superioridade em relação ao Grupo 2 principalmente nos parâmetros: Superfície articular, matriz extracelular e distribuição celular.

Palavras chave: cartilagem articular, colagenase, displasia coxofemoral, doença articular degenerativa

Key words: articular cartilage, collagenase, hip dysplasia, degenerative joint disease

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M.V. Mariana da Costa Gonzaga1, Profa. Dra. Rita de Cássia Campebell1*, Prof. Dr. Antônio Raphael Teixeira Neto1, M.V. Dr. Antônio Carlos Lopes Câmara 1, M.V. Elissa Ribeiro 1, M.V. Letiana da Silva Rehbein1, M.V. Gustavo Peixoto Braga1, M.V. Camila Osse de Souza1, M.V. Igor Louzada Moreira1, Prof. Dr. José Renato Junqueira Borges1

1 Hospital Escola de Grandes Animais, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília. *Área Especial SRB, Galpão 4, Granja do Torto, CEP: 70.636-200, Brasília, DF. E-mail: [email protected]

CINCO INTUSSUSCEPÇÕES SECUNDÁRIAS A HIPERMOTILIDADE POR ENTEROCOLITE

EM MINI-PÔNEIFive intussusceptions secondary to enterocolitis in a

miniature pony

A síndrome cólica é uma das afecções de caráter digestivo que mais acomete os equinos, devido a peculiaridades morfofisiológicas do aparelho digestório, propiciando o desenvolvimento de dores abdominais com etiologia e clínica múltiplas. Objetiva-se descrever a ocorrência de enterocolite e complicações associadas em um mini-pônei de 10 meses e 30 kg. O animal foi encaminhado devido a histórico de diarreia profusa e fétida nos últimos 3 dias. Ao exame clínico, observou-se desidratação moderada, mucosas hiperêmicas, taquicardia (86 bpm) e hipermotilidade intestinal. Diante da suspeita clínica de enterocolite, instituiu-se terapia com enrofloxacina (5mg.kg-1, SID, 7 dias), flunixin meglumine (1,1 mg.kg-1, SID, 3 dias) e probióticos orais. Após 12h, o animal apresentou piora clínica severa, demonstrando dor irresponsiva a fármacos, diarreia sanguinolenta, timpanismo e hipomotilidade. Na laparotomia exploratória, constatou-se estômago distendido por líquido (refluxo entero-gástrico), cinco intussuscepções de jejuno e distensão das alças anteriores ao intussuscepto. Realizou-se enterectomia de aproximadamente 70 cm de jejuno e enteroanastomose com sutura simples separada e fio

poliglactina 910 2-0. No tratamento medicamentoso pós-cirúrgico utilizou-se penicilina procaína, gentamicina e flunixim meglumine associados a jejum alimentar de 48 horas e fornecimento gradual de alimento pastoso. Quatro dias após a cirurgia, o equino veio à óbito e a necropsia revelou peritonite fibrinosa difusa devido extravasamento do conteúdo intestinal, por deiscência de um ponto da sutura da enteroanastomose. Assim, reitera-se a importância do acompanhamento clínico minucioso em pacientes com enterocolites, pois os episódios de hipermotilidade intestinal, quando não controlados, podem ocasionar deslocamentos estrangulativos e deiscência da enteroanastomose.

Palavras chave: enterocolite, enteroanastomose, intussuscepção, mini-pônei.

Keywords: enteroanastomosis, enterocolitis, intussusceptions, miniature pony.

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MV. Daniella Bezerra¹, MV. Carlos Oliveira², MV. Msc. Glaucia Santos², MV. Lais Souza¹, MV. Dr. Carolina João¹, M.V Amanda Danin ²

¹Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará.²Autônomo

*Conjunto Geraldo Palmeira, cep 67040-340, Ananindeua-Pará, E-mail: [email protected]

CIRURGIA RECONSTRUTIVA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO DE

HEMANGIOSSARCOMA EM CÃO – RELATO DE CASO

Reconstructive surgery as an aid in the treatment of hemangiosarcoma in dogs - Case report

O hemagiossarcoma é uma neoplasia com origem nas células do endotélio vascular de carácter maligno. É comum em cães machos entre 8 e 13 anos. A exérese da massa deve obedecer a margem ampla em todas as direções, podendo causar lesões extensas, dificultando a união dos bordos. Cirurgias reconstrutivas são utilizadas para fechar essas lesões. A técnica de retalho de transposição é considerada muito eficaz, podendo ser usada em diversas regiões do corpo. O objetivo do trabalho foi de relatar um caso de hemangiossarcoma em cavidade oral. Foi atendido um canino, fêmea, 10 anos, sem raça definida com um nódulo na face interna do lábio superior esquerdo de aproximadamente 4 cm, arredondado, ulcerado, avermelhado, irregular, peduncular, com crescimento de um mês. Realizada citologia aspirativa, teve-se diagnóstico sugestivo hemangiossarcoma. Realizou-se a exérese da massa, por meio de incisão tangenciando as bordas com uma margem de 0,5cm, expondo nervos e vasos mais profundos. Para fechamento do defeito cirúrgico foi confeccionado um retalho de transposição de 180 graus, com base próxima ao defeito. O retalho foi feito por meio de secção e divulsão cuidadosos após medida de

comprimento e largura do retalho. O mesmo foi girado 180 graus até cobrir o defeito cirúrgico e suturado com pontos isolados simples usando fio poliglecaprone 3/0. No pós-operatório foi indicado limpeza com gluconato de clorhexidina 0,12% duas vezes ao dia. Não houve deiscência dos pontos, nem recidiva do tumor após três anos. O retalho de transposição de mucosa se mostrou eficaz para cobrir o defeito.

Palavras-chave: cavidade oral, neoplasia, retalho

Keyword: Oral cavity, neoplasm, flap

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Itaiara Pinheiro1, Renato Abrantes1, Barbara C. Guilherme1*, Gabriela M. A. Santos1, Hanna L. M. Morais1, Flávio da Silva1, Mário M. Guimarães1, Kayan C. Rossy1, Tatiane T. Albernaz1, . Pedro P. M. Teixeira1, Marcos D. Duarte¹.

1 Instituto de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA. *[email protected]

CORREÇÃO DE HÉRNIA RUMINO-RETÍCULO-ABOMASAL EM BOVINO, COM UTILIZAÇÃO

DE TELA DE POLIPROPILENOCorrection of rumen-reticulum-abomasal hernia in bovine,

using polypropylene mesh

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de hérnia Rumino-retículo-abomasal com 40 cm de diâmetro, de um bovino macho, da raça Girolando, com 8 meses de idade, pesando 120 quilos, atendido no Hospital Veterinário de Grandes Animais da Universidade Federal do Pará. O proprietário relatou que o animal nasceu com um aumento de volume abdominal, onde o mesmo estaria progredindo de tamanho. Foi realizado o exame clínico, onde os parâmetros fisiológicos estavam sem alterações, na inspeção física, observou-se e palpou-se um aumento de volume abdominal, com presença de órgãos aderidos a pele e musculatura, diagnosticando uma hérnia Rumino-retículo-abomasal. Optou-se pela intervenção cirúrgica, onde o animal foi anestesiado com Xilasina 2℅ na dose de 0,05 mg/kg, em seguida realizou-se a antissepsia cirúrgica, e em seguida incidiu-se a pele e musculatura na linha média proximal à cicatriz umbilical, dissecando as aderências entre a musculatura e os orgãos, expondo o saco herniário, visualizando uma atrofia muscular com anel umbilical. Foi realizada a omentalização

das vísceras e colocação de 2 telas de polipropileno, sobrepostas, medindo 30x60 centímetros, ancoradas por 8 pontos na musculatura, de forma interiorizada, suturando com ponto contínuo a parte superior do anel à tela, sendo o subcutâneo reduzido com pontos de Walking Suture. São comuns as reincidivas após herniorrafias de hérnias com diâmetro extenso, porém com a colocação de tela de polipropileno, não houve até o presente momento reação de evisceração e deiscência da sutura, sendo uma boa opção para reconstruções herniárias extensas.

Palavras-chave: Herniorrafia, Hérnia, Extensa, Bovino, Polipropileno.

Keyword: Herniorrhaphy, Hernia, Extensive, Bovine, Polypropylene.

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M.V. Gabriela G. Rivera1; M. V. Vanessa B. de Paula1; M.V. MSc. Diego I. Yamada1; M.V. MSc. Darcio Z. Filho1; M.V. Dr. MSc. Júlio C. Canola1; M.V. Dr. MSc. Carlos A. A. Valadão1; M.V. Dr. MSc. Paulo A. Canola1*.

1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.

*Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, São Paulo. E-mail: [email protected].

DESENSIBILIZAÇÃO LOCAL PARA CATETERIZAÇÃO DA ARTÉRIA DIGITAL PALMAR DE CAVALOS COM O

USO DE MISTURA EUTÉTICA TÓPICA (LIDOCAÍNA 2,5% e PRILOCAÍNA 2,5%)

Topical eutectic mixture (lidocaine 2.5% and prilocaine 2.5%) as local desensitizing agent for purposes of digital artery catheterization of horses

Resumo

O uso de misturas eutéticas de anestésicos locais tem se tornado rotina na Medicina Veterinária devido à sua eficácia e menor invasividade. Após tricotomia ampla do sulco metacarpiano (face abaxial dos sesamoides proximais), aplicou-se camada de mistura eutética comercial de lidocaína 2,5% e prilocaína 2,5%, seguido da aplicação de bandagem local. No primeiro equino, decorridos 45 minutos, após antissepsia local com clorexidine degermante 2% e lavagem com álcool 70%, aventou-se a cateterização arterial. Inicialmente, a desensibilização local foi testada por meio de estímulos sutis com agulha 25mm x 8mm sobre a pele do animal. No entanto, à tentativa de canulação do vaso, notou-se ausência de desensibilização local nas camadas teciduais mais profundas, caracterizada por retirada do membro do solo frente à transposição do bisel na derme. A partir deste resultado, o tempo de ação da pomada foi acrescido de forma exponencial (duas, quatro, seis e oito horas), nos quatro animais conseguintes do estudo. Observou-se que, após oito horas, houve redução mais expressiva da sensibilidade local,

favorecendo consideravelmente a cateterização arterial. O mesmo tempo de latência foi implementado em outros cinco equinos. Observou-se resposta positiva quanto à dessensibilização local, por meio da redução da reatividade dos animais (variação individual), frente à cateterização. Sugere-se que a variação individual observada pode ser decorrente da variabilidade de espessura da pele no local. Desta forma acredita-se que o tempo necessário para o anestésico transpassar as camadas da epiderme e derme, no cavalo, demande ao menos oito horas, diferentemente das quatro horas necessárias nos seres humanos.

Palavras-chaves: equinos, anestesia local, anestésico tópico, pomada, arteriopunção.

Keywords: equine, local anesthesia, topical anesthetic, balm, arterial catheterization.

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M.V Paula Silva Regina Gomide1, MV. MSc. Luis Guilherme Faria1 MV. Nabessima, C.1; MV. Dr. MSc. Luciane R. Mesquita2; Juliany Gomes Quitzan2; Emerson G. M. Siqueira2; João Augusto Leonel Souza1; M.V Nicole Wolski Pereira 1, M.V. Dr. MSc. Bruno Watanabe Minto1*.

[1] Departamento de Cirurgia Veterinária, Universidade Estadual Paulista FCAV/Unesp Jaboticabal/SP. [2]Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, Universidade Estadual Paulista Botucatu/SP. * Endereço do autor correspondente, CEP: 14884-900, Jaboticabal, SP. E-mail [email protected]

REPARAÇÃO CIRÚRGICA DA AVULSÃO DO TENDÃO CALCÂNEO COMUM POR TRAUMA

PERFUROCONTUNDENTE EM CÃO – UM RELATO DE CASO

Surgical repair of calcanean tendon avulsion by biting in dogs – a case report

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo relatar o tratamento com sucesso da avulsão do tendão calcâneo comum. Um cão da raça Rottweiler, fêmea, três anos, 35kg, com hiperflexão e solução de continuidade (com secreção exsudativa piosanguinolenta) da articulação tarso-metatársica esquerda foi atendido. O condutor refere trauma perfurocontundente decorrente de mordedura há 3 dias. À inspeção do tendão comum do calcâneo observou descontinuidade de aproximadamente um centímetro, fragmentos edemaciados e deambulação plantígrada da articulação em questão. Exames radiográficos e ultrassonográficos foram requeridos para averiguar a lesão e dano aos tecidos adjacentes. Após comprovação do diagnóstico, o animal fora submetido ao manejo da ferida e, após três semanas, submetido à tenorrafia com fio de sutura de poligalactina 910, proporcionando imobilização temporária da articulação. Empregou-

se um fixador esquelético externo tipo II bloqueado por barras de acrílico. Após três meses o paciente encontrava-se com claudicação leve. Neste momento, observou-se remodelamento tendíneo ao exame ultrassonográfico. No quinto mês o paciente retomou a deambulação. O sucesso de uma tenorrafia depende da imobilização da articulação por no mínimo 21 dias. No caso, foi aplicado fixador externo na articulação durante 2 meses. Independente da técnica cirúrgica utilizada é importante minimizar o trauma às estruturas circunvizinhas, pois o tendão é relativamente avascular e depende delas para reparar-se. Com os resultados obtidos é possível afirmar que a técnica de tenorrafia com o uso do fio de poligalactina 910 associado ao fixador externo, foi satisfatória pois promoveu a cicatrização do tendão e retorno da função.

Palavras-chave: ortopedia, tenorrafia, cão, cicatrização.

Keywords: orthopaedics, tenorrhaphy, dog, healing.

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MV Ana B. Nóbrega1, MV. Samuel F. Bastos1, MV. Lorena G. Araujo1 , MV. Kyelsenn L. S. Ribeiro1, Ronierre N. Rodrigues2, Júlio R. M. Pereira3, MV. MSc Cleyber J.T. Fátima4, MV. Dr. Carlos Henrique Câmara Saquetti5

1 Residente em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Hospital Veterinário da União Pioneira de Integração Social (HV UPIS), Planaltina – DF.

2 Estudante de Graduação da União Pioneira de Integração Social (HV UPIS).3 Médico Veterinário Autônomo.

4 Professor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais da União Pioneira de Integração Social (UPIS). 5 Médico Veterinário da PMDF.

* Fazenda Lagoa Bonita, BR 020 KM 12, DF 335 KM 4,8, Planaltina – DF, CEP: 70390125; E-mail: [email protected]

ESTRANGULAMENTO JEJUNAL POR LIPOMA PEDUNCULADO EM EQUINO PURO SANGUE INGLÊS Jejunal strangulation by penduculated lipoma in a Thoroughbred horse.

Estrangulamento intestinal por lipoma pedunculado é uma importante causa de cólica em cavalos idosos. O diagnóstico geralmente é realizado durante cirurgia de laparotomia exploratória, quando o lipoma é identificado e a alça intestinal envolvida é submetida a enterectomia quando esta se encontra inviável. Foi encaminhado para o HVET- UPIS uma égua, 460Kg, 15 anos, apresentando sinais de cólica há 24 horas. O animal apresentava dor e sudorese intensa, frequência cardíaca 84 bpm, respiratória 46 mpm, mucosas congestas, atonia intestinal. À palpação retal foi constatado distensão de alças do intestino delgado. No ato cirúrgico foi observado que alças do jejuno estavam estranguladas e isquêmicas (2 metros) por um pedúnculo fibrovascular bastante curto do mesentério do jejuno ligado a uma massa de tecido adiposo (lipoma) de 10cm de diâmetro. Foi realizada a enterectomia seguida de enteroanastomose jejuno-jejunal com padrão simples interrompido e fio poligalactina 910 (no. 2-0). O pós-operatório foi realizado com penicilina potássica (30.000 UI/kg), TID, por 5 dias, gentamicina (6,6

mg/kg), SID, por 5 dias, dipirona sódica (20 mg/kg), BID, por 3 dias, flunixin meglumine (1,1 mg/kg), SID, por 4 dias - IV, heparina (60 UI/kg), TID, por 3 dias – IM e lidocaína como agente pró-cinético (1,3mg/kg – bólus; 0,05mg/kg – manutenção). Contudo, o animal não respondeu a medicação e veio a óbito depois de 4 dias de tratamento, devido a fatores complicantes como íleo adinâmico e peritonite.

Palavras-Chave: Enterotomia, equino, laparotomia, jejuno.

Keywords: Enterotomy, equine, laparotomy, jejunum.

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MV. Jéssica C. de Barros1, MV Laís F. Sargi2, MV. MSc. Denner S. dos Anjos3, MV. Elaine C. Stupak4, MV. Dr. MSc. Sabryna G. Calazans1

1 Programa de Mestrado em Ciência Animal, UNIFRAN2 Programa de Aprimoramento em Cirurgia de Pequenos Animais, UNIFRAN

3 Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária FCAV/Unesp-Jaboticabal4 Médica veterinária autônoma

*Av. Dr. Armando Salles Oliveira, n. 201, Parque Universitário, CEP14404-600, Franca-SP. E-mail: [email protected]

ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE A SOBREVIDA DE CÃES COM NEOPLASIAS MALIGNAS: IMPACTO DA

IDADE E DO TIPO HISTOLÓGICORetrospective study on survival of dogs with cancer: significance of age

and tumor type

O objetivo deste estudo foi avaliar a sobrevida de cães com neoplasias malignas atendidos em um hospital veterinário no ano de 2015. Foram analisados prontuários de 81 cães e registradas informações sobre idade (<7, 7-9 e >9 anos), sexo, diagnóstico histopatológico e tempo de sobrevida. Curvas de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste de Log-rank. A média de sobrevida foi de 350 dias em cães com idade <7 anos (n=9), 319 dias em cães entre 7 e 9 anos (n=36) e 225 dias em cães com 9 anos ou mais (n=36)(p<0,05). A sobrevida não variou em relação a sexo e raça (p>0,05). Entre os tumores epiteliais, os carcinomas mamários foram os mais comuns (n=28), seguidos pelos cutâneos (n=8) e os de células de transição (n=3). Mastocitomas (n=11) e linfomas (n=4) foram os tumores de células redondos mais diagnosticados. Pacientes acometidos por mais de um tipo de tumor apresentaram hemangiossarcoma/carcinoma de células escamosas (n=2), carcinoma mamário/osteossarcoma (n=1), sarcoma de tecidos moles/mastocitoma (n=1) e carcinoma mamário/mastocitoma (n=1). Cães com carcinoma (n=40) ou cães com tumores de células redondas (n=19) apresentaram maior mediana de sobrevida (250 e 270 dias, respectivamente) em relação

àqueles com sarcomas (n=17)(188 dias) ou àqueles com dois tipos tumorais (n=5) (90 dias) (p<0.05). Os resultados sugerem que a idade e o tipo de tumor podem influenciar o prognóstico em cães com tumores malignos. Além disso, a presença de dois tipos de tumores reduz significativamente o tempo de sobrevida.

Palavras-chave: canino, prognóstico, tumor

Keyword: câncer, prognosis, dogs

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Gabriela M. A. Santos1, Babara C. Guilherme¹*, Hanna L. M. Morais¹, Cleideanny C. Galvão¹, Renato P. Corrêa¹, Mário M. Guimarães¹, Atmaan S. Franco¹, Flávio da Silva¹ , Danielli B. Lima¹, Pedro P. M. Teixeira1, André G. M. Silva¹.

1 Instituto de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA. *[email protected]

FRATURA DE COSTELA EM BÚFALO: RELATO DE CASO

Rip fracture in buffalo: case report

RESUMO

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de fratura de costela em búfalo fêmea, previamente submetido à rumenotomia, fistulado há mais de um ano. A paciente apresentava lesão cutânea ao redor da cânula. No exame clínico foi verificada a presença de uma fratura na 12ª costela esquerda com exposição de pontas ósseas para a borda da rumenotomia, já apresentando necrose da porção exposta da costela. Foi feita a cirurgia de ressecção do fragmento, na qual a paciente foi sedado com Xilazina 2% (0,05 mg/kg) e realizado um bloqueio loco-regional paralombar com Lidocaína 2% (3 mg/kg), sem vaso constritor onde foi respeitada a dose máxima do medicamento. Foi realizada uma diérese cutânea e muscular, por meio de bisturi, com a finalidade de maior exposição da base da lesão óssea. Foi realizada uma osteotomia com fio serra, não deixando pontas da costela. Não se fez síntese cutânea nem muscular, uma vez que a região apresentava contato direto com conteúdo ruminal. Foram realizados lavagens e curativos diários, além do uso de Oxitetraciclina (20mg/kg) aplicada a cada 48h por 20 dias, sendo a

recuperação com cicatrização completa se dando em 45 dias. O presente caso demonstrou que nessas situações existem dificuldades quanto à cicatrização, devido o contato direto e constante da fratura com um sítio de infecção e conteúdo ruminal, sendo necessária a lavagem da ferida e o uso de antibiótico fundamental no pós-cirúrgico. A retirada do fragmento ósseo foi necessária para a cicatrização efetiva ferida.

Palavras-chave: Rumenotomia, cicatrização, fragmento ósseo.

Key-words: Rumenotomy, healing, bone fragment.

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M.V Pedro Paulo Rossignoli1, M.V. Dr. MSc. Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias1 ,M.V Nicole Wolski Pereira1, M.V. Dr. MSc. Bruno Watanabe Minto 1*,

[1] Departamento de Cirurgia Veterinária, Universidade Estadual Paulista FCAV/Unesp Jaboticabal/SP. * Endereço do autor correspondente, CEP: 14884-900, Jaboticabal, SP. E-mail [email protected]

INCONGRUÊNCIA DO COTOVELO EM CÃO COM FECHAMENTO PRECOCE DA FISE DISTAL DE ULNA

TRATADO COM OSTEOTOMIA ULNAR PROXIMAL DINÂMICA – RELATO DE CASO

Dynamic proximal ulnar osteotomy for the treatment of a elbow incongruency in a dog - case report

O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de fechamento precoce da fise distal de rádio em cão submetido a osteotomia ulnar. Uma cadela da raça Pinscher, 6 meses de idade, 3 kg, apresentava claudicações esporádicas em membro torácico esquerdo, sem histórico de traumas. Ao exame ortopédico demonstrava leve desvio valgo do membro torácico esquerdo, sem claudicação aparente. Exames de hemograma e bioquímicos sem alterações dignas de nota. Realizou-se imagens radiográficas dos membros torácicos englobando articulações do cotovelo e radio-cárpica, evidenciando fechamento precoce da fise distal da ulna esquerda, encurvamento cranial do rádio e incongruência do cotovelo, sem alterações em membro contralateral. A paciente foi submetida a osteotomia ulnar proximal dinâmica para reduzir a subluxação existente. Através de uma incisão caudal da região proximal da ulna, elevou-se a musculatura para exposição óssea e realizou-se a osteotomia transversa da ulna. O tratamento pós-operatório incluiu cefalexina oral (30 mg/kg, BID), meloxicam (0,1 mg/kg, SID), cloridrato de ranitidina (2 mg/kg/BID), limpeza tópica da região e imobilização com tala de Robert Jones modificada. Após 365 dias nenhuma outra alteração ortopédica foi observada. A última imagem radiográfica

demonstrou não união óssea em região de osteotomia realizada em ulna proximal. Conclui-se que a osteotomia ulnar proximal dinâmica possui elevada eficácia para o tratamento da subluxação do cotovelo decorrente do fechamento precoce da fise distal ulnar, na ausência de deformidades angulares do rádio e do carpo.

Palavras-chave: subluxação, osteotomia, cão, doença articular degenerativa, ortopedia

Keywords: subluxation, osteotomy, dog, degenerative joint disease, orthopaedics

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Lais A. S. Souza1*, Maria C. Oliveira1, Ana C. S. Costa1, Hanna L. M. Morais2, Maria J. S. Cavalcante2, Gabriela M. A. Santos2, Pedro P. M.Teixeira3

1 Residentes de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, Universidade Federal do Pará (UFPA); 2 Estudantes de graduação em Medicina Veterinária, UFPA;

3 M.V. Posdoc. Dr. Me. Cirurgia Veterinária; Professor Adjunto A; Instituto de Medicina Veterinária, UFPA; * Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA; [email protected]

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM UM CÃO Intestinal intussusception in a dog

RESUMO

O trabalho teve o objetivo de descrever um caso de intussuscepção intestinal em canino por ingestão de caroço de acerola, o qual foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará (HV-UFPA) com histórico de êmese e diarreia mucoide há 48 horas. No exame físico apresentava dor à palpação abdominal e massa palpável móvel no mesogástrio direito. A ultrassonografia abdominal mostrou uma estrutura com aspecto tubular de multicamadas em forma de “alvo”, sendo as imagens compatíveis com intussuscepção intestinal. A laparotomia confirmou o quadro de intussuscepção, evidenciando invaginação do segmento intestinal jejuno-jejunal. Foi realizada enterectomia seguida de enteroanastomose termino-terminal. No pós-operatório imediato, o paciente ficou estável tendo alta. Após 48 horas retornou para reavaliação clínica na qual se detectou anemia severa. Foi realizada transfusão emergencial e observou-se melhora evidente. Após 24 horas da transfusão, a tutora informou o óbito do paciente, entretanto, não teve alterações com característica de

sepsemia no leucograma, pois o óbito foi proveniente de um quadro agudo e abrupto, caracterizando choque anafilático. A ingestão de corpos estranhos com consequente aumento do peristaltismo intestinal possivelmente foi a causa da intussuscepção. O tratamento cirúrgico empregado foi baseado na inviabilidade do segmento intestinal acometido e impossibilidade de redução manual. As complicações pós-cirúrgicas incluem recidiva, obstrução intestinal, deiscência anastomótica, estenose, peritonite e síndrome do intestino curto. O diagnóstico rápido foi essencial para realização do tratamento cirúrgico em tempo hábil e eficaz. Quando corretamente identificada e tratada, a intussuscepção apresenta prognóstico favorável e baixo índice de recidiva, no entanto, devido a complicações pós-operatórias transfusionais, o paciente veio ao óbito.

Palavras-chave: intussuscepção intestinal, canino, enterectomia, enteroanastomose.

Keywords: Intestinal intussusception, canine, enterectomy, enteroanastomosis.

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Gabriela M. A. Santos1*, Renato A. Oliveira1, Antonio E. C. Souza1, Leandro O. Silva1, Babara C. Guilherme1, Hanna L. M. Morais1, Mário M. Guimarães1, José A. S. Silveira1, Marcos D. Duarte1, Pedro P. M. Teixeira1.

1 Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA. *[email protected]

LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO METACARPO-FALANGEANA COM RUPTURA DA CAPSULA

ARTICULAR E EXPOSIÇÃO ÓSSEA EM EQUINO: RELATO DE CASO

Dislocation of the metacarpophalangeal joint with rupture of the joint capsule and bone exposure in horse: case report

RESUMO

Este trabalho objetiva relatar um caso de luxação articular no membro anterior direito, com ruptura de cápsula articular e exposição óssea em potra, de 11 meses, quarto-de-milha de 300 kg, atendida no HV/UFPA. Relatou-se que o paciente machucou-se em uma cerca de arame liso e observou-se luxação da articulação metacarpo-falangeana com ruptura da cápsula articular e exposição óssea, e lesão por atrito da superfície articular pelo contato com o solo, mas sem rompimento dos tendões. Para o procedimento cirúrgico a paciente foi anestesiada com detomidina (0,04 mg/kg) de MPA, induzidos e mantidos com cetamina (0,03 mg/kg/hora), e EGG (0,5 ml/kg/hora) IV. Realizou-se a reconstituição da capsula articular e ligamento pro-lateral e demais tecidos moles, artrodese química com solução de álcool 70% iodada, aproximação e dermorrafia de rotina. Aplicou-se bandagem com algodão hidrofóbico, atadura e nitrofurazona, utilizando tala do tipo Robert-Jones. Administrou-se enrofloxacina (5 mg/kg) IM, maxican (0,6 mg/kg) IV por 10 e 20 dias respectivamente, substituindo o

antibiótico por ceftiofur (2,2 mg/kg) IM, por mais 22 dias. Após uma semana trocou-se bandagem, a qual permaneceu por mais 20 dias ininterruptos. Posteriormente retirou-se a tala e a bandagem passou a ser trocada diariamente. Houve dois quadros de cólica no intervalo de recuperação, causados pela dor articular, porém sem necessidade de tratamento cirúrgico, tratando a terapêutica de controle de dor com tramadol (5 mg/kg) e dipirona (25 mg/kg) IV, acrescentando-se cetamina (0,2 mg/kg) SC por 30 dias. Em seguida manteve-se apenas dipirona mais 30 dias. Realizou-se outra aplicação intra-articular de solução iodada otimizando a artrodese. Inicialmente a lesão apresentou boa cicatrização porém, houve crescimento excessivo tecido de granulação e edema, que regrediram gradualmente. Mesmo com toda a gravidade do caso, após 3 meses e meio a lesão encontrava-se totalmente cicatrizada e com boa movimentação e o paciente obteve alta.

Palavras-chave: Luxação de articulação, reconstituição de articulação, equino, artrodese química.

Keywords: Joint dislocation, joint reconstruction, equine, chemical arthrodesis.

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FRANCO, G.G.1, MINTO, B.W.1, GNOATTO, G. B.2, FACIN, A. C.1, KAWAMOTO, F.Y.K.1, FARIA, L.G.1, COELHO, L.P.1; GOMIDE, P.R.S.1; SOUZA, J.A.L1

1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Es-tadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Jaboticabal– São Paulo, Brasil.

2 Discente da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo- Passo Fundo - RSEndereço: Avenida Caetano Merlino 221, Jardim São Marcos I, CEP 14887-242 – Jaboticabal - SP

E-mail: [email protected]

MIELOMENINGOCELE ASSOCIADO À SÍNDROME DA MEDULA ANCORADA EM UM CÃO

MYELOMENINGOCELE ASSOCIATED WITH TETHERED CORD SYNDROME IN A DOG

O termo disrafismo está relacionado com as alterações da medula e coluna vertebral, associado à falha no fechamento do tubo neural durante a embriogênese. Objetiva-se relatar um caso de disrafismo espinhal oculto do tipo mielomeningocele, associado à síndrome da medula ancorada. Um cão, macho, não castrado, Buldogue Inglês, 1 ano e 23kg apresentou histórico de incontinência urinária e fecal desde o nascimento. Observou-se discreta ataxia e déficit proprioceptivo de membros pélvicos e ausência de tônus e reflexo do esfíncter anal externo. Na região lombo-sacra notou-se alteração pilosa característico de estigma cutâneo. As radiografias apresentaram alterações morfológicas do corpo vertebral de T6, T10 e T12, com sinais de fissura sagital e vértebra em borboleta. Na tomografia computadorizada concluiu-se o disrafismo espinhal oculto entre as vértebras L7 e S1, com presença da síndrome da medula ancorada. Apos laminectomia dorsal realizou-se durotomia, onde se verificou a presença de raízes nervosas projetando-se através do defeito laminar confirmando uma anomalia do tipo mielomeningocele. Logo após, as raízes nervosas projetadas foram desaderidas e dispostas sobre a cauda equina que foi recoberta com tecido adiposo autógeno. Após

10 dias, o paciente se apresentava com o mesmo quadro neurológico e com 30 dias demonstrou melhora do tônus anal. A incontinência urinária e fecal ainda persistem com 5 meses de evolução. A técnica de laminectomia dorsal foi eficaz para correção do DEO associada à Síndrome da Medula Ancorada. Entretanto, o prognóstico é reservado por ser diretamente relacionado com a precocidade em que a doença é diagnosticada e tratada corretamente.

Palavras Chaves: disrafismo espinhal oculto, mielomeningocele, espinha bífida

Key words: occult spinal dysraphism, myelomeningocele, spina bifida

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MV.MSc. Rômulo Vitelli R. Peixoto1 , MV. MSc. Ana Maria de Souza Almeida 2 , MV. Lucas G. Martins 3 , Luana Cristina C. Silva ⁴, Stephanie Bauer A. Blower ⁴ , Graziela J. S. Araujo ⁴, Bruna M. Fernandes⁴.

1 Professor de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais da União Pioneira de Integração Social (UPIS).2 Professora do Laboratório de Anatomia Patológica da União Pioneira de Integração Social (UPIS).

3 Residente em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais – Hospital Veterinário da União Pioneira de Integração Social (HV UPIS), Planaltina – DF.

⁴ Estudante de Graduação da União Pioneira de Integração Social (UPIS).* Fazenda Lagoa Bonita, BR 020 KM 12, DF 335 KM 4,8, Planaltina – DF, CEP: 70390125; E-mail: [email protected]

Miectomia bilateral de esfíncter anal externo com caudectomia sacrococcígea e esfincteroplastia anal

externa para exérese de epitelioma em cãoExternal anal sphincter bilateral myectomy with sacrococcygeal

caudectomy and external anal sphincteroplasty for epithelioma excision in dogs

Os epiteliomas de glândulas hepatóides são neoplasias de baixo grau de malignidade e acometem, com maior frequência, machos não castrados. Um cão, macho, de 13 anos, 8,1kg, foi atendido no HV UPIS com aumento de volume em região perianal, com histórico de inicio de crescimento tumoral há seis anos. Após estadiamento tumoral não foram encontradas alterações compatíveis com metástase. Foi realizada punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e o laudo citopatológico foi sugestivo de adenoma de glândula hepatóide. Encaminhou-se o paciente para biópsia excisional. Dada à extensão da neoplasia e o acometimento de tecidos próximos, realizou-se a exérese do esfíncter anal externo total, juntamente com caudectomia na articulação sacro coccígea e reconstrução anal visando-se a obtenção de margem de segurança satisfatória. Macroscopicamente o nódulo era de 12x11x5cm, globoso, irregular, de coloração acastanhada. Na análise microscópica foi observado células poliédricas, com citoplasma eosinofílico e indistinto, núcleo hipercromático, cromatina frouxa e nucléolo evidente, com anisocariose moderada e índice de mitose baixo diagnosticando-se epitelioma

de glândula hepatóide bem diferenciado alcançando os bordos cirúrgicos laterais e inferiores. Quanto ao tratamento preconiza-se a excisão cirúrgica do tumor acompanhada de orquiectomia, a retirada com margem cirúrgica é suficiente para um prognóstico favorável. A cirurgia foi bem-sucedida apresentando satisfatória esfincteroplastia anal, no entanto o paciente foi a óbito durante a recuperação anestésica, acredita-se que por consequência do transoperatório prolongado, pois a partir da terceira hora o paciente passou a apresentar hipotensão e hipercapnia, sendo pouco responsivo ao tratamento com vasoativos e inotrópicos.

Palavras-chaves: canino, caudectomia, neoplasia, perianal.

Keywords: canine, caudectomy, neoplasia, perianal.

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Gabriela M. A. Santos1*, Adriana E. C. Barbosa ¹, Luisa P. B. Borges¹, Babara C. Guilherme¹, Hanna L. M. Morais¹, Luciana S. Siqueira¹, Antonio E. C. Souza¹, Daniela K. O. Bezerra¹, Renato A. Oliveira1, Rodrigo S. Albuquerque1, André G. M. Silva1, Pedro P. M. Teixeira1.

1 Instituto de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA. *[email protected]

MINIRUMINOSTOMIA VIDEOASSISTIDA EM OVINOS: ESTUDO PRELIMINAR DO MODELO EXPERIMENTAL

Video-assisted mini-ruminostomy in sheep: preliminar study of experimental model

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estabelecer a técnica de rumenostomia minimamente invasiva em ovinos, com isso possibilitar novas perspectivas para seu uso. O presente trabalho trata-se de um estudo piloto, no qual foi feita uma laparoscopia exploratória por dois portais de 10 mm e 5 mmHg de pressão para o pneumoperitônio. O animal do estudo piloto foi posicionado em decúbito lateral, após os preparos pré-cirúrgicos, os portais foram estabelecidos pela técnica aberta, realizando visualizando o rúmen. Com pinça de preensão foi realizada a preensão do rúmen, seguida, foi desfeito o pneumoperitônio, elevando-o até o acesso do segundo portal, próximo a parede abdominal, auxiliando a fixação com pinças de Allis convencionais. Com o bisturi fez-se uma punço-incisão para acessar o lúmen ruminal e colocar a sonda de Foley número 18. Após a insuflação do balonete, foi feita uma sutura do tipo bolsa de fumo no rúmen e dois pontos padrão sultan para rumenopexia. Em seguida se fez dermorrafia com dois pontos em padrão Wolf nas laterais da sonda. Fez-se uma única aplicação de oxitetraciclina LA

(50 mg/kg), não havendo necessidade de analgesia de resgate. O paciente apresentou recuperação satisfatória, logo em seguida voltando a se alimentar e averiguando-se que não houve extravasamento de conteúdo ruminal pela sonda. Este trabalho demonstra que o procedimento viável, conseguindo-se realizar de forma minimamente invasiva uma ruminostomia em ovinos. Mais estudos ainda serão realizados para avaliar essa técnica.

Palavras-chave: Rumenostomia, ovinos, laparoscopia.

Key-words: Ruminostomy, sheep, laparoscopy.

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MV. Lorena G. Araujo1, MV. Samuel F. Bastos1 , MV. Kyelsenn L.S. Ribeiro1, MV. Ana B. Nóbrega1, Altina P.C. Faria2, MV. MSc Cleyber J.T. Fátima3.

1 Residente em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais – Hospital Veterinário da União Pioneira de Integração Social (HV UPIS), Planaltina – DF.

2 Estudante de Graduação da União Pioneira de Integração Social (UPIS).3 Professor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais da União Pioneira de Integração Social (UPIS).

* Fazenda Lagoa Bonita, BR 020 KM 12, DF 335 KM 4,8, Planaltina – DF, CEP: 70390125; E-mail: [email protected]

OSTEOSSÍNTE MANDIBULAR EM BORREGO DA RAÇA SANTA INÊS.

Mandibular osteosynteshis in Santa Inês lamb.

Geralmente as fraturas mandibulares em ovinos ocorrem por traumas diretos na região da cabeça ou por ataques de predadores. Um ovino macho, da raça Santa Inês, pesando 10,5 kg, com 120 dias, foi atendido no Hospital Veterinário da União Pioneira de Integração Social (HV UPIS) em Planaltina/DF, apresentando leve inchaço na região cranial da mandíbula, crepitação ao manipular, odor fétido na boca, sialorréia, perda dos incisivos e pontas ósseas na região da sínfise mandibular. Por meio da radiografia confirmou-se a fratura cominutiva da região da sínfise mandibular. O protocolo anestésico utilizado foi meperidina (10mg/kg) associado com cetamina (2mg/kg), bloqueio anestésico com lidocaína 2% perineural no nervo mandibular e infiltrativa local. O procedimento cirúrgico iniciou-se com a limpeza do foco da fratura com gluconato de clorexidina aquoso 0,12% e curetagem das áreas necróticas. Realizou-se o reposicionamento da mandíbula e osteossíntese por meio de cerclagem com fio de aço (n 4), que foi inserido nas laterais dos ramos mandibulares. Foi utilizada resina acrílica ao redor do fio para proteger a mucosa oral. O pós - operatório foi feito com Dipirona (20mg/kg), Ceftiofur (2,2 mg/kg), Flunixin Meglumine (1,1 mg/kg) - IV, Morfina (0,3mg/kg) – IM e limpeza

oral com gluconato de clorexidina aquoso a 0,12%. A estabilização cirúrgica foi obtida com sucesso, no entanto devido às dificuldades de mastigação e ruminação, o animal veio a óbito no terceiro dia pós operatório. Conclui-se que a dificuldade de manejo alimentar de fraturas de mandíbula muitas vezes inviabilizam a recuperação clínica em ruminantes.

Palavras-chave: Fratura cominutiva, ovinos, cerclagem, resina acrílica.

Keyword: Comminuted fracture, sheep, cerclage, resin.

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MV. Camila M. Queiroz¹*, MV. Paulo de Tarso¹, MV. Priscilla Duda¹, Me. Rômulo Vitelli Rocha Peixoto¹ ¹Departamento de Clinica Cirúrgica de Pequenos Animais – Hospital Veterinário UPIS*SHIN QI 13 conj. 01, casa 05, Lago Norte. CEP 71535010, Brasília/DF. E-mail: [email protected]

OSTEOSSARCOMA MAMÁRIO SEM EVIDÊNCIA DE METÁSTASE EM CADELA – RELATO DE CASO

Mammary osteosarcoma whitout evidence of metastasis in a dog – case report

RESUMO

As neoplasias mamárias malignas em cadelas correspondem a 31,6%, sendo o osteossarcoma um tumor de origem mesenquimal de frequência baixa, mas de aspecto agressivo. Uma cadela da raça pastor alemão de 10 anos de idade foi atendido no HVET-UPIS com histórico de nódulo mamário de evolução de um ano. No exame físico um nódulo em mama torácica caudal de 13X11X8,3cm foi observado sem alterações gerais. Os exames hematológicos, de imagem e cardíacos não apresentaram alterações. Foi realizado mastectomia radical unilateral esquerda e ovariohisterectomia. No pós-operatório foi prescrito Previcox® (5mg/kg SID), Dipirona (25mg/kg BID), Tramadol (4mg/kg BID), Cefalexina (25mg/kg BID) e Ranitidina (2mg/kg BID) por 10 dias. Tutor retornou em cinco dias devido a deiscência de pontos em região do nodulo. Foi prescrito então compressa gelada com curativo no local até novas recomendações e mantido medicamentos. Após 15 dias a ferida apresentava tecido de granulação. A completa cicatrização ocorreu com 30 dias após cirurgia. O histopatológico apresentou

resultado de osteossarcoma mamário Grau II. Animal segue sendo acompanhado com exames hematológicos e imagem, não apresentando nenhum sinal clinico indicativo de metástase e irá iniciar protocolo quimioterápico assim que autorizado pelo tutor. Apesar de o osteossarcoma ser altamente agressivo e metastático esse caso demonstra que o diagnóstico precoce e estadiamento tumoral são essenciais para o prognostico do animal além da adequação do tratamento à apresentação clínica. O acompanhamento do animal é importante nesses casos devido a capacidade tumoral de infiltração e metastatização, sendo decisivo no tempo de sobrevida do paciente.

Palavras-chave: osteossarcoma; neoplasia mamária; cadela; oncologia;

Keyword: osteosarcoma; mammary neoplasm; dog; oncology;

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M. V. Vanessa B. de Paula1, M. V. Anna L. C. R. G. Oliveira¹, M. V. Débora M. Martins¹, M. V. Ana P. P. A Faria¹, M. V. Monica Midon¹, M. V. MSc. Dárcio Z. Filho1; M. V. MSc. Diego I. Yamada1; M.V. Dr. MSc. Júlio C. Canola1; M.V. Dr. MSc. Carlos A. A. Valadão1; M.V. Dr. MSc. Paulo A. Canola1*.

1Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.

*Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, São Paulo. E-mail: [email protected].

PARTICULARIDADES DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL DE CAVALOS ADULTOS

Intra-abdominal pressure screening in adult horses

Resumo

Mediante o aumento progressivo da pressão intra-abdominal (PIA), buscou-se identificar a partir de quais valores o quadro de hipertensão intra-abdominal (HIA) se manifesta nos equinos. Ainda, confrontaram-se modelos propostos de coleta invasiva da PIA, nestes animais. Para tal, foram utilizados duas fêmeas e quatro machos, hígidos, pesando 300 ± 44 kg. As PIAs foram obtidas com cânula intraperitoneal em três regiões distintas: dorsal- fossa paralombar direita; média- ponto entre altura da tuberosidade isquiática e eminência cranial do tubérculo maior do úmero direito e ventral- linha alba, 10 cm caudal ao xifoide. Registraram-se, em cada ponto, 10 valores pressóricos, ao final da expiração, utilizando-se coluna d’água. O aumento controlado e progressivo da PIA deu-se por insuflação de ar ambiente no acesso dorsal. Decorridos cinco minutos de cada insuflação, realizava-se o registro da PIA, nos pontos de leitura. No ponto ventral, os valores obtidos foram muito distintos dos demais, variando de 16,8 ± 5,2mmHg (basal) para 23,9 ± 4,7mmHg (final da distensão). Nos pontos dorsal e médio, foram registrados

valores pressóricos basais de -14.0 ± 3.1 mmHg e -4.4 ± 3.9 mmHg, respectivamente. Não houve diferença entre ambos ao final da distensão (dorsal = 0.9±1.6 mmHg; médio = 0.2±1.9 mmHg). À sedação com xilazina (bolus de 0,25 mg/kg e infusão contínua 10 mg/kg/min), não foi registrada variação significativa da pressão, em nenhum ponto. Houve interrupção do aumento progressivo da PIA mediante manifestação de desconforto pelos animais à distensão abdominal. Neste sentido, não foi possível caracterizar o início da HIA nos animais avaliados.

Palavras-chaves: abdômen agudo, equinos, hipertensão intra-abdominal, síndrome compartimental abdominal

Keywords: acute abdomen, equine, intra-abdominal hypertension, abdominal compartmental syndrome

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MV. Lais A. S. Souza1*, MV. Daniella Bezerra¹, MV. Luciana Siqueira¹, M.V Adriana Barbosa, MV. MSc. Luiz Moreira²

¹Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará.²Hospital Veterinário, Universidade Federal Rural da Amazônia;

*Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA; [email protected]

POSTIOPLASTIA PARA A REDUÇÃO DE FIMOSE CONGÊNITA EM UM CÃO – RELATO DE CASO

Postio solution for the reduction of congenital phyosis in a dog- Case report

Resumo

Objetivou-se descrever um caso de fimose em um canino. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia, um canino, macho, sem raça definida de 1 mês de idade com histórico de dificuldade de urinar. Ao exame físico não foi possível expor o pênis devido à ausência da abertura prepucial e acumulo de urina na cavidade prepucial. Percebeu-se uma fístula pequena pela qual foi introduzida uma sonda uretral nº 4, sendo esta trocada a cada 4 dias, para esperar o animal se desenvolver até os 3 meses de idade para realização do procedimento cirúrgico de postioplastia. Para a correção da fimose foi utilizada a técnica de incisão em cunha no sentido craniocaudal do prepúcio, a fim de estabelecer uma abertura prepucial e adequada exposição do pênis. Desse modo a mucosa prepucial foi evertida e suturada a pele na qual foram realizados pontos simples separados utilizando fio absorvível 3.0. Os cuidados pós operatórios consistiram na limpeza diária utilizando solução fisiológica, ampicilina (22 mg/kg BID,

7 dias), cetoprofeno (2 mg/kg SID, 3 dias). A técnica cirúrgica empregada foi eficaz para correção do defeito congênito do paciente.

Palavras-chave: disúria, fimose, canino

Keyword: dysuria, phyosis, dog

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MV. Adriana E. C. Barbosa¹, M.V Daniella K. B. Oliveira¹, MV. Ana E. N. Carvalho¹, MV. Dra. MSc.Carolina F. João², MV. Dr. MSc. Pedro P. M. Teixeira²

[¹] Discentes do programa de pós graduação em saúde animal na Amazônia da Universidade Federal do Pará – UFPA Castanhal

[²] Instituto de medicina veterinária, hospital veterinário da Universidade Federal do Pará*CEP:67145-380, ananindeua, PA. E-mail [email protected]

SABLOSE EM CÃO - RELATO DE CASOSablose in dog - case report

A sablose é descrita como o ato de ingerir e acumular areia no trato gastrointestinal. É observada com maior frequência em equinos, resultando em dor abdominal. Os corpos estranhos gástricos geralmente causam êmese por obstruir o fluxo, distensão gástrica e/ou irritação da mucosa. Um canino, sem raça definida (SRD), macho de 9 anos, foi atendido sob histórico de êmese esporádica, dilatação abdominal e dor moderada. Os exames sanguíneos mostraram leucocitose e discreto aumento de alanino amino transferase. Ao exame de ultrassom, o estômago apresentava dilatação com conteúdo líquido e diversas estruturas hiperecogênicas, medindo aproximadamente 1,5 cm, sem alterações em alças intestinais. O animal foi submetido a uma laparotomia exploratória, durante esta foi possível observar presença de cartilagens ósseas e ossos em estômago e grande quantidade de areia em região do antro pilórico e canal do piloro, impedindo o fluxo. Não foram observadas aderências, torção volvo gástrica, intussuscepção ou áreas necrosadas. Foi realizada a retirada do conteúdo e posteriormente: gastrorrafia,

laparorrafia e sítese cutânea. Após a recuperação anestésica instituiu-se o tratamento com ondansetrona 0,22 mg/kg, maxicam 0,1mg/kg, amoxicilina com clavulanato 20mg/kg. Após 10 dias da cirurgia, foram retirados os pontos de pele, durante o pós operatório animal apresentou alguns episódios esporádicos de êmese, foi recomendado mudança de manejo do animal para que o mesmo não continuasse a ingerir areia ou osso. O relato demonstra a importância do manejo e alimentação adequada dos animais, pois mesmo não sendo comum a enfermidade em animais de companhia pode gerar transtornos graves e evoluir para óbito.

Palavras- chave: cão, sablose, manejo

Keywords: dog, sablose, handling

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MV. Caroline de Couto1, MV. Dr. MSc. Bruno W. Minto2*, MV. Pedro Paulo Rossignoli2, MV. Mariele De Santi1, MV Giulia Gaglianone Lemos1, MV. Lucia Maria Izique Diogo2, MV. Nicole W. Pereira2, MV. Dr. MSc. Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias2, MV. MSc. Dr. Karin Werther2.

1 Departamento de Patologia Veterinária / Serviço de Medicina de Animais Selvagens da FCAV UNESP (SEMAS);2 Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, FCAV – Unesp – Jaboticabal - SP.

* Endereço do autor correspondente, CEP: 14887042, Jaboticabal, SP. [email protected].

TÉCNICA PLATE-ROD PARA TRATAMENTO DE FRATURA COMPLEXA DE FÊMUR EM JAGUATIRICA

(LEOPARDUS PARDALIS)Plate and rod for the treatment of a complex femur fracture in

Jaguatirica (Leopardus pardalis)

O objetivo do presente trabalho é relatar o tratamento de fratura complexa do fêmur de um indivíduo da espécie Leopardus pardalis de vida livre, macho, adulto jovem, pesando 13kg. O paciente foi encontrado no acostamento em uma rodovia próximo ao município de Matão-SP. O animal encontrava-se atento, ativo e responsivo, tendo sido necessária contenção química para o seu resgate. Foram realizados exames de ultrassonografia abdominal, urinálise e exames hematológicos, os quais não mostraram anormalidades e exames radiográficos da cavidade torácica, abdominal e membros pélvicos, que demonstraram a presença de fratura cominutiva do terço médio-distal do fêmur direito. O animal foi mantido em gaiola de contenção, com o membro imobilizado por tala tipo spica, durante 3 dias, até o dia do procedimento cirúrgico. As abordagens anatômicas e de fixação da fratura foram semelhantes àquelas realizadas nos felinos domésticos. A fratura foi manejada por abordagem abra, mas não toque por meio da aplicação de pino intramedular normógrado de 2,5 mm e posterior aplicação de placa bloqueada em ponte (Sistema 3,5 mm, 11 furos), sendo 2 parafusos bicorticais distais e 3 proximais. O

paciente apresentou boa função locomotora 15 dias após a cirurgia, com apoio frequente do membro afetado para a locomoção. Após 30 dias observou-se apoio pleno com suporte de carga. Durante este período ocorreu a deiscência parcial da ferida cirúrgica, que foi tratada por segunda intenção, não apresentando prejuízo para a recuperação do animal. Após 30 dias do procedimento cirúrgico, o animal foi encaminhado para Associação Mata Ciliar localizada na cidade de Jundiaí- SP. O tratamento das fraturas em felídeos selvagens é um grande desafio ao medico veterinário, especialmente pelas limitações de manejo e peculiaridades anatômicas e fisiológicas. Em condições especiais, o conhecimento das técnicas realizadas em animais domésticos, podem, potencialmente, serem transportadas para uso nesses pacientes.

Palavras chave: ortopedia, animais selvagens, gato, placa e pino

Key words: orthopaedics, wild animals, cat, plate and rod

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Larissa G. Silva1*, MV. Andréia C. Facin2, MV. Pedro Rossignoli3, MV. MSc. Daniele S. Rolemberg3, MV. Fernanda E. Oliveira2, MV. Mareliza P. Menezes2, MV. Rodrigo C. Costa2, Nathalia B. da Costa1, MV. Dra. MSc. Paola C. Moraes5

1 Graduanda em Medicina Veterinária – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP - Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil.

2 Médica Veterinária participante do Programa de Aprimoramento Profissional/Residência Multiprofissional do Hospi-tal Veterinário “Governador Laudo Natel” da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP - Câmpus Jabotica-

bal, São Paulo, Brasil. 3 Pós-graduando em Cirurgia de Pequenos Animais da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP - Câmpus

Jaboticabal, São Paulo, Brasil.4 Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e

Veterinárias/UNESP - Câmpus Jaboticabal, São Paulo, Brasil. * Rua Aurélio Fabri, n° 06, CEP: 06194-010, Osasco, SP. E-mail [email protected]

TREPANAÇÃO EM RINITE ALÉRGICA CAUSADA POR CRIPTOCOCCUS: RELATO DE CASO

Trephination in allergic rhinitis caused by Crytococcus: case report

A criptococose é uma micose sistêmica causada por leveduras do gênero Cryptococcus, que acomete principalmente cavidade nasal, tecidos paranasais e pulmões. Quando disseminada, pode atingir o sistema nervoso central, olhos, pele e outros órgãos, sendo sua patogenicidade intrinsicamente relacionada aos hospedeiros imunocompetentes. Objetiva-se descrever caso de criptococose em seios nasais de cão da raça American Bully, fêmea, de 18 meses de idade, que apresentava hiperemia conjuntival direita, presença de secreção purulenta com opacificação de seios nasais revelada ao exame radiográfico, diagnosticado por meio de rinoscopia e trepanação de seios nasais. Paciente descrito já havia sido previamente submetido à terapia imunossupressora por colega, apresentando recidiva do quadro ao término do tratamento. Além dos sinais clínicos supracitados, notava-se grande aumento de volume supraocular com deformidade do osso nasal ao exame radiográfico. Após a rinoscopia, só foi possível coleta do material por meio de

trepanação nasal, sendo este enviado para cultura fúngica e bacteriana além de exame histopatológico. O método utilizado consistiu na pesquisa de estruturas fúngicas em preparação histológica corada com metenamina nitrato de prata de Grocott-Gomory (GMS). O exame microscópico revelou numerosas leveduras de Cryptococcus sp. arredondadas com célula central fortemente impregnadas pela prata e circundada por halo claro, concluindo pesquisa positiva para Cryptococcus sp. O tratamento clínico instituído consistiu de itraconazol (10mg/kg, q. 12h, 30 dias) sendo bem sucedido na remissão dos sinais clínicos.

Palavras-chave: criptococose, trepanação seios nasais, rinoscopia.

Keyword: cryptococcosis, nasal sinus trepanation

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MV. MSc. FARIA, L. G.1; MV. MSc. MOENS, N. M.2; MV. MSc. SOUZA, J. A. L.1; MV. Dr. MSc. RAHAL, S. C.3; MV. MSc. KAWAMOTO, F. K.1; MV. SEVERO Jr, W.4; MV. PEREIRA, N.W.1, MV. Dr. MSc. MINTO, B. W.1*

1 FCAV, UNESP Univ Estadual Paulista, Campus Jaboticabal (SP), Departamento de Cirurgia Veterinária;2 Ontario Veterinary College – University of Guelph, Canada;

3 FMVZ, UNESP Univ Estadual Paulista, Campus Botucatu, Dep. de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária;4 Médico Veterinário Autônomo;

*[email protected]

IMPLANTE NÃO CIMENTADO PARA ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL –

ESTUDO EXPERIMENTAL EM OVINOS. RESULTADOS PRELIMINARES.

Implant for cementless total hip replacement – Experimental study in sheep. Preliminary results.

A artroplastia total do quadril é recomendada para o tratamento da displasia sintomática grave e outras doenças debilitantes desta articulação. Existem vários modelos de próteses sendo os mais recentes aqueles não cimentados, que utilizam como principal método de fixação a osteointegração. Este relato de caso, de um estudo experimental, propõe pretextar a exequibilidade do uso de uma prótese não cimentada, redesenhada, de produção nacional, em ovelhas saudáveis. O conjunto protético fora inserido por meio de uma osteotomia da cabeça femoral, como descrito pela literatura, assim como o acetábulo. O procedimento foi viável, embora o fêmur de ovelha seja mais alinhado. O modelo experimental utilizado exibe as mesmas referências anatômicas quando comparados a cães. No entanto, após a recuperação anestésica, ao levantar-se; observou-se afundamento do componente femoral. O animal fora examinado e radiografado. Visibilizou-se um deslocamento distal do implante e fratura longitudinal, em espiral, ao eixo do fêmur, complicação pós-operatória condizente com o encontrado nos achados da comunidade cientifica. A utilização da prótese em questão era a adequada para o

modelo experimental, todavia, especula-se que o aspecto afunilado do fêmur tenha colaborado para o subsidence. Nos outros casos realizados optou-se por um maior fresamento lateral do trocanter maior. Estuda-se utilizar uma haste menos abaulada em seu eixo, bem como a inserção de um colar na intersecção com o colo femoral, para que tais complicações no pós-operatório, possam ser minimizadas. A hipótese é que esta prótese redesenhada possa ser testada em modelos experimentais que permitem uma avaliação da osteointegração dos componentes.

Palavras-chave: coxofemoral; articulação; modelo experimental

Key words: hip; joint; experimental model

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MV. MSc. Suyan Brethel dos Santos Campos1*, MV. Ana Karolina Camargo 2, Roberta Lourrana Gonçalves Cardoso3, Thaís de Lima Felipe3, Brener Amadeu Marcelino Araújo3, Victória Dias Carlos dos Santos3, Dayane Fernandes Rezende3, Any Tâmara da Silva Rocha4

1 Médica Veterinária autônoma. Saúde Rural.2 Médica Veterinária autônoma. Saúde Rural.

3 Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária. Faculdades Objetivo/IUESO.4 Acadêmica do curso de Medicina Veterinária. Faculdade Anhanguera.

* Rua BM 9, qd. 17, lt. 47, Residencial Brisas da mata, CEP 74.475-353, Goiânia, GO. E-mail [email protected].

USO DA CRIOTERAPIA COM NITROGÊNIO COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA

DERMOVILITE EM EQUINOUse of nitrogen cryotherapy as an adjuvant in the surgical

treatment of hypertrophic pododermatitis in equine

O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna localmente invasiva, podendo atingir a órbita e até mesmo o sistema nervoso central. Um equino macho de pelagem alazã, 13 anos de idade, sem raça definida, do Regimento de Polícia Montada Coronel Rabelo, do Distrito Federal (RPMon- PMDF), apresentou neoformação em olho esquerdo (OE), de crescimento lento, sem histórico de trauma anterior em superfície ocular. Ao exame oftálmico, do OE, observou-se desconforto ocular, hiperemia conjutival, edema de córnea, e reflexo de ameaça periférico diminuído. A neoformação possuía coloração rósea, aspecto irregular, elevado, vascularizado e estava invadindo 1/3 da córnea (2h-6h), limbo e conjuntiva bulbar temporal adjacentes, com 5cm x 3cm. O olho direito estava hígido. Na avaliação citológica observou-se células epiteliais pleomórficas basofílicas, com presença de anisocariose, multinucleação e cromatina grosseira. Além de inclusões intranucleares e proporção núcleo/citoplasma variável, diagnosticando-se CCE ocular primário. Optou-se pela exérese tumoral através de ceratectomia lamelar e conjuntivectomia bulbar temporal. Seguida por crioterapia por toda extensão acometida

e margens de 3mm. No pós cirúrgico imediato, utilizou-se flunixin meglumine (1,1mg/kg, IV, 3dias); e no OE, Tobramicina colírio 0,3% (QID, 10dias) e Atropina colírio 1% (TID, 3dias). Adicionalmente, fez-se uso de colirio quimioterápico a base de Mitomicina C 0,04% (TID, 2 ciclos de 7 dias, com intervalo de 7 dias entre eles). No 300 dia, pós-cirúrgico, notou-se conforto ocular, córnea transparente e reflexo de ameaça positivo. Dessa forma, o tratamento mostrou-se eficaz e o equino retornou ao trabalho, sendo acompanhado por 3 anos sem recidivas.

Palavras-chave: Oftalmologia, córnea, quimioterapia, neoplasia, microcirurgia.

Keyword: Ophthalmology, cornea, chemotherapy, neoplasia, microsurgery.

Agradecimentos: Agradecemos a prestatividade do Regimento de Polícia Montada Coronel Rabelo, da Polícia Militar do Distrito Federal (RPMon- PMDF).

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Lais A. S. Souza1*, Maria J. S. Cavalcante2, Hanna L. M. Morais2, Barbara C. Guilherme2, Gabriela M. A. Santos2, Pedro P. M.Teixeira3

1 Residentes de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, Universidade Federal do Pará (UFPA); 2 Estudantes de graduação em Medicina Veterinária, UFPA;

3 M.V. Posdoc. Dr. Me. Cirurgia Veterinária; Professor Adjunto A; Instituto de Medicina Veterinária, UFPA; * Hospital Veterinário, Universidade Federal do Pará, Br 316 Km 61, Castanhal, PA; [email protected]

USO DA COAGULAÇÃO BIPOLAR EM CADELAS COM PIOMETRA SUBMETIDAS À OVARIOHISTERECTOMIA

– RESULTADOS PARCIAISUse of bipolar coagulation in bitches with pyometra

submitted to ovariohysterectomy –Partial results

Resumo

A piometra é uma afecção comum no atendimento clínico-cirúrgico de cadelas, o que alude interesse em desenvolver técnicas cirúrgicas mais práticas e mais precisa. Objetivou-se comparar duas técnicas de ováriohisterectomia (OH) em cadelas com piometra. Foram dois grupos de estudo, na qual um grupo foi realizada a técnica convencional das três pinças e no outro coagulação bipolar para a hemostasia e secção dos pedículos ovarianos e coto uterino, para tal foi utilizada uma pinça de corte e coagulação bipolar (Lina Tripol 5 Power Blade®) com potência de 70 watts . O tempo transcirúrgico foi cronometrado, e a espessura dos cornos e coto uterino mensurada. Foram realizadas quatro OH para cada grupo, método convencional (MC, n=4) e com coagulação e corte bipolar (MCb, n=4) em cadelas de até 15 kg de peso corporal oriundas da rotina clínico-cirúrgica do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará (HV-UFPA). Os cornos uterinos mediram em espessura de 0,9 a 3,1 cm (direito) e 0,7 a 2,9 cm (esquerdo). Os cotos

uterinos mediram de 1 a 3,3 cm. O tempo de procedimento do pedículo direito foi de 2,4 ±1min e 2,6±0,6min, para o MC e MCb, respectivamente (p=0,7). Da mesma forma para o pedículo esquerdo foi de 1,6±0,8 min e 2,5±1,6 min (p=0,4). No coto uterino o tempo foi de 2,9±2,6 min e 6,4±2,4 min para o MC e MCb, respectivamente (p=0,1). Ocorreu somente um caso de pequena hemorragia, necessitando repetir a coagulação. Constatou-se que as técnicas são eficazes, porém a hemostasia realizada nos pedículos e cornos uterinos em ambas as técnicas foi igual.

Palavras-chave: piometra, corte e coagulação, pedículos ovarianos, coto uterinos

Keyword: pyometra,cutting and coagulation, ovarian pedicle, uterine

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MV. MSc. Suyan Brethel dos Santos Campos1*, MV. Ana Karolina Camargo 2, Roberta Lourrana Gonçalves Cardoso3, Thaís de Lima Felipe3, Brener Amadeu Marcelino Araújo3, Victória Dias Carlos dos Santos3, Dayane Fernandes Rezende3, Any Tâmara da Silva Rocha4

1 Médica Veterinária autônoma. Saúde Rural.2 Médica Veterinária autônoma. Saúde Rural.

3 Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária. Faculdades Objetivo/IUESO.4 Acadêmica do curso de Medicina Veterinária. Faculdade Anhanguera.

* Rua BM 9, qd. 17, lt. 47, Residencial Brisas da mata, CEP 74.475-353, Goiânia, GO. E-mail [email protected].

USO DA CRIOTERAPIA COM NITROGÊNIO COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA

DERMOVILITE EM EQUINOUse of nitrogen cryotherapy as an adjuvant in the surgical

treatment of hypertrophic pododermatitis in equine

RESUMO

A dermovilite é uma enfermidade crônica e de etiologia indefinida que acomete os equinos. É caracterizada por uma pododermatite hipertrófica e úmida. Este resumo irá relatar o uso da crioterapia com nitrogênio associada a exérese cirúrgica no tratamento de um caso de dermovilite em um equino, fêmea, 500 kg, raça Brasileiro de Hipismo, 8 anos. A égua apresentava lesões características na região da ranilha e talões nos quatro membros e claudicação grau 3, há 1 ano. O animal foi mantido em posição quadrupedal e sedado com Detomidina na dose de 20 µg/Kg, associado do bloqueio dos nervos sesamóides abaxiais palmares e plantares com lidocaína a 2% e aplicado um torniquete na altura dos metacarpos/ metatarsos. A retirada do tecido foi realizada, após antissepsia com Iodopolvidona, com o uso de bisturi e rinetas de casco e o apoio do membro do animal por um auxiliar. Um ferro de marcação foi submerso durante 5 minutos em nitrogênio líquido e em seguida pressionado sobre o local da cirurgia,

durante 10 minutos. No pós-operatório o animal foi medicado com Enrofloxacina na dose de 5 mg/Kg via oral durante 7 dias, Flunixin meglumine na dose de 1,1mg/Kg via endovenosa durante 3 dias, recebeu bandagem durante 5 dias e foi alojado em baia. Após a retirada das bandagens foi realizado curativo diário com Clorexidina 2% até completa cicatrização, observada após 60 dias. Acredita-se que o uso da terapia proposta contribuiu para a cura clínica do equino sem recidivas e os custos do tratamento foram mínimos.

Palavras-chave: cancro, casco, cavalo, pododermatite.

Keyword: canker, hoof, horse, pododermatitis.

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MV. Msc. Ilan M. Ayer1*, Biol. Ma. Francieli G. C. Bonato2 , MV. Me. Denis V. Bonato1, MV. Ma. Dayane P. Vrisman1, MV. Ma. Gabriela C. L. Soares1, MV. Dr. Felipe F. P. C. MV. Dr. Barros1, MV. Dr. Ewaldo M. Junior1, MV. Ma. Luisa P. B. Borges3, MV. Dr. Leandro Z. Crivellenti1, MV. Dr. Pedro P.P.M Teixeira3.

1Porgrama de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade de Franca (UNIFRAN)2Departamento de Análise Clínica da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

3 Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal da Amazônia, Campus Castanhal Universidade Federal do Pará (UFPA)Endereço: Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201, Pq. Universitário. CEP 14404-600 - Franca, SP.

Email: [email protected]

Videolaparoscopia em Camundongo (Mus musculus)Videolaparoscopy in mice (Mus musculus)

Resumo

Foram realizadas videocirurgias em camundongos (Mus musculus), com o objetivo de avaliação de visualização da vesícula urinária e demais órgãos abdominais, logo servindo como modelo experimental de cistotomia. Foram utilizadas duas fêmeas da linhagem Balb/c isogênicos com peso médio de 15g e oito semanas de idade, anestesiados com associação de xilazina (5mg/kg) e cetamina (100 mg/kg) intraperitoneal e preparo asséptico. Realizou-se uma incisão pré-umbilical com lâmina 15, seguido da introdução do endoscópio 2,5 mm com ângulo de visão de 10o, sem necessidade de trocáter. Para distensão da cavidade foi utilizado suturas subcutâneas com fio naylon 2-0 dos dois lados da parede abdominal e levantamento da parede, formando uma cúpula. Para auxílio na manipulação se fez a passagem de um cateter número 20 para auxílio na manipulação dos órgãos. Ao término do procedimento o abdômen foi fechado em massa com pontos simples separados com fio naylon 5-0. Conseguiu-se ter um bom acesso visual em toda

cavidade abdominal, porém o maior limitante para a realização de procedimentos foi à dificuldade de manipulação pela ausência de materiais laparoscópicos para fixação da bexiga devido às dimensões dos animais submetidos ao procedimento. O tempo médio dos procedimentos foi de 18±2 minutos. Após o término do procedimento os animais se recuperaram e foram mantidos vivos até 15 dias após a cirurgia, sendo submetidos à eutanásia após esse período. Mesmo sendo um estudo piloto, o estudo pode comprovar a possibilidade de videocirurgia em pacientes de porte miniatura, possibilitando outros estudos nesses animais como modelo experimental.

Palavras-chave: mini-videocirurgia, animais de laboratório, modelo experimental, laparoscopia.