enciclopédia iasd
DESCRIPTION
Enciclopedia da Igreja Adventista do Setimo DiaTRANSCRIPT
-
Enciclopdia ASD
1
ENCICLOPDIA ADVENTISTA DO STIMO DIA
A . . . . . . . . . . . . . 2
B . . . . . . . . . . . 116
C . . . . . . . . . . . 181
D . . . . . . . . . . . 334
E . . . . . . . . . . . 448
F . . . . . . . . . . . 548
G . . . . . . . . . . . 591
H . . . . . . . . . . . 612
I . . . . . . . . . . . 655
J . . . . . . . . . . . . 822
K . . . . . . . . . . 852
L . . . . . . . . . . . 869
M . . . . . . . . . . . 928
N . . . . . . . . . . 1072
O . . . . . . . . . . 1119
P . . . . . . . . . . 1139
Q . . . . . . . . . . 1211
R . . . . . . . . . . 1219
S . . . . . . . . . . . 1282
T . . . . . . . . . . 1434
U . . . . . . . . . . 1458
V . . . . . . . . . . 1468
W . . . . . . . . . 1517
Y . . . . . . . . . . 1585
Z . . . . . . . . . . 1587
-
Enciclopdia ASD
2
A
ABOMINAO DA DESOLAO. Designao enigmtica
encontrada em Mat. 24:15, emprestada de Daniel (11:31; 12:11), onde a
frase correspondente aparece como abominao desoladora. Daniel predisse uma grande profanao do templo por um poder estrangeiro,
em uma tentativa de substituir o verdadeiro sistema de culto por um
falso. O gr. bdelugma tes eremoseos, abominao da desolao, em Mat. 24:15 idntico traduo da LXX, (MS, 88) do heb. shiqqs
shmem em Dan. 12:11. Em Dan. 11:31 shiqqs meshmem traduzido
como bdelugma ton eremoseon. (Compare bdelugma ton eremoseon,
Abominaes assoladoras, em Daniel 9:27; e hamartia eremoseos, transgresso assoladora, no cap. 8:13, ambas as expresses, sem dvida, devem ser identificadas com bdelugma tes eremoseos, dos caps.
11:31 e 12:11). O heb. shiqqs um termo comum no A.T. que designa
uma deidade idoltrica (e.g., Deut. 29:17; II Reis 23:24; II Crn. 15:8; Ez. 37:23). Dizia-se que tais abominaes colocadas no templo aviltavam e poluam o recinto sagrado nos tempos do A.T. (Jer. 7:30;
Ez. 5:11). O heb. shamem, a forma pela qual traduzida desolao, (mais literalmente, alguma coisa que torna desolado) significa devastao causada por um exrcito invasor (Jer. 12:11), uma cena que
cria um senso de horror na pessoa que a observa (Jer. 18:16). O heb.
pesha, transgresso, na expresso paralela transgresso assoladora, em Dan. 8:13 usado para atos de *Apostasia e rebelio contra *Deus
(Veja Ams 2:4, 6; Miq. 1:5).
Interpretao. Cerca de 100 a.C., o escritor de I Macabeus (Veja I
Mac. 1:54, 59; cf. 6:7) identificou a abominao desoladora (bdelugma eremoseos) como um *Altar idoltrico erigido por Antoco
Epifnio, sobre o altar de ofertas queimadas no templo de Jerusalm em
-
Enciclopdia ASD
3
168 a.C.. Cerca de 70 a.C., Josefo aplicou igualmente a profecia de
Daniel a um altar idoltrico, construdo sobre o altar de Deus (Josefo, Antigidades, X. 11.7 [Loeb, 272-276]; XII 5 [Loeb, 253]. Em
Mat. 24:15 (cf. Luc. 21:20-22), Cristo aplicou-a aos romanos, que, 40
anos mais tarde, em 70 A.D., invadiram Jerusalm e queimaram o
templo, e no ano 130 A.D. ordenaram a construo de um templo a
Jpiter Capitolino em seu lugar (Cambridge Ancient History, vol. XI, p.
313). Comentaristas judeus da Idade Mdia, tais como Ibn Ezra, de
modo semelhante, aplicaram-na obra dos romanos no primeiro sculo
A.D. (L. E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 2, pp. 210,
213). Irineus, Orgenes e outros escritores cristos dos primeiros sculos
aplicaram-na a um futuro *Anticristo (ibid., vol. 1, pp. 247, 320, 366),
como fizeram escritores catlicos medievais posteriormente, tais como
Villanova e Olivi (ibid., pp. 752-754, 773). Pseudo Joaquim aplicou-a
aos Papas de seus dias (ibid., p. 728), Wyclif (ibid., vol. 2, p. 58), Huss
(ibid., p.118), Lutero (ibid., pp. 272, 277, 280) e vrios comentaristas
protestantes identificaram-na com o Papado ou com as prticas e
doutrinas da igreja papal. *Guilherme Miller e provavelmente a maioria
dos pregadores Mileritas fizeram o mesmo. A maioria dos comentaristas
protestantes modernos aplicam a abominao desoladora ao culto idoltrico institudo por Antoco Epifnio, enquanto que os
comentaristas fundamentalistas consideram Antoco Epifnio como um
prottipo do homem do pecado que viria no futuro.
Interpretao ASD. *Urias Smith, comentarista pioneiro ASD,
aplicou a disseminao das abominaes de Dan. 9:27 aos eventos do ano 70 A.D., sob o domnio de Roma pag, e a abominao da desolao ao Papado. (RH, 28 de fevereiro, 1871) Especificamente identificando *O Contnuo (dirio) de Dan. 8:11; 11:31; 12:11 com o paganismo do Imprio Romano, e a abominao da desolao com o Papado, Smith aplicou a remoo do contnuo e a introduo da abominao desoladora em seu lugar ao estabelecimento da
-
Enciclopdia ASD
4
supremacia papal sobre a dissoluo do Imprio Romano, um processo
que ele considerou completo por volta de 538 A.D. e um estado de
eventos contnuos por 1.260 anos at a priso do Papa Pio VI em 1798
(com base em Dan. 7:25 e 12:7). Smith identificou a *Ponta Pequena de
Daniel 8 com Roma em suas duas fases, pag e papal (Daniel and
Revelation, 1882, ed., p. 202).
Comentaristas ASD contemporneos semelhantemente identificam a
abominao da desolao com os ensinamentos e prticas Papais no fundamentados nas Escrituras, tais como sacrifcio da missa, confisso,
venerao da virgem Maria, celibato sacerdotal e estrutura hierrquica
da igreja porm, enquanto alguns defendem a interpretao de Smith do contnuo, outros compreendem que o contnuo, substitudo por essas prticas extrabblicas, refere-se, na aplicao da profecia de Daniel
na Era Crist, ao ministrio de Cristo como nosso grande Sumo
Sacerdote no *Santurio Celestial. Eles igualam a ponta pequena ou um rei de feroz catadura (Dan. 8:9-14, 23), que estabeleceu a transgresso desoladora, e o rei do Norte dos caps. 11 e 12, que estabeleceu a abominao da desolao, com o *Homem do Pecado, mistrio da iniqidade ou o inquo de II Tess. 2:2-12; com o anticristo de I Joo 2:18; com a *Besta semelhante a um leopardo de Apoc. 13; com mistrio, *Babilnia, a grande, a me das meretrizes e das abominaes da terra de Apoc. 17. A abominao introduzida pelo poder apstata, que consiste em prticas e ensinos no-bblicos,
causadora de sua queda (literalmente, apostasia) da verdade revelada nas Escrituras (II Tess. 2:3, 9-12), de suas blasfmias (Apoc. 13:1, 5, 6); e do vinho de Babilnia (Apoc. 17:2). Na tradio histrica protestante, os ASD consideram que a Igreja de Roma e seus
ensinos no fundamentados na *Bblia so o cumprimento histrico
dessas profecias.
-
Enciclopdia ASD
5
ACADEMIA ADVENTISTA DE ARTE (ACARTE). Localiza-se
na Estrada de Itapecerica, 22901, Km 23, So Paulo, SP, junto ao
*Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP).
Segundo as instrues bblicas dadas s escolas dos profetas, o IAE
inclui, desde a sua fundao a msica em seu currculo. O Prof. Paulo
Hennig, primeiro docente da instituio, alm de dar aulas de canto,
formou um coral de 20 componentes. Havia ento, na escola, apenas 3
harmnios.
Em 1918, a Prof. Margarida Steen veio reforar o departamento, e
trouxe o primeiro piano ao campus, sendo a primeira professora do
instrumento.
Em 1919, a aluna *Isolina Avelino (Waldvogel) escreveu a letra para
o primeiro hino da escola Minha Escola com a msica do hino de uma escola americana. O objetivo principal do ensino de msica era
ensinar os hinos para serem cantados com capricho e exatido,
auxiliando o trabalho de evangelismo.
Em 1923, a famlia Steen retornou aos Estados Unidos e a direo do
departamento de Msica, bem como as aulas de piano ficaram sob a
responsabilidade da Sra. Arabela Moors. Em 1933, o Prof. Flvio
Monteiro introduziu o ensino do violino e, neste mesmo ano, organizou-
se o primeiro conjunto de cordas.
Em 1939, com vinda do Prof. Walter Wheeler, o departamento teve
novo impulso para o progresso. Com a msica do Colgio Adventista de
Illinois e letra da Prof. Ruth Oberg Guimares, foi institudo o hino
oficial do colgio Meu IAE mais tarde revisado pela Prof. Ruth e pelo Prof. Siegfried J. Schwantes. Em 1945, comearam a surgir os
quartetos masculinos e conjuntos femininos. O primeiro quarteto do IAE
foi chamado Quarteto Harmonia, formado por Rubens Dias, Cludio Belz, Jos A. Torres e Rodolfo Gorski. Em 1948, o Prof. Wheeler
retornou sua ptria deixando com o departamento de msica farto
-
Enciclopdia ASD
6
repertrio do coral e um hinrio com msicas especiais Coros Celestes.
At o ano de 1953, ainda no havia um lugar fixo para o
departamento de msica. Os alunos estudavam na capela, no refeitrio
ou em casa de professores que possuam piano. Ao vagar uma
residncia, resolveram instalar o departamento de msica ali. Em 1956,
com a doao da famlia Schwantes, o departamento passou a ter sede
prpria. A inaugurao do prdio, que passou a ser o Conservatrio
Musical Adventista, CMA, deu-se em 3 de abril de 1956, s 13:15h.
Neste ano o CMA j contava 126 alunos.
Em 1963, o CMA adquiriu um rgo eletrnico, um passo bastante
significativo. A cerimnia de inaugurao contou com a presena do
grande maestro e organista ngelo Camim que em 1973 comemorou o
10o aniversrio do conservatrio com um magnfico recital oferecido ao
pblico Iaense.
Em 1967, o CMA foi agraciado com a doao de instrumentos de
iniciao musical Carl Orff e, posteriormente com os tmpanos doados pela Repblica Federal Alem recebendo no ato da entrega a honrosa visita do cnsul que recebeu a gratido da escola, ouvindo, em
alemo, o hino de sua ptria.
O ano de 1966 foi um marco histrico para o CMA pois os cursos de
msica foram oficializados. Em 1968, formou-se a primeira turma de
msicos: Ana Maria F. Santos Nascimento (piano), Dilza Ferraz A.
Garcia e Eunice M. Garcia (canto). Em 1973, formou-se a orquestra
chamada Pedaggica, formada quase exclusivamente de flautas doces
sob regncia do Prof. Grson Gorski Damaceno.
Em 1980, o CMA passou a se chamar Academia Adventista de Arte
(ACARTE). Atualmente a ACARTE oferece cursos de piano, violino,
viola, violoncelo, clarineta, trompa, trombone, trompete, sax, flauta,
marimba, percusso e musicalizao infantil. H tambm corais para as
diversas faixas etrias: Pequenos Cantores da Colina para alunos de 1
-
Enciclopdia ASD
7
a 4 srie do 1o Grau, Coral Juvenil para os alunos de 5 a 8 srie do
1o Grau; Coral Jovem para alunos do 2o Grau e *Coral Carlos
Gomes para alunos das faculdades, alm da orquestra e da banda que sempre abrilhantaram as programaes cvicas, sociais e, principalmente
as religiosas.
O Colgio sempre teve departamento de Msica, mesmo sem ter um
prdio exclusivo para isso.
Paulo Hennig - Canto (1915-1920); Sra. Margarida M. Steen - rgo
(1919-1927); Sra. Gladys Taylor - Piano (1919); Alma Meyer Bergold -
Piano e rgo (1922-1931); Anna Mascarenhas - Piano (1924); Sra.
Arabella Moor - Piano (1928-1934); Antonieta Grandmaison - Piano
(1935); Theone Wheeler - Piano (1941); Maria de Falco de Brito (1942-
1943); Werner Weber - Violino (1942-1944); Alice Schwantes (1944-
1945); Walton Brown - Msica (1945); Nair Villela Lima - Piano (1946-
1947); Charles Pierce - Piano e Canto (1952-1955).
Diretores: Dean Friedrich (1956-1957); *Walter Nelson (1958);
Flvio Arajo Garcia (1959-1974); Trcio Simon (1975-1976); Williams
Costa Jnior (1977-1978); Orly Ferreira Pinto (1979-1983); Renato
Gross (1984); Jaime Daniel (1985- ).
ADECEANO, O. Peridico trimestral. rgo Oficial da *Associao
dos Diplomados pelo Colgio Adventista Brasileiro (ADCA), com sede
no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de
Ensino (IAE/SP), em So Paulo, SP.
Jornal-revista impresso, com um nmero varivel de pginas,
construda por editorial, artigos do redator, crnicas, reportagens, notas
sociais, notcias sobre adeceanos, relatrios da entidades, etc.
Seus colaboradores so os adeceanos, membros associados do ADCA.
Foi criado em 1950 e alguns dos seus redatores foram: Miguel J.
Malty (1950-1951); *Guilherme Frederico Denz (1952- ); Josino
-
Enciclopdia ASD
8
Campos (1957- ); Jos Nunes Siqueira (1959- ); Gideon de Oliveira
(1960- ).
Veja Associao dos Diplomados pelo Colgio Adventista
Brasileiro (A.D.C.A.).
ADMINISTRAO DA IGREJA. Veja Igreja Local.
ADOO. [gr. huitheosia, adoo, adoo como filhos, colocao como filho.] Termo usado no N.T. para descrever o processo pelo qual o crentes em Cristo entra na condio de filhos do
Pai (Rom. 8:15, 23; Gl. 4:5; Ef. 1:5). A figura foi certamente extrada
da lei romana, de acordo com a qual um filho adotivo participava dos
plenos privilgios gozados por um filho legtimo. O termo enfatiza o
desejo de Deus de estender Seu terno amor sobre Seus filhos. Em Rom.
9:4, o chamado especial de Deus nao judaica como Seu
representante e filhos pela f chamada adoo. Em Rom. 8:23, a palavra descreve a redeno de nosso corpo do pecado, dor e morte no *Segundo Advento de Cristo. Embora a palavra no se encontre no A.T.,
a prtica da adoo era conhecida. Por exemplo, Moiss foi adotado pela
filha de Fara (x. 2:8-10) e Ester por Mardoqueu (Est. 2:7).
ADORNOS. Veja Vesturio.
ADULTRIO. As palavras hebraica e grega assim traduzidas
descrevem especificamente o intercurso sexual de uma pessoa casada
com algum que no um cnjuge legal. Sob a lei levtica, tal ato era
punido pela morte (Lev. 20:10). Porm, o stimo mandamento (x.
20:14) parece abranger a impureza sexual de qualquer espcie, seja por
ato seja por palavra. Acrscimos tradicionais ao mandamento
obscureceram a idia de pureza moral imaculada e criam brechas para
-
Enciclopdia ASD
9
padres de conduta insinceros e culposos, mas em Seu sermo da
montanha Jesus esclareceu a inteno do mandamento (Mat. 5:27, 28,
32).
O termo adultrio freqentemente usado de modo figurado. Embora a fidelidade conjugal simbolize lealdade incondicional ao
Criador, o adultrio o smbolo da transgresso humana do concerto
com Deus, mediante idolatria ou outras formas de apostasia (Jer. 3:8, 9;
Eze. 23:37; Os. 2:2; Mat. 12:39; Apoc. 2:22).
ADVENTISTA. (a) Original e corretamente, um membro do
*Movimento Adventista (ou *Milerita) ou de qualquer das cinco
corporaes da Igreja Adventista que dele se originaram; (b) na
linguagem dos Adventistas do Stimo Dia (ASD), um termo abreviado
para *Adventista do Stimo Dia; (c) em alguns dicionrios, qualquer crente no Adventismo, que eles definem vagamente como a doutrina da proximidade do *Segundo Advento e fim do mundo ou dos sculos.
Os termos Adventista e Adventismo foram criados pelos Mileritas (Veja
Movimento Milerita). Por conseguinte, esses termos so mais
corretamente empregados na estrutura da escatologia Milerita, que inclui
no apenas o ensinamento do prximo Advento pessoal de Cristo, mas
tambm um corpo distintivo de doutrinas com os eventos ligados a ela.
Compreendido deste modo, o Adventismo era e distinto e no deve ser
confundido com outras concepes sobre o Segundo Advento.
Definido no sentido impreciso da crena na proximidade do Segundo
Advento o Adventismo no se originou nos Estados Unidos da Amrica nem com o Movimento Milerita. Nos primrdios do sculo
dezenove, nas ilhas e no continente britnico, houve grande
reavivamento e interesse no breve retorno de Cristo em contraste com o
ensino ento dominante de que Cristo viria apenas aps um futuro
*Milnio. Os Mileritas, na Amrica, eram parte distintiva do
*Despertamento do Advento geral e consideravam a todos os que
-
Enciclopdia ASD
10
defendiam a proximidade do Advento como irmos, apesar das
diferenas em outras reas da doutrina. (Veja Pr-milenismo). Mais
tarde, quando representantes do grupo de adventistas guardadores do
*Sbado, na Amrica, foram para o exterior, primeiro Europa,
encontraram outros esperando pelo Segundo Advento. Em muitas
lnguas, a expresso Adventista passou a ser usada por aqueles que no conhecem a origem da palavra, significando especificamente a
igreja que ensina tanto a observncia do sbado do stimo dia como a
preparao para o advento do Senhor, a saber, a Igreja Adventista do
Stimo Dia.
ADVENTISTA DO STIMO DIA. Nome descritivo adotado como
nome denominacional em 1860 por uma ramificao dos Adventistas
os que especificamente, guardam o *Sbado. (Veja Igreja Adventista
do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da, para saber das
circunstncias da adoo). As pessoas que primeiramente receberam o
nome em 1860 foram j os Adventistas, no somente no amplo sentido
da crena na proximidade da vinda de Cristo pois muitos, nos idos de 1840 em todas as partes do mundo, criam nisto mas tambm no sentido restrito de ter-se desenvolvido do *Movimento Milerita, que se
tinha autodenominado *Adventista. Adotando o nome de Adventistas
Guardadores do Sbado, distinguiam-se de outros dissidentes do
Movimento Milerita.
Deste modo, a explicao popular de que o nome era reservado a
algum que cr no *Segundo Advento e observa o stimo dia
superficial demais. Primeiro, h no-adventistas que observam o stimo
dia os Batistas do Stimo Dia. Segundo, o termo Adventista no inclui todos os que crem no Segundo Advento (por exemplo, o Credo
dos Apstolos professa crena no Segundo Advento) assim como o
termo Presbiteriano no designa s os que so dirigidos por presbteros
-
Enciclopdia ASD
11
ou o termo Batista aqueles que limitam o *Batismo imerso dos
crentes (que seriam ambos aplicados aos ASD).
O ttulo todo Adventista do Stimo Dia (ou o equivalente em vrias lnguas) o nome oficial de uma denominao Crist com um corpo
especfico de doutrinas, das quais sbado e o Segundo Advento so
parte. No aplica aos que (mais em pequenos grupos) guardam o stimo
dia e defendem a proximidade do Advento mas que diferem em outras
doutrinas, e por isso no so parte da denominao. Por outro lado, no
negado aos que tenham a mesma f mas que estejam separados por
circunstncias de uma ligao organizacional com o corpo dos ASD.
ADVENTISTA DO STIMO DIA, IGREJA. Corporao crist
conservadora, mundial em extenso, evanglica em doutrina, no
professando nenhum credo alm da *Bblia. Caracterizada por forte
nfase no *Segundo Advento, que ela cr estar prximo e observa o
*Sbado bblico, o stimo dia da semana. Esses dois pontos distintivos
so incorporados com o nome *Adventista do Stimo Dia. A Igreja
administrada por uma organizao democrtica, desde Igreja local (Veja
Igreja Local), Associaes (Veja Associao Local) e Unies (Veja
Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento
da) at a *Associao Geral da IASD (AG), com suas 13 Divises (Veja
Divises) em vrias partes do mundo.
O total de membros em todo o mundo (7.498.653 em 1992)
distribudo aproximadamente como se segue: um quarto na Amrica
Latina; um quinto na frica; um quinto na Amrica do Norte; um
dcimo na Europa; um vinte avos na Austrlia.
Doutrinas e Padres. A IASD rejeitou firmemente adotar um credo
ou confisso, preferindo basear todas as suas crenas na Bblia. Porm,
vrias declaraes de crenas gerais tm sido publicadas. (Veja
Declaraes Doutrinrias da IASD; e tambm os nomes das
doutrinas). Ser *Membro da Igreja, por voto da *Congregao local,
-
Enciclopdia ASD
12
envolve *Converso e *Batismo por imerso, seguindo a instruo e
aceitao das doutrinas da Igreja e padres de comportamento, inclusive
total abstinncia de bebidas alcolicas e fumo.
A mensagem ASD distintiva pode ser resumida como o Evangelho eterno a mensagem crist bsica de *Salvao mediante a f em Cristo no conjunto das *Trs Mensagens Anglicas de Apoc. 14:6-12 o chamado para adorar o Criador, pois chegada a hora do seu *Juzo e para tomar uma posio para *Deus na crise. Essa mensagem resumida na frase, os mandamentos de Deus e a f em Jesus (v. 12).
Veja Igreja Remanescente.
Poltica e Organizao. A administrao da Igreja local
parcialmente de modelo Presbiteriano, embora os ministros no sejam
escolhidos pela *Congregao, mas sejam escolhidos pelas Associaes
(ou misses, ou sees), compostas de vrias igrejas. As atividades
departamentais so supervisionadas por representantes da Associaes.
Vrias Associaes formam Unies, e essas constituem a Associao
Geral da IASD, a corporao administrativa mundial. O Comit
Executivo da Associao Geral funciona no somente mediante divises
administrativas geogrficas mas tambm atravs de departamentos de
orientao, comits e comisses. Veja Constituio da Associao
Geral.
A organizao da Igreja representa sua composio internacional. O
Comit Executivo da AG inclui membros de todas as divises (exceto a
da China que interrompida pelas condies mundiais e
completamente autnoma do restante da Igreja). Cada Diviso tem seu
presidente (que tambm vice-presidente da AG), seus oficiais e seu
comit executivo e representantes que pertencem ao Comit Executivo
da AG, servindo como uma espcie como um subcomit que opera em
sua prpria seo do globo. A IASD opera em 204 pases e ilhas,
empregando 687 lnguas.
-
Enciclopdia ASD
13
Estatsticas. As estatsticas para 1992 so: igrejas: 36.032; membros:
7.498.653; colgios e universidades: 1.018; instituies de sade: 461;
fbricas de alimento: 33; ministros ordenados: 11.915; obreiros ativos:
128.725; professores: 15.576 (total).
Histria. Precursores. Os ASD so, em termos de doutrina, herdeiros
do *Movimento Adventista ou *Milerita dos anos de 1840; mas so
herdeiros tambm de um despertamento geral anterior, em muitos pases,
de interesse no *Segundo Advento, do qual o movimento Milerita era
uma parte (Veja Pr-milenismo).
Desenvolvimento da Denominao. O nome da denominao e a
organizao bsica foram adotados entre 1860 e 1863. Porm o grupo
que chegou ento ao ponto da organizao, tinha por alguns anos desde 1844 formado um corpo bem definido de indivduos, grupos e igrejas locais, que estavam desenvolvendo e ensinando doutrinas que os
distinguiam claramente dos outros.
Por volta de 1850, a fuso dos grupos dispersos de Adventistas
guardadores do sbado na Nova Inglaterra e Nova Iorque foi assegurado
por uma srie de Associaes (Veja Congressos Sabticos) sob a
liderana do casal *Tiago e *Ellen G. White e de *Jos Bates. Durante o
perodo de 1848 at 1850, as diferenas foram resolvidas e o esboo
principal das doutrinas em comum foi estabelecido. Assim formou-se o
ncleo da IASD, anos antes de existir o nome da organizao.
Em 1848, Tiago White, incentivado por sua esposa, comeou a
publicar o Present Truth, em Middletown, Connecticut; no ano seguinte,
a Advent Review (Revista Adventista), em Auburn, Nova Iorque, e mais tarde em 1850 a *Review and Herald, em Paris, Maine mais tarde em Rochester, Nova Iorque, onde estabeleceu-se uma pequena
casa publicadora. A Review and Herald tornou-se o rgo oficial da
denominao. Em tudo isso, os conselhos de Ellen G. White deram
-
Enciclopdia ASD
14
inspirao e Tiago White, a liderana, a maioria dos sermes, as
publicaes e a promoo.
A publicadora, operada primeiramente em Rochester, Nova Iorque,
foi mudada para Battle Creek, Michigan, em 1855. Battle Creek logo se
tornou a sede da denominao.
Durante a dcada de 1850, a elaborao das doutrinas se desenvolveu,
em sua maior parte por artigos que tratavam de vrios assuntos bblicos,
freqentemente citados como respostas a opositores. *John N. Andrews,
um jovem em seus vinte anos com tendncia ao intelectualismo,
escreveu inmeros artigos sobre o *Sbado, o *Santurio, as Bestas de
Apoc. 13 (Veja Marca da Besta), e outros assuntos profticos. Seus
artigos, bem formulados e bem escritos, formaram a base para folhetos
posteriores e livros sobre esses assuntos. *Urias Smith, mais tarde
conhecido por seus estudos em Daniel e Apocalipse, comeou a escrever
sobre as profecias.
Em uma reunio geral em Battle Creek em 1860, adotou-se o nome
denominacional e foi formado um comit para incorporar a publicadora.
A publicadora ASD tornou-se uma corporao em 1861. Em 1861, as
igrejas tambm de Michigan foram organizadas em uma associao (no sentido Metodista da palavra); mais tarde, outras associaes foram
formadas. Em 1863, realizou-se uma *Conferncia Geral e estruturou-se
uma constituio. Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao
e Desenvolvimento da, sees I e II.
Numerosas instituies foram estabelecidas na sede de Battle Creek
em 1866, o Instituto Ocidental de Reforma de Sade, que em 1877 tornou-se o Sanatrio Cirrgico e mais tarde o Sanatrio de Battle
Creek; em 1874, o Colgio de Battle Creek; e em 1895, o Colgio
Mdico-Missionrio Americano.
Em 1868, os evangelistas foram para o Oeste e iniciaram uma obra
prspera na Costa do Pacfico. Na Nova Inglaterra, o evangelismo leigo
foi promovido atravs de sociedades missionrias e de folhetos, iniciado
-
Enciclopdia ASD
15
no fim da dcada de 1860 e organizado em uma base denominacional
em 1874. Publicaes em diferentes lnguas eram impressas para o uso
entre os estrangeiros nos Estados Unidos e a influncia desse
evangelismo espalhou-se (Veja Publicaes, Obra de). No fim da
dcada de 1860, os ensinos Adventistas foram levados para a Europa
(Itlia e Sua) por um missionrio no enviado pela denominao (Veja
Czechowski, Michael Belina), e grupos dos que aceitavam as doutrinas
foram formados sem contato com o grupo original.
Em 1874, a AG enviou John Nevins Andrews para a Europa. Esse foi
o incio de uma expanso mundial. Ao os ASD entrarem em outras
terras, eles encontraram pessoas que j esperavam o retorno de Cristo, e
alguns que observavam o sbado, que se uniram ao movimento Alemanha, Rssia, Argentina, Brasil e em outras partes.
No fim da dcada de 1870, foi iniciada a venda da literatura ASD de
casa-em-casa, que levou as publicaes ASD ao pblico em geral. Essa
inovao foi to bem sucedida que se tornou um dos mtodos padro de
evangelismo (Veja Colportor; King, George Albert).
Na dcada de 1880, havia ASD espalhados das Ilhas Britnicas at a
Rssia e da Escandinvia at a Itlia, sendo a Itlia o centro. Havia at
mesmo um pequeno nmero na Turquia. Do lado oposto do mundo,
Austrlia e Nova Zelndia foram alcanadas, tambm a ilha de Pitcairn
no mdio Pacfico. Sentiu-se um incio na frica do Sul.
Nos anos oitentas (1880), o evangelismo alcanou a Amrica Central
(Honduras) e partes da Amrica do Sul (Guiana Inglesa). Na dcada dos
noventas, o navio missionrio, Pitcairn iniciou contatos com vrias Ilhas
do Pacfico e alcanou-se a ndia e o Japo. Embora um missionrio de
sustento prprio tenha trabalhado em Hong Kong, a China no foi
alcanada at a virada do sculo.
No anos iniciais do sculo vinte, a igreja estava em todo o mundo e
tambm voltou suas atenes para a administrao a fim de facilitar a
obra nas reas onde ela j tinha se estabelecido. As Associaes Locais
-
Enciclopdia ASD
16
foram unidas em uma rea mais ampla, as Unies (Veja Igreja
Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da)
durante o perodo de 1894 a 1901; em 1913, as Divises (Veja Diviso)
foram formadas em uma base continental.
Em 1901, o planejamento e controle sobre as vrias fases da obra da
Igreja tornaram-se mais centralizadas com a formao dos
departamentos da Associao Geral no lugar de vrias organizaes
independentes e um Comit Executivo melhor representado assumiu a
funo de liderana. Em 1903, a sede foi mudada para Washington, D.C.
Em anos posteriores, como todas as partes do globo estavam
determinadas s vrias Divises, novos territrios foram alcanados e
tornaram-se bases para maiores expanses ao se desenvolver a liderana
indgena. A Igreja se tornou verdadeiramente mundial em expanso,
embora sempre desafiada por regies posteriormente alcanadas. Seu
crescimento mostrado em uma tabela anterior de estatsticas histricas.
ADVENTISTA, REVISTA. Veja Revista Adventista.
ADVENTISTAS DAVIDIANOS E MOVIMENTO VARA DO
PASTOR. Um ramo fundado por Victor T. Houteff, membro de uma
Igreja ASD de Los Angeles, Califrnia, em 1929, popularmente
chamada de Vara do Pastor, segundo o ttulo de sua primeira publicao. Sua organizao tomou o nome de Adventista do Stimo Dia Davidianos em 1942. Houteff, que se considerava divinamente inspirado e mensageiro de Deus, estabeleceu o assunto primrio de seus
ensinos em sua primeira publicao como segue:
Esta publicao contm apenas um nico assunto com uma
lio dupla; isto , os *Cento e Quarenta e Quatro Mil (Apoc.
7:4-9; 14:1) e um chamado para reforma (A Vara do Pastor, 1
ed. 1930, vol. 1, p. 11).
-
Enciclopdia ASD
17
Em maio de 1935, Houteff e 11 seguidores (inclusive crianas),
migraram para Waco, Texas, e estabeleceram uma colnia em uma
fazenda prxima a que se referiam como Centro do Monte Carmelo. Este
centro deveria ser um quartel temporrio para a reunio dos 144.000 selados, preparatrio para sua transferncia para a Palestina como o reino restabelecido de Davi sob um regime teocrtico, para dirigir o
trabalho final do Evangelho sobre a terra antes do *Segundo Advento de
Cristo.
Antes de sua morte em 5 de fevereiro de 1955, Houteff apontou sua
esposa para que dirigisse seu rebanho at que o Senhor escolhesse outro
profeta para que tomasse a responsabilidade. O Tribune-Herald de 27 de
fevereiro de 1955, noticiou, pouco depois da morte de Houteff, que, por
vezes, havia 125 pessoas vivendo no Monte Carmelo, incluindo crianas
e alguns invlidos no lar de repouso.
Imediatamente aps a morte de Houteff, a Vara do Pastor comeou a
se esfacelar em pequenos grupos. O principal, sob a liderana de
Houteff, anunciou ao pblico, atravs da imprensa, que o perodo
proftico de 1.260 dias preditos em Apoc. 11 terminariam no dia 22 de
abril de 1959; e que, naquela data, *Deus interviria de uma maneira
notvel na Palestina para expulsar judeus e rabes para o
estabelecimento do reino Davidiano naquele pas. Respondendo a um
chamado oficial para se reunirem em Waco nos dias 16-22 de abril de
1959, em prontido para se mudarem para a Palestina to logo a
Providncia indicasse, muitas centenas de pessoas se reuniram no
Centro do Monte Carmelo para esperar o cumprimento da predio.
Quando a data passou normalmente, a maioria das pessoas desapontadas, confusas, e embaraadas espalharam-se vagarosamente de Waco para recomear vida nova em outro lugar, medida do
possvel. Alguns retornaram Igreja ASD, alguns perderam totalmente a
f na *Bblia e voltaram para o mundo, alguns se uniram a grupos
pequenos, tais como o Ramo (que realmente enviou alguns
-
Enciclopdia ASD
18
colonizadores para Israel em uma misso que terminou em fracasso).
Alguns ficaram com os lderes de Waco para enfrentarem o futuro.
A Sra. Houteff e seus lderes associados publicamente reconheceram,
em uma edio de 12 de dezembro de 1961 e 16 de janeiro de 1962, que
o grupo da Vara do Pastor e seus ensinos particulares no eram sadios.
Finalmente, em 11 de maro de 1962, eles renunciaram, declararam a
Associao Davidiana dissolvida, fecharam seu Centro do Monte
Carmelo, e colocaram a propriedade venda. Uns poucos dissidentes da
Vara do Pastor, opostos entre si, ainda lutam para sobreviver.
Tragdia em Waco. O maior grupo do Ramo dos Davidianos se
encontrava no Rancho Apocalipse no Monte Carmelo pertencente
seita, em Waco, Texas, EUA. Era liderado por David Koresh (Vernon
Howell), 33 anos. Ele cresceu na IASD, demonstrando-se muito
inteligente nas coisas da Igreja. Seus problemas comearam quando ele
comeou a ir para a escola, abandonando-a alguns anos depois. Apenas
estudava a Bblia e tocava violo.
Aos 18 anos, usando cabelos compridos e roupas muito informais,
comeou a freqentar novamente a Igreja em Chandler, Texas. Mudou-
se algum tempo para Waco e uniu-se ao Ramo Davidiano. Quando
chegou, a seita era liderada por Lois Roden, uma senhora impopular
entre os seguidores por afirmar que o Esprito Santo do sexo feminino.
Seu filho, George Roden aspirava liderana do grupo, mas era tambm
impopular. Howell logo conseguiu a simpatia do grupo por seu carisma
e conhecimento da Bblia. Em breve a liderana dos Davidianos foi
posta em suas mos. Isso se deu devido s novas pretensas revelaes de Howell: ele era o stimo anjo do Apocalipse destinado por Deus a
trazer o fim do mundo. O fim do mundo viria quando Israel comeasse a
converter os judeus. A converso causaria uma excitao mundial
culminando com a invaso da Terra Santa pelas foras armadas dos
EUA, ocorrendo o *Armagedom. Ento Howell seria transformado em
-
Enciclopdia ASD
19
um anjo guerreiro que limparia a terra, preparando-a para a Nova
Jerusalm.
Ele realmente foi para Israel em 1980. Mas, como seus planos
falharam, ele ps em ao o Plano B: em 1990, mudou seu nome para
David Koresh. Koresh a forma hebraica de Ciro, o rei babilnico que
libertou Israel. Abandonando a teoria do Apocalipse em Israel, comeou
a predizer que o fim seria no Texas. Os fiis esperariam no Monte
Camelo at o momento em que o exrcito americano traria o fim do
mundo. Koresh levava o estigma de imoralidade sexual, mantendo
relaes sexuais com adolescentes, rebelio contra o governo e uso de
bebidas durante os cultos. As condies higinicas tambm eram das
piores. Foi nesse ambiente que ocorreu o fim da seita.
O Armagedom teve incio em 28 de fevereiro de 1993, quando agentes do Departamentos de lcool, Tabaco e Armas dos EUA, foram
informados de que os davidianos estocavam armas e munies. Alm
disso, Koresh foi acusado tambm de poligamia com as esposas e filhas
dos fiis, ingesto de cerveja durante os cultos e abuso sexual de
crianas. Nesse dia, tentaram prender Koresh, porm, sem sucesso.
Havia no local 120 homens, mulheres e crianas. O cerco se alongou por
51 dias de negociaes com Koresh e Steve Schneider com o FBI, e os
fiis falavam em suicdio coletivo.
Na madrugada de 19 de abril de 1993, o FBI invadiu o rancho dos
Davidianos. Porm, ao meio dia do dia 20 de abril, comeou um incndio
que carbonizou 86 fiis, entre eles crianas e o lder, David Koresh. Apenas
9 sobreviveram ao incndio. No se sabe se foi Koresh e seus seguidores
que atearam fogo no rancho, ou se lanternas derrubadas pelo FBI
provocaram o incndio, como afirmaram os sobreviventes. O movimento
ainda sobrevive em aproximadamente 10 grupos de 40 membros cada. Eles
esperam alcanar o nmero 144.000 para irem a Jerusalm, e expulsarem
os judeus e rabes para se estabelecerem definitivamente ali.
-
Enciclopdia ASD
20
ADVENTO. Veja Segundo Advento.
ADVOGADO. [gr. parakletos, pessoa chamada para estar ao lado de
algum a fim de dar assistncia ou conselho, ajudador, intercessor, conselheiro.] Termo que aparece uma vez na Bblia, usada para Cristo em Seu ministrio em favor de pecadores arrependidos (I Joo 2:1).
Parakletos em suas outras ocorrncias no N.T. (Joo 14:16, 26; 15:26;
16:7) refere-se ao *Esprito Santo e traduzido como Consolador (ARA). Designao do Esprito Santo como outro Consolador em Joo 14:16 infere que Cristo tinha estado a servir Seus discpulos na
mesma funo a de um Consolador. difcil achar uma s palavra portuguesa que substitua perfeitamente os vrios usos sugeridos por
parakletos. Em I Joo 2:1, as funes de intercessor, mediador, ajudador, estavam provavelmente na mente do autor.
AGNCIA ADVENTISTA DE ASSISTNCIA E
DESENVOLVIMENTO (ADRA) (Adventist Development Relief
Agency). Envolve filantropia e projetos de desenvolvimento.
Organizada com o objetivo de prestar ajuda com roupas, alimentos,
medicamentos, abrigos e outros socorros s vtimas das grandes
catstrofes, como: terremotos, furaces, enchentes, guerras, secas, fome,
etc., em qualquer parte do mundo.
Conta com a participao de empresas, banqueiros e industriais, cujo
objetivo dar apoio e suporte s instituies adventistas regionais.
Ralph S. Watts Jr. o lder mundial do Departamento de Assistncia
Social Adventista (ADRA) da *Associao Geral da IASD, nos EUA.
Na *Diviso Sul-Americana da IASD (DSA) dirigida pelo Pr. Haroldo
Morn. (1994).
Uma atividade indita da ADRA com recursos alimentcios da Europa
na DSA, foi a realizada no municpio de Cod, no Estado do Maranho,
que uma regio de mais altos ndices de populao em pobreza
-
Enciclopdia ASD
21
absoluta. Distante 300 Km. da capital, Cod alvo do projeto da
Comunidade Econmica Europia que, atravs da ADRA, levou
esperana a 50 mil pessoas.
A ADRA da Alemanha a mantenedora e responsvel pelo projeto, e
esta designou como diretor do mesmo, o Sr. Paulo Seidl e o Pr. Joo
Cludio do Nascimento como diretor executivo.
Foi organizada a distribuio de todos os alimentos. Tambm foi
oferecido um treinamento que lhes permita alternativa de trabalho.
Seu incio efetivo no Brasil foi em 1931, com o lanamento da lancha
assistencial Luzeiro I, com o Pr. *Leo Blair Halliwell e sua esposa
*Jessie Halliwell, nas guas dos Rio Amazonas. A partir da vrias
pessoas tem recebido atendimento mdico e alimentar em todo o pas.
Depois de 1960 o comandante da Luzeiro do Sul, realizou uma
exposio de uma pintura da lancha Baa de Paranagu, em Curitiba, PR.
Em 1966, foi repetida a exposio com a lancha com fatos e fotos da
obra assistencial, a fim de levantar donativos para este trabalho. Neste
mesmo ano a *Obra Filantrpica e de Assistncia Social Adventista
(OFASA) teve uma sede em Belo Horizonte, MG, onde foi instalada
tambm uma clnica mdica chamada Luminar.
Em 1967, a *Unio Norte-Brasileira da IASD recebeu a doao de
uma avio anfbio para as atividades assistenciais realizada pelas
lanchas. O hidroavio foi batizado com o nome de Leo Halliwell. Muitos
outros centros assistenciais foram inaugurados, os quais organizavam
cursos de alfabetizao de adultos, formao profissional, arte culinria,
corte e costura, pintura em tecido e bordados artsticos, socorristas
voluntrios e outros. A Assistncia Social Adventista (ASA)
administrou os ambulatrios circulantes na transamaznica em convnio
com o Funrural.
Em 1973, a *Misso Costa-Norte da IASD, vendeu o avio Leo
Halliwell e comprou outros de mais capacidade. A ASA no Brasil, a
OFASA nos pases latino-americanos de fala espanhola e o Seventh Day
-
Enciclopdia ASD
22
Adventist World Service (SAWS), nos EUA - Servio Social Adventista
Mundial. (At 1972 recebia o nome de Seventh-day Adventist Welfare
Service - Servio Beneficente Adventista do 7o Dia), todos tem o mesmo
propsito: prestar auxlio onde houver necessidade.
Em 1977, foi um ano de preparao. Estocaram roupas e
medicamentos. Pela primeira vez as trs Unies Brasileiras participaram
em convnio com o SAWS e em colaborao com a Superintendncia
Nacional de Abastecimento APD e Diaconia. A *Unio Sul-Brasileira
da IASD foi a primeira a possuir o seu Centro Assistencial prprio.
No dia 23 de junho de 1981 a IASD comemorou o cinqentenrio do
lanamento da lancha assistencial Luzeiro I, em 1931. Foi feito um
carimbo comemorativo do jubileu da ASA no Brasil, solicitado
Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos.
Em 1983, a Associao Geral organizou um novo departamento de
Assistncia Social, que passou a englobar o SAWS e o Setor de Projetos
Especiais: a ADRA, patrocinando assim o servio social adventista em
todo mundo.
Com a ajuda de doadores norte-americanos, a ADRA construiu 26
igrejas em 1993 na regio amaznica. So estruturas simples, sem
sofisticao, desenhadas para conter entre 200 a 300 pessoas cada uma.
Nos dias 25 a 27 de agosto de 1994, foi realizado o I Encontro de
Lderes da ADRA da *Associao Paulista Central da IASD sob
coordenao do Pr. Daniel Pereira dos Santos, lder do setor. Ali
partilharam idias, experincias do trabalho e receberam instrues
quanto dinmica das atividades.
AGREMIAO DOS OBREIROS ADVENTISTAS DE
HORTOLNDIA (AJAH). A sede da sociedade localiza-se Rua
Schiaveto, 310, nas proximidades do *Instituto Adventista So Paulo
(IASP). uma Associao formada por obreiros jubilados adventistas
residentes em Hortolndia, SP.
-
Enciclopdia ASD
23
O objetivo da AJAH desenvolver um melhor relacionamento entre
os membros mediante a promoo de atividades religiosas, sociais,
fsicas, bem como imaginar meios que lhes possibilitem bem-estar e
condies mais favorveis.
Atualmente, a AJAH, tem sua sede prpria em terreno da Obra ASD,
doado gentilmente pela Prefeitura de Sumar, SP.
As instalaes da sede compreendem dois pavilhes de 7,5 metros de
largura por 26 metros de comprimento, cada um. Segundo Moiss Nigri,
essa a primeira agremiao de obreiros jubilados que possui sede
prpria no mundo adventista. O pavilho principal tem um salo de 7 x
18 metros, para reunies regulares, mensais, a cada segundo sbado do
ms, quando h um perodo de oraes, palestras de mdicos que do
orientaes quanto medicina preventiva, alimentao, exerccios
fsicos adequados para a terceira idade. Anexas, h ainda uma cozinha
equipada com geladeira, fogo, etc. e ainda uma sala para secretaria e
tesouraria. O outro pavilho destina-se exclusivamente ao exerccio
fsico dos idosos. Ali joga-se tambm malha e bocha. A agremiao
promove tambm almoos de confraternizao, excurses a instituies
adventistas, parques, zoolgicos e guas termais. Realiza-se programas
juntos s igrejas, aos sbados, desde a *Escola Sabatina at o Programa
JA relatando experincias de como *Deus tem operado maravilhosamente atravs dos anos.
notrio que os jubilados que aprenderam a divina arte de
envelhecer, ou seja, viver vida longa, feliz e com sade, participando dos programas espirituais, sociais e recreativos, so os que seguem uma
vida ativa junto s igrejas onde atuam, no confiando apenas na
experincia do passado.
Os associados da AJAH seguem a filosofia contida em um dos
pensamentos do *Esprito de Profecia que diz:
-
Enciclopdia ASD
24
No vos jacteis pelo que fizestes no passado, mas mostrai o de que sois capazes agora. ... Mantende jovem vosso corao e esprito,
mediante exerccio contnuo. (IIME, p. 222.)
Em meados de 1979, j havia em Hortolndia cerca de 30 obreiros
adventistas jubilados. Surgiu a idia de fundar-se uma associao dos
obreiros aposentados que residiam naquela regio. A primeira reunio
foi convocada para a efetivao do plano, no livro da secretaria da
entidade:
Aos 4 dia do ms de agosto de 1979, s 20 horas, sob a presidncia do Pr. Oscar Luiz dos Reis, indicado pela
Assemblia, teve lugar na residncia do Pr. *Paulo Marquardt,
uma reunio das pessoas interessadas na criao de uma
entidade que congregasse obreiros jubilados da *Igreja
Adventista do 7o Dia, nesta regio de Hortolndia.
Decidida a criao da referida entidade, ficou definido que a
associao teria o nome de Associao dos Jubilados Adventistas de
Hortolndia AJAH, passando em 1985 para Agremiao dos Obreiros Jubilados Adventistas.
Uma vez definido o nome, passou-se aprovao dos regulamentos
que deveriam reger a entidade. O regulamento interno, foi aprovado por
unanimidade e, em seguida, a assemblia procedeu a votao da
diretoria para o ano de 1979 o primeiro ano da sociedade. Foram indicados os seguintes nomes: Presidente: Oscar L. dos Reis; Vice-
Presidente: Carlos Trezza; Vice-Presidente: Sesstris C. Souza; Diretor
Financeiro: Willy Baranski; Vice-Diretor Financeiro: Paulo Marquardt;
Diretor Capelo: Honrio Perdomo; Diretor Promocional: Lapim Nunes;
Secretria: Lcia Trezza; Vice Secretria: Zuleica Queiroz.
-
Enciclopdia ASD
25
ALBUQUERQUE, JOO (1921-1978). Impressor da *Casa
Publicadora Brasileira (CPB). Nasceu no dia 04 de setembro de 1921,
em Bebedouro, SP. Em maio de 1943, casou-se com Ester Apolinrio de
Albuquerque, cerimnia realizada pelo Pr. *Luiz Waldvogel. Dessa
unio nasceram 3 filhas: Evani, Nanci e Dulci.
Em 08 de dezembro de 1937, foi admitido na CPB onde trabalhou 41
anos em vrios setores da editora, sendo considerado um dos
impressores do mais alto nvel tcnico. Faleceu no dia 7 de novembro de
1978, em So Paulo, aos 57 anos de idade.
ALELUIA. [gr. alleluoia, transliterao do heb. halel-yah, louvai a Jah.] Uma interjeio piedosa que significando louvai a Jah ou louvai ao Senhor (Apoc. 19:1, 3, 4, 6). O termo uma transliterao de uma forma imperativa do heb. halal, louvar, qual acrescentada a forma heb. Yahweh, o nome pessoal de Deus. A frase hebraica encontra-
se vrias vezes no A.T. hebraico, principalmente no hallel, isto , nos salmos de louvor, mas sempre traduzida como Louvai ao Senhor. Em muitos desses salmos, a exclamao aparece no incio e no fim (Sal.
106; 113; 146-150), em outros apenas no incio (Sal. 111; 112), e em
outros no final (Sal. 104; 105). Essas expresses de louvor em tais
salmos podem ter servido para alguns propsitos litrgicos ou podem
simplesmente ter sido usadas como expresses de profundo louvor e
gratido a Deus. Sendo que a expresso tem uma referncia ao nome de
Deus, seu uso comum ou irreverente seria proibido pelo terceiro
mandamento.
ALFA E O MEGA. [gr. A (alpha) e (omega), a primeira e a
ltima letras do alfabeto grego.] Ttulo para Deus o Pai e para Cristo.
Ocorre 4 vezes no livro de Apocalipse (1:8; 11; 21:6; 22:13) e na ARA
apenas 3, omitindo a do verso 11 devido a fortes evidncias textuais.
Como o prprio Joo a explica, a expresso significa o incio e o fim
-
Enciclopdia ASD
26
(1:8). Ela infere que Deus eterno Ele sempre foi, Ele sempre ser. Nos caps. 1:8 (cf. v. 4); 21:6 (cf. 20:11; 21:3, 5) o ttulo
provavelmente descritivo de Deus o Pai, embora no captulo 22:13 (cf.
v. 6) refira-se claramente a Cristo.
ALIMENTOS. Veja Dieta; Sade, Princpios de.
ALLEN, ALVIN NATHAN (1880-1945). *Pastor, Missionrio na
Amrica Latina, professor e administrador. Nasceu em lar adventista e
recebeu educao nos colgios de Battle Creek e Union em 1900 e 1901.
Casou-se com Luella Emilu Goodrich em 1901. De seu casamento com
Luella, nasceram: Winifred, casada com George Floodman; Ana,
falecida em 1918; Ester, casada com Carlos Rentfro; Tadlock e Victor,
falecido em 1915. Foram para Bay Islands e Honduras onde Luella e
seus pais j atuavam como missionrios. Juntos colportaram, lecionaram
e pregaram. Em Honduras, Allen fez um curso de Odontologia. Em
1907, obteve uma licena e estudou no Washington Missionary College.
Ali fez cursos rpidos de medicina. Em 1908, foi ordenado e enviado ao
Peru como superintendente, mdico, missionrio e dentista. Sentiu o
desejo de trabalhar entre os indgenas e seguiu para as regies inspitas
do Peru, a fim de conhecer aquele povo to sacrificado que habitavam
uma regio de 8.000 Km2. Havia corredores ngremes distantes, muitos
quilmetros uns dos outros, e por entre as montanhas. Os antigos
possuam objetos valiosos feitos de ouro e prata. Havia abundncia de
minrios preciosos na regio o que despertou cobia nos espanhis que
vieram explorar a terra e escravizar aquele povo que habitava as alturas
da Cordilheira dos Andes. Organizou-se um trabalho educacional entre
os ndios, com o total apoio de Manuel Camacho, seu chefe. O governo
apreciou o trabalho realizado pela Obra Adventista, que apoiou o incio
de uma escola em nvel superior, que mais tarde tornou-se a
Universidade Unio Incaica.
-
Enciclopdia ASD
27
Entre os anos de 1914 e 1917, Allen dirigiu a Misso Cubana e depois
foi presidente da Associao Carolina do Sul. Em 1917 assumiu a
responsabilidade pelas relaes de servios de guerra, na Unio Sul
(Estados Unidos) e pregou no Tennessee e Kentucky. Em 1920 foi para
o Mxico, onde trabalhou entre os ndios de Techuantepec e entre os
Sapotecos. Ao voltar aos Estados Unidos, organizou e dirigiu
interinamente a Spanish-American Training School (Escola de
Treinamento Hispano-Americana), escola de treinamento para falantes
de lngua castelhana, em Phoenix, Arizona.
Em 1926, veio para o Brasil e lecionou Bblia no *Colgio Adventista
Brasileiro (CAB). Foi chamado para trabalhar entre os *ndios Carajs,
Javas, Tapiraps, Xavantes, no Rio Araguaia, Ilha do Bananal e Rio
Tapiraps.
Em 1938, Allen adoeceu e retornou aos Estados Unidos. Continuou
trabalhando e pregando na Flrida, Kentucky, Tennessee e Califrnia,
at poucas semanas antes de sua morte.
Faleceu em 1945 e foi sepultado em Redland, entre Los Angeles e
So Francisco, no Estado da Califrnia, EUA.
ALMA. Os termos gregos e hebraicos traduzidos como alma tm muitas variaes de significados. A primeira ocorrncia da palavra
hebraica nephesh a de Gn. 2:7: E formou o Senhor *Deus ao homem do p da terra e lhe soprou nas narinas o flego de vida e o homem
passou a ser alma vivente (nephesh). Alma a traduo mais comum do hebraico nephesh (de nephash, respirar) e do grego psyche. Sendo que o flego a mais notvel evidncia da vida, nephesh designa
basicamente o homem como um ser vivente, uma pessoa. Neste sentido,
o homem uma alma, por exemplo, em Nm. 19:18, onde o plural de
nephesh traduzido como pessoas. Freqentemente nephesh significa vida (I Sam. 20:1; 22:23; I Reis
3:11; etc.) assim traduzida na KJV 119 vezes. Geralmente nephesh
-
Enciclopdia ASD
28
usada no lugar de um pronome pessoal, significando eu, voc, ele, ela etc. (I Reis 20:32, mim; e em Jer. 17:21, vocs, etc.). Nephesh tambm aplicado a animais (Gn. 1:20, 21, 24, traduzido como
criatura, etc.). No N.T., a palavra grega psyche, alma, tem um significado semelhante, embora freqentemente enfatize o consciente ou
a personalidade.
Nem nephesh nem psyche conotam uma entidade imaterial ou imortal
ou parte de um homem capaz de conscincia independente de um corpo.
Na morte, o homem pra de ser uma alma vivente. Seu esprito (Heb.
rach) retorna a Deus que o deu (Ecl. 12:7; Veja Esprito). Neste mesmo dia perecem todos os seus desgnios (Sal. 146:4). A existncia consciente cessa na *Morte, pois os mortos no sabem coisa alguma (Ecl. 9:5).
O conceito de uma alma imortal no momento da morte, como um
esprito sensitivo e inteligente com existncia separada do *Corpo,
entrou no pensamento judaico durante o perodo intertestamentrio
atravs da influncia da filosofia grega. Durante os trs primeiros
sculos depois de Cristo, telogos cristos adotaram a idia da mesma
fonte, especialmente de Plato. De acordo com o historiador grego
Herdoto, os gregos emprestaram este conceito dos egpcios (History of
The Persian Wars, ii. 123). Esse conceito totalmente pago
eventualmente substituiu o significado Bblico original de nephesh e
psyche to completamente que impregnou estes termos com uma
significao totalmente estranha quela estabelecida na *Bblia por seus
escritores. Este conceito popular a base para vrias doutrinas no-
bblicas, tais como a idia de que ao morrer o homem vai para o cu,
purgatrio ou *Inferno e que os mpios devem ser enviados para um
inferno de fogo. As Escrituras ensinam que Deus somente tem a imortalidade (I Tim. 6:16), que o homem pode obt-la somente em Cristo (Joo 3:16; II Tim. 1:10), que o homem pode receber o mrito
deste dom quando aceita a Cristo (I Joo 5:10-12), e que a imortalidade
-
Enciclopdia ASD
29
ser concedida a todos os salvos simultaneamente na *Ressurreio e na
*Segunda Vinda de Cristo (Rom. 2:7, 8; I Cor. 15:20-26, 51-54).
Desde o incio, os ASD tm rejeitado o conceito pago da
imortalidade natural da alma, juntamente com as doutrinas derivadas
dele e baseadas nele. Veja Esprito; Imortalidade; Morte;
Ressurreio; Vida Eterna.
ALTAR. Veja Santa Ceia.
ALTO CLAMOR. A proclamao da mensagem de Apoc. 18:1-4,
representada como sendo proclamada pelo *Anjo que vinha do cu, que tinha grande autoridade, e com sua glria a terra se iluminou. A frase reflete a declarao de que este anjo exclamou com potente voz. A mensagem proclamada pelo anjo o chamado final de *Deus queles
dentre Seu povo que ainda esto na *Babilnia para que saiam dela a
fim de evitar serem participantes de seus pecados e de suas pragas. Essa
mensagem evidentemente dada antes do fechamento da *Porta da
Graa, tendo em vista que ainda haja bastante tempo e oportunidade
para o povo achar salvao fugindo de Babilnia. tambm o apelo
final do Cu para o homem, ltima mensagem relatada na *Bblia, pois
precede imediatamente as cenas terrveis da retribuio divina que
marcam a transio dos reinos deste mundo para o reino de *Jesus
Cristo.
Os ASD entendem que o anjo de Apoc. 18 une sua voz do terceiro
anjo do captulo 14:9-11, em vista do fato de que a mensagem
proclamada pelo ltimo, em seu contexto, tambm a ltima mensagem
de Deus ao homem e precede imediatamente a vinda de Cristo e o
julgamento final de Deus sobre a Terra. Este anjo, de igual modo, falava
com uma potente voz. Conseqentemente, os ASD, s vezes, misturam as duas em uma s mensagem qual se referem como o alto clamor do terceiro anjo. O primeiro anjo de Apocalipse 14 anuncia a hora do
-
Enciclopdia ASD
30
julgamento divino; o segundo anjo, a queda espiritual de Babilnia. O
terceiro anjo adverte contra o Evangelho forjado de Babilnia.
A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se ltima grande obra
da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto
clamor. (PE, 277).
Estes anncios (Apoc. 18:1-4), unindo-se com a terceira mensagem
anglica (cap. 14:9-11), constituem uma advertncia final a ser dada aos
habitantes da terra (GC, 610).
uma mensagem do Cu pronunciando uma advertncia final contra
a Cristandade corrupta e apostatada, e que vai com tanto poder que a
terra toda se ilumina com a sua glria (*Tiago White, *Review and
Herald, 15/01/1880). A terceira mensagem para amadurecer a colheita
da terra (Tiago White, ibid., 11/06/1861).
Quanto aplicao literal desta profecia simblica, *Urias Smith
escreveu:
O anjo no literal, e no devemos supor que devamos ouvir uma voz
literal soando pela terra, advertindo e proclamando essa mensagem.
simplesmente a verdade tomando seu rumo para todas as partes do
mundo (ibid., 31 de janeiro de 1878).
Este futuro desenvolvimento, *Ellen G. White descreveu em mais
detalhes como segue:
Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa
consagrao, apressar-se-o de um lugar para outro para proclamar a
mensagem do Cu. Por milhares de vozes em toda a extenso da terra,
ser dada a advertncia. ... Assim os habitantes da terra sero levados
decidir-se. (GC, 617).
-
Enciclopdia ASD
31
Os homens de todas as partes viro das igrejas apstatas que
compem a Babilnia mstica e se uniro ao remanescente de Deus (PE,
33). Todos os que no haviam ouvido e rejeitado as trs mensagens, obedeceram chamada e deixaram as igrejas cadas. (PE, 278).
Sobre as crises nas quais o alto clamor culmina, a Sra. White escreveu
posteriormente:
Terrvel a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes
da Terra unindo-se para combater os mandamentos de Deus,
decretaro que todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os servos (Apoc. 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observncia do falso *Sbado.
Todos os que se recusarem a conformar-se sero castigados
pelas leis civis, e declarar-se- finalmente serem merecedores
de *Morte. Por outro lado, a lei de Deus que ordena o dia de
descanso do Criador, exige obedincia, e ameaa com ira
divina todos os que transgridem os seu preceitos. Esclarecido
o assunto, quem quer que pise a lei de Deus para obedecer a
uma ordenana humana, recebe o sinal da *Besta; aceita o
sinal de submisso ao poder a que prefere obedecer em vez de
Deus (GC, 610).
Compare Apoc. 13:13-17. Quando essa ltima trombeta do Evangelho soar escreveu M. E. Cornell, o tempo da graa acabar, e o eterno decreto sair (Apoc. 22:11, citado). O destino de todos ser ento
irrevogavelmente fixado (RH, 10 de outubro1854). A porta da graa se fecha e as *Sete ltimas Pragas caem.
Veja tambm Chuva Serdia; Trs Mensagens Anglicas.
AMADON, MARTHA D. (BYINGTON) (1834-1937). A filha mais
velha de *John Byington, a primeira professora de uma escola
estabelecida em Bucks Bridge, Nova Iorque, com seu pai em 1853, que
-
Enciclopdia ASD
32
a primeira escola organizada para crianas ASD. Em 1860, ela se
casou com George W. Amadon. Foi tambm a primeira diretora da
Sociedade Beneficente Dorcas (Veja Dorcas, Sociedade Beneficente), e
realizou muitas reunies em sua casa em Battle Creek, onde costurava
roupas para os carentes.
AMARAL, OSCAR FERRAZ DO (1908-1990). Ex-padre
convertido ao Adventismo. Nasceu no dia 18 de abril de 1908 em
Piracicaba, SP. Cursou Teologia no Seminrio do Ipiranga, SP.
Posteriormente, seguiu para a Itlia onde estudou Filosofia. Retornando
ao Brasil exerceu o sacerdcio catlico em diversas cidades paulistas.
Em 1962 teve os primeiros contatos com a IASD, sendo batizado em
31 de janeiro de 1965.
Casou-se com Nadir Dentello no dia 26 de dezembro de 1965. Atuou
como obreiro por cerca de 12 anos visitando igrejas e famlias atravs do
Brasil. O Padre Oscar, como era conhecido, faleceu no dia 13 de
setembro de 1990 aos 82 anos de idade, em So Paulo, SP.
AMM. [heb. amen, certamente, sem dvida, verdadeiramente, de aman, ser fiel, ser firmemente estabelecido; gr. amen, transliterao do hebraico.] No A.T., amm aparece como um afirmao de assentimento de uma proclamao (como em Deut.
27:15-26), e como uma resposta, talvez de uma congregao, aos salmos
cantados no servio do Templo (Sal. 41:13). Em Is. 65:16, amen traduzido como verdade, literalmente, Deus do Amm, enfatizando a fidelidade e confiabilidade de Deus. No N.T., Amm comumente segue uma doxologia, ou atribuio de louvor a Deus, seja longo (como
em I Tim. 1:17) seja curto (Rom. 11:36). tambm usado como a
palavra final na maioria das epstolas (como em Judas 25), embora em
alguns casos, a evidncia dos manuscritos seja divergente quanto a ter
realmente ocorrido a palavra nos autgrafos originais (veja Fil. 4:23).
-
Enciclopdia ASD
33
Em alguns casos, o amen grego traduzido como verdadeiramente, em vez de ser transliterado. Esse o caso quando amen prefixa as
afirmaes mais solenes da verdade por nosso Senhor, como em Mat.
5:18. No *Evangelho de Joo (cap. 1:51) o termo duplicado, sem
dvida, por motivos de nfase.
AMIGOS. Veja Desbravadores, Clube de.
AMILENISMO. Veja Pr-milenismo.
AMOR. Muitos termos gregos e hebraicos so traduzidos como
amor na Bblia, tendo vrias nuanas de significado. A palavra do A.T. geralmente traduzida como amor ahabah e o verbo amar ahad. Esses termos compreendem amor em sua esfera mais ampla, o amor de Deus para com o justo (Sal. 146:8), o amor do homem para com
Deus (Deut. 11:1; Sal. 116:1) e pelas coisas de Deus (Sal. 119:97), o
amor de um homem para com sua famlia e amigos (Gn. 22;1, 24:67;
Lev. 19:18) ao amor ilegtimo nascido da paixo (II Sam. 13:1; I Reis
11:1). O N.T. tem duas palavras para amor, agape, e seu respectivo
verbo agapao, amar, e o verbo phileo, gostar, ter afeio, amar. O substantivo associado philia amizade, amor, no aparece no N.T.. Os gregos tm uma terceira palavra para amor: eros, amor, mais para a paixo sexual e est associada ao verbo erao, amar apaixonadamente, mas essas palavras no aparecem no N.T..
Agape era antigamente um termo distintamente cristo, pois no se
achou nenhum exemplo dele em fontes gregas seculares. Agora, porm,
tm sido achados vrios exemplos inquestionveis de seu uso fora da
literatura crist. Porm, a escassez de tais exemplos, e a freqncia de
agape na literatura crist mostram que os cristos adotaram
especialmente esse termo para descrever o conceito mais alto de amor
revelado no evangelho. Deus agape (Rom. 5:8; Ef. 2:4; I Joo 3:1).
-
Enciclopdia ASD
34
Agape tambm descreve a relao entre Deus e Cristo (Joo 15:10;
17:26). usado para o amor humano (Joo 3:35; Rom. 12:9) e citado
como um fruto do Esprito, sendo o primeiro fruto mencionado (Gl.
5:22). A definio clssica de agape encontra-se em I Cor. 13. Aps
listar vrios dons especiais e consecues (cap. 12), o apstolo nota que
o amor um caminho mais excelente (v. 31). Das qualidades inerentes da f, esperana e amor, ele lista o amor como a maior (cap. 13:13).
Nessa e em vrias outras passagens, a ARA traduz agape como
caridade.
Phileo, amar, gostar, beijar, ocorre muito menos freqentemente do que agapao. O amor representado por phileo o
amor por afeio ou sentimental, baseado mais em sentimentos e
emoes do que o amor representado por agapao. Exemplos de tal uso
so Mat. 6:5; 10:37; 23:6; Joo 11:3, 36. Esse amor nunca ordenado na
Bblia, pois menos espontneo, como o amor do pai para com o filho
e o amor de um filho para com seu pai (Mat. 10:37); mas o amor
representado por agapao (Mat. 5:44; Ef. 5:25). Isso possvel porque
agape um princpio, e pode ser descrito como amor respeitoso e
estima, um amor que traz em cena os mais altos poderes da mente a
inteligncia. a espcie de amor que o cristo deve ter para com seus
inimigos (Mat. 5:44). Isto , ele deve tratar seus inimigos com o devido
respeito, mas ele no ordenado a ter uma afeio emocional para com
eles, tal como seria exigido se tratasse do amor phileo.
ANTEMA. [gr. anathema, literalmente, algo colocado, algo estabelecido, algo separado, como algo devotado no templo, algo amaldioado. Na LXX, anathema comumente traduz o heb. cherem, (uma coisa) devotada, (uma coisa) amaldioada.] Termo usado na ARA de I Cor. 16:22 para pronunciar uma maldio sobre o que
deliberadamente repele o amor de Cristo. Mais comumente, anathema
-
Enciclopdia ASD
35
traduzido como amaldioado (Rom. 9:3; I Cor. 12:3; Gl. 1:8). Essa tambm a traduo de anathema em I Cor. 16:22.
ANCIO DA IGREJA. Oficial mais alto na *Igreja (Organizao
Local), subordinado apenas ao *Pastor. Ele eleito pela Igreja por um
ano, e pode ser reeleito. Aps sua eleio inicial, ele deve ser ordenado
ao cargo por um ministro ordenado (Veja Ordenao). Ele no tem que
ser reordenado ao aceitar o mesmo cargo em outra Igreja. Pode tambm
trabalhar como *Dicono sem ordenao quele cargo.
Na ausncia do Pastor, o *Ancio da Igreja responsvel pelos
cultos, seja para program-los ou conduzi-los. Ele tambm conduz a
*Santa Ceia. Enquanto o Pastor geralmente o presidente da Comisso
da Igreja, o ancio local pode agir como secretrio se parecer
aconselhvel (Veja *Manual da Igreja, pp. 68, 79, 99, 163).
O trabalho de um ancio local est limitado Igreja que o elegeu. Por
arranjo especial com o presidente da Associao, o ancio pode conduzir
um servio de batismo quando um ministro ordenado no estiver
disponvel. Ele no est autorizado a dirigir uma cerimnia de
casamento (Veja Associao Local).
o ancio da Igreja que promove todas a atividades da Igreja, e deve
cooperar com a Associao, para garantir que todos os oficiais cumpram
suas responsabilidades, e que os delegados sejam eleitos para as sesses
da Associao. Ele mesmo no delegado ex officio nas sesses.
As primeiras Igrejas Adventistas no elegiam delegados; o *Dicono
parece ter sido o nico oficial da Igreja. Mas j em 1854, *Jos Bates em
um artigo Ordem da Igreja falou das duas espcies de ancios da Igreja do *Novo Testamento: aqueles que dirigem e aqueles que pregam
a Palavra (RH, 29 de agosto de 1854). No seguinte ano, J. B. Frisbie, um
ministro pioneiro em Michigan, escreveu, em um artigo de duas partes
sob o mesmo ttulo, de
-
Enciclopdia ASD
36
(1) ancios que tinham a superviso de todas as Igrejas os ancios viajantes e
(2) os ancios locais que tinham o cuidado pastoral de uma Igreja.
Estes, ele distinguiu dos diconos que deviam cuidar dos negcios
temporais da Igreja (ibid., 9 de janeiro de 1855). Na edio de 23 de
janeiro (p. 164), em resposta a uma questo de *John Byington se os
ancios ou diconos deveriam ser apontados em cada Igreja, *Tiago
White frisou que a ordem da igreja do *Novo Testamento deveria ser
adotada e que em cada Igreja onde os nmeros, os talentos e graas de indivduos seriam suficientes, os oficiais da Igreja deveriam ser apontados. Artigos posteriores sobre a ordem da Igreja de Frisbie, apareceram em junho e julho de 1856. Na edio de 15 de outubro de
1861 da *Review and Herald, uma abordagem sobre organizao da
Igreja de *J. N. Loughborough, Moses Hull e M. E. Cornell aparece.
Eles declaram na introduo:
O assunto de organizao que foi referido a ns pela ltima
*Conferncia Geral da IASD, com pedido de que tenhamos
uma classe Bblica depois disso, e levemos at voc atravs da
Review, j concordamos em considerar e investigar o assunto e
submeter os seguintes pensamentos para sua considerao.
Na referncia, a eleio e *Ordenao de ancies bem como de
diconos nas Igrejas so claramente prescritas (ibid., pp. 156, 157).
Uma srie de artigos em 1874 por G. I. Butler, intitulado Reflexes Sobre a Direo de Igreja, mais tarde definiu o ofcio do Ancio da Igreja. Enquanto o trabalho de ancio era reconhecido como o principal
na igreja, seus poderes eram considerados meramente como conselheiro,
sendo que o corpo da Igreja era a autoridade decisiva (Review and
Herald, 18 de agosto de 1874). Porm, o trabalho de corrigir, admoestar, e supervisionar a Igreja pertencia a ele mais do que a
-
Enciclopdia ASD
37
qualquer outro (ibid., 8 de setembro de 1874), e o ministro e os membros
deviam apoi-lo contra boatos e reclamaes negligentes (ibid., 15 de
setembro de 1874).
Em um artigo posterior de H. A. St. John, os deveres principais dos
ancios da Igreja foram novamente delineados (ibid., 25 de novembro
1875). Eles deveriam visitar os membros e buscar os transviados, batizar
e conduzir as ordenaes na ausncia do evangelista, e marcar reunies
de negcios antes da sesso da Associao, no final do ano, e em outras
ocasies quando necessrio. Se a Igreja no tinha nenhum dicono, o
ancio devia agir em seu lugar, auxiliar a *Escola Sabatina e assistir a
todas as reunies possveis. Ele deveria manter os registros de seu
trabalho e das reunies.
Em 1885, o trabalho do ancio da Igreja estava definido como o
atualmente. Por exemplo, no relatrio dos procedimentos da Associao
Geral comeando em 18 de novembro de 1885, em Battle Creek
(*Yearbook, Anurio ASD, 1886, p. 47), a regra foi estabelecida que se
um ancio local fosse reeleito, ou se eleito, propriamente, como ancio
de outra Igreja, no precisaria ser reordenado. Aparentemente, essa regra
no foi imediatamente seguida universalmente, porque j em 1886 a
seguinte questo e sua resposta apareceram na Review and Herald. Se um ancio local se muda para outra Igreja e h outro ancio escolhido,
ele precisa ser reordenado? Sim; pensamos que ele deveria ser ordenado novamente, porque as ordenaes so locais (Review and Herald, 25/02/1896.)
ANDREWS, JOHN NEVINS. (1829-1883). Primeiro missionrio
ASD enviado Europa. Nasceu em Portland, Maine. Em 1856, casou-se
com Angeline Stevens; seus filhos eram Charles (nascido em 1857),
Mary (nascida em 1861) e dois que morreram na infncia. Poucos
detalhes a respeito de sua infncia e juventude so conhecidos. Aos 13
anos encontrou o Salvador. Apreciava muito mais estudo srio do
-
Enciclopdia ASD
38
que atividades fsicas. Em anos posteriores poderia ler a *Bblia em sete lnguas e afirmava possuir a habilidade de reproduzir o *Novo
Testamento de memria. Aos 17 anos comeou a guardar o *Sbado.
Comeou seu trabalho como ministro aos 21 anos, em 1850, e foi
ordenado em 1853.
Durante aqueles trs anos, liderou encontros envangelsticos em 20
localidades diferentes no Maine, New Hampshire, Vermont, Nova York,
Ohio, Michigan e Leste do Canad e publicou 35 artigos totalizando
mais de 170.000 palavras. Como resultado desse intenso programa de
escrever e ministrio pblico, em 5 anos encontrava-se quase totalmente
prostrado; sua voz falhou e sua viso foi prejudicada. Para recobrar sua
sade, dirigiu-se a Waukon, Iowa, em 1855 e trabalhou na fazenda de
seus pais. Em 1859 retornou ao trabalho ministerial e dirigiu vrias
conferncias pblicas durante muitos anos em Michigan, Massachusetts,
Minnesota e Nova York.
Em 1864, tornou-se membro do comit da Associao de Nova York
e no ano seguinte, membro do Comit Executivo da *Associao Geral
da IASD (AG). Em 1867, tornou-se o terceiro presidente da Associao
Geral, posio que ocupou por dois anos. Foi editor da Review and
Herald (maio/ 1869-maro/1870). Dia 15 de setembro, em companhia de
seus filhos, Charles e Mary (sua esposa havia falecido em 18 de maro
de 1871) tomou um navio de Boston para Liverpool, Inglaterra, em rota
para a Sua. Seu primeiro trabalho na Sua foi visitar e organizar os
conversos j existentes ali e fazer trabalho pessoal com interessados.
Assim, escreveu folhetos e traou planos para a publicao de um
impresso. Em abril de 1876, a Associao Geral votou a concesso de
US$10.000,00 para uma Casa Publicadora (Veja Editoras ASD) na
Europa. Em julho de 1876, foi impresso o primeiro nmero de Les
Signes dos Temps (Sinais dos Tempos), uma publicao mensal
abrangendo vrios assuntos tais como eventos mundiais, profecias,
doutrinas bblicas, sade e *Temperana e contendo artigos de jornais e
-
Enciclopdia ASD
39
revistas americanos. A absoro do tempo na publicao desse
peridico, levaram os lderes da Associao Geral a expressar apreenso
no sentido em que Andrews, negligenciando o trabalho pessoal e
ministrio pblico a que Andrews respondeu que nunca havia planejado
trancar-se em um escritrio de publicaes e que, no futuro, planejaria
um programa mais equilibrado, mas como ele era escritor de corao e
sua sade no era muito promissora, estava fazendo o melhor sob as
circunstncias vigentes. Nove anos depois, morreu na Basilia, aos 54
anos de idade.
Como telogo, Andrews deu contribuies significativas ao
desenvolvimento de vrias doutrinas da denominao adventista do
Stimo dia.
ANEL. Veja Vesturio.
ANIMAIS IMPUROS. Veja Dieta.
ANJO. [heb. malak, mensageiro; gr. angelos, mensageiro.] Um ser sobrenatural, criado por *Deus, superior ao homem, que age como
representante ou mensageiro de Deus. H passagens bblicas onde
malak e angelos no se referem a seres sobrenaturais, mas a profetas e outros que cumprem a funo de mensageiro (II Sam. 3:14; Ez. 23:16; Ag. 1:13; Mat. 11:10; Luc. 7:24). H outras passagens onde os termos
parecem aplicar-se ao prprio Cristo (x. 23:20; Mal. 3:1; Atos 7:35).
As referncias especficas em qualquer caso devem ser encontradas
atravs de um estudo do contexto.
Talvez o texto mais definitivo a respeito dos anjos seja Heb. 1:14. Do
ponto de vista humano, o ministrio dos anjos significativo. A
eternidade revelar a amplitude das funes desses seres em relao ao
Universo. O homem ser ento iguais aos anjos (Luc. 20:36; Mat. 22:30). A relao entre os anjos e os homens no plano da redeno
-
Enciclopdia ASD
40
indica a possibilidade de um nico relacionamento por toda a
eternidade.
ANJO DO SENHOR. Essa e outra expresso anjo de Deus so expresses comuns no A.T. como no N.T., descrevendo um ser
sobrenatural enviado por Deus aos homens para aconselhar, advertir,
confortar, dirigir e auxili-los. Os termos grego e hebraico traduzidos
como anjo (malak e angelos) significam simplesmente mensageiro e so aplicados aos homens bem como aos anjos. Um anjo do Senhor um mensageiro do Senhor no somente no sentido de pertencer ao
Senhor e ser fiel a Ele, mas mais particularmente no sentido de vir como
um mensageiro enviado por Deus, com uma mensagem de Deus. Parece
que Cristo s vezes referido como o anjo do Senhor (x. 3:2, 4; Zac. 3:1, 2; Gn. 32:24, 30; x. 23:20, 21; 32:34; 33:14; Jos. 5:13-15; I Cor.
10:4).
ANIQUILAO. Veja Inferno.
ANNIEHS, ARNOLDO OSCAR (1915-1993). *Pastor, evangelista.
Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1915, em Curitiba, PR. Era filho de
Martha Seeling e Alberto Anniehs. Casou-se com Sarah Maluf em 28 de
dezembro de 1944. Da unio, nasceram dois filhos: Aroldo Valter
Anniehs e Marisa Esther Anniehs Blahovich.
Desde a infncia, auxiliou em campanhas evangelsticas distribuindo
convites. Nos anos da juventude ajudava a montar tendas e dar estudos
bblicos. Em 1928, concluiu os estudos elementares. Em 1932, terminou
o curso complementar no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), SP.
Formou-se em Teologia no ano de 1944. Foi ordenado ao ministrio em
1955.
Atuou como tesoureiro da *Unio Este-Brasileira da IASD, de 1938 a
1940; *Colportor de 1941 a 1944; evangelista e professor na
-
Enciclopdia ASD
41
*Associao Paranaense da IASD, em 1945; professor e administrados
no *Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), de 1946 a
1961; Pastor e evangelista na *Associao Esprito-Santense da IASD,
de 1951 a 1959 e evangelista na *Associao Paulista da IASD, de 1959
a 1980.
Durante a vida, participou de mais de 50 sries evangelsticas na
Bahia, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Paran e So Paulo. Seis meses
antes de sua *Morte, participou com entusiasmo de uma srie de
conferncias na cidade de Cosmpolis, SP. Viveu seus ltimos anos na
cidade de Artur Nogueira, SP, onde sempre foi um forte apoio obra
evangelstica e missionria. Faleceu em 22 de maro de 1993 e foi
sepultado em Artur Nogueira.
ANO SABTICO. Todo o stimo ano, durante o qual ordenava-se
aos hebreus que deixassem a terra descansar (Lev. 25:1-7). Nem mesmo
o que crescesse sozinho deveria ser colhido. Esse era um equivalente
antigo da prtica moderna de rotao de culturas, a fim de evitar o
esgotamento do solo. O stimo ano era tambm chamado de o ano do descanso (Deut. 31:10; 15:1-3), no qual as dvidas dos hebreus mais pobres eram apagadas. Embora a Bblia no mencione nenhuma real
observncia de um ano sabtico especfico, os judeus evidentemente
observavam o costume no tempo de Alexandre o Grande e de Jlio
Csar, que isentavam-nos dos impostos nos anos sabticos (Jos. Ant. xi.
8. 6; xiv. 10.6). Sete semanas de anos culminavam no Jubileu. Os anos sabticos evidentemente ocorriam de Tishri a Tishri, pois (1)
eram anos agrcolas, e o ano agrcola se iniciava com a aragem no
outono, aps a estao chuvosa iniciar; e (2) eles ocorriam em srie com
os anos de jubileu, que comeavam no dia 10 de Tishri.
O termo ano sabtico no ocorre na Bblia, mas a instituio referida em frases tais como o sbado da terra (Lev. 25:6) ento a terra guardar um sbado ao Senhor (v. 2).
-
Enciclopdia ASD
42
ANTICRISTO. Palavra que aparece somente em contextos cristos, e
no N.T. somente em I Joo 2:18, 22; 4:3; II Joo 7; provavelmente
criada pelo apstolo destas epstolas. Nessas passagens, o termo tem
uma aplicao histrica a falsos mestres, especialmente Gnsticos (cf. I
Joo 4:2, 3), nas igrejas da sia Menor na ltima parte do primeiro
sculo, que parecem ter ensinado a doutrina Docetista de que Cristo era
somente uma aparncia e no realmente humano. Porm, o tema de um
anticristo muito mais amplo e o termo foi usado para se referir a
poderes que se opem ao plano da salvao (cf. *Ellen G. White,
SDABC). A figura do grande antagonista de *Deus aparece em outro
lugar, por exemplo, em II Tess. 2:1-4 e nas profecias do Apocalipse.
Repetidamente, Cristo retratado como vitorioso sobre este poder em
Sua *Segunda Vinda (II Tess. 2:8; Apoc. 17:14; 19:19-20).
O conceito de um antagonista, sobrenatural e primitivo de *Yahweh
encontrado nas figuras do A.T. tais como o Leviat, Raabe e no drago
de muitas cabeas (como em Is. 27:1). Este antagonista tanto primitivo
quanto escatolgico, e simblico de Satans. Figuras semelhantes so
apresentadas no apocalptico judaico; desta forma, nos manuscritos do
Mar Morto, duas personalidades aparecem dirigidas contra Deus o Sacerdote do Mal e o Homem do Engano (antiga evidncia talvez em
4QTest). Possivelmente essas sejam paralelas, negativamente, s duas
figuras messinicas tambm encontradas naquela literatura, os messias
de Aaro e Israel, e desta forma podem ter sido uma espcie de
antimessias ou anticristo. Na histria crist, o epteto anticristo foi aplicado a uma variedade
de personagens histricos e instituies como por exemplo, a Nero, a
vrios Papas e imperadores, e s figuras vagas esperadas para se
levantarem no Oriente. Freqentemente ele foi antecipado como um
judeu da tribo de D. A identificao com o Papado remonta, a no
mnimo, ao Arcebispo Eberhard II de Salzburgo (1200-1246), durante a
-
Enciclopdia ASD
43
controvrsia entre Frederico II e Gregrio IX. Um posio similar era
popular entre os Franciscanos espirituais, influenciados pela
interpretao proftica de Joaquim de Floris (que esperava que o
Anticristo fosse uma Papa falso, hertico). John Wycliffe e John Huss
adotaram essa interpretao, que aparece tambm entre os Valdenses.
Com a Reforma, a idia de que o Papado era o Anticristo tornou-se um
dogma Protestante. Lutero escreveu esse conceito nos Artigos de
Schmalkald (1537), que permaneceu um artigo caracterstico da
interpretao proftica do sculo dezesseis at o sculo dezenove.
Os ASD tm, semelhantemente, aplicado o termo anticristo ao Papado (por exemplo, *John N. Andrews em *Signs of the Times, 13 de
novembro de 1881). Chamam de *Espiritismo a manifestao do Anticristo (PP, 686). Eles consideram a Satans, o autor da rebelio no *Cu, como o anticristo por excelncia (9T, 229, 230), e identificam-no
como o mistrio da iniqidade (TM, 365; cf. II Tess. 2:7), que afirmar ser Deus e enganar o homem com seus *Milagres (5T, 698;
6T, 14, 8T, 27, 28; 9T, 16; TM, 62, 364, 365; GC, 624; SDABC 7:975).
ANTIGO TESTAMENTO. Coleo de 39 escritos religiosos que
constituem a primeira e mais longa das 2 divises gerais em que a Bblia
crist est naturalmente dividida. O nome Testamento vem do Latim testamentum, e representa o gr. diatheke, que usado na Septuaginta
(LXX) como uma verso para o heb. berith concerto, acordo. O A.T. era a Bblia dos hebreus e ainda a Bblia dos judeus atuais. O
nmero de livros da Bblia hebraica, de acordo com o cmputo hebraico,
porm, era 24, e o A.T. era dividido em 3 sees: a Lei (Trah, o nosso
Pentateuco), os Profetas (Nebihm, Josu, Juzes, Samuel, Reis e os profetas incluindo Daniel), e os Escritos (Kethubm, o restante dos
livros). A disposio dos livros em nossa Bblia uma adaptao da
Vulgata Latina, que por sua vez estava baseada, pelo menos em parte, na
Septuaginta (LXX). Em nossa Bblia Almeida Revista e Atualizada, os
-
Enciclopdia ASD
44
39 livros so classificados como histricos (17), poticos (5) e
profticos (17).
O perodo de produo desses livros abrange aproximadamente 1.000
anos, e talvez 30 autores tenham sido envolvidos. Esses livros contm a
narrativa dos atos de Deus na histria na redeno do homem. Eles
cobrem o perodo da histria sagrada, desde a Criao at a restaurao
dos judeus aps o cativeiro Babilnico. Eles no so um mero catlogo
de eventos, mas uma interpretao desses eventos luz da revelao que
Deus faz de Si mesmo humanidade.
O A.T. era a Bblia de Jesus e de Seus apstolos, que se valeram dele
para ensinar a religio crist (Joo 5:39, 45-47; Atos 9:22; 18:24, 25, 28;
24:14; 26:22, 23; 28:23; etc.). Ele no foi suplantado pelo Novo. O N.T.
somente o avano e o desdobramento do Antigo. O N.T. assume a
teologia do Antigo, e declara serem esses escritos como de valor para os
cristos (Rom. 15:4; II Tim. 3:16, 17; I Cor. 10:11; II Ped. 3:1, 2).
O A.T. foi escrito em sua maior parte em hebraico. Duas sees de
Esdras (Esd. 4:8 a 6:18 e cap. 7:12-26), uma parte substancial de Daniel
(Dan. 2:4 a 7:28), e um nico verso de Jeremias (Jer. 10:11) foram
escritos em aramaico, uma lngua semtica relacionada ao hebraico,
assim como o espanhol e o italiano. O aramaico era uma lngua
internacional amplamente usada no Oriente Prximo, do 6o ao 3
o sculo
a.C. Tornou-se, de fato, a lngua oficial do Imprio Persa, e era o meio
das comunicaes governamentais, culturais e comerciais. Homens
estudados tais como Esdras e Daniel eram versados em hebraico e em
aramaico.
A Bblia hebraica atual impressa nos caracteres quadrados
desenvolvidos pelos Arameus. Aproximadamente todos os manuscritos
hebraicos e fragmentos de manuscritos do A.T. existentes atualmente
esto escritos nos caracteres quadrados. Isso inclui as antigas cpias de
Isaas e outros manuscritos do A.T. entre os rolos do Mar Morto e o
Papiro de Nash. Alguns desses so datados do 3o sculo a.C. Os bem-
-
Enciclopdia ASD
45
conhecidos papiros de Elefantina e outros documentos aramaicos do 5o
sculo a.C. tambm esto escritos nesses caracteres quadrados. O que
Jesus disse sobre a Lei (Mat. 5:18) pressupe um alfabeto no qual o Yod
a menor letra, e isso verdadeiro somente em relao aos escritos
Aramaicos com seus caracteres quadrados.
Originalmente, os primeiros livros do A.T. parecem ter sido escritos
no alfabeto da escrita Proto-Semtica (ou Sinatica), que tinha a forma
semi-hieroglfica, consistindo em 27 letras. Inscries nessa escrita
encontradas no Sinai e na Palestina datam do 12o e 19
o sculos a.C.
Livros do A.T. escritos durante o perodo dos reis hebreus devem ter
sido escritos no alfabeto Fencio, ou hebraico pr-exlico, que
conhecido por inscries do 10o e do 11
o sculos a.C. Alguns dos
monumentos que exibem essa escrita so os sarcfagos de Airo, em
Byblos, c. 1.000 a.C., o calendrio de Gezer da Palestina, c. 950 a.C., a
Pedra Moabita de Dibon (Mesha), c. 850 a.C., os stracos de Samaria,
do palcio de Acabe, c. 775 a.C., a inscrio de Silo do tnel de
Ezequias em Jerusalm, c. 700 a.C., e alguns manuscritos bblicos
encontrados entre os rolos do Mar Morto, notavelmente contendo livros
do Pentateuco. Os livros ps-exlicos do A.T. provavelmente foram
escritos na escrita aramaica quadrada discutida no pargrafo anterior.
O texto atual da Bblia hebraica conhecido como o texto
Massortico, ou tradicional (do heb. Massorah, tradio). Esse texto foi padronizado e preservado por um grupo de eruditos textuais judeus,
conhecidos como os Massoretas, cujo principal perodo de atividade se
estendeu aproximadamente do 6o e 7
o sculos A.D. at a primeira parte
do 10o sculo A.D. Esses Massoretas projetaram um elaborado sistema
de proteo e salvaguarda do texto, tais como contar os versos, as
palavras e at as letras dos livros. Eruditos judeus tambm inventaram
sistemas de sinais vogais (conhecidos como pontos) e acentos para
indicar a vocalizao prpria de acordo com a pronncia tradicional.
Conhecem-se no mnimo 3 mtodos de pontuao vogal: o sistema
-
Enciclopdia ASD
46
Babilnico e o Palestino com seus sinais vogais supralineares e o
Tiberiano escrito encima, dentro, mas na sua maioria embaixo das
consoantes. Eventualmente, o sistema Tiberiano prevaleceu e usado
nas Bblias hebraicas da atualidade.
Aps o Exlio, o Pentateuco (Trah) foi dividido em sees para a
leitura na sinagoga (cf. At. 13:15; 15:21). Dois arranjos foram feitos:
(1) o sistema Palestino, de acordo com o qual o Tor foi dividido em
152 sees semanais, chamad