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E l C ue n to Ro t o - J José Pa l az ón y s u es p o s a Ma i te . P er o qui en ha e s t a do e n una pr i mer a l í ne a d e f u e g o , d e s d e s u c o n s t i t u c i ón e n Ma y o d e 19 9 9 , e s l a a s o c i a c i ó n P r o De r e c ho s de In f a n c i a , d e Me l i l l a ( a s o c i a c i ó n h e r ma n a d a c o n P ro d e ni E s p a ñ a) . Ya a n t e s , su pr e s i dent e, Jo s é P a l a z ón, a ut ént i c o a da l i d en l a z ona , v ení a en s oli t ar i o l u c h a n d o p o r l a c a u s a d e l o s ni ñ o s i nmi g r a n t e s . J un t o a P r o Der e c ho s In f a nc i a , P r o d e ni E s p a ñ a , h a l l e v a d o a c a b o t a m b i é n i n i c i at i v as a n t e l a s a u t o r i d a d e s l o c a l e s y n a c i o n a l e s , f r u t o d e l a s c u a l e s , y, s o b r e t o d o , p o r e l i n c a n s a b l e t ra b a j o p r i me r o d e J o s é P a l a z ón, y l u e g o d e l a P l a t a f o r ma d e l Me n o r, e n Me l il l a , s e p ud o n e u t r a l i z a r l a i l e g a l e s d e a c o s o y e x p ul s i ó n a Ma r r u e c o s de ni ño s d e l a c a l l e, meno r e s que e r a n ma l t r a t a do s y enc er r a do s l a r g a s ho r a s , t r a t a d o s c o mo a l i ma ñ a s . De nun c i a d o e s t e he c ho a n t e e l Fi s c a l Ge n e r a l d e l E s t a d o , c o n s i g ui ó l a a s o c i a c i ó n qu e l a a l t a i n s t i t u c i ó n r e mi t i e ra un a o r d e n a l a s a u t o r i d a d e s l o c a l e s p a r a q u e s e r e s p e t a ra l a l e g a l i d a d. P o s t e r i o r me n t e , s e t u v o qu e i n t e r v e n i r d e nu e v o , d e n un c i a n d o d e nu e v o a n t e l a F i s c a l í a Ge ne r a l d e l E s t a d o ( 2 000 ) a p a dr e s de a l umno s de un c ol e gi o públi c o que ob s t a c ul i za b a n l a ent r a da de menor e s ma r r o q u í e s a s u s c l a s e s e n s e s i ó n d e ta r d e , y a l o s q u e s e i n s ul t a b a g r av e me n t e . P a r a a f r o n t a r e l p r o b l e ma d e l o s me n o r e s i nmi gr a nt e s de s a mpar a do s, l a L e y Or g á ni c a de Pr o t ec ci ón Jur í di c a del Me n o r , 1/ 9 6 d e 15 d e En e r o , y a di s p u s o e l d e r ec h o d e l o s ni ñ o s i nmi g r a n t e s a c o g i do s p o r l a A dmi ni s t r a c i ó n, a l a e du c a c i ó n, l a s a l u d. .. i y a s e r d o t a d o s d e d o c ume n t a c i ó n!, e s d e c i r , p e r mi s o d e r e s i d e n c i a . E s o s up u s o un r e c o n o c i mi e n t o y un i mp o r t a n t e a v a nc e en l o s der ec ho s del ni ño en nu e s t ro p a í s , p u e s , a p a r t i r d e e s e mo me n t o y a n o s e p o d í a e x pul s a r d e i n me di a t o a e s o s me n o r e s , úni c a me n t e r e p a t r i a r l o s s i s e d e mo s t r a b a l a e xi s t e n c i a d e f a mi l i a y l a a u s e n c i a d e c o n d i c i o n e s d e r i e s g o o a b a n d o n o e n e l s e n o f a mi l i a r d e p r o c e d e n c i a . A l g o qu e v i n o l u e g o a r e c o n o c e r l a Re f o r ma de l a a nt er i or l e y de Ex t r anjer í a, a un qu e a h o ra p a r e c e qu e c o n l as di r e ct r i c e s d e l Mi ni s t e r i o d e l In t e r i o r y l a nue v a l e y , l a s c o s a s s e ha n e ndur e c i do, s obr e t o d o e n l a s c i u d a d e s f r o n t e r i z a s d e C e u t a y Me l i l l a , d o n d e e n l o s úl t i mo s t i e mp o s s e ha n v e ni do li br a n do v e r d a de r a s b a t a l l a s d e d i v e rs o s c o l e c t i vo s c o n t r a l a s i r re g ul a r e s e x pul s i o ne s d e me no r e s y l a f a l t a d e a t e n c i ó n a l o s ni ñ o s d e l a c a ll e . E s p e r e mo s qu e e l nu e v o R e g l a men t o que d e s a r r o l l e l a l e y n o s i g ni f i qu e un a v u e l t a a t r ás p a r a l o s d e r ec h o s d e e s t o s me n o r e s . Ya , P r o d e n i , e n 199 7 , t u v o qu e i n t e r v e ni r en Ceut a c ont r a l a pr e t ensi ón del g o b i e r n o l o c a l d e s a n c i o n a r y e xp ul s a r d e l c u e r p o d e p o l i c í a l o c a l a t r e s a g e n t e s qu e s e h a b í a n a t r e v i d o a d enun c i a r p r á c t i c a s El f e n ó me n o de l a in mi gr a ció n e n Esp a ñ a s e h a si tu a do e n p r ime rp l a n o de l a a c tu a lida d, j u n t o a o t r os gr a ves p r o b le ma s q u e a f r o n t a e l p a í s, a gr a va do s in d u da p o r lo s e f e c t os de l a nu e va l e y de ex t r a nj e r í a , a l li mi t a r lo s de r e ch o s de l a s p e r s on as sin p ap e les, q u e n o s o t r os, n i p o r as o mo , q u e r e mos ll a m a r ilega l es . N o h a y qu e i n s i s tir e n q u e , f u n da me n t a lme n te, los mo ti v os q u e a r r a s t r a n a t a n t as cr ia tu r a s a cru z a r de sie rto s, s o me te r se a l tr á f ic o de las m a f i as y a a ve n tu r a r s e co n p a te r a s e n e l e s tr e c h o , n o s o n o tros q u e la hu ida de l a h a mb run a , de l a s g u e r r a s y d e l e n dé mico c a os p o lític o y s o cia l q u e az o t a a bu e n a p a rte de los e s t a do s de l Te r c e r Mu n d o . Po r e s o , l a p r o ce de n cia de los s in p ap e le s ya n o e s ú n i ca me n te a fr ica n a . L a cr e ci e n t e in mi gr a ció n a l a des es p e r a da ti e n e s u o r i g e n asimi s mo e n Amé r i c a l a t in a , e n e l E s t e Eu r o p e o , e n O r i e n te Próx imo y h a s t a e n l a le j a n a A s ia . Y e s t a i n v as ió n s ile n cio sa s eg u i r á in e l u di b le me n te p ro d u cié n d os e p o r mu c h a le y de e x t r a nj e r í a q u e di c te n los p a r l a me n tos, p o r q u e e l h a mb r e , e l i n s tin to de s up e r v i ve n ci a y e l de re ch o a l a di gn i da d s up e r a n to da s l a s ba rr e r a s . D es de h a ce a ñ os, E sp a ñ a , a s i s te t a mb i é n a l a e n tr a da p o r la s z on a s f ro n te r i za s de l s u r de in mi gr a n tes me no re s de e da d, e n s u may o r í a a do le s ce n tes, p e ro t a mb ié n de más co rt a e da d, s o b r e to do p r o ce d e n tes de l Magre b ( Ma r ru e c os y A r ge lia) , de cu yo ca s o n os va mos a o cup a r e n es te me r o de El Cu e n to R o to . ^f e fUL Menores I nmi gr an t es

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Page 1: Menores Inmigrantes - PRODENI y Racismo/Menores inmigrantes.pdf · obstaculizaban la entrada de menores marroquíes a sus clases en sesión de tarde, y alo sq u entb gr v m . Para

El Cuento Roto -J

José Palazón y su esposa Maite.

Pero quien ha estado en una primeralínea de fuego, desde su constitución en

Mayo de 1999, es la asociación Pro Derechos de Infancia, de Melilla (asociación

hermanada con Prodeni España). Ya antes,su presidente, José Palazón, auténticoadalid en la zona, venía en solitario

luchando por la causa de los niños inmigrantes. Junto a Pro Derechos Infancia,

Prodeni España, ha llevado a cabo también iniciativas ante las autoridades localesy nacionales, fruto de las cuales, y, sobretodo, por el incansable trabajo primero deJosé Palazón, y luego de la Plataforma delMenor, en Melilla, se pudo neutralizar la

ilegales de acoso y expulsión a Marruecosde niños de la calle, menores que eran

maltratados y encerrados largas horas,tratados como alimañas. Denunciado estehecho ante el Fiscal General del Estado,consiguió la asociación que la alta institución remitiera una orden a las autoridadeslocales para que se respetara la legalidad.Posteriormente, se tuvo que intervenir de

nuevo, denunciando de nuevo ante la Fiscalía General del Estado (2000) a padresde alumnos de un colegio público queobstaculizaban la entrada de menoresmarroquíes a sus clases en sesión de tarde,

y a los que se insultaba gravemente.

Para afrontar el problema de los meno

res inmigrantes desamparados, la LeyOrgánica de Protección Jurídica del

Menor, 1/96 de 15 de Enero, ya dispusoel derecho de los niños inmigrantes acogidos por la Administración, a la educación,la salud... iy a ser dotados de documenta

ción!, es decir, permiso de residencia. Eso

supuso un reconocimiento y un importante avance en los derechos del niño en

nuestro país, pues, a partir de ese momento ya no se podía expulsar de inmediato aesos menores, únicamente repatriarlos sise demostraba la existencia de familia y la

ausencia de condiciones de riesgo o abandono en el seno familiar de procedencia.

Algo que vino luego a reconocer la Reforma de la anterior ley de Extranjería,aunque ahora parece que con las directri

ces del Ministerio del Interior y la nuevaley, las cosas se han endurecido, sobretodo en las ciudades fronterizas de Ceuta

y Melilla, donde en los últimos tiempos sehan venido librando verdaderas batallasde diversos colectivos contra las irregula

res expulsiones de menores y la falta deatención a los niños de la calle. Esperemosque el nuevo Reglamento que desarrollela ley no signifique una vuelta atrás para

los derechos de estos menores.Ya, Prodeni, en 1997, tuvo que interve

nir en Ceuta contra la pretensión delgobierno local de sancionar y expulsar delcuerpo de policía local a tres agentes quese habían atrevido a denunciar prácticas

El fenómeno de la inmigración en España se ha situado en primer plano de la actualidad, junto a otros graves problemas que afron

ta el país, agravado sin duda por los efectos de la nueva ley de extranjería, al limitar los derechos de las personas sin papeles, que

nosotros, ni por asomo, queremos llamar ilegales.No hay que insistir en que, fundamentalmente, los motivos que arrastran a tantas criaturas a cruzar desiertos, someterse al tráfico

de las mafias y a aventurarse con pateras en el estrecho, no son otros que la huida de la hambruna, de las guerras y del endémico

caos político y social que azota a buena parte de los estados del Tercer Mundo. Por eso, la procedencia de los sin papeles ya no esúnicamente africana. La creciente inmigración a la desesperada tiene su origen asimismo en América latina, en el Este Europeo, enOriente Próximo y hasta en la lejana Asia. Y esta invasión silenciosa seguirá ineludiblemente produciéndose por mucha ley de

extranjería que dicten los parlamentos, porque el hambre, el instinto de supervivencia y el derecho a la dignidad superan todas las

barreras.Desde hace años, España, asiste también a la entrada por las zonas fronterizas del sur de inmigrantes menores de edad, en su

mayoría adolescentes, pero también de más corta edad, sobre todo procedentes del Magreb (Marruecos y Argelia), de cuyo caso

nos vamos a ocupar en este número de El Cuento Roto.

^fefUL

Menores Inmigrantes

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6 • El Cuento Roto

- T

cada vez más frecuentes, pero siempreobteniendo las mismas respuestas: "falta

de medios económicos para darles protección", "temor al efecto llamada","creación de falsas expectativas", y otras

por el estilo, que no demostraban másque un profundo desprecio y enorme falta

de solidaridad hacia unos chicos, a quienes se consideraba "la peor especie debasura", todo para justificar el desampa

ro, las palizas, las expulsiones...El trabajo en Melilla durante los últimos

meses del 98 y principios del 99, fue muy

duro y prácticamente estéril, pero sirviópara tomar conciencia del problema,conocer la estructura y el funcionamientodel sistema de protección de menores y,sobre todo, conocer a estos seres humanos indefensos, hasta el punto de queentraron en la vida familiar de Palazón,

convirtiéndose en un objetivo prioritarioel sacarlos de la calle y que fueran atendidos por las autoridades correspondientes.En esa etapa quedó demostrado que losmétodos empleados para favorecer a esos

niños no servían para nada, pues las peticiones individuales y el llamar a las puertas

no tenía sentido. Se decidió, entonces,actuar institucionalmente, con carácterreivindicativo.

Fue tarea sumamente complicada el vencer la fuerte resistencia institucional a

acoger niños y, por otro, lograr que losniños confiaran en unos organismos que

eran considerados como su peor enemigo.Pro derechos de Infancia optó por acoger

de hecho a los menores rechazados porlos servicios sociales, denunciando cadauno de los casos. De esa forma, desdejunio del 99 a febrero del 2000, fueron

realizados unos 90 acogimientos. El méto

do consistía en comparecer ante la Policíadeclarando la existencia de un menordesamparado y, luego, ante la falta de

amparo institucional, volver a comparecer

le parece muy bien lo comentado por M.Chaib, pues se trata de una nueva filosofía

que comparte.Para Pro Derechos de Infancia en Melilla,

la realidad es muy diferente, pues no sepudo detectar ningún caso de niño que

... perteneciera a una redorganizada, si acaso, algunos de ellos manteníancontados contactos con susfamilias. Así, el grupo

mayoritario de los cerca de

80 niños que vivían enMelilla en la calle, notenían ya ningún vínculocon sus familias. Enmuchos casos llevaban deesa forma más de dos

años. Hablaban bastantebien el español y se organi-

^^"̂ ""̂ ^ zaban en grupos de seis o

siete niños para dormir juntos y protegidos de otras bandas (adultos, policías...).El consumo de droga era generalizado

(disolvente y hachís), y sus edades estaban comprendidas entre los 8 y 18 años,

mayoritariamente entre 13 y 16.Recuerda, José Palazón, que la primera

gestión que se hizo fue intentar que unmenor de 11 años, que dormía enterrándose bajo la arena de la playa, ingresaraen un centro de acogida, topando conserios obstáculos, pues fue necesario recurrir a "influencias" para conseguirlo. Pocosdías después se le negó su escolarización,

debiendo recurrir la asociación a darle cla

ses en un centro privado. Eso no gustónada a los responsables del Área del

Menor y la Familia, que mandaron recadode que cesaran las clases porque se le

estaban creando unas expectativas que nole correspondían, y que se podría estar

cometiendo un delito, ya que la Asociación no estaba autorizada para ello,máxime cuando dicho menor (decían los

devuelto a Marruecos enbreve plazo.

Poco tiempo le bastó aPalazón para conocer las

circunstancias personalesde casi todos los menoresde la calle. Cada uno tenía

una terrible historia personal a sus espaldas, un

presente peor y ningunaexpectativa de futuro. Porello, las gestiones ante laAdministración se hicieron

en Ceuta se habían expulsado más decinco mil (período 96 - 98), tal como reconoce la propia Ciudad Autónoma en supágina Web: www.ciceuta.es/cac.htm -Link de Policía Local - Link de SeguridadCiudadana. Y en Melilla la situación noera muy diferente. Al niño se le "cazabaen la calle" y era expulsado a la fronterade cualquier forma, una y otra vez, porque la gran mayoría de ellos siemprevolvía. De ese modo, al igual que en

Ceuta, se engordaba la estadística de los

menores expulsados con el único objetivode provocar la alarma social. En realidad

ni en Ceuta ni en Melilla el número deniños de la calle superaba, respectivamente, la cifra de cien.

Las autoridades decían que pertenecíana mafias organizadas para obtener cuan

tiosos beneficios, principalmente de la

mendicidad, y esa era la imagen que deellos daba los medios de comunicación.

Ahora, en Ceuta, el responsable de Bienestar Social del nuevo gobierno de laciudad, Mohamed Chaib, retrocede en el

tiempo y anuncia que desea cerrar elúnico centro de acogida y repatriar a los

niños inmigrantes, a quienes acusa dededicarse al robo para entregar el producto a sus familias. Semejante falacia, juntocon la afirmación de que la actividad delos niños de la calle no tiene tampoco otrasolución que la repatriación, es parte de

una estrategia planificada desde el gobierno local para poner en contra de estos

menores a la opinión pública ciudadana yactuar así con más impunidad, máximecuando al propio Delegado del Gobierno

ofensiva institucional contra esos chicos y

aún mejorar la existencia de muchos deellos.

En los años anteriores al 98, en Ceuta yMelilla, los niños de la calle eran tratados

como basura. Se sabe concretamente que

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El Cuento Roto -7

a•'^

A

pasado, de profesores y alumnos de un

instituto, contra la expulsión del centro deun chico marroquí porque había cumplidola mayoría de edad, y de nuevo este año,

en otro caso similar, quedando garantizada la continuidad de sus estudios.

Otro gran problema lo viene protagonizando la cicatería de la Administraciónespañola a dotarles de documentación, apesar de que por ley corresponde hacerlo.Cuando empezó la lucha en Melilla, unalto cargo llegó a decir que eso de pedirpapeles para los menores inmigrantes

acogidos era una utopía, y que jamás seconseguiría. Evidentemente, las autorida

des de Melilla, al igual que las de Ceuta,por ser zonas fronterizas, "hacen de la ley

un sayo" (en público y sin rubor alguno).Por eso llovieron las denuncias ante el Fiscal General del Estado, Defensor del

Pueblo y otros, lo que provocó una inves

tigación e, incluso, la visita de un Adjuntodel Defensor del Pueblo, acusando la Fiscalía General del Estado a la propia

Delegación del Gobierno de ser la causante directa de la paralización de losexpedientes, por lo que se ordenó se pro

cediera a la dotación de lascorrespondientes tarjetas de residencia.Con semejante presión institucional, ennoviembre del año pasado la CiudadAutónoma y la Delegación del Gobierno

emitieron rápidamente las primeras 27tarjetas. A la hora de publicarse estereportaje están documentados cerca del

80% de los menores.La lucha a favor de los derechos de los

menores inmigrantes en las zonas fronterizas del sur continúa, a pesar de que sevan logrando ciertos avances. Pero los

centros de acogida no reúnen buenas

Fruto de esa acumulación inacabada detensión, fomentadadesde la reticencia aaceptar la institucio-

. nalización de los• menores, fue lo que

j provocó que en| febrero del 2000, la^ tensión en los centros

llegara a tales extre-i mos que en dos de

ellos se produjeronmotines reivindican

do "comida, ropa y

mejor trato". Unosdías después la policía marroquí entró enuno de ellos, pegando, insultando y ame

nazando con trasladarlos a Marruecos en

un camión. Eso provocó la airada reacciónde partidos políticos, sindicatos y asocia

ciones, con actos y denuncias,constituyéndose el germen de la que hoyse denomina Plataforma de los Derechosdel Menor, y que agrupa también a entidades fuera de Melilla.

La escolarización de estos menores

comenzó a partir de noviembre del 99,

pero con cuentagotas. Después demuchos esfuerzos entraron veinte niñosen los colegios. Sin embargo, cuando sólohabían transcurrido diez días, el Consejerode Bienestar Social, con el único ánimo de

echar abajo la experiencia, declaró que"la escolarización ha sido un fracaso". Porel contrario, casi un año y medio despuésse puede afirmar que los efectos de laescolarización fueron altamente positivos.

Han cambiado sus hábitos de aseo personal, perdido las costumbres adquiridas enla calle, aumentado su autoestima, aban

donado el consumo de disolventes,hachís... y demostrado una gran capacidad de aprendizaje, ganándose el afectode sus profesores y compañeros. Su com

portamiento en clase suele ser ejemplar.Un niño de 14 años, Mohamed, que ante

riormente vivía en un contenedor debasuras, dijo a Palazón a los pocos días deir al colegio que "ya era un niño como losdemás". Y es que valoran el colegio como

quizás no lo valoren otros que lo tienentodo. Para ellos representa la posibilidadde salir de la calle y dejar de ser basura,

quieren ser niños como los demás.Hay que destacar que los centros escola

res de Melilla acogieron positivamente a

estos niños y como muestra de solidaridadanotamos la acción de protesta el año

•I

r.

asumiendo su guarda hasta el día siguien

te en que era presentado en la Fiscalía deMenores, la cual daba la orden a los servicios sociales de que fuera acogido en un

centro.Esa táctica dio resultados prácticos, sien

do acogidos en centros numerosos

menores, pero provocó también la ira dealgunos responsables políticos, arreciandolos ataques contra la asociación, a la quese culpaba de provocar un "efecto llama

da" en Marruecos, y que se estaba

provocando el colapso de los dos centrosque existían en la ciudad.Junto a estas medidas, se procedió a

emitir denuncias ante múltiples instancias,locales y nacionales (medios de comunicación, Defensor del Pueblo, Fiscal General

del Estado, Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales, Ministerio del Interior...). Esocontribuyó a que, poco a poco, fueranvariando las cosas. Así, en febrero del

2000, el propio Consejero de BienestarSocial, en alocución televisiva, anunció la

orden dada a la Policía Local para que se

recogiera a todos los menores desamparados de la calle y los ingresaran en los

centros de acogida, abriéndose otros dos.Días antes, el Fiscal General del Estadodaba instrucciones para que se procediesede esa forma y se cerrase una celda de

castigo existente en uno de los centros.Sin embargo, la mala predisposición dealgunos políticos y de no pocos profesionales de los centros, hizo que la vida delos menores inmigrantes fuese un infier

no. Frecuentes malos tratos, expulsionesarbitrarias a la calle e, incluso, a la fronte

ra marroquí, junto a casos de auténticatortura. Todo ello fue debidamentedenunciado, mientras desde el poder local

se acusaba a los menores de delincuentes,drogadictos, etc. '

. -¡

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con muchos años de calle han sido recu

perados en Melilla y en Ceuta, porque secreía en dicha recuperación y porque sepuso empeño en ello. Por otro lado, pretender desde Cataluña que la

recuperación de "los irrecuperables" se

produzca en Marruecos, si que es una verdadera utopía.

Al igual que el fenómeno de la inmigración irregular de los adultos, la llegada de

menores del norte de Marruecos se va aseguir produciendo jugándose la vida bajocamiones y bajo otras formas arriesgadas

de huida. La Administración central y losgobiernos locales deben procurar mediosde atención y acogida cuando no puedanser devueltos por carecer de familia, oporque lo desaconsejen las graves condi

ciones de riesgo del medio del que han

partido.Una buena forma de apoyo a estos chi

cos sería la puesta en marcha deprogramas de acogimiento en familias ins

taladas aquí legalmente, de su mismacultura y con medios de vida, para que la

integración de los mismos sea mucho másfácil, siempre con la supervisión y colabo

ración de los servicios sociales.

José Luis Calvo Casal

puede ir incrementando en el próximofuturo, mientras las duras condiciones

económico y sociales del norte de Marruecos no mejoren, pues muchos de estoschicos, como dice el Defensor del Pueblo

Andaluz "llegan a nuestro país con unproyecto migratorio, para sacar a su fami

lia adelante", o huyendo de la miseria y

abandono, buscando otras perspectivasde futuro que nunca alcanzarán en su tie

rra, añadimos nosotros.Cataluña es otra zona receptora de inmi

grantes menores de edad, que en losúltimos tiempos ha sido noticia en losmedios de comunicación, al ocurrírsele al

Sr. Pujol y su séquito plantear a las autoridades marroquíes, en un reciente viaje, la

repatriación de unos cuarenta menores acambio de una paga mensual por cabezaentregada a la Administración alauí, acargo de la Generalitat. Sin embargo, tal

compraventa, o como quiera llamarse, deniños de la calle en Cataluña, no ha teíai-do todo el éxito deseado, pues de los

cuarenta, Marruecos aceptaría únicamente diez, y, aún así, está por ver que larepatriación se produzca. Según la Admi

nistración catalana, se trata de menoresde la calle irrecuperables; lo que paraPalazón y la gente de la Plataforma, incluido Prodeni, es una auténtica falacia,

después de haber demostrado que niños

condiciones, y se necesitan más espacios.Hay casos de menores que salen de los

centros con 18 años cumplidos y sin documentar, por una falta notoria de previsiónde las autoridades. Hacen falta nuevos

centros de acogida para eliminar el hacinamiento de los actuales y se puedaagrupar a los niños para trabajar con elloshacia su mejor integración y estabilidad.

Las cosas no funcionan mejor en Ceuta,donde la entrada del nuevo gobierno haradicalizado la postura contra la integra

ción de los niños inmigrantes, a quieneslas autoridades llaman "transfronterizos",

temiéndose un fuerte retroceso de todo lo

hasta ahora conseguido.En el resto de España, aunque el proble

ma de estos chicos no ha presentado los

tintes dramáticos de Ceuta y Melilla, también existen serios obstáculos. Así, el

Defensor del Pueblo Andaluz reclama agi-lización en la dotación de tarjetas de

residencia para los menores inmigrantesacogidos, ya que "muchos de ellos llegana cumplir los 18 años sin que se hayaresuelto su situación en este país", siendo

ésta para el Defensor la mayor carencia

que padecen los menores inmigrantes enAndalucía y en España en general.

En los centros de acogida andaluces hay

actualmente 150 menores inmigrantes,casi todos del Magreb, una cifra que se