¿existe asignaciÓn y marca de caso en lo...

32
¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LOS COMPUESTOS NOMINALES DE VERBO+NOMBRE? El desarrollo experimentado por la investigación gramatical en los últimos años se h a producido gracias a la aplicación del mis- mo método teórico tanto para la descripción sintáctica como para la morfológica 1 , lo que no ha hecho más que confirmar lo acertado de las imbricaciones entre disciplinas distintas para fa- vorecer el avance científico 2 . Esto significa que el sistema de re- 1 Si bien esto no niega la consideración de la morfología como un com- ponente autónomo de la gramática dentro de la gramática generativa trans- formacional que conlleva, como señala PENA, unos "objetivos, reglas y principios específicos que rigen tales reglas: los procesos de formación de palabras se dan en el componente léxico y las reglas de formación de pala- bras (RFP) son específicas de dicho componente. La razón para deslindar un componente morfológico dentro de la gramática de una lengua está en que la competencia del hablante le permite no sólo comprender y emplear palabras de su lengua, sino también tener conocimientos acerca de su es- tructura y de su significado en consonancia con su estructura" ("Formación de palabras, gramática y diccionario", RLex, 1, 1994-95, p. 163). Este desa- rrollo gramatical que dota de autonomía a la morfología es el resultado de las propuestas formuladas por HALLE ("Pro legóme na to a theory of worcl- formation", LI, 22, 1973, 141-159) y ARONOFF (Word formation in Generative Grammar, The MIT Press, Cambridge, 1976) —y a partir de ahí SELKIRK (The syntax ofword, The MIT Press, Cambridge, 1982) y SCALÍSE (Morfología genera- tiva, trad. J. Pazo y aclapt. al esp. S. Várela, Alianza Universidad, Madrid, 1987 [1984])— a raíz de las críticas a la propuesta transformacional de expli- car la palabra compleja como resultado de alterar una estructura frástica u oracional subyacente. 2 De ahí la importancia de las palabras con que VIOLETA DEMONTE abre su Teoría sintáctica: de las estructuras a la rección, Síntesis, Madrid, 1991, p. 9: "la observación penetrante, la indagación sistemática en aspectos aparente- mente triviales de los fenómenos naturales o sociales ha llevado en algunas ocasiones a dar pasos de gigante en el desarrollo del conocimiento científi- co; lo elemental puede tener a veces causas intrincadas y reveladoras. Pero NRFH, XLIX (2001), núm. % 307-337

Upload: others

Post on 08-Feb-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

¿EXISTE ASIGNACIÓN Y M A R C A D E C A S O E N L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S

D E V E R B O + N O M B R E ?

E l d e s a r r o l l o e x p e r i m e n t a d o p o r l a investigación g r a m a t i c a l e n los últ imos años se h a p r o d u c i d o grac ias a l a apl icación d e l mis ­m o m é t o d o teór i co tanto p a r a l a desc r ipc i ón sintáctica c o m o p a r a l a m o r f o l ó g i c a 1 , l o q u e n o h a h e c h o más q u e c o n f i r m a r l o a c e r t a d o de las i m b r i c a c i o n e s e n t r e d i s c i p l i n a s dist intas p a r a fa ­v o r e c e r e l avance c ient í f i co 2 . E s t o s i g n i f i c a q u e e l s i s tema de re -

1 S i b i e n esto n o niega la consideración de l a morfología c omo u n com­p o n e n t e autónomo de la gramática dentro de l a gramática generativa trans-f o r m a c i o n a l que conl leva, c omo señala P E N A , unos "objetivos, reglas y p r i n c i p i o s específicos que r igen tales reglas: los procesos de formación de palabras se d a n en el c omponente léxico y las reglas de formación de pala­bras (RFP) son específicas de d i c h o c o m p o n e n t e . L a razón para des l indar u n c o m p o n e n t e morfológico dentro de l a gramática de u n a l engua está en que l a competenc ia de l hablante le permi te n o sólo c o m p r e n d e r y emplear palabras de su lengua , sino también tener conoc imientos acerca de su es­t ruc tura y de su signif icado en consonanc ia c o n su estructura" ("Formación de palabras, gramática y d i c c i onar i o " , RLex, 1, 1994-95, p. 163). Este desa­r r o l l o gramatica l que dota de autonomía a la morfología es el resultado de las propuestas formuladas p o r H A L L E ("Pro legóme n a to a theory o f worcl-f o r m a t i o n " , LI, 22, 1973, 141-159) y A R O N O F F (Word formation in Generative Grammar, T h e M I T Press, C a m b r i d g e , 1976) —y a part i r de ahí S E L K I R K (The syntax ofword, T h e M I T Press, C a m b r i d g e , 1982) y SCALÍSE (Morfología genera­tiva, t rad. J . Pazo y aclapt. al esp. S. Várela, A l i a n z a U n i v e r s i d a d , M a d r i d , 1987 [1984])— a raíz de las críticas a la propuesta transformacional de exp l i ­car l a pa labra comple ja c omo resultado de alterar u n a estructura frástica u o r a c i o n a l subyacente.

2 D e ahí la i m p o r t a n c i a de las palabras c o n que V I O L E T A D E M O N T E abre su Teoría sintáctica: de las estructuras a la rección, Síntesis, M a d r i d , 1991, p. 9: " l a observación penetrante , la indagación sistemática en aspectos aparente­mente triviales de los fenómenos naturales o sociales h a l levado e n algunas ocasiones a dar pasos de gigante e n el desarro l lo de l c onoc imiento científi­co; lo e lementa l puede tener a veces causas intr incadas y reveladoras. Pero

NRFH, X L I X (2001), núm. % 307-337

Page 2: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

308 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

glas q u e se h a u t i l i z a d o p a r a e x p l i c a r l a e s t r u c t u r a de u n a p a l a ­b r a n o es más q u e u n a extrapo lac ión d e l s i s tema d e reglas u t i l i ­z a d o p a r a d a r c u e n t a de l a e s t r u c t u r a sintagmática, d a d a l a c o n d i c i ó n de l a p a l a b r a c o m o u n i d a d t ransversa l e n t r e l a m o r ­fo log ía y l a s i n t a x i s 3 . P o r e l l o , se a p l i c a l a n o c i ó n d e e s t r u c t u r a tanto a l a o r a c i ó n c o m o a l a p a l a b r a , l o q u e p e r m i t e e x p l i c a r a d e c u a d a m e n t e l a situación e n q u e se e n c u e n t r a n los e l e m e n ­tos q u e c o n f o r m a n estas dos u n i d a d e s g r a m a t i c a l e s , u t i l i z a n d o p a r a su análisis los m i s m o s p r i n c i p i o s teór icos , a pesar de l a c ons iderac ión d e l a m o r f o l o g í a der ivat iva c o m o r e s u l t a d o de u n a o p e r a c i ó n léxica, n o sintáctica, p e r o c o n u n a e s t r u c t u r a i n ­t e r n a e n l a q u e sus cons t i tuyentes también están o r g a n i z a d o s e n d i s t in tos n ive les j e r á r q u i c o s 4 . Es to es, hay u n a gramática p a ­r a l a f o r m a c i ó n d e las o r a c i o n e s , d e l m i s m o m o d o q u e h a y u n a gramática p a r a l a f o r m a c i ó n de las pa labras ; si p u e d e estable­cerse u n p a r a l e l i s m o e n t r e l a o rac i ón —o e l s i n t a g m a — y l a p a l a ­b r a , c u a n d o ésta es c o m p l e j a , d i c h a c o n e x i ó n es todavía más

las consecuencias de estos pasos h a n pod ido ser aún más trascendentes cuan­do u n a d i s c ip l ina h a h e c h o suya idea o nociones de otra z o n a d e l saber supuestamente i n d e p e n d i e n t e de e l la" .

3 E n este sentido P I E R A y V Á R E L A a f i rman que "parece que los d o m i n i o s de u n a y otra están b i en del imitados y que el objeto de estudio de cada u n a de ellas abarca entidades c laramente diferenciadas. N o obstante, en nuestra lengua , al i gua l que e n otras, se d a n diferentes fenómenos léxico-gramati­cales que c o n c i e r n e n tanto a los objetivos de l a sintaxis c o m o a los de la morfología y se e n c u e n t r a n en ellas ciertas entidades lingüísticas que par­t i c ipan de las características propias de las entidades morfológicas, l a pala­b r a y e l m o r f e m a , a l a vez que de las sintácticas, e l s intagma y l a oración" ("Relaciones entre morfología y sintaxis", en Gramática descriptiva de la len­gua española, dirs . I. Bosque y V . D e m o n t e , Espasa Ca lpe , M a d r i d , 1999, t. 3, p. 4369).

4 Idea d e f e n d i d a p o r S E L K I R K (op. cit.) q u i e n h a apl i cado l a teoría sintác­tica de la X - b a r r a a las reglas de formación de palabras, exp l i cando l a unión de los constituyentes p o r m e d i o de u n a estructura jerárquica y re lac ionan­do afijos y bases de l a m i s m a m a n e r a que en l a estructura sintagmática o frástica: en part i cu lar , e n todo lo referente a las semejanzas entre la estruc­tura sintáctica y l a estructura de l a palabra , se h a a f i rmado que las teorías acerca de la p r i m e r a p u e d e n ser aplicables a la segunda. N o fa l tan, s in em­bargo, críticas a l a aplicación de l a teoría de l a X - b a r r a e n e l análisis mor fo ­lógico, c o m o hace S C A L I S E , aunque n o deja de a d m i t i r que "parece que la teoría de l a X - c o n barra se puede apl icar c o n resultados interesantes para expresar ciertas analogías entre pr inc ip ios que r igen l a construcción sintag­mática y los que d e t e r m i n a n la formación de palabras dentro de l a mor fo l o ­gía, a l menos p o r l o que se refiere a los compuestos" (op. cit., p p . 210-216).

Page 3: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NI WH, X L I X L O S COMPUESTOS N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 309

e s t r e c h a c u a n d o nos fijamos e n los c o m p u e s t o s n o m i n a l e s y, e n p a r t i c u l a r , e n u n t i p o de f o r m a c i o n e s c o m o aque l las e n las que i n t e r v i e n e n u n v e r b o más u n n o m b r e , q u e b i e n p u e d e n c o n s i ­d e r a r s e f o r m a c i o n e s i n t e r m e d i a s e n t r e l a s intax is y l a m o r f o l o ­gía, pues e n ellas l a cons iderac ión de u n a p o s i b l e subyacenc ia o e s t r u c t u r a p r o f u n d a de carácter s intagmático p u e d e ac la rar l a n a t u r a l e z a de las r e l a c i o n e s q u e c o n t r a e n los const i tuyentes , a l t i e m p o q u e re f le ja l a h e r e n c i a de l a e s t r u c t u r a a r g u m e n t a l 5 . E s -

5 A pesar de que las expl icaciones para d e t e r m i n a r l a estructura interna de estos compuestos no de f ienden hoy la existencia de u n a estructura frásti-ca subyacente, sobre todo a part i r de l a hipótesis lexical ista chomskyana de 1970. S i n embargo , es en su correlato c o n u n a estructura o rac i ona l don ­de reside el p u n t o de part ida para la creación, p o r parte de los hablantes, de compuestos nominales de este t ipo . E l esquema morfo lóg ico que lleva a l a formación de estos compuestos es m u y product ivo en español, gracias a las pocas restricciones c o n que cuenta y a su transparencia semántica y regular, así c o m o a su correlato c on u n a estructura sintagmática c o n los mismos ele­mentos . A pesar de el lo , la explicación t rans formac ional h izo aguas y " p r o n ­to se reconoc ió la d i f i cul tad de basar l a explicación d e l léxico derivado en el mecan i smo transformacional : las s imi l i tudes entre p ieza léxica s imple y de­r ivada no eran totales desde el p u n t o de vista sintáctico, l a relación distaba m u c h o de ser sistemática y product iva y e l número y c omple j idad de trans­formac iones que había que postular si se pretendía generar todo e l léxico der ivado mediante este mecanismo c o m p l i c a b a e n exceso la gramática, has­ta e l p u n t o de hacer la inadecuada c o m o m o d e l o de explicación de la com­petenc ia d e l hablante nativo" ( V Á R E L A , Fundamentos de morfología, Síntesis, M a d r i d , 1992, p. 139). Y en este sentido L A N G expone también el desarrol lo exper imentado p o r el análisis morfo lógico centrado en la explicación trans­f ormac iona l "siguiendo los postulados de l a teoría sintáctica postchomskiana, los p roced imientos impl i cados en la formación de palabras se c onc ib i e ron c o m o análogos a aquellos impl i cados e n l a formación de nuevas oraciones. L a f o r m a de las palabras complejas se anal izaba c o m o si respond iera a u n a estructura sintáctica, considerando tan sólo e l derivado o e l compuesto como u n a m e r a representación superf ic ial de e l la , u n a especie de abreviamiento de carácter gráfico" hasta llegar a observar las l imitaciones e insuficiencias de d i c h o p r o c e d i m i e n t o : "este enfoque puede resultar engañoso, porque anali ­za todos los elementos en términos de estructura p r o f u n d a y, además, m a ­nif iesta u n a tendenc ia a destacar las relaciones oracionales entre verbo y n o m b r e que fasc inaron a los lingüistas postchomskianos . P o r e jemplo , suele n o reparar e n otros tipos de relaciones sintácticas que se d a n en la for­mación de pa labra , tales c o m o las estructuras n o m b r e - n o m b r e (antenista) o adjet ivo-nombre (fragilidad) y adolece de u n a insuf ic iente consideración de l c o m p o n e n t e sintáctico, que caracteriza muchas derivaciones, c o m o se (de )muestra en los siguientes ejemplos: chupalámparas apersona o aparato que c h u p a lámparas" (Formación de palabras en español. Morfología derivativa productiva en el léxico moderno, trad. A . M i r a n d a Poza , Cátedra, M a d r i d , 1992,

Page 4: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

310 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

to se c o m p a d e c e b i e n c o n l a i d e a de q u e l a c o m p o s i c i ó n e n t r a ­ña u n a c o m b i n a c i ó n sintáctica de e l e m e n t o s léxicos e n e l n i v e l de l a p a l a b r a ; de ahí l o o p o r t u n o de a f i r m a c i o n e s c o m o l a q u e h a c e n P i e r a y Várela c u a n d o señalan q u e

aparte de l hecho notor io de que son frecuentes las formaciones léxicas con estructura morfológica compleja que proceden, diató­nicamente, de combinaciones sintácticas, de modo que los sintagmas se vuelven palabras y estas, a su vez, pueden convertirse en afijos, hay aspectos generales de la gramática en los que la interacción de la morfología y la sintaxis es evidente 6 .

L o q u e m e p r o p o n g o h a c e r e n este trabajo es a n a l i z a r l a con f igurac ión i n t e r n a de los c o m p u e s t o s n o m i n a l e s d e l t i p o v e r b o + n o m b r e , a h o n d a n d o e n las e x p l i c a c i o n e s q u e se h a n o f r e c i d o a p r o p ó s i t o de l a n a t u r a l e z a d e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o e i n t r o d u c i e n d o e n l a c o n t r o v e r s i a a c e r c a de s u ca ­racterización ( c e n t r a d a e n d e t e r m i n a r si es u n a f o r m a p e r s o n a l v e r b a l , u n t e m a v e r b a l , u n n o m b r e d e v e r b a l , etc. ; e l e c c i ó n q u e A l v a r E z q u e r r a c o n s i d e r a a r r i e s g a d a p o r q u e n i n g u n a de las

p. 15). A u n q u e L a n g n o n iega que " l a consideración de la posible subyacen­cía o estructura p r o f u n d a implícita e n u n a estructura léxica comple ja pue­de aclarar l a naturaleza de las relaciones entre los constituyentes: trotar + mundo—> trotamundos, lavar+ vajilla—> lavavajillas" (p. 17). C o n esta afir­mación acerca de las relaciones entre morfología y sintaxis n o se def iende aquí la idea de u n a transformación c o m o p u n t o de part ida para l a f o rma­ción de estos compuestos nomina les , p ro ced imiento que h a sido desesti­m a d o y superado ya, c o m o refleja gran parte de la bibliografía o c u p a d a de este tema (puede verse, p o r e jemplo , e l resumen que ofrece S C A L I S E , op. cit, p p . 24-29), aunque algunos estudiosos todavía de f iendan, c o m o apunta L A N G (op. cit, p. 85) , l a interacción entre los procesos derivativos y l a sinta­xis, en el sentido de que e l análisis sintáctico de las palabras complejas pue­de expl i car e l f u n c i o n a m i e n t o de los mecanismos de formación. Sólo se pretende mostrar aquí la semejanza e n el m a n t e n i m i e n t o de l a m i s m a es­t ruc tura argumenta l o temática entre u n a estructura o rac i ona l verbo+obje-to y u n a palabra comple ja d e l t ipo limpiabotas en l a que se da e l m i s m o t ipo sintáctico, e l más product ivo , p o r c ierto , de todos los que p u e d e n señalarse dentro de los compuestos de verbo+nombre . C l a r o que n o hay que negar que la consideración de la posible subyacencia o estructura p r o f u n d a implí­c i ta en u n a estructura léxica comple ja , c o m o la que abordamos aquí, puede aclarar también la naturaleza de las relaciones entre los constituyentes, algo que es activado p o r parte de los hablantes para crear hoy este t ipo de u n i d a ­des morfológicas.

6 A r t . cit., p. 4369. Las cursivas son mías.

Page 5: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S COMPUESTOS N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 311

p r o p u e s t a s e x c l u y e a las d e m á s 7 ) las e x p l i c a c i o n e s q u e se d e r i ­v a n de l a apl icac ión de l a teoría del caso, s u r g i d a e n e l m a r c o teó­r i c o d e l m o d e l o g r a m a t i c a l de P r i n c i p i o s y Parámetros 8 , c o n e l fin de r e s p o n d e r a l a p r e g u n t a q u e d a título a este trabajo : si existe o n o asignación y m a r c a de caso e n este t i p o de c o m p u e s ­tos. D e a c u e r d o c o n d i c h a teoría, e n l a es t ruc tura -S , los ele­m e n t o s q u e c o n f o r m a n u n a o r a c i ó n t i e n e n u n a disposic ión l i n e a l y e s t r u c t u r a l d e t e r m i n a d a p o r l a as ignación de caso que efectúa u n e l e m e n t o r e c t o r sobre su r e g i d o 9 . P a r e c e q u e esta s i -

7 Si b i en en su opinión "debemos admit i r que los compuestos endocéntri­cos y, p o r tanto, los que poseen en su inter ior la f o r m a verbal bajo el presente de indicativo, son mayoría en la lengua actual" ("De nuevo sobre los compues­tos de verbo + sustantivo", II Simposio Internacional de Lengua española, ed. M . A l ­var, E x c m o . Cab i ldo Insular de G r a n Canar ia , Las Palmas, 1984, p. 96).

8 Este m o d e l o teórico de Principios y Parámetros es l a tercera fase de la gramática chomskyana. Después de l alto grado de f o rmal i smo e interés p o r las propiedades matemáticas de los formal ismos gramaticales expuestos en Estructuras sintácticas y tras la teoría estándar de Aspectos, en l a que se intro ­ducía u n c o m p o n e n t e semántico y se concebía e l lenguaje c o m o u n sistema de conexiones entre significados y sonidos, surgió la Teoría de Pr inc ip ios y Parámetros, también l l amada de Rección y L i g a m i e n t o . D i c h a teoría repre­sentó l a culminación de l interés de C h o m s k y p o r l a adecuación explicativa que intentaba responder a la pregunta de c ó m o se aprende u n a lengua. C o ­m o resume Wasow en el epí logo al l i b ro de S E L L S estas tres fases describen "e l curso sostenido y único en que se h a desarro l lado l a teorización sintácti­ca durante los últimos tre inta años en que e l r i gor f o r m a l y la atención a los detalles gramaticales d i o paso poco a poco a l a predilección p o r l a gramáti­ca universal y las cuestiones teóricas más trascendentales" (Teorías sintácticas actuales, trad. R. C e r d a , Te ide , Barce lona , 1985, p. 191).

9 D E M O N T E señala la existencia de unas condic iones que restringen las es-tructuras-S: "en esencia, éstas tratan sobre relaciones entre pares de elementos de los cuales u n o es, en algún sentido, jerárquicamente super i o r al otro , sien­do necesario as imismo que esa relación jerárquica se satisfaga en u n domin io determinado . C o n otras palabras, las nociones de reccióny localidad son pieza clave de los fenómenos de asignación de caso, ligamiento, controle identificación de categorías vacías' (op. cit, p. 135). Y más adelante precisa que " l a teoría lingüís­tica h a hecho progresos considerables en el conoc imiento de estos fenómenos de dependenc ia o interdependenc ia estructural y h a elaborado, tras extensos análisis teóricos y empíricos, dos nociones (o pr inc ip ios estructurales) que pa­recen muy fructíferas para la caracterización de esas dependencias: u n a es la más abarcadora de mando-c (mando de constituyentes), otra es la más especí­fica de rección, de la cual la anterior es u n a subparte" (p. 138). Y sobre el con­cepto de rección expl i ca que "e l p r inc ip i o de rección es meramente u n a relati-vización de la relación de mando-c a domin ios locales muy específicos, en part icular , a l de las relaciones entre los núcleos léxicos de los sintagmas y los elementos que coaparecen con ellos dentro de la proyección máxima de la que

Page 6: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

312 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

tuac ión habría de darse también e n t r e estos dos e l e m e n t o s d e l c o m p u e s t o p a r a e x p l i c a r l a b u e n a f o r m a c i ó n de d i c h o c o m ­p u e s t o , si b i e n es c i e r t o q u e las s i m i l i t u d e s q u e se p u e d e n esta­b l e c e r ent re l a o rac i ón y l a p a l a b r a t i e n e n e l límite q u e i m p o n e l a cons iderac ión de l a p a l a b r a c o m p l e j a c o m o á t o m o sintáctico, c o n i n t e g r i d a d léxica, e n e l q u e n o p u e d e n i n t e r v e n i r cua les ­q u i e r a de los p r i n c i p i o s d e análisis de l a e s t r u c t u r a sintagmáti­c a 1 0 . P o r e l l o P i e r a y Várela a f i r m a n q u e

si b ien es posible recurr ir a la sintaxis oracional para describir de­terminadas relaciones de dependenc ia dentro de la palabra, ello no impl i ca que las formaciones léxicas tengan estatuto sintáctico. L a constatación de que u n a pieza morfológica compleja muestra u n a 'sintaxis interna ' se resume en el hecho de que las relaciones estructurales que se dan en su inter ior están sometidas a p r i n c i ­pios b ien establecidos de la gramática, los cuales pueden ser defi­nidos en términos sintácticos o estructurales. Hay que tener presente, por otra parte, que ciertas propiedades distr ibuciona-les que caracterizan a las palabras complejas son privativas de la morfología 1 1 .

A h o r a b i e n , las p o s i b i l i d a d e s actuales p a r a l a c reac i ón de c o m p u e s t o s d e l t i po v e r b o + n o m b r e , a p a r t i r de estructuras ver­ba les e n las q u e a p a r e c e u n ob j e to o t e m a , r e g i d o o s e l e c c i o n a ­d o p o r e l v e r b o , p e r m i t e n r e a n a l i z a r l a n a t u r a l e z a de este t i p o d e c o m p u e s t o s c o n e l ob j e to de p r o f u n d i z a r e n l a exp l i cac ión más e x t e n d i d a e n l a a c t u a l i d a d , e n v i r t u d de l a c u a l e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o es c o n s i d e r a d o u n n o m b r e d e v e r b a l , i n s i s t i e n d o e n e l o r i g e n v e r b a l d e l p r i m e r e l e m e n t o y e n las i m ­p l i c a c i o n e s q u e e l l o c o n l l e v a ; a l m i s m o t i e m p o , l a f a c i l i d a d p a r a su c reac ión p e r m i t e q u e su interpretac ión semántica se

son ejes, los elementos que p o r razones semánticas o meramente formales aquéllos «exigen» o «rigen»" (p. 137).

1 0 Esta par t i cu lar idad de l a pa labra c o m o átomo sintáctico aparece en C H O M S K Y ("Observaciones sobre la nominalización", Sintáctica y semántica en la gramática generativa, i n t r o d . , notas y apéndices C . Pelegrín O t e r o , Siglo X X I , M a d r i d , 1979 [1970], p p . 25-74) y postula que las operaciones sintácti­cas n o p u e d e n acceder a l a estructura i n t e r n a creada p o r operaciones m o r ­fológicas; esto es, c o m o señala V Á R E L A (Fundamentos de morfología, p. 37) son opacas a l a sintaxis.

1 1 A r t . cit., p. 4381.

Page 7: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NEFH, X L I X LOS COMPUESTOS N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 313

p u e d a d e r i v a r —a pesar de q u e las c o n c l u s i o n e s a q u e se h a l l e ­g a d o desde u n análisis e s t r i c t a m e n t e f o r m a l n o a p o y a n esta hipótesis— de las partes q u e l o c o m p o n e n —es d e c i r q u e sea p o ­s ib le u n a interpretac ión c o m p o s i c i o n a l p a r c i a l d e l s i gn i f i cado , d a d a su t r a n s p a r e n c i a semánt i ca 1 2 — y de l a re lac ión q u e las partes e n t a b l a n e n t r e sí. P e r o antes de a b o r d a r l a repercus ión q u e t i ene l a apl icac ión de l a teoría d e l caso e n l a d e t e r m i ­n a c i ó n de l a e s t r u c t u r a i n t e r n a de los c o m p u e s t o s de V + N , e x p o n d r é b r e v e m e n t e cuál es e l c o n t e n i d o d e l a teoría y los m e c a n i s m o s q u e l l e v a n a su apl icac ión .

2. P R I N C I P I O D E A S I G N A C I Ó N D E C A S O Y M A R C A S D E C A S O

E l s u r g i m i e n t o de l a teoría de los P r i n c i p i o s y Parámetros e n l a d é c a d a de los años o c h e n t a s u p u s o l a apar ic ión d e l d e s a r r o l l o más g e n e r a l i z a d o de l a gramática g e n e r a t i v a 1 3 . Este m o d e l o de descr ipc ión g r a m a t i c a l se a r t i c u l a e n t o r n o a l a e x i s t e n c i a de va-

1 2 L o que n o es posible en todos los compuestos nominales de verbo +nombre: n o sucede en formaciones c o m o cascarrabias en las que, como apunta V A L A L V A R O ( "La composic ión" , en Gramática descriptiva de la lengua española, t. 3, p. 4766) , interv ienen el m i s m o t ipo de mecanismos tropológi-cos de denotación que en gallocresta o salipez: gallocresta ' p lanta m e d i c i n a l de hojas parecidas a l a cresta de u n gal lo ' ; salipez ' t ipo de roca b lanca c o n m a n ­chas negras ' . H a y que señalar también, c o m o hace A l m e l a a propósito de l o r igen d e l compuesto , que "no s iempre está c laro qué u n i d a d lingüística se ha l la en el o r i gen d e l compuesto , n i s iquiera si existe tal o r igen . E n las con­tadas ocasiones en que p u d i e r a haber acuerdo sobre tal o r igen , ¿no se le estaría c o n f u n d i e n d o c on u n a paráfrasis a poster ior i?" (Procedimientos defor­mación de palabras en español, A r i e l , B a r c e l o n a , 1999, p. 121). P o r el lo , como concluye L A N G , "se p r o d u c e n frecuentes modi f i cac iones semánticas entre los constituyentes y el derivado resultante, c o n e l consiguiente oscureci­m i e n t o de l a motivación semántica... C o n e l paso d e l t i empo las palabras p u e d e n a d q u i r i r significados impredec ib les que n o se der ivan directamente a part i r d e l que poseen sus componentes " (op. cit, p. 71).

1 3 Este m o d e l o teórico se o c u p a de l a facultad lingüística y de la gramá­tica y se ar t i cu la en torno a l a idea de que e l sistema lingüístico consta de u n conjunto restr ingido de principios generales que d a n cuenta de las prop ieda ­des y leyes d e l lenguaje y que están asociados a u n con junto igualmente res­t r ing ido de parámetros que p e r m i t e n , según la posición que t o m e n , cierta variación interlingüística. Las obras fundamentales en las que se expl i ca e l m o d e l o son C H O M S K Y , Lectures on government and binding, For is , Dordrecht , 1981; y C H O M S K Y y L A S N I K , "Pr inc ip ies a n d parame te rs theory" , en Syntax: An International handbook of contemporary research, eds .J .Jacobs et al, De Gruyter , Berlín, 1991.

Page 8: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

314 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

r ios m ó d u l o s o c o n j u n t o s d e p r i n c i p i o s q u e r e g u l a n l a b u e n a f o rmac i ón de u n a orac ión ; c o n e l l o l o q u e se pers igue es d i v i d i r nues t ro c o n o c i m i e n t o d e l s is tema e n c o m p o n e n t e s r e l a t i v a m e n ­te i n d e p e n d i e n t e s , p e r o c o n e c t a d o s e n t r e sí. D e n t r o de esos módu los , encargados f u n d a m e n t a l m e n t e de e x p l i c a r las r e l a c i o ­nes f o r m a l e s y semánticas e n t r e los m i e m b r o s q u e c o n f o r m a n l a e s t r u c t u r a sintagmática, se e n c u e n t r a , e n e l m ó d u l o sintácti­co , l a teoría del Caso. E s t a teoría es l a e n c a r g a d a de r e g u l a r l a aparic ión o distr ibución de los s in tagmas n o m i n a l e s , o b l i g a t o ­r i os o arguméntales , e n l a c a d e n a o r a c i o n a l p o r m e d i o de u n a m a r c a de f u n c i ó n casua l q u e r e c i b e e l n o m b r e de caso y c u y a func i ón es s i m i l a r a l a ex is tente e n l enguas q u e d i s p o n e n de esa m a r c a m o r f o l ó g i c a 1 4 . E l p r i n c i p i o básico de esta teoría señala q u e t o d o s i n t a g m a n o m i n a l d e b e r e c i b i r u n a m a r c a casua l d e l e l e m e n t o q u e l o r i g e , l o q u e e x p l i c a l a a g r a m a t i c a l i d a d de c i e r ­tas o r a c i o n e s 1 5 : e n español , p o r e j e m p l o , u n p a r t i c i p a n t e q u e f u n c i o n e c o m o ob je to d i r e c t o só lo p o d r á estar s e p a r a d o d e l v e r b o d e l q u e d e p e n d e p o r o t r o p a r t i c i p a n t e si l l e v a u n a m a r c a d e caso explícita; e n caso c o n t r a r i o d e b e r á p e r m a n e c e r e n u n a pos i c ión adyacente o subyacente a l v e r b o 1 6 , l o q u e h a c e q u e co -

1 4 D i c h a marca , cuya existencia conocemos en lenguas c o m o el latín, da lugar a la variación e n e l sustantivo, de acuerdo c on la función que éste de­sempeñe en la oración. E n el m o d e l o de Pr inc ip i os y Parámetros todo S N debe llevar caso asignado, salvo algunas excepciones posibles de categoría vacía. L a falta de caso tiene c o m o resultado l a existencia de u n a oración agramatical , al mismo t iempo que la duplicación de caso también sería agra-mat ica l . P o r esta razón, S E L L S exp l i ca que "e l filtro de caso es c o m o e l criterio temático en cuanto establece que tener dos casos es tan inválido c o m o n o tener n i n g u n o . Hay , p o r lo demás, u n a gran s i m i l i t u d en l a actuación de l cr i ter io q y e l filtro de caso, hasta e l p u n t o de que en trabajos más recientes (cf. C H O M S K Y , Knowledge of language: Its nature, origins, and use, T h e M I T Press, C a m b r i d g e , 1984, s igu iendo las pautas de Reccióny Ligamiento) se h a revisa­do e l cr i ter io q c o n e l fin de i n c l u i r l o e n el filtro de caso" (op. cit, p. 5 2 ) .

1 5 C u a n d o en u n a oración u n s intagma n o m i n a l explícito n o tenga asig­n a d o u n caso, resultará u n a secuencia anómala porque se incumplirá e l fil­tro de caso. S E L E S (loe. cit.) exp l i ca e l filtro de caso, que se apl ica e n l a estructura S , d i c i endo que u n S N es agramatical si e l S N tiene conten ido fonético —es­to es, tiene u n a realización física, p o r oposic ión a l a categoría vacía— y, e n cambio , carece de caso.

1 6 E n estos movimientos relacionados c o n el o r d e n de palabras interesa, para mantener las restricciones que i m p o n e la teoría del límite, que se preser­ve l a adyacencia o p o r lo menos l a subyacencia, según se trate de unas lenguas u otras. E n inglés es obl igator ia la adyacencia entre el verbo y su complemento d irecto porque no puede interponerse nada entre e l as ignador de caso y su

Page 9: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 315

b r e i m p o r t a n c i a , e n e l m a r c o de l a teoría d e l caso, l a e x i s t e n c i a de u n o r d e n l i n e a l —que d é c u e n t a d e l p r e d o m i n i o e n español d e l o r d e n S V O 1 7 — a l l a d o de u n o r d e n j e r á r q u i c o , q u e se v iene b i e n c o n l a e x i s t e n c i a p r e v i a de u n a m a r c a de c a s o 1 8 .

L a e x i s t e n c i a de caso y su asignación p o r p a r t e d e u n a de­t e r m i n a d a categoría g r a m a t i c a l es e l m o d o de r e c o n o c e r for ­m a l m e n t e l a re lac ión q u e existe e n t r e u n e l e m e n t o r e g i d o y su rec tor . P a r a m a r c a r l a re lación de d e p e n d e n c i a se r e c u r r e a l ca-

asignado; de lo contrar io , e l resultado sería agramatical ( como se ve en *John read in the bed the novéis). E n cambio , en español n o se da esta restric­ción tan fuerte, aunque sí es necesario que se dé p o r lo menos l a subyacencia, f enómeno consistente en que n i n g u n a aplicación de desplazamiento de a puede cruzar más de u n n u d o limítrofe (claro que se puede r e c u r r i r a la ad­yacencia que parece evitar los casos de ambigüedad estructural que se dan en la estructura S, y n o en la F L donde s iempre habría dos representaciones estructurales, caracterizada u n a de ellas p o r la adjunción de los argumentos a aquellos elementos que los r igen) .

1 7 B O S Q U E señala que "las lenguas que d i s p o n e n de gran número de ca­sos para ident i f i car los complementos de los núcleos son aquellas en las que las posic iones sintácticas son l ibres, o d i c h o de otra f o r m a , aquellas en las que l a adyacencia n o es u n a marca de función a p r o p i a d a o suficiente. Los complementos necesitan, pues, diferentes marcas de función que se ajustan a la estructura de cada lengua. L a f o r m a en la que se p r o d u c e n estas marcas de función (que en la gramática generativa reciente se a g r u p a n bajo el tér­m i n o de Caso abstracto) c o n d i c i o n a n b u e n a parte de su sintaxis" (Las catego­rías gramaticales, Síntesis, M a d r i d , 1989, p. 68). Esto hace que l a posición sea u n p r o c e d i m i e n t o para leg i t imar o reconocer complementos , lo que signifi­ca que cobre i m p o r t a n c i a e l o r d e n en que aparecen las unidades de análisis.

1 8 P I N K E R señala que "en las lenguas que e m p l e a n marcadores de caso para señalizar e l s igni f icado, u n s intagma recargado puede ser desplazado hac ia e l final de l a oración, de tal m o d o que e l oyente p u e d a d iger i r e l signi­ficado de u n s intagma tan largo s in neces idad de m a n t e n e r l o e n la m e m o ­ria . Inc luso u n a l engua tan tiránica en cuanto al o r d e n de palabras como el inglés ofrece a sus hablantes construcciones alternativas e n las que invierte el o r d e n de los sintagmas. T o d o escritor cons iderado debe hacer uso de es­tas construcc iones , de jando lo más pesado para el final y a l igerando el p r i n ­c ip io de l a oración" (El instinto del lenguaje, trad. J . M . Igoa González, A l i a n z a E d i t o r i a l , M a d r i d , 1999 [1994], p. 222). Prec isamente e n l a i m p o r t a n c i a que t iene e l o r d e n l i n e a l j u n t o c o n el jerárquico reside l a razón p o r la que surgen oraciones ambiguas o anómalas e n todas las lenguas. Es e l caso de la siguiente secuencia que t omo de P i n k e r : Joaquín dijo que Santiago hará sus de­beres ayer, e n l a que la anomalía surge p o r q u e " n o r m a l m e n t e es prefer ible empaquetar nuevas palabras dentro d e l s intagma i n c o m p l e t o que se está ana l i zando , a cerrar e l s intagma y co locar las palabras que vayan l legando en o tro s intagma pend iente de u n a r a m a super ior d e l árbol" (p. 236), lo que e x p l i c a l a t endenc ia a conjugar o r d e n jerárquico y o r d e n l inea l .

Page 10: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

316 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

so, q u e p u e d e ser d e s e m p e ñ a d o p o r afi jos, f o r m a s léxicas o p o ­s i c i ones sintácticas, y q u e l a l e n g u a e m p l e a p a r a d i s t i n g u i r los d iversos pape les q u e d e s e m p e ñ a n los p a r t i c i p a n t e s e n u n de ­t e r m i n a d o suceso o estado ; pape les tales c o m o sujeto , ob j e to d i r e c t o , ob jeto i n d i r e c t o , así c o m o los objetos i n t r o d u c i d o s p o r las d is t intas clases de p r e p o s i c i o n e s . E s a m a r c a de caso p u e d e t e n e r o n o c o n c r e c i ó n m o r f o l ó g i c a ; de m o d o q u e e n las l e n ­guas q u e d i s p o n e n de flexión de caso se h a b l a de caso morfológi­co, m i e n t r a s q u e e n a q u e l l a s q u e c a r e c e n de ta l p o s i b i l i d a d y, p o r tanto , l a e x i s t e n c i a de caso es abstracta , se h a b l a de caso abs­tracto. C u a n d o esto suced e , las d i f e r e n c i a s e n t r e las f u n c i o n e s sintácticas se m a n i f i e s t a n también p o r m e d i o de m a r c a s , a u n ­q u e n o sean t a n vis ib les c o m o las de otras l enguas : e n español n o existe caso m o r f o l ó g i c o e n los sustant ivos , p e r o l a apar ic ión d e éstos e n l a o rac i ón también está sujeta a l m i s m o p r i n c i p i o f u n c i o n a l - c a s u a l , r e g u l a d o r de l a aparic ión de los e l e m e n t o s n o m i n a l e s e n las l eguas do tadas de caso m o r f o l ó g i c o .

L a c onc lus i ón q u e p o d e m o s e x t r a e r de esta breve e x p o s i ­c i ó n de l a teoría del caso y de los e l e m e n t o s e n c a r g a d o s de q u e se c u m p l a , es q u e las o r a c i o n e s q u e p r o d u c i m o s d e b e n m a n t e n e r ­se s i e m p r e ba jo e l d o m i n i o de verbos y p r e p o s i c i o n e s : los s i n ­tagmas n o p u e d e n a p a r e c e r e n l a pos i c i ón q u e les v e n g a e n g a n a d e n t r o d e l S V , t i e n e n q u e someterse a l p a p e l q u e éste les as igne y l l evar e n t o d o m o m e n t o e l d i s t i n t i v o de l a f u n c i ó n q u e se les h a e n c o m e n d a d o 1 9 . L a e x i s t e n c i a de u n a teoría de caso y

1 9 Los elementos capaces de asignar caso son aquellas categorías grama­ticales que l levan el rasgo [-N]. Esta descripción de las categorías, c o m o re­sultado de la combinación de los rasgos categoriales N y V , h a surgido en e l análisis de teoría de X - b a r r a , que tiene su o r igen en C H O M S K Y ("Observacio­nes sobre la nominalización") y que se h a desarro l lado poster iormente e n

J A C K E N D O F F , X' syntax: A study of phrase structure, T h e M I T Press, C a m b r i d g e , 1977, y C H O M S K Y , Lectures on government and binding. D e acuerdo c o n esta teo­ría, las categorías léxicas que p u e d e n asignar caso son únicamente e l verbo [+V, -N] y la preposición [-V, - N ] , l o que exp l i ca la agramatica l idad de expre­siones c o m o presidente el Gobierno o asustado el lobo, a u n cuando sea posible dotarlas de u n a cierta interpretación. F E R N Á N D E Z L A G U N I L L A y A N U L A R E B O L L O (Sintaxis y cognición. Introducción al conocimiento, procesamiento y los déficits sin­tácticos, Síntesis, M a d r i d , 1995, p. 167) exp l i can que sólo el verbo y la prepo ­sición son asignadores "directos" de caso. Y hay que precisar que sólo e l verbo transitivo de la voz activa, pues en la voz pasiva es necesario que e l S N objeto sufra u n desplazamiento A de u n a posición temática s in caso a u n a posición n o temática capaz de asignarle caso; y esa posición es la de sujeto. Y n o todos los verbos p u e d e n asignar caso acusativo al S N que los acompaña.

Page 11: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 317

los p r i n c i p i o s ex is tentes p a r a l a asignación d e caso e n español están e n c o n s o n a n c i a c o n e l h e c h o d e q u e l a e s t r u c t u r a d e esta l e n g u a sea S V O . A e x c e p c i ó n d e l su jeto , q u e r e c i b e l a as igna­c i ó n d e caso de l a flexión v e r b a l 2 0 , las seme janzas q u e p u e d e n establecerse e n t r e e l S V y o t r o t i p o d e s in tagmas — S N , S A o SP— e n los q u e a p a r e c e n los m i s m o s e l e m e n t o s —núcleo , a d y a c e n ­tes, m o d i f i c a d o r e s y espec i f i cadores—, así c o m o l a pos i c i ón que o c u p a c a d a u n o d e esos e l e m e n t o s e n e l i n t e r i o r d e l s i n t a g m a , e x p l i c a n e l p r o c e d i m i e n t o q u e se s igue p a r a l a asignación de caso. P e r o esa n e c e s i d a d de as ignar caso y e l m e c a n i s m o p a r a h a c e r l o está l i g a d o también a l a as ignación de p a p e l temático : de h e c h o , e n español s o n ún i camente los ve rbos y las p r e p o s i ­c i o n e s los q u e a s i g n a n tanto p a p e l temát ico c o m o caso; e n l o q u e r e s p e c t a a las p r e p o s i c i o n e s , esto e n c u e n t r a u n a e x p l i c a ­c i ó n e n e l h e c h o de q u e sea l a p r e p o s i c i ó n e l e l e m e n t o que d o t a de v a l o r temático a los a r g u m e n t o s n o s e l e c c i o n a d o s se­mánt i camente , esto es, a los ad juntos . P o r e l l o , p o d r í a pensarse q u e las p r e p o s i c i o n e s se r e c o g e n e n e l l e x i c ó n c o n u n a estruc­t u r a a r g u m e n t a l , s i m i l a r a l a v e r b a l . S i n e m b a r g o , a c e p t a r esta p o s t u r a n o está l i b r e d e p r o b l e m a s 2 1 , razón p o r l a c u a l parece más a c e r t a d o a f i r m a r q u e l a f u n c i ó n de las p r e p o s i c i o n e s es m e d i a r e n l a p r o y e c c i ó n de u n d e t e r m i n a d o p a p e l , ser las t r a n s m i s o r a s de él, p u e s r e q u i e r e n l a p r e s e n c i a p r e v i a de u n v e r b o q u e p o s e a d i c h o p a p e l temático . E s a f u n c i ó n de m e d i a ­c i ó n también l a r e a l i z a n las p r e p o s i c i o n e s a l u n i r u n m o d i f i c a ­d o r a u n n ú c l e o e n e l i n t e r i o r de u n s i n t a g m a n o m i n a l , es d e c i r a l a s i g n a r caso a u n n o m b r e 2 2 .

Esto exp l i ca l a agramatical idad de secuencias c o m o *Juan salió el coche. L a ra­zón estriba e n que sólo los verbos transitivos p u e d e n asignar caso acusativo.

2 0 Repárese en que l a d i ferencia fundamenta l que existe entre la posición de sujeto de la oración con verbo conjugado y ese m i s m o n u d o en u n a cons­trucción de inf init ivo , es la ausencia de rección e n esta última situación.

2 1 Pues c omo señala D E M O N T E "contrariamente a lo que sucede con los verbos y los adjetivos deverbales, no puede en este caso afirmarse que la pro­yección de esos papeles temáticos d e p e n d a exclusivamente de que las pre­posic iones tengan especificados, e n su correspondiente entrada léxica, u n con junto de papeles temáticos que deban proyectarse necesariamente si ellas se proyectan. D e hecho , el pape l temático instrumental , comitativo o benefac-tivo estará asociado al verbo y l a preposición en cuestión aparecerá si y sólo si aparece e l verbo que así lo de termina" (Teoría sintáctica de las..., p. 77).

2 2 A L C I N A y B L E C U A e x p l i c a n que "para l a Gramática de l a A c a d e m i a la preposición es l l a m a d a i m p r o p i a m e n t e parte de l a oración puesto que no

Page 12: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

318 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

3. L A M A R C A D E C A S O E N E L I N T E R I O R D E L S I N T A G M A N O M I N A L

L a d i f e r e n c i a ex is tente e n t r e l a apl i cac ión de l a teoría d e l caso e n e l s i n t a g m a v e r b a l o l a as ignación de caso a l sujeto p o r p a r t e de l a flexión verba l , y ese m i s m o p r o c e d i m i e n t o e n e l i n t e r i o r de u n s i n t a g m a n o m i n a l , r e s ide e n l a n e c e s i d a d de l a m e d i a c i ó n d e u n a prepos i c i ón q u e l i g u e e l n ú c l e o c o n su m o d i f i c a d o r , c u a n d o éste sea u n n o m b r e (a e x c e p c i ó n de los casos de a p o s i ­c i ó n ) 2 3 . Es to e x p l i c a q u e só lo sea p o s i b l e u n i r dos sustantivos si e n t r e e l los m e d i a u n a p r e p o s i c i ó n , restricción q u e n o se a p l i c a c u a n d o e l m o d i f i c a d o r es u n ad je t ivo ; y l a f u n c i ó n de l a p r e p o ­sic ión n o es tanto i n d i c a r q u e u n a d e t e r m i n a d a re lac ión s i n ­táctica se está d a n d o , c o m o p o s i b i l i t a r q u e se dé . E n l a mayoría d e los casos esa f u n c i ó n de u n i ó n es d e s e m p e ñ a d a p o r l a p r e ­pos i c i ón de, d a d a su c o n d i c i ó n de p repos i c i ón vacía, carente de s i g n i f i c a d o l éx i co y capaz d e i n t r o d u c i r c o m p l e m e n t o s n o m i ­na les de m u y d iverso t i p o , según e x p l i c a l a gramática t r a d i c i o ­n a l , q u e d i s t i n g u e e n t r e p r e p o s i c i o n e s l l enas o v e r d a d e r a s y vacías o f a l s a s 2 4 .

t iene valor p o r sí m i s m a en el h a b l a " y sirve para , en estrecho contacto c o n e l n o m b r e , convert ir lo en c o m p l e m e n t o de otro vocablo, de tal m a n e r a que l a preposición "e l e n t e n d i m i e n t o l a conc ibe c o m o f o r m a n d o u n solo con ­cepto menta l c o n d i c h o n o m b r e , y al expresarlo lo hace como si las dos pa­labras, es decir , la preposición y e l n o m b r e , fuesen u n a sola" (Gramática española, A r i e l , Barce lona , 1 9 7 5 , pp . 8 2 6 - 8 2 8 ) . C o n u n a orientación seme­

j a n t e la había entend ido B e l l o a l cons iderar la c o m o modif icat ivo de l n o m ­bre para convert ir lo en c o m p l e m e n t o mediante el cual expresaba las relaciones posibles entre el n o m b r e y otra palabra . E n relación con el n o m ­bre , el of ic io de l a preposición es " a n u n c i a r l o , expresando también a veces la especie de relación de que se trata" . E n suma, se destacan tres aspectos c o m o característicos: expresan c o n mayor o m e n o r vaguedad o precisión u n a relación, y p o r el lo c o i n c i d e n c o n los que se h a n l lamado adverbios pre ­positivos o relaciónales; m a r c a n a u n n o m b r e o constituyente que haga sus veces y convierten d i c h o constituyente e n c o m p l e m e n t o de otra palabra , es­to es, s u b o r d i n a gram a ti cal m e n te el término o constituyente marcado p o r l a preposición a otra pa labra que l a rige.

2 3 Así exp l i ca A L A R C O S que "las preposic iones son unidades d e p e n d i e n ­tes que i n c r e m e n t a n a los sustantivos, adjetivos o adverbios como índices ex­plícitos de las funciones que tales palabras c u m p l e n b i e n en la oración, b i e n e n el g rupo n o m i n a l " (Gramática de la lengua española, Espasa Ca lpe , M a d r i d , 1 9 9 4 , p. 2 1 5 ) .

2 4 A L C I N A y B L E C U A señalan que la consideración d e l signif icado para ex­p l i c a r e l valor de las prepos ic iones just i f i ca que la gramática t rad i c i ona l haya establecido la distinción entre prepos ic iones l lenas y vacías: las prepo -

Page 13: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH,XUX L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S DE VERBO+NOMBRE 319

A l c o n s u l t a r e l t r a t a m i e n t o q u e h a r e c i b i d o l a p repos i c i ón de e n d ist intas gramáticas d e l español , se observa q u e s u carac ­terización se c e n t r a e n e x p l i c a r su fa l ta de a u t o n o m í a semánti­ca , así c o m o l a m u l t i t u d de va lores q u e p u e d e a d o p t a r . Es to l o h a c e l a R A E a l señalar trece usos d i f e rentes p a r a e l e l e m e n t o 2 5 ; p o r su par te A l c i n a y B l e c u a c o n s i d e r a n q u e

l a gramát ica t r a d i c i o n a l h a i n t e n t a d o h a c e r u n a c las i f icac ión d e las p r e p o s i c i o n e s a t e n d i e n d o a l s i g n i f i c a d o . H a t o m a d o e n c u e n ­ta n e c e s a r i a m e n t e e l h e c h o d e q u e , m i e n t r a s u n a s p r e p o s i c i o n e s d a n c u e n t a d e l a r e lac i ón q u e e x p r e s a n c u a n d o se t o m a e n c o n s i ­d e r a c i ó n e l s i g n i f i c a d o d e l a p a l a b r a r e g e n t e y d e l t é r m i n o , e n o t ras b a s t a c o n l a c o n s i d e r a c i ó n d e l t é r m i n o p a r a e n t e n d e r l a r e ­l a c i ón . M i e n t r a s por t o m a u n s i g n i f i c a d o d e t e r m i n a d o según l a c lase d e p a l a b r a q u e i n t r o d u z c a —por la calle, por Navidades, por Alfredo, por miedo, por zoquete, etc.— l a p r e p o s i c i ó n de s ó l o a l c a n z a

siciones llenas son las que "se e m p l e a n en u n reduc ido número de realiza­ciones de acuerdo c o n su s igni f icado" y las vacías "aparecen c o m o simples marcas de enlace c o n múltiples posibi l idades de relación cuyo significado es función tanto de l a pa labra c o n la que se re lac ionan c o m o d e l término que i n t r o d u c e n " (op. cit, p. 834). E n v i r t u d de esta distinción puede decirse que las preposic iones l lenas que mater ia l izan u n p a p e l temático específico dan lugar a u n a proyección máxima que b loquea ciertas relaciones estructu­rales —por eso es agramatical u n a secuencia, t omada de D E M O N T E (Teoría sin­táctica..., p. 79), c o m o *Le regalé un libro a mi prima muy cansada frente a Encontré a mi prima muy cansada—; en cambio , cuando las preposic iones son vacías y n o per tenecen al módu lo temático no con f iguran u n a proyección de s intagma prepos i c i ona l , que es lo que sucede c o n los modi f i cadores de núcleos deverbales en sintagmas nominales in t roduc idos p o r de (claro que no c o n todos los modi f i cadores c o m o se expl i ca en D e m o n t e , pp . 85-86).

2 5 L o s valores que señala en el Esbozo (Espasa C a l p e , M a d r i d , 1973, p. 440) son los siguientes: 1) p r o p i e d a d , posesión o per tenenc ia ; 2) o r igen o procedenc ia ; 3) m o d o o manera ; 4) mater ia de que está h e c h a u n a cosa; 5) c on ten ido de a lguna cosa; 6) asunto o mater ia de que se trata; 7) t i empo en que sucede u n a cosa; 8) uso de u n a cosa cuando sólo se t oma parte de el la; 9) naturaleza , condic ión o cua l idad de personas o cosas; 10) c o n i n f i n i ­tivos; 11) es a veces no ta de ilación o consecuencia ; 12) p r e c e d i e n d o al n u ­m e r a l u n o , u n a , expresa l a rápida ejecución de a lguna cosa; 13) colócase entre distintas partes de l a oración c o n expresiones de lástima, queja o ame­naza. P o r su parte A L A R C O S exp l i ca que "e l valor léxico de cada preposición solo se p o n e de manif iesto y sirve a l a información c u a n d o f o r m a parte de u n segmento que func ione c o m o adyacente c i r cunstanc ia l (o adyacente orac ional ) . E n estas ocasiones es donde las preposic iones se o p o n e n entre sí para denotar sentidos diferentes" (op. cit., p. 221). Para u n a exposición deta­l lada de los valores que puede adoptar la preposición de, según A L C I N A y B L E ­C U A , puede verse op. cit, pp . 938-944.

Page 14: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

320 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

su p l en i tud de significado cuando, además de la palabra que i n ­troduce, se considera la palabra con la que se relaciona: el seg­mento /de toros/ no marca por sí mismo la relación que será u n a en tarde de toros y otra en hablaron de ¿oras26;

y A l a r c o s q u i e n e n c u e n t r a e n su c a r e n c i a d e s i g n i f i c a d o l éx i co l o q u e le p e r m i t e p o d e r i n t r o d u c i r adyacentes m u y var iados :

la preposición de enlaza u n adyacente con el sustantivo nuclear de u n grupo n o m i n a l , sin que sean pertinentes sus valores léxi­cos; es u n simple índice de la dependenc ia de l sustantivo adya­cente respecto de l núcleo, y puede por tanto referirse a muy variadas relaciones reales entre los entes denotados 2 7 ;

a d i f e r e n c i a de otras p r e p o s i c i o n e s q u e sí están dotadas de s i g n i ­ficado y q u e , p o r tanto , o t o r g a n s i e m p r e e l m i s m o p a p e l temáti­c o 2 8 . D e u n m o d o s i m i l a r H e r n a n z y B r u c a r t señalan q u e e l S N n o p u e d e f u n c i o n a r c o m o c o m p l e m e n t o d e l n o m b r e d e b i d o a los re ­quis i tos q u e i m p o n e l a teoría d e l caso, e n v i r t u d de l a c u a l es n e ­cesar ia l a p r e s e n c i a de l a prepos i c ión . S i n e m b a r g o , l a ex i s tenc ia d e c o n s t r u c c i o n e s c o m o coche cama o curso puente p o n e n de m a n i ­fiesto q u e es pos ib l e c o m p l e m e n t a r u n n ú c l e o n o m i n a l c o n o t r o n o m b r e , situación q u e e x p l i c a n d e l s i gu iente m o d o :

A caballo entre la composición y la complementación n o m i n a l , estas formas t ienen algunas características especiales. Así, po r e jemplo, la categoría de la derecha n u n c a puede representar proyecciones superiores al núcleo léxico N (es decir que el segun­do elemento n o m i n a l no puede aparecer dotado de u n especifi-cador o de u n complemento prop io : * coche cama cornudísima, *pez dos espadas), lo que hace pensar que se trata más de u n procedi ­miento morfológico l imitado por criterios léxicos que de u n re­curso sintáctico general de l español 2 9 .

^Ibid., p. 835. 2 7 Op. cit., p. 220. 2 8 Es lo que sucede, p o r e jemplo , c o n las preposic iones poro con, a pesar

de que A L C I N A y B L E C U A las cons ideran vacías: "aunque falta u n cr i ter io sufi­c i entemente e laborado para trazar u n a división objetiva, provis ionalmente puede afirmarse que las preposic iones a, con, de y en, y en algunos aspectos por, son vacías, mientras las restantes ante, bajo, contra, desde, entre, hacia, has­ta, para, por, según, sin, sobre y tras y las pseudoprepos ic iones s ignif ican p o r sí mismas o p o r l a naturaleza y carácter d e l término" (op. cit, p. 835).

2 9 La sintaxis. Principios teóricos. La oración simple, Crítica, Barce l ona , 1987, p. 156.

Page 15: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S DE VERBO+NOMBRE 321

L o m i s m o sucede e n u n caso p a r t i c u l a r de s i n t a g m a n o m i n a l e n e l q u e e n c o n t r a m o s secuenc ias cuyo s e g u n d o c o m p o n e n t e es u n n o m b r e p r o p i o , c o m o calle Zamora, o e n c o n s t r u c c i o n e s c o m o casa Pepe, e n las q u e se h a p r o d u c i d o l a elisión de l a p r e ­pos i c i ón . E l m o t i v o q u e p u e d e e x p l i c a r su elisión es e l u s o s i n p r e p o s i c i ó n e n e l h a b l a , l o q u e h a h e c h o q u e estos casos se c o n s i d e r e n e j e m p l o s de apos i c ión espec i f i cat iva o a d j u n t a , se­g ú n e x p l i c a n A l c i n a y B l e c u a 3 0 , c o n idéntica e s t r u c t u r a a l a de los c o m p u e s t o s . D e este m o d o r e s u l t a n o r m a l q u e se p r o d u z c a u n paso de s i n t a g m a n o m i n a l c o n e s t r u c t u r a N+de+N a apos i ­c i ó n y / o c o m p o s i c i ó n c u a n d o se s iente d i c h o s i n t a g m a c o m o u n a e s t r u c t u r a fija, s i g u i e n d o u n p r o c e s o de u n i ó n s i m i l a r a l q u e señala M a r t i n e l l a p r o p ó s i t o de los c o m p u e s t o s ortográfi­cos: " h a y u n a t e n d e n c i a a l a c o m p o s i c i ó n , q u e l l e v a d e l g r u p o sintagmático l i b r e a l sustant ivo c o m p u e s t o . . . E s p o s i b l e h a b l a r de u n a evo luc i ón q u e v a d e l s i n t a g m a n o m i n a l l i b r e m e n t e c o n s t i t u i d o a l sustant ivo c o m p u e s t o ra t i f i cado p o r l a u n i d a d or ­tográ f i ca " 3 1 . Y e n l o q u e se r e f i e re a los c o m p u e s t o s N+de+N, l a fijación e n t r e sus m i e m b r o s h a c e q u e e n a l g u n o s casos p u e d a l l e g a r a p e r d e r s e l a p repos i c i ón , ta l y c o m o e x p l i c a Gracia: " ob -s e r v e m q u e q u a m u n s i n t a g m a N de Nse sent c o m u n c o m p o s t (s ináptic ) , de vegades l a l l e n g u a c o l . l o q u i a l eis c o n v e r t e i x e n c o m p o s t o s p r ó p i a m e n t dits i f a desaparéixer l a p r e p o s i c i ó " 3 2 .

A p r o p ó s i t o de l a f o r m a c i ó n de c o m p u e s t o s n o m i n a l e s c o n dos n o m b r e s , s i n l a m e d i a c i ó n de u n a p r e p o s i c i ó n , V a l A l v a r o e x p l i c a q u e l a a d j u n c i ó n o yuxtapos ic ión de

los compuestos nominales construidos con dos sustantivos pre­sentan dos subtipos en los que se da distinta product iv idad y co­hesión: en u n caso, la concatenación de los nombres se produce l ibremente (<N+N>); en el otro, se da mediante la existencia de u n a vocal de enlace (<N-i+N>) que fonológicamente forma parte de l p r i m e r elemento. L a formación de nombres mediante la unión de dos sustantivos sin vocal de enlace comprende dos modalidades: hay compuestos (perfectos) cuyos elementos están sólidamente fusionados f ormando u n a sola palabra fonológica y b) hay compuestos (imperfectos) que presentan dos componentes

3 0 Op. cit., p. 949. 3 1 "De l a complementacióri a l a composic ión e n e l s intagma n o m i n a l " ,

BEL, 14 (1984), p p . 224, 233. 3 2 Morfología léxica. L'heréncia de Vestructura argumental, Universität, V a ­

lenc ia , 1995, p. 62.

Page 16: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

322 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

que no han llegado a amalgamarse fonológicamente. Los pr ime­ros corresponden a tipos como aguamiel, sureste, zarzamora, a los que se asimilan compuestos que proceden de u n a composición sintagmática como telaraña. Los segundos inc luyen tipos como los de café-teatro, fútbol-sala, hombre rana, buque hospital y hombre anun­cio. Esta segunda modal idad constituye u n o de los procedimien­tos más productivos y complejos de la composición en español 3 3 .

E n aque l los casos e n los q u e n o hay v o c a l de en lace —que s o n l a mayor ía 3 4 —, e l p r o c e d i m i e n t o q u e se s igue p a r a l a u n i ó n de los dos e l e m e n t o s q u e los f o r m a n h a c e q u e se p u e d a n estable­c e r var ios g r u p o s : a) los c o m p u e s t o s e n d o c é n t r i c o s c o o r d i n a t i ­vos ( d e l t i p o aguamiel, café teatro y suroeste); b) los c o m p u e s t o s endocéntr i cos subord inat ivos c o n p r i m e r e l e m e n t o n u c l e a r (de l t i p o telaraña, bocamanga, bocacalle, bocamina, camión cisterna, etc . ) , c a r a c t e r i z a d o s p o r t e n e r más v i t a l i d a d q u e c), q u e s o n los c o m ­puestos e n d o c é n t r i c o s s u b o r d i n a t i v o s c o n s e g u n d o n o m b r e n u c l e a r ( c o m o zarzamora, videoclub), p r e c i s a m e n t e p o i q u e e l d e t e r m i n a n t e n o suele a n t e c e d e r a l n ú c l e o 3 5 : e n estos dos g r u ­pos s u b o r d i n a t i v o s hay u n a re lac ión de m o d i f i c a c i ó n p o r l a e x i s t e n c i a de u n e l e m e n t o d e t e r m i n a d o y o t r o d e t e r m i n a n t e ; y d) los c o m p u e s t o s exocéntr i cos ( d e l t i p o ajoarriero, balompié, gallocresta, e tc . ) . E n todos e l l os , a e x c e p c i ó n , c l a r o está, de los exocéntr i cos , se r e c u r r e a l a c o r r e s p o n d i e n t e e s t r u c t u r a s intag­mática p a r a e x p l i c a r l a re lac ión q u e c o n t r a e n sus m i e m b r o s cons t i tuyentes ; e n los s u b o r d i n a d o s , a p r o p ó s i t o de l a p o s i b l e e x i s t e n c i a de u n a m a r c a de r e c c i ó n , V a l A l v a r o señala q u e

la referencia a u n determinado tipo de entidad viene dada —como ocurre en las construcciones sintácticas paralelas (tela de araña)—

3 3 A r t . c i t . , p . 4 7 7 8 . 3 4 V A L A L V A R O exp l i ca la escasez de l a composic ión c o n vocal de enlace

" p o r e l número relativamente escaso de formaciones existentes y por e l i n ­frecuente uso de l a mayoría de ellas, que es d e b i d o a la desaparición de los objetos que d e n o m i n a n (arquibanco, carricuba, catricofre), a su sustitución p o r otras (ajiaceite) e inc luso al carácter reg iona l de algunas". S i n embargo, "los compuestos de l a f o r m a <N-i+N> f o r m a n el t ipo c o n mayor grado de inte­gración morfológica y fonológica de la formación de sustantivos mediante l a concatenación de dos nombres " (art. cit. , p. 4 7 8 7 ) .

3 5 L o que se compadece b i e n c o n la posición que suelen ocupar los m o ­dif icadores en u n a estructura sintagmática, a d i ferenc ia de lo que sucede en inglés, o e n compuestos terminológicos c o n temas grecolatinos como radio-patía, fisioterapia o aerotecnia.

Page 17: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S DE VERBO+NOMBRE 323

p o r e l p r i m e r e l e m e n t o n o m i n a l . E l s e g u n d o c o m p l e m e n t a a l nú ­c l e o sin que medie rección entre ellos56; h a y , p u e s , u n a r e l a c i ó n d e m o d i f i c a c i ó n d e l s e g u n d o c o n s t i t u y e n t e a l p r i m e r o 3 7 .

U n a situación s i m i l a r p a r a l a u n i ó n de los e l e m e n t o s c o n s t i ­tuyentes es l a q u e se d a e n los c o m p u e s t o s n o m i n a l e s de V + N , e n los q u e l a cons iderac ión d e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o c o m o v e r b o , p o r l o m e n o s e n su expl i cac ión d iacrónica , p e r m i ­tiría as ignar caso a l n o m b r e q u e l o c o m p l e m e n t a ( p r e c i s a m e n ­te p o r q u e n o es n a d a desdeñab le e l h e c h o de q u e este g r u p o de c o m p u e s t o s se c o n o z c a c o m o d e l t i p o V + N y n o N + N ) ; p o r o t r a p a r t e , l a est ipulación de q u e d i c h o e l e m e n t o n o es u n a f o r m a v e r b a l , s i n o u n n o m b r e d e v e r b a l , c o m o se p o s t u l a e n l a a c t u a l i d a d , obl igaría a l a aparic ión de u n a m a r c a de caso q u e f a v o r e c i e r a l a u n i ó n e n t r e las dos bases; c l a r o q u e e l p r o b l e m a q u e p l a n t e a l a fa l ta de esa m a r c a de caso e n l a u n i ó n d e dos n o m b r e s desaparece c u a n d o se e x p l i c a q u e u n c o m p u e s t o n o ­m i n a l es e l r e s u l t a d o de u n p r o c e s o m o r f o l ó g i c o —y n o sintácti­co—, razón p o r l a c u a l n o o p e r a n c o n s i d e r a c i o n e s sintácticas e n l a expl icación de su es t ruc tura i n t e r n a y, p o r tanto , n o p r o c e d e l a apl i cac ión de l a teoría d e l caso. S i n e m b a r g o , h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e l t i p o de c o m p u e s t o V + N es u n o de los p o c o s t ipos de c o m p u e s t o s n o m i n a l e s q u e p u e d e n crearse , e n e l q u e n o se p r o d u c e l a alteración f o n o l ó g i c a de n i n g u n a de las bases q u e i n t e r v i e n e n e n s u f o r m a c i ó n p a r a p e r m i t i r su u n i ó n , y e n e l q u e e l o r d e n d e t e r m i n a d o - d e t e r m i n a n t e , n ú c l e o y c o m p l e m e n ­to, se m a n t i e n e i g u a l q u e e n u n a e s t r u c t u r a sintagmática co­r r e s p o n d i e n t e d e v e r b o más n o m b r e 3 8 . P o r esta razón p a r e c e p e r t i n e n t e i n s i s t i r e n l a e x i s t e n c i a de u n p r i m e r e l e m e n t o ver ­b a l , p o r l o m e n o s e n su o r i g e n .

4. L A N A T U R A L E Z A D E L P R I M E R E L E M E N T O D E L C O M P U E S T O D E V + N

L a s l e n g u a s c o n u n a m o r f o l o g í a der iva t iva p r o d u c t i v a , c o m o es e l caso d e l españo l , s u e l e n d e j a r bastante l i b e r t a d a l a h o r a de

3 6 Las cursivas son mías. 3 7 A r í . c i t . , p . 4783. 3 8 D e ahí l a escasa p r o d u c t i v i d a d de compuestos V + N e n los que el se­

g u n d o e lemento n o es objeto o t ema d e l verbo, c o m o reposacabezas, girasol, pasamontañas, etc.

Page 18: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

324 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

f o r m a r pa labras c ompues tas : p o r e j e m p l o , camposanto o agua­fiestas s o n pa labras c o m p l e j a s q u e se o r i g i n a n a l u n i r dos p a l a ­bras i n d e p e n d i e n t e s ( c o n a l g u n o s m a t i c e s e n c ier tos casos, c o m o sucede e n los c o m p u e s t o s q u e t r a t a m o s aquí , e n los q u e e l n o m b r e d e v e r b a l q u e f u n c i o n a c o m o n ú c l e o n o suele apare ­c e r a i s lado c o m o p a l a b r a i n d e p e n d i e n t e , sí e l v e r b o d e l q u e p r o c e d e ) . S i n e m b a r g o , esta es l a exp l i cac i ón q u e se h a d a d o t r a d i c i o n a l m e n t e de l a c o m p o s i c i ó n , l o q u e s u p o n e a d m i t i r q u e e n s u f o r m a c i ó n i n t e r v i e n e n dos p a l a b r a s i n d e p e n d i e n t e s c o m o base p a r a l a c reac ión de u n a n u e v a p a l a b r a 3 9 , c u a n d o , c i e r t a m e n t e , e l p r o b l e m a res ide e n q u e , m i e n t r a s e n u n c o m ­puesto c o m o hombre rana o bocacalle p o d e m o s aislar dos n o m b r e s , hombre y rana y boca y calle r e s p e c t i v a m e n t e , e n los c o m p u e s t o s n o m i n a l e s de v e r b o más n o m b r e estamos o b l i g a d o s a d e c i r —y p r u e b a de e l l o es e l t i p o a l q u e a d s c r i b i m o s estas f o r m a c i o n e s — q u e están i n t e g r a d o s p o r u n v e r b o y u n n o m b r e , a lgo q u e c o n t o d a p r o b a b i l i d a d es e l m o t i v o q u e favorece e l r e c o n o c i m i e n t o d e s u e s t r u c t u r a p o r par te de los h a b l a n t e s y l o q u e h a c e de es­te t i p o d e c o m p u e s t o s u n o de los más p r o d u c t i v o s e n l a a c t u a l i ­d a d . E s e r e c o n o c i m i e n t o h a h e c h o , además , q u e l a f o r m a c i ó n d e este t i p o d e c o m p u e s t o s goce h o y de u n a g r a n v i t a l i d a d y p r o d u c t i v i d a d e n español , l o q u e e x p l i c a l a a tenc ión r e c i b i d a p o r p a r t e de los inves t igadores , p r e c i s a m e n t e , p o r q u e n o se c o m p a d e c e su p r o d u c t i v i d a d c o n l a n e c e s i d a d de c o n s i d e r a r l o s e x o c é n t r i c o s 4 0 . S i n e m b a r g o , e l p r o b l e m a n o está e n señalar l a

3 9 P I N K E R (op. cit, p. 138) s impl i f i ca y h a b l a de dos 'palabras ' i n d e p e n ­dientes. P E N A exp l i ca que "resulta más adecuado dec i r que l a composic ión es u n proceso morfo lógico e n el que se añade u n a base a otra base y de f in i ­mos base c o m o aque l constituyente de l a pa labra , e n cua lquier nivel de constitución o estructura jerárquica, sobre e l que puede operar u n proceso morfo lóg ico" ("Partes de la morfología. Las unidades de l análisis morfológi­co", e n Gramática descriptiva de la lengua española, t. 3, p. 4318).

4 0 E n t e n d i e n d o productividad c o m o h a c e n P I E R A y V Á R E L A : " cuando se d i ­ce que u n esquema morfo lógico es product ivo , e n rea l idad se está dando n o m b r e a l a intuición que tiene e l hablante de que es u n esquema d i spon i ­ble p a r a f o r m a r sobre él nuevas palabras, e l cua l , e n caso de tener excepcio­nes, está somet ido a restricciones b i e n def in idas" (art. c i t , p. 4378). P o r su parte, l a relación entre exocentr i c idad y semántica l leva a dec ir que los com­puestos exocéntricos se caracterizan p o r u n a falta de interpretación compo-s i c i ona l de lo denotado a part i r de sus e lementos constituyentes. C l a r o que e n e l caso de los compuestos nomina les V + N hay que hacer u n a distinción entre los compuestos de l t ipo limpiabotas, abrelatas, sacacorchos y los de l t ipo cascarrabias, cantamañanas, y soplagaitas, l o que hace que l a distinción endo-

Page 19: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 325

ex i s tenc ia de u n e l e m e n t o v e r b a l c o m o p r i m e r c o n s t i t u y e n t e , l o q u e hace q u e h a y a u n a re lac ión de d e t e r m i n a d o - d e t e r m i n a n t e o s u b o r d i n a d o - s u b o r d i n a n t e c o n r e c c i ón d e l v e r b o sobre e l n o m b r e , s i n o e n d e t e r m i n a r cuál es l a f o r m a v e r b a l q u e está p r e s e n t e e n estos c o m p u e s t o s — i m p e r a t i v o , p r e s e n t e de i n d i c a ­t ivo , t e m a v e r b a l o d e r i v a d o v e r b a l — 4 1 , l o q u e h a h e c h o q u e h a ­y a n s u r g i d o a l o l a r g o d e las últimas décadas diversas pos turas p a r a e x p l i c a r l o . D e cuál sea l a n a t u r a l e z a d e l p r i m e r e l e m e n t o d e p e n d e , c o m o señala V a l A l v a r o , e l t r a t a m i e n t o q u e se d é a o t ros aspectos d e l c o m p u e s t o : " l a so luc ión d a d a a este p r i m e r p r o b l e m a d e t e r m i n a e n b u e n a m e d i d a e l m o d o de a f r o n t a r o t ros dos centra les : e l s i g n i f i c a d o d e l c o m p u e s t o y e l p a p e l de ­s e m p e ñ a d o p o r e l s e g u n d o c o n s t i t u y e n t e " 4 2 .

U n a de las p r i m e r a s e x p l i c a c i o n e s surgidas acerca de l a n a t u ­r a l e z a d e l p r i m e r e l e m e n t o es l a q u e l o c o n s i d e r a u n i m p e r a t i -

c e n t r i s m o / e x o c e n t r i s m o —atendiendo a lo semántico— se plantee c omo u n a gradación y n o c omo u n a oposición. P o r esta razón, n o faltan autores que p lantean la convenienc ia de presc indir de la distinción exocéntr i co /en­docéntrico después de c o m p r o b a r c ó m o h a sido tratado este p r o b l e m a : C o -SERIU ( "La formación de palabras desde el punto de vista d e l c onten ido . A propósito de l t ipo coupe-papief, Gramática, semántica, universales. Estudios de lingüística funcional, Gredos , M a d r i d , 1978, p. 244), p o r e jemplo , señala que la endocentr i c idad conc ierne al s ignif icado y la exocentr i c idad al referente, lo que le l leva a dec i r que todos los compuestos son endocéntricos; M O R E R A ("Sobre nombres compuestos c o n el formante - i - " , RFLL, 1996, núm. 15, p. 168) p lantea que esta distinción se basa en u n p u n t o de vista re ferencia-l ista ya superado; y P E N A ( "La palabra : estructura y procesos morfológicos" , Verba, 18, 1991, p. 93) concluye que n o es u n a distinción lingüísticamente pert inente : se puede presc ind i r de l a distinción entre compuestos endocén­tricos y exocéntricos, a n o ser que, c o m o apunta A L M E L A (op. cit, p. 144), sea d e f i n i d a c o n criterios lingüísticos.

4 1 H a y op in iones que de f i enden la idea de u n t runcamiento o elipsis en estos compuestos. M O R A N O M A R T Í N E Z señala que " interrogarnos sobre la po­sible innovación f o r m a l —junto semántica— de estos mecanismos conl leva reconocer si t runcamientos y elipsis s u p o n e n la creación de u n signif icante dist into al de las formas plenas, generalmente compuestas, esto es, re tomar el debate de la h o m o n i m i a y de la po l i semia" ("Sobre las clasificaciones de la neología. L a reducción i n t e r n a c o m o p r o c e d i m i e n t o neológico" , Interlin-güística, 9, 1998, p. 209). Y señala también: "recordemos que hay casos de cambio de género «la busca» y «el buscapersonas»; de estatuto morfosintác-t ico, «narco» , m o r f e m a n o autónomo, «narco» sustantivo; de categoría léxi­ca, «okupa», sustantivo, mientras que el l exema h o m ó n i m o integrante d e l compuesto parece tener u n a naturaleza verbal " .

4 2 A r t . c i t . , p . 4789.

Page 20: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

326 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

v o 4 3 ; s i n e m b a r g o , los p r o b l e m a s p a r a a d m i t i r esta expl icac ión están e n l a e x i s t e n c i a de verbos e n los q u e d i f i e r e n las bases p a r a p r e s e n t e e i m p e r a t i v o . Más r a z o n a b l e es l a p o s t u r a q u e d e f i e n d e l a e x i s t e n c i a de l a t e r c e r a p e r s o n a d e l s i n g u l a r d e l p r e s e n t e de i n d i c a t i v o , c o m o h a c e n , p o r e j e m p l o , Ynduráin, R o s e n b l a t y L a n g , sirviéndose de a r g u m e n t o s m o r f o l ó g i c o s y s e m á n t i c o s 4 4 . S i n e m b a r g o , esto llevaría a a c e p t a r q u e e l c o m ­p u e s t o t i ene las p r o p i e d a d e s de u n a f o r m a p e r s o n a l d e l v e r b o ,

4 3 Esta idea es l a que de f ienden D I E Z (Grammaire des langues romanes, A . Franck , Paris , 1874 [re imp. SI a tkine-Laff it te, Genève-Maisei11e, 1973, pp . 405-407]) y M E Y E R - L Ü B K E (Grammaire des langues romanes IL Morphologie, Paris , 1894 [re imp. Slatkine-Laff itte, Genève-Marseille, 1974, § 547] ), y cen­trado en el d o m i n i o de l francés, D A R M E S T E T E R ( Traite de la formation des mots composés dans la langue française comparée aux autres langues romanes, Paris, 1875 [reed. Honoré C h a m p i o n , 1967, pp . 146-191]). C o m o señala V A L A L V A ­RO "e l objetivo de estos estudios no es tanto descr ib ir e l c ompor tamiento de estas voces cuanto expl i car su or igen y desarrol lo . D a d o que es u n sistema de composic ión romance que se desarrol la a par t i r d e l siglo ix —con ejem­plos aislados entre los siglos iv y vui— el objetivo es dar cuenta de la génesis y evolución de esta estructura. Son , en este sent ido , argumentos diacrónicos (interpretación de los pr imeros nombres que aparecen en las lenguas ro­mances, especialmente en ital iano y francés) los que justif ican l a propuesta" (art. cit., p. 4789).

4 4 Y N D U R Á I N , "Nótulas sobre l a composic ión de verbo más nombre " , Ho­menaje a José Manuel Pardo de Santayana y Suárez, c o m p . J . A l b a r e d a Piazuelo et al, H o g a r P ignate l l i , Zaragoza, 1963, p. 202 y "Sobre u n t ipo de composi ­ción n o m i n a l verbo+nombre" , Presente y futuro de la lengua española, O F I N E S , M a d r i d , 1964, t. 2, p. 301; R O S E N B I A T , " E l género de los compuestos" , NRFH, 7 (1953), p. 103 y L A N G , op. cit., g. 106. Los argumentos para defender lo son los siguientes, que resume V A L A L V A R O (art. cit. , p. 4789): a) el p r i m e r cons­tituyente de estos compuestos es en general u n a f o r m a de presente —temáti­camente dist inta de l in f in i t ivo , aunque puede ser homófona . Esto es manif iesto en ejemplos en los que d i f i eren tema de in f in i t ivo y de presente. Así sucede e n las formas de p r i m e r a y segunda conjugación con d iptonga­ción en sílaba tónica (cuentacuentos, cuentakilómetros, descuernapadrastros, de­sentierramuertos, desuellacaras, sueldacostilla, vierteaguas). También ocurre así en las formas regulares de la tercera conjugación (abrebotellas, cubrecama, cumpleaños, escurreplatos) ; b) estas formaciones son parafraseables p o r oracio­nes adjetivas de relativo ( recogepelotas = persona que recoge pelotas) ; c) e l aspecto hab i tua l d e l presente de indicat ivo está en correlación c o n el p l u r a l grama­tical que se d a en la mayoría de los casos de sustantivo de l compuesto (véase Y N D U R Á I N , "Sobre u n t ipo de composic ión n o m i n a l verbo+nombre" , t. 2, p. 301) . E n efecto, el valor hab i tua l que entraña el compuesto co inc ide con el de l pred i cado en oraciones equivalentes c o n objeto directo e n p l u r a l : Este médico sólo come verduras, Luis aparca coches.

Page 21: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 327

c o m o h a señalado C o n t r e r a s , l o q u e obligaría a i n c o r p o r a r u n e l e m e n t o e q u i p a r a b l e a l s u j e t o 4 5 .

O t r a p o s t u r a q u e a n a l i z a l a n a t u r a l e z a d e l p r i m e r e l e m e n t o es l a q u e l o c o n s i d e r a u n t e m a v e r b a l , i d e a q u e d e f i e n d e n A l e -m a n y y c o n p o s t e r i o r i d a d , M a r o u z e a u , Vañó -Cerdá y B u s t o s G i s b e r t 4 6 ; p e r o , a l i g u a l q u e e n las e x p l i c a c i o n e s a n t e r i o r e s , es­ta p r o p u e s t a n o d a c u e n t a de c ó m o de u n a cons t rucc i ón v e r b o más n o m b r e , e n l a q u e e l n o m b r e d e p e n d e d e l v e r b o , r e s u l t a u n c o m p u e s t o c o n categor ía n o m i n a l . P o r esta razón, V a l A l v a ­r o c o n c l u y e q u e " l a categoría n o m i n a l de estos c o m p u e s t o s y l a i n e x i s t e n c i a a p a r e n t e de u n e l e m e n t o n u c l e a r q u e a t r i b u y a esa categoría d a n l u g a r a p r o p u e s t a s q u e t ra tan ele e x p l i c a r p o r q u é s o n sustantivos e i n t e r p r e t a r e l c o m p u e s t o c o m o u n a cons ­trucc ión e n d o c é n t r i c a " 4 7 ; a s u n t o éste d e l e n d o c e n t r i s m o q u e h a d e t e r m i n a d o e l r u m b o q u e h a n t o m a d o todas estas e x p l i c a ­c i o n e s a cer ca de l a n a t u r a l e z a d e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m ­p u e s t o . Así, después de e x a m i n a r las d is t intas o p i n i o n e s y pos turas o f rec idas p a r a e x p l i c a r l a n a t u r a l e z a d e l p r i m e r e le -

4 5 E n "Spanish exocentr ic c o m p o u n d s " , Curren t issues in Hispanicphonol-ogy and morphology, ed. F. H . Nuesse l , I U L C , B l o o m i n g t o n , 1 9 8 5 , p. 1 7 . Las razones que se esgr imen en cont ra de esta explicación son las siguientes: a) u n a solución como la de C O N T R E R A S (pp. 1 4 - 2 7 ) no permite dar cuenta de que V ha de aparecer s iempre e n tercera persona de l s ingular y va seguida de u n sustantivo objeto, aparte de que esta representación haría posible ge­nerar construcciones nomina les agramaticales c o m o *el tocadiscos por la gra­mola; b) hay casos en que cabe p r o p o n e r nombres sin realización fónica en u n S N , pero n o se trata de u n n o m b r e necesariamente vacío. E n construc­ciones c on referencia anafórica a u n e lemento d e l texto, éste transmite i n ­formación, entre otros aspectos, sobre el género (el agua¡ clara y la N¡ sucia). C u a n d o la referencia viene dada p o r el contexto comunicat ivo , e l n o m b r e d e l objeto señalado aporta la información ( [Mostrando u n a m o n e d a enor­me] — Te traigo N más grande). E n ausencia de referencia , se se lecc iona la de­notación de personas y la re ferenc ia genérica se real iza en mascu l ino (Todos, los buenos y los malos, tienen defectos). L a solución propuesta n o estable­ce c ó m o el n o m b r e vacío adquiere —si l a lleva— esta información, que es re­levante, p o r e jemplo , para la c o n c o r d a n c i a c o n el artículo dentro de l s intagma nomina] . P o r defecto, e l género seleccionado en estos compuestos es mascu l ino , y es casi genera l en l a denominación de objetos.

4 6 Véanse A L E M A N Y , Tratado de la formación de palabras en la lengua castella­na, V i c t o r iano Suárez, M a d r i d , 1 9 2 0 , p. 1 6 9 ; M A R O U Z E A U , "Composés á d i eme verba l " , FrM, 2 0 ( 1 9 5 2 ) , p. 8 6 ; V A Ñ Ó - C E R D Á , "Sobre el t ipo de composic ión r o m a n c e 'porta -p lumas ' " , Caligrama, 1 ( 1 9 8 4 ) , p. 1 8 7 y B U S T O S G I S B E R T , La composición nominal en español, U n i v e r s i d a d , Salamanca, 1 9 8 6 , p. 2 5 8 .

4 7 A r t . cit., p. 4 7 9 L

Page 22: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

328 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

m e n t ó d e l c o m p u e s t o d e l t i p o limpiabotas, se h a l l e g a d o a l a c o n c l u s i ó n , c o m o h a c e n V á r e l a 4 8 , d e s a r r o l l a n d o l a p r o p u e s t a d e C o s e r i u , y, a p a r t i r de ahí, otros estudiosos , d e q u e e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o es u n n o m b r e d e v e r b a l q u e f u n c i o n a c o m o n ú c l e o capaz de t r a n s m i t i r sus rasgos ca tegor ia les a l a to­t a l i d a d d e l c o m p u e s t o .

A esto se u n e e l p r o b l e m a de d e t e r m i n a r e l p a p e l d e l segun­d o c o n s t i t u y e n t e e n l a e s t r u c t u r a d e l c o m p u e s t o . L a tradición g r a m a t i c a l , los es tudios estructura l i s tas y generat iv is tas hasta l a hipótesis l e x i c a l i s t a h a n r e l a c i o n a d o estos c o m p u e s t o s c o n c o n s t r u c c i o n e s sintácticas, cuyo n ú c l e o v e r b a l f u e r a idént ico a l p r i m e r e l e m e n t o de estas voces c o m p u e s t a s . E l l o h a f a v o r e c i d o l a c o n s i d e r a c i ó n d e l s e g u n d o e l e m e n t o c o m o ob je to d i r e c t o o t e m a , de a c u e r d o c o n l a e s t r u c t u r a a r g u m e n t a l q u e d e s a r r o l l a e l v e r b o 4 9 . Así, c o m o señalan P i e r a y Várela

al igual que en sintaxis, en ciertas estructuras léxicas l a posición de u n determinado constituyente puede resultar u n a marca cru­cial para identi f icar la relación de dependenc ia que establece tal constituyente con otro de la misma palabra. Así, por ejemplo, en los compuestos deverbales de l tipo cubrecama, e l segundo consti­tuyente puede ser identi f icado como complemento de l pr imero s implemente por la posición que ocupa, pues no hay otra marca de función —caso o preposición, por ejemplo— que refleje esta dependenc ia . L a simple posición inmediata al núcleo (cubre) ident i f i ca al complemento (cama)50.

L o q u e n o sucede e n o t r o t i p o d e c o m p u e s t o s n o m i n a l e s , e n p a r t i c u l a r , e n los l l a m a d o s " r a d i c a l e s " o " p r i m a r i o s " —como aguamanos, aguanieve—, e n cuyo i n t e r i o r las c o n e x i o n e s semán­ticas s o n m e n o s t ran spare n t es q u e e n s in tax i s , y q u e e n los

4 8 S. V Á R E L A , "Cond i c i onamientos sintácticos e n procesos morfológicos de afij ación y composición", en Estudios de Lingüística de España y México, eds. V . De­monte , y B . Garza , U N A M - E 1 Coleg io de México, México, 1990, pp . 95-114; y "Composición n o m i n a l y estructura temática", REL, 20 (1990), 55-81, desarro­l lando la propuesta de C O S E R I U (art. cit.) .

4 9 S i b i e n existen casos en los que el sustantivo n o es e l objeto o tema, si­n o e l sujeto, e l c i r cunstanc ia l o inc luso e l c o m p l e m e n t o prepos i c iona l , co­m o se observa e n los siguientes ejemplos: girasol, reposacabezas, saltamontes, pasamontaña, guardalodos, gardabarros, gardapolvo, guardacantón, etc.

5 0 A r t . c i t . , p . 4374.

Page 23: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 329

c o m p u e s t o s "sintéticos" o "deverba les " , p o r l a fa l ta de e l e m e n ­tos d e relación c o m o l a p r e p o s i c i ó n y e l caso.

5. ¿ E X I S T E A S I G N A C I Ó N Y M A R C A D E C A S O E N E L I N T E R I O R D E L C O M P U E S T O ?

E l r e c o n o c i m i e n t o de u n n ú c l e o d e v e r b a l ( d e r i v a d o v e r b a l o n o m b r e deverba l ) c o n afi jo o m o r f o c e r o 5 1 q u e p e r m i t e su c o n ­s iderac ión c o m o e n d o c é n t r i c o y, p o r tanto , l a e x i s t e n c i a de u n n ú c l e o n o m i n a l q u e p r o y e c t a sus rasgos categor ia les a l a t o t a l i ­d a d d e l c o m p u e s t o m e d i a n t e e l f i l t r a d o de rasgos, l l e v a a p l a n ­t e a r c ó m o se p r o d u c e l a a d i c i ó n d e l s u s t a n t i v o a l n o m b r e d e v e r b a l , t o d a vez q u e u n n o m b r e (der ivado ) n o p u e d e as ignar caso a su c o m p l e m e n t o . L a c o m p a r a c i ó n de estos c o m p u e s t o s n o m i n a l e s c o n n o m b r e d e v e r b a l y afi jo c e r o c o m o n ú c l e o , c o n l a c o r r e s p o n d i e n t e e s t r u c t u r a c o n sufi jo agent ivo r e a l i z a d o f o r ­m a l m e n t e e n e l af i jo -dor, c o n d u c e a G r a c i a a e x p l i c a r q u e

Vist que els compostos de l tipus parallamps son mol t similars, en sent i t i en estructura, ais de (51) [vendedor de sabates, reproductor de microfilms], sembla que analitzar-los c om proposa Várela (48 ) 5 2 i c o m proposem nosaltres (52 ) 5 3 d o n a compte d'aquestes s imi l i -

5 1 L A N G (op. ext., p. 35) señala que la derivación regresiva, también l l amada sufijación cero, es u n p r o c e d i m i e n t o m u y frecuente en los nombres deverba­les, c o m o los que estudiamos aquí.

5 2 L a estructura de (48) es l a siguiente: N

N

V N

para 0 5 3 L a estructura de (52) es l a siguiente:

N

l lamps

N

V N

vende d o r sabates

r e p r o d u c tor micro f i lms

A G / I N S T T E M A

Page 24: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

330 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

tuds. L'única di ferencia és la tria del sufix agentiu, zero en el p r i ­mer cas i -doren el segon. E l fet que u n a arrel verbal triï u n afix o en triï u n altre sembla que és força aleatori , potser rúnica restric-ció ais compostos amb afix zero és que 1'arrel h a de pertànyer, preferentment, a la pr imera conjugado . El que s liauria d 'explicar, però, és Vaparició de la preposició de quan el primer élément té el sufix -dor i Vabséncia de preposició quan el sufijo és zero04",

l o q u e l a o b l i g a a p r e g u n t a r s e p o r q u é a p a r e c e l a prepos i c i ón e n los s e g u n d o s e j e m p l o s y n o e n los p r i m e r o s . D e u n m o d o ex­haus t ivo —que r e p r o d u z c o a cont inuación—, c o m p a r a n d o los dos t ipos d e c o m p u e s t o s n o m i n a l e s , u n o e n e l q u e e l r e s u l t a d o es u n c o m p u e s t o f o r m a d o p o r u n a so la p a l a b r a , y o t r o e n e l q u e a p a r e c e u n a e s t r u c t u r a c o m p l e j a , f o r m a l m e n t e s i m i l a r a l s i n t a g m a n o m i n a l , G r a c i a señala l o s i g u i e n t e :

els linguistes que analitzaven els compostos de l tipus parallamps corn a éléments formats per u n a arrel verbal seguida d 'una de n o m i n a l , évidemment, no se plantejaven la qüestió de la preposi­ció. L ' e l e m e n t n o m i n a i corresponia a l´ objete verbal i , corn a tal, no tenia preposició. E n el m o m e n t en què assumim que el p r i ­m e r élément és u n n o m dérivât d ' u n verb, ens h e m de preguntar per què el segon élément, l 'objecte, no està in t rodu i t per u n a preposició. I l a pregunta encara és mes obl igada si, c o m h e m fet nosaltres, suposem qu i ha u n paral . lel isme mol t estret entre aquests compostos i els nomináis no eventius del tipus recol. lectora de blat, que també h e m analitzat con i a compostos. Mes concre­tamene la pregunta seria: si totes dues formacions son mots compostos amb u n p r i m e r élément n o m i n a l agentiu (o instru­mental) , per que en u n cas h i ha preposió i en l 'altre no? Es a dir , per qué les estructures de (53) a. parallamps, b . recol.lectora de blat son gramaticals i les (54) a. *paradellamps, b. *recol. lectora blat no.

Sembla que l 'opció meys marcada és que h i hagi la preposi­ció, de la mateixa manera que h i és en casos com blat de moro o molí de vent. Si el p r i m e r élément és u n n o m , el segon h a de por­tar preposició per a rebre Cas. Q u a n el sufix és -dor, 1'arrel verbal es converteix en n o m i , por tant, la peça résultant no pot assignar Cas; podr iera d i r que el sufix l ' h a absorbit. E n aquesta línia po­dr iera suposar que u n sufix fonològicament bui t no pot absorbir el Cas; e l n o m résultant, dones, t indr ia capacitai per a assignarne al segon élément de l compost. Això, però, no explicaría per què els noms deverbals amb sufix zero, como rebuig o record han d ' i n -

5 4 Op. cit., p. 60. Las cursivas son mías.

Page 25: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X LOS C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 331

troduir el complement obligatóriament amb la preposició 5 5 : (55) a. el [ [record] v 0 ] N *(de) la casa; b. el [ [ [para] v 0 ] N (*de) l lamps] .

E l sufix zero de (55a) no está lligat a cap argument i el de (55b) sí, pero aixó no sembla que t ingui res a veure amb el pro ­b lema de la preposició. L a qüestió mes aviat s 'hauria de relacio­nar amb el fet que (55a) és u n a construcció sintáctica i (55b) és u n a f o r m a d o morfológica. Pero si el fet de ser u n a construcció morfológica és el que permet que el complement d ' u n n o m apa-regui sense preposició, h e m de suposar que és perqué el Fi ltre de Cas no és pert inent per a la morfologia . Aleshores no s 'explica per qué quan el p r imer e lement de l compost és u n n o m amb el sufijo -dar el complement h a d'aparéixer amb preposició.

N o t e m que, encara que restr ingim el Fi l tre de Cas ais S N , no resolem el prob lema, perqué encap deis dos tipus de compostos que estem analitzantno ten im S N como a segon element. E n tots dos casos ten im u n n o m , igual que en els noms com molí de vent o blat de moro66.

P a r a e x p l i c a r esta situación l a a u t o r a r e c u r r e a l a dist inción e n t r e c o m p u e s t o s p r o p i a m e n t e d i c h o s y c o m p u e s t o s sinápticos, según l a t e rmino log ía de B e n v e n i s t e , c reados a p a r t i r d e u n a s i n t a g m a n o m i n a l 5 7 , y e x p l i c a q u e

és possible que la soluciô a aquest prob lema s'hagi de relacionar amb el fet que es tracta de compostos de tipus diferent: para-llamps seria u n compost própiament dit, i , en can vi , les construc-cions en qué apareix la preposició serien casos de sinapsi, que,

5 5 E n español tendríamos estructuras similares, si exist ieran, e n ejem­plos c o m o la toma de la casa, el tomacasas.

5 6 Op. ciL, pp . 60-61. 5 7 Véase B E N V E N I S T E , "Formas nuevas de la composic ión n o m i n a l " , Proble­

mas de lingüística general II, Siglo X X I , México, 1977 [1966], p. 172. Benvenis­te expl i ca que hay u n t ipo de composic ión que, no reconoc ido todavía en su naturaleza p r o p i a , carece de estatuto de f in ido : "consiste en u n grupo ente­ro de lexemas, l igados p o r diversos proced imientos y que f o r m a u n a desig­nación constante y específica... E l hecho nuevo e impor tante es que adquiere hoy en día u n a extensión considerable y está l l amado a u n a pro ­duc t iv idad i n d e f i n i d a : es y será l a formación básica e n las nomenclaturas técnicas... Para designar estas grandes unidades y para consagrar el fe­n ó m e n o específico que representan se hace necesario u n término nuevo, d ist into de «composic ión» (precisamente se trata de algo que no es c o m p o ­sición) , distinto también de «sintagma», para dejar a sintagma su designación p r o p i a , que se apl i ca a n o i m p o r t a qué grupo , a u n ocasional , operado p o r medios sintácticos, en tanto que aquí tenemos u n a u n i d a d fija. P r o p o n e m o s c o n este f i n u n término que parece adecuado y c laro : S inaps ia" (p. 173).

Page 26: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

332 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

c o m d i u Benveniste (1966: 172), es caracteritzen per " l a nature syntaxique (non morpholog ique) de la l ia ison estre les m e m ­bres". E n aquest sentit serien "compostos" semblants a molí de vent o tauleta de nit. Es podría pensar que son mots compostos que s 'han format per u n a lexicalització d ' u n sintagma, i aixô ex­plicaría l'aparició de la preposició: u n a marca de cas, reminiscen­cia de l ' o r igen sintagmàtic del compost (p. 61).

S i n e m b a r g o , n o p a r e c e q u e l a exp l i cac ión a l p r o b l e m a q u e se d e r i v a de l a fa l ta de u n a m a r c a de caso esté e n r e l a c i o n a r va ­r i o s t ipos de c o m p u e s t o s , y e n e x p l i c a r q u e los c o m p u e s t o s s i n ­tagmáticos o sinápticos ( d e l t i p o N+de+N) p r o c e d e n de u n s i n t a g m a n o m i n a l l e x i c a l i z a d o e n e l q u e los dos n o m b r e s a p a ­r e c e n u n i d o s p o r l a p r e p o s i c i ó n de, s i n o e n e l h e c h o de q u e e l c o m p u e s t o n o m i n a l V + N , u n a vez f o r m a d o , es u n a e s t r u c t u r a m o r f o l ó g i c a y n o sintáctica y, p o r t a n t o , s o n las reglas m o r f o l ó ­gicas, y n o las sintácticas, las q u e t i e n e n q u e e s t u d i a r l o . E s t o equivaldría a d e c i r q u e e l filtro de caso n o o p e r a e n m o r f o l o ­gía, c o n c l u s i ó n p o c o sat is factor ia c o m o señala l a a u t o r a , p o r ­q u e los c o m p u e s t o s sintagmáticos también s o n estructuras mor fo l óg i cas , y p o r t a n t o , t a m p o c o sería n e c e s a r i a l a p r e p o s i ­c i ó n ; p e r o si e n este t i p o de f o r m a c i o n e s c o m p l e j a s aparece l a m a r c a de caso, y ta l h e c h o se e x p l i c a p o r su o r i g e n sintáctico, también deber ía a p a r e c e r l a m a r c a de caso e n los c o m p u e s t o s de V + N ; si l a razón q u e e x p l i c a l a p r e s e n c i a d e l a prepos i c i ón e n l o s c o m p u e s t o s s in tagmát i cos es e l p r o c e s o d e l e x i c a l i z a -c i ó n de u n s i n t a g m a n o m i n a l p r e v i o e n e l q u e sí es o b l i g a t o r i a l a m a r c a de caso, l o m i s m o p o d r í a d e c i r s e de los c o m p u e s t o s d e l t i p o V + N q u e t i e n e n su o r i g e n e n u n a e s t r u c t u r a s intag ­mática v e r b a l e n l a q u e e l n ú c l e o v e r b a l , capaz de as ignar caso, s e l e c c i o n a c o m o a r g u m e n t o i n t e r n o a l n o m b r e q u e l o c o m p l e ­m e n t a y es l a flexión v e r b a l l a q u e o r i g i n a r i a m e n t e m a r c a e l caso. D e este m o d o , las r a z o n e s d iacrónicas q u e j u s t i f i c a n l a p r e s e n c i a de l a p r e p o s i c i ó n e n los c o m p u e s t o s sinápticos, se­rían a p l i c a b l e s también a los c o m p u e s t o s de V + N p a r a e x p l i c a r e l o r i g e n v e r b a l d e l p r i m e r e l e m e n t o y su c o n s i g u i e n t e inser ­c i ó n e n u n a t ipo logía de c o m p u e s t o s d e v e r b o + n o m b r e y n o de n o m b r e + n o m b r e . E s a m a r c a de caso es l a m i s m a q u e j u s t i f i c a l a p r e p o s i c i ó n , p o r r a z o n e s d iacrónicas , e n c o m p u e s t o s , h o y p o c o p r o d u c t i v o s , c o m o montambanco, satambanco, saltaembanco, saltaembarca, tentempié, tentenelaire, t a n t o e n u n g r u p o c o m o e n o t r o es tamos ante c o m p u e s t o s q u e h a n e x p e r i m e n t a d o , e n p r i -

Page 27: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S DE VERBO+NOMBRE 333

m e r l u g a r , u n p r o c e s o de yuxtapos ic ión — a n a l i z a d o p o r l a s i n ­taxis—, c o m o e x p l i c a P e n a , p a r a , a cont inuac ión , c onver t i r se e n c o m p u e s t o s —anal i zab les p o r l a mor f o l og ía :

surgen inic ia lmente como yutaxposición, no como composición; es decir, se trata de formaciones no creadas directamente por composición, sino generadas por procedimientos sintácticos que, diacrónicamente, devienen en palabras al descender en el rango de unidades de la u n i d a d frase a la u n i d a d palabra. Se tra­ta siempre de u n proceso diacrónico según de l cual u n a secuen­cia, que empieza por ser generada sintácticamente, c o n el t iempo deja de serlo y pasa a reanalizarse como palabra c o n sus consiguientes propiedades formales: impos ib i l idad de insertar, sustraer o permutar en sus constituyentes 5 8 .

E s a a u s e n c i a d e u n a m a r c a de caso e n los c o m p u e s t o s n o ­m i n a l e s resul tantes se d e b e a l a e x i s t e n c i a o r i g i n a r i a d e u n e le ­m e n t o v e r b a l q u e m a r c a caso y q u e h a c e q u e e l n o m b r e d e v e r b a l h e r e d e sus p r o p i e d a d e s léxico-semánticas ( p a r a r e c i ­b i r , p o r e j e m p l o , u n c o m p l e m e n t o c o n p a p e l temático d e te­m a ) ; p o r e l c o n t r a r i o , si c o n s i d e r a m o s q u e es u n c o m p u e s t o n o m i n a l N+N, suscept ib le de ser t ra tado c o m o u n á t o m o sintác­t i c o e n e l q u e n o se p u e d e a l t e r a r l a const i tuc ión d e sus e le ­m e n t o s y n o p r o c e d e a p l i c a r p r i n c i p i o s sintácticos, l a f a l t a de caso habría q u e e x p l i c a r l a d e l m i s m o m o d o q u e e n c o m p u e s ­tos c o m o zarzamora o aguamiel. P e r o l o i m p o r t a n t e es q u e ese p r i m e r c o n s t i t u y e n t e t i e n e o r i g e n v e r b a l y l a f a c u l t a d de as ig ­n a r caso y p o r tanto n o n e c e s i t a n i n g u n a prepos i c i ón p a r a efec­t u a r l a u n i ó n —razón p o r l a c u a l este t i p o de c o m p u e s t o s se e s t u d i a c o m o p e r t e n e c i e n t e a l t i p o V + N y n o a l d e N + N . E s t o e x p l i c a q u e , p o r l o g e n e r a l , só lo a p a r e z c a e l c o m p l e m e n t o d i ­r e c t o o t e m a c o m o s e g u n d o e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o y n o o t r o c o m p l e m e n t o d e l v e r b o , q u e sí obl igaría a l a p r e s e n c i a de u n a p r e p o s i c i ó n . E s t a situación l a e x p l i c a Várela, r e c u r r i e n d o , p r e ­c i s a m e n t e , a l a teoría d e l caso, d e l s i g u i e n t e m o d o :

e l hecho de que no se adjunten en los compuestos elementos c o n otros posibles papeles-q (Locativo, Destinatario, Or igen) podría explicarse apelando a la 'teoría de l caso' (vid. Chomsky, 1981). E n español peninsular , p. e., h a aparecido recientemente

58 J . P E N A , " L a pa labra : estructura y procesos morfológicos" , p. 86.

Page 28: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

334 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

e l c o m p u e s t o cuentacuentos, c o m o d e n o m i n a c i ó n d e u n a p a r a t o q u e c o n t i e n e c i n t a s m a g n e t o f ó n i c a s e n las q u e están g r a b a d o s c u e n t o s i n f a n t i l e s , p e r o ser ía i m p e n s a b l e q u e se f o r m a r a u n N - c o m p u e s t o c o m o *cuentacuentosn¡ños e n e l s e n t i d o d e ' l o q u e c u e n t a c u e n t o s a los n i ñ o s ' . E n e l p r i m e r caso , e n e f e c to , e l p r i ­m e r a r g u m e n t o " c u e n t o s " está t e m á t i c a m e n t e i d e n t i f i c a d o p o r s u p o s i c i ó n a d y a c e n t e a l N D ; e n e l s e g u n d o , e l a r g u m e n t o " n i ­ñ o s " , n o a d y a c e n t e a l n ú c l e o , tendr ía q u e r e c i b i r caso de u n a p r e p o s i c i ó n c o m o e n l a v a r i a n t e o r a c i o n a l , q u e h i c i e r a t r a n s p a ­r e n t e s u r e l a c i ó n semánt i ca c o n e l n ú c l e o . C o m o e l e spaño l n o p e r m i t e l a a p a r i c i ó n d e p r e p o s i c i o n e s a s i g n a d o r a s d e caso e n e l i n t e r i o r d e u n a ca tegor ía X o (salvo e n f o r m a c i o n e s y a n o p r o d u c ­tivas d e l t i p o tentempié), n i l a d e u n i d a d e s c o n caso m o r f o l ó g i c o (salvo, d e n u e v o , e n casos m a r g i n a l e s : correveidile), l o s e j e m p l o s c o m o e l a n t e r i o r n o p u e d e n r e s u l t a r a c e p t a b l e s 5 9 .

H a y , n o obs tante , o t r a razón q u e haría i n n e c e s a r i a l a p r e ­s e n c i a de l a m a r c a de caso, si se o f rece u n a interpretac ión s i n ­c rón i ca , y es l a fusión q u e e x p e r i m e n t a n e n u n a u n i d a d f o n o l ó g i c a las dos bases p a r a f o r m a r e l c o m p u e s t o , i g u a l a n d o los c o m p u e s t o s d e l t i p o limpiabotas c o n los de zarzamora, agua­miel, etc. S i n e m b a r g o , esta i d e a n o está l i b r e de p r o b l e m a s p o r ­q u e n o d e j a n de ex i s t i r p e c u l i a r i d a d e s e n e l c o m p o r t a m i e n t o m o r f o l ó g i c o d e l p r i m e r c o n s t i t u y e n t e d e l c o m p u e s t o d e l t i p o limpiabotas: e f e c t i v a m e n t e l a cons iderac i ón d e u n n o m b r e de -v e r b a l c o m o n ú c l e o sirve p a r a r e g u l a r i z a r u n a situación p a r ­t i c u l a r e n l a q u e se e n c u e n t r a este t i p o d e c o m p u e s t o s (entre o t ros m o t i v o s , p o r l a i n c o n v e n i e n c i a d e t e n e r l o s q u e c o n s i d e ­r a r e x o c é n t r i c o s ) ; p e r o a l a d o p t a r esta p o s t u r a d e f e n s o r a d e l n o m b r e d e v e r b a l , s i n h a c e r e l su f i c i en te h incap ié e n su o r i g e n v e r b a l , f a l l a l a apl i cac ión de l a teoría d e l caso, c u a n d o resu l ta q u e l a i d e a de q u e e l p r i m e r e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o sea o r i g i ­n a r i a m e n t e u n v e r b o , r e c a t e g o r i z a d o c o m o n o m b r e d e v e r b a l — c o m o a d m i t e n e n l a a c t u a l i d a d todos los invest igadores—, e n ­c u e n t r a u n a exp l i cac i ón e n l a p a r t i c u l a r i d a d d e su i n e x i s t e n c i a c o m o p a l a b r a a i s l a d a ( a u n q u e p u e d e a p a r e c e r e n a l g u n o s ca ­sos a is lados tales c o m o el busca, el cumple, el ocupa, el pincha, e t c . 6 0 ) y e n q u e n o t e n g a p l e n a a u t o n o m í a c o m o p a l a b r a i n d e -

5 9 S . V Á R E L A , Fundamentos de morfología, p. 1 1 3 . 6 0 A pesar de que P I E R A y V Á R E L A señalan que la aceptación de l complemen­

to o modi f i cador n o es opc iona l sino obl igatoria: "los núcleos morfológicos, a d i ferenc ia de los sintagmáticos, t ienen que seleccionar obl igatoriamente u n

Page 29: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X LOS COMPUESTOS N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 335

p e n d i e n t e p a r a e x p e r i m e n t a r c u a l q u i e r c a m b i o suscept ib le de l a apl i cac ión de procesos m o r f o l ó g i c o s , c o m o l a derivación, e n p a r t i c u l a r , l a sufijación aprec ia t i va : de ahí q u e r e s u l t e n ex t ra ­ños procesos c o m o busca —> *busquita, ocupa —> *ocupita o liga —> fliguita61 ( a u n q u e e x i s t e n f o r m a s der ivadas c o m o liguero), etc. , e n contraste c o n l a p r o d u c t i v i d a d q u e t i e n e e l uso de l a su ­fij a c i ón a p r e c i a t i v a e n c u a l q u i e r o t r o t i p o de n o m b r e s n o de-verba les , d i s t in tos a los q u e se p o s t u l a n aquí p a r a e x p l i c a r l a s ituación p a r t i c u l a r de estos c o m p u e s t o s n o m i n a l e s 6 2 .

complemento : -ción, -dad, por ejemplo, t ienen que proyectar en la estructura léxica el complemento seleccionado, como en casación y bondad, respecti­vamente. Igualmente, en el caso de los compuestos, la aceptación de l comple­mento o de l modi f i cador no es opc ional sino obligatoria; cf. la diferencia entre calienta (los pies)SN y calienta*(pies)N", art. cit., p. 4 3 7 6 , n . 1 2 . Más adelante al expl icar la selección semántica de estos compuestos señalan que formas como %/ lava por el lavaplatos son deficitarias, dada la necesidad de que el núcleo ten­ga cubierta su estructura argumental lo que hace necesario que aparezca el argumento seleccionado u obligatorio platos. Formas como el busca, el ocupa, etc., son explicadas, por tanto, como casos de acortamiento léxico en los que aparece preservado el núcleo predicativo.

6 1 L a extrañeza de este t ipo de d iminut ivos t iene relación c o n la idea, señalada p o r L Á Z A R O M O R A , de que "e l difícil p r o b l e m a de la compat ib i l idad entre lexemas nomina les y sufijos d iminut ivos se conoce aún de manera m u y insuf ic iente , pese a que el análisis c o m p o n e n c i a l y categorial de los sig­ni f icados se h a l l a en u n a situación que permi te abordar el p r o b l e m a con ciertas garantías. Pos ib lemente u n a de las mayores dif icultades c o n que tro­pezamos sea l a falta de u n cr i ter io seguro que p e r m i t a dec id i r , s in vacilacio­nes, sobre la aceptabi l idad o n o de ciertas construcc iones" ( "La derivación apreciat iva" , Gramática descriptiva de la lengua española, t. 3 , p. 4 6 5 1 ) . D e n t r o de los casos de i n c o m p a t i b i l i d a d para el uso d e l d i m i n u t i v o están las profe­siones o actividades c o n el sufijo -ista: periodista, accionista.

6 2 C o n excepción de los grupos que señala L Á Z A R O M O R A (art. cit., p. 4 6 5 2 ) . Prec isamente , c o m o apunta V A L A L V A R O (art. cit. , p. 4 7 8 3 ) , l a crea­ción de d iminut ivos y neologismos en voces c o m o telarañita (telaraña) y che-quetrentista (chequetrén) sirve para avalar e l éxito de l a formación de estos compuestos nomina les , aunque n o de jan de existir otros casos problemáti­cos que l levan a Lázaro M o r a a dec ir que " e l c o m p o r t a m i e n t o de los sufijos d iminut ivos c o n los nombres compuestos tampoco h a sido estudiado con detal le , a pesar de que presentan prob lemas interesantes que requ ieren ser d i luc idados " . Es aceptable paragüitas (> paraguas) pe ro n o *parachoquecitos (> parachoques), lo que se debe al h e c h o de que " e l grado de fusión que el hablante perc ibe entre los formantes de u n compuesto tiene u n a i m p o r t a n ­cia decisiva e n l a configuración de los derivados d i m i n u t i v o s . . . Mientras que paragüitas es posible interpretar lo c o m o «paraguas pequeño» , o teñirlo de afecto, *parachoquecitos difícilmente admitiría esas interpretaciones . Es la d is t inta cohesión entre los formantes l a que d e t e r m i n a l a formación de

Page 30: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

336 E N R I Q U E JIMÉNEZ RÍOS NRFH, X L I X

A M O D O D E C O N C L U S I Ó N

L a conc lus ión q u e se d e r i v a de l o e x p u e s t o e n los apar tados a n ­ter i o res es q u e l a interpretac ión q u e hay q u e d a r a los c o m ­puestos n o m i n a l e s de v e r b o + n o m b r e t i ene q u e pasar p o r r e c o n o c e r q u e e l o r i g e n p a r a l a f o r m a c i ó n de este t i p o de p a l a ­bras c omple jas está e n e l m a n t e n i m i e n t o de l a e s t r u c t u r a v e r b o más c o m p l e m e n t o . Só lo así se p u e d e e x p l i c a r q u e n o h a y a n e ­c e s i d a d de m a r c a r caso; d e l o c o n t r a r i o , s i n o admit iésemos l a e x i s t e n c i a de este e s q u e m a sintagmático p a r a f a v o r e c e r l a f o r ­m a c i ó n de estos c o m p u e s t o s n o m i n a l e s , habría q u e c o n s i d e r a r ­los c o m o u n caso p a r t i c u l a r e n e l q u e l a e x i s t e n c i a d e l n o m b r e d e v e r b a l habría p e r m i t i d o l a u n i ó n de a m b o s n o m b r e s s i n l a p r e s e n c i a de u n a p r e p o s i c i ó n , de m a n e r a s i m i l a r a c o m o suce­d e e n o t r o t i p o de c o m p u e s t o s n o m i n a l e s N + N , c o n m e n o s p r o d u c t i v i d a d q u e los de l a e s t r u c t u r a V + N , y e n los q u e , a ex ­c e p c i ó n de los c o o r d i n a t i v o s , r e f l e j an también d e p e n d e n c i a s s i ­m i l a r e s a las q u e se d a n e n u n a e s t r u c t u r a sintagmática. S i n e m b a r g o , l a e x i s t e n c i a de a l g u n a s f o r m a c i o n e s —hoy y a n o p r o ­duct ivas— dotadas de p r e p o s i c i ó n a s i g n a d o r a de caso ( c o m o tentempié, tentenelaire, sataembanco, e tc . ) , h a c e n p e n s a r e n l a ex is ­t e n c i a de u n p r i m e r e l e m e n t o v e r b a l , l o q u e r a z o n a b l e m e n t e p u e d e ser a p l i c a d o a l resto d e c o m p u e s t o s n o m i n a l e s de V + N y e x p l i c a r , p o r l o t a n t o , l a a d y a c e n c i a d e l s e g u n d o e l e m e n t o co ­m o r e s u l t a d o de l a m a r c a c i ó n d e l caso q u e le a s i g n a e l v e r b o ( d e l m i s m o m o d o q u e e n e l c o m p u e s t o lector de microfichas, l a p r e s e n c i a de l a p r e p o s i c i ó n dees re f le jo de su o r i g e n sintagmá­t i c o , a u n q u e h o y esa e s t r u c t u r a es a n a l i z a d a p o r p r i n c i p i o s es­t r i c t a m e n t e m o r f o l ó g i c o s ) .

P o r ú l t imo, e n favor d e l m a n t e n i m i e n t o d e l o r i g e n v e r b a l d e l p r i m e r e l e m e n t o de estos c o m p u e s t o s , hay q u e señalar q u e l a exp l i cac ión de d i c h o c o n s t i t u y e n t e c o m o u n n o m b r e dever ­b a l surge c o n p o s t e r i o r i d a d a l a f o r m a c i ó n de este t i p o de c o m ­puestos , c o n e l ob j e to de r e g u l a r i z a r l a situación e x c e p c i o n a l

posibles derivados d i m i n u t i v o s " (p. 4653). L a conclusión parece estar en que las palabras compuestas —y más aún éstas que h a n e x p e r i m e n t a d o u n proceso de acortamiento— son reacias a presentarse c on sufijos apreciativos. A l o que se puede u n i r e l rechazo de l a mayoría de los sustantivos mascul i ­nos terminados en -a ( como sería el limpia, el busca, el ocupa, etc.) para pre ­sentar d i m i n u t i v o .

Page 31: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la

NRFH, X L I X L O S C O M P U E S T O S N O M I N A L E S D E VERBO+NOMBRE 337

q u e supondr ía t ener l o s q u e c o n s i d e r a r exocéntr i cos ; u n a p r u e ­b a d e q u e e l n o m b r e d e v e r b a l n o es a n t e r i o r a l a c reac i ón d e l c o m p u e s t o p o r par te de los h a b l a n t e s , l a t e n e m o s e n e l escaso r e n d i m i e n t o q u e t i e n e n estos n o m b r e s deverba les p a r a ser u t i ­l i z a d o s c o n i n d e p e n d e n c i a , c o m o p a l a b r a a i s lada , f u e r a d e l c o m p u e s t o , c o m o reve la , p o r e j e m p l o , l a apl i cac ión d e l a m o r ­f o l og ía aprec ia t iva .

E N R I Q U E J I M É N E Z Ríos U n i v e r s i d a d de Sa lamanca

Page 32: ¿EXISTE ASIGNACIÓN Y MARCA DE CASO EN LO ...aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27379/1/49-002...condición de la palabr coma o unidad transversa entr llea mor fología y la