el texto explicativo

16
 El  texto  expositivo-explicativo:  su  superestructura  y  características textuales Teodoro ALVAREZ ANGULO Universidad Complutense  d e  Madrid Resumen La  gran proliferación de textos con  pretensión de  explicar y  exponer infor - mación  o  conocimientos  d ivers os, plant ea la  necesidad de  es tud iar la  estructu - ra  de  estos  textos:  su  esquema mental  o  superestructura,  as í  como  sus caracte - rísticas lingúisticas  y  textuales. La  aplicación  didáctica la basamos  en un  corpus  de  textos  de  manuales es - colares. PALABRAS CLAVE:  Tipología textual,  micro-, mac ro-,  y superestructura, indicadores  discursivos  y  textuales. Abstraet T he enormous  abundance  of  texts pretending  explain  and expose  informa - tion  or  various  knowledges  create the  neeessity  to study t e  strueture of  these texts;  that  i s to  say,  their  mental  sehema nr  superestructure,  as well as  ffieir linguistie and textual  characteristies. A  textual «corpus»  from sehool  manuals is  used as  didactic  application. KE Y  WORDS:  Tex  typology,  micro-,  macro-  and  superstructure,  textual discourse  markers .  Did áctica ,  8,29-44.  Servicio d e  Publicaciones UCM.  Madrid,  1996

Upload: pablo-alejo-c

Post on 10-Jul-2015

993 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 1/16

 

El texto expositivo-explicativo: su superestructura

 y características textuales

Teodoro ALVAREZ ANGULOUniversidad Complutense de Madrid

Resumen

La gran proliferación de textos con pretensión de explicar y exponer infor-mación o conocimientos diversos, plantea la necesidad de estudiarla estructu-ra de estos textos: su esquema mental o superestructura, así  como sus caracte-rísticas lingúisticas y textuales.

La aplicación didáctica la basamos en un corpus de textos de manuales es-colares.

PALABRAS CLAVE: Tipología textual, micro-, macro-, y superestructura,indicadores discursivos y textuales.

Abstraet

The enormous abundance of texts pretending explain and expose informa-tion or various knowledges create the neeessity to study te strueture of thesetexts; that is to say, their mental sehema nr superestructure, as well as ffieirlinguistie and textual characteristies.

A textual «corpus» from sehool manuals is used as didactic application.

KEY  WORDS: Tex typology, micro-, macro- and  superstructure, textualdiscourse markers.

 Didáctica, 8,29-44. Servicio de Publicaciones UCM. Madrid, 1996

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 2/16

 

30 Teodoro Álvare2 Angulo

O . Introducción

La enorme proliferación en nuestros días de textos con pretensión de ex-plicar o exponer información o conocimientos en los diferentes campos delsaber y su aplicación —denominados frecuentemente “textos científico-técni-c o s —, asi como la pretensión d e c o n t r i b u i r a u n a m e j o r c o m p r e n s i ó n y pro-ducción de los mismos, exigen, particularmente en situación de enseñanza, unestudio de la estructura común a todo texto —su superestructura—, pe rte ne-c i e n t e a u n a d e te rm in ad a t i p o l o g í a t e x t u a l .

Es importante también considerar las características textuales, y muy par-ticularmente las marcas lingiiísticas que conforman este tipo de textos (microy macroestructura), de la misma manera que los otros tipos de texto (narrati-

vo, argumentativo, descriptivo y conversacional, fundamentalmente) tienenlas suyas.De e s t e modo a b o r d a m o s l o s t r e s p l a n o s d e o r g a n i z a c i ó n a q u e s e s o m e t e

todo texto.C o n s i d e r a m o s a s i m i s m o i m p o r t a n t e l l e v a r a l a p r á c t i c a d i d á c t i c a c u a n t o

anteriormente hemos mencionado; lo haremos a través de la aplicación a unas e r i e d e t e x t o s e s c o l a r e s d e P r i m a r i a y EGB p e r t e n e c i e n t e s a d i f e r e n t e s e d i to-

r i a l e s .

Creemos también que es de gran interés el estudio de estos textos porques e e nc u ad ra n d e n t r o d e l t i p o t e x t u a l a l q u e m á s frecuentemente deben acudir

los estudiantes (manuales, obras de divulgación, textos científicos especializa-dos, artículos periodísticos, exámenes, trabajos, etc.).

1. Presupuestos

Dejaremos de lado cuestiones tan importantes en la configuración finald e t o d o t i p o d e t e x t o c o m o s o n l o s c o m p l e j o s procesos cognitivos que inter-vienen -en- la- comprensión -y -producción-d e l - d i s c u r s o - - ( m e ~ o n a —a - c o r t o - y - a

largo plazo—, almacenamiento y recuperación de la información, esquemas ym a r c o s d e c o n o c i m i e n t o , e t c . ) q u e t a n a c e r t a d a m e n t e p l a n t e a l a psicología

cognitiva y la psicolingúistica.El interés por la comprensión y producción discursivo-textual y la condi-

ción de interdisciplinariedad que caracteriza estos estudios (lingúistica, psico-logía cognitiva, semiología, semiótica, antropología, sociología, inteligenciaa r t i f i c i a l ) l l e v a a v a n D i j k a d e no mi na rl o « c i e n c i a d e l t e x t o » ; o « c o g n i t i v e

scíence», según Beaugrande y Dressler.

Véase para ello, entre otros autores, a los siguientes: Kintsch 1 9 7 4 , Meyer 1 9 7 5 , vanDijk 1 9 8 0 y ¡983, Flammner y Kintsch 1 9 8 2 , Nystrad 1 9 8 2 , Otto y Whitc 1 9 8 2 , Kroii y Wells¡983, van Dijk y Kintsch 1 9 8 3 , Brirton y Black ¡985. Bereiter y Scardamalia 1 9 8 7 , y Denhiére

yRossi 1 9 9 1 .

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 3/16

 

El texto expositivo-explicativo 31

Por otra parte, si bien es cierto que resultaría de capital importancia consi-derar el concepto de texto que tienen las diferentes escuelas y autores, y muy

particularmente aquellos que se encuadran en la denominada Linguistica Tex-tual; sin embargo, no es menos complejo el asunto, ya que, por una parte,como s e ñ a l a n B r i t t o n y B l a c k ( 1 9 8 5 : 1 ) , e l t e x t o e s una técnica antigua paratransmitir información. Estos autores remontan el estudio de la estructura deldiscurso hacia el 600 a. de C., y ya más fonnalmente a través de la enseñanzad e l a r e t ó r i c a c l á s i c a g r i e g a , d e m a n e r a p a r t i c u l a r c o n l a « i n v e n t i o » c o m o ope-r a c i ó n s e m á n t i c a y l a «dispositio», como operación sintáctica, en cuanto quesu objeto es la organización macroestructural del discurso2.

P o r o t r a parte, dependiendo del punto de vista que se adopte (unidad co-municativa, producto de una actividad, sucesión de oraciones, signo lingúísti-co, otros criterios) así  tendremos unadefinición diferente. A pesar de todo, si

hacemos caso a Bernárdez (1982:77):

No hay que extrafiarse ante la dificultad de definir convenientemente el tex-to, ya que, después de casi un siglo de “lingúistica moderna”, aún no existen defi-niciones universalmente aceptadas de conceptos tan fundamentales como eí  fone-ma o el morfema (por no hablar de oración).

Dejamos a un lado también la consideración de toda tipología textual(Bajtín, Werlich, van Dijk, Adam y Bronckart, entre los principales teóricos),así como los problemas que plantean; no olvidamos, stn embargo, la impor-tancia de clasificar los textos partiendo de las “intenciones”’, que han de ir re-lacionadas con hechos lingiitsticos, y no sólo con criterios de “contenido’.Aquí  precisamente reside el interés de las tipologías, ya que consiste funda-mentalmente en poner en relación los tipos de texto, los hechos lingílísticos ylas situaciones de producción.

A este respecto, la denominación de texto científico-técnico que suelea c o m p a ñ a r muy fr e cu e nt e me nt e a e s t o s t e x t o s , n o s e r í a p r o b a b l e m e n t e l a másacertada, en cuanto que apela fundamentalmente a cuestiones semánticas (te-m á t i c a s ) e n d e t r i m e n t o d e l a s l i n g á i s t i c o - t e x t u a l e s .

P o r e l l o , n o s par e ce m á s a c e r t a d o , a e f e c t o s d e t i p o l o g í a t e x t u a l , h a b l a r d etextos explicativo-expositivos —«las dos caras de una moneda», afirma Sa-nahuja (1992:136)—, y a q u e r e v e l a n , a d e m á s d e l c o n t e n i d o , u n a s u p e r e s t r u c-t u r a ( e s t r u c t u r a s e c u e n c i a l ) d e te rm in ad a y u na s p a r t i c u l a r e s c a r a c t e r í s t i c a stextuales.

C o i n c i d i m o s c o n C o m b e t t e s y T o m a s s o n e ( 1 9 8 8 : 6 ) e n q u e e l t é r m i n o ‘ e x-

p o s i t i v o ’ e s m e j o r q u e e l d e “ i n f o r m a t i v o ” , p o r s e r e s t e ú l t i m o r e l a t i v a m e n t e

v ag o y e xc e si v am e nt e g e n e r a l .

2  Ver también L a retórica de Tomás Albaladejo, Ed. Síntesis.En la concepción de Carl 1-fempel (1979, 330), toda explicación científica es una res-

puesta a unapregunta concernienk al porqué.

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 4/16

 

32 TeodoroÁlvarez Angulo

También nos parece acertada la precisión de Halté (1989:100) cuando afirmaq u e e n e l c o n j u n t o d e l o s d i s c u r s o s e x p l i c a t i v o s , l o s m á s r e p r e s e n t a t i v o s , l o s m á s

p u r o s , l o s m á s « o b j e t i v o s » , s o n , p o r d e f i n i c i ó n , l o s d i s c u r s o s c i e n t í f i c o s , cu yoprincipal objetivo es explicar. En este género —sigue diciendo Halté— el esfuerzode objetividad es máximo, y las marcas lingiiisticas de subjetividad posible son tane s c a s a s q u e s e llega incluso hasta la formalización y al lenguaje matemático.

E s t o s t e x t o s c i e n t í f i c o - t é c n i c o s c o n s t i t u y e n u n a p a r t e i m p o r t a n t e d e n t r o

d e l c o n j u n t o d e l o s t e x t o s e x p o s i t i v o s , h a s t a e l p u n t o d e q u e , a n u e s t r o p a r e-c e r , f o r m a n u n s u b t i p o d e n t r o d e l o s t e x t o s e x p o s i t i v o s .

2. Superestructura del texto explicativo-expositivo

Como venimos diciendo d e sd e e l p r i n c i p i o , n u e s t r o t r a b a j o s e c e n t r a parti-cularmente en el análisis y búsqueda de la estructura común a todo texto ex-positivo-explicativo: su superestructura (SE, en lo sucesivo).

A pesar de no ser este el momento ni el lugar más indicado para resaltarlas diferencias entre la prosa narrativa y la expositivo-explicativa de este tipod e t e x t o s ; n o o b s t a n t e , c o n s i d e r a m o s d e i n t e r é s e l pl ant e ami e nto d e Gr ae sse r y

Goodman ( 1 9 8 5 : 1 4 2 ) , q ui e ne s h ac e n h i n c a p i é e n q u e l a p r i m e r a , l a n a r r a t i v a ,e s más f á c i l d e c o m p r e n d e r y r e t e n e r q u e l a e x p o s i t i v a ; a d e m á s d e q u e n u e s t r osistema de representación se desarrolló primero en la prosa narrativa.

Por otra parte, la SE narrativa ha sido con mucho la más estudiada, particu-larmente g r a c i a s a l o s formalistas rusos, traducidos principalmente por TzvetanTo d or ov , q u i e n e s , se g ú n é l ‘ % suponen la reanudación del proyecto planteadopor la Poética y la Retórica de Aristóteles, y también como consecuencia delos estudios semióticos de Barthes, Greimas, Brémond y Todorov.

En parecidos términos se expresan Halté (1987:4) y Boscolo (1990:218)cuando afirman que el d i s c u r s o e x p l i c a t i v o , c o m p a r a t i v a m e n t e , n o ha sido ob-

 jeto de tantos estudios como el narrativo o argumentativo.El predominio del texto narrativo, por consiguiente, si hacemos caso a

Coltier (1986:3), va en detrimento del aprendizaje de la escritura de los “tex-

tos utilitarios” y , de entre ellos, de los textos explicativos, con los cuales seenfrenta diariamenteel alumno, tanto en la lectura como en la escritura.V a n D i j k d e m a n e r a g e n e r a l l o s d e n o m i n a t e x t o s c i e n t í f i c o s y p a r a e l l o s

propone su correspondiente superestructura esquemática (SE).Este estudioso holandés entiende (1977:18) que las SE son principios or-

ganizadores de discurso, y que tienen un carácter jerárquico. Además, por otraparte, añaden el autor y Kintsch en otro lugar (1983:235) que la SE es la for-ma esquemática que organiza el significado global de un texto, es decir: de lasm a c r o e s t r u c t u r a s .

Crítica de la crítica, Barcelona, Paidós, 1991, p. 30

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 5/16

 

El texto expositivo-explicativo 33

Otro de los teóricos importantes en el estudio de la superestructura de lostextos es Jean-Michel Adam (1990:117) quien, por cierto, prefiere hablar más

que de superestructura, por considerarla ambigua, de “estructura secuencial”;en este sentido concibe el texto, por una parte, como una estructura secuencialfundamentalmente heterogénea. Esta heterogeneidad en que se suelen presen-tar generalmente los textos —“polytypologiques”, según Combettes y Tomas-sone—, nos lleva a hablar de predominio de un determinado texto para cadau n o d e l o s d i s c u r s o s e n l o s q u e s e r e a l i z a .

C o n c i b e t a m b i é n Adam e l t e x t o como u n a e s t r u c t u r a j e r á r q u i c a c o m p l e j a

formada p o r n s e c u e n c i a s — e l í p t i c a s o c o m p l e t a s — de igual tipo o de tiposdiferentes. En consecuencia con lo que antecede, el autor denomina al tipo det e x t o s q u e v e n i m o s t r a t a n d o como «secuencialidad explicativo-expositiva».

En la concepción de van Dijk (1983:164). nos encontramos con que la es-tructura básica del discurso científico no sólo consiste en una CONCLUSIONy su JUSTIFICACIÓN, sino también en un PLANTEO DEL PROBLEMA yuna SOLUCIÓN. El autor lo representa de forma arbórea, aplicado al prototi-po de un tratado científico en el campo de la Psicología.

Adam, por su parte, ofrece la representación e s q u e má ti ca d e l a se cu e nc ia-lidad explicativo-expositiva de la siguiente manera:

Fase de pregunta + Fase resolutiva + Fase de conclusión(Problema) (Resolución) (Conclusión¿P or q u é ’ ? ( P o r q u e ) E v a l u a c i ó n )

1Cómo?

P or s u p u e s t o q u e s e t r a t a d e u n e s q u e m a t i p o ( p r o t o t í p i c o ) , y e n t a l s e n t i d on o h a y q u e e s p e r a r n e c e s a n a m e n t e q u e s e den todas y cada una de las fases, nitampoco en el orden exacto que aquí  se expone. Factores como el interlocutory su competencia, y la situación pueden modificar considerablemente el es-quema prototípico de éste.

Como consecuencia, por cuanto tiene de representación mental, conviene

destacar la relevancia de dichos mecanismos en la comprensión y producciónd e t e x t o s o d i s c u r s o s , y a que, como afirma Kintsch (1982:87), se trata de ins-trumentos de adquisición de conocimiento, y como tales se han de considerardentro de una teoría de la comprensión.

Black, por su parte, (1985:249) c o n s i d e r a l o s t e x t o s expositivos como lae s e n c i a d e l u n i v e r s o t e x t u a l , e n c u a n t o q u e t r a n s m i t e n información nueva y

explican nuevos temas.En esta misma línea tenemos la concepción de Boscolo quien define el

texto expositivo como todo texto cuyo objetivo principal es expresar informa-

Pietro Boscolo, Op, cit., 2 1 7

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 6/16

 

3 4 TeodoroAlvarez Angulo

c i ó n o i d e a s . A ñ a d e a c o n t i n u a c i ó n q u e e l e je mpl o m á s f i d e d i g n o s o n l o s l i-

b r o s d e t e x t o e s c o l a r e s .

A p r o p ó s i t o d e l a h e te ro g e ne id ad s e c u e n c i a l q u e s e s u e l e d ar e n to d o t i p od e t e x t o , e s t e a u t o r p o n e d e m a n i f i e s t o q u e ¡ o s t e x t o s n o s o n “puros” desde elpunto de vista textual, sino que aparecen mezclados, aunque, claro está, pre-d o m i n a u n t i p o d e te rmi na d o, q u e e s c l q u e l e d a n o m b r e d e n t r o d e l a t i p o l o-

g í a ; p o r t a n t o , e s t e t i p o de texto puede contener a la vez no sólo información,s i n o t a m b i é n e l e m e n to s n a r r a t i v o s , a r g u m e n t a t i v o s , e t c .

Además, dentro de un mismo tipo de texto expositivo, hay que distinguir,a s u v e z , v a r i o s s u b t i p o s e n f u n c i ó n u n a v e z m á s d e l a i n t e n c i o n a l i d a d q u e

predomine, ya que en l a r e a l i d a d t e x t u a l l o s c a s o s p u r o s s o n r a r o s . A p a r e c e n

mezclados; éstos son los subtipos de textos expositivos que propone Kintsch6:identificación, definición, clasificación, ilustración, comparación y contraste,

y análisis.A propósito de la superestructura de los textos expositivos, Meyer

( 1 9 8 5 : 1 1 ) y Me ye r, Y o u n g y B a r t l e t t ( 1 9 8 9 : 5 ) a f i r m a n i g u a l m e n t e q u e l o s t e x-

t o s expositivos, a diferencia de los narrativos, no obedecen a una superestruc-tura común, sino que se ajustan a cinco maneras básicas de organizar el discur-so: colección, causa-consecuencia, problema-solución (o pregunta-respuesta),comparación, descripción. Una dc estas relaciones puede permitir organizar al a s d e m á s y c o n s t i t u i r l a s u p e r e s t r u c t u r a d e l texto (top-level structure).A e f e c t o s d e a p l i c a c i ó n p r á c t i c a , p o d e m o s r e l a c i o n a r a m b a s s u b e l a s i f i c a-

clones del modo siguiente:

KINTSCHIdentificacióndefiniciónclasificaciónilustracióncomparación y c ntrasteanálisis

G u i a d o s p o r u n a f á n e c l é c t i c o , n o s o t r o s p r o p o n e m o s l a s i g u i e n t e s u b c l a s i-

ficación:

MEYERcolección

- causa-consecuencia

Walter Kintsch, Op. cit., 98

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 7/16

 

El texto expositivo —explwativo 35

P o r l o q u e s e r e f i e r e a l a i l u s t r a c i ó n , e n t e n d e m o s q u e e s una constante ene s t e t i p o d e t e x t o s — g e n e r a l m e n t e re d u nd ant e y c o n f i n e s m o s t r a t i v o s — , yq u e s e m a n i f i e s t a b i e n s e a a t r a v é s de fotografías, vistas panorámicas, planos,g r á f i c o s , t a b l a s , c u a d r o s , e sq u e ma s , e t c . ; o b i e n me d ia nt e e l r e c u r s o a l a ejem-p l i f i c a c i ó n o e j e r c i t a c i ó n . D e s d e u n p u n t o d e v i s t a p r a g m á t i c o , a p a re c e t r a s i n-

d i c a c i o n e s d e l t i p o : «Como s e p u e d e v e r e n e l g r á f i c o . . . » , « O b s e r v a l a ( s ) f ot o-

grafía(s) d e l a p á g i n a . . . » , «En e s t e d i b u j o . . . » « O b s e r v a l o s d i a g r a m a s . . . » ; yo t r a s s e m e j a n t e s .

3. Características textuales

Merecen un interés particular, desde un punto de vista textual, cierto nú-mero de estructuras y expresiones (lingilísticas y metalingiiísticas) que indicanen todo tipo de texto la presencia de expresiones temáticas y que subrayan lapresencia de las macroestructuras semánticas. Por ello, las denominamos de

 forma general marca.v textual¿s (Íopic indicatonr, prefiere llamarlas van Dijk;claves discursivas, Kintsch; discourse pointer, según Carpenter y Just; signa-ling devices, según la terminología de Graesser y Goodman; señalizacionesdirá JA. León; o también organizadores textuales, p a r a L o r e n z i n i y F e r m a n ; o

marcadores defunción textual, se g ú n C a s a d o V e l a r d e > .Estas marcas o indicadores textuales son importantes para poder entender

a d e cu a d a m e nt e , y c o n mayor prontitud también, los textos, ya que revelan,p o r u n a p a r t e , l a d i s p o s i c i ó n i n i c r o e s t r u c t u r a l d e l t e x t o , a d e m á s d e l a o r g a n i-

z a c i ó n m a c r o y s u p e r e s t r u c t u r a l .P or l o q u e r e s p e c t a a l t i p o d e t e x t o s q u e n o s o c u p a , h e m o s d e t e n e r e n

cu e nta q u e p r e t e n d e s o b r e to d o i n f o r m a r , aportar conocimientos, transmitir sa-beres; al igual que en cualquier otro texto, se producen estos textos en una si-tuación de comunicación determinada, y, en función de esta situación de co-municación, el contenido del texto se organiza según un plan determinado, y,

en consecuencia, la forma del texto presenta también características especifi-cas: utilización de determinados organizadores, elección de tiempos verbales

concretos, etc.

Definición-descripción

Clasificación-colecciónComparación y contrasteProblema-soluciónP r e g u n t a - r e s p u e s t a

Causa-consecuencia

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 8/16

 

36 Teodoro Álvarez Angulo

Se caracterizan, por tanto, estos t e x t o s p o r u n a v o l u n t a d d e h a c e r com-prender —y no solamente decir— determinados fenómenos; en otras palabras:

b u s c a n m o d i f i c a r u n e s ta d o d e c o n o c i m i e n t o ; c o n s e c u e n t e m e n t e , d e m a n e r amas o m e n o s e x p l í c i t a , s u e l e a p a r e c e r u n a pre g un ta como p u n t o d e p a r t i d a ,

q u e , a l o l a r g o d e l t e x t o , s e i r á r e s o l v i e n d o . No s e t r a t a , p o r c o n s i g u i e n t e , d e

influir sobre el auditorio, sino que primordialmente se pretende transmitir da-tos, organizados, jerarquizados. Se persigue la objetividad, por encima detodo.

Si bien es verdad que exponer es normalmente suministrar información, y,

a la vez, explicar; no obstante, la necesidad de probar cuanto se expone llevaconsigo también la práctica de determinadas estrategias argumentativas: unav e z más s e p o n e d e m a n i f i e s t o l a h e te ro g e ne id ad d e s e c u e n c i a s t e x t u a l e s .

Este tipo de texto, el explicativo, afirman Combettes y Tomassone¾debemantener un equilibrio entre lo que se supone más o menos conocido por ellector, el srock de conocimientos previos a la recepción, y el aporte de infor-maciones que constituye la función m i s m a d e l t e x t o : e xp on e r y e x p l i c a n

E st o p o n e d e m a n i f i e s t o — d i c e C o m b e t t e s ( 1 9 8 6 : 2 4 ) — q u e s e p r o d u c e u n

“conocimiento compartido” entre el emisor y el receptor en el proceso de co-municación, en cuanto que no se parte de nada, no se hace «tabla rasa». Ellosignifica que se ha de producir una serie de mecanismos lingúísticos y textua-les, que permitan producir el engarce de la información nueva y la supuesta oconocida, que conforman el propósito de este tipo de textos; destacamos con

Sanahujat los siguientes:

* Abundancia de conectores lógicos y organizadores textuales. Son los

connectives; Transitional Words y Signaling Devices, según Graesser y Geod-m a n . E s t o s c o n e c t o r e s s e u t i l i z a n e n l o s t e x t o s e x p o s i t i v o s c o n cl propósito deestablecer el desarrollo lógico de un t e m a . C o n s t i t u y e n u n a g r a n a yu d a e n l a

comprensión de los textos expositivos, ya que establecen una serie de relacio-nes, entre las que predominan los siguientes tipos ~‘:

 — relación de adición q u e v ie ne n m a r c a d a s p o r “ y ” , ” a d e m á s ” , “ a s i m i s-

m o ’ , “ m á s a ú n ” . “ t o d a v í a m á s ” , “ i n c l u s o ” , “ a p a r t e ” . “ e n c i m a ” , “ d e s p u é s ” , “ d e

i g u a l f o r m a ” , “ t a m b i é n ” , “ p o r o t r a p a r t e ” , “ p o r o t r o l a d o ” , e t c . — relación temporal, cuyas principales marcas son: “luego”, “entonces”,

a continuacion , antes”, “pronto”, “antes que”. “después de”, “al mismotiempo”,”desde hace...”, “hasta hace...”, etc.

 — relacion de causa-consecuencia, expresadas p r i n c i p a l m e n t e p o r : “ p o r

eso’, “por lo tanto”, “porque”, “en cambio”, “‘a pesar de”, ‘consecuentemen-

Bernard Cornbemtes y Roberte Tomassone, Op. cit.. 9E. Sanahuja, Op. cit., 1 38Para m a yor infonnación, ve r Casado Velarde, 1 9 9 3 . 3 6- 4 1 .

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 9/16

 

El texto expositivo-explicativo 3 7

te”, “pues”, “así  que”, “por consiguiente”, “así  pues”, “de ahí  (que)”, “en re-sumidas cuentas” “entonces”. “de forma que”, “de manera que”. “de modoque’, “de suerte que”, etc.

 — relación adverrativa, que aparece organizada mediante: “pero”, “aun-que , “a pesar de que”,”sin embargo”, “por otra parte”, etc.

 — relación de explicación o transformaciones parafrásticas que aparecenreflejadas en la microestructura mediante organizadores del tipo: “es decir”,

o sea”, “esto es”, “a saber”, “o lo que es lo mismo”, “en otras palabras”,“mejor dicho”, etc.

 — construcción de hipótesis: “si (entonces)...”* Organizadores iinra, meta e intertextuales, que generalmente son recur-

sos tipográficos que permiten la organización interna del texto y de las rela-ciones intertextuales. Hacen parte de estrategias basadas en claves contextua-les y en el conocimiento de la situación general de comunicacion.

Organizadores metatextuales: guiones, números o letras para enumerarhe-chos, argumentos, fenómenos, etc., control de márgenes o “almea”, comillas,subrayados, cambios en el tipo de letra, paréntesis, itálica (marcadores de re-formulación textual).

Organizadores intratextuales~:remiten a otra parte del texto (cf  ‘supra’).Organizadores intertextuales: remiten a otro texto de autor identificado

(sistema de citas).Utilización de formas supralinguisticas (títulos, subtítulos, en estrecha

relación con los organizadores textuales).> Uso endofórico de los deicticos.

Noniinalizacíones anafóricas y aposiciones explicativas, que, segúnCombettes (1988:107), son muy importantes en los textos con los que trabajanlos alumnos, tanto escolares como no escolares, en cualquier disciplina, y tan-to en producción como en comprensión.

L o s g r u p o s n o i n i n a l i z a d o s , s i g u e d ic i e nd o C o m b e t t e s , s o n i n t e r e s a n t e sdesde cl punto de vista puramente gramatical porque acarrean una serie de he-chos lingúísticos (elección del sufijo, de la preposición, construcción de diver-sos complementos del nombre).

Las aposiciones, entiende este mismo autor (p. 115), se presentan general-mente como informaciones nuevas, de manera que no son elementos que per-mitan relacionar (unir) los enunciados al contexto.

-t Predominio del presente y del futuro de indicativo. La exposición sueleconstituir un espacio intemporal con la pretensión de crear la apariencia deque el momento de producción y el de lectura transcurren paralelamente. Elpresente, según Besson (¡993:55), t i e n e v a l o r a t e m p o r a l , a l t o grado de auto-nomía, valor temporal de simultaneidad, presente de implicación.

Suelen abundar los verbos estativos, así corno la cópula ser.* Marcas de modalización (puede a s e g u r a r s e q u e ...; cabria ...; probable-

mente...) y perífrasis aspectuales.

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 10/16

 

38 Teodoro Álvarez Angulo

* Dominio de las formas verbales no personales o impersonales, construc-

ciones de infinitivo, gerundio y participio.Adjetivación específica, pospuesta y valorativa.

* Orden de palabras estable, con preferencia por las construcciones lógi-cas sobre las psicológicas, establecidas sobre el esquema sintáctico de sujeto-verbo-complementos.

* Tendencia a la precisión léxica —significación unívoca— con profusiónde tecnicismos y cultismos.

* Reformulaciones intradiscursivas y ejemplificaciones* R e p e t i c i ó n d e c o n c e p t o s .

* M a y o r a b u n d a n c i a d e e l i p s i s ( o m e n o r r e d u n d a n c i a ) , p o r c u a n t o q u e c l

productor supone en el lector un mayor conocimiento del mundo; de ahí que

el texto científico se caracterice por un elevado conocimiento del mundo porparte del receptor Por el contrario, cuando se trata de textos de divulgacióncientífica, la redundancia es mayor y la elipsis, menor Por tanto, podemosafirmar que la elipsis y la redundancia están en relación inversa con el mundoc o n o c i d o o c o m p a r t i d o p o r e m i s o r y receptor. De modo que, a mayor conoci-miento compartido, corresponde mayor grado de elipsis; y al revés, cuantomenos mundo se comparta, más alto grado de redundancia ha de haber; y me-nor elipsis, por tanto.

* Escaso empleo de valores estilísticos; ausencia en la variedad de matices,Nos parecen especialmente elocuentes las palabras de Sanahuja ‘‘, a pro-

p ó s i t o de la utilización de estas formas que establecen las uniones lógicas deltexto, cuando afirma que

(.1 garantizan la precisión y ¡acomprension dcltexto, procurando establecerun equilibrio entre ¡a información conocida y la nueva, y reducir las marcas de ¡apresencia del emisor en eí  texto, h e c h o que constituye lo que podemos llamar“estilo objetivo” -

4. Aplicación del texto explicativo-expositivo a textos escolares

Presentamos a continuación un análisis-comentario basado en una serie detextos de Primaria y EGB correspondientes a los cursos de40, 6 0 y ~o centra-dos particularmente en las asignaturas de Matemáticas y Conocimiento delMedio (Naturales y Sociales) ¡2,

Véase C. Fernández Bernárdez, «Marcadores textuales dc ejetnplificación íextua¡», Es-tudios lingdisticos de la Universidad dc Alicante. lO , ¡ 03-144.

E. Sanahuja, Op. cit., 1 3 9¡ 2 Descartamos los cursos anteriores, muy particularmente los correspondientes al primer

ciclo de Primaria, por tratarse de un planteamiento globalizado en torno a un lema, en el quepredomina la ejercitación oral, expresada a través de verbos tales como: aprendtx señalo, cali-zo, contesto, descifro, cuento, copio. relaciono, recito, dc.; nuestro propósito, sin embargo, se

cifra sobre todo en la escritura.

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 11/16

 

El texto expositivo-explicativo 39

En estos textos generalmente nos encontramos con los diferentes subtiposo f o r m a s d e o r g a n i z a c i ó n t e x t u a l d i s t i n t a s q u e , como v i m o s c o n a n t e r i o r i d a d ,

p l a n t e a n r e s p e c t i v a m e n t e K i n t s c h y Me ye r.In d u d ab l e me nt e n o s par e ce i m p o r t a n t e i l u s t r a r l o d e sd e u n p u n t o d e v i s t a

textual y también lingúistico, a partir de las marcas que aparecen en los res-pectivos textos; pero, debido a razones de espacio, nos resulta imposible desa-rrollarlo con la extensión que requiere. No obstante, aunque nos ocupemosprincipalmente de la superestructura o esquema de organización textual, tam-bién mencionaremos las peculiaridades lingúisticas y textuales.

4.1. Características de organización textual

A través de la estructuración del texto, pretendemos estudiar cómo apare-ce expuesta la información en este tipo de textos, así como la correspondenciacon los distintos subtipos anteriormente expuestos.

Así tenemos que en 40 curso de Primaria, en Matemáticas ,se partegeneral-me nt e d e u n t e x t o b r e v e , s o b r e c u r i o s i d a d e s , a n i m a l e s , e d i f i c a c i o n e s , e t c . ; a t r a v é sd e e l l a s s e co nd u ce a l a l u m n o a o b s e r v a r d e te rmi na d os f e n ó m e n o s q u e c o n s t i t u-

ye n u n problema, p a r a l l e g a r a l a s c o r r e s p o n d i e n t e s soluciones de la vida diaria.T a m b i é n e n e l te ma 7 « L a s r o c a s y e l s u e l o » ‘~ e s c o n s t a n t e e l s u b t i p o p r e-

g u n t a - r e s p u e s t a , si e nd o e s t a ú l t i m a l a e x p o s i c i ó n d e i n f o r m a c i ó n (conceptos,descripción, etc.). A continuación se sigue explicando bajo el subepígrafe

«Cómo se h a n f o r m a d o l a s rocas>~, continuando con el esquema pregunta-res-puesta. Termina la información con un recuadro en que aparece reformuladala información en forma de resumen.

A continuación, en la página siguiente, la 65, la información aparece bajoe l e p í g r a f e « U n a c o l e c c i ó n d e r o c a s » , q u e s e e ncu ad ra c l a r a m e n t e e n e l e s q u e-ma c l a s i f i c a c i ó n - c o l e c c i ó n . T a m b i é n te rmi na dicha información con el corres-pondiente resumen en forma de recuadro.

Sigue la información en la p. 66 con el epígrafe «Nuestro suelo», en quese pregunta mediante el subepigrafe «Cómo se forma el suelo»; de nuevo elfinal lo pone un resumen recuadrado.

En la página siguiente, la 67, la información que se brinda viene precedidap o r e l e p í g r a f e « A l g u n o s c o m p o n e n t e s d e l suelo», ateniéndose al procedi-miento de descripción; continúa en la p. 68 con la clasificación enunciada así:«No todos los suelos son iguales». La información del tema termina en la pá-gina 69 enunciado como «Propiedades de los diferentes tipos de suelo», aten-diendo al esquema de comparación.

O t r a s m u e s t r a s , c o r r e s p o n d i e n t e s a 6 0 d e EGB ~ , en las que abunda el

 Mare,ncílicas 4, Barcelona, Vicens-Vives‘~ (ionociínienro del Medio 4. Madrid. SM, 62-71< - < Socio/es  6 0  EGR. Barcelona. Edebé

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 12/16

 

40 Teodoro ÁlvarezAngulo

s u b t i p o d e f i n i c i ó n - d e s c r i p c i ó n , s o n , p o r e je mp l o l o s s i g u i e n t e s , e n l a p . 2 3 e n

q u e s e h a b l a d e « L a Me se ta » ; o , e n l a p . 2 4 , s o b r e « L a s d e p r e s i o n e s » ; o e l es-

q u e m a c o m p a r a c i ó n y c o n t r a s t e e n « L a p o b l a c i ó n r u r a l y l a p o b l a c i ó n u r b a-n a » ; t a m b i é n a p a r e c e , e n l a pá g in a 6 4 , e l e s q u e m a pre g un ta -r e sp ue st a e n

« Q u é e s u n a c i u d a d » , e i n m e d i a t a m e n t e c o m p a r a c i ó n - c o n t r a s t e e n « E l t r a b a j oen el pueblo y la ciudad» y a continuación pregunta-respuesta «Dónde está si-tuada la ciudad».

También en Ciencias de la Naturaleza de 6 0 6  es frecuente el esquema pre-gunta-respuesta, como, por ejemplo: en la p. 5 se formula «Cómo están for-mados los seres vivos»; en la p . 6 , sin embargo, nos encontramos, al explicar«Las vitaminas», con los esquemas de definición y de clasificación; en la p.28 se enuncia el epígrafe así: «Descripción de los principales actos de la fun-

ción digestiva»; mientras que en la p. 37 se trata del esquema pregunta-res-puesta y se enuncia de la siguiente manera: «¿Por qué es necesaria la circula-ción» [de la sangre]; o también, en la p. 50. «Cómo funciona el aparatorespiratorio»; y , por fin, en la p. ¡21 se explica «la meteorología», «la tempe-ratura» y la «humedad del aire», ateniéndose a un esquema descriptivo.

El planteamiento del tema que se hace, por ejemplo, de «la célula» ‘~ sei n i c i a c o n l a l e ye nd a « P a r a e m p e z a r . . . » e n q u e s e f o rm u l a n tres preguntasa c o m p a ñ a d a s d e l a c o m p a r a c i ó n e s t a b l e c i d a m e d i a n t e d o s g r á f i c o s d e l a c é l u-l a v e g e t a l y l a c é l u l a a n i m a l . I n m e d i a t a m e n t e s e p r o p o r c i o n a l a i n f o r m a c i ó n

correspondiente a las preguntas que anteceden.

En Matemáticas dc 6 0 It es frecuente el esquema definición-descripción;p o r e j e m p l o , e n la p. 102, se habla de «Perímetro de un polígono», para llegara representarlo mediante una fórmula matemática. También se basa en el pro-cedimiento de definición-descripción la explicación que se da de «la circunfe-rencia» en la página siguiente; y en la p. 142, al tratar el «concepto de medio».

Para terminar con la breve muestra de textos correspondientes a 60 deEGB, acometemos el análisis de un tema de Ciencias Sociales ‘~. Comienza eld e s a r r o l l o d e l m i s m o c o n u n a introducción de información; a continuación seva estructurando l a i n f o r m a c i ó n e n t o r n o a l esquema pregunta-respuesta ex-presado mediante epígrafes tales como «¿Por qué hay día y noche?», «¿Por

qué existen distintas estaciones a lo largo del alio?», «Cómo se relacionan lose l e me nt o s de un paisaje», «¿Qué relación hay entre el mar y la forma de lac o s t a ? » , e t c .

Más adelante (p. 46) plantea el texto una serie de preguntas «que nos sugi-rieron las imágenes»; continúa con el epígrafe «Presentamos nuestras conclu-siones» y finaliza el tema con el epígrafe «Comprender los paisajes natura-les».

6 Observatorio. Ciencias de la Naturaleza. 6’ EGB, Madrid, SM.‘~ CienciaActual. Ciencias Naturales 60 LCR, Madrid, Anaya~ Matemáticas6’, Barcelona, Edebé‘~ Ciencias Sociates 6’ LCR, Barcelona, Teide

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 13/16

 

El texto expositivo-explicativo 4 1

P o r l o q u e r e s p e c t a a ~0 deEGB, e n t r e n u e s t r o s t e x t o s d e m u e s t r a h e m o sseleccionado textos de Ciencias Naturales y de Matemáticas. En cuanto a los

primeros 20 es frecuente el esquema descriptivo; por ejemplo, en la p. 21, seexplica “J a encina”, su aspecto general, el cultivo de la encina, aparato vegeta-tivo, aparato reproductor, hábitat y distribución; otros ejemplos también dedescripción-definición son «el fenómeno de las mareas» (p. 106); o «el circui-to eléctrico» y «la corriente eléctrica» (p. 129).

En Matemáticas de 802 predomina también el esquema de definición-des-cripción en la exposición de los conocimientos que se transmiten; así, porejemplo, nos encontramos con enunciados m atemáticos del tipo «la expresiónd e ci ma l d e u n n ú m e r n r a c i o n a l » ( p . 2 6 ) o « l o s c o n c e p t o s e s t a d í s t i c o s » ( p . 1 2 7 )

o « l a i n t r o d u c c i ó n a l a p r o b a b i l i d a d » ( p . ¡ 3 9 ) .

4.2. Características lingilístico-textuales

Entre las principales características textuales que aparecen en los textosa n a l i z a d o s n o s e n c o n t r a m o s l a s s i g u i e n t e s :

 — A b u n d a n c i a d e f o t o g r a f í a s e i l u s t r a c i o n e s en general; más numerosase n l o s l i b r o s d e t e x t o d e 40 de EGE y Primaria, y sensiblemente menor en 60 y

~0  de EGE. — C o n s t a n t e p r e s e n c i a d e p r e g u n t a s a l a s q u e s e r e s p o n d e e n u n a s oca-

s i o n e s , o c o n l a s q u e s e i n v i t a a r e f l e x i o n a r a l o s a l u m n o s , e n o t r a s ; u n a s yotras aparecen en mayor o menor número en razón del enfoque metodológicoque se adopte: más o menos activo.

Frecuente utilización de formas supralingdisticas (títulos, subtítulos,epígrafes, cuadros, marcas tipográficas, etc.). Su función es importatite, ya queg e ne ral me nte i n d i c a n r e l e v a n c i a y c o n t r i b u y e n a e s t r u c t u r a r l o s c o n t e n i d o s .

De los diferentes mecanismos lingúisticos expuestos más arriba, creemosinteresante destacar dos: los tiempos verbales y la deixis.

 — A propósito de los tiempos verbales, predominan claramente el pre-sente y el futuro; no obsíante, en algunas ocasiones (pocas ciertamente) tomansu lugar el imperfecto y el indefinido, debido fundamentalmente al plantea-m i e n t o i n d u c t i v o a t r a v é s d e l q u e s e p r e t e n d e i n v o l u c r a r a l a l u m n o p o r l a v í ade la experimentación, introduciéndolo en el tema mediante un juego (cuento,p r o b l e m a ) ; d e e s t a m a n e r a ad opt a l o s m e c a n i s m o s t e x t u a l e s d c l a n a r r a c i ó n ,No obstante, cuando aparece información, de nuevo se utiliza el presente.

<i)ticrt-cito,¡o. Ciencias dc /a Natura/cm 8” EGB, Madrid, SM.

 Mu¡e,uátic.-as 8” , Barcelona. Edebé

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 14/16

 

42 Teodoro Álvarez Angulo

Véase, a título de ejemplo, el siguiente texto22:

«Estudiando el conjunto de la tierraEn e¡ colegio había unos cuantos globos terráqueos. Eran unas esferas atra-

vesadas por un eje que era aguantado por una base y permitía que el globo girarasobre sí  mismo.

 Los globos terráqueos no son más que maquetas de la Tierra. Una reproduc-cuYo en volwnen. reducida y esquemática, cje la evitra ¡erres/re real. Pero, ¿paraqué sirven estas maquetas? Lt, descubrimos haciendo un juego en clase

Cada cuatro alumnos teníamos sobre ¡a mesa un globo terráqueo. En la piza-rra habíamos escrito una lista de nombres exóticos de ¡a geografía de la Tierra. E l

 juego consistía en localizar en el globo cada uno de aquellos lugares y expresarcon palabras su localización. todo ello en un tiempo ¡ imitado.

¿Qué ocurrió?.»

Es también frecuente la utilización del imperativo presente, particular-mente para señalar las actividades que s e p r o p o n e n e n l a c o r r e s p o n d i e n t e e je r-c i t a c i ó n del tema.

 — S o b r e l a d e i x i s , d ir e mo s q u e e s i g u a l m e n t e a b u n d a n t e e n e s t e t i p o d e

textos, ejercida, en unas ocasiones, mediante elementos léxico-gramaticales(demostrativos, posesivos y adverbios, fundamentalmente), y , en otras —mu-cho más abundantes— a través dc paráfrasis mostrativas, entre las que desta-

camos, a título de ejemplo, unas cuantas extraídas de los textos escolares con-sultados:

* En la(s) fotografía(s) puedes ver...* Fíjate en la fotografía e identifica...* Observa la figura...* Como puedes ver en el mapa de las páginas...* En las fotografías de las páginas anteriores has podido contemplar...* Fijémonos, a través de estas fotografías, en...

A p a r t i r d e e l l a s g i r a g e ne ral me nte l a e x p o s i c i ó n de información estuctu-rada de la siguiente manera:

Nos daremos cuenta de que..P o r e s o ~ . ,E n c a m b i oE n c o n t r a s t e c o n . , . e s . . .

-2 Ciencias SoRcHes 6”  LCR. Barcelona, Teide, 2’ cd. p. 26

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 15/16

 

El texto expo.sitivo—explicat¡co 43

* Sesión de diapositivas (comentadas) como modelo para establacer un

método de estudio de un paisaje natural.

5. Conclusiones

Ratificamos en general el seguimiento de las características lingúistico-textuales ya enunciadas con anterioridad, y cuya aplicación exhaustiva evita-mos debido a lo prolijo que pudiera resultar la misma.

Por otra parte, consideramos enormemente productivo para nuestros pro-pósitos de enseñanza (comprensión y producción de textos y discursos) el

análisis de este tipo de textos: expositivo-explicativos, así como la subdivisión

de los mismos que hacen Kintsch y Meyer respectivamente. El mayor interésr e s í d e , sin duda alguna, en situación de enseñanza, en la mejora de la com-prensión y la correspondiente ventaja que ha de proporcionar a la hora de pro-ducir este tipo de textos tan frecuentes en la vida social del individuo.

6. Referencias bibliográficas

ADAM, J . - M . ( 1 9 9 0 ) : Eléments de linguistique textuelle, Liége, Mardaga.(1991): «Cadre théorique d u n e t y p o l o g i e s é q u e n t i e l l e » , Ésudes de lingu¿rtique  Ap-

 pliquée, 8 3 , 7 - 1 8 .ALVAREZ , M. (1994): Tipos de escrito II: Exposición y argumentación, M a d r i d ,

A r c o / L i b r o s

BARRIENTOS, C . ( 1 9 9 3 ) : « L a d i v e r s i d a d d e l o s discursos como eje de secuenciación», Aula de innovación educativa, 1 4 , 1 0 - 1 4 .

BERNÁRDEz, E . ( ¡ 9 8 2 ) : Introducción a la Linguistica del Texto, Madrid, Espasa-Cal-p e .

BEssoN, M.-j. <1993): «Les valeurs du présent dans le discours explicatif», LangueFran~aise, 97, 43-9.

BLACK, . 1 . B. (>985): «Aa lEixposition o n U n d e r s t a n d i n g E x p o s i t o r y T e n» , BRITTON

y BLACK (Eds): Understanding Expository Text  , Hilísdale, New Jersey, LEA,249-267.

B o s c o L o , P. ( 1 9 9 0 ) : «Re c o n s t r u c t i o n of expository text», First Langua ge, ¡0,217-230.

B R A S sA T , D. y otros ( 1 9 8 9 ) : « O i d a c t i q u e d u t e x t e e x p ¡ í c a t i f ; i n t e r v e n t i o n s s p e c i f i q u e sou transversales?», Repéres, 77, 95-109.

BRITToN. B. K. y  1. E . BLACK (Eds) (¡985): Understanding Expositorv Text, Hilísda-le, New Jersey,LEA.

CAsADo VELARIaL, M. (1993): Introducción a  la  gramática  del texto del español.Madrid. Arco/Libros.

COLaILIR, D. (¡986): «Approches du texte explicarif», F,’ariques. Sl, 3-22.

5/11/2018 El texto explicativo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/el-texto-explicativo-55a0c744ef41a 16/16

 

44 Teodora Alvarez Angula

 — yE. GENTIt.HOMME (1989): «Repérage des genres U ?) de Lexplicatifet productiond’exp¡ications». Repéres, 77, 53-75.

COMBETaES, E. (¡986): «L e teste exp¡ieatif: Aspects linguistiqueso, Pratiques Sl, 23-38. — (1 988):«Fonctionnemení  des nominalisat¡ons et des appositions». Puitiques, 58,

107-119.

 — y R. TOMASSONE (1988): Le texte infortnatif  aspects linguisticíues, Bruselas. OcBoeck-Wcsmael.

DENFtIÉ[w, (1 y J.-P. Rossí  (Eds) ([991): Texr  aud  ¡cxl processing, Amsterdam,

North-Hol land.011K, T . A. van (1977): «Semantie Macro-Structures and Know¡cdgc Erames in Dis-

coursc Compiehension». Jiist y CARPENTER: Cugnitive Processc.s iii Coínprehen-

van, New Jersey. LEA, 3-32. — (1983): La Ciencia del texto, Barcelona, Paidós. — y W. KIN’rscn (1983): Sirategies of Discaurse Co¡nprehension, London, Acade-

mic Press.Fl-IRLICI-t, M. E .. A. CHARLES y F I . TAI4DIELJ (1991t«La Superstructurc des textescx-

positifs est-el¡e prise en charge ¡ors de la sélection des inforrnations importan-les?-», CHAROLLES. M. y A. PETILIEAN: Le rés-umé de ¡ex/e, Paris, Klinsksieck,183-206.

(IIZAEsSLR, A. C . y S . M. GooDMAN (¡985) «¡mplicit knowledge, Question Answe-

ring, and the Representation of  Expository Ten», BRITrON Y BLACK (Eds): Un-dervtanding Expositorv Text, l-Iillsdale, New Jersey. LEA. 109-171.

HAl~rÉ, 1 .— E . (¡987): «Ve.rs une dídactique• (les discours explicallís». Repé ¡es. 72, 1 —

24.

 — (¡989): «Discours explicatifs: état et perspectives de la recherche». Repé res, 77,95-109.

HUMPLí -‘ C. 0. ([979): La explñ.ació’¡ científica (Estudios sobre la filosofía de laciencia), Buenos Aires. Paidós.

ISENBERG, U. (1987): «Cuestiones fundamentales de tipología textual». E. BERNÁRDEZ(Comp): L-ins/ñística del texto, Madrid. Arco/Libro. 95-129.

KINTsUII. W. (¡982): «TenRepresentations», W, OTTO y 5 . WI-IITE: Reading Exí>osi-tare Material, London, Acadeinie Press, 87-101.

MEYER, B. 1 . E. (¡975>: TIte  Organiza/ion of Frase  caíd  its Efitts  on  Me,norv, Amster-dam, North- 1-tollaud.

(¡985): «Prose Analysis: Purposes, Procedures. and Problems>x. BRIrTON y

BLACK (Eds): Unde¡síanding Evpositorv Texr, Hilídale, New Jersey, LEA, ¡¡-74.—. C. YoLN’G y E J . BMCrLErr (¡989), Memore hnproved: Rec¡ding aud  Meínorv

 Enhance,nent  A¿ross tIte L¡fr Spaí¡ TI-¡rough Strategic. Text  Structures, Hill sdale,Ni., LEA

SANAHUJA YLL, E. (¡992): ~<Eltext expositiu a ¡‘ensenyariient secundan. Condicionsde producció i suggeriments didácties», BArTANER y SANAHLJJA (Coords). Saber de letra ¡(El texto escrito con fisialidades académicas y comerciales en la cuse-

n a n L a secundaria), Barcelona, Universidad, 133-155.