los interese estratÉgicos s de estados...

29
LOS INTERESES ESTRATÉGICOS DE ESTADOS UNIDOS EN EL GOLFO DE MÉXICO AGUSTÍN MACÍEL PADILLA INTRODUCCIÓN LA CUENCA DEL CARIBE ES UNA ZONA MARÍTIMA que históricamente ha si- do considerada como una conexión intrahemisférica, una ruta de in- vasión potencial, un área de guerra mercantil y, en términos más gene- rales, una extensión geopolítica de competencia entre las potencias europeas y aun las globales, como fue evidente durante la crisis de los misiles en Cuba en 1962 y a lo largo de los años ochenta. Estados Unidos ha sido el poder hegemónico en la región desde fi- nales del siglo XIX, y tradicionalmente ha buscado el mantenimiento de la estabilidad y la exclusión de otras potencias en una zona que siempre han considerado su esfera de influencia. El valor estratégico del Caribe y sus líneas marítimas de comunicación (LMC) no es nuevo para Estados Unidos, y la seguridad en el área ha sido percibida como clave para la defensa de su territorio. Asimismo, desde que fue com- pletado en 1914 el Canal de P a n a m á a u m e n t ó la importancia de la re- gión para Estados Unidos. Debido a que el Golfo de México es una extensión geopolítica de la Cuenca del Caribe, el objetivo de este artículo es analizar las preocu- paciones estadunidenses en el golfo, dentro del marco más amplio de toda la región del Caribe. La hipótesis de este estudio sostiene lo si- guiente: a) las LMC del golfo han sido significativas para Estados Uni- dos en términos económicos y militares; b) en el contexto del golfo y después de la Revolución cubana, las preocupaciones estadunidenses se centraron en la posibilidad de un bloqueo cubano a la navegación 702

Upload: others

Post on 02-May-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

LOS INTERESES ESTRATÉGICOS DE ESTADOS UNIDOS EN EL GOLFO DE MÉXICO

A G U S T Í N M A C Í E L P A D I L L A

I N T R O D U C C I Ó N

L A C U E N C A D E L C A R I B E ES U N A Z O N A M A R Í T I M A q u e h i s t ó r i c a m e n t e h a si­d o c o n s i d e r a d a c o m o u n a c o n e x i ó n i n t r a h e m i s f é r i c a , u n a r u t a de i n ­v a s i ó n p o t e n c i a l , u n á r e a de g u e r r a m e r c a n t i l y, e n t é r m i n o s m á s gene­rales , u n a e x t e n s i ó n g e o p o l í t i c a de c o m p e t e n c i a en t r e las p o t e n c i a s eu ropeas y a u n las g lobales , c o m o fue ev iden te d u r a n t e l a crisis de los mis i les e n C u b a e n 1962 y a l o l a rgo de los a ñ o s o c h e n t a .

Es tados U n i d o s h a s ido e l p o d e r h e g e m ó n i c o e n l a r e g i ó n desde fi­na les d e l s ig lo X I X , y t r a d i c i o n a l m e n t e h a b u s c a d o e l m a n t e n i m i e n t o de l a e s t a b i l i d a d y l a e x c l u s i ó n de o t ras p o t e n c i a s e n u n a z o n a q u e s i e m p r e h a n c o n s i d e r a d o su esfera de i n f l u e n c i a . E l v a l o r e s t r a t é g i c o d e l C a r i b e y sus l í n e a s m a r í t i m a s de c o m u n i c a c i ó n (LMC) n o es n u e v o p a r a Es tados U n i d o s , y l a s e g u r i d a d e n e l á r e a h a s ido p e r c i b i d a c o m o clave p a r a l a d e f e n s a de su t e r r i t o r i o . A s i m i s m o , de sde q u e fue c o m ­p l e t ado e n 1914 e l C a n a l de P a n a m á a u m e n t ó l a i m p o r t a n c i a de l a re­g i ó n p a r a Es tados U n i d o s .

D e b i d o a q u e e l G o l f o de M é x i c o es u n a e x t e n s i ó n g e o p o l í t i c a de l a C u e n c a d e l C a r i b e , e l objet ivo de este a r t í c u l o es ana l i za r las p r e o c u ­pac iones es tadunidenses e n e l go l fo , d e n t r o d e l m a r c o m á s a m p l i o de t o d a l a r e g i ó n d e l C a r i b e . L a h i p ó t e s i s de este e s t u d i o sos t iene l o s i ­g u i e n t e : a) las L M C d e l go l fo h a n s ido s ign i f ica t ivas p a r a Es tados U n i ­dos e n t é r m i n o s e c o n ó m i c o s y mi l i t a r e s ; b) e n e l c o n t e x t o d e l go l fo y d e s p u é s de l a R e v o l u c i ó n c u b a n a , las p r e o c u p a c i o n e s es tadunidenses se c e n t r a r o n e n l a p o s i b i l i d a d de u n b l o q u e o c u b a n o a l a n a v e g a c i ó n

702

Page 2: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 703

en el área, en sus dos estrechos,1 en el caso de una guerra convencio­nal en Europa entre la O T A N y el Pacto de Varsovia; c) la política regio­nal de Estados Unidos se ha transferido de las preocupaciones de la guerra fría hacia otras amenazas en la zona, las cuales incluyen las L M C del golfo, como la migración y el tráfico de drogas, y d) en la era poste­rior a la guerra fría, los puertos estadunidenses del golfo mantienen su importancia para la movilización de fuerzas militares, pero ahora en el contexto de las posibles contingencias regionales.

La primera parte de este estudio establece el contexto para el aná­lisis. Describe las características físicas significativas y los elementos geopolíticos básicos de la Cuenca del Caribe. La segunda sección cons­tituye un enfoque histórico sobre los desarrollos de seguridad en el Caribe. Finalmente, el tercer apartado se refiere a las actuales preocu­paciones de seguridad de Estados Unidos en el Golfo de México, especí­ficamente la migración y el tráfico de drogas. Esta sección también revisa la función de los puertos estadunidenses del golfo durante la operación Desert Shield/Storm, e intenta analizar la importancia del área dentro del marco de la nueva estrategia de la marina estadunidense.

E L G O L F O D E M É X I C O E N E L C O N T E X T O D E L A C U E N C A D E L C A R I B E

Características físicas

Con frecuencia llamada el "Mediterráneo americano",2 debido a estar casi completamente rodeada de tierra, la Cuenca del Caribe constituye un brazo del océano Atlántico con una variedad de islas, el cual se lo­caliza entre dos masas continentales unidas por un puente estrecho de tierra. La región consiste en dos zonas marítimas semicerradas, el Gol­fo de México y el mar Caribe, unidas por el canal de Yucatán.

Varios pasajes conectan la Cuenca del Caribe con el Atlántico (Windward, Mona, Anegeda y Galleons), mientras los estrechos de Flo­rida representan la única conexión entre el mar abierto y el Golfo de

1 La palabra estrecho se traduce al inglés como strait. Sin embargo, para el propósito del presente estudio, "estrecho" se relaciona con el término inglés chokepoint, el cual se refiere a lo que se conoce en la literatura naval como una formación geográfica carac­terizada por un pasaje marítimo estrecho navegable, limitado por dos extensiones de tierra, que puede ser utilizado con fines militares para impedir la navegación.

2 Thomas D. Anderson, "Geopolitics of the Caribbean", Polines in Latin America, a Hoover Institution Series. Nueva York, Praeger Publishers, 1984, p. 1.

Page 3: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

704 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A i t f X X X V I - 4

M é x i c o . É s t a s s o n las puer tas p r i n c i p a l e s p a r a los b u q u e s q u e e n t r a n o s a l en d e l C a r i b e ; s i n e m b a r g o , l a v í a m a r í t i m a m á s s ign i f i ca t iva e n e l á r e a es e l C a n a l d e P a n a m á , q u e u n e e l o c é a n o P a c í f i c o c o n e l m a r C a r i b e .

E l C a r i b e y e l g o l f o r e p r e s e n t a n , e n c o n j u n t o , 2 156 500 k m 2 d e á r e a navegable , 3 as í c o m o 92 m i l mi l l as cuadradas de islas. 4 Las dos á r e a s d i f i e r e n e n c u a n t o a sus o r í g e n e s g e o l ó g i c o s a s í c o m o a su l o c a l i z a ­c i ó n ; s i n e m b a r g o , ambas o c u p a n c u e n c a s e s t r u c t u r a l m e n t e p r o f u n ­das. L a m a y o r par te d e l go l fo e s t á ca rac t e r i zada p o r p r o f u n d i d a d e s de 1 500 a dos m i l brazadas* y, e n g e n e r a l , e l m a r C a r i b e es m á s p r o f u n ­d o , 5 p e r o ex i s t en dos pasajes este-oeste e x c e p c i o n a l m e n t e p r o f u n d o s e n l a z o n a : u n o se l o c a l i z a en t re J a m a i c a y C u b a , y e l o t r o a l n o r t e de P u e r t o R i c o e n e l A t l á n t i c o . L a costa d e l G o l f o de M é x i c o e s t á f o r m a d a p o r u n a f ranja a m p l i a de aguas p o c o p r o f u n d a s , e x c e p t o e n a l g u n o s sectores a l o l a rgo de C u b a . E n contras te , e n e l C a r i b e s ó l o se e n c u e n ­t ra u n a p l a t a f o r m a a m p l i a a l este de H o n d u r a s y N i c a r a g u a , a d e m á s de q u e e l B a n c o de las B a h a m a s cons t i tuye u n á r e a de aguas p o c o p r o f u n ­das. E n e l resto de l a r e g i ó n , p a r t i c u l a r m e n t e c e r c a de l a m a y o r í a de las islas, exis ten p ro fund idades cons iderables a u n a co r t a dis tancia de l a costa.

E l e fec to d e esta c o n f i g u r a c i ó n o c e a n ó g r a f i c a es l a e x i s t e n c i a de pasajes p r o f u n d o s en t re las islas, a u n d o n d e los cana les s o n angostos; de h e c h o , t o d o s los pasajes p r i n c i p a l e s y l a m a y o r í a de los m e n o r e s s o n l o s u f i c i e n t e m e n t e p r o f u n d o s p a r a ser u t i l i z a d o s p o r c u a l q u i e r b a r c o . E n e l g o l f o los Es t r echos de F l o r i d a t i e n e n u n a p r o f u n d i d a d de m á s de 300 brazadas , m i e n t r a s e l c a n a l de Y u c a t á n e x c e d e las m i l b r a ­zadas . 6 E n t é r m i n o s e s t r i c t amen te e s t r a t é g i c o s , si b i e n a m b o s pasajes d e l g o l f o p r o p o r c i o n a n ru tas n a v e g a b l e s , t a m b i é n e s t a b l e c e n estre­c h o s d o n d e l a n a v e g a c i ó n p u e d e ser b l o q u e a d a . E n este s e n t i d o , e l C a n a l d e P a n a m á cons t i tuye u n e s t r e c h o q u e p o t e n c i a l m e n t e p u e d e ser o b s t r u i d o .

3 U.S. Department of the Army, "Islands of the Commonwealth Caribbean. A Re­gional Study", Area Handbook Series, Washington, D.C., U.S. Government Printing Offi­ce, 1989, p. 589.

4 Thomas D. Anderson, op. at, p. 11. * Una brazada es una medida marítima de profundidad que equivale a seis pies. 5 IUd., p. 30. 6 ídem.

Page 4: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 LOS INTERESES DE E U A EN EL GOLFO DE MÉXICO 705

Geopolítica

L a Cuenca del Caribe es un área geográfica que comprende todas las islas del Caribe, y a los países costeros como Estados Unidos, México, Belice, Guatemala, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Colom­bia, Venezuela y Guyana. El área incluye un total de 41 naciones y te­rritorios dependientes.7

Limitada por Bahamas en el norte y Barbados en el este, la región abarca rutas marítimas entre los océanos Atlántico y Pacífico a través del ca­nal, y de norte a sur. Existen 13 L M C de tráfico intenso que pasan a través de los cinco estrechos principales (el Canal de Yucatán, el Pasaje Windward, el Pasaje Mona, el Antiguo Canal de las Bahamas y el Estrecho de Florida), los cuales son utilizados por barcos que transitan entre los puertos estadu­nidenses del golfo y el Atlántico.8 Es obvio que si estos pasajes fueran obsta­culizados o bloqueados, el tráfico en la zona sería interrumpido.

En términos geopolíticos, la clave de la región para Estados Unidos es su proximidad; sin embargo, es importante mencionar diferencias sig­nificativas entre el Golfo de México y el mar Caribe: 1) sólo México, Esta­dos Unidos y Cuba comparten el golfo, mientras el mar Caribe es com­partido por un número mayor de entidades políticas, y 2) a diferencia del golfo que ha sido un "remanso", el mar Caribe, debido al canal, ha sido una ruta oceánica importante para conectar lugares distantes.

PERSPECTIVA HISTÓRICA

Antecedentes

Después del descubrimiento de la región del Caribe en 1492, el Trata­do de Tordesillas dividió el mar y el territorio entre España y Portugal alrededor del presente meridiano 50,9 con el objeto de reservar para la

7 Thomas H. Moorer y Georges A. Fauriol, "Caribbean Basin Security", The Wash­ington Papers/104, Nueva York, Praeger Publishers for the Center for Strategic and In­ternational Studies, 1984, p. 2.

8 Las 13 LMC del Caribe están incluidas en las 31 LMC del mundo catalogadas como "esenciales" por el gobierno de Estados Unidos. Las LMC del Caribe representan vías vi­tales para el comercio y la comunicación marítima; se encuentran en un área de con­vergencia de las principales rutas comerciales interoceánicas, y constituyen una ruta lo­gística y de abastecimiento para Estados Unidos.

9 Thomas D. Anderson, op. át, p. 89.

Page 5: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

706 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

C o r o n a E s p a ñ o l a derechos comerc i a l e s exclus ivos e n l a zona . E l c o m e r ­c i o entre las colonias e s p a ñ o l a s fue p r o h i b i d o , y su desarrol lo e c o n ó m i c o se s u b o r d i n ó a l a m e t r ó p o l i .

S i n embargo , l a en t rada de barcos de E u r o p a d e l nor te e n e l d o m i ­n i o e s p a ñ o l fue m o t i v a d o p o r los p rospec tos de c o m e r c i o c o n las c o l o ­nias, y e l ataque a los buques e s p a ñ o l e s se i n c r e m e n t ó c o n e l tiempo. L o s ingleses y los ho l andeses se v o l v i e r o n m u y act ivos a l respecto h a c i a e l final d e l s ig lo xv i ; los p r i m e r o s p r i n c i p a l m e n t e c o m o piratas , l o q u e l l e v ó a l a f o r t i f i c a c i ó n de los pue r to s e n las c o l o n i a s e s p a ñ o l a s y a l a or­g a n i z a c i ó n de l a F l o t a P l a t e a d a ( 1 5 6 1 - 1 7 8 4 ) . 1 0 L a i n t r o m i s i ó n e n los d o m i n i o s e s p a ñ o l e s c o n t i n u ó , y p o r m á s d e d o s s ig los e l C a r i b e fue u n a de las á r e a s de m a y o r c o m p e t e n c i a e n e l m u n d o . 1 1

P a r a e l s ig lo xvn los ingleses , los ho landeses y los franceses h a b í a n e s tab lec ido co lon ia s , y e n e l s ig lo xv i l l estas poses iones ya e r a n s ign i f i ­cativas p a r a las po tenc ias eu ropeas d e b i d o a l a r i q u e z a gene rada p o r l a p r o d u c c i ó n de a z ú c a r y o t ros p r o d u c t o s t r op i ca l e s . 1 2 D u r a n t e los s iglos xvn i y x i x e l c o n t r o l de las islas e n l a r e g i ó n c a m b i ó e n varias ocas io ­nes, hasta q u e se e s t a b i l i z ó c o n l a p r e s e n c i a c rec i en te de Estados U n i ­dos a finales d e l s iglo x ix . C a b e destacar q u e e l dec l ive de l a e ra de las p l an tac iones , y l a subsecuente d i s m i n u c i ó n de l a i m p o r t a n c i a de l a re­g i ó n p a r a las p o t e n c i a s e u r o p e a s , c o i n c i d i ó c o n l a d e c l a r a c i ó n d e l a D o c t r i n a M o n r o e e n 1823, l a c u a l s e ñ a l ó l a i n t e n c i ó n de Estados U n i ­dos de establecer u n a esfera d e i n f l u e n c i a e n L a t i n o a m é r i c a , ta l c o m o e l p res iden te M o n r o e l o i n d i c ó

Debemos considerar cualquier intento de su parte [las potencias europeas] por extender su sistema a cualquier p o s i c i ó n de este hemisferio, como pel i ­groso para nuestra paz y seguridad. 1 3

Este e n f o q u e g e o p o l í t i c o fue s ign i f i ca t ivo e n e l c o n t e x t o d e l C a r i ­be, q u e e n ese t i e m p o h a b í a s ido "e l t r a m p o l í n p a r a l a i n v a s i ó n y e l d o ­m i n i o e u r o p e o de las A m é r i c a s " . 1 4 L a g u e r r a en t r e E s p a ñ a y Es t ados U n i d o s e n 1898 i n i c i ó l a e r a d e l i n v o l u c r a m i e n t o es tadunidense d i r ec ­to e n e l C a r i b e , e l c u a l fue f o r t a l e c i d o p o r l a a d q u i s i c i ó n de t e r r i t o r ios y e l e s t a b l e c i m i e n t o de bases navales e n e l á r e a . D u r a n t e los p r i m e r o s

10 im., p. 90. 11 IHd.,p.9\. 1 2 U.S. Department of the Army, op. cit., p. 3. 1 3 Thomas D. Anderson, op. cit, p. 94. 1 4 U.S. Department of the Army, op. at p. 3.

Page 6: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 707

años del siglo X X , el objetivo prioritario de Estados Unidos en la región consistió en construir y proteger un canal interoceánico (el viaje entre San Francisco y Nueva York se acortó 7 860 millas con el canal), así co­mo negar el acceso de adversarios potenciales a las islas a lo largo de la cuenca este del Caribe. Con el fin de promover aún más sus intereses regionales, el presidente Theodore Roosevelt proclamó el "corolario Roosevelt" de la Doctrina Monroe, que reclamó para Estados Unidos el derecho y el deber de ejercer la vigilancia internacional en cual­quier Estado del hemisferio, "cuando se [desaprobaran] las condicio­nes internas en esos países". 1 5 Subsecuentemente, las fuerzas estaduni­denses intervinieron en la región por diferentes periodos.16 Durante la primera mitad de este siglo, la presencia militar de Estados Unidos fue reforzada a través de medios diplomáticos, financieros y comerciales, y esta influencia prevaleció durante los años veinte.17 La hegemonía es­tadunidense en la región se consolidó después de la segunda guerra mundial, y se incrementó a través de la promoción de varios acuerdos bilaterales y multilaterales. En el ámbito de la seguridad, el más signifi­cativo fue el Tratado Interamericano de Asistencia Recíproca firmado en Río de Janeiro en 1947 -un año antes del establecimiento de la Or­ganización de Estados Americanos (OEA)—, el cual fue el primer trata­do de la guerra fría.1 8

Segunda guerra mundial

La importancia estratégica de la región del golfo y del Caribe, no obs­tante haber estado presente con anterioridad, fue evidente durante la segunda guerra mundial cuando más de 50% del abastecimiento en­viado a Europa y África por Estados Unidos fue transportado desde puertos del golfo.1 9 Sin embargo, como lo demostraron los submarinos alemanes durante la guerra, la geografía de la región del Caribe fue

15Thomas D. Anderson, op. cit. p. 94. 1 6 Las intervenciones militares estadunidenses en el Caribe y Centroamérica du­

rante el primer cuarto del siglo sirvieron para mantener el statu quo, desalentar el invo-lucramiento europeo, salvaguardar el Canal de Panamá y sus alrededores y, en general, proteger lo que se percibió como el interés nacional de Estados Unidos.

17 ídem. 1 8 Mario Ojeda, Alcances y límites de la política exterior de México, México, El Colegio

de México, 1976, p. 24. 1 9 U.S. Department of the Army, op. cit., p. 535.

Page 7: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

708 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A FIXXXVIA

i d e a l p a r a l a i n t e r d i c c i ó n 2 0 de L M C vitales, sobre las cuales h a d e p e n d i ­d o c o n s i d e r a b l e m e n t e e l c o m e r c i o d e Es t ados U n i d o s y d e l m u n d o . E n e l G o l f o de M é x i c o los s u b m a r i n o s a lemanes causa ron u n d a ñ o sus­t a n c i a l a l a n a v e g a c i ó n , p r i n c i p a l m e n t e de mayo a j u l i o de 1 9 4 2 . 2 1 H a ­c i a e l final de ese a ñ o , los U-boats e n t o d a l a r e g i ó n d e l C a r i b e h a b í a n h u n d i d o 338 barcos , a l m e n o s l a m i t a d de e l los tanques, c o n u n a ca rga to ta l de 1.5 m i l l o n e s de tone ladas . 2 2

E n l a c a m p a ñ a de tres meses e n e l go l fo , l a d e s t r u c c i ó n d e b a r c o s se c o n c e n t r ó e n tres á r e a s p r i n c i p a l m e n t e : l a m á s g rande , a l o l a r g o de l a cos ta de L o u i s i a n a , e n las L M C q u e c o n e c t a n c o n e l de l t a d e l Miss i ss i -p i , d o n d e 26 barcos f u e r o n atacados y 16 h u n d i d o s ; l a segunda , los es­t r e c h o s de F l o r i d a y zonas a l e d a ñ a s , c o n 15 ba rcos h u n d i d o s ; y final­m e n t e e l c a n a l d e Y u c a t á n , d o n d e 11 b a r c o s f u e r o n d e s t r u i d o s . 2 3 A l parecer , l a r a z ó n p o r l a c u a l u n a p r o p o r c i ó n s ignif icat iva de l a des t ruc­c i ó n o c u r r i ó a l o l a r g o de las franjas costeras de L o u i s i a n a fue q u e , d u ­r an t e l a s egunda g u e r r a m u n d i a l , N u e v a O r l e á n s e ra u n o de los pue r ­tos p r i n c i p a l e s d e l go l fo . S e g ú n u n anal is ta :

An te r i o rmen te a la guerra , los mercaderes p r inc ipa lmente t ransportaban materias primas para las industrias, así como productos ag r í co l a s y manu­facturados a los mercados localizados a lo largo de l r í o Mississipi . E l t ráf ico de tanques cons i s t í a en algo de e x p o r t a c i ó n de c rudo , así c o m o en l a dis­t r i b u c i ó n de p e t r ó l e o y productos refinados a las industrias de l a costa es­te . 2 4

20 Interdiction, esp. interdicción, bombardeo constante de posiciones enemigas, rutas o líneas de abastecimiento y comunicación, con el propósito de retardar y desorganizar su progreso. Véase Webster Encyclopedia. Unabridged Dictionary of the English Language, Ave-nel, NJ, Gramercy Books, 1989, p. 740.

Interdiction, esp.: interdicción: la acción de desviar, interrumpir, retrasar o destruir el potencial militar de superficie del enemigo, antes de que pueda ser utilizado efecti­vamente contra fuerzas amistosas. Véase Department of Defense, "Dictionary of Mili­tary Terms", The Joint Chiefs of Staff, Nueva York, Arco Publishing, a Division of Simon & Schuster, 1988, p. 186.

2 1 En mayo 41 barcos fueron hundidos (se perdieron 219 mil toneladas de carga); 21 barcos en junio (91 277 toneladas perdidas) y 16 barcos en julio (65 942 toneladas), para un total de 78 barcos destruidos en tres meses. Véase William J. Cox, 'The Gulf of Mexi­co: A Forgotten Frontier in the 1980s", Naval War, College Review, vol. XL, num. 3/ 319, ve­rano de 1987, p. 68.

2 2 U.S. Department of the Army, op. at, p. 594. 2 3 William J. Cox, op. at, p. 68. 24 Ibid., p. 67.

Page 8: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 9 6 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 709

Entonces no existía una industria petrolera en el mar en esta área, y Houston aún estaba a años de convertirse en el tercer puerto más im­portante del país.

Los objetivos militares alemanes en el Caribe fueron alcanzables cuando se asignaron los primeros U-boats a la región hacia el final de marzo de 1942. De hecho, la interdicción de la navegación fue la tarea principal asignada a los submarinos alemanes:

Para el Almirante Karl Donitz, el criterio último y decisivo para el uso del U-bo-atíxxe el hundimiento más rápido posible del mayor tonelaje enemigo posible, y del tonelaje que era potencialmente útil... Quiso que sus U-boats fueran utili­zados de manera racional, esto es, en aquellos puntos donde podrían hundir el mayor tonelaje posible de barcos enemigos en el más corto espacio de tiem­po posible.25

El ataque abierto de los U-boats se concentró en barcos mercantes sin escolta, lo que en parte se explica debido a la falta de unidades asigna­das para la defensa naval en el golfo.26 Lo que es significativo es que la campaña del golfo fue llevada a cabo con un máximo de seis submari­nos que operaban al mismo tiempo, y frecuentemente no más de dos, de un total de 8 a 15 U-boats que operaban de Halifax a Trinidad.27 La campaña alemana finalmente fue interrumpida alrededor de agosto de 1942, cuando se creó un sistema de convoy para las embarcaciones que transitaban las rutas del golfo y del Caribe.28

La guerra fría

Después de la segunda guerra mundial, los desarrollos económicos y po­líticos contribuyeron a aumentar la importancia del golfo y del Caribe como un todo para Estados Unidos: primero, en las costas estaduni­denses del golfo se desarrolló una infraestructura petroquímica signifi­cativa, la cual se extendió de Brownsville, Texas, hasta Mobile, Alaba-ma, con vínculos económicos importantes con el resto de la Cuenca del Caribe; y segundo, desde la revolución de 1 9 5 9 que llevó a Fidel

2 5 H. A. Jacobsen yj. Rohwer (eds.), Decisive Battles of World War II. The German View, Nueva York, G.P. Putnam, 1965, p. 269.

2 6 William J. Cox, op. at., p. 69. 27 Ibid., p. 68. 28 Idem.

Page 9: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

710 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

Cas t ro a l p o d e r e n C u b a , u n a n t i g u o a l i ado se t r a n s f o r m ó e n adversa­r i o ; a d e m á s , l a e x p a n s i ó n de l a i n f l u e n c i a s o v i é t i c a y c u b a n a e n su "pa­t io t rasero" se c o n v i r t i ó e n u n a p r e o c u p a c i ó n p r i n c i p a l p a r a Es t ados U n i d o s du ran t e los a ñ o s o c h e n t a . 2 9

C o n s i d e r a c i o n e s e c o n ó m i c a s . D e s d e los a ñ o s se ten ta los a sun tos de e n e r g í a , c o m e r c i o y acceso a las mater ias p r i m a s a d q u i r i e r o n u n sig­n i f i c a d o e s t r a t é g i c o p a r a E s t a d o s U n i d o s . E n p a r t i c u l a r , e l e m b a r g o p e t r o l e r o de 1973, e l i n c r e m e n t o de los p rec ios d e l p e t r ó l e o bajo e l eje de l a OPEP y l a p é r d i d a de c o n t r o l sobre e l G o l f o P é r s i c o q u e s i g u i ó a l a R e v o l u c i ó n i s l á m i c a e n I r á n , c o n t r i b u y e r o n a i n c r e m e n t a r l a v u l n e r a b i ­l i d a d de Estados U n i d o s , q u e h a s ido d e p e n d i e n t e de las i m p o r t a c i o n e s de p e t r ó l e o . E n este c o n t e x t o , l a C u e n c a d e l C a r i b e y sus LMC asumie­r o n u n a i m p o r t a n c i a v i ta l p a r a este p a í s . 3 0

D e acue rdo c o n datos d e l D e p a r t a m e n t o d e l T ranspor t e de Estados U n i d o s , e n 1986 m á s de l a m i t a d de l a carga que pasaba p o r e l C a r i b e se o r i g inaba e n ese p a í s . 3 1 P a r a med iados de l a d é c a d a de los a ñ o s ochen ta , ce rca de 5 0 % de las expor t ac iones estadunidenses y de 65 a 7 5 % de pe­t r ó l e o y minera les e s t r a t é g i c o s impor t ados , e ran mov idos e n los puer tos d e l golfo c o m o H o u s t o n , Galves ton , B e a u m o n t , N u e v a O r l e a n s y M o b i l e ,

2 9 En este marco, los objetivos de seguridad estadunidenses en la Cuenca del Cari­be durante la guerra fría fueron: 1) evitar el uso, la disponibilidad y el establecimiento de instalaciones militares hostiles a los intereses de Estados Unidos; 2) detectar, perse­guir y, si era necesario, destruir las fuerzas hostiles que rotaran en la región y bloquea­ran las LMC; 3) mantener el acceso a los recursos naturales de la región; 4) garantizar la seguridad y disponibilidad del Canal de Panamá; 5) evitar hostilidades intrarregionales; y por último, 6) contribuir a la seguridad interna de Estados Unidos frente a posibles acciones hostiles que emanaran de la zona. Véase Thomas H. Moorer y Georges A. Fau-riol, op. cit, p. 14.

3 0 Un estudio llevado a cabo al principio de los años setenta, señaló que el Caribe, que proporcionaba más de la mitad de las importaciones estadunidenses de petróleo en 1971, estaba declinando en su contribución al porcentaje de la producción mundial de petróleo. Esto, agregado al hecho de que las reservas probadas en el Caribe eran es­casas (en ese tiempo el auge petrolero en México estaba aún por llegar), sobre todo cuando se comparaban con las de África y el Medio Oriente, creaba el prospecto de que la producción petrolera del Caribe constituiría un porcentaje menor de la produc­ción en el futuro. Sin embargo, Estados Unidos aún podía esperar importar una pro­porción sustancial de su petróleo del Hemisferio Occidental, debido a incrementos considerables de la producción de Canadá, y debido al costo menor del transporte ma­rítimo de petróleo canadiense y del Caribe. Véase Randal G. Holcombe, "The Econo-mic Impact of an Interruption in United States Petroleum Imports: 1975-2000", Arling-ton, VA, Center for Naval Analysis, noviembre de 1974, p. 47.

3 1 U.S. Department of the Army, op. cit, p. 606.

Page 10: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 711

y pasaban a través del Canal de Panamá o el Golfo de México. En esos mismos años, las LMC del Caribe también transportaban más de 70% de los minerales estratégicos de Estados Unidos y virtualmente todo el abas­tecimiento vital para la industria de defensa siguiendo las L M C del Atlán­tico del Sur, del Cabo de Buena Esperanza hacia Estados Unidos.3 2

Además, el área en sí misma ha representado una fuente de materias primas para Estados Unidos, ya que México y Venezuela han sido abastece­dores importantes de petróleo. 3 3 La región también ha constituido un cen­tro de refinación significativo para las importaciones de petróleo estaduni­dense,34 así como un punto estratégico de carga para el petróleo del Golfo Pérsico con destino a la potencia norteamericana.35 El petróleo no refina­do en el Caribe con frecuencia ha sido transferido de los supertanques a barcos más pequeños en puertos de alto cabotaje, localizados cerca de las instalaciones petroleras como South Riding Point en las Bahamas, Cul de Sac Bay en Santa Lucía y en la isla Gran Caimán, para ser transportado a las refinerías instaladas a lo largo de la costa estadunidense del golfo.

Excepto México, que se encuentra en tercer lugar dentro de los 50 principales socios comerciales de Estados Unidos, las naciones del Ca­ribe no han tenido lazos de intercambio considerables con este país. 3 6

Sin embargo, con el objeto de promover la estabilidad en esta área es­tratégica, Estados Unidos instrumentó políticas como la Iniciativa de la Cuenca del Caribe propuesta en 1992, la cual proporcionó ayuda económica, inversión y oportunidades comerciales, a través del acceso libre a los mercados estadunidenses para la mayoría de los productos de la región hasta septiembre de 1995, como se estableció en el Acta de Recuperación Económica de la Cuenca del Caribe. 3 7 Se estima que el volumen del comercio de Estados Unidos con el Caribe, sin incluir a Centroamérica, pasó de 9.6 mil millones de dólares en 1992 a 12 mil mi-

32 ídem. 3 3 Durante esta etapa Venezuela fue, después de México, el quinto de los diez abas­

tecedores de crudo más importantes para Estados Unidos, al proveer 11.2% del total mundial en 1991. Véase U.S. Department of Commerce, "U.S. Foreign Trade Higlights 1991", International Trade Administration, 1992.

3 4 Las refinerías para las importaciones de petróleo estadunidense se han localiza­do en Venezuela, las Bahamas, Trinidad y Tobago, las Antillas Holandesas, Santa Lucía, Curacao, St. Croix y Aruba. Dentro de los diez principales abastecedores de productos refinados para Estados Unidos en 1991, Venezuela fue el primero con 24% del total mundial, y las Antillas Holandesas quinto con 4.9%. ídem.

3 5 Thomas H. Moorer y Georges A. Fauriol, op. át, p. 17. 3 6 U.S. Department of Commerce, op. át. 3 7 U.S. Department of the Army, op. at, p. 665.

Page 11: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

712 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A FIXXXVLA

llones de dólares en 1996, además de que este país ha mantenido un su­perávit comercial respecto a la región, en lo que va de esta década. Asi­mismo, el Caribe apoya más de 40 mil empleos en Estados Unidos.38

Por otra parte, como respuesta a la entrada en vigor del Tratado de Libre Comercio de América del Norte, los países de la zona deci­dieron crear, junto con México, Cuba, Centroamérica, Guyana, Guya­na Francesa y Surinam, la Asociación de Estados del Caribe ( A E C ) , la cual presenta el prospecto de crear un mercado potencial de 202 mi­llones de personas, un PIB anual de 500 mil millones de dólares, así co­mo un volumen comercial de 180 mil millones de dólares al año. 3 9 Sin embargo, uno de los retos que enfrenta la asociación en el corto plazo, es la integración de Cuba a este esquema de liberalización comercial.

La amenaza cubana

En el Caribe existen esencialmente cuatro rutas principales: 1) de Colón, Panamá, a puertos del Golfo de México; 2) de Colón a los puertos estadu­nidenses de la costa este; 3) de Colón a Europa, y 4) de los puertos del gol­fo a Europa.40 Estas L M C pasan a través de varios estrechos importantes, dos de ellos en el golfo y a un lado de Cuba. La parte occidental de Cuba está a 100 millas de la península de Yucatán, y su sector noroeste, a 90 millas de Key West. Por consiguiente, para Estados Unidos, durante la guerra fría, la amenaza clave a las L M C en el Golfo de México se relacionó con la posibili­dad de que la navegación estadunidense fuera interrumpida por Cuba en el caso de un conflicto convencional en el frente central de la O T A N . 4 1

3 8 Anthony T. Bryan, "Haití: Kick Starting the Economy", Current History, vol. 94, núm. 589, febrero de 1995, p. 69.

39 ídem. 4 0 Michael C. Desch, "Turning the Caribbean Flank: Sea-lane Vulnerability During

a European War", Survival, International Institute for Strategic Studies (IISS) , vol. xxix, núm. 6, noviembre-diciembre de 1987, pp. 529-530.

4 1 Al hacer referencia al bloqueo de estrechos y a la interdicción en el Golfo de México y el Caribe en 1877, el capitán Alfred Thayer Mahan indicó que la estrategia era el estudio de posiciones y que éstas deberían ser consideradas por su valor comercial y militar. Después del estudio sobre los pasajes, islas y puertos de Cuba, concluyó que la isla no sólo era un área ideal para los submarinos y barcos de torpedos, sino que tam­bién representaba la clave para el control de toda la Cuenca del Caribe. Véase U.S. De­partment of the Army, op. cit., p. 612.

El uso potencial de los estrechos fue una consideración importante para la inter­vención estadunidense en Grenada en 1983, ya que el Pasaje Galleons localizado en la costa sur de Grenada es una ruta principal para los tanques petroleros provenientes del Golfo Pérsico. Véase U.S. Department of the Army, op. cit, p. 602.

Page 12: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 LOS INTERESES DE E U A EN EL GOLFO DE MÉXICO 713

Las LMC del Caribe han sido militarmente significativas para Estados Unidos debido a su compromiso de defensa en Europa. Debido a que Estados Unidos está físicamente separado del teatro europeo por el océano Atlántico, durante la guerra fría era necesario tener la capaci­dad para proyectar el poder militar en el caso de un ataque soviético contra la OTAN. 4 2 Esta posibilidad habría involucrado la transportación de seis divisiones del ejército, 60 escuadrones aéreos tácticos y una brigada expedicionaria de los Marines al continente europeo en diez días . 4 3 Los efectivos y parte del equipo ligero para estas unidades hu­bieran sido transportadas por aire, pero una proporción importante del equipo pesado hubiera tenido que ser embarcada a través de las LMC del golfo, porque sólo la transportación marítima puede sostener altos niveles de tonelaje. De hecho, la carga aérea sólo habría repre­sentado 5% y la marítima 95% de la carga transportada durante este compromiso potencial en el extranjero.44

Además, aun después de completar este despliegue inicial, el equi­po para refuerzos posteriores habría tenido que ser transportado vía marítima. Alrededor de 60% del abastecimiento necesario para refor­zar a la OTAN, incluido el petróleo, combustibles y lubricantes, habría sido transportado a través de puertos del golfo. 4 5 Otra de las razones por las que estos puertos eran y son importantes, es que las principales

4 2 Como una nación insular en un sentido estratégico, Estados Unidos ha perma­necido crucialmente dependientes de las LMC de la Cuenca del Caribe y del Canal de Panamá, no sólo para propósitos comerciales sino también militares. Por esta razón, la postura regional estadunidense en la guerra fría tiene que ser considerada dentro del marco más amplio de su estrategia militar global.

Antes de los conflictos armados centroamericanos de los años ochenta la región tuvo un lugar secundario en la lista de prioridades de política exterior y de seguridad estadunidense, en buena medida debido al aislamiento relativo del hemisferio occiden­tal de la competencia geoestratégica. De hecho, "no había una estrategia de seguridad para el flanco sur" debido a que Estados Unidos asumía que la proximidad del Caribe implicaba una ausencia de amenazas extrarregionales. Véase Thomas H. Moorer y Georges A. Fauriol, op. cit., pp. 1-23.

Sin embargo, y a pesar del hecho de una presencia cubana hostil en la región, es posible afirmar que la estrategia estadunidense, como una estrategia militar con una proyección hacia afuera, se benefició de un hemisferio occidental que en general fue estable.

4 3 Edgar L. Prina, "Two if by Sea; Are We Ready?", Army, vol. 40, diciembre de 1990, p. 18.

4 4 Wayne P. Wilcox, "Strategic Sealift: A Navy Function", U.S. Naval Proceedings, abril de 1987, p. 100.

4 5 U.S. Department of the Army, op. cit, p. 605.

Page 13: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

714 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

i n s t a l ac iones mi l i t a res de Estados U n i d o s e s t á n loca l izadas a l oeste de las m o n t a ñ a s A p a l a c h e s , l o que s ign i f i ca q u e es m á s fáci l m o v e r efecti­vos y mate r ia les a t r a v é s de los pue r tos de H o u s t o n , Ga lves ton , N u e v a O r l e a n s y M o b i l e que de los puer tos de l a costa es te . 4 6 Es decir , las L M C d e l go l fo y d e l C a r i b e e n g e n e r a l h u b i e r a n t e n i d o u n a f u n c i ó n s igni f i ­ca t iva e n u n con f l i c to m i l i t a r e n E u r o p a .

N o obstante que resu l ta d i f íc i l d e m o s t r a r q u e los intereses de C u ­b a h a b r í a n s ido p r o m o v i d o s a l aliarse c o n los s o v i é t i c o s e n u n a g u e r r a en t r e l a O T A N y e l Pac to de Varsovia , e r a c l a ro q u e C u b a a l m e n o s t e n í a u n a c a p a c i d a d l i m i t a d a p a r a b l o q u e a r las L M C d e l go l fo y p a r a a l te ra r los c á l c u l o s e s t adun idenses e n u n a g u e r r a e n E u r o p a . E n 1990 C u b a c o n t a b a c o n tres s u b m a r i n o s d i e se l s o v i é t i c o s clase Foxtrot, a d e m á s de u n t o t a l de 84 barcos : l o m á s p r e o c u p a n t e p a r a Es tados U n i d o s e r a n tres fragatas sov ié t i cas clase Koni c o n c a p a c i d a d p a r a g u e r r a an t i subma­r inos , y 18 barcos lanzamis i les s o v i é t i c o s Osa / / / 7 e q u i p a d o S | C o n mis i les Stix. T a m b i é n c o n t a b a n c o n cua t ro e scuadrones de MIG-23, tres c o n 36 y u n o c o n 15 av iones . 4 7 D e b i d o a sus c a r a c t e r í s t i c a s , los submar inos c u ­b a n o s Foxtrot y los MIG-2348 c l a r amen te c o n s t i t u í a n e l m a y o r r iesgo po ­t e n c i a l a l a n a v e g a c i ó n e n e l G o l f o de M é x i c o y e l m a r C a r i b e . 4 9

S i b i e n l a a n t i g u a U n i ó n S o v i é t i c a m a n t u v o u n a p re senc i a de bajo p e r f i l e n C u b a , e n e l caso de u n a g u e r r a e u r o p e a e ra m u y probab le que a l m e n o s algunas de las ventajas sovié t icas e n e l C a r i b e h a b r í a n ten ido al­g u n a f u n c i ó n , c o m o las ins ta laciones de r e c o l e c c i ó n de i n t e l i genc i a e n L o u r d e s , l a c u a l h a b r í a s ido ú t i l p a r a a d q u i r i r y segui r objetivos m i l i t a ­res e n los estrechos d e l g o l f o . 5 0 Estados U n i d o s , p o r su parte, bajo e l co­m a n d a n t e e n je fe d e l A t l á n t i c o , h a m a n t e n i d o estaciones navales a é r e a s e n e l g o l f o , a d e m á s de los c o m p o n e n t e s navales y a é r e o s l o c a l i z a d o s a l r e d e d o r de las i n s t a l a c i o n e s e n K e y Wes t , G u a n t á n a m o , R o o s e v e l t R o a d s y e l C a n a l de P a n a m á ; J a c k s o n v i l l e , F l o r i d a , h a s ido l a p r i n c i ­p a l base nava l e n t e r r i t o r i o e s t a d u n i d e n s e m á s c e r c a n a a l a r e g i ó n . 5 1

4 6 Michael Moodie, y Alvin J. Cottrell, Geopolitics and Military Power, The Washing­ton Papers, núm. 87, Beverly Hills, CA, SAGE Publications for the Center for Strategic and International Studies, 1981, p. 50.

4 7 International Institute for Strategic Studies (liss), The Military Balance 1989-1990, Londres, A Brassey's Publication for the liss, 1990, p. 190.

4 8 Además, en 1989 Moscú entregó a La Habana seis MIG-29 nuevos. Véase Susan Kauf­man Purcell, "Cuba's Cloudy Future", Foreign Affairs, vol. 69, verano de 1990, p. 117.

4 9 Robert S. Wood y John T. Jr. Hanley, "The Maritime Role in the North Atlantic", The Atlantic Community Quarterly, vol. 24, num. 2, verano de 1986, p. 142.

5 0 Michael Desch, op. cil, p. 532. 5 1 Varios estudios en 1979 generaron un interés mayor de Estados Unidos por el

Page 14: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

OCT-DlC 96 . LOS INTERESES DE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 715

Cabe destacar que, como parte del Tratado Torrijos-Carter de 1977, Es­tados Unidos tendría que entregar el canal al gobierno de Panamá al fi­nal de 1999. Sus tropas en el área, que en alguna ocasión llegaron a diez mil, dejarán diez bases. Algunas ya se han ido: dos bases fueron en­tregadas en 1995 y otra el pasado septiembre. El próximo año el cuartel general del comando sur de Estados Unidos, que cubre la mayoría de Latinoamérica, se moverá de Panamá a Miami. 5 2

A l parecer, era poco probable que la Unión Soviética hubiera parti­cipado en una batalla de gran escala por las LMC del Caribe con subma­rinos propios operados desde bases cubanas, ya que cualquier ventaja adicional que la Unión Soviética hubiera destinado al Caribe habría si­do muy vulnerable a un ataque estadunidense. Además, "este alto nivel de vulnerabilidad habría eliminado la mayoría de las ventajas para asig­narlos ahí; también, cualquier ventaja soviética enviada al Caribe no ha­bría podido influir directamente en el curso de la batalla en Europa, el cual casi seguramente [era] de mayor prioridad para el liderazgo sovié­tico". 5 3

Esta opinión se reforzaba por el hecho de que la marina soviética era caracterizada por analistas occidentales como "defensiva" en su na­turaleza:

Esta [marina soviética] [ t en í a ] una capacidad l imitada para proyectar su in­f luenc ia y poder a distancias y por per iodos largos, y para controlar e l mar verdaderamente. De hecho, los soviéticos [ t e n í a n ] cuatro misiones pr incipa­les para su mar ina , en o r d e n de impor tanc ia : golpes e s t r a t é g i c o s , c o n t r o l m a r í t i m o , defensa e s t r a t ég ica y b loqueo de LMC. L a mar ina soviética t e n í a la capacidad para in t e r rumpi r las L M C estadunidenses si lo hubie ra preferido, pero esta mis ión no [era] la p r io r idad m á s al ta. 5 4

Por consiguiente, aparentemente la estrategia soviética hubiera consistido en dar a Cuba la capacidad para afectar los intentos de Esta­dos Unidos por reforzar a la OTAN, más que participar directamente en estas operaciones, con el objeto de desviar recursos estadunidenses de

Caribe, particularmente desde el establecimiento de una brigada soviética en Cuba. Es­ta situación llevó a la administración de Carter a crear la Fuerza de Tarea Conjunta pa­ra Contingencias en el Caribe en Key West en octubre de 1979, la cual aumentó la visi­bilidad de Estados Unidos en la región. Véase Department of the Army, op. cit., p. 597.

5 2 "Drugs are back", The Economist, 25 de mayo de 1996, p. 47. 5 3 Michael Desch, op. cit., p. 534. 5 4 John Allen Williams, "The U.S. and Soviet Navies: Missions and Forces", Armed

Forces & Sodety, vol. 10, num. 4, verano de 1984, pp. 516-520.

Page 15: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

716 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F J X X X V I - 4

E u r o p a . 5 5 E n este contexto , es p o c o p robab le que L a H a b a n a se h u b i e r a c o m p r o m e t i d o e n este t ipo de acciones p o r u n t i e m p o sin e l apoyo sovié­t ico . A s i m i s m o , si C u b a h u b i e r a s ido act iva e n e l gol fo , lo h a b r í a h e c h o s ó l o a in ic ia t iva y bajo l a d i r e c c i ó n de l a Stavka.5Q S i n embargo , a u n este supuesto es inc ie r to , d e b i d o a l al to costo que esta a c c i ó n h u b i e r a s ignif i ­c ado p a r a l a isla. N o obstante, esta amenaza s iempre estuvo presente, as í c o m o e l escenario menos p robab le de u n ataque cubano a l a extensa i n ­f r aes t ruc tu ra p e t r o l e r a e s t adun idense e n e l G o l f o de M é x i c o , u n á r e a c o n u n n ú m e r o considerable de objetivos mi l i t a res . 5 7

LAS PREOCUPACIONES DE SEGURIDAD ACTUALES

Migración

A e x c e p c i ó n de Estados U n i d o s , las n a c i o n e s de l a C u e n c a d e l C a r i b e e n f r e n t a n p r o b l e m a s e s t ruc tu ra le s c o m o p a í s e s e n d e s a r r o l l o . E n las d é c a d a s pasadas, estas n a c i o n e s h a n e x p e r i m e n t a d o tasas altas de cre­c i m i e n t o de l a p o b l a c i ó n , u n p r o m e d i o d e 2 . 1 % e n l a d é c a d a d e los a ñ o s o c h e n t a , l o q u e r e s u l t ó e n e l h e c h o de que , p a r a 1990, 3 6 % de l a p o b l a c i ó n to ta l de l a z o n a fue ra m e n o r de 15 a ñ o s de e d a d . 5 8

Este p a t r ó n de c r e c i m i e n t o h a c r e a d o u n a es t ruc tura de p o b l a c i ó n j o v e n e n l a r e g i ó n , y c o n s e c u e n t e m e n t e u n a c a n t i d a d cons ide rab l e de pe r sonas q u e e n t r a n e n e l m e r c a d o de trabajo c a d a a ñ o . P o r o t r a par­te, c o m o ref le jo de los rezagos e c o n ó m i c o s , e l PIB p r o m e d i o de l a re­g i ó n c r e c i ó 1.6% e n l a m i s m a d é c a d a , l o q u e s i g n i f i c ó que l a p o b l a c i ó n c r e c i ó m á s r á p i d o q u e l a e c o n o m í a . 5 9 E s t a t e n d e n c i a e j e r c i ó u n a p r e ­s i ó n sobre los recursos y p r o f u n d i z ó p r o b l e m a s ya presentes, c o m o u n a m i g r a c i ó n r u r a l - u r b a n a a l ta , u r b a n i z a c i ó n n o p l a n e a d a , d e s e m p l e o y s u b e m p l e o . S e g ú n datos d e l B a n c o M u n d i a l , en t re 1985 y 1 9 9 3 6 0 l a ta-

5 5 De hecho, según un analista, el retiro forzado de la influencia estadunidense de otras partes del mundo, en respuesta a una mayor amenaza a su seguridad a lo largo de su flanco sur, habría sido una estrategia soviética explícita en el Caribe. Véase Timothy Ashby, "Bear in the Backyard", U.S. NavalProceedings, abril de 1987, p. 72.

5 6 WilliamJ. Cox, op. al, p. 72. 57 Ibid., p. 71 58 vVorld Bank, World Development Report 1992. Development and Environment, Nueva

York, Published by Oxford University Press for the World Bank, 1992, pp. 268-269. 59 Ibid., p. 221. 6 0 The World Bank, The World Bank Atlas, Washington D.C., The World Bank, 1994,

pp. 18-19.

Page 16: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 9 6 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 7 1 7

sa real promedio de crecimiento del PIB per cápita para la región lati­noamericana, en su conjunto, fue de sólo 1.2 por ciento.

Cabe destacar que la proximidad de la región a Estados Unidos ha sido un incentivo para emigrar, para la gente que busca alcanzar un me­jor nivel de vida. En términos de la migración ilegal en este país, la ma­yoría del flujo ha provenido de México, por tierra, a lo largo de la fron­tera común de casi tres mi l ki lómetros. De acuerdo con datos del Servicio de Inmigración y Naturalización (SIN), en 1989 se expulsó a ile­gales de 135 países, entre los cuales "los nacionales mexicanos eran por mucho los más numerosos, ya que representaron 46 .6% del total de ex­pulsiones".6 1 Según las cifras más recientes, se estima que en Estados Unidos hay alrededor de 17 millones de personas de origen mexicano. Cinco millones mantienen su nacionalidad mexicana; de éstos, 3.5 millones son residentes legales y 1.5 son indocumentados.62

Sin embargo, la migración ilegal no ha estado limitada a los mexi­canos. Por ejemplo, la información del SIN también mostró que el nú­mero de personas deportadas de las islas del Caribe se incrementó de 4 6 1 en 1981 a 1 478 en 1989 . 6 3 Es importante mencionar que en las dé­cadas recientes, los flujos de inmigración también han incluido un nú­mero considerable de refugiados de esta zona. En particular, Estados Unidos demostró ser vulnerable a un influjo masivo de cubanos como el ocurrido en 1980, cuando Fidel Castro abrió el puerto de Mariel, lo que llevó a un éxodo de 128 0 0 0 cubanos,6 4 incluyendo criminales, 6 5

hacia Florida. En este sentido, el interés estadunidense en el golfo ha sido evitar que un flujo masivo de refugiados de la región logren llegar a sus costas.

El tema de la migración de cubanos a Estados Unidos ha sido uno de los más sensibles entre este país y la isla. El primero, durante casi 30

6 1 U.S. Department of Justice, 1989 Statistical Yearbook of the INS, Washington D.C., U.S. Government Printing Office, 1989, p. XLIH.

6 2 "Manifiesta México Grave Inquietud", Reforma, 26 de septiembre de 1996, p. 2A. 6 3 U.S. Department of Justice, op. át, p. 123. 6 4 Susan Kaufman Purcell, "Collapsing Cuba", Foreign Affairs, vol. 71, America and

the World 1991/1992, p. 137. Esta misma autora señala que en 1991, 2 417 cubanos lle­garon a Florida, a través de un mar peligroso y en pequeños botes o lanchas inflables. La cifra para el año anterior fue de 467.

6 5 "Con el tiempo, el número de cubanos encarcelados e inelegibles para la admi­sión (por faltas cometidas en centros de refugiados o debido a crímenes cometidos en Cuba) en Estados Unidos aumentó a cerca de tres mil 800; después de años de negocia­ciones, el gobierno cubano aceptó recibir a dos mil 500 de ellos". Véase Grail L. Brooks-hire, "Refugee Crisis: Test of Army Versatility", Army, vol. 41, noviembre de 1991, p. 38.

Page 17: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

718 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V T - 4

a ñ o s , a d o p t ó l a p o l í t i c a de o f rece r as i lo a aque l los que a b a n d o n a r a n e l r é g i m e n c o m u n i s t a , m i e n t r a s l a p o s i c i ó n de C u b a a l r e s p e c t o h a b í a cons i s t i do e n deshacerse de los c i u d a d a n o s insat isfechos y p e r m i t i r su sa l i da d e l p a í s . C a b e des tacar q u e desde l a l l e g a d a de Cas t ro a l p o d e r e n 1959, se c a l c u l a q u e 1 5 % de l a p o b l a c i ó n c u b a n a h a e m i g r a d o . 6 6 E n t é r m i n o s genera les , los flujos h a n s i d o f o m e n t a d o s p o r l a cr i s i s d e l a e c o n o m í a c u b a n a , p a r t i c u l a r m e n t e desde l a d e s a p a r i c i ó n d e l b l o q u e c o m u n i s t a . E n 1990 var ios c i en tos de c u b a n o s l l e g a r o n a Es tados U n i ­dos , y 2 200, e n 1 9 9 1 . 6 7 A s i m i s m o , m á s de 200 e s c a p a r o n a G u a n t á n a -m o e n ese a ñ o , y decenas m á s l l e g a r o n e n 1992. L a b ú s q u e d a de as i lo e n l a base m i l i t a r q u i z á se h a d e b i d o a q u e si b i e n u n n ú m e r o cons ide ­rab le de cubanos se h a a v e n t u r a d o a l mar , o t ros h a n p r e f e r i d o a l t e rna ­tivas m e n o s p e l i g r o s a s , y a q u e e l viaje p o r e l e s t r e c h o h a c i a E s t a d o s U n i d o s supone u n a l to r iesgo . D e a c u e r d o c o n l a G u a r d i a C o s t e r a esta­d u n i d e n s e , c u a t r o de c a d a c i n c o c u b a n o s se a h o g a n e n los e s t r echos de F l o r i d a . 6 8 S i se r e g u l a r i z a r a l a c u e s t i ó n de l a m i g r a c i ó n en t re C u b a y Es tados U n i d o s , l a S e c c i ó n de Intereses Es t adun idenses e n L a H a b a n a e s t ima que r e c i b i r í a m á s de 30 000 so l ic i tudes de visas . 6 9

L a c r i s i s m i g r a t o r i a m á s r e c i e n t e se i n i c i ó e n e l v e r a n o d e 1994 , c u a n d o se ca lcu la que 30 m i l cubanos a b a n d o n a r o n l a isla c o n des t ino a Estados U n i d o s c o m o c o n s e c u e n c i a de las c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s . 7 0 E l g o b i e r n o cubano n o h i z o n a d a p a r a detener los , apos tando a q u e e l f lujo f o r z a r í a a l a a d m i n i s t r a c i ó n e s t adun idense a reva luar e l i m p a c t o de su e m b a r g o e c o n ó m i c o c o n t r a C u b a . C o m o c o n s e c u e n c i a de este é x o d o masivo, Estados U n i d o s fue f o r z a d o a suspender su p o l í t i c a de 28 a ñ o s de o to rgar r e s idenc ia a los cubanos q u e l l ega ran a su costa o fue ran i n ­terceptados e n e l mar. E n su lugar, las autor idades estadunidenses l leva­r o n a los cubanos i n t e r cep t ados a las bases mi l i t a res de G u a n t á n a m o y d e s p u é s a P a n a m á , u n a vez q u e l a c apac i dad de l a p r i m e r a fue superada . Es ta s i t u a c i ó n l l e v ó a l a n e g o c i a c i ó n de u n a c u e r d o e n s e p t i e m b r e de 1994, med ian t e e l c u a l Estados U n i d o s se c o m p r o m e t i ó a aceptar u n m í ­n i m o a n u a l de 20 m i l cubanos legales, a c a m b i o de l a p r o m e s a de C u b a de de tener a sus c i u d a d a n o s q u e in t en t a ran dejar l a is la a b o r d o de ba l ­sas u otras embarcac iones .

6 6 International Institute for Strategic Studies, Strategic Survey 1991-1992, Londres, Brassey's for the International Institute for Strategic Studies, 1991, p. 80.

67 Idem. 68 Idem. 6 9 International Institute for Strategic Studies, op.cit., p. 80. 70 Facts on File, vol. 55, num. 2830, 23 de febrero de 1995, p. 137.

Page 18: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D I C 96 L O S INTERESES D E EUA E N E L G O L F O D E M É X I C O 719

En enero de 1995 Cuba y Estados Unidos llevaron a cabo una serie de pláticas en Nueva York, con el fin de instrumentar el acuerdo men­cionado. A principios de febrero de ese año las autoridades estaduni­denses empezaron a transferir a su territorio a 7 300 refugiados cuba­nos detenidos en Panamá, y otros 500 fueron llevados a Guantánamo para unirse a los 20000 refugiados que se encontraban en la base.71 Ca­be destacar que un total de 8 800 cubanos habían sido enviados a Pa­n a m á en septiembre de 1994, después de ser interceptados por la Guardia Costera.72 Es importante mencionar que en diciembre de ese año , los refugiados cubanos en Panamá se rebelaron en protesta por su larga detención en la base, lo que presionó a favor de una instru­mentación más efectiva del acuerdo alcanzado.

En abril de 1995 se registró un segundo encuentro entre las auto­ridades de ambos países para revisar el funcionamiento del acuerdo, en el cual destacó la crítica cubana a la iniciativa de ley del senador Jes-se Helms, orientada a reforzar el embargo. En ese mismo mes, el go­bierno cubano había indicado que le sería difícil controlar un nuevo éxodo si esta legislación era aprobada.7 3 A l mes siguiente la adminis­tración de Clinton terminó con tres décadas de asilo a los refugiados cubanos, al anunciar que los balseros serían regresados a Cuba. Las au­toridades estadunidenses reiteraron su compromiso de admitir a los 21 000 refugiados que se encontraban en Guantánamo, pero Janet Re­no, la procuradora general de Justicia, advirtió que en adelante los que lo desearan deberían solicitar asilo en la Oficina de Intereses Esta­dunidenses en La Habana.7 4

El total de los refugiados cubanos salió de Guantánamo el 31 de enero de 1996, fecha en que el campo fue cerrado. Este estuvo abierto desde el verano de 1994, para recibir a los haitianos y cubanos inter­ceptados en el mar en dirección a Estados Unidos. En el punto más alto de la crisis migratoria, se calcula que la base recibió a 29 000 cubanos y 21 000 haitianos.7 5 A l cerrarse el campo, la mayoría de los haitianos fueron enviados de regreso a su país.

Como se ha mencionado, además del flujo cubano se registró una salida significativa de refugiados haitianos que se inició poco tiempo después del golpe militar de septiembre de 1991, que derrocó al presi-

71 ídem. 72 ídem. 73 Facts onFile, vol. 55, núm. 2842, 18 de mayo de 1995, p. 366. 74 ídem. 75 Facts on File, vol. 56, núm. 2879, 8 de febrero de 1996, p. 74.

Page 19: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

720 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

den t e J e a n B e r t r a n d A r i s t i d e . D e s p u é s de q u e c e r c a d e 40 000 ha i t i a ­nos f u e r o n in t e r cep t ados e n e l m a r mien t r a s i n t e n t a b a n l l ega r a Esta­dos U n i d o s , 7 6 l a a d m i n i s t r a c i ó n de B u s h o r d e n ó e n m a y o de 1992 re­gresar los s in d e r e c h o a u n a a u d i e n c i a , a l a r g u m e n t a r q u e l a m a y o r í a de e l los escapaban de l a p o b r e z a y n o de l a o p r e s i ó n p o l í t i c a . 7 7

Ofic ia les d e l SIN v e r i f i c a r o n q u e los ha i t i anos in t e rcep tados fue r an refugiados , y even tua lmen te p e r m i t i e r o n a 2 5 % de e l los ingresa r a Es­tados U n i d o s p a r a c o n t i n u a r c o n e l p roceso ; e l resto de e l los fue regre­sado a H a i t í . 7 8 L a o r d e n de B u s h e f ec t i vamen te r e d u j o l a m i g r a c i ó n p o r m a r y l a ca rga p a r a l a base de G u a n t á n a m o . S i n e m b a r g o , d u r a n t e su c a m p a ñ a , W i l l i a m C l i n t o n e x p r e s ó su desacue rdo c o n l a p o l í t i c a de B u s h , y a f i r m ó q u e g a r a n t i z a r í a a u d i e n c i a a los h a i t i a n o s i n t e r c e p t a ­dos. Estas dec l a r ac iones p r e s e n t a r o n e l p rospec to de q u e en t re 200 m i l y 500 m i l ha i t i anos i n t e n t a r a n sal ir de l a i s la d e s p u é s de l a a s u n c i ó n de C l i n t o n e l 20 de e n e r o de 1 9 9 3 . 7 9 D e h e c h o , de a c u e r d o c o n u n estu­d i o de l a G u a r d i a C o s t e r a es tadunidense , 635 barcos p o d r í a n h a b e r si­d o u t i l i zados p a r a este p r o p ó s i t o , a d e m á s de 113 m á s , e n c o n s t r u c c i ó n e n ese t i e m p o , m u c h o s de e l los p a r a sust i tuir a los barcos h u n d i d o s e n in ten tos p rev ios p a r a l l ega r a Es tados U n i d o s . 8 0 A s i m i s m o , a lgunos h a i ­t ianos t a m b i é n t ra taban de sal ir e n ca rgue ros . 8 1

D e s p u é s de l a t o m a de p o s e s i ó n de C l i n t o n n o o c u r r i ó n i n g ú n flu­j o mas ivo , e n b u e n a m e d i d a d e b i d o a l c a m b i o e n sus d e c l a r a c i o n e s . 8 2

N o obstante, q u e d ó p e n d i e n t e e l asunto de l a r e s t a u r a c i ó n de l a d e m o -

7 6 Al Kamen, "Haitian Exodus Could Pose Early Clinton Test", The Washington Post, noviembre 12 de 1992, p. A8. Esta cantidad era significativa comparada con los 24 600 haitianos interceptados en el mar, camino a Estados Unidos, por la Guardia Costera entre 1981 y septiembre de 1991. Véase Harold J.Johnson, "Refugees", U.S. Processing of Haitians Asylum Seekers, Testimony before the Subcommittee on Legislation and Natio­nal Security, Committee on Government Operations, House of Representatives, Was­hington D.C., General Accounting Office, 1992, p. 1.

7 7 AI Kamen, op. eil, p. A8. 7 8 Al Kamen, op. cit, p. A8. 79 Ibid., p. A l . 8 0 Douglas, Farah, "Boat Builders Ready to Set Out for Miami", The Washington Post,

28 de noviembre de 1992, p. A18. 8 1 La Guardia Costera estadunidense interceptó a 206 haitianos a bordo de un car­

guero detenido fuera de los límites territoriales de Estados Unidos. Véase "U.S. Reacts to New Haitian Influx", The Washington Post, 4 de diciembre de 1992, p. A3.

8 2 Indicò que las audiencias de asilo para los haitianos se llevarían a cabo en el mar, en la base naval de Guantánamo o en un tercer país. Véase Jack Anderson y Mi­chael Binstein, "Haiti May Pose Another Crisis for Clinton", The Washington Post, 21 de diciembre de 1992, p. D21.

Page 20: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

OCT-Dic 96 LOS INTERESES DE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 721

cracia en Haití, ya que el embargo de la OEA, que no incluyó el petró­leo, pareció sólo afectar a la población 8 3 y ser "parcialmente efectivo" 8 4

para cambiar la postura de los líderes militares de Haití. Cuando el nú­mero de refugiados aumentó, la presión política interna para la recién llegada administración de Clinton también se incrementó. Para la pri­mavera de 1995 se empezó a pensar en una invasión militar, pero en septiembre se logró un acuerdo con el régimen militar de Raoul Ce­dras, gracias a la mediación del ex presidente James Cárter, el senador demócrata Sam Nunn y el general Colin Powell. E l acuerdo consistió en que Cedras aceptó retirarse del poder el 15 de octubre, a lo cual si­guió la llegada de las tropas estadunidenses al país cuatro días después y la reinstalación de Aristide el 30 de ese mismo mes. Después de su sa­lida, Cedras se exilió en Panamá. Las fuerzas estadunidenses permane­cieron en el país hasta noviembre de ese año, y sin duda uno de los ele­mentos que influyeron en la intervención fue el éxodo de haitianos que, junto con los cubanos, representaba una presión significativa para la administración. Cabe destacar que el fin de la guerra fría y de la Unión Soviética transformaron la naturaleza de los temores e intereses estadunidenses en el Caribe. Es decir, la amenaza estratégica real o per­cibida a la seguridad a través del Caribe desapareció, 8 5 por lo cual la in­tervención militar tuvo, asimismo, una naturaleza diferente.

E l 24 de febrero de 1996 aviones MIG cubanos derribaron dos avionetas Cessna con matrícula estadunidense sobre el Golfo de Méxi­co. Si las víctimas volaban o no sobre aguas internacionales continúa en disputa. Los cubanos dicen que violaron su espacio aéreo, y que los pilotos habían sido advertidos en el pasado que con este tipo de acciones se arriesgaban a ser derribados. Los estadunidenses dicen que las avionetas estaban fuera del espacio aéreo cubano, y que en es­ta ocasión no recibieron ninguna advertencia.86 Los aviones pertene­cían a un grupo cubano exiliado (Hermanos al Rescate) con base en Estados Unidos e integrado por ex pilotos de la CÍA, el cual cumplía

8 3 El embargo de la OEA en ese tiempo costó a Haití 40% de sus ingresos externos, lo que afectó el empleo relacionado con las exportaciones. Véase Stuart Auerbach, "Are Sanctions More Harmful Than Helpful?", The Washington Post, 28 de marzo de 1993, p. H4.

8 4 Georges A. Fauriol y Preeg Ernest H., "Haitian Embargo", en CSIS Policy Action Pa­pers, Washington D.C., Center for Strategic and International Studies, 1993, p. 85.

8 5 Gaddis Smith, "Haiti: From Intervention to Invasion", Current History, vol. 94, num. 589, febrero de 1995, p. 57.

8 6 "Provocation and Counter-stroke", The Economist, 2 de marzo de 1996, p. 41.

Page 21: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

722 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

u n a m i s i ó n r e g u l a r d e l a n z a r p r o p a g a n d a p a r a e x h o r t a r a los c u b a ­nos a rebe la rse c o n t r a e l r é g i m e n de Cas t ro , e l c u a l e n c o n t r ó tales ac­tos p rovoca t ivos , sobre t o d o p o r e l c o m p o r t a m i e n t o i r r e s p o n s a b l e de los p i l o t o s . S i n e m b a r g o , esto n o m i t i g a e l h e c h o de q u e e l d e r r i b o c a l c u l a d o de a v i o n e s c i v i l e s n o a r m a d o s es i n e x c u s a b l e , p a r t i c u l a r ­m e n t e a l ac tuar c o m o l o h i c i e r o n las au t o r i dades cubanas . Es dec i r , a l d i s p a r a r e n l u g a r de fo r za r a las aeronaves a a t e r r i z a r y arres tar a sus t r ipu lan tes .

E s t a d o s U n i d o s r e s p o n d i ó r á p i d o . T e r m i n a r o n c o n l o s v u e l o s charter a C u b a , r e a s u m i e r o n e l financiamiento de l a e s t a c i ó n an t i ca s t r í s -ta R a d i o M a r t í y a p e l a r o n p o r l a c o n d e n a i n t e r n a c i o n a l d e l i n c i d e n t e . T o d o esto q u i z á fue razonable . S i n embargo , Estados U n i d o s quiso m á s , y a q u í su j u i c i o h a s ido cues t ionado . S i b i e n a l g o b i e r n o es tadunidense le g u s t a r í a estar m e n o s so lo e n su p o l í t i c a de 34 a ñ o s de sanc iones co­merc ia les c o n t r a C u b a , a l pa recer l a a d m i n i s t r a c i ó n de C l i n t o n h i z o to­d o l o con t r a r io p a r a log ra r este objetivo, c u a n d o a n u n c i ó que estaba lis­ta p a r a firmar l a i n i c i a t i v a H e l m s - B u r t o n c o n e l fin de a m p l i a r y c e r r a r m á s e l emba rgo .

E s t a m e d i d a h a s i d o c r i t i c a d a n o d e b i d o a l a m e t a de c o n v e r t i r a C u b a e n u n a d e m o c r a c i a , s ino p o r q u e los m e d i o s p o d r í a n ser con t r a ­p r o d u c e n t e s . F i n a l m e n t e , se espera , e l l i b r e c o m e r c i o - y n o l o con t ra ­r i o - a b r i r á l a p u e r t a a l a l i b e r t a d p o l í t i c a . C i e r t a m e n t e a h o r a n o es e l m o m e n t o p a r a relajar e l e m b a r g o , ya q u e las agres iones n o d e b e n ser p r e m i a d a s . P e r o t a m p o c o h a b í a n e c e s i d a d d e a d o p t a r l a i n i c i a t i v a H e l m s - B u r t o n , firmada p o r e l p r e s i d e n t e C l i n t o n e l 5 de m a r z o de 1996, a l a l to costo de fo r ta lecer a l r é g i m e n de Cas t ro y a l i ena r a los so­cios y a l i ados de Es tados U n i d o s .

L a l ey H e l m s - B u r t o n es u n a i n i c i a t i v a p o c o c o n s t r u c t i v a . N o obs­tante q u e p r e t e n d e i m p u l s a r l a d e m o c r a c i a e n C u b a , sus detal les e s t á n i n s p i r a d o s e n u n a c o m p e t e n c i a m u y c la ra : q u e los a l i ados sí e s t á n ha ­c i e n d o n e g o c i o s c o n C u b a , m i e n t r a s los c i u d a d a n o s e s t a d u n i d e n s e s n o . D e esta m a n e r a , l a i n i c i a t i v a n o s ó l o b u s c a e x t e n d e r e l a l cance de l a ley e s t adun idense a los negoc io s fue ra de Es tados U n i d o s , s ino tam­b i é n p r e p a r a r e l i ng re so even tua l de sus p r o p i a s empresas a l a i s la . L a ley H e l m s - B u r t o n p r o p o n e evi tar e l acceso a l p a í s de todos los b i enes h e c h o s c o n a z ú c a r c u b a n a . C u a l q u i e r c u b a n o - a m e r i c a n o p u e d e de­m a n d a r e n cor tes es tadunidenses p o r c o m p e n s a c i ó n de p r o p i e d a d ex­p r o p i a d a e n C u b a a h o r a u t i l i z a d a p o r ex t r an j e ros , y a é s t o s se les h a p r o h i b i d o l a e n t r a d a a Estados U n i d o s . E n u n p r i n c i p i o l a admin i s t r a ­c i ó n C l i n t o n p a r e c i ó a p r o b a r e l obje t ivo, p o r u n a par te , y c o n d e n a r los m e d i o s de l a ley, p o r l a o t ra . Es to tuvo sen t ido . D e h e c h o , e l secre tar io

Page 22: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

OCT-DlC 96 LOS INTERESES DE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 723

de Estado, Warren Christopher, había recomendado vetarla. Algu­nas de las peores partes fueron eliminadas el año pasado en el Sena­do, sin embargo en el contexto del derribo de las dos avionetas todo esto quedó en el olvido.

Las disposiciones de la ley Helms-Burton violan el derecho inter­nacional y podrían afectar aún más las alianzas estadunidenses. Ade­más, si bien el régimen de Castro es sistemáticamente anti-democráti-co, las sanciones sólo favorecen su fortalecimiento. Los patrocinadores de la ley Helms-Burton han mencionado que la ausencia de inversión extranjera no quitará a Castro del poder, y quizá sea así, pero indican que probablemente contribuirá a que disminuya su control. Las políti­cas diseñadas para acorralarlo han sido poco exitosas: sólo han confir­mado la convicción de Castro de que, mientras Cuba esté bajo el ata­que de Estados Unidos, no puede permitir a la población expresar sus opiniones libremente.

La ley Helms-Burton entró en vigor el 16 de julio de 1996, y ha otorgado al presidente el derecho a retrasar cualquier acción legal du­rante seis meses, con el fin de aplacar a los europeos, canadienses y mexicanos. Con ella nadie está satisfecho, y difícilmente acercará a Cu­ba a la democracia. A l presidente Clinton en particular no le agrada, y si es reelecto, como probablemente lo será, podría instrumentarla so­bre una base selectiva y esperar que unos cuantos casos de alto perfil satisfagan al lobby cubano en Miami sin alienar a los socios comerciales estadunidenses. La ley sólo se aplica a la propiedad comercial de 50 000 dólares o más, así que excluye miles de demandas por montos meno­res. Asimismo, la ley distingue entre dos tipos de demandante: aque­llos que eran ciudadanos estadunidenses en el tiempo de la confisca­ción, y los ciudadanos cubanos naturalizados estadunidenses que perdieron su propiedad y huyeron a Estados Unidos después de la re­volución. Los primeros pueden iniciar acción legal en noviembre de 1996, mientras los segundos hasta agosto de 1998.87

Narcotráfico

Durante la década de los ochenta, el uso extensivo de las islas del Caribe como puntos de tránsito para el contrabando de narcóticos a Estados Unidos se convirtió en una preocupación creciente para las autoridades

8 7 "Scarecrow", The Economista 13 de abril de 1996, p. 36.

Page 23: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

724 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A Í 7 X X X V I - 4

de este p a í s . D i c h a s islas h a n serv ido c o m o rutas p a r a e l t r á f i co de d r o ­gas ent re e l sur y e l nor te de A m é r i c a , espec ia lmente pa ra l a c o c a í n a de C o l o m b i a y B o l i v i a que h a s ido i n t r o d u c i d a a l á r e a de N u e v a Y o r k . 8 8

L a s Bahamas , que h i s t ó r i c a m e n t e h a n s ido u n a r u t a p a r a e l cont ra­b a n d o d e b i d o a su p r o x i m i d a d c o n F l o r i d a , d e s p u é s de med iados de los a ñ o s setenta se c o n v i r t i e r o n e n u n a z o n a i m p o r t a n t e de t r á f i co de d r o ­gas p a r a l a m a r i g u a n a de C o l o m b i a y o t ros n a r c ó t i c o s l a t i n o a m e r i c a ­n o s c o n des t i no a Es tados U n i d o s . E n t r e las islas d e l C a r i b e , e l ú n i c o p r o d u c t o r i m p o r t a n t e de drogas h a s ido J a m a i c a , e l c u a l h a g e n e r a d o c e r c a de 1 5 % de l a m a r i g u a n a que h a i n g r e s a d o a Es tados U n i d o s , des­p u é s de C o l o m b i a y M é x i c o . 8 9

L a l o g í s t i c a de l a i n t e r c e p t a c i ó n d e d r o g a s e n e l C a r i b e es ex t re ­m a d a m e n t e di f íc i l : apar te de las B a h a m a s ex i s t en m á s de 300 islas y va­r i o s m i l e s de cayos; e l t e r r i t o r i o firme d e l C a r i b e i n c l u y e 13 576 k i l ó ­m e t r o s de costas, 32 pue r tos p r i n c i p a l e s y m á s de 400 pistas a é r e a s , s in i n c l u i r las c landes t inas ; t o d o esto e s t á e s p a r c i d o a l o l a rgo de l a r e g i ó n q u e m i d e c e r c a de dos m i l l o n e s 640 m i l k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s . 9 0 C o n e l fin de apoyar los esfuerzos e s t adun idenses de e r r a d i c a c i ó n , e n sep­t i e m b r e de 1988 e l C o n g r e s o a p r o b ó u n a l e g i s l a c i ó n que d i o a l D e p a r ­t a m e n t o de D e f e n s a (DD) u n a f u n c i ó n e s p e c í f i c a e n l a i n t e r c e p t a c i ó n de drogas . E n esta ley, e l C o n g r e s o a s i g n ó a l D D l a tarea de l a d e t e c c i ó n y e l m o n i t o r e o ( intel igencia) de los aviones o embarcac iones que transpor­ta ran drogas a Estados U n i d o s . 9 1 D e s p u é s de a p r o b a d a esta l e g i s l a c i ó n y c o n s i d e r a n d o q u e l a a m e n a z a p r i n c i p a l se e n c o n t r a b a e n e l C a r i b e , se c r e ó l a F u e r z a de T a r e a N ú m . 4 e n K e y West , F l o r i d a , bajo l a a u t o r i d a d d e l c o m a n d a n t e e n j e fe p a r a e l A t l á n t i c o . H a s t a a h o r a , esta o rgan iza ­c i ó n h a s ido l a fue rza p r i n c i p a l de i n t e r c e p t a c i ó n e n e l á r e a .

8 8 Department of the Army, op. cit, p. 607. 8 9 Georges A. Fauriol, "Social and Economic Challenges to Hemispheric Security",

en Georges A. Fauriol (ed.), Security in the Americas, Washington, D.C., National Defense University Press, 1989, p. 11. De acuerdo con las cifras más recientes disponibles, en 1993 la producción de mariguana fue de seis mil 280 toneladas métricas en México, cuatro mil 125 en Colombia y 502 en Jamaica. Véase Office of National Drug Control Policy, Executive Office of the President, National Drug Control Strategy, Washington D.C., U.S. Government Printing Office, febrero de 1995, p. 147.

9 0 U.S. Department of the Army, op. at, p. 608. 9 1 Para el DD "monitorear" significa "seguir un objetivo válido por cualquier medio

hasta que las agencias de mantenimiento de la ley estén listas para continuar la perse­cución o la aprehensión". Véase James C. Irwin, "DOD NOW Becoming a Major Player in National Undertaking", The Almanac of Sea Power 1990, vol. 33, núm. 1, United States Navy League, 1990, p. 75.

Page 24: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

OCT-DlC 96 LOS INTERESES DE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 725

El presupuesto nacional para el control de drogas estadunidense se incrementó de 1.4 mil millones de dólares en 1981 a 12.7 mil millo­nes de dólares en 1993, y para 1994 la cantidad total gastada en esfuer­zos de interceptación se proyectó en 2.2 mil millones de dólares. 9 2 Los recursos del DD destinados a la guerra contra las drogas también se in­crementaron de 300 millones de dólares en el año fiscal 1989, a 1.26 mi l millones de dólares en 1993, lo que representó 0.5% del total del presupuesto del DD. 9 3 Cabe destacar que para 1996, el presupuesto fe­deral para el control de drogas es de 14 mil 550.4 millones de dóla­res. 9 4 Es difícil evaluar la participación del DD en la guerra contra las drogas, pero al menos existen indicadores que apuntan hacia algún éxi­to. En 1990, 70 toneladas de cocaína fueron aseguradas cruzando el Ca­ribe y el Pacífico del este, lo que representó cerca de 60% de las 115 to­neladas decomisadas en el ámbito nacional por las agencias para el mantenimiento de la ley. Este progreso fue significativo, si se compara con las nueve toneladas aseguradas cuando los militares aún estaban por participar en la guerra contra las drogas.95 En 1992, 60% de los decomi­sos representaron 260 toneladas, de las cuales 190 fueron de cocaína. 9 6

Otra evidencia de la contribución del DD, es que de acuerdo con un informe, los traficantes colombianos, "aparentemente disuadidos"9 7

por los esfuerzos crecientes de interceptación a lo largo de las costas del golfo y del Caribe, optaron por la más porosa costa del Pacífico, al desarrollar una red de puntos de tránsito a lo largo de la costa de Cen-troamérica donde las drogas han sido transportadas por tierra o por aire al noroeste de México.

Se estima que de 165 a 275 toneladas de drogas, principalmente cocaína, heroína y opio -de una cantidad estimada de mil 100 tonela­das producidas al año en toda Sudamérica, principalmente en Bolivia, Perú y en Colombia-, fueron transportadas a través de Centroamérica en 1992.98 Esta área, que anteriormente era evadida por los cárteles de

92 National Drug Control Budget, Washington D.C., Government Printing Office, 1993, pp. 212-214.

9 3 Getier, Warren, The Drug-Interdiction Warriors Are Better than Ever, but they Know that a Long War Still Lies Ahead", The Almanac of Sea Power 1993, United States Navy League, 1993, p. 73.

9 4 Office of National Drug Control Policy, op. at, p. 138. 9 5 Warren Getier, op. at., p. 72. 96 Idem. 9 7 Douglas Farah y Todd Robberson, "Drug Taffickers Build a New Central Ameri­

can Route to the U.S.", The Washington Post, 28 de marzo de 1993, p. A l . 98 Idem.

Page 25: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

726 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A 2 T X X X V I - 4

l a d r o g a d e b i d o a los con f l i c to s mi l i t a r e s , a h o r a es c o n s i d e r a d a c o m o u n t e r r e n o fé r t i l p a r a los traficantes q u e b u s c a n c o m p l e m e n t a r sus r u ­tas t r ad ic iona les de c o n t r a b a n d o h a c i a Es tados U n i d o s , a t r a v é s de M é ­x i c o y e l C a r i b e . E n esta z o n a , a l parecer , e l re to res ide en e l h e c h o d e q u e l a r e g i ó n es e c o n ó m i c a m e n t e v u l n e r a b l e a l a a t r a c c i ó n d e l d i n e r o p r o d u c t o d e l n a r c o t r á f i c o , y e n q u e sus g o b i e r n o s ca recen de recursos e ins t i tuc iones fuertes p a r a c o m b a t i r estos i l í c i to s .

E n e l c o n t e x t o de las L M C d e l C a r i b e , Es tados U n i d o s t i ene ob je t i ­vos e s p e c í f i c o s e n r e l a c i ó n c o n e l c o m b a t e a l n a r c o t r á f i c o d e t a l l a d o s e n l a E s t r a t e g i a N a c i o n a l de C o n t r o l d e D r o g a s 1994. C a b e des t aca r q u e e n este d o c u m e n t o , l a a d m i n i s t r a c i ó n a n u n c i ó su i n t e n c i ó n de i n i ­c i a r u n c a m b i o e n e l én fa s i s pues to e n l a i n t e r c e p t a c i ó n , de ac t iv idades p r i n c i p a l m e n t e enfocadas e n las zonas de t r á n s i t o , a u n a m a y o r a ten­c i ó n a los p a í s e s fuente. E n respues ta a este obje t ivo, las agencias fede­rales h a n i n s t r u m e n t a d o m e d i d a s p a r a o p t i m i z a r e l uso de las ventajas exis tentes : 9 9

- l a c a p a c i d a d de i n t e l i g e n c i a h a s ido m e j o r a d a pa ra apoyar y e n ­f o c a r los esfuerzos de i n t e r c e p t a c i ó n ; las pa t ru l l a s a é r e a s y m a r í t i m a s p a r a loca l i za r a los traficantes, las cuales s o n costosas y p r o d u c e n resu l ­tados l im i t ados , h a n s ido r educ idas ;

- los recursos des t inados a l a i n t e r c e p t a c i ó n , e spec ia lmente los m a ­r i n o s , h a n s i d o d e s p l e g a d o s d e m a n e r a m á s e f i c i e n t e p a r a p e r m i t i r u n a respuesta m á s o p o r t u n a respec to a l a i d e n t i f i c a c i ó n de objetivos;

- l a c a p a c i d a d de d e t e c c i ó n y m o n i t o r e o h a s ido m e j o r a d a a l susti­t u i r los sistemas de v i g i l a n c i a de z o n a de t r á n s i t o e n l a R e d de Rada res de l a C u e n c a d e l C a r i b e , p o r u n s i s t ema de r a d a r de sensores R O T H R (Re loca tab le O v e r the H o r i z o n R a d a r ) q u e c u b r e u n á r e a m á s a m p l i a ;

- e l costo de d e t e c c i ó n y m o n i t o r e o de aviones h a s ido d i s m i n u i d o m e d i a n t e d e l uso de ba rcos e q u i p a d o s c o n r a d a r q u e t i e n e n u n cos to de o p e r a c i ó n s ign i f ica t ivamente m e n o r q u e e l de los buques de l a m a ­r i n a es tadun idense a n t e r i o r m e n t e u t i l i z a d o s c o n este p r o p ó s i t o .

Es tados U n i d o s c o n s i d e r a q u e las n a c i o n e s de l a C u e n c a d e l C a r i ­be son vu lne rab le s a las o p e r a c i o n e s d e l n a r c o t r á f i c o , p a r t i c u l a r m e n t e a sus i n t e n t o s p o r d e s a r r o l l a r u n a i n f r a e s t r u c t u r a y c o n s o l i d a r su i n ­fluencia p o l í t i c a . E n esta z o n a , los t raf icantes p a r e c e n h a b e r a m p l i a d o sus o p e r a c i o n e s de t r á n s i t o y e x p a n d i d o sus n ive les de i n f l u e n c i a . E n este c o n t e x t o , Es tados U n i d o s t i e n e i n t e r é s e n p r o p o r c i o n a r a y u d a a las n a c i o n e s d e l C a r i b e , c o n e l fin de d e s a r r o l l a r u n p r o g r a m a an t ina r -

Office of National Drug Control Policy, op. cit.t p. 98.

Page 26: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

OCT-DlC 96 LOS INTERESES DE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 727

cóticos regional que coordinará sus esfuerzos en una respuesta unifica­da. Intentan aumentar la coordinación de estos países, con programas como el de Área de Narcotráfico de Alta Intensidad Puerto Rico/Islas Vírgenes y el de la Fuerza de Tarea Conjunta Interagencias del Este.1 0 0

Por otra parte, Centroamérica continúa siendo un eslabón clave en el tránsito de la cocaína y el lavado de dinero. El objetivo de Esta­dos Unidos al respecto es continuar trabajando con las naciones de es­ta zona con el fin de fortalecer su voluntad política para combatir el narcotráfico, incrementar sus capacidades internas para interceptar cocaína principalmente, perseguir a quienes laven dinero y crear am­bientes hostiles para las actividades ilícitas.

Aspectos estratégicos en la era de la posguerra fría

Logística. La tarea de transportación marítima durante las operaciones Desert Shield/Storm ha sido caracterizada como uno de los despliegues de fuerza más grandes en la historia. La cantidad de material militar lleva­do al teatro de operaciones durante estas campañas (510 mil toneladas) fue impresionante en comparación con la tasa anual de carga transpor­tada durante el primer año de la guerra de Corea (385 mil toneladas) y la guerra de Vietnam (153 mil toneladas),101 especialmente si se consi­dera la distancia a la que está el Golfo Pérsico (por mar, a través del Me­diterráneo y el Canal de Suez, existen nueve mil millas desde la costa es­te de Estados Unidos), y el hecho de que la marina, la flota mercante estadunidense y la fuerza de barcos de reserva, eran mucho menores en 1990-1991 que en los años cincuenta, por ejemplo.102

Hacia el final de las operaciones terrestres durante la operación Desert Storm, el 27 de febrero de 1991, el Comando de Transportación de Estados Unidos había movido al Golfo Pérsico más de 485 000 pasa­jeros, 2.8 millones de toneladas de equipo para las unidades, 6.5 millo­nes de toneladas de productos refinados derivados del petróleo y 825 toneladas de carga de apoyo.1 0 3 En total, más de 3.4 millones de tone­ladas de carga y 6.6 millones de toneladas de combustible fueron trans-

100 Ibid., p. 102. 1 0 1 Ronald F. Rost et al, Sealift in Operation Desert Shield/Desert Storm: / August 1990 to

February 1991, Alexandria, VA, Center for Naval Analysis, 1991, p. 2. 102 ídem. 1 0 3 "Desert Shield/ Desert Storm: Ustranscom's First Great Challenge", Defense Trans­

portation Journal, Special Edition on Desert Shield/Desert Storm, junio de 1991, p. 14.

Page 27: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

728 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

p o r t a d a s d e l 7 de agos to de 1990 a l 15 d e a b r i l de 1 9 9 1 . 1 0 4 A pesa r d e q u e l a t r a n s p o r t a c i ó n a é r e a l l e g ó a l G o l f o P é r s i c o p r i m e r o fue l a t r a n s p o r t a c i ó n m a r í t i m a l a q u e l l e v ó m á s de 9 5 % de l a c a r g a , i n c l u ­y e n d o 8 6 % de l a c a r g a seca y cas i t o d o s los p r o d u c t o s p e t r o l e r o s . 1 0 5

E n e l G o l f o de M é x i c o dos p u e r t o s de Texas f u e r o n s ign i f i ca t ivos p a r a apoya r e l es fuerzo m i l i t a r . E l p u e r t o de B e a u m o n t m o v i ó 7 4 9 9 p i e z a s de c a r g a (81 0 0 0 t o n e l a d a s ) e n 18 b a r c o s e n p o c o m e n o s d e cua t ro meses, en t re agosto y d i c i e m b r e de 1990; mient ras , e n H o u s t o n , l a t e r m i n a l Fortress B a r b o u r s C u t C o n t a i n e r c a r g ó m á s de 22 000 piezas de e q u i p o (202 000 toneladas) e n 40 barcos, y u n m i l l ó n de toneladas de c a r g a l í q u i d a e n 70 tanques q u e z a r p a r o n de ins ta lac iones pr ivadas en ­tre agosto de 1990 y febrero de 1 9 9 1 . 1 0 6 D e b i d o a sus instalaciones adecua­das, su l o c a l i z a c i ó n e s t r a t é g i c a y su acceso a redes carreteras y de fe r ro ­ca r r i l , H o u s t o n fue c o n s i d e r a d o e l p u e r t o n ú m e r o u n o e n a p o y o d e l a D e s e r t S t o r m . 1 0 7 A s i m i s m o , fue e l p u e r t o p r i n c i p a l e n l a o p e r a c i ó n de r e t o r n o p o r las mismas razones .

D e a c u e r d o c o n e l C o m a n d o d e C a r g a M a r í t i m a , d u r a n t e las o p e r a c i o n e s Desert Shield/Storm/Sortie, d e agos to d e 1990 a s e p t i e m ­b r e d e 1991 , e n l a cos ta d e l g o l f o se m o v i e r o n 527 m i l t o n e l a d a s de p e t r ó l e o ; 1 0 8 e n e l m i s m o p e r i o d o , e n l a e t a p a de d e s p l i e g u e , se m o ­v i e r o n 1 043 000 t o n e l a d a s ( 1 1 % d e l t o t a l de c a r g a seca) y e n l a eta­p a d e r e d e s p l i e g u e 1 5 4 3 0 0 0 t o n e l a d a s ( 2 1 % d e l a c a r g a s e c a to­t a l ) . 1 0 9

Enfoque regional. U n a n á l i s i s l l evado a cabo p o r e l Inst i tuto de E s t u ­d io s E s t r a t é g i c o s d e l C o l e g i o de G u e r r a d e l E j é r c i t o s e ñ a l ó que , c u a n ­d o o c u r r i e r a u n a crisis i n t e r n a c i o n a l grave, e n l a c u a l e l g o b i e r n o esta­d u n i d e n s e c o n s i d e r a r a e l e m p l e o d e sus f u e r z a s a r m a d a s , l a p o s i b i l i d a d de p a r t i c i p a c i ó n d e l e j é r c i t o s e r í a d o b l e si l a crisis se l o c a l i ­za ra e n l a C u e n c a d e l C a r i b e , e n c o m p a r a c i ó n c o n c u a l q u i e r o t r a par te d e l m u n d o . 1 1 0 L a o p e r a c i ó n " F u r i a U r g e n t e " e n G r e n a d a , e n 1983 , y

104 Francis R. Donovan, "Test of Sealift Planning for MSC", Defense Transportation Journal, Special Edition Desert Shield/Desert Storm, junio de 1991, p. 60.

1 0 5 "Desert Shield/Desert Storm, Ustranscom's First Great Challenge", op. cit., p. 16. 106 "U.S. Ports Rise to the Challenges of Desert Shield/Desert Storm", The Defense

Transportation Journal, Special Edition on Desert Shield/Desert Storm, junio de 1991, p. 36. 107 Ibid., p. 37. 1 0 8 Military Sealift Command, Military Sealift Command 1991 in Review, 1991, p. 47. 109 Ibid., p. 49. 1 1 0 Edward B. Atkeson, "Long and Short Swords in the Caribbean Basin", en Army,

vol. 41, julio de 1991, p. 28.

Page 28: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

O C T - D l C 96 LOS INTERESES DE E U A EN EL GOLFO DE MÉXICO 729

d e s p u é s l a o p e r a c i ó n " C a u s a J u s t a " e n P a n a m á , e n 1989, a p o y a n esta o b s e r v a c i ó n .

A pesa r de que otras r eg iones d e l m u n d o s o n a s i m i s m o i m p o r t a n ­tes p a r a Es tados U n i d o s , e s p e c i a l m e n t e e l G o l f o P é r s i c o c o m o fuente d e p e t r ó l e o , e l á r e a de m a y o r p r o b a b i l i d a d de i n v o l u c r a m i e n t o m i l i t a r e s t a d u n i d e n s e es l a C u e n c a d e l C a r i b e , p o r r a z o n e s g e o p o l í t i c a s ev i ­d e n t e s y t a m b i é n e c o n ó m i c a s , p o r l a i n f r a e s t r u c t u r a p e t r o q u í m i c a de l a r e g i ó n . E l a lcance de las o p e r a c i o n e s mi l i t a re s es tadunidenses e n e l á r e a h a s ido m o d e s t o e n contraste c o n e l de las o p e r a c i o n e s m á s c o m ­p l i c a d a s , c o m o Desert Shield/Storm, d e b i d o a l a na tu r a l eza de las amena ­zas r e g i o n a l e s . S i n e m b a r g o , se h a s u g e r i d o q u e e l á r e a d e l C a r i b e es i d e a l p a r a p l a n e a r y e jecutar u n coup de main, e l c u a l cons t i tuye " u n a o p e r a c i ó n a b r u m a d o r a y p s i c o l ó g i c a m e n t e a r r a s a d o r a " 1 1 1 caracter iza­d a p o r e l f ac to r c r í t i c o d e l t i e m p o , l a i n t e n s i d a d e n e l d e s p l i e g u e de f u e r z a y l a r á p i d a c o n c l u s i ó n de las h o s t i l i d a d e s . P r e c i s a m e n t e estos fac tores h a n estado presentes e n las c o n t i n g e n c i a s d e l C a r i b e .

C a b e destacar q u e l o an t e r i o r es c o h e r e n t e c o n l a n u e v a d i r e c c i ó n d e l a m a r i n a e s t a d u n i d e n s e e n e l á m b i t o d e l a p o s g u e r r a f r í a , e n e l c u a l l a estrategia h a pasado d e l e n f o q u e de l a a m e n a z a g l o b a l a l de re­tos r e g i o n a l e s . U n e l e m e n t o f u n d a m e n t a l de esta es t ra tegia cons i s te e n o p e r a r e n e l f rente desde e l ma r ; l o q u e s ign i f i ca ac tuar e n e l l i t o r a l o á r e a s "cercanas a t i e r r a " e n e l m u n d o . 1 1 2 E n este sen t ido , u n a de las c a p a c i d a d e s operat ivas clave r e q u e r i d a s p o r l a m a r i n a es tadun idense , es u n a fue rza nava l que m a n i o b r e desde e l m a r u t i l i z a n d o su d o m i n i o d e á r e a s l i t o r a l e s , p a r a c o n c e n t r a r fuerzas r á p i d a m e n t e y g e n e r a r e l p o d e r ofens ivo de a l ta i n t e n s i d a d e n c u a l q u i e r t i e m p o y l u g a r . 1 1 3

D e n t r o d e este m a r c o , exis te l a p o s i b i l i d a d de q u e las c o n t i n g e n ­cias e n e l C a r i b e y los i n v o l u c r a m i e n t o s mi l i t a r e s de Es tados U n i d o s e n e l á r e a , si o c u r r i e r a n e n e l f u t u r o , e s t u v i e r a n c a r a c t e r i z a d a s p o r u n d e s p l i e g u e r á p i d o de fuerzas y u n p e r i o d o l i m i t a d o p a r a l a c o n c l u s i ó n d e hos t i l i dades . N o obstante , estas acc iones s o n m e n o s p robab les e n l a e r a p o s t e r i o r a l a g u e r r a f r í a , d e b i d o a los d e s a r r o l l o s p o l í t i c o s y eco­n ó m i c o s e n las r e l a c i o n e s Es tados U n i d o s - L a t i n o a m é r i c a . S i n e m b a r ­g o , amenazas n o c o n v e n c i o n a l e s c o m o l a m i g r a c i ó n y e l t r á f i c o de d r o ­gas pa rece q u e p e r m a n e c e r á n c o m o las p r e o c u p a c i o n e s p r i n c i p a l e s e n m a t e r i a de s e g u r i d a d e n los p r ó x i m o s a ñ o s ; d e r e q u e r i r s e , se c o n t a r á

111 Ibid., p. 30. 1 1 2 U.S. Department of the Navy, From the Sea. Preparing the Naval Service for the 21 st.

Century, septiembre de 1991, p. 3. 113 Ibid., p. 6.

Page 29: LOS INTERESE ESTRATÉGICOS S DE ESTADOS …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22271/1/36-146...OCT-DIC 96 LOS INTERESE DSE EUA EN EL GOLFO DE MÉXICO 703 en el área, en sus

730 A G U S T Í N M A C I E L P A D I L L A F / X X X V I - 4

c o n l a p a r t i c i p a c i ó n de las fuerzas a rmadas e n di ferentes m o d a l i d a d e s , c o m o de h e c h o h a o c u r r i d o .

C O N C L U S I O N E S

E l G o l f o de M é x i c o y sus L M C s o n i m p o r t a n t e s p a r a Es tados U n i d o s e n t é r m i n o s e c o n ó m i c o s y mi l i t a res , d e n t r o d e l c o n t e x t o de l a m á s a m p l i a r e g i ó n de l a C u e n c a d e l C a r i b e .

C o n e l fin de l a c o m p e t e n c i a g e o e s t r a t é g i c a g l o b a l en t r e Es tados U n i d o s y l a a n t i g u a U n i ó n S o v i é t i c a , las p r e o c u p a c i o n e s de s e g u r i d a d r e g i o n a l es tadunidenses se h a n t r ans fo rmado , y a q u e los r iesgos t rad i ­c iona les de l a g u e r r a f r í a h a n s ido sust i tuidos p o r amenazas q u e e s t á n e n l o a l to de l a a g e n d a de las r e l ac iones Estados U n i d o s - L a t i n o a m é r i ­ca. Estas son l a m i g r a c i ó n y e l t r á f i c o de drogas, y ambas i n v o l u c r a n e l uso de las L M C d e l go l fo .

C o n e l fin de l a g u e r r a f r í a l a p o s i b i l i d a d de u n a c o n t i n g e n c i a de l a O T A N e n e l c o n t i n e n t e e u r o p e o h a s ido p r á c t i c a m e n t e c a n c e l a d a , y t a m b i é n l a a m e n a z a d e l b l o q u e o c u b a n o a las L M C d e l g o l f o . S i n e m ­bargo , c o m o e n e l pasado, a h o r a los puer tos es tadunidenses d e l go l fo son impor tan tes p a r a mov i l i z a r fuerzas mil i tares , si b i e n n o e n e l m a r c o de u n c o n f l i c t o e n e l f rente c e n t r a l de l a O T A N , e n e l caso de u n a c o n ­t i n g e n c i a r e g i o n a l c o m o fue d e m o s t r a d o d u r a n t e Desert Shield/Storm. E n l a s i t u a c i ó n a c t u a l n o ex is te u n a a m e n a z a c u b a n a i m a g i n a b l e de b l o q u e o a las L M C d e l go l fo , s i m p l e m e n t e p o r q u e l a l ó g i c a de este ries­go m a r g i n a l , p e r o c r e í b l e , h a d e s a p a r e c i d o . E n l a e r a p o s t e r i o r a l a g u e r r a f r í a e l p r o s p e c t o de u n a i n t e r v e n c i ó n es tadun idense e n e l C a r i ­be es m e n o s p r o b a b l e q u e e n e l p e r i o d o an te r io r , p e r o si surge l a ne­c e s i d a d , es ta i n t e r v e n c i ó n s e r á u n a o p e r a c i ó n m i l i t a r a b r u m a d o r a o r i e n t a d a a l c o n t r o l de l a crisis e n u n p e r i o d o co r to .

Respec to a l t e m a de l a m i g r a c i ó n , l a es t ra tegia e s t adun idense c l a ­r amen te h a cons i s t i do , e n p r i m e r t é r m i n o , e n p r o m o v e r l a e s t ab i l idad r e g i o n a l c o n e l fin d e evi tar f lujos masivos , q u e d e o t r a f o r m a o b l i g a ­r í a n a acc iones m á s rad ica les c o m o l a d e t e n c i ó n de los i n m i g r a n t e s e n al ta mar. L a r e s t a u r a c i ó n de l a d e m o c r a c i a e n H a i t í y los a cue rdos so­bre los balseros c o n C u b a p o r e l m o m e n t o h a n c o n t r i b u i d o a l obje t ivo de la rgo p l a z o , y a q u e si b i e n los flujos c o n t i n ú a n , e n t o d o caso n o h a n p r o v o c a d o o t r a cris is . P o r o t r a par te , l a estrategia p a r a c o m b a t i r e l t r á ­fico de d rogas h a s i d o m e n o s ex i tosa , p e r o se c o n t i n ú a t raba jando e n l a c o o p e r a c i ó n i n t e r n a c i o n a l y e n me jo ra r l a c a p a c i d a d de i n t e l i g e n c i a para , a l m e n o s , d i s m i n u i r e l t r á f i c o e n l a r e g i ó n .