estados unidos y la evoluciÓn del nacionalismo...

ESTADOS UNIDOS Y L A EVOLUCIOacuteN D E L NACIONALISMO DEFENSIVO MEXICANO

L O R E N Z O M E Y E R

P U N T O D E P A R T I D A

D E S D E L A P Eacute R D I D A D E T E X A S L A M A N E R A C O M O M Eacute X I C O se define frente a l m u n d o es u n a variable m u y dependiente de l a m a n e r a c o m o el paiacutes se def i shyne frente a Estados U n i d o s Desde m u y t emprano l a naturaleza d e l pape l que Meacutexico debioacute asumir e n e l sistema in te rnac i ona l giroacute e n torno de sus diferencias y conflictos c o n Estados U n i d o s E l poco o m u c h o sentido de i d e n t i d a d colectiva de los mexicanos se fue for jando e n los conflictos o desshyacuerdos c o n e l exterior p r i m e r o c o n Espantildea p o r u n t i empo c o n Franc ia pero sobre todo y casi desde e l i n i c i o c o n su poderoso vec ino de l norte N o obstante l a gran integracioacuten actual de la economiacutea y de parte de la demograshyfiacutea mexicanas c o n las de Estados U n i d o s u n a encuesta l levada a cabo e n abr i l de 2005 mostroacute que mientras 30 5 de los mexicanos teniacutean u n a opinioacuten general b u e n a de Estados U n i d o s 31 9 l a teniacutea m a l a y 32 1 regular 1

Meacutexico sigue v iendo y j u z g a n d o l o que sucede e n e l sistema internac iona l y de f in i endo su pape l e n e l m i s m o a traveacutes d e l cristal c o n que ve y evaluacutea a Estados U n i d o s y su poliacutetica m u n d i a l A la vez esa visioacuten estaacute muy i n f l u i d a p o r l a f o r m a c o m o se h a procesado l a m e m o r i a histoacuterica colectiva de nuesshytra relacioacuten c o n el vec ino al norte d e l Bravo F i n a l m e n t e esa relacioacuten se mant iene tambieacuten c o m o variable central de la p r o p i a i d e n t i d a d mexicana

E n los nexos que Meacutexico debioacute establecer c o n Estados U n i d o s desde los in i c ios de su v ida nac i ona l es posible encontrar numerosos ejemplos de cooperac ioacuten y m u t u o benef ic io S i n embargo es desde la perspectiva opuesta l a de las diferencias y choque de intereses c o m o se puede hacer de m a n e r a maacutes econoacutemica l a observacioacuten y anaacutelisis de l a naturaleza de l a relacioacuten entre dos paiacuteses obl igados a desarro l lar su v e c i n d a d en e l marco de u n a notable y creciente asimetriacutea de poder Y e s e n esa relacioacuten tan desigual

1 Encuesta hecha por Consulta Mitofsky

Foro Internacional 1 8 5 XLVI 2 0 0 6 ( 3 ) 4 2 1 - 4 6 4

422 L O R E N Z O M E Y E R FI XLVI-3

c o m o estrecha donde se encuentra u n a de las claves de u n nac iona l i smo m e x i c a n o que p o r l a asimetriacutea tiene que ser fundamenta lmente reactivo y defensivo Este ensayo busca identif icar de l a vec indad confl ictiva a lo largo de casi dos siglos los temas e incidentes pr inc ipales que m o l d e a r o n l a act i shyt u d de las clases dirigentes mexicanas frente a Estados U n i d o s pero que tambieacuten en la m e d i d a e n que fueron a d q u i r i e n d o conc ienc ia n a c i o n a l in f luyeron en las capas populares

Desde u n a perspectiva normat iva lo deseable es que l a cooperac ioacuten y n o l a contradiccioacuten y e l choque de intereses fuese la act i tud d o m i n a n t e e n la conducta de los actores de l sistema in ternac iona l S i n embargo hisshytoacutericamente l a relacioacuten que h a prevalec ido entre las unidades de l sistema m u n d i a l h a tenido m u c h o maacutes de confrontacioacuten de buacutesqueda egoiacutesta d e l intereacutes nac iona l y de conf l icto suma-cero que de lo contrar io E n la relacioacuten poliacutetica entre naciones l a fuerza es l a ultima vatio A u n q u e amort iguada p o r l a existencia de intereses comunes e instituciones binacionales y m u l t i n a c i o shynales que f omentan la cooperac ioacuten y l a in terdependenc ia e l nuacutecleo de l a dinaacutemica de la relacioacuten entre los estados es e l de l a poliacutetica de l poder Y esto es part icularmente cierto cuando se trata de naciones vecinas c on culturas y desarrollos histoacutericos distintos y m u y desiguales e n teacuterminos de poder

E n e l caso concreto de l a relacioacuten Meacutexico-Estados U n i d o s h u b o y hay cada vez maacutes ejemplos de acciones estructuras y procesos de cooperacioacuten pero al final en la naturaleza general de su interaccioacuten auacuten siguen pesando las diferencias histoacutericas y l a enorme desigualdad de poder L a relacioacuten de los paiacuteses que t ienen el riacuteo Bravo p o r f rontera c o m uacute n h a sido u n caso ex t remo d e convivencia asimeacutetrica P a r a Meacutexico l a conexioacuten con su vecino d e l norte se ent iende como u n a conex ioacuten d o m i n a d a s iempre p o r los imperativos de l a poliacutetica de l poder y l a loacutegica i m p e r i a l p o r e l lo e l enfoque propuesto p o r l a escuela realista es e l que ofrece las expl icaciones maacutes interesantes 2

D E S D E E L O R I G E N P O C A S S I M I L I T U D E S Y M U C H A S D I F E R E N C I A S

Estados U n i d o s y Meacutexico surg ieron c o m o estados nacionales en l a m i s m a eacutepoca histoacuterica Este h e c h o tuvo lugar tras su exper ienc ia relativamente larga c omo colonias europeas mdashmaacutes larga y p r o f u n d a en el caso m e x i c a n o mdash y u n fuerte conf l icto a r m a d o c o n sus respectivas metroacutepolis E l aspecto des-

2 L a obra fundamental del realismo poliacutetico es la de HansJ Morgenthau Polines amongNa-tions The Struggle for Power andPeace 2 a ed Nueva York Alfred A Knopf 1959 para una puesta al diacutea de este enfoque veacutease Stefano Guizziani Realism in International Relations and International PoliticalEconomy The Continuing Story of a Death Foretold Nueva York Routledge 1998

J U L - S E P T 2 0 0 6 E S T A D O S U N I D O S Y L A EVOLUCIOacuteN D E L N A C I O N A L I S M O 423

tructivo y los efectos de largo plazo de l a guerra de i n d e p e n d e n c i a fueron mayores e n Meacutexico que e n las 13 ex colonias inglesas de l norte

L a transformacioacuten de sociedades subordinadas en naciones soberanas ocurrioacute p r i m e r o en Estados U n i d o s y fue justamente e l eacutexito de ese proceshyso lo que e n b u e n a m e d i d a exp l i ca que l legado e l m o m e n t o Meacutexico tras u n breve y frustrado ensayo c o n las formas monaacuterquicas se p r o n u n c i a r a a favor de u n a estructura poliacutetica s imi lar a l a de Estados U n i d o s republ i cana federal democraacutetica y pres idenc ia l L a institucionalizacioacuten de semejante arreglo poliacutetico habriacutea de resultar m u c h o maacutes c o m p l i c a d o de resolver e n Meacutexico y esa d i f i cu l tad exp l i ca parc ia lmente e l aumento de l a asimetriacutea entre eacuteste y Estados U n i d o s 3 S i n embargo lo rea lmente di ferente entre ambos paiacuteses es su o r i gen en la eacutepoca co lon ia l

P a r a usar l a at inada caracterizacioacuten de A l a n R i d i n g desde el in i c i o Meacutexico y Estados U n i d o s se c o m p o r t a r o n c o m o vecinos distantes 4 Y esa distancia tuvo u n doble s ignif icado pues se tratoacute de u n a vec indad amorshyt iguada p o r e l vasto espacio fiacutesico que o r ig ina lmente separoacute sus respectishyvas zonas pobladas pero tambieacuten h u b o otras distancias quizaacute mayores las de o r d e n social cu l tura l y rac ia l E n efecto l a N u e v a Inglaterra fue u n a m e r a prolongacioacuten de l a cu l tura inglesa en Ameacuterica aunque c o n e l emenshytos aportados p o r otras potencias coloniales e n l a regioacuten mdashespec ia lmenshyte franceses y ho landesesmdash y tambieacuten p o r l a significativa minoriacutea esclava de or igen afr icano E n contraste Meacutexico empezoacute a formarse c omo u n i d a d poliacutetica t en iendo u n a a b r u m a d o r a mayoriacutea de indiacutegenas que salvo p o r ciertos aspectos religiosos p e r m a n e c i e r o n m u y l igados a su cu l tura o r ig ina l mdash p o r largo t i empo e l espantildeol n o fue l a l engua p r e d o m i n a n t e mdash aunque c o n el paso de los antildeos e l g r u p o mestizo iriacutea a u m e n t a n d o su i m p o r t a n c i a cuantitativa hasta convertirse e n el mayori tar io E l g r u p o c r i o l l o y europeo mdash m o n o p o l i z a d o r de l p o d e r mdash se desarrolloacute dentro de u n ambiente cu l tura l casi exclusivamente espantildeol pues e n los tres siglos de exper i enc ia co l on ia l l a Nueva Espantildea n o tuvo contactos significativos c o n ninguacuten otro paiacutes salvo c o n F r a n c i a y soacutelo a l final

Los Estados U n i d o s protestantes y e l Meacutexico catoacutelico h e r e d a r o n eleshymentos de l a r iva l idad y desconf ianza mutuas cultivadas p o r sus respetivas metroacutepolis desde a l menos e l siglo X V I 5 Las praacutecticas e instituciones r e l i -

3 Consuacuteltese al respecto el capiacutetulo seis titulado Liberalism and the North American Model en Charles Hale Mexican Liberalism in the Age of Mora 1821-1853 New Haven Con Yale University Press 1968 pp 188-214

4 Distant Neighhors A Portrait of the Mexicans Nueva York Al fred A Knopf 1985 5 U n a visioacuten sobre la rivalidad entre Espantildea e Inglaterra se encuentra en j R Hale Ar-

mies Navies and the A r t of War en The New Cambridge Modern History vol III Cambridge Cambridge University Press 1968 pp 171-208


giosas juriacutedicas poliacuteticas y educativas de las etapas coloniales de ambos paiacuteshyses resultaron notablemente diferentes c o m o tambieacuten l a naturaleza de sus economiacuteas que ref le jaron n o soacutelo las evidentes diferencias geograacuteficas y de recursos naturales s ino tambieacuten d e l t ipo de fuerza de trabajo d i spon ib le y d e l grado de penetracioacuten d e l capital ismo

Las colonias que a part i r de l siglo XVII se desarrol laron en l a costa adaacuten-tica de Norteameacuterica y n o obstante l a presencia significativa de esclavos afri shycanos en algunas de ellas c rec ieron c omo meras extensiones de l a E u r o p a maacutes desarrollada y d o n d e las sociedades indiacutegenas tuvieron u n impacto poco significativo L a Ameacuterica anglosajona s in ser u n a democrac ia poliacutetica ya se acercaba maacutes a esa f o r m a de gob ierno que otras sociedades de su eacutepoca Para empezar e l c on t ro l de L o n d r e s sobre sus colonias americanas fue re lashytivamente maacutes laxo que e l de M a d r i d y p o r el lo se gobernaron c o n bastanshyte independenc ia 6 L o s puritanos e n Ameacuterica cuyas praacutecticas de gob ierno tendriacutean u n a p r o f u n d a in f luenc ia e n e l desarrollo posterior d e l conjunto que surgiriacutea c omo Estados U n i d o s f o rmaban u n a c o m u n i d a d de hombres libres enmarcada p o r u n a estructura legal de su p r o p i a creacioacuten y que entre otras cosas requeriacutea de l a eleccioacuten perioacutedica de u n gobernador y de l cuerpo de funcionarios que l o aux i l iaban Se trataba pues de u n sistema poliacutetico bastante autoacutenomo c o n responsabi l idad ante los electores y sostenido p o r u n a economiacutea m u y de mercado que giraba en torno de las plantaciones l a pesca y el comerc io C o m o produc to de l a re forma protestante e l cristianisshym o pur i tano teniacutea u n p r o f u n d o desdeacuten p o r las praacutecticas catoacutelicas que eran justamente las que dominariacutean de m a n e r a absoluta en e l in i c i o de l a expeshyr ienc ia nac ional d e l vec ino d e l sur heredero de la N u e v a Espantildea

L a exper ienc ia novoh ispana arrancoacute c o n anter i o r idad a l a de las 13 colonias de Norteameacuterica A l i n i c i o d e l siglo X V I los espantildeoles que pusieshyr o n pie en lo que hoy es Meacutexico l o h i c i e r o n c omo parte de u n a empre shysa de conquista d i rec tamente l igada a l a c o r o n a espantildeola y s in n i n g u n a i n d e p e n d e n c i a f o r m a l aunque bastante de facto E n lo que seriacutea l a N u e v a Espantildea Hernaacuten Corteacutes y los suyos se e n c o n t r a r o n c o n u n a soc iedad n o soacutelo maacutes comple ja que l a existente e n e l norte s ino tambieacuten c o n u n a densi shyd a d demograacutefica m u c h o mayor los caacutelculos a l respecto variacutean de los c inco a los qu ince mi l l ones de habitantes e n Mesoameacuterica 7 E n cua lqu ier caso se tratoacute de u n con junto de sociedades sedentarias mdash c o n algunas ciudades

6 Samuel Eliot Morison Henry Steele Commanger y Wil l iam E Leuchtenburg Breve histoshyria de los Estados Unidos Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1951 pp 44-47

7 Woodrow Borah y Sherburne F Cook L a despoblacioacuten del Meacutexico central en el siglo X V I en Elsa Malvido y Miguel Aacutengel Cuenya (comps) Demografiacutea histoacuterica de Meacutexico Siglos XVI-XIX Meacutexico Instituto Mora Univers idad Autoacutenoma Metropolitana 1993


mayores que las que e n ese m o m e n t o habiacutea en E u r o p a mdash y m u y j e r a r q u i shyzadas Justamente p o r ser sociedades enteramente or ig inales s in n i n g u n a in f luenc ia externa y ninguacuten conoc imiento sobre l a existencia de u n m u n d o di ferente d e l suyo l a presenc ia europea sus medios de guerra su c ienc ia y exper ienc ia in te rnac i ona l y sus geacutermenes las t o m a r o n enteramente p o r sorpresa desprovistas d e l ins t rumenta l cu l tura l e inc luso bio loacutegico que les h u b i e r a p e r m i t i d o hacer me jor uso de su super ior idad numeacuterica y conoc i shym i e n t o d e l terreno A l final l a derro ta de l a civilizacioacuten mesoameriacutecana fue n o soacutelo mi l i ta r s ino tambieacuten y sobre todo poliacutetica y m o r a l c o n m u y pocos precedentes e n l a h istor ia E l desmoronamiento de su centro mdash e l i m p e r i o aztecamdash fue espectacular y su capitulacioacuten i n c o n d i c i o n a l fue siacute mi l i tar pero fundamenta lmente espir i tual los dioses indiacutegenas desertaron y abanshyd o n a r o n a su pueb lo e l universo mesoamericano s implemente se colapso s in pos ib i l idad de recuperacioacuten 8

E n la Ameacuterica d e l nor te l a derro ta de las sociedades indiacutegenas de demografiacutea menos densa y estructura menos comple ja fue igualmente c o n shytundente pero paulat ina lo que permitioacute a esas sociedades noacutemadas sobreshyponerse a l a sorpresa i n i c i a l y adoptar algunos recursos de guerra de los europeos mdash e l cabal lo y las armas de fuegomdash y resistirlos hasta b i e n entrado e l siglo X I X E n Mesoameacuterica l a rapidez y p r o f u n d i d a d d e l proceso de c o n shyquista en sociedades complejas permitioacute a u n grupo extraord inar iamente reduc ido de europeos d o m i n a r tan completamente a u n a gran masa indiacuteshygena mdash m a s a que disminuiriacutea draacutesticamente a lo largo de los siglos X V I y X V I I mdash y mestiza que p o r tres siglos n o enfrentariacutea ninguacuten intento de rebeshylioacuten general

L a naturaleza de l a dominacioacuten de los muchos p o r los pocos e n l a N u e v a Espantildea se puede r e s u m i r e n cifras a mediados d e l siglo X V I I los pen insu la shyres y cr io l los representaban apenas 84 de l a poblacioacuten e n tanto que los indiacutegenas e ran 8 6 3 9 Praacutecticamente todo e l p o d e r estaba c o n los p r i m e shyros y casi n a d a c o n los segundos Este t ipo de dominacioacuten se llevoacute a cabo dentro de u n m a r c o jur iacuted ico que sentildealoacute l a d i ferenc ia de naturaleza entre los subditos U n a fue l a repuacuteblica de los ind ios y o tra l a repuacuteblica de los espantildeoles cada u n a c o n derechos y obl igaciones distintas Mientras esta uacuteltima era p r o p i a de l a gente de razoacuten l a p r i m e r a se suponiacutea que era l a

8 E n torno de la tragedia de la derrota indiacutegena veacutease Miguel Leoacuten Portilla Visioacuten de los vencidos Relaciones indiacutegenas de la conquista Meacutexico Universidad Nacional Autoacutenoma de Meacutexishyco 1961

9 Sherburne Cook y Woodrow Borah Racial Groups in the Mexican Population since 1519 en Essays in Population History Mexico and the Caribbean vol II Berkley Ca University of California Press 1974 pp 180-269


que conveniacutea a masas def inidas p o r naturaleza c o m o incapaces de alcanzar los supuestos altos niveles intelectuales y morales de la minoriacutea europea y que por su p r o p i o b i en tendriacutean que ser mantenidas s iempre bajo t u t e l a 1 0

L a desigualdad esencial y permanente entre minoriacuteas dirigentes y mayoriacutea indiacutegena y mestiza e n la sociedad novohispana fue u n a de las caracshyteriacutesticas fundamentales de su organizacioacuten social y poliacutetica l a otra fue su naturaleza corporat iva mdash c o m u n i d a d e s indiacutegenas gremios de comerciantes de mineros univers idad ejeacutercito terratenientes etceacuteteramdash sobre la cual ejerciacutean contro l l a burocrac ia real y la Iglesia catoacutelica u n a iglesia de Estado gracias a las disposiciones d e l Rea l Patronato negociadas entre el Vaticano y M a d r i d E n esa estructura l a actividad econoacutemica giraba a lrededor de u n objetivo central l a satisfaccioacuten de las necesidades de u n a c o r o n a defensora de monopol ios a favor de los productores en Espantildea y parc ia l e n beneficio de u n a industr ia m i n e r a que l a proveyera de metales preciosos para llevar adeshylante l a comple ja poliacutetica de l a monarquiacutea espantildeola e n sus interminables y costosas disputas en E u r o p a E n p r i n c i p i o l a burocrac ia real se encargoacute de vigilar la m a r c h a de la N u e v a Espantildea en el marco de u n a poliacutetica centrashyl izada mdashmaacutes en la teoriacutea que en la praacutecticamdash d o n d e l a autonomiacutea de las decisiones estaba concentrada en los niveles pr imar ios de l a estructura a d m i shynistrativa mdashlos cabi ldosmdash c o n muy poca en los siguientes hasta casi desapashyrecer en el maacutes alto E n suma e n la Nueva Espantildea tambieacuten h u b o aacutereas de autogobierno pero de u n t ipo diferente de las de l a Ameacuterica anglosajona donde esa f o r m a de autor idad arraigoacute c on m u c h o maacutes p r o f u n d i d a d 1 1

E n la Ameacuterica inglesa desde el p r i n c i p i o se aceptoacute l a p l u r a l i d a d de iglesias cristianas E n contraste en la Ameacuterica espantildeola l a accioacuten y estrucshytura administrat iva de u n a iglesia uacutenica mdash l a catoacutelicamdash fue l o que proveyoacute e l e lemento f u n d a m e n t a l de unioacuten cu l tura l e n u n r e i n o m u y vasto y hab i shytado p o r poblac iones indiacutegenas heterogeacuteneas c o n poco o ninguacuten contacto entre ellas y que hab laban u n a p l u r a l i d a d de lenguas Justamente p o r ser l a Iglesia catoacutelica l a m o n o p o l i z a d o r a de l a intermediacioacuten entre e l pueshyb l o y l a d i v i n i d a d n o fue indispensable desarrol lar l a alfabetizacioacuten de los novohispanos c o m o siacute l o fue e n l a Ameacuterica protestante d o n d e l a praacutectica rel igiosa requeriacutea de cada creyente l a lec tura d i rec ta de l a B i b l i a A l in i c i o de la v ida i n d e p e n d i e n t e y e n contraste c o n l o que sucediacutea e n el norte l a

1 0 L a discusioacuten en torno de la naturaleza de los indios tuvo su punto culminante en las dos posiciones antagoacutenicas adoptadas por los teoacutelogos espantildeoles Sobre el particular veacutease Aacutengel Losada La poleacutemica entre Sepuacutelveda y Las Casas y su impacto en la creacioacuten del moderno derecho internacional Meacutexico Instituto Matiacuteas Romero de Estudios Diplomaacuteticos 1982

1 1 U n a descripcioacuten y anaacutelisis de las instituciones novohispanas se encuentra en Joseacute M i shyranda Espantildea y Nueva Espantildea en la eacutepoca de Felipe II en Estudios novohispanos Meacutexico Universidad Nacional Autoacutenoma de Meacutexico 1995 pp 1-125


a b r u m a d o r a mayoriacutea de l a poblacioacuten m e x i c a n a era analfabeta las cifras disshyponib les sentildealan que al final de l siglo X I X 8 2 de los mexicanos mayores de diez antildeos no sabiacutean leer n i e s c r ib i r 1 2

E n suma en el siglo XVIII y c o m o resultado de l a conjuncioacuten de las pecul iar idades poliacuteticas econoacutemicas y culturales ya sentildealadas en l a N u e v a Inglaterra fue posible p r i m e r o e l surg imiento de fuertes identidades poliacutetishycas regionales y luego de u n a mayor que llevoacute a l a creacioacuten de u n congreso de u n a constitucioacuten y a l a v ictor ia contra las tropas de l Rey Jorge III E n l a N u e v a Espantildea la i dent idad baacutesica fue l a que proveniacutea de la d u a l i d a d r e l i shygioacuten catoacutelica mdashespec ia lmente e l cul to g u a d a l u p a n o mdash y lealtad a l rey de Espantildea p o r u n lado y l a que naciacutea de la per tenenc ia a la c o m u n i d a d para los indiacutegenas o en el caso de cr io l los y mestizos de u n sentido de clase y c omarcano Fue al final d e l siglo XVIII y soacutelo entre segmentos de l a minoriacutea c r i o l l a c u a n d o empezoacute a surgir e n l a N u e v a Espantildea u n cierto sent imiento de patr iot ismo y de o rgu l l o p o r lo p r o p i o pero s in l legar a ser auacuten nacioshyn a l i s m o 1 3 E l mayor sentido de i d e n t i d a d colectiva interclasista p r o v i n o d e l cul to guada lupano pero e l nac iona l i smo mex i cano prop iamente d i c h o se fue construyendo penosamente a lo largo d e l siglo X I X 1 4 Soacutelo al final de ese siglo e in ic ios de l siguiente mdash c u a n d o l a r e d ferroviaria y la Revolucioacuten m e x i shycana se m e z c l a r o n mdash es posible hab lar de u n real sent imiento nacional ista p o r q u e fue entonces c u a n d o aparecioacute u n Estado nac iona l relativamente efectivo y l a idea de l a nacioacuten m e x i c a n a encontroacute albergue e n l a c onc i enc ia p o p u l a r c o m o resultado entre otros factores d e l choque v io lento c o n e l exter ior mdashEstados U n i d o s y F r a n c i a mdash de las nuevas viacuteas de comunicacioacuten d e l m e r c a d o nac iona l l a educacioacuten puacuteblica y la poliacutetica social

E n suma e l desarrol lo de la c onc i enc ia nac i ona l tuvo lugar e n Estados U n i d o s m u c h o antes que en Meacutexico y e l retraso se reflejoacute en l a relacioacuten entre los dos vecinos

E L C O N F L I C T O O R I G I N A L D I S P U T A T E R R I T O R I A L D E S T I N O M A N I F I E S T O Y D E R R O T A

U n a vez lograda y conso l idada su i n d e p e n d e n c i a Estados U n i d o s desarrolloacute u n a visioacuten sobre su intereacutes n a c i o n a l frente al resto de Ameacuterica que c u l m i -

1 2 Instituto Nacional de Estadiacutestica Geografiacutea e Informaacutetica Estadiacutesticas histoacutericas de Meacutexishyco 3 a ed Meacutexico INEGI 1994 p 117

1 3 David Brading Los oriacutegenes del nacionalismo mexicano Meacutexico Ediciones Era 1973 1 4 Enrique Florescano Historia de las historias de la nacioacuten mexicana Meacutexico Taurus 2002

caps 7 y 8


n o en e l l l amado Dest ino Mani f iesto es decir e n l a idea de su p r e d o m i n i o e n e l hemisfer io occ idental c omo resultado de l a v o l u n t a d n o soacutelo poliacutetica sino tambieacuten d i v i n a 1 5 Esa visioacuten teoloacutegica de l a poliacutetica in ternac iona l sirvioacute de gran marco para el desarrol lo de l a accioacuten de W a s h i n g t o n frente a u n Meacutexico social cu l tura l y geograacuteficamente f ragmentado c o n u n a clase poliacuteshyt ica d iv id ida s in instituciones estatales efectivas y c o n u n a hac ienda puacuteblica e n crisis p e r m a n e n t e 1 6

E n e l in i c i o de la relacioacuten entre Meacutexico y Estados U n i d o s ya como estashydos nacionales e l tema central fue la disputa p o r ese enorme poco poblado y casi desconocido territorio que habiacutean sido las Provincias Internas de l a N u e v a Espantildea y l a Nueva Cal i forn ia C u a n d o e n 1819 M a d r i d y Washington firmaron e l tratado Adams-Oniacutes que de l imitaba la frontera entre Estados U n i d o s y l a Nueva Espantildea 1 7 e l gobierno v i r re ina l ya teniacutea noticias de los designios expansionistas de los estadounidenses S u p r i m e r enviado diplomaacuteshytico al Meacutexico independiente J o e l Poinsett s implemente confirmoacute las sospeshychas a l proponer sin eacutexito que el nuevo paiacutes le vendiera Texas al suyo 1 8

Teoacutericamente la mejor solucioacuten a l a indefensioacuten d e l vasto norte m e x i shycano consistiacutea e n u n raacutepido pob lamiento p e r o tal empresa era imposib le e n u n paiacutes de cuatro mi l lones de kiloacutemetros cuadrados c o n apenas maacutes de seis mi l l ones de habitantes concentrados e n e l centro y sur de su terr i tor io y con u n a economiacutea y fisco arruinados p o r l a guerra de independenc ia P o r l o anterior las nuevas autoridades se p r o p u s i e r o n abr i r l a parte maacutes amenashyzada de l a z o n a fronter iza d e l norte mdash u n a p r o v i n c i a de Texas que seguacuten los caacutelculos de A l e j a n d r o de H u m b o l t apenas contaba c o n 13000 habitantesmdash a la colonizacioacuten extranjera proceso que se habiacutea i n i c i a d o desde finales d e l per i odo c o l o n i a l Fue justamente e n ese in tento demograacutefico p o r conser-

1 5 E l concepto Destino Manifiesto fue usado por primera vez por el periodista John L OSullivan en la Democratic Review publicada en Nueva York y lo usoacute para resumir la idea de lo inevitable y legiacutetimo del intento estadounidense de dominar todo el continente U n diputado de Massachussets RobertWintrop argumentoacute que el testamento de Adaacuten autorizaba a Estados Unidos a gobernar todas las Ameacutericas al respecto veacutease a Juan Antonio Ortega y Medina Desshytino Manifiesto Sus razones histoacutericas y su raiacutez teoloacutegica Meacutexico Alianza Editorial Mexicana 1989

1 6 A propoacutesito de la difiacutecil situacioacuten de las finanzas puacuteblicas en la primera mitad del siglo XIX veacutease Barbara A Tenenbaum Meacutexico en la eacutepoca de los agiotistas 1821-1857 Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1985

1 7 L a liacutenea de la frontera comuacuten se iniciaba en el paralelo 42deg en la California y bajaba hacia el sur a lo largo del riacuteo Arkansas luego volviacutea a bajar y seguiacutea a lo largo de los riacuteos Rojo y Sabinas en Texas hasta terminar en el Golfo de Meacutexico Esa fue la frontera norte que Meacutexico heredoacute de Espantildea en 1821

1 8 E n torno de la propuesta de Poinsett para adquirir por compra la provincia de Texas veacutease Joseacute Fuentes Mares Poinsett Historia de una gran intriga Meacutexico Editorial Jus 1951 pp 177-205


var Texas cuando el gob ierno m e x i c a n o sembroacute s in querer las semillas d e l p r o b l e m a texano pues los permisos de colonizacioacuten dados por Espantildea a empresarios estadounidenses en viacutesperas de l a inesperada i n d e p e n d e n c i a m e x i c a n a se mantuv ieron vigentes e n l a etapa nac i ona l pero los contratisshytas n o habriacutean de c u m p l i r c on u n a condic ioacuten esencial que las familias de co lonos fuesen catoacutelicas mdashir landesas p o r e j e m p l o mdash y n o trajesen consi shygo l a institucioacuten de l a esclavitud E l c rec imiento de l a co l on ia protestante y esclavista en Texas pronto llegoacute a sobrepasar a l a poblacioacuten m e x i c a n a y Texas se convirtioacute en u n espacio d o n d e con f luyeron todas las diferencias de intereses y de cu l tura entre mexicanos y es tadounidenses 1 9 E n u n a situashycioacuten d o n d e el flujo migrator io de E u r o p a a l imentaba la expansioacuten hac ia e l oeste y d o n d e la f lamante Repuacuteblica M e x i c a n a teniacutea todas las debi l idades posibles e l choque y su resultado f u e r o n casi inevitables

A los factores ya enumerados hay que antildeadir otros para entender cabal shymente e l desenlace de l a contradiccioacuten Meacutexico-Estados U n i d o s L a amena shyza de u n a reconquista espantildeola e l desacuerdo baacutesico y p r o f u n d o entre las eacutelites mexicanas en torno de l arreglo ins t i tuc iona l que maacutes conveniacutea a l a nueva nacioacuten mdashmasones de l r i to y o r k i n o c o n t r a masones d e l r i to escoceacutes republ i canos contra monaacuterquicos centralistas c ont ra federalistasmdashy sobre todo u n a sociedad que saliacutea de l a etapa c o l o n i a l pro fundamente d i v i d i d a e n teacuterminos de clase y raza haciacutea impos ib le que e l sent imiento de u n i d a d n a c i o n a l tuviera u n a fuerza equiparable a l a que ya teniacutea en Estados U n i d o s L a desunioacuten amenazaba c o n f ragmentar Meacutexico l o m i s m o e n el norte que e n e l sur pero fue en 1836 en Texas d o n d e finalmente las fuerzas centriacuteshyfugas (alentadas p o r Estados U n i d o s ) l o g r a r o n hacer efectiva la separacioacuten y la i n d e p e n d e n c i a tras derrotar a u n ejeacutercito m e x i c a n o m a l preparado y equ ipado y peor d i r i g i d o 2 0

1 9 E n torno del problema de la colonizacioacuten de Texas por estadounidenses veacutease Josefina Zoraida Vaacutezquez Meacutexico y el mundo Historia de sus relaciones exteriores t1 Meacutexico Senado de la Repuacuteblica 1990 pp 51-102

2 0 Es frecuente encontrar en la literatura estadounidense interpretaciones que culpan a Meacutexico de la mutilacioacuten territorial por no haber reconocido la independencia texana o su anexioacuten a Estados Unidos haberse negado a la venta de u n territorio que de todos modos perderiacutea cuando Polk la solicitoacute y el atraso en el pago de poco maacutes de tres millones de pesos por reclamaciones L a peacuterdida de Texas significoacute u n cambio radical en la historia del paiacutes L a colonizacioacuten del septentrioacuten de la Nueva Espantildea fue una preocupacioacuten tanto de la metroacutepoli como de los novohispanos Los tratados Adams-Oniacutes de 1819 otorgaban generosas concesioshynes a ciudadanos espantildeoles que hubieran sido afectados por la peacuterdida de territorios en las colonias del imperio Concretada la independencia de Meacutexico la familia Austin y otros estadoshyunidenses aprovecharon la disposicioacuten del gobierno central de promover la colonizacioacuten de las zonas deshabitadas del norte del paiacutes para establecerse Era loacutegico que la colonizacioacuten acashyrreariacutea conflictos con los estadounidenses que dado su furor expansionista deseaban obtener


E n b u e n a m e d i d a fue la p r o p i a d e b i l i d a d d e l sistema poliacutetico m e x i c a n o l a que impidioacute al gob ierno negociar l a paz c o n Texas y cerrar ahiacute e l p rob le shymaacutetico capiacutetulo A l final de los antildeos tre inta de l siglo X I X Meacutexico n o estaba e n posibi l idades de reconquistar la prov inc ia p e r d i d a y de haber seguido e l consejo dado p o r G r a n Bretantildea de reconocer l a i n d e p e n d e n c i a texa-n a y alentar la consolidacioacuten de l a nueva repuacuteblica mdashdespueacutes de todo l a Repuacuteblica de Texas fue u n a rea l idad p o r varios antildeosmdash eacutesta hub ie ra p o d i d o servir de espacio in termed io entre Meacutexico y Estados U n i d o s Si finalmente ninguacuten gobierno p u d o aceptar e l consejo britaacutenico mdash q u e teniacutea apoyo e n algunos ciacuterculos m e x i c a n o s mdash fue p o r deb i l i dad aque l gobierno m e x i c a n o que h u b i e r a reconoc ido a Texas se habriacutea deslegit imado y debi l i tado frente a sus adversarios i n t e r n o s 2 1 E l resultado final fue e l peor de todos los pos i shybles Texas no permanecioacute independ iente sino que optoacute p o r incorporarse a l a Unioacuten A m e r i c a n a argumentando entre otras razones de seguridad L a unioacuten de Texas a Estados U n i d o s se consumoacute en 1845 y e l presidente James P o l k aprovechoacute la coyuntura para rec lamar u n a f rontera texana maacutes allaacute de su liacutemite t rad ic ional mdash e l riacuteo N u e c e s mdash lo que desembocoacute en u n choque c o n Meacutexico y luego en u n a invasioacuten de l paiacutes P o l k usoacute esa invasioacuten para expandirse hasta e l Paciacutefico a costa de Meacutexico y reforzar tempora lmente u n a u n i d a d estadounidense que estaba exper imentando severas tensiones entre en norte y e l s u r 2 2

el territorio de Texas por lo menos desde la compra de la Lousiana A pesar de las muacuteltiples excepciones y privilegios de que fueron objeto los texanos se mostraban inconformes entre otras cosas por la resistencia del gobierno mexicano a reconocer la legalidad del esclavismo E n 1835 cuando el paiacutes se encontraba inmerso en la lucha entre centralistas y federalistas los texanos declararon roto su pacto con Meacutexico y establecieron un gobierno estatal provisional E l general Antonio Loacutepez de Santa A n n a tratoacute de recuperar el territorio por las armas pero fue derrotado tomado preso y obligado a firmar dos tratados en que se comprometiacutea a no volver a atacar Texas y a realizar las gestiones necesarias para que su independencia con fronteras hasta el riacuteo Bravo fuera reconocida E l inicio de la vida independiente de Texas mientras en Meacutexico la inestabilidad poliacutetica se acentuaba fortalecioacute los proyectos expansionistas estadounidenses que desembocaron en la invasioacuten de 1847 L a firma del tratado de paz de Guadalupe-Hidalgo el 2 de febrero de 1848 dariacutea el golpe de gracia a la integridad original del territorio mexicashyno Meacutexico tuvo entonces que ceder alrededor de la mitad de su territorio a cambio de una indemnizacioacuten de 15 millones y la promesa de no recibir reclamaciones de guerra Desde ese entonces este episodio de la historia bilateral ha sido central en la percepcioacuten mexicana de la poliacutetica estadounidense

2 1 David M Pletcher The Diplomacy of Annexation Texas Oregon and the Mexican War Co-lumbia Mo University of Missouri Press 1973 pp 75 165 370 452-454 541-542 y 594 Lo shyrenzo Meyer Su majestad britaacutenica contra la Revolucioacuten mexicana 1900-1950 El fin de un imperio informal Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1991 pp 44-46

2 2 L a naturaleza y efectos de la guerra en Meacutexico se encuentran desmenuzados en Josefishyna Zoraida Vaacutezquez (comp) Meacutexico al tiempo de su guerra con Estados Unidos (1846-1848) Meacutexishyco Fondo de Cultura Econoacutemica 1997 y en Meacutexico y el mundo t II Meacutexico y el expansionismo


Meacutexico perdioacute l a guerra e n 1847 y su clase d ir igente se negoacute a cont i shyn u a r e l conf l icto p o r l a viacutea de la resistencia p o p u l a r l a guerra de guerri l las L a clase poliacutetica consideroacute m u y arriesgado movi l i zar para l a resistencia a las clases subordinadas mdash e r a n p o r definicioacuten y despueacutes de la guerra de inde shyp e n d e n c i a las clases pel igrosasmdash pues se podiacutea p e r d e r e l contro l sobre las mismas c omo se acababa de ver en San L u i s Potosiacute y en los diacuteas en que e l p u e b l o de la c i u d a d de Meacutexico se enfrentoacute a los ocupantes estadounidenshyses 2 3 E n v i r t u d de l tratado de G u a d a l u p e H i d a l g o de 1848 los dirigentes de l a j o v e n Repuacuteblica M e x i c a n a cons ideraron que n o habiacutea alternativa y aceptaron f o r m a l y def init ivamente l a peacuterdida de los enormes territorios d e l norte de l a A l t a C a l i f o r n i a a Texas mdash h a s t a entonces y para Meacutexico maacutes u n a p romesa que u n a r e a l i d a d mdash que m u y p r o n t o seriacutean e l escenario de la gran expansioacuten estadounidense a l oeste 2 4 Las uacuteltimas liacuteneas de este difiacutecil capiacutetulo se escr ib ieron cuando el gob ierno de Santa A n n a tuvo que enfrenshytarse a l a peticioacuten de Wash ington de vender le u n a parte ad i c i ona l en l a f rontera c o n A r i z o n a L a Mes i l l a L a venta fue h e c h a en d i c i embre de 1853 bajo presioacuten pues detraacutes de e l la estaba l a amenaza de u n nuevo uso de la fuerza Conv iene notar que el presidente m e x i c a n o se decidioacute entonces p o r l a opc ioacuten que ofreciacutea la compensacioacuten maacutes baja pero m i n i m i z a b a la peacuterdida terr i tor ia l a l n o ceder a Wash ington la Baja C a l i f o r n i a y u n a parte mayor d e l norte d e l paiacutes 2 5 De todas maneras e l desprestigio de Santa A n n a p o r tal cesioacuten es u n factor explicativo de su caiacuteda final

L a guerra d e l 47 fue u n desastre que dejoacute u n a p r o f u n d a h u e l l a en la c o n c i e n c i a de las clases dirigentes de la eacutepoca pero que c o n el correr de l t i e m p o se trasladariacutea a la conc ienc ia popular d o n d e permanece hasta l a actual idad

Despueacutes de l t r iunfo en 1855 de l a l l a m a d a Revolucioacuten de A y u d a y sobre todo tras l a promulgacioacuten de la Constitucioacuten de 1857 l a po lar izashyc ioacuten y e l encono de la v ida poliacutetica m e x i c a n a desembocaron en u n a guerra s in cuarte l entre l iberales y conservadores L a l u c h a entre las facciones fue e l riacuteo revuelto e n d o n d e lanzaron sus redes las potencias extranjeras con -

norteamericano Meacutexico E l Colegio de Meacutexico-Senado de la Repuacuteblica 2000 Veacutease tambieacuten la interesante seleccioacuten de testimonios en Krystyna M L ibura et al Ecos de la guerra entre Estados Unidos y Meacutexico Meacutexico Ediciones Tecolote 2004

2 3 E l tema de las posibilidades de resistir a los invasores mediante la guerra de guerrillas lo abordan Tomaacutes Calvillo U n n a y Mariacutea Isabel Monroy Castillo Entre regionalismo y federashylismo San Luis Potosiacute 1846-1848 en Josefina ZoraidaVaacutezquez (comp) op cit pp 417-454

2 4 U n a siacutentesis de la negociacioacuten y del tratado de paz con Estados Unidos se encuentra en Vaacutezquez Meacutexico y el mundo op cit pp 139-150

2 5 Patricia Galeana Meacutexico y el mundo Historia de sus relaciones exteriores La disputa por la soberaniacutea (1848-1876) Meacutexico Senado de la Repuacuteblica 1990 pp 62-64


fiando e n pescar los fragmentos e n que amenazaba dividirse e l paiacutes F u e e n 1859 en u n m o m e n t o de empate catastroacutefico en el campo de batal la entre liberales y conservadores c u a n d o e l gob ierno de Wash ington ofrecioacute su apoyo poliacutetico a los pr imeros pero n o c o m o u n acto de so l idar idad r e p u shyb l i cana y l ibera l s ino c o m o u n a nueva o p o r t u n i d a d para expandirse a costa de l a soberaniacutea de su vecino E n efecto fue entonces cuando W a s h i n g t o n decidioacute presentar a Meacutexico a cambio de su apoyo poliacutetico y de u n preacutestamo (cuatro mi l lones de pesos) u n proyecto de tratado mdash e l M c L a n e - O c a m p o mdash e n v i r t u d d e l cual Estados U n i d o s recibiriacutea d e l gob ierno encabezado p o r B e n i t o Juaacuterez mdash e n ese m o m e n t o entre l a espada y e l mar e n V e r a c r u z mdash e l derecho de traacutensito a p e r p e t u i d a d e n Tehuantepec y en dos carreteras que partiriacutean de alguacuten p u n t o de l a f rontera norte a puertos e n las costas m e x i shycanas de l Go l f o de C a l i f o r n i a y G o l f o de M eacute x i c o 2 6 Juaacuterez y los l iberales a p u n t o de ser aniqui lados aceptaron las duras condic iones de l a a l ianza pero p o r divisiones internas e l Senado estadounidense se negoacute a rati f icar e l do cumento mdashlos nortentildeos v i e r o n e n e l tratado propuesto u n a ventaja para los surentildeosmdash y justo entonces los juaristas l ograron r o m p e r e l cerco que les habiacutean tend ido los conservadores en Veracruz U n a vez pasada l a emergenc ia Juaacuterez ya n o volvioacute a cons iderar l a pos ib i l idad de h ipotecar e l c ontro l de zonas estrateacutegicas d e l terr i tor io nac i ona l a cambio de salvar e l proyecto de re forma poliacutetica a u n q u e siacute mantuvo su cercaniacutea poliacutetica c o n Estados U n i d o s Los conservadores aprovechando que Estados U n i d o s se sumioacute e n u n a guerra c iv i l e n 1861 y n o podiacutea evitar la expansioacuten de l a in f luenc ia francesa en l o que desde entonces se empezoacute a l lamar para i r r i shytacioacuten de Espantildea l a Ameacuterica L a t i n a se l a n z a r o n a dar f o r m a a u n segundo i m p e r i o apoyado m i l i t a r y poliacuteticamente p o r F r a n c i a y c o n u n H a b s b u r g o mdash l a casa rea l en e l o r i g e n de l a N u e v a Espantildeamdash c o m o emperador

A l finalizar l a guerra c iv i l estadounidense c o n el t r iunfo d e l norte Wash ington p u d o ejercer u n a presioacuten abierta sobre Pariacutes para que se ret i shyrara l a fuerza e x p e d i c i o n a r i a de Meacutexico factor que contribuyoacute a l a derro ta final d e l i m p e r i o y a l a restauracioacuten de l a repuacuteblica Tras e l t r iunfo mi l i ta r de l a Unioacuten en Estados U n i d o s las energiacuteas de ese paiacutes se d i r i g i e r o n a tershym i n a r de pob lar e l oeste y a c o n c l u i r su revolucioacuten industr ia l E n v i r t u d de

2 6 E n la historiografiacutea mexicana el tratado McLane-Ocampo ha sido motivo de debate entre la interpretacioacuten relativamente favorable a la decisioacuten de los liberales y aquella que los condena por haber atentado contra la integridad nacional Ejemplos de la primera posicioacuten son los trabajos de Fernando Iglesias Calderoacuten Las supuestas traiciones de Juaacuterez Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1972 y Agustiacuten Cueacute Caacutenovas El Tratado McLane-Ocampo 2 a ed Meacutexico Consejo Editorial del Gobierno de Tabasco 1980 U n anaacutelisis opuesto que califica el tratado como un pacto intervensionista y una cesioacuten permanente de soberaniacutea se tiene en Francisco Bulnes Juaacuterez y las revoluciones deAyutlay Reforma 2- ed Meacutexico E d H T Milenario 1967

JUL-SEPT 2006 E S T A D O S U N I D O S Y L A EVOLUCIOacuteN D E L N A C I O N A L I S M O 433

lo anterior la presioacuten p o r tomar o contro lar d irectamente maacutes terr i tor io m e x i c a n o casi desaparecioacute lo cual no impidioacute que los temores mexicanos e n este c a m p o se mantuv ieran muy vivos hasta b i e n entrado el siglo X X y auacuten n o se h a n dis ipado d e l todo C o m o sea l a prohibicioacuten const i tuc ional de que los extranjeros tengan propiedades e n las costas y en las fronteras tiene su raiacutez e n l o acontecido e n esa eacutepoca

L A INTERVENCIOacuteN E N L O S A S U N T O S I N T E R N O S D E U N A S O C I E D A D D E S C O Y U N T A D A Y C O N U N SISTEMA POLIacuteTICO I N A C A B A D O

Desde e l i n i c i o Estados U n i d o s se metioacute de l l e n o e n los asuntos internos de Meacutexico c o m o u n a f o r m a de aprovechar a su favor las pro fundas divisiones de la clase poliacutetica mex i cana P o r el lo e l min i s t ro Poinsett casi se convirtioacute en cabeza de los masones mexicanos de l a L o g i a Y o r k i n a mdash e l or igen d e l grupo poliacutetico l ibera l y federal is tamdash en p u g n a c o n los elementos maacutes con shyservadores identi f icados c o n l a L o g i a Escocesa que contaba c o n la simpatiacutea d e l representante diplomaacutetico de G r a n Bretantildea L a inmersioacuten de Poinsett e n los confl ictos de la d i r igenc ia m e x i c a n a fue tan evidente y a f ondo que a l final e l gob ierno de Meacutexico debioacute p e d i r a W a s h i n g t o n e l ret iro de su representante 2 7

E n 1846 c o m o parte de u n a m a n i o b r a poliacutetica para lograr poner e n e l caoacutetico gob ierno mex i cano a u n personaje b i e n dispuesto a firmar la paz l a flota estadounidense que b loqueaba Veracruz dejoacute pasar a l ex i l iado general A n t o n i o Loacutepez de Santa A n n a para que volviera a tomar el poder en Meacutexico mdash e n esa ocasioacuten en n o m b r e d e l federal ismo y de l a Constitucioacuten de 1824mdash y firmara raacutepidamente la paz en los teacuterminos deseados p o r Washington Esta vez la manipulacioacuten de l confl icto in terno m e x i c a n o n o condujo al desenlace deseado p o r Estados U n i d o s pues Santa A n n a n o negoc ioacute l a rendicioacuten sino todo lo contrar io se convirtioacute en el liacuteder de l combate al invasor A l final los estadounidenses l levaron a cabo su proyecto pero a u n costo mayor que el que habriacutean pagado si h u b i e r a tenido eacutexito su proyecto or ig ina l

C o m o ya quedoacute asentado en la G u e r r a de R e f o r m a Wash ington dec i shydioacute echar su peso de l lado de u n o de los contendientes E l 6 de abr i l de 1859 d io su r e c o n o c i m i e n t o a l a faccioacuten maacutes deacutebil entonces l a l ibera l a pesar de que su praacutectica diplomaacutetica exigiacutea reconocer a l gob ierno que tuviera e l c o n shytro l de l a mayor parte d e l terr i tor io n a c i o n a l que e n ese m o m e n t o era e l conservador Esta m a n i o b r a se exp l i ca p o r l o que acontecioacute poco despueacutes l a firma d e l ya m e n c i o n a d o tratado M c L a n e - O c a m p o E n las aguas revuel-

Veacutease la obra ya citada de Fuentes Mares sobre Poinsett


tas p o r la desintegracioacuten poliacutetica de Meacutexico e l pescador estadounidense parecioacute atrapar entonces u n a gran pieza aunque a l final l a dejoacute escapar y asiacute l a al ianza de Juaacuterez c o n Estados U n i d o s terminoacute p o r f u n c i o n a r a favor de l p r i m e r o e l maacutes deacutebil E n efecto l a armada estadounidense interceptoacute y se llevoacute a N u e v a Or leans los buques de guerra adquir idos p o r los consershyvadores en C u b a lo que frustroacute e l asalto p laneado p o r e l general M i g u e l Miramoacuten mdashatacar simultaacuteneamente p o r m a r y t ierra V e r a c r u z mdash para dar e l golpe final a l gob ierno de Juaacuterez refugiado en ese p u e r t o 2 8 Esa c ircunsshytancia permitioacute a las fuerzas l iberales re tomar la inic iat iva e imponerse a sus enemigos en l a batal la de C a l p u l a l p a n en d i c i embre de 1860

C u a n d o e l a l iado estadounidense de los l iberales mexicanos entroacute e n l a gran crisis poliacutetica que desembocariacutea en u n a feroz guerra c iv i l los con shyservadores mexicanos p u d i e r o n negoc iar c o n eacutexito e l apoyo de Napoleoacuten III y lo c o m p r o m e t i e r o n e n u n a empresa i m p e r i a l de gran m a g n i t u d justo cuando F r a n c i a tambieacuten se apoderaba de I n d o c h i n a E l apoyo franceacutes a l proyecto conservador se pagariacutea hac iendo de Meacutexico u n Estado c l iente de Pariacutes y de ten iendo l a expansioacuten de l a in f luenc ia estadounidense hac ia e l sur de l cont inente S i n embargo cuando en 1865 las fuerzas de l a Unioacuten se i m p u s i e r o n a sangre y fuego sobre las de la Confederacioacuten Wash ington e n n o m b r e de l a D o c t r i n a M o n r o e volvioacute a echar su peso d e l lado de Juaacuterez lo que obligariacutea a F r a n c i a a acelerar e l c ierre de su aventura mex icana

C o n la restauracioacuten de l a repuacuteblica en 1867 los l iberales i m p u s i e r o n p o r p r i m e r a vez e n e l Meacutexico independ iente e l o r d e n p r o p i o de u n Estado nac iona l Tres lustros maacutes tarde ya se habriacutean echado los c imientos de u n a d ic tadura l i bera l cuyo fruto fue l a larga paz p o r f i r i a n a Esa estabi l idad poliacutetica llevoacute a l a reanudacioacuten d e l c rec imiento e c o n oacute m i c o suspendido a raiacutez de l a guerra de i n d e p e n d e n c i a Ese proceso de c rec imiento y m o d e r n i shyzacioacuten mex i cano resultoacute m u y modesto comparado c o n l a espectacular revoshylucioacuten industr ia l estadounidense c o n las nuevas oleadas de inmigrantes europeos para p o b l a r e l oeste de ese paiacutes y c o n u n proceso de raacutepida conshycentracioacuten de c a p i t a l 2 9 E n esas condic iones W a s h i n g t o n n o tuvo ya neceshysidad n i incentivos p a r a in terven i r de m a n e r a abierta e n e l proceso poliacutetico

2 8 Fuentes Mares Juaacuterez los Estados Unidos y Europa Meacutexico Grijalbo 1981 pp 169-177 2 9 Veacuteanse Edwar C Kirkland Historia econoacutemica de Estados Unidos Meacutexico Fondo de Cultura

Econoacutemica 1941 caps 11-14 Victor S Clark History of Manufactures in the United States vol II 1860-1893 Nueva York McGraw-Hil l 1929 Para una visioacuten sinteacutetica de este proceso histoacuterico veacutease Alfred D Chandler Jr The Role of Business in the United States A Historical Survey en Harry F Dahms (ed) Transformations of Capitalism Economy Society and the State in Modern Times Nueva York New York University Press 2000 pp 33-50 U n buen acercamiento a los anteshycedentes de la industrializacioacuten de Estados Unidos se encuentra en Al ian Kulikoff TheAgrarian Origins of American Capitalism cap 8 Charlottesville Vir University Press of Virginia 1992


mex icano l a d i r i genc ia estadounidense confioacute p lenamente e n la capac idad d e l general Diacuteaz para mantener las condic iones necesarias para l a expanshysioacuten de su capital e n los sectores maacutes dinaacutemicos de l a economiacutea mex icana ferrocarri les mineriacutea agr i cu l tura de exportacioacuten banca petroacuteleo e t c 3 0

C u a n d o en 1911 Diacuteaz fue obl igado a dejar e l poder y l a inestabi l idad volvioacute a ser l a nota d o m i n a n t e de l a poliacutetica mexicana u n a nueva intervencioacuten de Washington e n asuntos internos de su vecino d e l sur se h izo inevitable Y esa intervencioacuten dariacutea u n nuevo impulso a u n nac iona l i smo que ya habiacutea salido de su lugar de o r igen que eran las capas dir igentes para empezar a permear en los grupos mayoritarios

Y A N O MAacuteS E L D E S I E R T O SINO U N A V E C I N D A D PROBLEMAacuteTICA

C o n la adquisicioacuten p o r conquista d e l norte d e l paiacutes p o r Estados U n i d o s e l desierto dejoacute de separar a las sociedades estadounidense y mex i cana y ambas se v i e r o n obligadas a entrar e n contacto permanente en l a nueva frontera E l p r i n c i p a l p r o b l e m a de esa convivencia es que se llevoacute a cabo en e l marco de u n a a u t o r i d a d gubernamenta l muy deacutebil e n e l lado mex i cano y de u n notable c rec imiento d e l poder iacuteo d e l otro lado

E n la segunda m i t a d de l siglo X I X la falta de contro l de la autor idad en la frontera se convirtioacute e n u n a nueva fuente de tensioacuten y confl icto entre Meacutexico y Estados U n i d o s Para empezar estaba la accioacuten de los indios bravos que cruzaban la f rontera para atacar y robar poblaciones mexicanas aisladas y desshyprotegidas O t r o p u n t o de tensioacuten fue el robo de ganado los propietarios texanos se que jaron p o r m u c h o t iempo de la accioacuten de abigeos mexicanos protegidos p o r las autoridades de Tamaulipas p o r su parte los mexicanos se quejaron de incursiones constantes de texanos para llevarse su ganado so pretexto de restituir sus peacuterdidas Y desde luego estaba el tema de l contrabanshydo E n la zona norte de Meacutexico se podiacutea in t roduc i r mercanciacuteas europeas libres de aranceles y Washington sosteniacutea que parte de esos bienes terminashyban en Estados U n i d o s s in el debido pago de impuestos 3 1

3 0 Sobre el monto naturaleza y dinaacutemica de la inversioacuten estadounidense en el porfiriato se puede consultar a Luis Nocolau DOlwer Las inversiones extranjeras en Daniel Cosiacuteo Villegas (ed) Historia moderna de Meacutexico tomo VIII El porfiriato La vida econoacutemica Meacutexico Editorial Hermes 1965 pp 973-1185

3 1 Algunos recuentos histoacutericos y aneacutecdotas relativas al papel de los comanches apashyches kikapoos y demaacutes nativos en la frontera norte pueden encontrarse en Luis Gonzaacutelez y Gonzaacutelez Los baacuterbaros de la frontera norte en Daniel Cosiacuteo Villegas (ed) Historia modershyna de Meacutexico tomo III La repuacuteblica restaurada La vida social Meacutexico Editorial Hermes 1956 pp 176-204 Fue hasta la deacutecada final del siglo X I X cuando los conflictos producidos por el

436 L O R E N Z O M E Y E R FI XLV1-3

A los rangers texanos lo m i s m o que al ejeacutercito estadounidense les d io p o r cruzar l a f rontera e internarse en Meacutexico para l a persecucioacuten en cal ienshyte de ind ios ladrones de ganado o contrabandistas Las protestas mex ica shynas no s i rv ieron para detener los numerosos cruces n o autorizados Meacutexico propuso entonces a su vec ino u n acuerdo que p e r m i t i e r a a ambos paiacuteses l a persecucioacuten en cal iente e n el terr i tor io d e l otro hasta encontrar u n a autoshyr i d a d loca l a q u i e n dejar l a responsabi l idad de c o n t i n u a r c o n la tarea pero Estados U n i d o s se negoacute L a uni la tera l idad fue e l pr iv i leg io d e l p o d e r o s o 3 2

A l in i c i o de l gob ierno d e l general P o r f i r i o Diacuteaz l a f rontera llegoacute a ser u n p r o b l e m a tan serio que e l Departamento de G u e r r a de los Estados U n i d o s preparoacute u n p l a n de cont ingenc ia para ocupar mi l i ta rmente u n a franja a lo largo de la liacutenea divisoria c o n Meacutexico como uacutenica f o r m a de i n t r o d u c i r o r d e n y proteger vidas e intereses estadounidenses E n 1877 The New York Herald fue maacutes lejos y publicoacute u n m a p a donde se reflejaba su d e m a n d a de ocu shypar y anexar de m a n e r a permanente los estados de Baja C a l i f o r n i a Sonora C h i h u a h u a y C o a h u i l a maacutes parte de Sinaloa D u r a n g o y N u e v o L e oacute n 3 3 A n t e tal amenaza e l gob ierno de Diacuteaz decidioacute correr e l riesgo poliacutetico de enviar y estacionar u n impor tante cuerpo de tropas e n l a f rontera mdash e l riesgo era que el responsable de esa fuerza se revelara cont ra u n gob ierno central que apenas estaba echando raiacutecesmdash y remover de su puesto a los jefes c o n arra i shygo local pero de los que se sospechaba que auspic iaban las actividades que irr i taban a los es tadounidenses 3 4 S i n embargo l a presioacuten de eacutestos encontroacute su liacutemite e n l a zona franca Diacuteaz c omo antes Juaacuterez se negoacute a s u p r i m i r l a

abigeato aminoraron cfr Moiseacutes Gonzaacutelez Navarro Moral social en Daniel Cosiacuteo Villegas (ed) Historia moderna de Meacutexico tomo FV Elporfiriato La vida social Meacutexico Editorial Hermes 1957 p 428 E l asunto del contrabando en los antildeos posteriores a la invasioacuten estadounidense se relacionaba directamente con las condiciones de la firma de los tratados de Guadalupe-Hidalgo a cuyo amparo los agentes aduanales importaban productos desembarcados antildeos despueacutes como si hubiesen llegado libres de aranceles durante la ocupacioacuten Manuel Payno ministro de Hacienda sentildealoacute en 1850 de manera inequiacutevoca que los estadounidenses espeshyculadores y emprendedores cual pocas otras naciones no dejariacutean escapar una tan favorable ocasioacuten para ganar dinero introduciendo sus manufacturas y las de otros paiacuteses al territorio mexicano sin pagar derechos Walther L Bernecker Contrabando ilegalidad y corrupcioacuten en el Meacutexico del siglo XIX Meacutexico Universidad Iberoamericana 1994 p 50 Sobre la animadversioacuten acumulada durante el siglo X I X por el gobierno mexicano hacia el capital estadounidense en sectores como los ferrocarriles veacutease Francisco R Calderoacuten Entre el fuerte y el deacutebil en Daniel Cosiacuteo Villegas (ed) Historia moderna de Meacutexico tomo II La repuacuteblica restaurada La vida econoacutemica Meacutexico Editorial Hermes 1955 pp 711-742

3 2 Daniel Cosiacuteo Villegas Historia moderna de Meacutexico tomo V I El porfiriato La vida poliacutetica exterior parte segunda Meacutexico Editorial Hermes 1963 pp 41-93

3 3 Edicioacuten del 17 de ju l io de 1877 3 4 Daniel Cosiacuteo Villegas Historia moderna de Meacutexico tomo VI El porfiriato La vida poliacutetica

exterior parte segunda Meacutexico Editorial Hermes 1963 pp 94-97


pues ambos t emieron maacutes l a reaccioacuten de l a poblacioacuten f ronter iza mex i cana que h u b i e r a tomado de m a n e r a m u y negativa l a desaparicioacuten de u n eleshymento central en su f o r m a de v ida que l a presioacuten estadounidense

P a r a D a n i e l Cosiacuteo Vi l legas fue e l pob lamiento de l a z o n a f ronter iza y l a desaparicioacuten d e l desierto entre los dos paiacuteses lo que finalmente trajo u n a mayor presencia d e l Estado a ambos lados de l a f rontera c o n e l lo se creoacute u n o r d e n relativo lo que puso p u n t o final a l cruce de tropas estadounishydenses hac ia e l terr i tor io mex i cano Y e l tema d e l contrabando se resolvioacute c o n l a industrializacioacuten de Estados U n i d o s Asiacute de u n a m a n e r a paulat ina a l finalizar e l siglo X I X fue desapareciendo l a gran tensioacuten entre Meacutexico y Wash ington p o r los asuntos f r on ter i zos 3 5 S i n embargo l a violacioacuten sistemaacuteshytica de l a f rontera m e x i c a n a en esos antildeos se sumoacute a las causas ya existentes d e l resent imiento mex i cano

Seriacutea justamente a l entrar en crisis e l reacutegimen por f i r is ta mdashes decir u n factor in terno m e x i c a n o mdash cuando la f rontera volveriacutea a ser foco de tenshysioacuten pero esta vez l a direccioacuten de las demandas seriacutea para variar de sur a norte a l menos a l p r i n c i p i o E n efecto e l p r o b l e m a maacutes agudo fue e l uso de la zona f ronter iza estadounidense c omo santuario p o r los opositores d e l gob ierno de Diacuteaz Ahiacute desarrolloacute e l ant ipor f i r i smo actividades de p ropagan shyda rec lutamiento y abastecimiento de materiales de guerra L o s casos maacutes significativos que n o uacutenicos f u e r o n los de los seguidores de los hermanos Flores Magoacuten y de los de Franc isco I M a d e r o U n a y otra vez e l gob ierno porf ir ista protestoacute y se sintioacute agredido p o r l a l iber tad de accioacuten de que gozashyr o n sus opositores e n terr i tor io estadounidense Wash ington p o r su parte les siguioacute l a pista a los descontentos pero soacutelo p u d o actuar c u a n d o abiertashymente eacutestos v i o l a r o n las leyes de neutra l idad Asiacute las autoridades estuvieron a p u n t o de detener e n Texas a M a d e r o y a u n grupo de sus seguidores pero e l liacuteder revo luc ionar io logroacute re tornar a M eacute x i c o 3 6 R i c a r d o Flores Magoacuten e n cambio siacute terminariacutea e n u n a prisioacuten de Estados U n i d o s E n fin que e l p r o b l e m a se compl i coacute cuando c o n e l paso de l t i empo l a rebelioacuten ant ipor -firista se convirtioacute e n revolucioacuten y grupos cada vez maacutes numerosos de las facciones revoluc ionarias y tambieacuten de las contrarrevoluc ionarias usaron

3 5 E n torno de la gama de problemas fronterizos en la repuacuteblica restaurada y el inicio del porfiriato veacutease Cosiacuteo Villegas Estados Unidos contra Porfirio Diacuteaz Meacutexico CliacuteoEl Colegio Nacional 1997

3 6 L a bibliografiacutea sobre las actividades poliacuteticas de los mexicanos en la zona estadounidenshyse de la frontera es abundante veacuteanse entre otros L inda B May y Don M Coercer Revolucioacuten en la frontera Meacutexico Conaculta 1995 Lowell L Blaisdell The Desert Revolution Baja Califorshynia 1911 Madison University of Wisconsin Press 1962 Kevin W Boggs The Madero Revolushytion Overcoming Obstacles on Both Sides of the Border tesis de maestriacutea Michigan State University 1992


sistemaacuteticamente l a zona fronter iza estadounidense c o m o santuario en los dos decenios s igu ientes 3 7

U N A R E V O L U C I Oacute N I N T E R V E N I D A A U N Q U E N O S U P R I M I D A

L a sorpresiva destruccioacuten de l p r i m e r Estado de o r d e n d e l Meacutexico i n d e p e n shydiente mdash e l p o r f i r i s t a mdash d io paso a u n a revolucioacuten poliacutetica p r i m e r o y social despueacutes que p o r momentos h izo que a l sur d e l Bravo se perd iera n o soacutelo l a estabi l idad sino e l Estado mismo Soacutelo a par t i r de 1916 y c o n desesperante l e n t i t u u fue emerg iendo e n Meacutexico u n nuevo o r d e n y u n nuevo reacutegimen Para finales de 1940 ese reacutegimen teniacutea c o m o centro u n presidencial ismo s in contrapesos m o n t a d o sobre u n part ido de Estado que a su vez se sosteniacutea e n e l ejeacutercito maacutes tres grandes estructuras corporativas donde se encuashyd r a b a n los campesinos favorecidos c o n l a r e f o r m a agraria los trabajadores sindical izados y partes de l a pequentildea pero estrateacutegica clase m e d i a 3 8

C u a n d o se colapso e l o r d e n por f i r i s ta Estados U n i d o s era ya toda u n a po tenc ia i m p e r i a l E n efecto en 1898 habiacutea derrotado sin d i f i cu l tad a Espantildea y le habiacutea arrancado F i l ip inas y P u e r t o R i c o a C u b a l a convirshytioacute en u n cuasi protectorado y en 1903 habiacutea desprend ido a Panamaacute de C o l o m b i a para construir ahiacute u n canal interoceaacutenico bajo su contro l d irec shyto E n Japoacuten y C h i n a Estados U n i d o s era u n factor externo importante y p r o n t o l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l le abririacutea l a o p o r t u n i d a d de colocarse c o m o u n a de las grandes potencias Casi desde su i n i c i o el siglo X X se mosshytroacute c o m o e l siglo estadounidense E n esas condic iones resultoacute inevitable que la Revolucioacuten mex i cana (1910-1920) fuera c o m o b i e n lo sentildealara Berta U l l o a u n a revolucioacuten i n t e r v e n i d a 3 9

L a gama de instrumentos que W a s h i n g t o n usoacute para contro lar e l caoacutetishyco e i m p r e d e c i b l e proceso mex i cano durante e l segundo decenio de l siglo X X fue notable protestas y presiones diplomaacuteticas y consulares apoyo a u n

3 7 Sobre el tema pueden consultase entre otros Rodolfo Rocha The Influence of the Mexishycan Revolution on the Mexico-Texas Border 1910-1916 tesis doctoral Texas Tech University 1981 Clarence C Clendenen Blood on the Border The United States Army and the Mexican Irregulars Nueva York MacMi l lan 1969 Charles H Harris III y Louis R Sadler The Border and the Revolushytion Clandestine Activities of the Mexican Revolution 1910-1920 Silver City Nuevo Mexico High -Lonsome Books 1988

3 8 Daniel Cosiacuteo Villegas El sistema poliacutetico mexicano las posibilidades de cambio Meacutexico Joashyquiacuten Mortiz 1972 Arnaldo Coacuterdova La formacioacuten del poder poliacutetico en Meacutexico Meacutexico Ediciones Era 1972

3 9 Berta Ul loa La revolucioacuten intervenida relaciones diplomaacuteticas entre Meacutexico y Estados Unidos 1910-1914 Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1971


go lpe mi l i tar enviados presidenciales ante las pr inc ipales facciones revo lu shyc ionarias c ontro l sobre los grupos mexicanos e n l a frontera c ierre de esta m i s m a a cierto t ipo de intercambios econoacutemicos y mil itares acuerdos c o n terceros paiacuteses para l a adopc ioacuten de poliacuteticas comunes frente a Meacutexico ofreshyc imientos de mediacioacuten movilizacioacuten de tropas a l a f rontera y de buques de guerra a los puertos mexicanos amenazas de acciones beacutelicas y o cupa shyc ioacuten m i l i t a r de l p r i n c i p a l puerto mariacutetimo d e l paiacutes (Veracruz) enviacuteo de u n a fuerza exped i c i onar ia a C h i h u a h u a e n 1916 o negativa u o torgamiento d e l r e c o n o c i m i e n t o diplomaacutetico entre o t r o s 4 0

Las acciones estadounidenses e n e l Meacutexico revo luc ionar io tuvieron u n a m u l t i p l i c i d a d de objetivos de l a proteccioacuten de indiv iduos e intereses c o n shycretos a l a formulacioacuten de rec lamaciones generales desde l a neutralizacioacuten de proyectos de algunas potencias europeas hasta l a oposicioacuten a poliacuteticas generales de corte nacional ista c o m o f u e r o n las reformas agraria o petro shylera Esas acciones n o f u e r o n s iempre sistemaacuteticas n i coherentes y e n ocashysiones resul taron contradictor ias en extremo Asiacute p o r e jemplo e n 1913 e l embajador estadounidense apoyoacute e l golpe mi l i tar de V i c t o r i a n o H u e r t a c on shyt ra e l presidente Francisco I M a d e r o pero unos cuantos meses maacutes tarde W o o d r o w W i l s o n e l presidente recieacuten l legado a l poder se propuso c o m o p r i o r i d a d e n su poliacutetica m e x i c a n a e l p o n e r fin a l reacutegimen mil i tar y para e l lo facilitoacute e l t r iunfo de sus adversarios los constitucionalistas L a razoacuten de l a contradiccioacuten anter ior se e n c u e n t r a e n dos formulac iones diferentes d e l intereacutes estadounidense e n Meacutexico mientras que el embajador buscaba l a preservacioacuten de l statu quo e l o tro a l fin profesor de c ienc ia poliacutetica busca-

4 0 Para revisar los conflictos con Estados Unidos durante la Revolucioacuten mexicana desde la perspectiva no siempre parcial de los estadounidenses veacuteanse Larry D H i l l Emissaries to a Revolution Woodrow WilsonsExecutive Agents in Meacutexico Cl inton Mass Louisiana State University Press 1973 Robert Freeman Smith The United States and Revolutionary Nationalism in Meacutexico 1916-1932 Chicago The University of Chicago Press 1972 pp 1-132 John Masoacuten Hart Revolutionary Meacutexico The Corning and Process of the Mexican Revolution Berkeley University of California Press 1997 cap 9 L i n d a B H a l l y D o n M Coerver Revolution on the Border The United States and Meacutexico 1910-1920 Albuquerque University of New Meacutexico Press 1988 Karl M Schrnitt Meacutexico and the United States 1821-1973 Conflict and Coexistence Nueva York J o h n Wiley 8c SonsUniversity of Texas 1974 caps 5 y 6 Daniel Nugent (ed) Rural Revolt in Meacutexico and US Intervention San Diego Center for US-Mexican Studies 1988 sobre todo los caps 1-5 y 9-11 Howard Francis Cline The United States and Meacutexico Nueva York AtheneumHarvard University Press 1963 pp 113-213 Desde el punto de vista mexicano este periodo es aborshydado por Lorenzo Meyer Los grupos de presioacuten extranjeros en el Meacutexico revolucionario Meacutexico Secretariacutea de Relaciones Exteriores 1973 Josefina Zoraida Vaacutezquez y Lorenzo Meyer Meacutexico frente a Estados Unidos Un ensayo histoacuterico 1776-1980 Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1982 caps 6 y 7 Luis G Zorril la Historia de la relaciones entre Meacutexico y los Estados Unidos de Ameacuterica 1800-1958 tomo II Meacutexico Editorial Porruacutea 1966 especialmente las pp 211-482


b a l a creacioacuten de instituciones legiacutetimas que garantizaran ese o r d e n e n e l largo p lazo aunque en el corto p r o d u j e r a n mayor i n e s t a b i l i d a d 4 1

L a intervencioacuten estadounidense tuvo eacutexitos mdash l a destruccioacuten d e l gobiershyn o de H u e r t a p o r e j e m p l o mdash y u n b u e n nuacutemero de fracasos mdash l a mediacioacuten intentada p o r Washington c o n e l apoyo de A r g e n t i n a Bras i l y C h i l e p a r a lograr e l ascenso de u n gobierno n e u t r a l tambieacuten p o r e jemplomdash pero u n resultado n o buscado aunque inevitable fue agudizar e l sentimiento nac io shynal ista e n Meacutexico y popu lar i zar l a i dea de que e l intereacutes nac iona l m e x i c a n o mdash e l intereacutes de las masas ya que ellas eran las supuestas beneficiariacuteas de l a Revolucioacutenmdash y e l estadounidense teniacutean pocos puntos en comuacuten

Es importante notar que l a parte maacutes v io lenta de l a Revolucioacuten mex i ca shyn a y l a adopcioacuten de u n a constitucioacuten nac ional is ta tuvieron lugar poco antes de que los bolcheviques t omaran e l p o d e r e n Rus ia Esa secuencia de las dos pr imeras revoluciones d e l siglo X X permitioacute que e n su fase fundamenta l l a m e x i c a n a fuera m a l vista en m u c h o s ciacuterculos estadounidenses y europeos pero s in que l legara a despertar e l fuerte antagonismo que cualquier i n t e n shyto revo luc ionar io provocaba e n los paiacuteses dominantes u n a vez que e l ant ico shym u n i s m o se instaloacute en sus cancilleriacuteas y ciacuterculos in f luyentes 4 2 C l a r o que a l surgir nuevas diferencias entre Estados U n i d o s y Meacutexico e n los antildeos veinte ya se p u d o acusar de comunistas o instrumentos de los comunistas a los d i r i shygentes mexicanos cuando perseguiacutean simples poliacuteticas nacionalistas c o m o fue e l caso de los presidentes P lutarco El ias Calles y Laacutezaro Caacuterdenas 4 3

4 1 E l proyecto mexicano del presidente Wilson se encuentra en varios discursos y docushymentos redactados por eacutel mismo A l respecto consuacuteltense los tomos apropiados en Arthur S L ink ThePapers ofWoodrow Wilson Princeton NJ Princeton University Press 1978

4 2 E n su etapa inicial los revolucionarios mexicanos tuvieron como bandera simpleshymente la implantacioacuten de un sistema democraacutetico justo como el que imperaba en Estados Unidos de ahiacute que su legitimidad original no pudo ser cuestionada como siacute lo fue la de los bolcheviques rusos

4 3 E n diversos documentos y declaraciones de poliacuteticos estadounidenses el gobierno de Plutarco Elias Calles fue acusado de comunista y bolchevique (State Department Bolshevik Aims and Policies in Meacutexico and Latiacuten America Washington DC enero de 1927 reporte del Departamento de Estado al Congreso de Estados Unidos) Baste decir que algunos autores llegaron a sentildealarlo como una amenaza a la civilizacioacuten americana Wil l iam English Walling The Mexican Question Meacutexico and American-Mexican Relations under Calles and Obregon Nueva York Robins Press 1927 p 178 Paradoacutejicamente cuando Calles es deportado por Caacuterdenas a Texas cuenta un observador de la eacutepoca los perioacutedicos estadounidenses explicaron que habiacutea sido desterrado porque era enemigo del comunismo al grado de llevar consigo un ejemplar de Mein Kampf de Hiuumler Este mismo autor puntualiza que los enemigos del gobierno de Laacutezaro Caacuterdenas acusaban al michoacano de comunista Estas acusaciones se fundamentaban en sus simpatiacuteas colectivistas que de ninguna manera eran suficientes para catalogarlo como un sociashylista doctrinario Henry Bamford Parkes A History of Meacutexico Cambridge Mass The Riverside Press 1950 pp 401 406 Ante los muacuteltiples ataques que trataban de catalogar la reforma agraacute-


L a co inc idenc ia de la fase maacutes vio lenta de la guerra civil mexicana c o n e l estallido de la G r a n G u e r r a en E u r o p a e n el o tontildeo de 1914 llevoacute a que e l gob ierno de Washington desviara el centro de su atencioacuten internacional de Meacutexico al viejo cont inente lo cua l n o s ignif ica que e l p r o b l e m a m e x i c a n o p e r d i e r a i m p o r t a n c i a relativa en l a Casa B l a n c a y e n las cancilleriacuteas euro shypeas L o anter ior permitioacute que los acontec imientos e n Meacutexico se desarrol lashyr a n e n esos cuatro antildeos de guerra m u n d i a l c o n menos inter ferenc ia externa de l a que h u b i e r a hab ido e n u n m u n d o e n p a z 4 4

C u a n d o el reacutegimen mil i tar ista de V i c t o r i a n o H u e r t a fue destruido y l a revolucioacuten se desarrolloacute hasta sus uacuteltimas consecuencias Estados U n i d o s aprovechoacute muy b i e n la coyuntura para e l i m i n a r l o que quedaba de l a i n f l u e n c i a poliacutetica de E u r o p a e n Meacutexico que habiacutea sido u n o de los grandes logros d e l reacutegimen porf ir ista en su e m p e ntilde o p o r construir u n equi l ibr io de l a i n f l u e n c i a de los grandes p o d e r e s 4 5

E l surg imiento de poliacuteticas desestabilizadoras de l a Paz de Versalles e n A l e m a n i a e Italia en los antildeos tre inta que desembocariacutean en el estall ido de u n nuevo confl icto m u n d i a l obl igoacute a Estados U n i d o s a desarrol lar u n a poliacutetica de cooperacioacuten c o n Ameacuterica L a t i n a para aislarla de l a inestabi l idad creciente e n E u r o p a y A s i a provocada p o r l a v io lenta expansioacuten de l fascis-

ria cardenista como una importacioacuten bolchevique hubo observadores neutrales que supieron encontrar las diferencias estructurales baacutesicas entre el gobierno de Caacuterdenas y el sovieacutetico entre la Revolucioacuten mexicana y la rusa por ejemplo Nathaniel y Sylvia Weyl The Reconquest of Meacutexico The Years of Laacutezaro Caacuterdenas Nueva York Oxford University Press 1939 p 227 Joseacute Manuel Puig Casauranc El sentido social del proceso histoacuterico de Meacutexico Un ensayo de interpretacioacuten Buenos Aires Talleres Graacuteficos Tuduri 1935 pp 164-165 Cfr Stanley Rypins Revolutions Mexican and Russian en Hubert Herring y Hebert Weinstock (eds) Renascent Meacutexico Nueva York Covici Friede PublishersThe Committe on Cultural Relations with Latiacuten America 1935 pp 151-167

4 4 L a ausencia de diplomaacuteticos profesionales ingleses por ejemplo impidioacute que Londres se diera cuenta de que en 1916 en Quereacutetaro el carrancismo se proponiacutea elaborar una consshytitucioacuten nacionalista que iba a afectar sus intereses Lorenzo Meyer Su majestad britaacutenica op cit pp 169-177

4 5 C o n el inicio del conflicto beacutelico mundial en 1914 Gran Bretantildea abandonoacute sus esperanshyzas de mantener una presencia fuerte en Meacutexico que contrarrestara el aumento de la influencia estadounidense Sin embargo no se resignoacute a perder terreno frente a otras naciones europeas como Alemania que en la arena de los agentes y espiacuteas buscaba alinear a Meacutexico de su lado Lorenzo Meyer Su majestad britaacutenica op cit pp 241-256 sobre este punto veacuteanse Friedrich Katz La guerra secreta en Meacutexico Meacutexico Ediciones Era 1999 Barbara W Tuchman El telegrashyma Zimmermann Meacutexico Grijalbo 1960 E n el caso de Espantildea es posible decir que la antigua metroacutepoli mostroacute menos capacidad de asimilacioacuten y aprovechamiento del nuevo reacutegimen mexishycano que Estados Unidos Lorenzo Meyer El cactus y el olivo Las relaciones de Meacutexico y Espantildea en el siglo XX Meacutexico Oceacuteano 2001 pp 143-145 Para una revisioacuten panoraacutemica del aumento de la influencia de Estados Unidos en la relaciones con Europa veacutease Lorenzo Meyer Meacutexico en u n triaacutengulo Meacutexico Estados Unidos y Europa en Anne Staples y otros Diplomacia y revolucioacuten Homenaje a Berta Ulloa Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 2000 pp 123-140


m o y el nacionalsocial ismo en esas regiones Frutos de esta cooperacioacuten fue l a aceptacioacuten p o r parte de W a s h i n g t o n de l p r i n c i p i o de no intervencioacuten e n las relaciones interamericanas y de todo ese conjunto de acciones que se eng lobaron bajo e l concepto de Poliacutetica de l a B u e n a V e c i n d a d 4 6 F u e ese ambiente de i n c e r t i d u m b r e in te rnac i ona l previo a la Segunda G u e r r a M u n d i a l lo que permitioacute a Meacutexico l levar a cabo u n a poliacutetica de r e f o r m a agraria que afectoacute intereses estadounidenses y sobre todo decretar e n 1938 y sostener en los antildeos siguientes l a nacionalizacioacuten de las empresas petroleras estadounidenses y ang loho landesas 4 7

E l nac ional ismo m e x i c a n o de l a segunda m i t a d de los antildeos tre inta d e l siglo pasado c h o c oacute de frente c o n los intereses estadounidenses pero las pr ior idades internacionales de W a s h i n g t o n i m p i d i e r o n que en esa ocasioacuten Meacutexico fuera objeto de toda l a presioacuten que Estados U n i d o s h u b i e r a sido capaz de poner sobre su vec ino d e l sur P o r su parte e l gob ierno m e x i c a n o a l a vez que exprop iaba a c iudadanos y empresas estadounidenses tuvo e l cu idado de dejar b i e n c laro que en relacioacuten c o n el gran conf l icto m u n d i a l que se veiacutea venir su intencioacuten era j u g a r d e l lado estadounidense D e esta m a n e r a Meacutexico n o d io incentivos al presidente F r a n k l i n D Roosevelt para empentildearse en acciones decisivas cont ra sus poliacuteticas nacionalistas Fue e n esta coyuntura favorable cuando se cerroacute el c ic lo de la Revolucioacuten mex i ca shyn a Y el tr iunfo d e l gob ierno m e x i c a n o sobre los petroleros sirvioacute c o m o otro e lemento para reforzar e l nac iona l i smo p o p u l a r s in concederle n a d a a l a moderacioacuten estadounidense en ese caso particular

L A S E G U N D A G U E R R A M U N D I A L O U N A C O R T A A L I A N Z A E N T R E D O S P R O Y E C T O S D I S T I N T O S

L a Segunda G u e r r a M u n d i a l fue u n a estupenda coyuntura para que c o n e l pretexto de l a u n i d a d n a c i o n a l e l reacutegimen revo luc ionar io pasara de u n a orientacioacuten de i z q u i e r d a bajo e l cardenismo a u n a de derecha c o n e l a lemanismo D e l a m i s m a f o r m a sirvioacute para que en l a relacioacuten c o n Estados U n i d o s Meacutexico pasara de l a confrontacioacuten nacional ista al c o m p r o m i s o y a comodamiento c o n y dent ro de l a hegemoniacutea es tadounidense 4 8

4 6 Bryce Wood The Making of Good Neighbor Policy Nueva York Columbia University Press 1961

4 7 Lorenzo Meyer Meacutexico y los Estados Unidos en el conflicto petrolero 1917-1942 M x i m T Colegio de Meacutexico 1981 pp 311-465

4 8 Luis Medina Historia de la Revolucioacuten mexicana periodo 1940-1952 Del cardenismo al avila-camachismo Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1978


Tras e l h u n d i m i e n t o de varios buques e l gob ierno mex i cano se declaroacute e n 1942 e n estado de guerra c on las potencias d e l Eje es decir que tomoacute tal decisioacuten poco despueacutes de que Estados U n i d o s h i c i e ra lo mismo L a con shytribucioacuten mex i cana a l a causa de los aliados se centroacute entonces maacutes en los aspectos econoacutemicos y de m a n o de obra que en los mil i tares Y aunque siacute h u b o u n acuerdo de cooperacioacuten mil i tar los maacutes importantes fueron sobre comerc i o y braceros 4 9

E l excepc iona l c l i m a de cooperacioacuten mex i cano - estadounidense de este p e r i o d o fue muy b i e n aprovechado p o r las autoridades mexicanas para lograr que Washington les aceptara u n arreglo def init ivo y en muy bueshynos teacuterminos de l a canasta de problemas que se veniacutea cargando de t iempo atraacutes e n part i cu lar l a falta a los compromisos respecto de l a deuda externa las rec lamaciones acumuladas c omo consecuencia de dantildeos a estadounishydenses durante la guerra revo luc ionar ia y los teacuterminos de pago a las empreshysas petroleras expropiadas en 1938 5 0

Desde luego que el per i odo de l a guerra se caracteriza sobre todo p o r l a cooperacioacuten entre Wash ington y la c i u d a d de Meacutexico P o r p r i m e r a y hasta hoy uacutenica vez Meacutexico fue al iado f o r m a l de Estados U n i d o s en u n conf l icto in ternac iona l S i n embargo a u n e n ese ambiente de entend i shym i e n t o n o de jaron de estar presentes la desconf ianza y e l confl icto E n e l aspecto mi l i tar Meacutexico soacutelo permitioacute l a instalacioacuten de radares en la costa d e l Paciacutefico a condic ioacuten de que su manejo n o fuera exclusivo de l personal mi l i tar estadounidense Y fueron tantas las condic iones que Meacutexico exigioacute para que l a a r m a d a y l a fuerza aeacuterea de Estados U n i d o s construyeran bases e n terr i tor io mex i cano que a l final W a s h i n g t o n desistioacute de sus proyectos e n ambos campos Las negociaciones comerciales tampoco fueron faacuteciles y e l acuerdo de braceros tuvo algunos problemas c o m o consecuencia de la reacshycioacuten m e x i c a n a a actos de discriminacioacuten rac ia l c ont ra trabajadores mexica shynos en T e x a s 5 1

A l t e r m i n a r l a guerra Meacutexico pretendioacute que l a cooperacioacuten entre Estados U n i d o s y Ameacuterica L a t i n a se p r o l o n g a r a e inst i tuc ional izara maacutes allaacute de l a emergenc ia especialmente en e l aacuterea de l a economiacutea pero para

4 9 Blanca Torres Historia de la Revolucioacuten mexicana periodo 1940-1952 Meacutexico en la Segunda Guerra Mundial Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1979 cap 3 Susana Catalina Chacoacuten Domiacutenshyguez Entre el conflicto y la cooperacioacuten negociacioacuten de los acuerdos militar de comercio y de braceros en la relacioacuten bilateral Meacutexico-EEUU (1940-1955) Meacutexico tesis de doctorado Universidad Iberoamerishycana 1996

5 0 Blanca Torres op cit pp 9-62 Lorenzo Meyer Meacutexico y Estados Unidos en el conflicto petrolero op cit pp 254-261

5 1 Sobre estos temas veacutease Susana Chacoacuten Domiacutenguez Entre el conflicto y la cooperacioacuten op cit


entonces las pr ior idades estadounidenses habiacutean cambiado y e l resultado fue u n nuevo desencuentro E n fin c o n l a muerte de l presidente Roosevelt y la conclusioacuten de l a cont ienda l a B u e n a V e c i n d a d tambieacuten llegoacute a su teacutershym i n o 5 2

L A G U E R R A F R Iacute A Y S U F U N C I O N A L I D A D P A R A L A L A R G A E S T A B I L I D A D A U T O R I T A R I A

A l concluir el conflicto mundia l el sistema autoritario mexicano entroacute en su fase de consolidacioacuten y Meacutexico se distinguiriacutea de l resto de Ameacuterica Lat ina por su esshytabilidad y predict ibi l idad elementos centrales en la negociacioacuten de l gobierno mexicano con Estados U n i d o s durante la segunda mitad de l siglo X X

E n 1947 se d i o i n i c i o a u n nuevo confl icto m u n d i a l pero de naturaleza distinta de los anteriores E n efecto la l l amada G u e r r a Friacutea que caracshyterizoacute el sistema m u n d i a l despueacutes de 1947 fue resultado de l a divisioacuten de eacuteste e n dos grandes bloques encabezados p o r sendas potencias atoacutemicas e l capitalista d i r i g ido p o r Estados U n i d o s y e l socialista p o r l a Unioacuten Sovieacutetica Y mientras e l m u n d o entraba e n u n a era de tensiones e incer t idumbres pro shypias de u n sistema b i p o l a r en e l marco de las armas atoacutemicas l a evolucioacuten poliacutetica de Meacutexico se consol idoacute e n e l marco de u n a estabi l idad autor i tar ia envuelta e n u n tenue velo de democrac ia Todaviacutea en 1952 u n a divisioacuten d e n shytro de la clase poliacutetica pondriacutea esa estabi l idad a l borde de l a c r i s i s 5 3 pero u n a vez resuelta l a confrontacioacuten i n t e r n a e l autor i tar ismo presidencial ista se afianzoacute sostenido p o r u n gran part ido corporativo de Estado d o n d e estashyba e l grueso de las organizaciones campesinas L o anter ior le d i o a Meacutexico e l sistema poliacutetico maacutes estable y predec ib le n o soacutelo en Ameacuterica L a t i n a sino en todo e l l l a m a d o tercer m u n d o 5 4

Desde finales d e l gob ierno de Plutarco Elias Calles e n 1928 Washington decidioacute apoyar y sostener l a estabi l idad poliacutetica de Meacutexico c o m o la mejor viacutea para favorecer sus intereses econoacutemicos y poliacuteticos de largo plazo en e l

5 2 Bryce Wood The Dismantling of the Good Neighbor Policy Austin University of Texas Press 1985

5 3 Elisa Serviacuten Ruptura y oposicioacuten el movimiento henriquista 1945-1954 Meacutexico Cal y Areshyna 2001

5 4 L a bibliografiacutea sobre la naturaleza del sistema poliacutetico de Meacutexico en lo que se puede considerar la etapa claacutesica del autoritarismo posrevolucionario es considerable pero entre las visiones generales se puede consultar las de Pablo Gonzaacutelez Casanova La democracia en Meacutexico Meacutexico Ediciones Era 1972 Roger D Hansen The Polines of Mexican Development Bal-timore M d The johns Hopkins Press 1971 Joseacute Luis Reyna y Richard Winert (eds) Authori-tarianism in Meacutexico Filadelfia Institute for the Study of Human Issues 1977 Luis Medina Pentildea Hacia el nuevo Estado Meacutexico 1920-1994 Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1994


paiacutes vec ino de l s u r 5 5 Y fue justamente esa estabi l idad l a me jor carta que e l gob ierno m e x i c a n o tuvo desde entonces para su j u e g o c o n Estados U n i d o s A cambio de garantizar e l completo contro l poliacutetico a l otro lado de l a gran frontera mexicano-estadounidense los dirigentes mexicanos l ograron u n a notable autonomiacutea relativa en mater ia de poliacutetica i n t e r n a y e n ciertas aacutereas de poliacutetica i n t e r n a c i o n a l 5 6 E n teacuterminos generales e l sostenimiento de l a estabil idad m e x i c a n a fue la co inc idenc ia en lo esencial entre los gobiernos de Meacutexico y Wash ington a part i r de l final d e l gob ierno de Calles hasta l a actual idad c o inc idenc ia que en ninguacuten m o m e n t o estuvo exenta de contrashydicciones y choques aunque s iempre bajo cont ro l

D e n t r o de la loacutegica de la G u e r r a Friacutea Ameacuterica L a t i n a e n su conjunto tuvo u n a i m p o r t a n c i a secundaria para las dos potencias pues los teatros pr inc ipales de su gran confrontacioacuten fueron E u r o p a y A s i a aunque c on l a Revolucioacuten cubana p r i m e r o y las guerras civiles de Centroameacuterica despueacutes e l conf l icto Este-Oeste terminoacute p o r entrar de l l e n o e n el subcont inente americano C o m o sea recieacuten in i c iada la G u e r r a Friacutea Wash ington propicioacute l a creacioacuten de u n a organizacioacuten hemisfeacuterica l a Organizacioacuten de Estados A m e r i c a n o s ( O E A ) y l a suscripcioacuten de l Tratado Interamer icano de Asistencia Reciacuteproca (TIAR) c o m o parte de sus alianzas ant icomunistas D e n t r o de este esquema e l pape l de paiacuteses c omo Meacutexico seriacutea e l de meros auxil iares de Estados U n i d o s e n su empresa de mantener l a regioacuten dentro de l a oacuterbita o c c i d e n t a l 5 7

5 5 Lorenzo Meyer The Mexican Revolution and the Anglo-American Powers The End of Confron-tation and the Beginning of Negotiation La j o l l a Cal Center for US-Mexican StudiesUniversity of California i n San Diego 1985

5 6 L a independencia relativa de Meacutexico frente a Estados Unidos estaacute bien analizada en el libro de Mario Ojeda Alcances y liacutemites de la poliacutetica exterior de Meacutexico Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1976

5 7 A la O E A la antecedieron ocho conferencias interamericanas entre 1889 a 1938 que desembocaron en la institucionalizacioacuten del panamericanismo E n esos antildeos anteriores a la Segunda Guerra Mundia l Estados Unidos no teniacutea una hegemoniacutea tan marcada en la regioacuten y era posible encontrar puntos de equilibrio Seguacuten Carlos Marichal eso es lo que muestra una revisioacuten de las actas de dichas conferencias donde se lograron acuerdos entre Estados Unidos y los 20 paiacuteses latinoamericanos asistentes que fueron resultado de negociaciones genuinas Carlos Marichal (coord) Meacutexico y las conferencias panamericanas 1889-1938 antecedentes de la globalizacioacuten Meacutexico Secretariacutea de Relaciones Exteriores 2002 p 19 E l desprestigio del panashymericanismo realmente se inicioacute con las actitudes intervensionistas de Estados Unidos luego de la formacioacuten de la OEA en 1948 E n el principio los paiacuteses latinoamericanos quisieron que la nueva organizacioacuten hiciera hincapieacute en asuntos de cooperacioacuten econoacutemica y se resistieron a que fuera usada como cobertura de potenciales intervenciones estadounidenses en los asuntos internos de los paiacuteses miembros Sin embargo al final de cuentas dominoacute la visioacuten estadounishydense de crear una agencia que velara por la defensa colectiva de las Ameacutericas Veacutease Roger R Trask The Impact of the Co ld War on US-Latinamerican Relations 1945-1949 Diplomatic History vol 1 nuacutem 3 1977 p 281


E l arranque d e l conf l icto g lobal entre Estados U n i d o s y l a Unioacuten Sovieacutetica coincidioacute c o n mdash y propic ioacutemdash el af ianzamiento e n Meacutexico durante e l gobierno de M i g u e l Alemaacuten (1946-1952) de l a corr iente conservadora y anticardenista en el par t ido de Estado E l a lemanismo puede caracterizarse de varias formas pero cua lqu iera que eacutesta sea inc luye u n a defensa de los intereses de l capital sobre e l trabajo de la p r o p i e d a d pr ivada sobre l a ej idal y cooperativa u n a entusiasta b ienvenida a l a inversioacuten externa e l reforzashymiento de l autoritarismo y centralismo presidenciales l a corrupcioacuten puacuteblica abierta u n a host i l idad hac ia la i zqu ierda y sus organizaciones y finalmenshyte la cercaniacutea c o n los Estados U n i d o s 5 8 C o n todo e l an t i c omunismo de M i g u e l Alemaacuten n o fue s imi lar al dominante en e l resto de Ameacuterica L a t i n a sino que fue relativamente discreto se justificoacute y amparoacute e n e l nac ional ismo mdash l o que le impidioacute ser abiertamente proes tadounidensemdash y combinoacute l a represioacuten c o n la cooptacioacuten E n la praacutectica e l a n t i c o m u n i s m o mex icano resultoacute maacutes efectivo que e l ant i comunismo de las dictaduras militares que poco a poco asumiriacutean e l poder en b u e n a parte de Latinoameacuterica 5 9

E l discurso d e l reacutegimen mexicano se definioacute f o rmalmente como revoshyl u c i o n a r i o y nacional ista y para sustanciarlo l a cooperac ioacuten de l gobiershyno c on Estados U n i d o s tuvo liacutemites muy publ ic i tados P o r e jemplo Meacutexico se resistioacute a suscribir lo que e l resto de Ameacuterica L a t i n a aceptoacute u n tratado bi lateral de cooperac ioacuten mi l i tar c on Estados U n i d o s 6 0 L a insistencia estashydounidense a favor de u n a poliacutetica de in tercambio c omerc ia l s in barreras se topoacute con la decisioacuten de Alemaacuten de cubr i r l a naciente industr ia mexica shyn a c o n tarifas y otras poliacuteticas proteccionistas aunque e n esto Meacutexico no estuvo solo pues en b u e n a m e d i d a el m o d e l o de l levar adelante la indusshytrializacioacuten apoyaacutendose e n u n mercado in terno proteg ido terminoacute p o r ser adoptado p o r e l grueso de los paiacuteses l a t inoamer i canos 6 1 T a m p o c o tuvieron m u c h o eacutexito las presiones de Washington para que re to rnaran las empresas expropiadas e n 1938 aunque el gobierno mex i cano se vio en l a necesidad de abr i r u n a pequentildea brecha en su cont ro l de l a indus t r ia para el capital

5 8 Veacutease Stephen R Niblo Meacutexico in the 1940s Modernity Politics and Corruption Wilmingshyton Del Scholarly Resources 1999 pp 131-138 y para una revisioacuten desde una perspectiva internacional veacutease del mismo autor War Diplomacy and Development The United States and Mexico 1938-1954 Wilmington Del Scholarly Resources 1995

5 9 Karl Michael Schmitt Communism in Meacutexico A Study in Political Frustration Austin Tex University of Texas 1965

6 0 Torres Meacutexico y el mundo op cit cap 1 6 1 Para una revisioacuten del proteccionismo alemanista desde la perspectiva fiscal veacutease Enr i shy

que Caacuterdenas La hacienda en Meacutexico y la poliacutetica econoacutemica 1929-1958 Meacutexico Fondo de Cultushyra Econoacutemica E l Colegio de Meacutexico 1994 pp 90-153


extranjero en la exploracioacuten de petroacuteleo viacutea los l lamados contratos riesgo suscritos c on empresas estadounidenses de i m p o r t a n c i a s e c u n d a r i a 6 2

L a G u e r r a Friacutea empezoacute a tener efectos directos en l a relacioacuten bilateshyr a l Meacutexico-Estados U n i d o s a raiacutez de l a crisis de Guatemala Ahiacute Estados U n i d o s apoyoacute activamente e l mov imiento armado que e n 1954 puso fin a l gob ierno reformista de Jacobo A r b e n z A l final de ese decenio e l t r iunfo de l mov imiento revo luc ionar io cubano encabezado p o r F i d e l Castro y e l raacutepido deter ioro de l a relacioacuten entre L a H a b a n a y W a s h i n g t o n l levaron a Estados U n i d o s a usar a f ondo la vocacioacuten ant i comunis ta de la O E A en su afaacuten de p o n e r fin a l reacutegimen cubano Para Meacutexico l a defensa de su p r i n shyc ip io f u n d a m e n t a l de poliacutetica exter ior mdash l a n o intervencioacuten de u n paiacutes e n los asuntos internos de o t r o mdash se compl icoacute pues lo obl igoacute a actuar de tal m a n e r a que s in r e n u n c i a r abiertamente a su posicioacuten ant i intervensionista y ant i imperia l is ta y transformarla en u n a proestadounidense evitara chocar de frente c o n las acciones de Estados U n i d o s contra G u a t e m a l a o C u b a E l navegar entre dos aguas c o n eacutexito permitioacute a los gobiernos mexicanos de l a eacutepoca preservar u n espacio de m a n i o b r a frente a Estados U n i d o s que les generoacute l eg i t imidad in te rna sostuvo e l discurso nacional ista d e l reacutegimen y a l a vez dejoacute al gob ierno negoc iar c o n C u b a para que n o apoyara de n i n g u n a m a n e r a a l a i zqu ie rda rad i ca l mex i cana Fue asiacute c o m o Meacutexico e n l a praacutectishyca se unioacute a l b l oqueo e c o n oacute m i c o contra C u b a pero d io asilo a mil i tantes guatemaltecos y mantuvo relaciones diplomaacuteticas c o n C u b a a pesar de acepshytar la tesis de l a i n c o m p a t i b i l i d a d de l sistema socialista c o n los pr inc ip ios de la democrac ia representativa que supuestamente e ran los propios d e l sistema i n t e r a m e r i c a n o 6 3

L a caracteriacutestica de l a poliacutetica m e x i c a n a hac ia Estados U n i d o s en e l in i c i o de la segunda m i t a d d e l siglo X X fue l a l u c h a p o r l a preservacioacuten de u n a i n d e p e n d e n c i a poliacutetica r e l a t i v a 6 4 S i n embargo en m o m e n t o s de ten-

6 2 Veacutease Lorenzo Meyer Meacutexico y los Estados Unidos en el conflicto petrolero op cit pp 403-442 y 450-460 Sobre los intentos ingleses por dar marcha atraacutes a la expropiacioacuten petrolera veacutease tambieacuten Lorenzo Meyer Su majestad britaacutenica op cit caps 7 y 8

6 3 Olga Pellicer Meacutexico y la Revolucioacuten cubana Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1972 Sergio Aguayo Quezada El panteoacuten de los mitos Meacutexico Grijalbo 1998

6 4 Sobre el concepto de independencia relativa Mario Ojeda plantea que Estados Unidos parecioacute haber estado dispuesto a tolerar una poliacutetica disidente por parte de Meacutexico si eso ayushydaba a fomentar la estabilidad poliacutetica interna del paiacutes que era uno de sus intereses centrales en relacioacuten con el vecino del sur Es necesario recordar para entender este mecanismo en toda su amplitud que la estabilidad poliacutetica de Ameacuterica Latina pero principalmente la de Meacutexico debido a la vecindad directa quedoacute ligada al sistema de seguridad de los Estados Unidos Alcances y liacutemites de la poliacutetica exterior de Meacutexico op cit 2001 pp 121 Dean Rusk secretario de Estado planteoacute en un documento del 18 de febrero de 1964 la misma idea al aconsejar al entonces presidente de Estados Unidos Lyndon B Jonhson sobre la actitud que deberiacutea tomar


sioacuten extrema c omo fue e l caso de l a crisis de los misiles sovieacuteticos en C u b a e n octubre de 1962 Meacutexico n o tuvo maacutes r e m e d i o que situarse de m a n e r a i n c o n d i c i o n a l de l lado de Wash ington y e n cont ra de Moscuacute y L a H a b a n a pero lo h i zo de tal f o r m a que el gob ierno cubano sostuvo puacuteblicamente que Meacutexico seguiacutea ten iendo u n a posicioacuten i n d e p e n d i e n t e 6 5 Y esta situacioacuten n o varioacute inc luso cuando se puso a l descubierto que u n func i onar i o adscrito a l a embajada m e x i c a n a en L a H a b a n a H u m b e r t o C a r r i l l o Coloacuten era u n agenshyte es tadounidense 6 6

E l t r iun fo de la revolucioacuten sandinista e n N i c a r a g u a e n 1979 revivioacute e l p r o b l e m a planteado antes p o r Guatemala y C u b a pues ademaacutes de abr ir u n nuevo frente de l a G u e r r a Friacutea en ese paiacutes cercano las brutales guerras c ivi shyles de G u a t e m a l a y E l Salvador h i c i e r o n que toda Centroameacuterica se convirshyt iera en u n nuevo teatro de l a confrontacioacuten Este-Oeste u n o de los uacuteltimos E n e l i n i c i o los nuevos descubrimientos petroleros mexicanos y su empleo como mater ia estrateacutegica le p e r m i t i e r o n a l pres idente Joseacute Loacutepez Por t i l l o desempentildear e l pape l de cabeza de po tenc ia m e d i a c o n intereses propios e n e l aacuterea c e n t r o a m e r i c a n a 6 7 Desafortunadamente l a draacutestica baja en el pre shycio de los h idrocarburos y la crisis final d e l m o d e l o e c o n oacute m i c o mexicano e n 1982 c o m b i n a d a c o n la agresiva poliacutetica exter ior d e l gob ierno encabezado p o r R o n a l d Reagan h i c i e r o n que Meacutexico apenas p u d i e r a cubr i r las aparienshycias de su ret i ro efectivo c omo actor c o n agenda p r o p i a a l sur de l Suchiate n o sin antes despertar l a an imos idad de los sectores maacutes conservadores de W a s h i n g t o n 6 8

L a G u e r r a Friacutea es tambieacuten la variable que me jor exp l i ca e l s i lencio estashydounidense ante l a evidente naturaleza autor i tar ia d e l reacutegimen poliacutetico mexicano y sus violaciones a los derechos h u m a n o s especialmente en 1968 y

frente a la relacioacuten de Meacutexico con Cuba durante un encuentro que sostendriacutea con Adolfo Loacutepez Mateos Aveces su poliacutetica exterior es muy independiente por ejemplo en el caso de Cuba y en sus relaciones comerciales y culturales con China Pero cuando los asuntos fundashymentales estaacuten enjuego nosotros siempre hemos comprobado que se muestra comprensivo y deseoso de ser uacutetil Cit por Kate Doyle Meacutexico-EU-Cuba el pacto secreto Proceso nuacutem 1374 2 de marzo de 2003 p 43

6 5 Veacutease la referencia a Meacutexico en el discurso de Fidel Castro del 26 de jul io de 1964 6 6 Sobre el particular veacutease Jorge G Castantildeeda en Robert K Pastor yjorge G Castantildeeda

Limits to Friendship The United States and Meacutexico Nueva York Alfred A Knopf 1988 p 126 6 7 Jorge G Castantildeeda iquestQueacute hacemos en Centroameacuterica en Meacutexico el futuro enjuego

Meacutexico Joaquiacuten Mort iz Planeta 1987 pp 55-73 6 8 Rene Herrera Zuacutentildeiga y Mario Ojeda La poliacutetica de Meacutexico hacia Centroameacuterica 1979-1982

Meacutexico E l Colegio de Meacutexico 1983 Como ejemplo de la reaccioacuten de la derecha estadounishydense veacutease Constantine C Menges Inside the National Security Council The True Story of the Making and Unmaking of Reagans Foreign Policy Nueva York Simoacuten amp Schuster 1988 y Los Estados Unidos y Ameacuterica Latina en los ochentas Foro Internacional vol 22 nuacutem 4 abril-junio de 1982 pp 425-446


durante la guerra sucia que siguioacute a la represioacuten de l mov imiento estudianshyt i l 6 9 Y ese mismo factor se volvioacute a manifestar en la relacioacuten Meacutexico-Estados U n i d o s cuando Wash ington al i gua l que el resto de las potencias occ idenshytales aceptaron c o m o legiacutetima la dudosa victor ia electoral de Carlos Salinas e n 1988 sobre la cand idatura moderadamente izquierdista de C u a u h t e m o c Caacuterdenas 7 0 C o n la caiacuteda d e l m u r o de Berliacuten y la posterior desaparicioacuten de l a URSS el a n t i c o m u n i s m o dejoacute de ser u n factor determinante en l a relacioacuten Meacutexico-Washington

E L T R A T A D O D E L I B R E C O M E R C I O D E A M Eacute R I C A D E L N O R T E ( T L C A N ) O E L G R A N V I R A J E D E L P R O Y E C T O N A C I O N A L I S T A

E l fracaso ro tundo y definit ivo en 1982 de la economiacutea semicerrada mexicashyn a basada en el mercado in terno y e l protecc ionismo para c o n la empresa

6 9 Algunos documentos sobre la indiferencia y demaacutes reacciones estadounidenses ante la guerra sucia y otros episodios fundamentales para entender la transicioacuten mexicana a la demoshycracia como la matanza de 1968 y la represioacuten de 1971 han sido revelados por la organizacioacuten National Security Archives Meacutexico Project (los trabajos de esta organizacioacuten pueden ser conshysultados en wwwnsarchiveorgmexico) Parte de sus hallazgos han sido publicados en espantildeol por Kate Doyle L a diplomacia tranquila de Estados Unidos Proceso nuacutem 1384 11 de mayo de 2003 pp 20-25 Los Halcones made in USA Proceso nuacutem 1388 8 de jun io de 2003 pp 36-42 Nuestros antildeos ciacutenicos Proceso nuacutem 1392 6 de jul io de 2003 pp 26-28 Nixon y Echeshyverriacutea almas afines Proceso nuacutem 1398 17 de agosto de 2003 pp 37-42 E l 68 desconcierto de Washington Proceso nuacutem 1405 5 de octubre de 2003 pp 28-37 L a guerra sucia vista desde Washington Proceso nuacutem 1414 7 de diciembre de 2003 pp 26-30 Para una visoacuten geshyneral de los enfoques acadeacutemico periodiacutestico y testimonial de la naturaleza de la guerra sucia en Meacutexico veacuteanse Sergio Aguayo Quezada La charola una historia de los servicios de inteligencia en Meacutexico Meacutexico Grijalbo 2001 Jul io Scherer Garciacutea y Carlos Monsivaacuteis Los patriotas de Tla-telolco a la guerra sucia Meacutexico Aguilar 2004 Florencia Lugo Hernaacutendez El asalto al cuartel de Madera 23 de septiembre de 1965 testimonio de un sobreviviente Meacutexico Centro de Derechos Humanos Yaxkin A C F o r o Permanente por la Comisioacuten de la Verdad 2003 Ignacio Arturo Salas Obregoacuten Cuestiones fundamentales del movimiento revolucionario o manifiesto al proletariado Meacutexico Tierra RojaHuasipungo 2003 Rauacutel Ramos Zavala y Arturo Gaacutemiz Garciacutea El tiempo que nos tocoacute vivir y otros documentos de la guerrilla en Meacutexico Meacutexico Tierra RojaHuasipungo 2003 Joseacute Enrique Gonzaacutelez Ruiz El banquito de la foto del recuerdo El chino y el invidente dos cuenshytos de la guerra sucia en Meacutexico Meacutexico Tierra RojaComisioacuten Estatal de Derechos Humanos de Quereacutetaro 2003 David Ci l ia Olmos La maacutequina de destruir gente Meacutexico Comisioacuten Estatal de Derechos Humanos de QuereacutetaroCentro de Derechos Humanos Yaxkin A C 2002

7 0 Como primera reaccioacuten diferentes medios de comunicacioacuten internacionales apuntashyron la necesidad de una mayor apertura poliacutetica en Meacutexico si el PRI queriacutea mantenerse en el poder aunque no llegaron a poner en tela de juicio la viabilidad de un gobierno emanado de elecciones dudosas Veacutease como ejemplo el artiacuteculo y la entrevista con Carlos Salinas de Gortari en Meacutexico too Cioacutese for Comfort Salinas Claims Victory but the Party is Shaken Time vol 132 nuacutem 318 de ju l io de 1988 pp 20-22 Entre los otros muchos ejemplos estaacute Newsweek que


local significoacute tambieacuten u n a crisis poliacutetica mayuacutescula E n efecto en b u e n a m e d i d a la l eg i t imidad de l autoritarismo posrevoluc ionario mexicano estushyvo basada en la relativa eficacia de su comportamiento econoacutemico Esa efishycacia se puede resumir e n e l crec imiento p r o m e d i o anua l de l PIB de 6 desde mediados d e l siglo X X hasta e l estallido de l a c r i s i s 7 1 Para rean imar la economiacutea recargar de l eg i t imidad el reacutegimen de l PRI y sobre todo a su p rop io gobierno e l presidente Salinas decidioacute llevar a cabo u n cambio susshytantivo en l a orientacioacuten externa de Meacutexico Hasta 1982 e l intereacutes nac iona l estuvo def in ido p o r l a preservacioacuten de la i n d e p e n d e n c i a relativa de l paiacutes e n lo poliacutetico y e n lo e conoacutemico frente a Estados U n i d o s S i n embargo e n 1989 Salinas decidioacute in i c iar negociaciones para celebrar u n tratado de l ibre comerc io c o n Estados U n i d o s y Canadaacute lo que implicoacute c ont inuando con el desmaacutentelarniento de l protecc ionismo sacrificar numerosas empresas incashypaces de aguantar e l embate de l a apertura y ponerse a tono con el mode lo neo l ibera l demandado p o r e l l lamado Consenso de Wash ington aceleranshydo el proceso de privatizacioacuten E l contro l autoritario d e l proceso poliacutetico por e l presidente le permitioacute a Salinas i m p o n e r su decisioacuten sobre aquellos actoshyres y grupos que se resistieron al cambio Meacutexico tuvo que aceptar entonces e l l ibre in tercambio en aquel lo deseado p o r Estados U n i d o s mdash c o m e r c i o y

luego de sentildealar el fraude y la necesidad de cambio poliacutetico en Meacutexico despueacutes de las elecshyciones de 1988 puso mayor eacutenfasis en su cobertura de Ameacuterica Latina en el proceso poliacutetico chileno que en los efectos del decadente autoritarismo mexicano Stryker McGuire Mexicos Elections Shock The Only Certain Result Is the Countrys Political Transformation Newsweek vol 112 num 3 pp 8-10 A los pocos meses la imagen internacional de Salinas crecioacute debido a la fuerte campantildea de relaciones puacuteblicas emprendida por el gobierno Como primer ejemplo de esta campantildea en el mismo nuacutemero de 1990 en que publicaba una resentildea en la que se sentildeashylaba que el gobierno mexicano estaba tratando de mejorar su imagen mediante exposiciones como la de Meacutexico esplendores de treinta siglos del Metropolitan Museum of Art de Nueva York la revista Time incluiacutea un suplemento de 16 paacuteginas pagado por el propio gobierno mexishycano como propaganda Robert Hughes Onward from Olmec A Monumental Exhibit of Mexicos Ar t Redeems the Images Problem Time vol 136 num 42 pp 50-52 L a estrategia tuvo tal resultado que poco maacutes de un mes despueacutes Time dedicariacutea su portada al nuevo rostro de la modernizacioacuten del paiacutes Salinas sentildealado en la misma portada como A Man in a Hurry

J i l l Smolowe Going at Ful l Tilt Salinas Gets H i g h Marks for Modernizing Mexicos Economy but He Is Not Nearly as Far A long on His Pledge to Bui ld a Multiparty Democracy Time vol 136 num 47 pp 16-21 L a purificacioacuten de imagen por parte de Newsweek fue incluso maacutes raacutepida U n retrato de Salinas durante sus ejercicios matutinos al lado de la leyenda The Giant Killer Mexicos Salinas Gets Tough Fast fue la portada de esta revista a principios de mayo de 1989 Stryker McGuire Mexicos Giant Kil ler After a Shaky Start Salinas Gets Tough Fast Newsweek vol 113 num 19 pp 8-13

7 1 Para una visioacuten general de la naturaleza de la economiacutea mexicana y de sus cambios en la segunda mitad del siglo XX veacutease Manuel Gollaacutes Breve relato de cincuenta antildeos de poliacutetica econoacutemica en Ilaacuten Bizbergy Lorenzo Meyer (eds) Una historia contemporaacutenea de Meacutexico t 1 Meacutexico Oceacuteano 2003 pp 223-311

J U L - S E P T 2006 E S T A D O S U N I D O S Y L A EVOLUCIOacuteN D E L N A C I O N A L I S M O 451

finanzasmdash pero no en el aacuterea e n que habiacutea resistencias internas e l l ibre flujo de m a n o de o b r a 7 2 L a negociacioacuten de l T L C A N quedoacute conc lu ida e n 1993 y e l tratado entroacute en vigor en enero de l antildeo siguiente

E l efecto de l T L C A N sobre e l c omerc i o entre Meacutexico y Estados U n i d o s fue realmente asombroso E n diez antildeos el in tercambio comerc ia l de Meacutexico c o n su vec ino de l norte habiacutea alcanzado la c i fra de 275000 mi l l ones de doacutelares a n u a l e s 7 3 y la inversioacuten estadounidense directa acumulada llegoacute en ese antildeo de 2004 a 95000 mi l l ones de doacute lares 7 4 E l T L C A N fue propuesto y cabi ldeado p o r Meacutexico en l a pres idenc ia e l Congreso y l a opinioacuten puacuteblica de Estados U n i d o s durante e l gob ierno repub l i cano de George B u s h padre A l final c o n resistencias l a oferta m e x i c a n a fue aceptada p o r su sucesor e l gob ierno demoacutecrata de W i l l i a m C l i n t o n aunque n o sin antes antildeadirle claacuteushysulas sobre proteccioacuten de l m e d i o ambiente y salvaguardas laborales para acal lar a quienes en Estados U n i d o s temiacutean la competenc ia desleal p o r l a ausencia de costos de proteccioacuten ambienta l y p o r l a existencia de m a n o de o b r a explotada en Meacutexico Maacutes de u n observador supuso que c o n el T L C A N se habiacutea dado u n golpe de muerte a l viejo nac ional ismo revo luc ionashyr i o y que se entraba en u n espacio nuevo para Meacutexico el uacutenico compat ib le

7 2 U n a croacutenica de la complicada negociacioacuten del tratado se encuentra en Javier Garcia-diego et al El TLC diacutea a diacutea Meacutexico Editorial Porruacutea 1994

7 3 E n teacuterminos generales a partir de la entrada en vigor del T L C A N el comercio con Esshytados Unidos casi se ha triplicado E l monto total de los intercambios es decir la suma de importaciones y exportaciones crecioacute 25 veces al pasar de 106435 millones de doacutelares en 1994 a 274669 millones de doacutelares en 2004 Las exportaciones crecieron a un ritmo maacutes acelerado que las importaciones E n 1994 Meacutexico exportaba mercanciacuteas por un valor 51 645 millones e importaba 54790 millones E n 2004 la cifra de las exportaciones era de 165111 millones de doacutelares mdashmaacutes del triplemdash mientras que la de las importaciones fue de 109558 millones es decir que apenas se duplicaron L a balanza comercial mexicana pasoacute de un deacuteficit de 3 145 millones de doacutelares en 1994 a un superaacutevit de 55553 millones en 2004 (wwweconomiagob mx consultada el 24 de agosto de 2005)

7 4 L a inversioacuten estadounidense acumulada ascendiacutea en 2004 a 949887 millones de doacutelares y equivaliacutea a 626 de la inversioacuten extranjera directa (IED) total destinada al paiacutes entre enero de 1994 y marzo de 2005 A l mes de marzo de 2005 habiacutea registradas 16830 sociedades con participacioacuten estadounidense en su capital social esto es 540 del total de sociedades con IED en Meacutexico (31181) Las empresas con inversioacuten estadounidense se dedicaban a los servicios (433) manufactura (292) y comercio (205) y se localishyzaban en mayor medida en el Distrito Federal Baja Cal i fornia Baja Cali fornia Sur y Nueshyvo Leoacuten Entre enero de 1999 y marzo de 2005 las empresas con capital estadounidense realizaron inversiones por 66 2804 millones de doacutelares lo que representoacute 635 de la IED total que ingresoacute en el paiacutes en ese lapso (1043237 millones de doacutelares) y dio lugar a que Estados Unidos se ubicara en la pr imera posicioacuten entre los inversionistas en Meacutexico Seshycretariacutea de Economiacutea Inversioacuten de Estados Unidos en Meacutexico Meacutexico Subsecretariacutea de Normatividad Inversioacuten Extranjera y Praacutecticas Comerciales Internacionales 2005 tomado de wwweconomiagobmx consultada el 24 de agosto de 2005


c o n l a dinaacutemica de la globalizacioacuten 7 5 A l final el resultado n o fue tan claro c o m o los autores de l T L C A N lo habiacutean propuesto L a poliacutetica econoacutemica seguida p o r el gobierno de Salinas buscoacute dar l a sensacioacuten de eacutexito i n m e shydiato mdash e l ingreso masivo de capital externo especulativo permitioacute p o r u n t i empo tener u n peso fuerte y u n a balanza positiva c o n e l ex ter i o rmdash pero desembocoacute en u n a crisis mayuacutescula que h izo caer e l PIB en 7 en 1995 y se requirioacute de la ayuda estadounidense mdash u n preacutestamo respaldado p o r las ventas mexicanas de petroacute leomdash para sortearla C u a n d o finalmente se logroacute l a recuperacioacuten mdash a l r e d e d o r de 1997mdash u n a parte importante de la magia d e l T L C A N se habiacutea perd ido pues Meacutexico seguiacutea s in salir de l estancamiento e conoacutemico E l impacto de u n a recesioacuten estadounidense a inicios de l siglo X X I volvioacute a hacer caer los modestos iacutendices de crec imiento de la economiacutea m e x i c a n a y aunque para e l 2004 se habiacutea re in i c iado l a recuperacioacuten mdash e n b u e n a m e d i d a gracias al aumento en los precios de las exportaciones petroshylerasmdash e l iacutendice de crec imiento d e l PIB e n ese antildeo mdash 4 mdash no era lo que or ig ina lmente se habiacutea asociado c o n e l cambio de orientacioacuten de l a econoshymiacutea mex i cana y contrastaba muy desfavorablemente c o n e l crec imiento de C h i n a mdash q u e era de maacutes de l d o b l e mdash paiacutes que se habiacutea apoderado d e l pape l que Meacutexico habiacutea esperado desempentildear c o n el T L C A N el de l gran proveedor de manufacturas ligeras d e l mercado de Estados U n i d o s Para 2004 C h i n a habiacutea desplazado ya a Meacutexico c omo e l segundo exportador a este paiacutes

L a firma de l T L C A N significoacute u n viraje m u y dramaacutetico e n teacuterminos d e l proyecto nac i ona l mex i cano que habiacutea prevalec ido hasta entonces E l ant i shyguo proyecto p roduc to de l nac iona l i smo revo luc ionar io tuvo c omo meta expliacutecita ensanchar l a i n d e p e n d e n c i a relativa de Meacutexico frente a su gran vec ino d e l norte Parte sustantiva de tal proyecto o aspiracioacuten fue l a mex ica -nizacioacuten d e l sistema bancar io l a expropiacioacuten de las plantaciones extranjeshyras y de l a industr ia petro lera la nacionalizacioacuten de los ferrocarriles p r i m e r o y de l a indus t r ia eleacutectrica despueacutes maacutes l a legislacioacuten sobre inversioacuten extranshyj e r a que impediacutea o l imi taba su participacioacuten e n ciertas actividades consideshyradas estrateacutegicas en l a defensa de l a soberaniacutea 7 6 S i n embargo l a gran crisis

7 5 L a caiacuteda de las barreras arancelarias expondriacutea a las empresas mexicanas a competishydores que con frecuencia seriacutean mucho maacutes ricos con fuerza de trabajo mejor educada maacutes competitivos y con tecnologiacuteas maacutes sofisticadas A pesar de estas expectativas el TLCAN ha gashynado apoyo popular en Meacutexico donde largamente golpeados por la propiedad estatal y la susshytitucioacuten de importaciones auacuten estaacuten embarcados en el proceso de adaptarse a la disciplina del mercado Los mexicanos estaacuten convencidos ahora de que el libre mercado podriacutea ayudarles a que su economiacutea alcance el tamantildeo actual del canadiense en diez antildeos (TheEconomist 13 de noviembre de 1993)

7 6 Bernardo Sepuacutelveda y Antonio Chumacero La inversioacuten extranjera en Meacutexico Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1973 Miguel Wionczek El nacionalismo mexicano y la inversioacuten extranjera Meacutexico Siglo X X I Editores 1977


d e l m o d e l o econoacutemico protecc ionista y e l c rec imiento exponenc ia l de l a d e u d a externa l levaron a que e l gob ierno m e x i c a n o abandonara l a presershyvacioacuten de l a autonomiacutea relativa para fincar l a recuperacioacuten de l c rec imiento e c o n oacute m i c o en su opuesto l a integracioacuten d e l sistema product ivo m e x i c a n o y de su mercado en e l de Estados U n i d o s 7 7 C o m o se sentildealoacute al i n i c i o de este trabajo la opinioacuten puacuteblica m e x i c a n a n o vio de m a n e r a muy positiva l a nueva orientacioacuten

U N N U E V O I M P E R I O D E L M A L Y E L R E T O R N O D E V I E J A S E X I G E N C I A S

E l fin de l a l u c h a global contra e l c o m u n i s m o y l a reafirmacioacuten de Estados U n i d o s c o m o la uacutenica superpotenc ia c a m b i a r o n e l escenario m u n d i a l a l finalizar e l siglo X X E n u n m u n d o s in rivales Wash ington asumioacute que era soacutelo cuestioacuten de t iempo el t r iunfo g lobal de variantes de l a democrac ia d e n shytro d e l m a r c o de l a globalizacioacuten es decir de l a construccioacuten de u n uacutenico y gran mercado m u n d i a l Se habiacutea l legado asiacute e n los teacuterminos de Francis F u k u y a m a a l f ina l de l a h is tor ia es decir a l a universalizacioacuten de los valoshyres e intereses de O c c i d e n t e 7 8 V i e n d o e l m i s m o f enoacutemeno desde otra persshypectiva l o que estaba emerg iendo era e l mayor i m p e r i o de l a histor ia o e n teacuterminos d e l profesor N i a l l Ferguson la transformacioacuten de Estados U n i d o s e n u n coloso que s in embargo se mostraba reticente a vestir puacuteblicamente e l m a n t o i m p e r i a l 7 9 Este histoacuterico cambio d e l sistema m u n d i a l coincidioacute c o n otro igualmente sustantivo en e l p lano i n t e r n o mex i cano en j u n i o de 2000 e l par t ido de Estado que habiacutea d o m i n a d o e l escenario poliacutetico m e x i shycano desde 1929 se vio forzado a aceptar su derro ta e n las urnas frente a l a derecha democraacutetica encabezada p o r V i c e n t e Fox

E l cambio poliacutetico m e x i c a n o tambieacuten se llevoacute a cabo sin v io lenc ia E l viejo autor i tar ismo s implemente ya n o tuvo l a capac idad de resistir las demandas democraacuteticas mdash e n t r e otras cosas p o r q u e l a coartada d e l autoshyr i tar ismo c o m o l a mejor defensa c o n t r a e l c o m u n i s m o habiacutea p e r d i d o su razoacuten de s e r mdash y p o r p r i m e r a vez e n l a h is tor ia poliacutetica d e l paiacutes se abrioacute l a p o s i b i l i d a d de echar los c imientos de u n reacutegimen poliacutetico de naturaleza democraacutetica E n esas condic iones l a nueva d i r i genc ia mex i cana consideroacute

7 7 Sydney Weintraub A Marriage of Convenience Relations between Meacutexico and the United States Nueva York Oxford University 1990 Veacutease tambieacuten V Bulmer-Thomas N ikk i Craske y Meacutenica Serrano (coords) Meacutexico frente al TLC costos y beneficios Meacutexico E l Colegio de MeacutexicoLoteriacutea Nacional para la Asistencia Puacuteblica 1994 y Stevens Globerman Assessing NAFTA A Trinational Analysis Vancouver Fraser Institute 1993

7 8 Francis Fukuyama El fin de la historia y el uacuteltimo hombre Buenos Aires Planeta 1992 7 9 N ia l l Ferguson Colossus ThePrice of Americaa Empire Nueva York Penguin 2004


que podiacutea negociar c on Estados U n i d o s e l bono-democraacutet ico que acashybaba de ganar y se propuso remode lar e l T L C A N d e m a n d a n d o la regu lar i -zacioacuten de los trabajadores mexicanos indocumentados en Estados U n i d o s y e l desarrol lo de u n a relacioacuten pr iv i leg iada entre los dos paiacuteses vecinos S i n embargo tan prometedor hor izonte se ensombrecioacute de golpe el 11 de septiembre de l 2001 cuando u n mov imiento fundamental is ta islaacutemico mdash A l Q a e d a mdash atacoacute de m a n e r a espectacular e l C e n t r o M u n d i a l de Negocios e n N u e v a Y o r k y e l Pentaacutegono e n Wash ington L a respuesta al inesperado atashyque fue l a declaracioacuten de l presidente George W B u s h de u n a l u c h a g lobal contra e l terror ismo y asiacute e n u n instante se volvioacute a recrear el marco de u n confl icto universal entre e l b i e n y e l m a l conf l icto que le permitioacute a W a s h i n g t o n exig ir a todos los componentes d e l sistema m u n d i a l u n a de f in i shyc ioacuten sin titubeos uni latera l en l a nueva p o l a r i d a d q u i e n n o esteacute c o n nososhytros estaraacute contra nosotros D e esta m a n e r a e l 11 de septiembre n o soacutelo relegoacute a u n lugar muy secundario a Meacutexico e n l a agenda estadounidense s ino que obligoacute al nuevo gob ierno m e x i c a n o a tomar posicioacuten en cuestiones que s in ser de su intereacutes inmed ia to lo eran y de m a n e r a fundamenta l para Wash ington E n este entorno s in matices constru ido p o r Estados U n i d o s Meacutexico debioacute enfrentar los costos que implicoacute d i fer i r respecto de ciertos p lanteamientos fundamentales p a r a e l gob ierno estadounidense y aunque l o hizo de m a n e r a suave n o p u d o evitar e l surg imiento de tens iones 8 0 L a d i ferenc ia p r i n c i p a l tuvo lugar a in ic ios de 2003 cuando Meacutexico decidioacute apoyar dentro de l Consejo de Segur idad de l a O N U u n p u n t o de vista re lat i shyvamente diferente de l de W a s h i n g t o n tras a n u n c i a r este uacuteltimo su decisioacuten de usar l a fuerza contra e l I raq de S a d d a m H u s s e i n a l que acusoacute de poseer i legalmente armas de destruccioacuten masiva ( A D M ) Meacutexico n o h u b i e r a p o d i shyd o aceptar l a doc t r ina de accioacuten un i la te ra l esgr imida entonces p o r Estados U n i d o s y G r a n Bretantildea s in contradec i r sus posic iones histoacutericas re lac ionashydas c o n la n o intervencioacuten y pagar u n alto costo in te rno Y p o r eso sostuvo pese a las presiones estadounidenses e n contra que antes de leg i t imar el uso de l a fuerza contra Iraq era necesario que Estados U n i d o s obtuviera de Nac iones U n i d a s u n a resolucioacuten expliacutecita es decir u n a que fuera p r o d u c shyto de u n a negociacioacuten mul t i la tera l Estados U n i d o s s implemente se negoacute a negociar su derecho a l a legiacutetima defensa y pasoacute a l a accioacuten directa A l final los invasores angloestadounidenses n o e n c o n t r a r o n n i n g u n a A D M e n Iraq y l a posicioacuten de Meacutexico y los otros paiacuteses que habiacutean considerado

8 0 L a queja de Estados Unidos por la frialdad oficial de Meacutexico tras el ataque terrorista de septiembre de 2001 estaacute claramente expresada por el ex embajador en Meacutexico Jeffrey Da-vidow en El oso y elpuercoespiacuten Testimonio de un embajador Meacutexico Grijalbo 2004


p r e m a t u r a la accioacuten mi l i tar fue re iv ind i cada p o r los hechos pero eso n o impidioacute q u e la relacioacuten poliacutetica c o n Estados U n i d o s quedara afectada 8 1

L A A G E N D A B I L A T E R A L A L C O N C L U I R E L S I G L O X X Y E L INICIO D E L X X I

A l enfocar la agenda bi lateral Meacutexico-Estados U n i d o s se descubre que en l a segunda m i t a d d e l siglo X X se retomoacute parte d e l estilo e inc luso de l a esenshyc ia de l o que habiacutea sido esa relacioacuten en la eacutepoca d e l por f i r iato m a d u r o salvo p o r u n punto la relacioacuten c o n E u r o p a o c o n cua lqu ier otra regioacuten pues n i n g u n a teniacutea ya capac idad de servir c o m o fuerza neutra l izadora de l a i n f l u e n c i a estadounidense Asiacute para u n Meacutexico estable y autoritario que quedoacute maacutes que n u n c a bajo el paraguas d e l poder iacuteo de Estados U n i d o s l a i m p o r t a n c i a relativa d e l resto d e l m u n d o disminuyoacute E n ese entorno intershyn a c i o n a l sobredeterminado p o r l a i n f l u e n c i a de Estados U n i d o s e l g rupo gobernante mex i cano dedicoacute e l grueso de su energiacutea e n e l campo intershyn a c i o n a l a l eg i t imar su reacutegimen mdash p a r a e l que pidioacute y obtuvo u n reconoc i -

8 1 Este periodo de fricciones coincidioacute con la decisioacuten de la administracioacuten de George Bush de sustituir a Jeffrey Davidow embajador de carrera designado durante el periodo preshysidencial de Wil l iam Clinton por el texano Tony Garza E n su primer discurso oficial como embajador de Estados Unidos en Meacutexico pronunciado en la Universidad de la Ameacutericas en Cholula Puebla Garza hizo afirmaciones que sonaron amenazadoras a los oiacutedos mexicanos Estados Unidos busca que Saddam Hussein cumpla con sus obligaciones bajo el marco de la Naciones Unidas Esto no es una accioacuten unilateral sino multilateral Pero de nada sirve el multilateralismo si no se puede hacer cumplir[ ] N o estamos pidiendo que Meacutexico le haga u n favor a los Estados Unidos[ ] Todos debemos preocuparnos porque los terroristas tengan acceso a armas de destruccioacuten masiva[] hoy nadie estaacute a salvo de estos peligros incluyendo a Meacutexico y los mexicanos [ ] U n viejo proverbio dice en los tiempos de bonanza todos tus amishygos saben quieacuten eres en los de adversidad tuacute sabes quieacutenes son tus amigos (Llaman a Meacutexico a recapacitar Reforma 20 de febrero de 2003) Estas palabras le valieron varios encabezados a ocho columnas en diarios de la ciudad de Meacutexico al embajador Garza A l otro diacutea Vicente Fox recibioacute una llamada telefoacutenica de George Bush cuyo contenido se desconoce Sin embargo se puede inferir por sus efectos al menos en el vuelco a matices de mesura en el discurso del presidente mexicano (Cabildea Bush guerra ante Fox Reforma 24 de febrero de 2003) L a mantildeana del 25 de febrero durante una reunioacuten con empresarios donde Tony Garza estaba presente Fox leyoacute u n discurso con eacutenfasis totalmente diferentes E l uacutenico camino hacia la paz es el desarme de Iraq[] E l mundo quiere paz pero soacutelo el desarme de Iraq puede asegurar la paz E l mismo diacutea por la tarde en L a Paz Baja California Sur mientras presentaba los avances del proyecto Escalera Naacuteutica Fox aseguroacute Para alcanzar la paz es indispensable desarmar a Iraq de otra manera seriacutea una paz efiacutemera[] A h o r a le toca pues a Saddam Hussein le toca a Iraq proceder con ese desarme (Tiene Iraq que dejar sus armas dice Fox Reforma 26 de febrero de 2003) Esto provocoacute la movilizacioacuten de los medios de comunicacioacuten L a agencia internacional de noticias Asociated Press divulgoacute la idea de que la postura de Meacutexico en el Consejo de Seguridad se estaba acercando a los intereses de Estados Unidos E n una conferenshycia de prensa con corresponsales extranjeros el 26 de febrero el canciller Derbez declaroacute una


m iento como d e m o c r a c i a 8 2 mdash y preservar p o r med io de l uso de su poder suave el uacutenico a su disposicioacuten e l espacio de autonomiacutea relativa ganado durante la Revolucioacuten

E l proyecto nac ional siguioacute centrado en la modernizacioacuten econoacutemica y l a profundizacioacuten de la integracioacuten social c omo uacutenica foacutermula para mantener l a independencia S in embargo y en la prosecucioacuten de ese proyecto se m a n shytuvieron o surgieron nuevos problemas c o n Estados U n i d o s A h o r a b i e n a di ferencia de lo o curr ido en la p r i m e r a mi tad de l siglo pasado en l a segunda n i n g u n a de esas diferencias fue de u n a naturaleza tal que pusiera en pel igro l a relacioacuten bilateral n i la estabil idad poliacutetica mexicana pero sirvieron para mantener vivas las actitudes nacionalistas surgidas de l proceso histoacuterico S i n pretender hacer y examinar u n a lista exhaustiva de esos puntos de confl icto a continuacioacuten se abordan algunos de los principales temas de tensioacuten entre Meacutexico y Estados U n i d o s a l final de l p r i m e r lustro de l siglo X X I

y otra vez que la postura de Meacutexico no habiacutea cambiado y esto fue ratificado en un comunicado de la Secretariacutea de Relaciones Exteriores en que se afirmaba que la posicioacuten de Meacutexico seguiacutea siendo independiente y autoacutenoma Sin embargo diarios como el New York Times Los Angeles Times Houston Chronicley Washington Post reportaron que a pesar de que Derbez negaba camshybio alguno las dudas prevaleciacutean (Ponen cuatro a Meacutexico en E U Reforma 27 de febrero de 2003) E l 27 de febrero empezaron a disiparse L a cordialidad con que se desarrolloacute la visita del primer ministro de Canadaacute Jean Chreacutetien abrioacute la posibilidad de que Meacutexico se uniera a los deseos canadienses y franceses de que se alargaran las inspecciones antes de emprenderse una guerra precipitada Aunque Fox hizo afirmaciones ambiguas durante su conferencia de prensa con Chreacutetien una declaracioacuten conjunta del embajador Aguilar Ziacutenser y el representanshyte de Chile ante el Consejo de Seguridad demostroacute que Meacutexico a pesar de las ambiguumledades del discurso presidencial provocadas por la presioacuten de Estados Unidos manteniacutea su posicioacuten en contra de una poliacutetica unilateral estadounidense (Destacan papel de Meacutexico en la O N U Reforma 27 de febrero de 2003) Los intelectuales y la oposicioacuten de izquierda en el Congreso dudaban de la continuidad de Fox en la postura contra la guerra mientras que los empresarios de la Coparmex temiacutean que su discurso enfureciera al gobierno de sus socios estadounidenses E l discurso de Fox entonces tomoacute un giro para consumo nacional y consolidoacute su negativa a la intervencioacuten con su abstencioacuten en el Consejo de Seguridad debido a consideraciones de poliacutetica interna (Golpea temor beacutelico metas econoacutemicas Reforma 27 de febrero de 2003) Para un punto de partida analiacutetico de estos episodios veacuteanse tambieacuten las columnas de Lorenzo Meyer Finalmente iquestcoacutemo va a votar Meacutexico Reforma 13 de febrero de 2003 Meacutexico y las guerras Reforma 20 de febrero de 2003 Meacutexico dependiente siacute pero auacuten no sateacutelite Reforshyma 6 de marzo de 2003 De gran oportunidad a problema mayuacutesculo Reforma 20 de marzo de 2003 Razones norteamericanas una prueba histoacuterica Reforma 3 de abril de 2003 E l gran paisaje despueacutes de la pequentildea batalla Reforma 24 de abril de 2003 L a Doctrina Monroe llevada al extremo Reforma 1Q de mayo de 2003 Estados Unidos las Naciones Unidas y nososhytros Reforma 15 de mayo de 2003

8 2 U n buen ejemplo de coacutemo Estados Unidos aceptoacute a Meacutexico en esa eacutepoca como deshymocracia imperfecta pero en camino de transformarse en una democracia bonafide se tiene en el libro de Robert Scout Mexican Government in Transition 2 acirc ed Urbana IL University of Illinois 1964


E n b u e n a m e d i d a la relacioacuten entre los dos paiacuteses h a sido siempre u n asunto de eacutelites pero hay arenas donde tambieacuten h a sido importante l a pre shysencia de ciertas contraeacutelites mdash e l narcotraacutefico p o r e j e m p l o mdash o de p lano de actores populares c omo es e l caso de l a migracioacuten Veamos este uacuteltimo E l fin de l a Segunda G u e r r a M u n d i a l significoacute u n a disminucioacuten relativa de l a d e m a n d a de m a n o de obra mex i cana e n Estados U n i d o s y por tanto l a renovacioacuten de l tratado o r ig ina l de braceros (1942) se h i zo imposib le y fue sustituido p o r otros menos favorables a los trabajadores E l presidente A d o l f o R u i z Cort ines (1952-1958) no p u d o sostener su intento de i m p e d i r l a contratacioacuten de trabajadores fuera de l tratado c o m o u n a f o r m a de presioacuten para conseguir mejores condic iones U n a f rontera d o n d e las autoridades estadounidenses n o ex ig ieron d o c u m e n t o a lguno a los mexicanos dispuesshytos a trabajar fuera d e l marco b i lateral permitioacute a los empleadores con shyseguir trabajadores s in proteccioacuten E l gob ierno m e x i c a n o tuvo que ceder pero e n revancha n u n c a tratariacutea de i m p e d i r e l in tento de sus c iudadanos de introduc irse s in papeles en Estados U n i d o s E n 1964 e l acuerdo de braceros se dejoacute exp i rar y la importante corr iente migra tor ia de sur a norte e n la f rontera se abandonoacute a las fuerzas de l a i n f o r m a l i d a d 8 3 Y aunque u n a

8 3 Durante los 22 antildeos en que estuvieron en vigor los acuerdos de braceros se otorgashyron alrededor de cuatro millones y medio de contratos maacutes de medio milloacuten de mexicanos fueron admitidos legalmente en Estados Unidos y se calcula que alrededor de cinco millones entraron ilegalmente A l hablar de estos acuerdos se debe tener en mente que se iniciaron en 1942 cuando la vulnerabilidad mexicana frente al gobierno estadounidense habiacutea disminuido y Meacutexico habiacutea mejorado su capacidad de negociacioacuten frente a un Estados Unidos sensible por los peligros y necesidades atraiacutedas por la Segunda Guerra Mundia l E l primer acuerdo de braceros entroacute en vigor el 4 de agosto de 1942 Meacutexico aceptoacute el programa despueacutes de algunas resistencias que fueron superadas al considerar que los beneficios excederiacutean los perjuicios de enviar mano de obra a cubrir las vacantes que a su vez el enviacuteo de estadounidenses al frente de batalla habiacutea generado Sin embargo lo que se inicioacute como una victoria de la diplomacia mexicana desembocariacutea en el aumento de la dependencia econoacutemica respecto de Estados Unidos ya no soacutelo en el aacutembito comercial y de las inversiones sino tambieacuten en el del empleo Posteriormente cuando en Meacutexico se extendiacutea la idea de que el enviacuteo de mano de obra era casi una necesidad porque daba un respiro a la economiacutea seriacutea Estados Unidos el que empezashyriacutea a rechazar el acuerdo E n 1946 los estadounidenses notificaron la rescisioacuten de los acuerdos mismos que no volvieron a restablecerse hasta 1951 en que una nueva guerra mdash l a de Corea de junio de 1950 a ju l io de 1953mdash influyoacute en la recuperacioacuten de la capacidad negociadora de Meacutexico A l terminar el conflicto en Corea la alianza de algunos sindicatos con grupos xenoacute-fobos estadounidenses llevoacute a que su gobierno presionara a Meacutexico para reducir las garantiacuteas juriacutedicas y los derechos laborales que los acuerdos garantizaban hasta que nuevamente se cerraran las puertas de la migracioacuten legal de trabajadores mexicanos a Estados Unidos en 1964 A partir de entonces la migracioacuten ilegal ha venido en aumento sin un marco regulador que permita canalizar los conflictos bilaterales derivados de este flujo Sobre el asunto veacuteanse Manuel Garciacutea y Griego y Meacutenica Verea Campos Meacutexico y Estados Unidos frente a la migracioacuten de los indocumentados Meacutexico Universidad Nacional Autoacutenoma de MeacutexicoEditorial Porruacutea 1988 Antonio Riacuteos Bustamante (ed) Mexican Immigrant Workers Los Angeles Chicano Studies

458 L O R E N Z O M E Y E R FT XLVI-3

y otra vez se h i c i e r o n l lamados para l legar a u n nuevo acuerdo las cond i c i o shynes poliacuteticas para el lo n o se d i e r o n en Estados U n i d o s

L a ausencia de u n tratado de braceros no significoacute n i de lejos e l fin d e l fenoacutemeno s ino todo lo contrar io ya que su razoacuten de ser reside e n u n creshyciente d i ferenc ia l de salarios entre las dos economiacuteas vecinas L a corr iente de mexicanos que ingresan en Estados U n i d o s s in documentos se incre shymentoacute al p u n t o de constituir a la vez u n o de los pr inc ipales factores e n l a integracioacuten si lenciosa de las dos sociedades y economiacuteas y u n o de los temas centrales de friccioacuten cuando no de conf l icto entre los dos paiacuteses Los caacutelculos en e l p r i m e r lustro d e l siglo X X I s ituaban entre cuatro y c inco mi l lones el nuacutemero de mexicanos indocumentados en los Estados U n i d o s y e n nueve mi l l ones e l de los que se encontraban res id iendo ahiacute legalmente E n teacuterminos generales es posible que al in i c i o d e l siglo X X 14 de l a m a n o de obra m e x i c a n a se loca l izara al norte d e l Riacuteo Bravo y eso significoacute en e l corto plazo u n a disminucioacuten de l a presioacuten social en u n mercado in te rno incapaz de emplear a todos los que lo d e m a n d a n y remesas anuales de alreshydedor de 16 000 mi l l ones de doacutelares que benef i c ian a mi l l ones de familias e n M eacute x i c o 8 4 Y mientras u n a parte de la economiacutea estadounidense d e m a n shydaba y absorbiacutea esta m a n o de o b r a barata j o v e n c o n energiacutea pero m u y desprotegida o tra parte de l a soc iedad reacc ionaba c o n enojo e inc luso c o n acciones directas en cont ra de esta amenaza a su c u l t u r a y sus va lores 8 5

Research C e n t e r U C L A 1981 Jorge A Bustamante y Wayne Cornelius Retos de la relaciones entre Meacutexico y Estados Unidos flujos migratorios mexicanos hacia Estados Unidos Meacutexico Fondo de Cultura Econoacutemica 1989 Richard B Craig The Bracero Program Interest Groups andForeign Policy Austin Tex University of Texas Press 1971

8 4 Seguacuten reportes del Banco de Meacutexico durante 2004 el total de remesas familiares enviadas de Estados Unidos a Meacutexico ascendioacute a 16 61285 millones de doacutelares es decir 2401 maacutes que el antildeo anterior Durante ese antildeo se realizaron 5087 millones de operaciones de enviacuteo siendo su monto promedio de 32655 doacutelares De enero a ju l io de 2005 el monto total de remesas ya habiacutea ascendido a 10 96582 millones de doacutelares 1701 maacutes que lo captado por este rubro durante el mismo rango de meses en 2004 Para actualizaciones de estos datos veacutease la paacutegina electroacutenica http wwwbanxicoorgmxeInfoFinancieraFSinfoFinanciera html (consultada el 12 de septiembre de 2005)

8 o Como reflejo de u n fenoacutemeno maacutes grande desde la academia estadounidense se ha planteado que la minoriacutea hispana representa una amenaza a los valores calvinistas estadounishydenses Samuel Huntington iquestQuieacutenes somosLos desafiacuteos a la identidad nacional Meacutexico Paidoacutes 2004 U n anaacutelisis mucho maacutes positivo se encuentra en la obra de Dale Maharidge Denison Iowa Searchingfor the Soul of America Trough the Secrets of a Midwestern Town Free Press 2005 aquiacute se examinan sobre el terreno los efectos positivos de los migrantes mexicanos y las resistencias para con ellos en un pueblo de 8 000 habitantes que se estaba quedando vaciacuteo Por otro lado las actitudes xenoacutefobas en la base de la sociedad estadounidense estaban evidenciaacutendose con el surgimiento de movimientos civiles en la zona fronteriza E n Arizona por ejemplo la prol i shyferacioacuten de grupos de cazainmigrantes llamoacute fuertemente la atencioacuten de la opinioacuten puacuteblica mundial y dio pie a la protesta de organizaciones de defensa de derechos humanos durante


E l entusiasmo que despertoacute en algunos ciacuterculos l a transformacioacuten de l reacutegimen mexicano de autoritario a demoacutecrata e n 2000 llevoacute al gobierno pres id ido p o r V i cente F o x a tratar de usar su bono democraacutetico para negociar u n acuerdo migrator io que legalizara a los migrantes mexicanos indocumentados en Estados U n i d o s y que a l a vez d i e ra u n trato preferenshyte a los connacionales e n el otorgamiento de visas de trabajo Se trataba desde la perspectiva mexicana de completar c o n el tema laboral la inteshygracioacuten econoacutemica que se habiacutea disentildeado y puesto en m a r c h a con el T L C A N L a respuesta de Estados U n i d o s no fue l a esperada Wash ington se enfrasshycoacute entonces en lo que calificoacute como u n a cruzada o guerra g lobal contra e l terror ismo y la f rontera c on Meacutexico soacutelo le interesoacute e n funcioacuten de la segurishydad y n o de l pecul iar mercado de trabajo que prop ic iaba Y s in la perspectiva de u n marco legal acordado entre los gobiernos e l flujo de mexicanos que intentaba bur lar a l a Border Patrol e internarse en Estados U n i d o s siguioacute en aumento E n 2005 se anuncioacute que las autoridades estadounidenses esperashyban capturar y deportar a maacutes de u n milloacuten de mexicanos indocumentados pero tambieacuten se calculoacute que p o r cada dos capturados u n tercero lograba bur lar la v i g i l a n c i a 8 6 Y ese m e d i o milloacuten de indocumentados era absorbido casi de inmediato p o r u n mercado que los necesitaba a pesar de que las autoshyridades se negaban a a d m i t i r y administrar tal necesidad

Hasta mediados d e l siglo X X e l traacutefico i legal de drogas de Meacutexico a Estados U n i d o s n o revestiacutea gran i m p o r t a n c i a e conoacutemica o poliacutetica S i n embargo para finales d e l siglo ya era u n a act iv idad mayor que en Meacutexico contro laban siete grandes organizaciones o caacuterteles que manejaban la introduccioacuten de u n a gran var iedad de sustancias proh ib idas en el mercado estadounidense y habiacutean creado u n c l i m a de v i o l enc ia e n l a f rontera que ya era visto in ternac iona lmente c omo u n i n d i c a d o r de i n g o b e r n a b i l i d a d 8 7

2004 y 2005 Seguacuten la paacutegina electroacutenica de Minuteman Civil Defense Corps la organizacioacuten contaba en 2005 con maacutes de 1000 voluntarios (http wwwminutemanhqcom consultada el 12 de septiembre de 2005) Este grupo que originalmente actuaba soacutelo en la frontera de Atizona con Meacutexico ya se habiacutea extendido a Texas La Jornada 9 de jun io de 2005) American Border Patrol era otra organizacioacuten similar a las anteriores y sobre ella puede verse h t t p www americanborderpatrolcom

8 6 TheEconomist 27 de agosto de 2005 Estas cifras son consistentes con las de antildeos anterioshyres Por ejemplo seguacuten el informe anual sobre inmigracioacuten de la Ofic ina de Seguridad Interna (Homeland Security) de Estados Unidos en 2003 fueron deportados 1 046 422 extranjeros de los cuales 956 963 eran mexicanos es decir 92 del total E l paiacutes que le seguiacutea era Honduras con 16 632 deportados Homeland Security 2003 Yearbook of Immigration Statistics Pittsburg Pa Office of Immigration Statistics 2004

8 7 Las siete organizaciones de narcotraficantes maacutes fuertes que se identifican por su lide-razgo son las de los Arellano Feacutelix Carrillo Fuentes Guzmaacuten Palma Osiel Caacuterdenas Amezcua Contreras Diacuteaz Parada y Luis Valencia E n lo que va del sexenio fueron detenidos 49 261


P o r razones de poliacutetica nac iona l en los antildeos sesenta Wash ington decidioacute anunc iar que llevariacutea a cabo u n a guerra contra las drogas lo que co locoacute e l combate a l narcotraacutefico mex i cano como u n o de los temas maacutes importantes de su agenda i n t e r n a y externa E n los setenta Meacutexico se encontroacute p o r presioacuten de Wash ington met ido de l l eno en acciones policiacas y mil i tares c omo la l l amada Operacioacuten Coacutendor que buscaba erradicar el cultivo de m a r i h u a n a y amapola L a presioacuten de Estados U n i d o s e n este campo se llevoacute a cabo bajo u n supuesto baacutesico que resultoacute falso p o r s implista cortar l a ofershyta externa tendriacutea c o m o efecto inmediato u n a disminucioacuten de l consumo interno E l asesinato e n 1985 en Guadala jara de u n agente antidrogas estashydounidense puso al descubierto l a enorme corrupcioacuten y c o m p l i c i d a d de l a policiacutea m e x i c a n a c o n los caacuterteles de la droga E l inc idente aumentoacute l a pre shysioacuten sobre Meacutexico a tal p u n t o que el presidente se vio ob l igado a disolver l a Direccioacuten Federa l de Segur idad pues ese aparato d e l Estado ya habiacutea sido completamente penetrado p o r los narcos P a r a 1987 e l gob ierno mex i cano tuvo que declarar e l narcotraacutefico como u n asunto de seguridad nac iona l e hizo suya al menos f o rmalmente u n a l u c h a cuya filosofiacutea y disentildeo eran or ig ina lmente estadounidenses S i n embargo desde entonces y hasta l a actual idad u n a y otra vez las declaraciones de cooperac ioacuten bi lateral se h a n mezc lado c o n recr iminac iones y quejas mutuas

Para in ic ios d e l siglo X X I las fuerzas armadas mexicanas teniacutean asigshynados a l rededor de 26000 elementos en l a l u c h a permanente contra e l narcotraacutefico mdash e l ejeacutercito y l a armada eran l a c o l u m n a vertebral de l esfuershyzomdash pero este esfuerzo se topaba c o n dos grandes obstaacuteculos l a notable corrupcioacuten dentro d e l aparato estatal m e x i c a n o y que l a d e m a n d a y consushym o de drogas e n Estados U n i d o s y crec ientemente e n Meacutexico mismo n o disminuiacutea y siacute e n cambio aumentaba la v i o l enc ia asociada a esa actividad part i cu larmente en l a zona fronter iza A mediados de 2005 el embajador de Estados U n i d o s e n Meacutexico Tony Garza declaroacute E n t r e maacutes se acentuacutee l a v io lenc ia [en l a z o n a fronteriza] maacutes difiacutecil seraacute para los norteamericanos referirse a los mexicanos c o m o socios c on f iab les 8 8

E l in te r cambio comerc ia l entre Meacutexico y Estados U n i d o s a part ir de 1994 aumentoacute de m a n e r a sorprendente pero l a promesa de que l a desshytruccioacuten de las barreras defensivas a favor d e l l ibre in ter cambio de bienes y servicios entre Meacutexico y l a potenc ia d e l norte inyectariacutea u n gran d inamismo

miembros de estas organizaciones Ademaacutes se incautaron 8 767 toneladas de marihuana 1024 de cocaiacutena 1 259 kilos de heroiacutena 49 389 millones de pastillas psicotroacutepicas y tres toneladas de metanfetaminas Presidencia de la Repuacuteblica Quinto informe de gobierno Resumen ejecutivo Meacutexico Coordinacioacuten General de Opinioacuten Puacuteblica e Imagen 2005 p 53 jesuacutes Blancornelas El caacutertel Los Arellano Feacutelix la mafia maacutes poderosa de Ameacuterica Latina Meacutexico Plaza y Janes 2002

8 8 TheEconomist 27 de agosto de 2005


a la economiacutea mex i cana seguiacutea s in cumpl irse L a opinioacuten puacuteblica tanto de Estados U n i d o s como de Meacutexico consideraba que era e l o t ro e l que maacutes se habiacutea benef ic iado de l a apertura y n o el paiacutes prop io Y mientras e n Meacutexico se pediacutea l a legalizacioacuten de los trabajadores indocumentados e n Estados U n i d o s tambieacuten se negaba la pos ib i l idad de abr i r las industrias petro lera y eleacutectrica a l a inversioacuten estadounidense y la idea de que las empresas extranshyjeras teniacutean demasiado c o n t r o l e in f luenc ia sobre l a e conomiacutea n a c i o n a l era l a dominante e n 7 3 de los m e x i c a n o s 8 9 L a i zqu ierda a regantildeadientes habiacutea dejado de rechazar e l concepto mismo de l T L C A N pero seguiacutea insisshyt iendo en que debiacutea de haceacutersele modi f icac iones sustantivas para que real shymente sirviera a l intereacutes n a c i o n a l m e x i c a n o 9 0

A l m o m e n t o de c o n c l u i r este ensayo al in i c i o de 2006 l a act i tud d o m i shynante en Meacutexico frente a l coloso estadounidense se manteniacutea ambigua y n o era para menos L a base mater ia l de l a posicioacuten m e x i c a n a mdash e l mode shylo e c o n oacute m i c o mdash ya habiacutea dejado de corresponder al proyecto e laborado y de fendido c on eacutexito relativo p o r los gobiernos de la Revolucioacuten y l a posrevoshylucioacuten mexicanas S i n embargo esa nueva rea l idad tampoco correspondiacutea c o n lo que teoacutericamente era e l nuevo proyecto u n c rec imiento sustantivo c o m o contraparte de lo que se habiacutea l l amado el m a t r i m o n i o de convenienshyc ia de Meacutexico c o n Estados U n i d o s 9 1

A l in ic io de l siglo X X I u n Meacutexico ya formalmente democraacutetico pero c on fuertes problemas de desigualdad y v iabi l idad econoacutemicas seguiacutea a la buacutesqueshyd a de u n proyecto nac ional que sustituyera al ya inviable d e l viejo nacionalisshym o revolucionario que contara c on u n a base social al menos tan sustantiva como la de aqueacutel L a tarea no resultaba faacutecil pues para Meacutexico l a mejor manera de enfrentar a su poderoso vecino de l norte era teniendo eacutexito en l a solucioacuten de sus problemas internos l eg i t imidad de l reacutegimen acuerdo entre sus principales fuerzas poliacuteticas crec imiento econoacutemico contro l sobre los problemas sociales que p u d i e r a n dar or igen a inestabi l idad acuerdo sobre e l papel de Meacutexico en el concierto m u n d i a l De la lista anterior soacutelo el p r i shym e r punto pareciacutea no tener problemas y e l resto n o teniacutea posibil idades claras de solucioacuten E n tales condic iones a ojos de los responsables poliacuteticos en Washington el paiacutes vecino de l sur n o despertaba gran entusiasmo n i intereacutes y siacute alguacuten recelo pues sus debil idades internas eran vistas c o m o fuente de proshyblemas mdashnarcotraacutefico migracioacuten indocumentada economiacutea deacutebilmdash tanto o maacutes que de seguridades y oportunidades

A l inic iarse e l siglo X X I y a p u n t o de c o n c l u i r e l p r i m e r gob ie rno demoshycraacutetico las eacutelites mexicanas y los sectores estadounidenses interesados e n

8 9 Ipsos-Bimsa septiembre de 2003 9 0 Consulta Mitofsky mayo de 2005 9 1 Veacutease Weintraub op cit


Meacutexico mdashacadeacutemicos empresariales pol iacutet icosmdash buscaban l a formulacioacuten de propuestas para revitalizar el T L G A N y encontrar foacutermulas generales que p e r m i t i e r a n opt imizar las ventajas de l a vec indad y m i n i m i z a r sus i n c o n shyvenientes pero esas propuestas auacuten teniacutean que ser aceptadas por quienes t o m a b a n las decisiones poliacuteticas al maacutes alto n ive l y tambieacuten por l a base s o c i a l 9 2 A inic ios de l siglo X X I para e l m e x i c a n o p r o m e d i o Estados U n i d o s podiacutea ser u n mode lo a seguir en ciertos aspectos poliacuteticos econoacutemicos sociales y culturales pero no en t odos 9 3 Y para 1 0 de l a poblacioacuten mexica shyn a que ya se encontraba res id iendo legal o i legalmente en ese paiacutes Estados U n i d o s era u n a solucioacuten a problemas personales fundamentales mdash e l de l empleo en p r i m e r l u g a r mdash mientras que para u n b u e n nuacutemero de los que n o habiacutean dejado el paiacutes l a relacioacuten econoacutemica c o n el poderoso vecino de l norte era fundamenta l S i n embargo l a notable d e p e n d e n c i a de Meacutexico d e l c omerc io e inversioacuten estadounidense y de las remesas de los mexicanos e n Estados U n i d o s n o significoacute que e l sent imiento nacional ista popu lar y defensivo que se construyoacute en Meacutexico c o m o resultado de los conflictos y d i shyferencias entre los dos paiacuteses a lo largo de los dos siglos pasados h u b i e r a dado paso a otro t ipo de act i tud E n u n a encuesta de opinioacuten de 2004 pese a l poco eacutexito de l a economiacutea u n a mayoriacutea relativa de mexicanos preferiacutea dec i r no a u n a hipoteacutetica integracioacuten econoacutemica y poliacutetica de su paiacutes c on e l vec ino de l n o r t e 9 4

U N A P O S I B L E C O N C L U S I Oacute N

E n la actual idad Estados U n i d o s e l uacutenico paiacutes indispensable seguacuten la definicioacuten d e l ex presidente C l i n t o n es visto y tratado p o r Meacutexico mdash p o r su gob ierno lo m i s m o que p o r su opinioacuten puacutebl icamdash c o m o el centro y razoacuten de ser de su poliacutetica exterior y tambieacuten c o m o e l inevitable p u n t o de referencia de su nac iona l i smo y autodefinicioacuten Esta visioacuten y condic ioacuten es resultado de u n a mezc la de los fracasos y eacutexitos histoacutericos de Meacutexico de su nacional isshym o en los casi dos siglos de trato d irecto c o n su agresivo y pujante vecino d e l norte

Las relaciones entre mexicanos y estadounidenses c o m o indiv iduos o c o m o conjuntos regionales y nacionales son hoy constantes y maacutes intensas

9 2 U n ejemplo de estos proyectos se tiene en el documento publicado a finales de 2005 por el Wilson Center y el Mexican Counci l on Foreign Relations titulado The United States and Meacutexico Forging a Strategic Partnership

9 3 Veacutease la parte de valores en Sergio Aguayo Almanaque Meacutexico-Estados Unidos Meacutexico Ideas y PalabrasFondo de Cultura Econoacutemica 2005 pp 21-38

94Mdp 37


y complejas que n u n c a mdash s u comerc io b i lateral asciende a 250 000 mi l l ones de doacutelares anuales y a 300 mi l lones de personas los cruces anuales a lo larshygo de l a f rontera comuacuten P a r a adminis trar tal intens idad de intercambios l a cooperacioacuten tiene que ser la n o r m a S i n embargo l a definicioacuten poliacutetica de Meacutexico frente a Estados U n i d o s mdash s u n a c i o n a l i s m o mdash se h a forjado e n e l conf l i c to histoacuterico U n conf l icto que parte de diferencias culturales hereda shydas de E u r o p a y que persisten hasta e l diacutea de h o y 9 5

E n e l o r igen la asimetriacutea de p o d e r entre Meacutexico y Estados U n i d o s ya era u n h e c h o y fue suficiente para dec id i r e l resultado de l a guerra de 1847 S i n embargo e l hecho f u n d a m e n t a l es que a part i r de entonces l a d istancia entre los vecinos en teacuterminos de poder aumentoacute y en l a actual idad es l a variable de f in i tor ia de su relacioacuten Estados U n i d o s es hoy la uacutenica superpo -tenc ia y Meacutexico es irrelevante en teacuterminos mil i tares (el gasto m e x i c a n o e n defensa equivale a menos de 0 1 d e l estadounidense) Y desde l a perspecshytiva econoacutemica e l PIB d e l socio m e x i c a n o d e l T L C A N equivale apenas a 58 d e l estadounidense y mientras en Meacutexico 18 de l a fuerza de trabajo auacuten estaacute e n e l sector agropecuario en Estados U n i d o s e l 1 es maacutes que suf ic ienshyte para a l imentar a l paiacutes y exportar masivamente Los indicadores e n este terreno se p u e d e n m u l t i p l i c a r y todos a p u n t a n a u n a asimetriacutea dramaacutetica

Desde m u y pronto e l Estado d e l norte se d io a siacute mismo u n Dest ino Mani f i e s to que i m p l i c a b a e l d o m i n i o sobre l a ant igua Ameacuterica espantildeola E n contraste Meacutexico fue durante b u e n a parte de l siglo X I X u n a soc iedad s in destino colectivo c laro amenazada en lo in te rno p o r l a desintegracioacuten y en lo externo p o r e l expans ion ismo estadounidense L a relacioacuten entre los vecinos tuvo entonces e l caraacutecter de u n juego de suma cero lo que ganaba Estados U n i d o s lo perdiacutea Meacutexico L a consolidacioacuten terr i tor ia l d e l p r i m e r o significoacute u n cambio pau lat ino pero impor tante en este campo a par t i r de fines d e l siglo antepasado estuvo en el intereacutes estadounidense preservar l a estabi l idad in te rna m e x i c a n a s in i m p o r t a r e l signo poliacutetico d e l reacutegimen que l a sostuviese Es p o r eso p o r lo que el intervens ionismo de W a s h i n g t o n durante l a Revolucioacuten m e x i cana que tanto exacerboacute e l nac iona l i smo m e x i shycano estuvo mot ivado f u n d a m e n t a l m e n t e p o r e l deseo de restaurar la estabi l idad e n Meacutexico

D u r a n t e la Segunda G u e r r a M u n d i a l lo m i s m o que a lo largo de l a G u e r r a Friacutea Meacutexico y Estados U n i d o s f u e r o n aliados formales o in formales pero soacutelo p o r convenienc ia P a r a los gobiernos mexicanos de la eacutepoca e l intereacutes centra l de su poliacutetica exter ior fue mantener l a i n d e p e n d e n c i a re lat i -

9 5 E n la definicioacuten que hace Samuel P Huntington de la esencia de lo estadounidense estaacute justamente esa diferencia de valores con otras culturas en particular la que se encuentra al sur del riacuteo Bravo iquestQuieacutenes somos op cit especialmente pp 204-212


va frente a l vecino de l norte Eacutesa fue l a esencia de l nac ional ismo m e x i c a n o posrevoluc ionar io nac ional i smo que se agotoacute en los antildeos ochenta c o m o resultado d e l fracaso d e l m o d e l o e c o n oacute m i c o basado en e l mercado inter shyno L a firma de l T L C A N en 1993 fue l a formalizacioacuten de u n nuevo m o d e l o e c o n oacute m i c o mexicano asiacute c o m o la culminacioacuten de u n gran viraje poliacutetico e n mater ia de proyecto nac iona l y de relaciones c o n e l exterior

A l iniciarse e l siglo X X I Meacutexico era maacutes dependiente de la economiacutea estadounidense de lo que n u n c a antes habiacutea sido Esa integracioacuten de Meacutexico e n l a economiacutea de su poderoso vec ino mdash q u e coincidioacute c o n u n cambio e n l a naturaleza de su reacutegimen poliacutetico e l autor i tar ismo d io paso en 2000 a u n sistema democraacutet icomdash modif icoacute pero finalmente n o eliminoacute las contradic shyciones y fricciones entre los dos paiacuteses pues eacutestas resultaron estructurales L o s enormes flujos migratorios de trabajadores mexicanos indocumentados a Estados U n i d o s l a persistencia d e l traacutefico de drogas p o r l a persistencia de l a d e m a n d a en el mercado estadounidense l a v io lenc ia en las zonas f r o n shyterizas o las diferencias entre e l mult i la tera l i smo apoyado por Meacutexico y l a poliacutetica un i la tera l de l a gran po tenc ia const i tuyeron otros tantos temas de desencuentro que s igu ieron subrayando y a l imentando e l nac ional i smo defensivo mex i cano y l a pecu l iar naturaleza de l a relacioacuten bi lateral m e x i shycano-estadounidense u n a combinacioacuten de integracioacuten econoacutemica c on disshytancia poliacutetica

A l despegar el siglo X X I en la relacioacuten con Estados Unidos era donde se presentaban las mayores oportunidades para el desarrollo material de Meacutexico pero tambieacuten esa relacioacuten se manteniacutea c o m o la p r i n c i p a l fuente de pe l igro para su soberaniacutea c o m o q u i e r a que eacutesta fuese de f in ida y para la preservashycioacuten de u n proyecto n a c i o n a l rea lmente p r o p i o y autoacutenomo


c o m o estrecha donde se encuentra u n a de las claves de u n nac iona l i smo m e x i c a n o que p o r l a asimetriacutea tiene que ser fundamenta lmente reactivo y defensivo Este ensayo busca identif icar de l a vec indad confl ictiva a lo largo de casi dos siglos los temas e incidentes pr inc ipales que m o l d e a r o n l a act i shyt u d de las clases dirigentes mexicanas frente a Estados U n i d o s pero que tambieacuten en la m e d i d a e n que fueron a d q u i r i e n d o conc ienc ia n a c i o n a l in f luyeron en las capas populares

Desde u n a perspectiva normat iva lo deseable es que l a cooperac ioacuten y n o l a contradiccioacuten y e l choque de intereses fuese la act i tud d o m i n a n t e e n la conducta de los actores de l sistema in ternac iona l S i n embargo hisshytoacutericamente l a relacioacuten que h a prevalec ido entre las unidades de l sistema m u n d i a l h a tenido m u c h o maacutes de confrontacioacuten de buacutesqueda egoiacutesta d e l intereacutes nac iona l y de conf l icto suma-cero que de lo contrar io E n la relacioacuten poliacutetica entre naciones l a fuerza es l a ultima vatio A u n q u e amort iguada p o r l a existencia de intereses comunes e instituciones binacionales y m u l t i n a c i o shynales que f omentan la cooperac ioacuten y l a in terdependenc ia e l nuacutecleo de l a dinaacutemica de la relacioacuten entre los estados es e l de l a poliacutetica de l poder Y esto es part icularmente cierto cuando se trata de naciones vecinas c on culturas y desarrollos histoacutericos distintos y m u y desiguales e n teacuterminos de poder

E n e l caso concreto de l a relacioacuten Meacutexico-Estados U n i d o s h u b o y hay cada vez maacutes ejemplos de acciones estructuras y procesos de cooperacioacuten pero al final en la naturaleza general de su interaccioacuten auacuten siguen pesando las diferencias histoacutericas y l a enorme desigualdad de poder L a relacioacuten de los paiacuteses que t ienen el riacuteo Bravo p o r f rontera c o m uacute n h a sido u n caso ex t remo d e convivencia asimeacutetrica P a r a Meacutexico l a conexioacuten con su vecino d e l norte se ent iende como u n a conex ioacuten d o m i n a d a s iempre p o r los imperativos de l a poliacutetica de l poder y l a loacutegica i m p e r i a l p o r e l lo e l enfoque propuesto p o r l a escuela realista es e l que ofrece las expl icaciones maacutes interesantes 2

D E S D E E L O R I G E N P O C A S S I M I L I T U D E S Y M U C H A S D I F E R E N C I A S

Estados U n i d o s y Meacutexico surg ieron c o m o estados nacionales en l a m i s m a eacutepoca histoacuterica Este h e c h o tuvo lugar tras su exper ienc ia relativamente larga c omo colonias europeas mdashmaacutes larga y p r o f u n d a en el caso m e x i c a n o mdash y u n fuerte conf l icto a r m a d o c o n sus respectivas metroacutepolis E l aspecto des-

2 L a obra fundamental del realismo poliacutetico es la de HansJ Morgenthau Polines amongNa-tions The Struggle for Power andPeace 2 a ed Nueva York Alfred A Knopf 1959 para una puesta al diacutea de este enfoque veacutease Stefano Guizziani Realism in International Relations and International PoliticalEconomy The Continuing Story of a Death Foretold Nueva York Routledge 1998



































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estados unidos y la evoluciÓn del nacionalismo...

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