história 9º ano - a europa e o mundo no limiar do século xx

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História 9º ano: A Europa e o Mundo no Limiar do Século XX I1 – Apogeu e o declínio da influI1 I1. Apogeu e o declínio da influência Europeia

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História 9º ano: A Europa e o Mundo no Limiar do Século XX

I1 – Apogeu e o declínio da influI1 I1. Apogeu e o declínio da influência Europeia

1 – O Imperialismo do século XX

Causas da superioridade Europeia (finais séc. XIX)

“Era a fábrica do mundo” a maior parte da produção industrial era Europeia;

Dominava o comércio mundial; Possuía a maior parte da frota mercante mundial; Tinha uma superioridade tecnológica e científica; Os principais museus, bibliotecas e universidades localizavam-se

na Europa; Os principais bancos do mundo eram da Europa e emprestavam

dinheiro a todos os países; As cidades maiores e mais populosas eram Europeias e os

europeus emigravam para todos os cantos do mundo.

Principais potências Europeias

Reino Unido; França; Alemanha; Bélgica.

As causas do interesse nas colónias

As colónias: Forneciam matérias primas baratas; Permitiam explorar mão-de-obra barata; Eram mercado de escoamento.

Isto leva ao colonialismo (domínio político,militar, económico de uma metrópole sobre uma colónia)

Conferência de Berlim (1884-1885)

Participantes: Todos os países com colónias em África. Objetivo: Decidir as condições de posse de termos em África. Determinações: Não bastava ter descoberto uma terra para a

possuir, era preciso ocupá-la, ou seja, o direito de descoberta foi substituído pelo princípio da ocupação efetiva do território.

Resultados: Continente Africano é dividido pelos países europeus sem ter em conta a geografia e a cultura dos povos que aí habitavam. Foram beneficiados os países mais ricos.

O Ultimato Inglês e a questão do mapa cor-de-rosa

Portugal tinha um plano de unir Angola e Moçambique. Este plano chocava com o plano Inglês de fazer um caminho de ferro para unir Cairo (Egito) ao Cabo (África do Sul).

O Rei Inglês lança um ultimato a Portugal: ou abandonam o plano ou terá guerra. O Rei D. Carlos cede, temendo uma guerra com um país mais forte e do qual dependia economicamente.

Isto levou ao descrédito da Monarquia e ao crescimento das ideias republicanas.

2 – O Atentado de Saraievo

O Atentado de Saraievo

A 28 de Junho de 1924 aconteceu o assassinato do arquiduque Francisco Fernando herdeiro do trono austro-húngaro e da esposa a tiro, por um estudante da Bósnia. A Áustria-Hungria juntamente com a Alemanha declaram guerra à Sérvia que era aliada da Rússia acionando assim o sistema de alianças. Ficando assim marcado este dia como “o acontecimento que marcou o início da 1ª Guerra Mundial”.

3 – A I Guerra Mundial

Antecedentes da 1ª Guerra Mundial

Rivalidades entre o Reino Unido, Alemanha e França; A França deseja recuperar as zonas de Alsácia e Lorena que tinha

perdido para a Alemanha na Guerra Franco Prussiana; Crescem os nacionalismos, por exemplo o pangermanismo (desejo

de unir todos os povos de origem alemã) e o paneslavismo (desejo de unir todos os povos de origem eslava);

Vivia-se um clima de paz armada: - Corrida ao armamento; - Política de Alianças.

Tríplice Entente ou Entente Cordiale: França; Império Russo; Reino Unido

Tríplice Aliança: Alemanha; Império Austro-Húngaro; Itália (saiu em 1915)

1ª Guerra Mundial: Fases da Guerra

1ª Fase: (Alemanha; Áustria-Hungria; Turquia) (Reino Unido; Rússia; França)

Guerra de Movimentos – 1914/1915 (3 frentes): - Frente Ocidental

- Frente Oriental- Frente Balcânica

A Alemanha tinha um plano de conquistar a Europa rapidamente (Schlieffen). Invade a Bélgica e entra na França mas é travada pelos franceses na batalha de Marne. Usam artilharia pesada e metralhadoras.

Muda a estratégia. 1914 – Campos da Morte

2ª Fase: (Áustria-Hungria; Alemanha; França; Rússia; Reino Unido) Guerra das Trincheiras – 1915/1917

Os soldados refugiavam-se nas trincheiras que eram valas cavadas no solo protegidas por arame farpado;

Falta de higiene, piolhos, ratazanas; Alimentação pobre; Medo constante dos ataques do inimigo (ataques com gás); Soldados escreviam cartas.

Entradas na Guerra: Nos aliados: Grécia; Itália; China; Japão; Portugal; Brasil.

Bloco Central: Bulgária Esta fase levou ao crescimento do número de mortos, só na batalha de

Verdun e na ofensiva de Somme contou com 2 milhões de mortos. 1917 – Entrada dos EUA na guerra – saída da Rússia – Tratado de Brest-

Litovsk

Armas usadas na Guerra: granadas; metralhadoras; canhões; baionetas; zepelins; aviões; tanques de guerra; fosgénio (COCL2)

3ª Fase: Guerra de Movimentos: 1918

Com a entrada dos EUA- Os aliados ganharam, soldados frescos e muito armamento permitindo a sua vitória.

A Alemanha assina o Armistício a 11 de novembro de 1918.

A GUERRA CHEGA AO FIM

Consequências da Guerra

8 milhões e meio de mortos; 20 milhões de feridos; Falta de mão de obra; Destruição de campos, estradas, indústrias (exceto a indústria das

armas); A inflação, ou seja, subida acentuada dos preços leva à

desvalorização monetária; Diminui o poder de compra; Miséria e revolta social.

Causas da Participação portuguesa na Guerra

Defender as colónias portuguesas em África que estavam a ser atacadas pela Alemanha desde 1914;

Afirmar a aliança portuguesa com o Reino Unido; Levar os países europeus a reconhecerem o novo regime político

português (a república); Participar nas conferências de paz ao lado dos vencedores.

Caraterísticas da participação portuguesa na Guerra

Em 1916 Portugal confisca os navios alemães que estavam ancorados nos portos portugueses, a pedido do Reino Unido.

Alemanha declara guerra a Portugal.

Prepara-se o corpo expedicionário português (CEP), enviado para a frente ocidental.

Envio de tropas para as colónias (Angola e Moçambique)9 de abril de 1918: Batalha de La Lys

Exercícios:

1. Explica a supremacia europeia nos finais do século XIX.2. Identifica as principais potências coloniais do século XIX.3. Relaciona o imperialismo do século XIX com os processos de

industrialização.4. Explica a importância da conferência de Berlim (1884-1885) no

processo de partilha do continente africano.5. Enuncia as causas e as fases da I Guerra Mundial.6. Refere os custos humanos e materiais da I Guerra Mundial.7. Descreve a participação portuguesa na I Guerra Mundial.

História 9º ano: A Europa e o Mundo no Limiar do Século XX

I2 – As transformações políticas, económicas, sociais e culturais do após guerra

1 - O Tratado de Versalhes

Tratado de Versalhes

28 de junho de 1919 Tratado de paz que os países vencedores impõem à Alemanha, que

determinava que: A Alemanha perde as suas colónias; A Alemanha perde as minas de carvão da Bacia do Sarre, e as

zonas de Alsácia e Lorena para a França; A Alemanha é obrigada a reduzir o seu exército, o armamento e

deixa de ter serviço militar obrigatório; A Alemanha paga indemnizações aos países vencedores.

A Alemanha considera o tratado vergonhoso chamando-lhe Diktat.

Transformações Geopolíticas

Fim dos grandes impérios: (império alemão, russo, otomano, austro-húngaro);

Surgem novos estados (Polónia, Checoslováquia, Jugoslávia, Hungria, Áustria, Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia);

Afirmam-se mais regimes republicamos e democracias parlamentares.

A Sociedade das Nações (SDN)

Data Fundada – 1919 Objetivos – Manter a paz;

Promover a cooperação económica e cultural entre os estados.

Sede – Genebra, Suíça

Causas do Fracasso da SDN: Os EUA não aderiram; Não se fez respeitar e não conseguiu evitar um novo conflito (a 2ª Guerra Mundial).

2 – As transformação económicas e sociais do após guerra

Situação Económica e Social da Europa no Pós-Guerra

Economia: Diminuição da produção agrícola; Diminuição da produção industrial exceto a indústria

das armas (bélica); Aumentou a dívida externa; Preços sobem; Inflação cresce; Diminuiu o poder de compra.

Sociedade: Más condições de vida da classe média e do operariado;

Greves e manifestações; Maior participação da mulher no mundo do trabalho.

Os EUA tornam-se a primeira potência económica mundial.

Novo modelo de produção industrial (EUA)

Produção em série/massa (produz-se em grande quantidade um modelo único);

Trabalho em cadeia (processo de produção divide-se em tarefas muito simples desempenhadas pelos trabalhadores.

A Rússia nas vésperas da revolução

Politicamente: O Czar governava de forma absoluta concentrando em si todos os poderes, apoiado pela nobreza e pelo clero.

Socialmente: Sociedade de ordens; Privilegiados: clero e nobreza (48%); Possuíam terras, cargos e riquezas embora fossem

uma minoria. Não privilegiados: camponeses (80%) e proletariado

urbano (2%).

Economicamente: Predominava a agricultura de baixa produtividade (as técnicas e instrumentos eram rudimentares e utilizavam mão-de-obra servil os mujiques);

Indústria pouco desenvolvida localizada em três cidades: Moscovo, São Petersburgo, Odessa.

Domingo Sangrento

Foi um protesto popular em que os manifestantes pediam pão, melhores condições de vida e de trabalho mas são recebidos a tiro pelas tropas de Czar.

Mas o Czar faz algumas concessões: permite a criação da Duma, ou seja, Parlamento e ainda o aparecimento de partidos políticos.

Desenvolvem-se vários partidos destacando-se o partido operário social democrata que se divide em Bolcheviques e Mencheviques. Os Bolcheviques defendem a revolução violenta e a instauração da ditadura do proletariado enquanto que os Mencheviques defendiam a criação de um regime liberal semelhante aos outros estados da Europa.

Consequências da participação da Rússia na Guerra

Mortalidade dispara; Falta de mão-de-obra; Preços sobem; Falta de alimentos; Greves e manifestações.

3 – A Revolução Soviética de 1917

Revolução de Fevereiro

Revolução Burgessa; Povo junta-se ao exercito; Czar abdica; Forma-se um governo provisório liderado por Lvov e Kerenski; Querem instaurar uma Monarquia Constitucional.

Medidas: libertação dos presos políticos e regresso dos exilados; mantém a Rússia na Guerra.

Nas cidades formam-se os sovietes camponeses e operários que eram contra o governo.

Revolução de Outubro

Revolução organizada por Lenine e Trotsky; Governo Provisório dissolve-se; Lenine assume o poder e estabelece a ditadura do proletariado; Rússia sai da guerra (Tratado de Brest-Litovsk); Revolução comunista.

Medidas da ditadura do proletariado

Fim da propriedade; Os campos são entregues a sovietes camponeses; As fábricas são controladas pelos sovietes operários.

Início de uma guerra civil (1918-1921)

Exército Vermelho: bolchevique, liderado por Trotsky.

Exército Branco: opositores aos bolcheviques, apoiados por tropas inglesas, francesas, americanas e japonesas.

Lenine adota o comunismo de Guerra.

Medidas do comunismo de guerra

Nacionalização dos meios de produção (bancos, transportes); As colheitas são entregues ao estado que depois as distribui; Não há liberdade de comércio; Censura; Polícia Política (Tcheca); Partido Único: partido comunista.

Consequências do comunismo de guerra e da Guerra

A situação da Rússia piorou, havia baixa produtividade agrícola, fomes e revoltas, a guerra provocou destruição e morte.

Para resolver a situação Lenine adota novas medidas a NEP (Nova Política Económica).

NEP Camponeses podem vender no mercado os seus excedentes agrícolas; Liberdade de Produção Industrial para as impresas com menos de 20

operários; Promovem investimentos de estrangeiros.

Resultados da NEP: Positivos: recuperação económica.

Negativos: Kulak’s: proprietários de terras enriquecerem pondo em causa o ideal do comunismo: a igualdade de todos, o fim da exploração do Homem pelo Homem. Nepmen: Homens de negócios da NEP.

1922: surge a URSS – União das republicas socialistas soviéticas. 1924: morre Lenine – Sucede-lhe Estaline.

4 – As transformações socioculturais das primeiras décadas do século XX

Uma nova mentalidade

A grande burguesia impôs-se, controlando a indústria, o comércio internacional, a banca e defendendo valores próprios. O número de operários aumentou e as diferenças entre estes dois grupos passaram a ser maiores. Verificou-se o alargamento do sector dos serviços, engrossando a classe média, constituída por funcionários públicos, profissionais liberais, comerciantes e industriais.

Padrões de Vida

Os padrões culturais e os valores tradicionais sofreram transformações:

O bem-estar; O dinheiro; A riqueza.

Para as camadas de população mais enriquecidas, o prazer e a boémia passaram a ter um significado especial.

Na família verificou-se um maior empenho na educação dos filhos, incentivado pelas teorias pedagógicas. Os próprios Estados começaram a preocupar-se mais com o ensino e a educação.

Enquanto à mulher, da classe média, passou a trabalhar fora de casa e a dedicar-se a actividades sociais.

5 – A emancipação feminina

A emancipação feminina Nos anos 20, a mulher assumiu uma atitude moderna e na maioria das

vezes causou espanto com suas atitudes consideradas avançadas para o seu tempo. Há uma quebra da hierarquia do público-privado, e a mulher começa a ser vista passeando sozinha pelas ruas dos grandes centros. O habitual era o homem sair de casa, enquanto a mulher se dedicava às tarefas domésticas. Com a mulher tornando-se "moderna", essa hierarquia "habitual" é invertida. As mulheres passam a frequentar espaços públicos, sai para ir às compras, para tomar chá e refrescos, para ir à praia e para dançar em clubes nocturnos. Esta inversão causa um descontentamento por parte dos homens, que desejam que a mulher retorne ao lar e continue com as tarefas domésticas. Existe também um receio que as mulheres ocupem os lugares dos homens na sociedade, e assim, a igualdade dos sexos passa a ser discutida como nunca antes visto.

    O papel da mulher na sociedade europeia teve algumas alterações durante a guerra, dada a escassez de homens na população activa. Depois de a grande guerra acabar, algumas mulheres lutaram pelos seus direitos, como o direito à igualdade, em especial à igualdade política. Desde o início do século XX, as sufragistas combateram pelo direito ao voto feminino e conseguiram-no conquistar, nomeadamente na Alemanha.

Vestuário da mulher A mulher apresentava-se com vestidos arrojados, a saia pelo joelho, feitos

de tecidos leves, de corte elegante, cintura descida quase sempre rodados, cores suaves bem combinadas. Para ocasiões à noite, os vestidos eram compridos, elegantes, de tecidos leves e quentes, adornados de peles valiosas.

Os sapatos, eram variados, desde sapatos decotados com fivelas enfeitadas de pedrarias ou outros motivos mais singelos até aos de presilha com o rebordo destacado por pele de outra cor. Os saltos não eram muito altos.

Os chapéus, usados desde finais do século XIX, tornavam-se agora indispensáveis e consideravam-se um complemento das toilettes do dia-a-dia. Os modelos de chapéus adaptavam-se aos cortes de cabelo, e um dos cortes muito conhecido era o "à la garçonne". Era um corte impecável que deixava o cabelo curto, de forma a descobrir o pescoço, mas acompanhando o contorno da cabeça. Havia mulheres que cobriam a testa com a franjinha, dando mais realce aos olhos e às maçãs do rosto. Outras preferiam o cabelo frisado, ou seja, com caracóis volumosos ou com ondas largas feitas com um ferro específico, a este penteado dava-se o nome de "à marcel".

Cultura de massas Cada vez mais camadas da população tinham acesso às novidades

da época, nos domínios na imprensa (jornais, revistas), da rádio e do cinema.

As primeiras décadas do século XX viram surgir a chamada “cultura de massas” (massificação=generalização), em especial nos países mais desenvolvidos. Milhares de pessoas seguiam e liam as notícias, ouviam os programas ou a música, viam filmes de vários géneros (comédia, drama, western, épico, biográfico, terror, documentário, ficção cientifica, entre outros), assistiam a provas desportivas (futebol, ténis, atletismo, ciclismo, natação, remo, boxe ou automobilismo; os jogos Olímpicos da Era Moderna começaram em 1896).

Surgiram importantes descobertas nos domínios da física (Albert Einstein), da astronomia (Georges Lemâitre), da medicina (Alexander Flaming) e das ciências humanas (Psicologia, História; estudos sobre Psicanálise). Os progressos técnicos foram evidentes: Automóvel, máquina fotográfica, construção civil, frigorífico, aspirador ou máquina de lavar roupa.

Imprensa: outras obras

Apareceram vários romances de aventuras, policiais (Agatha Christie) e banda desenhada como:

Rato Mickey; Tintin; Super-Homem; Tarzan; …

Imprensa

Surgiram vários jornais como:

“Daily Express” – na Inglaterra “Folha Nova” – Portugal, Porto “O Século” – Portugal, Lisboa

Rádio

O primeiro programa surgiu nos EUA nos anos 20. As principais cadeias de rádio foram:

EUA – NBC (1926) e CBS (1929) Inglaterra – BBC (1927) Portugal – Rádio Clube Português (1928) e a Emissora

Nacional (1935)

Cinema

Podemos destacar algumas estrelas desta arte como: Rodolfo Valentino, Fred Astaire, Ginger Costa e o Charlot.

Primeiro nasceu o Cinema Mudo e só depois o Sonoro.

Em Portugal estar arte surgiu com Aurélio dos Reis e o primeiro filme sonoro foi a “Canção de Lisboa” com a Beatriz Costa.

Os primeiros Óscares surgiram em 1929.

Desenvolvimento das Ciências

Física – Albert Einstein (Físico alemão que desenvolveu a Teoria da Relatividade)

Química – Casal Curie – isolaram o Rádio (metal radioativo) Biologia – Descoberta das enzimas, das Vitaminas A e B e da

Penicilina com Fleming (1928) Astronomia – Descoberta que o espaço celeste é curvilíneo e a

teoria do Big-Bang. Psicologia – Estudo da mente com Freud.

Ciências humanas e sociais

História – Surgimento da História Global das sociedades humanas. Arqueologia – Descoberta de Fósseis Humanos e do túmulo de

Tutancámon (1922)

Outras Ciências – Demografia, Geografia, Economia e Antropologia.

Novos materiais – Baquelite, PVC, nylon, aço, cimento e o plástico.

Surgiu da Fotografia.

6 – As principais correntes artísticas

As principais correntes artísticas Expressionismo:

O artista utiliza cores fortes e uma pincelada mais espontânea e expressiva para dar forma plástica aos sentimento: amor, ciúme, medo, angústia ou solidão.

Deforma a figura e exagera a cor para realçar o sentimento. Faz, normalmente, uma crítica social, por exemplo à prostituição, ou à

miséria humano. Esta corrente artística teve mais expressão na Alemanha. Alguns Artistas: Ernst Kirchner, Emil Nolde, Otto Dix, Edvard Munch.

Fauvismo: A cor é exaltada em detrimento de forma; Usadas com total liberdade, as cores não correspondem à realidade. Utilizam-se cores puras, vivas, brilhantes e contrastantes, que se

justapõem na tela em grandes manchas de tinta uniforma. Retratam-se, normalmente, paisagens e espaços ao ar livre. Alguns Artistas: Henri Matisse, André Deraine e Maurice Vlamick.

Cubismo: As figuras e os objetos são geometrizados (cubos, cones,

cilindros, esferas) e decompostos em partes, que se sobrepõem no mesmo plano. Abandona-se progressivamente a perspetiva, abrindo-se caminho à arte abstrata.

O artista representa os objetos ou as figuras como se se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais ao mesmo tempo. Pretende com isso dar uma visão mais completa do objeto e mostrar que as perspetivas que temos das coisas dependem do olhar do observador.

Numa primeira fase, predominam três cores: azul, cinzento e castanho. Numa segunda fase fazem-se colagens de diferentes materiais.

Fundadores: Pablo Picasso e Georges B raque.

Futurismo: Recusa o passado e a tradição e exalta o futuro e a

revolução. Procura captar o dinamismo da vida moderna, a tecnologia,

a velocidade e o movimento. Retrata cenas em movimento, sobrepondo na tela várias

imagens sequenciais da mesma figura. Alguns Artistas: Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo

Càrra, Luigi Russolo

Abstracionismo: A pintura não é figurativa – não representa aspetos do mundo

exterior, emerge do mundo interior do artista, revelando pensamentos, emoções, ideias.

A pintura retrata pontos, linhas e figuras geométricas – triângulos, círculos, quadrados.

A pintura é reduzida aos seus elementos mais simples e puros – linhas verticais e horizontais e cores primárias, numa busca da verdade e d aessência das coisas.

Alguns Artistas: Wassily Kandinsky, Piet Mondrian e Kazimir Malevich

Surrealismo: Procura expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos e o seu

caráter ilógico, irracional e imaginário; por isso, as pinturas representam figuras estranhas colocadas em ambientes bizarros.

Movimento influenciado pelas teorias psicanalíticas de Freud. Alguns Artistas: Salvador Dalí, Max Ernst, René Magritte.

Exercícios:

1. Explica as principais transformações geopolíticas decorrentes da I Guerra Mundial.

2. Enuncia as principais transformações económicas do após guerra.3. Carateriza sucintamente a Rússia czarista ao nível político,

económico e social.4. Explica a evolução política da Rússia de 1905 a 1924.5. Carateriza a sociedade europeia nas duas primeiras décadas do

século XX.6. Carateriza a cultura de massas.7. Aponta os principais progressos científicos ocorridos nas

primeiras décadas do século XX.8. Distingue as principais correntes estéticas que marcaram a

evolução das artes.9. Indica alguns dos principais vultos e obras de referência do

modernismo português.

História 9º ano: A Europa e o Mundo no Limiar do Século XX

I3 – Portugal: da 1ª República à Ditadura Militar

1 – Crise e queda da monarquia constitucional.

Situação portuguesa nos finais do séc. XIX Na Economia:

Predominava a agricultura de baixa produtividade; Indústria pouco desenvolvida (falta de capitais impedia a

modernização; havia concorrência de produtos ingleses); Balança comercial deficitária; Pedido de empréstimos ao estrangeiro: Desvalorização da moeda; Aumento do desemprego; Aumentam os impostos; Manifestações e greves.

Na política: Ultimato Inglês; Modo devida do rei (caçadas, convívios, prefere dedicar-se à cultura

e à arte do que à política); Crise cada vez maior.

Cresce o partido republicano.

31 de janeiro de 1891

Levantamento militar no Porto, para implantar a república (sem sucesso)

Ditadura de João Franco - 1906

João Franco: Dissolve as cortes; Ordena a censura; Condena os presos políticos republicanos ao degredo.

1908 – O Regicídio

O rei D.Carlos e o príncipe herdeiro, Luís Filipe, são assassinados.

D.Manuel II sobe ao poder, demite João Franco mas as dificuldades económicas mantêm-se.

5 de outubro de 1910: Implantação da República

Forma-se um governo provisório presidido por Teófilo Braga. 1ºPresidente da república – Manuel de Arriaga. Símbolos do novo regime: a bandeira nacional; o hino nacional e a

moeda (escudo).

2 – As realizações e dificuldades da 1ªRepública (1910-1914)

A nova constituição de 1911

1. Direitos Individuais:Igualdade; liberdade religiosa; ensino primário e obrigatório; liberdade de expressão; liberdade de reunião; direito à propriedade.

2. Soberania pertence à nação.

3. Separação dos poderes:

Poder Legislativo: congresso, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.

Poder Executivo: Governo e o Presidente da República Poder Judicial: tribunais.

4. Sufrágio (voto) com restrições – só votavam homens, maiores de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família.

Medidas da 1ªRepública

1. Na sociedade e trabalho: Semana de trabalho de 48 horas (6 dias/semana); Direito à greve; Proteção na velhice e na doença; Assistência aos filhos ilegítimos; Direito ao divórcio.

2. Na laicização do estado: Lei da separação da igreja e do estado; Nacionalização dos bens da igreja; Proibição do ensino religioso nas escolas; Expulsão das ordens religiosas; Registo civil obrigatório para nascimento, casamentos e

óbitos.

3. Na educação: Criam-se escolas primárias; Escolaridade obrigatória para as crianças dos 7 anos aos

10 anos; Fundam-se escolas agrícolas, indústrias e técnicas; Criam-se escolas para a formação de professores; Fundam-se as universidades de Lisboa e do Porto.

Causas da Instabilidade e do Descontentamento social durante a 1ªRepública

Descontentamento Social: Nobreza perdera os seus títulos e privilégios; Clero perdeu bens, algumas ordens religiosas foram

expulsas, a sua influência reduziu-se; Os operários e classes médias continuaram com dificuldades

económicas devido ao aumento do custo de vida, salários baixos e falta de alimentos devido à participação na guerra.

Instabilidade Política: 45 governos em 16 anos (alguns duraram menos de uma

semana); Divergências dentro do Partido Republicano; Submissão do poder executivo ao poder legislativo; Conspirações monárquicas, greves e manifestações

provocam a queda dos governos.

3 – O derrube da 1ªRepublica e a sua substituição por um regime ditatorial (1914-

1926)

1917 – Ditadura de Sidónio Pais. Autoritário, amado por uns e odiado por outros, é assassinado em 1918.

O descontentamento generalizado e o medo do crescimento do comunismo levam a um golpe de estado.

28 de maio de 1926 – O general Gomes da Costa instaura a ditadura militar – é o fim da 1ªrepública.

Medidas

Fim do governo e dissolução do parlamento;Destituição do Presidente da República, Bernardino Machado;

Suspensão das liberdades individuais; Censura à imprensa; Proibição de sindicatos e de partidos políticos; Republicanos e sindicalistas presos e deportados ou exilados.

1928 – Salazar toma posse como Ministro das Finanças.

Óscar Carmona é eleito Presidente da República.

Exercícios:1. Relaciona a situação económica e financeira de Portugal nos finais do século XIX

com o crescente descontentamento social e político.2. Identifica os fatores que contribuíram para a queda da monarquia

constitucional.3. Descreve sucintamente os acontecimentos do 5 de outubro, identificando a base

social de apoio da república.4. Avalia o alcance das primeiras realizações da 1ªrepública a nível social, religioso,

educativo e financeiro.5. Explica o descontentamento criado por medidas da 1ªrepública em largos

setores da população portuguesa.6. Justifica a instabilidade política vivida durante a 1ªrepública.7. Explica os efeitos da I Guerra Mundial na situação política, económico-financeira

e social.8. Refere uma tentativa de derrube do regime republicano e de restauração

monárquica.9. Relaciona o crescimento dos adeptos de soluções autoritárias na década de 20

em Portugal com a situação interna do país e com o contexto internacional.10. Reconhece no golpe militar de 28 de maio de 1926 o fim da república

parlamentar e o início da Ditadura Militar.