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21/09/2017 1 Manejo do Solo – Tipos de Erosão e Estratégias de Mitigação Engenharia Agronômica – 6º período Professor: João Eduardo Ribeiro da Silva Disciplina: Manejo de Solos - 6340 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO Introdução Patrimônio natural Proporciona inúmeros serviços à sociedade: Produção de alimentos de origem vegetal e animal Fibra, madeira, combustíveis Regularização do clima – retenção de carbono Recebe, infiltra, filtra e armazena água Necessário para a sobrevivência e qualidade de vida Introdução Uso do Solo Atividades agrícolas utilizam o solo intensamente, o expondo à degradação

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Manejo do Solo – Tipos de Erosão e Estratégias de Mitigação

Engenharia Agronômica – 6º período

Professor: João Eduardo Ribeiro da Silva

Disciplina: Manejo de Solos - 6340

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO Introdução

• Patrimônio natural

• Proporciona inúmeros serviços à sociedade:

– Produção de alimentos de origem vegetal e animal

– Fibra, madeira, combustíveis

– Regularização do clima – retenção de carbono

– Recebe, infiltra, filtra e armazena água

• Necessário para a sobrevivência e qualidadede vida

Introdução Uso do Solo

• Atividades agrícolas utilizam o solo

intensamente, o expondo à degradação

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• O solo também armazena a água

• A água é de fundamental importância nas

atividades humanas

Uso do Solo Importância da Água

• 75% dos empregos do mundo dependem diretamente

da água – Relatório Desen. Recur. Hidric. (ONU, 2016)

Importância da Água

• ↑ Investimento setor hídrico = ↑ crescimento

econômico (ONU, 2016)

Importância da Água

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Água e Solo – Recursos Finitos

• Solo e água não são infinitos

• Disponibilidade pode diminuir devido àquantidade e qualidade

• O solo participa do ciclo hidrológico

• Perturbações no ciclo podem causar falta deágua temporal ou permanente em um local

Ciclo Hidrológico

Água e Solo – Recursos Finitos

• A precipitação da água da chuva sobre o solo

empobrece a água e o solo, se não bem

manejados

Água e Solo – Recursos Finitos

• Um dos principais agentes de perda de

qualidade é a erosão hídrica

– Remoção de sedimentos (elementos minerais e

orgânicos) e produtos fitossanitários (inseticida,

herbicida e fungicida)

– Deposição em nascentes, lagos, rios e represas

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Água e Solo – Recursos Finitos Erodibilidade dos Solos

• Os solos apresentam diferentes graus de

erodibilidade (tendência a sofrer erosão)

– Textura

– Estrutura

– Estabilidade de agregados em água

– Capacidade de infiltrar e reter água

– Falta ou excesso de água

Erodibilidade dos Solos

• Solo de alta erodibilidade = solos com baixa

infiltração de água combinado com baixa

estabilidade de agregados na presença de

água

Estabilidade dos Solos e Agregação

• A contínua interação entre os componentes

minerais e orgânicos determina a organização

e o arranjo das partículas

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Estabilidade dos Solos e Agregação

• Esse arranjo define, num dado momento, a

estrutura do solo, a qual pode sintetizar sua

qualidade física

Estabilidade dos Solos e Agregação

• Esta matriz se relaciona com as frações

líquidas e gasosas do solo, interferindo de

forma decisiva na atividade biológica do

mesmo. Solos com boa estrutura devem

apresentar adequados valores de porosidade,

aeração, armazenamento e dinâmica da água

e crescimento das raízes das plantas, entre

outros aspectos (BAVER et al., 1973;

FERREIRA, 2010).

Estrutura do Solo

• Atributo extremamente variável no tempo

• Função das práticas de manejo

• Exemplo: Plantio direto ou plantio

convencional

Estrutura do Solo

• Plantio convencional: revolvimento do solo

por grades e arados

Aumenta a porosidade logo após a

passagem

Mas futuramente pode dar origem a

zonas compactadas

Faz a camada revolvida ficar

homogênea

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Estrutura do Solo

• Plantio direto: sem preparo do solo

Favorável a formação de estrutura no

solo devido a matéria orgânica

Maior retenção de água e ambiente

mais favorável ao desenvolvimento de

microrganismos

Perfil menos homogêneo

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Método da Embrapa

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Amostragem no campo: 10x10x10 cm

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Amostra mantida à sombra até o ponto de

friabilidade. Destorroar até passar na peneira

de 9,57 mm

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Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Peneiramento a seco: Determinar diâmetro

médio ponderado seco (DMPs)

• Peneiramento úmido: Determinar o diâmetro

médio ponderado úmido (DMPu)

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Peneiramento a seco: Determinar diâmetro

médio ponderado seco (DMPs)

Passar a amostra pelo equipamento

quarteador até obter 50g de mistura

homogênea

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Passar a amostra pelo conjunto de peneiras: 4,76 mm, 2,00

mm, 1,00 mm; 0,50 mm, 0,25 mm, 0,105 mm 0,053 mm

Agitador ligado por 1 minuto, à 30% de

potência

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Determinar a massa dos agregados retidos emcada peneira

Onde: xi é o diâmetro médio das classes, expresso em milímetros(mm); wi é a massa de cada classe em gramas (g).

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Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Reunificar as amostras de cada peneira para proceder a

determinação de diâmetro médio ponderado úmido (DMPu)

• Proceder o umedecimento por capilaridade da sub-amostra –

usar funil de papel filtro

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Peneiramento úmido: Determinar diâmetro

médio ponderado úmido (DMPu)

Após 16h transferir as amostras para um conjunto de

peneiras 4,76 mm; 2,00 mm; 1,00 mm; 0,50 mm e 0,25

mm, contidas em um balde cheio de água

Agitar por 15 min, à 42 oscilações por minuto

Material retido em cada peneira é secado à estufa a 105 ⁰C,

depois pesado

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• O cálculo do diâmetro médio ponderado

úmido (DMPu) é realizado utilizando a mesma

fórmula

Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Efetua-se também o cálculo do índice de

estabilidade de agregados (IEA):

IEA: DMPu/DMPs

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Determinação da Estabilidade de Agregados

Determinação da Estabilidade de Agregados

• Exemplo: Solo coletado em uma mesma área

sob SPD, com diferentes porcentagens de

cobertura do solo

Erodibilidade dos Solos

• Solos com baixa erodibilidade podem sofrer

erosão hídrica quando:

– Mal manejados

– Não passarem por ações conservacionistas

Erosividade das Chuvas

• A erosividade das chuvas também exerce diferentes

influências na tendência dos solos de sofrerem erosão

As chuvas também

são mais erosivas nos

meses de Outubro a

Janeiro

Erosividade das Chuvas

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Considerações sobre a água da chuva

• A água da chuva é de extrema importância para as atividades

agrícolas e humanas no geral

• Deve-se levar em consideração:

• A quantidade de chuva

• Intensidade da chuva (mm h-1)

• A distribuição da chuva (mm mês-1)

• Utilizar de estratégias adequadas de manejo para reter a água da

chuva no ambiente (solo) e evitar a sua perda rápida, favorecendo

desequilíbrios

Estratégias de Manejo

• Trabalho em micro-bacias – fácil integração

• Micro-bacias: áreas delimitadas por divisores

de água, contendo um só curso hídrico

Estratégias de Manejo

• Integração de medidas: terraceamento,

plantio em nível, recuperação da fertilidade

do solo, adubação verde, plantio direto