estimativa dos parametros de bombas centrifugas …

130
ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS LUIZ ROBERTO MORETTI Engenheiro Civil Orientador: Prof. Dr. Antonio Sanchez de Oliveira Disserta�o apresentada à Escola Superior de Agri- cultura "Luiz de Queiróz"� da Universidade de S�o Paulo, para obtenç:ào do titulo de Mestre em Agronomia, Area de Concentrao: Irrigaç�o e Drenagem. P I R A C I C A 8 A Estado de So Paulo - Brasil MARÇO - l 99;

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Page 1: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE

BOMBAS CENTRIFUGAS

LUIZ ROBERTO MORETTI Engenheiro Civil

Orientador: Prof. Dr. Antonio Sanchez de Oliveira

Dissertaç:�o apresentada à Escola Superior de Agri­cultura "Luiz de Queiróz"� da Universidade de S�o Paulo, para obtenç:ào do titulo de Mestre em Agronomia, Area de Concentraç:13'.o: Irrigaç�o e Drenagem.

P I R A C I C A 8 A Estado de S13'.o Paulo - Brasil

MARÇO - l 99:::;

Page 2: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Ficha catalo9r�tica □reoarada oela Se�à□ de Livros da Divis'.'.:io de Biblioteca E· .Documentac:'ào - PCUJ/USP

M845e Maretti, Luiz Roberto

Estimativa dos parâmetr-os de bombas centt-i 'fugas. Piracicaba, 1993.

110p. ilus.

Diss.(Mestre) - ESALQ Bibl iogr-af ia.

1. Bomba centrifuga 2. Hidràulica 3. Màquina hi­dràulica I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba

CDD , ,...., 6....,b..,::J. = ,;

Page 3: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

i i

ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE

BOMBAS CENTRIFUGAS

LUIZ ROBERTO MORETTI

Aprovado em: 22.03.1993

Comiss�o julgadora:

Prof. Dr. Antonio Sanchez de Oliveira

Prof. Dr. Luiz Geraldo Mialhe

Prof. Dr. Nilson Augusto Villa Nova

Prof. Dr

ESALQ/USP

ESALQ/USP

ESALQ/USP

de Oliveira

Page 4: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

i i i

SUMARIO

Página

LISTA DE FIGURAS iv

LISTA DE TABELAS . . • . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . Vii

LISTA DE SIMBDLOS E INDICES •••...••..•..•.....•..•. x

RESUMO •••••••••••• ■ • • • • • • • • • • • • • • • • • • ■ • • ■ ■ • ■ • • • ■ • • • >: V i

SUMARY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :-: V i i i

1 . I NTRODUÇAO . . • . • • . . • . • . . • . • . . • • . • • . . • . . . • . . . . . . • . 1

2. REVIS�□ DE LITERATURA 7

2.1. Classificaç�o geral das bombas ............. 7

? ,., -■.:... Classificaç�o das bombas segundo sua

rotaç�o especifica •.......•................ 11

2.3. Teoria elementar do rotor das bombas

centrifLtgas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.4. Discordâncias entre a teoria e a realidade . 26

2.4.1. O número finito de pás do rotor ..... 26

2. 4 . 2. Perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4()

2.5. Valores e coeficientes experimentais ....... 48

2.5.1. Rendimentos .�....................... 48

2.5.2. Valores experimentais para projeto .. 50

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................. .. e:"":'' '-1 ....:,

Page 5: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

iv

Página

3.1. Procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

3.2. Roteiro de cálculos . ..•.....•....•......•.. 59

3.2.1. Rotina principal de BOMBAS . . . • . . . • • . 60

4 . RESULTADOS • . • • • • • • • • • • . • • . • • • • . • • • . • • • • • . • • • . • • • 68

5 • D I SCUSS!-'!'10 DOS RESULTADOS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 78

5.1. Catálogos de curvas características ........ 78

5.2. Comportamento de BOMBAS em relaç�o à Teoria

da Semelhança Hidrodinâmica das bombas ..... 85

5.3. Influ�ncia da variaç�o dos parâmetros de

cálculo utilizados em "BOMBAS" . . . . . . • . . • . • . 92

6 . CONCLUS'ôES . . . • • • • • • • • . . • • . • . . . . • • • • • . • • . . • • • • • • . 97

REFER�NCIAS BIBLIOGRAFICAS •. ....................... 99

Page 6: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura :=,

Figura 6

Figura 7

V

LISTA DE FIGURAS

Página

Cass i fica ç:�o

PIMENTA(1978)

das bombas segundo

Gráfico do campo de emprego dos diversos

tipos de rotores, e a classificaç:�o das

13

bombas segundo MACINTYRE(1980) •••••••••• 15

Rela ç:�o apro:dmada entre velocidade

especifica, forma do rotor e eficiéncia,

apresentada por HICKS & EDWARDS(1971)

Formas construtivas dos rotores de bombas

centrifugas e sua classificaç:�o, segundo

SCHULZ ( 1964)

Classificaç:�o das bombas segundo

SOUZA ( 1986)

Dimens�es características e esquemas de

velocidades em rotores de bombas

centrifugas, para formulaç:�o da teoria de

17

18

20

ELtler· ..•.•..... • •...............•....... 22

Esquemas representativos da circulaç:�o

relativa em rotores de bombas, segundo

STEPANOFF < 19:',7) 31

Page 7: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

vi

Página

Figura 8 Distribuiç�o de pressbes no interior de

um canal de rotor, segundo

STEPANOFF(1957) 33

Figura 9 Fugas de égua na bomba, que ocasionam as

perdas volumétricas ..•...•... ..•...••... 43

Figura 10 Variaç�o das perdas em bombas de dupla

sucç:�o em funçgro da velocidade

especifica, segundo STEPANOFF(1957) 4:,

Figura 11 Materiais utilizados com os rotores ..•.• 56

Figura 12 Medida do ângulo de saida ..•.• • •.•.. • ... 56

Figura 13 Medida do diâmetro de entrada (D1) 57

Figura 14 Medida do diâmetro de saída (D2) 57

Figura 1�5 Medida da largura do rotor (b2) 58

Figura 16 Medida da espessura da pá (e2) 58

Figura 17 Diagrama de blocos do programa 11BOl1BAS11• • 62

Figura 18 Listagem geral do programa 11BOl1BAS11• • • • • 63

Figura 19 Bomba ETA 50-16 (3500 rpm) : resultados de

11BOMBAS11 e catálogo do fabricante ...... .

Figura 20 Resultado de ensaio em bomba KSB ANS 50-

,­, I

Page 8: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Figura 2t

Figura

vii

Pá.gi na

160 81

Resultado de ensaio em bomba KSB ANS 65-

160 • ■ • • • • • • • • • • ■ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 82

Resultado de ensaio em bomba KSB ANS 65-

125 . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . . . . 83

Figura 23 Gráfico da variaç:�o de "Hm" e "Q " em

funç:�o da variaç:ã'o de "D2 " para a bomba

Af\�S 5 (>-2(><) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 99

Figura 24 Gráfico da variaç:�o de "Q " em funç:ã'o

da variaç:�o de ºb2 11 para a bomba ANS

5 ()-2<)() • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • • • •• 1 (>(>

Figura 25 Gráfico da variaç:�o de "Q" em funç:ã'o

da variaç:�o de 11 e2 11 para a bomba ANS

5()-2()() ••••••••••••.••••••••••••••••••••• 1(>1

Figura 26 Gráfico da varia.ç:�o de "Hm" e "Q" em

funç:�o da variaç:�o de "beta2 " para a

bomba ANS 50-200 ••.••..••••..••..•.••••. 102

Page 9: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Tabela 1

Tabela 2

Tabela 3

Tabela 4

Tabela ::,

Tabela 6

Tabela 7

Tabela. 8

viii

LISTA DE TABELAS

Página

Valores do coeficiente de Pfleiderer .••

Valores de Kvm2 em funç�o de nq ••••••••

Valores de � em funç:l!'.o de � 2 •••••

Valores médios das grandezas medidas nos

rotores das bombas

Valores má:-:imos e minimos das

diferenças, em relaç�o à média, das

medidas realizadas nos rotores ensaiados

37

51

52

69

e o "desvio padr:!!o" dessas medidas ••••. 7 1

Valores caracteristicos das bombas, no

ponto de funcionamento ótimo (melhor

rendimento global) , obtidos das curvas

apresentadas nos catálogos do

fabricante. ......... ......... . ....... ... 73

Valores calculados com o programa

"BOMBAS'' e a SLla campa ra ç�o com os

apresentados na Tabela 6 ••..••••••••••• 75

Variaç�es aceitáveis em relaç�o aos

catálogos 84

Page 10: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Tabela 9

Tabela 10

Tabela 11

Tabela 12

Tabela 13

l. "·' "

Página

Comparaç:�o entre os resultados de

"BOMBASº e os da Teoria da Semelhança de

máquinas hidráulicas . .. . . . . . . . . . . . . .... 89

Comparaç:�o entre os resultados obtidos

dos catálogos do fabricante e os da

Teoria da Semelhança de máquinas

hidráulicas;

Variaç:bes médias das medidas feitas nos

rotores das bombas estudadas

Influência da variaç:�o das leituras dos

parâmetros D2 e b2 no resultado de

91

92

Hm e Q obtidos com "BOMBASº ........... 97

Influência da variaç:lo das leituras dos

parêmetros e2 e beta2 no resultado de

Hm e Q obtidos c:om "BOMBASº ... ......... 98

Page 11: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

LISTA DE SIMBOLOS E INDICES

UTILIZADOS NA REVIS1f.O DE LITERATURA

1 - índice que representa as grandezas à entrada do

2

rotor

índice que representa

rotor

as grandezas à saida do

b - largura do rotor [m]

D diâmetro do rotor [mJ

F forc;:a geral [kgfJ

'? 9 - acelerac;:�o da gravidade [m/sLJ

H altura manométrica da bomba - geral [m.c.a.J

He

He'

Hu

k

m

N

nq

ns

energia cedida ao liquido pelo rotor, segundo a

teoria de Euler Cm.e.a.]

- valor de "He" corrigido, tendo em vista a consi-

deraç�o do número finito de pás no rotor [m.c.a.J

- carga hidráulica útil

Cm.e.a.]

fornecida

- coeficientes experimentais diversos

pela bomba

coeficiente para cálculo da velocidade radial

vaz�o de massa [kg/sJ

- número de rotaçbes do rotor [rpm]

número de Brauer = ns/3, 65

rotaç�o ou velocidade especifica das bombas

Page 12: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

p

Pa

PHa

"ns " especifico para o ponto de má�dmo rendimento

potência - geral [CVJ

perda de potência devido ao atrito do liquido com

as paredes externas do rotor CCVJ

perdas hidráulicas

Cm.e.a.)

devido ao atrito no rotor

PHc perdas hidráulicas devido aos choques que ocorrem

com o liquido dentro do rotor [m.c.a.J

r

s T

t

ü

Vm

potência fornecida ao liquido pelo rotor [CVJ

potência fornecida ao eixo da bomba [CVJ

vaz�o fornecida pela bomba [m3/sJ

vaz�o de projeto da bomba [m3/sJ

perda de vaz�o da bomba por vazamentos para o

e:-:terior [m3 /sJ

vaz�o de recirculaç�o no interior da bomba [m3/sJ

distância de qualquer ponto do rotor ao seu eixo

de rotaç�o [mJ

espessura da pá do rotor [mJ

momento ou torque - geral [kgf.mJ

distância entre pás do rotor, medida segundo a

circunferência que tangencia o ponto em estudo

e dada por: t = 11 .DIZ [mJ

velocidade, componente de 11'7t11 ' ' tangencial ao

circulo descrito por qualquer ponto do rotor

[m/sJ

projeç�o de V na direç�o radial [m/sJ

Page 13: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Vu ... V

w

1115

V

Ypá

z

}·{ i i

projeç:�o de v na di reç:�o de Ll [m/sJ

velocidade absoluta do liquido no rotor [m/sJ

velocidade angular de rotaç:�o [rad/sJ

velocidade, componente de "v", tangencial à pá

do rotor [m/sJ

velocidade angular especifica das bombas

trabalho especifico efetivo transmitido do rotor

ao fluido CW/kgJ

trabalho especifico fornecido

liquido = Y + Zh [W/kgJ

número de pás do rotor

pelo rotor· ao

Zh - perda de trabalho do rotor, por unidade de massa

do liquido, devido às perdas hidráulicas [W/kgJ

- ângulo

[graus]

ângulo

[graus]

entre

entre

os

os

vetores velocidade�

vetores velocidade w

- peso especifico do liquido [kgf/m3J

rendimento hidráulico da bomba

- rendimento interno da bomba

- rendimento mecânico da bomba

- rendimento global da bomba

- rendimento volumétrico da bomba

- número Pi = 3,1415927

_,.e u

�e u

- coeficiente de contraç:�o, referente à reduç:�o da

área de escoamento do liquido no rotor, devido à

Page 14: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

xiii

espessura das pás

coeficiente de Pfleiderer utilizado para correç�o

de "He", tendo em vista o número finito de pás no

rotor

'\) coeficiente de press�o, proposto por Pfleiderer

-+ notaç�o de vetor

UTILIZADOS NA APRESENTA�O DOS RESULTADOS E NO PROGRAMA

b2

beta2

"B0/'1BAS"

largura do rotor no bordo de saida [m, mm]

ângulo formado pelas tangentes à face convexa

da pá e à circunferência externa do rotor, equi­

valente a �2

D1 e d1- diâmetro de entrada <sucç�o) do rotor [m, mmJ

D2 e d2- diâmetro externo do rotor [m, mm]

e2 espessura das pás na salda do rotor [m, mmJ

fi1 coeficiente de press�o, proposto por Pfleiderer

g aceleraç�o da gravidade

hei - carga teórica da bomba, equivalente a He [m.c.a.J

Hm - altura manométrica da bomba, no ponto de melhor

rendimento [m.c.a.J

hu - altura manométrica útil da bomba [m.c.a.J

Page 15: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

k

kvm2

n

ni

nq

nqcalc

pi

pot

Pot.

poti

potr

qreal

rend

rend.

rendv

rhidr

t

tl

u2

xiv

coeficiente que faz a ��rreç�o da carga teórica

de Euler 11 !-l"'-' 11 para a carga da bomba

de pás finito "He'"

com número

- coeficiente para cálculo da velocidade radial

número de rotaçôes do rotor [rpmJ

coeficiente de contraç�o, referente à reduç�o da

área de escoamento do liquido no rotor, devido à

espessura das pés

número de Brauer

número de Brauer

número Pi = 3,1415927

potência requerida no eixo da bomba [CVJ

potência consumida pela bomba, no ponto de melhor

rendimento CCVJ

potência interna, fornecida ao liquido [CVJ

potência de atrito nas faces do rotor [CVJ

vaz�o fornecida pela bomba [m3/s, m3 /hJ

rendimento global da bomba

máximo rendimento da bomba [¼J

rendimento volumétrico da bomba

rendimento hidráulico da bomba

distância entre pás do rotor, medida segundo a

sua circunferéncia externa [mJ

espessura da pá, medida segundo sua projeç�o na

circunferéncia externa do rotor [mJ

velocidade tangencial do rotor, no bordo de saída

Page 16: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

XV

[m/s]

vm2 velocidade radial do liquido na saida do rotor

[m/s]

z nómero de pás do rotor

Page 17: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

xvi

ESTIMATIVA DOS PARAl1ETROS DE BONBAS CENTRIFUBAS

RESUMO

Autor: LUIZ ROBERTO MORETTI

Orientador: PROF. DR. ANTONIO SANCHEZ DE OLIVEIRA

Visou-se conhecer, de modo confiável,

barato e rápido, os valores de vaz�o, altura manométrica,

rendimento e potência requerida, no ponto de melhor

rendimento, de uma bomba centrifuga radial, da qual n�o se

conhece a sua curva caracteristica. Para a consecuç�o

desse objetivo, desenvolveu-se uma sequência de mediçôes

no rotor desta bomba e um roteiro de cálculos baseado na

teoria disponivel e em coeficientes

fornecidos por inúmeros autores.

experimentais

Foram estudados nove modelos de rotores,

funcionando em várias rotaç�es. O roteiro de cálculos foi

transformado em um programa para micro computador, na

linguagem BASIC e os resultados obtidos foram comparados

com os fornecidos pelo catálogo do fabricante das bombas.

Page 18: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

xvii

Os resultados obtidos demonstraram que há

boas possibilidades de se utilizar tal procedimento,

porém, devem ser realizados estudos mais detalhados

referentes a alguns fenbmenos que contrariam a teoria das

bombas centrifugas, tendo-se como exemplo os maiores

efeitos da viscosidade e da rugosidade relativa em bombas

de dimensôes reduzidas.

grau de

poderá

A conclus�o final sobre a validade ou o

confiabilidade da metodologia

ser obtida com a realizaç�o

proposta somente

de ensaios de

laboratório para determinaç�o das curvas características

das bombas estudadas.

Page 19: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

xv1ii

PARAMETERS ESTIMATION IN CENTRIFUGAL PUMPS

SUMMARY

Author: LUIZ ROBERTO MORETT I

Adviser: PROF. DR. ANTONIO SANCHEZ DE OL IVEIRA

This research aimed to determine the values

of flow, total head, efficiency and required power in a

reliable, cheap and quick way, at the most efficient

point of a radial centrifugal pump, whose characteristic

curve 1s not available. It was developed a measuring

sequence at the impeller of such pump, as well as a

calculation routine based on the available theory and on

experimental coefficients provided by several authors.

Nine impeller models were studied, working

at several rotations. The calculation routine was turned

into a microcomputer program, in BASIC language, being the

corresponding results compareci to the ones provided by the

pump catalogues.

Results showed that reasonable chances are

expected to use such procedure, although further detailed

Page 20: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

xix

studies must be carried out refering to some aspects which

do not follow the centrifugai pumps theory, such as the

most significant effects of viscosity and relative

rugosity on small pumps.

The final conclusion on the validity or

reliability level of the proposed methodology will onl y be

obtained from laboratory tests which should be carried out

in arder to determine the pump characteristic curve.

Page 21: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1.

1. INTRODUÇPIO

A soluç�o dos problemas ligados ao

deslocamento dos liquidas tem sido, segundo

MAC I NTYRE ( 1 980) , uma das preocupaçbes da Humanidade e um

permanente desafio desde a Antiguidade. Assim, cita serem

famosos a antiquissima Nora Chinesa, engenhoso dispositivo

constituido par uma roda datada de caçambas para elevar a

água a canais de irrigaç�o, e o sistema de correntes e

caçambas com o qual, três mil anos antes de Cristo, no

Cairo, a água era retirada do poço de Josephus, construido

em duas plataformas com quase 100 metros de profundidade,

bem como, faz menç�o a Arquimedes (287 212 a.e.>

inventor da primitiva bomba de parafuso, e Ctesibus

a.C.) que propôs a bomba de êmbolo.

(270

O deslocamento dos liquidas nada mais.é do

que a mudança de estado de energia destes liquidas, sendo

que, tal mudança se processa com a aplicaç�o de forças

convenientes sobre eles.

Segundo PI MENTA ( 1978) , denominam-se

genericamente Máquinas Hidráulicas os aparelhos que

possibilitam a transferência de energia entre um liquido e

Page 22: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

2.

um dispositivo mecAnico, sendo que, um grupo dessas

Máquinas Hidráulicas, denominado bombas hidráulicas,

transmite energia mecAnica aos liquides, possibilitando o

aumento de sua press�o ou o seu transporte de uma cota

para outra maior.

As bombas hidráulicas s�o, conforme

SCHULZ < 1964), dispositivos que se usam para elevar

liquides desde um estado de baixa press�o estática a outro

de maior press�o estática, podendo-se realizar este

trabalho de várias maneiras, a saber:

1. Fazendo atuar uma força sobre o

liquido, por meio de um êmbolo de movimento

alternativo ou rotatório, ou eliminando-se o

elemento transmissor da força, mediante a aç�o

direta da press�o de gases ou de vapor, a alta

tens�o, que deslocam simultaneamente o liquido.

2. Pela transmiss�o de trabalho mecanico

ao liquido com ajuda de um rotor com pás. Neste

caso, a transmiss�o da energia se manifesta, em

parte,

a ç:�o da.

mediante um aumento da press�o devido à

forç:a centrifuga, e, em parte, com o

aumento da energia cinética do liquido, que mais

tarde

pressf:ro.

também se transforma em energia de

-.. ,..::. .liquido

Mediante a troca de

impulsor, que entra

impulsf:ro. o

com grande

Page 23: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

velocidade, se mistura com o

3 .

liquido a ser

impulsionado, mais lento, e

parte de sua energia .

lhe confere uma

4. Mediante a interaç�o entre ar

comprimido e água, dispondo as coisas de modo

que um braço de tubos comunicantes contenha água

e o outro uma mistura de água e ar . Devido à

diferença de pesos especificas, se tem uma

diferença de alturas que permite elevar

continuamente água.

5 . Pelo efeito percussivo de uma coluna

de água cujo movimento é rapidamente paralisado,

e assim, se produz um aumento da press�o e a

elevaç:�o simultânea da água

equipamento

Hidréiul ico) .

é conhecido

freada (este

como Carneiro

Ainda segundo o autor c:::cd(do, as bombas

centrifugas e as de êmbolo s�o as que mais freqLlentemente

se utilizam, principalmente pelos altos rendimentos que se

consegue obter . Entretanto, nos últimos decênios, houve

uma e:-: traord i ná ri a propagaç:�o do uso das bombas

centrifugas devido principalmente aos avanços tecnológicos

alcançados quanto à construç:lo destas máquimas, que

permitem uma infindável variaç:�o do campo de trabalho

(altura manométrica e vazio), maior número de velocidades

de operaç:ào e reduzidas dimensbes, ocupando pouco espaço,

Page 24: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

4.

com conseqüente reduç�o dos -custos de aquisiç�o e

instalaç�o.

mencionadas,

transporte e

centrifugas,

fornecimento

conhecimento

As caracteristicas anteriormente

aliadas à grande versatilidade para

facilidade na manutenç�o, tornaram as bombas

as máquinas mais empregadas para o

de água para a irrigaç�o. Assim, o

mais aprimorado das caracteristicas de

funcionamento e operaç�o desses equipamentos é de grande

interesse para o projetista de sistemas de

tendo em vista a necessidade de se otimizar o

empreendimento n�o só quanto ao investimento inicial nos

equipamentos, mas também, quanto aos gastos com o consumo

de energia e manutenç�o, ao longo da vida útil, do sistema

em projeto.

Dentre as várias caracteristicas técnicas

necessárias cara a especificaç�o de uma bomba centrifuga,

as mais utilizadas para a escolha do equipamento � ser

adquirido s�o as alturas totais de elevaç�o, as vazôes

passiveis de obtenç�o, as potências requeridas e os

respectivos rendimentos, sendo estes dados, normalmente,

fornecidos pelos fabricantes, com a realizaç�o de ensaios

especificas e construç�o das curvas caracteristicas do

equipamento.

Ocorrem, entretanto, na prática, situaçôes

em que o conhecimento das caracteristicas de funcionamento

Page 25: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

e: �· . de uma determinada bomba centrifuga, nova ou usada, é de

fundamental importância para o seu emprego, mas, fatores

adversos como a impossibilidade de paralizaç:�o do

funcionamento por tempo pr'olongado, a 1 to·:S custos de

transporte para a realizaç:�o de ensaios em

especializados ou situações emergénciais que

laboratórios

requerem o

emprego imediato do equipamento, impedem a execuç�o dos

ensaios e a construç�o das curvas caracteristicas desta

bomba.

Normalmente a soluç�o ·encdntrada pa r2, as

situações descritas é a utilizaç:�o das curvas

caracteristicas apresentadas, em catálogos,

elaboradas

pelo

fabricante do equipamento em estudo, com

modélos de bombas semelhantes àquela que se deseja

empregar-. Tal procedimento, dependendo das condições de

fabricaç�o, fundiç�o,

poderá conduzir· a

realidade.

torneamento e desgaste do rotor-,

resultados bastante diversos da

o trabalho de pesquisa realizado

desenvolveu procedimentos que permitem a obtenç:�o dos

valores de vaz�o, altura manométrica, rendimento e

potência requerida no eixo de bombas centrifugas, no ponto

de melhor rendimento, sem a necessidade da realizaç�o de

ensaios laboratoriais.

Desta forma, objetivou-se alcançar o

desenvolvimento e a comprovaç:�o de uma rotina de mediçbes

Page 26: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

6.

e de cálculos que permitam, em curto espaço de tempo, com

baixo custo, e emprego de equipamentos facilmente

encontrados no mercado, a dos dados

(melhor caracteristicos do ponto de funcionamento ótimo

rendimento) de uma determinada bomba centrifuga (vaz�o,

altura manométrica, potência requerida e rendimento

esperado) com razoável

Assim,

confiabilidade nos resultados.

pretende-se que o técnico

responsável por um projeto, tenha um instrumento às m�os

para obter rapidamente informaçbes sobre uma bomba

centrifuga, n�o só quanto a o seu desempenho mas também

quanto à energia que será consumida.

rotor

uma

Espera-se que, com simples mediçôes no

da bomba centrifuga em estudo e com o auxilio de

rotina .de cálculos definida, sejam obtidas as

informaçbes necessárias para o bom emprego do equipamento,

ou a realizaç�o de um projeto adequado,

estimativa confiável do consumo de energia.

ou ainda a

Page 27: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

2. REVIS�□ DE LITERATURA

2.1 . Classificaç�o geral das bombas

7.

Segundo MACINTYRE(1980) as bombas sà:o

máquinas geratrizes (recebem trabalho mecânico de uma

máquina motriz e o transformam em energia hidráulica) cuja

finalidade é realizar o deslocamento de um liquido por

escoamento, sendo que, o modo pelo qual é feita a

transformaçà:o do trabalho em energia hidráulica e o

recurso para cedê-la ao liquido, aumentando sua pressà:o

e/ou sua velocidade, permitem classificá-las em :

bombas de deslocamento positivo ou

volumétrico, que possuem uma ou mais câmaras, em

cujo interior o movimento de um órgà:o

comunica energia de press�o ao

propulsor

liquido,

provocando o seu escoamento, e podendo ser

alternativas (de pistà:o, de êmbolo ou de

diafragma) ou rotativas (de um só rotor ou

rotores múltiplos) .

turbobombas chamadas também

Page 28: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

8.

hidrodinêmicas ou rotodinâmicas, que s�o

caracterizadas por possuirem um órg�o rotatório

dotado de pás, chamado rotor, que tem por

finalidade comunicar aceleraç�o à massa liquida,

para que adquira energia cinética e se realize,

assim, a transformaç�o da energia mecânica de que

está dotado.

bombas especiais bombas injetoras,

bombas de injeç•o a gás, carneiros hidráulicos e

outras, que podem ser úteis sob certas condições

ou para serviços especificas.

No estudo que se pretende desenvolver ser•□

consideradas apenas as turbobombas, tendo em vista o

exposto na introduç•o deste trabalho.

Segundo LINSLEY & FRANZINIC1978) o elemento

rotativo das bombas centrifugas, chamado de rotor, pode

ser projetado de forma a forçar a saida da água em direçio

perpendicular a seu eixo (escoamento radial) ; para impelir

a água com uma velocidade tanto axial como radial

(escoamento misto) , ou para forçar a água somente em

direç•o axial (escoamento axial) , sendo as bombas de

escoamento radial e misto chamadas, em geral, de bombas

centrifugas, enquanto que as de escoamento axial s�o

chamadas simplesmente de bombas de escoamento axial.

Quanto à classificaç�o acima STREETER (1977)

afirma que para cargas manométricas elevadas a bomba mais

Page 29: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

9.

adequada é a radial (centrifuga) , frequentemente com dois

ou mais estágios. Para vazbes e cargas manométricas

baixas a bomba axial é a mais apropriada e para cargas

manométricas e vazbes moderadas as bombas de fluxo misto

s�o mais utilizadas. Entretanto n�o define limites para as

expressbes alta, moderada e baixa.

MACINTYRE(1980) classifica as turbobombas,

segundo a trajetória do liquido no rotor em :

bomba centrifuga pura ou radial: onde o

liquido penetra no rotor paralelamente ao eixo,

sendo dirigido pelas pás para a periferia,

segundo trajetórias contidas em planos normais ao

eixo, acrescentando ainda que estas bombas, pela

sua simplicidade, se prestam à fabricaç�o em

série, sendo generalizada sua construç�o e

estendida sua utilizaçlo à grande maioria das

instalaçôes comuns de água limpa, com descargas

de � a 500 1/s e até mais, e para pequenas,

médias e grandes alturas de elevaç�o;

bomba de fluxo misto ou bomba diagonal:

onde o liquido penetra no rotor axialmente,

atinge as pás, cujo bordo de entrada é curvo e

inclinado em relaçlo ao eixo; segue uma

trajetória que é uma curva reversa, pois as pás

s�o de dupla curvatura (exigem projeto mais

complexo e com sua fabricaçlo apresentando certos

Page 30: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

10.

problemas de fundiç�o>, e atinge o bordo de saída

que é paralelo ao eixo ou inclinado em relaç�o a

ele; sai do rotor segunda um plano perpendicular

ao eixo ou segundo urna trajetória inclinada em

relaç�o ao plano perpendicular ao eixo.

bomba axial ou propulsara: onde a

trajetória das particulas liquidas, pela

configuraç�o que assumem as pás do rotor e as pás

guias, começam paralelamente ao eixo e se

transformam em hélices cilindricas, formando uma

hélice de vórtice forçado; n�o é propriamente uma

bomba centrifuga, pois a força centrifuga

decorrente da rotaç�o das pás n�o é a responsável

pela aumento da energia de press�o; a bomba axial

é empregada para grandes descargas (até várias

dezenas de metros cúbicos por segundo) e alturas

de elevaç�o de até mais de 40 metros.

Complementando a discuss�o quanto à

classificaçlo das bombas STEPANOFF<1957) afirma que um

impelidor (rotor) é designado como radial se a carcaça do

rotar é essencialmente normal ao eixo de

possuindo apenas uma leve curvatura à entrada, sendo que

estes rotores tem usualmente pás planas. Em urna bomba de

fluxo axial, o liquido se aproxima do rotor axialmente e a

componente da velocidade de entrada no rotor é paralela ao

eixo. Rotores de fluxo misto ocupam urna

Page 31: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

11.

intermediária dentro de um campo continuo de variaç�o

entre os de fluxo radial e axial, possuindo sempre, pás do

tipo Francis. Bombas com configuraçbes extremas de fluxo

misto e axial s�o também chamadas de bombas propelidoras,

sendo que ambos os tipos s�o construidas quase que

exclusivamente com rotores abertos.

2.2. Classificaç�o das bombas segunda sua

especifica

rotaç�o

Segundo PIMENTAC1978) é particularmente

importante e de largo emprego no estudo das máquinas de

f lu:-:o, o admensional denominado rotaç�o especific� ( ns > ,

que decorre da combinaç�o de outros admensionais usados

nos estudos destas máquinas, e que se expressa pela forma

N.Q 112t(g.H> 314 , onde "N" é a rotaç�o, "O" a vaz�o, 11 9 11 a

aceleraç:�o da gravidade e "H" a altura manométrica. Também

afirma que, sob a mesma denominaç:�o de rotaç�o especifica

ou velocidade especifica, os construtores de máquinas de

fluxo frias, bombas e turbinas, costumam se utilizar de

outros coeficientes, deduzidos do anterior

simplificações. Define, ent�o, o número de Brauer

como nq = N.Q 112 ;H314, que equivale a 333ns.

por

<nq)

Ainda,

Page 32: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1� ..::...

segundo o autor, a curva de rendimento de uma determinada

bomba, colocada em funç:ã:o de 11 ns 11, tem o aspecto de uma

parábola onde, no seu vértice, ocorre o rendimento máximo

para Llm Certo Vª lar d""' 11 n�=> 1 1 , chamado II n= 11 • � -má:-: , sendo que

esse par de valores se altera quando há mudanç:as na

geométrica da bomba. O v·a 1 ar de II nsmá :-: 11 de cada

forma

bomba,

representa a sua condiç:ã:o preferencial de funcionamento. D

valor do 11 nsmá:-: 11 caracteriza a forma da máquina e serve de

critério para a sua classificaç�o. Assim, as máquinas ra-

diais possuem pequenos valores de 11 ns 11 e as a:dai·;s grandes

valores. PIMENTA(1978) classifica as bombas de acordo com

seu número de Brauer, da seguinte forma ( ver Figura 1)

* velocidade baixa nq

* velocidade normal: nq

* bombas rápidas:

* semi-helicoidais:

nq

nq

< 80, r2/r1 = 2, 2 a 3,5

= 80 a 150, r2/r1 = 1, 8 a 2, 2

= 150 a 300, r2/r1 = 1, 3 a 1,8

= 300 a 600, r2/r1 = 1,1 a 1,3

sendo que a classificaç�o apresentada nã:o é rigidamente

estabelecida 1 mas sabe-se, entretanto� que "nq 11

cresce quando a bomba passa do tipo puramente centrifugo

para o a:-:ial.

MAC INTYRE(1980) define a velocidade

especifica (ns) como sendo o número de rotaçbes por minuto

de uma bomba geometricamente semelhante a uma dada bomba e

que eleva """)"C:: / ,_I litros de água à altura de 1

segundo e é dada pela e:-:p ress�o

metro em i

Page 33: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

(a)

7 1

13.

(b)

Figura 1 : Classificaç�o das bombas segundo PIMENTA(1978) ,

sendo:

flu:-:o

( a ) '

misto

(b) e (e) chamadas de centrifugas,

e (e) de a:-: ia l •

(d) de

Page 34: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

14.

sendo que, também definiu o número de Brauer (nq) como a

rotaçWo da bomba capaz de elevar 1 metro cóbico de água

por segundo à altura de 1 metro, e tendo a seguinte

relaçã'.o: nq = ns/3,65.

A classificaç�o das bombas, apresentada por

MACINTYRE(1980) , segundo o "ns " é (ver Figura 2)

a . lentas: ns < 90 bombas centrifugas puras;

b. normais: 90< ns <130 semelhantes às anteriores

com d2 � 1,5 a 2,0.dl;

c rápidas: 130< ns <220 : possuem pás com dupla ·1

e ur v a tu r a e d 2 � 1 , 3 a 1 , 8 • d 1 ;

d. extra-rápidas ou helico-centrifugas: 220< ns <440

com d2 � 1,3 a 1,5.dl;

e. helicoidais: 440< ns <500 para descargas grandes

com d2 � 1,2.d1;

f. axiais: ns }500 : destinam-se a grandes descargas

e pequenas alturas de elevaç�o, com d2=d1 .

HICKS EDWARDS ( 1 971 ) definem a

velocidade especifica como um indicador do tipo de bomba

que usa a capacidade (vaz�o) e a carga obtidas no ponto de

máxima eficiência, determinando a forma ou-·perfil geral do

Page 35: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

"100

10

10

50

40

10

10

15

10

a:: r\ o '\a:: a:

a:

:E LLI

CC

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2 CC a:

CC

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1 5.

.'\. º-i-'\ - 1\.

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"·50 70 100 150 ROO 100 400 100 100 1000 1300 crpm)

--- C IE N T II ÍP U O A 9 -··� n 8 e111 rpm

dz T

AXIAL

��� ' . 1/ J

· - · b1 · _:__ · � · -

..____..� ····� �-

> 000

I I0 < "9 < HO 440 <n8 < 500

Figura 2 : Gráfico do campo de emprego dos diversos

d e rotores, e a

MAC I NTYRE ( 1 980 )

class i f icaç�o das bombas

tipos

seguncjo

Page 36: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1 6 .

rotor. Segundo os autores, em números, a velocidade

especifica é a velocidade em revoluç:bes por minuto na qual

um rotor giraria se reduzido a um tamanho para transportar

1 gpm a uma altura total de 1 ft; sendo que rotores para

grandes

velocidade

usualmente

alturas de elevaçlo usualmente tem

especifica e rotores para cargas

tem altas velocidades especificas.

bai:-:a

bai:-:as

Como a

Figura 3 mostra, cada classe de rotores tem um intervalo

de velocidades especificas para o qual está melhor

adaptada . Estes intervalos s�o aproximados, sem limites

claros de divislo entre eles. Esta Figura 3 dá

gerais entre formas do rotor, eficiência e vaz�o .

relaç:bes

SCHUL Z ( 1964) , define a rotaç:�o especifica

<nq) como o número de rotaçbes de uma bomba de execuç:�o

geometricamente semelhante, em todos os seus detalhes, à

bomba em estudo, a qua l , com uma altura de elevaç:�o , por

fase, H 1 metro, proporciona uma vazio Q = 1 m 3 i s .,

podendo ser encarado como o número de rotaç:bes de um

11 rotor Lt n idade II de Ltma forma determinada de rotor . O autor·

apresenta a express�o de rotaç�o especifica como:

nq _ N.Q1 / 2;H3 /4

Fiç�ura 4 mostra a classificaç:ã:o

apresentada por Schulz sendo: nq = 12 a 35 para rotores

Page 37: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

100

90

,.r 80

>u e: � 70 u :.: +-""

60

50

-----/

V

4°'5o.,,

1

- - _ _ _j_ I O�e. 1 11 - - '/" 10

� i.--- 1 � -;;,t ºº o

' -- J i"" ""!-- 9/Jn,, �- T---l._'J� !9 -

'ººº t�[email protected] - lo

1 /C?oo0 ---

10 ,oo o �

� o o ,o • \ V ee'º 1

o o o

i.---

o o o N

1

oo o...,

'

g § � IO

Spec itic speed, rpm

1 1

],. i> D Q �

o o

C e n t r i fuga i ¼ M i xed- %, P rope l ler%½ t low 1///,-

1 7 .

Figura < • ...., . Re l açto aproximada entre velocidade especifica,

forma do rotor, e eficiência, apresentada p o r H I CKS

EDWARDS ( 1 97 1 )

Page 38: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1 8 .

(/ ·- llq � J ifa :J:,

h

�i�-:: .. ,:-/ \ �l'lst/i . · ·· �/-; · · . . . /-(_/ .;,:::;:- :

XI I a 1 60

" :!IJIJ i l ·IOIJ

Formas constructivas de los rodclcs de las bombas centrifugas

F i gura 4 Formas construtivas dos rotores de bombas:,

centr i f uga�_c, e sua classi f icaç:�o segundo SCHU LZ ( 1964)

sendo (a ) lentas ; (b ) e (e) rápidas e (d) a:-:ial.

Page 39: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

de a l ta press�o '! ca racteri z a dos po r canai�;; entrr�

1 ,:;, ' .

P �- -e.. =

longos e de pouc a l argura , chamados l entos ; nq = 35 a 1 6(

com canais mais curtos que os anteriores , porém ma l =

l argos,

chama dos

para vazbes maiores e menores c argas, sendc

rápidos ; nq 200 a 4-00 , caso e:-:tremo ,

cara cteriza dos por sua rap i dez especia l mente grande cor

uma va z�o e l eva da e a l tura d e e l evaç�o muito reduzida, sl c

chama dos a :-:iais.

Conc luindo, verifica-se que SDU Z A ( 1 986 ) .

definindo a v e l ocida de angu l ar espec i fic a < ws ) como:

1,.,s = N.Q 1 / 2 / ( g. H ) 3 1 4 , (com "N" da do em ra d/s ) c l assific =.

as bomba s da seguinte forma :

1 . lentas: ws < = 0, 40 ; D 1 / D2 = 2 , 2 a 3,5

2. normais : 0, 40 < ws <= 0 , 80 D 1 / D2 - 2 , 2 a 1 ,8

3. rápidas : 0,80 < ws < = 1, 60 D 1 / D2 = 1 ,8 a 1 ,3

4. dia gonais: 1 , 60 � ws < = 3 ,20 D 1 / D2 = 1 , 3 a 1 , 1

5 . a x i ais: 3,20 � ws < = 9 , 30 ; 0 1 / D2 = 1

sendo que as bombas c l ass i fica das com□ l entas e norma i =

s�o bombas centr i fuga s propriamente ditas ver Figura. 5 ) .

2.3. Teoria e l ementar do rotor das bambas centrifugas

STEP ANOFF C 1957 l , MAC I NTYRE ( 1 980 l P IMENT,-

Page 40: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

2() .

F igura 5 : Classif icaç�o das bombas segundo SOUZ A(1986) ,

sendo : 1. lentas ;

2. normais. ;

3. rápidas ;

4. diagonais , e

::, . a �•� l a l S a

Page 41: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

2 1 .

( 1978 ) , MATTOS & FALCO C 1989 ) , SCHULZ ( 1964 ) , PF LEI DERER ��

PETERMAMl\! ( 1979 ) e PF LEI DERER ( 1960) apresentam o� mesmos

resultados finai::=, para as fórmulas teóricas de

dimensionamento de bombas cent rifugas. Desta forma,

ap resenta.-se, resumidamente , a teoria geral, destacando,

entretanto, consideraçbes de caráter prático feitas pelos

autores pesquisados .

Assim sendo, uma particula liquida ao

atravessar um rotor possu i uma veloc i dade absoluta �, que

varia desde a sua entrada at é a sua sa l da , sendo que , esta

velocidade, pode ser decomposta a cada instante em uma

componente � tangencial à pá , em um ponto qualquer, e

noutra componente rr tangencial ao circulo descrito por

esse mesmo ponto. A componente w é a velocidade relativa e

a velocidade de arrastamento, OLI componente

circunferencial de � ( ver Figura 6 ) .

A todo inst ante ex i ste a relaç�o vetorial

v = 'i! + 'ti em que u = W. r, sendo "l>J" a velocidade angular

do rotor e u r· " a dist ância da particula ao eixo de

rotaç:�o.

equaç:�o aba i :-:o:

F:; odE-?-se escrever o valor de II u I I conforme a

-u - 2 . l i . r . N / 60 [ 1 J

onde: u - velocidade em m/ s ;

r = dist ância em m;

Page 42: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

F i gura 6

velocidades=,

· -· -é-·- ·

Dimensbes caracteristicas e esquemas

em rotores de bombas centrifugas ,

formulaç�o da teoria elementa r de Euler.

de

para

Page 43: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

N - número de rotaçbes por m i nuto ( rpm ) .

As veloc i dades a c i ma def i n i da s adqu irem

s i ngular i mportênc i a na entrada e na sa í da do roto r , sendo

que, na s cons i deraçôes segu i ntes, a s veloc i dades de

entrada ser�o i nd i ca da s com o índ i ce 1 e a s de sa í da com o

i nd i ce 2 . As d i reçbes dessas veloc i dades ser�□ i nd i cada s

�ngulos � �

sendo � A ngulo de -

com os e ' o V com LI e

à ngulo de � - tendo , ê ngulos , o com u ; esses os mesmos

i nd i ces que a s veloc i dades .

N a teori a s i mpl i f i cada de Euler , def i ne- se

o rotor i dea l que é const i tuído de um número i n f i n i to de

pás, i gualmente espaçada s e de espessura nula, e que o

escoamento se processa sem turb i lhonamento. Desta forma,

em qualquer ponto no i nter i or do rotor, a veloc i dade � é

tangente à pá que pa ssa, ou que pa ssar i a por esse ponto, e

a veloc i dade rr é tangente à c i rcunferênc i a que contém o

ponto e � concêntr i ca com o rotor .

Segundo MAC INTYRE C 1 980 ) , sabe-se da teor i a

de escoamento dos li qu i des que este , ao escoar-se num

canal , exerce sobre a s paredes do mesmo um s i stema de

força s equ i valentes ao de c i nco força s f i n i ta s

Inversamente, para obr i gar o liqu i do a escoar-se pelo

mesmo canal , deve-se exercer sobre a ma ssa l i qu i da um

s i stema de força s i gual e contrár i o ao refer i do.

A soma dos momentos de toda s essa s torça s,

que é o momento de elevaç�o ( Me l acresc i da dos momentos

Page 44: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

24 .

res i stentes mecáni cos nos manca i s (Mp > deve equi l i brar o

moment o mot o ,· ( Mm ) que o m ot o r apl i ca ao ei x o d o rot o r

para mant ê-lo em mo vi ment o un i forme. Ass i m tem-se : Mm = Me

+ Mp .

Observando o t r i à ngu 1 o dE� veloc i dades

apresent ado na F i gura 6, v er i f i ca-se que a veloc i d ade

rad i al (Vm ) nada tem a ver com o t orque apl i cado ao e i xo

da bomba . P o r outro lado, a var i aç�o no valor da

veloc i dade t angenc i al ( Vu ) , desde a ent rad a até a sa ida do

rot o r, est á d i ret ament e relac i onada com este t or□ue .

Dest a forma e ut i l i zando a segund a Le i de

que est abelece que a var i açào do momento da

quant i dade de mov i mento é i gual ao moment o result ante das

forças apl i cadas, pode-se obt er as segu i ntes relaçbes :

a ) - força C F ) = produt o d a massa pela aceleraçto ( m . 'v' ) :

F = m. (Vu2 - Vu1 ) , o nde m é a vaz�□ de massa de

liqu i do transport ada . que é const ante ;

b ) - momento (T ) = produt o da força pela d i st ànc i a ( F. r ) :

T = m. ( Vu2. r2 - Vu i . r1 ) , onde r l e r2 s�o os rai os

da entrad a e da sa ida do liqu i do no rot or ;

C P ) = produt o do moment o pe l a veloc i d ade

angular (T. �•J ) : P = m. (Vu2 . r2 - Vu l . r1 ) . \J.J •

Efetuando-se a razà o ent re a potênc i a C P ) e

a vaz�o ma ss 1 ca (m l , e sabendo-se que o produt o W. r é a

veloc i dade denotad a po r rr no t r i ángul□ de veloc i d ades,

Page 45: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

obtem-se a equaç�o da carga hidráulica C He ) da bomba , no

sistema t écnico:

He = u2. Vu2 - u 1 . Vu 1 ) /g [ 2 ]

onde: g - aceleraç�o da gravidade.

Esta express�o é conhecida como a equaç�o

fLmdamenta l das bombas cent r i fugas , também chamada de

equaç�o de Euler· ; onde " He" é a altura. teórica de elevaçl!!o

da água, desprezadas as perdas de natureza hidráulica que

ocorrem no interior da bomba.

Ver i fica-se da equaç�o [ 2 ] , que a máxima

energia (He ) será obtida quando o termo subtrativo

( u 1 • VLt 1 ) for· nulo. Este f ato ocorrerá somente quando a

entrada do l i quido no canal das pás for radial , ou seja, A

quando o ângulo C>(1

for igual a 90 graus. Assim a equaç�o

[ 2 ] se simplificará para:

He = u2. Vu2 / ç:1 [ 3 ]

A equaç�o [ 2 J pode ser escrita de ou tra

forma, que sob certos aspectos é mais interessa. nte .

Aplicando-se fórmula clássica dos triângulos

obliquàngulos ao triângulo das velocidades do rotor ( ver

Figura 6 > resulta

= Ll.2 + , , 2 � L' '' co-" - ..::. . ' ª " " :=;

ou 2.u . v .cos

que levados à equaç�o [2 J resulta em

Page 46: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

r; ( v 2..:..

(11122

26 .

He = ---------------------------------------------- [ 4 J

2 . g

que é a equação conhecida como das velocidades ou da

energia cedida ao liquido pelo rotor, a qual rev e l a que a

energia cedida pelo rotor ao liquido depende apenas das

velocidades de entrada e de saida do rotor , ressalvando-se

as simplificaçbes f eitas .

Continuando a observar o triàngulo de

velocidades da Figura 6 , verif ica-se que a velocidade

absoluta

denot.3.da

-'·/ pode·

por ➔ Vm

ser decomposta em duas , uma radial

e outra tangencial (na direção de --u )

denotada por Vu . Com isto , observa-se que a vaz�o que

-passa pelo rotor da bomba é funç,o da velocidade Vm,

chamada de velocida de radial de saida. Desta forma pode-se

escrever a express�o que dá a vaz�o da bomba , que é o

produto da área de escoamento pela velocidade radial ( ver-·

Figura 6 .\ . , . Q = 2. � . r.b.Vm ; que, ao considerar-se as

grandezas à saida do rotor , será escrita com os indices 2 :

Q = 2 . 1(' . r-2 . b 2 . Vm2 [ 5 J

2 . 4 . Discordâ ncias entre a teoria e a realidade

2 . 4 . 1 . O número finito de pás do rotor

Page 47: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

27 .

P I MENTA ( 1 978 ) faz a i ntroduç�□ da di scuss�o

sobre as d i scord�nc i as entre os resul tados apresentados na

Teor i a de Euler e aqueles obt i dos na prát i ca afi rmando

que , para se estabelecer a teor ia de Euler foram adm i t i das

h i póteses s i mpli fi cadoras , pr i nci palmente o número

i nf i n i t o de pás com espessura nula , que fogem do problema

real e n�o se ver i f i cam exat amente nas máqu i nas de fluxo.

alterar a

mesmo que

Ass i m, certos efeitos secundár i os podem

express�o i deal da transferênc i a de energi a ,

n�o ex i stesse atr i t o 1 turbulénc i a ou c h oques

i nternos. No rotor de uma bomba centr i fuga a transferênc i a

de energ i a , entre este e o l iqu i do, faz antever que suas

pás est �o suje i tas a pressbes di ferentes nas suas duas

faces , sendo ma i or na face que avança contra o liqu i do . Há

po i s um gradi ente de press�o entre duas pás consecut i vas ,

de que decorre uma var i aç�o da veloc i dade relat i va ( w ) ao

se passar da face convex a de urna pá à face côncava da

consecut i va.

Como resultado da d i str i bu i çto de

veloc i dades aci ma descr i ta , P I MENTA ( 1978 ) af i rma que o

l i qu i do de i xa o rotor com veloc i dade relat i va ( w ) tangente

à pá na sua face de ma i or press�o e nlo tangenc i almente na

face dP menor presslo, possu i ndo a i uma componente na

direçl o d e Ll, no sent i do i nv erso ao rotaçã o , fazendo

surg i r perturbaçbes nos bordos das pás.

Cont i nuando sua análi se, o autor acrescenta

Page 48: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

,-,r, ..::.o .

que outro f enómeno, conhec ido como EFE I TO STODOLA , é

decorrente da inércia das part i culas liquidas no interior-

do rotor- ; sendo que as part i culas, por- sua inércia, tendem

a mante r- sua orientaçào relativa a eixos fi:-:os, o que

provoca um turbilhào relativo ao rotor-, que composto com o

movimento geral do l iquido interf e re na di stribuiçlo das

velocidades dentro de seus c ondutos.

Como resultado final destes e f eitos, a. firma

que a v e l ocidade relativa média Cw2 ) faré um angu l o com a

d i re ç:ão ideal , que varia de 5 a 1 0 graus . EssE• de·sv i o

modifica o tri�ngulo de veloc idade na saida , diminuindo de

maneira não desprezivel, o valor da energia transferida ,

calculada pela Fórmula de Euler-. Entretanto, faz notar- que

esta diminuição de energia transf erida n�o se enquadra

como " perdas " no rotor, sendo antes uma diminuiç:ãD de

ganho de energia, que não se encontra sob a forma de cal or-

na·s teorias modernas sobre máquinas de flu:-:o,

procura-se levar em conta

coe f ic ientes corretivos .

STEPANOFF-" < 1 9::, 7 )

aplicar- , e o

Detalhando a

a. firma que

l iquido nto

tais f enômenos através de

discussão acima

as pés do rotor ·

pode absorve r-,

iniciada,

n�o podem

-3. po téncia

requerida para produzir a carga de Euler (He ) devicl o às

seguintes razbes :

a ) - d i str i bu iç�o de

no cana l

press�o distribuiç�o de

E:?ntr-·e pá s dD roto, · n�o é

Page 49: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

29.

uniforme, sendo maior na face frontal da pá e

menor na face de trás . Ta l d i ferença ocasiona

uma variaçào nas velocidades relat ivas de

escoamento do liquido no rotor, sendo que a

integraç�o total das cargas produzidas será

menor que aquela calculada com a

média do fluxo .

velocidade

b ) - distribuiç�o de v elocidades : uma outra causa

para a variaç�o de velocidades é o efeito da

mudança de direçào na entrada do rotor e no

do rotor. Em rotores de escoamento perfil

radial o l i quido faz uma mudança de 90 graus

antes de ser acionado pela pá. O resultado

final dessa

velocidades

poss ivel.

distribuiç�o irregular

é a reduç�o da má xima

de

carga

c ) - circulaç�o relativa : a distribuiç�o da velo­

cidade re l ativa através de um canal do rotor é

a fetada

l i quido,

também pela ci rculaçào relativa do

devido ao efeito de inércia das

parti culas do liquido sem atrito com as paredes

laterais e pás do rotor ( ver Figura 7 ) . Este

efeito reduz a carga aplicada ao l i quido.

Evidentemente a circu laç�o relativa é menor com

um grande número de pá s, por isso a carga de

Page 50: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

30 .

entrada e a altura út i l da bomba ser-à□ maiores

para um grande número de pás no rotor. Também é

razoável esperar que a cir-culaç�o relativa é

menor em rotores estreitos que em rotores

largos, sendo que, para rotores de mesmo

diàmetr-0 1 a carga total é maior em rotores

estreitos. O atrito na superf icie envoltó r-ia do

rotor tem um efeito decisivo no aumento das

velocidades absolutas à saida a t r-a vés:, da

reduçào da ci rcula çào relativa dentro d□ canal

do rotor e na t r- ansferéncia

rotatório ao liquido.

do movimento

d ) - ângulo de descarga real : um estudo das Figuras

e 7 revelará que a circulaçào r·ela tiva de

liquidas entre a s pás do rotor tem o efeito de

diminuir- o àngu l c, d e desca rgc; d::i

passa. -se de �2 para \3'2 · D

entrada. �

1 é aumentado para� 1

maior pr-é-rotaçào que a indicada no

de v elocidades de Euler . Porém é

pá. Ass i m

àngLtlo de

permitindo

t r-i à n,;i u 1 o

importante

compr·een?er· que m udar o à.ngulo (3 2

pare, @ 2 significa r· .:§. somente que o

da pá

liquido

r·etorna r·á novamentE• para trá �. da. e

desc.3. r-rega rá com um menor à ngulo

e > - partes n�o at i vas das pás em uma bomba rea l a

Page 51: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Relative circulation within impeller channel.

Relative circula­tion within impeller cbannels

of axial fiow pump.

A

Relative motion of particles is opposite to im­

peller rotation.

3 1 .

Figura 7 : Esquemas representativos da circulaç�o relativa

em retores de bombas , segundo STEPANOFF ( 1957) .

Page 52: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

diferença de press�o entre duas faces de uma p á

desaparece no topo desta , onde os dois

escoamentos, provenientes de canais ad j acentes

do rotor se juntam . I sto significa que nem toda

a pá é igualmente ativa ; de fato, a borda de

descarga da pá tem q ue ser inativa , desde que

nà□ existe diferença de press�o . Para aliviar a

borda de descarga da pá o a ngu 1 o \3 2 devE.� ser

red uzido . Em bombas reais tem-se encontrado

v antagens em diminuir gradualmente a borda de

descarga da pá, o qual tem efeito de reduzir o

ângulo de descarga da pá Segundo

STEPANOFF ( 1957 ) medidas de pressbes sobre as

pás do rotor ver Figura 8 , mostram que a

diferença das p ressbes nas duas faces tém um

máx imo perto da borda de sucç�o e diminui

gradualmente para zero perto da borda de

descarga . Tal distribuiç�o de press�o em bombas

reais nào imp be perdas adicionais, mas

simplesmente significa que cada pá pode somente

transmitir , e o liquido pode somente absorver ,

uma quantia fixa de energia, sendo esta menor·

que aquela dada p ela equaç�o de Euler.

f) - carga teórica (He) com velocidade

radial < Vm > n�o uniforme já fo i abordado

Page 53: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Fi gura 8

't:l "' � 40

� 30

� 20 � 10.E --!'-.....,...i......,:.:�L,,;,.a..L.U..U..:..i..1.------;,

✓�I �----1�-

Pressure distrihution inside the impeller channel; 3 1 6 gpm, 28.6-ft head, 700 rpm, normal capacity 400 gpm (Uchimaru ').

: Distribuiç�o de p ressbes no inter· i or

canal de rotor, segundo STEPANOFF(1957).

d e um

Page 54: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

34.

anteriormente que em uma bomba a distribuiç:�o

de ve l ocidades através do cana l do rotor n�o é

uniforme. Sob tais condiçbes a carga teórica

desenvo l vida pe l o rotor é menor que aque l a

cal cu l ada. com base em uma vel ocidade média.

Assumindo que .=:;. ve locidade radia l varia

un i formemente de um va lor II Vm ' " , em uma la tera 1

do rotor·, até "Vm ' ' " , na outra l atera l , tem-se

em a l gum ponto distante 1 1 � .• 1 1 a

ve l ocidade radia l será dada por " Vm = vm ·· +

a . �-� l i onde "a = ( Vm ' - Vm ' ) /b2 " , " b2 " sendo a

l argura do rotor na borda de descarga. A carga

produzida neste ponto será

He = -----9

Ll2 . VM

g. tg t> 2

I ntegrando-se as cargas ao l ongo da l argura do

rotor obtém-se a express�o

u2 . VM ( Vm ' · -- Vm ' ) 2

He = --------- . [ g. tg � 2

1 + -------------- J 12. v1v12

Uma comparaç:ã'o desta equa�ào com a anterior

mostra que a carga teórica média produzida por

um roto r com ve l ocidade radia l variando de

" Vm ' " até " �irn ,, , l i é menor do que aquel a

produz idz, com ve l ocidade radia l média '' VM =

(\Jm , , + Vm ' ) / 2 " . P1 diferença na ca rg;, será

Page 55: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

-,-e: �\.•· .

tanto maior quanto maior for a diferença entre

1 1 Vm ' ' 1 1 e 11 \,..Jm , 11 , sendo que esta d i -ferenç:a

desapa recer·á S E? 1 1 Vm · ' 1 1 for i gua 1 a 1 1 Vm ' 1 1

• Da

equaç:%:o acima not a-se que para uma mesma

de var·iaç:%:o entre 1 1 Vm ' ' 1 1 E• 1 1 Vm ' 1 1

, o fator de

correç�o é mais efetivo para rotores nos quais

segundo termo " u2. VM / ( g. tg 0 2

em comparaç:%:o com o primeiro 1 1

1 1 é maior

li Em

pr�o j etos normais o segundo termo é maior para

rotores de ve locida de espec i fi ca al ta ; assim a

correç:%:o a feta ina is a. carga. teórica nestes

rotores , Al ém disso , o fator [ 1 + (Vm ' ··

vm · , 2 / C 1 2. VM2 > J é maior para rotores l argos,

visto que a varia ç%:o de vel ocidade é maior e o

comprimento do p ercurso da água é menor em

rotores de vel ocidade especi fica maior.

MAC I NTYRE ( 1 980 ) , quando discute a

discordancia entre os resul tados experimentais e a teoria

el ementar, apresenta duas c a usas principais, que sào o

númer·o finito de pás no rotor e a espessura finita das

pás, que correspondem às simpl ifica ç:bes feitas para a sua

formul a.ç:%:o. Continua o autor, a firmando que a energia

( He ' ) que o rotor real mente c ede ao l iquido é inferior ao

val or cal cul ado (He > com as equa çbes da teoria e l ementar.

P a ra equaciona r o probl ema do pro j eto e cál cul o de bombas

com a teoria el ementa r, apresenta duas sol uçbes comumente

Page 56: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

36 .

empregadas

a)- Adotar para rendimento hidráulico 1 h um valor

menor do que o encontrado em caso simila r , em

ensaios de laboratórios. Em seguida, aplicar as

equaç:bes da teoria elementa r·. Como Hu = rll.h. He,

isto corresponde a projetar a bomba prevendo um

maior valo r para a energia C He) a

pela s pás.

b ) - I ntroduzir , no "He "

ser· cedida

teó rico , uma

correç:�o através de um fator, de modo a podeY--

utiliza r os cálculos da teoria e l ementar.

Assim , partindo da altu ra útil (Hu)

desejada , calcu l a-se, primeiramente, um valaY-- He ' =Hu/ fY1_ h '

usando a teoria elementar, e o il._h tirado dos resultados

de ensaios. Em seguida ! multiplica-se o "He ' " por um fator

de correç�o e cheçJa-se ao " He" teórico , supondo número

infinito de pás sem espessura. Procede-se ao

dimensionamento do rotor com esse novo valor de "He " . Para

o caso de contorna r as divergências com o número firito de

pás, MÇ1C I NTYRE C 1 980 ) , todos os demais autores

pesquisados ) a firma que na prática emprega-se o fator de

correç�o li llJ " de P fleiderer,

experimentais , d� seguinte f orma

...:.:. u

baseado em

He •· He ' . 1 + --------------

pesquisas

[ 6 ]

Page 57: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

onde :

He ' = energia cedida a o l iquido após correções da teoria;

He = energia cedida ao l iquido considerando a

e lementa r ;

teoria

Z = número de pás do rotor;

r l e r2 = raios dos b ordos de entrada e saida do rotor ;

� = fator de correç'ao e:-:perimenta l.

O fator de correç:�o 1 1 4J 1 1 é ap r·esentado

pe l os autores consu l tados

MAC I I\ITYP.E ( 1 980 ) , chama ndD

de forma s diversas . Assim,

" \.{J I I de 1 1 F a tor· dP Cc:;r·reç:f:l'.o

E>:perimenta l de P f l eiderer· " mostra a seguinte tabe l a de

va l ores:

Tabe l a 1 : Va l ores do coef ic i ente de P f l eiderer

20 ru::: ...::.._1 30 -:r e:: ,.j

._l 40VALORES DE @ 2 (graus)

BOMBAS COM P AS GUIAS

BOMBAS SEM P AS GUIAS

0 , 76 0,80 0,8 1 0,85 0,90 0,94

0 , 86 0,90 0, 9 1 0,95 1 ,00 1 ,04

SCHULZ ( 1964 ) a presenta, para bombas radiais

com difusor, e uma re l a ç:�D de raios maior ou igua l a 2, a

seguinte expresslo:

adotando como

� = ( 0 , ::, ::, a O , 68 ) +

termo médio: �

0, 60 . sen

= O, 60. (P2 [ 7 ]

1 + sen � 2 ) .

Comparando-se a equa ç:lo acima com os

va l ores ta b e l ados por MAC INTYRE C 1 980 ) , verifica-se haver

certa proxim i dade de resu l ta dos, sendo que estes ú l timos

Page 58: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

38.

aproximam-se de uma equaç�o do tipo : '{) - 0, 65 6 +

0 , 60.sen \62

, para as;. bombas sem pá·:;; guias=,.

PFL EIDERER & PETERMANN( 1 979 ) indicam as

seguintes expressbes para estimativa do coeficiente em

quest�o:

. para bombas com sistema d i retor com al etas :

4' = 0 , 6 . ( 1 + ()._ r-:, /60 \..., k

. para bombas com caixa espira l como sistema diretor:

< 0 , 6:', até O, B:'1 :, . ( 1 + 8 .. -, \ �

/ 6 0 )

. para bombas com anel diretor l iso :

llL r .-. gi::: t ,, 1 -l - · · 1 B / . - ' T - , u , ._., a . E , e. u ) . <. . +

\ 2 6U ,

onde o il ng u l o � 2 deve ser dado em g raus . Seg unda os

autores, os v a l ores ca l cu l ados com as equaçbes dadas devem

ser compreendidos como orientativos , vál idos somente para

números normais de p á s.

Quanto espessura das;. pás do r·otor ,

MAC I NTYRE C 1 980 ) afirma que à sua entrada possuem um valor

apreciáve l , em gera l adel gaçando em direç�o ao bordo de

sa lda. I sto produ z uma diminuiç�o n� seç�o de escoamento,

afetando os val ores das ve l ocidades e provocando aumentos

das v el ocidades abso l uta e re l ativa, o que importa em

nov as perdas de energia, uma vez que essas crescem com a

vel ocidade. A vel ocidade C v l ' ) na entrada do rotor , em

consequência da espessura do bordo de entrada, é superior

à v e l ocidade C v l ) que o l i quido possui imediatamente antes

de atingir o bordo referido.

Page 59: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

onde

Assim propbe escrever-se:

V l = V 1. v l ' , sendo

= t l _-_S1 /sen

_ � 1.

t l

dado por:

[ 8 ]

S l == espessura das pás medida normalmente à superficie,

na entrada ;

t l - o passo das pás medido segundo a circunferência que

as tangencia, e ;-:pre·s ·so por· t l = l \ . D l / 2. [ 9 ]

t-=: e s p essLt r· c:. das pá s na sa i da do rotor

aumenta o desvio d-=<

alterando , portanto,

velocidade relativa para trás ,

intensidade da

velocidade absoluta ao deixar o c anal entre as pás, o que

nll!o afeta, contudo, o valor· -V na d i reç:l:'!o ....

Ll o

coeficiente de contraç�o l i ' l i

V 2 à saida do rotor pode ser

c alculado através da equaç:�o

entretanto, os valores envolvidos

[ 8 ] '

(t2 , f""'I. •··-. �� ,utilizando-se,

e :.. ,e:I.

sai da do rotor·· .

pesqu i sado·s,

e:-:press�o:

onde �

Desta forma, afirmam os autores

a vaz�o que sairá do rotor será dada pela

C! ' = ✓ 2 . D2 • b 2 • Vm2 .li

D2 = di�metro e xterno do rotor ;

b2 = largura do rotor na saida ;

[ 1 0 ]

Page 60: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

40 •

. Vm2 = velocidade radial de saida ;

� = . y 2 coeficiente de contraç�o à saida .

2 . 4 . 2 . Perdas

Segundo PFLE IDERER & P ETERMANN(1979) as

pr·incipais perdas que ocorrem dentro máquinas

hidráulicas s�o devidas ao atrito , às variaçbes de seç�o e

de velocidade , que em geral reduzem a press�o e que s�o

conjuntamente chamadas de " perdas hidráulicas " . S�o também

denominadas "perdas nas pás" devido ao fato de ocorr·erem

principalmente nos canais das pás e das aletas. S::to

denotada·:5 1 1 Zh 1 1 e representam uma perda de trabalho por

unidade de massa do fluido de trabalho. No caso das

bombas , este trabalho de perda deve ser fornecido pelas

pás ao fluido de trabalho , adicionalmente ao trabalho

especifico interno

pelas pás ser·á

li ,1 l i T • O trabalho espec i fico

Ypá = Y + Zh .

transmitido

Além das perdas nas pás , existem ainda as

perdas por fuga de f luido , que nlo influem na pressto ou

têm uma influência de menor importAncia. A estas pertencem

primeiramente as perdas no labirinto , que ocorrem devido à

. t . . e :-: 1 �" ênc 1 a de um interst í cio entre o rotor e a carcaça ,

através do qual uma parte da água flui para o tubo de

Page 61: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

41 .

succ�o , evitando o rotor. Além destas , existe usualmente

uma p erda de fluido através da gaxeta. Em certos tipos de

construç�o existe ainda uma perda adiciona l no

devido à compensaç�o do empuxo.

labirinto

Deve-se, também, considerar o atrito nas

paredes externas do rotor, ou se j a, a potênc ia de atrito

no rotor C Pa l , que pode ser medida.

As perdas tratadas até agora s�o ,

denominadas perdas internas. Elas

em seu

tem a

propriedade comum de transmitir calor ao fluido de

trabalho.

potência

bombas.

Sornadas à potência útil elas resu l tam na

interna , que dev e ser entregue ao eixo das

Finalmente, devem ainda ser consideradas as

chamadas perdas externas o u mecânicas , que representam

principalmente perdas em superficies des l izantes e que s�o

causadas por atritos em mancais e gaxetas, ou ainda por

atrito com o ar nos ac oplamentos.

na verdade ,

hidráulicas.

P IMENTA (1978 )

Todas as perdas acima me ncionadas causam ,

uma reduçào no

As perdas

rendimento das

hidráulicas,

máquinas

segundo

compbem-se de dois termos: as perdas por

atrito e as perdas por choques. As perdas por atrito s�o

proporcionais ao quadrado da vaz�o da bomba , podendo ser

expressas pe l a equaç�o � P Ha = k1 . Q2. As perdas devido aos

Page 62: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

choques

diversas,.

variam com o quadrado das diferenças entre as

vazbes passiveis de serem fornecidas pela bomba

com a vaz�o (Qn > de projeto ou nomina l

que pode ser expressa par � PHc=k2 . (Qn

par·a Vu1 = O ) 'sendo os

va l ores de " k 1 " e "k2 " determinadas e :•:perimenta l mente.

MAC I NTYRE ( 1 980 ) a. firma que as perdas

hidráu l icas podem ser divididas em:

a ) - Pe rda s Hidráu l i c a s p rop ri a.mente ditas,

ocorridas :

na entrada da bomba ;

no rotor ;

nos canais das pás guias;

no caraco l e deste até a boca de saida.

b ) -- Pe 1·�da s V o l umé t r i c a s, devidas à da

descarga úti l da bomba, sendo < ver Figura 9) :

perdas vo l umétricas exteriores ( qe > , dev i,jas

ou vazamentos através da fo lga entre

eixo e caixa da bomba ;

perdas vo l umétricas interiores , que s�o as

mais importantes , resu l tado da recircu laçlo de

parte do l iquido que sai do rotor para a sua

entrada novamente , devido à menor presslo à

entrada . O l iquido que recircu l a com descarga

" q i " atrita contra a cai :•:a e a face e:-:terna da

c oroa do rotor e pe l o ·::=, " l abirinto ·:;; ", e esse

Page 63: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

43.

F igura 9 : Fugas de água na bomba, que ocas i onam as perdas

volumétr i cas.

Page 64: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

44.

atrito consome potência fornec i da pel o rotor.

STEPANOFF ( 1 95 7 ) apresenta detalhados

trabalhos sobre as perdas volumétricas , perdas por atrito

no rotor e perdas mecânicas. Um resumo bastante

interessante de suas consideraçbes pode ser visto na

Figura 10 que mostra o comportamento dessas perdas,

estudadas com a variaçlo da velocidade especifica das

bombas (no caso, bombas de dupla sucç�o) , destacando-se

dois aspectos importantes:

- o rápido crescimento das perdas por atrito e das

fugas de vaz�o para bombas com velocidade especifica (nq)

inferior a 2000 (para Q em gpm e H em ft ) ou 39 (para Q em

e H em metros > , ou seja, nas bombas centrifugas

radiais;

ao longo de toda a faixa de variaç�o da

velocidade especifica estudada, as perdas por fugas s�o

aproximadamente iguais à metade das perdas por atrito.

Continuando, verifica-se que STEPANOFF

( 1 957 ) afirma que todas as perdas de carga que ocorrem

entre os pontos de entrada e saida do liquido no rotor

constituem-se nas perdas hidráulicas, incluindo : perdas

por atrito nos canais entre a sucç�o e a descarga no

rotor, perdas devido a bruscas mudanças de área ou direç�o

do fluxo e todas as perdas devido a turbilhonamentos e

suas causas. Desta forma , considera as perdas por atrito

na face externa do rotor, acima descritas e apresentadas

Page 65: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Figura

em

12

10

l .5 8

2

o o

1 I/ Disk friction loss

1

\

� leakage lóss

� 1; lmpeller losses

....... Mechanical losses t'-,.....__

1

-2 3 4

Specific sp:!ed >< 1000 5 6

Lasses versua specific speed for double-suction pumps.

7

1 0 : Variaç�o das perdas em bombas de dupla sucç�o

da velocidade especi fica, segundo

STEPANOFF ( 195 7 )

Page 66: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

46.

na Figura 10 como sendo perdas mecânicas pois, apesar de

serem de natureza hidráulica , s�o externas ao rotor e n�o

resultam em perda de carga hidráulica.

Neste sentido, l"IATTOS FALC0(1989) ,

compartilham com a colocaçào destas perdas, que chamam de

" fricç:ào

mecânica::'. .

no disco" , juntei com as

P a r-:i o seu c êi lculo

chamadas

apresentam

experimental dada por :

p a onde �

perdas

fórmula

P8 = perda de potência devido ao atrito no rotor , em HP ;

N = rotaç:�o do rotor em rpm ;

D2 = diâmetro externo do rotor em ft.

Todas as perdas acima descritas alteram o

rendimento da bomba que , segundo todos os autores

pesquisados, pode ser dado por :

f1t = tth · 1-v · IV( m [ 1 1 J

onde: 1, t = rendimento g 1 oba 1 da bomba ;

tvt h = rendimento hidr·àulico ;

1_ v = rendimento volumétrico ;

/V1 - rendimento mecà nico.t,m

O rendimento hidráulico " fV/., h" é dado pela

e:-:press�o:

!v/___h - Hu/He ' [ 1 2 ]

Page 67: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

e:-:p ress13:o:

e:-:press"ào :

onde:

47 .

onde :

Hu = carga hidráulica útil fornecida;

He ' = carga hidráulica teórica (com as pás ) .

O rendimento v o l umétrico " 1v " é dado pela

IY(_..., = Q/ (Q + q e + q i ) ; onde:

Q = vaz�o descarregada pe l a bomba ;

qe e qi = vazbes de perdas volumétricas .

o rendimento mec à nico " rv1 " é . lrn - dado pela

N'tm = Pi/Pt

Pt = potência fornecida no eixo da bomba;

Pi = potência fornecida ao liquido no rotor

p .1

SCHUL Z ( l. 964 ) , tratando das perdas

[ 1 3 ]

por

atrito ex terno ao rotor , acima mencionadas, n�o as engloba

como rendimento mecânico, mas trata-as como um quarto tipo

de perda e apresenta uma equaç�o bastante simples para sua

estimativa:

[l. 4 J

onde : Pa = perda de potência por atrito, em HP ;

k = coeficiente que depende da rugosidade e do

espaçamento das paredes do rotor e da carcaça da

Page 68: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

48 .

bomba, do número de Reynolds , e que varia de 1, 1

a 1, 3 ;

D 2 = ditmetro externo do rotor <m > ;

N = rotaç�o do rotor (rpm) ;

f = peso especif i co do liqu ido (kgf/m3 ) .

Assim, SCHUL Z ( 1964 ) define o rend i mento

i nterno da bomba 1 1

Nli

I I dado pela e:-:pressl3'.o:

/VL ·-· . l; -

Desta forma def i ne o rendimento global da

bomba como sendo:

[ 1 6 ]

Finalmente, pode-se calcular a potência a

ser fornecida ao eixo da bomba através da equaç�o:

Pt = �. Q • Hu / ( 7:05 • fv(, t ) [ 1 7 ]

onde Pt dado em CV;

Q dada em m3 /s ;

Hu dada em m ·'

-;r

dado em kgf/m'"'

2 . 5 . Valores e coeficientes experimentais

2 . 5 . 1. Rend imentos

Page 69: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

4,..., 7 •

Todos os autores apresentam valores

indicativos dos rendimentos alcançados pelas bombas

hidráulicas. Assim MAC INTYRE(1980) apresenta as seguintes

consideraçt!es:

Re nd i me n t o �, o 1 umé t r i e o : 97¼ para bombas de

grandes descargas e baixa presslo; 9�5 ¼ para

bombas de descargas e pressbes médias, e 90¼ para

as de pequena descarga e altas presst!es.

Re nd i me n t o h i dráu l i c o: de 50¼ a 70¼ para bombas

pequenas, sem grandes cuidados de tabricaç�o, com

caixa com aspecto de caracol; de 70¼ a 85¼ para

bombas com rotor e coletor bem pro j eta.dos,

fundiçlo e usinagem bem feitas ; de 85¼ a 95¼ para

bombas de dimensbes grandes, bem projetadas e bem

fabricadas. Apresenta ainda, fórmula empírica

proposta por Walter Jekat para a estimativa do

rendimento hidráulico, em tunç�o da vaz�o,

por: fvl_,h = 1 - O, BO/Q ( l /4) com " Q" em 9pm.

dada

Re nd i me n t o mecê n i c o : afi rma que varia de 96¼ a

98¼.

PFLEIDERER & PETERMANNC1979) afirmam que as

máquinas de fluxo, quando trabalham no ponto de ótimo

rendimento, frequentemente alcançam rendimentos entre 80¼

e 90¼ ou mais; sendo, nestes casos, o rendimento mecênico

da ordem de 99¼ e o hidrául i co entre 85¼ e O "":!' +/ ; -..J /T a

Page 70: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

50.

SCHULZ (1964) apresenta os seguintes valores

de rendimentos:

Re nd i me n t o Hi d r� u l i c o: de 80¼ até 90¼,

bombas pequenas;

e:-:c lui ndo as

Re nd i me n t o V o l u mé t r i c o: de 85¼ até 98¼, aumentando das

bombas de baixa vaz�o e altas pressbes para as de

altas vazbes e baixas pressbes;

Re nd i me n t o Ne c à n i c o:

centrifugas.

de 96¼ a 99¼ para as bombas

MATT0S & FALCD C 1989 ) apresentam valores

indicativos para os rendimentos volumétrico e mecânico.

Assim, para o volumétrico afirmam variar de 98¼ para

bombas grandes a 90¼ para as pequenas . Já para

rendimento mecânico (mancais e sistema de vedaç�o)

o

a

variaç�o é de 99¼ para bombas grandes até 95¼ para as

pequenas .

2.5 .2. Va lores experi mentais para pro j eto

Dentre os autores consultados, aquele que

mais resultados experimentais apresentou, orientativos do

projeto das bombas centrifugas, foi MAC INTYRE (1980) .

Desta forma, passa-se a mostrar esses

resultados, que serviram de base para a metodologia de

cálculos que se desenvolveu, tendo em vista alcançar os

Page 71: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

5 1 .

objetivos deste trabalho .

a) - Velocidade radial de saida

Verificou-se durante os estudos realizados,

que o ponto crucial, para a obtençlo da vaz�o fornecida

pela bomba é o conhecimento da velocidade radial de saida

da água do rotor (ver equaç�o [4 J ) .

O autor em quest�o apresenta a equaç�o [18 J

dada abaixo, tabelando os valores do coeficiente chamado

11 t...- " em r-...Vm2 funç�o do Número de Brauer (nq) :

V --, - t · · · r �. H ·) l. 12ffi L - 'Vm2 · . �.g. u

Tabela 2: Valores de Kvm2 em funç�o de nq .

nq 1 0 20 30 40

Kvm2 o , os O , 1 0 O , 1 2 O , 1 46

a a a a 0, 09 O , 1 2 O , 1 4 O , 1 65

5 0

O , 1 65 a

O , 1 8

Para utilizaç�o no roteiro de

[18]

60

o , 1 8

a0 , 20

cálculo

testado neste trabalho, adotou-se o valor minimo daqueles

apresentados na tabela acima.

b ) - Altura útil de eleva ç�o Hu

MAC I NTYRE ( 1 980 > apresenta um gráfico,

proposto por Pfleiderer, que fornece o coeficiente de

press�o em funç�o do diámetro externo do rotor, da

sua rotaç�o e do ângulo de saida da pá . Desta forma,

pode-se calcular a altura útil de elevaç�o <Hu) através da

Page 72: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

52 .

e:-:press�o:

Hu =,...,

u2..::. / ( 2 • g ) [ 1 9 ]

O gráfico citado foi transformado na Tabela

3 abaixo apresentada:

Tabela 3: Valores de '{J em funç:::to de � '7• • \� �

� 2 � ( g r·· a u �, ) ������ �, ���� 1 O ���� 1 �. ���� 20 ���� 30 ���� 40 ���� 5 O���

-----� ---------o, s o __ o, 6 7 __ 0, s 2 __ 0, 9 3 __ 1, 04 __ 1, 1 0 __ 1, 1 s __

Page 73: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

3. MATERIAL E MÉTODOS

3 . 1 . Proced i mentos

Para a descriç�o da s a tividades desenvol-

vida s, pa ra alcançar-se os objetivos propostos neste tra ­

ba l ho, há necessidade de divid i -la s em blocos distintos.

O primeiro está relacionado com a pesquisa

bibliográfica, formulaç�o básica e ajustes iniciais de um

roteiro de cálculos que terá como funç�o estimar a s

principais caracteristica s de funcionamento de uma bomba

centrifuga radial qualquer (altura ma nométrica, vaz�o,

rendimento e potência requerida), através de dados do

rotor desta bomba (número de pás e sua espessura, ângulo

de saida, número de rotaçbes por minuto, largura na saída

e os diâmetros de entrada e de saída) .

o conjunto de atividades seguinte é

caracterizado pelo desenvolvimento da s mediçbes da s

grandeza s intervenientes do rotor da bomba centr i fuga, que

foram realizada s com o a uxilio de paquímetro, régua

metálica e pa pel milimetrado.

Page 74: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

54.

Os dados obtidos foram tabulados para

poderem ser utilizados, posteriormente, na determinaç�o

dos dados caracteristicos do ponto de funcionamento ótimo

da bomba .

Finalmente, as mediçôes realizadas na bomba

serv iram como dados de entrada para a rotina de cálculos

definida, que por sua vez, simulou as caracteristicas de

funcionamento desta bomba, conforme descrito

anteriormente. Foi possi v e l , entào, a confrontaçio dos

resultados obtidos com os fornecidos pelos fabricantes

através das curvas caracteristicas publicadas em

catálogos, que s�o oriundas de ensaios em laboratório, e a

verificaç�o f inal sobre a viabilidade ou n�o da proposta

feita neste trabalho.

As bombas ensaiadas foram as centrifugas de

fluxo radial com pás de curv atura simples e volutas sem

pás guia. Foram verificadas as bombas com baixa e alta

rotaçlo . Estas bombas, que s�o de fáci l fabricaç�o, s�o as

mais comuns no mercado e largamente utilizadas na

irrigaç�o. Neste trabalho analizou-se apenas bombas de um

estágio ( 1 rotor ) .

Pesquisou-se, ao todo, 2 modêlos de bombas

(marca KSB modelos ETA e ANS) , com 9 diametros diferentes

de rotores (5 das ETA e 4 das ANS > , para funcionamento com

rotaçôes v ariando de 1080 rpm a 3500 rpm, totalizando 20

resultados distintos.

Page 75: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

As fotos mostradas nas FIGURAS 11 a 16

ilustram a forma como foram obtidos os dados dos rotores

pesquisados. Entretanto, deve-se destacar alguns aspectos

importantes:

1. Para os parâmetros: largura do rotor,

espessura da pá e ângulo de sa í da ;

uma medida para cada pá do rotor .

fo i realizada

No caso da

largura do rotor, a medida foi tomada no ponto de

distância média entre duas pás do rotor. O valor

adotado como resultado final

a ritmétrica das medidas executadas.

fo i a média

2. Para a obtenç�o do ângulo de saída da

pá, tendo em vista n�o dispor-se de um goniômetro,

adotou-se o seguinte procedimento: em um papel

milimetrado, traçou-se uma reta qualquer ; ajustou-

se a circunferência externa do rotor tangenciando a

reta traçada no papel milimetrado, no ponto de

chegada da face de av anço da pá do rotor ; ajustou-

se uma régua metá l ica tangenciando esta face

citada, traçando-se, ent�o, no papel milimetrado,

um segmento de reta com comprimento variando em

torno de 4 cm. Com isto pode-se, através de relaç�o

do trêngulo retângulo obtido, calcular o valor da

tangente do êngulo formado pelas duas retas

traçadas e, por conseguinte, o valor deste àngulo.

3 . Os valores dos diàmetros do rotor

Page 76: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1,-:; / .... , 0 11

F i gura 1 1: Materiais utilizado s com os rotores.

F i gura 1 "J, � - · Medida do ângulo d e saida .

Page 77: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

57 .

.. ,

---- --------..-�-�-

Figura 1 3: Medida do diâmetro de entrada (D1) .

~-- ·- c---_c-=�

F i gura 14: Medida do dàmetro de saí da (02) .

Page 78: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

�, 8 .

F i gura 15 : Medida d a l argura do rotor (b2) .

F i gura 1 6 : Med i d a d a espessu r a d a pá C e2 ) .

Page 79: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

59.

( interno e ex terno ) f oram obtidos através da média

d e três medidas realizadas, em posiçbes diferentes,

espaçadas, aproximadamente, de 120 graus.

4. O número de pás fo i obtido da contagem

direta das pés existentes no rotor e a rotaçto do

rotor fo i extra ida do catálogo do fabricante.

3.2. Roteiro de cá lcu los

Tendo por base as consideraçôes teóricas e

práticas apresentadas no Capitulo I I delineou-se uma

seqüência de cálculos, visando obter, a partir de dados

dos rotores das bombas pesquisadas, os valores

caracter í sticos destas bombas ( altura manométrica, vaz�o e

rendimento) ,

rendi menta)

no ponto de funcionamento ótimo (melhor

Com o objetivo de agilizar e facilitar a

realizaç�o dos cálculos propostos, desenvolveu-se um

programa para micro computador, na linguagem BASI C, que

foi denominado " BOMBAS " .

,, BOMBAS " está dividido em três partes

<ROTI NAS ) , a saber:

a ) - Rotina de entrada de dados: É o bloco de

comando·:; ( passos de ng 1 0 a 1 30 ) que permite

fazer a entrada dos dados coletados na·;;

Page 80: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

60.

mediçbes feitas no rotor. Os únicos cál culos

realizados nesta rotina s,o os de convers�o das

medidas, dadas em milimetros, dos diámetros

externo (D2) e interno(D1 ) , da largura do rotor

(b2) e da espessura da pá (e2 ) , para metros;

b ) - Rotina principa l : � o conjunto de comandos

(passos de nQ 200 a 450) onde se faz todos os

cálcu l os propostos neste trabalho, obtendo-se

os va l ores finais da altura manométrica, da

vaz�o, do rendimento g l obal da bomba, sua

rotaç�o espec i fica e da potência a consumir;

c) - Rotina para impress�o dos resultados: S�o os

comandos do programa (passos de nQ 500 a 600)

que proporcionam a visualizaçWo dos resultados

obtidos. Os únicos cálcu los realizados nesta

rotina referem-se à transformaçio da vaz�o de

em e à apresentaç�o do valor do

rendimento da bomba em porcentagem(¼) .

3 . 2. 1 . Rotina Principal de "BOMBAS"

o diagrama de b l ocos e a l istagem,

mostrados nas Figuras 17 e 18, apresentam a seqüência de

cál culos e procedimentos adotados para a obtenç�□ dos

Page 81: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

6 1 .

resultados constantes do Ca p itulo 4 deste trabalho.

Os

detalhados a seguir:

no da linha

do p rog rama

210

22(>

23(> a 25 ()

260

passos do programa

discriminaç:�o

do p rocedimento

proposto s�o

Atribui valores para o número " pi " e

para a aceleraç�o da gravidade " g " .

Ca l C Ll la a velocidade tangencia 1 1 1 u2 1 1

com a utilizaçtro da equaç�o [ 1 ] .

Calcu l a o coeficiente de diminuiç�o

da va z�o, devido à espessura das pás

do rotor, através das equaçbes [ 8 ] e

[ 9 ] .

Com a ajuda do programa LOTUS 1 -2-3,

os dados da Tabela foram

a jus-, t ados , po r regress�o linear , a

duas equaçbes do tipo exponencial,

tendo em vista facilita r· o

emprego. As equaçbes s�o:

a ) - para � 2 < = 20

� = O, 24094 .

? com r- = 0 , 998826 ;

b) - p a raÇs ··,. --::•n'"J •' -- N

0 ,46875 .

p2

0, 4 5 0 1 1

� .-. r��-(-) 9 -•• t.) , L,.::. .. ..:.;i

2

seu

Page 82: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

PROGRAMA "BOMBAS " - DIAGWIA DE BLOCOS

ENTRA CON:

d 1 , d2 , b2 , e 2 ,

beta.2 , z , n

CALCULA :

u2 = P i *d2*n/60 t : p í *d2/z ti : e2/s i n l beta2 l beta2 em rad i anos r, i = ( t-tt )/t

0 , 45 f i l :0 , ,4*beta2

0, 23 f i l :0 , 47*beta2

2 hu:f i 1 *u2 /2g

nq = 1

kvm2 : 0 , 00206*nq

+ 0 , 05973

1 /2 vm2:kvm2* C 2 . g , hu)

qrea l :b2*P ' *d2*vm2*n i , • • • • ,*rendv

1 /2 3/4nqca l c=n*qrea l /hu

HAO ,-.,__.-� nq:nqca l q

2 2 2 k: 1 +2* f i 2*d2 /C z*d2 -d l l f i 2:0 , 6 1 5+0 , 6*s i n l beta2 ) beta2 em rad i anos

h e 1 : ( u2 -u2*vm2/tan l beta2 l l/9 rh i a r:hu*k/he l pot i : l 3 , 3*(qrea l/rendvl*he l/k

5 3 potr:0 l 72e-6*d2 *n rend:rh i d r*rendv*0 , 97*raux onde raux:1 -potr/pot i pot = 1 3 , 3*qrea l *hu/ C 7 5*rendl

RESULTADOS

F I NA I S

Figura 17 Diagrama de blocos do programa " BOMBAS .

6.-, ..::. .

Page 83: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Figura 1 8

10 ' ROTINA DE ENTRADA DE DAIIOS

20 cls:print:print"DAOOS DE ENTRADA DO ROTIWI DA IOIBA 1"1PRINT 30 i111ut"Diiletro entrildu D1 IM) = " ,d l : dl=dl/1000 40 i111ut"Diiletro Siid&: D2 IM) • ",d21d2•d2/1000 50 i111ut"Li1rgur1 do rotar n1 Siidi b2 <•> = • ,b2:b2=b2/1000 60 i111ut"Espessura di pu e2 IM) = • ,e2:e2=e2/1000 70 i11111t"Angula de Rida IIETA2 lgr1us) • • ,beh2 80 i111ut"t.iaero de pas da rotar Z • •, z 90 i111ut"Velacidade de rotina N lrp1) = • ,n 100 PRINT:i111ut"COf'IRIIA TODOS OS DADOS DE ENTRADA IS/N) ? •=•> " ,DIZ$ 1 10 IF DIZS•"S" IWI DIZS•"s" TIEN GOTO 200 120 IF DIZS•"N" IWI DIZS•"n" TIEN GOTO 10 130 gota 100

200 ' ROTINA PRll«:IPAL

210 pi=3. 1415927:g:9,Bl 220 u2=pitd2tn/b0 230 t•pi�/z 240 tl•e2/sinlbeh2�i/180) 250 ni•lt-tll/t 260 if beta2<=20 then fi1=0.24094�eh2•0.45011 elw fil•0.46875�eta2'0,23093 270 hu•fil .ui•2/2/g 280 nq•l 290 kvl2•0.0020ótnq+0.05973 300 if nq<=24.5 then rendv•0.llb55+nqf0.00345 elw rendv•0,95 310 vl2=kvl2H2��u>•0,5 320 qreal•b2�itd2tv12tnitrendv 330 nqcillc•ntqreal •o.5thu•o. 75 340 if labsl lnqcalc-nq)/nq)t100)(1 then gata 360 350 nq•nqcalc1gata 290 360 k•1+2t10.615+0,6tsin(beh2�i/180) ltd2•2/ lzt(d2•2-dl •2) l 370 hel• lu2'2-u2tv12/tanlbeti12�i/180l l /g 380 rhidr•hutk/hel 390 pati=lOOOt(qreill/rendvltlhel/kl/75 400 patr=0,172Be-6td2•5tn'3 410 rend•rhidrtrendvt0,97tll-patr/poti ) 420 pot•lOOOtqreal�u/75/rend 430 goto 500

500 ' ROTINA PARA Ill'RESSAO DOS RESULTADOS

510 PRINT:PRINT:PRINT"RESIJLTAIIIIS OBTIDOS : • 520 PRINT:PRINT"Altura 11alllllll!tricu HI • " ; :print using"Mll.ll";hu; :print• 1,c,a.• 530 print"Vazao de recalque: Q = • ; :print using"ll,11111' ;qreal; :print• 113/s' ;

:print• 1 ou • ; :print using"Mll.ll";qrealt3600;:print• 113/h ) ' 540 print"Rendiaento da bDlba: r = • ; :print using'llt';rendtlOO;:print• X' 550 print'Nuaero de Brauer: nq = ' ; :print using"lll,t' ;nqcalc; :print• rp1" 560 print"Potencia no eixo da bolba: N = ' ; :print using'llt�ll";pot; :print• c.v . • 570 print:print:i111ut"DESEJA REALIZAR IIIVOS CALCULOS 15/N) ? ===> ",DIZS 580 IF DIZS•"S" 00 DIZ$='s" TIEN GOTO 10 590 PRINT"FIN DE PRIICESSAIENTO" 600 end

: Listagem geral do programa BOMBAS .

63 .

Page 84: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

270

280 a 35 0

280

290

:;oo

64.

':, com r- = 0 , 99 1564 .

Com a equação [ 1 9 ] calcula-se o

valor da altura útil de elevaç�o da

bomba estudada.

Os passos citados caracterizam um

processo de cálculo iterativo, onde

parte-se de um valor arbitrário para

"nq" e procura-se seu valor·

definitivo, através de aproximaçbes

sucessivas . Ta l proc edime n t o

tornou-se necessário pois o valor do

coeficiente " Kvm2 " , dado pela. Tabela

2, é funçlo do valor de "nq" ' que

n�o conhecemos "a priori" .

Arbitra-se, para "nq", o valor 1.

Calcula-se o valor de Kvm2 com a

e:-:p ressão:

Kvm2 = 0, 00206. nq + 0, 05973

obtida por· reg ress�o 1 i nea r dos

dados (menores valores ) da Tabela 2,

com

Com o

= O, 995371.

valor de "nq" calculado,

estima-se o rendimento volumétrico

da bomba ( rendv ) admitindo-se rendv=

95 ¼ para ac bombas classificadas

como " NORMA I S " ( 24, 5<nq< 3:=.:,, 6 ) e

Page 85: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

3 1 0

32<)

330

340

350

11 rend v " decrescendo 1 i nea rmente, de

95¼ a 90¼, para " nq " variando de

24-, 5 a 10, O (bombas II LENTAS " ) . A

reta obt ida para o int ervalo citado

possui a seguinte equaçlo:

rendv = 0, 8655 + 0, 00345 . nq

Calcula Vm2 através da equaç�o [ 1 8] .

Calcula

(qrea 1 )

a vaz�o de sa l da da bomba

através da equaç�o [10 ] ,

mult i pl i cada pelo r,:2nd i m,:2nto

volumét rico da bomba (rendv) .

Calcula o novo Nómero de Brauer

(nqcalq) com os valores de altura

manomét rica (hu) e vaz�o C qreal ) já

estimados nos passos anteriores .

Calcula a diferença percentual entre

o novo valor de 1 1 nq 11 (nqcalq ) e o

valor · anterior ( nq ) . Se

diferença for inferior a 1¼,

como corretos os valores de

esta

admite

1 1 qreal 11

e "hu 11 e segue para o passo 360 .

Caso contrário, segue para o passo

35(> .

Atribui a 11 nq 11 o valor calculado nos

passos anteriores ( nqcalq) e retorna

ao passo 29() , recomeçando os

Page 86: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

360

370

66 .

cálculos da vaz�o a ser fornecida

pela bomba .

Calcula o coeficiente de reduçto da

carga teórica da bomba ( He) devida à

e:-: i stênc ia das pás do rotor,

utilizando as equaçbes [6 ] e [7 J ,

sendo esta última, com um

coeficiente médio (0, 615 ) dentro do

intervalo oferecido pelo autor ( 0 , 55

2. 0 . 68 ) p a ra o prime i r o termo da

equaç�o . Deve-se · lembrar que o termo

"beta2*pi/180" nada mais é que a

transformaç�o do ángulo beta2, dado

em graus, para radianos.

Calcula a altura teórica de elevaçto

" He "

Euler

reais )

(hel) , através da teoria de

( sem a existência das pás

e com o auxilio da equaç�o

[ 3 ] combinada com a colocaç�o de

" Vu2" em funç�o de " u2" e " Vm2" , que

pode ser obtida do triàngulo de

velocidades da Figura 6, mostrada a

seguir :

tg r 2 = Vm2 / (u2 - Vu2)

logo :

u 2 - Vu2 = Vm2 /tg r .-.-,

Page 87: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

380

390

400

4 1 0

420

430

67.

isolando " 'v'u2 " obtemos :

Vu2 = u2 - Vm2/ t9 � 2

Aplicando o valor acima de " Vu2 " na

equaç�o [3 J obtém-se:

He = u2. (u2 - Vm2/ tg � 2>lg, ou

'") � He = ( u2� - u2 . Vm2/tg � 2) /g

Calcula o rendimento hidráulico da

bomba (rhidr) através das equaçbes

[ 1 2 ] e [ 6 J .

Ca lcu l a a p o t é nc i a i n t e r na d a bomba

( poti ) através da equaç�o [ 1 3 ] .

Calcula a perda de potência devida

ao atrito do liquido com a

superficie externa do rotor e com a

carcaça da bomba (potr) , através da

equaçêr'o [ 1 4 J .

Calcula o rendimento global da bomba

( rend ) através das equaçbes [ 1 5 ] e

[ 1 6 J . Adotou-se para o rendimento

mecânico das bombas, um valor médio,

e constante, igual a 97¼ .

Calcula a potência a ser fornecida

ao eixo da bomba, em C'v' , (pot )

a través da equaç�o [ 17 ] .

Segue para a rotina de impress�o de

resultados na passo 500 .

Page 88: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

68.

4. RESULTADOS

Nas tabelas que s�o apresentadas neste

Capitulo , est�o contidos todos os resu l tados, tanto das

med i çbes real i zadas quant o dos cá lcu l os f e i tos com o

au:-: ilio do programa "BOMBAS'' "

Na Tabela 4 s�o mostrados os resu l tados

méd i os das med i das real i zadas nos rotores, bem como, a

identif icaç�o das bombas onde sto empregados os rotores

estudados. As colunas constantes desta tabela est1?o

i dent i f i cadas conforme descriç�a abaixo:

coluna t i tulo i dent i f icaç:l!o

1 MODELO I ND I C('.::1 o MODELO DA BOMBA

� . ..::. D 1 D I AMETRO DE ENTRADA DO ROTOR

..,. D2 D I AMETRO DE SA I DA DO ROTOR ..:,

4 b 2 LARGURA DO ROTOR NA SA I DA

5 e2 ESPESSURA DA P A Nf°4 SA I DA

6 beta2 ANGULO DE SA I DA DA PA

..., z NI.JMERO DE P AS DO ROTOR I

8 N ROTA�O DO ROTOR

9 D2/D 1 COLUNA ..,. D I ',) I D I DA P E L A 2..:,

Page 89: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

69.

Tabela 4 : Valores médios das grandezas medidas nos

rotores das bombas.

====================================================================================

2 3 4 5 6 7 8 9 D1 D2 b2 e2 beta2 z N D2/D1

MODELO entrada saida (mm) (mml (mml (ll!ffll (graus ) (pas) (rpllll

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ETA 32-12 50.65 124 .07 5.15 3 .03 30.47 7 1700 2.45 ETA 32-12 3500

ETA 50-20 68.75 204.83 8 .38 2 . 80 30.35 "1 1080 2.98 I

ETA 50-20 1680 ETA 50-20 3500

ETA 65-26 75.77 213.97 8.25 2 .87 32. 13 8 1080 2.82 ETA 65-26 1710

ETA 80-16 101.38 159.98 25.15 3.45 28.37 7 1080 1 .58 ETA 80-16 1680 ETA 80-16 3500

ETA 125-26 150.95 260,08 27.33 4.00 40,80 8 1 120 1 .72

ETA 125-26 1740

ANS 40-200 68.98 192.00 8 . 93 3 .47 24.41 6 1750 2.78 ANS 40-200 3500

ANS 50-200 76.98 219.03 1 1 ,85 4 . 26 25.16 6 1750 2,85 ANS 50-200 3500

ANS 65-160 93,60 172 . 15 20.71 3 .20 29.74 6 1750 1.84 ANS 65-160 3500

ANS 80-250 118 . 15 265 .88 20.35 3 .70 27.07 6 1751) 2.25 ANS 80-250 3500

========================================================-=-===========------=-====--

Page 90: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

70 .

Na Tabela 5 s�o mostradas as di f erenças

percentuais máximas e m í nimas , em relaç�o à média , b em

como , o des v io padr�o das medidas feitas nos rotores. As

grandezas medidas s�o iden tificadas da mesma maneira que

na Tab ela 4: D l , D2, b 2 , e2 e b eta2.

identificadas:

coluna

1

2 , :_=1 ., 8 .,

1 1 e 1 4

3 , 6 , 9 ,

1 2 e 1 5

4 , 7 , 1 0 ,

1 3 e 1 6

A s colunas:,

t i tulo

MODELO

MA/

DESV

most radas s�o a

i dentif icaç�o

I ND I CA O MODELO DA BOMBA

segu j_ r

I ND I CA A MAX I MA D I FERENÇA

PERCENTUAL , OBT I DA NAS L E I TURAS

DA GRANDEZ A EM QUEST�O , EM

RELAÇ�O A MÉD I A DAS LE I TURAS

FE I TAS : MAX = < Xmáx - Xm ) / Xm

100

I ND I CA A M I N I MA D I FERENÇA

PERCENTUA L , OBT I DA NAS LE I TURAS

DA GRANDEZA EM QUEST�O , EM

REL AÇ�O A MÉD I A DAS LE I TURAS

FE I TAS : M I N = ( Xmin - Xm ) / Xm

100

DESV I O P ADR�O DAS MED I DAS/ Xm

100

OBSERVAÇAO : Nas def i niçdes acima Xm= v a l or médio das

leituras ; X máx e X min = va l ores máximo e m í nimo

respectivamente .

Page 91: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

7 1 .

Tabela 5 : Valores má ximos e minimos das diferenças, em

relaç�o à média , d a s med i das reali z adas nos

rotores ensaiados e o " desvio padr�o" de·ssas

medida s.

, ________ , _________________ . _________________ , _________________ , __________________ , _________________ ,1 - ------- 1 - - - -- - - - - - - - - - - - - , - - -- - - - - - - - - - -- - - 1 -- - - - -- - - -------- , ------------------ , ----------------- 1

D1 D2 b2 e2 beta2

l'IODELO 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 12 13 14 15 16 MAX MIN DES MAX MIN DES MAX MIN DES MAX MIN DES MAX MIN DES

(¼ ) (¼ ) (Xi (% ) (¼ ) (¼ ) (¼ l (¼ ) (¼) (¼) (¼) (¼i (¼) (¼) (¼) , ________ , _________________ , _________________ , _________________ , __________________ . _________________ ,1 -- -- ---- , - - - - - - ----------- , - - - - - - - - - - - - - - - - - , - - - - - - - - --------- 1 ------------------ , ----------------- 1

ETA 32-12 0 .20 -0. 10 0 . 14 0 .06 -0. 10 0 .07 3.1 1 -1 .75 1 .67 2.30 -2. 64 2.06 9 .94 -5 . 15 4.51

ETA 50-20 0 . 15 -0. 15 0 . 12 0.03 -0.01 0 .02 2 . 69 -1 .49 1 .57 16.07 -8.93 8.38 9 . 19 -8.27 5 . 65

ETA 65-26 0 . 1 1 -0. 16 0 . 1 1 o.os -0.06 0.06 6.67 -3.64 3.48 6.88 -5 .80 4.96 3.21 -2.96 2 . lJ

ETA 80-16 0 .02 -0.03 0.02 0.01 -0.02 0 .01 0 . 60 -0.40 0.43 2.90 -4. 35 2.43 6 .73 -7 .30 4.21

ETA 125-26 0 . 13 -0. 17 0 . 12 0 .07 -0.03 0 .05 0 . 44 -0.66 0.37 5.26 -9. 77 5 .91 3 .41 -3. 70 2 .70

ANS 40-200 0 .03 -0.04 0 .03 º·ºº º·ºº 0.00 1 . 40 -0.84 0 .84 9 .5 1 -9.22 6.04 6.64 -7. 13 4.48

ANS 50-200 0 . 16 -0 . 10 0 . 1 1 0 .01 -0.01 0.01 0 . 42 -0.42 0.27 9 . 15 -13. 15 7 .55 8 .78 -7 . 15 5 .67

ANS 65-160 0 . 16 -0. 16 0 . 13 º·ºº º·ºº 0.00 0 .92 -0.53 0.49 4. 69 -7 .81 4.03 4 .03 -4. 40 2.51

ANS 80-250 0 .04 -0.04 0.03 0.01 -0. 01 0 .01 0 .74 -0 .25 0.38 8. 1 1 -6 .76 5 . 99 8.53 -4. 03 4 .81

l -------- ' -- - -- ---------- - - l - - - - - - - - - - - - - - - -- 1 - - -- - - -- - - -- ----- 1 ----------------- - 1 - - - - - - - ---------- l , -- - ----- . - -- - - - - - - - - - - - - - - , - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - - - - -- - - - - ----- 1 ------------------ , ----------------- 1

Page 92: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Na Tabela I C) s�o mostrados os

72 .

valores

caracteristicos das bombas estudadas, no ponto de

rend i mento ótimo, obtidos dos catálogos do fabricante

(KSB > . Os catálogos utili za dos foram os fornecidos pela

KSB para a s bombas centrifugas horizonta i s tipo ETA ( ref .

1150.0B ) e t i po ANS ( ref . 2740.08/8 ) A·s colunas

constantes desta tabela est�o identi f i cada s

descr i ç�o abaixo:

col una t i tulo identificaç1?o

1 MODELO I ND I CA O MODELO DA BOMBA

2 d i àmetro rotor I ND I CA A CURVA CARACTERI ST I CA

3

4

e:: ·-·'

6

8

rend.

Hm

[J

N

nq

Pot.

DA BOMBA, APRESENTADA NO

CATA LOGO, DE ONDE FORAM OBT I DOS

OS DADOS SEGU I NTES

REND I MENTO GLOBAL DA BOMBA

A L TURA MONOM� TR I CA

VAZ�O

ROTAÇAO DO ROTOR

NUMERO DE BRAUER (ver pág. 14 )

POT ENC I A CONSUM I DA PELA BOMBA

Na Tabela 7 s�o apresentados os resul t ados

dos cá 1 cu los; e 1 a borado'::::- com o programa. "BOMBAS" e SUE;

comparaç� □ com os v alores obtidos dos catá logos do

f abr i cante d as bombas estudada s , constantes da Tabela 6.

Page 93: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

7-�· ...., .

Tabela 6 : Va l ores característicos das bombas , no ponto de

funcionamento ótimo (melhor rendimento global) ,

obtidos das curvas apresentadas nos catálogos

do fabricante.

===========================-===============================================

1 2 3 4 5 6 7 8 diametro rend . Hm Q N nq Pot .

MODELO rotor (IDl!l) (¼ ) (mca ) (m3/h ) (rpml (CVl

===========================================================================

ETA 32-12 124 58.0 5 . 5 5 .8 1700 19.0 0 .20 ETA 32-12 124 58.0 22. 5 12.6 3500 20 .0 1 .81

ETA 50-20 205 70 .0 b .8 "17 e J.TJ.,,) 1080 20. 7 0.85

ETA 50-20 205 71.0 lb.2 37.0 1b80 21 . 1 3 . 13 ETA 50-2(> 205 72.0 73.0 7b.O 3500 20.4 28.54

ETA b5-2b 214 71 .0 7 .6 25 .5 1080 19.9 1 .01 ETA 65-26 214 72. 0 18.5 43.5 1710 21 . 1 4. 14

ETA 80-16 1b0 81.0 3 . 9 48.0 1080 44 .9 0.86 ETA 80-16 160 81.0 9 . 4 72.0 1680 44.3 3.09 ETA 80-lb lbO 82.0 40.5 15b.O 3500 45 . 4 28.54

ETA 125-26 2b0 81 .5 12 . 5 170.0 1 12(1 36.6 9 .b6ETA 125-26 260 82.0 31 . 0 255 .0 1740 35 ? - � 35 .70

ANS 40-200 192 53. 0 lb.O 23.5 1750 17 .7 2.b3 ANS 40-200 192 61 .8 63.0 47 .0 3500 17 .9 17.75

ANS 50-2(tt) 219 b9 .5 21.0 47.5 1750 20.5 5.32 ANS 50-2Cl(l 219 74 .5 84 . 0 92.0 3500 20 .2 38.42

ANS b5-1b0 172 81 .0 12 . 6 72.0 1750 37.ú 4 . 15 ANS 65-160 17'::' 82.0 50 . 0 146.0 3500 37 .5 32.97

ANS 80-250 266 71 .5 29 . 5 l lb.O 1750 24 .8 17.73 ANS 80-250 2b6 77 .5 1 18 . 0 234.0 3500 24.9 131 .96

------------------------------------ ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Page 94: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

74.

As c o l unas consta ntes da Tab e l a 7

est�o i dent i f i c a d a s c o n f o rme desc r i ç�o a ba i xo :

coluna

1

.-,

3

4

5

6

7

8

9

1 0

U.

titulo

MODELO

Hm '

d e l t a Hm

de l t a Q

rend.

d e l t a r

nq

de l t a nq

P o t . ..

d e l t a. P o t

identificaç:�o

I ND I CA O MODELO DA BOMBA

A L TURA MANOM�TR I CA CALCU LADA

D I FERENÇA PERCENTUAL ENTRE OS

VALORES Hm ' ( CALCULADO ) E Hm

( CATALOGO ) = ( Hm ' -Hm ) /Hm . 1 00

D I FERENÇA PERCENTUAL ENTRE OS

VALORES Q ' ( CALCU L ADO > E Q

( CATALOGO > = (Q ' - Q ) / Q 1 00

RENDI MENTO GLOBAL CALCULADO

D I FERENÇA PERCENTUAL ENTRE OS

VAL ORES rend . .. < CA L CU L ADO > E

rend . ( CATALOGO ) DADA P OR

( rend . · -- rend . ) / re nd . . 1 00

NUMERO DE BRAUER CALCULADO

D I FERENÇA PERCENTUAL ENTRE OS

VALORES nq < CALCU L ADO > E nq

( CATALOGO ) = ( nq ' - nq ) / nq . 1 00

P OTENC I A REQUER I DA NO EI XO DA

BOMBA CALCULADA

D I FERENÇA PERCENTUAL ENTRE OS

ViC-) L ORES P o t . ' ( CALCU LADO ) E

Page 95: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Tabela 7

7:', .

\--' a l ore·::, c alculadoS:. com o prograrna "BOMBAS" e a

sua comparaç�o com os apresentados na Tabela

6.

========================================-===========================================================--

1 '1 .., 4 5 6 7 8 9 10 1 1 .. .J

Hm ' delta Hm Q ' delta Q rend . delta r nq ' delta nq Pot . ' delta Pot MODELO

(mca ) (¼) (m3/h l (¼ ) (¼ ) (¼) (¼ ) (CV l (¼) ===================================================================================--======-----------

ETA 32-12 6.41 16.5 6 .45 1 1 .2 64 10.3 17.9 -5 ,8 0.24 17.8 ETA 32-12 27 . 19 20 .8 13.28 5 . 4 64 10.3 17.9 -10 .7 2.08 14.9

ETA 50-20 7 . 05 3 .7 19.3i -17 .8 64 -8.6 18.3 -1 1 .7 0.79 -6.6ETA 50-20 17 .06 5 . 3 30.03 -18.8 64 -9 .9 18.3 -13.2 2.97 -5. 0ETA 50-20 74.04 1 . 4 62. 57 -17 . 7 64 -1 1 . 1 18.3 -10 . 1 26. 85 -5.9

ETA 65-26 7 . 79 2.5 20 .43 -19. 9 62 -12.7 17.4 -12.4 0 .95 -6.0ETA 65-26 19.54 5 . 6 32.35 -25 .6 62 -13.9 17.4 -17.4 3.78 -8.7

ETA 80-16 4 .23 8 .5 53.39 1 1 .2 91 12.3 44.6 -0.7 0 .92 7.5ETA 80-16 10.24 8 . 9 83.06 15 .4 91 12 .3 44.6 O.B 3.48 12.5ETA 80-16 44. 46 9 .8 173 .04 10.9 91 1 1 .0 44.6 -1 .7 31 .45 10.2

ETA 125-26 13.09 4 . 7 146 .03 -14 . 1 80 -1.8 32.8 -10.4 8.84 -8.5ETA 125-26 31 . 59 1 . 9 226.87 - 1 1 . 0 80 -2 . 4 32.8 -6.9 33. 14 "T ,.,-, . ..

ANS 40-200 15 .46 -3 .4 29 ,'1 . .., .. 24 .8 67 26.4 20.3 14.9 2.49 -5 .2ANS 40-200 61 .86 - 1 . 8 58.64 24.8 67 8.4 20.3 13.5 19.94 12.4

ANS 50-200 20.27 -3 .5 53. 02 1 1 . 6 70 0 .7 22.2 8.3 5 ,68 6.9 ANS 50-200 81 .07 -3 .5 106 . 05 15.3 70 -6.0 ,,,, ,.,� ... t.. 10 . 1 45.47 18.4

ANS 65-160 13 .01 7 7 77 .55 7 .7 86 6 .2 37 .5 1 . 3 4.33 4.4 U . \J

ANS 65-160 52.05 4 . 1 155 . 1 1 6.2 86 4.9 37.5 o .o 34.68 5.2

ANS 80-250 30.37 2 .9 157 .33 35. 6 77 7.7 28.3 14.0 22.85 28.9 ANS 80-250 121 .49 3 .0 314.67 34 .5 77 -0.6 28.3 13.5 182.77 38.5

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Page 96: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

P ot . ( CATALOGO ) DADA POR.

(P ot. ' -Pot. ) / Pot. . 100

76.

Na F i gura 19 mostra-se um exemplo da tela

final apresentada pelo programa. "BOMBAS" , no caso , quando

dos cá l cu l os para o rotor da b omba ETA 80- 1 6 para 3500

rpm, bem como, as curvas caracteristicas apresentadas no

catál ogo do fabricante .

Page 97: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

F i gura

DADOS DE ENTRADA DO ROTOR DA BOMBA

Diametro entrada : D 1 ( mm > = 1 0 1 . 38 Diametro sa ida : D2 < mm > = 1 59 . 98 La rgura do rotor na sa i d a b2 < mm> = 25 . 15 Espessura da pa : e2 ( mm ) = 3 . 45 Angulo de sa i d a BETA2 ( g raus > = 28 . 37 Numero de pas do rotor Z = 7 Ve l oc i dade de rotacao N ( rpm ) = 3500

CONF I RMA TODOS OS DADOS DE ENTRADA (S/N l ? = = = > s

RESULTADOS OBT I DOS :

A l tura Ma nome t r i ca : Hm 44 . 46 m . c . a . Vazao de rec a l que : Q = 0 . 04807 m3/s ( ou 1 73 . 04 m3/h ) Rend i mento da bomba : r 9 1 ¼ Numero de Brauer : nq = 44 . 6 rpm Potenc ia no e i xo da bomba : N = 3 1 . 45 c . v .

DESEJA REAL I ZAR NOVOS CALCULOS (S/N l ? = = = > s

1 9

1 ETA 1 80-16

IO : 7 l 7 l WJ 1 so L...n �. : 1 1 7 :': !

40 H

----..J ... ,

. "' ,o

20

.... , - � . ;.

'- ...: , : : 1 1

'-'--'-'-'--'-��-

' ' '

i

· i H- + i

' : ' ' 1 1 1 1 i

l T+l TTl 1 1 1 I 1 1

10 20. l

1 1 1 1 1 1

30Q rn1/n40 50 110

l ! 1 , ... .

,_ �.

!

1

,_

80 100

1,.

� 1 1

: Bomba ETA 80-16 (3500

1 3500 l rpm

z4 111 ,1, 11 1o l t 1 ii11 il a; .. ,.'..iJ!z ,t, i ��

"' ' �1 1+•1.1'1. �

r\. i _J 1 1, l, 1\ '

"' I � '

ISO 200 300

rp m ) T"esultados

"BOHBAS" e catálogo do fabr i cante.

77 .

de

Page 98: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

78.

5. DISCUSSAO DOS RESULTADOS

A discuss�o dos resultados obtidos com o

programa "BOMBAS�' será div i di da em t ré=-, partes , com o

intuito de a j udar na análise da sua aplicabilidade e sobre

a consecuçào dos ob j etivos deste trabalho.

Na prime i ra parte ser:!!□ feitas

consideraç�es sobre a base de comparaçli!o utilizada , ou

seja, os catálogos do fabricante. A fase seguinte abordará

qLtestbes ligadas à observá ncia do comportamento dos

resultados de "BOMBAS" e dos valores dos catálogos com

relaç�o aos principias básicos do funcionamento das bombas

centr i fugas , destacadamente quanto " semelhança das

máquinas hidráulicas ' ' . Final i zando , a terceira parte desta

discuss�o abordará os aspectos inerentes .. e.-\ própria

metodologia de cálculos adotada , através da análise das

variaçbes nas medidas dos paràmetros utiliz ados e sua

influência nos resultados f inais.

5 . 1 . Catá logos de curvas caracter i st i cas

Page 99: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

79.

A simples observaç�o da Tabela 7, mostrada

no Capitulo anterior, pode dar· a idéia de que os

resultados obtidos com "BOMBAS" sgro satisfatório ·:;; quanto à

altura manométrica e duvidosos quanto �- vaz�o.

Entretanto, deve-se fazer uma análise mais detalhada da

base de comparaç�o utilizada, que• s�o os resultados

obtidos dos catálogos fornecidos pelo fabricante das

bombas estudadas.

Uma consideraç�o importante está baseada no

fa tei dE· que .3. ·3 c 1-1. r v a s. c .s. r2. e t er i '=·ti c a = co nsta ntes no·s

referidos catálogos s�o, na verdade, construidas com base

na média dos resultados de i números ensaios realizados em

bombas semelhantes aos modelos lá citados. Tais bombas

apresentam-se com construç�o esmerada, e com menos

imperfeiçôes de construç�o.

Na realidade, sabe-se que, por· mais

cuidados que se tome, nem todas as bombas fabricadas

possuem as mesmas caracteristicas de construç�o. Com

efeito, a l terações nas dimensões, formas e

principalmente dos rotores, s�o bastante

rugosidades,

f reqi:1entes,

basicamente durante a fase de fundiç�o das peças.

Tal situaç�o é bastante lembrada por todos

os autores consultados, que admitem ser resultados

obtidos com os catálogos, indicativos daquele que se

espera obter na prática ; sendo que, o resultado definitivo

do comportamento da bomba que se quer Llt i 1 i za r· , somente

Page 100: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

80.

poderá ser obtido através da realizaçào de ensaios em

laboratório para a determinaçf'to da sua. curva

caracter i stica .

Nas Figuras 20, 21 e 22 pode-se observa r os

resultados de ensaios realizados, pelo próprio fabricante,

em bombas ANS , executados s egundo

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT .

norma d •-. e.

Pode-se observar, nas figuras

Assoe i-3. çã:o

citadas,

diversas formas de comportamento das curvas reais,

discordando das teóricas . Tomando como exemol□ 2 MEGA C ANS >

50-160 ( Figura 20 ) , o va lo r do rendimento ótimo é

práticamente o mesmo nas duas curvas, porém defasados em

relaç�o à vaza□, ocasionando diferenças para a vaz�o da

ordem de 23¼ e para a altura manamétrica da ordem de 15¼,

no ponto de melhor rendimento.

Sabe-se, entretanto, que mLl i ta S das

variaçbes apontadas nos testes podem ser corrigidas pelo

fabricante, através de a justes, principalmente nos

rotores, e que a grande maioria das bombas apresenta estas

variaçbes dentro de limites considerados aceitá veis. A

Tabela 8, extraida de MATTOS & FALC0(1989) apresenta a s

variaçbes aceitáveis entre o s resultados de testes e os

contidos nos catálogos, pa ra bombas centrifugas utilizadas

em refinarias de petróleo.

Um outro a specto a considera r nesta s

discussbes, refere-se às imprecisbes que podem ocorrer,

Page 101: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

o < (/) U) w a: .a.,

ii -o 1-z 11.1:e H .o "Z •. 11.J .a:

18

1 4

- 10

6

80

60

40

6J KSB

M00. 03.058

o

• • -•� . • • - •o U • • • • • • -

-=-� : ; : . . ; : : · •

20 · 40 60

20 40 60

Rotor Ili nm ---· W•imo Dn. U.m. Torneado

MinimD clil'ODIT0RIA La19ur1

80 1 00 120 Q lm�3/hl

80 100 120 Q [m�3/h)

THEGA 60-160 OP 00001 4

o,,,..

1750 N9 "'ºA'fl'O00l 4 n • rpm

f f f

l

\1 i 1

1 t 1

1

1

8 1 .

Figura 20 : Resultados de ensa i o em bomba KSB-ANS 5 0- 1 60 .

Page 102: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

1 - · 60

� -- 52

o

- 44

-

36

80

60

� 40

z

z

o

-::, � 40

< H uz

o

� 20 o

6J

o

Mhil'TlO

lorne1do

. . ' - · · . .. !---···-•··

·l . ! . ... - . ... -·· -----�----------- ··------· :. ------ _____ _: ___ . -- -

..... · .. . . · . . - .· --··-· · _ _ _ . _ _ _ . . . . :!- .; .. . . ��-� -�--� - - - · .

: . -

40

-40

rho =

40

80 120

-·· ·✓

--

--

80 12+1

80 120

160

200

1 60

r1:11E-'º

a E.

'oi

i!

o

OP 000008

º""

KSB f--M_,_n,_mº--+

----' c•i-uo1 T ORI A 3500 ,p,n NO P,o�eJ(9Q008 Llrgura

Mnn n1n�

8--::• - .

F i gura 2 1 : Resultados de ensa i o em bomba KSB-ANS 65 -160.

Page 103: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

· · · · · - ·SE· ·· · ·: · · · . • . . , · · · · ·-·; ·:·,· •-: ·· . · · · à . .._"'-��..:::ia.o

. - : --�-�������=----�-... :.-::.:.,._[. ·:- ::.�-=--, �--�:��t����-���.:�=-30 v--=...-----'--�·: ______ .;__· �- -�"-'P :) !

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E o 1-z�HC; z u: a:

25

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1

1 o 1

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4r. -.

· -- - · . . ·· · . · .··:---· · ·· · · 1 · - -----

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40 80 l 20 l 60 200

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6) Rotor Q) mm Dei. Mod

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1ornudo ; 4 :

KSB M,n,mo

c•'Â��: : -:-o�.:r. n • rpm Ll,vu�,

MOO. 03.068

OP

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e: : :-:., - . .. ... . ... -� . .. -

N9 Pro»mlo . - - .. ,. r_ ., _ .., "-' ... it

8-::-..., .

F i gura 22 Resu l tados de ensaio em bomba KSB-ANS 65-125 .

Page 104: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

84 .

tanto na contecçà□ como reproduç�o grá fica das curvas

caracter i sticas dos catá l ogos , bem como, na rea l izaçro das

l eituras diretas dos gráficos, ta l como toram rea l izadas.

Estas condiçbes certamente podem proporcionar erros nos

va l ores mostrados na Tabe l a 6 .

Deste=� forma, verifica-se que a comparaç�o

entre os resu l tados de "BOMBAS" e os obtidos dos catà l ogos

deve ser vista, n�o como def initiva , sobre a adequaç�o da

rotina de cá l cu l os proposta na obtenç�o dos resu ltados

esperado·:::., mas sim . como uma verificacào da tendência de

aproximaçào aos resu l tados corretos.

Tabela 8 : Variaçbes aceitáveis em re l aç�o aos catá l ogos .

VAR I AVEL

carga de O a 500 ft

carga de 500 a 1 000 tt

carga acima de 1000 ft

potência

P ONTO GARANT I DO

+5¼

.,..... .. / - ..::. 1+

+3¼

-2¼

VAZA□ NULA*

+10¼-10¼

+8/4-8¼

+5%-5��

- - - - - - = - = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

* O s p e rc e n t u a i s ne g a t i v o s s ô s�o a c e i t á v e i s se a c u r v a H

x O re su l t a n t e d o t e s t e for e s t � v e l .

Page 105: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

85.

5 . 2 . Comp ortamento de "BOMBAS" em re l aç:�o à Teoria da

Seme lhança Hidrod i nâmica das bombas

Sabe-se que as equaçbes da Teoria da

Semelhança Hidrodinámica poderào ser aplicadas a duas ou

mais máquinas hidráulicas desde que três condiçbes,

necessárias e suficientes, sejam satisfeitas :

semel hança g eométrica entre os rotores :

re l acbes entre d i mensbes

constantes ;

semelhança cinemática:

1 i nea re:=; devem

OS:, diagramas

as

ser·

das

velocidades devem ser semelhantes

geométricamente ;

seme l hança dinàmica: as rel açbes entre forças de

inércia e viscosas devem ser respectivamente

constantes.

Assim, no caso de uma mesma. bomba,

funcionando com diferentes rotaçbes, pode-se afirmar que

as condiçbes da semelhança sào obedecidas e, entf:ro, sf:ro

válidas suas equaçbes , que estào abaixo mos tradas:

Gl2 í Q 1 = N2 I N 1 [20 ]

H2 / H 1 -· N2/N 1r-,

) L [ 2 1 ]

P :;;;J P 1 == N2/N 1 ) 3 [22 ]

Page 106: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

onde : 1 e 2: í ndices que representam duas

semel hantes: bomba 1 e bomba 2 ;

Q vaz�o ;

H al tura monométrica ;

P potência requerida no eixo da bomba ;

N número de rotaçbes do rotor.

86 .

bombas

� fácil de se concl uir que, neste caso , os

rendimentos g l oba i s das d ua s bombas s�o idént i cos ,

bastando observar que se dividirmos as expressbes do

rendimento da s duas bombas, dada genericamente pela

equaç:i!ro [ 23 ] , e substituirmos os valores das rel açbes

dadas nas equaçbes [ 20 ] , [ 2 1 J e [ 22 ] ,

resultado a unidade: fYl. 1 / /Yl.2 = 1 .

(1_ = f . Q . H / P

obteremos como

[ 23 ]

Por outro lado, MAC I NTYRE ( 1 9 8ú ) lembra

que , somente para determinados val ores da press�o e da

velocidade , se consegue reduzir suficientemente a s perdas

de energia por atrito, por irregularidades no escoamento e

por· fugas na bomba , obtendo-se o rendimento ( M_ ótimo.

Assim, afirma que , mod i ficando-se o número de rotaçbes

para um va. l □ r' ( N :.: ) diferente daquel e para a qua l a. b omba

foi projetada ( N ) ' e, T'endimento dinimui rá 11

") ..... , . Desta

forma propbe a seguinte rel a ç�o :

F) , , / F-' =,., l\� :-: / N ) 3 [ 24 ]

Page 107: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

87.

MAC I NTYRE(1980 ) apresenta. , ainda, uma

express�o empirica para cálculo do rendimento de uma bomba

projetada. para funcionar com rota ç:�o qLte irá

funcionar· com rotaç�o "N:-: 1 1 :

ri.,:< = 1 - (1 - M. ) . (N /N :- :) O, 1 [ 25 ]

Outro aspecto abordado por MACINTYRE (1980)

refere-se às diferenças de dimensbes entre bombas seme-

lhantes. Assim, afirma que teoricamente , bombas geome-

tricamente semelhantes deveriam ter suas curvas seme-

lhante;:; . Entretanto , em uma s é r i e de bombas seme l hantes ,

as de menores dimensbes têm rendimento mais baixo,

a influência da espessura das pás , das folgas, da

porque

rugosi-

dade relativa, as imperfeiçbes e os efeitos da viscosidade

s�o mais significativos nessas bombas do que nas maiores.

Da mesma forma como procedido no caso do

T'endimento, se e fetuarmos a divis�o das expressbes do

Número de Brauer ( nq ) de duas bombas semelhantes e

empregando-se as re l açbes dadas pelas equaçbes [ 20 ] , [ 2 1 ]

e [ 22 J, obteremos como result ado a unidade. Isto demonstra

que as bombas semelhantes entre si possuem o mesmo Número

de Brauer, ou seja, a mesma rotaç�o especifica.

Tendo em vista checar as considerações

a. cima , tanto para o programa "BOMBAS" quanto para os

resu l tados obtidos dos catálogos foram e l aboradas as

Tabe l as 9 e 10, respectivamente. Assim, para cada modelo

d e b omba estudado , partindo-se dos resultados obtidos (Q,

Page 108: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

88.

Hm e nq ) para a menor rotaç�o analisada , e com o emprego

das equaçbes da teoria da semelhança , foram obtidos os

valores ( Q ' Hm e nq) esperados para as demais rotaçbes

estudadas ; que slo comparados com os obtidos do programa e

dos catálogos .

As co l unas constantes das Tabe las 9 e 10

est�o identificadas conforme descriç�o abaixo:

co l una

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 0

11

titul o

MODELO

N

Hm

Q

nq

Hm '

dif Hm

Q '

dif Q

nq ,

d i f nq

identificaç�o

INDICA O MODELO DA BOMBA

ROTA�O DA BOMBA

A LTURA MANOMÉTRICA

VA Z A□

N�MERO DE BRAUER

A LTURA MANOMÉTR. DA SEMELHANÇA

< Hm ' - Hm ) /Hm ' .100

VA Z�O DA SEMELHANÇA

( Q ' - Q ) /Q ' .100

N�MERO DE BRAUER DA SEMELHANÇA

( nq · -- nq ) / nq ' . 100

Analisando os resultados obtidos na Tabela

9, verifica-se que no programa 11BOMBAS" houve uma quase

que tota l concord�ncia entre os resultados obtidos por ele

e os da teoria da semel hança das máquina hidráulicas,

demonstrando que a metodologia de cálculos empregada

Page 109: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

89.

Tabela 9 : Compa raç:�o entr·e 0 -5 resu l ta dos dE• "BOMBAS" e os

da Teoria da Semelhança de máquinas hidriulicas.

===================== · ===============================================================

"BOMBAS" SEl1ELHANCA •"\ 3 4 5 6 7 B 9 10 1 1 ..:.

MODELO N Hm Q nq Hm Dif Hm Q Dif Q nq Dif nq (rpml (mca l (m3/h l (mca l (¼) <m3/h l (¼ ) (¼)

========================================= ============================================

ETA 32-12 1700 6.41 6.45 17 .9 ETA 32-12 3500 27. 19 13.28 17.9 27.2 -0.07 13.3 -o.oo 17.9 0 .05

ETA 50-20 1080 7 .05 19.31 18.3 ETA 50-20 1680 17.06 30.03 18 .3 17 . 1 -0.0ú 30 .0 0.03 18 .3 0.02 ETA 50-20 3500 74.04 62. 57 18.3 74.0 0.00 62.6 0 .01 18.3 0 .01

ETA 65-26 1080 7 .79 20.43 17.4 ETA 65-26 1710 19.54 32. 35 17 .4 19 .5 -0.06 32.3 -0.01 17.4 0 .04

ETA 80-16 1080 4 .23 53.39 44.6 ETA 80-16 1680 10 .24 83. 06 44.6 10 .2 -0.04 83. 1 -0.01 44.6 0 .03 ETA 80-16 3500 44.46 173 .04 44 .6 44 .4 -0.08 173 .0 -0.01 44.6 0 .05

ETA 125-2 1 120 13 .09 146.03 32. 8ETA 125-2 1740 31 .59 226.87 32.8 31 .6 0.01 226.9 -o.oo 32.8 -0 .01

ANS 40-20 1750 15 .46 29.32 20.3 ANS 40-20 3500 61 .86 58.64 20.3 6 1 . 8 -0.03 58.6 0.00 20 .3 0 .02

ANS 50-20 1750 20 .27 53 . 02 22.2 ANS 50-20 3500 8 1 . 07 106.05 22.2 8 1 . 1 0 .01 106 .0 -0 .01 t"\l'j ? Ja,i. . .... -0.01

ANS 65-16 1750 13.01 77.55 37 .5 ANS 65-16 3500 52.05 155 . 1 1 37.�1 52 .0 -0.02 155 . 1 -0.01 37 . 5 0.01

ANS 80-25 1750 30.37 157 .33 28.3 ANS 80-25 3500 121 .49 314.67 28.3 121 . 5 -0 .01 314.7 -0.00 28.3 0 .00

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Page 110: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

90 .

conduz a resul tados teoricamente corretos. Cabe l embrar·

que nos cál cul os propostos existe processo iterativo para

a obtençlo da vaz�o ( Q ) e do Número de Brauer ( nq) ' bem

c omo , n�o se util iza as equaçbes da teoria da semel hança.

Na Tabel a 10, apesar de em al guns casos as

d i f erenças de resul tados c hegarem a mais de C:: + l�' i+

admitir haver concordáncia entre a teoria e a

pode-se

prática,

podendo-se a tribu i r estas dif erenças a imprecisdes de

l eituras,. nos gráficos apresentados nos catá l ogos. Tais

c onsideraçbes reforçam as a firma ç:bes feitas no f inal do

i tem C:: r ... .. , . .:. . deste trabal ho, ref erentes à c omparaç�o dos

resul tados de "BOMBAS-'' e dos catá 1 ogos.

Quanto ao rendimento das bombas, o

de c ál cul os proposto apresenta o mesmo val or para

roteiro

bombas

de mesmo " nq " . Tal f ato se ajusta à. Teoria da Semel hança ,

entretanto, n�o c oncorda com as afirmaç:bes de

MAC I NT YRE(1980 ) anteriormente citadas, nem tio pouco, com

os resul tados obtidos pel os catál ogos dos fabricantes ;

sendo que, destes úl timos, verifica-se uma tendénc:ia de

aumento do rendimento das bombas, de mesmo " nq " , quando há

aumento do número de rotaç:bes por minuto. Tal fato, al iado

às afirmaç:bes de MAC I NTYRE(1980 ) , ver equaç:bes [ 24 ] e

[ 2�, J ' induz a acreditar· que a·s bombas centr i fugas,

apresentadas nos catál ogos citados , s�o projetadas para

3�1 00 rpm . Desta forma, para adequaç�o da rotina de

Page 111: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Tabe l a 1 0 . .

91 .

Comparaç�o entre os resultados obtidos dos

catálogos do fabricante e os da Teoria da

Semelhança de máquinas hidráulicas.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CATALOGOS SEMELHANCA

2 7 4 5 6 7 8 9 10 1 1 ,)

MODELO N Hm Q nq Hm Dif Hm Q Dif Q nq Dif nq ( rpm l (mca l Cm3/hl Cmca l (¼) Cm3/h l (¼) (¼)

-----------------------------------------------------------------------------------------ETA 32-12 1700 5 , :1 5.8 19 .0 ETA 32-12 3500 22.5 12.6 20 .0 . .,,. ,."-"' • -.J 3.49 1 1 .9 -5 .52 19.0 -5.49

ETA 50-20 1080 6 . 8 23. 5 20.7ETA 50-20 1680 16 .2 37 .0 21 . 1 16.5 1 . 55 36 .6 - 1 .22 20 .7 -1.79 ETA 50-20 3500 73 .0 76.0 20. 4 7 1 . 4 -2.22 76.2 0.21 20 .7 1 . 73

ETA 65-26 1080 7.6 25 .5 19.9 ETA 65-26 1710 18.5 43.5 21 . 1 19 . 1 2 .90 40.4 -7.74 19.9 -6. 12

ETA 80-16 1080 3 .9 48 .0 44 .9 ETA 80-16 1680 9 .4 72.0 44.3 9.4 0 .39 74.7 3.57 44 .9 1 .51 ETA 80-16 3500 40 .5 156.0 45 .4 4 1 . 0 1 . 12 155 .6 -0 .29 44.9 -0.99

ETA 125-26 1120 12.5 170 .0 36.6 ETA 125-26 1740 3 1 .0 255 .0 35 .2 30 .2 -2.75 264 .1 3 .45 36 .6 3 .72

ANS 40-200 1750 16.0 23.5 17.7 ANS 40-200 3500 63.0 47. 0 17.9 64. 0 1 .56 47.0 0.00 17 .7 -1 . 19

ANS 50-200 1750 21 .0 47.5 20.5 ANS 50-200 3500 84.ü 92 .0 20 ? - � 84.0 0 . 00 95 .0 3 . 16 20.5 1 ,59

ANS 65-160 1750 12.6 72 .0 37 .0 ANS 65-160 3500 50 .0 146 .0 37 .5 50.4 0.79 1 44.0 -1 . 39 37.0 -1 .30

ANS 80-250 1750 29 .5 1 16 .0 24 .8 ANS 80-250 3500 1 18 .0 234 .0 24. 9 1 18.0 º·ºº 232.0 -0. 86 24 .8 -0.43

==-======================================================================================

Page 112: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

9r·, .:. .

cálculos proposta , verifica -se haver necessidade de se

desenvolver maiores pesquisas sobre este tema ; sendo uma

das p ossibilidades a utilizaç�o das equaçbes [ 2 4 ] e [25] ,

propostas por MACINTYRE(1 980 ) .

5 . 3 . I nfluência da variaç�o dos parâmet ros de cálculo

utilizados em "BOMBAS"

A observaç�o da Tabela mostrada no

Capitulo 4, p ossibilita uma melhor discuss�o e avaliaç�o

dos resultados mostrados na Tabela 7.

Tabela

Para auxiliar na análise , apresenta-se na

1 1 um resumo das variaçbes médias dos partmetros

medidos (D1, D2, b2 , e2 e beta2 ) .

Tabela 1 1 Variaçbes médias das medidas feitas nos

rotores das bombas estudadas.

= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = - -·

Parâmet ro medido

diâmetro e;{ ter·no D2

dia.metro interno D1

largura b2

espessura da p 8. e2

à.ngulo de ·::;;a ida - beta2

¼ de variaç�o média

+0 , 03

+0 , 1 1

+1 , 89

+7 , 21

+ó , 72

-0, 03

-o , 1 1

-1 , 1 1

- 7 , 6()

e: e: -; - .... 1 ' ·-·' ....

Page 113: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

93 .

Verifica -se da Tabe l a 1 1 que as maiores

variaçbes nas medidas feitas ocorrem para os parametros

espessura das pés (e2 ) e a ngu l o de saída ( beta 2), com a

l argura do rotor ( b2 ) possuindo variaçà:o intermediária.

Uma primeira raz�o para o a cima exposto

pode esta r fundamentada na precisào do equipamento de

mediç�o util izado ( paquímetro) . Assim, sendo a menor

divis�o da esca l a de 0,05 mm , verifica -se que os erros de

l eitura ser�o crescentes das medidas do diêmetro e:-:terno

( " D2 " va riou de 1 24 . 77 mm a 265 . 88 mm erro méd i e:, d 1:,?

0, 0 1 3¼ ) até a medida da espessura das pás

2, 80 mm a 4 , 26 mm : erro médio de 0, 7 1 ¼) .

' ' e2 '' v a r i □Ll d e

Outra fonte de erros de l eitura, que pode

ser considerada, é a dificu l dade crescente de rea l izaç�o

das medidas, do parâmetro " D2 " até o " beta2" . Assim,

cita-se a metodo l ogia de medida do ângu l o de saída da pá

( beta 2 ) , onde o a J uste das tangentes foi rea lizado

visua l mente, com a pá situada no interior do rotor.

Finalmente, lembra -se que outra fonte de

variaçbes nas medidas dos parâmetros pesquisados, é aquela

devida às imperteiçbes na f undiçlo dos rotores. Com

efeito, a s grandezas interna s dos rotores (b2, e2 e beta2)

s�o as mais suscetíveis a defeitos de fundiçto.

Ana l izando, a gora, as equaçbes uti l izadas

em "BOMBAS" para cl deter-mi naçà:o da va zà:o ( Q ) e da a 1 tura

manométrica (Hm > verifica -se que:

Page 114: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

94.

a ) - Para. a. determinaç�o da altura manométrica sír!o

utili zados os pa rámetros "D2 " e " beta2 " (ver

equaçbes [ 1 ] e [ 1 9 ] e a Tabela 3 ) , sendo que a

ma i ar ·

elevado

influênci a é devida -=• " D2 " que aparece

ao quadrado , enqu.3.nto " beta2 " aparece

com e xpoentes menores que 1 < O , 4 �• e O , 23) •

Desta forma, espera-se que ocorram pequenos

erros na sua determinaçír!o.

b ) - P ara a determinaç �o da vaz�o , entretanto, h á a

i nterter�énc ia de todos os p aràmetros medidos ,

desde 1 1 D2 1 1 até " beta2 " . Para tanto , basta

observar as equaçbes [ 8 J , [ 9 ] e [ 1 0 ] e a Tabela

É interessante notar , também, que na

determinaç:�o da vaz�o usa-se o valor calculado

de " Hm " , bem como, o próprio valor estimado da

vazio, através do processo iterativo proposto.

Desta forma, espera-se que os valores

calculados para a vaz�o possuam maiores erros

e/ou variaç:bes , em relaçto à realidade , tendo

em vista a grande influência da variaç:to dos

valores medidos , nos resultados tinais.

As Tabelas 1 r-;, ..:.. e 13 ilustram as

consideraç:bes acima mostrando, para as bombas estudadas, a

variaçlo nos resultados obtidos com 11BOMBAS11, para a vaz ír!o

e altura manométrica , devido a variaçbes nos valores de

entrada dos paràmetros " D2 " , " b2" , "e2" e " beta2 " .

Page 115: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

Deve-se destacar que os valores de entrada

dos parâmetros foram analisados dentro dos intervalos

abaixo relaci onados, que se aproximam da mesma ordem de

grandeza das variaç�es de leituras, mostradas nas Tabelas

5 e 11 :

0, 999.D2 < = D2 < = 1 , 001 . D2

0, 95 .b2 < = b2 ·::" = 1 , 05 .b2

0, 90.e2 < = e2 · < = 1, 10.e2

0, 90. beta 2 < = beta2 ' < = 1 , 1 0 . beta2

As colunas constantes nas Tabelas 12 e

13 est�o identificadas conforme descriç�o a seguir:

coluna

1

3 e 7

t i tulo

MODELO

ROTAÇAO

Hm má :-:

identifica ç:to

INDICA O MODELO DA BOMBA

INDICA EM QUANTAS ROTAÇôES P OR

MINUTO

ESTUDADA

FUNC I ONA A BOMBA

INDICA A P ORCENTAGEM MAXIMA DE

VARIAÇ�O , EM RELAÇ�O A MÉDIA ,

OBTIDA P ARA A ALTURA

MANOMÉTR I CA , COM A VARIAÇ�O DO

P ARAMETRO INDICADO NA l a LINHA

DA TABELA

Page 116: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

4 e 8 Hm m i n

5 e 9

6 e 1 0 ,� m i n

96.

I ND I CA A PORCENTAGEM M I NIMA DE

V AR I AÇ�D , EM RELAÇA□ A MÉD I A,

OBT I DA PARA A ALTURA

M ANOM�TR I CA , COM A VAR I A�O DO

P ARAMETRO I NDI CADO NA 1� L I NHA

DA TABELA

I ND I CA A PORCENTAGEM MAX I MA DE

V AR I AÇ�D , EM RELAÇ�O A MÉDI A ,

O BT I DA PARA A VAZ�□ , COM A

V AR I AÇAO DO PARAMETRO I ND I CADO

NA 1 ª L I NHA DA TABELA

I ND I CA A PORCENTAGEM M I NI MA DE

VAR I AÇ�D, EM RELAÇ�O A MÉDI A,

OBT I DA PARA A VAZ�□ , COM A

VAR I A�O DO PARAMETRO I NDI CADO

NA 1ª L I NHA DA TABELA

As F i guras 23, 24, 25 e 26 mostram o

comportamento da var i aç�o da altura manomét r i ca ( Hm ) e da

vaz�o (Q ) em funç�o da variaç�o dos parâme tros menci onados

nas Tabelas 12 e 13 , dentro dos intervalos descri tos na

pág i na ant eri or.

Es tudos de regress�o linear , elaborados com

au:-:ili o do programa. " LOTUS 123 " , mostraram que , para os

intervalos de var i açlo adotados , as relaçbes entre os

Page 117: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

97.

Tabela 12 : I nf luênc i a da var i aç�o das l e i tura dos

parâmetros D2 e b2 no resultado de Hm e Q

obtidos com "BOMBAS".

==============================-========-----====================================================

1 'i PARAMETRO: D2 PARAMETRO: b2 ,.

MODELO RDTACAO .,. 4 5 6 7 B 9 10 ,)

: Hm max Hm min Q mai: Q min 1 Hm max Hm min Q ma:{ Q 11in 1

(rpml (¼) (¼) (¼) ( ¼ ) ( ¼ ) (¼ ) (%) (¼) ===================== : ==============· ===================== :==================================== :

ETA 32-12 1700 0 .31 -0. 16 0 . 16 -0. 16 0.00 0.00 6.51 -6.36ETA 32-12 3500 0 . 18 -0.22 0 . 15 -0 .23 O.Oú º·ºº 6.40 -6.33

ETA 50-20 1080 0 . 14 -0. 14 0,21 -0. 16 0 .00 º·ºº 6.99 -6.37ETA 50-20 1680 0 . 18 -0.23 0 . 17 -0.20 0 .00 0.00 6 .99 -6.35ETA 50-20 3500 0 , 19 -0.20 0 . 18 -0. 1B 0 .00 º·ºº 6.98 -6.36 1

ETA 65-26 1080 0 ,26 -0. 13 0 . 15 -0.20 0 .00 º·ºº 6.43 -6,33ETA 65-26 1710 0 ,20 -0.20 0 . 19 -0. 19 0 .00 0 .00 6.42 -6.33

ETA 80-16 1080 0.24 -0.24 0 . 19 -0. 17 0 .00 0,00 7.23 -7.02ETA 80-16 1680 0.29 -0.20 0 . 17 -0. 18 0 .00 º·ºº 7.21 -7. 03ETA 80-16 3500 0.20 -0. 18 0 . 17 -0. 17 1 0,00 0.00 7.21 -7.03

ETA 125-26 112() 0 . 15 -0.23 0 , 17 -0. 17 0 .00 º·ºº 6.86 -6.71ETA 125-26 1740 0 . 19 -0.22 0 . 17 -0. 17 0 .00 0 .00 6,86 -6.70

ANS 40-200 1750 0 .26 -0. 19 0 . 17 -0. 17 0 .00 0 .00 6.65 -6.51ANS 40-200 3500 0 . 1 9 -0. 19 0 . 19 -0. 17 0 .00 0 .00 6.66 -6.51

ANS 50-200 1750 0 .20 -0.20 0 . 19 -0. 17 0.00 0,0() 6,81 -6.62ANS 50-200 3500 0 .20 -0.20 0 . 18 -0. 1B º·ºº 0 .00 6.79 -6.63

ANS 65-160 1750 0 .23 -0. 15 0 . 1 8 -0. 17 º·ºº 0 .00 7.01 -6.83ANS 65-160 3500 0.21 -0. 19 0 . 17 -0. 17 0,0(1 º·ºº 7.01 -6.85

ANS 80-250 1750 0 .20 -0.20 0 . 18 -0. 17 0 . 00 0 ,0() 6 .69 -6.55ANS 80-250 3500 0 .21 -0.20 0 . 17 -0. 18 º·ºº 0 .00 6,69 -6.55

--------- ---------- -- � ------------ ------------------------ l - ----------------------------------- 1 --------------------- r ------------------------ - - - --------- 1 ------------------------ --------- --- 1

Page 118: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

98 .

Tabe l a 1 3 : I nf l uência da variaçlo das l eitura d os

parâmetros e2 e beta2 no resu l tado de Hm e

Q obtidos com "BOMBAS" .

=======================----------------------======------=-=====================================

2 PARAMETRO: e2

MODELO ROTACAO 3 4 5 1 Hm max Hm min Q max 1

(rpm ) (Y.) (¼) (¼)

6 7 Q min 1 Hm max 1

(¼) (¼)

PARAMETRO: beta2

8 Hm min

(¼)

9 Q max

(Y. )

10 Q min

(¼) --------------------- · ------------------------------------ ·--------------------------------------------------------- , ------------------------------------ ,------------------------------------ETA 32-12 1700 º ·ºº º ·ºº 1 .5�, -1 .55 2.34 -2.34 1 . 71 -2. 17ETA 32-12 3500 º·ºº º ·ºº 1 .5 1 -1 .58 2 .21 -2.43 1 , 73 -2. 1 1

ETA 50-20 1080 0.00 º ·ºº 0,41 -0.83 2 .27 -2.41 1 . 19 -1 .35ETA 50-20 1680 0 .00 º·ºº 0 .83 -0.83 ? ?< ... .,.i.J -2.40 1 . 13 -1 . 36ETA 50-20 3500 0.00 0 . 00 0 .83 -0.83 2.22 -2.40 1 . 15 -1 .34

ETA 65-26 1080 0 .00 0 .00 0 .88 -0.88 1 2 .31 -2.31 1 . 18 -1.42ETA 65-26 1710 º·ºº 0 .00 0.87 -0.87 2.25 -2.41 1 .21 -1 . 43

ETA S0-16 1080 0.00 0 .00 1 .61 -1 .59 2.36 -2.36 1 .52 -1 .82ETA 80-16 1680 0.00 º·ºº 1 .60 -1 .60 2 .25 -2.34 1 .49 -1 .82ETA 80-16 3500 1

º·ºº 0 . 00 1 . 61 -1 .60 2.23 -2.38 1 .50 -1 .821

ETA 125-26 1 12() o.oo 0 .0ú 0 .86 -0,86 "' ?,., :..u -2. 44 0.96 -1 . 15ETA 125-26 1740 º·ºº º ·ºº 0 .86 -0.86 2.22 -2.41 0 .96 -1 . 15

ANS 40-200 1750 0.0ú º·ºº 1 . 19 -1 . 19 2.26 -2.39 1 .43 -1 .70ANS 40-200 3500 0 .00 o.oo 1 . 21 -1 . 19 2.23 -2.41 1 .43 -1 .69

ANS 50-200 1750 0 .00 º · ºº 1 . 30 -1 .28 2.22 -2.42 1 . 45 -1 .70ANS 50-200 3500 0 .00 º ·ºº 1 .28 -1.28 2.22 -2.41 1 .44 -1 .72

ANS 65-160 1750 0,õ(l o.oo 1 . 07 -1.06 2 ,23 -2.38 1 . 13 -1 .35ANS 65-160 3500 0 .00 o.oo 1 . 07 -1.07 2.23 -2.40 1 . 13 -1 .36

ANS 80-250 1750 0 .00 0 ,(10 0 . 83 -0.82 2.24 -2.40 1 .08 -1 .26ANS 80-250 3500 O.Oü o.1x1 0 . 82 -0.82 1 2.23 -2.40 1 . 08 -1 .271

1

------ - - ------------- l -------- ------------- - - - - -- ---- ----- 1 ---------- -----------------------------------·-·--------- , ------------------------------------ ,------------------------------------

Page 119: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

.......

E

l&

Va ri a ç ão de H m e Q c o m D2 e m "BOMBAS "

0.25

0.2

0 . 1 5

0.1

0.05

o

-0.05

-0. 1

-0.1 5

-0.2

-0,25

Bomba: ANS 50-200

��

� Ç/ �

/V

.,d r'" �

� r

-0. 1 -0.06 -0.02 0.02 0.06 -0.08 -0.04 o 0.04

VARIAÇÂO DE: D2 (,C) D VARIAÇÃO DE: HM + VARIACÃO CE Q

0. 1 0.08

99 .

Figura 23 : Gráfico da variaç�o de "Hm" e "Q" em tunç:i:to da

variac�o de "D2" para a bomba ANS 50-200.

Page 120: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

.__,,

? ILI o

��

8

7

6

5

4

3

2

1

o

-1

-2

-3

-4

-5

-6

-7

-8

Vari a ç ão de Q c om b2 em " BOMBAS" Bomba: ANS 50-200

1V /

/ / il'

.//

_ _,.,.u

,V'

-5 -4 -3 -2 - 1 o

VARIACÃo DE "b2" (,t) o VARIACÂO DE "QH

/J

,) � /

/ _,,)í

2 3 4 5

1 00.

Figura 24 : Gráfico da variaç:ã::□ de "Q" em funç:�o da

variac�o de " b2" para a bomba ANS ::,0-200 .

Page 121: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

10 1 .

Va riaç ão d e Q c o m e2 em " BOMBAS" Bomba: ANS 50-200

1 .4

1 .2 lil__

0.8

0.6

,.., 0.4

p 0.2

w o

o

i-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1

-1 .2

·� ' "',

"'- "',�

""n

'""' "7tJ

- 1 .4

-1 0 -8 -6 -4 -2 o 2 4 6 8 1 0

VARIAÇÃo DE "e2" (,e) D VARIAÇÃO CE.: "Q"

F igura 25 Gráfico da variação de "Q " em funç:;to da

variacào de " e2 " para a bomba ANS 50-200.

Page 122: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

laJ

E

lJ.

102.

Va ri a ç ã o de H m e Q e / beta2 e m " BOM BAS"

3

2

1

- 1

-2

-3

Bomba: ANS 50-200

/ / �

v--

l�

t:? �/,

V � V

1V

-1 0 -8 -6 - 4 -2 o 2 4 6

VARIACAO DE "beta2" (") a VARIAÇÃO DE "Hm" + VARIAÇÃO DE "Q"

-/ J

V�

8 1 0

F igura 26 : Gráfico da variaç:�o de " Hm" e "Q" em funç:ã:o da

variac�o de " beta2 " para a bomba ANS 50-200.

Page 123: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

parâmetros em quest�o podem ser expressas ,

confiabilidade, através de equaçbes do tipo:

onde:

linear: y = a.:-: + b ;

e:-:ponenc ia 1 : y = a ,.,b. "

103.

com boa

�{ = parâmetro estLldado : 1 1 D2 1 1, 1 1 b2 1 1

.,

11 e2 1 1 e 1 1 beta2 u ;

y = altura manométrica " Hm" ou vazà'.o " Q" .

As equaçôes e coeficientes de correlaç�o

obtidos para a bomba ANS 50-200 estJo apresentados a

seguir:

Para variaç�o de " D2 " :

Hm = O , 1849. D2 2<) , 233 ( r2 = 1 )

Q 0,4324.Q 41,694 '?

0 ,9999) = (r- =

Para variaç�o de " b2" :

Q = l g,.,06- b,-,1,3421 . ? l r- = 0, 9999) , , -. .. . -Para variaçà'.o de " e2" :

�.Q = -1,5995.e2 + 59,839 (rL = 0,9999)

Para variaç�o de " beta2" :

Hm = 9,6231.beta20 ,2309

Q = 31.909.beta2°, 1574

• --::a l r- = ú, 9999)

(r2 = ú, 9994)

sendo: " D2", " b2" e " e2" em mm, " beta2" em graus, " Hm" em

m.c.a. e " Q" em m3/h .

Destaca-se d as equaçbes acima que, com

excess�o daquelas obtidas para a variaç�o de 1 1 D2 1 1 , os

Page 124: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

resultados obtidos atendem às expectativas. Assim ,

104.

as

influencias de "b2 " e "beta2 " nos resultados de "Hm " e "Q "

ocorrem em equaç:bes com coeficientes e:-:ponenciais

diferentes da unidade e, também, no caso de "beta2 ", em

equaç:l::les trigonométricas (seno e tangente) . A influéncia

de "e2" acontece apenas na determinaç:�o do coeficiente de

contraç:�o à saida do rotor, com expoente 1, caracterizando

a sua linearidade (ver equaç:�o [ 8 ] ) • Entretanto, 11 D2 11

afeta os resultados, tanto de "Hm " como de "Q " , através de

equaç:l::les lineares e n�o lineares; porém, as equaçbes que

caracterizam sua influência, mostradas na página anterior

s�o lineares. Verificou-se , entretanto, que tal si tLla ç:là:'o

deve-se ao fato de que a variaç:�o dada a "D2 " (+/- O , 1¼ ) é

que proporcionou a obtenç:�o destas equaç:l::les, por ser muito

pequena, o que afetou o cálculo de regress�o elaborado.

Realizando variaç:�o de "D2" no intervalo de + / - 10��

obtidas as seguintes equaç:bes:

foram

�. ,..,Hm = 0, 0004225.D2L (rL

= 0, 9999)

Q = 0, 003496.D2 1 , 7 863 < r2 = 0, 9999)

Estes resultados atendem às expectativas,

pois, para a altura manométrica "Hm ", a influência de "D2 "

se d á em uma equaç:�o do segundo grau (ver equações [1] e

C 19 J ) e para a vaz�o "Q" o pará.metro 11 0 2 1 1 aparece em

várias equaç:bes com expoentes diferentes da unidade .

Finalizando estas consideraç:bes, destaca-se

Page 125: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

105.

que dentre os paràmetros analisados, aquele que apresenta

maior influência no cálculo da vazl:!o ( Q ) é "b2" , que é a

largura do rotor. Com efeito , observa-se que as variaç:ôes

nos valores de " b2" acarretam mudanças no valor de " Gl" da

ordem de 40¼ superiores à dada em " b2" (ver Tabela 12 ) •

Tal aspecto é bastante relevante tendo em vista que em

algumas das bombas estudadas as variaç:bes nas medidas

deste paràmetro atingiram a mais de 5¼ em relaç:l:!o à média

(ver Tabela 5 ) Os demais pará.metros envolvidos

apresentam menores influências das variaç:bes das l eituras,

no resultado da vaz�o calculada por " BOMBAS ; porém, estas

variaç:bes, nos casos de " e2" e " beta2" , n�o podem ser

desprezadas,

média .

manométrica

variaç:bes de

pois atingem a cerca de 2¼ em relaç:�o à

Com r·elaç:�o ao cálculo da altura

" Hm" , verifica-se que a maior influência de

leituras no resultado final é relativa ao

parâmetro " beta2" (ver Tabelas e: �· 12 e 13 ) . Assim, para

obtem-variaç:bes nas leituras de " be ta2" da ordem de 10¼,

se variaç:bes no resultado de " Hm" da ordem de 2 , 5�� - o

pará.metro 1 1 0 2 1 1 ' apesar de q ue a variaç:�o do seu. valor

apresenta uma a 1 teraç:ào no resultado fina 1 de " Hm" ,

ampliado em cerca de 100¼, nào inspira maiores

preocupaç:bes, pois é o paréme tro menos sujeito a erros de

leituras e a varia ç:bes de medidas.

Page 126: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

106 .

6 . CONCLUSC)ES

As princ i pais conclusbes oriundas dos

assuntos abordados nos Capitulas anteri ores podem ser

resumidas como segue:

Vislumbra-se boas perspectivas de utilizaç�o do

roteiro de cálculos, e consequentemente do

programa 11BOMBASu, na obtenç:l!:'o de

de

valores

bombas orientat i vos para o emprego

centrifugas, das quais n:l!:'o se conhece a sua curva

caracteristica. Tal conclus�o baseia-se no fato

de que os resultados obtidos, em muitos dos casos

estudados, aprox i m am-se consideravelmente dos

esperados, obtidos dos catálogos do fabricante ;

o roteiro

resultados

disponivei s,

coeficientes

Entretanto,

acrescidas

de cálculos

dentro dos

proposto

conceitos

apresenta

teóricos

mesmo com a utilizaç�o de alguns

obt i dos de ensaios práticos.

ver i fica-se que poder�□ ser

1 1 sL1b-rotinas " onde sejam incluidas

outras informaçbes que poder�□ influnciar os

resultados finais, tais como: idade e tamanho da

Page 127: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

bomb a,

difusor ;

cond i ç:ôes; de conservaç:�o e t i po

107.

de

Para ma i or conf i ab ilidade nos resultados de

11BOMBAS" deve-':-e rea 1 i za r estudos com rotores de

bombas de outros fab r i cantes ;

A real comprovaç:�o da validade e do grau de

cont i ab ilidade das rotinas de med i das nos rotores

P dos cálculos propostos, somente poder�o ser

obt i dos com a

l aboratório para

caracterist i cas

rea l i zaç:�o de ensa i os em

a determinaç�o das

das bombas estudadas .

curvas

Também

dever�o ser real i zadas determinaçôes mai s

preci sas do ângulo de sai da das pás ( p 2) , com a

ut i l i zaç:�o de gon i ômetro e com a abertura do

rotor.

Page 128: ESTIMATIVA DOS PARAMETROS DE BOMBAS CENTRIFUGAS …

108.

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