exercicios fourier

Upload: sileide-campos

Post on 19-Oct-2015

73 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Sries de Fourier

    Victor Rios Silva [email protected]

    Universidade Federal Fluminense (UFF) Instituto de Matemtica (IM)

    Departamento de Matemtica Aplicada (GMA) Rua Mrio Santos Braga, S/N Valonguinho 24020-14 - Niteri, Rio de Janeiro, Brasil

    Outubro 2010

  • Pgina 2 / 57

    Todos os eventos da natureza podem ser equacionados, uns de maneira simples e outros de maneira

    mais complexa. Uma das formas de equacionarmos os fenmenos naturais atravs das Sries de Fourier.

    Nosso estudo sobre as Sries de Fourier ser uma anlise sobre quais as circunstncias possvel

    escrever e como escrever uma funo como uma Srie de Fourier, anlise da convergncia e demonstrao

    da derivao e integrao dessas sries.

    Nas sees I e II apresentado as funes peridicas e sries trigonomtricas, como uma forma de

    reviso de conceitos posteriormente essenciais para o entendimento das Sries de Fourier. Na seo III

    apresenta-se as Condies de Dirichlet, na seo IV, as Integrais de Euler, na seo V, a maneira pela qual se

    determinam os coeficientes de Fourier, na seo VI, funes pares e mpares, na seo VII, funes com

    perodos arbitrrios, a fim de expandirmos o conceito de Sries de Fourier da maneira mais genrica possvel;

    na seo VIII, fala-se sobre sries em senos e cossenos e expanso par e mpar, na seo IX, igualdade de

    Parseval, na seo X, convergncia das Sries de Fourier, na seo XI, derivao e integrao das Sries de

    Fourier, na seo XII, forma complexa das Sries de Fourier e na seo XIII, as aplicaes das Sries de

    Fourier. Durante o estudo so propostas diversas questes resolvidas como forma de exemplificao e

    melhor entendimento do assunto.

    I. Funes Peridicas

    Uma funo dita peridica com um perodo T se para qualquer x. Do que

    decorre que para n inteiro

    Exemplo 1: , temos que , logo .

    Exemplo 2: Achar o perodo da funo

    Se a funo for peridica:

  • Pgina 3 / 57

    Logo

    Observao: Se duas funes e possuem perodo T ento a funo

    peridica com perodo T.

    II. Srie Trigonomtrica

    uma srie de funes cujos termos so obtidos multiplicando-se os senos e os cossenos dos

    mltiplos sucessivos da Varivel independente x por coeficientes que no dependem da varivel x e so

    admitidos reais.

    ou

    [ ]

    (1)

    Sendo esta uma srie de funes, sua soma S (no caso de existir, ou seja, se a srie for convergente)

    ser uma funo da varivel independente e como os termos da srie so funes trigonomtricas, funes

    peridicas de perodo , a soma ser uma funo peridica de perodo . De modo que precisamos

    estudar a srie trigonomtrica em um intervalo de comprimento , por exemplo:

    As funes peridicas de interesse prtico podem sempre ser representadas por uma srie

    trigonomtrica.

    [ ]

    Esta representao possvel se a satisfaz as condies de suficincia de Dirichlet.

  • Pgina 4 / 57

    III. Condies de Dirichlet

    Embora no sejam conhecidas as condies necessrias e suficientes para que uma funo possa ser

    representada por uma srie trigonomtrica; as condies de suficincia de Dirichlet, apesar de mais

    restritivas, asseguram a convergncia da srie para a funo.

    1) A funo deve ser contnua e, portanto, limitada no intervalo com exceo, talvez,

    de um nmero finito de pontos de descontinuidade de primeira espcie (finitas).

    Exemplo: {

    Esta funo apresenta, num perodo, apenas um ponto de descontinuidade finita em .

    Contra-exemplo: no intervalo

    Apresenta um ponto de descontinuidade infinita no ponto .

    2) Efetuando-se uma partio no intervalo em um nmero finito de sub-intervalos, a funo

    f(x) em cada um deles montona. A funo tem somente um nmero finito de mximos e mnimos

    em um perodo.

    Exemplo 1:

    Podemos considerar 3 subintervalos:

    No 1 crescente

    No 2 decrescente

    No 3 crescente

    Apresenta no perodo um ponto de mximo e um

    de mnimo.

  • Pgina 5 / 57

    Contra-exemplo:

    Esta funo apresenta um nmero

    infinito de mximos e mnimos na

    vizinhana de .

    Exemplo 2: Verificar se as funes abaixo satisfazem as condies de Dirichlet

    a.

    ,

    Sim, pois no ponto onde temos uma indeterminao, a descontinuidade de 1 espcie.

    b. ,

    No, pois temos descontinuidade infinita para .

    c.

    ,

    No, descontinuidade infinita na vizinhana de .

  • Pgina 6 / 57

    d. {

    Sim, as duas condies de Dirichlet so satisfeitas.

    e.

    ,

    No, pois na vizinhana de temos um nmero infinito de mximos e mnimos.

    IV. Ortogonalidade Integrais de EULER

    Os termos na srie so ditos ortogonais com relao ao perodo , isto , a integral em um

    perodo do produto de quaisquer dois termos diferentes nula.

    1)

    De fato:

    |

    [ ]

    2)

    De fato:

    *

    +|

    [ ]

    3)

    De fato: (1)

    (2)

    Somando membro a membro (1) + (2):

    [ ]

    [ ]

  • Pgina 7 / 57

    4)

    De fato: (1)

    (2)

    Fazendo (1) + (2)

    [ ]

    5)

    (1)

    (2)

    (2) (1):

    [ ]

    [ ]

    6)

    7)

    ) (1)

    (2)

    (1) + (2):

    [ ]

  • Pgina 8 / 57

    V. Determinao dos Coeficientes de Fourier

    Usando propriedades elementares das funes trigonomtricas podemos facilmente determinar

    e em termos de de maneira que no intervalo a srie trigonomtrica (1) seja igual funo

    isto :

    [ ]

    Integramos os dois membros de (1) entre (-,)

    (

    )

    = 0 (1 I.E.) 0 (2 I.E.)

    [ ]

    Clculo de :

    Multiplicando (1) por , sendo p, nmero fixo dado, integrando no intervalo ( )

    = 0 (1 I.E.) = 0 se (3 I.E.) = 0 (7 I.E.)

    Se :

  • Pgina 9 / 57

    Clculo de :

    Multipliquemos (1) por e integremos entre

    Se :

    Exemplo 1: Determinar a srie de Fourier da funo que supomos possuir perodo e fazer esboo

    grfico de e das primeiras trs somas parciais.

    ,

    [

    ]

    [

    ]

    *

    +

    [ ]

  • Pgina 10 / 57

    *

    +

    [ ]

    [ ] ,

    (

    )

    As somas parciais so:

    ;

    ;

    (

    )

    Vimos que para:

    ,

    A Srie que Fourier representa

  • Pgina 11 / 57

    Vamos determinar a Srie de Fourier para:

    {

    A funo a deslocada

    unidade para baixo, logo:

    ,

    A funo a mesma , exceto por uma alterao na escala do tempo:

    (

    )

    Verificamos que alterar a escala tempo, altera as frequncias angulares dos termos individuais, mas

    no altera seus coeficientes. Assim, para calcular os coeficientes, o perodo pode ser arbitrariamente

    mudado se isto parecer conveniente.

    Exemplo 2: Desenvolver em srie de Fourier as funes supostas peridicas de perodo :

    a. ,

    A satisfaz as condies de Dirichlet.

  • Pgina 12 / 57

    A satisfaz as condies de Dirichlet.

    Clculo dos Coeficientes de Fourier:

    |

    |

    Fazendo a integrao por partes:

    ,

    |

    -

    ,

    -

    |

    |

    {

    .

    /

  • Pgina 13 / 57

    ,

    |

    -

    ,

    -

    {

    |

    }

    {

    |

    }

    Logo:

    b.

    A satisfaz as condies de Dirichlet.

    Clculo dos Coeficientes

    *

    +

    *

    +

    Sabemos que , ento, faremos:

    Fazendo integral por partes novamente para

    temos:

  • Pgina 14 / 57

    .

    /

    .

    /

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    *(

    ) (

    ) (

    ) +

    c.

    A satisfaz as condies de Dirichlet. Vamos calcular os coeficientes:

    |

    Se fizermos a integrao por partes, teremos:

    ;

  • Pgina 15 / 57

    ;

    [

    ]

    (

    )

    Se multiplicarmos por n, teremos:

    |

    Mas, sabemos que: {

    De modo anlogo, calculamos

    Logo:

    *

    +

    ou

    [

    ]

  • Pgina 16 / 57

    d. {

    A satisfaz as condies de Dirichlet.

    Clculo dos Coeficientes

    Como a funo mpar, ento .

    [ ]

    [ ]

    [ ] {

    (

    )

    VI. Funes Pares e mpares

    Sejam g(x) e h(x) funes definidas no intervalo . Diz-se que:

    Observao: O grfico da funo par g(x) simtrico em relao ao eixo das ordenadas.

    O valor da funo mpar no ponto zero: .

    Para calcular os coeficientes de Fourier de uma funo par e de uma funo mpar, verifiquemos

    que:

  • Pgina 17 / 57

    I)

    II)

    III) O produto de uma funo par g(x) por uma funo mpar h(x), mpar:

    IV) O produto de uma funo par g(x) por uma funo par uma funo par:

  • Pgina 18 / 57

    V) O produto de uma funo mpar h(x) por uma funo mpar uma funo par:

    Concluso: Se uma funo uma funo par, uma funo mpar e:

    Por outro lado, se uma funo mpar, mpar e:

    Teorema I

    A srie de Fourier de uma funo peridica par , que possui perodo , uma srie de Fourier

    em cossenos:

    Com coeficientes:

    A srie de Fourier de uma funo peridica mpar , que possui perodo , uma srie de

    Fourier em senos:

  • Pgina 19 / 57

    Com coeficientes:

    Consideremos par.

    (1)

    (2)

    Mas como f par,

    Somando-se (1) com (2):

    Por outro lado,

    Como so funes pares, temos:

    *

    +

    *

    +

    *

    +

    *

    +

  • Pgina 20 / 57

    Consideremos agora mpar:

    (1)

    Como mpar, , ento:

    (2)

    Fazendo (1) (2):

    Por outro lado,

    Como so funes mpares:

    *

    +

    *

    +

    *

    +

    *

    +

  • Pgina 21 / 57

    Logo, ao calcular os coeficientes da Srie de Fourier para uma funo que tenham simetria,

    conveniente integrar de a , ao invs de a .

    Algumas vezes interessante deslocar temporariamente ou o eixo vertical ou o horizontal ou ambos,

    de maneira a criar uma funo par ou mpar e usar as simplificaes para formas de onda simtricas.

    Exemplo 1: Verificar se as funes so pares, mpares ou nem pares nem mpares:

    a.

    Logo no nem par nem mpar.

    b.

    Logo, par.

    c. | |

    | |

    Logo, mpar.

    d.

    Logo, no uma funo nem par, nem mpar.

    e.

  • Pgina 22 / 57

    Logo, uma funo par.

    Exemplo 2: Determinar a Srie de Fourier da funo:

    {

    Como uma funo que apresenta simetria, conveniente integr-la no intervalo .

    Clculo dos Coeficientes:

    Como par,

    |

    Como a integral j foi calculada, sabemos que:

    {

    Portanto:

  • Pgina 23 / 57

    Exemplo 3: Determine a Srie de Fourier para :

    Embora pudssemos determinar a srie de diretamente, vamos relocalizar os eixos a fim de

    usar as relaes de simetria, pois a no par nem mpar.

    1 Caso: A subtrao de uma constante de

    produz uma funo mpar :

    Logo:

    |

    {

    (

    )

    Portanto:

    (

    )

  • Pgina 24 / 57

    2 Caso: Mudemos o eixo vertical para obter uma funo par

    Logo:

    (

    )

    |

    (

    )

    {

    (

    )

    Portanto:

    (

    )

    Mas como:

    (

    )

    (

    )

    Podemos reescrever :

    (

    ), exatamente como obtido anteriormente.

  • Pgina 25 / 57

    Exemplo 4: Desenvolver em Sries de Fourier as funes, supostas peridicas de perodo :

    a.

    Como par, temos que

    |

    (

    ) |

    ou

    (

    )

    Se substituirmos , teremos:

  • Pgina 26 / 57

    b. {

    Como mpar,

    .

    |

    {

    (

    )

    c.

    Como par, temos que

    ( |

    )

    =0 (1 I.E.)

    (

    )

    =0 (1 I.E.)

  • Pgina 27 / 57

    {

    d. | |

    A satisfaz as condies de Dirichlet.

    Clculo dos Coeficientes

    Como | | uma funo par, temos que

    *

    +

    Sabemos que

    |

    [

    ]

    [ ]

    [ ]

    {

    (

    )

  • Pgina 28 / 57

    Exemplo 5: Determinar a Srie de Fourier das funes peridicas de perodo T:

    a. {

    e

    Como mpar, .

    |

    {

    (

    )

    b. {

    Como par, .

    |

    {

  • Pgina 29 / 57

    (

    )

    c. ,

    e

    (

    )

    (

    )

    (

    )|

    {

    (

    )

    (

    )|

    (

    )

  • Pgina 30 / 57

    d. , e

    Como a funo no nem par nem mpar, teremos que

    calcular .

    |

    |

    |

    |

    |

    |

    Logo:

    (

    )

    e. ,

    e

  • Pgina 31 / 57

    (

    )

    |

    (

    )|

    (

    )

    Resolvermos a integral da seguinte forma:

    (

    )|

    (

    )|

    {

    Resolvermos a integral da seguinte forma:

  • Pgina 32 / 57

    (

    )|

    (

    (

    ))|

    {

    (

    )

    (

    )

    f.

    Como sabemos que uma funo par, temos que .

    ( |

    )

    (

    )

    {

    g. ,

    (

    )

    [

    |

    ]

    (

    )

    {

  • Pgina 33 / 57

    (

    ) (

    )

    h.

    (

    )

    i.

    Como sabemos que uma funo par, temos que

    |

  • Pgina 34 / 57

    Resolvermos a integral da seguinte forma:

    (

    )|

    [ ]

    [(

    )

    (

    )

    ]

    j.

    Como uma funo par, temos que .

    Mas temos que

    (

    )

    ,

    (

    ) (

    )

  • Pgina 35 / 57

    k.

    Como uma funo par, temos que .

    Para calcular

    , aplicaremos a soluo por partes duas vezes:

    (

    )

    (

    ) [ ]

    (

    ) [ ]

    Ao multiplicarmos o resultado por

    , teremos valendo:

    (

    ) [ ]

    (

    ) [ ]

  • Pgina 36 / 57

    VII. Funes com Perodo Arbitrrio

    At agora consideramos funes peridicas de perodo . Por uma simples mudana de varivel

    podemos encontrar a Srie de Fourier para uma funo de perodo T qualquer.

    Esta mudana de varivel feita pela seguinte transformao linear.

    Seja definida no intervalo (

    ):

    (1)

    (2)

    Somando membro a membro (1) e (2):

    Substituindo em (1):

    Ento:

    Vamos, pois, trocar a varivel t por x, onde

    , logo a (

    ) definida no intervalo .

    Assim:

    (

    )

    Com coeficientes:

    (

    )

    (

    )

    (

    )

  • Pgina 37 / 57

    Para facilitar os clculos, faamos

    Com coeficientes:

    O intervalo de integrao pode ser substitudo por qualquer intervalo de comprimento T, por

    exemplo,

    O Teorema I se verifica para funes pares e mpares, peridicas de perodo T qualquer.

    Seja uma funo qualquer, definida num intervalo fechado [ ].

    Podemos definir o intervalo T como sendo:

  • Pgina 38 / 57

    Ento, possvel generalizar a Srie de Fourier descrita acima como:

    (

    )

    Exemplo 1: Determinar a Srie de Fourier da funo , peridica de perodo .

    {

    Temos que:

    Como par:

  • Pgina 39 / 57

    |

    {

    (

    )

    Exemplo 2: Determinar a Srie de Fourier em [ ] da funo .

    {

    (

    )

  • Pgina 40 / 57

    Exemplo 3: Determine a srie de Fourier da funo , dada por:

    A funo pode ser definida como:

    ,

    (

    )

    (

    )

    Embora essas integrais possam ser calculadas diretamente, os clculos podem ser simplificados

    consideravelmente, mediante o seguinte raciocnio: Designemos por a extenso peridica de a todo o

    eixo dos x. Ento, as funes e so peridicas com perodo 2, e temos:

    Para qualquer nmero real a. Neste ponto, nos apoiamos no fato bvio de ser contnua por partes

    em com perodo . Ento,

    Para qualquer par de nmeros reais [ ]. Faremos agora , para obtermos:

  • Pgina 41 / 57

    Mas, no intervalo [ ], coincide com a funo par | |, onde para todo k, e:

    {

    VIII. Sries em Senos e Sries em Cossenos

    Desenvolvimento de meio perodo.

    Se for par, a srie de Fourier fica:

    (1)

    Com coeficientes:

    (2)

    prolongada como funo par.

  • Pgina 42 / 57

    Se for mpar, a srie de Fourier fica:

    Com coeficientes:

    Prolongamento peridico mpar.

    Observao: Constatamos que (2) e (4) empregam unicamente os valores de do intervalo .

    Para uma funo definida somente neste intervalo podemos formar as sries (1) e (3). Se a funo

    satisfaz as condies de Dirichlet, ambas as sries representam a funo no intervalo . Fora deste

    intervalo, a srie (1) representar o prolongamento peridico par da , tendo perodo ; e a (3) o

    prolongamento peridico mpar da .

  • Pgina 43 / 57

    Exemplo 1: Encontrar a Srie de Fourier em cossenos da funo definida no intervalo e fazer o

    grfico do prolongamento peridico correspondente.

    {

    (

    )

    |

    (

    )

    |

    {

    Logo:

    (

    )

  • Pgina 44 / 57

    Exemplo 2: Representar por meio da Srie de Fourier em cossenos e fazer o prolongamento peridico

    correspondente.

    a. ,

    Prolongamento peridico par.

    (

    |

    *

    +

    )

    (

    )

    Calculemos a integral:

    ;

    (*

    +

    *

    +

    *

    +

    )

    (

    )

    {

    Seja:

  • Pgina 45 / 57

    (

    )

    Exemplo 3: Representar por meio da Srie de Fourier em senos e fazer o prolongamento peridico

    correspondente da seguinte funo:

    Mas temos que:

    [

    ]

    (

    )

    (

    )

    {

    (

    )

  • Pgina 46 / 57

    IX. Igualdade de Parseval

    Se uma funo qualquer de [ ] ento:

    Onde e so os coeficientes de Fourier.

    De fato:

    *

    +

    Multiplicando (no sentido do produto interno) a equao(1) por obtm-se:

    Tendo em vista que:

    =

    ( )

    Conclui-se que:

    (

    )

    (

    )

  • Pgina 47 / 57

    Observao: Em geral,

    onde , ,..., um conjunto ortogonal de vetores de um espao de dimenso infinita(espao euclidiano)V.

    Assim, um vetor arbitrrio de V. Alm disso, , ..., uma base de v se , e somente se :

    X. Convergncia das Sries de Fourier

    a. Convergncia Pontual

    Seja f(x) contnua por partes em , com perodo e suponhamos que:

    [ ]

    para todo x. Ento, a srie de Fourier em cada ponto em que f tem derivadas direita e esquerda.

    Quando f continua

    ,

  • Pgina 48 / 57

    b. Convergncia em Mdia

    [ ]

    Mais uma vez ressaltamos que a srie converge em mdia para f, e no que converge pontualmente,

    no sentido que

    para todo em [ ] A convergncia

    pontual ocorre, surpreendentemente, quando f razoavelmente bem comportada.

    ,

    Neste caso a srie converge tambm pontualmente para f nos pontos de [ ] onde est

    definida. Alm disso, quando , a srie converge para zero, embora no esteja definida nesses

    pontos.

    Teorema

    Seja uma funo continuamente diferencivel por partes em [ ], com o que entendemos

    que f tem uma derivada primeira contnua por partes em [ ]. Ento, o desenvolvimento em srie de

    Fourier de converge pontualmente em [ ] e tem o valor:

    Observao: (

    )

    a mdia dos limites esquerda e a direita de em , e igual a quando

    um ponto de continuidade de .

  • Pgina 49 / 57

    Assim, podemos afirmar que a srie

    [

    ]]

    converge pontualmente no intervalo [ ] para

    c. Convergncia Absoluta e uniforme

    Teorema

    Seja uma funo contnua em , com perodo , e suponhamos que tenha derivada

    primeira contnua por partes. Ento, a srie de Fourier de converge uniforme e absolutamente para em

    todo intervalo fechado do eixo x.

    Teorema

    Seja continuamente diferencivel por partes e peridica em com perodo . Ento a

    srie de Fourier de converge uniformemente para em qualquer intervalo fechado do eixo x que no

    contenha ponto de descontinuidade de .

  • Pgina 50 / 57

    XI. Derivao e Integrao das Sries de Fourier

    Teorema

    Seja f uma funo contnua em , com perodo , e suponhamos que tenha derivada

    primeira, , contnua por partes. Ento, a srie de Fourier de pode ser obtida derivando a srie de

    termo a termo, e a srie derivada converge pontualmente para se existe:

    Teorema

    Seja f uma funo contnua por partes em com perodo , e seja

    , a srie de Fourier de .Ento:

    Em outras palavras, a integral definida de , de a at b, pode ser calculada integrando-se a srie de

    Fourier de termo a termo:

  • Pgina 51 / 57

    Teorema da Integral

    Seja uma funo arbitrria de [ ] com Srie de Fourier dada por:

    Ento, a funo

    tem uma srie de Fourier que converge pontualmente com

    relao a todo x do intervalo e

    [

    ]

    Exemplo 1: [ ]

    {

    ( ) {

  • Pgina 52 / 57

    Exemplo 2: 0

    a. , -

    b. ( ) {

    {

    (

    )

    XII. Forma Complexa das Sries de Fourier

    (

    )

    Onde pode ser escrito sob a forma complexa. Escreva:

    E introduza estas expresses na Srie de Fourier. conveniente definir:

    {

  • Pgina 53 / 57

    Ento, a Srie de Fourier pode ser escrita, sua forma complexa, da seguinte maneira:

    Observao:

    ,

    Exemplo 1: Ache a Srie Complexa de Fourier de:

    ,

    {

  • Pgina 54 / 57

    XIII. Aplicaes das Sries de Fourier

    a. Circuitos RLC

    (

    )

    (

    )

  • Pgina 55 / 57

    (

    )

    b. Deflexo em Vigas

    Onde

    a rigidez da viga e a carga por unidade de comprimento. Temos tambm que

    .

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    Mas temos que a Srie de Fourier de :

    (

    )

    (

    )

    {

  • Pgina 56 / 57

    {

    (

    )

  • Pgina 57 / 57

    Atravs desse estudo, pudemos entender um pouco mais sobre as Sries de Fourier, alm de suas

    peculiaridades abordadas de forma especfica nas diversas sees. Foi possvel tambm notar a grande

    importncia da mesma para a descrio de fenmenos naturais e a facilidade que ela prope para tal estudo.

    Com isso, pode-se afirmar que tal ferramenta essencial para as sociedades poderem interagir com a

    natureza de maneira cada vez mais eficaz.

    Agradecimentos

    Aos amigos Bruno Csar Gimenez, Pedro Gall Fernandes e Liziane Freitas Possmoser pelo empenho,

    dedicao e auxlio na elaborao, desenvolvimento e concluso deste estudo.

    Ao professor Dr. Altair de Assis pelo material cedido para pesquisa e ateno assistida nos diversos

    itens enunciados.

    Referncias

    [1] Butkov, Eugene, Mathematical Physics, 1 edio (1988)

    [2] Assis, Altair S. de, Sries de Fourier 2010

    [3] Assis, Altair S. de, Sries de Fourier: Mudana de Intervalo

    [4] Assis, Altair S. de, Convergncia das Sries de Fourier

    [5] Assis, Altair S. de, Apndice 1

    [6] Assis, Altair S. de, Forma Complexa das Sries de Fourier