immanuel wallerstein - universalismo europeo, el discurso del poder

63
8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 1/63 sociología y política

Upload: circulo-ometeotl

Post on 09-Apr-2018

228 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 1/63

sociología

ypolítica

Page 2: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 2/63

traducción de

  JOSEFINA AN AYA

UNIVERSALISMO EUROPEO

El discurso del poder

 por I M M A N U E L WA L L E R S T E I N

siglo

veintiunoeditores

MÉXICOARGENTINA

ESPAÑA

Page 3: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 3/63

s i g l o x x i e d i t o r e s , s . a . d e c . v .CERRODELAGUA24S.ROMERODETERREROS.04310.MEXICO.O.F.

s i g l o x x i e d i t o r e s , s . a .TUCUMÄN 1621.7° IM,C1060AAG, BUENOS A IRES . ARGENT INA

s i g l o x x i d e e s p a ñ a e d i t o r e s , s . a .M E N É N D E Z P [ DAL 3 B I S . 2 80 3 6. M A D R I D . E S P A ÑA

HM681W35182007 Waüerstehl, lin mannel

Uiúveniatisnw europeo: et discuta del peder  / 

por ImrnanuH Walierstein ; traducción de Josefina Aiiaya. — México : Siglo XXI , 2007.

123 p. — {Sociología v política)Traducción de: ÉtBigpm nnivmulism :

¡he rlieluúc of pnwer 

ISBN-10 968-23-26974ISBN-13 97S-968-23-2G97-4

1. Valores sociales — Aspenos Políticos.2. Universalismo. 3. Euro cenuismo. 4. Civilización

Occidental. L Anava, J osefina, tr. IT. 1.111. Ser.

primcra edition en cspaiio), 2007© siglo vxi cditores. s.a. dc c.v.isbn-10: 968-23-2697-4isbn-l3: 978-968-23-26974

primcra eriicion en ingles, 2006

© the- new press, nueva yorkiltulo ori|jinal: earopfim universaliim. the rhetoric, ojpoioer 

derechos reservados conforme a la leyimpreso v hecho en méxico / primed and made in mexico

i

Para Anouar Alxiel-M alek 

que se ha pasado la vida

tratando de promover 

un univ ersalism o m ás universal

Page 4: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 4/63

A G R A D E C I M I E N T O S

 / 

E n n o v i e m b r e d e 2004 re cib í una. invita ción de St .  john ' s Col l eg e , d e l a Uni vers i d ad d e Cofumb i a Bri

tánica, para ser su pr im er Pon ent e D i s t i n g u i d o e nPerspect iva del M u n d o . M e p i d i e r o n q ue d i era unaserie de tres conferencias. Este texto es la versiónrevisada de dichas conferenc ias , más un cua rto capítulo en el que saco las conclusiones generales d em i arg um ent o . E s toy sumam ent e ag rad ec i d o c on

el director de St . John's , e l p r o f e s o r T i m o t h yB r o o k , p o r h a b e r m e inv i t a d o a hablar en la escuela, así como por las reacciones sensibles y útilesde los asistentes a las confer encias .

[9 ]

Page 5: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 5/63

I N T R O D U C C I Ó NL A P O L Í T I CA D E L U N I VE R S A L I S M O H O Y

Los encabezados de los periódicos en todo elm u n d o están plagados de términos familiares: aí-Qaeda, I r a q , Kosovo, Ruand a, gula g, globalizacióny t error i smo, que evocan imágenes instantáneas enlos lectores; a estas imágenes Ies han dado formap a r a nosotros nuestros líderes políticos y los comentadores de la escena m u n d i a l . Para muchos el

m u n d o de hoy es una lucha entre las fuerzas delb i en y las fuerzas del mal. Y todos deseamos estar

e n el lado del bien. Aunque no estemos d eacuerdo con la conveniencia de ciertas políticas

  jjara combaür el mal, tendemos a aceptar sin du d a r l o que es nuestro deber combaür el mal, y confrecuencia n o tenemos muchas duelas respecto aquién o qué encarna eí mal.

E l discurso de los líderes del mundo p a n euro¬peo —en especial, aunque no solamente, Estados

U n i d o s y la Gran Bretaña— y de los principalesmedios y de los intelectuales del establvihment estál l e n o de llamados al universalismo como justificación fundamental de sus políticas. Y sobre t o d ocuando hablan de sus políticas que se relacionanc o n los "otros": los países del mundo no europeo,las poblaciones de las naciones más pobres y"menos desarrolladas' ' . El tono suele ser de supe

r i o r i d a d , m t i m i d a t o r i o y arrogante, pero las políticas se presentan siempre como si reflejaran valoresy verdades universales.

[11]

Page 6: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 6/63

12 INTRODUCCIÓN

Existen tres principales modal idades de este llama do a l un i v e r sa l i smo . La p r i m e r a es e l a r gumento de que las políticas que practican los l íderesd e l m u n d o p a n e u r o p e o s o n e n defensa de los "derechos humanos" y para impulsar a lgo a lo que seda e l n ombr e de "de moc r a c i a " . La se gun da for maparte de la jerga del choque de c ivi l izac iones,d o n d e se asume siempre que la civilización "occid e n t a l " es superior a "o nas" c i v i l iz a c i on e s p or qu ees la única que ha logrado basarse e n esos valoresy verdades universales. Yla tercera es la defensa d elas verdades c ient í f icas del mercado, e l conceptode que "no hay más al terna t iva" para los go biern osq t i e aceptar la s leyes de l a e c on omí a n e ol i be r a l va c t ua r c on base en ellas.

Basta leer cualquier declaración de Gcorge W.Bush o de Tony Blair de los úl t imos años (y porcierto de cualquiera de sus predecesores) , o dec u a l q u i e r a de sus múlt iples acól i tos, para encont r a r la constante re i tera c ión de estos tres e lementos. Sin embargo, no se trata de temas n ue v os .Como t r a t a r é de de most r a r e n este l i b r o , so ntemas mu y a n t i guos , que h a n c on s t i t u i do e l dis

curso básico de los poderosos a lo largo de la hist o r i a d e l m o d e r n o s i s t em a - m u n d o , c u a n d o m e n o sdesde el siglo XVI. Este discurso tiene su historia. Yla oposic ión a este discurs o tam bié n tiene su his tor ia . En últ ima instancia , e l debate siempre ha gi r a d o e n t o r n o a l s i gn i f i c a do de un i v e r sa l i smo. Tr a taré de mo str ar que e l univ ersa l ism o de lospoderosos ha sido parc ial y distorsionado, uno alq u e l l a m o a q u í " u n i v e r s a h s m o e u r o p e o " p o r q u e

ha sido propuesto por l íderes e inte lectuales pan-europeos en su prosecución de los intereses de lascapas d o m i n a n t e s d e l m o d e r n o s i s t em a - m u n do .

LA POLÍTICA DEL U NIVERSA LISMO HO Y 13

Ex a mi n a r é , a de má s , c ómo p odr í a mos a v a n z a rhacia un ge nu ino univers al ism o, a l que he da do e ln o mb r e de "un i v e r sa h smo un i v e r sa l * .

L a l uc h a e n t r e e l un i v e r sa l i smo e ur op e o y e luni versa l i smo univers al es la lucha ideo lógic a cen

t r a l d e l m u n d o c o n t e m p o r á n e o , y s u desenlacese r á un fa c t or de p r i me r or de n e n l a de t e r mi n a c ión de la forma en que se estructure e l f u t u r o sis

t e m a - m u n d o en el que estaremos e n t r a n d o d e n t r ode v e i n t i c i n c o a c i n c ue n t a a ñ os . Es i n e v i t a b l et o m a r p a r t i d o . Yn o p ode mos r e t i r a r n os a un a p ost u r a supe ( -part icularista e n l a que i n v oque mos l ami sma v a l i de z de cada i de a p a r t i c u l a r i s t a que sep r o p o n g a en e l planeta . Porque e l supeqiart icula-

rismo n o es má s qu e u na rend ici ón o cu lt a a lasfuerzas del universal ismo europeo y de los poderosos del presente , q ue están Hala ndo de mantener su sistema-mundo an t i igu a l i ta r io y a n t i d e m o crát ico. Si hemos de construir una al ternat iva realpara e l sistem a-mun do existente debemo s enco nt ra r e l c a mi n o p a r a e n un c i a r e i n s t i t uc i o n a l i z a r e luni versa l i smo u n i v e r s a l — u n univer sal is mo que esposible alcanzar pero que no adquirirá realidad au

t omá t i c a n i i n e v i t a b l e me n t e .

L os conceptos de derechos h um a n o s y de de moc r a c i a , l a su p e r i or i da d de l a c i v il i z a ci ón oc c i d e n t a l po r es ta i fu nd ad a en valores y verdades u n i versales y la i rremediable sumisión al "mercado" sen os p r e se n t a n t odos c omo ideas inconnovei t ibies.Pero no lo son en absoluto. Son ideas c omp l i c a da sque necesitan ser analizadas cuidadosamente y des

pojadas de sus par ám etr os pe rnic ios os y no esenciales, para poder ser evaluadas con sensatez ypuestas al servicio de todos y no de unos cuantos.C o m p r e n d e r c ó m o e s q u e estas ideas se expresa-

Page 7: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 7/63

Page 8: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 8/63

16 ¿INJERENCIA EN LOS D E RE CH OS DE QUIÉN?

e n t r e la rea l i d ad y las ju s l i f i cationes la ha n e x p e r i m e n t a d o a g u d a m e n t e , y expresad o e n muchas formas, los que ha n pag ad o el p r e c i o más al t o en su

vida personal y colectiva. Pero l a d e s c o n e x i ó n tamb i én h a sido observada por varios intelectuales cuyo

o r ige n social son las capas dominantes . Así , pues, lah is to r ia d el s i s t e m a - m u n d o m o d e r n o t a m b i é n h a

im p l ic ado u n d eb at e i n t e l ec t ual co nt i n uo e n t o r n oa la m or a l id a d del s istema m ismo. U no de los p r i m e ros y más interesantes de estos debates tuvo l u g a rhace m u c h o , en el c o n t e x t o de la conq ui s t a espa

ñola de g ran part e de A m é r i c a en el siglo x v i .

E n 1492, Cri s t ób al Col ón , l ueg o de un p r o l o n g ad o y ard uo v i a je a través d e l o c é a n o A t l á n t i c o

con d i recc i ón a C h i n a , se t opó c o n varias islas d e l

C a r i b e . N o e n c o n t r ó la C h i n a , p e r o sí algo inesper a d o que hoy l l amamos Améri ca . O t ros español esp r o n t o le s i g u i e r o n los pasos. A l cabo de u n o scuantos lustros lo s conquistadores españoles ya ha

b í a n d e s t r u i d o las estructuras pol ít icas de dos de

los más grandes imperios de A m é r i c a : e l azteca y el

i nca . Inmed i a t ame nt e , una var i ad a b and a de seguid o r e s r e c l a m a r o n la t i e r r a y p r e t e n d i e r o n u t i l i zar

la m a n o de o b r a de las pob l ac i ones e n estos i m p e rios y e n otro s s i t ios d e Améri ca , para por la fuerzay d e s p i a d a d a m e n t e sacar p r o v e c h o de estas t i e rrasq u e se a p r o p i a r o n . M e d i o s i g l o d e s p u é s , u n a g r a np a r t e de la pob l ac i ón i nd íg ena hab ía s i d o des

t r u i d a p or las armas o por la e n f e r m e d a d . En q u é

p r o p o r c i ó n es u n a s u n t o e n d i s p u t a , t a n t o en el

s i gl o xv i com o en los años posteriores a 1945. Pero

la m a v o r í a de los e s t u d i o s o s c o n c u e r d a n h o y e n

q u e fu e u na p a r t e e x t r e m a d a m e n t e g r a n d e . *

* Bartolomé de Las Casas escribió la Brevísim a relaárni de tu

destrucción de 't¿ Indita (1994) en 1552, un relató devastador

¿INJERENCIA EN LOS D E RE CH OS DE QUIÉN? 17

B a r t o l o m é de Las Casas f u e u n a figura c a n ó n i c ad e aq uel l a época . Nac i d o en 1484, vino a A m é r i c ae n 1502 y fue el p r i m e r sacerdote o r d e n a d o a q u í ,e n 1510. A i p r i n c i p i o apoy ó y t o m ó p a r t e en e l sis-

l e m a de e n c o m i e n d a , q u e c o m p r e n d í a el " repart i

m i e n t o " de los a m e r i n d i o s c o m o m a n o de o b r aforzosa para los e s p a ñ o l e s q ue a d m i n i s t r a b a n p r o

piedades agrícolas , pastorales o m i n e r a s . Pero e n

1514 sufrió una "conversión" e spi r i t ua l y r e n u n c i óa su part i c i pac i ón en el sistema de e n c o m i e n d a , re

t o r n a n d o a E spaña para d ed i carse a d e n u n c i a r las

mjust icias fraguadas po r e l sistema.

L as Casas i n t e n t ó i n f l u i r en las pol í t i cas t ant od e lo s e s p a ñ o l e s c o m o de la i g le s ia p a r t i c i p a n d oen muchas comi s i ones y r e d a c t a n d o m e m o s y es

c r i b i e n d o l ib r os . Se m o v i ó en los al t os c í rcul os v

fue r e c i b i d o e i nc l uso favorec i d o e n ocasiones p o r

el e m p e r a d o r C a r l o s V (Car l os I de E s p a ñ a ) . H u b oalgunos logros iniciales para la causa q u e a b r a z ó .E n 1537 el papa Paul o I I I emi t i ó una b ul a , Sublimis

 Deus, en la qu e o r d e n a b a que los a m e r i n d i o s n o

f u e r a n esclavizados y qu e fue ran evang el izad os ex

c l us i vament e por med i o s pac í f i cos . En 1543 CarlosV decretó unas I.eyes Nuevas, q u e p o n í a n e n ejecu

c i ón muchas de las propues t as de Las Casas paraA m é r i c a , i n c l u y e n d o la t e r m i n a c i ó n de nuevasconcesiones de e n c o m i e n d a s . Sin e m b a r g o , t a n t ola b ul a papal como e l d ecre t o rea l se t o p a r o n c o n

considerable resistencia de los e n c o m e n d e r o s y d e

que alborotó a la opinión pública de España e i i aquella época.Después de 19-15, la discusión sobre la aguda disminución de lapoblación es muy extensa. L n a obra importante, que desencadenó gran parte de la discusión reciente, es la de Sherbunie F.CookyWoorirowBorah |I97I).

Page 9: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 9/63

18 ¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN?

sus c om p i n c h e s y p a r t i da r i os e n Esp a ñ a y e n l aiglesia . Finalmente , tanto la bula papal como lasLeyes Nuevas f u e r o n suspendidas.

E n 1543 se le ofreció a Las Casas el obispado deCuz c o, que r e c h a z ó, p e r o s í a c e p t ó e l ob i sp a do

me n or de Ch i a p a s e n Gua t e ma l a (que h oy for maparte d el sur de Mé xic o) . Ya obispo , insistió en un aestricta aplicación de las Leyes N u e v a s o r d e n a n d oque los confesores e x i g i e r a n de l os e n c om e n de r osla p e n i t e n c i a de r e s t i t uc i ón de l os a me r i n di os , i n c l uy end o su liberación de las obligaciones de la enc o m i e n d a . Esta i n t e r p r e t a c i ón a mp l i a ba un t a n t oe l decreto de Carlos V, cuya f i n a l i d a d no era serapl ic ado a las enco mien das concedid as co n ante

r i o r i d a d , y en 154fi Las Casas a ba n don ó e l ob i s p a d o de Chiapas y volvió a España.

Para entonces Las Casas ya enfrentaba la tentativa sistemática de st is oponentes de refutar teológ i c a e i n t e l e c t ua l me n t e sus a r gume n t os . Un a f i g u r a clave en este e sfue r z o fue J u an Gi n é s deSepúlveda, la publ icac ión de cuyo p r i m e r l i b r o , De-

mócrates primero, e sc r i t o e n 1 5 3 1 , fue de n e ga da .Pero Sepú lved a fu e persi stent e. Y en 1550 Carlo s

V c on v oc ó a un a c omi s i ón j ur í d i c a e sp e c i a l de lConsejo de Indias a que se reuniera en Val íadol idy l o i n s t r uye r a sobre los méri tos de la controversiaSe p úl v e da -La s Casas. La j u n t a e sc u c h ó a l os doshombres sucesivamente , pero al parecer n u n c a d i ou n v e r e di c t o d e f in i t ivo . Cua n do Ca r l os V fue suce

d i d o en e l t rono por su h i j o Fel ipe unos años des

p u é s , la visión de Las Casas p e r d i ó t o d o i n t e r é sd e n t r o de la corte .

Todo l o que t e n e mos h oy son l os doc ume n t osque los dos contr incantes prepar aron para este debate . En vista de que c laramente plantean una

¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 13

c ue st i ón c e n t r a l que t oda v í a p r e oc up a h oy a lm u n d o — qui é n t i e n e de r e c h o de i n j e r e n c i a , ycuándo y cómo—, vale la pena revisar sus argu m e n t o s m i n u c i o s a m e n t e .

Se p úl v e da e sc r i b i ó un se gun do l i b r o e sp e c í f i

c ame nte p a r a este d e b a t e , Demócrates segundo( [ ¿ 1 5 4 5 ? ] 1984) . Se subt i t u l a De las justas causas

de la guerra contra los indios. En él f o r m u l a c u a t r od i f e r e n t e s a r g u m e n t o s e n defensa de las políticasd e l g o b i e r n o e s p a ñ o l , t a l c o m o las i n t e r p r e t a r o ny a p l i c a r o n l o s e n c o m e n d e r o s . A d u j o c o m o evide n c i a un a l a r ga serie de referencias a las a u t o r i dades i n t e l e c t u a l e s establecidas de la época, enespecial Aristóte les, san Agust ín y santo Tomás de

A q u i n o .E l p r i m e r argumento de Sepúlveda era que los

a m e r i n d i o s son ' 'bárbaros, simples, i letrados y sine duc a c i ón , be st í a s t ot a l me n t e incapaces de aprender nada que no sean h a bi l i da de s me c á n i c a s , l lenos de vicios, crueles y de tal calaña que es aconse

  jable que sean gobe r n a dos p or ot r os" . E l se gun do,que "los indio s deben aceptar el yug o español , aunque no lo deseen, c o mo e n mi e n d a y c a st igo p or

sus cr ímenes en contra del derecho d i v i n o y n atu r a l que los manc i l la , especialmente la idolatr ía y lah o r r e n d a c ost umbr e de l sa c r i f i c i o h uma n o" .

E l t e r c e r o , que l os e sp a ñ ol e s e s t á n ob l i ga dosp o r le y d i v i n a y n a t u r a l a "prevenir e l daño y lasg l andes calamidades con que [ los i n d i o s ] h a n c ub i e r t o —y que los que todavía no han sido someti dos al d o m i n i o e s p a ño l s i g u e n c u b r i e n d o — a u nsinnúmero de inocentes que cada año se sacrificana sus ídolos". Y el cuarto era que el d o m i n i o espa

ñol fac i l i ta la evangel ización cr is t iana al p e r m i t i r alo s sacerdotes p r e di c a r "s i n p e l i g r o , v sin que los

Page 10: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 10/63

20 ¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN?

m a t e n los gobernantes y los sacerdotes p a ga n os ,ta l c o m o h a o c u r r i d o tres o cuatro veces".*

Como vemos, éstos son los cuatro argumentosbásicos que se Han uti l izado p a r a jus t i f i car todas las" i n t e r v e n c i o n e s " subsecuentes de los "c ivi l izados"

del m u n d o m o d e r n o e n zonas "n o c i v i l i z a da s"— l abarbarie de los otros, poner fin a prácticas que violan los valores universales, la defensa de los inocentes mezclados con los crueles y p o s ib i l i ta r l a d i f u sión de los valores universales. Pero por supuestoestas i n t e r v e n c i on e s sól o p ue de n i n st r ume n t a r sesi a l g u i e n posee el poder pol í t ico/mil i tar para hac e r l o . Esto fue lo que ocurrió con ¡a conquista esp a ñ ol a de gr a n de s p or c i on e s de Amé r i c a e n e l

siglo XVI. Por sólidos que fuesen estos a r g u m e n t o scomo incent ivos morales para los que efectuaronla conquista, es claro que se v i e r o n r e for z a dos e ng r a n me di da p or l os be n e f i c i os ma t e r i a l e s i n me diatos que las conquistas b r i n d a r o n a los conquist a dor e s . Ergo, p a r a c ua l qui e r a que e s t uv i e r a u b i c a d o d e n t r o d e l a c o m u n i d a d c o n q u i s t a d o r a ydeseara r e f u t a r estos a r gume n t os e r a un a t a r e acuesta a r r i ba . La p e r son a t e n dr í a que a r gum e n t a r

* Estas citas están lomadas del resumen que hace LasCasas([1552] 2000: 6-8) de los argumentos de Sepúlveda. El resumenes del todo fidedigno, como se puede comprobar consultandoa Sepúlveda (L¿1545?1 1984). El índice compilado por AngelLosada para esta edición de Sepúlveda contiene la siguiente entrada: "Guerra contra los indios -Justificaciones: 1) esclavitudnatural, 19-30; 2) erradicarla idolatríay los sacrificios humanos,39-61; 3) libertar a inocentes del sacrificio, 61-63; 4) propaga

ción de la religión cristiana, 64" (¡íüi'dBS). El índice es máscorto que el resumen de l-as Casas, pero en esencia son iguales.Leer el testo verboso de Sepúlveda, sobre todo el de ¡os dos primeros argumentos, no agrega gran cosa al resumen como exposición de sus punios de vista.

¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 2 1

s i mul t á n e a me n t e e n c on t r a de creencias e i n t e r e ses. Esta fue la tarea que Las Casas se i mp uso.

AI p r i m e r a r gume n t o de que h a y personas q u en a t u r a l m e n t e vive n en la barbarie Las Casas res

ponde de varias formas. Una fue observar las múl

t iples y laxas maneras de uti l izar el término barbarie. Las Casas d i j o que si se define a a lguien comobá r ba r o p or que p r e se n t a c on duc t a s bá r ba r a s e n tonces ese t i p o d e personas se e n c ue n t r a n e n e lm u n d o entero. Si se considera que alguien es bárbaro porque su lengua no es escr i ta , dicha lenguapod ría escribirse , y a l hace rlo des cubri r íamo s quees tan rac ional como cualquiera otra lengua. Si res

t r i n g i m o s e l t é r mi n o bá r ba r o a l s i gn i f i c a do de

c o m p o r t a m i e n t o v e r da de r a me n t e mon smi oso, s i ne m b a r g o , entonces cabe de c i r que este t ipo dec o m p o r t a m i e n t o e s u n f e n ó m e n o bastante r a r o yen real ida d se cons tr iñe socialme nte más o me nosen la misma medida en todos los pueblos.

L o que Las ("asas ob j e t a ba e n e l a r gume n t o deSepúlveda era que hacía extensiva a un pueblo ent e r o o a un a e s t r uc t u r a p ol í t i c a un a c on du c t a quec ua n t o má s e r a la de un a mi n o r í a , un a mi n or í a

cuya semejanza p odr í a mos e n c on t r a r s i n d i f i c u l t a den e l grupo que se define como más civi l izado a lig ua l que en e l grupo considerado en la barbarie .Recuerda al lector que los romanos d e f i n i e r o n alos antepasados de l os e sp a ñ ol e s c omo bá r ba r os .La s Casas estaba p r e se n t a n do un a r gume n t o de l ae qui v a l e n c i a m o r a l general de todos los sistemas

sociales, a l p u n t o que no existe un a j e r a r q u í a n a t u r a l e n t r e e l l os que j ust i f i c a r a e l r é g i me n c ol on i a l

(Las Casas, [1552] 2000: 15-44).

Si e l a r gume n t o acerca de la barbarie n a t u r a lera abstracto, e l de que los indios habían com eti do

Page 11: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 11/63

22 ¿INJERENCIA EN T OS DERECHOS DE QUIÉN?

c r í me n e s y pecados que debían ser enmendados ycast igados era mucho más concreto. En este caso

p a r t i c u l a r el rec lamo se centraba en la idolatr ía ylos sacr i f ic ios humanos. Aquí Las Casas se enfrentaba a cuestiones que de i n m e d i a t o de sp e r t a r on l a

r e p u g n a n c i a m o r a l de los espa ñoles d el siglo XVI, alos que no les cabía que a a lguien se le permit ieraser idólatra o cometer sacr i f ic ios humanos.

E l p r i m e r p u n t o que Las Casas presentó fue la  j ur i sdi c c i ón . Se ñ a l ó , p or e j e mp l o , que a l os j udí osy los musulmanes que habitaban en países cr ist ianos se les po dí a exi gir que o bede ciera n las leyes

d e l estado, pero no se les podía castigar por seguirsus pro pio s precep tos re l igiosos. Esto e r a c i e r t o a

 fürlioñú di c h os j ud í os y musul m a n e s h a b i t a b a n e np a í se s que n o e s t uv i e r a n gobe r n a dos p or un gober nan te cr ist iano . La jur isd icc ión de este tipo sólop o d í a extenderse — se gún é l — a un c r i s t i a n o h e r e j e , p or que un hereje es una persona que ha viol a d o el voto solemne de ser fiel a las doctrinas del a iglesia . Si la iglesia no tenía jur isdicc ión sobre

los residentes no cr ist ianos en países cr ist ianos,t a n t o más irrazonable resultaba alegar que la igle

sia teñí a jur is dicc ión sobre quienes ni siquiera habían oído hablar de sus doctr inas. Por consi g u i e n t e , l a i dol a t r í a p odí a se r j uz ga da p or D i os ,p e r o n o estaba sujeta a la j u r i sdi c c i ón de un gr up oh u m a n o e x t e r n o a l gr u p o que l a p r a c t i c a ba .

Por supuesto, hoy podríamos considerar que e la r gume n t o de La s Casas es una defensa d e l re la t i vi smo m o r a l , o c ua n do me n os l e ga l . Entonces

c o mo a h or a fue b l a n c o de l a t a que de que esta

perspect iva era pr ue ba de indif ere nci a fre nte a l suf r i m i e n t o de inocentes, las víctimas de estas práct i cas contrarias a la ley n atu ra l . Éste fue el tercer ar-

¿INJERENCiA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 23

g u m e n t o de Sepúlveda, el más severo. Y Las Casas

lo a b o r d ó c o n p r u d e n c i a . E n p r i m e r lugar, insistióen qtie la "obligación de liberar a personas i n o c e n tes. . . no existe cuando hay alguien más apto paral i b erar l as " . En segundo lugar , d i j o que si la iglesia

h a b í a c on f i a do a un soberano cristiano la tarea del i b erar a los inocentes, "otros no deberían emprend e r acciones e n este sent ido, no mera a ser que loh i c i e r a n p e t u l a n t e me n t e " . Pe r o , p or ú l t i mo, y má si m p o r t a n t e , Las Casas p r e s e n t ó e l a r g u m e n t o d eq u e u n o debe tener cuidado de actuar en concorda n c i a c on e l p r i n c i p i o d e l d a ñ o m í n i m o :

Aunque reconocemos que la iglesia tiene la obligación

de impedir la injusta muerte de personas mócenles, esesencial que se haga con moderación, ten ¡crido muchocuidado de n o hacer un daño mayor a olías personas

que constituyera mi im¡Jetiiment ó para su salvación e hiciera infructífera e irrealizada la pasión de Cristo([1552] 2000: 183).

Éste era un p u n t o crucial para Las Casas, y l oilustró con la difícil cuestión m o r a l de lo s rituales

en que se comía la carne de los niños sacr i f icados.Empezó apuntando que no se nataba de una eos-l u m b r e de todo s los gr up os indígenas , y que losg r u p o s que la prac t icab an tamp oc o sacr i f icaban am u c h o s n i ñ o s . Pero esto p o d í a parecer una evasión de ¡a cuestión, si Las Casas n o h u b i e r a t e n i d oque hacer fre nte a la rea l id ad de una e lecc ión . Yaquí presentó e l p r i n c i p i o d e l d a ñ o m í n i m o :

Además, es un mal incomparablemente menor quemueran unos pocos inocentes a que los infieles blasfemen contra el adorable nombre de Cristo, y a que la re-

Page 12: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 12/63

24 ¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN?

Ijgiún cr istiana sea d ifam ada y odiad a por eslas personas

y otras que se enteren de esLo, cuando oyen que muchosniños, viejos y mujeres de su raza l ian sido asesinados

por los cristianos sin un motivo, como parte de lo que sucede en la furia de la guerra, tal como ya ha ocurrido

(ibíd.:\ 87).

La s Casas fue i mp l a c a b l e c on t r a l o que h oy lla

maríamos daño colateral : "es un pecado que merece la condenación eterna agraviar y matar a i n o centes para castigar a los culpables, pues esc o n t r a r i o a la j u s t i c i a " (ibid.: 2 0 9 ) .

Y sa c ó a r e l uc i r un a r a z ón f i n a ! por la que noera l íc i to para ios españoles cast igar a los indios

p o r lo s pecados que l os i n di os p u d i e r a n estar co m e t i e n d o c o n t r a personas inocentes. Es " la granesperanza y presunción que dichos infie les se conv e r t i r á n y c or r e g i r á n sus e r r or e s . . . [p ue st o que ]n o c ome t e n di c h os pecados obst i n a da me n t e , s i n ose gu r a me n t e . . . de b i do a su i gn or a n c i a de D i o s"(ibid.: 2 5 1 ) . Y L a s Casas t e r mi n a su di sc us i ón c onu n a p e r o r a c i ó n :

Los españoles penetraron, ciertamente con gran audacia,esta mieva parle del mundo, de !a que no habían sabidoen siglos anteriores, y en el que, en con tra de la voluntadde su soberano, cometieron crímenes monstruosos y ex-uaordinarios. Mataron a miles de hombres, quemaronsus pueblos, tom aro n sus rebaños, d estruyeron sus ciudades y cometieron crímenes abominables sin tina excusa

demostrable ni específica, y con monstruosa crueldadhacia eslas pobres personas. ¿Puede realmente decirseque esos hombres sanguinarios, rapaces, crueles y sediciosos conocen a Dios, de cuya adoración quieren persuadir a los indios? [ibid.: 256).

¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 25

La respuesta a esta p r e gun t a c on duc í a d i r e c t a mente a la que Las Casas di o a l ú l t i mo a r gume n t ode Sepúlved a: fac i l i ta r la cvan gel iz arió n. No sep u e d e hacer que los hombres se acerquen a Diosmás que por su l ib re a l be dr í o , n un c a p or c oe r c i ón .

Las Casas r e c on oc i ó que Se p úl v e da h a b í a hecho lamisma afirmación, pero se preguntaba si las pol í t i cas que Sepúlveda estabaj u s t i f i c a n d o e r a n c omp a t ibles con e l concepto de l ib re a l b e d r í o :

¿Qué mayor coerción puede haber que la producida po run a fuerza armada que abre fuego con arcabuces v bombardeos, cuyo horrible ruido ensordecedor, por más queno tenga ningún otro electo, deja a todos sin aliento,

po r fuertes que sean, especialmente a los que rio conocen esas armas y no sahen cómo runctonaii? Si las vasijas

de bar ro estallan co n los bombardeo s, y la tierra se estre

mece, y el cielo se llena de nubarrones de espeso polvo,si viejos, niños y mujeres caen y I:LS chozas se destruyen,y lodo parece sacudido por la furia de Beilona, ¿ no podríamos decir con verdad que esa fuerza está siendo ut i lizada para forzarlos a aceptar ia te? {ibid.: 296).

Las Casas estaba c on v e n c i do de que l a gue r r ano era la forma de preparar a las a lmas para ponerfin a la idolatría. "El evangelio no se d i f u n d e c o nlanzas sino con la palabra de Dios, con la v i d a crist iana y la acción de la razón" (ibid.: 3 0 0 ) . La gue r r a" e n g e n d r a o dio , n o a mor , p or n ue st r a r e l i g i ón . . .Debe l levarse a los indios a la fe con h u m i l d a d , ca r i dad , un a vida de sant idad y la palabra de Dios"(ilÁd.: 3 6 0 ) .

Si he pasado tanto t iempo presentando en detall e los argumentos de dos teólogos del siglo xvi esp o r q u e nada de lo que se ha dicho desde entonces

Page 13: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 13/63

26 ¿INJERENCIA EN LOS D E RE CH OS l>E QUIÉN?

ha añad i d o nad a esencial al debate. En el siglo XIXlas potencias europeas p r o c l a m a r o n q u e t e n ía nu n a mi s i ón c i v i l i zad ora en e l m un d o co l oni a l (Fi s-cher-Tiné y M a n n , 2004) . L o r d C u r z o n , v i r r e y de laIn di a , expresó b i en esta perspect iva ideológica en

u n a arenga en el c lub Byeul la en l lomb ay, el 16 den o v i e m b r e de 190Ó, d i r i g i d a a u n g r u p o c o m puesto en su mayoría por administradores coloniales bri tánicos:

[K l propósito del imperio] es pugnar por la rect i tud,execrar la imperfección, la injusticia o la mezquindad,no desviarse ni hacia la derecha ni hacia la izquierda,hacer caso omiso de la adulación y el aplauso o del odio

y la deshonra... sino recordar que el Todopoderoso hapuesto vuestra mano cu el más grande de Sus arados...para guiar un poco la cuchilla hacia adelante en vuestraépoca, para sentir que en algún lugar entre todos esos

millones habéis dejado un poco de justicia, de felicid adO de prospe ridad, una sensación de valentía O dignidadmoral, un impulso de patriotismo, un chispazo de i luminación intelectual o tina incitación al deber, ahí do ndeantes no existía. Es suficien te. Es lajustilica ción de un in

glés en la India (citado en Mann, 2004: 25).

S i n d u d a esta jus t i f i cac i ón no era t an convi ncente páral os h i nd úes como a L o r d Cu rz on y a losa d m i n i s t r a d o r e s coloniales a ios que se dirigía lesdebe haber parecido, ya que los sucesores de Curz o n se vieron obl igados a sal i r de la I n d i a menos

de medio siglo después, en 1948. Quizá los ingleses

d e Cur zon no d e jaro n suf i c i ent e just i c ia , f e l i c i d adn i pro spe r i d a d . O q uizás es t i mul aro n d emas i ad avalent ía o d i g n i d a d m o r a l , y p a t r i o t i s m o — p a r acon el país incorrecto. O quizá la i luminación in-

¿TNJERENCIA EN LOS D E RE CH OS DE QUIÉN? 27

telectu al que los adm inist rad ore s colonia les bri tán i cos promovi eron permi t i ó a a l g unos como Jawa¬

h a r l a l N e h r u sacar conc l us i ones d i ferent es res

pecto a los méritos del d o m i n i o bri tánico. O quizá,l o más devastador de todo, los hindúes estuvieron

de acuerdo con la famosa p u l l a d e G a n d i d c u a n d orespond i ó a l a pre g un t a d e un per i od i s t a : "S e ñorG a n d h i , ¿qué piensa de la civil ización occ iden tal? ""Pienso — d i j o G a n d h i — q u e s er í a un a b u e n ai d ea . "

La segunda m i t a d de l s ig lo XX fue un pe rio do dedescolonización en masa d el mund o ent ero . L a i n m e d i a t a causa y consecuencia d e esta descolonización fue un g i r o i mp ort ant e en l a d i námi c a d e l

poder en el sistema interestatal resul tante del al tog r a d o de organizac ión de los mo vim ien tos de l iberación nacional . Una ñas otra, en cascada, las quehabían sido colonias se c o n v i r t i e r o n e n estados i n d epend i ent es , mi emb ros d e l as Nac i ones Uni d as ,p r o t e g i d o s por l a d oc t r i na d e no i n t er fe renc i a d elo s estados soberanos en los asuntos internos de losotros , t i na d oct r i na cont e ni d a t ant o en e l d erechoi n t e r n a c i o n a l en evolución como en la Carta de las

Naci ones Uni d as .

E n t eor ía , esto debió t raducirse en el f in de lai n t e r f e r e n c i a . Pero nani ra l ment e no fue as í . E sclaro que ya no se podía echar mano d e ía just if i cación d e la evangel ización crist iana para legi t im are l c o n t r o l i m p e r i a l , ni tampoco de la de la misiónc ivi l izadora de las potencia s coloniales , con cep tom á s n e u t r a l desde e l punt o d e v i s t a re l i g i oso . E llenguaje r etóric o di o u n vue lco hacia un conc eptoq ue ad q ui r i ó nuevo s i g ni f i cad o y nuevo vig or e nesta era posco l oni a l : l os derechos h u m a n o s . E n1948 las Nacion es Un idas er ig i er on en su cent ro

Page 14: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 14/63

2 8 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

i de ol óg i c o l a D e c l a r a c i ón U n i v e r sa l de l os D e r e chos Huma n os , r a t i f i c a da p or casi rodos sus m i e m bros. No consumía mía ley i n t e r n a c i o n a l , más bienencarnaba u n a serie de ideales a los que las nacion es m i e m b r o s se c o m p r o m e t i e r o n e n p r i n c i p i o .

N i que decir t iene que desde entonces h a n oc ur r i d o actos r e p e t i d o s , d i f u n d i d o s y n o t o r i o s q u econs t i t uy eron violac iones a la declaración. Comola mayoría de los gobiernos han basado su pol í t icae x t e r i o r en una supuesta perspectiva realista de lasr e l a c i on e s e n t r e estados, n o s e h a e m p r e n d i d op r á c t i c a m e n t e n i n g u n a a c c i ó n g u b e r n a m e n t a l d ela que se pu di er a dec ir que ref le ja este interés enlo s derechos humanos, aunque la v iolac ión de la

de c l a r a c i ón suele i n v oc a r se c on t i n ua me n t e c omop r o p a g a n d a d e u n g o b i e r n o p a r a i n c r i m i n a r ao t r o .

L a v i r t u a l inexistencia de interés i n te r g t ibe m á m e n l a ! en la cuestión de los derechos h u m a n o spropic ió la aparic ión de muchas l lamadas o rgan i zaciones n o gube r n a me n t a l e s (OKO) para l lenar e lv a d o : Las ONG que asumieron las cargas de la acc ión directa para apoyar a los derechos h u m a n o s

en el i n u n d o f u e r o n p r i n c i p a l m e n t e d e d o s clases.Por una parte , las representadas por Amnist ía Int e r n a c i o n a l , que se especializó en p u bl ic i ta r lo quecons idera ba encarcelam ientos i legí t imo s y abusivos de los ind iv id uos . I n t e n t ó m ovi l iz a r la presiónde l a op i n i ón p úbl i c a , d i r e c t a me n t e o p or in te r me di a c i ón de ot r os gob i e r n os , p a r a i n d u c i r c a mbios en las políticas de los gobiernos acusados. Poro t r a p a r t e , estaba l a clase de acc ión directa que re

presentaba M édico s Sin Fronteras, q ue intentó in t r o d u c i r asistencia h u m a n i t a r i a d i r e c t a e n zonas

de confl ic to pol í t ico, sin aceptar el manto de neu-

¿ I N J F . R E \ C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ? 29

t r a l id a d q u e desde h a c í a muc h o c on st i t u í a e l p r i n c ip a l escudo estratégico de la Cruz Roja I n t e r n a c i o n a l .

Esta ac t iv idad n o g u b e r n a m e n t a l a l c a n z ó u ng r a d o l im i t a d o de éxito y en consecuencia se p r o

p a g ó , especialmente en los comienzos de los añossetenta. A d e m á s , este i mp u l so de l os derechos h u manos rec ibió e l ímpetu de algunas act iv idadesn uev a s e n e l p l a n o i n t e r g ube r n a m e n t a l . En 1 9 7 ñ ,Estados Un i dos , l a Un i ón Sov i é t i c a , Ca n a dá y l amayoría de los países de Europa coincidieron enl a C o n f e r e n c i a sobre l a Se gur i da d v l a Coop e r a c ión en Europa (CSCE) y firmaron los Acuerdos deH e l s i n k i , que obl igaban a todos los estados signa

t ar i os a observar la Dec lar aci ón Unive rsal de losDerechos Huma n os . Como n o h a b í a n i n gún meca

n i s m o para obligar a la aplicación de este a c ue r do,si n embargo, se creó una estructura no gubernam e n t a l oc c i de n t a l , H e l s i n k i Watch, para que asum i e r a la tarea de presionar a los gobiernos del bloque soviético a observar estos derechos.

Cu an do J i mm y Cárter l legó a la presi dencia deEstados Un i do s , de c l a r ó que l a p r om oc i ó n de l osderechos h u m a n o s s e r í a u n e l e m e n t o f u n d a m e n ta l de su política, y amplió el concepto, más allá desu apl icac ión al bloque soviét ico (donde pol í t icam e n t e Estados Un i dos t e n í a p oc o p ode r de ma n i ob r a ) , a los reg ímen es au tor i tar ios y represivos d eC e n t r o a m é r i c a ( d o n d e g e o p o l í t i c a m e n t e Estados

U n i d o s t e n í a c o n s i d e r a b l e p o d e r d e m a n i o b r a ) .Sin embarg o, la poh' l ica de Cárter no duró mu ch o.El p oc o i mp a c t o que h a ya p o d i d o tener en Cen

troa méric a se vio revocado esencialmente du ran tela subsecuente p r e s i de n c i a de R on a l d Reagan.

E n e se mi smo p e r i odo t uv ie r on lugar tres Ínter-

Page 15: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 15/63

3 0 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

venciones directas importantes en África y Asia, e n  Jas q ue un g ob i erno emprend i ó una acc i ón encontra de otro con el argumento de que el país atacad o estaba v i o l a n d o v a lo r es h u m a n i t a r i o s . L a p r i

mer a : en 1976 u n g r up o d e g uerr i l l e ros pal est i nos

secues t ró un av i ón d e Ai r France con muchos i s -rael íes a bordo y se dirig ió a Uganda, con la compl i c id a d d el g ob i erno ug and és . L os secuesttadores

exigían la l iberación de ciertos palest inos en Israela cambio de la l iberación de los rehenes i srael íes .E l 14 de j u l i o de ese año comandos israel íes volar o n a i a e r o p u e r t o d e E n t e b b e , m a t a r o n a u n o sg uard i as ugandeses y rescataron a los israelíes. Lasegunda: el 25 de diciembre de 1978 ñopas vietna

mi t as c r u z a r o n l a f r o n t e r a d e C a m b o y a y d e r r o c a r o n al rég i men d e l J e me r Rojo e i ns t a l aron un g ob i e rno d i feren t e . Y l a t ercera : en oc t ub r e d e 1978I d i A m i n , de Uganda, atacó a Tanzania, que a suvez contraatacó, l legando sus t ropas a la capi tal deU g a n d a , d o n d e d e r r o c a r o n a I d i .Amin e i ns t a l arona o t ro pres i d ent e .

E l c o m ú n d e n o m i n a d o r d e estos t res e jemploses q ue l a jus t i f i cac i ón d e l os i n t ervent o res fu er onl os d erechos humanos : d efensa cont ra l a t oma d erehenes e n e l p r i m e r caso, y la disolución de un rég i m e n e n e x t r e m o c o r r u p t o y d i c t a t o r i a l e n l osotros dos casos. N a t u r a l m e n t e , p o d r í a m o s d e b a t i rla sol idez y la vera cidad de los cargos e n cada caso

y si no había una opción más legít ima o pacíf ica.T am b i én pod r íam os d eb a t i r sob re l as consecuencias d e cada una d e estas acciones. Pero e l punt o es

q ue l os i n t e rven t ore s a l eg a ron q ue es t ab an act u a n d o a mane ra d e ma xi m i za r l a jus t i c i a , y esta

b an convenc i d os d e e l l o , y por l o t ant o m o r a l -ment e jus t i f i cad os por e l d erecho nat ura l , aunq ue

¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ? 3 1

no l eg al me nt e jus t i f i ca d os po r e l d ere cho i n t e rna c io n a l . Lo que es más, todos los interventores busc a b a n y r e c i b i e r o n c o n s id e r a b l e a p r o b a c i ó n n osólo de sus propi as com un ida des s in o de otros lu gares d el s i s t ema-mund o, a l eg and o q ue so l ament e

los medios violentos que se emplearon habrían pod i d o erra d i car e l ma l pat ent e q ue seg ún e l los pre valecía.

L o que presenciamos fue una inversión histórica de la teorización acerca de los códigos moralesy j u r í d i c o s d e l s i s t e m a - m u n d o . D u r a n t e u n l a r g op e r i o d o , más o meno s desde el s ig lo xv i hasta lap r i m e r a m i t a d d el xx , pred omi nó l a d oct r i na S epúl ved a —l a l e g i t im id a d d e l a v i o l enc i a comet i d a

co ntr a los bár bar os y la obl iga ción m or al de evangel iza r— ; las obj ecio nes de I_as Casas represent ab a n u n a p o s t u r a n e t a m e n t e m i n o r i t a r i a . L u e g o ,c o n las grandes revoluciones ant icoloniales de mediados del s ig lo X X , e s p e c i a l m e n t e d e l p e r i o d o1945-1970, e l d erecho moral d e l os pueb l os o p r i m i d o s a rechazar l a superv i s i ón p at e rna l d e l ospueb l os q ue se d i ce n c i v i l i zad os l l eg ó a t enerm a y o r l e g i t i m i d a d en las estructuras pol ít icas del

o r b e .T a l vez e l moment o cul mi nant e d e l a ins t i t uc io -

nal ización colect iva de este n u e v o p r i n c i p i o fue laad opci ón en l a ONU , en 1960 , d e l a Dec l arac i ónsobre la Concesión de la Independencia a los Países y Pueb los Co loniales , asunto enter am ent e sos

layado en la carta o r i g i n a l de las Naciones Unidas,escrita apenas quince años antes . Al parecer, finalmente las ideas de Las Casas es t ab an s i end o ad opt ad as por l a comuni d ad m u n d i a l . Pero en cuant ose oficializó la validación de la perspectiva de LasCasas, el nue vo énfasis en los derec hos hu ma no s

Page 16: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 16/63

32 ¿INJERENCIA EN LOS D E RE CH OS HE QUIÉN?

de ios i n d i v i d u o s y ios grupos se convirt ió en unt ema pro mi n en t e d e l a po l í t i ca m u n d i a l , y esto em pezó a socavar el derecho de rechazar la supervis i ón pat ernal . E n esencia, l a c a m p a ñ a e n p r o d elo s derechos humanos restituyó el énfasis de Sepúi-

veda en e l de be r d e los civil i zad os de s u p r i m i r iab a r b a r i e .

E n este m o m e n t o f u e c u a n d o e l m u n d o v i o e ld esp l ome d e l a Uni ó n S ovi é t i ca y e l d es t ronam i e n t o d e l os g ob i ernos comuni s t as d e E uropacent ra l y d e l este. P o d r í a pensarse a u n q u e estos

a c o n t e c i m i e n t o s encajan en el espíritu de la declarac i ón d e Nac i ones Uni d as sobre el derecho a lai n d e p e n d e n c i a . L a subsecuente d es i nt eg rac i ón d e

Yugoslavia en las repú bl icas que l a const i tuían, em p e r o , cond ujo a una serie de guerras o casi g uerras ,en las que la lucha por la independencia acabó v i n cul ánd ose a po l í t i cas d e "pur i f i cac i ón é t n i ca" .Todas las repúbl icas const i tut ivas de la ant igua Repúbl ica Federal Social i sta de Yugoslavia habían ten i d o desde h a c í a m u c h o u n cl a r o e n f o q u e é t n i c o ,p e r o e n cada un a a su vez hab ía i mp ort a nt es m i norías nacionales . Así , cuando se di v i d i e r o n en es

tados separados, proceso con t i nu o q ue t om ó var i osaños , se e jerc i ó cons i d er ab l e pres i ón po l í t i ca i n t e r n a d e n t r o d e cada una de el las para reducir oe x t i r p a r compl et ament e a l as mi nor ías e t nonac i o -nales de los nuevos estados soberanos. Esto p r o vocó confl ictos y guerras en el seno de cuatro délas ant iguas repúbl ic as yugoslavas: Croacia, Bosnia,Serbia y M ac ed o ni a . L a h i s t o r i a d e cada u n a e r abastante d i fer ent e , as í com o su desenlace, p e r o e n

t od as la pur i f i cac i ón é t n i ca se convi r t i ó en u nasunt o cent ra l .

D e b i d o a l c o n t i n u o a l t o n i v e l d e v i o l enc i a , i n -

¿INJERENCIA EN LOS D E RE CH OS DE QUIÉN? 33

c l uy end o v i o l ac i ones y asesinatos de civiles, seapeló a la intervención occidental , para paci f icar lareg i ón y g arant i zar u n reme d o d e jus t i c i a po l í t i ca ,o cuando menos eso fue lo que se d i j o . Esas in te r v e n c i o n e s t u v i e r o n l u g a r m á s n o t o r i a m e n t e y e n

p a r t i c u l a r en Bosnia (con t res etnias más o menosde la mis ma dimen sión ) y Kosovo ( un a reg ión deSerbia m a y o r m e n t e albanesa). Cuand o l os g ob i er nos occidentales vaci laron, los intelectuales y lasONG e n estos países t enazment e pres i onaron a susestados para q ue i n t e r v i n i e r a n , cosa que a la largah i c i e r o n .

Por varias razones, la presión no g ub er n ame n ta l

más fuert e fue en F ranc i a , d ond e un g rupo d e i n

telectuales fundó un d ia r io l l a m a d o Le. Dririt d'In¬gérence [ E l D e r e c h o d e I n j e r e n c i a ] . A u n q u e estos

i n t e l ec t ual es no c i t aron a S epúl ved a, recurr i eron aa r g u m e n t o s seculares q ue empujab an en l a mi smadirección. El los también insist ían en que el "derec h o n a t u r a l " (aunque quizá no hayan uti l izado esta

l ocuc i ón) req uer ía c i er t a clase d e c o n d u c t a universal . Ellos también insistían en que si esta c o n d u c t an o estaba presente o, peor, s i conductas opuestas

prevalecían en una zona dada, los defensores de lale y n a t u r a l no solamente tenían el derecho m o r a l (yp o r supues t o po l í t i co ) a i n t e r v e n i r , sino el deber 

m o r a l y pol ít ico a in t e r ve ni r .

A l m i s m o t ie m p o , h u b o u n n ú m e r o d e g u e r r a sciviles en África — I i b e r i a , S i erra L eona, S ud án ysobre t od o Ruand a, en d ond e tuvo lugar una masa

cre de tutsis a manos de los hutus, sin la in te rv e n

ción significativa de t ropas extranjeras . Ruanda, Kosovo y otras zonas donde se vivió un terrib le dramah u m a n o se c onvi r t i e r on en tema de un gran debateretrospect ivo acerca de qué podría o no podría ha-

Page 17: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 17/63

34 ¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN?

berse hecho, o acerca de que debió hacerse, p a r asalvaguardar la vida h uma n a y l os de r e c h os h uma nos en esas regiones. Finalment e , no necesi to record arl e a nadi e lo abu nda ntem ente que se just i f icó lanecesidad de la invasión nort eam erica na de I r a q e n

2003 para l iberar a l mundo de Saddam Hussein , und i c t ad or p e l i gr oso y c or r up t o .E l 2 de marzo de 2004, B e r n a r d K o u c h n e r p r o

n un c i ó l a 2 3 a . c on fe r e n c i a M or ge n t h a u M e m o r i a l ,e n e l Ca r n e gi e Coun c ü on Et h i c s a n d In t e r n a t i o n a l A ffa i r s . Kouchner es hoy quizás e l defensor dela i n t e r v e n c i ó n h u m a n i t a r i a m á s p r o m i n e n t e d e lm u n d o . Es e l fu n d a d or de M é di c os S i n Fr on t e r a s ;fu e él quien acuñó la frase "le droit d'ingérence''; fu e

m i n i s t r o encargado de los derechos humanos ene l go bi er no francés: más tard e repr ese ntan te espe

cial del secretar io general de la ON U en Kosovo; y,en sus propias palabras, alguien que posee " la re p u tac ión adi c io nal de hab er sido e l úni co defens ord e l señor Bush en Francia". Por e l lo resulta interesante escuchar c uá l c on si de r a Kouc h n e r , r e f l e x i o n a n d o , que es e l lugar de la in jer enci a h u m a n i t ar i a e n e l de r e c h o i n t e r n a c i on a l :

Hay u n aspecto de la injerencia humanitaria que ha resultado difícil implemen tar: me refiero a la tensión entrela soberanía del estado y el derecho a interferir. La comunidad intern acio nal está trabajando en u n nuevo sistema de protección humanitaria -a través del Consejo deSeguridad de la ONU; sin embargo, es claro que la globa-lización no anun cia el fin de la sober anía del estado, que

sigue siendo el basdón de un orden mundial estable.Para decirlo de otra forma: no podemos tener una administración global ni un sistema de Naciones Unidas sinla soberanía de los estados.

¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 35

Siguiendo las pautas de la Unión Europea, la comunidad internacional debe esforzarse por resolver esta

contradicción inherente: ¿cómo podemos mantener !asoberanía del estado y a la vez encontrar la forma detomar decisiones comunes sobre cuestiones y problemascomunes? Una manera de resolver el dilema es decirque la soberanía de los estados puede respetarse solamente si emana de las personas que están en el seno delestado. Si el estado es una dictadura, entonces no es enabsoluto dign o del respeto de la comunidad internaciona l (2004: 4) .

L o q u e K o u c h n e r n o s estaba ofr e c i e n do e s e lequiva lente de una evangel izaci ón en e l siglo x x i .

E n tanto que para Sepúlveda la consideración últ i m a era si un país o un pueblo eran cr ist ianos ono , p a r a Kouc h n e r l a c on si de r a c i ón ú l t i ma e r a s ie r a n de moc r á t i c os o n o (esto es, que no vivan e nu n estado que sea un a "d ict ad ur a" ) . Sepúlveda nop o d í a l i d i ar c on e l caso de países y pueblos cristianos y que n o obstante c om etie ran actos de barbarie, v i o l a n d o e l de r e c h o n a t u r a l , c o mo Esp a ñ a y laIn qui s i c i ón . Con l o que Kouc h n e r n o p odí a l i d i ar

era con el caso de un país o un pueblo con sól idoa p oyo p op ul a r que n o obst a n t e c om e t i e r a actos d eba r ba r i e c on t r a un a mi n or í a , t a l c om o oc ur r i ó e nR ua n da , p or l o t a n t o l os i gn or ó e n t e r a me n t e . Enr e a l i d a d , Kouc h n e r se p r on un c i ó p or sup ue st o e nf avor de l a i n t e r v e n c i ón e x t e r n a e n R ua n da , n op o r q u e fue r a un a di c t a du r a s i n o p or qu e c on si de r a ba que se c ome t i e r on actos de ba r ba r i e . Ha bl a r

de un a di c t a d ur a c o mo p r i n c i p i o general era querer tapar e l sol con un dedo en este respecto, apl i

cable en algunos casos (d i ga mos I r a q) p e r o c i e r t a mente no en todos los casos e n que Kouc h n e r y

Page 18: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 18/63

36 ¿INJERENCIA EN LOS DERECHOS DE QUIÉN?

ot r os c on si de r a ba n m or a l me n t e i mp e r a t i v o i n t e r venir.

Sup on ga mos que a n t e l a "c on t r a di c c i ón i n h e r e n t e " m e n c i o n a d a p o r K o u c h n e r — e n t r e l a sobe

ranía de los estados v las decisiones comunes sobre

derechos h uma n os— a p l i c á r a mos l os p r in c ip io s deLa s Casas —sus c ua t r o respuestas a S e p ú l v e d a — ala si tuación de Kosovo o de I r a q . L a p r i m e r a cues

tión que abordó Las Casas fue la presunta barbaried e l ot r o c on t r a e l que se i n t e r v i e n e . E l p r i m e r p r o b l e m a — d i j o — es que nunca queda del todo c laroe n estos debates quiénes son los bárbaros. En Kosovo, -"eran los serbios; el gobierno de Yugoslavia ou n g r u p o e n p a r t i c u l a r encabezado p o r S l o b o d a n

Milosevié? En I r a q , ¿eran los árabes suníes, el partido Ba a t h o un gr up o e n p a r t i c u l a r encabezado

p o r Saddam Hussein? Los interventores se movier o n t ur b i a me n t e e n t r e t odos estos objet ivos, rarav ez c l a r i f i c a n d o n i h a c i e n do di s t i n c i on e s , a r gume n t a n do s i e mp r e l a ur ge n c i a de l a i n t e r v e n c i óny a l e ga n do que de a l gun a ma n e r a má s t a r de h a r ían la distr ibución de la porc ión de culpas. Pero

es c laro que e l más larde nunca l lega. Porque un

o p o n e n t e t u r b i o l e p e r m i t e a u n o c o n f o r m a r u n ac o a l i c i ó n t u r b i a de i n t e r v e n t or e s , que e s t r i c t a me n t e p ue de n t e n e r un a de f i n i c i ón di fe r e n t e dequiénes son los bárbaros, y por ende objet ivos pol í t icos di ferentes en e l proceso de in jerencia .

La s Casas insistió en hacer una dist inción desde

el p r i n c i p i o . Pues, según expuso, la verdadera barb a r i e e s u n f e n ó m e n o p o c o c o m ú n , n o r m a l m e n t e

c o n s t r e ñ i d o p o r l o sprocesos sociales

d e t o d og r u p o social. Si tal es el caso, una de las preguntasque es necesario hacernos s i e mp r e , a l v e r n osf r e n t e a u n a s i t ua c i ón que de f i n i m os c om o de bar -

¿INJERENC1A EN LOS DERECHOS DE QUIÉN? 37

barie , es no sólo por qué se desencadenó e l p r o ceso s i n o t a mbi é n hasta q u é p u n t o . I n i c i a r este

e jerc ic io anal í t ico nos desacelera, por supuesto, yésta es la razón p r i n c i p a l que se aduce para no i n i

c i ar l o . N o h a y t i e m p o , d i c e n l o s i n t e r v e n t o r e s .

C a d a m o m e n t o q u e pasa la si tuación se deter iora .Y tal vez sea cierto. Pero avanzar a paso má s l e n t op ue de e v i t a r n os c ome t e r e r r or e s dol or os os .

E l anáfisis que se desprende de los p r i n c i p i o s deLa s Casas nos empuja también a efectuar una comparación. ¿Los países y los pueblos que emprendenintervenciones son también culpables de cometeractos de barbarie? Si lo son, ¿son estos actos m u c h omenos graves que los que se cometen en los países

y pueblos en cuest ión, a l grado de jus t i f i car el sentido de sup e r i o r i d a d mo r a l e n que se basa c ua l q u i e r i n t e r v e n c i ó n ? N a t u r a l m e n t e , d a d o q u e e lm a l existe por doquier , esta clase de c omp a r a c i ónp odr í a r e su l t a r p a r a l i z a dor a , p r i n c i p a l a r g u m e n t oen su contra , pero también podría ser verdadera.S i n e mba r go, e l i n t e n t o de c omp a r a c i ón t a mbi é np ue de se r v i r de f r e n o op or t un o a l a a r r oga n c i a .

Luego está e l segundo p r i n c i p i o de Sepúlveda:

la obl igación de cast igar a los que cometen cr ímen e s c on t r a e l de r e c h o n a t ur a l o , c o mo di r í a moshoy, c r í me n e s c on t r a l a h u m a n i d a d . H a y actos quev io le n tan el sentido de la decencia de la gente honrada, organizada en ese nebuloso, casi ficticio personaje c o n o c i d o c o m o l a " c o m u n i d a d i n t e r n a c i o n a l " . * Y c ua n d o e so o c ur r e , ¿ a c a so n o estamos

* Véase el maravilloso y bastante acerbo comentario de Troui-llot {2004: 230) acerca de la comunidad internacional: "Piensoen Lia comunidad interna cional ] como una especie de corogriego de la política contemporánea. Nunca nadie lo ha visto,

pero corea en el fondo v todo el mundo se mueve a su ritmo."

Page 19: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 19/63

3 8 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

obl igarlos a cast igar dichos cr ímenes? A este argume n t o La s Casas opuso nes preguntas: ¿quién losde f i n i ó c om o c r í m e n e s , y ya h a b í a n s i do de f i n i dosc o m o tales e n e l mome n t o e n que se c ome t i e r on ?¿ Qui é n t i e n e j ur i s di c c i ó n p a r a castigar? ¿Hay al

g u i e n más capaci tado que nosotros para apl icar e lcastigo, si éste es merecido?L a cuesüón de la definic ión de los cr ímenes y

de quién la hace es, claro está, un debate central,h o y como ayer . En los confl ic tos balcánicos de losa ñ os n ov e n t a i n duda bl e me n t e se c ome de r on c r í menes en la definición de la mayoría de las personas, inc l uy end o la definic ió n de los l íderes pol í t i cos de la región. Sabemos esto p or que l os l í de r e s

pol í t icos contendientes de todas las facciones seacusaban m u t u a m e n t e d e c r í m e n e s , y p o r c i e r t ode la mism a clase de cr ímenes: l i mpi eza étnica , vio

l a c i on es y c r u e l da d. E l p r o b l e ma que e n c a r a ba nlos que eran ajenos a la regió n fue qué cr íme nescastigar o, más bien, de qué manera estimar la res

p o n s a b i l i d a d relat iva de toda s las pa rtes.L o s i n t e r v e n t o r e s f o r á n e o s e m p r e n d i e r o n d o s

tipos de acciones. Por un fa do, e mp r e n di e r on p r i

mero la acc ión diplomática y luego la mi l i t a r p a r adetener la v iolencia , lo que en mucho s casos se trad u j o e n t oma r pa r t id o por una facción u otra en situaciones part iculares. En c ierto sent ido, esto i m p l i caba en el mejor de los casos u n j u i c i o sobre lai m p o r t a n c i a re lat iva de los cr ímenes . Por o tro lad o,los interventores foráneos establec ieron tr ibunales  judic iales internacionales especiales con el fin decastigar a ciertos ind iv id uos , así como seleccionar aesos ind iv id uos de entre todas las facciones.

De resultas, en el más espectacular proceso q u ehaya tenido lugar después de estos sucesos, el de

¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ? 3 9

Milosevié , e l meol lo de su defensa n o fue me r a mente que era inocente sino que la corte c r i m i n a li n t e r n a c i o n a l n o h a b í a p r e se n t a do acusaciones

contra diversas personas de las potencias in te rv e n toras que según é l también eran culpables. M i l o

sevié declaró que la corte era el t r ib una l de los poderosos q u e acusaba a los líderes de los más débilesm i l i t a r m e n t e , y no una corte de just ic ia .

Así, teníamos dos preguntas: ¿los supuestos crímenes e r a n c r í me n e s v e r da de r os o s i mp l e me n t eu n a c on duc t a ge n e r a l aceptada? Ysi e r a n c r í me n e sverdaderos, ¿se f o r m u l a r o n acusaciones e n c on t r ade todos los criminales, o sólo en contra de los nati

vos del país objeto de la injerencia y no de los nat i

vos del país que inic ió la intervención?L a cuest ión de l a j u r i sdi c c i ón fue p or sup ue st o

c e n t r a l para e l debate . Por una parte , los que insistían en el derecho y el deber de i n t e r v e n i r afirmab an que la instalac ión de tr ibu nales inte rnac ionales era un avance p a r a e l de r e c h o i n t e r n a c i on a l .Pero j u r í d i c a m e n t e estaba la cuest ión no solam e n t e d e l p r o c e d i m i e n t o c o n q u e se e s t a b l e c iód i c h a corte sino la red uci da definic i ón geográ fica

de su p ot e n c i a l j ur i sdi c c i ón .Y, por úl t imo, estaba ia cuestión de si había al

ternat ivas para e l manejo de los cr ímenes o encar

gados al ternat ivos. Efect ivamente , a p r i n c i p i o s delos años noventa Estados U n i d o s alegaba que losencargados adecuados era n los eur ope os —esdecir, los europeos occ identales— debido a que losBalcanes estaban en Europa y eran posibles m i e m

bros de la Unión Europea. Pero, porrazones

políticas y mili tar es, los europe os va ci la ron en as umiresta carga sin el apoyo activo de Estados U n i d o s , yfinalmente f u e l a Or ga n i z a c i ón de l Tr a t a do de l

Page 20: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 20/63

4 0 ¿1N J E RE N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

At l ánt i co N o r t e (OT A N) la que se asignó la tarea.Pero ftie l a OTAN y no Naci ones Uni d as sobre t o d op o r q u e l os países occ i d ent a l es t emían , prob ab l e ment e con razón , q ue Rus i a vet ara cual q ui er reso

l uc i ón d e l Consejo d e S eg uri d ad q ue apunt ara a

una acc i ón en cont ra d e Serbia y dejara fuera a laso t ras part es d e l conf l i c t o .

L as mi smas preg unt as se h i c i e ron , mu ch o másn í t i d a m e n t e , e n e l m o m e n t o d e l a i n t e r v e n c i ó nn o r t e a m e r i c a n a e n I r a q , j u n t o c o n u n a s u p u e s t ac o a l i c i ó n d e v o l u n t a r i o s . Estados U n i d o s i n t e n t óob t e ner l a apro b ac i ó n d e l Consejo d e S eg uri d adpara l a acc i ón mi l i t a r , pero cuand o se h i zo evi

d ent e q ue no ob t end ría más q ue cuat ro d e l os

quince votos para una resolución que se lo p e r m i t i e ra , re t i ró su propues t a d e reso l uc i ón y d ec i d i óactuar p or s í solo, s in la legi t ima ción de la ONU. L ap r e g u n t a de Las Casas es aq uí más pert i nent e q uenunca : ¿Con q ué d erecho asumi ó Estados U n i d o sla jurisdicción en este ámb i t o , sobre t od o en v i r t u dd e q ue un g ran número d e países d e l mund o seo p u s i e r o n ab i er t ament e a sus acciones? L a res

pues t a d e l g ob i erno nort eameri cano fue d ob l e . E n

p r i m e r l ug ar a l eg ó aut od efensa , sobre la base d eq ue e l g ob i erno i raq uí represent ab a una amenaza

i n m i n e n t e p a r a Estados U n i d o s y e l m u n d o , d e b i d o a su presunt o arsenal d e armas d e d es t rucción masiva y a que supuestamente estaba disp u e s t o a c o m p a r t i r l a s c o n " t e r r o r i s t a s " ajenos a lg ob i erno . A l a pos t re este a r g u m e n t o s e r í a c o m pl e t am ent e d esarm ad o, c uand o , d espués d e la i n vasión, se supo que el gobierno i raquí no estaba

en po ses i ón d e d i chas armas y d eb i d o a l des

acu erd o gen eral con la af i r mac ión de que si Sad¬

d a m Hussein las hubiera poseído habría estado dis-

¿ I N J E R E N C I A F .N L O S DE R E C H O S DE Q U I É N ? 4 1

puesto a d is t r ib ui r la s ent re " t error i s t as " ajenos alg o b i e r n o .

En vista de la d e b i l i d a d d e l caso, e l g o b i e r n on o r t e a m e r i c a n o e c h ó m a n o d e l a r g u m e n t o de q u eS ad d am Husse i n era un homb re mal vad o q ue per

sonal ment e hab ía comet i d o cr ímenes cont ra l a hum a n i d a d y q ue , por cons i g ui ent e , e l i m i n a r l o d e lp o d e r cons t i t u ía un b i en m o r a l . Yes en este p u n t odo nd e viene a cola ción la cues t ión no solam entede la veracidad de estas a f i r m a c i o n e s s i n o , m á saún , de la jur isdic ción , así co mo l a cues t ión de s ilos del i tos morales de Saddam Hussein f u e r o n e lv e r d a d e r o m o t i v o de la intervención, en vista dela p o y o q u e antes l e hab ían pres t ad o e l g ob i erno

nort eam eri c ano y o t ros , en l os mo me nt o s en q uecomet i ó prec i sament e l os actos en que se basaba

la acusac i ón .

U n a vez más, en esta como en la mayoría de lassi tuaciones, el argumento más sól ido en pro de lainjerencia fue la defensa de los inocentes —los i n o

centes musu lmane s bosnios violados y masacrados,los inocentes kosovares arrojados de sus tierras y perseguidos tras fronteras y los inocentes kurdos y c h i i -

tas o p r i m i d o s y asesinados por S ad d am Husse i n .¿Qu é nos ens eñ a la terce ra respuesta de I as Casas aSepúlveda? Las Casas insistía en el p r i n c i p i o d e l"d año mín i mo" . A un cuand o l os alegatos fueran absoluta me nte just os, ¿el castigo sería más pe i j ud ic ia lque lo que pretendía evi tar? El p r i n c i p i o d el d añomínimo es la t raducción que hace La s Casas del fenómeno social colect ivo de la ant igua sentencia de

Hipócrates a los médicos: "No hagas d a ñ o . "E n el caso del confl ic to en los Balcanes, se podríadeci r que el dañ o ha s ido mí nim o. l a viole ncia activa se redujo considerablemente. Por otro lado, no

Page 21: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 21/63

4 2 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

se puso fin a la l im pie za étnic a, n i se red uj o signifi

cativamente, más bien sus resultados se inst i tuc ion al izaro n en may or o men or me d i d a . No se rest i tuye ro n n i la pr op ied ad n i el derecho de residencia, osó l o míni m amen t e . Y l os serbios de Kosovo co n toda

seguridad pensaron que su s i tuación era peor queantes. Cabe preguntarse si la situación habría t e r mi

nad o en el mi sm o pu nt o aun sin la interv enció n ext erna . Pero no se puede decir con justeza que la sit uac i ón empeoró s i g n i f i ca t i vament e .

S i n emb arg o , s í se pued e d ec i r en e l caso d eI r a q . Na t ur al m ent e , n i S ad d am Husse i n n i e l partido B a a t h estaban ya en el poder y no podían cont i n u a r c o m e t i e n d o l o s m i s m o s actos d e opres i ón

q u e antes. Si b ien el país padecía por un sinnúm e r o d e factores negat ivos que no exist ían antes

d e l a i n t er ven c i ón ex t er na . E l bienestar e c o n ó m i c o d e l os c i ud ad anos prob ab l ement e hab ía dism i n u i d o . L a v i o l enc i a co t i d i ana se hab ía i ncre ment ad o mas i vament e . E l pa ís se convi r t i ó enr e f u g i o prec i sament e d e l a clase de islamistas m i l i

tantes cont ra l os q ue supues t ament e es t uvo d i r i

g i d a la acción y que antes de la inter ven ción n o ha

b ían p od i d o oper ar d e nt r o d e l pa ís . Y l a s i t uac iónc i vi l de las mujeres i raquíes empeoró considerablem e n t e . D e s p u é s d e l a i n t e r v e n c i ó n m u r i e r o nc u a n d o menos c i en m i l i raq uíes y muc hos más fuer o n g ravement e her i d os . S i n d u d a aq uí hab r ía s i d oposib le invocar el p r i n c i p i o d e d a ñ o m í n i m o .

E l arg urne n to final d e S epúl ved a fue e l d e rechoy e l deber de evangel izar, y los presuntos obstácul os q ue oponían l os ameri nd i os . E l eq ui val ent e enel siglo xxi es el derecho y el deber d e d i f u n d i r lad e m o c r a c i a . Esta ha sido una de las principales arg u m e n t a c i o n e s d e lo s g o b i e r n o s n o r t e a m e r i c a n o

¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ? 4 3

y b r i t á n i c o , especialmente i nvocad a por l os i n t e lectuales neoconservadores estadunidenses y e lp r i m e r mi ni s t ro T ony B ía i r . L as Casas insist ió enque no tenía sen t ido evangel izar a la fuer za, quela conversión al crist ianismo tenía que ser el resul

t ad o d e l a ad hes i ón v o l un t ar i a q ue v i n i era d e l i n t e r i o r de la persona convert ida y que la fuerza estaba c o n t r a i n d i c a d a .

Este mi sm o pu nt o se d efen d i ó en las c r í t i casque se f o r m u l a r o n a la in jerencia en los Balcanes

e I r a q , q ue se jus t i f i cab a sobre l a base d e q ueambas i n t e r v e n c i o n e s p r o m o v í a n l a d e m o c r a c i a .La pre g un t a era có mo se mi d e l a convers i ón a i osval ores d emocrát i cos . Para l os i n t ervent ores , pare

cía s igni f icar esencialmente la v o l u n t a d de real izarelecciones en q ue pu d i e ra n part i c i pa r muc hos part idos pol ít icos o facciones, c o n u n m í n i m o d e c i vi l i dad y l a hab i l i d a d d e rea l i zar cam paña s púb l i cas .U n a d ef i n i c i ón muy l i m i t a d a d e d emo crac i a . N i s iq u i e r a e n este nivel mínimo era seguro en absolutoq u e esto se hubiera alcanzado con algún grado dep e r d u r a b i l i d a d en n i ng un a d e las d os reg i ones .

S i n emb arg o , si po r d em ocrac i a se e nt en d i er a

al g o más am pl i o — e l con t ro l g en ui n o d e l a t o mad e decisiones por la mayoría de la población en lae s t r u c t u r a g u b e r n a m e n t a l , l a c a p a c i d a d r e a l yconstante de toda clase d e mi nor ías d e expresarse

pol í t í cay cu l t ur a l m ent e , y l a acept ac i ó n d e l a cont i n u a necesidad y l e g i t i m i d a d d e l debate pol í t i cof ranco—, es ev i d ent e q ue estas condiciones t ienenq u e m a d u r a r i n t e r n a m e n t e , e n e l seno de los países y las regione s, y que la inte rven ción ex ter na eng enera l es t á cont ra i nd i cad a , y a q ue asocia el concept o a comrol ext erno y a l os factores negat ivosq ue l a i n t ervenc i ón conl l eva .

Page 22: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 22/63

4 4 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

L a p r e g u n t a — ¿ i n j e r e n c i a e n l o s derechos d eq u i é n ? — e s t á d i r i g i d a al meol l o d e l a es t ruct urapol ít ica y m o r a l d el mod erno s i s t ema-mund o. 1 .aintervención es , en la práct ica, un derecho que sea p r o p i a n los poderosos. Pero es un derecho di f íci l

de le gi t im ar y p or el lo está s iem pre sujeto a desaf íos pol ít icos y mora les . Los inte rve nto res , cua ndose l os d esaf ía , recurren s i empre a l a jus t i f i cac i ónm o r a l : e l d e r e c h o n a t u r a l y e l c r i s t i an i smo en e ls ig lo xv i , la misión civi l izadora en el s ig lo XJ X y losderechos hu ma no s y la dem ocra cia a f ines dei s ig lox x y p r i n c i p i o s d e l XXI.

L a arg ument ac i ón en cont ra d e l a i n t ervenc i ónha deriv ado siem pre de dos fuentes : de los escep-

t i cos morales entre los pueblos poderosos ( ios quein v o c an e l arg ument o d e L as Casas) y l os oponentes poi ít icos entre aquel los contra los que la intervenci ón es t á di r i g i da . E l a r g u m e n t o m o r a l de losi n t e r v e n t o r e s se ve s i empre manci l l ad o porq ue l aintervención si rve a los intereses de éstos.

Por o t ra par t e , l os escépt i cos moral es s i emprep a r e c e n estar j u s t i f i c a n d o acciones q ue , en t érmi nos de sus propios valores , son ignominiosas. A ladefensa de los l íderes polít icos de las gentes c o n t t alas que está d i r i g i d a la intervención se opone el arg ument o d e q ue re f l e ja i os estrechos intereses personales de éstos y no los intereses d el pueb l o a l q ueg o b i e r n a n .

Pero t o d a esta a m b i g ü e d a d s e d a d e n n o d e lmarco de la aceptación de los valores de los in te r vent ores como uni versa l es . S i uno ob serva q ueestos valores universales son de la creación socialde las capas d omi nant es d e un s i s t ema-mund o es pec í f i co , s i n emb arg o , entonces la cuestión se abremás s i g n i f i ca t i vam ent e . L o q ue estamos e m p l e a n -

¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ? 4 5

d o c o m o c r i t e r i o n o es u n u n i v e r s a l i s m o g l o b a ls i n o u n u n i v e r s a l i s m o e u r o p e o , u n c o n j u n t o d edoct rina s y perspect ivas ét icas que se d esp ren dende un con tex to eu ro pe o y aspiran a ser — o a serpresent ad as c o m o — val ores uni versa les g l ob al es ,

l o que muchos de sus defensores l l a m a n d e r e c h on a t u r a l . Esto jus t i f i ca s i mul t áneam ent e l a defensa

de los derechos humanos de los supuestos inocentes y la explotación material perpetrada por los pod e r o so s . Es u n a d o c t r i n a m o r a l m e n t e a m b i g u a .Ataca los crímenes de algunos y pasa por al to losd e o t ros , aun empl eand o l os c r i t er i os d e l o q uea f i r m a es ley n a t u r a l .

N o es que no pueda haber valores universales

globales . Es más b ien que estamos todavía lejos d esaber cuáles son estos valores . Los valores universales globales no nos son dados, somos nosotros losq ue l os c reamos . L a empresa humana d e crear d i chos valores es la gran empresa m o r a l d e l a human i d a d . Pero só l o t end rá esperanza de real izarsecua nd o pod amos sa l i mos d e l a perspect i va i d eo l ó gica de los poderosos en dirección a una apreciac i ón en ve rd ad co mú n (y po r cons i g ui en t e m ás

g l ob al ) d e l b i en . Esta aprec i ac i ón g l ob al necesita

u n a base concre t a d i fere nt e , emp ero , un a es t ruct u r a mu ch o más eq ui t a t i va q ue cual q ui era q ue ha-v a m o s c o n s n u i d o hasta a h o r a .

Tal vez a lg ún d ía — n o m uy l e ja no — nos a p r o x i m e m o s a esta base c o m ú n . Esto d e p e n d e d e c ó m osalga el mundo de la actual t ransición de nuestros i s t ema-mund o ex i s t ent e hac i a uno d i ferent e , q ueserá mej or o tal vez no . S in em ba rgo , hasta q u e n ohay amos capeado esta t rans i c i ón e i ng resad o eneste m u n d o m ás ig ua l i t a r io , l as escépt i cas cor t ap i sas a nuestra im puls iva a r r o g a n c i a m o r a l , promoví -

Page 23: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 23/63

4 6 ¿ I N J E R E N C I A E N L O S D E R E C H O S D E Q U I É N ?

das por Las Casas, p r oba bl e me n t e n os se r á n dem a v o r u t i l i dad que las certezas morales interesadasde los Sepúlvedas de este m u n d o . C o n s t r u i r a nivelm u n d i a l cortapisas legales a los cr ímenes contra lah u m a n i d a d es poco vir t uos o si no son ig ual me nte

apl icables a los poderosos y a los que conquistan.E l Conse jo de india s que se reun ió en Val lad o-

l i d n o r e p or t ó este veredicto. Sepúlveda ganó. Aúnno se ha reportado e l veredicto y en esta m e d i d aSe p úl v e da s i gue ga n a n do e n e l c or t o p l a z o. LosLas Casas de este m u n d o h a n s i d o acusados de i n ge n uos , d e fa c i l i t a dor e s de l ma l , de i n e f i c i e n t e s .Pero no de jan de tener a lgo que enseñarnos: unp oc o de h u m i l d a d p a r a n u e s t r a s u p e r i o r i d a d

m o r a l , u n p oc o de a p oyo c on c r e t o a l os op r i mi do sy l os p e r se gui dos , un p oc o de búsque da c on t i n uade un universal ismo globa l que sea e n ver da d colect ivo v p o r e n de v e r da d e r a me n t e g l o ba l .

2 . ¿ SE PUE D E SER N O OR I ENT ALI STA ?P A R T I C U L A R I S M O E S E N C L A L I S T A

Ya para el siglo xv n i las cuest iones que debat ieronSepúlveda y Las Casas habían dejado de ser m o t i v ode r a b i osa s c on t r ov e r s i a s . E l mun do e ur op e o seavino a la aceptación general de la l e g i t i m i d a d desu d o m i n i o colonial en América y otras partes delm u n d o . E n la me di da en que e l debate púb l icoacerca de las regi ones colo niales con t i nu ó en

cierto grado, se había centrado en los derechos dea ut on omí a de l os c ol on os e ur op e os e n estas r e g i ones, más que en la forma en que los europeos debían re lac ionarse con los pueblos indígenas. Noobs tant e, co n sus exp ans ion es, sus viajes y sus t r a nsacciones c ome r c i a l e s l os e ur op e os e s t a b l e c í a ncada vez más contacto con las poblaciones —espe

cia lme nte en As ia —, ubicad as en !o qu e en el sigloXI X se llamó zonas de "civilizaciones avanzadas",

concepto que incluía , entre otras, a China, laI nd ia , Persia y e l I m p e r i o o t o m a n o .

Todas éstas eran zonas en las que en algún momento se const i tuyeron grandes estructuras burocráticas, del tipo que solemos l lamar impe rios . Cadau n o de estos i m p e r i o s - m u n d o p o s e í a u n a lingua

 franca con escritura y li teranira. Cada uno estaba dom i n a d o por una re l igión pr inc ipa l que parecía prevalecer en la zo na Y cada un o gozaba de cons iderables riquezas. D eb id o a qu e en el sigl o XVIII lamayoría de las potencias europeas todavía no esta

b an e n c on di c i on e s de i mp on e r se mi l i t a r m e n t e e n

[47]

8 S E P U E D E S ER N O O R I E N T A L I S T A ? ¿SE PUE D E SE R NO O R I E N T A L I S T A ? 49

Page 24: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 24/63

48 ¿ S E P U E D E S ER N O O R I E N T A L I S T A ?

esas zonas, no sabían b ien a b ien qué pensar deellas. Su posición in ic ial solía ser de cur ios ida d y respeto de ntr o de ciertos l ímites , com o si tuvieran algoque aprender- de ellas. Por eso entraron en la conciencia de los europeos co mo iguales relat ivos, po

sibles socios y enemigo s en pote ncia (enem igos enel plano metaf ís ico y en el m i l i t a r ) . E n este c o n t ext o , en 1721 , e l b arón d e M on t esq ui eu pro d uj osu l i b r o Cartas persas.

Cartas penas es u n co nj un to ficticio de cartas sup u e s t a m e n t e escritas no po r v i a jeros europeos q uef u e r o n a Peisia sino por viajeros persas q u e f u e r o na Eu ro pa , en especial a París . En la carta 30, Ricaescribe a casa que los parisienses están fascinados

c o n el t raje ex ót ic o que p or ta. A l sent i rse mol estop o r este m o t i v o , d i ce q ue ad opt ó l a ves t i ment a europea para pod er mezc l arse con l a muched umb re ." L i b r e d e a d o r n o s e x t r a ñ o s , f u i a p r e c i a d o c o nmay or jus t eza . " Pero cuent a q ue a veces hab ía a l g u n o que lo reconocía y contaba a los demás queera persa . l a reacc i ón i nm ed i at a era : " ¡ O h, oh ! ¿E lseñor es persa? ¡ Q u é cosa m á s e x t r a o r d i n a r i a !- *Cómo pued e a l g ui en ser persa?" ( M o n t e s q u i e u

[1721] , 1993 : 83) .Pregunta famosa que ha plagado la psique del

m u n d o europeo desde entonces. Lo más extraord i n a r i o d e l l i b r o d e M ont esq ui e u es q ue no d a un ar e s p u es t a . P o r q u e , s u p u e s t a m e n t e e s c r i b i e n d osobre las costumbres persas, a M o nt es q ui eu le i n t e resaba sob re t od o d i scut i r l as cos t um b res euro peas. E x p r e s ó l o q u e pensaba p o r m e d i o d e c o m e n t a d o r e s persas ficticios, como un a r t i f i c i o

p r o t e c t o r q u e l e p e r m i t i e r a f o r m u l a r u n a c r í t ic asocial de su p r o p i o m u n d o . C i e r t a m e n t e f u e l o bas

t ant e precavi d o como para pub l i car su l i b r o en el

¿SE PUE D E SE R NO O R I E N T A L I S T A ? 49

anon i mat o , y ad em ás en H ol a nd a , q ue a l a sazónera un cent ro d e re l a t i va l i b e r t ad c ul t ur a l .

A pesar de la ignorancia social de los europeosen cuanto a las l lamadas civi l izaciones orientalesavanzadas, la exp ans ión de la ec ono mí a-m un do capital is ta f u e i n e x o r a b l e . E l s i s t e m a - m u n d o d o m i

nad o por E uropa se ext end i ó d esd e su base e u r o -a m e r i c a n a a b a r c a n d o cada vez más partes delm u n d o , con el fin de incorporarlas a su división dela f u e r z a d e t r a b a j o . L a d o m i n a c i ó n , c o m p a r a d acon el mero contacto, no resiste el sent ido de-igu a ldad c ul t ur a l . L os d om i nad ore s neces i tan sent i r que mo ra l e históricam ente se j u s t i f i c a q u e sean

el g r u p o d o m i n a n t e y l os p r i ncipales receptores de

lo s excedentes e c o n ó m i c o s p r o d u c i d o s d e n t r o d e lsistema. La curiosidad y un vago sent ido de la pos ib i l id a d d e aprend er a l g o d e l cont ac t o con ¡ as l lamadas civil izacion es avanzadas cedi ó a la n eces idadd e expl i car por q ué estas reg i ones hab r ían d e estar

p o l í t ic a y e c o n ó m i c a m e n t e s u b o r d i n a d a s a E u r o p a , pese a que se las consideraba civi l izaciones' 'avanzadas".

E l meol l o d e l a expl i cac i ón q ue se armó fue no

t ab l ement e senc i l l o , f ín i cament e l a " c i v i l i zac i ón"europea, que tenía sus raíces en el mundo grecorroma no d e l a Ant i g üed a d (y para a l g un os en e lm u n d o d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o t a m b i é n ) , p u d op r o d u c i r l a " m o d e r n i d a d " — t é r m i n o c o m o d í npara un pegote de costumbres, normas y práct icasq ue f l ore c i er on en l a econom ía-m und o capi ( a li st a .Y com o se d ec ía q ue por d ef i n i c i ón l a mo d e rn i d adera l a encarnac i ón d e l os verd ad eros va l ores u n i

versa les, d e l i mi versa l i sm o, l a mo d e rn i d ad no eramerament e un b i en moral s i no una neces i d ad h i s tórica. Debe de haber algo, s iempre debe de haber

Page 25: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 25/63

^ 2 ¿ S E P U E D E S E R N O O R I E N T A L I S T A ? ¿ SE P U E D E S E R N O O R I E N T A L I S T A ' 53

Page 26: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 26/63

2 ¿ S E P U E D E S E R N O O R I E N T A L I S T A ?

que (lata tie l a Antigüedad griega. Vernos, pues, tiara-mente que entre los siglos XVIII y XX el hegemonismo delas miñonas poseedoras denunciado por Marx y Engclsy el antropocentris mo desmantelado por Freud van de lamano del eurocen irismo en las ciencias huma nas y las sociales, sobre todo en las que están en relación directa conlos pueblos no europeos ([1972] 1981: 77-78).

C o n e x c e p c i ón de un r e duc i do gr up o de espe

c i al i st a s , s i n e mb a r g o, A bde l -M a l e k n o fue m uyl e í do e n e l mun do p a n e ur op e o. E l l ib r o p u b l i c a d oqui n c e a ñ o s má s t a r de p o r Edwa r d W . Sa i d , Orien

talism ( [1978] 2003) , fue e l que est ímulo un amp l i o debate acerca de l or i e n t a l i s mo c om o mo do de

saber e interpretac ión de la real idad de las legion es n o o c c id e n ta l e s d e l m u n d o m o d e r n o .

Este l i b r o e r a un e s t udi o de l c a mp o a c a dé mi c ode l or i e n t a l i sm o, e sp e c i a l me n t e l a p or c i ón e n quet rata sobre e l m u n d o á r a be i s l á mi co . Pe ro , má s i m p o r t a n t e , era también un estudio de lo que Saidl l a mó e l " s i gn i f i c a do má s ge n e r a l " de i or i e n t a l i s m o , "un e s t i l o de p e n sa mi e n t o basado e n u n adi s t i n c i ón on c ol ógi c a y e p i s t e m ol óg i c a e n t r e ' e l

O r i e n t e ' y (casi s i e mp r e ) ' e l Oc c i de n t e ' " ( [1978]

2003: 2) . Aunque para é l e l or iental ismo era algomá s que un e s t i l o de p e n sa mi e n t o . Ta mbi é n e r a— a f i r m ó— "un a in st it uci ón c or p or a t i v a p a r a t r a t arc o n e l O r i e n t e , [ . . . u n a ] d i s c i p l i n a e n o r m e m e n t esistemática con la que la cul tu ra euro pea p u do mane jar —e incluso p r o d u c i r — e l Or i e n t e , p ol í t i c a ,soc i o l óg i c a , mil i tar , ideológica , c ient í f ica e im a g i n a t i v a me n t e du r a n t e e l p e r i o do p ost e r i or a l a I lust r a c i ó n " (ibid.: 3 ) .

  ¥ l ue go a gr e gó: "D e c i r se n c i l l a me n t e que e lo r i e n t a l i s m o e r a u n a j us t i f i c a c i ón de l d o m i n i o co -

¿ SE P U E D E S E R N O O R I E N T A L I S T A , 53

l o n i a l e s i gn or a r hasta qué p un t o e l or i e n t a l i smo  j ust i f i c a ba p or a n t i c i p a do e l c o l on i a l i smo, y n o l o

c o n t r a r i o " (ibid.: 3 9 ) . Pues "e l or i e n t a l i smo e s f u n d a m e n t a l m e n t e u n a d o c t r i n a p o l í t i c a d e c r e t a d ap a r a e l Or i e n t e p or que e l Or i e n t e e r a má s dé b i lque e l Oc c i de n t e " (ibid.: 2 0 4 ) .

L o que e s má s , p a r a é l e l or i e n t a l i smo c omof o r m a de pensar e s i n de p e n di e n t e y n o e s t áa b i e r t o a l c ue st i on a t n i e n t o i n t e l e c t ua l :

li l orientalista inspecciona al Oriente desde arriha, conla finalidad de visltimbrar el panorama completo que secxüende delante de sus ojos: cultura, religión, mentalidad, historia, sociedad. Para esto nene qtie ver hasta el

más mínimo detalle a través del artificio de un conjuntode categorías reductoras (los semitas, la mente musulmana, el Oriente, y así sucesivamente). Como estas cate

gorías son sobre totlo esquemáticas y eficientes, y comose asume en mayor o menor medida que ningún oriental puede conocerse del modo en que un orientalistapuede conocerlo, cualquier visión del Oriente acaba

apoyándose, para su coherencia, en la persona, la insti

tución o el discurso cuya propiedad es. Cual quie r visión

global es fundamentalmente conservadora, y ya hemosobservado que en la historia de las ideas acerca del Cercano Oriente en el Occidente estas ideas han prevalecido independientemente de cualquier evidencia quelas impugne. (En realidad, podemos decir que estas

ideas producen evidencia que demuestra su validez)(ibid.:2$9).

E n el epí logo, escr i to quince años después de la

p u b l i c a c i ó n or ig ina l , Said asegura que e l enojo yla resistencia con que se topó este l i b r o y otros quep r o p o n e n tesis semejantes f u e p r e c i s a m e n t e

54 ¿S E P U E D E SE R NO O R I E N T A L I S T A ? ¿S E PU EDE SE R NO O R I E N T A L I S T A ? 55

Page 27: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 27/63

54 ¿

q u e " p a r e c e n m i n a r l a creencia i n g e n u a e n u n ac i er t a posi t iv id a d y una h is to r ic idad i n m u t a b l e d eu n a c ul t ur a , una persona , una i d e n t i d a d n a c i o n a l "(tbid.:352).

E n cu ant o a S a i d, t er mi na su l i b r o i n s i s t i e n d oen que " la respuesta al oriental ismo no es el occi¬d e n t a l i s m o " (ibid.: 328) . Y e n su re f l ex i ón sobre sup r o p i o l i b r o y en la recepción que tuvo, insistió enu n a dist inción entre el poscolonial i smo, con el quese asociaba, y e l posmod erni smo, q ue cr i t i có porsu énfasis en la desaparición de las grandes narrativas. No así los artistas y académicos pos coloniales,para quienes, arguye Said:

Las grandes narrativas persisten, aun cuando su aplicación y realización estén actualmente suspendidas, hayansido diferidas o se eviten. De esta diferencia decisivaentre los urgentes imperaüvos históricos y políticos delposcolonialismo y la relativa separación del posmodernismo emanan enfoques y resultados completamen te di

ferentes, aun cuando algunos se traslapan mutuamente(en la técnica del "realismo mágico"', por ejemplo) (ibid.:

349).

M o n t e s q u i e u h a b í a he c ho l a p r e g u n t a : ¿ c ó m opue d e a l g ui en ser persa?, p e r o r e a l m e n t e n o t e n í ai n t erés en cont es t ar l a . O más b i en , l o q ue rea l ment e l e i n t eresab a era e l ab orar sobre f o r m a s o p cionales de ser europeo. Esta preocupac i ón es perfec t ament e l eg í t i ma, Pero i n d i c a b a u n a c i e r t ai n d i f e r e n c i a respecto al tem a real : có mo alcanzarel e q u i l i b r i o adec uado ent re lo unive rsal y lo par

ticular. M ont esq ui eu , c l aro , e ra europeo , escr i b i ód e n t r o d e u n cont ext o y u n mar co d e pensam i ent oeuropeos, y no tenía muchas dudas acerca de la rea-

¿S E PU EDE SE R NO O R I E N T A L I S T A ? 55

l i dad de los valores universales , aunque sí acerca

d e l a fo rm a en q ue E uro pa present ab a e l con ju nt ode los valores universales.

E n camb i o , S a i d era un h íb r i d o por excelencia,

en los márgenes de varias ident idades. Era un aca

d émi c o huma ni s t a muy prep ara d o , especi a li s ta enl i t e r a t u r a i ng l esa y prod uct o (y profesor d ent ro )del sistema u n iv e rs i ta r io o c c i d e n t a l . Pero t amb i én ,p o r n a c i m i e n t o y p o r l e a l t a d { t a n t o e m o c i o n a lcomo pol í t i ca) , pa l es t i no , a l q ue o fend ían p r o f u n

damente las impl icaciones intelectuales y pol ít icasdel or i e nt a l i smo en l o q ue l l amab a " un es t i l o d epensa mi ent o " . S os tuvo q ue no hab ía for m a d e q uealguien pud i era ser persa d eb i d o a q ue e l co ncept o

esti l izado, el pa rt i cu lar esencial i sta, er a un a inve nc i ón d e ! arrog ant e ob servad or occ i d ent a l . S i n embargo, se rehusó a susti tuir e l o r i e n t a l i s m o p o r e loccidental ismo, y se s int ió consternado por el empleo que hicieron de sus anál is is algunas personas

que lo ut i l i z a b a n c o m o r e f e r e n c i a .E l p r o p i o S ai d h i zo un uso expl íc i t o d e l con

cep to de discur so de Fouc aul t , y su co ne xió n íntima con las estructuras de poder y su ref le jo de

ellas. Nos d i j o que el discurso esencialista de losor i ent a l i s t as estaba muy ale jado de la real idad delas regiones acerca de fas que escrib ían, especial ment e d e l a forma en q ue esta rea l ida d era vista yvivida por los subal ternos estudiados y catalogadosp o r los poderosos del m u n d o . Estaba d i c i é n d o n o s ,efect ivamente, que las palabras i m p o r t a n , que losconceptos y las conceptual izacioncs i m p o r t a n , q u enuestros marcos de saber son u n fac tor causal en laconstrucción de las inst i tuciones sociales y polít icasd es i g uales — u n fac t o r causal pero para nad a e lúnico factor causal . Nos conminó a no rechazar las

56 ¿ S E P U E D E SE R N O O R I E N T A L I S T A ? ¿ S E P U E D E S KR N O O R I E N T A L I S T A ? 57

Page 28: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 28/63

56 ¿ S E P U E D E SE R N O O R I E N T A L I S T A ?

grandes narrat ivas sino exactamente l o c o n t r a r i o ,a volv er a e l las, po rq ue hoy "están suspen didas,h a n sido difer idas o se evi tan".

M e parece que cuando volvemos a las grandesnarrat i vas estamos ante dos diferentes cuest iones.

U n a es evaluar el m u n d o , el sistema-mundo, dir íayo , en que vivimos, y las pretensiones de los queestán en e l po de r de ser los pro pie tar ios y los a p l i -cadores de los valores universales. La otra es sope

sar si los dichos valores universales existen, y si esa s í , c uá n do y e n qué c on di c i on e s p ode mos l l e ga ra conocerlos. Me gustar ía abordar estas dos cues

t iones sucesivamente .

Existe la sensación de que todos los sistemas his

t ó r i c o s c o n o c i d o s h a n p r o c l a m a d o estar basadosen los valores universales. El sistema más in t ro v e r t i d o , sol i p s í s t i c o , n or ma l me n t e p r e t e n de estar hac iendo las cosas de la única forma posible , o de laú n i c a f o r m a aceptable para los dioses. " ¡Oh, oh!¿El señor es persa? ;Q_ué cosa m á s e x t r a o r d i n a r i a !¿ Cómo p ue de a l gu i e n se r persa?" Esto es, las personas en un sistema histórico dado se embarcan enp r á c t i c a s y of r e c e n e x p l i c a c i o n e s que j us t i f i c a nestas práct icas porque creen (se les enseña a hac e r l o) que esas práct ica s y expl icac ione s son lan o r m a d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o . Estas práct i cas y creencias t ienden a ser consideradas evident es , y n o r m a l m e n t e n o son t e ma de r eflexión m ded u d a . O cuando menos se considera una here j ía ou n a blasfemia du da r de e l las, o siquiera ref lex iona ren ellas. Las pocas personas que se atreven a cues

t i o n a r las práct icas y just i f icac iónes del sistema social histórico en que viven no solamente son valientessino también temerarias, dado que seguramente e lg r u p o se volverá contra e l las y con la mayor fre-

¿ S E P U E D E S KR N O O R I E N T A L I S T A ? 57

cuencia las castigará por descarriadas inadmisibles.Q u i z á p o d e m o s entonces c ome n z a r c on e l argu mento paradój ico de que no hay nada más etno-cent i is ta , más part icula r ista que la pret ensi ón deuni versa l i smo.

Si n e mba r go, l o e x t r a ñ o de l mode r n o s i s t e ma -m u n d o — l o c a r a c t e r í s t i c a me n t e v e r da de r o de é l —es que esa duda es teóricamente legítima. Digo teór icamente porque, en lapráct ica , los poderosos delm o d e r n o sistema-mundo tienden a sacar las uñasde la supresión ortodoxa siempre que la duda l legaa l p u n t o de socavar eficazmente algunas de las premisas críticas del sistema.

V i m o s esta sima ción en e l debate Sepúlveda-Las

Casas. La s Casas s e m b r ó d u d a s acerca de la presunta aplicación de los valores universales tal comola pregonaba Sepúlveda y ta l como la pract icabanl os c on qui s t a dor e s y l os e n c o me n de r o s e n Amé r i ca . Si n d u d a , Las Casas tuvo c u i da do de n o desa

fiar la l e g i t i m i d a d de los actos de la corona espa

ñ ol a . En r e a l i da d , a p e l ó a la c or on a p a r a qu eapoyara su lectura de los valores universales —lec

tu ra que habría dado amplia cabida a las práct icaspart i cul ar i s t as de los pueblos indígenas de América. Em p e r o, se gui r p o r l a l í n e a de l a r gu me n t oi n i c i a d o por Las Casas t a r de o t e mp r a n o necesa

riamente ha br ía pu es to en tel a de j u i c i o toda la est r u c t u r a de poder del emperador. De ahí las vaci laciones d el em per ado r. De ahí la inde cisió n de los

  jueces de la j u n t a en Valladolíd. De ahí que las ob  j ec iones de Las Casas fueran sepultadas de ¡acto.

Yc ua n do l os amos e ur op e os de l s i s t e ma -mun dom o d e r n o se toparon con "los persas" p r i m e r o reac

c i o n a r o n c o n a s o m b r o — " ¿ C ó m o p u e d e a l g u i e nser persa?'—- y luego just i f icándose , a l verse c o m o

5 g ¿S E P U E D E SER NO ORIENTA LISTA ? ¿S E P U E D E SER NO ORIENTA LISTA ? 5 g

Page 29: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 29/63

5 g ¿S E P U E D E SER NO ORIENTA LISTA ?

l os ún i c os poseedores de los valores universales.Ésta es la h istor ia del or ie ntal ism o que es " un est i lode p e n sa m i e n t o " , qu e Abde l - M a l e k y má s t a r d eSaid se esforzaron por examinar y denunciar .

Pero, ¿qué había cambiado en e l sistema-

m u n d o de fines del siglo XX p a r a que Sa i d p udi e r ahacer esto y p a r a que e n c on t r a r a un a a mp l i a a udiencia para sus análisis y sus denuncias? A b d e l -M a l e k nos di o ta respuesta. A l convoca r a un a "rev i si ón c r i t i c a " de l or i e n t a l i smo d i j o :

Cualquier ciencia rigurosa que aspire al ente ndim ientodebe someterse a dicha revisión, Sin embargo, el resurgimiento de las naciones y de los pueblos de Asia, África

y Latinoamérica durante las dos últimas generaciones esel que ha producido esta tardía y todavía reticen te crisisde conciencia. Un a demanda escrupulosa se ha convertido en una inevitable necesidad práctica, el resultadode la influencia (decisiva) del factor político —esto es,las victorias de los diversos movimientos de liberaciónnacional en escala mundial.

Por el mom ent o, es el oriental ismo el que ha experimentado el mayor impacto: desde 1945 no es sólo el

"campo" el que se le ha ido de las manos sino también

los "hombres", aquellos que ayer todavía eran el "objeto"de estudio y que hoy son su "sujeto" soberano ([1972]

1981:73).

La revisión cr í t ica que Ab de l-M ale k y otros pe dían en 1963 t uvo sus p r i me r os efectos en e l d o m i n i o a c a dé mi c o c e r r a do de los p r o p i o s ori e n t a li s t a s

profesionales. En 1973, apenas diez años después,e l Con gr e so In t e r n a c i on a l de Or i e n t a l i s t a s se v i oc o m p e t i d o a c a mbi a r su n ombr e p or e l de Con greso In t e r n a c i on a l de Cie n c i a s Hu ma n a s de Asi a

y A fr i c a d e l N o r t e , tras acalorado, debate , sin dud a.Y otros diez años después e l grupo trató de reenc on t r a r e l e q u i l i b r i o u n p o c o v o l v i e n d o a c a mbi a rde n ombr e , a Con gr e so In t e r n a c i on a l p a r a l os Est u d i o s Asi á t i c os y Nor a fr i c a n os . Pero e l t é r mi n o

or i ent a l i s t a no fue resuci tado.L o que Said hizo fue sal irse de este d o m i n i ocerrado. Se movió en e l d o m i n i o m á s a m p l i o d e ldebate int e lec tual genera l . Said navegó con la olade soievantarnientos intelectuales generalizados quese ref le jaron y se pro mo vi er on en la revolución de1968. D e manera que no se dir igía pri nci pa lme ntea los orientalistas. Se dirigía más bien a dos audiencias m á s extensas. En primer lugar, se dirigía a todos

l os que p a r t i c i p a r on c e n n a l o a un p e r i fé r i c a me n t een los múlt iples movim iento s sociales que sur g i e r onde 1968, y qu e ya en los año s setenta dirigían suatención más de cerca a cuestiones relativas a las est ruct uras d e l saber. Said estaba p o n i e n d o de realce

para e l los los enor mes pel igros inte lectuales, m orales y políticos de las categorías binarias reificadas,p r o f u n d a m e n t e insertas en la geocultura del mod e r n o sistema-mundo. Les estaba di c i e n do que de

b e mo s gri t ar a los cuatr o vientos qu e no existe e lpersa e se nc i a l, i n m ut a b l e , que carece de e n t e n di m i e n t o acerca de los únicos valores y prácticas pretendidamente universales.

Pero Said se dirigía también a una segunda aud i enc i a : a todas las personas honestas y buenas e nl as i n st i t uc i o n e s de l saber y a las inst i tuciones sociales i n c l uye n t e s que t odos h a b i t a mos. Estaba d i -c i é n dol e s : c u i da do c on l os falsos dioses, o los presun t os un i v e r sa l i smos que n o sol a me n t e oc u l t a nlas estructuras de poder y sus desigualdades sinoque so n los pro mo tor es princip ales, o los conserva-

6 o ; S E P U E D E S E K N O O R I E N T A L I S T A ? ¿ S E P U E D E S ER N O O R I E N T A L I S T A ? 6 l

Page 30: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 30/63

6 o ;

dores, de las inmorales polarizaciones existentes.

E n rea l i d ad S aid estaba apel and o a o t ra i n t erpre t a ción de los supuestos valores universales de estas

personas honestas y buenas. E n este sent i d o , estaba

re p i t ie n do la larga búsqueda de Las Casas. Y muri ó

en medio de la misma sensación de frustración ei n c o m p l e t u d q u e l a s Casas e n s u e m p e ñ o . Para

aprec i ar l a nat ura l eza d e esta b ú s q u e d a — p a r a u nv e r d a d e r o equil ibr i o ( i n t e l ec t ual , m o r a l y pol ít ico)ent re l o uni versa l y l o pa rt i c ul ar — convi ene exa

m i n a r con quién se debat ía Said. En p r i m e r l ug ar ,y con más estrépi to y pasión, con los poderosos delm u n d o V sus acól i tos intelectuales , que no solamen te just i f icab an las desigualdades básicas del sis

t e m a - m u n d o que a Said le parecían tan patenteme nte in justas s ino que también d isfr uta ba n de losfrutos de estas desigualdades.

Por eso estaba l i s t o no s i mp l eme nt e para embarcarse en una batal la intelectual s ino también enuna d i sput a po l í t i ca d i r ec t a S a i d fue mi em b r o d e lConsejo Naci onal Pal es t i no y part i c i pó ac t i vamente en sus del iberaciones. Era una de las voces

cantantes cuand o és t e convocó a l a O rg ani zac i ón

d e L i b erac i ón Pal es t i na ( O L P ) a revisar sus viejosrec l amos a l ant er i or mand at o b r i t án i co en su con

  j u n t o y a reconocer el derecho de Israel a exist i rd e n t r o de los l ímites establecidos en 1967 junt o au n estado p a l e s t i n o i n d e p e n d i e n t e . C o m o sabe

mos, és t a fue l a pos t ura q ue l a OLP a c a b ó a d o p t a n d o d e nt ro d e l os Acu erd o s d e O s l o en 1993 .Pero cuand o , d os años más t ard e , Yaser A r a f a tf i rmó el Oslo 2 con los i srael íes , alegando que estaba p o n i e n d o e n m a r c h a esta postura revisada del a ÓLP, Said sintió que Oslo estaba lejos de l legar au n a r r e g l o e q u i t a t i v o . S a id l o d e n u n c i ó c o m o e l

¿ S E P U E D E S ER N O O R I E N T A L I S T A ? 6 l

"Versalles pal es t i no" . No t emi ó d efend er pos t urasque lo pon ían en entr ed ic ho frente a gr an parted el m u n d o á r a b e . P o r e j e m p l o , d e n u n c i ó e l revis i on i smo d e l ho l ocaus t o , e l rég i men d e l p a r t i d oB aat h en un moment o en q ue Washi ng t on t od avía

lo apoy ab a y l a cor rup ci ón en var i os reg ím ene sárab es . Pero, pese a t o d o , fue un d efensor i nq ueb rant ab l e d e un estado pal es t i no .

Said t uvo u n a tercera batal la, menos v o c i n g l e r aper o i g ual men t e sent i d a : su d i sp ut a co n l os pos -mod erni s t as , q ue , seg ún é l , hab ían ab and onad o l ab úsq u ed a d e l análi s i s i n t e l ec t ual y po r en d e lat r a n s f o r m a c i ó n p o l í t i c a Pata Said las tres cuestiones formaban parte de la misma búsqueda: sus ata

ques a los oriental istas académicos, la insistenciae n u n a p o s t u r a p o l ít i c a m o r a l m e n i e c o n g r u e n t e yfirme respecto a Palestina, y su decisión de noabandonar las grandes narrat ivas en pro de lo quecons i d erab a juegos i n t e l ec t ual es carentes d e in t e rés e insigni f icantes .

Por cons i g ui ent e , debemos p o n e r e l l i b r o d eS ai d d ent ro d e l cont ext o d e su época : p r i m e r o , lao l eád a d e mov i mi e nt os d e l i b erac i ón nac i on al enel mundo entero en los años posteriores a 1945 y ,seg und o, l a revo l uc i ón m u n d i a l de 1968, expresión de las demandas de los pueblos olvidados de!m u n d o para tener u n luga r legít im o tanto en lases t ruct uras d e pod er d e l s i s t ema-mund o como enl os exámenes i n t e l ec t ual es d e l as es t ruct uras d e lc o n o c i m i e n t o .

Podemos resumir de la s iguiente manera el re

sul t ad o de cincuenta años de debate: las t ransformaciones d e l e q u i l i b r i o de poder en el s i stema-m u n d o pusieron f in a las sencillas certezas acerca

d e l uni versa l i smo q ue preval ec i eron a l o l arg o d e

62 ¿S E PU EDE SER NO O R I E N T A L I S T A ? ¿S E P U E D E SER NO O R I E N T A L I S T A ? 6$

Page 31: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 31/63

¿

casi t o d a l a h i s t o r i a d e l m o d e r n o s i s t e m a - m u n d o ,q ue af i anz aron las opos i c i ones b i nar i as pr of un d a ment e arra i g ad as en t od os nues t ros marcos cog ni -üvosy q ue s i rv i e ron d e jus t i f i cac i ón po l í t i ca e i n t e l ec t ual d e l as formas d omi nant es d e pensami ent o .

L o q ue t od avía no hemos he c ho es alcanz ar u nconsenso respecto a un marco a l t erno , n i s i q ui eraun a c l ara i mag en d e é l , q ue n os per mi t i er a a t od osser no oriental istas . Éste es el desaf ío que tene mosf rent e a nosot ros para l os próxi mos c i ncuent aaños . Ah or a d eb emos ¡ l eg ar a l a seg und a pr eg u nt aq ue se p l ant ea cuand o deseamos c o n s t r u i r n u e s t ras grandes narrat ivas: ¿existen los valores universales real tnente, y s i es así , cuándo y en qué condi

ciones p o d e m o s l l e g a r a conocerlos? Es decir ,¿cómo podemos ser no oriental istas?

C o m e n c e m o s p o r e l p r i n c i p i o . ¿Cómo se pued epensar que se sabe cuando un valor es universal?L a respues t a no es t á co n t od a seg u ri d a d en supráct i ca un i versa l / g l ob al . E n e l s i g l o Xi x a l g u n o sa n t r o p ó l o g o s p r e t e n d í a n a f i r m a r q u e e x i s t í a np r á c t i c a s q u e t o d o e l m u n d o o b s e r v a b a p o r d o qu ie r . E l e je mp l o más com ún era e l t ab ú d e l i n cesto. S i n emb arg o , no resul t a d i f í c i l encont rarc o n s t a n t e m e n t e excepciones en algún t iem po y enalgún lugar de esta supues t a prác t i ca soc i a l g l ob al .Y nat u ra l men t e , s i en r ea l i d ad l as prác t i cas fuera naproxi mad ament e l as mi smas en t od as part es ,nu nca hab r ía hab i d o neces i d ad d e prose l i t i smosd e n i n g u n a especie — n i rel ig ios o, n i secular, n i pol í t i co—, d ad o q ue e l prosc l i t i smo asume que hay-personas que co nver t i r —es decir , personas q ue nopract ican el valor que los prosel i t i stas consideranuniversal .

N o r m a l m e n t e se dice que los valores universales

son verdaderos por una o dos razones: ya sea quenos hayan sido "revelados" por alguien o por algo— u n profeta, textos profét icos o inst i tuciones quea f i r m a n estar l e g i t i m a d a s p o r l a a u t o r i d a d d eal g ún profe t a o t ext o pro fé t i c o—, o b i en q ue , p orser "naturales" , hayan sido "descubiertos" gracias

a l a i n t rospecc i ón d e personas o grupos de persona s excepcionales. Asociamos las verdades reveladas con las rel ig iones, y las doctrinas del derechon a t u r a l co n filosofías mo ra les o polí t icas . L a d i f i

cultad c o n ambas clases d e alegaciones es evidente.E xi s t en conoc i d as alegaciones cont rapues t as acual q u i er d ef i n i c i ón p art i cul ar d e i os va l ores u n i versales. E xi s t en mucha s re l i g i ones y con j unt o s d e

autoridades rel ig iosas, y su universal ismo no siempre es compat ib le con el del o t r o . Yexi s t en muchasvers iones d e l d erec ho nat ura l q ue sue l en estar d i rec t ament e reñ i d as ent re s í .

L o que es más, sabemos q u e q u i e n e s d e f i e n d e nel conjunto de valores universales en los que creena me nu d o d ef i e nd e n con pas ión l a exc l us i v i d ad d ela v e r d a d q u e p r o c l a m a n y s o n m u y i n t o l e r a n t e scon las versiones alternas de los valores universales.

Inc l uso l a d oct r i na d e l a v i r m d d e l a t o l eranc i a i n telectual y pol ít ica de un a m u l t i p l i c i d a d d e concepciones es en s í s implemente un valor universal más,su jet a a i mpug na c i ón , y c i er t a men t e casi s i e m p r ei m p u g n a d a po r a l g unos g ru pos d ent ro d e l s i s t emahi s t ór i co d ent ro d e l q ue hoy vivimos.

C l a r o es t á , pod emos reso l ver esta i n c e r t i d u m -b r e i n t e l e c t u a l m e n t e i m p o n i e n d o u n a d o c Q i n a d erelat iv ismo radical y declarando que todos los siste

mas de valores s in excepción son creaciones subjetivas, y que po r cons iguien te todos t iene n la mism avalidez, p o r q u e n i n g u n o es e n r e a l i d a d u n u n i v e r -

64 ¿S E P U E D E SER NO ORIE NT AL IST A? ¿S E PU EDE SER NO ORIE NT AL IST A? 65

Page 32: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 32/63

sal válido. Sin embargo, el hecho es que n o hay absolutamente nadie que esté en real idad dispuestoa defender el relativismo radical permanentemente.Por un lado porque es una afirmación que se auto-contrad ice , ya que e l re lat iv ismo radical , s iguiendosus prop ios cr i ter ios, ser ía solamente u na posic ión

posible, no más vál ida que cualquier otro supuestouniversal ismo. Por Otro, po rq ue en la pract ica todosreho cedem os ante c iertos l ímites de lo que estamos

dispuestos a aceptar como conducta legítima, puesde otro modo vivir íamos en un mundo en verdadanárquico, que pondría en pel igro nuestra supervivencia i n m e d i a t a . O bien, si hay alguien que esté deveras dispuesto a defender esta p ost ur a p e r ma n e n temente, todos los demás probablemen te tacharíamosa dichas personas de psicóticas y las encarcelaríamosp o r segu rida d. Por eso descarto el relativis mo radi

cal como postt ira posible , pues n o creo que nadiecrea sinceramente en él.

Pero si uno n o acepta que los universales que sereve l an o a los que se llega gracias a la percepcióno intuición de personas sabias de hecho son nece

sariamente universales, y si tam po co cree un o que

e l r e l a t i v i smo r a di c a l se a un a p ost ur a p l a usi b l e ,¿qué se puede decir de la relación de los universales y los particulares, acerca de las formas en queu n o puede ser n o oriental ista? Porque hay muchosavatares de l or i enta l ism o que nos acosan. A q u e l l o sa los qu e exasperan los univer salism os eur ope os sesienten tentados de inve r t i r l a j e r a r q uí a , cosa quehacen de dos maneras.

L a pr im er a es arg um ent and o que los supuestos

l ogr os de Eur op a , esas cosas que r e i f i c a mos c omo" m o d e r n i d a d " , eran la aspirac ión común de muchas c ivi l izac iones, en oposic ión a las cosas q u e

eran especí f icas del apego de Europa a los valoresimiversa listas —d esd e el siglo x v i u , desde el sigloXVI , desde los siglos xm o X, p o c o i m p o r t a . A g r e gúe se que un a mo me n t á n e a c oyun t ur a p e r mi t i ó al os e ur op e os de t e n e r este p r oc e so e n c ua l qui e rot ra p a r t e de l mun do , y esto es io que explica las

di fe r e n c i a s p ol í t i c a s , e c on ómi c a s y c u l t ur a l e s de lpresente . Esta es una postura como de "podríamoshab erlo hecho tal co mo vosotros". Los "persas" h u b i e r a n p o d i d o c o n q u i s t a r E u r o p a , y entonces ser ían e l los los que estar ían preguntando: " ¡Oh, oh!¿El señor es europeo? ¡Qué cosa má s e x t r a or di n a r i a ! ¿ Cómo p ue de a l gu i e n se r e ur op e o? "

L a segunda es i n v e r t i r la jerarquía en e l otro

s e n t i d o , p r o m o v i e n d o este a r g u m e n t o u n p o c omás . Los "persas" ya estaban haciendo las cosas q u el l a ma mos mode r n a s o que c on d uc e n a l a mo de r n i d a d , m u c h o antes que los europeos. De chiripa, lose u r o p e o s a g a r r a r o n l a b o l a p o r u n m o m e n t o ,sobre todo en el siglo xix y parte del xx. Pero en lal arg a marcha de la histor ia fueron los "persas" y n olos europeos los que e j emp li f ica ron los valores u n i versales. Debe ríam os entonces reescr ibir la h istor iadel mundo para de jar c laro que Europa fue , casit o d o e l t i e m p o , u n a z o n a m a r g i n a l y p r o b a b l e mente esté dest inada a seguir siéndolo.

Estos argumentos son los que Said l lamaba "oc¬c i d e n t a l i s m o " y que yo h e l l a m a do "e ur oc e n t r i smoa n t i e ur oc é n t r i c o" (W a l l e r s t e i n , 1997). Esoc c i de n ¬t a l i smo p or que se basa en las mismas dist incionesbinarias atacadas p or Sa i d . Ye s e ur oc e n t r i smo a n -t i e ur oc é n t r i c o p or que acepta absolutamente la de

finición d e l marco inte lectual que los europeos imp u s i e r o n a l mun do mode r n o, e n v e z de r e a br i rc omp l e t a m e n t e l a s c ue sti on es e p i s t e mol ógi c a s .

66 ¿S E PU EDE SER NO O R I E N T A L I S T A ? ¿S E PUF.DE SER NO ORIEN TALISTA? 67

Page 33: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 33/63

Es de lo más útil comenzar estos análisis desde

u n a perspect iva real ista . Existe c iertamente un sis

t e m a - m u n d o m o d e r n o , e n v e r d a d d i s t i n t o detodos los anter iores. Es una economía-mundo capitalista, que cobró existencia en e l prolongado sigloXVI en Europa y América . Y una vez que fue capaz

de consolidarse siguió su p r o p i a l óg i c a i n t e r n a ysus necesidades cstrucmrales para expandirse geog r á f i c a m e n t e . Para hacerlo desarrol ló su capaci d a d i n i l i t a r y tecnológica , y por e l lo p u d o i n c o r p o rarse una parte del mundo tras otra , hasta i n c l u i rel planeta entero en algún p u n t o en e! siglo XTX.

Ade má s, este s i s t e ma -mun do op e r ó c on p r in c ip io scompletamente di ferentes de los sistemas-mundoa n t e r i or e s , a un que esto no viene al caso a quí

(véase Wallerste in , 1995).

Entre las especi f ic idades de la economía-mundocapital ista estuvo e l desarrol lo de una epistemolog í a o r i g i n a l , que luego ut i l izó como un e lementoclave para mantener su capacidad de operar. Es deesta epistemología de la que he estado h a b l a n d o ,que M on t e squi e u h i z o n ot a r e n sus Carien persasy

que Said atacó tan vigorosamente en Orientalism.

Fue e l sistema-mundo moderno e l que re i f teó lasdi s t i n c i on e s b i n a r i a s , sobre todo entre universal i s m o (que según é l enca rnab an los e leme ntos domi n a n t e s) y p a r t i c u l a r i smo (que a t r i bu í a a t odosl o s d o m i n a d o s ) .

Pero después de 1945 este s i s t e ma -mun do e stuvo sometido a un fuerte ataque desde e¡ in t e r ior .P r i m e r o fue p a r c i a l me n t e de sma n t e l a do p or l osm o v i m i e n t o s de l iberación n aci ona l y luego p or la

r e v ol uc i ón m u n d i a l de 1968. También se ha vistoafectado por e l menoscabo esfructural de su habil i dad p a r a c on t i n ua r c on l a i n t e r m i n a bl e a c umul a -

ción de capital que es su razón de ser (véase Wal l e rs te in , 1998). Y esto s i gn i f i c a que estamos e m plazados a no solamente remplazar este sistema-m u n d o p or un o c on si de r a b l e me n t e me j or , s i n o asopesar cómo podríamos reconstruir nuestras est ruct uras d e saber de for ma que p oda mos c on v e r t i rn o s en no oriental istas.

Se r n o or i e n t a l i s t a s i gn i f i c a aceptar la tensiónc o n t i n u a entre la necesidad de unlversal izar nuestras percepciones, análisis y enunciados de valoresy la necesidad de defender sus raíces particularistasde la incursión de las percepciones, los análisis ylos enunciados de valores part icular istas de personas que a f i r m a n estar p r op on i e n do un iv e rsa le s . Es

necesario que unlversal icemos nuestros part iculares y particularicemos nuestros universales simultán e a me n t e , e n un a especie de i n t e r c a mbi o di a l é c t i co c on st a n t e, que n os p e r m i t a e n c on n a r n uev a ssíntesis que p or supuesto serán impug nada s instantán eam ente . No es un ju eg o fác i l .

¿CÓMO SA BER LA VE RD AD ? 69

Page 34: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 34/63

3 . ¿ C Ó M O SABER L A V E R D A D ?

U N I V E R S A L I S M O C I E N T Í F I C O

E n e l m u n d o m o d e r n o h a h a b i d o d o s m o d o sopues t os d e u ni versa l i smo. E l or i ent a l i s mo es uno :e l m o d o d e p e r c i b i r p a r t i c u l a r e s esencialistas. Susra íces se hund en en una d et ermi nad a vers i ón d ehu ma ni s mo. S u carac t er í s t i ca uni versa l no es u nc o n j u n t o úni co d e val ores s i no l a per man enc i a d eu n c o n j u n t o d e p a r t i c u l a r i s m o s esenciales. E lm o d o al ternat ivo ha s ido el opuesto, el universal i s m o cient í f ico y la rat i f icac ión de reglas ob jet ivasq ue g ob i ernan a t od os l os f enómenos en t od o mom e n t o e n e l t i e m p o . C u a n d o m e n o s a pa r t i r de laseg und a m i t a d del s ig lo x v i l l , e l m o d o h u m a n i s t afue severament e a t acad o . M uc hos a l ca nzar on ap e r c i b i r u n a d e b i l id a d i n t e rna en l as re i v i nd i c ac i o n e s d e l u n i v e r s a l i s m o h u m a n i s t a . E l h u m a n i s m od o m i n a n t e d e l m u n d o m o d e r n o — v a l o re s c r is t ia nos occ i d ent a l es ( t ra nsm ut ad os en val ores d e l a

I l u s t r a c i ó n ) — e r a , desde el punto de vista cogni¬tivo, una d oct r i na d emost rab l e por s í mi sma, y p o l lo t ant o pod ía ser t achad a d e cons t i t u i r u n m er oc o n j u n t o subjet ivo de aseveraciones. L o sub je t i voparec ía no t ener perm ane nci a . Y com o t a l sus opo nentes decía n qu e no podía ser univ ersa l . A pa r t i rd e l s i g l o XIX e l o t ro es t i l o mod erno p r i n c i p a l d eu n i v e r s a l i s m o — e l u n i v e r s a l i s m o c i e n t í f i c o — a d q ui r i ó en consecuencia un a fuerza relat iva en tér

m i n o s de aceptación sociai . Después de 1945, elu n i v e r s a l i s m o ci ent í f i co se convi r t i ó i ncues t i ona-

168]

blemente en la forma más sól ida de universal ismoe u r o p e o , p r á c t i c a m e nt e i n i m p u g n a d a .

¿Cuál es la procedencia de este u n i v e r s a l i s m oci ent í f i co? E l d i scurso d e l uni versa l i smo europeos i empre ha g i rad o en t orno a l a certeza. En el sis

t e m a - m u n d o m o d e r n o , la base t eo l óg i ca or ig ina l

de la certeza se v i o g r a v e m e n t e i m p u g n a d a . Ypese

a que todavía había muchos para quienes los u n i versales estaban enraizados en las verdades reveladas de los dioses, para muchos otros, especial mente entre las él i tes sociales e intelectuales , losdioses habí an sido sust i tuidos po r otras fuentes decerteza. E l d i scurso d e l or i ent a l i smo versaba sobre

l a certeza d e part i cul ares esencialistas -—cómo esque uno es persa, cómo es que el otro es "mo

d e r n o " . Pero c u a n d o este d i scurso fue rechazad op o r pur am ent e sub je t ivo y po r end e suscepti b l e d ecuest ión am ien to (ya s in certeza) , pu do ser re mp lazado por las certezas de la cienc ia, ta l co m o estánencarnadas en las premisas newtonianas acerca del a l i n e a l i d a d , e l d e t e r m i n i s m o y l a r e v e r s i b i l i d a d

- en e l t i empo. Cul t ur a l y pol í t i cament e , esto fu e trad u c i d o por los pensadores de !a Ilustración en lascertezas d el prog re so , espec i a l ment e e l prog reso

en e l co no c i m i e nt o c i ent í f i c o y sus apl i cac i onest ecnol óg i cas .

Para ent end er l a i mp ort anc i a d e esta revoluciónepi s t emol óg i ca —pri mero l a c reac i ón y l a conso l i dación del concepto de las l lamadas dos cul turas,y l ueg o , en e l i n t e r i o r de éste, el t r i u n f o d e l u n i versa li smo c i ent í f i co — d eb emos s i t uar l a d en t ro d ela e s t r u c m r a d e n u e s tr o m o d e r n o s i s t e m a - m u n d o .

E s un a eco nom ía-m und o capi t a l i st a . H a estado enexistencia durante unos quinientos años y se ha exp a n d i d o de su sit io o r i g i n a l (part es d e E uropa y

Page 35: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 35/63

Page 36: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 36/63

74 ¿CÓMO S A B E R L A VE RD AD ?

i h b d l i l

¿CÓMO SA&EK L A VE RD AD ? 75

d h l d

Page 37: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 37/63

ñ e r a : mi e n t r a s h ubo un me r c a do a mp l i o p a r a e lp r o d u c t o , la empresa prefir ió quedarse en e l lugard o n d e estaba y evitar trastornos; accediendo de sernecesario a las demandas de mayor compensaciónde los tr a ba j a dor e s . Al mi sm o t i e mp o, esto f o mentó e l desarrol lo de las organizaciones de tra

ba j a dor e s . Pe r o , a l c o mp r i m i r s e e l me r c a do d e lp r o d u c t o , l a e mp r e sa t e n í a mot i v os p a r a r e duc i rur ge n t e me n t e l os costos de personal . Si la represión fal laba co mo táct ica , la empres a p odía cons i derar la reubicación del proceso de producción au n a zona de remuneración de personal más ba ja .

L a e mp r e sa p odí a e n c on t r a r esas z on a s don de q u i e r a que hu bier a u n gra n caudal de trabajadores

r ur a l e s d i sp ue st os a a c e p t a r un e mp l e o ma l p a gado, debido a que e l ingreso real resultante eramás elevado que el que esos trabajadores asalariados r e c i é n e mp l e a dos h a br í a n obt e n i do antes e nsu l oc a l i da d r u r a l . M i e n t r a s e l mun do fue bá s i c a m e n t e r u r a l desde e l punto de vista demográfico,siempre resultaba senci l lo encontrar dichas zonas.F.1 único problema con esta solución fue que, trasu n p e r i o d o d e , d i g a m o s , v e i n t i c i n c o a c i n c u e n t aa ñ o s ,

los trabajadores de esta nueva zona empezab a n a organizarse y a exigir un a remun era ció n maselevada, y la empresa se encontraba de nuevo en lasi tuación i n i c i a l . Lo que ocurrió en la práct ica fueque tarde o temprano la empresa volvía a desplazarla producción a una nueva zona. Se puede demost ra r q u e esta constante reubicación de los procesos

de prod ucció n ha fu nc io na do bastante bien desdeel punto de vista de los productores. Hoy, no obstante, las empresas se enfrentan a un nuevo y simpl e di lem a. Las constantes reubicaci ones h an p r o v oc a do un a de smr a l i z a c i ón d e l mun do , a ta l gr a do

que que da n muy pocas áreas hacia las cuales p o d e rt rans fer i r l a p r oduc c i ón e n estos t é r mi n os . Y esto

i n e v i t a b l e m e n t e se traduce en que el costo de lossa la r ios h a i do a um e n t a n do e n p r o me di o e n t o doe l m u n d o .

Si examinamos e( segundocosto

básico dep r o

ducción, e l costo de los insumos, veremos que seh a e s t a do de sa r r ol l a n do un p r oc e so p a r a l e l o . Laf o r m a a q u e m á s h a n r e c u r r i d o l os p r o d u c t o r e spara mantener ba jo e l costo de los insumos ha sidono pagar su costo com ple to. La idea pued e parecerabsurda, pero en la práctica ha sido fácil l levarla acabo me d i a n t e l o que l os e c on omi st a s d i sc r e t a mente l laman exter ior izar e l costo. Hay tres clases

d e costos que l os p r oduc t or e s h a n p odi do c a r ga rsobre los ho mb ro s de otro s. El pr i me ro es e l costo

de l a de st ox i f i c a c i ón de c ua l qui e r r e s i duo p e l i groso generado por e l proceso de producción. All i m i t a r s e a deshacerse de los residuos en vez ded c s t o x i f k a r l o s , l os p r oduc t or e s se h a n a h or r a dogastos considerables. El segundo costo q ue t radi -c i on a l me n t e n o h a s i do v i s to c om o un o que t e n gaque asu mir e l pr od uc to r es e l rem pla zo o la regen e r a c i ón de ma t e r ia s p r i ma s . Y e l t e r c e r costo q u eno ast ime e l pro duc to r , o cuanto más lo hace parc ialmente , ha sido e l de la infraestructura necesa

r ia para transportar los insumos al lugar de la p r o duc c i ón o e l p r od uc t o t e r m i n a d o a l l uga r dedi s t r i buc i ón .

Estos costos se han d i f e r i d o casi siempre, ycu an do finalmente se as um ie ro n fue el estad o elque l o h i z o , l o que p a r a efectos reales s i g n i f i c a

que fuer on asumidos en gran parte po r personas qu eno eran los product ores , y éstos rec ibi ero n e l benef i c io de los insumos. Pero con e l paso d e l t i e m p o

Page 38: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 38/63

78 ¿CÓMO SA BER I-A VERDA D?

de un m i t o . L a u n i v e r s i d a d e ur op e a me di e v a l , un a

¿CÓMO S A B E R LA VERDAD? 79

semejantes p r á c t i c a m e n t e e n t o d o e l m u n d o .

Page 39: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 39/63

de un m i t o . L a u n i v e r s i d a d e ur op e a me di e v a l , un ainstitución clerical de ia iglesia católica, desapare

c i ó sobre t o d o c o n e l n a c i m i e n t o d e l m o d e r n o sis

t e m a - m u n d o . Sobrevivió de nombre nada más delsiglo XVI al XVI I I , ya que estuvo práct icamente mor i b u n d a d u r a n t e este p e r i o d o . C i e r t a m e n t e n o f u e

el c e n t r o de p r oduc c i ón o r e p r oduc c i ón de l c on oc i m i e n t o en esa época.

Se puede ubicar la fecha de l r e sur g i mi e n t o y l at r a n sfo r ma c i ó n de l a un i v e r s i d a d e n l a m i t a d d e lsiglo X IX , a un que l os c omi e n z os de este proceso

d at an de fines del xvn¡. Los rasgos clave que dist ing u e n a l a un i v e r s i da d mo de r n a de l a que e x i s t i óe n Eur o p a e n la Eda d M e d i a son que l a mod e r n ae s un a i n st i t uc i ón bur oc r á t i c a , c on un p r ofe so

r a d o p a g a d o d e t i e m p o c o m p l e t o , a l g ú n tipo det o m a de de c i s i on e s c e n t r a l i z a da sobre a sun t ose duc a t i v os y un a ma y or í a de e s t udi a n t e s det i e m p o completo. En vez de que los programas dee s t u d i o se or ga n i c e n e n t omo a l os p r ofe sor e s ,a h or a se or ga n i z a n de n t r o de e s t r uc t ur a s de p a r tamentales que ofrecen caminos c laros para la obtención de grados, que a su vez fungen como créd i t os sociales.

Para fines del siglo xxx estas esnucturas eran nosólo en p r i n c i p i o el lugar por excelencia de la rep r o d u c c i ó n d e l c u e r p o d e c o n o c i m i e n t o secular

entero, sino también de la invest igación y por cons i gu i e n t e de la p r oduc c i ón de c on oc i mi e n t o .

Las nuevíís clases de esnucturas se d i f u n d i e r o nentonces desde E u r o p a o c c i d e n t a l y A m é r i c a d e lN o r t e , d o n d e s e d e s a r r o l l a r o n p r i m e r o , h a c i a

ot r a s p a r t e s de l mun do, o b i e n se i mp usi e r on e nestas áreas como resultado del d o m i n i o o c c i d e n t a ldel sistema-mundo. Ya en 1945 había inst i tuciones

j p

N o obstante , sólo después de 1945 alcanzó sup l e n o f l o r e c i m i e n t o este s i s te ma u n i v e r s i t a r i o dee x t e n s i ó n m u n d i a l . H u b o u n a e n o r m e e x p a n s i ó nde l a e c on o mí a -m un do e n e l p e r i o do que c or r e de1945 a 1970. Este h e c h o , a un a d o a l a c o n st a n t e

p r e s i ón desde abajo p a r a i n c r e me n t a r l a s a dmi s i ones a las ins titu cio nes universi taria s y al crec ient ese n t i mi e n t o n a c i on a l i s t a e n l a s zonas p e r i fé r i c a spara "nivelarse" con las zonas de avanzada del sis

t e m a - m u n d o , c on du j o a un a i n c r e í b l e e x p a n si óndel sistema u n iv e rs i ta r io m u n d i a l , e n t é r mi n os de lnúmero de inst i tuciones, de profesores y de estudiantes. Por pr im er a vez las universidades fu er o nalgo más que e l terreno reservado a una pequeña

é l i t e; se c o n v i r t i e r on e n i n st i t uc i on e s v e r da de r a me n t e p úbl i c a s .

E l a p oyo soc i a l p a r a e l s i s t e ma un i v e r s i t a r i om u n d i a l p r o v i n o de tres fuentes diferentes: las élites y los gob iern os, que necesi taban más pers onalmejor adiestrado y más invest igación ñindamental ;las empresas productoras, que necesi taban avances

t e c n ol ógi c os que p udi e r a n e x p l ot a r ; y t odos l osque veían en e l sistema univ ersi tar io u n mo do dem o v i l i d a d social ascendente. La e duc a c i ón e r a p op u lar , y espec ialme nte desp ués de 1945 la p r o v i sión de educación u n iv e rs i ta r ia pasó a ser considerada un servicio social esencial.

Ta n t o e l i mp ul so p a r a establecer un i v e r s i da de smode r n a s de sp ué s de me di a dos de l s i g l o x v n ic omo e l e mp uj e p a r a i n c r e me n t a r su n úme r o des

pués de 1945 pla ntea ron la pre gun ta acerca de qué

clase de educación se ofrecer ía dentro de estas ins-t x t uc i on e s . E l p r i me r i mp ul so —-recrear la unive rs i d a d — fue e l resultado del nuevo debate inte lec-

80 ¿CÓMO S A B E S LA VE RD AD ?

t u a l que surgió en la segunda m i t a d del siglo xvm.

¿CÓMO SA BER LA VE RD AD ? 8 1

según la univers idad, pero g enera l me nt e hab l an d o

Page 40: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 40/63

q g g gC o m o y a m e n c i o n é , e l h u m a n i s m o secular de losfilósofos hab ía ven i d o l u ch an d o , cua nd o menos

d u r a n t e dos siglos, más o menos con éx i t o , cont rala a n t e r i o r h e g e m o n í a d e l saber t e o l ó g i c o . Pero

luego fue a su vez blanco de fuertes ataques de g ru

pos d e acad émi cos q ue empezaron a darse e l n o m b re d e c i ent í f i cos . L os c i ent í f i cos ( e l t é rmi nomi smo es una i nvenc i ón d e l s i g l o Xix) e r a n l o sque concordaban con los fi lósofos humanistas en quee l m u n d o e r a i n t r í n s e c a m e n t e c o g n o s c ib l e . L o scient íf icos, empero, insist ían en que la v e rdad sólopodía ser conocida a t ravés de la invest igación empír i ca q ue cond ujera a leyes generales q u e e xp l i caran l os f enómenos reales. Según los cient íf icos,

lo que los filósofos humanistas seculares o f r e c í a neran merament e conoc i mi ent os especul at i vos q uen o d i f e r í a n e p i s t e m o l ó g i c a m e n t e d e l o q u e d u rant e mucho t i empo o f rec i eron l os t eó l og os . Este

saber no pod ía represent ar l a v e r d a d , seg ún d ec ían , y a q ue no hab ía manera d e re f u tar la .

Durante los siglos XIX y XX los científicos avanzar o n p r i n c i p a l m e n t e e n u n a re i v i n d i ca c i ó n d e

apoy o de la socie dad y de pre st i g io social . Se lasa r r e g l a r o n p a r a p r o d u c i r u n t i p o d e saber q u ep o d í a t r a d u c i r s e e n t e c n o l o g í a s p e r f e c c i o n a d a s—cosa mu y aprec i ad a en t re l os q u e ocupa b an e lpoder. Así, los científicos tenían l o d o el interés mat e r ia l y social en defender y alcanzar el supuestod ivor c io entr e la cienc ia y la f i losof ía, r u p t u r a q ued es em b o có en l a i ns t i t uc i onal i zac i ón d e l o q uemás tarde se l lamaría las dos culturas. La expresiónm ás concreta d e este d i v o r c i o fue la fractura de lahistórica facul tad de f i losof ía medieval en dos. Losn o m b r e s d e f a c u l t a d e s q u e r e s u l t a r o n v a r i a r o n

según la univers idad, pero g enera l me nt e hab l an d oy a para med i ad os d e l s i g l o xi x la mayoría de lasuniversidades tenían mía fac ultad dedicada a las cien cias naturales y otra a lo que sol ía l lamarse las humanidades, las artes, o Cáslesunsseivichaflen.

Q u i e r o ser claro en cuanto a la naturaleza deldebate epi s t emol óg i co q ue re forzó esta separac i ónen dos facultades. Los científicos sostenían que sol a m e n t e ut i l i z a nd o los métodos que el los preferían— l a i nves t ig ac i ón empír i c a basada en hipótesis ve-rifieables o que cond uj er a a hipóte sis ve rif ica ble s—podía l legarse a la " v e r d a d " , a una v e r d a d q u ef u e r a u n iv e rs a l . Los profesionales de las h u m a n i dades i m p u g n a r o n f u e r t e m e n t e esta aseverac i ón .El los insist ían en que el papel de la introspecciónanal ít ica, la sensib i l idad hermenéut ica o el Versteken

empáüco eran e l cami no q ue cond uce a l a v e r d a d .L os humani s t as a f i rmab an q ue su clase d e v e rdadera más p r o f u n d a y tan universal como la yacente

t ras las general izaciones de los cient íf icos, que engeneral consideraban apresuradas. Lo que es masi m p o r t a n t e , empero, es que los profesionales de lashumani d ad es i ns i s t i eron en l a cent ra l i d ad d e l os

valores , del b ien y la bel leza, en la búsqueda dec o n o c i m i e n t o , m i e n t r a s q u e l o s c i e n t í f i c o s aseve

raban que la ciencia está desprovista de valores , yque no se puede decir que los valores sean v e r d a d e r o s O falsos. Por consiguiente, según el los losv a l o r e s n o e n t r a n d e n t r o d e l o s intereses de lac i e n c i a .

E l debate se volvió más estridente con el paso délos años; ambos bandos propendían a denigrar cual

q u i e r pos i b l e cont r i b uc i ón d e l oU "o. Era un a cuest ión tanto de pres t ig io ( la jer arq uía que se a rro gael saber) como de la asignación de recursos sociales.

8 2 ¿ C Ó M O S A B E R L A V E R D A D ?

Tam bién era un a cuest ión de dec idir quié n tenía e l

¿ C Ó M O S A B E R YA V E R D A D ? 8 3

nos del objeto de invest igación y los métodos que

Page 41: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 41/63

derec ho a dom in ar la social ización de los jóv enes através de l co nt ro l del sistema educat ivo, en especialel sistema de la escuela secundaria. Lo que se puedede c i r sobre la h ist or ia de esta pugna es que poco apoco los c ient í f icos ganaron la batal la social ha

c i e n do que cada ve? más personas, part icularmentelas colocadas en el poder, los tuvieran en mayor est im a , en mu ch o mayor estima, que a los profesionales del saber humanista . Después de 1945, con lac e n t r a l i d a d de la nueva tecnología , compücada ycostosa, e n l a op e r a c i ó n de l mo de r n o s i st ema -m u n d o , los científicos se dispararon a la delanterade los humanistas.

U n a t r e g u a de jacto se estableció en el curso delos acontecimientos. A los c ient í f icos se les diop r i o r i d a d en la aserc ión legí t ima de las verdades— y , a los ojos de l a soc i e da d, c on t r ol e x c l us i v o.Los profesionales del saber humaníst ico en su mayor í a a c a ba r on c e di e n d o este c a mp o y a c e p t a n dopermanecer en e l gueto de los que buscaban, del os que me r a m e n t e busc a ba n de t e r m i n a r e l b i e n yla bel leza. Más que la fra ctu ra epistem ológ ica , éste

f u e e l v e r da de r o d ivor c io . M u n c a antes en la historia de l mun do h a b í a h a b i do un a di v i s i ón t a n t a  ja nt e ent re la bús que da de la ver da d y la bús que dad e l bi en y la bel leza. Ah o ra ya estaba inscrita en lasestructuras del saber y en e l sistema universi tar iom u n d i a l .

E n e l i n t e r i o r de las facultades, ahora separadas,

p a r a cada una de las dos culturas t uvo l ue go l uga ru n proceso de especíal ización que ha venido l la

má nd os e los l ímites de las "disc ipli nas ". Las discipl inas son rec lamos de te r r i to r io s , rec lamos de queresulta de u t i l i d a d u n i r sectores de saber en térmi-

j g y qse emplean para estudiar estos objetos. Todos conocemos los nom bre s de las princ ipale s disc ipl inasa m p l i a m e n t e aceptadas: asfronomía, física, quími ca y bio log ía, en tre algun as de las ciencias n a t u rales; gr ie go y lat ín (o los c lásicos ) , la l i t era tur a de

diversas naciones (se gún los pa ís es ), filología, h isto r ia de l ar te y filosofía, en tr e otr as, en las hu ma n i da de s .

La or ga n i z a c i ón de di sc i p l i n a s d i o n a c i mi e n t oa otra separación del saber por encima de la d i v i sión entre dos culturas. Cada disciplina se convirtióe n u n d e p a r t a m e n t o u n iv e rs i ta r io . En su mayoría ,se ot o r ga r on gr ados p a r a un a di sc i p l i n a e sp e c í f i c a

y se h i c i e r on l os n ombr a mi e n t os p a r a e l p r ofe sor a d o e n un de p a r t a me n t o e n p a r t i c u l a r . Ade má s,se des arro l lar on estructuras organizat ivas transversales, e n t r e un i v e r s i da de s . Se c r e a r on p ubl i c a c i ones especial izadas, que publ icaban art ículos p r i n c ip a l o exclusivamente redactados por personas deu n a dis c ip l in a , art ículos que versaban sobre la mat er i a que d icha disc ipl i na pret endía cu br ir y solamente le interesaban a e l la . Y con e l paso d e l

t i e m p o se fue r on c r e a n do asociaciones de académicos de disc ipl inas part iculares, nacionales e int e r n a c i on a l es . Por ú l t i mo, y n o me n os i mp or t a n t e ,hacia fines del siglo XI X las l lamadas grandes b ib l io tecas e mp e z a r on a crear categorías que ref le jabanla organ izació n disc ipl inaría y que a cont inua ció ntodas las demás bibl iotecas (y po r c iert o t am biénlas librerías y las casas editoras) se sint ieron o bl i

gadas a aceptar c omo c a t e gor í a s sobre las cuales

organizar su trabajo.E n esta di vi s ión de l mu n d o de l saber entre c ien

cias n a t ur a le s y h uma n i da d e s estaba la situación es-

84 ¿ C Ó M O S A B E R L A V E R D A D ?

peciai y ambigua de las ciencias sociales L a Revol u

¿ C Ó M O S A B E R I . A V E R D A D ? 8 5

C u a n d o e l m o d e r n o s i s t e m a - m u n d o e m p e z ó a

Page 42: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 42/63

peciai y ambigua de las ciencias sociales. L a Revol ución francesa había t raído consigo la legi t imacióng enera l d e d os concept os q ue no hab ían t en i d oa m p l i a a c e p t a c i ó n antes de ella: la n o r m a l i d a d d e lcam b i o soc i opol í t i co y l a sob era nía d e "e l pueb l o" .

Esto creó una urgente necesidad de que las él i tesg u b e r n a m e n t a l e s c o m p r e n d i e r a n l as m o d a l i d a d e sd e d i c h o c a m b i o n o r m a l , y f o m e n t ó e l deseo d edesarrol lar pol ít icas que p u d i e r a n l i mi t ar o cuand omenos canal i zar d i cho camb i o . L a b úsq ued a d eesas mod al i d ad es y po r ext en s i ón d e las po l í t i cassociales se convirtió en el terreno de las ciencias soc ia l es , i nc l u y end o un a for ma ac t uali zad a d e h i s t o ria basada en la invest igación empírica.

1.a pr eg un ta epistemo lógica pa ra las ciencias sociales estaba y ha estado siem pre ahí do nd e susprofesionales se colocaran en la batal la de las dosc u l tu ras . La respuesta más sencil la es decir que losc i ent í f i cos sociales e s t a b a n p r o f u n d a m e n t e d i v i d i dos en cuanto a las cuest iones epistemológicas. A l -

g u n o s p u g n a r o n f u e r t e p o r f o r m a r p a r te d e lb a n d o c i e n ti fi e i s t a , y o t ros i ns i s t i eron en formarpart e d e l b and o humani s t a . L o q ue cas i n i ng uno

h izo fue t ra t ar d e d esarro l l ar una t ercera pos t uraepistemológica. No solamente los cient íf icos sociales individuales t o m a r o n p a r t i d o en lo que algunosl l a m a r o n la Methodenstreit, s i no d i sc i p l inas compl e tas . Casi en SU mayorí a, la ec on om ía , la cien cia pol í t i ca y la sociología estaban en el bando cient íf ico(con a l g unos d i s i d ent es part i cul ares , por supuesto) . Y la historia , la antropo logía y los estudiosor i ent a l es g enera l ment e es t ab an en e l b and o hu

ma nist a. O al me no s eso se de cí a hasta 1945. Después de esta fecha, las divisiones se hi ci er on másb orrosas (Wal l ers t e i n el al, 1996).

pentrar en una cris is estructural , algo que personal mente creo que empezó a agotarse durante y después de la revolución de 1968, los tres pilares de lasestructuras del saber d e l m o d e r n o s i s t e m a - m u n d oempezaron a perder sol idez, generando una cris isinst i tucional paralela e integrante de la crisis estructural del s istema-mundo. Las universidades empezaron a reorie ntar su ro l social en m ed io de gra n in -c e r t i d u m b r e en cuanto hacia dónde se dirig ían od eb ían dirigirse. La gran división de las dos culturasfue severamente cuest ionada tanto desde las ciencias sociales co mo desde las hu ma nid ad es. Y lasciencias sociales, que habí an f lo rec ido y habían te

n i d o pl ena conf i anza en s í mi smas como nuncaantes en l os años i nmed i at ament e pos t er i ores a1945, se dispersaron y fra gm en tar on y emp ezar on ae m i t i r c l amorosos g emi d os d e i nc er t i d u mb re .

E l pro ble ma básico del s i stema universitario m u n

dial fue que estaba crec i end o cxponenc i a l ment e endimensión y costos, nuestras que sus andamiajes soc i o e c o n ó m i c o s i b a n d i s m i n u y e n d o d e b i d o a l p r o

longado estancamiento de la economía-mundo. Esto

provocó muchas pres i ones en d i ferent es d i recc i o nes. Los princ ipal es intelectu ales de la acad emia sec onvi r t i e r on en un raro f en óm eno com o porcent a jed e l tota l , s i m p l e m e n t e p o r q u e e l n u m e r a d o r e r am u c h o m á s estable q ue e l d enomi nad or . E l resul t ad o fue un i ncrem ent o en e l pod er d e neg oc i ac i óny por ende eu el costo d e este estrato de la cúspide,que ut il izó su s i tuación para obte ner redu ccion esmasivas en la carga docente así como enormes in

crem entos en la paga y los fon dos para investigación.Al mism o t iem po , los admin istrado res de las universidades, ante la disminución de la proporción profe-

86 ¿CÓMO S A B E R l-A VE RD AD ?

sores/estudiantes, t rat aro n de incre men tar, de una

¿CÓMO S A B E R L A VE RD AD ? 87

m i e m o s d e l saber surgieron en el úl t imo tercio del

Page 43: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 43/63

/f o r m a u otra, la caiga docen te, y crea ron tamb iénu n sistema de profesorado de dos tercios , con unseg ment o privi legiado, de la ma no de m i profesorado mal pagado y de t iempo parcial . Esta ha sido laconsecuencia de lo que yo l lamo una tendencia a la"secundarización" (en referencia a la escuela secundaria) de la miiversidad, una rninimización de largadata de la investigación j u n t o con un aumento en lasresponsabi l idades docentes (sobre todo clases c o nm u c h o s a l u m n o s ) .

Ad em ás , de b id o a la re str icc ión financiera, lasuni vers i d ad es se han i d o d espl azand o en d i rec c i ó n d e c o n v e r t i r s e e n actores e n e l m e r c a d o ,

v e n d i e n d o sus servicios a empresas y g ob i ernos yt rans formand o l os resul t ad os d e l a i nves t i g ac i ónd e l os profesores en pat ent es q ue pued en expl o tar (s i no dire cta me nte cu an do meno s a t ravés del i c e n c i a s ) . P e r o en l a med i d a en q ue l as unive r s i dades h a n s e g u i d o estos d e r r o t e r o s , l o s p r o f e s o r e s c o m o i n d i v i d u o s han t omad o d i s t anc i a d e l ase s t r u c t u r a s u n i v e r s i t a r i a s e i n c l u s o a b a n d o n á n dolas , ya sea para explotar los resul tados de sus

i n v e s t i g a c i o n e s p o r s í m i s m o s o p o r e l e n f a d oque les ocasiona e l a m b i e n t e c o m e r c i a l d e l a su n i v e r s i d a d e s . C u a n d o este d escont ent o se comb i n a con e l po d e r d e reg at eo d e l q u e he hab l ad o ,e l resu l t ad o pued e ser un éx od o d e a l g unos d el o s a c a d é m i c o s o c i e n t í f i c o s m á s p r o m i n e n t e s . S iesto sigue pasando, tal vez estaremos r e g r e s a n d oa l a s i t uac i ón q ue preval ec i ó antes del s ig lo XTX,

e n q u e l a u n i v e r s i d a d no era e l s i t i o por exce l en

c i a d e l a p r o d u c c i ó n d e c o n o c i m i e n t o .A l m i s m o t i e m p o , l a f r a c t u r a e n d o s c u l t u r a s

empezó a desart icularse. Los dos principales mo v i -

m i e m o s d e l saber surgieron en el úl t imo tercio delsig lo XX: es t ud i os d e compl e j i d ad en l as ciencias

naturales y estudios cul turales en las hum anid ade s.M i e n t r a s q ue en l a superf i c i e parece —a los part i cipantes en estos m o v i m i e n t o s igual que a los anal istas de é sto s— que son m uy di ferentes , y hasta an

t a g ó n i c o s , e x is t e n s i m i l i t u d e s i m p o r t a n t e s e n t r eamb os .

Para e m p e z a r , a m b o s f u e r o n m o v i m i e n t o s d eprot es t a en con t ra d e l a pos i c i ón h i s t ór i ca ment ed o m i n a n t e d ent ro d e su campo. L os es t ud i os d ec o m p l e j i d a d f u e r o n b á s i c a m e n t e u n r e c h a z o d e ld e t e r m i n i s m o l in ea l rev ersi ble en el t iempo qu eprevaleció de Isaac N e w t o n a A l b e r t Einstein y que

había s ido la base norm at i va d e l a c i enc i a m od e rnad u r a n t e cuatro s ig los . Los promotores de los estudios d e compl e j i d ad i ns i s t i eron en q ue e l mo d e l oclásico de la ciencia en r eal ida d es un caso espe

c ia l , y por c i er t o re l a t i vament e raro , d e l a formaen q ue operan l os sistemas nat ura l es . A f i r m a b a nque los sistemas no son l ineales s ino que con eltiempo tienden a alejarse d e l e q u i l i b r i o . S os t en íanq ue es i n t r ínseca y no ext r ínsecament e i mpos i b l e

determinar las t rayectorias futuras de ninguna p r o y e c c i ó n . Para e l l os c i enc i a no es red uci r l o complejo a lo s imple s ino expl icar capas cada vez may ores d e com pl e j i d a d . Y pen saro n q ue l a i d ea d elos procesos reversib les en el t iempo es una absurd i d a d , y a q ue no ex i s t e una " f l echa d e l t i empo"q ue opere en t od os l os f enó men os , i n c l u i d o e l u n i verso en conjunto y hasta e l ú l t i mo e l ement o mi croscópico que hay en él .

L os es t ud i os cul t ura l es fueron t amb i én un re chazo d el concept o b ás i co q ue d i o form a a l as hu manidades: que existen cánones universales de be-

88 ¿ CÓMO SA BER L A V E R D A D ?

l l eza y normas d e l d erecho nat ura l para e l b i en , y

¿CÓMO SABER LA V E R D A D ?

que no se puede saber nad a d e l a prod ucc i ón cu l

Page 44: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 44/63

q u e p u e d e n a p r e n d e r s e , e n s e ñ a r s e , l e g i t i m a r s e .A u n q u e la s h u m a n i d a d e s a f i r m a r o n s i e m p r e q u efavorecían los part iculares esencialistas ( en cont raposición a los universales cient íf icos) , los propo¬nentes de los estudios culmrales insist ieron en quel as enseñanzas t rad i c i onal es d e l as humani d ad esencarnab an l os va l ores d e un g rupo en part i cul ar—los hombres b lancos, occidentales , de los gruposét n i cos d om i na nt e s— q ue con l a may or arrog a nc i aaf i rmaba que sus conjuntos de valores part iculareseran uni versa l es . L os es t ud i os cul t ura l es i ns i s t i e r o n , en cambio, en el contexto social de lodos los juicios d e valor , d e ah í l a i mpo rt a nc i a d e es t ud i ar

y val orar l as cont r i b uc i ones d e t od os l os d emásg r u p o s — g r u p o s q u e h u b i e r a n s i d o h i s t ó r i c a men t e i g no rad os o d eni g rad os . L os est ud i os cu l t u

rales profesaron e l concept o d emót i co d e q ue t od ol ec t or , t od o ob servad or aport a su percepc i ón a l asprod ucc i ones ar t í s t i cas q ue no só l o es d i ferent es i no i g ual men t e vá li d a.

En segundo lugar, los estudios de complej idad yl os es t ud i os cul t ura l es , pa r t i e nd o d e d i fere nt es

p u n t o s d el espect ro , conc l uy eron cada uno por suparte que la dist inción epistemológica de las doscul turas es i n t e l ec t ual m ent e i ns i g ni f i can t e y pe r j udic ia l para l a consec uc i ón d e cono c i mi en t os út i l es .

E n t ercer l ug ar , amb os m ovi mi e nt o s d e l saber

acabaron colocándose en el terreno de las ciencias

sociales, s i n d ec i r l o expl íc i t ament e . L os es t ud i osd e com pl e j i d a d l o h i c i e ron i ns i s t i end o en l a f l echad e l t i e m p o , e n e l he c ho de que los sistemas socia

les son los más complejos de lodos los sistemas yen q ue l a c ienc i a fo rm a part e i n t eg ran t e d e la cu l

tura . Los estudios cul turales lo hicieron al sostener

q p pt u r a l sin colocarlo dentro de su contexto social enproceso de evolución, la i d e n t i d a d d e l os prod uctores y los que pa rt i cip an en la produ cci ón, y la psicología social ( la mental idad) de todos los im pl i c a d os . M ás aún , l os es t ud i os cul t ura l es d ec l araronq ue l a prod ucc i ón c ulnt r a l forma parte de las est ru c tu ras de po de r en que está local izada, y es p r o

fund ament e a fec t ad a por e l l as .

En cuanto a las ciencias sociales, s e e n c o n t r a r o nc o n u n a i m a g e n cada vez más borrosa de las disci plinas t rad i c i onal es . Prác t i cament e cada d i s c i p l i n ahabía creado subespeeial idades que añadieron elad je t ivo d e o t ra d i sc i p l i na a su no mb re (po r e jem

p l o , ant ro pol og í a econ ómi c a , h i s t or i a soc ia l o soc i o l og ía h i s t ór i ca) . Prác t i cament e t od as l as d i sc i p l i n a s hab ía n empeza d o a re cu rr i r a un a mezc l ade metodologías , incluso las que alguna vez fueronexclusivas de otras discipl inas. Dejó de ser posib lei d e n t i f i c a r e l t rab a jo d e arch i vo , l a ob servac i ónpartic ipativa o la opinión públ ica sondeando entrepersonas d e t i n a sol a d i sc i p l i na .

De la misma manera, nuevas casi discipl inas han

s u r g i d o y hasta se han for t a l ec i d o en l os ú l t i most r e i n t a a cincuenta años: estudios de área de múltiple regiones, estudios sobre las mujeres y de género , es t ud i os é t n i cos (uno por cada g r u p o lo bas

t ant e fuer t e po l í t i c ame nt e par a i ns i s t i r en é l ) ,estudios urbano s, estudios del desarro l lo y estudiossobre homosexual es y lesbianas ( ju nt o con o t rasformas de estudios al rededor de la sexual idad) . Enmuchas uni vers i d ad es estas ent i d ad es se han con

ve r t id o en d epart ament os en e l mi smo pl ano q uel os t rad i c i onal es , y cua nd o n o en d epa rt am ent osse establecieron como presuntos programas. Publi -

90 ¿CÓMO SA BER L A VE RD AD ?

ai c i ones per i ód i cas y asociaciones transversales se

¿CÓMO S A B E R LA VE RD AD ? 91

— i m p o r t a n t e — d e l a evo l uc i ón d e l mod erno sis

Page 45: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 45/63

h a n d esarro l l ad o en para l e l o con asociaciones disc ip l in ar ias más ant iguas. Además de aunarse a lae s p ira l de las ciencias sociales g e n e r a n d o l í m i t e sque se t raslapan cada vez más, también han a g ud i zado las res tricc ione s financieras, en la me di da enq ue más ent i d ad es compet ían b ás i cament e por e lm i s m o d i n e r o .

M e q ued a c l aro q ue s i mi ramos hac ía l os próx i m o s vei nt e o c i ncuent a años t res cosas son posi b les . Es posib le que la u n i v e r s i d a d m o d e r n a deje

de ser el lugar por excelenc ia d e l a pro d uc c i ón os i q u i e r a d e l a r e p r o d u c c i ó n d e l c o n o c i m i e n t o ,a u n q u e q u é h a b r í a d e o p o d r í a r e m p l a z a r í a e s

a l g o q u e casi nad i e d i scut e . E s pos i b l e q ue l asnuevas t end enc i as epi s t emol óg i cas cent r ípet as d elas estructuras del saber con d uz can a un a epi s te mol og ía reuni f i cad a (d i ferent e d e l as d os p r i n c i

pales existentes) y a lo que yo pienso, quizá p r o

vi nc i anament e , como l a " c i ent i f i zac i ón soc i a l d et o d o el saber" . Yes pos ib le qu e las discipl in as delas ciencias sociales se d e r r u m b e n e n c u a n t o a suorg ani zac ión y se vean som et idas o tal vez forza

d as por l os ad mi ni s t rad ores a una p r o f u n d a r e o r g ani zac i ón , cuy os cont ornos son por d emás confusos.

E n pocas palabras, estoy convencido de que laa u t o r i d a d de l úl t imo y más p oder oso de los unive r sal ismos europe os, el univ ersa l ism o cien t íf ico , yano es incuest ionable. I -as estructuras del saber h a nent rad o en un per íod o d e anarq uía y b i furcac i ón ,al igual que el s i stema-mundo en su t o t a l id a d , y, si¬

m i l a r m e n t e , su desenlace está todo menos determ i n a d o . Estoy convencido de que la evolución delas estructuras del saber s i m p l e m e n t e f o r m a p a r t e

t e m a - m u n d o . 1.a crisis estructural de una es la c r i sis estructura] de la otra. La batal la por el f u t u r ose peleará en ambos frentes .

Page 46: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 46/63

94 E L PODER DE IAS IDEAS, LAS IDEAS D E PODER

S epúl ved a d ed ujo e l d erecho a i n t e r v e n i r de la

El . PODER DE LAS IDEAS, LAS IDEAS DE PODER 95

cons i g ui ent es i n jus t i c i as ocasionadas por l a coni t í l t b l i i t d l l

Page 47: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 47/63

b a r b a r i e f u n d a m e n t a l d e l o s a m e r i n d i o s . C o m ovimos, declaró que las práct icas de éstos era tan lesivas par a s í mism os y para los dem ás que tení anq ue ser f í s i cament e d et en i d os para q ue no c o n t i n u a r a n c o n ellas { l o mi smo q ue d ec i r q ue un i n d i v i d u o p o d r í a estar m e n t a l m e n t e t a n d e s e q u i l i b rad o q ue uno mi smo u o t ras personas sa l d r íamosper jud i cad os s i no fuera encerrad o en una insti

t u c i ó n ) . S epúl ved a af i rmó t amb i én q ue l a pres i ónd e conv ert i r l os a l c r i s t i an i smo ser ía d e l o más b enéf ico para los amerindios y que así su alma se sal var ía .

Dadas estas a f i r m a c i o n e s , l a respuesta de Las

Casas necesariamente estuvo en un nivel no sóloant ropol óg i co s i no t eo l óg i co . Neg ó estos derechos

a los españoles alegando que el supuesto mal eraalgo que ocurría en todos lados y por consiguiente-n o e r a e s p e c í f i c o d e lo s a m e r i n d i o s . Y — c o n t i n u ó — l a jus t i f i cac i ón d e cua l q ui e r i n t erv enc i ónd epend ía d e un cá l cul o en e l q ue se m i d i e r a e ld a ñ o i n f l i g i do contra los benef icios que decía al canzar. Expresó sus dudas acerca d e l os pe l i g ros

que las práct icas de los amerindios representabanpara el los mismos y para otros. Las Casas e x p r e s ód u d a s acerca de si el hecho d e i n t e r f e r i r e n estas

práct i cas , aun cuand o fueran neg at i vas , causar íamás mal que b ien. Y en su cal idad de sacerdote i n sist ió en qu e cua lquie r cosa que se hicie ra par a con ve r t i r los c o n falsos pret ext os ser ía t eo l óg i cament einaceptable. S in embargo, por detrás de estos debates, pese al alto n i v e l en que Sepúlveda quería l le

varlos. La s Casas t rató de ex hib ir las subyacentes re a l id ad es econó mi cas d e l d o m i n i o español , la c rud ae x p l o t a c i ó n h u m a n a q u e estaba o c u r r i e n d o y l a s

quista así como por el establecimiento de las pla ntaciones y otras empresas de los conquistadores español es .

Este debate no sólo se llevó a cabo en el s ig lo xv i :no se ha detenido desde entonces. En la "guerra alt e r r o r i s m o " posterior al 11 de sept iembre, seguimosoyen do las mismas just i f icacio nes pa ra la agresión yla d o m i n a c i ó n mi l i t a r : q ue previ ene l os t err i b l esul t ra jes comet i d os por o t ros ; q ue e l efecto de losesfuerzos mil i tare s será l levar la "demo cra cia " a lospueb l os q ue no l a t i enen , por l o cual red und aráen su p r o p i o b e n e f i c i o , a u n c u a n d o e n e l c o r t oplazo sufran todas las consecuencias d e l c o n f l i c t o

b é l i co y l a d omi n ac i ón .Ho y, a l ig ua l que en el siglo XVT, se esgrime este

a r g u m e n t o p a r a convencer a una proporc i ón razonab l ement e ampl i a d e l os cuad ros , q ue cons t i t uy e n las necesarias correas de transmisión de lospod erosos , as í como cuand o menos a algunos delo s receptores d i rec t os d e l a d omi nac i ón . No poseemos l a me d i d a rea l d e l os g rad os comp arat i vosde legitimación para los siglos XVT o x x i . Pero cabe

pensar que la u t i l i d a d d e l o q ue pod ríamos l l amarel mo do de just i f icación de Sepúlveda está bastante

desgastada. Por una razón senc i l l a . Hemos t en i d ocinco siglos para evaluar los efectos de largo plazod e l uso de la fuerza b r u t a , y la alega ción de queestos efectos son posi t ivos en gran m ed ida es emp ír i cament e d ud osa para un número cada vez mayord e personas. P o r c o n s i g u i e n t e , e l a r g u m e n t o n osirve y a mu ch o para l eg i t i m ar e l g ob i er no d e l os

poderosos y los privilegiados .Por supuesto, ya para el siglo x\n i el mo do Sepúl

veda estaba bastante dete rior ado. Éste es uno de los

Page 48: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 48/63

98 E L PODER DE LAS IDEAS, I AS IDEAS DE PODER

l es hab ía p ro me t i d o , a l a i g ua l d ad — n i pol í t i ca , n ie c o n ó m i c a , n i , sobre todo, social . De ahí que, ya

El . PODER DE IAS IDEAS, I_VS IDEAS DE PODER 99

inanidades, la af i rmación siguió s iendo que la verdad que es universal es la propuesta por los cient í

Page 49: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 49/63

, , , q , yen el siglo XX, l a u t i l i d a d d e l o r i e n t a l i s m o c o m om o d o d e jus t i f i cac i ón empezara a d et er i orarset a m b i é n .

E l or i ent a l i sm o c i er t ame nt e no ha d esaparec i d o

d e l t o d o c o m o a r g u m e n t o . L o s e gu i m o s e n c o n t r a n d o hoy en el discurso sobre e l " choq ue d e c i vi l izaciones" . Pero a la vez que este discurso ha present ad o un c i er t o a t racüvo para l os cuad rosocc i d ent a l es , hab r ía q ue buscar l a r g o y t e n d i d opara encontrar adeptos en las zonas no occ i d ent al es d e l mund o. O , más b i en ; l a may or ía d e estos

adeptos en las zonas n o o c c i d e n t a l e s d e l m u n d oh a n i n v e r t i d o hoy e l arg um en t o , a l juz g ar q ue l a

civi l ización Cristian a-occ i d ent a l , q ue hab ía evoluc i onad o hac i a e l pensami ent o d e l a I l us t rac i ón , esu n a f o r m a d e f i c i e n t e e i n f e r i o r d e l p e n s a m i e n t oh u m a n o , c u y a d o m i n a c i ó n d e b í a s e r c o m b a t i d ap r e c i s a m e n t e e n n o m b r e d e este o r i e n t a l i s m o a lrevés. Esto es l o q ue se q ui er e d ec i r con fu nd am en-t a l i smo — i n c l u i d o , hab r ía q ue ag reg ar , e l fund a-m e n t a l i s m o c r i s t ia n o .

De resul tas del ocaso de la u t i l i dad de los argumen t os or i ent a l is t as v i mos e l ascenso de los paganos a l uni versa l i sm o c i ent í f i co , d e l a c i enc i a co mov e r d a d , co mo e l úni co m o d o s i g ni f i ca t i vo d e ent end er e l mund o. E l concept o d e l as d os cul t uras— l a d i f e r e n c i a e p i s t e m o l ó g i c a f u n d a m e n t a l e n t r ela b úsq ued a d e l a verd ad y l a b úsq ued a d e b uenosvalores— fue el úl t imo l i rón hacia el proceso de leg i t i mac i ón . E ra pos i b l e rechazar e l concept o d e

p r i m i t i v o , y era posib le dejar atrás las r ei f icac ionesd e l or i ent a l i smo . No ob s t ant e , a l establecer u n a d i

f erenc i a epi s t emol óg i ca ent re l a c i enc i a y l as hu-

q p p pficos y no por los humanistas . Había un nuevo sub-t e x t o : m i e n t r a s q u e t o d o e l m u n d o p o d í a s e r" h u m a n i s t a " y p u d i e r a h a b e r m u c h o s h u m a n i s mos , só l o pod ía hab er t i n a úni c a verd ad uni versa l

posib le. Yhasta este moment o l os q ue eran capacesd e d escub r i r l a se enc ont r ab a n en g ra n me d i d a enias zonas pod erosas d e l s i s t ema-mund o.

E l conc epto de una ciencia fuera de la "cu l tur a" ,en c i er t o sent i d o más i m po rt an t e q ue l a cul t ura ,se convirt ió en ei úl t imo coto de just i f icació n d e lal e g i t i m i d a d d e l a d i s t r i b uc i ón d e l pod er en e lm u n d o mod erno . E l c i ent i f i c i smo ha s i d o e l mod om ás sut i l de just i f icació n ideológica de los po der o

sos, ja que presentaba ei universal ismo como ideol óg i came nt e neu t ra l , d es i n t eresad o en l a " cu l t u ra"y po r cier to de la arena pot inca , y der iva nd o su jus tificación ante tod o de l bi en que pu ede ofrec er ala hu m an id ad a t ravés de las apl icac iones de l conoc i mi ent o t eór i co q ue l os c i ent í f i cos han veni d oa d q u i r i e n d o .

L o que hizo el énfasis en el universal ismo cient í f i co fue que estableció la v i r t u d teórica de la me-r i l o c r a c i a , dentro de la que se concedía una posi c i ón exc l us i vament e sobre l a base de la a p t i t u d ,m e d i d a con conjuntos de cri terios ob jet ivos. Y laspersonas que así podían entrar en la arena de losaptos se con vi rt ie ro n en los jueces a u t ó n o m o s d esu p r o p i o val or y rec l ut a mi e nt o . De aq uí se pasó aque, s i estaban ocu pa nd o pos i c i ones d e pres t i g i o yp o d e r en el mundo de la ciencia, era porque mo¬

r a l m e n t e t e n í a n d e r e c h o a estar ahí . Y como l ac i enc i a prod ucía t ecnol og ías út i l es , e l avance d ela c i enc i a b enef i c i ab a a t od o e i mund o.

1Ü0 EL PODER DE LAS IDEAS, I AS IDEAS DE PODES

Actos de prcst idigirac ión menos evidentes nosp e r m i t i e r o n l ue go a sumi r que e l acceso a todas

E L PODER DE IAS IDEAS, LAS [DEAS D E PODER

;Qué t a n un i v e r sa l h a s i do n ue st r o un i v e r sa lismo? Una vez di v i d i do e l mu n d o e n dos c u l t ur a s ,

Page 50: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 50/63

p g qlas posic iones sociales, no solamente a las del estrecho campo de la c iencia , se alcanzaba de alg u n a manera por la v ía del méri to y por lo tantose just i f icaba. Y si c iertas zonas de l mun do o e s

tratos en el i n t e r i o r de l s i s t ema r e c i b í a n me n o srecompensas que otr as zonas o estratos se debía aque n o h a b í a n a d q u i r i d o las habi l idades objet ivasq u e estaban a l alcance de t odo e l m u n d o . Ergo, siu n o t e n í a me n os p r iv i le g io s y p o de r e r a p o r qu en o h a b í a p a sa do l a p r ue ba , p o r la r a z ón quef u e r a : i n e p t i t u d i n h e r e n t e , p r o v i n c i a l i s m o c u l t u

ra l o ma l a v o l u n t a d .

D e sp ué s de 1 9 4 ñ , e sgr i mi e n do estos a r g u m e n

tos, y con e l lugar central que ocupaba la nuevat e c n ol ogí a , c omp l e j a y costosa, en la operación dels i s t e ma -mun do mod e r n o, los c i e n t í fi c os r e ba sa r onc o n muc h o a l os h uma n i s t a s . Esto fue t a n t o má sfácil dadas las severas dudas que ahora surgíanacerca de los pa rt i cu la r i sm os esenrial istas de losoriental istas. Unicamente la c iencia podía resolverlo que podía considerarse e l aumento de los p r o blemas inmediatos ocasionados por la polar izaciónd e l s i s t e ma -mun do.

L a búsque da de l b i e n que dó e x c l u i da de l t e r r e n o d e l saber superior , lo que signif ica que noh a bí a un a p l a t a for ma sobre la cual criticar la lógicade estas inferencias, pues con e l lo se comportabau n o como antüntelectual . Las cortapisas sociales

estructurales que i m p i d i e r o n que las personas en¬traran en los altos niveles de la meritocracia f u e r o n

básicamente e l iminadas del anál isis , o se les permit ió entrar en é l solamente aceptando las p r e m i sas de las dos culturas en la investigación.

,e l universal ismo se convirt ió en e l d o m i n i o de losc ient í f icos, que insist ían en una c ierta metodología, en una c ierta postura pol í t ica (una c iencia sinvalores) y u n aislamiento c orp ora t ivo de la evalua

c ión social directa de su trabajo. También rematói n e v i t a b l e m e n t e e n un a c on c e n t r a c i ón ge ogr á f i c ad el trabajo y de los trabaja dores qu e llenab an estos

req ui s i t os , y p or c on si gu i e n t e hasta c i e r t o p u n t oen un sesgo social real pero no a d m i t i d o en e l trabajo. Pero, sobre t o d o , protegió a los poderosos dela cr í t ica moral ista devaluando la ve r os im i l i t ud y lao b j e t i v i d a d de las críticas moralistas. Se podía ign o r a r a los humanistas, especialmente si eran humanistas cr í t icos, con e l pretexto de que no erancientíficos en sus análisis. Fue el último clavo quese aplicó al proceso de j ust i f i c a c i ón de l mod e r n osi s t e ma -mun do.

L a cuest ión a que nos enfrentamos hoy es cómopodemos sal ir del universal ismo europeo —la Última just i f icac ión perversa del orden m u n d i a l existente— en direcc ión a a lgo mucho más dif íc i l de

alcanzar : u n univers al ism o universal , que rechacelas caracteriz aciones esenci aüstas de la rea lid ad social , deje atrás tanto los universales como los part i cul ares , r e un i f i q ue l o sup ue st a me n t e c i e n t í f i c o yhumaníst ico en una epistemología única y nos perm i t a m i r a r c o n ojos altamente c l ín icos y del todoe sc é p t i c os c u a l q u i e r just i f icac ión de "in jerencia" amanos de los poderosos en contra de los débi les.

Ha c e me di o s i g l o , Lé op ol d-Sé da r Senghor c on

v oc ó a l mun do a a c udi r a l rendez-vous du donner  et da recevoir, el luga r de reunió n pa ra dar y rec ibi r .Senghor fue quizás e l h íbr ido perfecto de la era

102 E L PODER D E LAS IDEAS, LAS IDEAS DE PODER

m o d e r n a . E ra l an ío poet a como pol í t i co . Por unl ado , fue un g ran exponent e d e l a n e g r i t u d y se

EL PODER DE LAS IDEAS, LAS IDEAS D E ['ODER 103

zar. Y p o r eso n o es acc iden tal que la mayor ía d elos intelectuales serios no hayan logrado esta se

Page 51: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 51/63

, g p g ycre t ar i o g enera l d e l a S oc i ed ad d e C u l t u r a A f r i

cana. A l mi sm o tiempo, s in emb argo , fue mi em br ode la Académie Française, cuya tarea f o r m a l es defend e r y pr om ove r l a cul ui r a f rancesa. S eng hor fue

el pr i m er pres i d ent e d e S énég al , pe ro antes h a b í as i d o u n mi ni s t ro d e l g ob i e rno f rancés . E ra l a persona a p r o p i a d a p a ra hacer esta c o n v o c a t o r i a .

Pero e n e l m u n d o d e hoy, ¿pue d e hab er u nlu gar para dar y recib ir? ¿Puede haber un universal i smo que no sea europeo sino universal (o g lobal)? O, mas b ien, ¿qué se necesi taría, en el s ig loXX I , para a l canzar un mund o d ond e y a no fuera e locc iden te el que die ra y el resto el que reci b ier a,d o n d e el occidente se cubriera con la capa de laciencia y el resto se releg ara a los pue blos c on u nt em per ame nt o más "ar t í s t i co/ emoci ón a l"? ¿Có mopod emos a l canzar un mund o en q ue t od os d i erany todos recib ieran?

El intelectu al ope ra necesariamente en t res niveles: como analista, en busca de la ver dad ; com o pe rsona m or a l , e n busca de l bi en y de la belleza; y co m o

persona pol ít ica, que busca unif i car la verd ad co n elb i e n y la belleza. Las estructuras del saber q ue hanprevalecido durante dos s ig los ahora son ya ant inaturales, prec i sament e p orq ue d ecre t aron q u e l os i n telectuales no podí an desplazarse a gusto en treestos tres niveles. Se alentó a los intelectuales a quese l im i t a r a n al análisis intelectual. Ysi no eran capaces de conte ner la exp res ión d e sus obsesiones m o rales y polít icas, entonces d e b í a n segregar ríg ida

mente las tres clases d e ac t i v i d ad .D i c h a seg reg ac i ón o separac i ón era ext remad a

men t e d i fí c i l, pro b ab l em ent e i mpos i b l e , d e a l can-

y gg reg ac i ón p l enament e , aun cuand o preg onaran suvalidez. Max Weber es un buen e jemplo. Sus dosfamosos ensavos, "La pol ít ica como vocación" y "1.aciencia como vocación", revelan la forma casi es

quizofrénica con que luc hó c o i m a estas restriccionesy rac i onal i zó su compromi so po l í t i co para hacer l oaparecer c o m o s i n o e s t u vi e r a c o n n a d i c i e n d o s ucompromi so con una soc i o l og ía ob je t i va .

D os cosas h a n c a m b i a d o d u r a n t e l o s ú l t i m o st r e i n t a años . Com o he t r a t ad o d e d emost rar , la i n f l u e n c i a que el concep to de las dos cul tur as ha ten i d o sobre las estructuras del saber se ha de bi l i t ad o con s i d e rab l em ent e , y co n e l l a e l sopor t e

i n t e l e c t u a l d e esta p r e s i ó n p a r a segregar la búsqueda de la v e rdad, el bien y la belleza. Pero, comot amb i én he arg ument ad o , l a i azón d e l cues t i ona-m i e n t o inte nsiv o de l con cep to de las dos cul tu rast iene que ver precisamente con la cris is estructurale n d e s a r r o l l o d e l s i s t e m a - m u n d o m o d e r n o . A li r n o s d espl azand o hac i a esta era de t ransición, lai m p o r t a n c i a d e la e l ecc i ón fun d am en t a l se ha ag udizado , al mismo t iempo que lo s igni f icat ivo de las

con t r i b uc i one s i nd i v i d ua l es a esa e l e cc i ón colect iva h a a u m e n t a d o i n c o n m e n s u r a b l e m e n t e . E npocas palabras, en la medida en que los intelectualesse deshagan de las restricciones de una n e u t r a l i d a d falsa de valores pueden en real idad desempeñar un papel que vale la penajugar en la t ransiciónen l a q ue t od os nos encon t ram os .

Quiero dejar b ien claro que, al decir que la neu

t r a l id a d de los valores es un espej i smo y un eng año , no es t oy a l eg and o q ue no hay d i ferenc i aentre las tareas anal ít ica, m oral -y pol ít ica. H ay cier-

10 4 E L PODER D E LAS IDEAS, LAS IDEAS DE PODER

t a m e n t e u n a d i f e r e n c i a , y es f u n d a m e n t a l . Estas

tres tareas n o p u e d e n s i m p l e m e n t e m e z c l a r s e .

EL PODER DE LAS IDEAS, LAS IDEAS D E PODER 1 05

t ad o hac i en d o ma l , razón po r l a cual l os t i enen entan baja estima no sólo los que están en el poder

Page 52: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 52/63

p pPero t a m p o c o p u e d e n s e r separadas. Y nues t rop r o b l e m a es cómo navegar con esta aparent e parado ja , de tres tareas que no pueden mezclarse ni serseparadas. Quisiera observar, de paso, qt ie este es

f u e r z o es un e jemplo más de la única clase de epist emol og ía q ue ofrece a l g u n a esperanza a la r e u n i

f icación de todo el saber — u n a t e o r í a d e l t e r c e r ono exc l ui d o (Wal l ers t e i n , 2004a: 71-82) .

Este di le ma se le presenta a tod o el mu n do , claroestá, no solamente a los intelecmales. ¿Hay, pues,algo especial en el papel del intelectual? Sí, sí lo hay.Cuando uno dice intelectuales se refiere a las personas que consagran sus energías y tiempo a una com

prens i ó n ana l í t i ca d e ¡ a rea l i d ad , y presu mi b l e mente ha tenido alguna preparación especial parahacerlo de la mej or ma nera po sib le. N o es un r e q u i sito f ác i l . Yno t od o e l mund o ha deseado convertirse en un especialista en este c o n o c i m i e n t o m á sg enera l , en comparac i ón con e l conoc i mi ent o part icular concreto que todos necesitamos para realizarcual q ui er tarea competentemente. Los intelecmalesson pues geneialistas, aun si el alcance de su espe

c ia l idad está de hecho l i mi t ado a un campo part i

cul ar d e ! vas to mu nd o d e l cono c i mi e nt o ent ero .

La cuest ión clave hoy es cómo podemos apl icarn u e s t r o c o n o c i m i e n t o g e n e r a l i n d i v i d u a l a unacomprens i ón d e l a era d e t rans i c i ón en q ue vivi

mos. Se espera q ue i nc l uso un as t rónomo o un cr í t i c o d e poes ía hag an esto, p e r o a f o r t i o r i es unaexigencia que se le hace a los cient íf icos sociales,

q u e a f i r m a n s er especialistas en e l mod o d e f u n cionar y en el desarrol lo del mundo social . En térm i n o s generales, los cient íf icos sociales lo han es-

tan baja estima no sólo los que están en el podersmo también los que se oponen a los que están ene l poder, así como las múlt iples capas de trabajadores que s ienten que poco han aprendido dé lop r o d u c i d o por los cient íf icos sociales que les haya

s ido d e u t i l i d a d moral o po l í t i ca .

Para r e m e d i a r esto, la pr im er a necesi dad es lah i s t onzac i ón d e nues t ro anál i s i s i n t e l ec t ual L oc u a l no signi f ica la acu mula ción de detal les cro nológicos, p or t i t i les que sean. Y t a m p o c o s i g n if i c a l asuerte de cruda relat ivización que af i rma el hecho

evi d ent e d e q ue u na s i t uac i ón par t i cu l ar es di f e rente de cualquiera otra, y que todas las estructuras están en evolución constante día con día, deu n n a n o s e g u n d o a l o t r o . H i s t o r i z a r e s exacta

men te lo con n ario. Es colocar- la real id ad que esta

m o s e s t u d i a n d o i n m e d i a t a m e n t e d e n t r o d e u ncont ext o má s amp l i o : l a es t ruct ura h i s t ór i ca en l aq u e encaja y o p e r a . N o p o d r e m o s e n t e n d e r n u n c ael d et a l l e s i no ent end emos e l t od o pert i nent epues t o q ue d e o t ra man era nun ca pod r emo s apre^ciar exactamente q ué es t á camb i and o , cómo es t ácamb i and o y por q ué es t á camb i and o . Hi s t or i zar

no es lo contrarío de s istemat izar. Uno no puedesistemanzar sin captar los parámetros históricos delt od o , de la u n i d a d de anál is is . Y por consiguienteu n o no pu ede his toriza r en el vací o, co mo si todaslas cosas no formaran part e d e un g ran l od o s i s t é -m i c o . Todos los sistemas son históricos, y toda lahis ior ia es sistemática.

Es este sent ido de la necesidad de historizar el

que me ha l levado a dar tanto énfasis aquí al argumento de que no sólo estamos d e n t r o u n a u n i d a d

p a r n c u l a r d e anál i s i s , e l s i s t ema-mund o mod erno

10 6 E l . PODER DE IA S IDEAS, LAS IDEAS DE PODER

s i n o d e n t r o d e u n m o m e n t o p a r t i c u l a r de ese sis

tema histórico, su cris is estructural o era de transi

E L PODER D E LAS IDEAS, LAS IDEAS R E PODER 107

males no ondean al to la bandera del anál is is , noes probable que otras vayan a hacerlo Ysi la com

Page 53: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 53/63

ción. Esto, espero ( ¿ q u i é n p u e d e estar seg uro?) ,puede clarificar el presente, y sugiere las resuiccio-ues a nuestras opciones para el f u t u r o . Y esto es loque naturalmente le interesa más no sólo a los que

están en el poder sino también a los que se oponena los que están en el poder, sino también a las múlt iples capas de t rabajadores que viven la v i da c o m om e j o r p u e d e n .

Si los intelectuales realizan las tareas que se espera que real icen en una era de t ransición, noserán populares . I .os que están en el poder se sen

t i rán cons t ernad os por l o q ue hag an , perc i b i end oque el análisis socava e l pod er , sobre l o d o en unaera de t ransición. Los que se oponen a los queestán en el poder sent i rán que el anál is is intelect u a l está muy bien, a condición de que al imente yal iente a los que p a r t i c i p a n en la oposición pol ítica. Pero no apreciarán vaci laciones, demasiadosmat ices ni cautela. Y t ratarán de poner cortapisasa los intelectuales , aun a aquel los que d ig a n q u ep e r s i g u e n los mismos ob jet ivos pol ít icos que losque se oponen a los que están en el poder. Finalmente, las múlt iples capas de t rabajadores insisti

rán en que los análisis de los intelectuales se tra

du zc an a un lenguaje que puedan entender y cone l q ue se pued an conectar. Esta es una d emand arazonable, aunque no siempre fáci l de satisfacer.

A u n así, el papel de los intelectuales es c r uc ia l .U n a t ransición es s iempre un proceso a r d uo . Siemp r e hay bancos de arena en los que el proceso

puede encal lar. La c l a r i d a d del análisis suele estarborroneada por las real idades caót icas y sus t i r o neos emoci onal es i nmed i at os . Pero si los intelec-

es probable que otras vayan a hacerlo. Ysi la comprensión anal ít ica de las opciones históricas reales

no es t á en l a d e l ant era d e nues t ro razonami ent o ,nuestras decis iones morales serán def icientes , ysobre todo nuestra fuerza pol ít ica se verá minada.

Estamos al final de una prolongada era, a la quese l e pued en d ar muchos nomb res . Uno apropi ad osería la era del universal ismo europ eo. Estamos pa sando a la era que viene después. Una posible alternativa es una m u l t i p l i c i d a d de universal ismos quese asemejaría a una red de universal ismos universales. Sería el m u n d o d e l rmdez-vous du donneretdu

reemmir, de Senghor. No hay garant ía de que vara

mos a l legar allá. Ésta será la lucha de los próximosveinte a cincuenta años. La única otra opción seriaes un m u n d o nuev o, je rá rq uic o y desigual , que aleg ará estar f u n d a d o en valores universales pero enel que el racismo y el sexismo cont inuarán d o m i

n a n d o n u e s t r a s p r á c t i c a s , m u y p r o b a b l e m e n t em u c h o más corrompidas que en el actual s i stema-m u n d o . Así q ue s i mpl ement e t end remos q ue se g u i r t ratando de examinar el s i stema-mundo en su

eda d de t ransición, de cla ri f ica r las al ternat iva s an u e s t r o alcance y, finalmente, da r lu z a los nu ev osd err o t eros po l í t i cos pos ib l es q ue deseemos elegir .

B l B l J O G R AF Í A

Page 54: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 54/63

Abdel-Malek, Anouar, [1972] 1981, Civil isations and socialtfiétñy, vol. 1 d e Social dialectics, .Albany, Stale Univer

sity o f New York Press.

C o o k , S h e r b u r n e F. y Woodrow Borah , 1971, Essays in

 population history: Mexico and the Caribbean, vo l . 1 ,Berkeley, University o f Cali f orn ia Press [Ensayos sobre

historiad* la población, vol. 1; México y el Caribe, M é x i c o ,

S i gl o X X I , 1977] .

Fisclier-Tinó, Harald y M i c h a e l M a n n (eds . ) ,2004, Colo

nialism as civilizing mission: Cultural ideology in British

 India, Londres , Wimbledon .

Hanfce, Lewis , 1974, A ll mankind is o ne: A study of  Ik e dis

 putation betw een Bartolomé de Los Casas an d Juan Crines

de Sepúlveda in 155(1 on the intellectual an d  religions ca

 pacity of  the American Indians, D e Kalb , Northern I l l i

nois University Press.

Kouchner , Bernard, '2004. Twenty-third annu al Morgen-

l h a u Memorial Lecture , Harmoni e Clu b, Nueva York,

2 de marzo, http ://vvvmcarn cgi ecou riri l.o rg/vicw /-

Me di a.ph p/prmT etn pl ate ID /8/prml D/4425 #z, pronunciada el 28 de octubre de 2004.

L as Casas , Bar to lom é de, [1552] 1974, The devastation of 

t he Indies:A brief account, trad, de H e r m a n BriffaulL,

Balt imore , M D , J o h n s Hopk in s Univers i ty Press

[Brevísima relaáón de la destrucción de las Indias, Vene

c ia , 1643 (México, SEP, 1945)1.

, [1552] 1992, In defense of  ¡lie indians, e d . Stafford

Poole, D e Kalb , Northern I l l in o i s University Press.[En itefensa de los indios, Sevilla, Bibl io teca de la C u l

tura Andaluza, 1985J ., 11552] 1994, BrwíssÍ7na relaciónde la destrucción délas

 Indas, ed. Jos é Maria Reyes Cano, Barcelona, Piártela.

[1091

11 0 BIBLICI GRAFIA

, [1552] 2000. Apología, o Declaration y . defensa univer

sa l de los derechos del hombre y de los pueblos, ed. Vida!A b r i l Castelló el ai, Valladolid, junta de Castilla y

15IBI . iOGRA FÍAI I I

centrismo y sus avatares", New Uft R rroiew en castellano,m i m . 0, 2000, pp . 97-113].

1998 Utopistica or Historiad ckoices por the twenty fint

Page 55: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 55/63

, , j y

León, Consejería de Educación y Cultura.

Maim, Michael, 2004, " 'Tbrchbearers upon th e path of

progress': Britain's ideology o f a 'moral an d materialprogress' in India : A j í introductory essay", en Colo

nialism as civilizing missio n: Cultural ideology in Britishindia, Harald Fischer-'line y Michael Mann (eds.),

Londres, Wimbledon, pp. 1-26.

Montesquieu, barón de , [1721] 1093, Persian letters,

•Londres, Penguin Books [Cartas persas, Madrid,Alianza] .

Prigogine, Ilya, 1997, The end of certainty: Time,chaos, an d 

the new laws of nature, Nueva York, Free Press [El  fin  de

la certidumbre, Santiago de Chile, Andrés Bello, 1906].

Said, Edward W„ [1978] 2003, Orientalism, ed. de 25 aniversario con nuevo prefacio del autor, Nueva York,Vintage [(Mentalismo, Madrid, Libertarias-Prodhifi,1990].

Scpúlveda, Juan Ginés de, |¿1545?1 1984, Demócrates segundo, o, De las justas causas de la guerra contra los imlias,

ed. Angel Losada, Madrid, Consejo Superior de I n

vestigaciones Científicas, Instituto Francisco de Victoria, 2a. ed.

Trouilloi , Miciiel-Rolph, 2004, Th e North Atlantic uni¬versals", en Immaimeí Wallerstein (ed.), The m odernworld-system in t he. longue durée, Boulder, CO, ParadigmPress, pp. 229-237.

Wallerstein, Immanuel, 1974-1989, The m odern world-system, 3. vols., Nueva York y San Diego, Academic Press

[El moderno sistema mundial, 3 vols., México, Siglo

X X I , 1979-1998J.

, 1995, Historical capitalism, with capitalist  civilization,

Londres, Verso [hi capitalismo histórico, Madrid, Siglo

X X I , 1998]., 1997, "f .urocentrism an d its avatars". New Left Re

view, 226, noviembre-diciemhre, pp. 93-107 ["El curo-

, 1998, Utopistica, or, Historiad ckoices por the twenty-fint 

century, Nueva York, Th e New Press [Utopistica, Mexico, Siglo XXi, 1998].

, 2004a, Th e unceriainties of  know ledge, Filadelfia,Tempie University Press [i^as incertidumbres del saber,

Barcelona, Gedisa, 2005].

, 20041), World-syslems analysis: An inlroduction,

Durham, NC, Duke University Press [Andlisis de sis¬temas-mundo. Un a iniroducción, Mexico Siglo X X I2005],

Wallerstein, Immanuel et al, 1996, Report of  the Chilbenkian Commissimi on tlie. restructuring ofthe sodai sd -

enees, Stanford, CA, Stanford University Press [Almr 

las àenàas sociales. Informe de la Comùión (Mbenkian

 para la reestracturadón de bis ciendas sociales MexicoSiglo XX I, 1996].

ÉrroiOEANAiíncQ

Page 56: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 56/63

Abdel-Malck, Añonar, 51,

52,58Académie Française, 102.África, 30, 33. 51,58, 59Agustín, san, 19al-Qacda, 11

amerindios: en el débaleSepú l veda-Las Casas,

18-25, 31-33, 36, 43,93¬94; en el sistema de encomienda español, 17¬19; véase tambiénimperio azteca; imperio inca

A m i n , I d i , 30Amnistía Internacio nal, 28Antigüedad grecorro

mana, raíces de la civilización occidental en,49,52

A q uino , samo Tomás de,19árabes suníes, 36Arafat, Yaser, 60Aristóteles, 19armas de desuucción ma

siva, 40Asia, 30, 47, 51, 58; cre

ciente contacto europeo con, 47; véase tam

bién orientalismoazteca, imperio, 16

Baatfa, partido, 36, 42, 61

"bárbaros", barbarie: debate sobre lo que son,19-20, 36; en el debateSepú l ve da-Las Casas,18-22.31-32, 35,36 , 37,94

bibliotecas, 83Bbfc Tony, 12, 43Borah, Woodrow, 17Bosnia, 32, 33 Breirissima relación de la des

trucción de las indias

(Las Casas), 16 nBush, George W., 12, 34

Ca m boya, 30Canadá, 29capital, acumulación de,

71 , 72, 73

Carlos V, emperador delSacro Imperio Romano-Germánico, 17,18

Cartas persas (Montesquieu), 48, 66

Carter, jimmy, 29Centroamérica, 29certeza, 69China, 16, 47, 96ciencia 84 especializad on

en la, 82-83; fuera de la"cultura", 99 ; humani-

[113!

114 ÍNDICE: ANALÍTICO

dadcs vs., 81-85; l a dec a d e n c i a d e l orienta

l ismo y l a , 98-99; la fi lo

del , después de la segunda guerra mundial,

51 ; véase, también debate

ÍNDICE ANAI .íl'ICO

Cook, Sherburne F., 17n

c r í m e n e s c o i m a l a h u m a

n idad, 33-35, 37-41,46

Ub

liana (Sepúlvcda) , 18 Demi'irrates segundo, o De bis

 justas causas de la guerra

Page 57: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 57/63

s o f í a y la, 80-83; losestudios de c o m p l e j i

da d y la , 87-88; newto¬

n i a n a , 69; sesgo social

en la , 101; tecnología y,8 0 , 9 9

ciencias sociales, 77,84-85,88-90; el debate cien-

c ias-humanidadesy las,

83-84

civilización occidental , b asada en los valores uni

versales, 12-14; G a n d l i i

sobre la , 27; ra íces greco r r o man as de la, 49,51 ; se autodefine comosuperior. 12, 49, 53

civilizaciones; choque d e ,12; definición europea

de las, 19; valores u n i

versales proclamados

c o m o base de, 56; véase

también civilización oc

cidental; zonas de civil izaciones superiores

clases, lucha de, 73

c o a l i c i ó n de voluntarios,40

Colón , Cr is tóbal , 16co lon ial ismo, 15-46; acero

tación global del, euro

peo, 47; en el Nuevo

M u n d o , 16-25; en la

I n d i a br i tán ica , 26-27;revoluciones e n contra

Sepúlveda-Ias Casas

complejidad, estudios d e ,87-88

comunidad in ternacional ,

39Conferencia sobre l a Segu

r idad y l a C o o p e r a c i ó n

en Europa (CSCK), 29

Congreso In ternacional

de Ciencias Humanas

en Asia y A fr i c a d e lNorte, 58-59

Congreso In ternacional

de F.sludios Asiáticos yNorafricanos, 59

Congreso In ternacional

de Orientalistas, 58

conocimiento , estructurasd el , 61, 71; c i e n t í f i c o ,

80-81; el papel de losintelectuales y las, 104r-106; el sistema universi

tario y las, véase univer

sidades; e l sistema-m u n d o v las, 77-79; laorganización de disci

plinas y las, 83; los estu

dios culturales y las, 87,88; los esnidios de com

ple j idad y las, 87,88; teo r í a d e l m e d i o no exclu ido y, 104

C o n s e j o de Ind ias , 18, 46

Conse jo Nacional Pales

tino, 60

, , ,

cristianismo, 43 ,44 ,50 , 94

Croacia , 32

Cruz R o j a I n t e r n a c i o n a l ,

29

C u r z o n , lord, 26

d a ñ o m í n i m o , p r i n c i p i o

del, 23, 41-42

debate S e p ú l v e d a l ^ s C a

sas: argumento contral o s " b á r b a r o s " e n c l , 18¬20 , 31-32. 36, 93-94; eldeber de cast igaren e l ,

37-38, 4142; e l princ i pi o del d a ñ o m í n i m o yel , 23, 41-42; la cues-

d ó n de la jur isdicción yel , 22, 39-40; la evange-

lización y el, 25-27, 35;l a l ey natural y el, 19,22 , 35, 37

d e b e r de castigar, el , 37¬38 , 42-43

Declaración sobre l a Conces ión d e la I n d e p e n

d e n c i a a los Países vPueblos Coloniales, 31

Declaración Universal ríelos Dere chos Hu ma

nos, 28, 29

democracia, 12 ,13 ,42 , 43 ,44,95

 Demócrates primero, o De l a

compatibilidad  entre, la

milicia y la religión cris-

j g

contra lo s indios (Sepúl

vcda) , 1 8 , 1 9d er ech o de i n j e r e n c i a , 33derecho in ternacional , 27 ,

31 , 34, 39d er ech o natural , 63; cr í

m e n e s co n t r a e l , véase

c r í m e n e s contra l a h u manidad: def in ido p o rel universalismo euro

peo, 45 ; expansionismo

  just i f icado co mo , 15;i n t e r v e n c i ó n e n p r od e l , 20, 22, 31-31, 33,44-45; y el debate S e-púlvcda-Las Casas, 20 ,22 , 35, 37

derechos humanos, 12-13,34 , 35; c omo justifica

c ión de la in tervención

poscolortial, 27-28: in tervenciones e n favor

de los, 27-30, 33-35; lasONU y los, 28-29; y laONU, 27-28, 31, 32, 34;véase también c r í m e n e s

contra l a h u m a n i d a d

deseo Ion ización , 27

dcsrural ización , 74-75

d c i e i m i n i s r a o , 69, 87

dictaduras, 30

discurso de l poder: convo

cación al universalismo

en el, 11-14; el universa-

116

lisruo distorsionado po rel, 12

discurso, concepto del, 55

I N D I C E A N A L Í T I C O

Einstein, Albert, 87

encomienda, sistema de ,

17-18

Í N D I C E A N A L Í T I C O 117

Freud, Sigmund, 52

fundamentalismo, 98

ganancias, 72-73

lonial británico en la.

26-27

infraestructura económica;

Page 58: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 58/63

pdominación: contacto vs.,

49; legitimación de la,

92-93, 95, 97; uso de la

fuerza y, 92-95

economía neoliberal, 12,

77economía-mundo: crisis

estructural de la, 73,

77, 85, 91 ; debate intelectual sobre la moralida d de, 16; véase tam

bién debate Scpúlveda-

l a s Casas; el capital yla , 71-72; el desplazamiento de la producción y la, 74-75; el ex

pansionismo y la, 15¬

16; el neolibe rali sino y

la , 12, 77; el sistema

universitario y la, véaseuniversidades: la in

fraestructura y la, 75¬

76; las estructuras delsabei y la , 77-78; las materias prima s y la , 75-76;

los costos de producción y la, 73-77; tendencias seculares en la , 72,

73

Edad Meiüa, 77

educación, 79, 97; véase

también conocimiento,estructuras del; universidad

Engels, Friedrich, 52

Entebbe, rescate en, 30

España, 17,18,35, 59; conquistas de, en el Nuevo

Mund o, 16-25, 93-95;sistema de encomiendade , 17-18

Estados Unidos, 11,29, 39,

40; véase también guerracontra íraq

estructuras burocráticas,de civilización más avanzada, 47-48; las un iversi-dades como, 78-79

estudios culturales, 87-89eurocentrismo an ti euro-

céntrico, 65

expansionismo: descone

xión entre la real idaddel, y sus justificaciones, 15-16; difusión de

la civilización como justificación para el, 15;

en dirección a Asia,véase orientalismo; los"bárbaros" y los europeos, 1546; y la cons

trucción de la econo

mía-mundo, 15-16

Fel ipe II , rey de España,18

filosofía, ciencia y, 80-83Foucault, Michel, 55

Francia, 31,32,102

g

Gandhi, Mahatma, 27

globalización, 11, 36

Gran Bretaña, 11, 27, 43;

régimen colonial de i a,

en la India, 26-27

Guatemala, 18

guerra al terrorismo, 95

Helsinki Watch, 29

Helsinki, Acuerdos de, 29

historización, 105

Holanda, 49

holocausto, 61

humanidades, 81-85, 101;ciencia vs., 81-85; espe-

cialización en las, 82¬

84; los estudios culturales y las, 87, 88; verdaduniversal y las, 99-102

humanismo secular, 80

humanismo, 68, 80

Hussein, Saddam, 36,41,42

hutus, 33

ideas, poder de las, 92-107

iglesia católica, 22, 23, 78

Ilustración, 52, 68, 69, 98;véase también civilización occidental

imperio inca, 16imperio otomano, 47

impuestos, como costo de

producción, 73, 76incesto, tabú del, 62

India, 47, 96; régimen co

75-76

Inquisición, 35

insumos, como costo de

producción, 73, 75-76

intelectuales, 102-106;

papel de los, 103-106

intervención, 15-46, 97;

como el deber de castigar, 37-38, 41-42; con-

Oiclo en los Balcanes c,

33, 37-38,39, 40-42; de

rechos humanos e, 27¬

32, 34-36; el derecho

natural y la, 15, 30, 33,35, 37, 44,45 , 63, 88; el

principio de l daño mí

nimo y la , 23, 41-42; humanitaria, 34r36;

Kouchner sobre la , 34¬

36; la cuestión de la j u risdicción y la, 22, 38¬

41; la guerra contra el

terrorismo y la, 95; las

ONGyla, 28,33; libre al -bedrío e, 25; poderíomilitar e, 29-30, 48, 92,

95; rescate en Entebbe

e, 30; tensión entre so

beranía e, 34-36; véasetambién debate Sepúl-veda-I.as Casas

lraq, 11,34, 35, 36,40,4 2,

43; véase también guerracontra IraqIraq, guerra contra; la cues-

118 ENDICE ANAI-ÍTICO

tión tle la jurisdicción y

la , 39-41; invasión norMacedonia, 32

Marx, Karl, 52

ÍNDICE A N A L Í T I C O I B

Oñenlaiism (Said), 51-53,

61-62, 66

producción, 73-74. /6.

79

Page 59: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 59/63

la , 39 41; invasión norteamericana en, 34, 36,

39, 41

Israel, 60; rescate en En-

tehbe c, 30

 Jeme'r Rojo, 30

  judíos, 22

  jurisdicción: en el debate

Sepúlveda-Las Casas,

22-23, 39-40; intervención y, 22,38-40; la guerr a contra Iraq y la

cuestión de la, 39-40

Kosovo, 11, 33, 34, 36, 42

Kouclmcr, Bernard, 34-36

kurdos, 41

"La ciencia como vocación" (Webcr), 103

"La política como vocación" (Webcr), 103

Las Casas, Bartolomé de ,

16n, 17-18, 20n, 43-46,47, 57, 60; véase también

debate Sepúlveda-LasCasas

l£¡)roü álngérmce, 33

legitimidad, 92-93, 95, 98

Leyes Nuevas (Carlos V ) ,

17-18

liberalismo, 71

Liberta, 33

l ibre albedrío, 25limpieza étnica, 38, 42

Losada, Angel, 20n

materias primas, 75-76

Médicos sin Fronteras, 28,

34

medios, 11

meritocraeia, 99Milosevic, Slobodan, 36,

39

modernidad, 49-50, 644Ì5,96

Montesquieu, barón de ,

48 , 54, 66

movimientos de liberaciónnacional, 27, 58, 61, 06

mu n do árabe-islámico,véase Oriente Medio

musulmanes, 22, 41

Naciones Unidas, 27, 31,

32 , 34; doctr ina de no

interferencia de las, 27;

los derechos humanosy las, 27-28, 31-32,40

nazismo, 51

Nehru, Jawaharlal, 27Newton, Isaac, 69, 87

no intervención, doctrinade la, 27

occidentalismo, 65

Organización de Liberación Palestina (ou), 60

Organización de l Tratadode l Atlántico Norte( O T A N ) , 39-40

organizaciones no gubernamentales ( O N G ) , 28 ,

33

Oriemal ism i n crisis"(Abdel-Malek), 51-52

orientalismo.47-67, 68-69,

92 , 96-99, 100; Abdel-Malek sobre el, 51-52,

58, como choque de ci

vilizaciones, 98 ; comoestilo de pensamiento,51-53, 55, 58; el relativismo radical y el, 63¬

64; giro político y el,

51-52; hipocresía del,

96 ; impugnado por el

universalismo cientí

fico, 68; la ciencia y ladecadencia de l, 98-99;

la economía-mundo y

el , 66; la modernidad y

el , 49-50, 64-65; la revolución mundial de

1968ycl ,59,61,66,85;

las zonas de civilizaciónavanzada y el , 47-49, 50;

revisión crítica del, 58¬

62; Said sobre el , 52-55,58-61, 65-66

Oriente Medio, 51 , 55, 60;

véase también Persia

Oslo, Acuerdos de, 60

particularismo, 56-57, 66¬

67, 92

Paulo I I I , papa, 17

Persia, 47, 48; véase ttmbiénorientalismo

personal, como costo de

poder: de las ideas, 92-107:

discurso del, 11-14, 12;

giro en el, gcopolítico,5 8 ^ 1 ; militar, 20,29-30,

4748, 92-93, 95

política exterior, visión realista de, 28

poscolonialismo, 54

posmodernismo, 54, 61

producción, 78; costos de,

72-77; desplazamientode la, 73-76

progreso, 69, 97

pueblo, derecho de sobe

ranía del, 31,84

racismo, 51, 107

Reagan, Ronald, 29

rehenes, toma de, 30

relativismo moral , 22

relativismo radical. 63-04

relativismo: moral¿ 22; ra

dical, 6&64Revolución francesa, 84

revolución mundial de

1968, 59. 61,66,85

R ua nd a 11, 33, 35

Rusia. 40 ; véase tambiénUnión Soviética

Said, Edward, 52-55, 58-61,65-66

segunda guerra mundial ,

giros ]idílicos despuésdéla , 51

Senega), 102

12 0 ÍNDICE ANALÍTICO

Scnghor, Lcopold-Sédar,101

Sepúl ve da, J uan Cines de ,

universalismo científico,68-91; el confl ic to h u

manidades-ciencia y el ,

ÍNDICK ANALÍTICO

79; sistema de profesorado de las, 85

12 1

Wcber, Max, 103

"Yugoslavia, 32, 36

Page 60: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 60/63

18-21, 23, 25, 31-33,35¬

37,41-42,46,47,57,93¬

96; véase también debate

Sepúlveda-Las Casas

Serbia, serbios, 32, 33, 36,

40, 42

servicios de salud, 76

scxismo, 107"

Sierra Leona, 33

soberanía: de los pueblos,31-32, 84; l impieza ét

nica y, 38, 42: tensiónentre intervención y,

34-35Sociedad de Cultura A f r i

cana, 102

Sublimis Deus (Paulo I I I ) ,

17

Sudán, 33

Tanzania, 30

teoría de l me di o no ex

cluido, 104terrorismo, 11,40-41; gue

rra al , 95

toxif i catión, 76

trabajo, 71

Trouil lot , Michei-Rolph,37 n

mtsis, 33

Uganda, 30

Unión Europea, 35, 39Unión Soviética, 29; des

plome de la, 32

80-84; las ciencias sociales y el, 77, 84-85,

89-90, 104; raíces del ,

68-69; véase también co

noci mi ent o , estructuras del

universalismo: científico,véase universalismocientífico; convocaciónal , en el discurso delpoder, 11-14: debilidaddel, humanista, 68; distorsionado por el dis

curso de l poder, 12; elorientalismo impugnado por el, científico,92; giro geopolít.ico del

pod ery el, 58-62; particularismo y, 56-57, 66,

67; pugna entre el, eu-ropeoy el universal, 13;

valores compartidos y

el , ttái.sí valores univer

sales; variedades de llamados al, 12

universidades, 77-80, 89;

"secundarización" de

las, 86; comercialización ile las, 85-86;

como insüiuciones burocráticas, 77-78; espe-

cialización en las, 82¬

83; expansión de las,79-80; la producción de

conocimiento y las, 78-

valores universales, 11-14,

56; falsa neutralidad de

los valores y los, 103;

múltiples definicionesde los, 62-63

verdad universal, 11, 12,

13, 99-100

Vietnam, 30

g

zonas de civilización avanzada, 47-49, 50; estructuras burocráticas de

las, 47-48; ignoranciaoccidental acerca de

las, 48-49

Í N D I C E

Page 61: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 61/63

AGRADECIMIENTOS 9

INTRODUCCIÓN: LA POI .['TICA DEI . UNTvERSALISMO

flOY 11

1. ¿INJERENCIA EN 1 OS DERECHOS DE QUIÉN?

VALORES UNIVERSALES VS. BARBARIE 15

2. ¿SE PUEDE SER NO ORIENTAI J5TÀ?

PARTICI..! ABISMO ESENCIAIJSTA 47

3. ¿CÓMO SABER LA VERDAD?

UNIVERSALISMO (3ENTÍIKO 68

4. EL PODER DE 1AS IDEAS, I AS IDEAS D E PODER:

¿DARYRhClIYIR? 92

B I B L I O G R A F Í A 109

ÍND ICE ANALÍT ICO 113

Page 62: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 62/63

impreso en productora gráfica

Capuchinas núm. 378col. evolución57700 edo. de méxicoagosto de 3007

Otros títulos del autorpublicados por Siglo XXI

Page 63: Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

8/8/2019 Immanuel Wallerstein - Universalismo Europeo, El Discurso Del Poder

http://slidepdf.com/reader/full/immanuel-wallerstein-universalismo-europeo-el-discurso-del-poder 63/63

El moderno sistema mundial, 3 volúmenes

(1979-1998)

El capitalismo histórico (1 98 8)

Abrir las ciencias sociales. Informe de la

Comisión Gulbenkian para ¡a reestructuración de

las ciencias sociales (1996)

Después del liberalismo (1996)

impensar las ciencias sociales (1998)

Utopística o las opciones históricas del siglo xxi

(1998)

Conocer el mundo, saber el mundo: el fin de lo

aprendido (2001)

Estados Unidos confronta al mundo (2005)

Análisis de sistemas-mundo. Una introducción

(2006)