fadiga e ocio na sociedade pos industrial

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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – PUC-MINAS FACULDADE MINEIRA DE DIREITO DISCIPLINA: FILOSOFIA I PROFESSOR: RODRIGO COPPE TURMA: T1 - NOITE PRÉ-PROJETO DE PESQUISA: FADIGA E ÓCIO NA SOCIEDADE PÓS INDUSTRIAL SEGUNDO A PERSPECTIVA DE DOMENICO DE MASI. ALUNOS: Dayane Machado Douglas Araujo Douglas Silva Getulio de Almeida Gustavo Cavalcanti Helbert Capelão Ivan Bochiard de Pinho Tavares Kelen Roas de Oliveira

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Pré Projeto de Pesquisa de Filosofia.

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Page 1: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – PUC-MINAS

FACULDADE MINEIRA DE DIREITO

DISCIPLINA: FILOSOFIA I

PROFESSOR: RODRIGO COPPE

TURMA: T1 - NOITE

PRÉ-PROJETO DE PESQUISA:

FADIGA E ÓCIO NA SOCIEDADE PÓS

INDUSTRIAL SEGUNDO A PERSPECTIVA DE

DOMENICO DE MASI.

ALUNOS:

Dayane Machado

Douglas Araujo

Douglas Silva

Getulio de Almeida

Gustavo Cavalcanti

Helbert Capelão

Ivan Bochiard de Pinho Tavares

Kelen Roas de Oliveira

Renata Lucas

Vanessa Kellen Silva

CONTAGEM, ABRIL DE 2010

Page 2: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Tema:

Trabalho e vida na busca do ócio.

Page 3: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Delimitação do tema:

Fadiga e ócio na sociedade pós-industrial segundo a perspectiva de Domenico de Mais.

Page 4: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Justificativa:

Esse pré-projeto pretende traçar um paralelo entre trabalho e vida na busca do

ócio; o tema, porém possui vasto campo de pesquisa o que nos exigiu delimitar, recortar

o objeto de estudo. Após vasta pesquisa sobre os possíveis objetos a serem trabalhos

optamos por abordar o tema fadiga e ócio na sociedade pós-moderna a partir do olhar do

autor Domenico de Masi. Dessa forma acreditamos trabalhar um tema pertinente e rico

em sua essência de maneira a proporcionar posterior aprofundamento.

Mesmo que o objeto escolhido seja utilizado para analisar o comportamento

humano frente às mudanças sociais é necessário que, façamos outro recorte, pois ainda

assim o tema é demasiado rico e requereria um aprofundamento sistemático. Dessa forma

optamos por trabalhar, quase que na sua totalidade, com o conceito de ócio criativo. É

fácil percebermos em como a sociedade pós-moderna está escrava de determinadas

tecnologias e como essas tecnologias ao invés serem um facilitador da vida, tornou-se sua

orientadora; é paradoxal que concebamos tal olhar para o assunto, pós industrialização,

mas hoje, é totalmente pertinente esse olhar critico.

Page 5: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Objetivos:

Conceituar em linhas gerias o conceito de ócio.

Identificar nas diversas vertentes do termo ócio, paralelos entre trabalho e vida.

Verificar as nuances existentes entre ócio e ócio criativo na sociedade pós-

industrial.

Page 6: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Metodologia:

Para que possamos explanar o assunto é necessário que possamos orientar o leigo,

o espectador e o interessado de maneira didática e de fácil compreensão uma vez que o

assunto possa ser distante de sua realidade ou compreensão. Face às diversas opções

oferecidas pela instituição optamos por explicações presenciais auxiliadas por aparelhos

multimídia (vídeo, retroprojetor); acreditamos que através, desse processo, a capitação e

o apreendizado será mais tranqüilo e de forma estruturada uma vez que é sabido a

beneficie da utilização desses instrumentos audiovisuais.

Page 7: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Síntese:

Domenico de Mais trabalha em seu livro uma idéia de que deveríamos integrar

nossa vida ao trabalho da mesma forma que deveríamos abraçar o não trabalho, o ócio a

fim de proporcionar uma simbiose entre ambos.

Ócio, para o senso comum, aquele momento de total inércia do ser, de preguiça,

de não trabalho ou até mesmo vagabundagem. Contudo, é sabido que um momento de

relaxamento, de descanso pode até ser mais proveitoso e criativo do que infinitas horas de

trabalho ; de Masi propõe uma integração entre os dois de modo que possamos atingir um

grau de felicidade e satisfação.

Trabalho e ócio hoje possuem conceitos paradoxais e nem sempre são

compreendidos na sua totalidade pela sociedade. Após a revolução industrial foram

apresentadas ao homem, decorrentes das novas tecnologias desenvolvidas o que

possibilitou uma maior presteza no ambiente de trabalho e até mesmo uma idéia de

independência estrutural.

Trabalho, ainda hoje, em carregado de concepções do passado onde o

reconhecimento e o respeito são suas principais derivações. É imbuído de um caráter

diferenciador e até mesmo milagroso. É tido como centro orientador da vida social e

somente através dele é possível ascender socialmente e conquistar realizações duradouras

(casa, carro, família, etc.).

Esse fator, porém, desencadeou na sociedade uma interdependência desse

maquinário tecnológico o que resultou, e resulta em uma dependência sistemática de

velhos padrões comportamentais para adequação nessa nova realidade. Nossa sociedade

hoje ainda privilegia mais o fazer do que o conhecer, a dedicação integral de seu

funcionário é essencial. A tese desenvolvida se choca com esse senso comum na medida

em que aponta, como principal motivador para funcionários, e para um desenvolvimento

profissional o ócio criativo.

Como então foi possível uma separação, um distanciamento entre ócio e trabalho

e uma posterior integração entre os dois? O autor aponta uma mudança de valores na

sociedade que resultou numa abordagem diferente para o período de não trabalho. Como

um elemento integrador, o não trabalho passou a ocupar cada vez mais um papel central

Page 8: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

na vida humana e assim passou a reorganizar prioridades em torno de uma melhor

qualidade de vida.

Essa reorganização está sendo estrutural uma vez que abarca, segundo de Mais:

“cultura ideal, material e social. Requer por

isso um ambicioso plano de reeducação e um

amplo pacto social que objetive a redistribuição

mais justa do trabalho, da riqueza, do saber e

do poder”.1

O ócio criativo, aquele no qual o indivíduo que dispõe de um tempo de não

trabalho e nesse tempo consegue produzir análises, pensamentos, mudanças ou seja, algo

de útil para sua vida ou para a sociedade, passou a ser incentivado pelas empresas a partir

resultados positivos apresentados por seus funcionários.

Infelizmente as algemas de pensamentos arcaicos inda predominam na maior

parte das empresas, “empacadas na velha lógica da linha de montagem”2. A que se

verificar mecanismos de desprendimentos onde seja levado em consideração o biorritmo

de cada trabalhador de maneira a proporcionar um maior rendimento dele seja realizando

seus trabalhos de casa (aproveitando os horários mais favoráveis para seu ritmo), seja

criando outras formas em que possam ser levadas em consideração as individualidades e

sua inteligência criativa.

Esse é um dilema atual em que não se trata mais de um fator físico (como nas

antigas linhas de montagem), mas de um fator psíquico;

“não poder ser combatido com controles

disciplinares, mas com ócio e a motivação. Eis,

portanto, que desponta o ócio como fator

central da economia moderna: num mercado

pós-industrial que consome idéias com a mesma

velocidade com que o mercado industrial

engolia produtos e que pretende uma

criatividade inexaurível, a capacidade criativa

1 de Mais, Domenico, O futuro do trabalho – Fadiga e ócio na sociedade pós-industrial, Rio de Janeiro, 1999, p. 252 de Masi, Domenico, p. 311

Page 9: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

pode ser incrementada apenas através de uma

reavaliação do ócio, que permite regenerar a

mente assim como a inércia física regenerava

os músculos”3.

3 de Masi, Domenico, p. 311

Page 10: Fadiga e Ocio Na Sociedade Pos Industrial

Referências Bibliográficas:

DE MAIS, Domenico. O futuro do trabalho: fadiga e ócio na sociedade pós industrial.

Rio de Janeiro, J. Olympio, Brasília – DF, Ed. UNB, 1999.

LAFARGE, Paul. O direito à preguiça. São Paulo, Hucitec / UNESP, 1999.