geografia de israel

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Page 1: Geografia de Israel

GEOGRAFIA BÍBLICA I

adejovane.blogspot.com

Page 2: Geografia de Israel

NOÇÕES DE GEOGRAFIA

GEOGRAFIA BÍBLICA é a parte da GEOGRAFIA

GERAL que estuda as terras e os povos bíblicos

e conduz à História Bíblica.

Page 3: Geografia de Israel

DEFINIÇÕES

GEOGRAFIA é a ciência da superfície da terra.

GEOGRAFIA BÍBLICA é a ciência das terras identificadas com a história da Bíblia.

Page 4: Geografia de Israel

DOUTRINAS GEOGRÁFICAS

1. Determinismo geográfico

2. Possibilismo geográfico

Page 5: Geografia de Israel

DETERMINISMO GEOGRÁFICO• Defendia que o meio era capaz de determinar o modo

de ser de uma sociedade;• O historiador francês Michelet diz o seguinte: “...a

história é desde cedo toda geográfica... Diga-me dos ares, fale-me das águas, conte-me sobre o solo que eu vos direi quem mora lá, pois tal ninho tal pássaro, tal pátria tal o homem”;

• Apesar de sua falta de rigor científico, o determinismo alastrou-se, arrebatou inúmeros adeptos, ganhou força e acabou por enveredar-se pelo racismo;

• Atualmente, a maioria dos autores nega o caráter determinista da Geografia.

Page 6: Geografia de Israel

POSSIBILISMO GEOGRÁFICO

• Ao contrário do determinismo, o possibilismo

geográfico afirma ser o homem capaz de dominar o

meio à medida em que aperfeiçoa suas técnicas e

descobre como melhor aproveitar as matérias –

primas o os insumos que se acham à sua

disposição.

Page 7: Geografia de Israel

A Importância da Geografia Bíblica

É de muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e compreensão da Bíblia.

Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros tornam-se claros quando estudados à luz da geografia bíblica.

Page 8: Geografia de Israel

A Importância da Geografia Bíblica

Deus permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia.

Um exame, mesmo superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras, povos, montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da natureza.

Page 9: Geografia de Israel

O Porquê Dessa Importância

1. A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso.

2. Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentá-los. Através dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais expressivas.

Page 10: Geografia de Israel

O Porquê Dessa Importância

3. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar, mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jerusalém para Jericó");

4. As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista. Ler Dt 32.8.

Page 11: Geografia de Israel

O Porquê Dessa Importância

5. Inumeráveis personagens tomam vida quando estudados à luz da Geografia: Jacó, Moisés e o Êxodo, Davi, Paulo, sem falar em Jesus.

Page 12: Geografia de Israel

O MUNDO ANTIGO

Page 13: Geografia de Israel

Berço geográfico das grandes civilizações; é uma região de“meia-lua” que abrange a Mesopotâmia – mesos + potos = no meio de rios (Tigre e Eufrates), a Terra Santa e parte do Egito. Região fértil, propícia para a agricultura.

Page 14: Geografia de Israel

MESOPOTÂMIA• (Literalmente “entre rios”);• É a vasta região do oeste asiático margeado pelos rios Tigre e Eufrates, que se estende desde os montes da Armênia ao norte até o Golfo Pérsico ao sul, de cerca de um milhão e meio de quilômetros quadrados;• É conhecida também como berço da humanidade, pois é a terra dos primeiros dias da história Bíblica;• Foi nesta região que ocorreu o surgimento do homem, conclui-se então que o jardim do Éden ficava nas nascentes dos rios Tigre e Eufrates (Gn 2.10-14).

Page 15: Geografia de Israel

ROSA DOS VENTOS

Page 16: Geografia de Israel

NAÇÕES CANANEIAS

Page 17: Geografia de Israel

AS NACÕES CANANÉIAS• Os cananeus eram os habitantes da terra de Canaã, o

nome mais antigo da Palestina;• A palavra se refere à cor vermelho-púrpura, um corante

derivado de um molusco Murex existente na costa de palestina e eles eram negociantes fenícios;

• Os cananeus eram bem desenvolvidos nas artes e nas ciências e suas construções eram superiores às que Israel edificava na terra de Canaã;

• Destacavam-se na cerâmica, na música, instrumentos musicais e na arquitetura, e seus artesãos e operários executaram grande parte do projeto da construção do templo de Salomão (I Rs 7:13-51).

Page 18: Geografia de Israel

OS AMORREUS• O nome vem do acadiano amurru, que pode significar

“ocidental” ou “habitantes do cume”;• Depois da queda de Ur, vários reinos amorreus

governaram a região;• Eles eram a tribo mais poderosa das tribos cananéias

(Gn 14:7), localizando-se perto do mar Morto;• Quando Israel ocupou a terra, a leste do mar Morto, que

antes eram dos amorreus, ficaram com as tribos de Rúbem, Gate e a meia tribo de Manassés;

• O próprio rei Hamurabi da Babilônia foi chamado de amorreu.

Page 19: Geografia de Israel

HAMURABIFoi o primeiro grande organizador que consolidou o seu império sobre normas regulares de administração. Tornou-se famoso por ter mandado compilar o mais antigo código de leis escritas, conhecido como Código de Hamurabi no qual consolidou uma legislação pré-existente, transcrevendo-a numa estela de diorito em escrita cuneiforme acádica. .

Page 20: Geografia de Israel

CÓDIGO DE HAMURABI

As leis estão gravadas em um monólito de diorito (rocha magmática ou rocha eruptiva é um tipo de rocha que resultou da consolidação devida a resfriamento de magma derretido ou parcialmente derretido) preto de 2,5 m de altura.

Page 21: Geografia de Israel

PARTE SUPERIOR DO CÓDIGO

Na parte superior do monólito, Hamurabi é mostrado em frente ao trono do rei Sol Shamash. Logo abaixo estão escritos, em caracteres cuneiformes acadianos, os artigos regularizando a vida quotidiana.

Page 22: Geografia de Israel

O TAMANHO DO CÓDIGO EM RELAÇÃO À UM HOMEM MÉDIO

Page 23: Geografia de Israel

ESCRITA CUNEIFORME NO CÓDIGO

Page 24: Geografia de Israel

Esse código tem 282 parágrafos que tratam sobre questões civis, criminais e comerciais;

Há um prólogo que elogia Hamurabi por sua sabedoria e justiça, por sua preocupação com o povo e com a sua promoção do culto aos deuses, em várias cidades da Mesopotâmia;

O epílogo continua com os elogios ao rei e recomenda que as suas estipulações legais à posteridade;

Finalmente há uma maldição invocada sobre quem quer que altere aquelas leis ou apague o que está escrito na estela;

Falso testemunho e bruxaria eram estritamente proibidos; O sequestro era punido com a morte, assim como em Ex

21:16 e Dt 24:7; O adultério com uma mulher casada envolvia a morte tanto

para o homem quanto para a mulher, com Dt 22:22; Os estupradores eram executados, tal como em Dt 22:25.

Page 25: Geografia de Israel

CÓDIGO DE HAMURÁBI TORAH

Pena de morte para roubo de templo ou propriedade estatal, ou por aceitação de bens roubados. (Seção 6)

Roubo punido por compensação à vítima. (Ex. 22:1-9)

Morte por ajudar um escravo a fugir ou abrigar um escravo foragido. (Seção 15, 16)

"Você não é obrigado a devolver um escravo ao seu dono se ele foge do dono dele para você." (Deut. 23:15)

Se uma casa mal-construída causa a morte de um filho do dono da casa, então o filho do construtor será condenado à morte (Seção 230)

"Pais não devem ser condenados à morte por conta dos filhos, e os filhos não devem ser condenados à morte por conta dos pais." (Deut. 24:16)

Mero exílio por incesto: "Se um senhor (homem de certa importância) teve relações com sua filha, ele deverá abandonar a cidade." (Seção 154)

Extirpação por incesto. (Lev. 18:6, 29)

Distinção de classes em julgamento: Severas penas para pessoas que prejudicam outras de classe superior. Penas médias por prejuízo a membros de classe inferior. (Seção 196–;205)

Você não deve tratar o inferior com parcialidade, e não deve preferenciar o superior. (Lev. 19:15)

Page 26: Geografia de Israel

OS JEBUSEUS Eram uma das mais poderosas nações de Canaã que se

estabeleceram próximos ao monte Moriá, onde construíram a cidade de Jerusalém, que chamaram de Jebus, seu primeiro antepassado;

(Gn 10:16; 15:21; Ex 3:8, 17); Josué conseguiu derrotá-los, matando seu rei

Adonizedeque (Js 10), porém eles não foram totalmente subjugados, conseguiram reter sua capital Jebus (Jz 1:8);

Eles somente foram desapossados com Davi e o templo foi edificado na propriedade de um jebuseu chamado Araúna (II Sm 24:18-25).

Page 27: Geografia de Israel

MONTE MORIÁ

Page 28: Geografia de Israel

HETEUS OU HITITAS

• O termo significa terror, podendo se referir ao terror que tribos selvagens impunham aos seus vizinhos;

• São aborígenes do planalto central da Ásia menor e no norte da Síria, onde fundaram um poderoso império em 2000-1200 A.C.;

• Dominavam a escrita cuneiforme;• O império hitita começou com a conquista de Hatusilis I,

que estabeleceu sua capital em Hatusas.

Page 29: Geografia de Israel

CIDADE DE HATUSAS PORTAL DE HATUSA

Page 30: Geografia de Israel

OS HEVEUS• No hebraico quer dizer “aldeões”, um povo que

descendia de Canaã e que ocupava o sul da Palestina (Gn 10:17);

• O território deles começava em Gaza e se estendia para o sul, até o rio do Egito;

• A pátria original dos heveus chamava-se Hazerim, conforme algumas versões;

• A Bíblia portuguesa cita o nome deles como aveus (Dt 2:23);

• Os heveus foram expulsos do seu território pelos filisteus, que fundaram cinco principados.

Page 31: Geografia de Israel

GIRGASEUS• Esse é o nome de uma das sete principais tribos

que residiam na terra de Canaã e que Israel deslocou dali (Gn 10:16; 15:21);

• O nome da principal cidade deles era Carquisa;• É possível que o nome signifique “clientes de

um deus”, provavelmente Ges, que era um deus sumério da luz;

• R. Nachman, religioso judeu, afirma em seus comentários que os girgaseus, temendo o avanço dos israeleitas, retiraram-se para a África.

Page 32: Geografia de Israel

ANU DEUS SUMÉRIO DEUS ENKI

Page 33: Geografia de Israel

POVOS VIZINHOS DE ISRAEL

Page 34: Geografia de Israel

FILISTEUS• Entre 1200 e 1000 a.C., eles foram os principais inimigos do

povo de Israel;• Ocupavam o sudoeste da Palestina, chamada Filístia,

dominando o mar daquelas costas;• Os Filisteus vieram de Casluim, filho de Mizraim (Egito), filho

de Cão (Gn 10:14; I Cr 1:12);• Eles ocuparam cinco cidades-estado principais: Azoto

(Asdode), Gaza, Ascalom (Asquelom), Gate e Ecrom;• Eles tinham três deuses principais: Dagom, Astarote e

Baalzebube;• Eles controlavam as fundições de ferro e mantinham Israel

destituído de ferreiros (I Sm 13:19-22);• Eles também eram ourives competentes (I Sm 6:4, 5);• Do ponto de vista material, a cultura deles era superior à dos

israelitas.

Page 35: Geografia de Israel

ASTAROTE Essa palavra é usada como título com sentido de minha senhora ou minha deusa; Deusa-mãe, consorte de Baal; Era uma deusa da fertilidade, humana, animal e das colheitas, com cultos obscenos e contrários à lei judaica;

Page 36: Geografia de Israel

DAGOM, O DEUS PEIXE

O nome se refere a dag, que no hebraico significa peixe ou cereal; Era um deus da agricultura que estava associado à cultivação ou fertilidade (Jz 16:21-23); Afirma-se que teria sido o pai do grande deus Baal; Várias cidades derivam seus nomes desse deus, como Bete-Dagom (Js 15:41)

Page 37: Geografia de Israel

BAALZEBUBESenhor das moscas ou deus do monturo, que expressa repulsa ao príncipe de toda impureza moral; Alguns supõem que a palavra significa “senhor das habitações”, onde se ocultariam maus espíritos (II Rs 1:2); O nome senhor das moscas pode ser atribuído por ele proteger seus adoradores das moscas; O nome também pode ter sido atribuído porque suas mensagens ou provisões serem rápidas como moscas; Uma terceira razão para o nome é a quase onipresença das moscas, sugerindo uma divindade que está em todos os lugares.

Page 38: Geografia de Israel

AMALEQUITAS• No hebraico, “habitantes do vale” que habitavam a

região do sul da Palestina, bem como a leste do mar Morto e do monte Seir;

• Ocupavam a porção de Israel que coube à tribo de Efraim (Gn 14:7);

• Após o êxodo de Israel, os amalequitas foram os primeiros adversários atacantes (Ex 17:8-13);

• Eles eram tão numerosos como gafanhotos, possuidores de inúmeros camelos;

• Saul foi rejeitado por poupar a vida do rei amalequita chamado Agague (I Sm 15: 1 ss);

• Nos dias de Davi, ele perseguiu e matou vários amalequitas (I Sm 30:1-17).

Page 39: Geografia de Israel

MIDIANITASHabitavam o sul e o leste da Palestina, no deserto ao norte da península da Arábia

Page 40: Geografia de Israel

• O nome deriva-se de Midiã, um dos filhos de Abraão e Quetura;

• Os negociantes que levaram José, filho de Jacó eram midianitas (Gn 37:28);

• Quando Moisés fugiu da ira de Faraó, dirigiu-se à terra de Midiã (Ex 2:15);

• Lá se casou com Zípora, a filha de Jetro, um sacerdote midianita;

• Midiã fazia fronteira com Moabe e quando o povo de Israel saiu do Egito, passando por ali, os anciãos desses lugares contrataram um falso profeta chamado Balaão (Nm 22:1 ss);

• Nenhuma cidade dos midianitas foi jamais descoberta pela arqueologia. Isso é natural, pois nenhum nômade constrói cidades permanentes.

Page 41: Geografia de Israel

MOABITAS• O nome Moabe parece significar “do pai”, ou seja, uma

alusão a como esse povo começou, como descendentes de Ló e sua filha mais velha em 2055 a.C. (Gn 19:30-37);

• Ficavam a leste do mar Morto;• Na época dos juízes de Israel, os moabitas governaram

os israelitas durante 18 anos, graças ao rei Eglom. Somente foram libertos do jugo quando Eúde, um juiz benjamita matou o rei Eglom (Jz 3:12-30);

• Rute, a moabita, casou-se com Boás descendente de Judá e dessa forma, tornou-se antepassada do rei Davi e passou a fazer parte da árvore genealógica de Jesus, o Cristo (Rt 4:18-22; Mt 1:5)

Page 42: Geografia de Israel

• A maior descoberta arqueológica relativa a Moabe, foi a estela do rei Mesa, encontrada em Dhiban, na Jordânia, em 1868;• Essa pedra é conhecida como a Pedra Moabita;• Ela comemora a revolta de Mesa contra Israel e a reconstrução de várias importantes cidades moabitas (II Rs 3:4 ss);• Essa pedra tornou-se particularmente importante por ser a única fonte que nos permite compreender algo da linguagem moabita, além do nos fornecer algumas informações interessantes.

Page 43: Geografia de Israel

AMONITAS• São os descendentes de Amom, filho mais novo de Ló e

de sua filha mais jovem (Gn 19:38);• Viviam em terras a leste dos amorreus;• Eles tomaram um território antes ocupado por uma raça

de gigantes (Dt 2:20);• Quando os israelitas atingiram as fronteiras da Terra

Prometida, foi ordenado que não molestassem os filhos de Amom, por serem descendentes de Ló;

• Todavia, os amonitas não demonstraram hospitalidade para com os israelitas porque foram proibidos de entrar na congregação do Senhor, isto é, de serem membros da comunidade civil dos israelitas (Ne 13:1);

• Eles eram governados por um rei (I Sm 12:12), sua divindade nacional era Moloque (I Rs 11:7) e sua capital era Rabá (Rabate Amom), que posterirmente se chamou Filadélfia. Hoje seu nome é Amam.

Page 44: Geografia de Israel

MOLOQUE

Page 45: Geografia de Israel

MOLOQUENos rituais de adoração havia atos sexuais e sacrifícios de crianças; Estas eram jogadas em uma cavidade da estátua onde havia fogo consumindo assim a criança viva; Ele era, ao mesmo tempo, um fogo purificador, destruidor e consumidor; A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios.

Page 46: Geografia de Israel

EDOMITAS• Ou idumeus, são os descendentes de Esaú (Jz 11:17;

Nm 34:3);• No hebraico, edome, “vermelho”, faz alusão ao cozido

vermelho de lentilhas que Esaú trocou pelo seu direito de primogenitura (Gn 25:30);

• O nome também designa o território do monte Seir, uma área dominada por uma coloração avermelhada;

• Localizavam-se ao sul do mar Morto até o deserto da Arábia;

• Devido à grande mistura de raças, os Edonitas se tornaram um povo distinto e hostil a Israel (I Sm 14:47);

• Em 604 a.C., Edom foi dominada por Nabucodonosor e em 587 a.C., eles ajudaram a destruir a cidade de Jerusalém, regozijando-se grandemente (Sl 137:7; Lm 4:21, 22).

Page 47: Geografia de Israel

MONTE SEIR

Page 48: Geografia de Israel

FENÍCIOS O nome “fenício”, deriva-se do corante púrpura que eles comercializavam na época (kenaani);

Esta região era uma estreita faixa de terra entre o Mediterrâneo a oeste, a cordilheira do Líbano, ou Síria, ao leste, Palestina ao sul e Síria ao norte;

Sua extensão era de 25 quilômetros de largura por 250 de comprimento. Tinha como principais cidades, Tiro e Sidon;

Tão grande foi o poder seu comercial que a palavra “comércio” quase chega a ser sinônimo de “fenício”

Foi da Fenícia, na cidade de Tiro, que veio Jezabel, a rainha que instituiu em Israel o culto a Baal (I Rs 16 e II Rs 11).

Page 49: Geografia de Israel

SÍRIOS Também chamados de Arameus, que no hebraico significa elevado ou exaltado (I Cr 2:23; II Sm 8:5, 6); Em Gênesis 10, temos Arã como filho de Sem e pai de Uz; A maior contribuição dos arameus foi o idioma que se estende até hoje; Por volta de 1000 a.C., a Síria era dividida em vários Estados: Gesur, Zobá, Arã, Damasco. Mas quando o rei de Zobá perdeu uma batalha em 990 a.C. para Davi, os sírios uniram-se sob a liderança de Damasco para formarem uma grande nação;Encontra-se ao norte da Palestina; Na parte oriental fica o célebre Monte Hermom.

Page 50: Geografia de Israel

PALESTINA

Page 51: Geografia de Israel

• O nome deriva-se dos filisteus (peleste), que se estabeleceram nas planícies costeiras do Mediterrâneo;

• A Palestina é bem menor que o estado de São Paulo, com 150 km de norte a sul e 70 km de largura;

• É dividida em duas partes iguais de norte a sul por uma linha de colinas que são a continuação dos montes do Líbano;

• Em 14 de maio de 1948, as Nações Unidas aceitaram a declaração de independência do estado de Israel;

• Israel era novamente uma nação oficial, independente e no seu próprio território da Palestina.

Page 52: Geografia de Israel

3ª4ª

1.4 - Zonas geográficas

A Transjordânia

O Vale do Jordão

Montanhas da Cisjordânia,(ou Palestina propriamente dita)

A zona costeira

O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia

Page 53: Geografia de Israel

TRANSJORDÂNIA

Page 54: Geografia de Israel

VALE DO JORDÃO

Page 55: Geografia de Israel

PETRA CIDADE DA CISJORDÂNIA (PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA UNESCO DESDE 1985)

Page 56: Geografia de Israel

ZONA COSTEIRA DE ISRAEL

Page 57: Geografia de Israel

TRANSJORDÂNIA• O termo em hebreu é eber iordan que significa

“além Jordão”. Transjordânia é a versão latina do mesmo termo;

• Cisjordânia significa “nesse lado” do Jordão, apontando para o lado oeste, enquanto trans significa “leste”;

• Gileade era usado para falar da área leste da Palestina (Dt 34:1; Js 22:9);

• A rodovia do Rei passava por esse território, que também era chamado de via dos reis do leste;

• Israel quando caminhava em direção à Terra Prometida, foi negado o direito de passar por ali (Nm 20 :17, 18)

Page 58: Geografia de Israel

OS CAMINHOS DA PALESTINA

ISRAEL É PONTO DE PASSAGEM:

Caminho do Mar (Via Maris);

Caminho Real (Via Régia);

Isto leva a que esteja um pouco à mercê das pressões do poderio imperial dos povos vizinhos…

Page 59: Geografia de Israel

CANÁ Nome de uma aldeia da porção norte do território da tribo de Aser (Js 19:28);

Hoje a vila se chama Qanah, que fica cerca de dez quilômetros a suleste de Tiro.

Page 60: Geografia de Israel

REINO UNIDO

As doze tribos de Israel constituíam um reino unido nos dias de Davi e Salomão; Após a divisão, a dinastia de Davi continuou até a destruição do reino do sul em 586 A.C. pelas tropas de Nabucodonosor.

Page 61: Geografia de Israel

REINO DIVIDIDO

Após a divisão, o reino de Israel ficou ao norte e o de Judá, ao sul; Além da tribo de Judá, o reino do sul incluía a maior parte da tribo de Benjamim e a de Simeão ao sul da Palestina; Os levitas habitavam essa região,bem como a família de Davi; As principais causas da divisão foram: declínio de Salomão, fatores econômicos, maior poderio de Judá e debilidade espiritual.

Page 62: Geografia de Israel

PALESTINA NO NT

Estava dividida em 5 regiões:

1. Galiléia;

2. Samaria;

3. Decápolis;

4. Judéia e

5. Peréia.

Page 63: Geografia de Israel

GALILÉIA Essa palavra vem do hebraico, galil, que significa “círculo”, “anel”, ou seja, um distrito ou região (Js 20:7; I Rs 9:11); Essa palavra designa uma das três principais divisões da Palestina, na época de Jesus; as outras eram Judéia e Samaria; Essa região ficava cercada de povos gentílicos e passou a contar com uma população mista e diversificada, o que era causa do desprezo dos judeus mais “puros” do sul da Palestina (Jo 7:52); Jesus foi criado em Nazaré e estabeleceu o seu quartel-general em Cafarnaum (Mt 4:13).

Page 64: Geografia de Israel

SAMARIA No hebraico significa “vigia” provavelmente pelo fato da cidade estar situada em um morro alto cerca de 65 km ao norte de Jerusalém; Era uma importante cidade de Israel que se tornou a capital do reino do norte após a cisão com o sul; O rei Onri foi o fundador da cidade; Em 722 a.C., os assírios invadiram o local e os sobreviventes foram levados à Babilônia; Os poucos que ficaram ,se misturaram a povos importados ao local por estrangeiros e o resultado foi o surgimeno dos samaritanos.

Page 65: Geografia de Israel

DECÁPOLIS No grego, “dez cidades”, no NT, o termo denota uma área geográfica onde havia dez cidades próximas umas das outras e unidas por certos costumes e por uma certa população onde predominavam os gentios; Aquelas cidades foram construídas pelos gregos e reconstruídas pelos romanos; No começo do seu ministério, Jesus se dirigiu à Decápolis (Mt 4:25; Mc 5:2); Por causa de Decápolis, Paulo diz que em Cristo, não há judeu ou gentio (Gl 3:28).

Page 66: Geografia de Israel

JUDÉIA Pode indicar a parte ocidental da Palestina (Lc 23:5; At 10:35); Denotava o reino de Judá para distingui-lo do reino de Israel; Após o cativeiro babilônico, esse território tornou-se essencialmente o território ocupado pelo remanescente judeu que voltou para a Palestina; João Batista pregava e imergia no deserto da judéia (Mt 3:1) e Jesus foi tentado ali (Mt4); A região da Judéia possui três características principais: o deserto, as colinas e os vales.

Page 67: Geografia de Israel

CAVERNAS EM QUNRAN NO

DESERTO DA JUDÉIA

achou-se milhares de fragmentos de rolo de papel em onze diferentes cavernas.

Page 68: Geografia de Israel

COLINAS DA JUDÉIAO Herodion, ao sul de Jerusalém, nas colinas da Judéia, é um dos sítios arqueológicos mais notáveis do mundo. Construído pelo rei Herodes, o Grande, contemporâneo ao nascimento de Jesus, suas obras começaram no ano 20 antes de Cristo. No Herodion as paredes eram duplas, dentro das quais circulavam os escravos e guardas. Talvez a origem do ditado: as paredes tem ouvidos.

Page 69: Geografia de Israel

VALES DA JUDÉIA

O vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (1 Rs 10.27).

Page 70: Geografia de Israel

PERÉIA O nome deriva-se do grego “do outro lado”; Localiza-se na região da Transjordânia, na Palestina; Corresponde à antiga Gileade e fica a leste do rio Jordão ; Em suas áreas de nível intermediário, eram cultivadas oliveiras, videiras, trigo e ainda algum pasto ; A fronteira sul da Peréia era Maquero, onde Herodes mandara decapitar a João Batista; Atualmente, a Peréia está incluída no reino hasemita da Jordânia, mas o nome Peréia caiu em desuso há muito tempo.

Page 71: Geografia de Israel

ISRAEL

Page 72: Geografia de Israel

Berço geográfico das grandes civilizações; é uma região de“meia-lua” que abrange a Mesopotâmia – mesos + potos = no meio de rios (Tigre e Eufrates), a Terra Santa e parte do Egito. Região fértil, propícia para a agricultura.

Page 73: Geografia de Israel
Page 74: Geografia de Israel

OS CAMINHOS DA PALESTINA

ISRAEL É PONTO DE PASSAGEM:

Caminho do Mar (Via Maris);

Caminho Real (Via Régia);

Isto leva a que esteja um pouco à mercê das pressões do poderio imperial dos povos vizinhos…

Page 75: Geografia de Israel

1.2 – Nomes da Terra Santa

a) Na Bíblia:• «Terra Santa» (Zac 2, 12; Act 7, 33);• «Terra de Canaã» (Gn 12, 5; 13, 12; Act 13, 19);• «Terra Prometida» (porque Deus fez aliança com Abraão:

a tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egipto até o grande Eufrates);• «Terra dos Hebreus» (Gn 40, 15);• «Terra de Judá» (sul de Israel actual, referente à tribo de Judá. Rt 1, 7);• «Terra de Israel» (Ez 11, 16-20; Mt 2, 20-21);• etc.

b) Outros:• «Kinahhi»• «Khuru»• «Amurru»• «Harus»• «Retenu»• «Palassthu» (Filisteia)

Palestina não é nome bíblico. É de «Filisteia» que deriva «Palestina», por mercê da obras de certos escritores gregos e latinos

NOMES DA TERRA PROMETIDA AO LONGO DA HISTÓRIA…

Page 76: Geografia de Israel

1.3 – Limites geográficos

LIMITES GEOGRÁFICOS

a) A Norte: com o Líbano e a Síria e os contrafortes montanhosos do Líbano meridional, o Monte Hermon e a profunda garganta de Litani;

b) A Este: limitada pelo deserto siro-arábico que acompanha a antiga via das caravanas até ao «Wadi el-Hesa» ( a torrente «Zéred» bíblica), situada a sudoeste do Mar Morto;

c) A Sul: com o Deserto do Neguev, que vai confundir-se com o deserto sinaítico;

d) A Oeste: com o Mar Mediterrâneo, desde a foz do Nahr el-Qasimiyeh até ao Wadi el-Arish (a bíblica «torrente do Egipto»).

Historicamente, os limites de Israel estão ligados às vicissitudes do Povo de Israel (a maior extensão territorial foi nos reinados de David e Salomão e depois no tempo de Herodes).

Comprimento:«De Dan a Bersabé»(Cisjordânia) (cerca de 320km ou 380 km se se soma o deserto do Negueb)«Do Arnon ao sopé do Hermon» (Transjordânia)

Largura: 30 a 50 km na parte Norte; 60 a 80 km na parte Sul

É uma região banhada pelo Mediterrâneo a oeste, tendo ao norte a Fenícia e Síria, a leste e sul a Arábia, e ao sul partes do Egipto.

Page 77: Geografia de Israel
Page 78: Geografia de Israel

MONTE HEMOM (NORTE)

Page 79: Geografia de Israel

DESERTO SÍRO – ARÁBICO (LESTE)

Page 80: Geografia de Israel

DESERTO DE NEGUEV (SUL)

Page 81: Geografia de Israel

MAR MEDITERRÂNEO (OESTE)

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FORTALEZA DE MASSADA

Page 84: Geografia de Israel

• Em 27 de agosto de 70 d.C., os soldados romanos invadiram e queimaram a porta do templo de Jerusalém;

• Porém, Eleazar e seus 960 seguidores, resistiram numa fortaleza chamada de Massada, no deserto próximo ao Mar Morto;

• Eles tinham um reservatório com capacidade para 4 milhões de litros de água vinda de enxurradas;

• Além disso, os rebeldes tinham os depósitos cheios de cereais e tâmaras, o que lhes permitiu resistir durante três anos;

Page 85: Geografia de Israel

• Os romanos construíram uma rampa junto ao despenhadeiro;• Atacaram o muro externo com aríetes, derrubando - o;• Por trás desse muro, os rebeldes construíram outra barreira

com grandes vigas de madeira que resistiram aos aríetes;• Por fim, os romanos atearam fogo à barreira. Ao se darem

conta que o inimigo triunfaria, os rebeldes escolheram dez executores que mataram todo o grupo e queimaram os cadáveres;

• Em 21 de abril de 73 d.C., depois de lançar sortes, um desses dez executores matou seus companheiros e se suicidou;

• Uma mulher idosa e cinco crianças que se esconderam num aqueduto subterrâneo sobreviveram.

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Page 87: Geografia de Israel

Tamanho da cisterna em relação a um homem mediano

Page 88: Geografia de Israel

3ª4ª

1.4 - Zonas geográficas

A Transjordânia

O Vale do Jordão

Montanhas da Cisjordânia,(ou Palestina propriamente dita)

A zona costeira

O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia

Page 89: Geografia de Israel

TRANSJORDÂNIA

Page 90: Geografia de Israel

VALE DO JORDÃO

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PETRA CIDADE DA CISJORDÂNIA (PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA UNESCO DESDE 1985)

Page 92: Geografia de Israel

ZONA COSTEIRA DE ISRAEL

Page 93: Geografia de Israel

A Transjordânia

► Região composta por montanhas desérticas, não muito altas, separadas por um bom número de torrentes;

► Região de temperaturas extremas (muito calor durante o dia e muito frio durante a noite);

► Cinco zonas (de norte para sul):

Zona de Edom

Zona de Moabe

Zona de Galaad

Zona de Amon

1) Gn 36, 43 - «Esaú foi o antepassado dos habitantes de Edom»

2) Flávio Josefo – João Baptista esteve preso em Maqueronte, a leste do Mar Morto

1) Dt 2, 24 ; Num 22, 36 – referem-se a esta terra;

2) Livro de Rute – aí se desenrola parte deste livro.

Situa-se aqui o Vale de Basan, de que fala, por ex., Am 4, 1ss

Zona de Basan

Page 94: Geografia de Israel

O Vale (ou depressão) do Jordão

Monte Hermón

- É uma das nascentes do Jordão, situada no Líbano;

- 2224 m altitude (tem sempre neve).

LAGO HULE

- Hoje convertido em «Vale do Hule»; pouco resta do lago;

-Aqui perto está cidade de Hazor (Js 11:10; 1 Re 9, 15; 2 Re 15, 29; Jr 49:30)

Rio Jordão

- Vale do Jordão: depressão profunda, largura média 16 Km, onde corre o Rio Jordão desde o Hermón, ao Mar Morto; desce de 329 m até 393 m abaixo do mar; afluentes principais: Jarmuc e o Jaboc; comprimento cerca de 300 km

- LOCAL DE BAPTISMO DE JESUS CRISTO E PREGAÇÃO DE JOÃO BAPTISTA

Mar da Galileia

- Diversos nomes: «lago de quineret» (em forma de liraq; Nm 34, 11), «Lago de Genesaré», «Mar da Galileia», «Lago de Tiberíades» (devido à cidade romana das margens em honra de Tibério);

-21km x 11 km, prof. máxima de 45 metros; 212 mt abaixo do nível do mar; água prevalentemente doce;

-ZONA DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO

-Cidades bíblicas próximas: Korasaim, Betsaida, Cafarnaúm (não aparece no AT; importante no NT: Mt 9, 1 – aqui Jesus faz milagres)

Mar Morto

-76km x 17 km;

-Ponto mais baixo da superfície terrestre (393 m abaixo do nível das águas do mar); intensa concentração de sais, que leva a ausência total de formas de vida.

Page 95: Geografia de Israel

Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita)

-Formam uma cadeia única que parte dos montes do Líbano a norte e estende-se para sul, atravessando três regiões: Galileia, Samaria e Judeia; a única fractura transversal é a planície de Jezrael.

- É a parte onde se desenrolam os principais e decisivos acontecimentos da história bíblica

Galileia

► Regiões:

Samaria

Judeia

Deserto do Negueb

NAZARÉ REGIÃO DA GALILEIA

VISTA DO MEGUIDO

MURO DAS LAMENTAÇÕES BELÉM JERUSALÉM

REGIÃO DA SAMARIA

MONTE TABOR

Montes de Efraim

Montes de Judá

Page 96: Geografia de Israel

A zona costeira

Planície de Aser

Planície ou Vale de Jesrael ou Esdrelon

Monte Carmelo

Planície de Saron

Planície ou Costa Filisteia

Shefela

Negueb Ocidental

► Regiões:

Palco das principais batalhas nas

quais se disputou a posse do país

Por aqui andou o profeta Elias

“país baixo”: região de colinas entre a costa

e os Montes de Judá

Page 97: Geografia de Israel

1.5 - As localidades bíblicas

Page 98: Geografia de Israel

2. História de Israel: breve panorama

Page 99: Geografia de Israel

2.1. A ORIGEM DO POVO DE DEUS:ABRAÃO E OS PATRIARCAS

A história do povo bíblico começa com Abraão (mas é só com Josué, no «Pacto de Siquém», que o Povo de Israel começa a existir como tal). Ele é, por excelência, o antepassado do povo bíblico. Com ele começa a História dos Patriarcas (“os chefes de família do Povo de Israel”); por exemplo: Abraão, Isaac, Jacob, os seus 12 filhos (especialmente José), Moisés…

-Ele é o «arameu errante»: «Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso» (Dt 26,5). - Pertencia a um clã de semi-nômadas: durante parte do ano eram nômadas e criavam ovelhas; no restante do tempo faziam tímidas tentativas de vida sedentária e de cultivo da Terra.-A sua migração pode ser relacionada com a dos Amoritas, semitas ocidentais designados por «Proto-arameus»; os semitas, de que procede o Povo de Deus, expandiram-se da Arábia Meridional para ocidente (“semita”, de Sem, um dos filhos de Noé).

Por volta de 1850 a.C. (data “aproximada”), Abraão parte de Ur dos caldeus (na Mesopotâmia)…

O «Crescente Fértil» facilita as migrações…

13

45

…e instala-se em Haran.

Em Haran ouve o chamamento do Senhor e vai morar para a «Terra Prometida», para Siquém;

…mais tarde vai ao Egipto…

…e ao regressar instala-se em definitivo em Hebron.

2

A viagem de Abraão tem motivos econômicos (procura de melhores pastos e de melhor vida) e também religiosos (chamamento do Senhor, sendo conhecido pelo «Pai da fé»). Mas Abraão e os seus não são, a princípio, monoteístas: num ambiente politeista, eles reconhecem um deus entre todos os outros: El; é o «Deus dos Pais» (de Abraão, de Isaac e de Jacob), protetor de um determinado clã; é mais um henoteísmo (adora-se apenas um deus principal, que é o mais poderoso, mas sem negar a existência de outros). O caminho para o monoteísmo começa…

Séc. XIX ou XVIII a.C.(datas aproximadas)

Page 100: Geografia de Israel

2.2. MOISÉS E O ÊXODOSécs. XVII a.C.ao XIII a.C. (datas aproximadas)

No contexto das movimentações semitas (especialmente dos Hicsos, estrangeiros vindos do leste), em vagas sucessivas, os descendentes do patriarca Jacob instalam-se no Egito (durante 400 anos – Gn 15, ou 430 – Ex 12). A «Casa de Israel» vai aumentando ao longo de todo este tempo, muitas vezes integrados na vida local.

JOSÉ, o preferido do seu pai Jacob, é vendido como escravo pelos irmãos para o Egipto (séc. XVI a.C.). Começa como escravo, até ser elevado à categoria de primeiro-ministro (especialmente pela sua interpretação dos sonhos do Faraó). Mais tarde, o pai e os irmãos vão viver para o Egito, para a «região de Góssen».

Mas a vida complica-se e na XVIII dinastia expulsam os Hicsos, alcançando uma verdadeira perseguição à «Casa de Israel» na XIX dinastia (principalmente Seti I e Ramsés II):É o tempo da “servidão”.

É aí que surge MOISÉS, líder e libertador, que em nome de Javé, os conduz pelo Deserto, (onde Deus revela o Seu nome – Javé - no Sinai e a Sua Lei; aí dá-se a «Aliança», celebra-sea Páscoa – «passagem»;1º do Senhor sobre o Egipto;2º da Travessia para aTerra Prometida) até à Transjordânia (entre 1230 e 1220 a.C.). Antes de chegar àTerra Prometida, Moisés morre no Monte Nebo. Obs: Ex 12:38; Nm 11:4.

É o ÊXODO, acontecimento fundante da História de Israel.

Distingue-se em:1) Êxodo «expulsão» (estes grupos penetraramprimeiramente na Terra prometida);2) Êxodo «fuga» (do grupo de Moisés)

Há muitos outros itinerários propostos…

Travessia do Mar: seria o Vermelho ou o «Mar dos Juncos»

Page 101: Geografia de Israel

GEOGRAFIA ECONÔMICA DE ISRAEL• GEOGRAFIA ECONÔMICA é o ramo da Geografia que se

dedica ao estudo das atividades econômicas dos diversos países e grupamentos humanos;

• A economia acha-se estreitamente ligada à geografia;• A palavra economia origina-se de dois vocábulos gregos:

oikos (casa) + nomos (governo). Significa governo ou administração do lar, no sentido de zelar pelos seus pertences, pelo patrimônio familiar;

• O grego Xenofonte foi o primeiro a usar o vocábulo economia. Séculos mais tarde, o francês Antonie Montechretien criaria a lucução economia política.

Page 102: Geografia de Israel

• As riquezas de um país estão diretamente ligadas à produção de bens úteis com o aproveitamento de matéria-prima extraída da natureza;

• Produção é a transformação, pelo homem, das coisas existentes na natureza em bens econômicos capazes de satisfazer às necessidades presentes e futuras das pessoas;

• Os bens naturais são insuficientes, por isso, o homem os adaptou ao consumo, aumentando a utilidade desses bens, produzindo bens artificiais ou industrializados.

Page 103: Geografia de Israel

UMA TERRA QUE MANA LEITE E MEL

Page 104: Geografia de Israel

• Dt 32:13, 14; Nm 13:27;• Israel era uma terra sem igual. As chuvas caíam com

regularidade; as colheitas jamais mentiam. A flora e a fauna eram exuberantes . Os minerais podiam ser achados por toda a parte.

Page 105: Geografia de Israel

A FLORA DA TERRA SANTA• Os escritores hebreus mencionam mais de

cem espécies vegetais;• No período veterotestamentário, os produtos

encontrados com mais abundância eram o trigo, oliva e uva, que eram a dieta básica dos israelitas, constituindo o trinômio pão, azeite e vinho;

• Havia também cevada, lentilha, mostarda, pepino, cebola, alho, romã, melão e tâmara.

Page 106: Geografia de Israel

As plantas silvestres dos tempos bíblicos eram:

a) o cedro;b) a faia,c) o pinheiro,d) a acácia,e) a palmeira,f) o carvalho eg) a murta

Page 107: Geografia de Israel

CEDRO (Sl 29:5)

Page 108: Geografia de Israel

FAIA

Page 109: Geografia de Israel

PINHEIRO (Is 44:14)

Page 110: Geografia de Israel

ACÁCIA (Êx 25:10)

Page 111: Geografia de Israel

PALMEIRA (Sl 92:12)

Page 112: Geografia de Israel

CARVALHO (Is 61:3)

Page 113: Geografia de Israel

MURTA (Is 55:13)

Page 114: Geografia de Israel

Hoje, estendem-se os laranjais sobre as colônias judaicas kibbutzim ("reuniões" em hebraico)

Page 115: Geografia de Israel

• A cevada, alimento dos animais e dos camponeses mais pobres, tornava-se o alimento dos israelitas em geral quando, perseguidos, eram obrigados a abandonar as planícies (Jz 7:13).

Page 116: Geografia de Israel

OS MINERAIS DA TERRA SANTA (Dt 8:9)

• Ferro;• Cobre;• Ouro;• Prata;• Enxofre;• Estanho e • Chumbo.

Page 117: Geografia de Israel

• O Mar Morto é uma fonte inesgotável de riquezas. Suas reservas em sais e minerais são orçadas em bilhões e bilhões de dólares;

• Atualmente a empresa AHAVA de cosméticos (Amor em hebraico) fabrica produtos feitos de lama e de base mineral, compostos a partir do Mar Morto;

• A empresa tem lojas próprias em Israel, Alemanha, Hungria, Filipinas e Cingapura. A partir de 2010 , o rendimento da Ahava é maior do que EUA: 150 milhões dólares por ano.

Page 118: Geografia de Israel

• O diamante gera muitas divisas;

• Grande parte da produção diamantífera do mundo passa pelas oficinas de lapidação israelenses.

Page 119: Geografia de Israel

PESOS E MEDIDAS

Page 120: Geografia de Israel

Gômer - 1/10 de um efa 3,7 litros (Ex 16:36)

Page 121: Geografia de Israel

Ciclo - unidade básica 11,4 gramas de ouro (Ex 30:15);

Dois lados de moeda de ouro do ano 191 aC encontrada em Israel

Page 122: Geografia de Israel

Talento - cerca de 34 quilos de ouro ou prata (2 Sm 12:30)

Page 123: Geografia de Israel

Dinheiro ou Denário - representava em geral o salário por um dia de trabalho quase 4 gramas de prata (Lc 10:35).Denário de prata com a efígie do imperador Nero (AD 54-68), cunhado em Roma aproximadamente entre 67 e 68 d.C. Diâmetro: 17mm, Peso: 3.52 gr.

Page 124: Geografia de Israel

Côvado - do cotovelo à ponta dos dedos 45 centímetros (Mt 6:27)

Page 125: Geografia de Israel

• Existem relatos de que há mais de quatro mil anos os egípcios estabeleceram um padrão de medida de comprimento: o cúbito. Essa medida correspondia ao comprimento do braço do faraó reinante;

• Curiosamente, a troca de faraó significava que a medida deveria ser atualizada;

• Todas as construções deviam ser realizadas utilizando o cúbito como unidade de medida;

• Para isso eram empregados bastões cortados no comprimento certo e periodicamente – a cada lua cheia – o responsável por uma construção devia comparar o padrão que estava sendo utilizado com o padrão real;

• Se isso não fosse feito e houvesse um erro de medição, o responsável poderia ser punido com a morte [Juran e Gryna, 1988].

Page 126: Geografia de Israel

Efa - unidade básica 37 litros (Am 8:5) Abaixo temos a imagem de uma talha para água

Page 127: Geografia de Israel

Alqueire – bolsa de carga de 8,75 litros ( Mt. 5:15; Lc 11:33)

Page 128: Geografia de Israel

FESTAS E DATAS

Page 129: Geografia de Israel

PURIM • O nome "Purim" vem da palavra

hebraica "pur", que significa "sorteio”;

• É comemorado nos dias 13-15 do mês de Adar (fevereiro-março);

• Os judeus comemoram a salvação do plano de Hamã, para exterminá-los, no antigo Império Persa tal como está escrito no Livro de Ester, um dos livros da Bíblia;

• A festa do Purim é caracterizada pela recitação pública do Livro de Ester por duas vezes, distribuição de comida e dinheiro aos pobres, presentes e consumo de vinho durante refeição de celebração (Ester 9:22);

• Outros costumes incluem o uso de máscaras e fantasias e comemoração pública.

Page 130: Geografia de Israel

PÁSCOA• Comemora-se a libertação da

escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 a.C;

• Páscoa, no hebraico é chamada de pasach, que significa saltar por cima;

• “Saltar” porque o anjo do Senhor passou por cima das casas do povo de Israel, poupando assim a vida de seus primogênitos (Êxodo 12:21-24);

• Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum.

Page 131: Geografia de Israel

HANUKKAH OU DEDICAÇÃO• Celebrava a recuperação e

purificação do templo de Jerusalém, por Judas Macabeus, em 164 a.C., depois que fora contaminado por Antíoco Epifânio;

• Também é chamada de festa das luzes porque começava com o acender de uma vela no primeiro dia, com duas no segundo e assim por diante até haver oito velas no último dia;

• Começava no dia 25 de dezembro;

• Em Jo 10:22, ela é chamada de “festa da dedicação”.

Page 132: Geografia de Israel

• Dia 14 de abril – Páscoa;• Dia 15 de abril – Pães asmos;• Dia 21 de abril – encerramento da Páscoa;• Dia 6 de junho – Pentecoste (Sivã);• Dia 1º de outubro – Festa das Trombetas;• Dia 2 de outubro – Começo do ano civil;• Dia 10 de outubro – Dia da Expiação;• Dia 15 a 21 de outubro – Festa dos Tabernáculos;• Dia 25 de dezembro – Festa das Luzes (Quisleu);• Dia 13 de março – Festa de Nicanor;• Dia 14 de março – Festa de Purim

Nissã

Tisri

Adar

Page 133: Geografia de Israel

COSTUMES E TRADIÇÕES• Nos tempos bíblicos, os hebreus eram orientados

religiosa e civilmente pela Lei de Moisés e, apesar de exílios e perseguições, eles preservaram sua herança cultural e espiritual;

• A família, para os hebreus, é de origem divina (Gn 1:26-28), sendo mais importante que o próprio indivíduo;

• (Gn 29:13-14) – ter o mesmo sangue significava ter a mesma alma;

• O casamento do AT nem sempre foi o ideal por causa da poligamia. Ex: Abraão, Jacó e Davi, sem contar Salomão que tinha 700 mulheres e 300 concubinas.

Page 134: Geografia de Israel

• Com o exílio babilônico, os israelitas foram se curando da poligamia. No NT já não encontramos nenhum caso declarado de poligamia;

• Devido à esterilidade das esposas legítimas, o casal optava às vezes por ter filhos por intermédio de uma concubina. Um exemplo foi o caso de Abraão e Agar, através da qual veio Ismael;

• O casamento misto era condenado pela Lei de Moisés (Dt 7:1-4);

• O casamento por levirato ocorria quando um homem morria sem deixar descendência. Nesse caso, seu irmão era obrigado a casar-se com a viúva. Por intermédio dos filhos da nova união, a memória do falecido era preservada (Dt 25:5, 6)

Page 135: Geografia de Israel

• Os filhos são considerados herança divina, principalmente os homens (Sl 127:3-5);

• A esterilidade era considerada opróbrio (desonra). Para as hebréias, não havia privilégio tão grande como o de gerar filhos;

• O direito de primogenitura era respeitadíssimo entre os israelitas. Ao filho mais velho cabia a porção dobrada dos bens paternos. Com a morte do pai, assumia a responsabilidade da casa e as funções sacerdotais da família;

• As filhas só recebiam herança paterna se não houvesse nenhum filho varão. Elas eram sustentadas pelos irmãos que se encarregavam inclusive de seu casamento;

• Cabia ao pai ensinar aos filhos as primeiras letras e uma profissão. A ociosidade não era tolerada na sociedade hebréia.

Page 136: Geografia de Israel

• As saudações nos tempos bíblicos consistiam na inclinação do corpo para frente, com a mão direita sobre o lado esquerdo do peito;

• Por causa de tão demorados rituais, Jesus ordenou aos seus discípulos: “... E a ninguém saudeis pelo caminho” (Lc 10:4);

• Perante os magistrados e outras autoridades, era costume inclinar-se até a terra;

• O sepultamento consistia na lavagem rigorosa do corpo, sendo este enrolado em lençóis impregnados de perfume. O sepultamento era no mesmo dia por causa do clima quente e da lei mosaica;

• Os túmulos dos pobres eram cavados no chão. Os dos ricos, escavados na rocha;

• O luto durava sete dias.

Page 137: Geografia de Israel

• A indumentária dos judeus nos tempos bíblicos era confeccionada em algodão, lã, linho e seda;

• A principal peça do vestuário masculino constituía-se de uma túnica tecida de algodão.

Page 138: Geografia de Israel

• O sumo sacerdote e os demais ministros do altar vestiam-se com mais esmero;

• suas vestes tipificavam a glória e a santidade divina.

Page 139: Geografia de Israel

• As mulheres também usavam túnicas mais longas e ornamentadas. Quando apareciam em público, cobriam o rosto com um véu

• As hebréias apreciavam pulseiras, anéis, pendentes e diademas;

• De uma maneira geral, as israelitas eram elogiadas por sua modéstia, simplicidade e recato.

Page 140: Geografia de Israel

GEOGRAFIA POLÍTICA

• É o ramo da Geografia que estuda as relações entre as nações e regiões do Globo, compreendendo também o meio físico, humano e econômico

Page 141: Geografia de Israel

PARTIDOS POLÍTICOS• AGUDAT ISRAEL - é um partido político israelense derivado do movimento

religioso judeu ultraortodoxo homônimo, fundado em 1912, e defende o fortalecimento da religiosidade entre os israelitas;

• ALE YAROK (em hebraico: folha verde) - é um partido político israelense do lado esquerdo moderado do mapa político. O partido apóia a legalização do uso da maconha em Israel;

• HADASH (literalmente Frente democrática de paz e igualdade) - é um partido político judeu-árabe de orientação socialista fundado em 1977. Atualmente ocupa quatro cadeiras no Knesset, o parlamento israelense;

• O PARTIDO TRABALHISTA DE ISRAEL - conhecido em Israel como Avoda, é um dos grandes partidos do país. De centro-esquerda, é um partido social-democrata membro da Internacional Socialista. Seu atual chefe (desde novembro 2005) é Amir Peretz. Seu presidente é Ehud Barak.

Page 142: Geografia de Israel

PARTIDOS RELIGIOSOS• FARISEUS — O grupo maior e mais importante é o chamado os

fariseus. A palavra em si significa “separatistas”;• SADUCEUS —Pode ter vindo da palavra hebraica “zoddikim”, que

significa “os justos”. Este era o partido da aristocracia e dos sacerdotes abastados. Eles controlavam o sinédrio. Também controlavam o templo. O sumo sacerdote era sempre o líder deste grupo;

• ZELOTES — Os zelotes representavam o desenvolvimento na extrema esquerda entre os fariseus. Estavam interessados na independência da nação e sua autonomia;

• ESSÊNIOS — Eram uma ordem distinta, na sociedade judaica, mais que uma seita dentro dela. Sendo o elemento mais conservador dos fariseus, eles enfatizavam a observação minuciosa da lei. Formavam uma comunidade ascética ao redor do Mar Morto, e viviam uma vida rigidamente devota. A partir dos documentos de Qumram, parece que eles aguardavam um messias que iria combinar as linhagens real e sacerdotal, numa estrutura escatológica;

Page 143: Geografia de Israel

• HERODIANOS — Os saduceus da extrema esquerda eram conhecidos como os herodianos. Tirando o nome da família de Herodes, eles baseavam suas esperanças nacionais nessa família e olhavam para ela com respeito ao cumprimento das profecias acerca do Messias;

• ZADOQUEUS — Foi um movimento de reforma iniciado entre os sacerdotes (filhos de Zadoque), e, embora não mencionados em o Novo Testamento, este grupo é importante, porque mostra outra tendência entre os saduceus. Eram missionários fervorosos, em busca de um mestre de justiça que chamasse Israel de volta ao arrependimento e apareceria no advento do Messias

Page 144: Geografia de Israel

2.3. A OCUPAÇÃO DE CANAÃ: DE JOSUÉ AOS JUÍZES

Sécs. XIII a.C. a XI a.C.(datas aproximadas)

JOSUÉ sucede a Moisés e introduz os hebreus na Palestina, atravessando o Jordão. A Bíblia atribui-lhe a conquista da «Terra Prometida», de um modo épico; mas a realidade mostra que a conquista foi bastante mais difícil e demorada…

Geograficamente, as tribos dividiram-se em três grupos:- Meridional (Judá, Simeão e metade da tribo de Dane Rúben);- Central («o grupo de Josué», formado pelas tribos de Benjamim, Efraim, Manassés, Gad);- Setentrional (Isaacar, Zabulão, Asser, Neftali e metade da de Dan).Provavelmente, os vários grupos não ingressaram todos ao mesmo tempo na Terra Prometida.

Com o Pacto de Siquém (Jos 24), as tribos (ou clãs) começam a identificar-se como um só Povo.

Em momentos cruciais surgem nas diversas tribos homens carismáticos, líderes libertadores, que preparam e conduzem a guerra: os JUÍZES. Dividem-se em maiores (Otoniel, Eúde, Débora e Barac,

Gedeão, Jefté e Sansão) e menores (todos os outros).

O último juiz, SAMUEL (também profeta),constitui a transição para a realeza:volta o povo para o culto aoVerdadeiro Deus; combate e vence osFilisteus; escolhe Saúlpara primeiro rei.

Page 145: Geografia de Israel

2.4. A MONARQUIAA partir doSéc. XI a.C. até ao X a.C.(Reino unido)

As tribos vêem a necessidade de se unir, colocando alguém à frente que as governe e as oriente, devido às fortes investidas dos povos vizinhos, especialmente dos filisteus. Impõe-se a necessidade da Monarquia.

SAÚL (c. 1033-1012 AC): - É o primeiro rei de Israel, que governou durante cerca de 30 anos;- Foi escolhido pelos chefes de Israel, em torno do carismático profeta e último juiz, Samuel, que o ungiu como rei;-Conquistou grandes territórios aos filisteus, com a ajuda do filho Jónatas;- Aos poucos distancia-se do povo, cresce a inimizade entre ele e David e os filisteus reconquistam terreno;- Morre na batalha de Guilboá.

DAVID (c. 1012-972): - Começa por ser soldado de Saúl;- No plano militar e político: * Com a morte de Saúl, as tribos do Sul elegem-no como Rei; só mais tarde é que se impôs ao Norte, unificando assim todas as tribos num território;•Conquista Jerusalém aos jebuseus;•* Elimina definitivamente os filisteus;•Funda um império desde o mar Morto até à Síria, aproveitando o enfraquecimento da Assíria e do Egipto;•Fixa a realeza à sua família (profecia de Natan);-No plano administrativo:-* Torna Jerusalém capital do reino;•Organiza o seu reino, criando diferentes funções (chefes de exército, secretários, cronistas…);•Chega a fazer um recenseamento;-No plano religioso:* Reorganiza o culto;* Começam os preparativos para a construção do Templo;* Transporta a Arca da Aliança para Jerusalém.

SALOMÃO (c. 972-933): -Filho de David e Betsabé, que fora esposa de Urias, sucede o pai no trono;-É conhecido pela sua sabedoria;-No plano político e administrativo divide o país em 12 distritos administrativos e prossegue uma política de centralização; o comércio marítimo é também intenso;-No plano religioso constrói um grandioso Templo; consegue certa unidade religiosa;-Contudo:•As despesas eram enormes, pelo que sobrecarrega o povo com impostos (inclusive para construir o seu palácio, maior que o Templo…);• A sua vida privada deteriora-se (tem um grande harém de mulheres (cerca de 1000 ???), algumas das quais levam-no à idolatria;•Morre após 40 anos de reinado.

Page 146: Geografia de Israel

2.5. O CISMA – OS DOIS REINOSDo séc. X a.C(933 a.C.) aoSéc. VI a.C.

Os pesados tributos de Salomão estão na base da revolta: o filho de Salomão, Roboão, não ouve o pedido das tribos do norte para lhes suavizar os encargos e dá-se a cisão; assim, a partir de 933 a.C. há dois reinos:

-O Reino do Sul ou Judá, com capital em Jerusalém, cujos reis são descendentes de David; os reinados são maiores do que no Sul; destaque para o rei JOSIAS, que em 622 aC empreende uma reforma religiosa (encontra durante obras do Templo, um escrito, provavelmente do Deuteronómio): destrói todos os lugares de culto, deixando apenas o Templo de Jerusalém (para eles, se Deus é só um, só pode viver num santuário); neste Reino destaca-se a acção dos profetas Isaías, Miqueias, Jeremias, Naum, Habacuc e Sofonias;

-O Reino do Norte, ou Israel, com Samaria por capital (primeiro Siquém), cujos reis não descendem de David (19 reis divididos por 9 dinastias, sendo 8 deles assassinados, pelo que há menor estabilidade e os reinados são mais pequenos do que no Sul); Jeroboão foi o primeiro rei: criou dois lugares de culto a Javé (um em Betel e outro em Dan), mas deixou-se levar pela idolatria; neste Reino destaca-se a acção dos profetas Amós, Oseias, Elias e Eliseu;-O império de David desintegra-se, pois além disso, há outros territórios que declaram a independência (Moab, Amon, etc.)..

FIM DO REINO DO NORTECai sob o poder dos Assírios (722 a.C.)

FIM DO REINO DO SULCai sob o poder da Babilónia (587 a.C.)

O Templo de Jerusalém é destruído.

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2.6. O EXÍLIO NA BABILÓNIA E A ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA

CATIVEIRO (OU EXÍLIO) DA BABILÓNIA (587 A.C. a 538 A.C.):

•Deportação para a Babilónia dos principais responsáveis de Judá, à volta de 20000, em três vagas sucessivas;

•Lá conservam a cultura e crença nacionais, mas sem o Templo, começam a reunir-se aos Sàbados, início das Sinagogas; na generalidade falam em aramaico;

•Surge a preocupação de conservar e purificar tudo o que se refere à Lei de Moisés e também captam-se elementos antigos das culturas vizinhas; destaque para a acção dos profetas Ezequiel, Deutero-Isaías e Abdias;

• É redigido o Talmude da Babilónia, texto normativo dos judeus;

•Começa a «Diáspora» dos judeus, ou “Dispersão”;

•Em 538 A.C., Ciro, rei da Pérsia, conquista a Babilónia e dá liberdade aos judeus de voltarem a Judá (pelo Édito de Ciro).

Sécs. VI a.C. a Séc. IV a.C.

ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA:•Corresponde a um regresso de alguns exilados da Babilónia;

• Ciro começa a reconstruir os fundamentos do Templo, mas é interrompido pela oposição dos samaritanos;

•A reconstrução do Templo de Jerusalém deu-se sob a liderança de Zorobabel (descendente da família real), entre 520 e 515 A.C.;

•Não é restaurada a Dinastia de David; entre 445 e 443 AC, são reconstruídas as muralhas de Jerusalém, sob o comando de Neemias;

•No pós-exílio destaca-se a acção dos profetas Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel, Jonas, Baruc, Daniel e Trito-Isaías;

• ESDRAS é o encarregado de formular, promulgar e fazer respeitar as Leis de Moisés: é a Tora, ou Pentateuco (em 398 AC?);

•As bases do judaísmo estão lançadas: há uma organização política sem realeza, cujos dois pólos são de carácter religiosos, o Templo e a Lei.

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2.7. O PERÍODO HELENÍSTICO E A RESTAURAÇÃO DO

GRANDE ISRAEL: OS MACABEUS

Séc. IV a.C.ao Séc. I a. C.

Em 333 a.C., a Palestina é conquistada por Alexandre Magno, senhor de um vastíssimo Império. Após a sua morte, o reino é dividido entre os Lágidas do Egipto, a sul e os Selêucidas na Síria, a norte. A Palestina fica sob o domínio dos Lágidas («ptolomeus») (320 a.C. a 300 a.C.).

Em 300 a.C. funda-se uma colóniaem Alexandria, importantecentro comercial ecultural, em que acultura grega é difundida.Aí faz-se a traduçãoda Bíblia em grego (dos LXX).

Em 200 a.C. a Palestina passa para o domínio dos Selêucidas. Estes decretam a perseguição sistemática dos judeus. O auge é atingido em 168 a.C., quando Antíoco IV Epifânio ordena a helenização sistemática e forçada da Samaria e Judeia. É proibidoobservar as crenças judaicas, como oSábado.

Uma família de sacerdotes, os Asmonianos (Macabeus) começa uma revolta de luta armada, com Matatias e a sucessão de seus filhos, especialmente JUDAS MACABEU, que purifica o Templo em 164 a.C. (de que deriva o Hanoukah, festa judaica) e torna Israel independente. Israel é agora tão grande como no tempo de David…

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2.8. O PERÍODO ROMANOA partir de 63 A.C.Ao séc. VII d.C.

Em 63 a.C., a Palestina é incorporada à Província Romana da Síria, por POMPEU.

A casa de Antípatro, alto funcionário pró-romano, consegue grande aceitação dos romanos. O seu filho, Herodes (o grande), é nomeado rei dos Judeus pelo senado romano em 40 a.C., mas na dependência dos romanos. Começa o “século de Herodes”: reconstrói o Templo, constrói Cesareia marítima, continua a helenização do país, sempre tendo em vista o interesse dos romanos… Morre em 4 a.C.. À sua morte, o reino foi dividido pelos seus três filhos: Arquelau, Herodes Antipas (o tal, de João Baptista…) e Filipe.

No reinado de Herodes, o Grande, nasceJESUS CRISTO, nos Anos 8, 7 ou 6 a.C.(parece que Dionísio,o Exíguo, no séculoIV, enganou-sena contagem do Tempoem 6 ou 7 anos).

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3. Síntese final Através da Geografia Bíblica ...

Podemos compreender as sociedades que viveram nestas épocas;

O contexto do Antigo Testamento…

A religião bíblica, é uma religião da História: Deus revela-Se através dos acontecimentos de um povo, como veremos;

O conhecimento da história do povo hebreu é de fundamental importância para se compreender a história do cristianismo e sua evolução.

Podemos localizar os relatos no espaço e no tempo…

…compreender as regiões nas quais ocorreram os factos relatados na Bíblia…

…e os lugares específicos indicados no texto bíblico e suas actuais localizações geográficas.

Através da História de Israel ...

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4. Bibliografia recomendada