livroinfantil 12 ladybug miolo - fnac-static.com— não te preocupes — diz a alya. — o nino...
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Oni-chan
«Olá querida, o pequeno-almoço está na mesa
e o jantar no frigorífi co. Hoje chego muito tarde,
mas vou fazer o possível para fi car em casa no
fi m de semana. Prometo! E liga-me se precisares.
Beijinhos, meu anjo.» — A Lila ouve uma mensagem
da mãe, enquanto se prepara para sair de casa.
— Hum, o que é que tens, Lila? — pergunta
o Nino, à entrada da escola.
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— Ah… Nada, estou ótima — responde ela.
— É que a minha mãe quer que, esta noite, eu vá
com ela a uma receção na embaixada, mas eu
tenho imenso para estudar. Atrasei-me muito por
ter estado fora durante o primeiro período, por isso
vou ter de dizer-lhe que não. Ela vai ficar tão triste!
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— Ah, pois. Isso é um bocado chato, é… —
comenta o Nino.
— O Adrien disse que me ajudava, mas não
quero incomodá-lo. Se calhar até já se esqueceu.
É capaz de pensar que gosto dele, como acontece
com as outras miúdas todas, que não o largam um
segundo — diz a Lila, com segundas intenções.
— O Adrien é fixe, não vai importar-se. Se
quiseres eu falo-lhe nisso — sugere o Nino, con-
vencido da sinceridade dela.
— Oh, fazes isso por mim?! Obrigada, Nino.
És um amor!
— Na boa!
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— Olá, Lila! O Nino falou-me do teu pro-
blema. Continuo disponível para te ajudar a estu-
dar — afirma o Adrien.
— A sério?! — diz a Lila, entusiasmada. — Vais
ser uma grande ajuda. Salvaste-me a vida!
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— Não me custa nada. Eu gosto de ajudar!
— Podíamos ir estudar para tua casa. Está-
vamos mais sossegados, não era?
— O meu pai não ia gostar.
— Aposto que o faço mudar de ideias.
— Marinette! — chama a Alya, ao apanhá-la
a espreitar.
— Eu não estava à escuta — argumenta ela,
atrapalhada. — Estava a apertar os atacadores.
— Não te preocupes — diz a Alya. — O Nino
contou-me que a Lila lhe disse que não está nada
interessada no Adrien.
— Aposto que o guarda-costas do Adrien não
a vai deixar entrar no carro! — afirma a Marinette,
com convicção. — Oh! Não acredito.
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— Não me digas que vais segui-los?
— Claro que não! Eu vou… à piscina — res-
ponde a Marinette, algo hesitante.
— Aaaaii… — diz a Alya, abanando a cabeça
e levando a mão à testa.
A Marinette começa a correr e vê uma amiga.
— Juleka, empresta-me a tua bicicleta. É uma
emergência! — pede a Marinette, pegando no
capacete e arrancando.
— Marinette, devias confiar no Adrien. Ele
sabe que a Lila é uma mentirosa! — diz a Tikki,
tentando chamá-la à razão.
— Eu sei! Mas se ela continua a mentir, vai
acabar por fazer mal a alguém. Recuso-me a dei-
xar que faça mal ao Adrien — diz a Marinette,
pedalando a toda a velocidade.
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Em sua casa, o Adrien tenta convencer a
Nathalie a deixar entrar a Lila.
— Lamento, mas tu sabes como é o teu pai…
— Desculpe, minha senhora, mas não posso
perguntar-lhe diretamente? Quem sabe! — diz
a Lila.
— O senhor Agreste está a desenhar. Não
quer que o incomodem seja por que motivo for.
— Adrien, eu queria tanto ajudar-te a recu-
perar as aulas a que faltaste por causa do teu tra-
balho como modelo — diz a Lila, perante o olhar
espantado do Adrien. — O que é que o teu pai
vai pensar quando souber que baixaste as notas?
Quem é que vai culpar?
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— Adrien, as tuas notas baixaram? — ques-
tiona a Nathalie.
— Hum... — hesita o Adrien.
— Quando vi o Adrien a chorar por ter tido
apenas bom menos, senti que tinha de o ajudar —
diz a Lila, olhando, com esperança, para a Nathalie.
— Mas compreendo-a. Está a fazer o que acha
melhor. Bem, Adrien, fiz o que podia. Boa sorte!
— Se for só meia hora… — sugere a Nathalie.
— Já que insiste. Está bem! — exclama a Lila.
— Vês? Não há nada como pedir com bons modos —
declara ela, enquanto se dirigem para o quarto.
— Tu não pediste com bons modos, Lila. Tu men-
tiste! — diz o Adrien.
— Foste tu que me disseste que bom menos
a matemática foi a tua nota mais baixa!
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Do lado de fora, a Marinette consegue ouvir
a conversa e as falsas argumentações da Lila.
— Mas como é que ela consegue?! — mur-
mura a Marinette.
— Ó menina, não pode trepar por aí. É peri-
goso! — chama um bombeiro, quando a vê a ten-
tar escalar o muro da mansão dos Agreste.
— Empresta-me a sua escada, por favor? —
pede a Marinette. — Tenho de impedir que o meu
amigo vá na conversa de uma mentirosa.
— Nem pensar! A escada dos bombeiros é
para emergências, não é para salvar namoricos —
diz o bombeiro. — Ainda por cima sem capacete!