el príncipe comentado por napoleón

7/21/2019 El príncipe comentado por Napoleón

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1 0 8 0 0 0 7 1 2 2



F e r n á n d e z y C a s t r e j ó n ,

E D I T O R E S

/ ; • , > » \ \ _ \

aquiavelo

Comentado por

N A P O L E O N I

( B O N A P A R T E )

M a n u s c r i t o h a l l a d o e n e l c o c h e d e B o n a p a r t e , d e s -

p u é s d e l a b a t a l l a d e l M o n t e S a n - J u a n ,

e l 18 de Junio de 1S15

Unlus MuchiarelH ¡ngenium, acre, subti/e igneum.

Juse-LIps Ooct. civil. Praefat.

- » » i i

MEXICO

"Tipografía Popular," ia. <le Guerrero número 8

1905



3 2 A . G

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P R O L O G O D E L P R I M E R E D I T O R .

' f e ?

A S G A C E T A S e x t r a n j er a s n o s n o t ic i ar o n

en el mes d e Ju l io próximo pasad o,

qu e había entre los l ibros y papeles

h a l l a d o s e n e l c o c h e d e B o n a p a r -

te, d espu és d e su d errota y fu ga d el

18 de Junio anterio r, un m anusc ri-

to encu ad ernad o qu e contenía la

t r a d u c c ió n d e d i v e r s o s f r a g m e n t o s

d e Ma qu ia velo; pero no se d ecía á

qu é obras d e este au tor pertenecían

el los . C o mo nos parecía qu e Bon apa rte se había

formad o d e esta co lección u n l ibr i toafe memoria fio-



lítico , y que la e lecc ión de los pasajes podía descu-

b r i r n o s s u s m á s o c u l t o s p e n s a m ie n t o s e n l a s m a t e -

r ias pol ít icas , h ic imo s tod os nuestros esfuerz os para

t e n e r c o n o c im ie n t o d e e s t e m a n u s c r i t o . N u e s t r a s

d i l ig e n c ia s n o fu e r o n e n b a l d e , p o r q u e c o n s e g u im o s

p r o p o r c io n a r n o s u n a c o p ia s u y a ; y q u e d ó s a t i s f e c h a

n u e s t r a c u r io sid a d m á s a l l á d e l o q u e e s p e r á b a m o s .

C o n t ie n e e l m a n u s c r i t o n o s o l a m e n t e u n a n u e v a

t r a d u c c ió n d e l libro del Príncipe, y de mu cho s im-

portantes pasajes de algunos otros escr itos del mis-

m o a u t o r , s in o t a m b ié n d iv e r s a s n o t a s m a r g in a l e s

d e p r o p io p u ñ o d e B o n a p a r t e .

I n f in i t a m e n t e c u r io s o e s t e m a n u s c r i t o p o r s e m e -

jantes notas de un hombre que, á causa de que él

era ita l iano y que de s imple part icular l legó á ocu-

p a r l a m á s e m in e n t e s o b e r a n ía , d e b ía h a b e r c o m -

p r e n d id o m e j o r á M a q u ia v e l o q u e e l c o m ú n d e l o s

l e c t o r e s m is m o s d e s u p a ís , e s a d e m á s s u m a m e n t e

precioso por el mérito enteramente part icular de la

t r a d u c c ió n . N o s b a s t a r ía , p a r a j u z g a r l a c o n a p r e -

c io , e l ref lexionar que emprendida para un lector

que tenía todos los derechos posib les para ser del i-

c a d o so b r e s e m e j a n t e t a r e a , l a t u v o é l m is m o p o r

p r e f e r ib l e á c u a l q u ie r a o t ra . C u y a c o n s id e r a c ió n s o -

la deber ía hacer la tal á los o jos mismos de los que

n o p o s e y e r a n a q u e l r a r o c o n o c im ie n t o d e l a n t ig u o

id io m a t o s c a n o , s in q u e u n o m is m o n o p u e d a a p r e -

c ia r la r e a l m e n t e b ie n . P e r o n o s a t r e v e m o s á a f i r -

mar también que, s i hubiera algún francés tan ver-

sado co mo lo estar ían los l i teratos ita l ianos en el

e s t u d io d e l a a n t ig u a l e n g u a d e l a s o b r a s d e M a -

q u ia v e l o , p o d r ía c o n v e n c e r s e p o r s í m is m o d e q u e

la presente traducción es realmente super ior á cuan-

t a s s e h a n c o n o c id o h a s t a e s t e d ía . N o t i t u b e a r e m o s

en decir que el la lo es , y los ita l ianos más del icados

n o n o s d e s m e n t i r á n ; p o r q u e e s t e j u ic io , a u n q u e l o

declara un francés , es e l de un escr itor tan ejerc i-

tado en la lengu a suya, que aun sus obra s en ita-

l iano publicadas en medio de el los , h ic ieron mirar le

al l í por muchís imo t iempo como uno de los suyos .

H a b ie n d o c o m p a r a d o e s c r u p u l o s a m e n t e e l m is -

mo juez esta tradu cción con el texto , y en se gui da

con la que Amelot de la Houssaie publ icó en el año

de 1683 (1) , y la que se dió á luz por To uss ain t

( 1 ) L a t r a d u c c i ó n d e A m e l o t d e l a H o u s s a i e p a r e c e h a -

b e r s e h e c h o m á s b i en p o r u n a e d i c i ó n d e a l g u n a s o b r a s d e

M a q u i a v e l o , p u b l i c a d a p o r el c é l e b r e A l d o e n l o s a ñ o s d e

1 5 4 0 ó d e 1 5 4 6 , ó l a d e G i u n t i , l a s c u a l e s s e d i f e r e n c i a b a n

d e l t e x t o e n m u c h o s l u g a r e s , q u e p o r l a F l o r e n t i n a d e l d e

1 5 5 0 , q u e , e j e c u t a d a c o n a r r e g l o a l t e x t o m i s m o , s e l l a m a -

b a , c o n e s t e m o t i v o , la Testina. N o f o r m a b a e l l a m á s q u e

t r e s v o l ú m e n e s , á q u e , en u n a i m p r e s i ó n d e F l o r e n c i a d e l

a ñ o d e 1 7 8 2 , s e a ñ a d i e r o n o t r o s t r e s . S e h i c i e r o n p o s t e -

r i o r m e n t e m u c h a s e d i c i o n e s c o n a r r e g l o á e l l o s , p o r q u e h a y

u n a d e l a ñ o d e 1 7 9 6 , c o n l a d a t a d e F i l a d e l f i a . q u e e s c o m -

p l e t í s i m a , y e n q u e s e h a l l a n l a s v a r i a n t e s d e l m a n u s c r i t o

d e l a B i b l i o t e c a Laurenziana, c o n e l r e t r a t o d e l a u t o r , y l a



Guir audet en e l de 1803, r ec onoc ió que n inguna de

am ba s l legó en la f ide l idad á és ta , que le par ec e

haber s e hec ho c as i á la vis ta de Ma qu iave lo y c o-

mo dic tada por é l . En un autor de tanta pr ofundi-

dad todo er a de r ec oger , y no debía des pr e c iar s e

c os a n inguna. No hay en él , por dec ir lo as í , un me-

dio pens am iento, n i una t intur a de es t i lo, q ue no

deban c o noc er s e , por qu e la dis pos ic ión, e l g ir o mis -

mo de s us f r as es , equiva len á s entenc ias , y s on ne-

c es ar ias par a e l per fec to c onoc imiento de s us inten-

c iones . No er a pos ible p intar le f ie lmente, más que

pintándole s egún s us más f inos é imper c ept ibles

r as gos y c on una s er vi l men ude nc ia . Pu es bien, as í

e s t á p i n t a d o a q u í ; e n d o n d e e l v e r d a d e r o m e d i t a -

do r ha l la c on que s a t is fac er s e c om plet am ente , s in

que los lec tor es , de l ic ados en mater ia de es t i lo, en-

c u e n t r e n c o s a n i n g u n a q u e p u e d a d e s a g r a d a r l e s .

Las dos t r aduc c iones anter ior es no s on, por e l

c ontr ar io, más que ver s iones l ibr es ; es dec ir , en s e-

me jante mater ia , ver s iones f lojas y des t i tui das d e

aquel la pr ofu ndida d y por c ión de ner v ios idad q ue

r es ul tan del c ombinado c ur s o de los hec hos y r e f le-

x iones , de las ideas y a fec to s de Maq uiavelo. No

r e p r e s e n t a c i ó n d e l m a u s o l e o q u e e l g r a n D u q u e L e o p o l d o

m a n d ó e r i g i r l e e n F l o r e n c i a , e n l a I g l e s i a d e S a n t a C r u z ,

e l a ñ o d e 1 7 8 7 . L a ú l t i m a e d i c i ó n s u y a q u e s e c o n o c e , e s

l a q u e S i l v e s t r e C o n a t o p u b l i c ó e n V e n e c i a e l a ñ o d e 1 8 1 1

s e r ec onoc e a l l í ya c as i «e l genio l leno de fuego, de

p e n e t r a c i ó n y v i g o r , » q u e e l d o c t o J u s t o L i p s i o a d -

mir aba en es te var ón ins igne. (2)

L a c o m p a r a c i ó n s u b s i g u i e n t e q u e e l m i s m o j u e z

hizo de es tas dos t r aduc c iones entr e e l las y c on e l

texto, le inc l inó á dec idir tambié n que la de Am elo t

ha qued ado s uper ior , ba j o es te as pec to , á la de

n u e s t r o c o n t e m p o r á n e o G u i r a u d e t , a u n q u e é st e l a

h a y a d e s a c r e d i t a d o , s o s t e n i e n d o q u e « e r a i n e x a c t a ,

y ant ic uada en tanto gr ado c on r es pec to á las cons-

trucciones y expr es ion es , que e l la tendr ía á s u ve z

n e c e s i d a d d e t r a d u c i r s e » (3 ) . A c u s a c i ó n m u y e v i -

d e n t e m e n t e f a l s a ; p o r q u e c a d a u n o p u e d e c o n v e n -

c er s e fác i lmente de que e l es t i lo de Amelot es aún

m e n o s a n t i c u a d o q u e e l d e C o r n e i l l e . E s é l m u y

inte l ig ible ; y es te t r aduc tor había c ogido bien en

general la mente del texto, y la vertió f ielmente en

( 2 ) E n t r e c u a n t o s ú l t i m a m e n t e , y a y e r m i s m o , t e n t a-

r o n h a b l a r d e p o l í t i c a , d e c í a , a f i n e s d e l S i g l o X V I , a l d a r

p r i n c i p i o á s u t r a t a d o s o b r e l a m i s m a m a t e r i a , n o v i á n i n -

g u n o q u e p u d i e r a a t r a e r m e , ni m e n o s t o d a v í a c o n t e n e r m e

e n m i e m p r e s a ; y s i h e d e d e c i r l a v e r d a d , p u e d e a p l i c á r s e -

l a a q u e l d i c h o d e C l e ó b u l o : « L o s m á s n o t i e n e n m á s q u e

i g n o r a n c i a c o n u n a s u m a a b u n d a n c i a d e p a l a b r a s . E l ú n i c o

á q u i e n e x c e p t u ó , e s M a q u i a v e l o , c u y o i n g e n i o e s s ó l i d o ,

p e n e t r a n t e y l l e n o d e f u e g o . » Qui n uper autItere id tentá-

runt, non me tenent, aut terrent, in quos si nevé loquendum est,

Cleobuli illud convcniat: Inscitiaris ingenium non contemino

acre, subtile igneum ( D o c t r . c i v . P r é e f a t i o ) .

( 3 ) D i s c u r s o p r e l i m i n a r s o b r e M a q u i a v e l o .



l a m a y o r p a r t e . A m e l o t , q u e h a b í a r e c i d i d o p o r

m u c h o t i e m p o e n V e n e c i a , y h e c h o p o r o t r a p a r t e

u n p r o f u n d o e s t u d i o d e l a p o l í t i c a e n e s t a c i u d a d ,

e n q u e s e h a l l a b a l a m á s f a m o s a e s c u e l a d e e l l a ,

p o d í a , m e j o r q u e o t r o s m u c h o s , p e n e t r a r l o s a r c a -

n o s d e M a q u i a v e l o . L o s m á s g r a v e s d e f e c t o s d e su

t r a d u c c i ó n c o n s i s t e n e n l a o m i s i ó n d e a l g u n a s f r a -

s e s a c c e s o r i a s , c u y a n e c e s i d a d h a b í a p o d i d o o c u l -

t á r s e l e , ó q u e f a l t a b a n e n la e d i c i ó n p o r la q u e v e r -

t í a , y e n a l g u n a s a d i c i o n e s i n t e r p r e t a t i v a s , q u e h a -

c e n m i r a r l a s c o s a s a l g ú n t a n t o c o m o s u s i d e a s p a r -

t i c u l a r e s l e i n c l i n a b a n á v e r l a s ( 4 ) ; p e r o e s t a s f a l t a s

( 4) U n ej e m p l o de 1? pr i m er a fa l t a es t á en e l cap . 3 , en

q u e M a q u i a v e l o h a b í a d i c h o : Subitó che un forestiere potente

entra in una provincia, tutti quelli che sono in essa meno poten-

ti gli aderiscono, mossi da una invidia che hanno contro a chi >

stato potente sopra di loro; tantoché rispetto a questi minori po- ,

tenti, egli non ha lo durare Jatica alcuna a guadagnarli perchè

subiti) tutti insieme violentici-i fanno globo con la stato, che egli

ri ha acquistato. A m e l o t s e c i ñ ó á d e c i r : « L u e g o q u e u n p o -

d e r o s o e x t r a n j e r o e n t r a e n u n a p r o v i n c i a , c u a n t o s d e é s t a

s o n m e n o s p o d e r o s o s , s e u n e n g u s t o s o s á é l p o r u n m o t i v o

d e o d i o c o n t r a e l q u e e r a m á s p o d e r o s o q u e e l l o s . » S u p r i -

m e e l t r a d u c t o r l o r e s t a n t e d e l a f r a s e .

£1 s e g u n d o c a r g o n o n e c e s i t a , p a r a j u s t i f i c a r s e , m á s q u e

d e e s t a s p a l a b r a s . « J u l i o , c o n s u h u m o r f e r o z é i m p e t u o -

s o , » c o n l a s q u e A m e l o t a ñ a d e u n o d i o s o e p í t e t o a l t e x t o ,

c o n c e b i d o a s í : Giulio con la sua mossa impetuosa. L e v e m o s

v e r t e r p o r o t r a p a r t e , e n t o d o s l o s c a s o s l a v o z spegnere,

co n exterminar, asesinar, c u a n d o e l l a á m e n u d o n o s i g n i f i c a

m á s q u e hacer desaparecer, apagar, dispersar.

se reparan en c iert o mo do co n a lgun as n o t as en q ue

él unió á las máximas de su aut o r las q ue h ab ía h a-

l lado co n f o rmes co n e l las en lo s escr i t o s de Tác i t o ,

S alust io , P lut arco , et c .

L a t r a d u c c i ó n d e G u i r a u d e t c a r e c e d e e s t a c o m -

p e n s a c i ó n ; y e n e l l a s e v e t o d a v í a m e n o s q u e e n l a

o t r a a q u e l l a e x p r e s i ó n e n t e r a d e c u a n t o e l t e x t o e n -

c i e r r a . E l t r a d u c t o r d e s f i g u r ó y a t e n u ó c o n f r e -

c u e n c i a , l o q u e l l e v a i m p r e s o e l s e l l o d e l a p r o b i d a d

y m o r a l e n e l m o d o d e p e n s a r d e l a u t o r (5 ) . E s v e r -

i s ) D e s d e e l p r i n c i p io d e l f a m o s o c a p í t u l o X V I I , q u e

t r a t a d e l a m a l a f e , s e d e s e n t i e n d e la t r a d u c c i ó n d e G u i r a u -

d e t c a s i e n t e r a m e n t e d e l a p r e c a u c i ó n d e p r o b i d a d c o n q u e

M a q u i a v e l o h a b í a e n t r a d o en m a t e r i a . H a b í a c o m e n z a d o

é l d i c i e n d o c o n u n a e x c l a m a c i ó n d e e n t u s i a s m o p o r l a b u e -

n a f e y l a v i r t u d : Quanto sia laudabile in un principe mante-

nere la fede e vivere con integrità e non con astuzia, ciascuno

lo intende. Nondimeno ( p a r e c e c o n f e s a r l o c o n d o l o r ) si cede

con isperienza ne' nostri tempi quelli principi aber fatto gran

cose, che della fede hanno tenuto poco conto, e che hanno saputo

con astuzia aggiare i cervelli degli domini, ed alla fine hanno

superato quelli ch e si sono fondati in su la lealtà. L a t r a d u c -

c i ó n d e G u i r a u d e t h a c e c o m e n z a r á M a q u i a v e l o c o m o si é l

t u v i e r a p o r c o s a d e p o c a m o n t a l a b u e n a f e , o m i t e d e s p u é s

s u r e f l e x i ó n s o b r e a q u e l d e s v a r í o , a s t u t a m e n t e i n f u n d i d o e n

e l c e r e b r o d e lo s h o m b r e s , y p o r c u y o m e d i o e l m a l v a d o

a m b i c i o s o c o n s i g u e s u f in . U l t i m a m e n t e e v i t a a q u e l l a p a l -

p a b l e o p o s i c i ó n e n q u e el a u t o r p u s o , c o n d o l i é n d o s e , l o s

t r i u n f o s d e l o s p r í n c i p e s d e m a l a f e , c o n l o s r e v e s e s d e l o s

q u e c r e y e r o n c o n s e g u i r d i r e c t a m e n t e s u s f i n e s p o r m e d i o

d e l e a l e s y v i r t u o s o s p r o c e d e r e s . N o s e r e c o n o c e y a e l a u -

t or , q ue n o i b a á t r a t a r m á s q u e c o n p e n a y c o m o f o r z a d o

u n a t a n t r i s t e m a t e r i a . E m p e z a n d o el t r a d u c t o r c a s i c o n

2



dad que esta traducc ión es hech a en un est ilo mo

dern o q ue Ame lo t n o po día po seer; pero la pro f un -

dida d del senti do y el vigoros o nerv io de la frase

del original, se sacrif ican en ella frecuentemente á la

af ect ac ió n de aq uel la e legan cia y grac ia , cuy a pro -

piedad es t o car superf ic ia lmen t e las mat er ias , po r

el t emo r de n o parecer muy l igeras . E n un a t area

de est a espec ie , y so b re un a mat er ia t an grave, t an

severa , la so l t ura s iempre aco m pañ a da de a lgun a

f r ivo l idad, n o po día ab raz ar cas i más q ue lo super-

f icial. Sal ien do Maqu iave lo de la bárba ra confus ión

de la eda d medi a, fué austero, du ro, y aun agre ste

á veces en sus f rases ; e l dar le las f o rmas ági les de

un b el lo o rado r de n uestro s t iemp o s, era t amb ién

dis f raz ar le muy in t empest ivamen t e.

Lo está él quizá también de otro modo en el dis-

curso q ue To ussain t G uiraudet puso á la cab ez a de

su volum inosa traducc ión, para f ijar á su vol unta d

u n a f r ía i n d i f e r e n c i a p o r l a b u e n a f e y v i r t u d , se e x p r e s a

a s í : « E s s i n d u d a c o s a m u y l a u d a b l e q u e l o s p r í n c i p e s s e a n

f ie le s á s u s e m p e ñ o s ; p e r o ^ p o r sin embargo) e n t r e l o s d e

n u e s t r o t i e m p o , á q u i e n e s v i m o s h a c e r g r a n d e s c o s a s h a y

po co s q ue s e h ay a n pi cad o de es t a f i del idad, n i for m a do un

e s c r ú p u l o d e e n g a ñ a r á l o s q u e d e s c a n s a b a n s o b r e su l e a l -

t a d . » P o d r í a m o s n o ta r o t r a s m u c h a s i n e x a c t i t u d e s y m u -

c h a s i n v e r s i o n e s n o m e n o s s e n s i b l e s , p a r t i c u l a r m e n t e a l f i n

d e l c a p . S° y a l d e l c a p . 2 3 ; p e r o e l e j e m p l o q u e h e m o s c i -

t a d o b a s t a r á p a r a j u s t i f i c a r n u e s t r o j u i c i o s o b r e e s t a t r a -

d u c c i ó n .

la opinión públ ica sob re los escritos de este autor, y

part icularmen t e so b re la in t en ció n co n q ue é l co m-

puso su libro del Príncipe. Si este discurso no con-

t ien e much as eq uivo cac io n es n o t ab les so b re est e

part icular, encierra á lo menos un número muy con-

s iderab le de leves erro res de h ech o , y causa re-

pugn an cia t an t o po r a lgun a s co n t radicc io n es co mo

po r su af ect ad o repub l ican ismo . Aun q ue sus erro -

res de h ech o est án co piado s de Vo l t a ire , n o po r es-

t o dejan e l lo s de ser un o s y erro s cuy o f in pr imit ivo

f ué in o cen t e , y cuy as co n secuen cias n o so n in di f e-

ren tes; tales son la suposición d e que el libro del

Príncipe se dió á luz por el año de 1515 , y la de

q ue é l n o f ué co n de n ado po r R o ma m ás q ue en e l

de 1592 (6). S e confu ndirá n bien pronto estos

erro res .

U l t i m a m e n t e G u i ra u d e t , l l e n o si e m p r e d e c o n -

fianza en Voltaire , discur re como si Vol taire no hu-

b iera s ido má s q ue e l edi t o r del Anti-Maqiavelo,

que él dió á luz en Londr es, en el año de 1740,

h ac ién do le at r ib uir á Feder ic o II , R e y de P rusia .

G uir aud et s in emb argo so spe ch ab a en e l lo a lgun a

superch er ía , supues t o q ue a l mismo t iempo , y co n

un a esp ec ie de ext rañ ez a h ac ía e l reparo de q ue

« Vo l t a ire d ió desm esurado s e lo gio s á un a m edian a

( 6 ) P r ó l o g o d e l A n t i - M a q u i a v e l o .



pro ducció n , q ue e l mo n arca guardó un p ro f un do s i -

len c io so b re est e part icular ; y q ue la co n duct a q ue le

val ió á Fed er ico e l ren o mb re de grande, pro b ab a

qu e él a p r e c i a b a la s m á x i m a s d e M a q u i a v e l o [ 7 ] .

Nó t ase un a co n t radicc ió n m ás f o rmal en este dis-

curso , cuan do G uiraudet , después de h a b e r dado e l

n o mb re de horrendo consejero de los reyes á M a -

q uiavelo [ 8 ] , co n f iesa en seguida q ue e l libro del

Príncipe « est á l l en o de verdades út i les y ca pace s

de dirigir, en su cond ucta polít ica, al est adist a q ue

t uv iera la may o r mo ral idad» [ 9 ] . G uirau det se h a-

b ía v is t o prec isado aq uí á t r ib ut ar h o men aje á la

verd ad; y e l h o m en aje es t an t o más so b resal ien t e ,

cuan t o est e t raduct o r h ab ía co men z ado escr ib ien do

co n la in justa pas ió n del vulgo co n t ra Maq uiavelo .

No o b st an t e est o , h ay co sas b ien pen sadas en es-

t e d iscurso ; pero est án co mo s i d i jéramo s ah o gadas

co n un a superab un dan cia de f rases de o rn amen t o ,

co mo a q uel las n uev as frut as á cuy a f o rm ació n y ma-

durez s irve un espeso ramaje de est o rb o .

No po dem o s co n cluir so b re est e d iscurso de T o us -

saint Guiraudet , sin notar el f ilosófico desprecio que

ést e h ace en é l de lo s do cumen t o s de un a emb ajada

q ue Maq u iave lo desem peñ ó , e l añ o de 152 0 , en

( 7 ) D i s c u r s o p r e l i m i n a r , p á g . 10 3 .

(8 ) Ib., p á g . 2.

( g ) / / ; ., pá g. 62 .

n o mb re de la R epúb l ica de Flo ren cia , cerca del ca-

pít ulo gen eral de lo s padres men o res o b servan t es ,

reun ido s en Carpi . A pesar de la gan a suy a de mul-

t iplicar los volúmenes de su traducción, que él alar-

gó h ast a n ueve, mien t ras q ue las o b ras de Maq uia-

velo t ienen seis únicam ente, dej ó á un lado estos

do cumen t o s q ue le parec ían est ar en much a o po si-

ción con el espíritu antirelig ioso de nu estra edad .

Al dar cuen ta del sacrif icio que él le hace, cita con

co mplac en cia a lgun as f rases an t imo n acales de un a

cart a de G uich ardin i á Maq uiavelo en aq uel la o ca-

sión. Es te le escribía: «cuando veo el t ítulo de Vm.

de orador republicano al lado de los frailes, y con-

t emplo co n cuan t o s rey es , duq ues y pr ín c ipes h a

n ego ciado , se me v ien e á la memo ria Lisan dro ,

quien á continu ación de infinitas victorias, y l leno

de inmortales trofeos, tuvo el encargo de distribuir

la carn e á aq uel lo s mismo s so lda do s á lo s q ue é l

h ab ía man dado t an glo r io samen t e.»

P ero G uirau det se guardó mu y b ien de t ran sladar

la réplica de Maq uiav elo , n o men o s respet uo sa para

con los religioso s que honrosa para él mism o. «N o

discurro , respo n día á G uich ardin i , h ab er malo grado

el t iempo en estudiar la historia y república de los

rel ig io so s , aun men dican t es \zoccoli\ supuest o q ue

h e apren d ido á co n o cer much as reg las y est at ut o s

suy o s , q ue so n pr imo ro so s en much o s pun t o s; y es-



per o s ac ar mi pr ov ec ho de e l lo en la oc as ión, aun-

que no fuer a más que par a c o mp ar ar los c on o tr os

q u e p e r t e n e ce n a l o r d e n c i v i l d e lo s E s t a d o s [ i o ] .

A s í a r m a d o s i n c e r a m e n t e d e l a m o r d e l o ú t i l e l h o m -

bre de ingenio, por más filósofo que él sea, no me-

nos pr ec ia c os a n inguna, y s abe ut i l izar s e de las

buenas , há l lens e e l las en e l lugar que s e quier a .

E l dis cur s o c on que v am os á dar p r inc ipio no s -

otr os mis mos á la publ ic ac ión de lo más notable y

ú t i l q u e M a q u i a v e l o e s c r i b i ó , n o t e n d r á á l o m e n o s

el defec to de l lev ar imp r es o en s í e l s e l lo de la f ilo-

s of ía ant ir e l ig ios a de nue s tr a edad, n i de aq uel r e-

publ ic a nis mo de que e l la s e for mó un negoc io de

c á lc ulo y un med io de t r iun fo. Nu es tr a mir a s e di-

r ig ir á á " impedir que los lec tor es s e extr avíen en la

inter pr etac ión de las máximas de es te ins igne es ta-

dis ta , y á f i jar r ec tamente s u opinión r e lat iva á é l .

P r o c u r a r e m o s m o s t r a r c o n e v i d e n c i a l a u t i l i d a d d e

s u doc tr ina par a la s i tuac ió n en que á la s azón s e

hal laba la I ta l ia , y aun también par a todas las c ir -

c u n s t a n c i a s p a r e c i d a s e n q u e e s t u v i e s e n o tr a s n a -

c i o n e s a s o l a d a s p o r u n a t r e m e n d a a n a r q u í a , d e la

que quis ier an s a l ir e l las . Nu es tr o exame n s obr e las

d i f e r e n t e s é p o c a s e n q u e e s t a d o c t r i n a f u é d e s a c r e -

d i t a d a , c o m o t a m b i é n s o b r e a q u e l l a s e n q u e j u e c e s

( 1 0 ) T o m o X I d e l a e d i c i ó n d e F l o r e n c i a , 1 7 8 2 , p a g . 7 4 -

c o m p e t e n t e s ll e g a r o n á v e n g a r l a , h a r á c o m p r e n d e r

fác i lm ente que s us detr ac tor es tuvier on m ot ivos per -

s onales , ó fuer on c e lador es de r evoluc iones ant i-

m o n á r q u i c a s , y q u e s u s a p o l o g i s t a s f u e r o n h o m b r e s

honr ad os , p r ofun dos en pol í t ic a , enem igos de l des -

or den, y defens o r es , por es to mis mo, d e la únic a

a u t o r i d a d q u e p u e d a c o n t e n e r y gobe r nar bien los

vas tos imper ios . Nue s tr o dis c ur s o pr es entar á , s obr e

las vic is i tudes que las obr as d e M a q u i a v e l o e x p e r i -

mentar on en la opinión públ ic a , noc iones c ur ios as ,

puntuales y c ier tas , que n i aun es par c idas s e hal lan

en las obr as f r anc es as , y que no s e enc uentr an r eu-

nidas en n ingún l ibr o i ta l iano.

E n la publ ic ac ión que vamos á hac er del manus -

crito d e N a p o l e ó n , p o n d r e m o s e n la par te infer ior

de las páginas las a n o t a c i o n e s q u e es te hombr e s in-

gular es c r ibió en él, y las notas que el texto nos ha

par ec ido ex igir , a g r e g á n d o l e s , a u n q u e n o f u e r a m á s

que par a c ons er var las , a q u e l l a s c o n q u e A m e l o t d e

l a H o u s s a i e en r iquec ió su t r aduc c ión del libro del

Príncipe. La s nues tr as abr az ar án la expl ic ac ió n de

c ier tos hec hos c as i ignor ados de la his tor ia de I ta-

l ia , que es te t r atado r ec uer da. En c uanto á los otr os

que las per s ona s de ins tr uc c ión deben c onoc er , ó

s obr e los que pueden c o n s u l ta r s e f á c i l m e n t e n u e s -

t r os l ibr os his tór ic os en que s e ha l lan ins er tados ,

n o s t e n e m o s p o r d i s p e n s a d o s de mentar los . As í , no



nos creerem os precisad os á d ecir qu e aqu e l Arz o-

bispo d e Ru án, c i tad o por Maq u iavelo , es el C ar -

d enal Jorge d e Amb oise, qu e fu é G ober nad or d el

reino d e F rancia en t iempo d e Lu is X II , y tuvo el

may or inf lu jo sobre el ánimo y resolu ciones d e este

m o n a r c a |_ 11 ].

C u ) N o s e r á e n b a l d e s i n e m b a r g o , p a r a h a c e r c o m p r e n -

d e r b i e n e l p a p e l q u e e s t e C a r d e n a l v a á h a c e r e n e s t e l i -

b r o , e l r e c o r d a r a q u í l o q u e r e f i e r e n l a s h i s t o r i a s e c l e s i á s t i -

c a s c o n r e s p e c t o á é l . « C o m o e s t e m i n i s t r o t e n í a u n s u m o

a s c e n d i e n t e s o b r e e l á n i m o d e l R e y , c o m o é l h a b í a s i d o y a

c a u s a d e q u e L u i s X I I d i e r a á C é s a r B o r g i a , h i j o d e l P a p a

A l e j a n d r o V I , e l d u c a d o d e V a l e n t i n o i s , c o n u n a c u a n t i o s a

p e n s i ó n , y q u e e s t a b a d i s p u e s t o s i e m p r e á f a v o r e c e r l a s i n -

t e n c i o n e s d e l P a p a c o n l a e s p e r a n z a d e s u c e d e r l e p o r v a l i -

m i e n t o d e l d u q u e , q u e l e h a b í a h e c h o p r o m e s a d e e l l o , s e

d i r i g i ó á é l A l e j a n d r o p a r a l o g r a r q u e e s t e m o n a r c a l e a y u -

d a s e á a r r u i n a r e n t e r a m e n t e á l a f a m i l i a d e l o s U r s i n o s .

A u n q u e e l l a e r a in c l i n a d a á l o s i n t e r e s e s d e l a F r a n c i a , y

g o z a b a , c o n j u s t o s m o t i v o s , d e l a p r o t e c c i ó n d e é s t a , c o n -

s i g u i ó e l C a r d e n a l p e r s u a d i r a l R e y , q u e é l n o l le g a r í a n u n -

c a á r e c u p e r a r e l r e i n o d e N á p o l e s , s e g ú n l o d e s e a b a , s i n o

c o n t e n t a b a al P a p a s o b r e e s t a n u e v a s o l i c i t u d . Q u e d a r o n ,

p u e s , l o s U r s i n o s a b a n d o n a d o s , y a u n s a c r i f i c a d o s á l a p o -

l í t i c a d e A l e j a n d r o , s i n q u e á s u m u e r t e p u d i e r a l o g r a r s u -

c e d e r l e e l C a r d e n a l . E n b a l d e p a s ó é s t e á R o m a p a r a e l

c ó n c l a v e , a l q u e h u b i e r a n p o d i d o d e c i d i r e n f a v o r s u y o l a s

t r o p a s f r a n c e s a s , q u e h a s t a e n t o n c e s h a b í a n p e r m a n e c i d o

e n e s t a c i u d a d ; p u e s s e d e j ó p e r s u a d i r d e l " m a ñ o s o C a r d e -

n a l J u l i a n o d e l a R o v e r e a l a l e j a r l a s , p a r a n o m o s t r a r s e m -

b l a n t e d e q u e r e r e m b a r a z a r l o s v o t o s . J u l i a n o d e l a R o v e -

r e n o s e h i z o e l e g i r e n t o n c e s , c o m o l o h a s u p u e s t o u n a b i o -

g r a f í a m o d e r n a , s i n o q u e g u s t ó m á s d e e x a l t a r á l a S a n t a

S e d e á u n C a r d e n a l a n c i a n í s i m o , y p o c o m e n o s q u e m o r i -

No hic ieron más qu e d ar una pru eba más d e la

l igereza d e su espír i tu y d e lo aereo d e su s cono ci-

mientos pol í t icos , los qu e creyeron hal lar u n nu evo

m e d i o d e h a c e r o d i o so á N a p o l e ó n , d a n d o á c o n o -

cer el ju ic io su yo sobre nu es tro au tor . Est e ju ic io

es en su bstancia aqu el mismo d el sensato Ju sto Lip-

s io . S i N a p o l e ó n d e c í a : « T á c i t o c o m p u s o n o v e l a s ,

G i b b o n es u n vocing lero , Maqu iavelo es el ú nico

l ibro d igno d e leerse;» es á cau sa d e qu e él l e había

leíd o m e j o r qu e ningu no d e nosotros, y como u n

h o m b r e m á s c a p a z d e c o m p r e n d e r l e n o s o l a m e n t e

con motivo d e su origen i tal iano, s ino también como

natural de una isla en qu e la ju ventu d d evora por

gu sto los antigu os au tores i tal ianos sobre esta ma-

ter ia. Profu nd izó el sentid o su yo con tanto más

e m p e ñ o , c u a n t o sabía discernir en él todo lo que un

particu lar como él , co n la ambición qu e le traía d es-

viv id o, d ebía obrar para l l egar á ser príncipe y af i r-

m a r s e en su principad o d espu és; y tod o lo qu e pu -

d iera hac er recu perar ó perd er otra vez al l eg í t imo so-

b e r a n o u n trono anterio rmen te perd id o. Lo recono-

c e m o s p a t e n t e m e n t e e n s u s a n o t a c i o n e s , l a s c u a le s

son para nosotros la confid encia h istóricamente pro-

b u n d o F r a n c i s c o P i c o l o m i n i , q u e d e a l l í á v e i n t i c i n c o d í a s

l e c e d i ó e l p u e s t o , q u e o c u p ó él m i s m o c o n e l n o m b r e d e

J u l i o I I . » {Compendio cronológico de la Historia ec/es., to -

m o I I , p á g . 2 3 4 , a ñ o d e 1 5 0 3 .



gresiva d e su v id a secreta, d e los impu lsos d e su

amb iciosa alma y d e los proyecto s d e su ex al tad a

c a b e z a . U n i c a m e n t e s u m a n o e r a c a p a z d e p i n t ar -

le, como él lo está aqu í ; porqu e ú nicamente él po-

día cono cer, en su prim itiva eru pción, sus ide as,

su s afectos , y rápid a su cesión su ya, tales como aqu í

están trazad os. Se ve en el lo la semil la d e su s d e-

signios y miras , au n ante s qu e el la h u biera pro d u -

cid o. La pe rversid ad d e su corazón se v ió aqu í

d esnu d a, s iempre qu e él encontró á Maqu iavelo

herm ana nd o la moral y honrad ez con la pol í t ica.

¡V é ase como se ind igna contra e ste gran mae stro ,

cu an tas veces él insiste sobre la necesid ad d e ser

qu erid o más b ien qu e aborrecid o, d e obrar primero

com o bu en príncipe qu e com o t irano C u a nto le

p r e s e n t a b a s u c o n d e n a c i ó n , d e c l a r a d a a n t i c i p a d a -

me nte por Maq u iavelo , l e incl inaba á u l tra jar le; y

n o p o d e m o s m e n o s d e s o n r e í m o s , c u a n d o l e v e m o s

resist i rse con ira contra c iertos consejos d e este es-

tad ista, cu ya cord u ra y ju st ic ia repu gnaban á su s

fieras incl inaciones.

S in d u d a se notará algu na incoherencia entre

aqu el los fogosos pensamientos qu e se l e so l taban

á su alma tu rbu lenta; pero no cau sarán el los extra-

ñeza á los que sab en que la política en acció n no

pu ed e menos d e variar su s s istemas, planes y mo-

d os d e obrar , segú n las c ircu nstancias , qu e son mu y

variab les d e s í mismas. Pero volverá á hal larse el

m i s m o g e n i o e n e s t o s p e n s a m i e n t o s , p o r m á s d i s -

para tad o s qu e pu ed an ser . Se d an á conoc er tod os

el los por h i jos d e un mism o pad re, y d escu br en á

porfía tod os su origen, con la ú nica d i ferencia d e

qu e escr i tos en d iversas é poca s d e su v id a pú bl ica,

ind ican en part icu lar la natu raleza d e la pasión d el

momento con la resolu ción qu e el la l e movía á to-

mar. Red u cid as estas época s á cu atro principales ,

son: 10 el t iempo d e su gene ralato qu e le s irv ió d e

prepara ción para la sobera nía; 20 el t iempo d e su

reinad o consu lar ; 3 0 el d e su reinad o im perial ; 40

finalmente, los diez me ses de su mansión en la isla

d e Elba . Seg u irá á cad a u na d e estas anota ciones,

u na señal ind icativa d el t iempo en qu e fu é escr i ta:

las d e la pr imera época tend rán la l etra G; las d e

la segu n d a l l evarán R. C . ; l as d e la tercera, R. I . ,

y , ú l t im am ente , las d e la cu arta, l a l etra E. En tre

tod as estas notas , hay algu nas qu e el afecto penoso

con qu e el las nos conmovían, nos incl inaba á borrar;

pero d i ferentes su getos, l l enos d e pru d encia y hon-

rad ez , nos d eterm inaron á conservarlas , po í la ra-

zón d e qu e son aqu el las mism as qu e co ntr ibu y en

má s á hacer tan aborrecib le á Nap oleón com o él

d eb e ser lo . Por otra parte, con se me jante s su pre-

siones hu biéramos cau sad o perju ic io á la integrid ad

d e la pintu ra d e su infernal pol í t ica, su pu esto qu e



h u b i é r a m o s c e r c e n a d o e l i n d i s p e n s a b l e c o m p l e m e n -

to su yo.

Refir iénd ose así tod as las d iversas anotaciones d e

Nap oleón á d i ferentes c ircu nstancias , á d i ferent es

si tu aciones pol í t icas , formarán realmente u n comen-

tario ú t i l , en cu anto harán d iscernir s in equ ivoca-

ción lo qu e Ma qu ia velo no d i jo más eme para los

nuevos príncipes, y lo que dijo para los demá s, es-

pecialmente para los qu e vu elven á entrar en su s

u su rpad o s Esta d os. T o d a la su bstan cia d e su d oc-

tr ina va á hal larse en el presente volu men, en qu e

d e s p u e s d e l f a m o s o libro del Príncipe, se hal larán

los pasajes más interesantes d e algu nas otras obras

su yas y part icu larme nte d e su s profu nd os d iscu rsos

sobre las décadas d e T i t o L i v i o (

I 2

) , p r e s c i n d i e n d o

d e lo qu e d e el lo vay a c i tad o en el d iscu rso prel i -

minar.

C r e e m o s n o l i s o n g e a r n o s m u c h o d i c i e n d o q u e n o

( 1 2 ) E n e s t a o b r a l e y e r o n M o n t e s q u i e u y I . f . R o u s s e a u

o q u e a m b o s e s c r i b i e r o n d e m á s j u i c i o s o . E l A b a t e d e v "

f u l L

e S

>

m a

,

S P a

:

t l C U l a r m e

x

n t e d e u d o r

d e a q u e l l a s i d e a s p r o -

f u n d a s e i n s t r u c t i v a s q u e f o r m a n e l p r i n c i p a l m é r i t o d e s u s

Revoluctogs romanas E l A b a t e C o n t i , i t a l i a n o , q u e s e

m í

a

M «

a r

f

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¿

S a h r á

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U Z e

"

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e s c r i b i ó

a l c é l e b r e M a r -

q u e s M a f f e i d e V e r o n a : « H a b r á l e í d n V m l o tt < j

Revoluciones romanas d el A b Í f d e t e r T o t ^ Í Z ^ o l

s i s t e m a l a s r e f l e x i o n e s s u e l t a s , q u e e l S e c r e t a r i o d e F l o r e n

c í a h i z o s o b r e T i t o L i v i o , p e r o si n p r o f u n d i z a r l a s b a s t a j e

á v e c e s . {Opere de/P a b b a t e C o n t i , t o m o I I , p á g „ 2

existe ningu na ed ic ión d e su s obras qu e pu ed a, tan-

to como este s imple volu men, habi l i tar á los l ecto-

res para conoce r b ien la extensión y profu nd id a d ,

la pru d en cia y saga cid ad d e u n genio qu e, en el

sentir d e Algarott i , « fu é en pol í t ica y en las cosas

d e Esta d o, lo qu e Newto n es en conocim ientos d e

las c iencias f í s icas y arcanos d e la Natu raleza» (13 ) .

18 de Septiembre de ¡Sij.

( 1 3 ) O p e r e d i A l g a r o t t i , C r e m o n a , t o m o I X .



. i . ; — - * -

m n

'Discurso sobre 7/faquiauelo

C O N S I D E R A D O C O M O A S E G U R A N D O

Á

L O S S O B E R A N O S C O N T R A

L A S R E V O L U C I O N E S , C O M O D O M A N D O L A A N A R Q U Í A

Y A F I R M A N D O L O S T R O N O S

esta ed ad d e tu rbu lencias y calamid ad es,

en qu e el error d ejó tan cru elm ente bu rlad a

la ignorancia, parece haberse transformad o el nom-

bre d e Ma qu iave lo en el d e una s istemá tica reu nión

d e los ma yores cr ímenes. Lo s horrend os proced e-

res d e u na mald ad qu e se encamina hacia su s f ines

por la vía del fraude, la falta de fe, la violencia y

asesinato , no se l laman ya más qu e maquiavélicos;

y el infernal a rte d e cond u cir á los hom bres á su

ru ina engañánd olos, aqu el arte tan d esgraciad amen-

te perfe cciona d o en nu estros d ías , parece no haber

exist id o nu nca más qu e con la d enominación d e

maqu iavelismo.



El nom bre d e Maq u iave lo , s in emba rgo, goza to-

d avía d e la más recomend able i lu stración en el país

mismo en qu e él v iv ió , y en el qu e pu ed e apreciarse

mejor su méri to . Au n es al l í en algú n m od o u n ob-

jeto d e veneración p ú bl ica, hasta en aqu el la ig les ia

d e F lorencia, en qu e, hacia f ines d el s ig lo pasad o,

la man o d e un príncipe emine nte me nte f ilósofo, e l

gran Du qu e Ped ro Leopold o José, l e er ig ió u n mo-

nu m ento famoso al lad o d e los sepu lcros d e Gal i -

leo , Migu el Angelo , y más ad mirables ingenios d e

la T os can a. La inscr ipción q u e en él pu so con el

voto d e tod os su s pu eblos, test i f ica, como u na cosa

veríd ica, qu e ya no había na d a qu e d ecir en honor

d e M a q u i a v e l o l u e g o q u e s e l e h a n o m b r a d o . « ¿ H a y

elog io qu e pu ed a igu alar al q u e su no mbre e ncie -

rra?» T al es su epi taf io :

T a n t o n o m i n i n u l l u m p a r e l o g i u m :

N i c o l á s M a c h i a v e l l i

O b i i t a n n o A . P . V . M D X X V I I .

En la ind ecis ión qu e en nosotros prod u cen estos

d os ju ic ios tan contrad ictorios , y en el l aberinto d e

incert id u mbres en qu e nos echan, se presentan d os

c o n s i d e r a c i o n e s c o m o e l h i l o d e A r i a d n a p a r a h a -

cernos sal i r d e él . La u na es , qu e part icu lar men te

hacia la mitad d el s ig lo pasa d o, y cu a nd o algu nos

facciosos u rd ían su s tramas contra la au torid ad real ,

se pu sieron las gentes á d esacred itar con más fu ror

á M a q u i a v e l o ; en F r a n c i a , s o b r e t o d o . L a s e g u n d a

consid eración, apoyad a en hechos igu almente, es

q u e e v i t a n d o e n t o n c es l o s de t r a c t o r e s d e M a q u i a -

velo el hablar d e aqu el las obras su yas en qu e se

d e s c u b r e n d e u n mod o horrend o lo s i n c o n v e n i e n t e s

de la s Repú bl icas , se encarnizaron ú nicam ente con

su libro del Príncipe, qu e pod ía i lu strar á los m o-

narcas sobre los ocu l tos d esignios d e su s enemigos,

é ind icarles lo s m e d i o s d e c o n t e n e r e f i c a z m e n t e á

los pu eblos bajo la obed iencia.

Ant es d el año d e 1740, en qu e V ol taire d ió la se-

ñal de a q u e l d esenfreno f i losófico contra Maqu iave-

lo , co n la pu bl icación d e la menos miserable d e las

refutaciones de este l ibro (1), los verdaderos filóso-

fo s qu e le habían leíd o, y pod id o comp rend e rle b ien,

se hal laban d istantes d e d ecir d e él tanto mal como

se d i jo entonces . Lo s d e el los qu e, en corto nú me-

ro, habían emprend id o su lectu ra con u n espír i tu d e

imparcial id ad , y con algu nas id eas pol í t icas fu nd a-

d as en la experiencia, h ic ieron ju st ic ia al profu nd o

ingenio d el au tor , y al perfecto conocimiento su yo

d el corazón d e los hombres reu nid os en socied ad .

El P. Nicerón había reconocid o solemnemente la

(1) El anti-ZMaquiav elo, ó ensayo critico sobre el Príncipe

de Maquiavelo. L o n d r e s , 1 7 4 0 , e n c a s a d e G u i l l e r m o M e -

ver.



soU d ez d el ju ic io d e Ma qu ia velo: y « most rad o al m is-

mo t iemp o la rect itu d d el su yo propio , d ese cha nd o

com o u na parad oja el s istema d e los qu e sostenían

qu e el hbro del Principe era una crítica contr a la

pol í t ica d e los monarca s. Por otra parte, l a opinión

nad a favo rable qu e los l ectores preocu pad o s habían

formad o d el au tor , estaba á lo menos exenta d e en-

cono contra él . Moren , qu e no le había ju zgad o ca-

S

™

á S q u e c o n a r r e

g

| 0

á lo qu e Bayle había d icho

al qu e importaba ver incréd u los en tod os los gran-

d es homb res, ni au n se atrevió á censu rar for ma l-

Z T

t r a t a d

° '

y 8 6 d f i Ó s

'

m

P '

e

m e n t e 4 h a c e r

od ioso

á

M a q u i a v e l o e n e l c o n c e p t o d e l a s a l m a s

d evotas , d ic iend o, sobre la fe d e algu nos jesu í tas d e

q u e e l e s c e p t i c o B a y l e s e h a b í a f o r m a d o a u t o r i d a -

d es, qu e este afamad o estad ista pasó los ú l t imos

anos d e su v id a sm afecto ningu no d e rel ig ión.»

Se conocen los fu nestos efectos d e semejante acu -

s ó n a u n a v e n t u r a d a y f a l a z, s o b r e l a s p e r so n a s

timoratas, tan prontas á coge r horror á cuan to la

ignorancia ó mal ignid ad les hacen creer inf ic ionad o

de irreligión. Se hallaron l igad as bien pronto, sin

caer en el lo , con la facción ant,real ista contra M a -

qu iave lo; y el nú m ero d e estas d os especies d e ene-

m i g o s s e a u m e n t ó p r o d i g io s a m e n t e p o r m e d i o d e

aqu el la inf inid ad d e d iccionarios h istóricos, con qu e

la F rancia estu vo inu nd and o la Eu ropa d e med io

s i g lo á a c á . N i n g u n o h a y c u y o s c o m p i l a d o r e s h a y a n

hecho otra cosa, con respec to á Maqu ia velo , más

qu e ampl i f icar lo qu e leían el los en su s antecesores ,

s in leer su s obras, mu y en extremo d i f íc i l es d e com-

prend er. Así es como, por ejem plo, copia nd o el

Diccionario histórico de León , en el año d e 1804,

el d e C aen, pu bl icad o en el d e 178 3 , se d ejó l l evar

hasta d ecir qu e este insigne esta d ista «en tod a su

pol í t ica, no qu ería ser d eu d or d e nad a á la rel ig ión,

y au n la d esterraba; qu e el Libro del Principe con

especia l id ad , es el breviar io d e los am biciosos, d e

l o s t r a p a c e r o s y m a l v a d o s ; q u e M a q u i a v e l o p r o f e s a

el cr imen en este abominable l ibro , d and o lecciones

d e a s e s i n a t o y e n v e n a m i e n t o . » H é a q u í c o m o s e

d i fu nd ió , como se acred itó la opinión d e qu e M a -

qu iav elo fu é el escr i tor más perve rso qu e hu biera

exist id o; qu e su Libro del Principe es u n cód igo d e

mald ad , y qu e la acción combinad a d e tod os los

d el i tos ju ntos d ebe l lamarse maquiavelismo. Pero,

p e r m í t a s e n o s e x a m i n a r h a s t a q u é p u n t o v a n f u n d a -

d as estas enormes acu saciones.



§ I

Favor de que el Principe de Maquiavelo gozó err el origen, aun con la

Santa Sede, durante cuarenta y tres años, bajo seis a siete Papas.—

Causas de la primera censura que de él se hizo en Roma, y modifi-

cación que los padres del Concilio de Trento hicieron en ello.-Be-

neñciosy peligros relativos á la doctrina de Maquiavelo.

P a r e c e q u e l o s m o d e r n o s d i f a m a d o r e s d e M a q u i a -

velo ignoran qu e en la época en qu e el tratad o d el

Príncipe fu é prese ntad o por el au tor á Loren zo d e

Méd icis , com o tam bién en otras c ircu nstancias d e

resu l tas d e los s ig los corr id os d esd e entonces, d i -

versos varo nes em inen tes no men os en v irtu d qu e

en creencia, l e ju zgaron d e mu y d i ferente mod o qu e

el los . Em pre nd id o en los primeros meses d el pon-

t i f icad o d e Le ón X , y aca bad o en el segu nd o a ño

d e su reinad o, en qu e Maqu iavelo le entregó al so-

brino d e este Pontí f ice, fu é mirad o como u na obra

ad mirable por aqu el los esc larecid os Méd icis qu e,

más qu e tod os los otros príncipes d e su t iempo, con-

tr ibu yeron á rest ablece r en Eu rop a, con las c ien-

cias , l etras y artes , e l ord en y la c iv i l ización d este-

terrad os d espu és d e tantos s ig los por u na horrend a

barbarie. S i la d octr ina d e este libro es execrable ,

como lo d icen su s d etract ores ¿ cóm o su ced ió qu e,

la primera vez qu e fu é impreso con las d emás obras

d el mismo au tor , cu atro años d espu és d e su mu er-

te, es á saber en el de 1531, y no en el de 1515 ,

com o V ol taire lo su pu so, u n Pap a mu y i lu strad o

vino á d arles u na aproba ción d e las má s form ales?

C l e m e n t e V I I , n o m e n o s c e l o s o po r la s s a n a s d o c -

tr inas qu e por las bu enas costu mbres, au n aconsejó

en algú n mod o la l ectu ra d e las obras d e Ma qu i a-

velo en tod a la cr ist iand ad , por el hecho mismo d e

qu e favoreciend o á su impresor ponti f ical con u n

priv i leg io exclu sivo para imprimirlas y vend erlas , v

estableciend o penas af l ict ivas contra cu alqu iera qu e

hiciera u na fal s i f icación su ya en los Estad os d e la

ig les ia, amenazó con censu ras espir i tu ales á los qu e

en cu alesqu iera otros Estad os pu bl icaran ó vend ie-

ran u na ed ic ión fal s i f icad a (2) . ¡ Ah no se crea qu e

(2 ) Se ver á en l o sucesi vo que , en e l a ño de 152 7 en que

l a f a c c i ó n p o p u l a r e c h ó d e F l o r e n c i a á l o s M é d i c i s , n o s e

h a b i a i m p r e s o t o d a v í a e l Libro del Principe. H a b i e n d o i d o

e n e l a ñ o d e 1 5 3 1 A n t o n i o d e B l a d o , i m p r e s o r p o n t i f i c a l e n

Ro m a , á pedir a l Pa pa l icen c ia pa ra publ ica r f ina l mente to-

d a s l a s o b r a s d e M a q u i a v e l o , e l P o n t í f i c e l e a c o r d ó e l p r i -

v i l e g i o d e e l l o , p o r u n b r e v e d e 2 3 d e A g o s t o d e l m i s m o

a ñ o , q u e r i e n d o q u e g o z a s e d e é l n o s o l a m e n t e e n l o s E s t a -

d o s r o m a n o s , s i n o a u n e n t o d o s l o s o t r o s d e l a c r i s t i a n d a d .

L a s p e n a s c o n q u e e l P a p a a m e n a z ó á l o s f a l s i f i c a d o r e s , s e

i n s e r t a n e n e s t e b r e v e p o r e l t e n o r s i g u i e n t e : Omnibus ct

singulis impressoríbus bibliopolis aliis cucuscumq ue status, gra-

dús et conditionis existentibus nostrce ditioni temporaliter non

subjectis, in virtute sanctce obedientice, et sub excomm umcatio-

tis latee sentential poena nobis verá et santce romana? ecclesioe

mediate vel inmediaté subjectis.. .. districté poecipimus et man-

damus, etc., etc. Quocircá quihusvis locorum ordinarus, scu



este favor ponti f ical no se extend ió al Libro del

Príncipe, porque está él , así com o los Discursos po-

líticos d el mismo au tor sobre las Décadas de Tito

Livio, y su Historia de Florencia, f o r m a l m e n t e d e -

signad o en el breve d e este Pontí f ice: Opera quon-

dam Ni col a i Machiavelli civis Florentini in mater-

no sermone conscripta, videlicet Historiam, ac DE

P R I N C I P E ,

et discursibus imprimere.

Este priv i leg io pru eba no solamente qu e las obras

d e Maqu iavelo eran mu y est imad as d e los d octos y

estad istas , s ino también, y por lo menos, qu e el

Pap a no hal laba en el las nad a contrario á la rel i -

g ión y moral propiam ente d ichas. Pau lo III , Ju -

l io III y Marcelo II , qu e su ced ieron u no tras otro á

C l e m e n t e V I I , l a s j u z g a r o n c o m o é l .. P a u l o I V

mismo, qu e v ino d espu és, por más v io lento qu e él

era contra las perversas d octr inas, hu biera conser-

vad o la misma opinión favorable para Maq u iavelo ,

s in el ard or censu rante d e aqu el la comisión d e teó-

eorum officialibus et vicariis in spiritualibus committimus ber

proesentes ut, ubi, quando, et quotiés pro parte dicti Antonii

requisiti fuerint; ipsi Antonio ejficacis defensionis p roesidio as-

sxstantes, faciunt p roesentes litteras et in eis contenta quoecum -

que inviolainhter o bservari, et publicad; contradicentes quosli-

bet etrebell.es pe r censuras ecclesiasticas, et penas proedictas ab-

pellatione postpositá cowpescend o; invocato etiam ad hoc si

obus-

fuerit auxilio brachti secularis in contrarium faáentibus, non

obstantíbus qmbuscumque. Datum %omoe ap'ud Sanctum Pe-

trum, sub amulo piscatoris, etc.

%

logos inqu is id ores qu e él estableció en el año d e

15 5 7 contra los herejes , y qu e creó con el nombre

d e Indice aqu el la l i s ta d e las obras reprobad as por

el los . C elo sos estos inqu is id ores en abu l tar le, pu

sieron en él absolu ta men te, y s in ningu na ex ce p-

ción, tod as las obras d e Maqu iav elo , mu erto hacía

enton ces treinta años. Pau lo IV hu biera rehu sad o

tod av ía acced er á la cond ena ción qu e d e el las ha-

cían los inqu is id ores d e un mod o tan vago y c iego ,

s in la d ebi l id ad d e genio qu e su mu cha ancia nid ad

l levab a consigo. Se d ejó l l evar d e los c lamo res é

instancias d el su premo inqu is id or, qu e era aqu el

d o m i n i c a n o C a t h e r i n L a n c e l o t - P o l i t i , q u e n o h i z o

casi u so d e su c iencia más qu e para sentar s ingu la-

res opiniones, y aun algunos escritos del cual se no-

taron como pernic iosos en aqu el Indice que él había

creado (3).

El motivo real d e esta especie d e cond enación d e

Maq u iave lo , no era el fond o d e su d octr ina pol í t ica;

) ' au n esta cond en ación no tenía d ir ectam ente por

objeto el Libro del Príncipe, com o le hace creer

u na d eclaración d e aqu el la comisión d el C onci l io d e

( 3 ) D e c u y o n ú m e r o e s l a vida que é l escr ib ió ¿ fe su com-

p a ñ e r o Savonarola. D e s p u é s d e h a b e r l e e n s a l z a d o p o r o t r a

p a r t e c o m o á un sa nto , l e rep rese nta en esta obra como a l

m á s i n s i g n e t r a p a c e r o , y m á s m a l v a d o i m p o s t o r q u e h u b i e -

ra ex ist ido.



T re nto, qu e pareció confirm ad a. Esta blecid a esta

comisión en el año d e 15 62, y compu esta d e d ieci -

o c h o p a d r e s e n c a r g a d o s d e e x t e n d e r u n n u e v o In -

dice, se ' ve ía tan apu ra d a por C atherin, hecho u no

d e los teólogos d el C onci l io , qu e acabó el la ad hi -

r iénd ose á su s miras en el año s igu iente, y ú nicam en-

te al conclu irse el C onci l io . Pero esta nu eva censu -

ra no tu vo por motiv o m ás qu e c iertos pasa jes d e

las obras d e Ma qu iave lo; y co nocien d o los p ad res

qu e semejantes pasajes pod ían su primirse fáci lmen-

te s in qu e lo d emás se al terase con el lo , confesaron

qu e s i se hacía la su presión s u ya en u na próxim a

ed ición, qu ed aría inval id ad a cu alesqu iera cond ena-

ción contra el auto r (4). Au n esto s pasa jes, en cor-

to nú mero, se d esignaron por los pad res. Per o s in

tratar d e conocerlos , haremos notar qu e Maqu iavelo

n o p o d í a m e n o s d e d e s a g r a d a r e n t o n c e s s u m a m e n -

te á la corte d e Rom a. En aqu el la era, los calv i -

nistas transform aban en inve ctivas la v i tu p eración

qu e él mismo, cu arenta años antes , pero por moti-

vos b ien d i ferentes y mu y lau d ables , había d ir ig id o

contra el lu jo y costu m bres d e la corte d e Leó n X ,

d e A d r i a n o V I y C l e m e n t e V I I , q u e h a b í a n t e n i d o

la bu ena fe d e no sentir lo . La había acu sa d o d e

(+ ) L a p r u e b a d e e s t a p a r t i c u l a r i d a d s e h a l l a r á e n e l

Apéndice d e q u e e s t e d i s c u r s o s e r á s e g u i d o .

causa r, con sus escá nda los, la ruina de la religión

catól ica, qu e él consid e raba s inceram ente com o el

más só l id o su bstentácu lo d e los imperios (5 ) , y por

otra parte, no cesab a d e pro bar qu e el interés d e

las otras potencias d e Ital ia , y au n d e las u l tramon-

tanas, exig ía qu e los Pa pa s no posey eran u na d o-

minación temporal tan vasta como la qu e el los ha-

bían ad qu ir id o. Se hal laba cond en ad a su ambición

casi á cad a pág ina d e Maqu iavelo; y como este en-

g r a n d e c i m i e n t o t e m p o r a l , á q u e A l e j a n d r o V I h a b í a

ech ad o el co lmo, era el resu l tad o d e u n os med io s

cu ya ef icacia no se había d emostrad o s ino mu y bien

por nu estro au tor , los Pa pas no pod ían m enos d e

recelarse d e ver los conocid os y emplead os contra

(5 ) E n e l ca p 12 de l l ibro I , de su s

e

Discursos sobre la

primera década de Tito Livio, d e c í a : « S i l a R e p ú b l i c a c r i s -

t i a n a s e h u b i e r a m a n t e n i d o e n s u s m á x i m a s , t a l c o m o e s t a -

b a o r d e n a d a p o r s u d i v i n o f u n d a d o r , l o s E s t a d o s c r i s t i a n o s

e s t a r í a n m á s f e l i c e s y u n i d o s q u e lo e s t á n . P o d e m o s a d i v i -

n a r f á c i l m e n t e l a c a u s a d e e s t a d e g e n e r a c i ó n , c u a n d o n o t a -

m o s q u e l o s p u e b l o s m á s i n m e d i a t o s á l a I g l e s i a r o m a n a ,

l a c a b e z a d e n u e s t r a r e l i g i ó n , s o n l o s q u e t i e n e n m e n o s

p i e d a d L a p r o v i n c i a p e r d i ó t o d a s u d e v o c i ó n y r e l i g i ó n

c o n l o s e j e m p l o s d e l a c o r t e r o m a n a . D e e l l o r e s u l t a r o n i n -

m e n s o s i n c o n v e n i e n t e s é in f i n i t o s d e s ó r d e n e s ; p o r q u e a s í

c o m o e n c u a n t a s p a r t e s h a v r e a l m e n t e r e l i g i ó n , d e b e h a b e r

t o d a e s p e c i e d e b i e n e s : a s í t a m b i é n e n c u a n t a s s e c a r e c e d e

e l l a , 110 deb e ha l l a r se má s que toda esp ec ie d e ma l es; so-

m o s d e u d o r e s , p u e s , á e s t a c o r t e y á n u e s t r o s s a c e r d o t e s i t a -

l i a n o s d e h a b e r n o s v u e l t o i r r e l i g i o s o s y p e r v e r s o s .



sí mismo s por otros príncipes á qu ienes este l ibro

hu biera servid o d e consejero y gu ía.

Au n qu izá también aqu el los med ios con qu e. por

mas cond e nables qu e algu no s d e el los son bajo el

aspecto meramente moral , se había l ibrad o la Ital ia

d e los males d e la anarqu ía, eran entonces tan per-

ju d ic iales como inú ti les para el la . Distr ibu id a en

Estad os regu lares , se hal laba bajo la obed iencia d e

principes leg i t imad os , d e los qu e u nos hacían fel i-

ces a su s pu eblos, y otros , ambiciosos y pod erosos

teman necesid ad d e qu e se l es ved ase, con la mayor

eficacia posib le, e l conocimiento d e los recu rsos in-

d i c a d o s p o r M a q u i a v e l o p a r a o t r o s t i e m p o s y c i r -

cu nstan cias (6) . Hab ía, por otra parte, en el fond o

mu cha pru d encia en prohibir á los pu eblos aqu el

d k a d a m á s a r r ih a °

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n c i

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^ s e g u n d a c l a s e i n -

C a r l o s V F e b e n Y " ^ í . ^ > L o m b a r d « , e l h i j o d e

a m b os E sp ad o "en e ' a L T x - - i ^

C C S 1 Ó n d t

*

n a b a ^ ^ l ^ ^ ^ a r ^ f e - ^

l ibro cu yo contenid o les imp ortaba ignorar para su

fel ic id ad . N o se había com pu es to para el los . Lo s

secretos d e la pol í t ica no son d e u na natu raleza qu e

d eban propaga rse en el vu lgo, qu e no pu ed e m enos

d e convert ir los en perju ic io su yo, ni entre las gen-

tes s imples qu e, no esta nd o d est inad a s á reinar , se

hal lan su periormente d ispu estas á escand al izarse d e

cu alqu iera c iencia qu e el las no d eben conocer . Ad -

mirable d isposic ión qu e la Prov id enc ia pu so en su

alma, á fin de que, por un escrúpulo virtuoso, estén

apar tad as d e u n estu d io qu e, reser vad o exc lu siv a-

men te á los estad istas , no se d i fu nd e nu nca en el

pu eblo s in ocasionar la su bversión d el ord en social .

Pero s i l a I tal ia hu biera vu el to d e nu evo al esta-

d o d e barbarie d e los anteriores s ig los , no hu biera

habid o ningu no d e su s príncipes qu e, d esp oseíd os

por algu nos facciosos, ó ame naz ad o s d e ser lo , no

hu biera d ebid o hacer en gran parte p ara recu pera r

ó conservar su trono, lo qu e, con arreg lo al ejemplo

d e su s pred ecesores , M aqu ia velo h abía red u cid o á

máx ima s d e pol í t ica. La s má s d e el las son, á la

verd ad , capaces d e espantar á tod o s imple part icu -

lar qu e, no habiend o gobernad o nu nca más qu e su

famil ia , no conoció jam ás la imp osibi l id ad d e go -

bernar imperios ú nicam ente como f i lósofo y mo ra-

l ista, especialmente en t iempos tu rbu lentos y d e

f a c c i on e s . ¡ A h ¿ n o s o n t a m b i é n a t e n t a d o s c o n t r a



l a moral y género hu mano las cond enaciones d e

mu erte y el ard or mortí fero d e los comb ates , en el

conce pto d el qu e no está d est in ad o por la Prov i-

d encia ó su príncipe á ju zgar á los malhech ores, á

ganar batal las , y qu e no conoce más qu e las d u lces

leye s de la fi lantropía? L a m oral y fi losofía son tan

irreconci l iables con semejantes atentad os, qu e ni

u na ni otra permiten á los hombres qu e hacen esen-

cialmente profesión d e el las , e jercer el minister io d e

juez criminal, ni el oficio de la guerr a. El mor alista

no com pren dió nunc a, y ni aun el fi lósofo con fes ó

jamás aqu el la inconcu sa máxima d el gobierno d e

las naciones, qu e ha y casos en qu e d eben sacri f i -

carse algu nos homb res á la segu rid a d d e u n mayo r

nú mero, y á la d el cu erpo social por consigu iente.

U nicamente cerrand o la rel ig ión los o jos , y ced ien-

d o á la pol í t ica, se vu elve ind u lg ente para con el

ejecu tor d e u n homicid io ord e nad o por la l ey d el

Esta d o. Su ce d e con el cu erp o pol í t ico lo mism o

que con el human o: si la mor al y fi lantropía tienen

l ibre la entrad a para hacer prevalecer su s cord iales

lecciones ante el opera d or qu irú rg ico , qu e se d is-

p o n e á a m p u t a r a l g u n o s m i e m b r o s c a n g r e n a d o s , ó

ante el méd ico qu e va á echar algú n ven eno en el

seno d e su enfermo para expeler las mortales semi-

l las de él; aquel principio vital que uno y otro de-

ben conservar , se ext ingu irá en pres encia d e esta

au gu sta d octr ina, qu e no permite hacer más el mal

físico que el moral, aun con la mira de un bien

cierto. .

Pu es b ien, el l ibro d e Maqu iavelo es , en pol í t ica,

para los t iemp os d i f icu l tosos y males d e los E st a-

d os lo qu e los más r igu rosos prec eptos d e la c iru jia

Y med icin a son para las d olencias mayo res d e la

econom ía anima l en los ind ivid u os. Es tá comp u es-

to d e raciocinios h istóricos y d e exper iencia sobre

los mod os, v io lentos á veces , s in los qu e no hu biera

pod id o volver al ord en y embeleso d e la c iv i l ización,

aqu el la Ital ia qu e, d esd e entonces, y por esto mis-

mo se perfeccion ó en el los mu ch o más pronto qu e

tod os los d em ás países d e la Eu r opa (7) . C u alqu ie-

l ^ S l P r e s i d e nt e H e n a u l t s e m u e s t ra d e l m i s m o d i ct e -

f l o s ^ ^ S ^ T t a ^ e n l a s

m i s m o f o n d o q u e h u b e r a P ^ ^ ^ ^

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S V ^ X S L T c ü p I e l p u e s t o d e l a r e b e h é n ; y



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los med io s y c t fs efectos s in

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meno s palpables ,

h a b i t u a d o s l o s á n i m o s á l

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S O B R E M A Q U I A V E L O 3 9

y qu izá me nos ofen sivas á la f i losofía, es po rqu e

ningu no d e estos au tores l l evó la mira principal d e

formar estad istas . Ma qu iav elo es el pr imero q u e

haya tratad o expresa y especialmente sobre el arte

d e gobernar á los hombres tales como el los son. con

particu lar id ad á continu ación d e las grand e s co n-

mociones d e la socied ad . « Si tod os fu eran bu en os

y virtu osos com o lo d ice él mismo, ser ía menes ter

qu e el Príncipe no tu viera m ás reg las qu e la moral ,

ni má s norte que la virtu d» (8); pero ¿qu é p u e d e

ser d e u n Príncipe qu e no fu era más qu e bu eno y

virtu oso, en med io d e u nos hombres qu e, a g i t a d o s

d e perversas y tu rbu lentas pasiones, están ejerci ta-

d os en encu brir su s reprensib les y f u n e s t a s m a n i o -

bras con tod as las astu cias d e la perf id ia?

§ n

La Francia, actualmente en la situación en fjtie la Italia se hallaba

cuantío se vio allí el Libro del Príncipe, como necesario ii los so-

beranos para añriuarse y restablecer el orden social.

A h o r a q u e , segú n la ju ic iosa observación d el Prín-

cipe d e S c h w a r t z e m b e r g s o b r e lo s su cesos d e nu es-

tra d esastrosa revolu ción, «el mu nd o atónito ha v is-

to reprod u cirse los d esastres d e la ed ad med ia» (9) ;

( 8 ) V é a s e a d e l a n t e , Libro del Principe, c a p . X V .

[ 9 ] P r o c l a m a c i ó n d e e s t e P r í n c i p e á l o s f r a n c e s e s , al e n -



3 8

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SOBRE M A Q Ü I A V E L O 39

y qu izá me nos ofen sivas á la f i losofía, es po rqu e

ningu no d e estos au tores l l evó la mira principal d e

formar estad istas . Ma qu iav elo es el pr imero q u e

haya tratad o expresa y especialmente sobre el arte

d e gobernar á los hombres tales como el los son. con

particu lar id ad á continu ación d e las grand e s co n-

mociones d e la socied ad . « Si tod os fu eran bu en os

y virtu osos com o lo d ice él mismo, ser ía menes ter

qu e el Príncipe no tu viera m ás reg las qu e la moral ,

ni má s norte que la virtu d» (8); pero ¿qu é p u e d e

ser d e u n Príncipe qu e no fu era más qu e bu eno y

virtu oso, en med io d e u nos hombres qu e, a g i t a d o s

d e perversas y tu rbu lentas pasiones, están ejerci ta-

d os en encu brir su s reprensib les y f u n e s t a s m a n i o -

bras con tod as las astu cias d e la perf id ia?

§ n

La Francia, actualmente en la situación en fjtie la Italia s e hallaba

cuando se v i o allí el Libro del Príncipe, como necesario ii los so-

beranos para añrmarse y restablecer el orden social.

A h o r a q u e , segú n la ju ic iosa observación d el Prín-

cipe d e S c h w a r t z e m b e r g s o b r e lo s su cesos d e nu es-

tra d esastrosa revolu ción, «el mu nd o atónito ha v is-

to reprod u cirse los d esastres d e la ed ad med ia» (9) ;

( 8 ) V é a s e a d e l a n t e , Libro del Principe, c a p . X V .

[ 9 ] P r o c l a m a c i ó n d e e s t e P r í n c i p e á l o s f r a n c e s e s , al e n -



cu and o creíamos l l egar al término su yo, étenos aqu í

pu es precisamente, en la misma s i tu ación en qu e se

hal laba Maqu iavelo , cu and o él expu so las máximas

contenid as en su Libro del Príncipe. E s t a d e p l o -

rable s . tu ac.ón d e infau stas expe rienc ias y d e l lagas

tod avía d olorid as, es aqu el la d e qu e necesi tábamos

para apre ciar bien los med ios que él indica, á fin

d e sal i r totalm ente d e el la y no volver á e xperim en-

tar la. Au n a yu d ad a d e la l ectu ra y ref lexión la ima-

g inación. no hu biera pod id o su pl ir la; y , con fesé-

moslo . nos era realmente necesaria, á f in d e no ha-

l lar ya en la relación de las pros cripci ones de Sila

d e los asesinatos d e Mario , com o ta mbién d e los

• ' . tentad os record ad os por Maqu iavelo , a lgo d e mu y

horrib leme nte cabal leresco, para qu e la h istoria d e

nu estra ed ad y país pu d iera mancharse con el lo en

algú n t iempo.

Si los hu bieran tenid o por po sib les los príncipes

d e la segu nd a m itad d el s iglo pasad o, y s i, en ve z

d e d ejarse imbu ir c iega men te contra este au tor le

hu bieran leíd o b ien, comprend id o bien y med itad o

bien, por c ierto qu e no se hu bieran d ejad o arrastrar

d e u nos facciosos, enemigos d e su trono, hacia aqu el

precipic io revolu cionario en qu e, por espacio d e u nos

t ra r en su terr i to rio , e l de Junio de 1815, a l f rente de l os

« F - c f a t

c inco lu stros, hem os experim enta d o tod as las ho-

rrend as catástr ofes qu e Maq u iave lo d esterrab a con

su s escr i tos . S i em peñ ad os en esta carrera d e d es-

gracias los pu eblos á qu ienes pod ía d arse qu izá en-

tonces l icencia para leer le, hu bieran pod id o c om -

prend erle ¿se hu bieran entregad o, como lo h ic ieron,

á las tremend as contingencias d e la d ominación d e

u n hom bre sal id o d e u na cond ición hu mild e, y so -

bre todo de un guerre ro feroz, nacido, por dec irlo

así , d e la espu ma inmu n d a y sangrienta qu e los ma-

res de la Italia, en el tiempo de sus purificaciones,

habían impel id o hacia la i s la mald e cid a d e los ro-

manos? ( ro) Reu niend o la id ea d e su origen vu lgar

y agreste, de su ardiente y tétrico genio, de sus in-

c l inaciones ambiciosas y feroces, con el .pensamien-

to d e la necesid ad en qu e Maqu iavelo había d emos-

trad o qu e un u su rpad or d e este tem ple d eja r ía d e

ser u n atroz t i rano; e ntonces, s in d u d a, en vez d e

d ejarnos l l evar estú p id am ente bajo su yu go, y d e

mirar com o celest ial su potestad , segú n lo d ecían

( 1 0 ) S e s a b e que l os r o m a n o s d e p o r t a b a n á e l l a l o s m á s

v i l e s e s c l a v o s s u y o s , á a q u e l l o s q u e l e s p a r e c í a n m á s s e m e -

ja ntes á l os a n i m a l e s m o n t e s e s q u e á lo s h o m b r e s . H i n c

ohm servi romani ignavissimi et inutilissimi devehehantur, bet-

luis quam hominibus similiores. ( S t r a b o n , l i b . 5 ) C a r d a n o

p i n t a b a a s í á l o s c o r s o s d e s u t i e m p o : corsicce insulce iracun-

di sunt, crudeles, infidi, auda ces, prompti, agües, robusti: talis

enim est natura canum.



varios pontí f ices interesad os, hu biéra mos v isto anti -

c ipa d am ente cu ántos males ha d erram ad o, por su s

manos, el Infierno sobre nu estra Patr ia . De sd e en-

tonce s qu e estaba reconocid o por experienc ia qu e

no pod íamo s v iv ir en Rep ú bl ica , aqu el p ensa mien to

d el c iu d ad ano d e Ginebra, qu e «el Príncipe d e M a -

qu iavelo d a grand es lecciones contra los nu evos

príncipes á los repu bl icanos (n ) , d ebía hacern os

pronosticar los d esastres fu tu ros qu e iban á d escar-

gar sobre nosotros. Y l l enánd o nos d e espa nto estos

avisos, nos hu bieran hecho retroced er d e horror en

tal grad o qu e, s in pod er mod era r este cu rso retr ó-

grad o, hu biéramos vu el to nosotros mismos á aqu el

g o b i e r n o r e a l, c u y a b o n d a d h a b í a m o s e x p e r i m e n -

tad o por espacio d e tantos s ig los .

Pero esta d esafortu nad a nación á la qu e intrépi-

d os ma lvad os, d espu és d e haberla arrastrad o, por

cod icia, en su propia sangre y ru inas, su jeta ban á

esta nu eva t i ranía, se comp onía d esgra ciad a men te,

en gran parte, d e gentes ignorante s y créd u las , á

qu ienes la neced ad ó ' perf id ia habían alejad o d e to-

d a ú ti l l ectu ra d e Maqu iavelo . ¿ Se hu biera qu erid o

á lo menos prestar o íd os al hombre instru id o y ad -

v e r t i d o q u e , a p r o v e c h á n d o s e d e l o s a v a n c e s s u m i -

nistrad os por este au tor , hu biera revelad o los azotes

con qu e el u su rpad or iba á abru mar nos? ¿no le hu -

bieran impu es to s i lencio cru elm ente los facciosos?

P o d e m o s j u z g a r p e r s o n a l m e n t e n o s o t r o s m i s m o s ,

con arreg lo á las d i latad a s y acerbas d esgra cias á

qu e fu imos cond enad os por haber revelad o en el

año d e 18 00, qu e Nap oleón se haría instalar b ien

pronto por el Pa pa mism o en el trono d e los Bo r-

bones, y pod emo s ju zga r lo qu e le hu biera costa d o

á cu alqu ier otro qu e, abr azan d o los conse jos d e Ma-

qu iavelo , se hu biera atrevid o á vat ic inar los inmen-

sos males qu e este reinad o iba á cau sar á la nación

francesa. ¿ Hu bie ra s id o basta nte ref lexionad a ésta

para d ar créd ito á los qu e hu bieran pu bl icad o aqu e-

l la verd ad ind icad a en el Libro del Príncipe, que

ad m itiénd ose u na vez como jefe d el Esta d o el h i jo

d e u n Procu rad or d e Ajacio , terror ya d e la Eu ropa

y Asia por su bel icoso ard or, haría necesariamente,

para la conservación d e su trono, tod os los actos d e

tiranía d e qu e en Ital ia , d u rante los S ig lo s X V y

X V I, no habían pod id o absten erse c iertos príncipes

para la conservación d e su soberanía?

Nap oleó n es , s in contrad icción, mu y repre nsib le

en haber cometid o los mismos cr ímenes d e la t i ra-

nía; pero s i por el hecho solo d e qu e se consintió en

su u su rpación, se l e permitió cometerlos , como esto

es incontrov ert ib le ¿q u iénes son, p u es, los qu e t ie-

nen d erecho para hacerle cargo d e el los? Lo s ú ni-



eos qu e le tend rían, ser ían aqu el los franceses cu yo

inflexib le amo r á la antigu a m onarqu ía se hu biera

e s t r e m e c i d o d e i n d i g n a c i ó n c u a n d o e s t e Soldado au -

d a z se hizo rey consular. Pero entonces, no v i casi

en tod as partes más qu e á ind i ferentes estú pid os,

ó á embru tecid os aprobad ores y reprensib les facto-

res d e la u su rpación. ¿Qu ié n no fu é cómp l ice, s i lo

fu eron cu antos tr ibu taron á su execrable. trono u nos

h o m e n a j e s e x c l u s i v a m e n t e r e s e r v a d o s á l a l e g i t i -

m i d a d ?

T u vo él pr imeramente á aqu el los d e los nu mero-

sos y bajos part id arios d e u na tranqu i l id ad d e cu al -

qu iera especie en qu e pu d ieran saborearse con mo-

l icie los goces. Per o ¡ay d e mí en el emb otam ien-

to d e su ánimo, eran incap aces d e preve er qu e el

a v e n t u r e r o á q u i e n a c e p t a b a n p o r d o m i n a d o r , h a -

biénd ose pu esto por este so lo hecho en oposic ión

con aqu el los part id os qu e habían fat igad o d emasia-

d o su ind olencia, no pod ría lu char contra el los s in

hol lar á los aprobad ores mismos d e su u su rpación.

Su c iega complacencia se d ejaba l l evar , por otra

p a r t e , d el v o t o c o m u n m e n t e r e s p e t a d o d e a q u e l l o s

hombres más perspicaces qu e, en las c lases más

c o n s i d e r a d a s , s a c r i f i c a b a n l a s s a g r a d a s m á x i m a s d e

la moral y d el honor á d iversa s m iras ávid a s, d is -

frazad as con sofismas á u n mismo t iempo hipócri tas

y sacri legos. Pront os estos tanto á ju st i f icar com o á

pronu nciar su cesivame nte los má s d ispara tad os ju -

ramentos, cu and o el los proporcionaban la entrad a

á algú n favor, s in exceptu ar el d e odio al cetro de

l o s B o r b o n e s , e n s a l z a b a n c o m o e l j u r a m e n t o d e

salu d el qu e el los se aceleraban á hacer al trono d e

N a p o l e ó n , I m p o r t á b a l e s p o c o q u e l a F r a n c i a q u e -

d ara entregad a á su exec rable t i ranía, con tal qu e

el t i rano les confir iese plazas y honores.

Su periores á estos servi les ag i tad ores d e las con-

ciencias , estaban, por u na contrad icción monstru o-

sa qu e ú nicamente la perversid ad d e nu estra ed ad

pu ed e hacer creíb le, aqu el los terr ib les celad ores

d e l g o b i e r n o d e m o c r á t i c o , a q u e l lo s g r a n d e s f a r a u -

tes revolu cionarios , qu e d eterminad os s iempre con

el incentivo d e u na más so bresal iente fortu na, sa -

cr i f icaban su propia Rep ú bl ic a al trono d e Napo-

león, como habían sacri f icad o el d e los Borbones á

su sangu inaria d emocrac ia. Est os son aqu el los á

qu ienes d eben impu tarse, tanto y qu izá más qu e al

u su rpad or, tod as las calamid ad es con qu e él v ino á

inu nd ar nu estra Patr ia. Perju r os monstru osos é in-

fames cómpl ices , d ignos ya d e nu estras mald ic iones

por habe r au xi l iad o la instalación d e este infernal

pod er ¿cu ántas más no merecerían el los s i , d espu és

d e haberle inst i tu id o, hu bieran af irmad o en segu id a

su voraz t i ranía con los feroces servic ios qu e él exi -

g ía d e su s v is ires , genízaros y bajaes? Pero ¿es po-



a b l e q u e n o h a y a i s d e s e m p e ñ a d o e f i c a z m e n t e s u s

d esastroza s miras , vosotros á qu ienes él co lmó d e

riqu ezas, cu brió d e insignias y convirt ió en grand es

d u qu es y príncipes su yo s? Por más esf u erzos qu e

nu estra ind u lgencia haga sobre nu estro pensamien-

to , no pod emos imped ir qu e los t í tu los y hon ores

con qu e os cond ecoró el t i rano, n o nos parez can

traer .mpreso todavía el sel lo de la mano que os los

confino, y qu e no nos test i f iqu en igu alm ente qu e los

inmensos cau d ales d e qu e les so is también d eu d ores

nu estra cooperación bien act iva y ef icaz á los actos

qu e con él cau só tantos males al géne ro hu man o.

El esplend or con qu e sobresal ís , nos parece á pesar

nu estro u n ref lejo d e nu estras calam id ad e s; porqu e

hay d esgraciad amente cosas qu e, por más resplan-

d ecientes qu e son, y au nqu e bajo mu chos asp ectos

se atraen el aprecio , recu erd an necesariamente cu án

od iosas fu eron en su origen. No pu ed en perd er

ellas, en el concepto del público, el vicio radical

qu e contrajeron entonces. ¡Ah ¿por qu é va á ex-

tend erse esta desgracia hasta aqu el las con d ec ora -

ciones. qu e d espertand o á su primer aspecto la ve-

neración qu e el honor infu nd e , ponen al pu nto en

competencia con el la el penoso recu erd o d e su fu n-

dador á que él nos forza ? E s m u y i m p e r c e p t i b l e l a a u -

gu sta imagen qu e con u na mano sagrad a su bsti tu vó

la de Napoleón en su estrella de honor, para figurar

S O B R E M A Q U I A V E L O 4 7

al l í d e otro mod o qu e com o u n s imple accesorio .

En sem ejan tes objetos , l a forma, el co lor y n omb re

tr iu nfan, y necesi ta mos d e su mos esfu erzos d e re-

flexión par a dejar de ver aquí el sím bolo del honor

qu e le era necesario al u su rpad or para af i rmar y ex-

tend er su infame d ominación (12) .

( 1 2 ) H u b o n e c e s i d a d d e q u e la s c i r c u n s t a n c i a s p o l í t i c a s

de l a l l eg a da d e l R ey, en e l a ño de 1 814, fu esen b ien a r-

d u a s , p a r a o b l i g a r á s u p r u d e n c i a á c o n s e r v a r u n a s ó r d e n e s

q u e t i e n e n , á l a p r i m e r a v i s t a , e l e f e c t o d e r e c o r d a r h o n o r í -

f i c a m e n t e e l r e i n a d o d e l u s u r p a d o r , y a t r a e r n u e s t r o a p r e c i o

h a c i a l o q u e c i e r t a m e n t e p o d í a m o s l l a m a r e n t o n c e s l a s m i -

ta s de su t i ra nía y l a piedra angular d e su r e s t a b l e c i m i e n t o .

C u a n d o e l u s u r p a d a r v o l v i ó ¿ n o v o l v i ó á h a l l a r s e e f e c t i v a -

m e n t e e l honor d e l o s m á s d e s u s c o n d e c o r a d o s e n t o d o s u

a r d o r , a u n a q u e l á q u e é l h a b í a d a d o p r e m i o s ? y c u a n d o f u é

r e s t i t u i d o u n a s e g u n d a v e z e l m o n a r c a á n u e s t r o s d e s e o s

¿ h a b í a n c a m b i a d o s i n c e r a m e n t e e l honor de l s i s tem a de l a

u s u r p a c i ó n p o r e l d e la v e r d a d e r a m o n a r q u í a , a q u e l l o s c a -

b a l l e r o s d e l a g r a n b a n d a q u e , i n t é r p r e t e s d e l a s v o l u n t a -

d e s de c a s i t o d o s s u s l e g i o n a r i o s , p r o p u s i e r o n á n u e s t r o s

p r í n c i p e s l e g í t i m o s e l e n a r b o l a r l o s c o l o r e s d e l a r e b e l i ó n

y t o m a r e n a l g ú n m o d o l a c a p e r u z a d e E s t e b a n M a r c e l ?

M i á n i m o s e r e s i s t e á c o m p r e n d e r q u e e l honor d e l o s t i e m -

p o s d e l a u s u r p a c i ó n p u e d a s e r e l d e l a m o n a r q u í a l e g í t i m a ,

a u n c u a n d o o i g o c o n i n d u l g e n c i a e l s o f i s m a q u e h a c e u n a

i n s i d i o s a a b s t r a c c i ó n d e e l l a , p a r a r e f e r i r ú n i c a m e n t e á l a

P a t r i a l o s s e r v i c i o s q u e p r o p o r c i o n a r o n e s t a s h o n o r í f i c a s

d i s t i n c i o n e s , c o m o s i l a f e l i c i d a d y a u n e x i s t e n c i a d e l a P a -

t r i a n o e s t u v i e r a n e n l a m o n a r q u í a l e g í t im a . H a b r é t e n i d o

r a z ó n , s i s e h a l l a l a c o n d e c o r a c i ó n d e l honor d e N a p o l e ó n

e n t o d a s l a s c o n j u r a c i o n e s c o n t r a el t r o n o , y h a s t a c o n t r a

l a P a t r i a . M a s d i c h o s o y li b r e e l E m p e r a d o r d e A u s t r i a a l

r e c u p e r a r p o r e l m i s m o t ie m p o s u s d o m i n i o s d e I t a l i a , s e



Sin embargo, v imos á los mismos seid es d el t i ra-

no i r d e los primeros hasta d os vece s á mald ecir le

al red ed or d el trono d e San Lu is , restau rad o para el

consu elo d e los d esgra ciad os qu e el los mismo s ha-

bían hecho; constantes en el est i lo su yo d e atr ibu ir

al vencid o los male s con qu e el los habían qu erid o

proporcionar su tr iu nfo , bend icen con más estrépi to

qu e nosotros, aqu el la potestad benéfica qu e el los

m i s m o s h a b í a n m a l d e c i d o y d e s e c h a d o h a s t a e n -

t o n c e s . ¡ V é a s e c ó m o , h á b i l e s e n a p r o v e c h a r s e d e

los acasos d e la inconstante fortu na, van á tratar d e

captar la confianza d el verd ad ero monarca, d espu és

d e haber tenid o tod a la d el u su rpad or Per o ¿esta-

r ía más segu ro y mejor af i rmad o el trono d e u n

Príncipe, ob jeto d e nu estros d eseos, au n cu and o él

a c e l e r ó á m u d a r e n t e r a m e n t e l a s i n s i g n i a s d e l a o t r a o r d e n ,

q u e e l m i s m o u s u r p a d o r h a b í a c r e a d o a l l í . N o c o n s e r v ó e n

e l l a su f o r m a n i c i n t a . E l R e y d e N á p o l e s a c a b a d e m u d a r

t a m b i é n e n t e r a m e n t e l a s ó r d e n e s q u e h a b í a c r e a d o e l u s u r -

p a d o r J o a q u í n . P a r a l a s e x c e s i v a s r e f l e x i o n e s á q u e e s t a

m a t e r i a p o d r í a d a r n o s o c a s i ó n , r e m i t i m o s á l a Vida de Gas-

par de Thavanes, p o r B r a n t h ó m e ; y e s p e c i a l m e n t e a l c a p í -

t u l o d e M o n t a i g n e , sobre las recompensas de honor ( E n s a y o s ,

1 y II , ca p. /) , en que ha bl a de l pronto descrédi to en que,

p o r u n a d i s t r i b u c i ó n m u y c i e g a m e n t e c o p i o s a , c a y ó l a Es-

trella d e l b u e n R e y J u a n , p o r m á s r e s p e t a b l e q u e e l l a e r a á

c a u s a d e s u o r i g e n . « U n i c a m e n t e l o s c o m a n d a n t e s d e l a

r o n d a d e P a r í s q u i s i e r o n t r a e r l a y a . » E s p e r e m o s q u e p o r

ú l t i m o l a o r d e n d e l a v e r d a d e r a fidelidad v e n g a á s e p a r a r l a

z i z a ñ a d e l v e r d a d e r o g r a n o .

tu viera por su bstentácu los á varios agentes d e revo-

lu ciones. y por consejeros á algu nos ambiciosos ex-

pertos en el arte d e los perju rios? ( 13 ) Qu iera la

( 1 3 ) C r e o c o n g u s t o en l a s i n c e r i d a d d e l a s c o n v e r s i o -

n e s r e p e n t i n a s en a l g u n o s c u l p a b l e s c o m u n e s , c u a n d o e n

e l l o n o s e v e m o t i v o n i n g u n o d e i n t e r é s q u e p u e d a h a c e r l a s

s o s p e c h o s a s ; p e r o c u a n d o e l l a s p a r e c e n a c a e c e r e n a q u e l l o s

h o m b r e s h a b i t u a d o s á l o s m a n e j o s , a g u e r r i d o s e n l o s p e r -

jurios , y que de esto se forma n un t í tul o pa ra a l za rse con

a l g u n a s p l a z a s l u c r a t i v a s , e s m u y l í c it o d u d a r d e q u e s e a n

e n g e n e r a l b a s t a n t e v e r d a d e r a s , b a s t a n t e s ó l i d a s , p a r a m e -

r e c e r u n a e n t e r a c o n f i a n z a . N o p o d e m o s d e c i r q u e l a s h a y a

p r o d u c i d o e l r e m o r d i m i e n t o , p o r q u e e x c l u y e n d o é s t e t o d a

p r e t e n s i ó n a m b i c i o s a , r e d u c e á a q u e l á q u i e n é l m a r t i r i z a

a l r e t i r o d e l a h u m i l d e i n d i g n i d a d . ¿ T e n d r í a n e s t a s r a r a s

c o n v e r s i o n e s p o r c a u s a a q u e l a u g u s t o e m b e l e s o d e l a l e g i -

t i m i d a d d e l t r o n o , q u e m a n t u v o á l o s v e r d a d e r o s r e a l i s t a s

en su inva ria b l e f ide l ida d? Per o ¿es este a ge nte mora l b ien

p o d e r o s o s o b r e s e m e j a n t e s c a l u m n i a d o r e s r e v o l u c i o n a r i o s ,

q u e n u n c a f u e r o n s e n s i b l e s m á s q u e á l o s g o c e s m a t e r i a l e s ,

y p a r a q u i e n e s l a p o s e s i ó n d e l o s b i e n e s f í s i c o s d e c u a l q u i e -

r a p a r t e q u e p r o v i n i e r a n , f u é s i e m p r e e l m á s e s t i m a d o t í t u -

l o ? C u a n d o e l P r í n c i p e s e v e i n s t a d o p a r a a c o r d a r s u c o n -

f ia nz a á s e m e j a n t e s h o m b r e s , d e b e l u c h a r p o d e r o s a m e n t e

c o n t r a l a c o n s i d e r a c i ó n s i g u i e n t e , q u e n o p u e d e m e n o s d e

p r e s e n t á r s e l e e n e l á n i m o : « ó e s t o s h o m b r e s s o n c a p a c e s

d e g e n e r o s a s i d e a s , d e a p e g o y r e c o n o c i m i e n t o ; ó n o l o

s o n . E n e s t e p o s t r e r c a s o , n o s e r í a n m á s q u e m a l o s c o r a -

z o n e s y m o n s t r u o s , q u e y a d e b e r í a d e s e c h a r d e m í c o n i n -

d i g n a c i ó n . E n e l p r i m e r o , su p r i n c i p a l g r a t i t u d d e b e d i ri -

g i r s e , c o m o á s u c e n t r o , h a c i a e l u s u r p a d o r ó l a r e v o l u c i ó n ,

s u p u e s t o q u e , s i n e l la ó é l , h u b i e r a n p e r m a n e c i d o e n l a o b s -

c u r i d a d ó m e d i a n í a d e s u p r i m e r a c o n d i c i ó n . F u e r o n r e a l -

m e n t e d e u d o r e s á N a p o l e ó n ó l a r e v o l u c i ó n d e s u e l e v a c i ó n

á l o s e m i n e n t e s p u e s t o s e n q u e s e q u i e r e l o s m a n t e n g a y o .

— 7



P r o v i d e n c i a q u e sean alejados de él , y si no lo fue-

ran, las gentes honrad as qu e v ieran entonces el ho-

nor y moral tan cru elmente u l trajad os con este ú l -

t imo tr iu nfo d e los mismos proteos á q u i e n e s s o m o s

d eu d ores d e tantos d esastres , y d esastre s ta n noví-

s imos tod avía, sentirían haberse l ibrad o d e su s he-

catonfonias , y nc invocarían ya más qu e l a p a z d e

los sepu lcros. Los pu eblos, finalmente, á quie nes el

espectácu lo d el triunfo perseverante d el cr imen, ba-

jo la protección misma d e la leg i t imid ad , h ic iera

perd er infal ib lemente la s escasas rel iqu ias d e pro-

bid ad , rect i tu d y religión qu e les qu ed an, conclu i-

rían de el la con mucha ju st ic ia , qu e el no tenerlas

es más útil y glorioso ahora e n F r a n c i a (14).

A p e g a d o s b i e n s e g u r a m e n t e á l a s p l a z a s , c o n e s p e c i a l i d a d

l os que , pa ra tenerl a s , se pa sa ron en el 20 de M a r z o al p a r -

t i d o d e l u s u r p a d o r , y s e v u e l v e n á m i r e g r e s o p a r a l o g r a r -

l a s de mi ¿sería n má s f iel es á mi ca us a q ue l o fueron va ?

c L o s e n a n m á s á

m í m i s m o q u e l o s o n á s u b i e n h e c h o r pri -

m i t i v o , s i l l e g a n d o o t r o u s u r p a d o r á s u p l a n t a r m e , l e s diera

e s p e r a n z a s d e a l g u n a s p l a z a s ? »

< 1 4 ) « D e s d e q u e u n a v i r t u d , d e c í a F i l o c l e s , n o s e e s t r e -

mece a l a specto de l vic io , está ma ncha da con é l , v u n a v i r -

tud s in móvi l es una virtud s in princ ipios .» (Maje de Ana

carsts, t o m o V I , p á g . 4 7 0 ) . — « L a i n d u l g e n c i a p a r a e l v i c i o ,

se dice en l a misma obra , es una conjura c ión contra l a vi r-

tud» H o m o I , p á g . 3 5 1 ) . - U n o d e n u e s t r o s e s c r i t o r e s re -

v o l u c i o n a r i o s , i n s t r u id o p o r l a e x p e r i e n c i a , e x c l a m a b a e n

u n a r r e b a t o d e p r o b i d a d : « ¡ G r a n d e é i m p o r t a n t e l e c c i ó n

N o e s m e n e s t e r a j u s t a r s e c o n e l c r i m e n , p u e s é l n o s ca st i -

g a d e n o c a s t i g a r l e » ( H e n . R i o u f f e , O r a c . f u n . d e L u v . )

i Ah s i fu era verd ad , com o se d i jo mu y l igera -

mente, qu e Maqu iavelo no hu biera aconsejad o más

qu e la d oblez , p erf id ia y traic ión, c ier tam ente los

hombres d e qu e tratamos ser ían mu cho más hábi les

en la práct ica d e u na semejante d octr ina, qu e aqu el

Napoleón al qu e el los mismos echan en cara la eje-

cu ción d e cu anto el Libro del Príncipe pu ed e refe-

r ir en esta especie, y tend rían motivo para g lor iarse

d e el lo , su pu esto qu e tr iu nfarían sobre las ru inas d el

trono bienhechor, aparentand o mald ecir le.

§ III

Abuso que Napoleón hizo de lo que Maquiavelo había dicho para los

príncipes nuevos; su menosprecio de los preceptos con que este

autor quería hacerlos buenos.--Error de los que sostienen que él

propuso á César Borgia, solo y en todo, por modelo á todos los Po-

tentados.

C o n v e n d r e m o s e n q u e M a q u i a v e l o , a l c o n t e m -

plar los d iversos principad os nu evos d e Ital ia en su

tiempo, expu so lo qu e los hombres qu e habían con-

segu id o poseerlos , h ic ieron, para la segu rid ad d e su

reinad o, como hemos v isto á Napoleón l l egar á su

sobera nía; pero no pu ed e negarse qu e él d i jo ta m -

bién como aqu el los , cu yo reinad o se hal laba leg i t i -

ma d o por el u nánim e vo to d e los pu eblos, ó anti -

gu os d erechos reconocid os, se habían conci l iad o el

amo r d e su s sú bd itos y el aprecio d e las naciones



P r o v i d e n c i a q u e sean alejados de él , y si no lo fue-

ran, las gentes honrad as qu e v ieran entonces el ho-

nor y moral tan cru elmente u l trajad os con este ú l -

t imo tr iu nfo d e los mismos proteos á q u i e n e s s o m o s

d eu d ores d e tantos d esastres , y d esastre s ta n noví-

s imos tod avía, sentirían haberse l ibrad o d e su s he-

catonfonias , y nc invocarían ya más qu e l a p a z d e

los sepu lcros. Los pu eblos, finalmente, á quie nes el

espectácu lo d el triunfo perseverante d el cr imen, ba-

jo la protección misma d e la leg i t imid ad , h ic iera

perd er infal ib lemente la s escasas rel iqu ias d e pro-

bid ad , rect i tu d y religión qu e les qu ed an, conclu i-

rían de el la con mucha ju st ic ia , qu e el no tenerlas

es más útil y glorioso ahora e n F r a n c i a (14).

A p e g a d o s b i e n s e g u r a m e n t e á l a s p l a z a s , c o n e s p e c i a l i d a d

l os que , pa ra tenerl a s , se pa sa ron en el 20 de M a r z o al p a r -

t i d o d e l u s u r p a d o r , y s e v u e l v e n á m i r e g r e s o p a r a l o g r a r -

l a s de mi ¿sería n má s f iel es á mi ca us a q ue l o fueron va ?

c L o s e n a n m á s á

m í m i s m o q u e l o s o n á s u b i e n h e c h o r pri -

m i t i v o , s i l l e g a n d o o t r o u s u r p a d o r á s u p l a n t a r m e , l e s diera

e s p e r a n z a s d e a l g u n a s p l a z a s ? »

< 1 4 ) « D e s d e q u e u n a v i r t u d , d e c í a F i l o c l e s , n o s e e s t r e -

mece a l a specto de l vic io , está ma ncha da con é l , v u n a v i r -

tud s in móvi l es una virtud s in princ ipios .» (Viaje de Ana

carsn, t o m o V I , p á g . 4 7 0 ) . — « L a i n d u l g e n c i a p a r a e l v i c i o ,

se dice en l a misma obra , es una conjura c ión contra l a vi r-

tud» U o m o I, p á g . 3 5 1 ) . - U n o d e n u e s t r o s e s c r i t o r e s re -

v o l u c i o n a r i o s , i n s t r u id o p o r l a e x p e r i e n c i a , e x c l a m a b a e n

u n a r r e b a t o d e p r o b i d a d : « ¡ G r a n d e é i m p o r t a n t e l e c c i ó n

N o e s m e n e s t e r a j u s t a r s e c o n e l c r i m e n , p u e s é l n o s ca st i -

g a d e n o c a s t i g a r l e » ( H e n . R i o u f f e , O r a c . f u n . d e L u v . )

S O B R E M A Q U I A V E L O

51

¡ Ah s i fu era verd ad , com o se d i jo mu y l igera -

mente, qu e Maqu iavelo no hu biera aconsejad o más

qu e la d oblez , p erf id ia y traic ión, c ier tam ente los

hombres d e qu e tratamos ser ían mu cho más hábi les

en la práct ica d e u na semejante d octr ina, qu e aqu el

Napoleón al qu e el los mismos echan en cara la eje-

cu ción d e cu anto el Libro del Príncipe pu ed e refe-

r ir en esta especie, y tend rían motivo para g lor iarse

d e el lo , su pu esto qu e tr iu nfarían sobre las ru inas d el

trono bienhechor, aparentand o mald ecir le.

§ III

Abuso que Napoleón hizo de lo que Maquiavelo había dicho para los

príncipes nuevos; su menosprecio de los preceptos con que este

autor quería hacerlos buenos.--Error de los que sostienen que él

propuso á César Borgia, solo y en todo, por modelo á todos los Po-

tentados.

C o n v e n d r e m o s e n q u e M a q u i a v e l o , a l c o n t e m -

plar los d iversos principad os nu evos d e Ital ia en su

tiempo, expu so lo qu e los hombres qu e habían con-

segu id o poseerlos , h ic ieron, para la segu rid ad d e su

reinad o, como hemos v isto á Napoleón l l egar á su

sobera nía; pero no pu ed e negarse qu e él d i jo ta m -

bién como aqu el los , cu yo reinad o se hal laba leg i t i -

ma d o por el u nánim e vo to d e los pu eblos, ó anti -

gu os d erechos reconocid os, se habían conci l iad o el

amo r d e su s sú bd itos y el aprecio d e las naciones



vecinas. S in d u d a tamb ién fu nd ó Napo león, sobre

algu nos ejem plos presen tad os por Maq u iavelo , aqu el

atrevid o s istem a segú n el cu al asomb ró y oprimió

él s imu l táne ame nte á los pu eblos; pero d ebió ver

igu almente en el mismo au tor varias reg las d e con-

d u cta, por cu yo med io otros príncipes nu evos resta-

blecieron el ord en en d ond e reinaba la confu sión, é

hic ieron tan fel ices como su misos á su s gobernad os.

Seríamos inju stos en no confesar qu e él tentó al -

gu nos d e los med ios d ecorosos pract icad os por estos

príncipes, y qu e s i no tu vo tanto acierto como el los ,

d e p e n d e d e q u e p r e s c i n d i e n d o d e l o s m i s m o s o b s -

tácu los qu e los mismos su peraron, y d e los lazos

qu e su d esco mu n al ambición le arma ba, tu vo real -

mente en el cu rso d e su d ominación d i f icu l tad es más

grav es y nu me rosas qu e aqu e l los príncipes. No sé

si é l había d omad o , tan b ien com o los ú l t imas, la

anarqu ía d emocrática; pero sé qu e no tu vieron co-

mo Napoleón aqu el contrapeso d e la opinión pú bl i -

ca en favor d e la famil ia d estronad a, existente s iem-

pre y revest id a s iempre con la est imación d e los

d e m á s p o t e n t a d o s , i g u a l m e n t e q u e c o n l o s a f e c t u o -

sos recu erd os d e u na gran parte d e la F ran cia. En

bald e, para atemperar la fu erza atract iva d e este

contrapes o, atr ajo él á su part id o, con el incent ivo

á qu e la cod ic ia no se resiste casi , á mu ch os priv i -

leg iad os d e la antigu a d inastía, como había atraíd o

S O B R E M A Q U I A V ' K L O

á casi tod os los cori feos d e la d emo cracia. La d e -

serción d e estos v i les real istas no au m enta ba casi

en nad a la fu erza moral d el u su rpad or, porqu e esta

d eserción misma les había d esp ojad o d e su con si-

d eración en el concepto d e la más sana parte d e la

hran cia; y la prepond e rancia qu e en el la tenía la

cau sa d e los Borb one s no había perd id o na d a con

esto , á cau sa d e qu e semejante prepond erancia con-

sist ía menos en el nú mero d e su s part id arios qu e en

la cantid ad esencialmente inal terable d e honor con

qu e estos le habían abraza d o. Est as infam ante s d e-

serciones se com pen saba n por otra p arte to d os los

d ías con la incl inación progresiva qu e el d isgu sto ,

s iempre en au me nto, d e la t i ranía d e Napoleó n in-

fu nd ía en los ind i ferentes , y a u n en algu nos an ti -

gu os part id arios d e la revolu ción, para con la au to-

r id ad d u lce y paternal qu e el la había proscripto .

El Du qu e d e V alentinois , C ésar Borg ia, fu é en-

tre tod os los príncipes nu evos c i tad os por M aq u ia -

velo , aqu el á cu ya imitación se d ed icó Napoleón

má s; y es necesario confes ar qu e Ma qu iavelo , por

qu ien su cond u cta se d esencerró , por más execrable

qu e era este Príncipe en conc epto su yo, la m iraba

sin emba rgo, en gran parte, tan hábi l com o nece-

saria en la situación á que le había reducido la am-

bición d e su pad re el Pap a Alejan d ro V I. Pe ro

¿aprobaba nu estro au tor los med ios reprensib les d e



su u su rpación ? C ier tam ente qu e no; porqu e les d a ba

e l n o m b r e d e h o r r e n da s a c c i o n e s y m a l d a d e s a b o -

minables . U nic ame nte atend ie nd o á las c ircu nstan-

cias en qu e á continu ación se hal ló C ésar Borg ia, y

prescind ien d o d e la prece d ente u su rpación, cond e-

nad a ya por M aqu iavelo , miraba éste las más d e

su s accione s pol í t icas com o mu y cond u cen tes para

la conservación d e su principad o. En aqu el los t iem-

pos en qu e «se vert ía más sangre fu era d e los com-

bate s qu e en las batal las , y en qu e no se hacía la

gu erra realmente mas qu e en los campos d e la paz ,

com o lo nota él mismo, era meneste r , d ice, para

sostenerse contra u nos enem igos cu y as más terr i

b les armas eran la astu cia y perf id ia, hacer u so d e

las qu e el los manejaban con tanto benefic io , porqu e

la fu erza so la hu biera s id o más perju d ic ial qu e pro-

vech osa.» Y á esto só lo se red u ce tod o su elog io d e

C é s a r B o r g i a .

Es te Príncipe , en efecto , tenía qu e l id iar con

u nos hombres qu e no eran menos malvad os qu e él ,

en cu y o caso, su d esm esu ra d a ambición , qu e no se

trata ya aqu í d e examinar en el acto d e su u su rpa-

ción, no pod ía lograr segu rid ad ningu na más qu e

val iénd ose d e las mismas armas qu e el los , y s i no

los hu biera sobre pu jad o en esto , hu biera q u ed a d o

vencid o. Así , pu es, se expresan con mala fe , cu an-

do dicen «que él prefería la traición á cualquier otro

med io d e tener acierto» (15 ) . La hay mu cho más

mala en d ecir , como lo h izo u n biógrafo acred itad o,

qu e «C ésa r Borg ia es el mod elo por el qu e Maqu ia-

velo qu iere qu e se formen tod os los poten tad os» (16) .

En cu anto al mod o con qu e este Príncipe se cond u -

jo en ord en á su s pu eblos, se trata ú nicam ente d e

juzgar, p or sus efec tos, si no era él en política el

mejor d e qu e le fu era p osib le h acer u so entonces,

c o m o lo creyó Maqu iavelo ( 17) .

Pero ¿es , pu es, verd ad qu e por esto le haya apro-

b a d o él en tod o como á estad ista, y qu e le hay a

transform ad o en mod elo su yo por excelencia para

tod as las c ircu nsta ncias? Segu ram ente qu e no; por-

qu e le verem os ahora mismo vi tu perar con seve ri -

( 1 5 ) "Dicción. hist. d e C a é n y L e ó n : a r t í c u l o Maquiavelo.

( 1 6 ) V é a s e el Dicción, hist. d e C a é n y L e ó n , co n c u y o

p a r e c e r s e c o n f o r m ó c i e g a m e n t e e l g e n o v é s S i s m o n d e - S i s -

mondi en e l a r t í c u l o César Borgia, que é l sum inistr ó a l to-

m o V de la Biografía universal, P a r í s , 1 8 1 2 . « M a q u i a v e l o ,

se dice a l l í , tomó, en su Libro del Príncipe, á C é s a r B o r g i a

p o r m o d e l o , y n o p o d í a e f e c t i v a m e n t e e s c o g e r á un h é r o e

q u e i n f u n d i e s e m á s h o r r o r . »

( 1 7 ) E l f i lá ntropo G uira ude t con fesó en e l discu rso pre-

l i m i n a r d e s u t r a d u c c i ó n [ p á g . 8 6 ] , q u e « l u e g o q u e C é s a r

B o r g i a h u b o v e n c i d o á l o s p e q u e ñ o s t i r a n o s d e la R o m a n a ,

l e miró é s t a c o m o á u n l i b e r t a d o r . » — « E s t a n t a v e r d a d , a ñ a-

de en la p á g i n a s i g u i e n t e , q u e l a R o m a ñ a r e s p i r a b a en t i e m -

po de C é s a r B o r g i a , q u e l u e g o q u e é l h u b o p e r d i d o á su

p a d r e y l a p o t e s t a d , y v . i s t o s e a b a n d o n a d o d e t o d o s , e s t a

m i s m a R o m a ñ a l e per ma neci ó f ie l .»



d a d mu chas acciones su yas; y estaba b ien r e m o t o

d e profesarle, au n bajo u n asp ecto pol í t ico, aqu el

aprecio d e id olatr ía qu e Montesqu ieu le su pu so d i -

c i e n d o : « M a q u i a v e l o e s t a b a l l e n o d e su ídolo, el

D u q u e d e V alen tinois» ( 18 ) . Mu c ho má s; y hé aqu í

lo qu e su s d etractores no qu is ieron d ecir , porqu e es

un o d e los test imonios más evid entes de su probi-

d ad . había cog id o horror al genio y cond u cta de es -

te D u q u e y p a d r e su yo. Pu e d e verse la d e m o s t r a -

ción franca y s incera d e el lo , manifestad a p or él

mismo en su s cartas á los magníf icos señores d e la

R e p ú b l i c a F l o r e n t i n a , m i e n t r a s q u e é l e r a e m b a j a -

do r su yo cerca d e la corte romana, en el año de

r

5

0

3 ( ' 9 ) ; c o m o t a m b i é n e n s u p o e m a d e lo s De -

cennali (20).

[ 1 8 ] Espíritu de las leyes, l i b . X X I X , c a p . X I X , de los

Legisladores.

[10] V éa nse , entr e otr a s , l a s ca rt a s de l os día s 2 6 v 2 8

d e N o v i e m b r e d e l a ñ o d e 1 5 0 3 .

[20] Ha cia el fin de su Decennale primo, ó re l a c ión a na -

l í t ica de l o que ha bía pa sa d o en Ita l ia du ra nte diez a ños,

s e h a l l a n c o n t r a A l e j a n d r o V I v s u h i j o , l a s t e r r i b l e s e s t a n -

c i a s s i g u i e n t e s , c u y a t r a d u c c i ó n d a r e m o s :

¿Malo Valenza, é per a ver riposo

Portato su fra l'anime beate

Lo spirito di Alessandro glorioso,

T>el qual seguirò le sante pedate

Tre sue fam iliari e care ancelle

Lussuria, simonia y crudeltate.

S u p u e s t o q u e e s t a m o s e n l a s a c u s a c i o n e s h e c h a s

contra el Libro del Príncipe, d e s p u é s d e h a b e r r e -

d u cid o á su ju sto valor la qu e tu vo á C ésar Borg ia

Poi che íAlessandro fu dal cielo ucciso,

Lo stato del suo Thica di Valen^a,

In molte partí fu rotto é diviso.

Giulio sol lo nutrì

d-is

peme assay;

E quel Duca in altrui trov ar cred ette

Qiiella pietà, che non connobe may

E 'Borgia si fuggi per vie coperte;

E benche é fosse da Gon^alvo visto

Con lieto volto, li pose la soma

Che meritava un ribellante á Cristo;

E per far ben tanta superbia doma,

In ¡spagna mando legato è vinto.

« E l D u q u e d e V a l e n c i a e s t a b a e n f e r m o c u a n d o e l a l m a

d e A l e j a n d r o , á q u i e n l a l u j u r i a , s i m o n í a y a v a r i c i a , í n t i m a s

y q u e r i d a s c o m p a ñ e r a s s u y a s , h a b í a n s e g u i d o s i e m p r e l os

p a s o s , e r a c o n d u c i d a á l a c l a s e d e l o s e s p í r i t u s b i e n a v e n t u -

r a d o s p a r a q u e e l l a e m p e z a s e á g o z a r d e a l g ú n r e p o s o .

« P e r o d e s p u é s q u e A l e j a n d r o f u é c o n d e n a d o á m u e r t e

p o r e l C i e l o m i s m o , e l E s t a d o de s u D u q u e d e V a l e n c i a - se

d e s o r d e n ó y d i v i d i ó e n m u c h a s p a r t e s .

«Sól o e l Pa pa Jul io l e e n t r e t u v o a b u n d a n t e m e n t e co n li-

s o n g e r a s e s p e r a n z a s y e l D u q u e c r e y ó h a l l a r en otro l a c o m -

p a s i ó n q u e é l m i s m o n o h a b í a c o n o c i d o n u n c a .

« Y B o r g i a r e c u r r i ó e n t o n c e s á a l g u n a s v í a s s e c r e t a s pa ra

e v i t a r s u r u i n a , p e r o G o n z a l o , a l m i s m o t i e m p o de a c o g e r l e

c o n a f a b i l i d a d , l e i m p u s o l a p e n a q u e m e r e c í a a q u e l h o m -

b r e r e b e l a d o c o n t r a e l C r i s t o ; y p a r a s u j e t a r b ien s u e x t r e -

m a d a s o b e r b i a , l e c a r g ó d e c a d e n a s y m a n d ó c o n d u c i r l e así

á E s p a ñ a , a t a d o c o m o un r e b e l d e v e n c i d o . »



por pretexto , veam os ind ivid u a lmen te s i l as otras

van mejor fu nd ad as

Se red u cen el las á tres capítu los: «10 Maqu ia-

velo enseñó á los hom bres el arte d e eng aña r; 20

d ió al Mu nd o lecciones d e asesinat o y en ven en a-

mie nto ; 30 no quería de ber na da á la "religión, aun

la proscribía, y ni siquiera creía en Dios.»

C o m o estas acu saciones se hal lan en algu n os l i -

bros franceses, compu estos, por consigu iente, para

u na nación á qu e es casi totalm ente ajena la an ti -

gu a lengu a d e Maqu iavelo , s i fu eran calu m niosas,

sería precis o concluir de el lo, que los que las hi cie -

ron no habían sabid o leer la, ó qu e s i , cap aces d e

leer la b ien, la hu bieran compre nd id o bien, habrían

qu erid o abu sar d e la imposibi l id ad en qu e los l ecto-

res se hal laban d e reconocer la fal sed a d d e estas

acu saciones.

§ IV

Biea verdad, t.9 que Maquiavelo haya enseñado, generalmente ha-

S bom

l'

res c l art e

<¡e engañar; y

2

. c que haya dado al

Mundo lecciones de asesinato y envenenamiento.

Es necesario confesar qu e el Libro del Príncipe

presentaba, en algu nos pasajes , á los qu e qu is ieran

hacer ostentación d e v irtu d , ex celente s ocasio nes

para pre gona r bellas teorí as de moral y fi losofía;

pero el fat igarse en probar qu e el las se hal lan ofen-

d id as al l í á veces , era en el fond o u n trabajo b ien

en bald e. Este l ibro no es u n tratad o d est ina d o á

hacer qu e los s imples part icu lares qu e le l ean, sean

d iferentes d e lo qu e el v ic io los hace; s ino u n trata-

d o d e pol í t ica, obl igad o á tomarlos tales como el los

son. y en el qu e convenía no d esentend erse d e qu e

son malos, su p u esto qu e u n plan d e ord en social

qu e los su pu siera bu enos, no tend ría má s qu e u na

base qu imérica.

He m os v isto ya qu e el au tor hu biera d ese chad o

ciertas máximas su yas, y aconsejad o á los príncipes

la más íntegra é invariable v irtu d ú nicamente, s i los

hom bres fu eran en general bu enos y v irtu osos, es

decir, inclinad os á la justicia, á la mo derac ión, al

amor d el ord en, al d esinterés , á la obed iencia y ab-

negación d e las volu n tad e s y miras d e sord e nad a s

d el interés personal . Pero la cosa su ced e d e m u y

d iferen te mod o, por má s qu e hayan d icho los f i ló-

sofos d el s ig lo pasad o, á los qu e importaba tanto el

d istraer á los príncipes con u na falaz confianza á la

oril la del precipicio que se aho nda ba al pie de los

tronos.

Ahora b ien ¿era, pu es, en el fond o enseñar á los

príncipe s el arte d e engaña r, e l asegu rarlos contra

los exped ientes d e qu e hace u so d iar iamente la in-

d u str iosa perversid ad hu mana contra el los? Sé con



tod o el Mu nd o, d ecía Maqu iavelo al comenzar aqu el

capítu lo X V III , contra el qu e su blevaron tanto á las

personas t imoratas d el vu lgo, como si estu viera com-

pu esto para el las , sé qu e no habría nad a d e más loa-

ble en u n Príncip e qu e el man tene r su fe, ob rar

siemp re como hom bre ín tegro y d esech ar lejos d e

si tod a astu cia» (21) . Pero ¿d e qu é servirá, rep í to-

o , la ingenu id ad d e estas v irtu d es enteramente so-

as , en u n Príncipe cercad o d e gobernad os acostu m-

brad os á formarse d e su s promesas y c lemencia otras

t a n t a s a r m a s f u n e s t a s c o n t r a é l ? ¿ N o t e n e m o s t o-

d avía á la v ista la pru e ba sob resal ien te d e qu e la

C ánd id a bu ena fe, l a probid ad franca y l eal , l a con-

f iad a bond ad d e u n Monarca cu yos más pod erosos

sú bd itos son malos y pérf id os, no t ienen por resu l -

tad o más qu e su d esgracia y los d esastres d e su

reino

?

R e p a r e m o s , p u e s , b i e n e n q u e M a q u i a v e l o n o

aconsejaba á los príncipes el art i f ic io y astu cia más

qu e pa ra con seme jant es malvad os, y no para con los

h o m b r e s h o n r a d o s . H a b í a y a m a l a f e e n s u p o n e r l o

contrario , y la hay mayor tod avía en qu erer persu a-

d ir , con la astu ta general id ad d e los términos d e la

acu sación, qu e este au tor d aba el mismo consejo á

todos l o s h o m b r e s de cualquiera especie en el trato

( 2 1 ) Libro del Principe,

c a

p . X V I I I .

d e gentes . Lo s acu sad or es aparen taron no echar d e

v e r q u e M a q u i a v e l o h a b l a b a á l o s e s t a d i s t a s s o l a -

mente, á qu ienes está reservad a exclu s ivam ente la

ciencia práct ica. ¡ C u á n p e n o s a m e n t e d i f e r e n t e s s o n

su s i tu ación y obl igacion es d e la d e los sú bd itos en-

tre s í Est os d eberían no tu rbar el ord en social ; pe-

ro su s pasiones los impe len á el lo con su m a ind u s-

tr ia , con su ma ef icacia; y el qu e gobierna d ebe va-

lerse d e tod o para d esconcertar y contener aqu el las

pasiones mu y d iestras y pod erosas con qu e se arru i-

naría el ord en social qu e él d ebe manten er. L a mo-

ral , cu yo f in es hacer mejores á los hombres, no se

encamina hacia él más qu e ind irecta y d ébi lmente,

10, en cuanto el la no se dirige más que á los indivi-

d u os, y , 20, en cu anto no t iene ef icacia más qu e so-

bre u n cort ís imo nú mero: y en el hecho su s med ios

perm anece n insu fic ientes sobre la total id ad . Ne ce -

si ta d e otros m ás amp l ios y v igoros os el Pr íncipe

qu e intenta cond u cir la b ien; y cu antos le son ind is-

pensables para el d esempeño d e la especial obl iga-

ción qu e él t iene d e conserva r el ord en pú bl ico , y

asegu rar á su s pu eblos el sosiego en el cu al só lo

pueden gustar de la fel icidad de la vida civjl , le son

l íc i tos . No tem os bien qu e ú nicam ente sobre esta

máxima va fu nd ad a la d ispensa qu e él t iene d el

precepto qu e prohibe, s in excepción, el cau sar la

mu erte á ningu n o; y no sentaríamo s na d a qu e no



hubies en ens eñado ya los más pr ofundos es tadis tas ,

s i nos otr os mis mos di jér am os qu e es tas ó aquel las

pr endas mor ales , c ons tantemente nec es ar ias en un

s imple par t ic ular , no s on s iempr e buenas pr endas

polít icas en un soberano; v que lo que se miraría

con ra zón com o un vicio en un particular, no es

s iempr e uno en e l Monar c a , a tendiend o a l c uer po

s oc ial que é l debe mantener y gober nar . «To do s

los vicios polít icos, dice Montesquieu, no son vicios

mor ales , n i todos los vic ios mor ales s on vic ios pol í-

t icos: cosa que no deben ignorar los príncipes, cuan-

do e jec utan a lgunos de aquel los ac tos de s ober anía

que ofenden e l es pír i tu gener a l» [22] . Co mo un

gent i lhombr e de aquel Fr anc is c o Mar ía de Médic is ,

hi jo de Cos me e l gr ande, que fué des pués gr an D u-

que de fos c ana, le r epr es entas e que tenía por poc o

c onfor me c on la jus t ic ia una c os a que é l le mandaba

hac er , no tuvo nec esidad e l Pr ínc ipe , par a jus t i f i -

c ar s e , más que d e aquel las pa labr as de E z e q u i e l :

El dixistis: 71 11 esl oequa vía Domini'. Audile cvgo,

domus Israel: num quid non magis viae vestroe pra-

vae suntt [ 2 3 ] . D i c i é n d o l e , pues : «Pr e tendeis que

las vías cjel señor no son justas, pero no son depr a-

vadas más bien las vues tr as ,» le hac ía c ompr ender

( 2 2 ) Espíritu de las leyes, l i b . X I X , c a p . I I .

( 2 3 ) E z e c h . , c a p . X V I I I , v . 2 5 .

S O B R E M A Q Ü I A V F . L O 6 3

bas tante que hay c o s a s que no parecen injustas á

los particulares, mas q u e á causa de que ellos no

c onoc en las r azones q u e obl igan a l Pr ínc ipe á que-

rerlas, y q ue no se v e r í a reducido á quererlas, s i

todos los hombr es f u e r a n buenos y virtuosos.

Cuantos c ons ejos d a Maquiavelo r ea lmente á los

pr ínc ipes , s e fundan s obr e una máxima que pr ofe-

s aba hac e medio s ig lo s olamente aquel Samuel Co-

c e y o á quien e l Fed er ic o , que quer ían hac er p as ar

por autor del Anti-Maquiavelo, c onf iaba al mis mo

t i e m p o el c uidado de c o m p o n e r el Código civil para

su s dominios [ 2 4 ] . E s t a m á x i m a e s q u e «l a polít i-

ca no se enc ar ga de indic ar lo que es justo, sino lo

q u e es út i l. Sup onie ndo e l la el der ec ho que e l Pr ín-

cipe t iene para obrar de tal ó cual modo, le mues-

tr a la s r azones de ut i l idad q ue le autorizan para

ello, y s egún las c uales debe examinar é l s i le c on-

viene usar de su dere cho , ó si le es más útil el no

hac er uso de él» [25] . Ah ora bien, si él t iene este

derecho para 1a utilidad de sus súbditos, le t iene

( 2 4 ) E l Código Federico, t r a d u c i d o a l f r a n c é s y p u b l i c a d o

en esta l e n g u a . Halle, a ñ o s d e 1 7 5 1 y 1 7 5 5 .

(25) Politica

11011

indicai quid justum sii, sed quod utile....

Politica supponit jure nos agere posse et utilitatis saltem ratio-

nes indigitat, juxta quas examinare debemus utrum nobis con-

veniat jure nostro uti, an vero magis utile sit jure nostro non

uti. [Systema novum justitke naturalis, sive Jura Dei in ho-

minum Ínter se. H a l l e , 1 7 4 8 , § 6 9 ] .



tambié n s in d u d a para su propia conserv ación. La s

razones con arreg lo á las cu ales ju zgam os sobre las

acciones d e los part icu lares , no son pu es apl icables

á las d e los príncipes. «D ebe mo s obed ecerle s , d e cía

C icerón; pero en lo qu e el los hacen con respecto á

nosotros ó para s í mismos, están obl igad o s á ob e-

d ecer á los t iempo s y c ircu nstanc ias» [26 ] . U n o

d e los ma yores ministros d el C on sejo d e En ri-

qu e IV , M. d e V i l leroi , conf esaba qu e los prínci-

pes qu e qu ieren gobernar b ien «gu stan más d e ofen-

d er su conciencia qu e su Estad o.» La pol í t ica, d e-

cía aqu el v irtu oso Mon ck, qu e se mostró tan hábi l

en esta c iencia, cu and o preparó, tanto con su s art i -

f ic ios com o con el ascend ie nte d e su integr id ad , la

restau ración d e C arlos II en el trono d e su pad re,

la pol í t ica t iene reg las su periores á la intel igencia

d el vu lgo. V arios profu nd os med itad ores, d esp u és

d e h a b e r c o n t e m p l a d o b i e n e n e l Libro del Prínci-

pe , d i jeron, con u na ju st ic ia conocid a d e tod os los

bu enos ingenios, qu e él no era más qu e el com en-

t a r i o s a b i a m e n t e f u n d a d o d e a q u e l l a m á x i m a d e

E u r í p i d e s q u e Ju l i o C é s a r t e n í a i n c e s a n t e m e n t e e n

la boca : «Si á vec es es l íc i to apar tarse d e la ju st i -

c i a , e s ú n i c a m e n t e c u a n d o n o p o d e m o s g o b e r n a r

( 2 6 ) ÜXos Principi servimus, ipse temporihus. (Epist. li-

b ro I X ) .

S O B R E M A Q U T A V E L O

bien permaneciend o invariablemente f ieles á el la:

en tod o lo d em ás, nos convien e ser ju stos , bu en os y

l lenos d e c lemencia» (27). Pero s i el Pr íncipe no es

nu nca m ás qu e esto , s i cree s iemp re d ir ig irse hacia

fines útiles para el cuer po social y para sí m ismo ,

no ejerciend o mas qu e actos d e d u lzu ra y c lemencia

c o n l o s m a l o s , e s p e r a n d o m u d a r f a l s a m e n t e s u c o -

razón, ofe nd e á los bu enos, qu ienes, c reye nd o ver á

los otros más favorecid os qu e á s í mismos, se vu el -

ven ind i ferentes con respecto á él ; y apo d erán d ose

los malos enton ces d e su d ébi l benign id ad , hal lan

con ello ma yores arbi tr ios para perd erle. L a ru ina

suya, con la del orden social , es el único fruto que

él saca d e su inal terable bond ad : y hé aqu í lo qu e

Maq u iavelo d ice también á los príncipes: ¡Qu ier a

Dios qu e el los se aprovechen d e esto

20 El cargo qu e hacen á nu estro au tor d e habe r

d ad o lecciones A las gentes de asesinato y envenena-

miento , encierra tantos errores com o palabras. Pri -

meramente no se mienta, au n históricamente, en

tod o su l ibro , ni s iqu iera u n solo emponzoñamiento;

es b ien patente qu e no se imaginó este pu nto d e

calu mnia contra él mas qu e por u n exceso no me-

nos d e od io qu e d e inju st ic ia , á f in d e hacerle abo-

( 2 7 ) Si violandum est just, regnandi causá violandum est;

in cazteris rebus pietatem colas.



rrecib le hasta el su premo grad o; su pu esto qu e es

cosa conforme con la natu raleza hu mana el aborre-

cer más tod avía el env enen am iento qu e el asesina-

to , d el cu al pod emos d efend ernos á lo menos, y qu e

su pone la cobard ía u nid a á la perversid ad .

S e ven, en verd ad , algu nos asesinatos en el Li -

bro del Príncipe , pero no se t iene razón en d ecir qu e

el los f igu ren al l í como consejos . S e m i e n t a n c o m o

hechos h istóricos, para apl icar el mod o con qu e al -

gu nos príncipes habían l l egad o á la soberanía, y

conservád ose en el la contra varios enemigos qu e hu -

bieran atentad o á su v id a. Pero el refer ir d iversa s

mald ad es con qu e u n u su rpad or ó t i rano consol id a-

ron su au torid ad , no es qu erer , abso lu tam ente ha -

bland o, qu e cu alqu ier otro qu e estu viera en el mis-

m o c a s o , s e c o n d u z c a d e la m i s m a m a n e r a . E s s im-

p l e m e n t e h a c e r l e v i s l u m b r a r q u e l o s c r í m e n e s con

qu e él hu biera l l egad o al pr incipad o, pod rían poner-

le en la imposibi l id ad d e mantenerse en él s in c o -

me ter otros nu ev os; y es al mism o t iem po dar á

entend er á las naciones qu e el malvad o u su rpad or á

qu ien el las ad mitieran por Príncipe su yo, no pod ría

ser apenas en segu id a mas qu e u n e x e c r a b l e m o n s -

tru o, y se cond u cir ía como u n sangu inario tirano.

Es fal so en tercer lu gar , au n en la su posic ión de

q ue el Libro del Príncipe encerrara leccion es d e ase-

s inato , qu e Maqu iavelo las hu biera d ad o al Mundo

entero, como V o l taire lo d i jo el pr imero en su pr ó-

logo del Anti-Maquiavelo. E l Libro del Príncipe

s e c o m p u s o p a r a L o r e n z o d e M é d i c i s s o l a m e n t e ; y

su au tor imp id ió s iempre qu e le h ic ieran pú bl ico .

Lu e go qu e, en el año d e 15 27, el pa rt id o p opu lar

h u b o f o r z a d o á L o r e n z o á n o g o b e r n a r y a c o m o

Príncipe, y á no ser mas qu e el jefe d e u na Rep ú -

bl ica, ju zgand o entonces Maqu iavelo qu e su l ibro

era inútil y peligroso, trató de recoger y destruir la

copia su ya qu e él l e había entregad o; y era la ú nica

qu e exist ía en F lorencia (28 ) . Ni au n pu d o l l egar á

la noticia d el pú bl ico esta obra hasta d espu és d e

mu erto el au tor . Así pu es, aun cu and o fu era verd a d

qu e su pu bl icación hu biera s id o para el Aíundo un

irr i tante escán d alo , la od iosid ad su ya no d ebería re-

caer sobre Maqu iavelo , s ino so lamente sobre el im-

presor ponti f ical d e C lemente V II , y sobre este

Pontí f ice mismo qu e la favoreció con u na solemne

aprobación (29) .

Por lo d em ás, no omitamo s observar qu e, au n-

q u e M a q u i a v e l o h a y a c o n t e m p l a d o p a r t i c u l a r m e n t e

la condició n de los príncipes nuevos, porq ue no los

había más qu e d e esta especie á la sazón en Ital ia ,

no aband onó los intereses d e los príncipes antigu os.

( 2 8 ) Véase B a r c h i : Storia Fiorentina. C o l o n i a , 1 7 2 1 , p á -

g ina 85.

( 2 9 ) Véase, antes, p á g . 1 6 ,



H e m o s prevenid o ya á nu estros lectores , qu e los

soberanos cu yo principad o se hal laba leg i t imad o por

un a larga su cesión d e a s c e n d i e n t e s e n e l m i s m o tro-

no, ó por el u nánime y l ibre consentimiento d e los

p u e b l o s h a l l a b a n t a m b i é n e n e s t e t r a t a d o v a r i a s re -

g las d e pru d encia qu e au n se conci l ian con la má s

íntegra probid ad , y qu e el los no d eben d ejar d e se-

gu ir s i no qu ieren correr el pel igro d e ser d estro na-

dos. E s menerte r hacer tamb ién esta ju st ic ia á M a-

qu iavelo , qu e son éstas las qu e él explana con mayor

c o m p l a c e n c i a , c o m o p o d r á n o t a r s e en la continu a-

ción d e su obra, y e spec ialme nte en su s ca pítu los

X I X y X X , en qu e d emu estra á los príncipes la ne-

c e s i d a d de conci l iarse el amor d e su s su bd itos .

§ V

Inducciones honrosas para Maquiavelo. sacadas de las diversa9 épo-

cas en que el Libro del Principe tuvo detractores y apologista«

como también de la calidad bien diferente de los sugetos que le

desacreditaron y de los que hicieron su elogio.

B a s t a r í a med itar b ien el conju nto d e las l ecciones

q u e M a q u i a v e l o d i ó á tod os los príncipes d e c u a l -

qu iera especie, en la persona de L o r e n z o d e M é d i -

cis, para sospechar qu e los d e nu estro s ig lo no p u -

d ieron ser d isu ad id os d e leer las mas qu e por faccio-

sos, á q u i e n e s importaba ocu l tar les los v e r d a d e r o s

med ios d e p r e c a v e r s e c o n t r a t o d a m a q u i n a c i ó n a n -

t imonárqu ica. Pero esta sospech a se convierte en

certeza, cu and o se examinan ind ivid u almente las

d i f e r e n t e s épocas en qu e el Libro del Príncipe fu é

d esacred itad o, y aqu e l las en qu e le elog iaron pom-

posamente, como también cu and o se estu d ian á

fond o los su getos qu e le d esacred itaron y los que se

d eclararon por apolog istas su yos.

No nos d eten d rem os en los escr i tores ec les iás t i -

cos d e la corte romana, qu e impu gn aron las obras

de Maqu iavelo , porqu e tod os el los tu vieron motivos

part icu lares , y au n personales qu e y a h e m o s d a d o

á enten d er en parte. El pr imero fu é aqu el C a r d e -

nal Raim u nd o Polo , cu ya fam il ia se había p e r s e -

gu id o y prego nad o ad emá s su cabe za, por el R e y

de I n g l a t e r r a E n r i q u e V I I I ; pero a c u s ó s i m p l e m e n -

te á nu estro au tor d e haber favorecid o mu cho con

su s escritos la política d e este Monarca (3 0). Ha -

biénd ose conocid o en Roma esta acu sación refer id a

su scintamente en aqu el la apología de su trata do de

la Unidad de la iglesia, qu e él dirigió al int répid o

C a r l o s V , e x h o r t á n d o l e á volver su s armas contra

(30) Se hizo en e l a ño de 1 7 4 4 . e n B r e s c i a , u n a n u e v a e d i -

c ión suya con este t í tul o: Apología ad Carohm V Ccesarem,

super librutn deunitate ecclesice. [Brixice]. E n e l Apéndice his-

tórico q u e s e g u i r á á e s t e d i s c u r s o , s e v e r á á q u é s e r e d u c í a n

l o s c a r g o s q u e e l C a r d e n a l P o l o h a c í a á M a q u i a v e l o .



H e m o s prevenid o ya á nu estros lectores , qu e los

soberanos cu yo principad o se hal laba leg i t imad o por

un a larga su cesión d e a s c e n d i e n t e s e n e l m i s m o tro-

no, ó por el u nánime y l ibre consentimiento d e los

p u e b l o s h a l l a b a n t a m b i é n e n e s t e t r a t a d o v a r i a s re -

g las d e pru d encia qu e au n se conci l ian con la má s

íntegra probid ad , y qu e el los no d eben d ejar d e se-

gu ir s i no qu ieren correr el pel igro d e ser d estro na-

dos. E s menerte r hacer tamb ién esta ju st ic ia á M a-

qu iavelo , qu e son éstas las qu e él explana con mayor

c o m p l a c e n c i a , c o m o p o d r á n o t a r s e en la continu a-

ción d e su obra, y e spec ialme nte en su s ca pítu los

X I X y X X , en qu e d emu estra á los príncipes la ne-

c e s i d a d de conci l iarse el amor d e su s su bd itos .

§ V

Inducciones honrosas para Maquiavelo. sacadas de las diversa9 épo-

cas en que el Libro del Principe tuvo detractores y apologista«

como también de la calidad bien diferente de los sugetos que le

desacreditaron y de los que hicieron so elogio.

B a s t a r í a med itar b ien el conju nto d e las l ecciones

q u e M a q u i a v e l o d i ó á tod os los príncipes d e c u a l -

qu iera especie, en la persona de L o r e n z o d e M é d i -

cis, para sospechar qu e los d e nu estro s ig lo no p u -

d ieron ser d isu ad id os d e leer las mas qu e por faccio-

sos, á q u i e n e s importaba ocu l tar les los v e r d a d e r o s

med ios d e p r e c a v e r s e c o n t r a t o d a m a q u i n a c i ó n a n -

t imonárqu ica. Pero esta sospech a se convierte en

certeza, cu and o se examinan ind ivid u almente las

d i f e r e n t e s épocas en qu e el Libro del Príncipe fu é

d esacred itad o, y aqu e l las en qu e le elog iaron pom-

posamente, como también cu and o se estu d ian á

fond o los su getos qu e le d esacred itaron y los que se

d eclararon por apolog istas su yos.

No nos d eten d rem os en los escr i tores ec les iás t i -

cos d e la corte romana, qu e impu gn aron las obras

de Maqu iavelo , porqu e tod os el los tu vieron motivos

part icu lares , y au n personales qu e y a h e m o s d a d o

á enten d er en parte. El pr imero fu é aqu el C a r d e -

nal Raim u nd o Polo , cu ya fam il ia se había p e r s e -

gu id o y prego nad o ad emá s su cabe za, por el R e y

de I n g l a t e r r a E n r i q u e V I I I ; pero a c u s ó s i m p l e m e n -

te á nu estro au tor d e haber favorecid o mu cho con

su s escritos la política d e este Monarca (3 0). Ha -

biénd ose conocid o en Roma esta acu sación refer id a

su scintamente en aqu el la apología de su trata do de

la Unidad de la iglesia, qu e él dirigió al int répid o

C a r l o s V , e x h o r t á n d o l e á volver su s armas contra

(30) Se hizo en e l a ño de 1 7 4 4 . e n B r e s c i a , u n a n u e v a e d i -

c ión suya con este t í tul o: Apología ad Carohm V Ccesarem,

super librutn de unitate ecclesice. \_Brixice']. E n e l Apéndice his-

tórico q u e s e g u i r á á e s t e d i s c u r s o , s e v e r á á q u é s e r e d u c í a n

l o s c a r g o s q u e e l C a r d e n a l P o l o h a c í a á M a q u i a v e l o .



el Monarca ing lés , est imu ló al l í natu ralmente con-

tra Maqu iavelo el celo de l act ivo i n q u i s i d o r A m b r o -

sio C atherin Lancelot Pol i t i , .d e qu e l l evamos hecha

ya mención. No s hem os d ispens ad o, por motivo s

semejantes con corta d i ferencia, d e venti lar el valor

d e los t i ros por otra parte su mamente d ébi les y au n

rid ícu los , qu e mu chos jesu í tas d ir ig ieron d espu és

contra la mem oria d e este insigne estad ista. En

aqu el año mismo en qu e C lemente V III enviaba, á

su legad o en F ran cia, u na bu la, ma nd a nd o qu e los

catól icos franceses d esecharan á Enriqu e IV , y pro-

cedieran á la elección de otro R e y , es á saber"en el

de 1592, el prim ero de esto s agre sore s jesuítas, el

P

; Possevin, au n s in haber leíd o el Libro del Prín-

cipe, se d esenfren ó contra él . Le imitaron en el año

d e 1 59 7 , s u s h e r m a n o s L u c h e s i n i y R i v a d e n e y r a , y

algu nos años d espu és los P P . R a y n a u d , B i n e t y

otros qu e resid ían en Babiera (3 1) . N o consist ien-

d o apen as las preten sas refu tacio nes d e estos rel i -

g iosos mas qu e en injurias, no son más d ignas d e

consid eración qu e aqu el la con q ue el P r e l a d o p o r -

tu gu és Osorio se había a d e l a n t a d o á la diatriba del

P . Possevin, y la qu e Boz io , pad re d el Oratorio ,

h izo d espu és, confesand o, s in embargo, qu e él no

había escr i to contra Maqu iavelo mas qu e para obe-

decer á la corte romana (32).

E c h a n d o á u n l a d o e s t a s d é b i l e s e s c a r a m u z a s d e

su tropa l igera, para d ed icarnos á los ú nicos d etrac-

tores f i lósofos qu e hacen ahora la mayor impresión

en los espír i tu s , vemo s qu e tod os e l los fu eron d e-

clarad os enem igos d e la au torid ad monárq u ica, y

que sus críticas del Príncipe d e Maqu iavelo no eran

mas qu e u nas ju st i f icaciones d e la rebel ión fom en -

tad a por el los mismos contra el trono d e nu estros

reyes.

El pr imero d e esta c lase d e d etractore s se pre-

sentó en el tercer año d el tu rbu lento reinad o d e En-

riqu e III , e l d e 15 76, cu and o los calv inistas d aban

otra vez principio á las gu erras contra su au torid ad ;

y qu e el Du qu e d e Alenzon, al qu e el Rey acababa

d e perd onar u na conju ración contra su persona, se

ponía al frente d e los rebeld es. F u é el calv inista

d el f ines Inocencio Genti l l et , qu e cómpl ice d e la su -

blevación d e los Hu gono tes d e su provincia, iba á

refu g iarse al mismo t iempo en Ginebra bajo los au s-

pic ios d e C alvin o. El Discurso que él publicó con-

tra Maqu iavelo , está preced id o d e u n aviso al Du -

qu e d e Alenzon, al cu al confesaba con pesar qu e el

( 3 2 ) I b i d .



Monarca sacaba su mos benefic ios d e este au tor pa-

ra embarazar su rebel ión.

La segu nd a impu gnación se h izo con el mismo

mot,vo y en el mism o sentid o, tres años d esp u és

el d e 15 79, por otro enemigo d el trono, tránsfu go

t a m b i é n d e u n a e s p e c i e s e m e j a n t e ; c u y a i m p u g n a -

ción se halla en la famosa declaració'n de guerra

qu e el pu bl icó en Alemania conrra el trono, ' con el

t.tulo de i indicia contra tyrannos , con el nombre

p s e u d ó n i m o d e Stefihanus Jicnius fírutus Celta. E l

haber nomb rad o esta horrend a obra, e s casi haber

ven gad o ya la d octr ina d e M aqu iavelo , qu e él t i ra-

ba á hacer execrable.

F u é respetad a en los reinad os d e Enriqu e IV -

Lu is X I II y Lu is X IV , en qu e V i lleroi , R ichel ieu

y Mazarín sacaron d e el la tan ú ti les l ecciones para

la segu nd ad d el trono y la prosperid ad d e la F ran-

cia. Per o en la aurora de la infausta filosofía de l

Sig lo X V II I , en el año d e 1720, v ino á d ar Ba yle

la señal d e u na nu eva gu erra contra Ma qu iav elo

recog iend o, en su d iccionario , tod as las antigu as ca-

lu mnias d e los jesu í tas contra él , y a ñad ié nd ole s

cu anta s le fu é posib le inven tar (3 3) . Ye nd o acord e

en su odio contra los tronos la fi losofía del ateísmo

qu e fu e la d e n u estra ed ad , con el calv in ismo al

qu e el la miraba como la f i losofía d el S ig lo X V I, no

pod ía menos d e cond enar á nu estro au tor á la exe-

cración. V ol taire, qu e para hacerse orácu lo su yo,

se formab a entre los ing leses en la escu ela antimo-

nárqu ica d e M il ton, C o l l ins y Pop e, pu bl icó al lí

b ien pronto [en el año d e 1740] aqu el Anti-M a-

quiavelo, qu e él hacía mirar como la obra d e u n Rey;

y la facc ión filosófica triunfa ba prese ntan do, en su

band o, á u n Monarca el cu al mismo d eclamaba con-

tra tod os los preserv ativos d e los tronos. Ad ela n-

tánd ose , s in emb argo, este mism o Rey en su sobre-

sal iente carrera, ad qu ir ía el nombre d e grande, ca-

balmente s igu iend o la misma pol í t ica y s istemas

q u e l e s u p o n í a n i m p u g n a r c o n s u p l u m a . D e s d e -

ñ á n d o s e e s t e S o b e r a n o d e c o n f u n d i r s e m e j a n t e e r r or

d e otro mod o qu e con su g loriosa cond u cta, h izo

bastante para acabar d e d esengañar d e él a l pú bl i -

co , y au n para d ar lu stre á Ma qu iavelo , proba nd o

qu e aqu el la obra era ajena d e su s prod u cciones l i te-

rarias , cu and o permitió qu e se imprimiera su colec-

c ión en v id a su ya. Lo s ed i tores d e la nu eva colec-

c ión, qu e d e el las se pu bl icó d espu és^ d e su mu erte,

d ieron el mism o d esaire á V ol taire, S in emba rgo,

a q u e l Anti-Maquiavelo, tod avía favorecid o con la

misma i lu sión, tenía s iempre el efecto qu e la facción

se había prometid o; y ad elantó más qu e lo qu e se

discurre los negocios de aquellos filósofos regenera-



d ores, por qu ienes se d enu nciaban ya los soberanos

á los pu eblos como u nos t i ranos cu yo yu go era ne-

cesario sacu d ir , ó cu ya potestad convenía atar .

No merece la pena d e acu sar aqu í á los abeced a-

r ios h istóricos, qu e mu l t ipl icánd ose en la época d e

nu estra revolu ción, presenta ron á tantos com pi la-

d ores la ocasión d e amo ntonar, con su mo conte nto

d e los facciosos, cu antas calu mnias se l eían en otras

p a r t e s s o b r e M a q u i a v e l o ; y n o s b a s t a c o n h a b e r d e -

mostrad o qu e los motivos, b ien reconocid os d e su s

d etractores principales qu e los otros no hic ieron mas

que copiar , se convie rten en gloria d e su do ctrina ,

s in qu e ésta haya pod id o recib ir la más mínima

ofens a con su s fr ivolos raciocinios . ¿Q u é será cu an-

d o d e m o s t r e m o s en s e g u id a q u e e s t e f a m o s o e s t a -

d ista, qu e d e u na parte, no tu vo mas qu e á enemi-

gos sospechosos, fu é d efend id o v ictoriosamente, d e

otra, por verd ad eros sabios , amantes d el ord en' so-

cial ; y qu e lo fu é precisamente en u n t iempo en qu e

fu ertes conmociones popu lares hacían d esear qu e la

au torid ad monárqu ica su piera apagar el espír i tu d e

rebel ión, af i rmar el trono, y establecer perfectamen-

te la calma en la socied ad ?

L o s m á s c é l e b r e s a p o l o g i s t a s d e l Libro del Prín-

cipe fu eron, en el año d e .5 08 , Alberico Genti l (3 4) ;

d e ^ £ X

á t Í C

°

d e D e r e c h

°

e n

Lóndres: en su tratado

S O B R E M A Q U I A V E U )

75

en el d e 1640, Gas pa r Sciopio , d el qu e los jesu í tas

dijeron tambié n muc ho mal (35), y en el de 1650,

el C orring io [3 6] . Per o la trem end a conju ración d e

las pólvoras, en Ing laterra, acababa d e poner al l í en

pel igro al mu y confiad o hi jo d e la d esafortu nad a

María Stu art [3 7] ; los protestantes d e Au str ia l iga-

d os con los d e Hu ngría, se su blevaron contra el Rey

M a t í a s ; S i g i s m o n d o a c a b a b a d e s e r d e s p o j a d o d e l a

c o r o n a d e S u e c i a p o r C a r l o s d e S u d e r m a n i a ; y p e r -

d o n a n d o t o d a v í a e l m u y c l e m e n t e E n r i q u e I V á

varios famosos conspirad ores, d ejaba tomar al ientos

[ 3 5 ] V é a s e s u Machiavelicorum op'erce pretium, d e q u e

A p ó s t o l o Z e n ó n , q u e l e h a b í a l e í d o e n m a n u s c r i t o , h i z o u n

t a n g r a n e l o g i o e n s u s a n o t a c i o n e s á l a s o b r a s d e F o n t a n i -

n i , t o m o I , p á g . 2 0 7 . V e n g a n d o e l C a r d e n a l B e r l a m i n o á

este a utor contra e l odio de l os jesuí ta s , a l a ba en é l Peri-

tiam scripturarum sacrarum, [elum conversionis hcereticorum,

lihertatem in thuano [de Thou, historia] reprehenden do sapien-

tiavi in rege anglica.no exagitando, etc., etc.

[ 3 6 ] E n e l p r ó l o g o d e la t r a d u c c i ó n l a t i n a d e l Libro del

Principe.

[ 3 7 ] H a b i e n d o s i d o a c o g i d o e s t e M o n a r c a , q u e r e i n a b a

e n E s c o c i a a n t e s d e v e n i r á r e i n a r e n L ó n d r e s , c o n e x t r a o r -

d i n a r i a s a c l a m a c i o n e s e n e s t a c i u d a d , u n b u e n e s c o c é s , q u e

l a p r e s e n c i a b a , n o p u d o m e n o s d e e x c l a m a r c o n i n q u i e t u d :

« ¡ A h ¡ J u s t o s c i e l o s e s t o s n e c i o s v a n á e c h a r á p e r d e r á

n u e s t r o b u e n R e y . » L o q u e l e h a c í a m á s n e c e s a r i a l a l e c -

t u i 'a d e M a q u i a v e l o , e r a l a e x t r e m a b o n d a d d e s u g e n i o .

H o m b r e p o r o t r a p a r t e i n s t r u i d í s i m o e n l a s m a t e r i a s a j e n a s

d e l a r t e d e g o b e r n a r , y f e c u n d o e n a m a b l e s r é p l i c a s , s e d e -

j a b a g o b e r n a r s i n a t e n d e r a l m é r i t o n i á l a v e r d a d .



á la man o, que, de al l í á dos años, iba á da rle de

p u ñ a l a d a s , c u a n d o A l b e r i c o G e n t i l c r e y ó d e b e r c o m -

poner, para la salu d d e los monarcas y la paz d e la

E u r o p a , s u apología del Príncipe d e M a q u i a v e l o .

R i c h e l i e u a c a b a b a d e q u i t a r á l o s c a l v i n is t a s su p o s -

t r e r a n t e m u r a l [ l a R o c h e l a ] , y d e i m p e d i r q u e v i -

niera al socorro su yo la Ing laterra, promoviend o

d istu rbios intest inos en el la , con las su blev acion es

q u e é l e s t i m u l a b a e n l a C a t a l u ñ a y P o r t u g a l ; d e s -

terraba d e la F rancia los horrend os resu l tad os d e la

gu erra qu e le hacía por tod o s lad os la Espa ña, a f i r -

mab a, con ru id osos actos d e severid ad , el trono d e

su R ey ; y se había hecho, por su vast a pol í t ica en

los intereses d e su país , e l motor invis ib le d e tod os

l o s g a b i n e t e s d e l a E u r o p a , c u a n d o S c i o p i o e n s a l z ó

el Libro del Principe, qu e le parecía haber d ictad o

o p e r a c i o n e s t a n n e c e s a r i a s c o m o e l l a s e r a n g r a n d e s

y s u b l im e s . U l t i m a m e n t e , l u e g o qu e el C o r r i n g i o

tu vo por u rgente restau rar el honor d e las l ecciones

d e f i rmeza y pru d encia, qu e Maqu iavelo había d e-

j a d o p a r a l o s p r í n c i p e s v a c i l a n t e s , ó n u e v a m e n t e

entra d os en la soberan ía d e su s mayore s, ig u almen -

te qu e para los nu evos príncipes, Mazarín, á qu ien

él no hu biera d esconocid o más por d isc ípu lo qu e

por com patrio ta su yo [3 8 ] , ju st i f icaba su d oct r ina

[ 3 8 ] L a I t a l i a , q u e f u é , p a r a l o r e s t a n t e d e l a E u r o p ? ,

por el mod o ef icaz con qu e él consol id aba la potes-

tad d e Lu is X IV , y d aba principio al gran reinad o;

Mon ck en Ing laterra, pr act icaba con fru to , para la

próxim a rehabi l i tación del honor d e su Patr ia, l as

man iobras ind icad a s por nu estro au to r; la monar-

qu ía se restablecía al l í , y hecho volver C arlos II á

su C apital , su bía al trono d e su d esgraciad o ante-

ee s

01

" Es tas son las c ircu nsta ncias en qu e es

mene ster , má s qu e nu nca, l eer á Maq u iavelo , y en

qu e pu ed e conocerse má s el valor d e su s consejo s .

P o d r í a m o s h a c e r o t r o s c o t e j o s s e m e j a n t e s e n t r e

los d em ás d efen sores su yo s y los t iem pos en qu e

v i v í a n ; p e r o a b a n d o n a n d o e s t a s c o m p a r a c i o n e s á l a

intel igencia d e nu estros lectores , nos ceñiremos á

observar , qu e tod os los otros apolog is tas su yo s fu e-

l a s e ñ o r a d e l a s c i e n c i a s e n e l S i g l o X V I , f u é t a m b i é n l a

c u n a y e s c u e l a d e l o s m a y o r e s e s t a d i s t a s q u e s e v i e r o n e n -

t o n c e s , a u n en o t r a s p a r t e s . T o d o s s e e n l a z a n , p o r s u or i -

g e n ó e s t u d i o s , c o n l a P a t r i a d e M a q u i a v e l o . A l l í h a b i a b e -

b i d o e l C a r d e n a l J i m é n e z l o s p r i m e r o s e l e m e n t o s d e l a r t e

d e g o b e r n a r á l o s h o m b r e s . E n R o m a e s c r i b i ó e l C a r d e n a l

d ' O s s a t l a s m á s d e a q u e l l a s c a r t a s q u e s e m i r a n c o m o o b r a s

m a e s t r a s d e l a c i e n c i a p o l í t i c a . R i c h e l i e u , n a c i d o e n F r a n -

c i a , n o m a n i f e s t ó t a l e n t o n i n g u n o s o b r e e s t a m a t e r i a m a s

q u e á s u r e g r e s o d e I t a l i a . N o t e n e m o s p r e c i s i ó n d e t r a e r

á l a m e m o r i a q u e e l f a m o s o A l b e r o n i e r a i t a l ia n o . S c i o p i o

s e h a b í a f o r m a d o p o l í t i c o e n l a c i u d a d m i s m a d e R o m a ; é

i g u a l i n s t r u c c i ó n h a b í a a d q u i r i d o e n I t a l i a a q u e l C a n ó n i g o

G a b r i e l N a u d é , e n c u y a c i e n c i a t e n í a e l C a r d e n a l M a z a r í n

t a n t a c o n f i a n z a .



ron hom bres qu e pasaban por prof u nd a men te ins-

truido s en la ciencia política, y por bue nos patri-

c ios . T a les fu eron: 10, en el año d e 168 3 , Am elo t

d e la Hou ssaie, qu e había resid id o por mu cho t iem-

p o e n V e n e c i a c o m o S e c r e t a r i o d e l h á b i l E m b a j a -

d o r d e F r a n c i a , e l P r e s i d e n t e d e S a i n t - A n d r é ( 3 9 ) ;

20, en el d e 173 1 , e l d octo F ed eric o C rist io , C at e-

d rático d e Dere cho en Leipsick , en u na obra com-

p u e s t a ex profeso, y en qu e d efen d ió v ictoriosamen-

te á Maqu iavelo (40); 3 0, en el d e 1779, el Aba te

Gal ian i , d e Nápoles , a l qu e su s relaciones con los

f ilósofos reforma d ores d e F ranc ia habían p u esto en

la con fide nci a de sus designio s (41) ; 40, finalmente,

casi en v íspe ras d e nu estra revolu ción vatic inad a

ya, el ju ic ioso au tor d el elog io d e Ma qu iave lo , qu e

se hal la á la cabeza d e la ed ic ión d e su s obras, pu -

bl icad a en F lorencia el año d e 178 2 (42) .

[ 3 9 ] V é a s e e l p r ó l o g o d e s u t r a d u c c i ó n de l

L i b r o

del Prin-

cipe.

[ 4 0 ] P u b l i c a d o e n L e i p s i c k , e l m i s m o a ñ o .

( 4 1 ) D i s c u r s o c o m p u e s t o p a r a p o n e r l e á l a c a b e z a d e

u n a n u e v a e d i c i ó n i t a l i a n a d e M a q u i a v e l o , . y p u b l i c a d a e n

N á p o l e s e l a ñ o d e 1 7 7 9 .

( 4 2 ) S i n o h u b i é r a m o s c r e í d o d e b e r c e ñ i r n o s á l a s a po-

l o g í a s q u e f o r m a n o t r a s t a n t a s o b r a s p a r t i c u l a r e s , p u d i é r a -

m o s p r e v a l e c e r n o s t a m b i é n d e l o s h o n o r í f i c o s v o t o s q u e

d i e r o n á M a q u i a v e l o o t r o s m u c h o s l i t e r a t o s e m i n e n t e s e n

c i e n c i a , t a l e s c o m o M a t e o T o s c a n , J u s t o L i p s i o , B a y l e

§ V I

S f h ay a

1» religión; que la haya

desterrado de sus sistemas políticos, y, ñnalmente, que haya teni-

do jamas las ideas de un ateísta.

El últim o hecho con que, en la acusac ión de irre-

l ig ión contra Maqu iavelo , se l l ega al más al to grad o

á qu e pu d iera l l egarse, nos d a motivo para reco rd ar

á nu estros lectores qu e ya han v isto en los prece

d entes con qu é ind u str iosa perf id ia la mal ignid ad

les había añad id o cu anto era propio para - agravar-

los . L le vad a aqu í la precau ción hasta el exceso, no

servirá más qu é para qu itar el velo enteramente al

od io y perv ersid ad d e los enem igos d e M aqu iave lo .

T emiend o qu e u na ord inaria acu sación d e i rrel ig ión,

d isu ad iera harto ef icazmente d e la l ectu ra d e su s

obras, en qu e se hu biera d escu bie rto tod a la abo-

minación d e su s calu mnia s, qu is ieron hacerlas i rre-

vocablemente repu gnantes , u niend o á su nombre el

extremo horror qu e el ateísmo infu nd e á tod os.

Ba yle , en cu yo d iccionario bebieron tod os nu es-

tros mod ernos b iógrafos esta impostu ra, es el pr i -

mero qu e la haya acred ita d o; y no la acred ito m ás

qu e en cu anto el la convenía al s istema ateísta d e su

m i s m o , F r a n c i s c o B a c ó n , C o n t e l m a n y M o n s e ñ o r B o t t a -

r i , u n o d e l o s m á s d o c t o s p r e l a d o s d e l a c o r t e d e B e n e -

d i c t o X I V .



ron hom bres qu e pasaban por prof u nd a men te ins-

truido s en la ciencia política, y por bue nos patri-

c ios . T a les fu eron: 10, en el año d e 168 3 , Am elo t

d e la Hou ssaie, qu e había resid id o por mu cho t iem-

p o e n V e n e c i a c o m o S e c r e t a r i o d e l h á b i l E m b a j a -

d o r d e F r a n c i a , e l P r e s i d e n t e d e S a i n t - A n d r é ( 3 9 ) ;

29, en el d e 173 1 , e l d octo F ed eric o C rist io , C at e-

d rático d e Dere cho en Leipsick , en u na obra com-

p u e s t a ex profeso, y en qu e d efen d ió v ictoriosamen-

te á Maqu iavelo (40); 3 9, en el d e 1779, el Aba te

Gal ian i , d e Nápoles , a l qu e su s relaciones con los

f ilósofos reforma d ores d e F ranc ia habían p u esto en

la con fide nci a de sus designio s (41) ; 49, finalmente,

casi en v íspe ras d e nu estra revolu ción vatic inad a

ya, el ju ic ioso au tor d el elog io d e Ma qu iave lo , qu e

se hal la á la cabeza d e la ed ic ión d e su s obras, pu -

bl icad a en F lorencia el año d e 178 2 (42) .

[ 3 9 ] V é a s e e l p r ó l o g o d e s u t r a d u c c i ó n de l

L i b r o

del Prin-

cipe.

[ 4 0 ] P u b l i c a d o e n L e i p s i c k , e l m i s m o a ñ o .

( 4 1 ) D i s c u r s o c o m p u e s t o p a r a p o n e r l e á l a c a b e z a d e

u n a n u e v a e d i c i ó n i t a l i a n a d e M a q u i a v e l o , . y p u b l i c a d a e n

N á p o l e s e l a ñ o d e 1 7 7 9 .

( 4 2 ) S i n o h u b i é r a m o s c r e í d o d e b e r c e ñ i r n o s á l a s a po-

l o g í a s q u e f o r m a n o t r a s t a n t a s o b r a s p a r t i c u l a r e s , p u d i é r a -

m o s p r e v a l e c e r n o s t a m b i é n d e l o s h o n o r í f i c o s v o t o s q u e

d i e r o n á M a q u i a v e l o o t r o s m u c h o s l i t e r a t o s e m i n e n t e s e n

c i e n c i a , t a l e s c o m o M a t e o T o s c a n , J u s t o L i p s i o , B a y l e

§ V I

S f h ay a

1» religión,- que la haya

desterrado de sus sistemas políticos, y, finalmente, que haya teni-

do jamas las ideas de un ateísta.

El últim o hecho con que, en la acusac ión de irre-

l ig ión contra Maqu iavelo , se l l ega al más al to grad o

á qu e pu d iera l l egarse, nos d a motivo para reco rd ar

á nu estros lectores qu e ya han v isto en los prece

d entes con qu é ind u str iosa perf id ia la mal ignid ad

les había añad id o cu anto era propio para - agravar-

los . L le vad a aqu í la precau ción hasta el exceso, no

servirá más qu é para qu itar el velo enteramente al

od io y perv ersid ad d e los enem igos d e M aqu iave lo .

T emiend o qu e u na ord inaria acu sación d e i rrel ig ión,

d isu ad iera harto ef icazmente d e la l ectu ra d e su s

obras, en qu e se hu biera d escu bie rto tod a la abo-

minación d e su s calu mnia s, qu is ieron hacerlas i rre-

vocablemente repu gnantes , u niend o á su nombre el

extremo horror qu e el ateísmo infu nd e á tod os.

Ba yle , en cu yo d iccionario bebieron tod os nu es-

tros mod ernos b iógrafos esta impostu ra, es el pr i -

mero qu e la haya acred ita d o; y no la acred ito m ás

qu e en cu anto el la convenía al s istema ateísta d e su

m i s m o , F r a n c i s c o B a c ó n , C o n t e l m a n y M o n s e ñ o r B o t t a -

r i , u n o d e l o s m á s d o c t o s p r e l a d o s d e l a c o r t e d e B e n e -

d i c t o X I V .



obra. Había hal lad o, es v e r d a d , a l g u n o s e l e m e n t o s

su yos en c iertos escr i tores anteriores; pero estos

e l e m e n t o s n o h a b í a n p o d i d o m e n o s d e p a r e c e r dé -

bi les y sospechosos á su ju ic ioso talento; y lo qu e

pru eba qu e él los tu vo por tales , es qu e creyó d e b e r

corroborarlos con la falacia de un a a u t o r i d a d de in-

vención su ya, para hacer creer qu e Maqu iavelo ha-

b í a m u e r t o c o m o a t e ís t a . O p o n e m o s d e s d e l u e g o á

este hecho u n mon u me nto histórico d e la más in-

controvert ib le au tentic id ad , con el qu e se d e m u e s -

tra evid entemente ( fu e este insigne estad ista murió

com o verd a d ero hi jo d e la Ig les ia cató l ica [4 3 ] ; y

vamos á hacer ver , por med io d e su s escr i tos mis-

mos, que, durante el curso de su vid a, e s t u v o m u y

d istante d e tener las id eas d e u n incréd u lo ó impío

El su cesivo origen d e las d iversas partes a g r a -

van tes d e la acu sación q u e venti la mos, es tan cu-

r ioso y propio para hacerla apreciar , qu e no pod e-

mos menos d e notar las c ircu nstancias d e esta pro-

gresión. No con sist ió el la , á los principios , m as que

en el cargo hecho á Ma qu iav elo por algu no s teólo-

gos qu e no le habían leíd o b ien, d e no consid erar

la rel ig ión mas qu e bajo el asp ecto pol í t ico en su

d octr ina d el gobierno d e los Esta d os. Irr i tad o su

celo , y pronto á d ar od iosas cal i f icaciones

a j o s

que

se apar taban algú n tanto d e su s opiniones, l l amó

hijos de Lutero y maquiavelistas á los estad ist as

qu e, venerand o s in embargo la rel ig ión y au n invo-

cánd o la en socorro d e los gobiernos, no p ensa ban

qu e cu alqu iera principad o d ebería gobernarse como

u na teocracia. No teniend o estos piad osos meta fí -

s icos id ea ningu na d e la c iencia p ráct ica d el G obier-

no d e los Esta d os, pod ían d es apro bar c iertam ente

qu e M aqu ia velo hu bies e d icho qu e, no es posib le

conservarlos con oraciones y rosarios (44) ; pero po-

d emos ser mu y bien d e su parecer s in fal tar á la fe

catól ica.

D e b i e n d o c o n v e n i r l a s m á x i m a s g e n e r a l e s d e l a

pol í t ica á tod os los países y Estad os, cu alqu iera qu e

sea su creencia part icu lar , no pu ed en consid erar ca-

s i l a relig ión mas qu e en general , y bajo el aspe cto

d e la u t i l id ad qu e d eben sacar d e el la los gobiernos.

Aqu el los med ios su yos qu e, d e hecho, son más ef i -

caces contra la perversid ad d e los hombres qu e el los

t ienen qu e reg ir , consisten en la pru d encia y fu erza

d e los jefes d el Esta d o. No es d e hoy d ía qu e se

d ice, s in d eja r d e ser i rreprensib le en materia d e

doctrina, que la religión es el suplemento de las le-

yes , y qu e, por consigu iente, las l eyes y la fu erza

( 4 4 ) Che gli stati non tenevano con Paternostri. H i s t .

F l o r e n t . , l i b . V I I .



que hace o b serv ar las , la m ano de la jus t ic ia y la cu-

chi l la deb en o cupa r am b a s m ano s de lo s reyes . La

rel ig ió n , s in duda, deb e hal larse presente en sus

ánim o s para di r ig i r e l uso que hacen de es to s do s

atr ib uto s de la d ignidad rea l ; pero desgrac iadam en-

te es m enester co nfesar que s i e l P r ínc ipe dejara

entera m en te al cuidad o de la re l ig ió n so la la c o n-

serv ac ió n del o rden y la segur idad de su perso na,

s in em plear lo s m edio s cuya fuerza , co n respecto á

lo s ho m b res m ás sens ib les á las co sas m ater ia les

que á las morales, es muy superior á la de la reli-

g ió n, queda r ía disuelta b ien pro nto la so c iedad, y

arruinado su tro no . P u dim o s co nv encerno s de es ta

cruel v erd ad po r exper ie nc ia en lo s pr im ero s ac to s

de nuestra rev o luc ió n, en que resp etand o to dav ía

las aras lo s enem igo s del tro no , m o straro n que les

i m p o r t a b a m á s c o m e n z a r d e s p o j a n d o a l M o n a r c a

de su fuerza y m ed io s co act iv o s . P o r lo m ism o , e l

t a n v i r t u o s o c o m o d e s g r a c i a d o L u i s X V I , e n v í s p e -

ras de v erse arrancar la v ida po r los que acab a b an

de ro b ar le las re l iquias de su po testa d, pro gres iv a-

m en te usurpada po r lo s ante ceso re s de e l lo s, reco -

m e nda b a á su hi jo , s i en a lgún t iem po l legab a á

re inar, que no dejar a-suje tar la suya . «Un R ey, le

dec ía , en su ado ra b le tes tam ento , aquel e terno "m o -

num ento no m eno s de sab idur ía po l í t i ca que de he-

ro ica p iedad, un R e y no pued e hacer respetar las

leyes y o b rar e l b ien que es tá en su c o razó n, m a s

que en cuan to t iene la necesar ia auto r idad; de o tro

m o do , se v e atad o en sus o perac io n es ; y no in fu n-

diendo ya respeto , es m ás per judic ia l que út i l .»

La auto r idad, y la fuerza que es la sa lv aguardia

suya, so n pues lo s pr im ero s agentes de la po l í t i ca

p r á c ti c a ; y M a q u i a v e l o h u b i e r a p o d i d o c i e r t a m e n t e

en sus o b ras so b re es ta m ater ia , espec ia lm en te cu an-

do hab lab a de lo s ant igu o s ro m ano s co m o de lo s

pueb lo s de su t iem po y país , no co ns iderar la re l i -

g ión en gener al m as q ue co m o un agen te c le l se -

gundo o rden, aunque indispensab le para una po tes-

tad tem po ral . P e ro ¿se hub iera seguido de es to que

él hub iera desc o no c ido lo s part iculares b ene f ic io s

de la re l ig ió n cató l i c a en lo s E st ad o s que la pro fe-

sab an?

N o ta rem o s aquí e l segun do paso que dió , co ntra

la reputac ió n de es te es tadis ta , e l o dio encub ier to

b ajo las exter io r ida des de la p iedad . S e a trev ió á

d e c i r é l q u e M a q u i a v e l o s e d e s d e ñ a b a d e d a r e n t r a -

da á la re l ig ió n cató l i ca en sus s i s tem as de go b ierno

para lo s países m ism o s que hab ían ten ido la d ic ha

de v erse i lum inado s co n la anto rcha de la fe . N o

h a l l á n d o s e a l g ú n t i e m p o d e s p u é s h a r t o s a t i s f e c h a

to dav ía es ta hipó cr i ta m alignidad co n sem ejante ca-

lum nia, añad ió que é l dese chab a es ta m i sm a re l i -



gió n en lo s co nsejo s que dab a á lo s j e fes de lo s E s-

tado s que la pro fesab an.

La v i l im po stura , ó la renco ro sa igno ranc ia de lo s

auto res ó eco s de es tas im putac io nes , se hal lan co n-

fund idas co n lo s discurso s m ism o s de M aq uiav elo ,

so b re la po l í ti ca enteram ente pagana d e lo s ant i -

guo s ro m ano s . Al hab lar de su culto de lo s dio se s

fa lso s , no po día m en o s de v o lv er frecuente m en te ,

co m o po r e fec to de una inc l inac ió n natura l , á hacer

co no cer cuán to m ás pro v ech o sa era á lo s E stad o s

la re l ig ió n cató l ica . D e sd e sus pr im ero s cap í tulo s

so b re las Décadas de Tito L ivio, dec ía á sus co n -

tem po rán eo s: «así co m o la o b serv anc ia del culto

div ino es una de las ca usas d e la gra nde za de lo s

E stado s , as í tam b ién e l m eno sprec io de é l á que

no s pro pasam o s es la causa de su ruina. E l tem o r

del P r ínc ipe no se hace necesar io m as q ue cuand o

se ent ib ia e l de D io s , y que e l E stado se encam ina

hacia su disolución (45).

E n e l s iguiente capí tulo , v o lv ía á la m ism a m a-

ter ia en es to s térm ino s: «L o s pr ínc ipes y R epú b li -

cas que quieran preserv arse de la co rrupc ió n, deb en,

ante to das co sas , m antener en su integr idad lo co n-

cerniente á la re l ig ió n , y hacer de m o do que e l lo no

cese nunca de ser rev eren c iado . N o h ay n ingún

m a y o r indicio de la ruina de un E stad o , que cuan-

do en é l v em o s m eno sprec iado e l culto div ino » (46).

A l g u n a s p á g i n a s m á s adelante , se hal la to dav ía es -

te m is m o M a q u i a v e l o e n a j e n a d o d e a d m i r a c i ó n y

grat i tud para co n las ó rdenes de S an Franc isco y

S a n t o D o m i n g o , q u e a c a b a b a n d e r e s t a b l e c e r e n

su v igo r y pureza la re l ig ió n cr i s t iana, des f igur ada

co n la m ala co nducta de lo s j e f e s de l Clero . N o po -

día cansarse de a lab ar lo s em inentes serv ic io s que

estas ó rdenes hab ían hecho as í á la Ig les ia co m o á

lo s E st ado s (4 7) . ¿D e secha , pues , es ta po l í t i ca d e

su s s i s t e m a s gub ernat iv o s la re l ig ió n?

¡Co n qué indignac ió n hub iera desechado M aquia-

v elo , co m o un ho rro r i m p í o y ho rr ib le b las fem ia ,

a q u e l l a p a r a d o j a q u e ú n i c a m e n t e n u e s t r o s días pu-

diero n v er av enturarse po r e l c iudadano de G i n e -

b ra: «Q ue la re l ig ió n d el Cr is t ianism o no tiene re-

lac ió n n inguna co n e l cuerpo po l í t i co ; que tan lejos

e l la de apegar lo s co razo nes de lo s c i u d a d a n o s al

E s t a d o , lo s d e s a p e g a d e é s t e i g u a l m e n t e q u e de

to do lo terreno ; y que no hay co sa n inguna m ás

co ntrar ia a l espír i tu so c ia l» (4 8). M aq uiav elo tes t i -

ficaba, por el contrario, que, e n t i e m p o d e l o s e m -

U6~i L i b . I , X I I . _ , , .

(+

7

) Discurso sobre la Primera Decada de Tito Livio, h b .

I I I , c a p . I . , ,

T T T

( 4 8 ) Contrato social, l i b . I V , c a p . \ I I 1 .



perado res ro m ano s , aquel lo s so ldad o s que eran cr i s -

tianos, fueron los mejores y m ás adic to s , á causa

de que lo s es t im ula b a no co m o á lo s o tro s, po r un

fanát ico am o r de la P atr ia , un co nt inuo hum i l lo de

glo r ia hum ana, s ino un v iv o y sagrado ardo r en e l

dese m pe ño de sus o b l igac io nes . S i d i jo que la re l i-

g ió n cató l i ca no hab ía co ntr ib uido á la e lev ac ió n y

segur idad de las R epúb licas i ta l ianas de la E dad

Media, no ech aba la culpa d e ello á esta religión,

s ino a l ab uso de e l la á que se hab ían pro pasad o , y

á las m alas co stum b res de lo s pr inc ipales m inis tro s

suyo s . ¿Au n era po s ib le v engar la m ejo r que é l lo

hizo del cargo di r ig ido co ntra lo s repub licano s de su

t i e m p o y país, de no ser tan celosos por la libertad

co m o lo fuero n lo s idó latras d e la R epúb lica ro m a-

na? «S i , entre no so tro s, dec ía , pue de creerse que

e l M u n d o e s t é a f e m i n a d o y e l Cie lo desarm ado , es-

to es tá m uy le jo s de nacer de la re l ig ió n; pues que

pro v iene de la b ajeza co n que lo s ho m b res la inter-

pretaro n según la m o lic ie de su educac ió n, en v e z

de penetrarse de la v i r tud que ella prescr ib e; po r-

que s i co ntem pláram o s, co m o e l la lo desea , en la

gloria y d e f e n s a d e la P atr ia , v e r íam o s que ex ige

que la a m e m o s , q u e la ho nrem o s, y n o s h a g a m o s

c a p a c e s d e d e f e n d e r l a bien» (49). Así, pues, la r e -

( 4 9 ) "Discurso sobre la Primera Década de Tilo Livio, üb

I I , c a p . I I .

futac ió n del im pío aser to de J uan J aco b o , en quien

nuestro s ig lo creyó tanta v erac id ad y pro fundidad ,

se hal lab a, hace ya do s s ig lo s y m edio , en es te m is-

m o M aquiav elo , a l que, po r una extrav agancia ca l-

culada, a fec tan im putar las m ayo res fa ltas i r re l ig io -

sas de nuestros días.

N o añadirem o s o tras c i tas á las que acab am o s de

hacer , po rque e l las b astan para l lenar de co nfus ió n

la igno ranc ia ó m ala fe de lo s que no tem iero n echar

so b re la m em o ria de M aqu iav el o cuanta o dio s idad

m ás ab o m inab le puede hab er en la i r re l ig ió n .

§ V I I

C o n c l u s i ó n : Maquiavelo escribió cuanto es indispensable que un

Principe sepa para gobernar, no en un Estado ideal, sino en uno

real, especialmente á continuación de una dilatada y violenta

anarquía.

S i , después de 1o que l lev am o s dicho para la jus-

t i f i cació n de M aqu iav elo , se creyer a hal larse to d a-

vía alguna falta, no podría ser mas que la de la cien-

c ia exper im ental de la po l í t i ca m ism a, ó , po r m ejo r

decir, la de la perv ersid ad de los súb ditos que, to-

d o s m á s ó m eno s en ho st i l idad co ntra lo s go b ierno s ,

no le perm iten a l es tadis ta cam inar s iem pre aco rde

co n la m o ral y re lig ió n . E n b a lde el O b ispo ang li -



cano W ar b u rto n [50], y e l M inis tro pro testante

S aur ín [51] , que, en su ca l i f i cac ió n de ca lv in is ta

francés , re fugiado en la H aya, no es tab a exento de

l a s p r e o c u p a c i o n e s d e G e n t i l l e t y L a n g u e t co ntra

M aquiav elo , pretendiero n que es ta unió n de la reli-

gión cristiana con la política era pos ible en to do s

los casos. Su opinión, que por otra parte les atrae

una sum a est im ació n, se po ne, po r cuanto s t ienen

alguna exper ienc ia del ar te de go b ernar á lo s h o m -

b res ta les co m o e l lo s so n, en la m ism a c lase que el

p r o y e c t o d e Paz perpetua d e l b u e n A b a t e d e S a i n t

P ierre . La s as tuc ias de la m alda d hum an a no pue-

den perm it i r la inv ar iab i l idad de una tan r e s p e t a b l e

co nco rdia . «S i no fuera l íc i to re inar m as que en

cuanto se desem peñar an to das las o b l igac io nes d e

la eterna just ic ia , y se o b serv aran to das sus reglas,

dice P lutarco , J úpi ter m ism o no ser ía idó neo para

el lo .»

Se ha visto que las reglas de la política son de

una c lase di ferente de las de la m o ral . As í , e l j u z -

gar la co nducta de la pr im era co n las m áxim as de

( 5 0 ) E n s u d i v i n a M i s i ó n d e M o i s é s , d e q u e s e d i ó en

f r a n c é s u n r e s u m e n e n d o s v o l ú m e n e s , c o n e l t í t u l o á e t n -

sertación s o b r e l a Unión de la Religión, de la Política y Moral.

L o n d r e s , a ñ o d e i ? 4

2

-

( 5 1 ) V é a s e l a p e r o r a c i ó n d e s u s e r m ó n s o b r e l a Concor-

dia de la %'/igióny Política. L a H a y a , a ñ o d e 1 7 2 5 .

la segunda, ser ía pro nunciar en una m ater ia que no

se entendiera . Cualq uiera que ha v is to de cerca e l

t im ó n de un b uen g o b ierno en acc ió n, y co n m ás

fuerte razó n cualquiera qu e le ha di r ig ido , sab e que

las reglas de la m o ral no le so n apl icab les en to do s

lo s caso s . Ult im am e nte , s i les qued ará to dav ía a l - •

guna co ns is tenc ia á las censuras que fu lm inaro n a l-

guno s m o ral i s tas co ntra M aquiav elo , acab ar ían des-

v anec ién do se e l las ante la ju ic io sa dec larac ió n que

él hizo aún en su Libro del Principe. «M i intenc ió n,

se dice allí , ha sido la de escribir cosas úti les para

lo s que so n capaces de co m prender las , y que t ienen

po r m ás co nducente po rtarse co n arreglo á las v er-

dades de hecho , que co n arreglo á las b el las co sas

que exis ten en la im aginac ió n ú nicam e nte . H e que-

r ido m ás hab lar so b re lo que rea lm ente es , que dis -

currir sobre lo que deb ería ser, pero q ue no es, es

decir, el virtuoso concurso de todos los súbditos al

b ien general . M ucho s , en v erdad , im a ginaro n b e -

l las R epúb licas y m arav i l lo so s pr inc ipado s , pero no

lo s v iero n jam ás , y no son m as que quim eras . H a y

tanta dis tanc ia entre e l m o do co n que lo s súb di to s

se co nduce n, y e l po rte que e l lo s deb er ían o b ser-

v ar , que e l P r ínc ipe que dejara lo que se hizo de

útil para hac er lo que él cre yer a mejor, y no pu -

diera ser lo m ás que en un o rden de co sas m eram en-



i

'

: i il ' : '

90

te ideal , t rab ajar ía más bien en su ruina que en su

co nserv ac ió n (52).

( 5 2 ) V é a s e a d e l a n t e cap. X V .

IJrfriTj;

• d i

m

F I N DE L D I S C U R S O

JÍpéndice histórico ¿obre los detractores

D E M A Q U I A V E L O

I g ^ P A R E C E q u e la just i f i cac ió n de M aquiav elo

B

exige, para ser co m pleta , una his to r ia segui -

d a y c i rcunstanc iada de las d iv ersas persecuc io nes

á que su m em o ria es tuv o expue sta . E st a tarea no s

es m uy fác i l para que s e a m o s e x c u s a b l e s e n d i s p e n -

sarno s de e l la . Lo s m ater ia les suyo s se no s pres en-

ta n en las notas del e lo gio que e l cab al lero Flo ren-

t ino J . B . B al del i hizo de es te ins igne es tadis ta , y

que se leen á la cab eza de las ú lt im as edic io nes i ta-

l ianas de sus o b r a s . H a c i e n d o u so d e e s t o s m a t e -

riales, según el o rden cro no ló gico , no s v erem o s pre-

c isado s á repet i r a lguno s hecho s de que l lev am o s

h e c h a y a m e n c i ó n ; pero no será s in que e l lo s tengan

un nuev o interés para nuestro s lec to res ; y la indul-

genc ia de que po dr íam o s neces i tar para es tas repe-



i

'

: i il ' : '

90

te ideal , t rab ajar ía más bien en su ruina que en su

co nserv ac ió n (52).

( 5 2 ) V é a s e a d e l a n t e cap. X V .

IJrfriTj;

• d i

m

F I N DE L D I S C U R S O

JÍpéndice histórico ¿obre los detractores


I g ^ P A R E C E q u e la just i f i cac ió n de M aquiav elo

B

exige, para ser co m pleta , una his to r ia segui -

d a y c i rcunstanc iada de las d iv ersas persecuc io nes

á que su m em o ria es tuv o expue sta . E st a tarea no s

es m uy fác i l para que s e a m o s e x c u s a b l e s e n d i s p e n -

sarno s de e l la . Lo s m ater ia les suyo s se no s pres en-

ta n en las notas del e lo gio que e l cab al lero Flo ren-

t ino J . B . B al del i hizo de es te ins igne es tadis ta , y

que se leen á la cab eza de las ú lt im as edic io nes i ta-

l ianas de sus o b r a s . H a c i e n d o u so d e e s t o s m a t e -

riales, según el o rden cro no ló gico , no s v erem o s pre-

c isado s á repet i r a lguno s hecho s de que l lev am o s

h e c h a y a m e n c i ó n ; pero no será s in que e l lo s tengan

un nuev o interés para nuestro s lec to res ; y la indul-

genc ia de que po dr íam o s neces i tar para es tas repe-



t i c io nes , se no s aco rdará tanto m ás gusto sam ente ,

cuanto v am o s cas i á l im i tarno s á t raduc ir las notas

d e B a l d e l i .

E l m ás ant iguo y pr im ero de cuanto s im pugnaro n

io s escr i to s de M aquiav elo , fué , co m o lo hem o s di-

c h o , a q u e l C a r d e n a l R e n a u d P o l o , c u y o s resentí

m i e n t o s p e r s o n a l e s c o n t r a E n r i q u e V I I I dejam o s

y a e x p u e s t o s a n t e s . D e t e r m i n ó l e p a r t i c u l a r m e n t e á

escr ib i r co ntra e l Libro del Príncipe, la indignación

co n q u e l e i n f l a m a b a n l a s s u m a s a l a b a n z a s q u e ha -

c ía de es ta o b ra e l M inis tro fav o r i to de es te Monar-

ca , e l m ism o To m ás Cro m well , que era m irado co -

m o e l pro tecto r de las m udanzas re l ig io sas con que

la Inglaterra acab ab a de separarse de la Iglesia ro-

m a n a . P o l o , c u y a c a b e z a e s t a b a p r e g o n a d a á causa

d e su libro de UnitcUe ecclesioe, y que se había visto

en la precisión d e expa triars e, no podía m eno s de

atr ib uir sus desgrac ias á es te panegir i s ta d e M a -

quiav elo , y sent i rse natura lm ente inc l inado á co n-

tradec ir le tanto so b re es te punto co m o so b re todos

lo s dem ás .

H a b i é n d o s e r e f u g i a d o e n I ta l ia , y p a s a d o en Flo-

rencia el invierno del año d e 1534, n o hab ía dejado

d e indagar a l l í no t ic ias po co fav o rab les á la m em o -

r ia de M aq uiav elo . L as c i rcunstan c ias po l í t i cas en

que á la sazó n se hal lab an lo s Flo rent ino s , eran su-

m am ente pro pias para fav o recer sus m iras . E c h a n -

do m eno s co n am argura lo s m ás de e l lo s e l G o b ier-

no repub lican o que hab ían es tab lec ido po r s í m is-

m o s en e l año de 1527, y que Car lo s V destruyó en

el de 1531 co n la fuerza de las arm as , se e s tre m e -

c ían b ajo e l yugo del t i ránico P r ínc ipe que es te E m -

perado r les hab ía im puesto . E ra Ale ja ndr o de M é-

dic is , en quien es tab an m uy dis tantes de hal lar las

b ue nas prendas de aquel Lo ren zo , para e l que ha-

b ía co m p uesto M aqu iav elo su Libro del Príncipe.

N o le v e ían m as que co n pena en po der de Ale jan-

dro, porq ue segú n la opinión comú n, insertada en

los escritos de Juliano de Ricci , nieto del autor, da-

b a á co no cer és te m ucho á lo s nuev o s pr ínc ipes lo s

m edio s de asegurarse en su pr inc ipado : Icrisse un

trattato del modo, che devono tenere i Principi nacovi

nelo consolidarsi negli stati. T e m i e n d o l o s p a r t i d a-

r io s de la R epúb lica que é l fuera m uy út i l a l nuev o

D u q u e , p r e s e r v á n d o l e e f i c a z m e n t e c o n t r a s u s d e -

s ignio s , deb ían es tar dispuesto s á quejarse de su

autor; y no se dirigió sin duda Polo á los partidarios

del régim en m o nárq uico para hacerse dec i r m al de

M aquiav elo . H alló , s in em b argo , entre lo s repub li -

cano s de a fec to co n quienes co nsultó , una reserv a

que no po día sat i s facer le . Aun aquel lo s no po dían

des is t i r de l a l to aprec io suyo que co nserv ab an á M a-

quiav elo ; y para aco rdar á la pas ió n de su em inen-

c ia a lgo que no co ntradi jera co n su pro pio m o do de



pensar so b re el autor, y no atrev iéndo se á o po nerse

ente ram ente a l Carden al to cante á la igno ranc ia y

c e g u e d a d d e que le acusab a (coccitate et ignoratiA),

im aginaro n acusar le , según las ideas rep ub licanas

d e q u e hac ían o stentac ió n. D i jero n, pues , a l Carde-

na l que é l no hab ía l lev ado o tra m ira m ás que la de

est im ular á su Príncipe á uno s exceso s t i ránico s que

m o v iesen á lo s pueb lo s á arruinar le . S i fuera m e -

neste r dar crédi to á P o lo , hab ían co nf i rm ado esta

supo s ic ió n co n un hecho que no es tab a m ejo r pro-

b a d o , d i c i e n d o q u e M a q u i a v e l o m i s m o h a b í a c o n -

f iado á sus am igo s que é l no hab ía tenido m ás in-

tenc ió n que és ta al escr ib i r aq uel la o b ra para L o -

renzo de M édic is ( i ) . Cualq uier lec to r ju ic io so de -

c idi rá s in no so tro s , s i es razo nab le dar una plena fe

á es tas equív o c as rev elac io nes . S e a lo que quiera

d e esto , P o lo se ace leró á prev alecerse d e e l las pa -

ra corrobar los tiros que dirigía contra el Libro del

( i ) Cúm de occasione scribendi illum librum [ u P r í n c i p e ]

tilín de anitni ejus in eodem proposito audivi, de hác ccecitate et

ignorantiá aliquá ex parte excusari potest, d i j o P o l o , eum túm

excusabant enes ejus, cúm sermone introducto de itlius libro,

hanc impiam ccecitatem objecissem: ad quod illi responderun t

ídem, quod dicebant de Maquiavelo cum ídem illi aliquando op-

poneretur; fuisse responsum , se non solum quidem judicium

suutn in tilo libro fuisse secutum, sed illius ad quetn scriberet

quem cúm sciret tyrannicá n atura fuisse ea inseruit quee non

potucrunt tali naturce non máxime arridere; eadem tapie si

exerceret, ce idem judicare quod reliqui omnes, quicumque de

Príncipe en la apo lo gía , que co n m iras cas i úni ca-

m ente po l í t i cas , y en aquel m ism o año [e l de 1535]

com o lo dice su prólogo, escribía él d e su trat ado

de Unitate Ecclesioe [ 2] . D e b e o b serv arse b ien ,

adem ás, que lo s cargo s que hizo a l l í á M aquiav elo ,

no se di r ig ían cas i m as que co ntra lo s co nsejo s da-

do s á lo s pr ínc ipes para co nso l idar su auto r idad v a-

c i lante , y que es to s cargo s se hal lan en aquel la apo -

lo gía m ism a co n que instab a v iv am ente a l in trépido

Car l o s V, para que v o lv iera sus fo rm id ab les arm a s

contr a el Re y de Inglate rra; de quien el autor, sin

em b ar go , era go b e rnad o natura l . S e sab e que des-

pués , en e l año de 1557 , e l P apa P aulo IV acusó á

P o lo de fo m e ntar la herej ía ; y que és te co m puso ,

en just i f i cac ió n suya, o tra apo lo gía l lena de pasajes

m u y v iv o s co ntra es te P o nt í f i ce . S e ab stu v o , es v er-

dad, de hacer la púb lica , y la echó á la lum b re; pe-

ro fué hac iendo aquel la insultante c i ta de G én es is :

Non deteges verenda patristui, co n la cual so la des -

cub r ía su fa lta de m o derac ió n é im parc ia l idad.

Regís vel Principis viri institutione scripserant, et experientia

docet, breve ejus imperium futurum: id quod máxime exoptabat,

cum intus odio jlagraret illius principis ad qu em scriberet: ne

que aliud spectasse in eo libro, quem scribendo ad tyrannum ea

quee tyranno placent, eum suá sp onte ruentem prcecipitem si

posset daré Apología ad Carolum V Ccesarem, super librum De

Unitate Ecclesice,

e n

la página 152 del tomo I de la edición

de Brescia,

c

Brixia?, 1744.

(2) Ibidem.



Inc i tado co n es ta co ntraseña m arc ia l e l inquisidor

m a y o r d e R o m a , A m b r o s i o C a t h e r i n P o l i ti , quiso

hacer to dav ía m ás que P o lo , im pug nand o lo s dis-

cursos m i s m o s d e M a q u i a v e l o s o b r e T i t o Liv io ,

igualm ente que e l Libro del Principe. Y a estab a

co m puesto su v o lum en en fo l io de Miscellanza, que

se im prim ió en R o m a e l año de 1 5 5 2 ; y sin e m b a r -

go , to m ab a á pecho s e l inser tar en é l un párrafo in-

t i t u l a d o : Quam execrandi sint Machiavclti discur-

sus et institutio sui Principis. N o s a b i e n d o c o n qué

enlazar le , se v ió reduc ido á hacer entrar es ta digre-

sión en la disertación, De divinis ac canonicis scrip-

turis, q u e f o r m a b a y a p a r t e d e e s t e v o l u m e n , y con

la que é l no t iene co nexió n n inguna.

S e ha v is to ya que, s in lo s m anejo s y c lam o res

de es te do m inicano , no se hub ieran sentado las

o b ras de M aquiav elo en la l i s ta de lo s l ib ro s p r o h i -

b ido s po r la nuev a Inquis ic ió n ro m ana en e l p o n t i -

f i cado de P aulo IV, en e l año de 1551 ; y que é l fué

quien fo rzó á la co m is ió n del Co nci l io d e T r e n t o á

incluir estas obras en el Indice, que P ío IV apro b ó

y pub licó en e l de 156 4 . N o tenem o s neces idad de

decir que la autoridad de esta lista, muy a u m e n t a -

da desde ento nces po r lo s teó lo go s de la corte ro-

m ana, no se reco no c ió jam ás en Fr anc ia ; pero lo

que nuestra m ater ia requiere que dem o s á conocer,

es que lo s co m is io nado s del Co nci l io fuero n deter-

m inado s á es ta pro hib ic ió n , ún icam en te po r a l gu -

no s pasajes que po dían supr im irse s in per judicar a l

fo ndo de las co sas , y que la pro hib ic ió n era co nd i-

c io nal en a lgún m o do . Ten em o s es ta part icular idad

de un co ntem po ráneo , J ul iano de R icc i . «Co m o no

había , escrib ía él en el año de 1594, ma s que poca s

co sas para exc lui r de las o b ras de M aquiav elo para

que lo s co m is io nado s del Co nci l io dieran l i cenc ia

para su lec tura , tuv e e l encargo de hacer es tas su-

pres io nes co n m esser N ico l ás M a quiav elo , m i pr i -

mo, nieto com o yo de l autor, á sa ber : él por su hijo

y yo po r su hi ja . La prueb a de es ta co nf ianza e s tá

tes t i f i cada en una car ta , que so b re es te part icular

no s escr ib iero n lo s i lus tr í s im o s se ño res cardenales ,

diputado s en la rev is ió n del Indice, dado después

en 3 de Ago sto del año de 15 73; cuya car ta se h al la

f irm ada po r e l P ad re An to nio P o s i , S ecretar io de

e s t o s c a r d e n a l e s . N o s a t a r e a m o s e n su c o n s e c u e n -

c ia co n ardo r á es tas co rrecc io nes ; y hab iéndo se he-

cho cuantas se hab ían indicado , d im o s pr inc ip io en-

v i a n d o á R o m a l a s Historias as í co rregidas ; pero

no hay co sa n inguna co nc luida to dav ía hasta es te

día ; po rque quer iendo es to s seño res l ib er tarse de

nuestras instanc ias para que se lev antara la pro hi -

bición, solicitaron que no se reimprimieran las obras

de nuestro ab uelo co n su no m b re (3) .

(3 ) E perche levatone alcune poche elle restaño tali, che si

— 1 3



E s m e nester co nc luir de es to , que á lo s o jo s d e

aquel lo s cardenales hab ía m ás escándalo en el nom-

b re de M aquia v elo que en su do ctr ina . S e co m pren-

d e esto po r e l ardo r de que c ier tas gentes usab an

para desacreditarle sin permitir leerle, y sin que

el lo s m ism o s le hub iesen le ído , «P are ce , añad e el

cab al lero B aldel i , que la re im pres ió n d e M a q u i a v e -

lo se v e ía em b arazada po r lo s j esuí tas , quienes , ha -

b iend o co m enza do ya su guerra co n tra é l , ponían

s u m o e m p e ñ o e n q u e c o n t i n u a r a a n a t e m a t i z a d a su

m em o ria . Celo so s en ser lo s único s co nduc to res de

lo s E st ado s y P r inc ipes , pro s igue B alde l i , co gían

o dio á to do s lo s po l í t i co s capaces de disputar les la

prero gat iv a de e l lo , y no po dían m eno s de ab o rre-

cer m ás que á to do s lo s o tro s a l que se m irab a e n -

to nces co m o a l P r ínc ipe de lo s es tadis tas . L a prue-

b a de su enco no co ntra e l lo s en general , se hal la en

*

a s

inv ect iv as que sus l ib ro s enc ierran co ntra los

possono ammettere, ne fu data la cura a me Giuliano de' Ricci,

e a inesser Niccolò Machiavelli mio cugino, am bedue suoi nipo-

ti, ¡o figliuolo di una figliuola, e uicsser piccolo figliuolo d'un

Jigiwolo, como appare per una lettera scritta, agli detti dagl' il-

lustrissimi Signore deputati sopra la rivista dell' indice dato al

3 d agosto 1573, sotto scritta da Fr. Antonio Posi, allora segre-

tario di detti cardinali; e si bene si faticò allomo alla detta re-

vtsime e si corressero tutte, e a Roma si mandò la 'correzione

dell istorie. Sino adesso che siamo nel 1594, non si é condotta

apre perche nello stringere, volevano quelli si more, che si ris-

™™ P*ssero sotr ottro nome, a che si diede passata. ( K JA -

COB GADDI, de Scriptoribus).

po lí t i co s ; y su part icular í s im o encarnizam iento co n-

tra M aquiav elo es tá b astante dem o strado co n cuan-

to ellos hicieron y escribieron para desacreditarle, y

aun desho nrar le en cuanto s países de la E uro pa no

h a b í a f u n d a c i o n e s s u y a s . »

N o hab ían escr ito , s in em b a rgo , to dav ía co ntra

él , cuan do en e l año de 1576 p ub licó el ca lv in is ta

Ino cenc io G ent i l le t su Discurso sobre los medios de

gobernar un reino , en refutac ió n de M aquiav elo . L a

pretens ió n que é l hab ía tenido d e tratar del go b ier-

no de una m o narquía , m ucho m ás que la iniciativa

que hab ía to m ado co ntra nuestro auto r , despertó e l

ce lo del P . Anto nio P o ssev in . E n un l ib re jo que é l

pub licó en R o m a, e l año d e 1592, para refutar y

censurar a lgunas o b ras de div erso s escr i to res po l í t i -

co s , im pugnó a l m ism o t iem po , en un di fuso capí -

tulo , á M aqu iav elo , y la refutació n que de é l hab ía

hech o Ino cenc io G ent i l le t . E st e capí tulo que l lev a

el t í tu lo de: Cautio de iis quoe scripsit tú m Nico-

laus Maquiavellus, túm is qui adversús eum scrip-

sit Anti-Machiavellus, se p u s o a d e m á s , por el P.

P o ssev in , en su Biblioteca selecta.

¿

H a b í a m e d i t a d o

y co m prendido b ien é l s in d u d a á M a q u i a v e l o ? N o

p or c ier to ; e l Co rr ingio dem o stró , hasta la ú lt im a

ev idenc ia , en e l pró lo go de su traducción latina del

Libro del Príncipe, i m p r e s a en H elm estat e l año de

16 6 0, que P o ssev in ni aun le hab ía le ído cuando le



refutab a. L a pas ió n no t iene neces idad de instruir-

se para sac iarse . N o co no c ía é l d e es ta o b ra m as

que lo que hab ía dicho G ent i l le t so b re" e l la ; y aun

no hizo o tra co sa m a s que repet i r c ie gam ente los

a r g u m e n t o s d e este ca lv in is ta , co ntra e l que s in em -

b a r g o a lzab a e l gr i to en lo que és te hab ía dicho de

co ntrar io á la Ig les ia cató l ica . P ero P o ssev in mos-

trab a en es to m ism o su c iego del i r io co ntra M a q u i a -

v elo , qu e l leno de respeto para co n e l la , no c o n s i -

d e r a b a m as que e l escándalo y am b ic ió n de la corte

ro m ana, y no lo s hab ía v i tuperado m as que á causa

d e que sufr ía co n e l lo la re l ig ió n . S up o nien do ins i -

dio sam ente P o ssev in , co m o un hecho v er ídico , que

él hab ía b las fem ado co ntra la Ig les ia , no reco nv enía

á G e n t i l l e t d e s u s b l a s f e m i a s m a s q u e d i c i e n d o que

e l l a s ig u a l a b a n y s o b r e p u j a b a n á l a s d e M a q u i a v e l o :

Sed ubi Machiavelhis catolicam appugnat Ecclesíam,

vel ubi occasio sese dat, facile Machiavellum blas-

p temando equat et superat YBibliothcca selecta].• V e -

necia, 1603, tomo II , pág. 403.

O t r o jesuí ta de I ta l ia , el P. Lucches in i , v ino des-

p u é s á e s fo r z a r s e á c o n d e n a r á M a q u i a v e l o a l m e -

no sprec io púb lico , dando á luz un l ib ro int i tu lado :

Saggio delle sciocchezze di Niccolo Machiavelli del

Padre Lucchesini [ E n s a y o s o b r e l a s t o n t e r ía s de,

e t c . ] N o se co ntentó co n acusar en é l d e i m p i e d a d

á este peregr ino ingenio , s ino que t i ró á hacer le pa -

sar por un necio, y s ostuv o con injurias esta mala

causa . E l púb lico hizo grac ia á la o b ra del P ad re

Lucch es in i , m irándo la co m o una o b ra m aestra de

ab surdo s . U n po eta i ta l iano , que se cree ser M en -

zini, ha bló de ella en una sátira por el tenor si-

guiente:

'Tanta sciocchezze non confíen quel bello

Opuscolo del Padre Lucchesini

Che tacció di coglione il ¿Tvíaquiavello;

Y se halló casi juiciosa la equivocación de un en-

cuadernado r de l ib ro s , quien , para reduc ir e l t í tu lo

del f ro nt ispic io de és te a l es trecho espac io qu e e l

lo m o del v o lum en presentab a, grab ó en é l es tas pa-

l a b r a s : Sciocchezze del Padre Lucchesini.

N o co ntent o s los j esuí tas de I ta l ia co n desacre

di tar á M aquiav elo en su país , pro s igue B aldel i , hi -

c iero n que lo s herm an o s suyo s de lo s di ferentes E s-

tado s de la E uro pa escr ib ieran co ntra é l . E n E spa-

ña, e l P . R iv adeneyra co m puso un Tratado de las

virtudes d el Príncipe cristiano, del que los de Ita lia

hic iero n una traducc ió n en su lengua, y que p ub li -

caro n en e l año de 159 8. P ero e l im pugn ado r es-

paño l de M aquiav elo desho nrab a po r s í m ism o su

tratado desd e su epís to la dedicato r ia . D ir igiéndo la

al in fante D o n Fel ipe , heredero presunt iv o del t ro no

de to das las E spañas , le exho rtab a á to m ar po r rao -



d é l o d e la s v i r tudes que é l ib a á expo ner le , á aque-

l lo s ascendientes suyo s que, po r m áxim a de religión,

se hab ían m ani fes tado lo s m ás crueles . L e d e s i g -

n a b a m á s e s p e c i a l m e n t e « á F e r n a n d o III, quien,

dec ía é l , tenía tanto ce lo en co nserv ar pura y since-

ra nuestra fe , que, según lo s tes t im o nio s de g r a v e s

auto res , no se ceñía á ha cer ca st igar á lo s herejes ,

s ino que é l m ism o ib a , cuando hab ía d e q u e m a r s e

a l g u n o d e ellos, á llevar la leña y poner le fuego .

V . A . , co nc luía e l P. R i v a d e n e y r a , d e b e i m i t a r á

aquel santo m o narca , co m o tam b ién á sus m a y o r e s

I s a b e l y F e r n a n d o V , que arro jaro n de E spa ña á

lo s m o ro s y judío s , y e s t a b l e c i e r a n e l S a n t o O fic io

de la Inquis ic ió n .»

E n Fran c ia v e ían , hac ia e l año de 1730, a l P . B i -

n e t i n v e n t a r c u e n t o s c a l u m n i o s o s p a r a desacredi tar

a M aquiav elo , y para so b repujar en es to a l pro tes-

t a n t e d e A u g s b u r g o S p i z e l i o , q u e h a c í a t a m b i é n la

guerra á la m em o ria de nuestro auto r . Aun B ine t

tenía después e l a trev im iento d e p r e v a l e c e r s e de la

auto r idad de S pize l io , que no hab ía hecho rea lm en-

te m as que repet i r las ca lum nias inv entadas por él

m i s m o . A s í es co m o é l acredi tó la fa lsa anécdo ta ,

d e la v i s ió n en que hab ía supues to que h a b i é n d o s e

presentado junto s e l Inf ierno y la G lo r ia á la e lec

c ió n de M aquiav elo m o rib undo , hab ía dicho que él

prefer ía i r a l Inf ierno , po rque hab ía v i s to a l l í á S é -

ñeca , Tác i to , P l u t a r c o , etc . , m ientras que no hab ía

v is to en la G lo r ia m as que á po b res gentes co ntra-

h e c h a s y a n d r a j o s a s . C u a n d o B i n e t o insertó esta

anécdo ta en su Salud de Orígenes no tuv o v e r g ü e n -

z a d e co rro b o rar la co n e l tes t im o nio de S pize l io ,

quien la hab ía repet ido en su Sc-rutinio atheismi,

p. 135. P ero S pize l io co nfesab a que é l la sab ía d e

un ta l M archand; y es te m ism o M a r c h a n d no la ha -

b ía c i tado m as que apo yándo se so b re la auto r idad

del P . B i n e t . A n t e s d e él, no la hallaban en parte

ninguna; y es te j esui ta , que no v iv ió s ino m ás de

un s ig lo después de M a q u i a v e l o , n o era creíb le so-

b re un hecho no so lam ente igno rado de sus co ntem -

po ráneo s , sino tam b ién desm entido po r ellos mis-

m o s tan fo rm alm ente co m o po día ser lo , según aho ra

m ism o lo v erem o s.

S in em b argo , e l tan in fat igab le co m o po co jui -

c io so co m pi lado r T e ó f i l o R a 3 ' n au d , i g u a l m e n t e j e -

sui ta , v ino á aco ger es te cuento , á rea lzar le y a c r e -

ditarle en sus Eroteremata de bonis el mal-is libris,

pub licado s en e l año de 16 58. P e r o no tenía él m á s

fundam ento que e l tes t im o nio ; ó po r m ejo r decir, la

pér f ida inv enc ió n de su herm ano B inet .

E m ulo s lo s j esuí tas de B a v iera del pro testante

a u g s b u r g u é s S p i z e l i o , v e c i n o s u y o , o b r a b a n en ello

m á s v i v a m e n t e t o d a v í a q u e s u s h e r m a n o s d e F r a n -

c ia , co ntra la m em o ria de M aquiav elo . L o s d e I n -



go ls tat l legab an en su o dio hasta e l grado de hacer

quem ar un m aniquí a l que hab ían dado su no m b re,

y pegado un ró tulo in fam ante dest inado á justificar

este auto de fe . E n é l se le ían las s iguientes pala-

b r a s : Quoniam fuit homo vafer ac subdolus diaboli-

carum cogitaliohum faber, optimus cacodoemonis au -

xiliator: es t ratado as í, «po rque fué un ho m b re tra-

pacero y as tuto , un inv ento r de diab ó lico s s i s tem as

y e l m ejo r auxi l iar del peo r dem o nio (del p a g a n i s -

m o ) . » R e f i e r e e s t e h e c h o A p ó s t o l o Z e n ó n en las

no tas qu e él añ adió á las obras de Fo n tan i ni , ( to m o

I, pág. 207).

C u a n d o e l P r e l a d o p o r t u g u é s O so r io , q u e murió

en e l año de 1580, im pu gnó á M aq uiav elo en su

libro d e Nobilitate Christianá, se hab ía v i s to m o -

v ido á e l lo co n e l e jem plo y q uizá sugest io n es de

A m b r o s i o C a t h e r i n P o l i t i ; y l o h a b í a h e c h o de oí-

das , s in hab er le ído á nuestro auto r . L o q u e lo

prueb a es , que é l le hac ía cargo de hab er d i c h o q u e

la re l ig ió n cr i s t iana ext ingue to da e lev ac ió n de áni-

mo, toda virtud civil y militar. Ah ora b ien, M a-

quiav e lo hab ía a f i rm a do to do lo co ntrar io , co m o lo

h e m o s m o s t r a d o a n t e s y c o m o c u a l q u i e r a p u e d e

co nv encerse de e l lo leyendo e l capí tulo 2 del libro

II de sus Discursos sobre las Décadas de Tito Livio.

T o m á s B o z i o , P . d e l o r a t o r i o d e R o m a , escr ib ió

tam b ién co ntra M aqu iav elo un o ó do s año s d e s p u é s

del P . P o ssev in , y c o m o p a r a p o n e rs e e n c o m p e -

tenc ia con él. P ero la co nfes ió n que é l hace en sus

escritos, nos inclina á creer que no tuv o m ás m o ti -

vo que e l de l j esuí ta de quien era co m pet id o r . Co n-

fesó que no hab ía to m ado la p lum a m as que po r

o rden de la Co rte ro m ana. P ara co m placer pues á

ésta , pub licó é l en los años de 1594 y 1595

s u v o

~

l u m e n : de antiquo et novo Italioe statu, libri // ,

adversus Nicolaum Machiavelhim, e n q u e s e e m p e -

ñó en refutar aquel la op i n ió n d e m o s t r a d a p o r M a -

quiav elo que «la I ta l ia no hub iera exper im entado

lo s ho rrendo s desa stres á que se hab ía v i s to entre-

g a d a , si en ella los P a p a s n o se hub ieran v uelto so -

b erano s tem po rales , n i adquir ido la inm ensa do m i-

nac ió n terrena que lo s po nt i f i cado s de G rego r io V II

y A l e j a n d r o V I le s hab ían pro po rc io nado . B o zo se

es fo rzó á pro b ar q u e la Italia no hab ía sido nunca

m á s floreciente, feliz y fecunda en v aro nes ins ignes ,

que desde que lo s po nt í f i ces eran so b erano s po d e-

rosos en e l la . D a b a po r prueb a de esto e l t i em po

en que é l v iv ía , y en el que escribía estas lisonjas

co n arreglo á las m iras de Clem ente VI II (4 ).

( 4 ) T i m b o s c h i , e n s n storia della literatura

b r o I I I , n ú m . 3 7 ] , i n d i c a l a o t r a o b r a d e B o z i o , de Rimas

gentium, i m p r e s a e n R o m a e l a ñ o d e 1 5 9 6 , y e n C o l o n i a e l

d e i s

9

8 , c o m o t a m b i é n l a q n e f u é e s p e c i a l m e n t e d i r i g i d a

c o n t r a M a q u i a v e l o , a u n q u e e l t í t u l o d e l a p r i m e r a t e s t . f a c a



E s t o s son lo s sug et o s del C le ro q u e, en di f eren -

t e s t i e m p o s , i m p u g n a r o n á M a q u i a v e l o c o n e s c r i t o s

en n in gun o de lo s cuales , t o do b ien co n siderado , n o

n i a u n v i s o s d

e u n a v e r d a d e r a r e f u t a c i ó n . L o s

s e c u l a r e s q u e s e d e c l a r a r o n p o r a d v e r s a r i o s s u y o s

l e s l l e v a n á l o m e n o s l a s u p e r i o r i d a d d e h a b e r s e e s -

f o r z a d o re a l m e n t e á r e f u t a r l e . H e m o s m o s t r a d o y a

q ue e l pro t es t an t e G en t i l let as piró á e l lo ; pero se

s a b e q u e e l e r a m á s q u e s o s p e c h o s o e n l o s m o t i v o s

q ue le d ic t aro n su D iscurs o co n t ra n uest r o aut o r

A u n c o n f e s ó e n l a d e d i c a t o r i a q u e l e h i z o a l D u q u e

d e A l e n z o n , j e f e d e l o s s u b l e v a d o s , q u e é l n o l e h a -

t ° a í - a n o s

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d n ú m e r o

¿ e l o s e s c r i t o r e s

i t a l i a n o s , q u e l

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i m p u g n a r a n b a o e l m a n t o d e l a r e l i g i ó n

T u í n B a Z r

M U Z 1

° ' sia della noMltì; \

un mod o tiastant * ^

V é I m i s

™ trata de

c h i e n

S U

C S H ° ?

S O

- P e r o d e s d e l u e g o

Tirabos-

d if e re n t e m o do m ^ T ' '

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d í a

p e s a r s e a pe na s de

S c r i i * ' . ^ . P ^ e r e n c i a á c u al qu ie ra o tr o e l e n c a í g ^ d é

P a p í u 10 n p

U

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S t a n C Í a

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- d e b i ó el

c e h u b i e r a n n H ' t . - a p a s i o n a d o e s t e P o n t í f i -

q u'i av e lo de i a ra f ,

S C n b i r c o

,

n t r a

M a q u i a v e l o , s i n q u e M a-

q u é e r a d e u n h» m ^

r e a l m e n t e r a z

¿ n , V m a y o r m e n t e

m u y c o n

t e n c i o s o . C r e s c i m b e n i y M a -

b r é f à s m a v o r p '

0 s

Y

¡ d a b u

*

C Ó d i s

P « t a á lo s d e m L s o -

tSióñn^^SZ-Ti

enci

?

s

-'

y a u n s i n u

t i l i d a d : egli quis-

notiojin che visse anche per minime ad infrutuose cagioni ( S t o r .

bí a c o m p u e s t o m a s q u e p a r a v e n g a r s e d e C a t a l i n a

d e M é d i c i s , p o r q u e e l la a c o n s e j a b a a l R e y s e v e r a s

p r o v i d e n c i a s c o n t r a e l l o s , m a n i f e s t a n d o a l m i s m o

t i e m p o s u m o a p r e c i o á l a s o b r a s d e s u c o m p a t r i o t a

M a q u i a v e l o . L o s ca lv in is t as , á f in de des acr edit a r

m e j o r á e st e pro t ect o r de lo s t ro n o s , vert iero n la

vo z de q ue n o se d e b í a l a m a t a n z a d e l d í a d e S a n

B a r t o l o m é m a s q u e á l a s m á x i m a s e x p l a n a d a s e n

su s o b r a s ; y e s t a v o z b ast a b a para h acer le o dio so ,

c o m o lo n o t ó e l P res iden t e de Th o u ( Hist . l ib . 52 ) .

D e all í á b r e v e t ie m p o , f u é v i v a m e n t e i m p u g n a d o

M a q u i a v e l o p o r o t r o p r o t e s t a n t e f r a n c é s , i g u a l m e n -

t e f ugi t ivo , y á c a u s a t a m b i é n d e q u e e r a e l p a t r o n o

d e l l a v o l g a r p o e s i a , l i b . I I ; — Scien^acahaleresca, l i b . I I , 6 7 ) .

P e t r a r c a , G u i c h a r d í n , V a r c h i , T o l o m e o , y a u n e l b u e n F i a -

m i n i o , f u e r o n m a l t r a t a d o s t a m b i é n p o r M u z i o ; y l o s t i r o s

q u e é l d i r i g i ó c o n t r a M a q u i a v e l o , e r a n s u m a m e n t e d é b i l e s .

L o q u e é l l e e c h ó e n c a r a m á s " v i v a m e n t e , f u é e l h a b e r h e -

c h o l a p r o f e s i ó n d e l a s a r m a s s up e r i or á la de las letras . E n

c u a n t o á B o t e r o , s i é l h a b í a h a b l a d o m a l d e M a q u i a v e l o ,

n o d e b e r í a m o s e x t r a ñ a r l o , s u p u e s t o q u e h a b í a s i d o j e s u i t a ,

y q u e h a b í a c o n s e r v a d o e n tal grado las i deas de los j es u í -

t a s , q u e e n s u m u e r t e , a c a e c i d a e l a ñ o d e 1 6 1 7 , l o s h i z o h e -

r e d e r o s s u y o s . S in d ú d a l a s m á x i m a s d e l a p o l í t i c a d e B o t e r o

d i f i e r e n d e l a s d e M a q u i a v e l o , p e r o « n o e s , d i c e e l h o n r a d o

C o r n i a n i , m a s q u e d i s c u r r i e n d o e n l a q u i m é r i c a h i p ó t e s i s d e

q u e l o s h o m b r e s s o n t a l e s c o m o d e b e r í a n s e r . M a q u i a v e l o ,

p o r e l c o n t r a r i o , l o s h a b í a c o n s i d e r a d o t a l e s c o m o e l l o s s o n

r e a l m e n t e ; » y e s t a r e f l e x i ó n e s i n d i s p e n s a b l e p a r a j u z g a r

r e c t a m e n t e s u d o c t r i n a [Secoli della letter Italiana, t o m o V I ,

P á g . 3 9 5 ] .



de lo s reyes . Q uiero hab lar de aquel la fam o sa d e-

claració n de gu erra, que se les hizo en el año de

1

579 . co n e l t í tu lo de Vindicioe contra tyramios, y

n o f h b r e p s e u d ó n i m o d e Stephanus Junius Brutus

Celta. Al in fo rm arno s B ay le de que es te Junius

Brutus era aquel H ub erto Langu et , n atura l de Vi-

t e a u x e n B o r g o ñ a , q u e h a b i é n d o s e p a s a d o á S a j o -

rna po r am o r a l luteranism o , co ntra jo a l l í una es -

trecha am istad co n M elancto n, co nf iesa que é l no

escr ib ió es tas Vindicioe mas que para saciar su odio

co ntra E nr ique III . E l auto r m ism o co n fesó en su

pró lo go , que le hab ía m o v ido á co m po ner es ta o b ra

el resent im iento que é l exper im entab a de v er pre -

v alece r en Franc ia la auto r idad del M o narca so b re

la fuerza de lo s reb eldes .

H em o s hecho o b serv ar ya que durante lo s re ina -

d o s d e E n r i q u e I V , L u i s X I I I y L u i s X I V , s e r e s -

petó y aun adm iró á M aq uiav elo en v ez d e deni -

grar le . Un icam ente en e l año de 1720. y auro ra de

nuestro s ig lo de reb el io nes co ntra la po testad de lo s

reyes , se v ió encen dida de nu ev o la guerra co ntra

él . N o co nten to B ay le , á cuv o im pío s i s tem a co n -

v enía hal lar a te ís tas en to do s lo s ho m b res cé leb res

de las edad es anter io res , co n reco ger , en su v o lu-

m ino so dicc io nar io , cuanto lo s j esuí tas hab ían dicho

c a l u m n i o s a m e n t e p a r a h a c e r a b o r r e ci b l e á M a q u i a -

v elo co m o un ho m b re i r re l ig io so que hab ía expirado

con las ho rrendas ideas del a te ísm o , tuv o e l descaro

de co nf i rm ar es ta m enti ra co n la auto r idad supuesta

de un auto r que dec ía cab alm ente lo co ntrar io . La s

Anécdotas de Florencia, por Varil las, eran, según

dicho de B ayle , e l l ib ro en que é l hab ía sab ido que

M a q u i a v e l o no recibió á su muerte los sacram ento s

d e la Ig les ia , m as que po r hab er le precisado á ello

lo s m agis trado s . Q ue -nuestro s b ió grafo s , co piantes

d e B ayle , se ref ieran á es te f r a u d u l e n t o aser to , y le

t e n g a n po r v er ídico , lo extrañam o s po co , y nos

co m padecem o s de aquel lo s cuya o pinió n e l lo s e x -

trav ían; pero e l que, ce lo so de juzgar por sí mismo,

ab ra la o b ra de Var i l las , de la que indicam o s la pá -

gina 165, si es la edición hech a en L a H a y a p o r

Arno uld Liers en e l año de 1687 q u e se tiene, y que

B a y l e no po día m eno s d e conocer, se co nv encerá

d e esta exces iv a m ala fe. L a relación de Var illas se

halla co nco rde co n un m o num ento particular, de

qu e é l no hab ía po dido tener co no c im iento . D escu-

brióse después de aquel la era en los archivos de la

fam i l ia N eli i , de Flo renc ia , el original de la carta

qu e P edro , hi jo de M aquiav elo , después de hab er

asistido á sus postreros instantes, escribió á su pri-

mo Fran c isco N el l i , q ue se ha llaba á la sazón en

P isa , para co ntar le las c i rcunstanc ias del fa l lec i -

m iento de su padre . E n esta carta, en que reina

to da lá fam i l iar idad y franqueza aco stum b radas en-



tr e am igo s y cercano s par ientes , le dec ía , entre otras

m u c h a s p a r t i cu l a r i d a d es d o m é s t i c a s , d e n i n g ú n mo -

do disco rdantes co n és ta , y co m o un he cho m uy

natural co n que é l deb ía co ntar : «H a co nfe sado á

nuestro padre e l P . M ateo , que le ha hech o co m -

pañía hasta su po strer a l iento .» E st a car ta se in -

ser tó po r e l Can ó nigo B aldin i , B ib l io teca r io m a y o r

de la c é l e b r e B i b l i o t e c a Laurenziana, de Flo renc ia ,

en el prólogo de su Collectio aliquot veterum vionu-

mentorum, Xic t . , im presa en Aresszo .en 1732 .

Co m o B ayle , que no pasó en s i lenc io n inguno d e

lo s ca lum nio so s ab surdo s de lo s j esuí tas co ntra M a-

quiav elo , quer ía refer i r , s in av ergo nzarse , e l c u e n t o

del P . B inet , co ncerniente á la pretensa v is ió n d e

este ins igne es tadis ta , se prev alec ió de la m enció n

que Fran c isco I io t t m a n hab ía hecho de é l en su

epís to la 9 9 . P ero no c a m i n ó a q u í B a y l e de m ejo r

b uena fe que en su pr im era c i ta de Var i l las ; po rque

H o ttm an no hab la s ino co n indignac ió n de esta

anécdo ta , m o strando que é l tem ía v er la repet ida en

u n a edic ió n que se hac ía ento nces de las O b ras d e

M aquiav elo , en P ernes cerca de B as i lea .

S i se exceptúan lo s co m pi lado res b ió grafo s á quie-

ne s B ayle s i rv ió de m o delo , guía y o ráculo co n fre-

cuenc ia , no se quedab a n en la Fran c ia , para i m -

pugnará M aquiav elo , lo s escr i to res que se l l a m a b a n

po lí t i co s ó f i ló so fo s , po r m ás franceses que e l lo s

eran. Ib an antes á po nerse en c ier to m o do b ajo la

sa lv aguardia de lo s extranjero s , y de lo s extranjero s

á los que e l lo s tenían po r m ás im b uido s en las m á-

xim a s co ntrar ias a l in terés de nuestro s m o narcas ,

reconociendo en ello que era por lo m ism o hacer la

guerra á su trono y auto r idad.

Vol taire 110 faltó á esta precaución, cuan do quiso

pub licar e l Examen critico del Libro del Príncipe.

a q u e l Anti-Maquiavelo que é l hizo atribuir al R e y

d e P rus ia , Feder ico II , a u n q u e sin atr ib uírse le él

m i s m o co n una no m inal espec i f i cac ió n. E sco g ió é l

L o n d r e s , en que hab ía hal lado ya m ucho s part ida

rios, cuando prec isado anter io rm ente á expatr iarse

á causa d e su espír i tu de independencia y d e su osa-

d a irreligión, publicó allí aquel famoso po em a, en

que, en versos imitados de Teo do ro de B eza (M o rs

Cicero nis) , deplo rab a tan po m po sam ente e l t rágico

fin d e C o l i g n y . - F u é a l l í d o n d e en el año de 1740,

después de hab er v enido á da r en París su Bruto,

y en v ísperas de hacer representar tam b ién su M a-

hometo , pub licó e l Anti-Maquiavelo de que trata-

mos. E sta pro ducc ió n, á la que dejó v i s lum b rar un

afecto, mate rnal en el prólogo d e que ia aco m pañó ,

está m uy dis tante de m erecer e l título de un a sóli-

d a refutac ió n. N o hace e l la m as que repetir lo que

la s precede ntes hab ían dicho , n i to m ó m ejo r que

ellas el Libro del Príncipe, en el sentido con que se



hab ía co m puesto : le d i fam a m ás b ien que le im pug-

na . Vo lta i re , en su pró lo go , pro cedió d el m ism o

m o do co n respecto á la jus t i f i cac ió n que A m e l o t d e

la H o ussaie hab ia hecho de M aquiav elo . D e s v i á n -

do se s iem pre de la m ente rea l d e es ta apo lo gía , no

em pleó cas i co ntra e l la m as que so f i sm as y s a r -

casm o s.

E l año de 174 0, b ajo es te aspecto co m o b ajo otros

m ucho s , deb e no tarse en la his to r ia d e la s ca lam i

d a d e s que la fi losofía de la libertad atrajo sobre la

Franc ia , hac ia e l f in del S ig lo X V I I I . C o m e n z ó á

hacerse m ás general en e l la desde ento nces la pa-

sión co ntra M aquiav elo , s in que n inguno se d i g n a s e

ó supiese leerle . A excepc ió n de a lgun as b ue nas al -

m as á las que la escuela de lo s P P . B i n e t , R a y -

n a u d , L u c c h e s i n i , R i v a d e n e y r a y P o s s e v i n , hab ía

hecho c iegam ente apas io nadas co ntra é l , e l m a y o r

núm ero se deja b a llev ar de aque l lo s f iló so fos m o -

derno s que se hab ían co nst i tuido po r m aestro s . S e

repet ía en to das partes co n arreglo á e l lo s , que M a-

quiav elo es e l precepto r y m o delo de to do s los vi-

c io s reunido s; aun su no m b re l legó á ser de o ídas e l

t ipo de la ho rrenda co m b inac ió n de lo s m a y o r e s d e -

litos; y con un tan pérfid o error se dejó l lev ar la

F r a n c i a hac ia aquel la ho rrenda rev o luc ió n, en que

lo s ca lum niado res de M aquiav elo se reco no c iero n á

sí mismos, en sus acc io nes , por los inventores de la

atro z co m b inac ió n que le hab ían im putado e l lo s tan

háb i lm ente .

H em o s dem o strado cuánto les im po rtab a apartar

de las miradas de todos un libro, en que se halla-

b an indicado s lo s preserv at iv o s co ntra lo s m ales

que sus s i s tem as de independencia y reb el ió n no s

preparab an.

S ub s is te to dav ía e l error, porque hubiera sido

necesario, para hacer es to s cotejos, poder leer al

texto m ism o de M aquiav elo , en que so lam ente se

puede juzgar le b ien , y c u y a per fec ta inte l igenc ia no

está a l a lcance m as que de un co rt í s im o núm ero de

franceses.

N ingún auto r de nuestro s días em prendió desv a-

necer es ta i lus ió n ant i -m o nárquica , y aun quizá hay

m ucho s que se em peñaro n en hacer la m ás fuerte

todavía.

Aquí , e l av iso Attendite á falsis prophetis qui

ve-

munt cid vos in vestimentis ovinm, suministra una se-

gura regla para aprec iar su sinceridad é intenciones.

E c h a n d o á un lado á los detracto res que no so n

ma s que m ater ia les eco s , y á los serviles comp ila-

dores de quienes to do ho m b re ju ic io so se desco nf ía

natura lm ente , no tem o decir: Si entre los escritores

ha y a lguno s hac ia cuya ciencia su reputación inclina

vuestra c o n f i a n z a , v ed sus o b ras en aquel lo s ca la -



m ito so s t iem po s que acab am o s de pasar : A fructi-

bus corum cognoscetis eos. R e c o n o c e r e i s in fa l ib le-

m ente que e l lo s fuero n aca lo rado s part idar io s yce -

lo so s apó sto les dea q u e l l a c a l a m i t o s a revolución,

co n que fué destruido el t ro no cuya restauración

b endec im o s ho y día , ycuya segur idad pedim o s .

f i n d e l a p é n d i c e

M A Q U I A V E L O C O M E N T A D O

l i t a m t s c r ü a fr N a p o l e ó n

nocturna rcrsate manu, rersate diurna.

E L P R I N C I P E

P O R N I C O L A S M A Q U I A V E L O ,

Secretario

y

ciudadano

de

Florencia

la

N I C O L A S M A Q U I A V E L O

Al magnífi co LORENZO hijo de Pedro de Médicisfft ;

O S q u e quieren lo grar la grac ia de un P r ín -

" " " c ipe , t i enen la co stum b re de presentar le las

cosas que se reputan co m o que le so n m ás agrada-

bles, óe n c u y a po ses ió n se sab e que é l se co m place

( a) La pr es en t e t r aducci ón s e h a cot ej ado con e l m an us cr i t o or i -

g i n a l q ue es t á en l a Bi b l i ot eca Medic.i-Laurenziana de Fl or en c i a .

(b) S o b r i n o d e l P a p a L e ó n X , vp a d r e d e C a t a l i n a d e M é d i c i s ,

qu e se casó, en el año de 15 3 3 , con e l Del f í n de Fr an ci a , h ech o R ey

en el de 1547 con el t ítulo de En r i q ue II .



m ito so s t iem po s que acab am o s de pasar : A fructi-

bus corum cognoscetis eos. R e c o n o c e r e i s in fa l ib le-

m ente que e l lo s fuero n aca lo rado s part idar io s yce -

lo so s apó sto les dea q u e l l a c a l a m i t o s a revolución,

co n que fué destruido el t ro no cuya restauración

b endec im o s ho y día , ycuya segur idad pedim o s .

f i n d e l a p é n d i c e


l i t a m t s c r ü a fre N a p o l e ó n

nocturna rersate manu, rersate diurna.

E L P R I N C I P E

P O R N I C O L A S M A Q U I A V E L O ,

Secretario

y

ciudadano

de

Florencia

la

N I C O L A S M A Q U I A V E L O

Al magnífi co LORENZO hijo de Pedro de Médicisfft ;

O S q u e quieren lo grar la grac ia de un P r ín -

" " " c ipe , t i enen la co stum b re de presentar le las

cosas que se reputan co m o que le so n m ás agrada-

bles, óe n c u y a po ses ió n se sab e que é l se co m place

( a) La pr es en t e t r aducci ón s e h a cot ej ado con e l m an us cr i t o or i -

g i n a l q ue es t á en l a Bi b l i ot eca Medic.i-Laurenziana de Fl or en c i a .

(b) S o b r i n o d e l P a p a L e ó n X , vp a d r e d e C a t a l i n a d e M é d i c i s ,

qu e se casó, en el año de 15 3 3 , con e l Del f í n de Fr an ci a , h ech o R ey

en el de 1547 con el t ítulo de En r i q ue II .



1 x 6

m ás. L e o frecen en su co nsecuencia lo s uno s , ca -

b al lo s ; lo s o tro s , arm as; cuales , te la s de o ro ; va -

rios, p iedras prec io sas ú o tro s o b jeto s igualm ente

digno s de su grandeza .

Q uer iendo presentar yo m ism o á

V u e s t r a M a g -

n i f i c e n c i a

a lguna o frenda que pudiera pro b ar le to -

d o m i rendim iento para co n e l la , no he hal lado ,

e n t r e las co sas que po seo , n inguna que m e sea m ás

quer ida , y d e que haga yo m ás caso , qu e m i co no -

c im iento de la co nducta de lo s m ayo res es tadis tas

que han exis t ido . N o he po dido adquir i r es te cono-

c im iento m as que co n una di la tada exper ienc ia d e

las ho rrendas v ic i s i tudes po l í t i cas de nuestra edad,

y po r m e d i o d e una co nt inuada lec tura de las anti-

g u a s his to r ias . D e s p u é s d e h a b e r e x a m i n a d o por

m u c h o t i e m p o las acc io nes de aquel lo s ho m b res , y

m e d i t á d o l a s con la más seria atención , he encerra-

d o el r e s u l t a d o d e esta peno sa y pro funda tarea en

u n r e d u c i d o v o l u m e n ; y el cual remito á

V u e s t r a

M a g n i f i c e n c i a .

A u n q u e e s t a o b r a m e parece indigna de Vuestra

G randeza , tengo , s in em b argo , la co nf ianza de que

v u e s t r a b o n d a d le proporcionará la honra de una

f a v o r a b l e aco gida , s i o s dignáis co ns ide rar que no

m e era po s ib le hacero s un presente m ás prec io so

que e l de un libro, con el que podréis c o m p r e n d e r

en po cas ho ras lo que yo no he co no c ido n i cora-

prendido m as que en m ucho s año s , con suma fa ti-

ga y grandís im o s pel igro s .

N o he l lenado es ta o b ra de aquel las pro l i jas g lo -

sa s co n que se hace o stentac ió n de ciencia, ni ador-

nádo la co n frases po m po sas , hinchadas expres io nes

y to do s lo s dem ás atract iv o s ajen os de la m ateria,

con que m ucho s auto res t ienen la co stum b re de en-

galanar lo que tienen que dec ir ( i ) . H e quer ido que

mi l ib ro no tenga o tro adorno ni gracia más que la

v erdad de las co sas y la im po rtanc ia de la materia.

D e s e a r í a yo , s in em b argo , que no se mirara co-

m o una reprens ib le presunción en un hombre de

condición inferior, y aun b aja si se quiere, el atre-

v im iento que é l t i ene de discurrir sobre los gobier-

nos de los príncipes, y d e aspirar á darles reglas.

L o s pinto res encargado s de dibujar un paisaje, de-

be n estar, á la v erdad, en la s m o ntañas , cuando

tienen neces idad de que lo s v a l les se descubran bien

á sus m iradas; pero tam b ién únicam ente desde e l

fo ndo de lo s v a l les pueden ver bien en toda su ex-

tensión l a s m o n t a ñ a s y elevado s sitios (2). Su ced e

lo propio en la política: si para con ocer la natu ra-

leza de lo s pueb lo s , es preciso ser Príncipe , p ara

( 1 ) C o m o T á c i t o y G i b b o n . [ Nota de frQapotecm, G . ]

( 2 ) C o n e s t o e m p e c é , y c o n e l l o c o n v i e n e e m p e z a r . S e

c o n o c e m u c h o m e j o r e l f o n d o d e l o s v a l l e s c u a n d o d e s p u é s

s e e s t á e n l a c u m b r e d e l a m o n t a ñ a . R . C .



co no cer la de lo s pr inc ipado s , co nv iene es tar entre

e l p u e b l o . R e c i b a

V u e s t r a M a g n i f i c e n c i a

este es-

caso presente co n la m ism a intenc ió n que yo tengo

al o frecérse lo . Cu an do o s digne is leer es ta o b ra y

m edi tar la co n cuidad o , reco no cere is en e l la e l ex-

trem o deseo que tengo de v ero s l legar á aquel la e le-

v ac ió n que v uestra suerte y em inente s prend as o s

perm iten . Y s i o s d ign áis despué s , de sde lo a lto de

v uestra m ajestad, b a jar á v eces v uestras m iradas

hac ia la hum i l lac ió n en que m e hal lo , co m pre nd e-

reis to da la in just ic ia de lo s extrem ado s r igo res que

la m alignidad de la fo r tuna m e hace exper im entar

sin interrupción.

C A P I T U L O I

c u á n t a s c l a s e s d e p r i n c i p a d o s h a y , y d e q u é

m o d o e l l o s s e a d q u i e r e n

C u a n t o s E s t a d o s , c u a n t a s d o m i n a c i o n e s e j e r c i e -

ro n, y e jercen to da v ía u na auto r idad so b e rana so -

b re lo s ho m b res , fuero n y so n, R epúb licas ó pr inc i - '

pado s . Lo s pr inc ipado s so n, ó heredi tar io s cuando

la fam i l ia del que lo s t iene, lo s p o seyó po r m ucho

t iem po ; ó so n nuev o s .

Lo s nuev o s so n, ó nuev o s en un to do (1 ) , co m o

lo fué e l de M i lán para Franc isco S fo rzia (a)\ ó co-

m o m i e m b r o s a ñ a d i d o s a l E s t a d o y a h e r e d i t a r i o d e l

P r inc ipe que lo s adq uiere; y ta l es e l re ino de N á -

po les co n respecto a l R ey de E spaña (ó ) .

( 1 ) T a l s e r á e l m í o . s i D i o s m e d a v i d a . G .

a . G e n e r a l í s i m o d e l o s e j é r c i t o s d e l a R e p ú b l i c a m i l a n e s a , l o s

c o n d u j o m u y r e p u b l i c a n a m e n t e á d i v e r s a s v ic t o r i a s y c o n q u i s t a s ,

y cuan do, por m edi o del h ech i zado d om i n i o q ue con e l l o adq ui e r e

un Gen er a l s ob r e l os es pí r i t u s de l os s o l dados , pu do di s pon er de

s us t r opas á l a v ol un t ad de s u am b i ci ón , v i n o á s i t i ar y s om et er á

l os r epub l i can os de Mi l á n ; s e h i zo r ec i b i r en est a , c i u dad com o un

l i b e r t a d o r , y c o n s i g u i ó d e a l l í e n b r e v e q u e l e p r o c l a m a r a n p o r

P r í n c i p e y D u q u e d e t o d o s l o s d o m i n i o s m i l a n e s e s .

b. Des de e l añ o de 1442 en q ue A l fon s o V, R ey de A r a gón , s e



O lo s E stado s nuev o s , adquir ido s de es to s dos

m o do s , es tán hab i tuado s á v iv i r b a jo un P r ínc ipe ,

ó están habituados á ser libres.

O el Príncip e que los adquirió, lo hizo con las

arm as a jenas , ó lo s adquir ió co n las suya s pro pias .

O la fo r tuna se lo s pro po rc io nó ; ó es deudo r d e

ellos á su valor.

h ab í a h ech o pr ocl am ar R ey de N ápol es , co n s er v ar on l os m on ar -

cas de Es pañ a es t e s egun do r ei n o h as t a e l de 17 0 7 .

C A P I T U L O I I

d e l o s p r í n c i p e s h e r e d i t a r i o s

P a s a r é aquí en silencio las Repúblicas, á causa

de que he discurr ido ya largam en te so b re e l las en

otra obra («); y no dirigiré mis miradas mas que

hacia el P r inc ipado [_i ]. Vo lv iend o en m is discur-

sos á las d is t inc io nes que acab o de es tab lecer , exa-

minaré e l m o do co n que es po s ib le go b ernar y co n-

servar lo s pr inc ipado s .

D igo , pues , que en lo s E stado s heredi tar io s que

están a c o s t u m b r a d o s á ver reinar la familia de su

Príncipe, h a y m e n o s dificultad para conservarlos (b),

[ i ] N o h a y m á s q u e e s t o d e b u e n o , p o r m á s q u e d i g a n ;

p e r o m e e s p r e c i s o c a n t a r p o r e l m i s m o t o n o q u e e l l o s , h a s -

t a n u e v a o r d e n . G .

a. Di s cur s o s ob r e l a P r i m e r a D é c a d a d e T i t o L i v i o .

b. T á c i t o d i c e q u e e l q u e adq ui r i ó un i m per i o por m edi o del cr i -

men y v i o l en ci a , n o puede con s er v ar l e h aci en do us o r epen t i n am en -

te de l a b l a n d u r a y a n t i g u a m oder aci ón : Non possc principatum

sceterc quoesitum subith modestia et priscá gravitóte retinen. [Hist .

II- Y pr ev i en e q ue e l v i gor q ue con v i en e em pl ear par a con s er v ar

este i m per i o , es á m en udo c a u s a de per der l e con l a sub l ev aci ón de

los s ub di t os á q ui en es s e l es a c a b a la p a c i e n c i a : a/que it/i, quam-

vis servifáo sue/i. patienliam abrumpant. [A nn. 12].



q u e c u a n d o ellos son nuevos (2) . E l P r ínc ipe en-

to nces no t iene neces idad m as que d e no traspasar

el o rden seguido po r su s m ayo res , y de co ntem p o -

r izar co n lo s acaec im iento s , despué s de lo cual le

b asta una o rdinar ia industr ia para co nserv arse s iem -

pre , á no ser que haya una fuerza extrao rdinar ia , y

l l e v a d a al exceso , que v enga á pr iv ar le de su E s t a -

do. Si él le pierde, le recuperará, si lo quiere, por

m ás po dero so y háb i l que sea el u s u r p a d o r q u e se

ha apo derado de é l (3) .

T e n e m o s p a r a e j e m p l o , en Italia, al D u q u e d e

F e r r a r a , á quien no pudiero n arruinar los a t a q u e s

de lo s v enec iano s , en e l añ o de 1484; ni lo s de l P a-

( 2 ) P r o c u r a r é s u p l i r l o h a c i é n d o m e e l d e c a n o d e l o s d e -

m á s s o b e r a n o s d e E u r o p a . G .

( 3 ) L o v e r e m o s . L o q u e m e f a v o r e c e , e s q u e n o s e lo

h e c o g i d o á é l , s i n o á u n t e r c e r o q u e n o e r a m a s q u e u n

i n s u f r i b l e c e n a g a l d e r e p u b l i c a n i s m o . L a o d i o s i d a d d e la

u s u r p a c i ó n n o r e c a e s o b r e m í ; l o s f o r j a d o r e s d e f r a s e s al

s u e l d o m í o l o h a n p e r s u a d i d o y a : ha destronado él mas

que á la anarquía. M i s d e r e c h o s al t r o n o d e F r a n c i a n o e s -

t á n m a l e s t a b l e c i d o s e n l a n o v e l a d e L e m o n t . . . . E n c u a n -

to a l t r o n o d e I t a l i a , t e n d r é u n a d i s e r t a c i ó n d e M o n t g a

E s t o l e s e s n e c e s a r i o á l o s i t a l i a n o s q u e h a c e n d e o r a d o -

r e s . B a s t a b a u n a n o v e l a p a r a l o s f r a n c e s e s . E l p u e b l o b a j o

q u e n o l e e , t e n d r á l a s h o m i l í a s d e l o s o b i s p o s y c u r a s q u e

t e n g a h e c h o s ; y m á s t o d a v í a u n c a t e c i s m o a p r o b a d o p o r e l

l e g a d o d e l P a p a , n o s e r e s i s t i r á á e s t a m a g i a . N o l e f a l t a

c o s a n i n g u n a , s u p u e s t o q u e e l P a p a h a u n g i d o m i f r e n t e

i m p e r i a l . B a j o c u y o a s p e c t o d e b o p a r e c e r t o d a v í a m á s i n a -

m o v i b l e q u e n i n g u n o d e l o s B o r b o n e s . R . J.

J" )¿p t T M / w v f r - S U }

pa Julio, en el de 1510 , por el único motivo de que

su fam i l ia se hal lab a es tab lec ida de padres en hijos,

m u c h o tiempo hacía, en aquella soberanía.

Teniendo e l P r ínc ipe natural menos motivos y

neces idad de o fender á sus go b ernado s , es tá m ás

a m a d o po r es to m ism o ; y si no tiene vicios muy

irr i tantes que le hagan aborrecible, le amarán sus

g o b e r n a d o s n a t u r a l m e n te y con razón. L a ant igüe-

d a d y continuación del reinado de su dinastía, hi -

cieron olvidar los v est ig io s y causas de las m u dan -

z a s que le instalaron: lo cual es tanto más úti l, cuan-

to una m udanza deja s iem pre una p iedra angular

para hacer otra [4].

[ 4 ] ¡ C u á n t a s p i e d r a s a n g u l a r e s se m e d e j a n T o d o s l o s

m á s e s t á n t o d a v í a a l l í ; y s e r í a m e n e s t e r q u e n o q u e d a s e n i

s i q u i e r a u n o s o l o , p a r a q u e y o p e r d i e s e to d a e s p e r a n z a .

V o l v e r é á h a l l ar a l l í m i s á g u i l a s , m i s

N . ,

m i s b u s t o s , m i s

e s t a t u a s , y a u n q u i z á l a c a r r o z a i m p e r i a l d e m i c o r o n a c i ó n .

T o d o e s t o h a b l a i n c e s a n t e m e n t e á l o s o j o s d e l p u e b l o e n

m i f a v o r , y m e t r a e á l a m e m o r i a . E .



124

C A P I T U L O I I I

d e l o s p r i n c i p a d o s m i x t o s

S e h al lan las d i f icul t ades en e l pr in c ipado mixt o ;

y pr imeram en t e, s i é l n o es en t eram en t e n uevo , y

q ue n o es mas q ue un miemb ro añ adido á un pr in -

c ipado an t iguo q ue y a se po see, y q ue po r su reu-

n ió n puede l lamarse , en a lgún m o do , un pr in c ipado

m i x t o [ i ] , sus in cert idumb res diman an de una di f i-

cul t ad q ue es co n f o rme co n la n at uralez a de t o do s

lo s pr in c ipado s n uevo s . Co n sis t e e l la en q ue lo s

h o m b res q ue m udan gust o so s de señ o r co n la espe-

ran z a de m ejo rar su suert e [ en lo q ue van errado s ] ,

y q ue, co n est a lo ca esperan z a, se h an armado co n -

t ra e l q ue lo s go b ern ab a, para t o mar ot ro , n o t ar-

dan en co n ven cerse po r la exper ien cia , de q ue su

co n dic ió n se h a emp eo rado ( a). E st o pro v ien e de

A

[ i ] C o m o l o s e r á e l m í o s o b r e el P i a m o n t e , T o s c a n a ,

R o m a , e t c . R . C .

a. M aq u ia v e lo ( D is c . l ib . 3 , c a p . 2), l l a m a b a sentencia de oro,

l a s p a l a b r a s d e a q u e l S e n a d o roman o, q u e d e c ía , " A d m i r á n d o s e

de lo p a s a d o si n v i t u p e rar lo pre s e n t e , y q ue a u n q u e d e s e a b a b u e -

n o s p r í n c i p e s , s o p o r t a b a pac ie n t e me n t e á lo s q u e n o e ran t a le s ,

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la n eces idad en que aquel q ue es un n uevo P r ín c i-

pe , se h al la n at ural y co mún men t e de o f en der á sus

nuevos súb dit o s , ya con tropas, ya con una infini-

da d de o t ro s pro cedimien t o s mo lest o s que el acto

de su n ueva adq uis ic ió n l levab a co n sigo [ 2 ] .

C on ello te hallas t en er po r en emigo s t o do s aq ue-

llos á q uien es h as o f en dido a l o cupar est e pr in c ipa-

do , y n o p u e d e s co n servart e po r a m i g o s á los que

4 te co lo caro n en él, á causa d e qu e no te es posible

sat is f acer su amb ic ió n h ast a el grado que ellos se

habían l iso n jeado ; ni hacer uso de medios rigurosos

para reprimirlos, en atención á la s obligacione s que v \ |

ellos te hicieron co n t raer con respecto á sí mis-

m os [3 |. P o r más f uert e q ue un Príncipe sea con sus 6

ejércitos, t u v o s iempre n eces idad del favor de una

parte á lo men o s de lo s h ab it an t es de la provincia,

para en t rar en ella. H é aquí por q ué Luis XII , des-

pués de h ab er o cupado Milán con facil idad, le per-

[2 ] P o c o m e i m p o r t a : e l é x i t o j u s t i f i c a . R . C .

( 3 ) ¡ L o s b r i b o n e s M e d a n á c o n o c e r c r u e l m e n t e e s t a

v e r d a d . S i n o l o g r a r a y o d e s e m b a r a z a r m e d e s u t i r a n í a , m e

s a c r i f i c a r í a n . R . I .

v is t a la n e c e s id ad d e v iv ir s e gú n los t ie mpos e n q u e u n o e s t á : " Se

metninisse temporum quibus natus sit; ulteriora mirari, preesertim

sequi, bonos imperatores expectore, qualescumque tolerare. ( T ac . ,

His t . l ib . 4) . C lau d io re s pon d ió á los e mb ajad ore s d e los P ar t os

qu e h ab ían v e n id o á pe d ir le ot ro R e y d i fe re n t e d e l s u y o: "S e m e -

jan t e s mu d an zas n o v a le n n a d a ; y e s n e c e s ar io ac omod ars e lo me -

jor q u e s e pu e d a a l ge n io de los reyes que se tienen: Ferenda re-

guvi ingenia, ñeque usui crebras mutaliones." (Ann. 12).

J É / A L ' ; / F C - , -V , JF T U F R R ^ O"



d i ó i n m e d i a t a m e n t e [ 4 ] ; y n o h u b o n e c e s i d a d p a r a

quitár s e lo, es ta pr imer a vez , mas que de las fuer zas

d e L u d o v i c o ; p o r q u e l o s m i l a n e s e s q u e h a b í a n a b i e r -

to s us puer tas a l Re y, s e vier on des e nga ñad os de

s u c onf ian za en los favor es de s u gobier no, y de la

e s p e r a n z a q u e h a b í a n c o n c e b i d o p a r a l o v e n i d e -

r o

[s]> Y

n o

p o d í a n y a s o p o r t a r e l d i s g u s t o d e t e -

ner un nuevo Pr ínc ipe (6) .

E s m u c h a v e r d a d q u e a l r e c u p e r a r L u i s X I I p o r

s egund a vez los pa ís es que s e habían r ebelado , no

s e los de jó quitar tan fá c i lmen te , por qu e pr evale-

c iéndos e de la s uble vac ió n anter ior , fué meno s r es er -

vado en los medios de c ons ol ida r s e (c) . Ca s t ig ó

á los c ulpables ; quitó e l ve lo á los s os pec hos os ,

( 4 ) N o m e lo h u b i e r a n q u i t a d o l o s A u s t r o - R u s o s , s i y o

h u b i e r a p e r m a n e c i d o a l l í , e l a ñ o d e 1 7 9 8 . R . C .

[ 5 ] A l o m e n o s y o n o h a b í a e n g a ñ a d o l a s e s p e r a n z a s d e

l o s q u e m e h a b í a n a b i e r t o s u s p u e r t a s e n e l a ñ o d e 1 7 9 6 .

R . C .

b. Tá cito refiere q ue los P a rtos rec ib ieron con los bra z os a b ier-

t o s á T i r i d a t e s , e s p e r a n d o q u e él lo s t r a t a r a m e j o r q u e l o s h a b í a

t r a t a d o A r t a b a n o ; y q u e d e a l l í á b r e v e t i em p o a bo r r e c i e r o n á T i -

r i d a t e s t a n t o c o m o l e h a b í a n a m a d o : Qui Artabanum ob seevitiam

execrati come Tiridatis ingenium sperabant ad Artabanum ver -

tere, etc. (Ann. 6).

c. H a b i e n d o r e c o n q u i s t a d o R h a d a m i s t o l a A r m e n i a , d e l a q u e

le h a bí a n ech a do sus gob erna dos, se condujo con e l los como con

u n o s r e b e l d e s q u e n o a g u a r d a b a n m a s q u e l a o c a s ió n d e s u b l e -

v a rse otra v ez : Vacuam rursús Armeniam mvasit, truculentior qu&m

anteé; tamquám adversas defectores, et in tempore revellaturos.

(Ann. 12).

y for t i f ic ó las par tes más débi les de s u anter ior go-

bierno (6).

Si , par a hac er per der Milán a l Rey de Fr anc ia la

pr imer a vez , no hubier a s ido menes ter mas que la

t e r r i b l e l l e g a d a d e l D u q u e L u d o v i c o h a c i a l o s c o n -

f ines de l milas ena do, fué nec es ar io par a h ac ér s e le

per der la s egunda que s e ar mas en todos c ontr a é l ,

y que s us e jér c itos fues en ar r ojados de I ta l ia , ó des -

truidos (7).

Sin embar go , tanto la s egun da c om o la pr im er a

vez, s e le quitó e l Es t ad o de Milán. Se han vis to

los mot ivos de la pr imer a pé r dida s uya qu e é l hizo,

y nos r es ta c onoc er los de la s egunda, y dec ir los

me dios que é l tenía , y que podía tener c u alquier a

que s e ha l lar a en e l mis m o c as o, par a man tener s e

en s u c onquis ta mejor que lo hizo (8) .

C o m e n z a r é e s t a b l e c i e n d o u n a d i s t i n c i ó n : ó e s t o s

E s t a d o s q u e , n u e v a m e n t e a d q u i r i d o s , s e r e ú n e n c o n

[ 6 ] A lo c u a l m e d e d i q u é a l r e c u p e r a r e s t e p a í s e n e l

a ñ o d e 18 0 0 . P r e g ú n t e s e a l P r í n c i p e C a r l o s s i m e f u é b i e n

c o n e l l o . R . I .

N o e n t i e n d e n n a d a e n e s t o , y v a n p a r a m í l a s c o s a s á p e -

d i r d e b o c a . E .

[ 7 ] N o s u c e d e r á e s t o y a . R . C .

[ 8 ] S é m á s q u e M a q u i a v e l o s o b r e e s t e p a r t i c u l a r . R . C .

E s t o s m e d i o s , n o t i e n e n e l l o s n i a u n s i q u i e r a v i s o s d e

s o s p e c h a r l o s ; y le s a c o n s e j a n o t r o s c o n t r a r i o s : m e j o r q u e

m e j o r . E .



un E st ado o cupad o much o t iempo h a ce po r e l q ue

los ha conseg uido, se hallan ser de la mis ma pro-

v in c ia , t en er la misma len gua, ó est o n o sucede as í .

Cua n do e l lo s so n de la pr imera espec ie , h ay su-

ma f ac i l idad en co n servar lo s , espec ia lmen t e cuan do

n o est án h ab it uado s á v iv ir l ib res en R epúb l ica ( 9 ) .

P ar a po seer lo s segura men t e, b ast a h ab er ext in gui-

do la descen den cia del P r ín c ipe q ue re in ab a en

el lo s ( 10 ) ; po rq ue en lo rest an t e , co n serván do les sus

an t iguo s est at ut o s , y n o s ien do a l i í l as co st um b res

di f eren t es de las del pueb lo á q ue lo s reún en , per-

man ecen so segado s , co mo lo est uv iero n la B o rgo ñ a,

1

B ret añ a , G asc uñ a y No rm an día , q ue f uero n reun i-

d a s á l a F r a n c i a , m u c h o t ie m p o h ac e ( n ) . A u n q u e

h ay , en t re e l las , a lgun a di f eren cia de len guaje , las

co st umb res , s in emb a rgo , se asemejan a l l í, y est as

di f eren t es pro v in c ias pued en v iv ir , n o o b st an t e , en

b uen a armo n ía .

E n cuan t o a l q ue h ace semejan t es adq uis ic io n es ,

si él quiere conse rvarla s, le son nec esar ias dos co-

sas: la un a, q ue se ext in ga e l l in age del P r ín c ipe

( 9 ) A u n c u a n d o l o e s t u v i e r a n , s a b r í a y o b i e n r e d u c i r -

l o s . G .

( 1 0 ) N o r ae o l v i d a r é d e e s t o e n c u a n t a s p a r t e s e s t a b l e z -

c a y o d o m i n a c i ó n . G .

( n ) L a B é l g i c a q u e n o l o e s t á m a s q u e p o c o h á , s u m i -

n i s t r a , g r a c i a s á m í , u n b e l l o e j e m p l o d e e l l o . R . C .

q u e p o s e í a e st o s E s t a d o s [ 1 2 ] ; la otra, que el Prín-

c ipe q ue es n uevo n o a l t ere sus ley es , n i aum en t e

lo s impu est o s [ 1 3] ; con e llo , en b rev ís imo t iempo ,

est o s n uevo s E st ado s pasarán á f o rmar un so lo cuer-

po co n e l an t iguo suy o [ 14 ] .

P ero cuan do se adq uieren a lgun o s E st ado s en un

país q ue se d i feren cia en las len guas , co st um b res 3

T

co n st i t uc ió n , se h al lan en t o n ces las d i f icul t ades ( 15) ;

y es menester tener bien propicia la fortuna, y una

suma in dust r ia , para co n servar lo s (d). U n o de lo s

mejo res más ef icaces medio s á est e ef ect o , ser ía

qu e el que la adq uie re, fue ra á r esidir en ello s (<?);

lo s po seer ía en t o n ces del mo do más seguro y dura-

b le , co mo lo h iz o e l Tu rco co n respect o á la G r e-

c ia . A pesar de t o do s los dem ás medio s de q ue se

[ 1 2 ] L e a y u d a r á n . G .

[ 1 3 ] S i m p l e z a d e M a q u i a v e l o . ¿ P o d í a c o n o c e r é l t a n

b i e n c o m o y o , t o d o e l d o m i n i o d e l a f u e r z a ? L e d a r é b i e n

p r o n t o u n a l e c c i ó n c o n t r a r i a e n s u p a í s m i s m o , e n T o s c a -

n a , c o m o t a m b i é n e n e l P i a m o n t e , P a r m a , R o m a , e t c . , e t c .

R . I .

[ 1 4 ] C o n s e g u i r é l o s m i s m o s r e s u l t a d o s si n e s t a s p r e c a u -

c a u c i o n e s d e l a d e b i l i d a d . R . I .

[ 1 5 ] ¡ O t r a s i m p l e z a L a f u e r z a R . I .

1 i. La d iv e rs id ad d e las c os t u mb re s oc as ion a fre c u e n t e s d is e n -

s ion e s : Ex diversitate inorttm crebra bella, d ic e T ác i t o ( His t . 5 ) .

e. E n e s t e s e n t id o d e c ían á T ib e r io q u e é l h u b ie ra d e b id o ir á

mos t r ar la maj e s t ad imp e r ia l á u n os pu e b los am ot in ad os , porq u e

á s u s imple v is t a h u b ie ran v u e l t o á la ob e d ie n c ia . Iré ipsiim et op-

ponere majestatcm imperatoriam debuisse, eessuri ubi principem vi-

dissent. (Ann. 1).



valía para conserva rla, no lo hubie ra logrado, si no

h ub iera ido á est ab lecer a l l í su res iden cia [ 16 ] .

Cuan do e l P r ín c ipe res ide en est e n uevo E st ado ,

s i se man if iest an a l l í desó rden es , puede repr imir lo s

muy pro n t amen t e; en vez de q ue s i res ide en o t ra

part e , y q ue lo s desó rden es n o so n de gravedad, n o

h ay remedio y a .

Cuan do perman eces a l l í , n o es despo jada la pro -

v in c ia po r la co dic ia de lo s emplea do s ( 17) ; y lo s

súb dit o s se a legran más de po der recurr ir a un P r ín -

cipe que está cerca de ellos, que no á un Prín cipe

dist an t e q ue le ver ía co mo ext rañ o : t ien en e l lo s más

ocasiones de cogerle amor (18). si quieren ser bue-

nos; y temor, si quieren ser malos. Por otra parte,

e l ext ran jero q ue h ub iera apet ec ido at acar est e E s-

t ado , t en drá más di f icul t ad para det ermin arse á e l lo .

Así, pues, residiendo el Príncipe en él , no podrá

perder le , s in q ue se exper i men t e un a suma di f icul-

t ad para q uit ársele ( 19 ) .

[ 1 6 ] L o s u p l i r é c o n v i r e y e s , ó r e y e s q u e n o s e r á n m a s

q u e d e p e n d i e n t e s m í o s : n o h a r á n n a d a , m a s q u e p o r o r d e n

m i a ; s i n l o c u a l , destituidos. R . I .

( 1 7 ) C o n v i e n e c i e r t a m e n t e q u e e l l o s s e e n r i q u e z c a n , s i

p o r o t r a p a r t e m e s i r v e n á m i d i s c r e c i ó n . R . C .

C ' 18 ) T é m a n m e e l l o s y e s t o m e b a s t a . R . I .

t i ? ) I m p o s i b l e c o n r e s p e c t o á m í . E l t e r r o r d e m i n o m -

b r e v a l d r á a l l í m i p r e s e n c i a . R . C .

J J . F t r - r f w o d r v ^ c r < u u f ' * " *

1

E l mejo r medio después del preceden t e , co n sis t e

en enviar a l g u n a s colonias á uno ó dos parajes que

sean co mo la l lave de est e n uevo E st ado : á f a l t a de

lo cual sería preciso tener all í mucha caballería é in-

f an t er ía ( 2 0) . Fo r man do e l P r ín c ipe seme jan t es co-

lonias, no se empeñ a en sumo s dispen dio s; po rq ue

aun sin hacerlos, ó haciéndolos escasos, las envía y

man t ien e all í. E n e l lo , n o o f en de mas q ue á aq ue-

l lo s de cuy o s campo s y casas se apo dera para dar-

lo s á lo s n uevo s mo rado res , q ue n o co mpo n en , t o do

bien consid erad o, mas que una cort ísima parte d e

est e E st ado ; y q uedan do disperso s y po b res aq ue-

llos á q uien es h a o f en dido , n o pueden per judicar le

n un ca {21). To d o s los dem ás q ue n o h an rec ib ido

ninguna ofen sa en sus person as y bienes, se apaci-

guan f ác i lmen t e, y so n t emero sam en t e at en t o s á n o

h acer faltas, á fin de qu e no les acaezca el ser des-

p o j a d o s co mo lo s otros (22). De lo cual es me nes-

ter concluir que est as colonias que no cuestan nada

ó casi nada , son más f ieles y perju dican m enos ; y

que hallánd ose p obres y dispersos los ofendid os, no

pueden per judicar co mo y a h e dich o ( 2 3) .

( 2 0 ) Ad ábundantiatn juris. S e h a c e u n o y o t r o . R . C .

( 2 1 ) E s h a r t o b u e n a l a r e f l e x i ó n ; y m e a p r o v e c h a r é d e

e l l a . R . C .

( 2 2 ) H é a q u í c o m o l o s q u i e r o . R . C .

( 2 3 ) E j e c u t a r é t o d o e s t o e n e l P i a m o n t e , a l r e u n i r l e á l a



D eb e n o t arse q ue lo s h o mb res q uieren ser acar i-

c iado s ó repr imido s , y q ue se ven ga n de las o f en -

sas, cuando son ligeras (24). No pu eden hacer lo

cuando ellas son graves; así, pues, la ofensa que se

hace á un hombre, debe ser tal que le inhabilite pa-

ra h acer lo s t emer su ven gan z a ( 2 5) .

Si, en vez de colonias, se t ienen tropas en estos

n uevo s E st ado s , se expen de much o , po rq ue es me-

n est er co n sumir , para man t en er las , cuan t a s ren t as

s e s a c a n d e s e m e j a n t e s E s t a d o s [ 2 6 ] . L a a d q u i s i -

c ió n suy a q ue se h a h ech o , se co n viert e en t o n ces en

pérdida, y o f en de much o más, po rq ue e l la per judi

ca á todo el país con los ejér citos que es me neste r

a lo jar al l í en las casas part iculares . Ca da h ab it an t e

exper imen t a la in co mo didad suy a; y so n un o s en e-

migo s q ue pueden per judicar le , aun perman ecien do

F r a n c i a . T e n d r é a l lí , p a r a m i s c o l o n i a s , d e a q u e l l o s b i e n e s

c o n f i s c a d o s y a a n t e s d e m í , y q u e e s t á a c o r d a d o l l a m a r na-

cionales. G .

( 2 4 ) N o v e o h a c e r l a s m a s q u e l i g e r a s á l o s m í o s p o r e s -

p í r i t u d e b e n i g n i d a d ; n o s e v e n g a r á n m e n o s d e e l l a s e n b e -

n e f i c i o m í o . ¿ S e s a b e e l a, b, c d el a r t e d e r e i n a r , c u a n d o s e

i g n o r a q u e d e s a g r a d a n d o c o n p o c o , e s c o m o s i s e d e s a g r a -

d a r a c o n m u c h o ? E .

( 2 5 ) N o h e o b s e r v a d o b a s t a n t e b i e n e s t a r e g l a ; p e r o

e l l o s a r m a n á a q u e l l o s á q u i e n e s o f e n d e n , y e s t o s . 1 o f e n d i -

d o s m e p e r t e n e c e n . E .

( 2 6 ) L a s c a r g á u n o m u y b i e n á fi n d e q u e q u e d e a l g o

p a r a s í . R . C .

so juz gado s den tro de su casa [ 2 7 ] . E st e medio pa-

ra guardar un Est ado es, pues, bajo tod os los as -

pectos, tan inútil como el de las colonias es út il .

E l P r ín c ipe q ue adq uiere un a pro v in c ia cuy as

costum bres y lengu aje no son los mism os que los

de su Esta do principal, d ebe hacers e tamb ién all í

el jefe y protector de los príncipes vecinos que son

menos poderosos que él , é ingeniarse para debilitar

á los más poderosos de ellos [28] . Deb e, a dem ás,

hacer de modo que un extra njero tan poderoso co-

mo él, no entre en su nuev a p rovincia ; porque acae-

cerá entonces que l lamará n all í á este e xtranje ro,

los que se hallen descontentos con motivo de su mu-

cha ambición ó de sus t emo res [ 2 9 ] . As í f ué co mo

los etolios introdujeron á los roma nos en la Gre cia

y demás provincias en que estos entraron; los l la-

maban all í siempre los habitantes (30).

El orden común de las caus as es que luego que

[ 2 7 ] N o l o s t e m o , c u a n d o l o s f o r z o á q u e d a r s e e n e l l a ; y

d e l a q u e n o s a l d r á n , á l o m e n o s p a r a r e u n i r s e c o n t r a m í .

R . C .

[ 2 8 ] P a r a e l lo n o h a y m e j o r m e d i o q u e d e s p o s e e r l o s , y

a p o d e r a r s e d e s u s d e s p o j o s . M o d e n a , P l a c e n c i a , P a r m a ,

N á p o l e s , R o m a y F l o r e n c i a p r o p o r c i o n a r o n o t r o s n u e v o s .

R . C .

[ 2 9 ] S o b r e e s t o a g u a r d o á l a A u s t r i a , e n L o m b a r d i a . G .

[ 3 0 ] L o s qu e p u e d e n l l a m a r s e e n L o m b a r d i a , n o so n

r o m a n o s . G .



un po dero so ext ran jero en t ra en un país , t o do s lo s

dem ás pr ín c ipes q ue so n a l l í men o s po dero so s , se

le unan por un efecto de la envidia que habían con-

ceb ido co n t ra e l q ue lo s so b repujab a en po der , y á

lo s q ue é l h a desp o jad o ( 3 1) . E n cuan t o á est o s

pr ín c ipes men o s po dero so s , n o h ay much o t rab ajo

en gan ar lo s ; po rq ue t o do s jun t o s f o rmarán gust o so s

cuerpo co n e l E s t ad o que él h a co n q uist a do ( 3 2 ) .

E l ún ico cuidado q ue h a de t en erse , es e l de impe-

dir q ue e l lo s adq uier an much a f uerz a y aut o r idad.

El nuevo Príncipe, con el favor de ellos y sus pro-

pias armas, po drá ab at ir f ác i lm en t e á lo s q ue so n

po dero so s , á f in de perman ecer en t o do e l árb i t ro

de aqu el p aís ( 33 ) .

E l q ue n o go b iern e h áb i lm en t e e st a part e , per

derá bien pronto lo que él adquirió; y mientras que

lo tenga , hallará en ello una infinidad de dif iculta-

des y sen t imien t o s ( 3 4 ) .

Lo s ro man o s guarda ro n b ien est as p recaucio n es

( 3 1 ) ¡ Q u é b u e n s o c o r r o h a l l a r í a l a A u s t r i a c o n t r a m í , e n

l a s fl oj as p o t e n c i a s a c t u a l e s d e I t a l i a G .

( 3 2 ) ¡ G a n a r l o s N o m e t o m a r é e s t e t r a b a j o , e s t a r á n o b l i -

g a d o s c o n m i f u e r z a á f o r m a r c u e r p o c o n m i g o , e s p e c i a l -

m e n t e e n m i p l a n d e C o n f e d e r a c i ó n d e l R h i n . R . I .

( 3 3 ) B u e n o d e c o n s u l t a r p a r a m i s p r o y e c t o s s o b r e l a

I t a l i a y A l e m a n i a . G .

( 3 4 ) M a q u i a v e l o s e a d m i r a r í a d e l a r t e c o n q u e s u p e a h o -

r r á r m e l o s . R . 1 .

en las provincias qu e ellos habían conquistado. En-

viaron allá co lo n ias , mantuvieron á los príncipes de

las inme diacion es m enos pode rosos que ellos, sin

aumen t ar su f uerz a; debilitaron á los que tenían

tanta como el lo s mismo s, y no permitieron que las

potencias e x t r a n j e r a s adquiriesen all í consideración

ninguna (35 ). Me basta citar para ejem plo de esto

la Grecia, en que ellos co n servaro n á lo s acay o s y

etolios, humillaro n el reino de Ma cedo nia y echa -

ron á Antioco ( 3 6 ) . El mérito que los aca yos y

etolios contrajeron en el concepto de los romanos,

no fué suf ic ien t e n un ca para q ue est o s les permi-

t iesen en gran d ecer n in gun o de sus E st a do s ( 37 ) .

Nun ca lo s redujero n lo s discursos de Filipo hasta el

grado de tratarle como amigo sin abatirle; ni nunca

el poder de Antioco pudo reducirlos á permitir que

él t uv iera n in gún E st ado en aq uel país ( 38) .

Lo s ro man o s h ic iero n en aq uel las c ircun st an cias

lo que todos los príncipes cuerdos deben hacer cuan-

do t ienen mirami ento, no solam ente con los actua-

les perjuicios, sino también con los venideros, y que

quieren rem ediar los con destreza . Es posible ha-

( 3 5 ) S e c u i d a d e d e s a c r e d i t a r l a s a l l í . R . C .

( 3 6 ) ¿ P o r q u é n o t o d o s l o s d e m á s ? R . C .

( 3 7 ) N o e r a e s t o b a s t a n t e : lo s h i j o s d e R ó m u l o t e n í a n

t o d a v í a n e c e s i d a d d e m i e s c u e l a . R . I .

( 3 8 ) E s l o m e j o r q u e e l l o s h i c i er o n . R . C .



cer lo precav ién do lo s de an t eman o ; pero s i se aguar-

da á q ue so b reven gan , n o es y a t iem po de rem e-

diar los , po rq ue la en f erm edad se h a vuel t o in cura-

ble. Suc ede , en este part icular, lo que los mé dico s

dicen de la t isis, que, en los principios, es fácil de

curar, y dif ícil de conocer; pero que, en lo sucesivo,

si no la conociero n en su principio, ni le aplica ron

remedio ninguno, se hace, en verdad, fácil de cono-

cer , pero di fíc i l de curar ( 39 ) . S uc ede lo mismo

co n las co sas del E st ado : s i se co n o cen an t ic ipada-

men t e Jo s males q ue pueden man if est arse , lo q ue

n o es aco rdado mas q ue á un h o mb re sab io b ien

preven ido , q uedan curado s b ien pro n t o ; pero cuan -

do, por no haber los conocido, les deja n tomar in-

creme n t o de m o do q ue l legan a l co n o cimien t o de

todas las gentes , no hay ya arbitrio ninguno para

remediar lo s . P o r est o , prev ien do lo s ro man o s de

le jo s lo s in co n ven ien t es , l es ap l icaro n e l rem edio

siempre en su principio, y no les dejaron seguir nun-

ca su curso por el temor de una guerra. Sab ían qu e

ésta no se evita ; y que si la diferim os, es siem pre

co n pro vech o a jen ó ( 4 0 ) . Cua n do e l lo s q uis iero n

[ 3 0 ] M a q u i a v e l o t e n í a e l á n i m o e n f e r m o a l e s c r i b i r e s t o ,

ó h a b í a v i s t o á s u m é d i c o . R . I .

[ 4 0 ] I m p o r t a n t e m á x i m a , d e q u e m e e s p r e c i s o f o r m a r

u n a d e l a s p r i n c i p a l e s r e g l a s d e m i m a r c i a l v p o l í t i c a c o n -

d u c t a . G .

h acer la co n t ra Fi l ipo y An t io co en G rec ia , era pa-

ra n o t en er q ue h acérsela en It a l ia ( / ) . P o dían

evita r ellos ento nce s á uno y otro; pero no quisie-

ron, ni les agradó aquel consejo de gozar de los be -

neficios del tiempo, que no se les cae nunca de la

b o ca á lo s sab io s do n uest ra era ( 4 1) . Les aco mo -

dó más el consejo de su valop^r prudencia, el t iem-

po q ue ech a ab ajo cuan t o sub sis te , puede acarrear

consigo tanto el bien como el mal, pero igualmente

tanto el mal como el bien (42 ) .

V o l v a m o s á la Fra nci a, 3- exam inarem os si el la

h iz o n in gun a de est as co sas . Hab laré , no d e C a r -

lo s V I I I , s i no d e L u i s X I I , c o m o d e aquel c u y a s

o perac io n e s se co n o ciero n m ejo r , v is t o q ue é l co n -

servó po r m ás t ie mpo sus po ses io n es en It a lia ; y se

verá que hizo lo contrario para retener un Estado

de di f eren t es co st umb res 3 ' l en guas { 4 3 ) .

( 4 1 ) S o n u n o s c o b a r d e s , y si s e p u s i e r a n e n m i p r e s e n -

c i a a l g u n o s c o n s e j e r o s d e e s t e t e m p l e , l o s . . . . R . C .

( 4 2 ) E s m e n e s t e r s a b e r d o m i n a r s o b r e u n o v o t r o . G .

( 4 3 ) P r e s c r i b i r é a l l í e l u s o d e la l e n g u a f r a n c e s a , c o m e n -

z a n d o p o r el P i a m o n t e q u e e s l a p r o v i n c i a m á s p r ó x i m a á

l a F r a n c i a . N i n g u n a c o s a m á s e f i c a z p a r a i n t r o d u c i r las

c o s t u m b r e s d e un p u e b l o e n o t r o e x t r a n j e r o , q u e a c r e d i t a r

a l l í s u l e n g u a . G .

/ . Fu é e s t i lo d e los roman os e l pe le ar le jos d e s u pa ís : Futí pro-

prium populi romani longe A domo beüare.. T ib e r io s igu ió s ie m-

p r e e s t a m á x i m a : " E s me n e s t e r , c on s e rv an d o lo q u e u n o tiene,

g o b e r n a r l a s c o s a s e x t r a n j e r a s c o n l a s a b i d u r í a y a s t u c i a , y te-

n e r le jos s u s e jé rc i t os : Destínala re/inens consUiis el as/u res e.v-



E l R ey Luis f ué at ra ído á I t a lia po r la amb ic ió n

de los venecianos que querían, por medio de su l le-

gada, gan ar la mit ad del E st ado de Lo mb ardía .

No intento afear este paso del Rey, ni su resolución

sobre este part icular ; po rq ue q uer ien do empez ar á

poner el pi e en Italia, no teniendo en el la amigo s ,

y aun v ien do cerradas t o das la s puert as á causa d e

los estragos que all í había hecho e l R e y C a r l o s V I I I ,

se veía forzado á respet ar lo s ún ico s a l iado s que pu-

diera haber all í (44) ; y su plan h ub iera t en ido un

co mplet o acierto, si él no h ub iera co met ido f a l t a

ninguna en las demás o perac io n es . L u e g o q u e h ub o

conquistado pues la L o m b a r d í a , vo lv ió á gan ar r e -

pentinamente en Italia la co n siderac ió n qu e C a r l o s

había h ech o perder en ella á las a r m a s f r a n c e s a s .

G én o va cedió ; se hicieron a m i g o s s u y o s lo s floren-

t inos; e l Marq ués d e M a n t u a , e l D u q u e d e F e r r a -

ra , B en t ivo gl io ( P r í n c i p e d e B o l o n i a ) , e l señ o r d e

Forli, lo s de P é z a r o , R ímin i , Camerin o , P io mb in o ,

lo s Luq uese s , P isan o s , S ien ese s , t o d o s , en un a pa -

( 4 4 ) M e e r a m u c h o m á s f á c i l c o m p r a r á l o s g e n o v e s e s ,

q u e , p o r e s p e c u l a c i ó n f is ca l, m e d i e r o n e n t r a d a e n I t a -

l i a . G .

ternas moliri, arma procul habere. [ T á c . . A n n . 6 ] . A s í o b r a b a nlos roman os par a c on s e rv ar las r iq u e zas y l ib e r t a d d e la I t a l ia ,

porq u e si los e xt ran je ros h u b ie ran pu e s t o e l p ie e n e l la , h u b ie ran

pod id o v a le rs e d e las arm as y r iq u e za s d e l pa ís ; lo c u a l h u b ie ra

d e b i l i t ad o á los roman os . P o r e s t o A n í b a l d e c ía á A n t ioc o q u e n o

e ra pos ib le v e n c e r los mas q u e e n I t a l ia .

labra, salieron á recibirle para solicitar su amis-

ta d ( 4 5 ). L o s v e n e c i a n o s deb iero n reco n o cer en -

t o n ces la impruden cia de la resolución que ellos ha -

bían t o mado , ún icame n t e para adquirir dos terri-

torios de la pro v in c ia lo mb arda; é hicieron al Rey

d u e ñ o de los dos tercios de la Italia ( 4 6 ) .

Que cada un o ah o ra co mpren da con cuán poca

dif icul t ad po día Luis X I I , si hubiera seguido las re-

glas de q ue acab amo s de h ab lar , conservar su repu-

tación en Italia, y t en er seguro s y bien defe ndid os

á cuan t o s amigo s se h ab ía h ech o é l all í . S iend o nu-

merosos estos, débiles por otra parte, y temiendo

el uno al Papa, y el otro á los venecianos, se veían

siempre en la precisión de permanecer con él; y

po r medio de ellos le era p o s i b l e co n t en er f ác i lmen -

te lo q ue h ab ía de más poderoso en toda la Penín-

s u l a ( 4 7 ) . , , ,

P e r o apen as l legó e l Re y á Milán, cua ndo obro

de un modo contrario, supuest o q ue ay udó a l P apa

( + 5 ) H e s a b i d o p r o p o r c i o n a r m e y a e l m i s m o h o n o r , y n o

h a r é c i e r t a m e n t e l a s m i s m a s f a l t a s . G .

( 4 6 ) L o s l o m b a r d o s á q u i e n e s a p a r e n t é d a r l a V a l t e l i n a

e l B e r g a m a s c o , M a n t u a n o , B r e s a a n o , e . . , -

l e s l a m a n í a r e p u b l i c a n a , m e h i c i e r o n

D u e ñ o u n a v e z d e s u t e r r i t o r i o , t e n d r e b i e n p r o n t o l o

t a n t e d e l a I t a l i a . G .

( 4 7 ) N o t e n d r é n e c e s i d a d d e e l l o s p a r a c o n s e g u i r e s t a

v e n t a j a . G .



Aleja n dro VI á apo derarse de la R o m añ a. No ech ó

de ver q ue co n est a det erm in ació n , se h ac ía déb i l

por una parte, d esvi and o de sí á sus am igos y á los

q ue h ab ían ido á po n erse b ajo su pro t ecc ió n ; y q ue,

po r o t ra , ext en día e l po der de R o ma [ 4 8] , ag re-

gan do un a t an vast a do min ació n t empo ral á la po t es-

tad espiritual que le dab a ya tanta a utorid ad (49).

E st a pr imera f a l t a le puso en la prec is ió n de co -

met er o t ras ; de mo do q ue para po n er un t érmin o á

la amb ic ió n de Ale jan dro , é impedir le h acerse due-

ñ o de la To scan a, se v ió o b l igado á vo lver á I t a l ia .

No le b ast ó e l h ab er d i lat ado lo s do min io s del

P apa, y desv iado á sus pro pio s amigo s; s in o q ue e l

deseo de po seer el re in o de Nápo les , se le h iz o re -

part ir co n e l R e y de E sp añ a [ 50 ] . As í , cuan d o é l

era el primer árbitro de la Italia, tomó en ella á un

aso ciado , a l q ue cuan t o s se h al lab an desco n t en t o s

co n é l , deb ían recurr ir n at uralmen t e; y cu an do le

era po sib le dejar en aq uel re in o á un R e y q ue n o

era y a m as q ue pen sio n ado suy o ( 5 1) , l e e ch ó

[ 4 8 ] F a l t a e n o r m e . G .

[ 4 9 ] E s p r e c i s o a b s o l u t a m e n t e q u e e m b o t e y o l o s d o s

f il os d e s u c u c h i l l a . L u i s X I I n o e r a m a s q u e u n i d i o t a . G .

[ 5 0 ] L o h a r é t a m b i é n ; p e r o e l r e p a r t i m i e n t o q u e y o h a -

g a , n o m e q u i t a r á la s u p r e m a c í a ; y m i b u e n J o s é n o m e l a

d i s p u t a r á . R . I .

[ 5 1 ] C o m o l o s e r á e l q u e y o p o n g a a l l í . R . I .

P O R N A P O L E Ó N

E l deseo de a d q u i r i r es, á la verdad, una cosa or-

din ar ia y muy n a t u r a l ; y los h o mb res q ue adq uie

ren , cuan do pueden h acer lo , serán a lab ado s v n un -

n i « T /

e r

\

P

°

r d l

°

P e r

°

C U a n d

» pueden

ni q uieren h acer su adq uis ic ió n , co mo co n vien e en

est o co n sis t e el erro r y mo t ivo d e v i t uper io ( ,3) .

Si la Fran cia , p u e s , podía at acar co n sus f uerz as

Ñapó les , deb ía hacerlo; si no lo podía, no debía di-

v idir a q u e remo : y si la repart ición que ella hizo

d e la L o m b a r d i a con los venecianos, es dign a de

disculpa á causa d e que halló el Rey en ello un me-

dio de po n er el pie e n Italia, la empresa s o b r e N a -

-b p o l e ^ m e r ec e co n den arse á causa de qu e no había

mo t ivo n in gun o de n ece s idad qu e pudiera discul -

parla (54).

Lui s h ab ía co met ido pues c in co f a l t as , en cua n -

to_había

d e

st r uid o las reducidas po t en cias de I t a -

J „

5 2 ] V

¡

é n d

°

m e p r

,

e c i s a d o á r e t i r

a r d e a l l í á m i l o s é n o

e s t o y s i n t e m o r e s s o b r e e l s u c e s o r q u e l e d o y . R. I

L53J N o f a l t a r á n a d a á l a s m í a s . G

[ 5 4 ]

S e l e h a c e n a c e r . G .



l ia ( 55), a um en t ado la do min ació n de un P r in c ipe

y a po dero so , in t ro ducido á un ext ran jero q ue lo era

much o , n o res idido a l l í é l mismo , n i est ab lec ido co -

lonias. ,, .

E st a s f a l t as , s in emb argo , n o po dían per judicar-

le en v ida suy a, s i é l n o h ub iera co met ido un a sex- •

ta- la de ir á desp oja r á los ven ecia nos ( 56 ) . t ,ra

co sa muy raz o n ab le y aun n ecesar ia e l ab at ir lo s ,

aun cuan do é l n o h ub iera di lat ado lo s do min io s de

la Mesia , n i in t ro ducido á la E spañ a en It a l ia ; pe-

ro no debía conse ntir en la ruina de ellos, porque

sien do po de ro so s de s í mismo s, h ub ieran t en ido dis-

t a n t e s s i e m p r e d e t o d a e m p r e s a s o b re L o m b a r d a

á lo s o t ro s , y a po rq u e lo s ven ec ian o s n o h ub ieran

co n sen t ido en e l lo s in ser e l lo s mismo s lo s dueñ o s ,

va po rq ue lo s o t ro s n o h ub ieran q uer ido q uit ar la a

la Fran cia para dársela á e l lo s , ó n o t en ido la au-

dacia de ir á at acar á est as do s po t en cias L57 ].

S i a lgun o di jera q ue e l R ey Luis n o cedió la R o -

mañ a á Ale j an d ro , y el re in o de N ápo le s á la E s-

pañ a, mas q ue para ev i t ar un a g u e r r a , respo n dería

co n las raz o n e s y a expuest as , q ue n o deb em o s de-

r - - ]

N o

e r a u n a , s i é l n o

h u b i e r a

c o m e t i d o l a s o t r a s . G .

( 5 6 ) S u f a l t a c o n s i s t i ó e n n o h a b e r t o m a d o b i e n e l t i e m -

po de e l l o . G . . .

( , 7 ) E l r a c i o c i n i o e s b a s ta n t e b u e n o p a r a a q u e l t i e m p o .

R . I .

ja r nacer un desorden para evitar una guerra , po r-

qu e acab a mo s n o ev i t án do la: la d i fer imo s ú n i c a -

m e n t e ; y n o es n un ca mas q ue co n sumo perjuicio

nuestro [ 58] .

Y si algunos otros alegaran la promesa que el Rey

h ab ía h ech o a l P apa, de e jecut ar en f avo r suy o es*

ta empresa para obtener la disolución de su matri-

monio con Juana de Francia, 3' el capelo de C a r d e -

n al para e l Arz o b ispo de R uán , respo n deré á esta

objeción con las explicaciones que daré ahora mis-

m o sobre la fe de los príncipes y modo con que de -

b en guardar la ( 5 9 ) .

E l R ey Luis perdió pues la Lo m b ardía por no

haber hecho nada de lo que hicieron cuan t o s t o ma-

ron provincias y quisieron conservarlas. No hay en

ello milagro, sino una cosa r azona ble y ordinaria.

H a b l é en Nan t es de est o co n e l Carden al de R uán ,

cuan do e l D uq ue de Valen t in o is , a l q ue l lamab an

v u l g a r m e n t e C é s a r B o rgia , hijo de Ale jan dro , o cu-

pab a la R o mañ a; y h ab ién do me dich o e l Carden al

que los italianos no entendían nada de la guerra, le

respondí que los franceses no en t en dían n ada de las

( 5 8 ) A l p r i m e r d e s c o n t e n t o , d e c l a r a d l a g u e r r a : c o n o c i -

d a u n a v e z e s t a p r o n t i t u d d e r e s o l u c i ó n , h a c e c i r c u n s p e c -

t o s á v u e s t r o s e n e m i g o s . G .

( 5 9 ) A q u í e s t á e l m a y o r a r t e d e l a p o l í t i c a ; y m i d i c t a -

m e n e s q u o 11 0 p o d e m o s p o s e e r l e b a s t a n t e l e j o s . G .



co sas de E st ado , po rq ue s i e l lo s h ub ieran t en ido in -

t e l igen cia en e l las , n o h ub ieran d ejad o t o mar a l P a-

pa un t an gran de in cremen t o d e do min ació n t em-

po ral ( 6 o ) . S e v ió po r exper ien cia q ue la q ue e l

P ap a y la E sp añ a adq uir iero n en It a l ia , l es h ab ía

venido de la Francia, y que la ruina de esta últ ima

en It a l ia d iman ó del P ap a y de la E sp añ a ( 6 1) . D e

lo cual po demo s deducir un a regla g en eral q ue n o

en gañ a n un ca, ó q ue á lo men o s n o ext rav ía mas

que raras veces: es que el que es causa de que otro

se vuelva po dero so , o b ra su pro pia ruin a [ 6 2 ] . No

le hace volverse tal mas que con su propia fuerza ó

indus tria; y estos dos medios de q ue él se ha mani-

f est ado pro v ist o , perman ece n m uy so spech o so s a l

Príncipe que, por medio de ellos, se volvió más po-

deroso [63 j.

( 6 0 ) ¿ E r a m e n e s t e r m á s p a r a q u e R o m a a n a t e m a t i z a r a

á M a q ü i a v e l o ? G .

( 6 1 ) E l l o s m e l o p a g a r á n c a r o . R . I .

( 6 2 ) L o q u e n o h a r é n u n c a . G .

( 6 3 ) L o s e n e m i g o s n o a p a r e n t a n r e c e l a r l o , G .

C A P I T U L O I V

r - o r q ü e o c u p a d o e l r e i n o d e d a r í o p o r a l e j a n d r o ,

n 'o s e r e b e l ó c o n t r a l o s s u c e s o r e s d e í : s t e

d e s p u í í s d e s u m u e r t e ( i ) .

Co n sid eran d o las d i f icu l t ades q ue se exper im en -

t an en co n servar un E st ado adq uir ido rec ien t emen -

t e , po dría pregun t arse co n aso mb ro , co mo sucedió

q u e h e c ho d u e ñ o A l e j a n d r o M a g n o d e l A s i a e n u n

co rt o n úmero de añ o s , y h ab ie n do muert o á po -

c o t i e m p o de h ab er la co n q u ist ado , sus suceso res , en

un a c ircun st an cia en q ue p arec ía n at ural q ue t o do

e s t e E s t a d o se pusiese en reb el ió n , l e co n servaro n

si n e m b a r g o { 2 ) , y n o h al laro n para e l lo más di f i -

cul t ad q ue la q ue su a mb ic ió n in div idual o cas io n ó

en t re ellos ( 3 ) . H é aq uí mi respuest a": lo s pr in et -

( r ) A t e n c i ó n á e s t o : n o p u e d o c a s i p r o m e t e r m e n í a s q " ü e

t r e i n t a a ñ o s d e r e i n a d o , y q u i e r o t e n e r h i j o s i d ó n e o s p a r a

s u c e d e r m e . R . i .

( 2 ) L e c o n t e n í a el p o d e r d el s o l o n o m b r e d e A l e j a n d r o .

R . I .

( 3 1 C a r i o M a g n o s e m o s t r ó m á s s a b i o q u e l o h a b í a s i d o



co sas de E st ado , po rq ue s i e l lo s h ub ieran t en ido in -

t e l igen cia en e l las , n o h ub ieran d ejad o t o mar a l P a-

pa un t an gran de in cremen t o d e do min ació n t em-

po ral ( 6 o ) . S e v ió po r exper ien cia q ue la q ue e l

P ap a y la E sp añ a adq uir iero n en It a l ia , l es h ab ía

venido de la Francia, y que la ruina de esta últ ima

en It a l ia d iman ó del P ap a y de la E sp añ a ( 6 1) . D e

lo cual po demo s deducir un a regla g en eral q ue n o

en gañ a n un ca, ó q ue á lo men o s n o ext rav ía mas

que raras veces: es que el que es causa de que otro

se vuelva po dero so , o b ra su pro pia ruin a [ 6 2 ] . No

le hace volverse tal mas que con su propia fuerza ó

indus tria; y estos dos medios de q ue él se ha mani-

f est ado pro v ist o , perman ece n m uy so spech o so s a l

Príncipe que, por medio de ellos, se volvió más po-

deroso [63 j.

( 6 0 ) ¿ E r a m e n e s t e r m á s p a r a q u e R o m a a n a t e m a t i z a r a

á M a q ü i a v e l o ? G .

( 6 1 ) E l l o s m e l o p a g a r á n c a r o . R . I .

( 6 2 ) L o q u e n o h a r é n u n c a . G .

( 6 3 ) L o s e n e m i g o s n o a p a r e n t a n r e c e l a r l o , G .

C A P I T U L O I V

r - o r q ü e o c u p a d o E L R E I N O D E D A R Í O T O R A L E J A N D R O ,

n ' o s e r e b e l ó C O N T R A l o s S U C E S O R E S d e í : s t e

D E S r U Í í S d e SU M U E R T E { i ) .

Co n sid eran d o las d i f icu l t ades q ue se exper im en -

t an en co n servar un E st ado adq uir ido rec ien t emen -

t e , po dría pregun t arse co n aso mb ro , co mo sucedió

q u e h e c ho d u e ñ o A l e j a n d r o M a g n o d e l A s i a e n u n

co rt o n úmero de añ o s , y h ab ie n do muert o á po -

c o t i e m p o de h ab er la co n q u ist ado , sus suceso res , en

un a c ircun st an cia en q ue p arec ía n at ural q ue t o do

e s t e E s t a d o se pusiese en reb el ió n , l e co n servaro n

si n e m b a r g o { 2 ) , y n o h al laro n para e l lo más di f i -

cul t ad q ue la q ue su a mb ic ió n in div idual o cas io n ó

en t re elios ( 3 ) . H é aq uí mi respuest a": lo s pr in ct -

( r ) A t e n c i ó n á e s t o : n o p u e d o c a s i p r o m e t e r m e n í a s q U e

t r e i n t a a ñ o s d e r e i n a d o , y q u i e r o t e n e r h i j o s i d ó n e o s p a r a

s u c e d e r m e . R . i .

( 2 ) L e c o n t e n í a el p o d e r d el s o l o n o m b r e d e A l e j a n d r o .

R . I .

( 3 1 C a r i o M a g n o s e m o s t r ó m á s s a b i o q u e l o h a b í a s i d o



pado s co n o cido s so n go b ern ado s de un o ú o t ro dees-

tos dos mod os; el prim ero consiste en serlo por un

P rín c ipe, as is tido de o tro s in div iduo s q ue, perma-

n ecien do s iempre súb dit o s b ien h umildes a l lado

suy o , so n admit ido s po r grac ia ó co n ces ió n en c lase

de serv ido res so lamen t e, para ay udar le á go b ern ar .

E l segun do mo do co n q ue se go b iern a, se co mpo n e

de un Prínc ipe, asist ido de barones, que t ien en su

puesto en el Esta do, no de la gracia del Prín cipe,

s in o de la an t igüe dad de su f amil ia . E st o s b aro n es

mismo s t ien en E st ado s y go b ern ado s q ue lo s reco -

nocen por señores suyos, y les dedican su afecto na-

t u r a l m e n t e ( 4 ) .

E l P r ín c ipe en lo s pr imero s de est o s E st ado s en

que gobierna él con algunos ministros esclavos t ie-

ne más autorid ad, por que en su prov incia no hay

ninguno que recon ozca á otro má s que á él por su-

perior; y si se obedece á otro, no es por un part icu-

lar afecto á su persona, sino solamente porque él es

Min ist ro y emp leado del P r ín c ip e ( 5 ) .

Lo s e jemplo s de est as do s espec ies de go b iern o s

a q u e l l o c o d e A l e j a n d r o , q u e q u i s o q u e s u s s u c e s o r e s c e l e -

b r a s e n s u s e x e q u i a s c o n l a s a r m a s e n l a m a n o . R . 1.

( 4 ) A n t i g u a l l a f e u d a l q u e t e m o c i e r t a m e n t e v e r m e o b l i-

g a d o á r e s u c i t a r , si m i s g e n e r a l e s p e r s i s t e n e n h a c e r m e l a

l ey de e l l o . R . I .

( 5 ) ¡ F a m o s o h r é t o d o p a r a l o g r a r l o . R . 1 .

son, en n uest ro s d ías , el del Turco y el del Rey de

Fran cia . To da la mo n arq uía del Turco est á go b er-

nada por un señor único; sus adjuntos no son mas

qu e cr iado s suy o s; y dividiendo en provincias su

reino, envía á ellas diverso s admin ist rado res á lo s

cuales m u d a y coloca en n uevo puest o á su an t o -

jo ( 6 ) . P ero e l R ey de Fran cia se halla en medio

d e un s in n úmero de perso n ajes , i lust res po r la an -

t igüedad de su familia, señores ellos mismos en el

E st ado , y reco n o cido s co mo t a les po r sus part icu-

lares g o b e r n a d o s , q u i e n e s por otra parte les profe-

san af ect o . E st o s perso n ajes t ien en preemin en cias

personales, que el Rey no puede quitarles sin peli-

grar él m i s m o (7).

Así , cualq uiera q ue se po n ga á considerar atenta-

men t e uno y otro de estos dos Estados, hallará que

habría s u m a di f icul t ad en co n q uist ar e l del Tur co ;

pero que si uno le hubiera conquistado, tendría una

gran dís ima f ac i l idad en co n servar le . La s razo n es

de las d i f icul t ades para ocuparle son que el con-

quistador n o puede ser l lam ado all í de las p rovin-

cias de este imperio, ni esperar se r ay udado en est a

empresa con la rebelión de los que el S o b eran o t ie-

(6 ) S o n r e s p e t a b l e s s i e m p r e l o s a n t o j o s d e l o s e m p e r a -

d o r e s . T i e n e n e l l o s s u s m o t i v o s p a r a c o n c e b i r l o s . R . I .

( 7 ) N o t e n g o á l o m e n o s e s t e e s t o r b o , a u n q u e S Í o t r o s

l u i v a l e n t e s . R . I.



n e a l lado suy o : lo cual d iman a de las raz o n e s ex-

puest as más arr ib a ( 8). S ien d o t o do s esc lavo s su-

y o s , y est án do le reco n o cido s po r sus f avo res , n o es

po sib le co rro mpe rlo s t an f ác i lme n t e; y aun cuan -

do se lo grara esto , n o po dría esperarse much a ut i-

l idad, porque no les sería posible atraer hacia sí á

lo s pueb lo s , po r las raz o n es q ue h emo s expues-

t o (9 ) . Co n vien e pues , c iert amen t e, q ue e l q ue at a-

ca a l Turco , ref lexio n e q ue va á h al lar le un ido co n

su pueb lo , y q ue pueda co n t ar más co n sus pro pias

f uerz as q ue co n lo s desó rden es q ue se man if est arán

á f avo r suy o en e l imperio ( 10 ) . P er o después de

h ab er le ven cido , y derro t ado en un a campañ a sus

ejérc i t o s , de mo d o q ue él n o pueda y a reh acer lo s ,

n o q uedará y a co sa n in gun a t emib le mas q ue la f a-

milia del Prin cipe . Si uno la destr uye, no habrá all í

y a n in gun o á q uien deb a t em erse; po rq ue lo s o t ro s

n o go z an del mismo val imien t o a l lado del pueb lo .

Así co mo el ven cedo r , an t e s de la v ic t o r ia , n o po -

día contar con ninguno de ellos, así también no de-

( 8 ) D i s c u r r a m o s m e d i o s e x t r a o r d i n a r i o s ; p o r q u e e s n e -

c e s a r i o , a b s o l u t a m e n t e , q u e e l I m p e r i o d e O r i e n t e v u e l v a

a l d e O c c i d e n t e . R . I .

( 9 ) ¡ O j a l á q u e e n F r a n c i a m e h a l l a r a y o e n u n a p a r e c i -

d a s i t u a c i ó n R . C .

( x o ) M i s f u e r z a s y n o m b r e . R . 1 .

b e co ger les miedo n in gun o después de h ab er ven -

cido (11) .

S u c e d e r á lo contrario en los reinos gobernados

como el de Franc ia. Se pued e entrar all í con faci-

l idad, gan an do á algún barón, porque se hallan

siempre a lgun o s malco n t en t o s del gen io de aq uel lo s

q ue apet ecen mudan z as ( 12 ) . E st as gen t es , po r las

raz o n es men cio n adas , pueden ab r ir t e e l camin o pa-

ra la po ses ió n de este Estado, y facil itarte el triun-

f o ; pero cuan do se trate de conse rvarte en él , este

t r iun f o mismo te dará á co n o cer in f in i t as d i f icul t a-

des, tanto por la parte de los que te auxiliaron, co-

mo por la d e aq uel lo s á q uien es h as o pr imido [ 13] .

No te bastará el haber ext inguido la familia del

P r ín c ipe, po rq ue q uedarán s iempre a l l í var io s se-

ñores q ue se h arán cab ez as de part ido para n uevas

mud an z as; y co mo n o po drás co n t en t arlo s , n i des-

t ruir lo s en t eramen t e [ 1 4 ] , perderás este reino luego

q ue se presen t e la ocasión de ello [15].

[ 1 1 ] ¡ P o r q u e n o p u e d o h a c e r m u d a r j u n t a m e n t e d e l u -

g a r á l a T u r q u í a y l a F r a n c i a R . I .

[ 1 2 ] C o r t a r l e s l o s b r a z o s ó l ev an t ar l es l a t apa du l os s e-

s os . R . C .

[ 1 3 ] N o l o e c h o d e v e r m a s q u e m u c h o . R . 1 .

[ 1 4 ] S e h a b í a c o m e n z a d o t a n b i e n e n e l a ñ o d e i ? 9 3 -

R. I.

[ 1 5 ] E s t o n o e s s i n o m u y ci er t o . R . I .



S i co n sideramo s ah o ra de q ué n at uralez a de go -

b iern o era e l de D arío , l e h al laremo s seme jan t e a l

del Turc o Le f ué n ecesar io pr ime ramen t e á

Aleja n dro el asa l t ar le po r en t ero , y h ace rse dueñ o

de la campa ñ a. D e spu és de est a v ic t o r ia , y la muer-

t e de D arío , q u edó e l E st a do en po der del co n -

q uist ado r de un m o do seguro po r las raz o n es q ue

l levamo s exp uest as ; y s i h ub ieran est ado un ido s lo s

suceso res de ést e , po dían go z ar de é l s in la men o r

dif icul t ad; po rq ue n o so b rev in o n in gun a o t ra d isen -

s ió n mas q ue la q ue e l lo s mismo s susc i t aro n .

E n cuan t o á lo s E st ado s co n st i t u ido s co mo el de

Fran cia , es impo sib le po seer lo s t an so seg ada me n -

t e ( 1 7) . P o r esto h ub o , t an t o en E spañ a co mo en

Fran cia , f recuen t es reb el io n es , semejan t es á las q ue

lo s ro man o s expe r ime n t aro n en la G rec ia , á eausa

de lo s n umero so s pr in c ipad o s q ue se h al lab an a l l í .

Mien t ras q ue la mem o ria suy a sub sis t ió en aq uel

país , n o t uv iero n lo s ro man o s mas q ue un a po ses ió n

in c iert a ; pero luego q ue n o se h ub o pen sado y a en

el lo, se h ic iero n seg uro s po seedo res po r medio de

la do min ació n y est ab i l idad de su imperio ( 1 8) .

[ 1 6 ] P e r o D a r í o n o e r a e l i g u a l d e A l e j a n d r o c o r n o . . . .

R . C .

[ 1 7 ] H e p r o v i s t o á e s t o , y p r o v e e r é m á s t o d a v í a . R . I .

[ 1 8 ] C u e n t o c o n l a m i s m a v e n t a j a , e n l o q u e m e c o n -

ci er n e. R . I .

Cuando los romanos pelearon all í unos contra

otros, cada uno de ambos part idos pudo atraerse

un a po ses ió n de aq uel las pro v in c ias según la aut o -

ridad que él había toma do all í; porque habiénd ose

exting uido la familia de sus antigu os domina dores,

aquella s provin cias reconocían y a por únicos á los

ro man o s. Hac ien do at en ció n á t o das est as particu-

laridades, no causa rán ya extrañ eza la facil idad que

Alejan dro t uvo para co n servar e l E st ado de Asia , y

las d i f icul t ades q ue sus suceso res exper imen t aro n

para man tener se en la posesión de lo que habían

adquirido, com o Pirro y otros muchos. No p rovi -

nieron ellas del muchísimo ó poquísimo talento por

parte del vencedor, sino de la diversidad de los Es-

tados que ellos habían conquistado.



M A Q Ü U V E L O C O M E N' T A LL Ó

C A P I T U L O V

t ) E Q U É M O D O D E B E N G O B E R N A R S E L A S C I U D A D E S , ó

P R I N C I P A D O S Q U E , A N T E S D E O C U P A R S E PO R UN

N U E V O P R Í N C I P E , S E G O B E R N A B A N C O N

S U S L E Y E S P A R T I C U L A R E S »

C u a n d o u n o q u i e r e c o n s e r v a r a q u e l l o s E s t a d o s

q u e e s t a b a n a c o s t u m b r a d o s á v i v i r c o n s u s l e y e s y

e n R e p ú b l i c a , e s p r e c i s o a b r a z a r u n a d e e s t a s t r e s

r e s o l u c i o n e s : d e b e s ó a r r u i n a r l o s ( i ) , ó ir á v i v i r

e n e l l o s , ó , f in a lm e n te , d e j a r á e s t o s p u e b l o s s u s l e -

y e s ( 2 ) , o b l i g á n d o l o s á p a g a r t e u n a c o n t r i b u c i ó n

a n u a l , y c r e a n d o en s u p a í s u n t r i b u n a l d e u n c o r -

t o n ú m e r o q u e c u i d e d e c o n s e r v á r t e l o s f i el es ( a ) ,

[ 1 ] E s t o n o v a l e n a d a e n e l s i g l o e n q u e e s t a m o s . G .

[ 2 ] M a l a m á x i m a , l a c o n t i n u a c i ó n e s l o q u e h a y de m e*

j o r . G .

a. H i zo est o A r t ab an o, R ey de l os P ar t os , en S el euci a , t r an s "

for m an do s u gob i er n o popul ar en un a ol i gar q uí a , con l a q ue s e

a s e m e j a b a á l a m on ar q uí a . A s í l o ex i g í a s u i n t er és en el sentir'

d e T á c i t o : Qu i plebem primoribus tradidit in suousu. Nani populi

imperinm juxth libertatem. pancorum dominalio regia libidini pr o-

prior cst. [ A n n . 6 ] .

I 'O K N A P O L E Ó N * 5 3

Creán do se est e Co n sejo po r e l P r ín c ipe, y sab ien do

que él no puede subsist ir sin su amistad y domina-

ción, t iene el mayor interés en conservarle en su

autori dad. Un a ciud ad habitua da á vivir l ibre, y

q ue un o q uiere co n servar , se co n t ien e much o más

f ác i lmen t e po r medio del in mediat o in f lu jo de sus

pro pio s c iudadauo s q ue de cualq uier o t ro mo do ( 3) .

L o s e s p a r t a n o s y romanos nos lo probaron con sus

e j e m p l o s .

S in emb argo , lo s espart an o s q ue habían tenido

A t é n a s y T é b a s , po r m edio de un Co n sejo de un

co rt o n úmero de c iudadan o s, acab aro n p erdién do -

las ; y los ro man o s q ue para po seer Capua, Cart a -

go y Num an cia , las h ab ían deso rgan iz ado , n o las

perdiero n . Cu an d o est o s q uis iero n t en er la G rec ia

co n co rt a d i f eren cia co mo la habían tenido los e s -

part an o s , deján do la libre con sus leyes, no les salió

acertada esta operación, y se vieron obligados á

deso rgan iz ar much as c iudades de est a pro v in c ia pa-

ra guardar la . Ha b lan do co n verdad, n o h ay medio

n in gun o más seguro para co n servar semejan t es E s-

t a d o s qu e el de arru inarlos (4)- El que se hace se-

ñor de u na ciuda d acostu mbr ada á vivir l ibre, y no

( 3 ) E n M i l á n , u n a c o m i s i ó n e j e c u t i v a d e t r e s a d i c t o s ,

c o m o m i t r i u n v i r a t o d i r e c t o r i a l d e G é n o v a . R . C .

U ) P e r o p u e d e h a c e r s e e s t o á la l e t r a d e m u c h o s m o d o s

s i n d e s t r u i r l o s , m u d a n d o si n e m b a r g o su c o n s t i t u c i ó n . G .

— 2 0



desco mpo n e su régimen , deb e co n t ar co n ser derro -

cado é l mism o po r e lla . P ar a just i f icar sem ejan t e

ciudad su rebelión, tendrá el nombre de l ibertad, y

sus an t iguas ley es , cu y o h áb it o n o po drán h acer le

perder n un ca e l t iempo n i lo s b en ef ic io s del co n -

q uist ado r . P o r más q ue se h aga, y aun q ue se prac-

t iq ue a lgún expedien t e de prev is ió n , s i n o se des-

unen y dispersan sus habitantes (ó), no olvidará ella

nunca aq uel n o mb re de l i b e r t a d , ni sus part iculares

estatutos; y aun recurrirá á ellos, en la pr imera o ca-

sión, como lo h iz o P isa , au n q u e e l la h ab ía est ado

nume rosos años, y au n ha cía y a un siglo, bajo la

dominac ión de los f lorentinos ( 5) .

P ero cuan d o las c iudades ó pro v in c ias est án h a-

bituadas á vivir bajo la o b edie n cia de un P r ín c ipe,

co mo est án h ab it uadas po r un a part e á o b edecer , y

q ue por o t ra carecen de su an t iguo señ o r , n o co n -

cuerdan los c iudadan o s en t re s í para e legir á o t ro

nuevo; y no sabie ndo vivir l ibres, son más tardos

( ,5 ) G i n e b r a p o d r í a d a r m e a l g u n a i n q u i e t u d ; p e r o n o t e n -

g o q u e t e m e r n a d a de l o s v e n e c i a n o s y g e n o v e s e s . R . C .

mente v .A m el ot de l a H ous s a i e pus o m uy odi os a-

,, 7 /

1 cabez;i

exterminan, aun q u e l i av en e l t exto dissi-

pano M a q u i a v e lo , á c u y o d e s c ré d i t o ^ c o n t r i b u y ó ^ e e s p í " -

rWn ri ¿ r aduct or es , q ueda s ab i am en t e m uy i n fer i or á l a A t en -ción de Amelot. [Tácito , A n n . 6] . R ef i er e q ue, m i en t r as oue t oL

J e l e n c o s o b r a r o n d e c om ún a cu er d o, f u é c l s p r S el 'p .r o•

pero q ue l uego que la disensión se h ub o i n t r oduci do en t r e eU os '

í s » s ¡ » ? B r

u

s o c o r ,

-

n

—

S

S

en t o mar las armas. S e pued e co n q uist ar lo s ( 6 )

con más facil idad, y asegurar la posesión suya.

En las repúblic as, por el contrario, hay más va-

lor, una ma yor d isposición de odio contra el co n-

quistador que all í se hace Principe, y más deseo de

veng anza contra él . Co mo no se pierde en ellas la

memoria de la antigua l ibertad, y que ella le sobre-

vive con toda su act ivid ad, el más segu ro p art ido

co n sis te en diso lver las ( 7 ) , ó h ab it ar en e llas ( 8) .

( 6 ) E s p e c i a l m e n t e c u a n d o s e d ic e q u e s e l e t r a e n l a l i -

b e r t a d ó i g u a l d a d a l p u e b l o . G .

( , 7) A t e m p e r a r y r e v o l u c i o n a r b a s t a n . G .

( 8 ) E s t o n o e s n e c e s a r i o c u a n d o u n o l a s h a r e v o l u c i o n a -

do, y q ue di c i é n do l es q ue e l l as s on l i b r es , l a s t i en e f i rm es

b a j o s u o b e d i e n c i a . G .



156

M A Q U I . W E L O C O M E S " A L ' O

C A P I T U L O V I

D E L A S S O B E R A N Í A S N U E V A S Q U E U N O A D Q U I E R E C O N

S U S P R OP IA S A R MA S Y VA LOR

Q u e n o c a u s e e x t r a ñ e z a , s i a l h a b l a r y a d e l o s

E s t a d o s q u e s o n n u e v o s b a j o t o d o s l o s a s p e c t o s , y a

d e l o s q u e n o l o s o n m a s q u e b a j o e l d e l P r í n c i p e ,

ó e l d e l E s t a d o m i s m o , p r e s e n t o g r a n d e s e j e m p l o s

d e la a n t i g ü e d a d . L o s h o m b r e s c a m i n a n c a s i s i e m -

p r e p o r c a m i n o s t r i l l a d o s y a p o r o t r o s , y n o h a c e n

c a s i m a s q u e i m i t a r á s u s p r e d e c e s o r e s , e n l a s a c -

c i o n e s q u e s e l e s v e h a c e r ( i ) ; p e r o c o m o n o p u e -

d e n s e g u i r e n t o d o el c a m i n o a b i e r t o p o r lo s a n t i -

g u o s , n i s e e l e v a n á l a p e r f e c c i ó n d e l o s m o d e l o s

q u e e l l o s s e p r o p o n e n , e l h o m b r e p r u d e n t e d e b e e l e -

g i r ú n i c a m e n t e l o s c a m i n o s t r i l l a d o s p o r a l g u n o s

v a r o n e s i n s i g n e s , é im i t a r á l o s d e e l l o s q u e s o b r e -

p u j a r o n á l o s d e m á s , á fi n d e q u e s i n o c o n s i g u e

i g u a l a r l o s , t e n g a n s u s a c c i o n e s á l o m e n o s a l g u n a

s e m e j a n z a c o n la s s u y a s ( 2 ) . D e b e h a c e r c o m o l o s

( 1 ) P o d r é p o r c i e r t o á v e c e s h a c e r t e m e n t i r . G -

( 2 ) P a s e p o r e s t o . G.

157

b a l l e s t e r o s b i e n a d v e r t i d o s q u e , v i e n d o s u b l a n c o

m u y d i s t a n t e p a r a la f u e r z a d e s u a r c o , a p u n t a n

m u c h o m á s a l t o q u e e l o b j e t o q u e t i e n e n e n m i r a ,

n o p a r a q u e s ü v i g o r y f l e c h a s a l c a n c e n á u n p u n t o

d e m i r a e n e s t a a l t u r a , s i n o á f i n d e p o d e r , a s e s -

t a n d o a s í , l l e g a r e n l í n e a p a r a b ó l i c a á s u v e r d a d e r o

b l a n c o ( 3 ) .

D i g o , p u e s , q u e e n l o s p r i n c i p a d o s q u e s o n n u e -

v o s e n u n t o d o , y c u y o P r í n c i p e p o r c o n s i g u i e n t e

e s n u e v o , h a y m á s ó m e n o s d i f i c u l t a d e n c o n s e r -

v a r l o s , s e g ú n q u e e l q u e lo s a d q u i r i ó e s m á s ó m e -

n o s v a l e r o s o . C o m o el s u c e s o p o r e l q u e u n h o m -

b r e s e h a c e P r í n c i p e , d e p a r t i c u l a r q u e é l e r a , s u -

p o n e a l g ú n v a l o r ó d i c h a ( 4 ) , p a r e c e q u e l a u n a ó

l a o t r a d e e s t a s d o s c o s a s a l l a n a n e n p a r t e m u c h a s

d i f i c u l t a d e s ; s i n e m b a r g o , s e v i ó q u e e l q u e n o h a -

b í a s i d o a u x i l i a d o d e l a f o r t u n a , s e m a n t u v o p o r

m á s t i e m p o . L o q u e p r o p o r c i o n a t a m b i é n a l g u n a s

f a c i l i d a de s , e s q u e n o t e n i e n d o u n s e m e j a n t e P r í n -

c i p e o t r o s E s t a d o s , v a á r e s i d i r e n a q u e l d e q u e s e

h a h e c h o S o b e r a n o .

P e r o v o l v i e n d o á l o s h o m b r e s q u e , c o n s u p r o -

p i o v a l o r , y n o c o n l a f o r t u n a , l l e g a r o n á s e r p r í n -

( 3 ) H a r é v e r q u e a p a r e n t a d o a s e s t a r m á s a b a j o , s e p u e -

d e l l e g a r a l l á f á c i l m e n t e . G .

( 4 ) E l v a l o r e s m á s n ec es ar i o q ue ¡a di ch a , ; é l la h a£e

n a c e r . G .



c ipes ( 5 ) , d igo q ue lo s más dign o s de imit arse so n :

Mo isés , C iro , R ó mu lo , Te seo y o t ro s seme jan t es .

Y , en pr imer lugar , aun q ue n o deb emo s discurr ir

sobre Moisés, porque él no fu é mas que un me ro

ejecut o r de las co sas q ue D io s le h ab ía o rden a do

h acer , d iré , s in emb argo , q ue merece ser admirado ,

aun q ue n o f uera mas q ue po r aq ue l la grac ia q ue le

h ac ía d ign o de co n versar co n D io s ( 6 ) . P ero co n-

s ideran do á Ciro y á lo s o t ro s q ue adq uir iero n ó

f un daro n rein o s , los h al laremo s dign o s de admira-

c ión ( 7) . Y s i se examin ara n sus acc io n es é in st i

tuciones en part icular, no pareci eran ellas diferen -

t es de las de Mo isés , aun q ue é l h ab ía t en ido á D io s

po r señ o r . E xam in an do sus acc io n es y co n duct a ,

no se verá que ellos tuviesen cosa ninguna de la for-

tuna mas que una ocasión propic ia, que les facil itó

el medio de in t ro ducir en sus n uevo s E st ado s la f o r-

ma q ue les co n ven ía ( 8 ) . S in est a o cas ió n , e l va lo r

de su án imo se h ub iera ext in g uido , pero t amb ién ,

sin este valor, se hubiera pre sen tad o en bald e la

o cas ión ( 9 ) . Le er á , pues, n ecesa r io á Mo isés e l

(,5 ) Es t o m i r a á m í . G.

( 6 ) N o a s p i r o á ta n t a a l t u r a : s i n l a c u a l m e p a s o . G .

( 7 ) A u m e n t a r é e s t a l i s t a . G .

( 8 ) N o m e e s n e c e s a r i o m á s ; e l l a v e n d r á ; e s t e m o s d i s -

p u e s t o s á c o g e r l a . G .

( y ) E l v a l o r a n t e s d e t o d o G .

hallar al pueblo de Israel esclavo en Egipto y opri-

mido por los egipcios, á f in de que este pueblo e s-

t uv iera dispuest o á seguirle, para salir de esclavi-

t ud ( 10 ) . Co n ve n ía q ue R ó mulo , á su n ac imien -

to, no quedara en Alba, y fuera expuesto, para que

él se h ic iera R ey de R o m a, y f un dado r de un E s-

tado de que formó la patria suya (11) . Era menes-

ter que Ciro hallase á lo s persas desco n t en t o s del

imperio de lo s Medo s, y á est o s a f emin ado s co n un a

larga paz, para h a c e r s e S o b e r a n o s u y o ( 1 2 ) . T e -

seo no hubiera podido desplegar su valor, si no hu-

b iera h al lado dispersado s á lo s at en ien ses [ 13] .

E s t a s o cas io n es , sin embargo, constituyen la for-

tuna de s e m e j a n t e s h éro es; pero su excelen t e sab i-

duría le s d ió á co n o cer el valor de estas ocasio nes;

y de ello provinieron la ilustración y prosperidad de

s u s E s t a d o s [ 1 4 ] .

L o s qu e po r medio s semejan t es l l egan á ser pr ín -

cipes, no adquieren su principado sin trabajo; pero

le co n servan f ác i lmen t e; y la s dif icultades que ellos

( 1 0 ) E s l a c o n d i c i ó n y la s i t u a c i ó n act ua l de l os f r an ce-

s e s . G .

( 1 1 ) M i b e n é f i c a l o b a e s t u v o e n l í r i e n e . R ó m u l o , te

e c l i p s a r á n . G .

( 1 2 ) ¡ Q u i t a a l l á G .

( 1 3 ) ¡ P o b r e h é r o e G .

( i - O ¿ B a s t a r í a s u p u n t a d e s a b i d u r í a h oy dí a? G.



exper im en t an a l adq uir ir le , d im an an en part e de

las n uevas ley es y m o do s q ue les es in dispen sab le in-

troducir par a fundar su Es tad o y su segu rida d (i 5) .

De be notarse bien que no hay cosa m ás dif ícil de

man ejar, ni cuy o acierto sea más dudoso, ni se ha -

ga con más peligro, qu e el obrar como jefe para in-

troducir nuevos estatutos (16). Tie ne el introductor

po r en emigo s activ ís imo s á cuan t o s sacaro n pro ve-

cho de los antiguos estatutos (17), mientras que los

que pudier an sacar el suyo de los nue vos, no los

def ien den más q ue co n t ib iez a ( 18) . S em eja n t e t i -

bieza proviene en parte de q ue ellos tem en á sus

adversar io s q ue se apro vech aro n de las an t iguas le-

yes, y en parte de la poca confianza qne los hom-

bres t ienen en la bondad de las cosas nuevas, has-

t a q ue se h ay a h ech o un a só l ida exper ien cia de

el las [ 19 ] . R esul t a de est o q ue s iempre q ue lo s q ue

so n en emigo s suy o s hallan una ocasión de rebelarse

contra ellas, le hacen por espíritu de part ido; no lns

( 1 5 ) S e l o g r a e s t o c o n a l g u n a a s t u c i a . R . C .

( 1 6 ) ¿ N o s a b e t e n e r u n o p u e s á s u s ó r d e n e s a l g u n o s m a -

n i q u í e s l e g i s l a t i v o s ? G .

( 1 7 ) S a b r é i n u t i li z a r s u a c t i v i d a d . G .

( 1 8 ) E l b u e n h o m b r e n o s a b í a c ó m o u n o s e p r o p o r c i o n a

e n t o n c e s a c a l o r a d o s d e f e n s o r e s , q u e h a c e n a m o l l a r á l o s

o t r o s . R . C .

( i q ) E s t o n o s u c e d e m a s q u e á l o s p u e b l o s a l g o s a b i o s ,

v q u e c o n s e r v a n t o d a v í a a l g u n a l i b e r t a d . R . C .

L ' O K N A I ' O T . K Ó N

defienden los otros entonces mas que t ibiamente,

de mo do q ue pel igra el P r ín c ipe co n e l las ( 2 0 ) .

Cua n do un o q uiere d iscurr ir adecuadame n t e so -

bre este p art icular, t iene precisión de examin ar si

estos innovadores t ienen por sí mismos la necesaria

consistenc ia, ó si depe nden de los otros; es decir,

si, para dirigir su operación, t ienen necesidad de ro-

gar, ó si pueden precisar. En el primer caso, no

salen acert ada men t e n un ca, n i co n ducen co sa n in -

gun a á lo b uen o ( 2 1 ) ; pero cuan do n o depen den

sino de sí mismos, y que pueden forzar, dejan rara

vez de conseguir su f in. Por esto todos los profetas

armado s t uv iero n ac iert o ( 2 2 ) , y se desgraciaron

c u a n t o s est ab an desarmado s ( 2 3) .

A d e m á s d e la s co sas q ue h emo s dich o , co n vien e

notar qu e el natural de los pueb los es variable. Se

po drá h acer les creer f ác i lmen t e un a co sa; pero h a-

br á di f icul t ad para hacerlos persist ir en esta creen-

ci a (24). E n co n secuen cia de lo cual es men est er

[ 2 0 ] E s t o y á c u b i e r t o c o n t r a t o d o e l l o . R . C .

[ 2 1 ] I B e l l o d e s c u b r i m i e n t o ¿ Q u i é n p u e d e s e r b a s t a n t e

c o b a r d e p a r a s e m e j a n t e d e m o s t r a c i ó n d e d e b i l i d a d ? G .

[ 2 2 ] L o s o r á c u l o s s o n e n t o n c e s i n f a l i b l e s . G .

[ 2 3 ] C o s a n i n g u n a m á s n a t u r a l . G .

[ 2 4 ] M e t i e n e n e l l o s ho y dí a , e s p e c i a l m e n t e d e s p u é s d e l

t e s t i m o n i o d e l P a p a , p o r u n p í o r e s t a u r a d o r d e l a r e l i g i ó n

v u n e n v i a d o d e l C i e l o . R C .



c o m p o n e r s e d e m o d o q u e . c u a n d o h a y a n c e s a d o d e

creer , sea posib le precisar los á creer tod avía [25 ] .

Moisés , C iro , T es eo y Rómu lo, no hu bieran pod id o

h a c e r o b s e r v a r p o r m u c h o t i e m p o s u s c o n s t i t u c i o -

nes, s i hu bieran es tad o d esa rma d os (a), como le su-

ced ió al frai le Jerónimo Savonarola, qu e se d esgra-

ció en su s nu ev as inst i tu ciones. C u a nd o la m u l t i tu d

comenzó á no creer le ya inspirad o, no tenía él med io

n i n g u n o p a r a m a n t e n e r f o r z a d a m e n t e e n s u c r e e n -

cia á los qu e la perd ían, ni para precisar á creer á

los que ya no creían (ó).

L o s p r í n c i p e s d e e s ta e s p e c i e e x p e r i m e n t a n , s in

e m b a r g o , s u m a s d i f i c u l t a d e s e n s u c o n d u c t a ; t o d o s

s u s p a s o s v a n a c o m p a ñ a d o s d e p e l i g r o s ; y l e s e s

necesario el valor para su perarlos [26] . Pero cu an-

d o han tr iu nfad o d e el los , y qu e empiezan á ser res-

[ 2 5 ] T e n d r é s i e m p r e m e d i o s p a r a e l l o . R . C .

[ 2 6 ] E s t o 110 m e e m b a r a z a . G .

a . C ua l q uie ra q ue lea la Bib l ia con a tención, dice M a q uia v e lo

en e l ca p. 3" del l ibro 3 de sus Discurs os sobre la D éca da , e tc . .

v erá q ue M oisés, p a ra impedir q ue se q ueb ra nt a ra n sus leyes,

ma ndó da r muerte á in fin itos h ebreos q ue, por ce los , se oponía n á

sus designios. Se lee en e l ca p. 32 del Exodo, e l s iguiente p a sa je :

" H é a q uí lo q ue dice e l Señor Dios de I sra e l : q ue ca da h ombre

tome, á su la do la cuch il la ; id y v olv ed de una á otra puerta por

medio de los ca mpos, y q ue ca d a uno ma te á su h erma no, a migo,

deudo. Los h i jos de Lev í h ic ieron lo q ue les ma n da ba M oisés; y

perec ieron cerca de v e int itrés mil h ombres en a q uel día ."

A . H a b ía persu a dido a l pueblo de Florencia q ue é l tenía secre-

tos co loq uios con Dios (M a q ., l ib . I . ca p. 11) .

p e t a d o s , c o m o h a n s u b y u g a d o e n t o n c e s á l o s h o m -

bres qu e tenían envid ia á su cal id ad d e Príncipe ,

se qu ed a n pod erosos, segu ros, r evere nciad o s y d i-

c h o s o s [ 2 7 ] .

A estos tan relevantes ejemplos, qu iero añad ir les

otro d e u na c lase infer ior , qu e s in embargo no esta-

rá en d esprop orción con el los; y me basta rá esco-

ger , entre tod os los otros , el d e Hiéron el S ir acu -

sano [28 ] . De part icu lar qu e él era, l l egó á ser

Príncipe d e S iracu sa, s in tener cosa ningu na d e la

f o r t u n a m a s q u e u n a f a v o r a b l e o c a s ió n . H a l l á n d o s e

oprim id os los s iracu sanos le nom braron por cau d i-

l lo su yo ; en cu yo cargo m ereció ser eleg id o d esp u és

para Príncipe su 3

r

o [29] . Ha bía s id o tan v irtu oso

en su cond ición privad a qu e, en sentir d e los h isto-

r iad ores, no le fal taba entonces para reinar mas qu e

poseer u n reino (3 0). Lu eg o qu e hu bo e mp u ña d o

el cetro , l icenció las antigu as tropas, form ó otras

nu evas, d ejó á u n lad o á su s antigu o s amigos , ha -

[ 2 7 ] E s t e ú l t i m o p u n t o n o e s t á b i e n c l a r o t o d a v í a p a r a

m í , v d e b o c o n t e n t a r m e c o n l o s o t r o s t r e s . R . I .

[ 2 8 ] N o h a s a l i d o é l n u n c a d e m i p e n s a m i e n t o , d e s d e l o s

e s t u d i o s d e m i n i ñ e z . E r a d e u n p a í s i n m e d i a t o a l m í o , y

s o y q u i z á d e l a m i s m a f a m i l i a . G .

[ 2 9 ] C o u a l g u n a a y u d a , s i n d u d a . E t e m e a q u í c o m o é l .

R . C .

[ 3 0 ] M i m a d r e d i j o á m e n u d o l o m i s m o d e m í ; y l a a m o

á c a u s a d e s u s p r o n ó s t i c o s . R . I .



c ién do se o tro s n uevo s; y co mo t uvo en t o n ces am i-

go s y so ldado s q ue eran realmen t e suy o s , pudo es-

t ab lecer . so b re t a les f un damen t o s , cu an t o q uiso ; de

mo do q ue co n servó s in t rab ajo lo q ue n o h ab ía ad-

q uir ido mas q ue co n largo s y pen o so s a f an es ( 31) .

[ 3 1 ] l i s de un b uf t n agü er o . R . I .

C A P I T U L O VI I

D E L O S P R I N C I P A D O S N U E V O S Q UE S E A D Q U I E R E N

C O N L A R F U E R Z A S A J E N A S Y I,A F O R T U N A

L o s qu e de part iculares que ellos eran, fueron

e l e v a d o s al principado por la sola fortuna, l legan á

él s in much o t rab ajo ( 1 ) ; pero t ienen uno sumo

para la co n servac ió n suy a ( 2 ) . No h al lan di f icul -

t ades en el camin o para l legar á él , porque son ele-

v a d o s co mo en a las ; pero cuan do le han consegui-

do , se les presen t an en t o n ces t o das las espec ies de

o b st áculo s (3 ).

E st o s pr ín c ipes no pudiero n adq uir ir su E st ado

mas q ue de un o ú otro de estos dos modos: ó com-

prán do le , ó h ac ién do sele dar po r f avo r; co mo suce-

dió, por un a parte, á muchos en la Grecia para las

c iudades de la lo n a y Helespo n t o , en q ue D arío

[ 1 ] C o m o t o n t o s q u e d e j a n l l e v a r s e , y n o s a b e n h a c e r

n a d a p o r s í m i s m o s . G .

[ 2 ] E s i m p o s i b l e . E .

[ 3 ] T o d o d e b e s e r o b s t á c u l o s p a r a u n a s g e n t e s d e e s t a

c l a s e . E .



M

A Q UI A V E LO C O M F. N T A U O

c ién do se o tro s n uevo s; y co mo t uvo en t o n ces am i-

go s y so ldado s q ue eran realmen t e suy o s , pudo es-

t ab lecer . so b re t a les f un damen t o s , cu an t o q uiso ; de

mo do q ue co n servó s in t rab ajo lo q ue n o h ab ía ad-

q uir ido mas q ue co n largo s y pen o so s a f an es ( 31) .

[ 3 1 ] l i s de un b uf t n agü er o . R . 1 .

I ' O K N A P O L E Ó N

165

C A P I T U L O VI I

D E L O S P R I N C I P A D O S N U E V O S Q UE S E A D Q U I E R E N

C O N L A R F U E R Z A S A J E N A S V LA FOR T U N A

L o s qu e de part iculares que ellos eran, fueron

e l e v a d o s al principado por la sola fortuna, l legan á

él s in much o t rab ajo ( 1 ) ; pero t ienen uno sumo

para la co n servac ió n suy a ( 2 ) . No h al lan di f icul -

t ades en el camin o para l legar á él , porque son ele-

v a d o s co mo en a las ; pero cuan do le han consegui-

do , se les presen t an en t o n ces t o das las espec ies de

o b st áculo s (3 ).

E st o s pr ín c ipes no pudiero n adq uir ir su E st ado

mas q ue de un o ú otro de estos dos modos: ó com-

prán do le , ó h ac ién do sele dar po r f avo r; co mo suce-

dió, por un a parte, á muchos en la Grecia para las

c iudades de la lo n a y Helespo n t o , en q ue D arío

[ 1 ] C o m o t o n t o s q u e d e j a n l l e v a r s e , y n o s a b e n h a c e r

n a d a p o r s í m i s m o s . G .

[ 2 ] E s i m p o s i b l e . E .

[ 3 ] T od o deb e s<_r ob s t ác ul o s par a u n a s g e n t e s d e e s t a

c l a s e . E .



hizo v ar io s pr ínc ipes que deb ían tener las po r su

pro pia g lo r ia, co m o tam b ié n po r su pro pia segur i -

dad (4 ); y po r o tra , entre lo s ro m ano s , á aquel lo s

part iculares que se hac ían e lev ar a l im per io po r m e-

dio de la co rrupc ió n de lo s so ldado s . S e m e jan tes

pr ínc ipes no t ienen m ás fundam ento s que la v o lun-

tad ó fo r tuna de lo s ho m b res que lo s exaltaro n; pues

b ien , am b as co sas so n m uy v ar iab les , y to ta lm ente

dest i tuidas de es tab i l ida d. Fue ra de es to , e l lo s no

sab en n i pueden sab er m anten erse en en es ta e le -

v ac ió n (5 ) . N o lo sab en, po rque á no ser un ho m -

bre de ingenio y sup erior t alent o, no 'es v eros ímil

q u e d e s p u é s d e h a b e r v i v i d o en,• una co ndic ió n pr i -

v a d a ( 6 ) , se sepa re inar . N o lo pueden , á causa de

que no t ienen tro pa n in guna co n cuyo apego y f ide-

l idad puedan co ntar (7 ) .

P o r o tra parte , lo s E stado s que se fo rm an repen-

t i n a m e n t e , s o n c o m o t o d a s a q u e l l a s p r o d u c c i o n e s

de la natura lez a que nacen co n pro nt i tud; no pue -

den e l lo s tener ra íces y las adherenc ia s que les so n

necesar ias para co nso l idars e (8 ) . Lo s arruinará e l

( 4 ) L o s a l i a d o s 1 10 l l e v a r o n m á s m i r a q u e é s t a . E .

( 5 ) H a y o t r o s m u c h o s q u e e s t á n e n e s t e c a s o . E .

( 6 ) C o m o s i m p l e p a r t i c u l a r y l e j o s d e l o s E s t a d o s e n q u e

u n o e s e x a l t a d o : e s l o m i s m o . E .

( 7 ) E n e s t o l o s a g u a r d o . E .

( 8 ) P o r m á s i l u s t r e s u e r t e q u e s e h a y a t e n i d o al n a c e r ,

pr im er cho que de la adv ers idad (9 ) , s i , co m o lo he

dicho , lo s que se han h echo pr ínc ipes de repente ,

no so n de un v igo r b astante grande para es tar dis -

puesto s inm ediatam ente á co nserv ar lo que la fo r-

tuna acab a de entregar en sus m ano s , n i se han

pro po rc io nado lo s m ism o s fundam ento s que lo s de-

m ás pr ínc ipes se hab ían fo rm ado antes de ser lo (10).

P ara uno y o tro de es to s do s m o do s de l legar a l

pr inc ipado , es á sab er co n e l v a lo r ó fo rtuna (1 1 ) ,

quiero expo ner do s e jem plo s que la his to r ia de nues-

tro s t iem po s no s presenta: so n lo s de Franc isco

S fo rc ia y de César B o rgia .

Franc isco , de s im ple part icular que é l era , l legó

á ser D uque de M i lán po r m edio de un grau v a lo r

y de lo s recurso s que su ingenio po día sum inis trar-

le (12) . : po r lo m ism o co nserv ó s in m ucho trab ajo

c u a n d o u n o v i v i ó v e i n t i t r é s a ñ o s e n l a v i d a p r i v a d a , c o m o

e n f a m i l i a , l e j o s d e u n p u e b l o c u y a í n d o l e s e h a m u d a d o c a -

s i d e l t o d o , y q u e e s t r a n s p o r t a d o d e s p u é s d e r e p e n t e á é l

e n a l a s d e l a f o r t u n a y p o r m a n o s e x t r a n j e r a s p a r a r e i n a r

a l l í , e s c o m o u n E s t a d o n u e v o d e l a e s p e c i e d e l o s q u e m e n -

c i o n a M a q u i a v e l o . L o s a n t i g u o s p r e s t i g i o s m o r a l e s d e c o n -

v e n c i ó n s e i n t e r r u m p i e r o n a ll í m u y l a r g a m e n t e , p a r a e x i s t i r

d e o t r o m o d o q u e d e n o m b r e . E .

( 9 ) E s t e o r á c u l o e s m á s s e g u r o q u e e l d e C a l c h a s . E .

( 1 0 ) Y o m e h a b í a f o r m a d o l o s m í o s a n t e s d e s e r l o . E .

( , 1 1 ) M i c a s o y e l d e e l l o s . E .

( 1 2 ) ¿ A q u i é n m e a s e m e j o m e j o r ? ¡ E x c e l e n t e a g ü e r o

R , C .



i 6 8 M a q u i a v e l o c o m e n t a d o

lo q ue é l n o h ab ía adq uir ido mas q ue co n sumo s

af an es . P o r o t ra part e , Césa r B o rgia , l lamad o vul -

garmen t e e l D uq ue de Valen t in o is , q ue n o adq uir ió

sus E st ad o s mas q ue po r la f o rtun a de su padre,

los perdió lueg o que ella le hubo fa ltado , aun que

h iz o uso en t o n ce s de t o do s lo s medio s imag in ab les

para retenerlos, y p ract icó, para conso lidars e en los

pr in c ipado s q ue las arma s y f o rt un a a jen as le h a-

b ían adq uir ido , cuan t o po día pract icar un h o mb re

pruden t e y va lero so ( 13) .

He dich o q ue el que n o preparó lo s f u n d a m e n t o s

de su so b eran ía an t e s de ser P r ín c ipe, po dría h a-

cer lo después s i él tenía un talento superior ( 1 4 ) ,

aun q ue est o s f un damen t o s n o pueden f o rmarse en -

t o n ces mas q ue co n much o s disgust o s para e l arq ui-

t ect o , y co n much o s pel igro s para el edi f ic io [ 15 ] .

S i se co n sideran pues los pro greso s del D uq ue de

Valen t in o is , se verá q ue é l h ab ía prep arado po d e-

ro so s f un damen t o s para su f ut ura do min ació n [_i6~|;

y no tengo por inútil el dar lo s á co n o cer | 17] , po r-

( 1 3 ) A m e n u d o b i e n , a l g u n a s v e c e s m a l . G .

< 1 4 ) P a r a r e i n a r : s e e n t i e n d e . L o s o t r o s n o s o n m a s q u e

s o b r e s a l i e n t e s i n s u l s e c e s . E .

( 1 5 ) E s p e c i a l m e n t e c u a n d o n o l o s f o r m a u n o m a s q u e á

t i e n t a s, c o n t i m i d e z . . . . E .

( 1 6 ) ¿ M e j o r q u e y o ? E s d i f í c i l . G .

< 17 • Q u i s i e r a y o , c i e r t a m e n t e , q u e n o l o h u b i e r a s d i c h o

P O R N A P O L E Ó N 1 6 9

que no me es po s ib le d a r lecc io n es má s út iles á un

Principe nuevo, q u e la s acc io n es de éste. Si sus ins-

t ituciones no le sirvieron de nada, no fué falta su-

ya , sino la de u na e x t r e m a d a y m u y ext rao rdin ar ia

mal ign idad de la fortuna ( t 8 ) .

A l e j a n d r o V I quería elevar á su hijo e l D uq ue á

un a g r a n d e do min ació n , y veía para ello fuertes di -

ficultades en lo prese nte y f ut uro. P r imeramen t e,

no sabía có mo h acer le señ o r de un E s t a d o qu e no

pert en ec iera á la Igles ia ; y cuan do vo lv ía sus miras

h acia un E st ado de la Igles ia para quitársele en fa-

vor de su hijo, preveía que el Duque de Milán y los

ven ecian o s n o co n sen t ir ían en e l lo ( 19 ) . F a e n z a y

R ímin i q ue é l q uer ía ceder le desde luego , estaban

va b ajo la protección d e lo s ven ecian o s . Veía , ade-

más, que los ejércitos de la Italia, y sobre todo

aq uel lo s de los que él h ub iera podido valerse, esta-

ba n en po der d e los que deb ían t emer el en gran de-

á o t r o s m á s q u e á m í : j > e r p n o s a b e n l e e r t e : l o q u e e s lo

m i s m o . G .

( 1 8 ) T e n g o q u e q u e j a r m e d e e l l a , p e r o l a c o r r e g i r é . E .

( 1 9 ) ¿ S a l d r é v o m e j o r d e u n m a y o r e m b a r a z o d e e s t a

e s p e c i e , p a r a d a r r e i n o s á m i J o s é , á n n J e r ó n i m o t - n

c u a n t o á L u i s , s e r á s i q u e d a a l g u n o d e l q u e y o n o s e p a q u e

h a c e r . R . C .

— L l e v a b a v o m u c h a r a z ó n e n v a c i l a r t o c a n t e á é s t e . 1 P e-

r o el i n g r a t o , c o b a r d e y t r a i d o r J o a q u í n . . . . E l r e p a r a r a

s u s f a l t a s . E .



M A Q U I A V E L . O C O M E N T A D O

c im iento del P apa; y no po día fiarse de es to s e jér-

c i to s , po rque to do s e l lo s e s t a b a n m andado s po r lo s

Urs ino s , Co lo nas , ó a l le gad o s suyo s . E ra m enester

pues , que se turb ara es te o rden de co sas , y que se

intro dujera e l deso rden en lo s E stado s de Italia (20),

á f in de que le fuera po s ib le apo derarse seguram en-

te de una parte de e l lo s ( 2 1) . E st o le fué po sib le ,

á causa de que é l se hal lab a en aque l la co yu ntu -

ra (22), en que m o v ido s de razo nes part iculares los

v enec iano s , se hab ían resuelto á hacer que lo s fran-

ceses v o lv ieran o tra v e z á I ta l ia . N o s o l a m e n t e no

se opuso á ello, sino que aun facilitó esta maniobra,

m o s t r á n d o s e f a v o r a b l e á L u i s X I I c o n l a s e n t e n c i a

-J e la d iso luc ió n de su m atr im o nio co n J uana de

F r a n c i a ( 2 3 ) . E s t e M o n a r c a v i n o, pues , á Italia

co n la ayuda de lo s v enec iano s ( 2 4 ) , y e l co nsen-

( 2 0 ) E l A l e j a n d r o c o n t i a r i a n o m e d e s c o n o c e r í a m á s c i n e

e l A l e j a n d r o c o n c a s c o . R . I .

( 2 1 ) ¡ S u p á r t e l e s p o q u í s i m o p a r a m í. R . I .

( 2 2 ) H e s a b i d o d a r o r i g e n á o t r a s , m á s d i g n a s d e m í , d e

m i s i g l o , y m á s á m i c o n v e n i e n c i a . R . 1 .

( 2 3 ) L a p r u e b a q u e h i c e y a , c e d i e n d o al D u c a d o d e U r -

b i n o p a r a l o g r a r la f irma d e l c o n c o r d a t o , m e c o n v e n c e d e

q u e e n R o m a , c o m o e n o t r a s p a r t e s , h o y d í a c o m o e n t o n -

c e s u n a m a n o l a v a l a o t r a , y e s t o p r o m e t e R . C .

( 2 4 ) L o s g e n o v e s e s m e a b r i e r o n l a I t a l i a c o n la l o c a e s -

p e r a n z a d e q u e s u s i n m e n s a s r e n t a s s o b r e l a F r a n c i a s e p a -

g a r í a n s i n r e d u c c i ó n : Quid non cogit auri sacra fames? E l l o s

t e n d r á n á l o m e n o s s i e m p r e m i b e n e v o l e n c i a c o n p r e f e r e n -

c i a á l o s o t r o s i t a l i a n o s . R . C .

t im iento de Ale jan dro . N o b ien hub o es tado en M i-

lán , cuan do e l P ap a o b tuv o de é l a lguna s tro pas

para la em pre sa que hab ía m ed i tado so b re la R o -

m aña; y le fué cedida és ta á causa de la reputac ió n

d e l R e y .

H a b ie nd o adqu ir ido f inalm ente e l D u que co n e l lo

aqu el la pro v in c ia , y aun derro tado tam b ién á lo s

Co lo nas , quer ía co nserv ar la é i r m ás adelante; pero

l e e m b a r a z a b a n d o s o b s t á c u l o s . E l u no s e h a l l a b a

en e l e jérc i to de lo s Urs ino s de que é l se hab ía ser-

v ido , pero de cuya f idel idad se desco nf iab a, y e l

o tro co ns is t ía en la o po s ic ió n que la Fran c ia po día

hace r á e l lo . Te m í a , po r una parte , que le fa ltasen

las arm as de lo s Urs ino s , y que e l las no so lam ente

le im pidie sen co nquis tar , s ino que tam b ién le qui -

tasen lo que é l hab ía adquir ido , m ientras que, po r

o tra parte , se rece la b a de qu e e l R ey de Franc ia

o b ra ra co n respec to á é l co m o lo s Urs ino s (25) . S u

desc o nf ia nza , re lat iv a á es to s ú lt im o s , e s tab a fun-

d a d a e n q u e c u a n d o , d e s p u é s d e h a b e r t o m a d o

Fa en za , as a ltó B o lo nia , lo s hab ía v i s to o b rar co n

t i b i e z a . E n c u a n t o a l R e y , c o m p r e n d i ó lo q u e p o -

d í a t e m e r d e é l , c u a n d o , d e s p u é s d e h a b e r t o m a d o

e l D u c a d o d e U r b i n o , a t a c ó l a T o s c a n a ; p u e s e l

( 2 5 ) C a r o m e h a c o s t a d o e l n o h a b e r t e n i d o i g u a l d e s -

c o n f i a n z a , c o n r e s p e c t o á m i s f a v o r e c i d o s a l i a d o s d e A l e -

m a n i a . E .



Rey le hizo desist ir d e e s t a e m p r e s a . E n s e m e j a n t e

s i t uac ión , reso lv ió e l D uq ue n o depe n der y a de la

f o rt un a y a jen as armas ( 2 6 ) . A c u y o ef ect o , co -

men z ó deb i l i t an do , h ast a en R o m a, las f acc io n es

de lo s U rs in o s y Co lo n a s , gan an d o á cuan t o s n o -

b les le er a n a d i c t o s ( 2 7 ) . H í z o l o s g e n t i l e s h o m b r e s

suy o s , lo s h o n ró co n e leva do s empleo s , y le s c o n -

f ió , según sus pren das perso n ales , var io s g o b i e r n o s

ó man do s; de mo do q ue se e x t i n g u i ó e n el lo s á po -

co s meses el espíritu de la facción á q ue se a d h e -

rían; y su afecto se v o l v i 9 t o do en t ero h ac ia el D u -

q ue ( 2 8) . D esp ués de lo cual aceleró la o cas ió n de

arruinar á lo s U r s i n o s ( 2 9 ) . H a b í a d i s p e r s a d o y a

á lo s part idar io s de la casa Co lo n a q ue se le vo lv ió

f a v o r a b l e ; y l a t r a t ó m e j o r ( 3 0 ) . H a b i e n d o a d v e r -

t ido muy t arde lo s U rs in o s q ue e l po der del D uq ue,

y e l del P apa co mo S o b eran o , acarreab an su ruin a,

( 2 6 ) i P o r q u e 1 1 0 p u d e h a c e r d e o t r o raodoí E .

( 2 7 ) M i s C o l o n a s s o n l o s r e a l i s t a s ; m i s U r s i n o s l o s J a -

c o b i n o s ; y m i s n o b l e s s e r á n l o s j e f e s d e u n o s y o t r o s . G .

( 2 8 ) H a b í a e m p e z a d o y o t o d o e s t o y a e n p a r t e , a u n a n -

t e s d e l l e g a r a l c o n s u l a d o , e n q u e m e f u é b i e n c o n h a b e r

c o m p l e t a d o a l p u n t o t o d a s e s ta s o p e r a c i o n e s . R . 1 .

( 2 9 ) L a h e h a l l a d o e n e l S e n a d o c o n s u l t o d e l a m á q u i n a

i n f e r n a l d e n i v o s o , y e n m i m a q u i n a c i ó n d e A r e n a y T o p i n o

e n l a ó p e r a . R . C .

( 3 0 ) E s t a s d o s c o s a s n o p u d i e r o n p e r f e c c i o n a r s e e n l a

m i s m a é p o c a ; p e r o l o f u e r o n d e s p u é s d e a q u e l t i e m p o . R . L

convocaron un a D iet a en Magio n e, país de Perusa.

R esul t ó d e ello contra el Duque la rebelión de U r-

sino, c o m o t amb ién lo s t umult o s de la R o mañ a, é

infinitos p e l i gr o s p a r a él ( 3 1 ) ; p ero superó todas

estas di f icul t ades con el auxilio de los franceses (32).

L u e g o q ue h ub o recuperado alguna consideración,

no fiándose ya en ellos, ni en las demás f uerz as que

le eran ajen as , y queriendo no estar en la n eces idad

de pro b ar lo s de n uevo , recurrió á la astucia, y supo

encubrir en tanto grado su gen io ( 33) , q ue lo s U r-

sinos, po r la mediac ió n del Sr . Paulo, se reconci-

liaron con él. N o careció de medio s serv ic ia les para

asegurárselo s , dán do les v is t o so s t ra jes , dinero, ca-

ballos; tan b ien q ue, a p r o v e c h á n d o s e de la s impl i-

cidad de su co n f ian z a, a c a b ó reducién dolos á caer

en su po der , en S in igagl ia (34). H abie ndo destrui-

do en esta ocasión á sus jefes, y f o rmádo se de sus

part idarios otros t an t o s amigo s de su perso n a (3 5 ) ,

( 3 1 ) V i o t r o s p a r e c i d o s . . . . P i c h e g r u , M a l l e t . D e t o d o s

t r i u n f é s i n n e c e s i t a r d e l o s e x t r a n j e r o s . R . I.

( 3 2 ) L o h i c e , s i n n e c e s i t a r d e n i n g u n o . R . I .

( 3 3 ) Qui nescit dissimulare, nescit regnare. L u i s X I no

s a b í a b a s t a n t e , d e b í a d e c i r : Qjii nescitfallere, nescit reg nare.

R . I .

( 3 4 ) L o q u e q u e d a b a c o n t r a m í d e m á s f o r m i d a b l e e n t r e

m is C o l o n a s y U r s i n o s , n o s e e s c a p ó m e j o r . R . I .

( 3 5 ) C r e o h a b e r h e c h o h a r t o b i e n u n a y o t r a d e a m b a s

c o s a s . R . I .



pro po rc io n ó co n e l lo h art o b uen o s f un da men t o s á

su do min ació n , supue st o q ue t o da la R o ma n a co n

el D uca do de U rb in o , y q ue se h ab ía gan ado y a t o -

dos sus pueblos, en atención á que bajo su gobier-

n o , h ab ían co men z ado á gust ar de un b ien est as des-

co n o cido en t re e l lo s h ast a en t o n ces ( 36 ) .

Co mo est a part e de la v ida de est e D uq ue mere-

ce estudiarse, y aun imitarse por otros, no quie ro

dejar de expo n er la co n a lgun a espec i f icac ión ( 3 7) .

D es pué s q ue é l h ub o o cupado la R o m añ a, h a -

l lán do la man dada po r señ o res in h áb i les q ue más

b ien h ab ían despo jado q ue co rregido á sus go b ern a-

do s ( 38) , y q ue h ab ían dad o mo t ivo á más des -

un io n es q ue un io n es ( 39 ) , en t an t o grado q ue est a

provincia estaba l lena de latrocinios, contien das, y

de t o das las dem ás espec ies de desó rden es ( 4 0 ) ;

tuvo por n ecesario para esta blecer en ella la paz,

( 3 6 ) ¿ H a b í a c o n o c i d o l a F r a n c i a , v e i n t e a ñ o s h a c í a , e l

o r d e n d e q u e g o z a e n e l d í a , y q u e s ó l o m i b r a z o p o d í a r e s -

t a b l e c e r ? R . I .

( 3 7 ) E l l a e s m i l v e c e s m á s p r o v e c h o s a p a r a l o s p u e -

b l o s , q u e e s o d i o s a á a l g u n o s f o r j a d o r e s d e f r a s e s . R . I .

( 3 8 ) C o m o l o s a r t í f i c e s d e R e p ú b l i c a s f r a n c e s a s . R . C .

( 3 9 ) C o m o e n l a F r a n c i a r e p u b l i c a n a . R . C .

( 4 0 ) E n t e r a m e n t e c o m o e n F r a n c i a , a n t e s q u e y o r e i n a -

ra e n e l la . R . C .

y h acer la o b edien t e á su P r ín c ipe, e l dar le un v igo -

ro so go b iern o ( 4 1) .

E n su co n secuen cia , en v ió a l l í po r P res ide n t e á

m e s s e r R amiro d 'Orco , h o mb re severo y expedit o ,

al qu e delegó un a aut o r idad cas i i limit ada [ 4 2 ]

E st e en po co t iempo rest ab lec ió el so s iego en aq ue-

ll a pro v in c ia , reun ió co n e l la á lo s c iudadan o s div i-

dido s , y aun le pro po rc io n ó un a g ran d e co n sidera-

ción [ 4 3 ] . H a b i e n d o j u z g a d o d e s p u é s el D u q u e

q u e la desmesurada aut o r idad de R amiro n o co n ve-

ní a all í ya [ 4 4 ] , y t emie n do q ue el la se vo lv iera

muy odiosa («), erigió en el centro de la provincia

un tribunal civil , presidido por un sugeto excelente,

en e l q ue cada c iudad t en ía su def en so r [ 4 5 ] . Co mo

[ 4 1 ] ¿ N o e s l o q u e h i c e ? H a b í a n e c e s i d a d d e f ir m ez a v

d u r e z a p a r a r e p r i m i r l a a n a r q u í a . R . I.

[ 4 2 ] F s e r á s m i Orco. R . C .

[ 4 3 ] N o n e c e s i t a b a y o d e t í p a r a e s t o . R . I.

[ 4 4 ] P o r e s t o s u p r i m o t u M i n i s t e r i o ; y t e a g r e g o á la ju -

b i l a c i ó n d e m i S e n a d o . R . C .

[ 4 5 ] E l c r e a r u n a C o m i s i ó n s e n a t o r i a l d e l a l i b e r t a d i n -

d i v i d u a l , q u e s i n e m b a r g o n o h a r á m á s q u e l o y o q u i e r a .

a. Lo s min is t ros d e los t i ran os d e b e r ían mod e rar c ie r t ame n t e su

amb ic ión c on e s t a re f le x ión d e T á c i t o : Le vi post admissum scehtsgratiá, dan graznas odio: " E l P r í n c i p e l e s a c u e r d a u n l i g e r o f a -

v or a l t ie mpo qu e e l los le s irv e n por un c r i m e n : p e r o no le s t ie n e

d e s p u é s m a s q u e u n o d i o p r o f u n d o . " [ A n n . 14). T ác i t o n o v i t u pe -

ra á T i b e r i o d e q u e é l s a c r i f i c a r a c on fre c u e n c ia á s e me jan t e s

h om b re s , par a q u e n o s e v e n d ie ran á ot i ;os . n i ob ras e n igu alm e n -



l e co n st ab a q ue lo s r igo res e jerc ido s po r R amiro

d 'Orco h ab ían dado o r igen á a lgún o dio co n t ra su

pro pia perso n a, y q uer ien do t an t o dest errar le de lo s

co raz o n es de sus pueb lo s co mo gan árselo s en un

t o do , t rató de persuadir les q ue n o deb ían imput ár-

sele á él aque llos rigo res [ 4 6 ] , s in o a l duro gen io

de su Ministro (b). P ara co n ve n cer lo s de est o , re -

solvió cast iga r por ellos á su M inistro [4 7] ; y una

ciert a mañ an a, man dó div idir le en do s pedaz o s , y

mo st rar le as í h en dido en la p laz a púb l ica" de Cese-

n a, co n un cuch i l lo en san gren t ado y un t a jo de ma-

dera a l lado [ 4 8J . La f ero c idad de sem ejan t e e s-

pectácu lo, hizo que sus pueb los, p or algún t iemp o,

q uedaran ta n sat isfechos como atónitos (r) .

[ 4 6 ] N i n g u n o e s t a m á s c o n d e n a d o q u e é l , p o r l a o p i n i ó n

p ú b l i c a , á s e r m i m a c h o d e c a b r í o e m i s a r i o . R . I .

[ 4 7 ] R a b i o d e n o p o d e r d e s g r a c i a r l e s i n i n u t i l i z a r l e .

R. 1 .

[ 4 8 ] B u e n t i e m p o a q u e l e n q u e s e p o d í a n h a c e r e s t o s

c a s t i g o s q u e él h u b i e r a h a l l a d o m e r i t o r i o s . R. 1 .

t e para e s t os c on t ra s u s in t e re s e s : Scelcrum ministros, u d pervertí

<ib

aliis, noleb at i a plerumque saiiatus vetcres, ei prez graves ad -

fixit. [ A n n . 4] .

b. C é s a r B o r g i a co n o c í a a q u e l l a v e r d a d e x p r e s a d a p o r T á c i t o

e n e s t os t é rmin os : Nec ttnquám satis Jida potentia, ubi nimia est.

" U n a pot e s t ad n o e s t a s e gu ra n u n c a d e c o n s e rv ar s e , c u a n d o d a

e n los e xc e s os . "

c. V a l e r i o P a t é r c u l o d i j o d e C i n n a , q u e h i z o a cc i o n e s g l o r i o s a s

q u e u n h omb re h on rad o n o h u b ie ra os ad o h ac e r : De quo veré dici

potest ausum cuta; qu tr nenio oderet bonus. perfecisse, quoe a nutlo,

nisi fortissimo, pcrjici possent. (Hist . 2).

P ero vo lv ien do a l pun t o de q ue h e part ido , d igo

q ue h al lán do se muy po dero so e l D uq ue, y ase gu -

rado en part e co n t ra los pel igro s de en t o n ces , po r -

q ue se h ab ía armado á su mo do , y q ue t en ía de s-

t ruidas en gran part e las armas de lo s vec in o s q ue

po dían per judicar le , le q uedab a e l t emo r de la Fran -

c ia , supuest o que él quería continuar haciendo con-

quistas. S ab ie n do q ue e l R ey , q ue h ab ía ech ado de

ver algo tarde su propia falta, no sufriría que el Du-

q u e se en gran deciera más, ech ó se á b uscar n uevo s

a m i g o s ; desde luego t ergiversó [ 4 9 ] con respecto á

la Fran cia , cuan do march aro n lo s f ran ceses h ac ia e l

re in o de Nápo les co n t ra la s t ro pas españ o les q ue s i -

t iab an G aet a . S u in t en ció n era asegurarse de e l lo s ;

y h ub iera tenido un pronto acierto, si hubiera con-

t in uado v iv ien do Alejan dro [ 50 ] .

E st as f uero n sus precaucio n es en las c ircun st an -

c i a s d e e n t o n c e s ; pero en cuanto á las futuras, tenía

q u e t emer pr imeramen t e q ue e l suceso r de Ale jan -

dro VI no le fuera favorable , y tratar a de quitarle

o que le h ab ía dado Alejan dro .

P ara precaver est o s in co n ven ien t es ( 5 1) , im agi -

nó cuat ro medio s ( 52 ) . Fuer o n : 10 , de ext in guir ;

[ 4 0 ] B i e n y m u y b i e n o b r a d o . R . C .

[ 5 0 ] E s t o s m a l d i t o s si m e i m p a c i e n t a n . R . C .

[ 5 1 ] E s m e n e s t e r p r e v e e r e s t o s c o n t r a t i e m p o s . R . C .

[ 5 2 ] G r a n d e m e n t e b i e n h a l l a d o s . R . C .



178

M A Q U T A V E L O C O M E N T A D O

las fam i l ia s de los señ o re s á quiene s é l hab ía de s-

p o j a d o (d ), á f in de qui t ar a l P a pa lo s so co rro s que

el lo s hub ieran po dido sum inis trar le (53); 20, de ga-

narse á to do s lo s hidalgo s de R o m a, á f in de po der

po ner con e l lo s, co m o lo he dicho , un freno a l P a -

pa hasta en R o m a ; 30, de co nc i l iarse , lo m ás qu e

le era po s ib le , e l sacro c o leg io de lo s ca rdena les ;

y 4 0, de adquir i r , a nt es d e la m uerte de A le jan -

dro (54 ), una tan grande do m inac ió n, que é l se ha-

l lara en es tad o d e res is t i r po r s í m ism o a l pr im er

asalto , cuando no exis t iera ya su padre .

D e es to s cuatro expedientes , pract icado s lo s t res

pr im ero s po r e l D uque hab ían co nseguido ya su f in

a l m o r i r e l P a p a A l e j a n d r o ; y e l c u a r t o e s t a b a e j e -

c u t á n d o s e .

H i z o p e r e c e r á c u a n t o s h a b í a p o d i d o c o g e r d e

aquel lo s seño res á qu ien es tenía desp o jado s ; y se

( 5 3 ) N o f a l t e s á e s t o c u a n d o p u e d a s , y ha z de m o d o q u e

l o p u e d a s . R . C .

[ 5 4 ] F r a n c i s c o I I . . . . R . I .

d. Muci ano, p r i mer Mi ni s tro de Ves p as i ano, mandó dar muer-

te a l h i j o de Vi tel i o. p ar a aho gar , decí a , todas las s emi l las de

g u e r r a : Mucianus Vitelii filium interfici jitbcl, mansuram discor-

dickn obtendens, ni semina béíli restinxissct. (Hist. 4).- " P o r q u e

hay p el i gro en dej ar la v i da á los que fueron des p o j ados , " d i ce

T á c i t o : Periculúm ex misericordia ubi Vespasianus imperium

invascrit,

71011

ipsi,

11091

amias ejus, non excrcitibus securitatem,

ni si extincto, emulato redituram . "Ves p as i ano , des p ués de haber

adqui r i do el i mp er i o, 110 p odí a p rop orci onar ni ng una s egur i dad á

sí mismo, á sus amig os y ejé rcito s, si 110 hubie ra impedido el re-

gres o de s u comp eti dor man dand o dar le muerte . " [ Hi s t . 3].


le escaparo n p o co s (55) . H a b í a gana do á lo s hidal-

g o s d e R o m a (5 6 ) , y a d q u i r i d o u n g r a n d í s i m o i n -

f lu jo en e l sacro co legio . E n cuanto á sus nue v as

c o n q u i s t a s , h a b i e n d o p r o y e c t a d o h a c e r s e s e ñ o r d e

l a T o s c a n a , p o s e í a y a P e r u s a y P io m b i n o , d e s p u e s

d e h a b e r t o m a d o P i s a b a j o su p r o t e c c ió n . C o m o

n o e s t a b a o b l i g a d o y a á t e n e r m i r a m i e n t o s c o n l a

F r a n c i a , y q u e n o l e g u a r d a b a y a r e a l m e n t e n i n g u -

no , en atenc ió u á que lo s franceses se hal lab an á la

s a z ó n d e s p o j a d o s d e l r e i n o d e N á p o l e s p o r l o s e s p a -

paño les , y que un o s y o tro s es tab an p rec isado s á

so l i c i tar su am is tad (57) , se echa b a so b re P isa ; lo

cual b ast ab a pa ra que L uc a y S iena le ab r iesen sus

puertas, sea por celos contra los florentinos, sea por

tem o r de la v e ng an za suy a; y lo s f lorent ino s c are -

c í a n d e m e d i o s p a r a o p o n e r s e á el l o s. S i e st a e m -

presa le hub iera sa l ido acer tada, y se hub iera pues-

to en e jecuc ió n e l año en que m urió Ale jandro , hu-

b i e r a a d q u i r id o e l D u q u e t a n g r a n d e s f u e r z a s y t a n -

ta co ns ide rac ió n qu e, po r s í m ism o , se huhiera so ste-

[ 5 5 ] N o e s t o y t o d a v í a t a n a d e l a n t a d o c o m o é l . R . I .

[ 5 6 ] N o h e p o d i d o h a c e r t o d a v í a m a s q u e l a m i t a d d e

e s t a m a n i o b r a : ¿i vuol tempo. R. I .

[ 5 7 ] S u p u e s t o q u e h e a t r a í d o á e s t o á t o d o s l o s p r í n c i -

p e s d e A l e m a n i a , p e n s e m o s e n m i f a m o s o p r o y e c t o d e l

N o r t e . A c a e c e r á lo m i s m o c o n r e s u l t a d o s q u e n i n g ú n c o n -

q u i s t a d o r c o n o c i ó . R . I .



n ido , s in depen der de la f o rt un a y po der a jen o ( 58) .

T o d o e ll o n o d e p e n d í a y a m a s q u e d e s u d o m i n a -

ción y talento (59).

P ero Ale jan dro murió c in co añ o s después q ue e l

D u q u e h a b ía c o m e n z a d o á d e s e n v a i n a r l a e s p a d a .

U n i c a m e n t e el E s t a d o d e la R o m a ñ a e s t a b a c o n -

so l idado ; perman ecían vac i lan t es t o do s lo s o t ro s ,

h al lán do se además en t re do s e jérc i t o s en emigo s , po -

dero s ís imo s; y se veía ú l t imamen t e asa l t ado de un a

en f ermedad mo rt a l e l D uq ue mismo ( 6 0 ) . S in em-

bargo, era de tanto valor, y poseía t an super io res

t a len t o s; sab ía t amb ién c ó m o pueden gan arse ó per-

derse lo s h o mb res; y lo s f u n d a m e n t o s q u e él se ha-

b ía f o rmado en t an escaso t i e m p o eran tan sólidos,

q ue s i n o h ub iera t en ido po r co n t rar io s aq uel lo s

ejérc i t o s , y lo h ub iera pasado b ien , h ub iera t r iun f a-

do de t o do s lo s dem ás impe dim en t o s . La prueb a

de q ue sus f un damen t o s e r a n b uen o s , es peren t o r ia ,

s u p u e s t o q u e l a R o m a ñ a l e a g u a r d ó s o s e g a d a m e n -

t e más de un mes ( 6 1) , y q ue en t eram en t e mu ri-

[ 5 8 ] L i b r e de t o d a c o n d i c i ó n s e m e j a n t e , i r é m u c h o m á s

a d e l a n t e . R . I.

[ 5 9 ] C o n v i e n e n o c o n o c e r o t r a d e p e n d e n c i a . R . 1.

[ 6 0 ] P e o r q u e p e o r p a r a é l ; e s m e n e s t e r s a b e r n o e s t a r

n u n c a e n f e r m o , y h a c e r s e i n v u l n e r a b l e e n t o d o . R . I .

[ 6 1 ] C o m o la F r a n c i a m e a g u a r d ó d e s p u é s d e m i s d e -

s a s t r e s d e M o s c o w . E .

bundo como él estaba, no tenía que temer nada en

R o m a (6 2 ). Aun q u e lo s Vagl io n is , V i t e l is y U rs i-

nos habían venido all í, no emprendieron nada con-

,tra él . Si no pudo hac er Pap a al que él quería, á lo

men o s impidió q ue lo f uera aq uel á q uien n o q ue-

r ía [ 6 3] . P ero s i a l mo rir Ale jan dro h ubiera go z a-

do de robusta salud, hubiera hallado facil idad para

todo. Me dijo, aque l día en que Julio II fué crea do

P apa, q ue é l h ab ía pen sado en cuan t o po día acae-

cer muerto su padre; y que había hallado remedio

para todo; pero que no había pens ado en que pu

diera mo rir é l mismo en t o n ces [ 6 4 ] .

D espués de h ab er reco gido as í y co t ejado t o das

las acc io n es del D uq ue, n o puedo co n den arle ; aun

me pare ce que puedo, com o lo he hecho, proponer-

le po r mo delo á cuan t o s la f o rt un a ó a jen as armas

elevaro n á la so b eran ía [ 6 5] . Co n las re levan t es

( 6 2 ) P o r m á s m o r i b u n d o q u e y o e s t a b a , h a b l a n d o p o l í -

t i c a m e n t e , e n S m o l e n s k o , n o t u v e q u e t e m e r a l l í n a d a d e

l o s m í o s . E .

( 6 3 ) N o h e t e n i d o d i f i c u l t a d e n e s t o : l a n o t i c i a s o l a d e

m i d e s e m b a r c o un F r e j u s a p a r t a b a l a s e l e c c i o n e s q u e m e

h u b i e r a n s i d o c o n t r a r i a s . R . C .

( 6 4 ) E n r e s u m i d a s c u e n t a s , v a l e m á s , h a b l a n d o c o m ú n -

m e n t e , n o p e n s a r e n e l l o c u a n d o s e q u i e r e r e i n a r g l o r i o s a -

m e n t e . E s t e p e n s a m i e n t o h u b i e r a h e l a d o m i s m á s a t r e v i -

d o s p r o y e c t o s . R . I .

( 6 5 ) S o n b i e n i g n o r a n t e s l o s e s c r i t o r c i l l o s q u e d i j e r o n



pren da s y pro f un das miras q ue é l t en ía , n o po día

co n ducirse de di f eren t e mo do [ 6 6 ] . No tuvieron sus

design io s más o b st áculo s rea les que la b reve v ida

de Alejan dro , y su pro pia en f ermedad [ 6 7 ] .

E l q ue t en ga pues po r n ecesar io , en su nuevo

prin c ipado [ 6 8] , asegurarse de sus en emigo s; ga-

n arse n uevo s ami go s; t r iun f ar po r med io de la fuer-

z a ó f raude; h acerse amar y t emer de lo s pueb lo s ,

seguir y respet ar de lo s so ldado s; mudar lo s an t i -

guo s est at ut o s en o t ro s rec ien t es ; desemb araz arse de

lo s h o mb res q ue pueden y deb en per judicar le ; ser

severo y agradab le , magn án imo y l ib era l ; suprimir

la tropa infiel , y form ar otra nuev a; conserv ar la

amist ad de lo s rey es y pr ín c ipes , de mo do q ue e l lo s

t en gan q ue serv ir le co n b uen a grac ia , ó n o o f en der-

le mas q ue co n miramien t o : aq uel , repit o , n o puede

h al lar e jemplo n in gun o más f resco , q ue las acc io n es

q u e é l l e h a b í a p r o p u e s t o á t o d o s l o s p r í n c i p e s , a u n á l o s

q u e n o se h a l l a n n i p u e d e n h a l l a r s e en el m i s m o c a s o . N o

c o n o z c o m á s q u e á m í e n t o d a l a E u r o p a , á q u i e n e s t e m o -

d e l o p u d i e r a c o n v e n i r . R . I .

( 6 6 ) L o q u e h i c e d e a n á l o g o , m e l o i m p o n í a c o m o u n a

n e c e s i d a d m i s i t u a c i ó n , y c o m o u n a o b l i g a c i ó n p o r c o n s i -

g u i e n t e . E .

( 6 7 ) M i s r e v e s e s n o d e p e n d e n m a s q u e d e c a u s a s a n á l o -

g a s , s o b r e l a s q u e m i i n g e n i o n o p o d í a n a d a . E .

( 6 8 ) E s t o e s c u a n t o m e e s n e c e s a r i o . G .

de est e D uq ue, á lo menos ha sta la muerte de su

padre (69).

S u polít ica cay ó despues gravemen t e en f a l t a

cuan do , á la n o min ació n del suceso r de Ale jan dro ,

dejó hacer el Duque una elección adversa para sus

in t ereses en la persona de Julio II (70). N o le era

po sib le la creac ió n de un P ap a de su gust o ( 7 1 ) ;

pero teniendo la facultad de impedir que éste ó

aq uel f ueran P ap as , n o deb ía permit ir jamás q ue

se confiriera el pontif icado á ninguno de los c ar -

den ales á quienes él había ofendido, ó de aquellos

que, hechos pontíf ices, tuvieran motivos de temer-

le ( 7 2 ) , p o r q u e lo s h o mb res o f en den po r miedo ó

por odio ( e ) . Lo s carden ales á q uien es él h ab ía

o f en dido eran, entre otros, el de San Pedro es-liens,

lo s carden ales Co lo n a, de S an J o rge y Ascagn e ( 73) .

[ 6 9 ] E s p e r o q u e s o y u n e j e m p l o n o s o l a m e n t e m á s f r e s -

c o , s i n o t a m b i é n m á s p e r f e c t o y s u b l i m e . R . I .

[ 7 0 ] C a b e z a d e b i l i t a d a c o n s u e n f e r m e d a d . R . I .

[ 7 1 ] L e h u b i e r a d e p u e s t o y o b i e n p r o n t o , s i é l s e h u b i e -

r a e l e g i d o c o n t r a m i g u s t o . R . C .

[ 7 2 ] T o d o s , m e n o s el q u e f u é e l e g i d o , s a b í a n ó p r e v e í a n

q u e e l l o s d e b í a n t e m e r m e . R . C .

[ 7 3 ] P a s ó y a e l t i e m p o e n q u e p o d í a t e m e r s e s u r e s e n t i -

m i e n t o . R . I.

c . N e rón d e pu s o á c u at ro t r ib u n os por el único motivo de que é l

los t e mía: Exuti iribunatu , quasi principan non quuicm odissent,

sed /amen c.xtimerentnr. ( A n n . 1 5 ) , — T ác i t o prof ie re e n ot ro lu g ar

e s t a máxima: "A q u e l á q u ie n 1 1 1 1 P r í n c i p e teme, es s ie mpre h as -



E levado s un a vez t o do s lo s demás a l po n t i f icado ,

estaban en el caso de t emerle ( 74 ) , exce pt o e l

Carde n al de R uán , á causa de su f uerz a , supuest o

que tenía por sí el reino de Fran cia, y los carde na-

les españ o les con lo s q ue est ab a co n f ede rado , y q ue

le debían favores (75).

Así e l D uq ue, deb ía , an t e t o das co sas , h acer e le-

gir po r P apa á un españ o l ; y s i n o po día h acer lo ,

deb ía co n sen t ir en q ue f uera e legido e l Carden al de

R uán , y n o el de S an P edro es l ien s . Cualq uie ra

que cree que lo s n uevo s b en ef ic io s h acen o lv idar á

lo s emin en t es perso n ajes la s an t iguas in jur ias ( 76 ) ,

camin a errado ( / ) . Al t iempo de est a e lecció n , co -

met ió e l D uq ue, pues , un a grave f a l t a , y t an grave

qu e ella ocasionó su ruina.

[ 7 4 ] M i s o l o n o m b r e l o s h i z o t e m b l a r , y l o s h a r é t r a e r

c o m o c a r n e r o s a l p i e d e m i t r o n o . R . C .

[ 7 5 ] ¡ B e l l o m o t i v o p a r a c o n t a r c o n e s t a g e n t e M a q u i a -

v e l o t e n í a t a m b i é n m u v b u e n a f e . R . 1.

[ 7 6 ] P a r e c e n o l v i d a r c u a n d o s u p a s i ó n l o q u i e r e : p e r o

n o n o s fiemos en e ll o. Iv. I .

t an t e i lu s t re a l lad o d e l q u e le t ie n e mie d o; " satis claras est apud

ti mentón, quisquís time tur. (Hist. 2).

f . " L a m e m o r i a d e l a s o f e n s a s d u r a po r mu c h o t ie mpo e n los

q u e pe rman e c e n pod e ros os : " d ic e T ác i t o: quarum apud proepoten-

tes in longum memoria est ( A n n . 5 ) . "L os b e n e f ic io s n o pe n e t ran

n u n c a t a n a d e l a n t e como las ofe n s as , porq u e l a gr at i t u d s e h ac e

á e xpe n s as n u e s t ras , y la v e n g a n z a á e x p e n s a s d e a q u e l l o s á

q u i e n e s o d i a m o s ; " 7arito proclivius est injurioe, qnhm beneficio

vicem exsolvere; quia s^ratia onerf. u/fio in quoestu habetur.

[ His t . 41.

C A P I T U L O V I I I

D E L O S Q U E L L E G A R O N A L P R I N C I P A D O P O R M E O T O

D E M A L D A D E S

Pero como uno, de simple part icular, l lega á ser

t a m b i é n P rín c ipe de o t ro s do s m o do s, s in de b er lo

t o do á la fortuna ó valor, no conviene que omita vo

aq uí el tratar de u no y otro de estos dos mod os,

a u n q u e puedo reservarme e l d iscurr ir co n m ás e x-

tensión sobre el segund o, al tratar de las R epú bli-

cas ( i ) . El pr imero es cuand o un part icular se ele-

va por un a v ía malvada y d et est ab le a l pr in c ipa-

d o ( 2 ) ; y e l segun do cuan do un h o mb re l lega á ser

P rín c ipe d e su patria co n e l f avo r de sus co n ciuda-

no s ( 3 ) .

E n cuan t o al pr imer mo do , presen t a do s e jem -

plo s suyos la historia: el uno antiguo, y el otro mo-

l í ) S e l o d i s p e n s o . G .

( 2 ) L a e x p r e s i ó n e s d u r a m e n t e i m p r o b a t i v a . ¿ Q u é im -

p o r t a e l c a m i n o , c o n ta l q u e s e l l e g u e ? M a q u i a v e l o c o m e t e

u n a f a l t a e n h a c e r d e m o r a l i s ta s o b r e s e m e j a n t e m a t e r i a . G .

( 3 ) P u e d e a p a r e n t a r l o s i e m p r e . G .



E levado s un a vez t o do s lo s demás a l po n t i f icado ,

estaban en el caso de t emerle ( 7 4 ) , e xcep t o e l

Carde n al de R uán , á causa de su f uerz a , supuest o

que tenía por sí el reino de Fran cia, y los carde na-

les españ o les con lo s q ue est ab a co n f ede rado , y q ue

le debían favores (75).

Así e l D uq ue, deb ía , an t e t o das co sas , h acer e le-

gir po r P apa á un españ o l ; y s i n o po día h acer lo ,

deb ía co n sen t ir en q ue f uera e legido e l Carden al de

R uán , y n o el de S an P edro es l ien s . Cualq uie ra

que cree que lo s n uevo s b en ef ic io s h acen o lv idar á

lo s emin en t es perso n ajes la s an t iguas in jur ias ( 76 ) ,

camin a errado ( / ) . Al t iempo de est a e lecció n , co -

met ió e l D uq ue, pues , un a grave f a l t a , y t an grave

qu e ella ocasionó su ruina.

[ 7 4 ] M i s o l o n o m b r e l o s h i z o t e m b l a r , y l o s h a r é t r a e r

c o m o c a r n e r o s a l p i e d e m i t r o n o . R . C .

[ 7 5 ] ¡ B e l l o m o t i v o p a r a c o n t a r c o n e s t a g e n t e M a q u i a -

v e l o t e n í a t a m b i é n m u v b u e n a f e . R . 1.

[ 7 6 ] P a r e c e n o l v i d a r c u a n d o s u p a s i ó n l o q u i e r e : p e r o

n o n o s f ie mos e n e l lo . R . I .

t an t e i lu s t re a l lad o d e l q u e le t ie n e mie d o; " satis darus cst apud

ti mentón, quisquís time tur. (Hist. 2).

f . " L a m e m o r i a d e l a s o f e n s a s d u r a po r mu c h o t ie mpo e n los

q u e pe rman e c e n pod e ros os : " d ic e T ác i t o: quarum apud proepoten-

tes in longum memoria cst ( A n n . 5 ) . "L os b e n e f ic io s n o pe n e t ran

n u n c a t a n a d e l a n t e como las ofe n s as , porq u e l a gr at i t u d s e h ac e

á e xpe n s as n u e s t ras , y la v e n g a n z a á e x p e n s a s d e a q u e l l o s á

q u i e n e s o d i a m o s ; " 'J'anto proclivius est injurioe, qnam beneficio

vicem exsolvere; qnia s^ratia oncrt. u/fio in quoestn habehtr.

[ His t . 41.

C A P I T U L O V I I I

D E L O S Q U E L L E G A R O N A L P R I N C I P A D O P O R M E O T O

D E M A L D A D E S

Pero como uno, de simple part icular, l lega á ser

t a m b i é n P rín c ipe de o t ro s do s m o do s, s in de b er lo

t o do á la fortuna ó valor, no conviene que omita vo

aq uí el tratar de u no y otro de estos dos mod os,

a u n q u e puedo reservarme e l d iscurr ir co n m ás e x-

tensión sobre el segund o, al tratar de las R epú bli-

cas ( i ) . El pr imero es cuand o un part icular se ele-

va por un a v ía malvada v det est ab le a l pr in c ipa-

d o ( 2 ) ; y e l segun do cuan do un h o mb re l lega á ser

P rín c ipe d e su patria co n e l f avo r de sus co n ciuda-

no s ( 3 ) .

E n cuan t o al pr imer mo do , presen t a do s e jem -

plo s suyos la historia: el uno antiguo, y el otro mo-

lí ) Se lo dispenso. G.

( 2 ) L a e x p r e s i ó n e s d u r a m e n t e i m p r o b a t i v a . ¿ Q u é im -

p o r t a e l c a m i n o , c o n ta l q u e s e l l e g u e ? M a q u i a v e l o c o m e t e

u n a f a l t a e n h a c e r d e m o r a l i s ta s o b r e s e m e j a n t e m a t e r i a . G .

( 3 ) P u e d e a p a r e n t a r l o s i e m p r e . G .



derno. Me ceñiré á citarlos sin profundi zar de otro

mo do la cuest ió n , po rq ue so y de parecer q ue e l lo s

dicen b ast an t e para cualq uiera q ue est uv iera en e l

caso de imit ar lo s ( 4 ) .

E l pr imer e jemplo es e l del s ic i lian o A gát o c le s ,

q uien , h ab ien do n ac ido en un a co n dic ió n n o s o la-

mente ordinaria, sino también baja y vil , l legó á

empuñ ar s in emb argo e l cet ro de S iracusa ( 5) . Hi jo

de un alfarero, había tenido, en todas las circuns-

tancias, una conducta reprensible (6); pero sus per-

versas acc io n es ib an aco m pañ ad as de t an t o v igo r

co rpo ral y f o rt a lez a de án imo ( 7 ) , q ue h ab ién d o se

dado á la profesión militar, ascendió, por los diver-

sos grados de la milicia, hasta el de Pretor de Sira-

cusa ( 8 ) . Lu eg o q ue se h ub o v is t o e levad o á est e

puesto, resolvió hacerse Príncipe, y retener con vio-

lencia, sin ser deudor de ello á ninguno, la dignidad

q ue é l h ab ía rec ib ido del l ib re co n sen t im ien t o de

( 4 ) D i s c r e c i ó n d e m o r a l i s t a , m u y i n t e m p e s t i v a e n m a t e -

r i a d e E s t a d o . G .

( 5 ) E s t e , v e c i n o m í o , c o m o H i e r o n , y d e u n a e r a m á s

c e r c a n a q u e l a d e é l , e s t a r á m á s s e g u r a m e n t e t a m b i é n e n

l a g e n e a l o g í a d e m i s a s c e n d i e n t e s . G .

( 6 ) L a c o n s t a n c i a e n e s t a e s p e c i e e s e l m á s s e g u r o i n d i -

c i o d e u n g e n i o d e t e r m i n a d o y a t r e v i d o . G .

( 7 ) E l á n i m o e s p e c i a l m e n t e , q u e e s l o e s e n c i a l . G .

( 8 ) L l e g a r é á é l . G .


s u s c o n c i u d a d a n o s ( 9 ) . D e s p u é s d e ha b e r s e e n t e n -

dido á est e ef ect o co n e l G en eral cart agin en se Amil -

car, que estaba e n Sicil ia con su ejér cito (10), ju ntó

un a mañ an a a l pueb lo y S en ado de S iracusa, co mo

si tuviera que deliberar con ellos sobre cosas impor-

t an t es para la R epúb l ica; y dan do en aq uel la Asam-

b lea á sus so ldado s la señ al aco rdada, l es m an dó

mat ar á t o do s lo s sen ado res , y á lo s más r ico s c iu-

dadan o s q ue a l l í se h al lab an . Lib rado de e l lo s, o cu-

pó y conservó el principado de Siracusa, sin que se

man if est ara guerra n in gun a c iv i l co n t ra él ( 1 1 ) .

Aun q ue se v ió despu és do s vece s derro t ad o y aun

sit iado po r lo s cart agin en ses , n o so lamen t e p udo

def en d er su c iudad, s in o q ue t amb ién , h ab ien d o

dejado un a part e de sus t ro pas para cust o diar la , f ué

co n o t ra á at acar la Af r ic a; de mo do q ue en po co

tiem po libró Sira cusa sit iada, y puso á los cartagi-

n en ses en t an t o apuro q ue se v iero n f o rz ado s á t ra-

tar con él, se contentaron con la posesión del Afri-

[ 9 ] A c u é r d e n m e p o r d i e z a ñ o s e l C o n s u l a d o , m e l e h a r é

c e d e r b i e n p r o n t o c o m o V i t a l i c i o ; ¡ y s e v e r á G .

[ 1 0 ] N o n e c e s i t o d e s e m e j a n t e s o c o r r o , a u n q u e sí d e

d e o t r o s s i n e m b a r g o ; p e r o s o n f á c i l e s d e l o g r a r . G .

[ n ] ¡ V é a n s e m i 1 8 b r u m a r i o y e f e c t o s s u y o s T i e n e é l

l a s u p e r i o r i d a d d e u n m o d o m á s a m p l i o , s i n n i n g u n o d e e s -

t o s c r í m e n e s . R . C .



q ue era un a co sa serv i l e l perma n ecer co n f un d ido

en t re e l vulgo de lo s capit an es , co n cib ió e l pro y ec t o

de apo derar se de Ferm o , co n la ay uda d e Vit e lo ro ,

y de a lgun o s c iudadan o s de aq uel la c iudad q ue t e-

nían más amor á la esclavitud que á la l ibertad de

su pat r ia [ 2 2 ] . E n su co n secuen cia escr ib ió desde

luego á su t ío Juan Foglai ni, que era cosa natural

q ue después de un a tan di lat ada ausen cia , q uis iera

vo lver é l para ab raz ar le , ver su pat r ia , reco n o cer en

algún mo do su pat r imo n io , y q ue ib a á vo lver á

Fer mo ; pero que n o h ab ién do se f at igad o du ran t e

t an larga ausen cia mas q ue para adq uir ir a lgún h o -

n o r , y q uer ien do mo st rar á sus co n ciudadan o s q ue

él n o h ab ía malo grado e l t iempo b ajo est e aspect o ,

creía deb er presen t arse de un mo do h o n ro so , aco m-

pañ ad o de c ien so ldado s de á cab al lo , amig o s su-

y o s , y de a lgun o s serv ido res ( 2 3) . L e ro gó , en su

co n secuen cia , q ue h ic iera de mo do q ue le rec ib ieran

lo s c iudadan o s de Fermo co n dis t in c ió n , « en at en -

c ió n á q ue, l e dec ía , un semejan t e rec ib imien t o n o

so lamen t e le h o n rar ía á é l mismo , s in o q ue t amb ién

redundaría en gloria de su t ío, supuesto que él era

su disc ípulo .» J uan n o dejó de h acer le lo s f av o res

( 2 2 ) R e f l e x i ó n d e r e p u b l i c a n o . G .

( 2 3 ) ¡ E l t r a v i e s o H a y , en t o d a e s t a h i s t o r i a d e O l i v e -

r o t , m u c h a s c o s a s d e q u e s a b r é a p r o v e c h a r m e , e n l a s c i r -

c u n s t a n c i a s . G .

que él solicitaba, y á los que le parecía ser acreedor

su sobrino. Hi zo que le recibieran los hab itan tes de

Fe rm o con honor, y le hosp edó en su palacio. Oli-

vero t , después de h ab er lo d ispuest o t o do para la

maldad q ue é l es t ab a premedit an do , d ió en é l un a

esplén dida co mida á la q ue co n vidó á J uan Fo gl ian i

y t o das las perso n as más v is ib les de Ferm o ( 2 4 ) .

Al fin de la comid a, y cu ando, segú n el est ilo, no

se hacía más que conversar sobre cosas de que se

h ab la co mun men t e en la mesa, h iz o recaer Ol ivero t

diest ram en t e la co n versac ió n so b re la gran de z a de

Alejan dro VI y de su h i jo César , co mo t amb ién so -

bre sus emp resas . Mien tras que él respon día á los

discursos de los otros, y que los otros replicaban á

los suyos, se levantó de r epente dicien do que era

un a mat er ia de q ue n o po día h ab larse mas q ue en

el más oculto lug ar; y se ret iró á un cuar to part icu-

lar, a l q ue Fo gl ian i y t o do s lo s dem ás c iudada n o s

v is ib les le s iguiero n . Ape n as se h ub iero n sen t ado

al l í, cuan do , po r sa l idas ign o radas de e l los , e n t ra-

ron divers os soldad os que los deg ollaron á todos,

s in perdo n ar á Fo gl ian i . D esp ués de est a mat an z a,

Oliv erot montó á caballo , recorrió la ciudad, fué á

( 2 + ) S e a s e m e j a b a e l l a a l g o a l f a m o s o b a n q u e t e d e l a

I g l e s i a d e S a n S u l p i c i o , q u e m e h i c e o f r e c e r p o r l o s d i p u -

t a d o s á m i v u e l t a d e I t a l i a , d e s p u é s d e f r u c t i d o r ; p e r o l a

p e r a n o e s t a b a m a d u r a t o d a v í a . R . C .



s i t iar en su pro pio palac io al pr in c ipal mag ist rado ;

t an b ien q ue po seído s del t emo r t o do s lo s h ab it an -

t es , se v iero n o b l igado s á o b ede cer le , y f o rmar un

n uevo go b iern o cuy o S o b eran o se h iz o é l ( 2 5) .

Lib ra do Ol ivero t po r est e me dio de to do s aq ue -

l lo s h o mb res cuy o desco n t en t o po día ser le t emi-

b le ( 2 6 ) , f o rt i ficó su aut o r id ad co n n uevo s est at u-

tos civiles (27) y militare s (28), de mo do que en el

espacio de un año que él poseyó la soberanía (29),

n o so lamen t e est uvo seguro en la c iudad de Fermo ,

s in o q ue t amb ién se h iz o f o rmidab le á t o do s sus ve-

c i n o s ; y h u bi e r a s i d o t a n i n e x p u g n a b l e c o m o A g á -

t o c les , s i n o se h ub iera deja do en g añ ar de Césa r

B o rgia , cuan do , en S in igagl ia , so rp ren dió ést e , c o -

mo lo l l evo dich o , á los U rs in o s y Vit e l io s . H a -

b ien do s ido co gido Ol ivero t mismo en est a o cas ió n ,

( 2 5 ) P e r f e c c i o n é b a s t a n t e bi e n e s t a m a n i o b r a e l 1 8 d e

b r u m a r i o , y s o b r e t o d o a l s i g u i e n t e d í a e n S a n C l o u d . R . C .

( 2 6 ) M e b a s t a b a p o r lo p r o n t o e l e s p a n t a r l o s , d i s p e r s a r -

l o s y h a c e r l e s h u i r . E r a m e n e s t e r s o s t e n e r l o q u e y o h a b í a

m a n d a d o d e c i r s o l e m n e m e n t e á B a r r a s , q u e n o m e g u s t a b a

l a s a n g r e . R . C .

( 2 7 ) i Q u e a c a b e n , p u e s , b i e n p r o n t o e s e C ó d i g o C i v i l ,

a l q u e q u i e r o d a r m i n o m b r e . R . C .

( .2 8 ) E s t o d e p e n d í a e n t e r a m e n t e d e m í ; y h e p r o v i s t o á

t o d o á m i c o m o d i d a d y p r o g r e s i v a m e n t e . R . C .

( 2 9 ) T o n t o q u e s e d e j a q u i t a r l a v i d a c o n l a s o b e r a -

n í a . E .

un año después de su parricidio [30], le dieron ga-

rrote con Vite llozo que había sido su maestro de

valo r y m a l d a d [ 3 1 ] .

P o dría pregun t arse po r q ué Agat o c les , y a lgún

otro d e la misma espec ie , pudiero n , después de t an -

ta s t ra ic io n es é in n umerab les crueldades ( a), v iv ir

po r much o t iempo seguro en su pat r ia , y def en der-

se de los enemigos exteriores, sin ejercer actos crue-

les ; c o m o t amb ién po r q ué lo s co n ciudadan o s de

éste no se conjuraron nunca contra él , mien t ras q ue

h a c i e n d o o tro s much o s uso de la crueldad, n o pu -

diero n co n servarse jamás en sus E st ado s , t an t o en

t iempo de paz co mo en el de guerra .

C r e o que esto dimana del buen ó mal uso que se

h ace de la crueldad. P o de mo s l lamar b uen uso lo s

act o s de crueld ad, si sin emb arg o es l ícito hablar

[ 3 0 ] C o n e s t a p a l a b r a d e i m p r o b a c i ó n , a p a r e n t a M a -

q u i a v e l o f o r m a r l e u n c r i m e n d e e l l o , i P o b r e h o m b r e R . C .

[ 3 1 ] L a g e n t e b o n a z a d i r á q u e O l i v e r o t l o t e n í a b i e n

m e r e c i d o , y q u e B o r g i a h a b í a s i d o el i n s t r u m e n t o d e u n

j u s t o c a s t i g o . L o s i e n t o s i n e m b a r g o p o r O l i v e r o t : e s t o 110

s e r í a u n b u e n a g ü e r o p a r a m í , si h u b i e r a e n l a t i e r r a o t r o

C é s a r B o r g i a q u e y o . R . 1 .

a. E s t a voz crueldad, con qu e s e re pre s e n t a a q u í l a de crudella

que se lee en e l t e xt o , s e t oma ge n e ra lm e n t e e n i t a l ia n o por c u an t o

ac t o d e s e v e r id ad , y r ig or au n ju s t o , h ac e s u f r i r c r u e l e s t orme n -

t os , au n q u e la mu e rt e n o d e b a s e r e l re s u l t ad o s u y o ; y c on mu c h a

may or razón , t orme n t os c u y o f in in me d iat o e s arran c ar la v id a .

— 2 5



bi e n d e l ma l , qu e s e e j e r ce n d e u na ve z (3 2) , ú ni

ca me nt e p or la ne ce s i d a d d e p r ove e r á s u p r op i a

s e g u r id a d ( 3 3 ) , s i n c o n t i n u a r l o s d e s p u é s ( 3 4 ) , y

qu e a l mi s mo t i e m p o t r a t a u no d e d i r i g ir los , cu a nt o

e s p os i b le , ha ci a la ma yo r u t i l id a d d e los gobe r na -

dos (35).

L o s a c t o s d e s e v e r i d a d m a l u s a d o s s o n a q u e l l o s

qu e , no s i e nd o ma s qu e e n cor t o nú me r o á los p r i n-

ci p i os , va n s i e mp r e a u me nt á nd os e , y s e mu lt i p l i ca n

de día en día en vez de disminuirse y de mirar á su

fin (36).

L o s q u e a b r a z a n e l p r im e r m é t o d o , p u e d e n , c o n

los a u x i l i os d i vi n os y hu m a no s , r e me d i a r , com o

A ga t ocle s , la i nce r t i d u m br e d e s u s i t u a ci ón. En

[ 3 2 ] S i e l l o s h u b i e r a n c o m e n z a d o c o n e s t o , c o m o C a r -

l o s I I , y o t r o s i n f i n i t o s , e s t a b a p e r d i d a m i c a u s a . T o d o s

c o n t a b a n c on e l l o ; n i n g u n o h u b i e r a c e n s u r a d o ; b i e n p r o n -

t o e l p u e b l o n o h u b i e r a p e n s a d o en e s t o , y m e h u b i e r a o l -

v i d a d o . E .

[ 3 3 ] P o r f o r t u n a e s t o e s l o q u e m e n o s l o s o c u p a . E .

[ 3 4 ] S i s e a c a l o r a n p o r m u c h o t i e m p o en e s t a o p e r a c i ó n ,

o b r a n c o n t r a s u s i n t e r e s e s . C u a n d o l a m e m o r i a d e l a a c -

c i ó n q u e d e b e c a s t i g a r s e , s e h a i n v e t e r a d o , e l q u e l a c a s t i -

g u e n o p a r e c e r á y a m a s q u e u n h o m b r e c r u e l g e n i a l m e n t e ,

p o r q u e e s t a r á c o m o o l v i d a d o l o q u e h a c e j u s t o el c a s t i -

g o . E .

[ 3 5 ] E r a f á c i l . E .

[ 3 6 ] E s t e m é t o d o , e l ú n i c o q u e l e s q u e d a á l o s m i n i s -

t r o s , n o p u e d e m e n o s d e s e r m e f a v o r a b l e . E .

c u a n t o á lo s d e m á s , no es p os i b le qu e e l los s e ma n-

t e nga n (3 7 ) .

Es me ne s t e r , p u e s , qu e e l qu e t oma u n Es t a d o,

ha ga a t e nci ón, e n los a ct os de r igor que le es pre-

ci s o ha ce r , á e j e r ce r los t od os d e u na s ola ve z é i n-

me d i a t a me nt e (3 8 ) , á fin d e no e s t a r obl i ga d o á

volve r á e l los t od os lo s d í a s, y p od e r , no r e no vá n -

d olos , t r a nqu i l i za r á s u s gobe r na d os , á los qu e ga -

na r á d e s p u é s fá ci lme nt e ha ci é nd ole s b i e n (6) .

El qu e obr a d e ot r o mod o p or t i mi d e z , ó s i gu i e n-

d o ma los cons e j os (39), e s t á p r e ci s a d o s i e mp r e á

t e ne r la cu chi l la e n la ma no (40); y no p u e d e cont a r

nu nca con s u s gobe r na d os , p or qu e e l los mi s mos ,

con e l mot i vo d e qu e e s t á obl i ga d o á cont i nu a r y

r e nova r i nce s a nt e me nt e s e me j a nt e s a ct os d e cr u e l-

d a d , no p u e d e n e s t a r s e gu r os con é l .

Po r la mi s m a r a zón qu e los a ct os d e s e ve r i d a d

[ 3 7 ] S e v e r á b i e n p r o n t o u n a n u e v a p r u e b a d e e l l o . E .

[ 3 8 ] L a c o n s e c u e n c i a es j u s t a , y e l p r e c e p t o d e r i g o r . E .

[ 3 9 ] U n a y o t r a c a u s a d e r u i n a e s t á n á s u l a d o ; l a s e -

g u n d a e s t á c a s i t o d a á m i d i s p o s i c i ó n . E . .

[ 4 0 ] C u a n d o s e l o p e r m i t e n . E .

b. As í hi z o O c ta vi o , d i c e Tá c i to : " D e sp u é s de h a b e r d e p u e s t o

e l tr i u nvi ra to , se g a nó a l so ld a d o c o n d a d i v a s , a l p u e blo c o n la

a b u n d a n d a d e v i t u a l l a s , y á t o d os c o n l a s d e l i c i a s d e u n a s o s e -

g a d a v i d a . C o n e l l o, s e hizo p e r d o n a r c u a n t o é l h a b í a h e c h o m - e n -

t r - s o u e e r a t r i u n v i r o : " Pósito triumviri nomine mihtem donis,

pQpidum aniwná^cunctos dulcedine otii pdlcxil (Au n . X); et quoe

triumviratu gesserat, abolevit (Au n. I I I ) .



deb en h acerse t o do s jun t o s , y q ue de jan do men o s

t iempo para ref lexio n ar en e l lo s , o f en den men o s ( 4 1) ;

los bene ficios deb en hacer se poco á poco, á f in de

q ue se t en ga lugar para sab o rear lo s mejo r ( 4 2 ) .

U n P r ín c ipe deb e, an t e t o das co sas , co n ducirse

co n sus go b ern ado s , de mo do q ue n in gun a casual i -

dad, buen a ó mala, le haga variar (43), porq ue si

acaecen t iem po s pen o so s , n o le q ueda y a lugar para

rem edia r el mal (44) ; y el bien que hace entonc es,

n o se co n viert e en pro vech o suy o [ 4 5] . Le miran

co mo f o rz o so , y n o t e lo agradecen .

[ 4 1 ] L o s q u e e m p e z a d o s m u y t a r d e , p r i n c i p i a n t ím i d a -

m e n t e p r o b á n d o s e s o b r e l o s m á s d é b i l e s , h a c e n c l a m a r y

r e b e l a r s e á l o s m á s f u e r t e s : a p r o v e c h é m o n o s d e e l l o . E .

[ 4 2 ] C u a n d o l o s d e r r a m a n á m a n o s l l e n a s , l o s r e c o g e n

m u c h o s i n d i g n o s ; y n o l o s a g r a d e c e n l o s o t r o s . E .

[ 4 3 ] ¡ Y p a r e c e q u e u n o e s t á s o b r e u n e j e E .

[ 4 4 ] E l l o s l o e x p e r i m e n t a r á n . E .

[ 4 5 ] A u n p o r m á s q u e s e p r o m e t a y d é e n t o n c e s , n o s e r -

v i r á e s to d e n a d a ; p o r q u e el p u e b l o p e r m a n e c e n a t u r a l -

m e n t e s i n v i g o r p a r a e l q u e c a e d e f a l t a d e p r e v i s i ó n y l o n -

g a n i m i d a d . E .

C A P I T U L O I X

D E L P R I N C I P A D O C I V I L

Ven gamo s a l segun do mo do co n q ue un part icu-

lar puede h acerse P r ín c ipe s in va lerse de cr ímen es

n i v io len cias in to lerab les [ 1 ] . E s cuan do , co n e l

auxilio de sus conciud adano s, l lega á reinar en su

pat r ia . P ues b ien , l lamo c iv il es t e pr in c ipado . P ara

adq uir ir le , n o h a y n eces idad n in gun a de cuan t o e l

va lo ró f o rt un a pueden h acer , s in o más b ien de cuan -

t o un a acert ada ast uc ia puede co mb in ar [ 2 ] . P ero

dig o que no se eleva uno á esta sober anía c on el

f avo r del pueb lo ó e l de lo s gran des [ 3] .

E n cualq uiera c iudad, h ay do s in c l in ac io n es di-

versas , un a de las cuales pro v ien e de q ue e l pueb lo

desea n o ser do min ado n i o pr imido po r lo s gran des;

y la o t ra de q ue lo s gran des desean do min ar y o pn -

( 1 ) L o q u e y o q u e r r í a : p e r o l a c o s a e s d i f íc i l . G .

(

2

) E s t e m e d i o n o e s t á , s i n e m b a r g o , f u e r a d e m i f a c u l -

t a d , v m e h a s e r v i d o y a b a s t a n t e a c e r t a d a m e n t e . G .

( 3 ) T i r a r e m o s á r e u n i r , á l o m e n o s , l a s a p a r i e n c i a s d e

un o y ot r o . G.



m ir al p u e bl o ( a) . D e l c hoqu e d e a m ba s inc l ina c io-

ne s , d im a na u na d e e s ta s t r e s c os a s : ó e l e s ta bl e c i -

m ie n to d e l p r inc ip a d o, ó e l d e l a Re p ú bl ic a , ó l a

l i c e nc ia y a na r qu ía . En c u a nt o al p r inc ip a d o, s e

p r om u e v e s u e s ta bl e c im ie nto p or e l p u e bl o ó p or l os

gr a nd e s , s e gú n qu e e l uno ú otr o d e e s tos d os p a r -

t id os t ie ne n oc a s ión p a r a e l l o . C u a nd o los m a g na te s

v e n qu e e l l os no p u e d e n r e s is ti r a l p u e bl o [ 4] , c o -

m ie nza n for m a nd o u na gr a n r e p u ta c ión á u no d e

e l l o s

[ 5 ] . y d i r ig ie nd o tod a s l a s m ir a d a s ha c ia é l ;

ha c e r l e d e s p u é s Pr ín c ip e ( 6 ( , á f in d e p od e r d a r á

l a s om br a d e s u s obe r a nía , r ie nd a s u e l ta á s u s in-

c l ina c ione s ( ó). E l p u e bl o p r oc e d e d e l m is m o m od o

c on r e s p e c to á u no s ol o , c u a nd o v e qu e no p u e d e

resistir á los grandes, á fin de que le proteia su au-

t o r i d a d ( 7 ) .

( 4 ) E s l a s i t u a c i ó n a c t u a l d e l p a r t i d o d i r e c t o r i a l ; v a l g á -

m o n o s d e é l p a r a a u m e n t a r m i c o n s i d e r a c i ó n e n e l c o n c e n -

t o d e l p u e b l o . G .

( 5 ) S e v e r á n a r r a s t r a d o s á e l l o . G .

( 6 ) A c e p t o e s t e v a t i c i n i o . G .

( 7 ) L e h a r e m o s t r a b a j a r e n e s t e s e n t i d o , á f i n d e q u e

p o r u n m o t i v o t o t a l m e n t e o p u e s t o , s e d i r i j a a l m i s m o f i n '

q u e l o s d i r e c t o r i a l e s . G .

a. "L a ava r ic ia y arro g anc ia so n l o s p r inc ip al e s v ic io s d e l o s

S

^

T

h ^ i

T

" Proel?JVall

b As í obraron los de Hera clea: pa ra vengar se del pueblo, que

era el mas fuerte, l lamaron á Clearco del destierro, y le declara*

El que consigue la soberanía con el auxil io de los

gr a nd e s , s e m a nt ie ne c on m á s d i f i c u l ta d qu e e l qu e

l a c ons igu e c on e l d e l p u e bl o ( 8 ) ; p or qu e s ie nd o

Pr ínc ip e , s e ha l l a c e r c a d o d e m u c ha s ge nte s qu e s e

t ie ne n p or igu a l e s c on é l ( 9) ; y no p u e d e m a nd a r -

las ni manejarlas á su discreción (c).

Pe r o e l qu e l l e ga á l a s obe r a nía c on e l fa v or p o-

p u l a r ( 1 0) , s e ha l l a s o l o e n su e x a l ta c ión; y e ntr e

c u a ntos l e r od e a n, no ha y ningu no, ó m á s qu e p o-

qu ís im os á l o m e nos , q u e no e s té n p r o ntos á obe -

d e c e r l e ( 1 1 ) .

Po r otra parte, no se pue de con decor o, y sin

a gr a v ia r á l os otr os , c onte nta r l os d e s e os d e l os

(8 ) M a n i f e s t a r é s e m b l a n t e d e n o h a b e r l a c o n s e g u i d o

mas qu e p o r v p ar a é l . G .

(9 ) E l l a s m e h a n e m b a r a z a d o s i e m p r e c r u e l m e n t e . E .

[ 1 0 ] P o r q u e n o p u d e a c e r t a r á h a c e r c r e e r q u e y o m e

h a l l a b a e n e s t e c a s o . M e c o m p o n d r é p a r a p a r e c e r l o m e j o r

á m i r e g r e s o . E .

[ 1 1 ] L o s h a b í a a t r a í d o y o s i n e m b a r g o á e s t e p u n t o . E .

ro n p o r Pr ínc ip e su yo . " ( .Maquiav. cap. 16, del l ib. I de los Dis-

c u rso s so bre l a Pr ime ra D é c ad a) .

qui.ne io, eu c & prínc ipe, debe tirar siempre a cauti-

to m ás d e bi l i ta su autoridad.



gran de s [ 12 ] . P ero co n t en t a un o f ác i lmen t e lo s del

pueblo, porque los deseos de éste t ienen un f in más

honrad o que el de los grand es, en atenc ión á que

los últ imos quieren oprimir, y que el pueblo l imita

su deseo á no serlo.

Añ ádase á est o q ue, s i e l P r ín c ipe t ien e po r en e-

migo a l pueb lo , n o puede est ar jamás en seguridad;

po rq ue e l pueb lo se f o rma de un gran dís imo n úme-

ro de h o mb res . S ien d o po co n umero so s lo s ma g-

n at es , es po s ib le asegurarse de e l lo s más f ác i lmen -

t e . L o peo r q ue e l P r ín c ipe t ien e q ue teme r de un

pueb lo q ue n o le ama, es e l ser ab an do n ado po r é l ;

pero si le son contrario s los grand es, d ebe tem er

n o so lame n t e verse ab an d o n ado , s in o t amb ién at a-

cado y dest ruido po r e l lo s ; po rq ue t en ien do e st o s

h o mb res más prev is ió n y ast uc ia , emplean b ien e l

t iempo para sa l ir del apr iet o , y so l ic i t an dig n ida -

( 1 2 ) L o s m í o s e r a n i n s a c i a b l e s . E s t o s h o m b r e s d e r e -

v o l u c i ó n n o t i e n e n j a m á s b a s t a n t e . N o l a h i c i e r o n m a s q u e

p a r a e n r i q u e c e r s e , y s u c o d i c i a c r e c e c o n s u s a d q u i s i c i o n e s .

S i s e a n t i c i p a n a l p a r t i d o q u e v a á t r i u n f a r v l e f a v o r e c e n ,

e s p a r a t e n e r s u s g r a c i a s . D e s t r u i r á n d e s p u é s e l q u e e l l o s

h a y a n e l e v a d o , l u e g o q u e l e s h a y a d i s t r i b u i d o t o d a s s u s d á -

d i v a s . Q u e r i e n d o r e c i b i r s i e m p r e , a r r u i n a r á n t a m b i é n é s t e ,

l u e g o q u e h a v a c e s a d o d e d a r l e s . H a b r á s i e m p r e e l m a v o r

p e l i g r o e n s e r v i r s e d e s e m e j a n t e s f a u t o r e s . P e r o ¿ c ó m o p a -

s a r s e s i n e l l o s ? Y o , e s p e c i a l m e n t e , q u e n o t e n g o m á s a p o -

y o ¡ a h í s i y o t u v i e r a e l t í t u l o d e s u c e s i ó n a l t r o n o , e s t o s

h o m b r e s n o p o d r í a n v e n d e r m e n i p e r j u d i c a r m e . E .

des al lado de aquel al que esperan ver reinar en

s u l u g a r ( 1 3 ) .

Además, e l P r ín c ipe est á en la n eces idad de v i -

v ir s iempre co n est e mismo pueb lo ; pero puede

o b rar c iert amen t e s in lo s mismo s magn at es , supues-

t o q ue puede h acer o t ro s n uevo s y d esh acer lo s t o -

do s lo s d ías ; co m o t am b ién dar les crédit o , ó q ui-

t ar les e l q ue t ien en , cuan do est o le aco m o da ( 1 4 ) .

Para aclarar más lo relat ivo á ellos, digo que los

gran des deb en co n siderarse b ajo do s aspect o s pr in -

c ipales : ó se co n ducen de mo do q ue se un an en un

t o do co n la f o rt un a, ú o b ran de mo do q ue se pasen

sin ella. Lo s que se enla zan con la fortuna, si no

so n rapaces ( 1 5 ) , deb en ser h o n rado s y amado s.

Lo s o t ro s q ue n o se un en á t í perso n alm en t e, pue-

den co n siderarse b ajo do s aspe ct o s: ó se co n ducen

( 1 3 ) ¿ C ó m o n o p r e v i q u e e st o s a m b i c i o s o s , s i e m p r e p r o n -

t o s á a n t i c i p a r s e á l o s b a r r u n t o s d e la f o r t u n a , m e a b a n d o -

n a r í a n , y a u n e n t r e g a r í a n l u e g o q u e m e a s a l t a r a l a a d v e r s i -

d a d ? H a r á n o t r o t a n t o p o r m í c o n t r a é l s i p u e d e n v e r m e

e n b e l l a a c t i t u d , s a l v o e l v o l v e r á e m p e z a r c o n t r a m í e n l a

o c a s i ó n , s i e s t o y v a c i l a n t e . ¡ P o r q u e n o p u d e f o r m a r m e

g r a n d e s c o n h o m b r e s n u e v o s E .

( 1 4 ) E s t o n o e s c a s i f á c i l , á l o m e n o s t a n t o c o m o y o q n i -

s i e r a y d e b i e r a h a c e r l o ; l o t e n t é c o n r e s p e c t o á . . . . y á

F . . . . e l l o s f u e r o n m á s p e l i g r o s o s c o n e s t o . E l p r i m e r o

m e e n t r e g ó ; e l s e g u n d o , d e l c u a l n e c e s i t o , h a p e r m a n e c i d o

e q u í v o c o , p e r o l o t e n d r e m o s d e u n m o d o ú o t r o . E .

( 1 5 ) N o t e n g o c a s i n i n g u n o d e e s t a e s p e c i e . R . I .

—26



así por pusilan imida d, ó una falta de ánimo , y en-

t o n ces deb es serv ir t e de e l lo s co mo de lo s pr imero s ,

espec ia lmen t e cuan do t e dan b uen o s co n sejo s , po r-

que te honran en tu p rospe ridad , y no t ienes que

t emer n ada de e l lo s en la advers ida d ( 1 6 ) . P ero

lo s q ue n o se emp eñ an mas q ue po r cá lculo ó po r

causa de amb ic ió n ( 1 7) , man if iest an q ue p ien san

má s en sí que en t í. El Prín cipe deb e estar sobre

s í co n t ra e llo s , y mirar lo s co mo á en em igo s dec la-

r a d o s

(d)

, po rq ue en su advers i dad ay uda rán á ha-

cer le caer ( 18 ) .

U n c iudadan o , h ech o P r ín c ipe co n e l f avo r del

pueblo, de be t irar á cons erva rse su af ect o; lo cual

le es fácil , porque el pue blo le pid e únic ame nte el

no ser oprimido. Per o el que l le gó á ser Prín cip e

con la ayuda de los magnates, y contra el voto del

pueb lo , deb e an t e t o das co sas t rat ar de co n ci l iárse-

le ; lo q ue lees f ác i l cuan do le t o ma b ajo su pro t ec-

( 1 6 ) N o t e n g o m a l d e e s t e t e m p l e . R . I .

( 1 7 ) E s e l m a y o r n ú m e r o d e l o s m í o s . R . I .

( 1 8 ) N o h a b í a c o n o c i d o y o b i e n e s t a v e r d a d ; e l é x i t o m e

h a p e n e t r a d o d u r a m e n t e d e e l l a . ¿ P o d r é a p r o v e c h a r m e d e

e s t o e n l o v e n i d e r o ? E .

d. " Val er i o Fes t o q ue, en s us car t as os t en ci b l es á Ves pas i an o,

h ab l a b a en fav or de Vi t e l i o , y dab a en s ecr et o a l m i s m o Ves p a-

siano consejos contrarios á Vitel io, queriendo, con esta doble con-

ducta, contraerse un mérito al la do de uno y otro, y tener por

am i go a l q ue q ued ar a Em pe r ador , s e hi zo j us t am en t e s os pe-

choso á ambos" (Tácit ., Hist . 2).

c ió n ( 1 9 ) . Cua n do lo s h o mb res rec ib en b ien de

aq uel de q uien n o esperab an mas q ue mal , se ape-

gan más y más á é l ( 2 0 ) . As í , pues , e l pueb lo so -

met ido po r un n uevo P r ín c ipe q ue se h ace b ien h e-

chor suyo, le coge más afecto, que si él mismo, por

b en evo len cia , l e h ub iera e levado á la so b eran ía .

Lu eg o e l P r ín c ipe puede co n ci l iarse e l pueb lo de

much o s mo do s; pero est o s so n t an n umero so s , y

depen den de t an t as c ircun st an cias var iab les , q ue n o

puedo dar una regla f ija y cierta sobre este part icu-

lar. M e limito á concluir que es neces ario que el

Príncipe tenga el afecto del pueblo (21), sin lo cual

carecerá de recurso en la advers idad ( 2 2 ) .

Nab is , P r ín c ipe n uevo en t re lo s espart an o s , so s-

tuvo el sit io de toda la Gre cia y de un ejérci to ro-

man o e jerc i t ado en las v ic t o r ias ; def en dió f ác i lmen -

te contra uno y otro su patria y Esta do, porqu e le

b ast ab a, á la l l egada del pel igro , e l asegurarse de

un co rt o n úme ro de en em igo s in t er io res . P ero n o

hubiera logra do él estos triunfos, si hubi era tenid o

al pueb lo po r en emigo .

i Ah n o se crea impug n ar la o pin ió n q ue est o y

( 1 9 ) P r o c u r a r é h a c e r lo c r e e r . G .

( 2 0 ) N e c e s i t o , si n e m b a r g o , d e f u e r t e s c o n t r i b u c i o n e s ,

y n u m e r o s o s c o n s c r i p t o s . R . C .

( 2 1) Es t e er a e l fl aco m í o. C .

( 2 2 ) M e lo h a n d a d o á c o n o c e r c r u e l m e n t e . C .



sen t an do aq uí , co n o b j e t a r m e aq uel t an repet ido

proverbio, « que el que se f ía en el pueblo , ediíica

en la aren a» ( 2 3). E st o es verdad, co n f iéso lo , para

un c iudada n o pr ivado , q ue, co n t en t o en sem ejan t e

f un damen t o , crey era q ue le l ib rar ía e l pueb lo , si él se

v iera o pr imido po r su s en emigo s ó lo s magist rado s .

E n cuy o caso , po dría en gañ arse á me n udo en sus

esperan z as , co mo est o sucedió en R o ma á lo s G ra-

co s (e)\ y en Flo ren cia á Mo ssen J o rge S cal i ( / ) .

P ero s i e l q ue se f un da so b re e l pueb lo , es P r ín c ipe '

suy o ; si puede man da rle y q ue é l sea h o mb re de .

co raz ó n , n o se at emo riz ará en la advers idad; s i n o

deja de h acer po r o t ra part e las co n ducen t es d ispo -

s ic io n es , y q ue man t en ga co n sus est at ut o s y va lo r ,

e l de la gen eral idad de lo s c iudadan o s, n o será en -

gañ ad o jamá s po r e l pueb lo , y reco n o cerá q ue lo s

f un da men t o s q ue é l se ha f o rmado co n ést e , so n

b uen o s [ 2 4 ] .

( . 2 3 ) S í ; y s í , c u a n d o e l p u e b l o n o e s a b s o l u t a m e n t e m a s

q u e a r e n a . C .

( 2 4 ) N o m e f a l t ó d e t o d o e s t o m a s q u e l a v e n t a j a d e s e r

a m a d o d e l p u e b l o y s i n e m b a r g o . . . . p e r o e l h a c e r s e a m a r

e n l a s i t u a c i ó n e n q u e y o m e h a l l a b a , c o n l a s n e c e s i d a d e s

q u e t e n í a , e r a m u y d i f í c i l . C .

e. T i b e r i o G r a c o f u é a s a l t a d o y mu e rt o por e l pu e b lo , c on aq u e l

s olo d ic h o d e S c i p i ó n N a s i c a : Qui salvam vellent retnpublicam me

sequerentur: " L o s q u e q u i e r a n s a l v a r l a R e p ú b l i c a , s í g a n m e ; "

y C a i o , s u h e rman o, no se l ib e r t ó d e igu a l s u e r t e ( Ve l l . P at e r . ,

Hist. 2).

/. " F u é d e c apit ad o e n pre s e n c ia d e u n pu e b lo , q u e le ad mirab a

E st as so b eran ías t ien en la co st umb re de pel igrar ,

cuando uno las hace subir del orden civil al de una

mo n arq uía ab so lut a; po rq ue e l P r ín c ipe man da en -

tonce s ó por sí mism o, ó por el inter med io d e s us

mag istrad os. En este postrer caso, su situación e s

más déb i l y pel igro sa , po rq ue depen d e en t eramen -

t e de la vo lun t ad de lo s q ue e jercen las magist ra-

t uras , y q ue pueden q uit ar le co n un a gran de f ac i l i -

dad e l E st ado , y a sub levá n do se co n t ra é l , y a n o

o b edecié n do le ( 2 5) . E n los pel igro s , seme jan t e

P rín c ipe n o est á y a á t iempo de recuperar la aut o -

r idad ab so lut a , po rq ue lo s c iudadan o s y go b ern ado s

q ue tien en la co st umb r e de rec ib ir las ó rden es de

lo s magist rado s , n o est án dispuest o s , en est as c i r -

cun st an cias cr í t icas , á o b edecer á las suy as [ 2 6 ] ; y

q ue en est o s t iempo s dudo so s , carece é l s iempre de

gen t es en q uien es pueda f iarse [ 2 7 ] .

S em ejan t e P r ín c ipe n o pued e f un darse so b re lo

q ue é l ve en lo s mo men t o s pac í f ico s , cuan do lo s c iu-

dadan o s n eces i t an de l E st ado ; po rq ue en t o n ces ca-

da un o vuela , pro met e, y qu iere mo rir por él , en

( 2 5 ) S e v a á v e r c o m o e s t o s u c e d e . E .

( 2 6 ) C u e n t o c o n é s t e . E .

( 2 7 ) ¿ E n d ó n d e l a s h a l l a r á ? E .

p o c o h a c í a , " d i c e M a q u i a v e l o a ñ a d i e n d o e s t a r e f l e x i ó n : " e l a f e c -

t o d e l pu e b lo s e p ie rd e t an fác i lm e n t e c omo s e logra [ His t . F lo r . ,

lib. 3]-




a t e nci ón á qu e e s t á r e m ot a la m u e r t e [28 ] . Pe r o

e n los t i e mp os cr ít i cos , cu a nd o e l Es t a d o ne ce s i t a

d e los c i u d a d a nos , no s e ha l la n ma s qu e p oqu í s i mos

de ellos

g ) .

Es t a e x p e r i e nci a e s t a nt o má s p e l i gr os a , c u a nt o

u no no p u e d e ha ce r la ma s qu e u na ve z [ 2 9 ] ; en su

cons e cu e nc i a u n p r u d e nt e P r í nci p e d e be i ma gi na r

u n mod o, p or cu yo me d i o s u s gobe r na d o s t e ng a n

s i e mp r e , en t od o e ve n t o y c i r cu n s t a nci a s d e cu a l-

qu i e r a e s p e ci e , u na gr a nd í s i ma ne ce s i d a d d e s u p r i n-

ci p a d o [ 3 0] . Es e l e x p e d i e nt e m á s s e gu r o p a r a ha -

cérselos f ieles para s iempre.

( 2 8 ) N o v i s l u m b r a n e l l o s e s t o e n a q u e l l a s p r o t e s t a s v

c a r t a s c o n g r a t u t o l a r i a s q u e l o s t r a n q u i l i z a n , ¡ n o s a b e n p u e s

t o d a v í a c ó m o e s t o s u c e d e E .

( 2 9 ) S i e l l o s s a l i e r a n b i e n d e l a p u r o u n a p r i m e r a v e z ,

m e d e s q u i t a r í a y o c o n v e n t a j a , c u a n d o p u d i e r a d e s q u i t a r m e

p o r m í ó p o r o t r o . E .

( 3 0 ) N o s e p i e n s a n u n c a b a s t a n t e e n e s t a v e r d a d . £ .

g. Prosperis Vitellii re bus certaturi ad obsequium , adversan eius

fortmam ex xquo detradabant. " T o d o s - s e a p r e su r a b a n á s e r v i r

a \ i te l io , c u and o su s ne g o c io s p ro sp e r aban ; y l e aband o na ro n á

p o rf ía c u and o l a fo rtu na l e fu é ad ve r sa" (Tác i t . , His t Lan-

gucntibus ommum studiis, quiprimo álacres fidem atqüe animn

m

ostentaverant, etc.: c u anto s en e l p r inc ip io habí an he c ho al a rd e

d e u n animo so re nd imie nto no l e man ife s taro n y a mas qu e u na

f l o ja ind i fe re nc ia, e tc ." {Idem, His t . 1 ) .

H

C A P I T U L O X

C Ó M O D E B E N M E D I R S E L A S F U E R Z A S 1 ) E T O D O S L O S

P R I N C I P A D O S

O e l p r i nci p a d o e s ba s t a nt e gr a n d e p a r a qu e e n

é l ha l le e l Pr í nci p e , e n ca s o ne ce s a r i o , con qu e s os -

t e ne r s e p or s í mi s m o [ i j ; ó e s t a l qu e , e n s e me j a n-

t e ca s o, s e ve p r e ci s a d o á i mp lor a r e l a u x i l i o d e los

ot r os [2] .

Pu e d e n s os t e ne r s e los p r í nci p e s p o r s í mi s mos ,

. cu a nd o t i e ne n s u f i c i e nt e s hombr e s y d i ne r o p a r a

for ma r e l cor r e s p ond i e nt e e j é r ci t o , con e l qu e e s t é n

ha bi l i t a d os p a r a d a r ba t a l la á cu a lqu i e r a qu e l le ga -

r a á a t a ca r lo s [3 ] . Ne c e s i t a n d e los ot r os , los qu e

no p u d i e n d o sa l i r á ca m p a ñ a cont r a los e ne m i gos ,

s e ve n obl i ga d os á e nce r r a r s e d e nt r o d e s u s mu r os ,

y ce ñi r s e á gu a r d a r los (4 ) .

[ 1 ] C o m o l a F r a n c i a c o n l a s c o n s c r i p c i o n e s , e m b a r g o s ,

e t c . G .

[ 2 ] . E s t o n o v a l e n a d a . G .

[ 3 ] C o n m a y o r r a z ó n c u a n d o p u e d e n a t a c a r y h a c e r t e m -

b l a r t o d o s l o s o t r o s . G .

[ 4 ] ¡ T r i s t e c o s a N o la q u e r r í a y o . G .



S e h a h a b l a d o del pr imer caso ; y l e m e n t a r e m o s

t o davía , cuan do se presen t e la o cas ió n d e ello.

E n el s e g u n d o caso, no p o d e m o s m e n o s d e a len -

ta r á semejan t es pr ín c ipes á m a n t e n e r y fort if icar

la c iudad de su residencia sin inquietarse po r lo res-

t an t e de l país ( 5 ) . Cualq u iera qu e h ay a f o rt i f icado

bien el lugar d e su man sió n , y se h ay a po rt ado b ien

con sus go b ern ado s , co mo lo h emo s dich o más arr i -

b a , y lo d iremo s adelan t e , no s e r á a t a c a d o n un ca

mas q ue co n much a c ircun specc ió n , po rq ue lo s h o m-

bres miran co n t ib iez a s iempre las empresas q ue les

presen t an di f icul t ades; y q ue n o p u e d e esperarse un

triunfo fácil , a t a c a n d o á un P r ín c ipe q ue t ien e bien

f o rt i f icada su c iudad, y no est á ab o rrec ido de su

p u e b l o ( 6 ) .

L a s c i u d a d e s d e Alem an ia so n muy l ib res ; t ie-

n en , en sus alrededores, poco territorio que les per-

t e n e z c a ; o b e d e c e n a l E m p e r a d o r c u a n d o l o q u i e -

ren; y no le tem en á él ni á ningún otro pote nta do

in mediat o , á causa d e q ue est án f o rt i f icadas , y cada

un o de ellos ve que le sería dif icultoso y adverso e l

at acar las ( 7) . To da s t ien en f o so s , mural las , un a

[ 5 ] E s t o n o m i r a á m í .

[6 ] M e h e h a l l a d o , s i n e m b a r g o , e n e s t e c a s o ; p e r o m e

a p r o v e c h a r é de l a p r i m e r a o c a s i ó n p a r a f o r t i f i c a r m i C a p i -

t a l , s i n q u e a d i v i n e n e l m o t i v o r e a l d e e l l o . E .

[7 ] E r a b u e n o p a r a e l t i e m p o p a s a d o ; y n o s e t r a t a a q u í

d e f r a n c e s e s q u e f u e r a n l o s a g r e s o r e s . G .

suficiente art il lería, y conservan en sus bodegas, cá-

mara s y a lmacen es , co n q ue co mer, b eb er y h acer

lum bre durante un año. Fu era de esto, á fin de tener

suf ic ien t emen t e a l imen t ado a l po pulach o , s in q uesea

gravo so a l púb l ico , t ien en s ie mpre en co mún co n q ue

dar le de t rab a jar po r espac io de un añ o en aq uel las

espec ies de o b ras qu e son el nervio y alma de la

c iudad, y co n cuy o pro duct o se sust en t a est e po pu-

lach o . Man t ie n en t amb ién en un a gran de co n side -

ración lo s e jerc ic io s mil i t ares , y t ien en sumo cuida-

do de q ue perman ez can e l lo s en v igo r ( 8 ) .

Así , pues , un P r ín c ipe q ue t ien e un a c iudad f uer-

te, y no se hace aborrecer en ella, no puede ser ata-

cado ; y s i lo fuera se volvería con oprobio el que le

at acara . S o n tan var iab les las co sas t erren as , q ue

es cas i impo sib le q ue el q ue at aca , s ien do l lama do

en su país po r a lgun a v ic is i t ud in ev i t ab le de sus E s-

t ado s , perman ez ca ro dan do un a ñ o con su ejérc i t o

b a j o un o s muro s q ue n o le es po s ib le asa l t ar (9).

Si alguno objetara que, en el caso de que tenien-

do un pueb lo sus po ses io n es a fuera , las v iera q u e-

mar, perde ría pacien cia, y que un dilat ado sit io y

su in t erés le h ac ían o lv idar e l de su P rín c ipe, res-

[8 ] ¿ D e q u é s i r vi e r o n e s t a s p r e c a u c i o n e s c o n t r a n u e s t r o

a r d o r e n A l e m a n i a v S u i z a ? R . C .

[o ] N o a n d o r o d a n d o y o u n a ñ o , s i n h a c e r n a d a , b a j o

l o s m u r o s a j e n o s . R . C .



2 1 0 M A Q U I A V E L O G O M E N T A D O

pond eré qu e u n Príncipe pod eroso y val iente su pe

rará s iempre esta s d i f icu l tad es; ya haciend o espera r

á su s gober nad o s qu e el mal no será largo; ya ha -

ciénd oles tener d iversas cru eld ad es por parte d el

enem igo, ó ya, ú l t im ame nte, a segu rá nd ose con ar-

te d e aqu el los sú bd itos qu e le parezcan mu y osad os

en su s qu ejas ( 10 ) .

F u era d e esto , habiend o d ebid o natu ralmente el

enemigo, d esd e su l l egad a, qu emar y asolar el país ,

cu an d o esta ban los s i t iad os en el pr imer ard or d e la

d e f e n s a , el P r í n c i p e d e b e t e n e r t a n t o m e n o s d e s -

confianza d espu és, cu anto á continu ación d e haber-

se pasad o algu nos d ías , se han enfr iad o los ánimos,

los d años están y a h echos, los males su fr id os 3' s in

qu e les qu ed e remed io ningu no. Lo s c iu d ad anos

entonces l l egan tanto mejor á u nirse á él , cu anto

les parece qu e ha con traíd o u na nu eva obl igación

con el los , con motivo d e haberse arru inad o su s po-

sesiones y casa s en d efen sa su ya ( 11 ) . La natu ra-

leza d e los hombres es d e obl igarse u nosá otros así

tanto con los benefic ios qu e el los acu erd an, com o

con los qu e reciben. D e el lo es preciso conclu ir qu e,

( 1 0 ) E l m e j o r y a u n ú n i c o m e d i o e s c o n t e n e r l o s á t o d o s

i g u a l m e n t e p o r m e d i o d e u n s u m o t e r r o r ; o p r i m i d l o s , y

e l l o s n o s e s u b l e v a r á n , n i o s a r á n r e s p i r a r . R . 1 .

( 1 1 ) S e a ó n o e s t o a s í , s e m e d a p o c o : v n o n e c e s i t o d e

e l l o . R . i .

P O R N A P O L E Ó N 2 x 1

consid eránd olo tod o bien, no le es d i f íc i l á u n Prín-

cipe, qu e es pru d ente, e l tener al pr incipio y en lo

su cesivo d u rante tod o el t iem po d e u n s i t io , incl i -

nad os á su persona los ánimos d e su s conciu d ad a

nos, cuand o no les falta con que vivir, ni con que

d efend erse ( 12) .

( . 1 2 ) C o n q u e d e f e n d e r s e , q u e e s l o e s e n c i a l . R . i .



M A Q U I A V E I A ) C O M E N T A D ( )

C A P I T U L O X I

D E L O S P R I N C IP A D O S E C L E S I Á S T I C O S

No nos resta hablar ahora mas qu e d e los princi-

pad os ec lesiást icos , sob re los qu e no hay d i f icu l tad

ningu na mas qu e para ad qu ir ir la posesión su ya;

porqu e hay necesid a d , á este efecto , d e valo r ó d e

u na bu en a fortu na. No hay ne cesid a d d e u no ni

otro para conservarlos , se sost iene u no en el los por

m e d i o d e in s t i t uc i o n e s , q u e f u n d a d a s a n t i g u a m e n t e ,

son tan pod erosas, y t ienen tales propied ad e s, qu e

el las cons ervan al Prínc ipe en su Esta d o, d e cu a l -

qu ier mod o qu e él proced a y se cond u zca ( i ) .

U n i c a m e n t e e s t o s p r í n c i p e s t i e n e n E s t a d o s s i n

estar obl igad os á d efend erlos y sú bd itos s in experi-

m e n t a r l a m o l e s t i a d e g o b e r n a r l o s. E s t o s E s t a d o s ,

au nqu e ind efensos, no les son qu itad os; y estos sú b-

d itos , au nqu e s in gobierno como el los están, no t ie-

nen zozobra ningu na d e esto; no piensan en mu d ar

( x ) ¡ A h ¡ s i y o p u d i e r a e n B ' r a n c i a , h a c e r m e á m í m i s m o

A u g u s t o , y s u p r e m o P o n t í f i c e d e l a r e l i g i ó n G .

potó N a p o l e ó n 2 1 3

d e Príncipe, y ni au n pu ed en hacerlo . Son, pu es,

estos Estad os los ú nicos qu e prosperan y están se-

guros.

Pero como son gobernad os por cau sas su periores ,

á qu e la razón hu m ana no alcanza, los pasaré en

si lencio; ser ía men ester ser b ien presu ntu oso y te -

merario , para d iscu rrir sobre u nas soberanías er ig i -

d as y conservad as por Dios mismo (2) .

Algu no, s in embargo, me pregu ntará d e qu é pro-

viene qu e la Ig lesia Ro ma na se elevó á u na tan su -

perior grand eza en las cosas temporales d e tal mo-

d o qu e la d ominación ponti f ic ia d e la qu e, antes d el

Pa pa Alejan d ro V I , los pote ntad o s i tal ianos, y no

solamente los qu e se l laman potentad os, s ino tam-

bién cad a barón, cad a señor, por más pequ eños qu e

fu esen, hacían corto aprecio en las cosas tem por a-

les , hace temblar ahora á u n Re y d e F ran cia, au n

pu d o echarle d e Ital ia , y arru inar á los V enecianos.

Au n qu e estos hechos son conocid os, no tengo por

cosa en bald e el representarlos en parte (3 ) .

A n t e s q u e e l R e y d e F r a n c i a , C a r l o s V I I I , v i -

niera á Ital ia , esta provincia estaba d istr ibu id a bajo

el imperio d el Papa , V ene cianos, Re y d e Náp oles ,

( 2 ) E s t a i r o n í a m e r e c í a p o r c i e r t o t o d o s l o s r a y o s e s p i -

t u a l e s d e l a p o t e s t a d t e m p o r a l d e l V a t i c a n o . G .

( 3 ) E n t i e n d e s m a l l o s i n t e r e s e s d e tu r e p u t a c i ó n , y l a

c o r t e d e R o m a n o t e p e r d o n a r á e s t a h i s t o r i a i n d i s c r e t a . G .



M A Q

LÍL

A V E L O O . I .M ' .

N

1 A MO

D uq ue de Milán y Flo ren t in o s . E st o s po t en t ado s

deb ían t en er do s cuida do s p r in c ipales : e l un o q ue

ningún e xtran jero trajera e jército s á Italia, y el otro

q ue n o se en gran deciera n in gun o de e l lo s . Aq u el lo s

co n t ra q uien es más les impo rt ab a t o mar est as pre-

caucio n es . eran e l P a pa y lo s Ven ecian o s . P ara

co n t en er á lo s Ven ecian o s , era n ecesar ia la un ió n

de todos los otros, como se había visto en la defen-

sa de Ferrara; y para co n t en er a l P apa, se va l ían

est o s po t en t ado s de lo s b aro n es de R o ma, q ue, h a-

l lán do se div idido s en do s f acc io n es , las de lo s U r -

binos y Colonas, tenían siempre con motivo de sus

co n t in uas discusion es , desen vain ad a la espada un o s

contra otros, á la vista misma del Pontíf ice al que

in q uiet ab an in cesan t emen t e. D e e l lo resul t ab a q ue

la po t est ad t empo ral del po n t i f icado perman ecía

siempre débil y vacilante (4).

Aun q u e á veces so b reven ía un P apa de v igo ro so

genio como Sixto IV, la fortuna ó su ciencia no po

dían desemb araz ar le de est e o b st áculo , á causa de

la breved ad de su pontif icado . En el espacio de diez

años que, uno con otro reinab a cad a Pap a, no les

era posible, por más molest ias que se tom aran, el

abatir una de estas faccione s. Si uno de ellos, por

ejemplo, conseguía ezt inguir casi la de los Colonas,

(4 ) J u i c i o s a s r e f l e x i o n e s . . . . d i g n a s d e m e d i t a r s e . G .

o t ro P ap a q ue se h al lab a en em igo de lo s U rs in o s ,

h ac ía resuc i t ar á lo s Co lo n as . No le q ueda b a y a

suf ic ien t e t iempo para an iq ui lar lo s después; y co n

el lo acaec ía q ue h ac ían po co caso de las f uerz as t em-

rales del Papa en Italia (5).

P ero se presen t ó Ale jan d ro VI. q uien mejo r q ue

t o do s sus predeceso res , mo st ró cuan t o puede t r iun •

far un Papa , con su dine ro y fuerzas, de to dos los

dem ás pr ín c ipes ( 6 ). To ma n d o á su D uq u e de Va-

len t in o is po r in st rumen t o , y apro v ech án d o se de la

o cas ió n del paso de lo s fran ceses , e jecut ó cuan t as

co sas l l evo ref er idas y a a l h ab lar so b re las acc io n es

de est e D uq u e. Aun q ue su in t en ció n no h ab ía s ido

aum en t ar lo s do min io s de la Igles ia , s in o ún icame n -

t e pro po rc io n ar o t ro s gran dís imo s a i D uq ue, s in em-

b argo lo q ue h iz o po r é l. o cas io n ó e l en gran deci-

miento de esta potestad temporal de la Iglesia, su-

puesto que á la ext inción del Duque, heredó ella el

f rut o de sus guerras . Cua n do e l P apa J ul io v in o

después , la h al ló muy po dero sa , pues e l la po seía

t o da la R o man a; y t o do s lo s b aro n es de R o ma es-

t ab an s in f uerz a , supuest o q ue Alejan d ro , co n lo s

di f eren t es m o do s de h ace r derro t ar sus f acc io n es ,

(.5 .' E l m i s m o h a g o v o . G .

( 6 ) E n s u t i e m p o v p a í s . G .



las h ab ía dest ruido ( 7 ) . Hal ló t amb ién e l camin o

ab iert o para a lgun o s medio s de at eso rar q ue Al e-

jandro no había puesto en práct ica nunca. Julio no

so lamen t e s iguió e l curso o b serva do po r ést e , s in o

q ue t amb ién f o rmó el des ign io de co n q uist ar B o lo -

nia, reducir á los venecianos, arrojar de Italia á los

f ran ceses ( 8 ) . To da s est as empr esas le sa l iero n

bien, y co n t an t a más glo r ia para é l mismo , cuan t o

el las l l evab an la mira de acr ecen t ar e l pa t r imo n io

de la Igles ia , y n o e l de n in gún part icular . Ad em ás

de est o man t uvo las f acc io n es de lo s U rs in o s y Co -

lonas en los mismos términos en que las halló (9) ;

y aun q ue h ab ía en t re e l las a lgun o s je f es capac es

de t urb ar el E st ado , perman eciero n sumiso s , po r-

qu e lo s t en ía espan t ado s la gran d ez a de la Igle-

sia, y no había cardenales que fueran de su familia:

lo cual era causa de su s disen sio n es . E st as f acc io -

n es n o est arán jamás so segadas , mien t ras q ue e l las

t en gan a lgun o s carden ales ( 10 ) . p o r q u e e st o s m a n -

t ien en , en R o ma y po r af uera , un o s part ido s q ue

[7 ] Y o h u b i e r a t e n i d o á b i e n e l p o d e r H a c e r lo m i s m o e n

t r a n c i a . G .

¡ m

p

]

G

H é a c

*

u í 1 , 1

q u e s e l l a m a o b r a r c o m o g r a n d e h o m -

[o ] E s l a s o l a c o s a q

l l e

m e s e a c o n v e n i e n t e h a c e r e n

i - r a n c i a . K. C .

[ 1 0 ] N o h a r í a y o m a l e n t e n e r a l l í m u c h o s c a r d e n a l e s

q u e m e d e b i e r a n s u b i r r e t a e n c a r n a d a . R . C .

lo s b aro n es est án o b l igado s á def en der; y as í es co -

mo las d isco rdias y guerras en t re lo s b aro n es , d i-

man an de la amb ic ió n de est o s prelado s ( 11) .

S uce dien d o S u S an t idad, e l P apa Leó n X, á J u-

l io , h a l ló pues e l po n t i f icado e levado á un a l t ís imo

g r a d o d e d o m i n a c i ó n ; y h a y f u n d a m e n t o s p a r a e s -

perar q ue, s i Ale jan dr o y J ul io le en gran de ciero n

co n las armas, est e P o n t í f ice le en g ran dece rá más

t o davía , h ac ién do le ven erar co n su b o n dad y demás

in f in i t as v ir t udes q ue so b resalen en su perso n a.

( 1 1 ) M e v a l d r é d e e l l a p a r a e l t r i u n f o d e l a m í a . R . C .



C A P I T U L O X I I

C U Á N T A S E S P E C I E S D E T R O P A S H A Y ; V DE LOS

S O L D A D O S M E R C E N A R I O S

De s pué s de h ab e r h ab l ado e n par t i cul ar de t o das

l as e s pe ci e s de pr i n ci pado s , s o b r e l as q ue a l pr i n ci -

p i o m e h ab í a pr o pue s t o d i s cur r i r ; co n s i de r ad o , b aj o

al g un o s as pe ct o s , l as cau s as de s u b ue n a ó m a l a

co n s t i t uci ó n ; y m o s t r a do l o s m e di o s co n q ue m u -

ch o s pr í n ci pe s t r at ar o n de adq ui r i r l o s y co n s e r var -

los: me resta aho ra discurrir , de un mod o gene ral ,

s o b r e lo s at aq ue s y de fe n s as q ue pue de n o cur r i r

e n cada un o de l o s E s t ado s de q ue l l e vo h e c h a

m e n ci ó n .

L o s p r i n c i p a l e s f u n d a m e n t o s d e q u e s o n c a p a c e s

t o do s l o s E s t ado s , y a n ue vo s , y a an t i g uo s , y a m i x -

t o s , s o n l as b ue n as l e y e s y ar m as ; y po r q ue r as le -

y e s n o pue de n s e r m al a s e n do n de s o n b ue n a s las

ar m as , h ab l ar é de l as ar m as e ch an do á un l ado las

ley es ( i ) .

V

, í ^ l ,

P

°

r

?

u é

' , P

u e s

>

a c

l

u e l

v i s i o n a r i o d e M o n t e s q u i e u h a -

b l o d e M a q u i a v e l o e n s u c a p í t u l o d e l o s legisladores? R . C .

P e r o l as ar m as co n q ue un P r í n ci pe de f i e n de s u

E s t a do , s o n ó l as s uy a s pr o pi as , ó ar m as m e r ce n a-

r i as, ó aux i l i ar e s , ó ar m as m i x t a s .

L a s m e r ce n ar i as y aux i l i ar e s so n i n út i l e s y p e l i -

g r o s a s ( 2 ) . S i u n P r í n c i p e a p o y a s u E s t a d o c o n

t r o pas m e r ce n ar i a s , n o e s t ar á f ir m e n i s e g ur o n un -

ca, po r q ue e l l as car e ce n de un i ó n , s o n am b i c i o s as ,

i n di s c i p l i n ad as , i n f i e l e s , fan fa r r o n a s e n pr e s e n ci a

de l o s am i g o s , y co b a r de s co n t r a l o s e n e m i g o s , y

q ue n o t e m e n t e m o r de Di o s , n i b ue n a fe co n l o s

h o m b r e s . S i u n o , c o n s e m e j a n t e s t r o p a s, n o q u e d a

v e n c i d o , e s ú n i c a m e n t e c u a n d o n o h a y t o d a v í a a t a -

q ue . E n t i e m po de paz , t e p i l lan e l l as ; y e n e l d e

g ue r r a , de j an q ue t e de s po j e n l o s e n e m i g o s .

L a caus a de e s t o e s q ue e l l as n o t i e n e n m ás am o r ,

n i m o t i vo q ue t e l as ape g ue q ue e l de s u s ue l de ci -

11o : y e s t e s ue l de ci l l o n o pue de h ac e r q ue e s t é n r e -

s ue l t as á m o r i r po r t í . T i e n e n e l l a s á b ie n s e r s o l -

dado s t uy o s , m i e n t r as q ue n o h ace n l a g ue r r a; pe r o

s i é s t a s o b r e v i e n e , h uy e n e l l as y q ui e r e n r e t i r ar -

s e ( 3 ) .

No m e co s t ar í a s um o t r ab aj o e l pe r s uadi r l o q ue

acab o de de ci r , s upue s t o q ue l a r ui n a de l a I t a l i a ,

( 2 ) C u a n d o u n o n o t i e n e t r o p a s s u y a s , ó q u e l a s m e r -

c e n a r i a s ó a u x i l i a r e s s o n m á s n u m e r o s a s q u e e l l a s , e s e v i -

d e n t e . G .

( 3 ) E x c e p t ú o s i n e m b a r g o á l o s s u i z o s . E .



2 2 o

e n e s t e t i e m p o [ e n e l S i g l o X V I ] , n o p r o v i e n e s i n o

d e qu e el la , por espac io d e mu chos años, d escu id ó

e n l a s a r m a s m e r c e n a r i a s U ) , q u e l og r a r o n c i e r t a -

mente , es verd a d , algu no s tr iu nfos en provec ho d e

tal o cu al Príncip e; y se man ifestaron anim osas con-

tra vanas tropas d el país ; pero á la l l egad a d el ex-

tranjero , mostraron lo qu e realmente eran el las Por

e s t o C a r l o s V I I I , R e y d e F r a n c i a , t u v o l a f a c i li d a d

d e tomar la Ital ia con gred a (ó); y el qu e d ecía qu e

nu estros pecad os eran la cau sa d e el lo , d ecía la ver-

d ad ; pero no eran los qu e él creía, s ino los qu e ten-

g o m e n c i o n a d o s y a ( , ). Y c o m o e s t o s p e c a d o s e r a n

los d e los príncipes, l l evaron el los mismos también

s u c a s t i g o ( 4 ) .

^ Q u i e r o d e m o s t r a r t o d a v í a m e j o r l a d e s g r a c i a q u e

( 4 ) E n t i e m p o d e l b u e n h o m b r e , t o d a f a l t a v e

eSSgS&tOSSS

b ía n a li st ad o á s u c o t f f c o V a s ' t T ™ T "

e I l o s h a

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p ro n to d e é s te c om o d e a q ^ P r n c ¡ n ? r

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v a m en t e e n l o s d o s p a r ti d o s e n e n S h

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r o n s e r v i r

s uces i -

mo a ñ o ; y t a le s fue^on B ^ o l o ^ Z Ü T T j y

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ci ni no, etc. , etc . «-oieoni, San ti ag o Sforc i a , Pi -

c u a r t e l

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a lo jam ie n to s de l a s t r o p a s ? £ r o

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g r e d a y p a s a r a d e l a n t e

s i n p a r a r s e

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a s e n a

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a r

l °

s

con

c. Véas e anter i ormente el cap . 3 .

el u so d e esta espec ie d e tropa s acarre a. O los ca-

p i t a n e s m e r c e n a r i o s s o n h o m b r e s e x c e l e n t e s , ó n o

lo son. Si no lo son, n o pued es fiarte en el los, por-

qu e aspiran s iemp re á elevarse el los m ismos á la

g r a n d e z a , s e a o p r i m i é n d o t e , á t í q u e e r e s d u e ñ o

su yo, sea oprimiend o á los otros contra tu s inten-

ciones (5 ) , y s i e l capi tán no es u n hombre d e va-

l o r ( 6 ) , c a u s a c o m u n m e n t e t u r u i n a .

Si a lgu no repl ica, d ic iend o qu e cu anto capitán

tenga tropas á su d isposic ión, sea ó no mercenario ,

o b r a r á d e l m i s m o m o d o : r e s p o n d e r é m o s t r a n d o c ó -

m o e s t a s t r o p a s m e r c e n a r ia s d e b e n e m p l e a r s e p o r

u n P r í n c i p e ó R e p ú b l i c a .

El P ríncip e d ebe i r en person a á su frente ; y ha-

c e r p o r s í m i s m o e i o f i c io d e c a p i t á n ( 7 ) . L a R e -

p ú b l i c a d e b e e n v i a r á u n o d e s u s c i u d a d a n o s p a r a

mand arlas; y s i d espu és d e su s primeros principios ,

no se mu es tra mu y c ap az d e el lo , d eb e su st i tu ir le

con otro . S i por el contrario se mu estra mu y cap az ,

c o n v i e n e q u e l e c o n t e n g a , p o r m e d i o d e s a b i a s l e -

( 5 ) U n o s e j é r c i t o s f o r m a d o s p o r u n p r e d e c e s o r e n e m i -

g o , y q u e n o t e n e i s r e a l m e n t e á v u e s t r o s e r v i c i o m a s q u e

p o r q u e lo s p a g a i s , n o e s t á n á v u e s t r o s e r v i c i o m a s q n e c o -

m o m e r c e n a r i o s . E .

( 6 ) L e t ie n e n el los ent re s us f ieles. E .

( 7 ) S é e s t o : e l l o s d e b e r í a n s a b e r l o ; ¿ p e r o l o p u e d e é l ? E .



yes, para imped ir le pasar d el pu nto qu e el la ha f i -

j a d o ( 8 ) .

L a e x p e r i e n c i a n o s e n s e ñ a q u e ú n i c a m e n t e l o s

príncipes qu e t ienen ejérci to s propios, y las Rep ú -

bl icas qu e gozan d el mism o benefic io , hacen gran-

d e s p r o g r e s o s ; m i e n t r a s q u e l a s R e p ú b l i c a s y p r í n -

cipes qu e se apoyan sobre ejérci tos mercenarios , no

e x p e r i m e n t a n m a s q u e r e v e s e s ( 9 ) .

Por otra parte, u na Repú bl ica c ae me nos fáci l -

m e n t e b a j o e l y u g o d e l c i u d a d a n o q u e m a n d a , y

qu is iera esc lavizar la, cu an d o está arm ad a con su s

p r o p i a s a r m a s ( 1 0 ) , q u e c u a n d o n o t i e n e m a s qu e

e j é r c i t o s e x t r a n j e r o s . R o m a y E s p a r t a s e c o n s e r v a -

ron l ibres con su s propias armas por espacio d e

mu chos s ig los , y lo s su izos qu e están arm ad os d el

m i s m o m o d o , s e m a n t i e n e n t a m b i é n s u m a m e n t e

libres.

Por lo qu e mira á los inconvenientes d e los ejér-

c i t o s m e r c e n a r i o s d e l a a n t i g ü e d a d , t e n e m o s e l e j e m -

p l o d e l o s C a r t a g i n e n s e s q u e a c a b a r o n s i e n d o s o -

j u z g a d o s p o r s u s s o l d a d o s m e r c e n a r i o s , d e s p u é s d e

la primera gu erra contra lo s r o m a n o s , a u n q u e los

( 8 ) N o h a y d e c r e t o n i o r d e n q u e p u e d a n e m b a r a z a r l e ;

n o s e h a c e la l e y , s i n o q u e l a d a é l. G .

( 9 ) C o n t a d c o n e s t o , s u p u e s t o q u e n o t e n e i s m a s q u e

m e r c e n a r i o s . K .

( 1 0 ) P e r o f in a lm e nt e e l l a p u e d e c a e r . G .

c a p i t a n e s d e e s t o s s o l d a d o s e r a n c a r t a g i n e n s e s . H a -

b i e n d o s i d o n o m b r a d o F i l i p o d e M a c e d o n i a p o r c a -

p i t á n d e l o s t e b a n o s d e s p u é s d e m u e r t o E p a m i -

nond a s, los h izo venced o res, es ver d ad ; pero á con-

t inu ación d e la v ictoria, los esc lavizó . C ons ti tu id os

l o s m i l a n e s e s e n R e p ú b l i c a d e s p u é s d e l a m u e r t e

d e l D u q u e F e l i p e M a n a V i s c o n t i , e m p l e a r o n c o m o

m a n t e n i d o s á s u s u e l d o á F r a n c i s c o S f o r c i a y t r o p a

s u y a c o n t r a l o s v e n e c i a n o s ; y e s t e c a p i t á n , d e s p u é s

d e h a b e r v e n c i d o á l o s v e n e c i a n o s e n C a r a v a g i o , s e

u nió con el los para s oju zga r á los mi laneses, qu e

s in e m b a r g o e r a n s u s a m o s ( 1 1 ) . C u a n d o S f o r c i a ,

su pad re, qu e estab a con su s tropa s al su eld o d e la

R e i n a d e N á p o l e s , l a a b a n d o n ó d e r e p e n t e , q u e d ó

el la tan b ien d esarmad a, qu e para no perd er su rei -

no, se v ió precisad a á echarse en los brazos d el

R e y d e A r a g ó n . [ 1 2 ] .

S i los ven ecian os y f lorentinos ex tend iero n su

( n ) P u e d e h a c e r s e l o m i s m o c o n t r o p a s q u e n o r e c i b e n

s u e l d o m a s q u e d e l E s t a d o . S e t r a t a d e i n f u n d i r l e s e l e s p í -

r i t u q u e t i e n e n la s t r o p a s m e r c e n a r i a s ; lo c u a l e s f á c i l c u a n -

d o u n o t i e n e l a c a j a m i l i t a r á s u d i s p o s i c i ó n , y q u e l a h a c e

l a s u v a p r o p i a c o n l a s c o n t r i b u c i o n e s q u e e c h a y h a c e e n -

t r a r e n e l l a . L a f a c i l i d a d e s m a y o r , c u a n d o u n o e s t á c o n

s u s t r o p a s e n p a í s e s l e j a n o s , q u e e l l a s n o p u e d e n r e c i b i r

m á s i n f l u j o q u e e l d e s u G e n e r a l . A p r o v é c h e s e d e e l l o . G .

( 1 2 ) E n c u a l e s q u i e r a b r a z o s q u e o s e c h e i s , s i e l l o s c o l -

m a n v u e s t r o p r i n c i p a l d e s e o , o s h a r á n a l c a b o d e la c u e n t a

m á s m a l q u e b i e n . E .



d om inación con esta espec ie d e arm as d u rante los

ú l t imos años, y s i los capit ane s d e estas a rma s no

se h ic ieron príncipes d e V en ecia [ 1 3 ] ; s i , f inalmen-

te, estos pu eblos se d efend ieron bien con el las , los

f lorentinos qu e tu vieron part icu larm ente esta d icha,

d eben d ar gracias á la su erte por la cu al so la el los

fu eron s ingu lar men te favore cid os. Ent& e aqu el los

v a l e r o s o s c a p i t a n e s , q u e p o d í a n s e r t e m i b l e s , a l g u -

nos, s in embargo, no tu vieron la d icha d e haber

g a n a d o v i c t o r i a s [ 1 4 J ; o t ro s e n c o n t r a r o n i n s u p e r a -

bles obstá cu los [ 1 5 ] ; y , f inalmente, h ay varios qu e

d ir ig ieron su amb ición hacia otra par te |_ ió] . Del

n ú m e r o d e l o s p r i m e r o s f u é ' J u a n A c a t s o b r e c u y a

fid el id ad no pod emos formar ju ic io , su pu esto qu e

é l n o f u é v e n c e d o r (d) ; pero se conve nd rá en qu e

si lo hu biera s id o, qu ed ab an á su d iscreción los f lo-

( 1 3 ) N o s e l l a m ó c a s i m a s q u e h o m b r e h o n r a d o , a q u e l

f a m o s o B a r t o l o m é C o l e o n i , q u e t u v o t a n t o s a r b i t r i o s p a r a

h a c e r s e R e y d e V e n e c i a , y q u e n o q u i s o s e r l o . ¡ Q u é b o h e -

n a , a l m o r i r , e l a c o n s e j a r á l o s v e n e c i a n o s q u e n o d e j a r a n

á o t r o s t a n t o p o d e r m i l i t a r c o m o l e h a b í a n d e j a d o á é l m i s -

m o G .

( 1 4 ) C o n é s te c o n v i e n e a b s o l u t a m e n t e e m p e z a r . G .

( 1 5 ) V e r e m o s d e s p u é s s i l o s h a y i n s u p e r a b l e s . G .

( 1 6 ) L o i m p o r t a n t e . e s v e r l o q u e p r o m e t e m á s . G .

Cap itán ing l é s qu e , a l f re nte d e c u atro mi l ho mbre s d e su

"uZZ'Mstffor™™^

1 0 3 G Í b e l Í

"

O S d C l a

r e n t i n o s. S i S a n t i a g o S f o r c i a n o i n v a d i ó l o s E s t a -

d os qu e le tenían á su su eld o, n ace d e qu e tu vo

siempre contra s í á los Braceschis qu e le contenían,

a l m i s m o t i e m p o q u e él l o s c o n t e n í a [ 1 7 ] . U l t i m a -

m e n t e , s i F r a n c i s c o S f o r c i a [ 1 8 ] d i r i g i ó e f i c a z m e n -

te su ambición hacia la Lombard ía (< ?) , proviene d e

cfue Bra cio d ir ig ía la su ya ha cia los E sta d os d e la

I g l e s ia y e l r e i n o d e N á p o l e s ( / ) . P e r o v o l v a m o s á

a l g u n o s h e c h o s m á s c e r c a n o s á n o s o t r o s [ 1 9 ] .

T omemos la época en qu e los f lorentinos habían

eleg id o por capitá n su yo á Pau lo V itel i . habi l ís imo

su jeto , y qu e había ad qu ir id o u na grand e repu tación,

au n qu e nacid o en u na cond ición vu lgar . ¿Qu ién ne-

gará qu e s i é l se hu biera a pod era d o d e Pisa, su s

solda dos , por má s florentinos que el los eran, hu

h i e r a n t e n i d o p o r c o n v e n i e n t e e l q u e d a r s e c o n é l

3

Si él hu biera pa sad o al su eld o d el enemigo, no era

ya posib le remed iar cosa ningu na; y su pu esto qu e

[ 1 7 ] E r a m e n e s t e r s a b e r d e s t r u i r l o . G .

[ 1 8 ] ¡ S u b l i m e e s ' e l m e j o r m o d e l o . G .

[ 1 0 ] ¡ P o r q u e n o p u d i s t e s e g u i r m e R . C -

:

e. He mo s v is to qu e é l d e s tru yó l a Re p ú bl ic a d e Mi l án , y se hizo

p r o c l a m a r a l l á D u q u e .

f . Se ap o d e ró d e P e r u s a y Mo nto na en el e s tad o e c l e s iás t ic o , y

fu é á p e l e ar c o ntra l a re ina d e N á p o l e s , J u a n a II .



l e h a b í a n c o n s e r v a d o p o r capitán, era cosa natu ral

q u e l e o b e d e c i e s e n s u s t r o p a s ( 2 0 ) .

S i s e c o n s i d e r a n l o s a d e l a n t a m i e n t o s qu e lo s v e -

necianos h ic ieron, se verá qu e el los obraron segu ra

y g l o r i o s a m e n t e , m i e n t r a s q u e hicieron el los m i s -

mos la gu erra (? . ) . L o c u a l se veri f icó , m i e n t r a s

qu e no tentaron nad a contra la tierra firme, y qu e

s u n o b l e z a p e l e ó v a l e r o s a m e n t e c o n el pu eblo bajo

a r m a d o ( 2 1 ) . P e r o c u a n d o se pu sieron á h a c e r la

g u e r r a p o r t i e r r a , a b a n d o n á n d o l o s e n t o n c e s su v a -

lor . abrazaron los est i los d e la Italia, y se s irv ieron

d e leg iones merce narias . N o tu vieron q u e d e s c o n -

fiarse mucho de el las en el principio d e su s ad qu i-

s ic iones, porqu e no poseían ento nces, en t ierra f ir-

me. u n país consid erable, y gozaban tod avía d e u na

respe table repu tación . Pe ro lu ego qu e se hu bieron

e n g r a n d e c i d o , b a j o e l m a n d o d e l C a p i t á n

C a r m a o ,

nola^ echaron d e ver b ien pronto la fal ta en qu e

n

E 1 d

j

r e

? °

r i o

" " " m u r a r á y d e c r e t a r á lo q u e g u s t e ,

p e r o y o q u e d a r é l o q u e s o y ; y s e r á p r e c i s o , c i e r t a m e n t e

q u e m i e j é r c i t o m e o b e d e z c a . G . '

[ 2 1 ] G r a n b e n e f i c i o d e l a s c o n s c r i p c i o n e s . R . C .

g S u s p a d r e s eran mucho m á s p r u d e n t e s normw> h-x- í-,,, i -

d i s curs os p ronunci ados en el S e c a d o ^ r ' e f i , d S f l S S S E

C , ™ ?

q

,

U

V

n S 1 S t í a 6 n q u e l o s

veneci anos s e abs tuvi eran abs o-

lutamente de tener p os es i ones de es ta es neci o v : . ^ , ' . ? , , ,

con nombres p res tad o s { E g n a r i o ^ f e ^ u l ^ g ^ S ^

el los habían incu rrid o. V ie nd o á este hom bre, tan

hábi l com o valeroso, d ejars e d errotar s in e mb argo

al obrar por el los contra el Du qu e d e Milán, su So-

b e r a n o n a t u r a l , y s a b i e n d o a d e m á s q u e e n e s t a g u e -

rra se cond u cía fr íame nte, co mpr end ier on qu e no

pod ían ven cer ya con él (22). Per o com o hu bieran

corrid o pel igro d e perd er lo qu e habían ad qu ir id o,

s i hu bieran l icenciad o á este capitán, qu e se hu bie-

ra pasad o al servic io d el enemigo, y como también

la pru d encia no les perm itía d e jar le en su pu esto ,

se v ieron obl igad os, para conservar su s ad qu isic io-

nes, á hacerle perece r (23 )

T u v i e r o n d e s p u é s p o r c a p i t á n á B a r t o l o m é C o -

l e o n i d e B e r g a m o . á R o b e r t o d e S a n S e v e r i n o , a l

C o nd e d e Pi t ig l iano, y otros semeja ntes , con los

q u e d e b í a n m e n o s e s p e r a r g a n a r q u e t e m e r p e r d e r ;

com o su ced ió en V ai la , d on d e en u na sola bata l la

fu eron d es poja d os d e lo qu e no habían ad qu ir id o

m a s q u e c o n o c h o c i e n t o s a ñ o s d e e n o r m e s f a t i -

g a s ( 2 4 ) .

[ 2 2 ] Y o h u b i e r a v i s t o é s t e m u c n o m á s p r o n t o . R . I .

[ 2 3 ] E s p o r c i e r t o lo m á s s e g u r o ; h u b i e r a d e b i d o h a c e r -

l o y o c o n m á s f r e c u e n c i a q u e lo h i c e . D o s v e c e s n o b a s t a -

b a n ; t e n g o q u e t e m e r l o t o d o p o r n o h a b e r l o h e c h o t r e s á

l o m e n o s . R . 1 .

[ 2 4 ] P e o r q u e p e o r p a r a e l l o s ; t o d a v í a n o l o h a n v i s t o

t o d o . G .



C o n c l u y a m o s d e t o d o e s t o q u e co n leg iones mer-

cenarias , l as conqu istas son lentas , tard ías , d é b i -

les; y las pérd id as repentinas é inmensas.

S u p u e s t o q u e e s t o s e j e m p l o s m e h a n c o n d u c i d o

á hablar d e la Ital ia , en qu e s e s irven de s e m e j a n

t e s a r m a s m u c h o s a ñ o s h a c e , qu iero volver á tomar

d e más arr iba lo qu e le es relat ivo , á fin de q ue ha

biend o d ad o á conocer su or igen y progresos, p u e d a

r e f o r m a r s e m e j o r el u s o s u y o ( 2 5 ) . E s m e n e s t e r

traer á la memoria d esd e lu ego, como en los s ig los

p a s a d o s , l u e g o q u e e l E m p e r a d o r d e A l e m a n i a h u -

b o c o m e n z a d o á s e r e c h a d o d e la Italia (26), y el

Papa á ad qu ir ir en el la u na grand e d o m i n a c i ó n t e m -

poral , se v ió d iv id id a aqu el la en mu chos E s t a -

d os (27) . En las c iu d ad es m á s c o n s i d e r a b l e s , se ar-

mó el pu eblo contra los nobles , qu ienes, f a v o r e c i d o s

al pr incipio por el Em pera d or, tenían oprim id os á

l o s r e s t a n t e s c i u d a d a n o s ; y e l P a p a a u x i l i a b a e s t a s

rebel iones popu lares para ad qu ir ir val imiento en las

cosas terrenas (28 ) . En otras m u c h a s c iu d ad es , d i -

versos c iu d ad anos se h ic ieron príncipes d e el las (29).

[ 2 5 ] D i g r e s i ó n s u p é r f l u a p a r a m í .

[ 2 6 ] R e s t a b l e c e r é a l l í e l i m p e r i o . G .

[ 2 7 ] L a d i v i s i ó n d e s a p a r e c e r á . G .

[ 2 8 ] G r e g o r i o V i l , e s p e c i a l m e n t e , fu é m u v h á b i l e n e s -

t o G .

[ 2 9 ] H a c e r o b ra r y o s o l o , y p a r a m í s o l o e s t o s t r e s m ó -

v i l e s á un m i s m o t i e m p o . G .

Ha bie nd o caíd o con el lo la Ital ia casi tod a baj o el

p o d e r d e l o s P a p a s , s i s e e x c e p t ú a n a l g u n a s r e p ú -

bl icas (3 0) ; y no esta nd o h abitu ad o s estos pontí f ices

ni su s card ena les á la profesión d e las armas, se

echaron á tomar á su su eld o tropas extranje ras . El

primer capitán qu e pu so en créd ito á estas tropas,

f u é e l R o m a ñ o l A l b e r i c o d e C o m o , e n c u y a e s c u e l a

se formaron, entre otros varios , aqu el Bracio , y

aqu el Sfo rcia, qu e fu eron d espu é s los árbi tros d e la

Ital ia; tras el los v inieron tod os aqu el los otros capi-

t a n e s m e r c e n a r i o s q u e , h a s t a n u e s t r o s d í a s , m a n -

d aron los ejérci tos d e nu estra vasta penínsu la (3 1) .

El resu l ta d o d e su valor es qu e este herm oso país ,

á pesar d e el los , pu d o recorrerse l ibremente por

C a r l o s V I I I , t o m a r s e p o r L u i s X I I , s o j u z g a r s e p o r

F ernand o, é insu l tarse por los su izos (3 2) .

El métod o qu e estos capit ane s segu ían consist ía

primeramente en privar d e tod a consid eración á la

infantería, á f in d e proporcionarse la mayor á s i

m i s m o ; y o b r a b a n a s í, p o r q u e n o p o s e y e n d o E s t a d o

ningu no, no pod ían tener ma s qu e pocos infante s ,

ni a l ime ntar á m u chos, y qu e, por consigu ient e,

[ 3 0 ] T o d o e s t o s e m u d a r á . R . C .

[ 3 1 ] ¡ L a s t i m o s o s c a u d i l l o s d e f o r a g i d o s G .

[ 3 2 ] A l o s q u e h a g o t e m b l a r , d e s p u é s d e h a b e r h e c h o

t a n t o y o s o l o c o m o e s t o s t r e s m o n a r c a s j u n t o s ; y e s t o c o n -

t r a t r o p a s m u c h o m á s f o r m i d a b l e s . R . C .



-

2

3 0 M A Q V IA VE LO COMJB WT A U O

l a infantería no pod ía ad qu ir ir les u n gran ren om -

bre (33 )- Prefe r ían la cabal ler ía, cu ya ca ntid a d pro-

porciona ban á los recu rsos d el país qu e h abía d e

al imen tarla, v en el qu e era tanto m ás honrad a

c u a n t o m á s f á c i l e r a s u m a n t e n i m i e n t o . L a s c o s a s

habían l l egad o al pu nto qu e, en u n ejérci to d e veinte

mil hombres, no se contaban d os mi l infantes (3 4) .

H a b í a n t o m a d o a d e m á s t o d o s lo s m e d i o s p o s i -

b les , para d esterrar d e su s so ld ad os y d e s í mismos

la fat iga y mied o, introd u ciend o el u so d e no ma tar

en las refr iegas, s ino d e hacer en el las pris ioneros,

s in d egol lar los (3 5 ) . De noche los d e las t iend a s no

iban á ac am pa re n las t ierras , y los d e las t ierras

no volv ían á las t iend as; no hacían fosos ni empal i -

z a d a s a l r e d e d o r d e s u c a m p o , n i s e a c a m p a b a n d u -

r a n t e e l i n v i er n o . T o d a s e s t a s c o s a s p e r m i t i d a s e n

su d isc ipl ina mi l i tar , se habían imaginad o por el los ,

como lo hemos d icho, para ahorrarles algu nas fat i -

g a s y p e l i g ro s ( 3 6 ) . P e r o c on e s t a s p r e c a u c i o -

nes, cond u jeron la Ital ia á la esc lavi tu d y envi leci -

m i e n t o ( 3 7 ) .

[ 3 3 ] ¡ M i s e r a b l e ¡ l a s t i m o s o

C 3 4 ) C a r e c e d e s e n t i d o c o m ú n . ¡ Y l o s a l a b a n G .

( 3 5 ) ¡ C o b a r d í a ¡ n e c e d a d a c u c h i l l a r , h a c e r a ñ i c o s , d es -

p e d a z a r , a n i q u i l a r , a t e r r a r , e t c .

( ,3 6 ) Y e s m e n e s t e r h a c e r l o c o n t r a r i o , c u a n t o e s p o s i -

b l e , p a r a t e n e r b u e n a s t r o p a s . G .

( .3 7 ' E s t o d e b í a s u c e d e r n e c e s a r i a m e n t e ' . G .

C A P I T U L O X I I I

d e l o s s o l d a d o s a u x i l i a r e s , m i x t o s y p r o r i o s

L a s a r m a s au xi l iares q ue h e c o n t a d o entre las

inútiles, son la s qu e otro Príncipe os presta para

s o c o r r e r o s y d e f e n d e r o s ( 1 ) . Así , en estos ú l t imos

t i e m p o s , h a b i e n d o h e c h o el Papa Julio una d esacer-

t a d a p r u e b a de las tropas mercenarias en el ataqu e

d e F e r r a r a , c o n v i n o c o n F e r n a n d o , R e y d e E s p a ñ a ,

que éste iría á i n c o r p o r á r s e le con su s tropas. E s t a s

armas pu ed en ser ú t i les y bu enas en s í mismas (2) ;

pero son infau stas s iempre para el qu e la s l l a m a ;

p o r q u e si pierd es la b a t a l l a , q u e d a s d errotad o, y

si la ganas, te haces pris ionero su yo en algú n rao-

d o ( 3 ) .

A u n q u e la s antigu as h istorias están l l enas d e

( 1 ) ¡ I n ú t i l e s e s m u c h o . I m a g i n a r e l m e d i o d e i n f u n d i r -

l e s l a ic i ea d e u n a i n c o r p o r a c i ó n c o n s u s p r o p i a s a r m a s , p o r

m e d i o d e l e s t r a t a g e m a d e u n a c o n f e d e r a c i ó n ó a g r e g a c i ó n

a l g r a n i m p e r i o . R . C .

( 2 ) E s t o m e b a s t a . R . C .

( 3 ) M i s i s t e m a d e a l i a n z a d e b e p r e c a v e r e s t o s d o s in -

c o n v e n i e n t e s . R . C .



l a infantería no pod ía ad qu ir ir les u n gran ren om -

bre (33 )- Prefe r ían la cabal ler ía, cu ya ca ntid a d pro-

porciona ban á los recu rsos d el país qu e h abía d e

al imen tarla, v en el qu e era tanto m ás honrad a

c u a n t o m á s f á c i l e r a s u m a n t e n i m i e n t o . L a s c o s a s

habían l l egad o al pu nto qu e, en u n ejérci to d e veinte

mil hombres, no se contaban d os mi l infantes (3 4) .

H a b í a n t o m a d o a d e m á s t o d o s lo s m e d i o s p o s i -

b les , para d esterrar d e su s so ld ad os y d e s í mismos

la fat iga y mied o, introd u ciend o el u so d e no ma tar

en las refr iegas, s ino d e hacer en el las pris ioneros,

s in d egol lar los (3 5 ) . De noche los d e las t iend a s no

iban á ac am pa re n las t ierras , y los d e las t ierras

no volv ían á las t iend as; no hacían fosos ni empal i -

z a d a s a l r e d e d o r d e s u c a m p o , n i s e a c a m p a b a n d u -

r a n t e e l i n v i er n o . T o d a s e s t a s c o s a s p e r m i t i d a s e n

su d isc ipl ina mi l i tar , se habían imaginad o por el los ,

como lo hemos d icho, para ahorrarles algu nas fat i -

g a s y p e l i g ro s ( 3 6 ) . P e r o c on e s t a s p r e c a u c i o -

nes, cond u jeron la Ital ia á la esc lavi tu d y envi leci -

m i e n t o ( 3 7 ) .

[ 3 3 ] ¡ M i s e r a b l e ¡ l a s t i m o s o

C 3 4 ) C a r e c e de s e n t i d o c o m ú n . ¡ Y l o s a l a b a n G .

( 3 5 ) ¡ C o b a r d í a ¡ n e c e d a d a c u c h i l l a r , h a c e r a ñ i c o s , de s -

p e d a z a r , a n i q u i l a r , a t e r r a r , e t c .

( , 36 ) Y e s m e n e s t e r h a c e r l o c o n t r a r i o , c u a n t o e s p o s i -

b l e , p a r a t e n e r b u e n a s t r o p a s . G .

( .3 7 ' E s t o d e b í a s u c e d e r n e c e s a r i a m e n t e ' . G .

C A P I T U L O X I I I

D E L O S S O L D A D O S A U X I L I A R E S , M I X T O S Y P R O r i O S

L a s a r m a s au xi l iares q ue h e c o n t a d o entre las

inútiles, son la s qu e otro Príncipe os presta para

s o c o r r e r o s y d e f e n d e r o s ( 1 ) . Así , en estos ú l t imos

t i e m p o s , h a b i e n d o h e c h o el Papa Julio una d esacer-

t a d a p r u e b a de las tropas mercenarias en el ataqu e

d e F e r r a r a , c o n v i n o c o n F e r n a n d o , R e y d e E s p a ñ a ,

que éste iría á i n c o r p o r á r s e le con su s tropas. E s t a s

armas pu ed en ser ú t i les y bu enas en s í mismas (2) ;

pero son infau stas s iempre para el qu e la s l l a m a ;

p o r q u e si pierd es la b a t a l l a , q u e d a s d errotad o, y

si la ganas, te haces pris ionero su yo en algú n m o -

d o ( 3 ) .

A u n q u e la s antigu as h istorias están l l enas d e

( 1 ) ¡ I n ú t i l e s e s m u c h o . I m a g i n a r e l m e d i o d e i n f u n d i r -

l e s l a i ci e a d e u n a i n c o r p o r a c i ó n c o n s u s p r o p i a s a r m a s , p o r

m e d i o d e l e s t r a t a g e m a d e u n a c o n f e d e r a c i ó n ó a g r e g a c i ó n

a l g r a n i m p e r i o . R . C .

( 2 ) E s t o m e b a s t a . R . C .

( 3 ) M i s i s t e m a d e a l i a n z a d e b e p r e c a v e r e s t o s d o s in -

c o n v e n i e n t e s . R . C .



ejem plo s que prueb an es ta v erda d ( 4 ) , q uiero de-

t e n e r m e e n el de J ul io I I , que es tá to dav ía m uy re-

c iente . S i el part ido que é l ab razó de po nerse to do

entero en la s m ano s de un extranjero , para co n-

quis tar Ferrara , no le fué funesto , es que su b uena

fo rtuna engendró una tercera c a u s a , que le preserv ó

co ntra los e fec to s de es ta m ala determ inac ió n (5 ) .

H ab iendo s ido derro tado s sus auxi l iares en R av ena,

lo s suizo s que so b rev in iero n, co ntra su esperanza y

la de to do s lo s d e m á s , e c h a r o n á lo s franceses que

hab ían ganad o la v ic to r ia . N o quedó hecho pr isio -

nero de sus enem igo s , po r la única razó n de que

el lo s i b a n h u y e n d o ; ni de sus auxi l iares , á causa de

que é l hab ía v enc ido r e a l m e n t e , pero co n arm as di -

ferentes de las de e l lo s (ó ) .

H all ándo se lo s f lo rent ino s s in e jerc i to to t a lm en -

te, llamaron á diez m il franceses para acudar lo s á

apo derarse de P isa; y es ta dispo s ic ió n les hizo co -

rrer m ás pel igro s que no hab ían enco ntra do nunca

en n inguna em presa m arc ia l .

Q u e r i e n d o o p o n e r s e el E m p e r a d o r d e C o n s t a n -

t ino pla á sus v ec ino s , e n v i ó á la G rec ia diez m i l

(.4) D e b í a c o n f i r m a r l a v o ¡ c u a n d o m e v e í a d e s t i d a d o á

d e s m e n t i r l a E .

( 5 ) E s t a s t e r c e r a s c a u s a s n o d i e r o n n u n c a m a s q u e p e -

s a d o s c h a s c o s á m i b u e n a f o r t u n a . E .

( .6 ) E s s e r a f o r t u n a d o y v e n c e r c o m o P a p a . G .

turcos, los que, acab ada la guerra , no quis iero n ya

sa l i r de e l io (7) ; y fué e l pr inc ip io de la sujec ió n

de los gr iego s al yugo de lo s in f ie les (8) .

U n i c a m e n t e e l q u e no quiere es tar hab i l i tado pa -

r a v e n c e r ( 9 ) , e s c a p a z d e v a l e r s e d e s e m e j a n t e s

arm as , que m iro co m o m ucho m ás pel igro sas que

las m ercenar ias . Cu and o so n v enc idas , no queda n

po r e l lo to das m eno s unidas , y d ispuestas á o b e d e

cer á o tro s que á tí ; en v ez de que las m ercenar ias ,

d e s p u é s d e la victoria, t ienen neces idad de un a oca-

s ió n m ás fav o rab le para atacarte , po rque no fo rm an

t o d a s u n m i s m o c u e r p o ; po r o tra parte , ha l lánd o se

reunidas y p a g a d a s p o r tí, el tercero á quien has

c o n f e r i d o e l m a n d o suyo no pued e tan pro nto ad -

quir i r b astante auto r idad so b re e l las para dispo ner

l a s i n m e d i a t a m e n t e á atacarte . S i la co b ardía es lo

q u e d e b e t e m e r s e m á s e n las t ro pas m ercenar ias ,

lo m á s t e m i b l e en la s auxi l iares es la v a lent ía (10).

Un P r ínc ipe s a b i o ev i tó s iem pre v a lerse de unas

y o t r a s ; y recurrió á sus pro pias arm as , pref i r iendo

perder co n e l las , á v encer co n las a jenas . N o m iró

j a m á s c o m o u n a victoria real lo que se gana co n las

[ 7 ] P o r c i e r t o h a r e m o s l o m i s m o e n I t a l i a , en la q ue n o

e n t r a m o s m a s q u e e c h a n d o á l o s c o l i g a d o s . G .

[ 8 ] L e h a id o m u c h o m e j o r á l a I t a l i a c o n e l l o . R . I.

[ o ] ¡ N e c i o ¿ P u e d e h a b e r o t r o s d e e s t a f u e r z a ? G .

[ 1 0 ] S u b l i m e , v d e u n a s u m a p r o f u n d i d a d . R . I.



arm a s de lo s o tro s . N o t i tub e aré nunca ( 11 ) en

c i tar , so b re es ta m ater ia , á C é s a r B o r g i a , y co n-

ducta suya , en sem ejan te caso . E nt ró este D u q u e

co n arm as auxi l iares en la R o m a ñ a , c o n d u c i e n d o á

el la las t ro pas francesas co n que to m ó Im o la y F o r -

ü ( 12) ; pero no pare c iéndo le b ien pro nto seguras

s e m e j a n t e s a r m a s , y j u z g a n d o q u e h a b í a m e n o s

nesgo en serv i rse de las m ercenar ias , to m ó á su

sueldo las de lo s Urs ino s y Vi te l i s . H al land o des-

pués que es to s o b rab an de un m o do so specho so ,

infiel y peligroso, se deshizo de e l las , recurrió á

u n a s a r m a s q u e f u e s e n s u y a s p r o p i as ( 1 3 ) .

P o d e m o s j u z g a r f á c i l m e n t e de la di ferenc ia que

hub o entre la r e p u t a c i ó n d e l D u q u e C é s a r B o r g i a ,

so stenido po r lo s Urs ino s y Vi te l i s , y la que él se

granjeó luego que s e h u b o q u e d a d o co n sus pro pio s

s o l d a d o s , n o a p o y á n d o s e m a s q u e so b re s í m ism o .

S e hal lará , es tá m uy super io r á la p r e c e d e n t e . N o

fué b ien aprec iado b ajo e l a fec to m i l i tar , m as que

cuando se v ió que é l e r a e n t e r a m e n t e po seedo r de

la s a r m a s q u e e m p l e a b a .

i 1 1 ) ¡ A h ¿ p o r q u é t i t u b e a r í a s ? ¿ p o r q u é n o a p r e c i a b a s

s u s p r e n d a s m o r a l e s , y q u e le o d i a b a n m u c h o s t o n t o s p e -

r o q u e h a c e e s t o en l a p o l í t i c a ? G .

Í 1 2 ) ¿ Q u é n o s e t o m a c o n e s t a s t r o p a s ? ¿ p e r o s e c o n -

s e r v a t a n f á c i l m e n t e ? G .

< 1 3 ) S i e m p r e é s t a s a n t e s d e t o d a s l a s o t r a s . G .

A u n q u e n o h e q u e r i d o d e s v i a r m e d e l o s e j e m p l o s

i ta l iano s to m ado s en una era inm ediata á la nues-

tra , no o lv idaré po r e l lo á H iero n de S i racusa , de l

q u e t e n g o y o h e c h a m e n c i ó n a n t e r i o r m e n t e [ 1 4 ] .

D esde que fué e legido po r lo s s i racusano s para je fe

de su e jérc i to , co m o lo he dicho , co no c ió a l punto

que no era út i l la t ro pa m ercenar ia , po rque sus je-

fes eran lo que fuero n en lo suces iv o lo s capi ta nes

de I ta l ia . Cr ey end o que é l no po día co nserv ar lo s ,

n i ret i rar lo s , to m ó la reso luc ió n de destro zar lo s (15);

hizo después la guerra co n sus pro pias arm as y nun-

ca ya co n las a jenas [16 ] .

Q uiero traer á la m em o ria to dav ía un hecho del

Ant iguo Testam ento , que t iene re lac ió n co n m i m a-

t e r ia [ 1 7 ] . O f r e c i e n d o D a v i d á S a ú l i r á p e l e a r

cont ra el fi listeo Go liat , Sa úl, para darl e aliento s,

le rev is t ió co n su arm a dura rea l ; pero D av id, de s-

pués de hab é rsela puesto , la dese chó dic iendo que

cargado as í no po día serv i rse l ib rem ente de sus pro -

pias fuerzas , y que gu stab a m ás de aco m eter co n

( 1 4 ) M a q u i a v e l o m e h a c e l a c o r t e h a c i e n d o n u e v a m e n -

c i ó n d e e s t e h é r o e d e m i g e n e a l o g í a . G .

( 1 5 ) F e l i z e n h a b e r l o p o d i d o , y m á s t o d a v í a e n h a b e r l o

h e c h o . R . 1 .

( 1 6 ) N o c o n v i e n e n u n c a , p a s a r p o r d e b e r la m e n o r c o s a

d e s u g l o r i a y p o d e r , á o t r o s m á s q u e á s í m i s m o . G .

( , 1 7 ) L a e l e c c i ó n d e e s t e e j e m p l o e s u n a s i m p l e z a . G .



s u h o n d a y c u c h i l l o a l e n e m i g o ( a ) . E n suma, s i

t om a s la s a r ma d u r a s a j e na s , ó e l la s s e t e c a e n d e

l o s h o m b r o s (6), ó t e p e s a n mu cho, ó t e a p r i e t a n y

e m b a r a z a n .

C a r l o s V I I , p a d r e d e L u i s X I , h a b i e n d o l i br a d o

con s u va lor y for t u na la F r a n c i a d e la presencia de

los i ng le s e s , conoc i ó la n e c e s i d a d d e t e n e r a r m a s

q u e f u e s e n s u y a s [ 1 8 ] ; y qu i s o qu e hu bi e r a ca ba

Hería é infan tería en su reino. El R ey Lu is X I s u

hi j o , s u p r i mi ó la i nfa nt e r í a y t o m ó á su sueldo sui

zos [19 ] . I mi t a d a e s t a fa l t a p or su s s u ce s or e s , es

a h o r a , c o m o l o v e m o s [ e n e l a ño d e 1613 ] la ca u s a

( 1 8 ) N e c e s i t a n d el t i e m p o y f u n e s t a s e x p e r i e n c i a s , p a r a

c o m p r e n d e r l o q u e l e s e s i n d i s p e n s a b l e . E .

( 1 9 ) E 1 n e c i o P e r o á v e c e s , n o , t o d o su c o n s e j o e s t a -

b a e n s u c a b e z a ; m i r a b a l a F r a n c i a c o m o u n p r a d o q u e é l

p o d í a s e g a r t o d o s l o s a ñ o s , y t a n á r a í z c o m o q u i s i e r a . T u -

v o t a m b i é n s u h o m b r e d e S a i n t - j e a n d ' A n g e l i , y s e c o n d u -

jo h a r t o b i e n e n el n e g o c i o d e O d e t . R . C .

N o s é por qu é M a q u i a v e l o d a u n c u c h i l l o á D a v i d q u e no -

q u e n a m a s qu e su pa l o , p i edr as y h on da « 1 Reg. l T P o r e s t a

p a l a b r a cuchillo, s i n d u d a q u i e r e d ^ i . ™ - ,- „ , , ,

1

f o r m a de n ue st r o s a nt i g uo s c U m ^ e T ^ , é l t x t o ' s ^ r L -

J t ¿ £ £ 2 S S ? i • r u -

b r os , " n o t i en e g r a c i a n i f u L o e n n

u e

s 2 a T ™ - ™ w T '

dado q ue l os guer r er os del t i em w d e S

a q

u f a v e l o ' i L í / S v Í T "

c o n a r m a d u r a s de h i e r r o , c ua nd o s e s S ^ H l d u,' , W

s u y a h e ch a á l a m ed id a d e su c u e r p o o u e 1 », < *

s i e n e s de n ues t r o a u to r son t a n ^ E t o u l c o ^ l S ^

d e los p e l i gr os e n qu e s e ha lla e l r e i no. Da nd o a l-

gu na r e p u t a ci ón á los s u i zos , d e s a le nt ó s u p r op i o

e j é r ci t o; y s u p r i mi e n d o e nt e r a me nt e la infa nt e r í a ,

h i zo d e p e nd i e nt e d e la s a r ma s a j e na s s u p r op i a ca -

ba l le r í a , qu e , a cos t u mbr a d a á p e le a r con e l s ocor r o

de los suizos, cree no poder ya vencer s in ellos (20).

Re s u lt a d e e l lo qu e los f r a nc e s e s no ba s t a r o n p a r a

p e le a r cont r a los s u i zos , y qu e s i n e l los no i nt e nt a n

na d a cont r a los ot r os .

Los e j é r ci t os d e la F r a nci a s e comp u s i e r on p u e s -

en parte, de sus pro pias arm as, y en p arte d e la s

me r ce n a r i a s . Re u n i d a s la s u na s y ot r a s , va le n má s

qu e s i no hu bi e r a ma s qu e me r ce na r i a s ó a u x i l i a r e s ;

p e r o u n e j é r ci t o a s í for m a d o e s i nfe r i or con mu cho

á lo que él sería, s i se compusiera de armas france-

s a s ú ni c a me nt e (21 ) . Es t e e j e m p lo ba s t a , p or qu e

e l r e i no d e F r a nci a s e r í a i nve nci b le , s i s e hu bi e r a

a c r e c e n t a d o ó c o n s e r v a d o s o l a m e n t e l a i n st i tu c i ó n

m i l i ta r d e C a r l o s V I I ( 2 2 ) . P e r o á m e n u d o u n a

ci e r t a cos a qu e los ho mb r e s d e u na me d i a na p r u-

d e nci a e s t a ble c e n, co n mot i vo d e a lgú n bi e n qu e

e l la p r ome t e , e s co nd e e n s í mi s m a u n fu ne s t í s i m o

( 2 0 ) ¡ Q u é d i f e r e n c i a N o h a y n i s i q u i e r a u n s o l d a d o m í o

q u e n o c r e a p o d e r v e n c e r p o r s í s o l o . R . I .

( 2 1 ) E n u n a g r a n d í s i m a p a r t e . G .

( . 22 ) E l l a l o e s t á , p o r q u e l e h e d a d o o t r a s m u c h a s m e j o -

r e s t o d a v í a . R . I .



v eneno , co m o lo di je antes hab land o de las f ieb res

tísicas. Así pues, el que , e stan do al frente de un

principado, no descubre el mal en su raíz, ni le co -

no ce hasta que él se m ani f ies ta , no es v erdadera-

m en te sab io . P ero es tá aco rd ada á po co s pr ínc ipes

esta perspicac ia (2 3) .

S i se quiere sub ir a l o r igen de la ruina del im pe-

r io ro m ano , se descub r i rá que e l la t rae su fecha de

la é p o c a en que él se puso á t o m a r g o d o s á su suel-

d o , p o r q u e d e s d e e n t o n c e s c o m e n z a r o n á e n e r v a r s e

sus fuerzas ( 2 4 ) ; y cu anto v igo r se le hac ía perder

se co nv ert ía en pro v echo de e l lo s .

C o n c l u y o qu e ningún pr inc ipado puede es tar se-

guro , cuando no t iene arm as que le per tenezcan en

p r o p i e d a d (2 5 ). H a y m á s : d e p e n d e é l e n t e r a m e n t e

d e la suerte , po rque carece del v a lo r que ser ía ne-

cesar io para defend er le en la adv ers ida d. L a opi -

n ió n y m áxim a de lo s po l í t i co s sab io s fué s iem pre,

q u e ninguna co sa es tan déb i l , tan v ac i lante , co m o

la reputac ió n de una po tenc ia que no es tá fundada

so b re su s pro pias fuerzas (c).

( 2 3 ) A u n e n e s t e s i g l o d e t a n t a s l u c e s . . . . E .

(.24) L o m i s m o j u z g a r é l a p r i m e r a v e z q u e l e í , n i ñ o t o -

d a v í a , l a h i s t o r i a d e e s t a d e c a d e n c i a . G .

( 2 5 ) L a s v u e s t r a s n o so n v u e s t r a s , s i n o m í a s . E .

c T á c i t o d e c í a : Nih.il rerum morlatium no n instabile et fiuxum

est, fama potentioe, non suá vi nixoe; " E n t r e l a s c o sa s p e r e ce d e -

Las pro pias so n las que se co m po nen de lo s so l-

dado s , c iudad ano s , ó hechuras del P r ínc ipe: to das

la s d e m á s s o n m e r c e n a r i a s ó a u x i l i ar e s ( 2 6 ) . E l

m o d o para fo rm arse arm as pro pias , será fácil d e

hal lar (27) , s i se exam inan las inst i tuc io nes de que

hab lé antes , y s i se co ns idera có m o Fi l ipo , padre

d e A l e j a n d r o , i g u a l m e n t e q u e m uchas repúb licas y

pr ínc ipes , se fo rm aro n e jérc i to s , y lo s o rdenaro n.

R em ito enteram ente á sus co nst i tuc io nes para es te

o b j e t o ( 2 8 ) .

( 2 6 ) E l l o s no t i e n e n r e a l m e n t e o t r a s , s i a u n e s q u e la s

q u e t i e n e n , e s t á n p o r e l l o s . E .

( 2 7 ) N o p a r a e l l o s , á l o m e n o s t a n p r o n t o . E .

( 2 8 ) E s t á b i e n ; p e r o e s p o s i b l e t o d a v í a m e j o r r e f e r i r s e

á m í. R . C .

ra s , no h a y n inguna de ta n poca esta b i l ida d, y v a c i la nte , como

la reputa c ión de una potencia q ue no está a poya d a sobre su pro-

pia fuerz a ." (A nn. 13) .



2 -1 0

M A Q U I A V •: U ) C O M E N T A D O

C A P I T U L O X I V

D E i A S O B L I G A C I O N E S D E L P R Í N C I P E E N L O C O N C E R -

N I E N T E A L A R T E D E L A G U E R R A

Un P r ínc ipe no deb e tener o tro o b jeto , o tro pen-

sam iento , n i cult iv ar o tro ar te m as que la guerra ,

el orden y disciplina de los ejércitos

[_ r

, po rque es

e l único que se espera v er e jerc ido po r e l que m an-

da { a) . E ste ar te es de una tan grand e uti l idad,

que é l no so lam ente m antiene en e l t ro no á lo s que

nac iero n pr ínc ipes , s ino que tam b ién hace sub ir co n

frecuencia á la c lase de P r ínc ipe á a lguno s ho m b res

de una co ndic ió n pr iv ada [2] . P o r una razó n co n-

t x ) D i c e n q u e v o y á t o m a r l a p l u m a p a r a e s c r i b i r m i s

Memorias. ¡ Y o ¡ e s c r i b i r ¿ m e t o m a r í a n p o r 1111 b o b o ? E s

y a m u c h o t i e m p o q u e m i h e r m a n o L u c i a n o h a g a v e r s o s .

E l e n t r e t e n e r s e e n s e m e j a n t e s p u e r i l i d a d e s , e s r e n u n c i a r d e

r e i n a r .

( 2 ) H e m o s t r a d o u n o y o t r o . R . 1 .

<1 U n R ey de Tra cia , se gún refiere Tá cito , dec ía q ue s i é l co-

nociera e l o f ic io de la gue rra , no se diferencia ra na d a de su pa -

la i ronero; y Nerón, en sus día s de sa b iduría , h a c iendo a ntic ipa -

da mente su pla n guberna t iv o , dec ía q u e é l 110 se mez cla ría en otra

C osa q ue en ma nda r los e jérc itos . (Ana. 15).

trar ia , sucedió que v ar io s pr ínc ipes , que se o cupa

han m á s en las del i c ias de la v ida que en las co sas

m i l i tares , perdiero n sus E st ado s ( 3) . La pr im era

causa que te har ía perder e l tuyo , ser ía a b and o nar

el ar te de la guerra : co m o la causa qu e hace ad qui-

rir un principado al que no le tenía, es sobresalir en

este ar te , m o stró se super io r en e l lo Franc isco S fo r-

c ia , po r e l so lo hecho de que. no s iendo m as que un

s im ple part icular , l legó á ser D uq ue de M i lán (4 );

y sus hi jo s , po r hab er ev i tado las fa t igas é inco m o -

didades de la pro fes ió n de las arm as , de duques

que e l lo s eran, pasaro n á ser s im ples part iculares

co n es ta di ferenc ia (5 ) .

E ntr e las dem ás ra íces del m al que te acaecerá ,

si por tí mismo no ejerces el oficio de las armas,

deb es co ntar e l m eno sp rec io que hab rán co nceb ido

para co n tu perso na (6 ): lo que es una de aquel la s

infam ias de que e l P r ínc ipe deb e preserv arse , co m o

se dirá m á s a d e l a n t e al h a b l a r d e a q u e l l a s á las que

se pro pasa él con ut i l idad. E ntr e el que e s guerrero

3' el que no lo es , no hay n inguna pro po rc ió n. La

razó n no s dice que el sujeto que se hal la a r m a d o .

' 3 ) l i s i n d e f e c t i b l e . E .

< 4 ) ¡ Y y o p u e s E .

i 5

1

C o m o e l l o s b i e n p r o n t o . E .

( 6 ) L a e s p a d a y c h a r r e t e r a s n o p r e s e r v a n d e é l c u a n d o

n o h a y m a s q u e e s t o . R . I .



no o b ed ece co n gusto á cualqu iera que sea des ar-

m a d o ( 7 ) ; y q u e e l a m o q u e e s tá d e s a rm a d o , n o

pued e viv i r seguro entre s i rv ientes arm a do s (8 ) .

Co n e l desdén que es tá en e l co razó n del uno , y la

so spech a que e l án im o del o tro ab r iga , no es po s i -

b le que e l lo s hagan junto s b uenas o perac io nes (9 ) .

Adem ás de las o tras ca lam idades que se atrae un

P r ínc ipe que no ent iende nada de la guerra , hay la

de no po der ser es t im ado de sus so ldado s , n i f iarse

de e l lo s (10 ). E l P r ínc ipe no deb e cesar pues, ja -

más, de pensar en el ejercicio de las armas, y en

lo s t iem po s de paz, deb e darse á e l las to dav ía m ás

que en los de guerra (/>). Puede hacerlo de dos mo-

do s: e l uno co n acc io nes , y e l o tro co n pen sam ien-

tos (c).

( 7 ) ¿ N o l o v e i s , p u e s ? E .

( 8 ) ¡ Y c r e e n e s t a r l o E .

( o ; A u n c u a n d o y o n o m e m e z c l a r a e n e l l o . E .

( 1 0 » ¡ M a q u i a v e l o ¡ Q u é s e c r e t o l e s r e v e l a s p e r o n o t e

l e e n n i l e y e r o n j a m á s . E .

b. C a s i o , G o b e r n a d o r d e S i r i a , a u n c u a n d o s e e s t a b a en pa?,

h ací a , s egún e l an t i guo us o, e j er c i t ar s us l eg i on es , v se c o n d u c í a

en t odo com o s i fuer a á a t acar l e a l gún e n e m i g o : Ouantum sitie be-

lla dabatUr, revocare priscum moran, exercitare Iañones, cura,

pro vi su, permite agere ac si /toslis ingnieret ( T á c i t . . Aun. 12).

. S c i p i ó n , s e g ú n r e f i e r e V e l e y o P a t é r c u l o , d i s t r i b u í a t o d o s u

t i em po en t r e l os e j er c i dos de l a paz y l a g u e r r a ; e s t a b a o c u p a d o

s i em pr e en l as ar m as y e l es t udi o , for m an do su cuerpo ,-n los pe-

l i gr os y s u es pí r i t u en l a c i en ci a : Ñeque qaisquam hoc Scipione

elegantvus intervalla negohorum olio dispunxit: sanpaquc aut be-

th, aut pacis servil/ ar/ibus: semper Ínter arma ac shu/ia versaius.

au t corpns periculis. aut anima,n disciplinis cxa cuit. i H i s t , 1).

E n cuanto á sus acc io nes , deb e no so lam ente te-

ner b ien o rdenada s y e jerc i tada s sus tro pas , s ino

tam b ién ir co n frecuenc ia á caza , co n la que, po r

una parte , aco stum b ra su cuerpo á la fa t iga , y po r

o tra , aprend e á co no cer la ca l idad de lo s s i t ios , e l

dec l iv e de las m o nta ñas , la entrada de lo s v a l les ,

la s i tuac ió n de las l lanuras , la natura leza délo s r ío s ,

la de las lagunas . E s un es tudio en e l que deb e po -

ner la ma yor at enció n ( i i ).

E sto s co no c im iento s le so n út i les de do s m o do s .

E n pr im er lugar , dándo le á co no cer b ien su país , le

po nen en pro po rc ió n de defen der le m ejo r ; y , ad e-

m ás , cuando é l ha co no c ido y frecuentado b ien lo s

s i t io s , co m prende fác i lm ente , po r analo gía , lo que

de be ser otro país que él no tie ne á la vista, y en

el que no tenga o perac io nes m i l i tares que co m b inar .

La s co l inas , v a l les , l lanuras , r ío s y lagunas que h ay

en la To s can a, t ienen co n lo s de lo s o tro s países ,

una c ier ta sem ejanza que hace que, po r m edio del

co no c im iento de una pro v inc ia , se puede n co no cer

fác i lm ente las o tras (12 ) .

E l P r ínc ipe que carece de es ta c ienc ia práct ica ,

no po see e l pr im ero de lo s ta lento s necesar io s á un

capi tán , po rque e l la enseñ a á hal lar a l enem igo , á

( 1 1 ) M e h e a p r o v e c h a d o d e l o s c o n s e j o s . R . I .

( 1 2 ) A ñ á d a n s e á e s t o b u e n a s c a r t a s t o p o g r á f i c a s . G .



2 44

M AII U I A V K I . o C O M E N T A D O

to m ar a lo jam iento , á co nducir lo s e jérc i to s , á d i r i -

gir las batallas, á talar un territorio con acierto (13).

E ntre las a lab anzas que lo s escr i to res diero n á Fi -

lo pem enes , R ey de lo s acay o s , es la de no hab er

pensado nunca, aun en t iem po de paz, m as que en

lo s div erso s m o do s de hacer la guerra (1 4 ) . Cuan -

do é l se paseab a co n sus am ig o s po r e l cam po , se

para ba con frecuencia, y discurr ía con ellos so bre

este o b jeto , d ic iendo : «S i lo s enem igo s es tu v ieran

en aquel la co l ina inm ediata , y que no s hal láram o s

aquí co n nuestro e jérc i to , ¿cuál de e l lo s ó no so tro s

tendr ía la super io r idad

? ¿

C ó m o s e p o d r ía i r s e g u -

ram ente co ntra e l lo s , o b serv ando las reglas de la

táct ica? ¿C ó m o co nv en dr ía dar les e l a lcance, s i se

ret i raran?» ( ,

5

) Le s pro po nía , andan do , to do s lo s

caso s en que puede hal larse un e jérc i to , o ía sus pa-

receres , dec ía e l suyo , y le co rro b o rab a co n b uenas

r a z o n e s ; d e m o d o q u e t e n i e n d o c o n t i n u a m e n t e o c u -

pado su ánim o en lo que co nc ierne a l ar te de la gue-

rra , nunca co nduciendo sus e jérc i to s , hab ía s ido 'so r-

< 1 3 ) ¿ M e b e a p r o v e c h a d o b i e n d e t u s c o n s e j o s ? G

< h ¿ £ o a " £ :

n S

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d U r m Í e n d o

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s i n e m b a r g o

j u v e n t u d R

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h C C h

°

m i s m

° > d e s p u é s d e m ,

prendido po r un acc idente para e l que él no hubiera

p r e p a r a d o e l c o n d u c e n t e r e m e d i o ( 1 6 ) .

E l P r ínc ipe , para e jerc i tar su espír i tu , de b e leer

las his to r ias ( 17 ); y , a l co ntem p lar las acc io nes de

lo s v aro nes ins ignes , deb e no tar part icularm ente

có m o se co ndujero n e l lo s en las guerras , exam inar

la s causas de sus v ic to r ias , á f in de co nseguir las é l

mis mo ; y las de sus pérdid as, á fin de no e x p e r i -

m entar la s . D e b e, so b re to do , co m o hicieron ellos,

esco gerse , en tre lo s ant iguo s héro es cu ya glo r ia se

celeb ró m ás , un m o delo cuyas acc io nes y p r o e z a s

e s t é n p r e s e n te s si e m p r e e n s u á n i m o ( 1 8 ) . A s í co -

m o A l e j a n d r o M a g n o i m i ta b a á A q u i l e s , C é s a r se -

guía á Ale jandro , y S c ip ió n cam inab a tras la s hue-

l las d e C ir o . C u a l q u i e r a q u e lea la vida de este úl -

t im o , escr i ta po r Xeno fo nte , reco no cerá d e s p u é s en

la de S c ip ió n, cuánta g lo r ia le resultó á és te de ha -

b erse pro puesto á Ciro po r m o delo ; y cuán s e m e -

jan te se hizo, p or otra parte, con su contin encia ,

a fab i l ida d, hum anida d l ib era l idad, á Ciro , según

lo q u e Xeno fo nte no s ref i r ió de él (1 9 ) .

( 1 6 ) N o s e p r e v e n n u n c a t o d o s ; p e r o s e h a l l a d e r e p e n t e

e l r e m e d i o , p o r m á s q u e c u e s t e . G .

( 1 7 ) ¡ D e s g r a c i a d o e l . e s t a d i s t a q u e 1 10 l a s l e e E .

( 1 8 ) ¿ P o r q u é n o t o m a r m a s q u e u n o , e l q u e q u i e r e s e r

m a y o r q u e t o d o s ? C a r i o M a g n o m e h a a c o m o d a d o , p e r o

C é s a r , A t i l a , T a m e r l á n , n o s on de d e s p r e c i a r . G .

( 1 9 ) N e c i a o b s e r v a c i ó n . G .



2 4 6 M A I J U I A V K L O C O M E N T A D O

E stas so n las reglas que un P r ínc ipe sab io deb e

o b serv ar . Tan ie jo s de perm an ecer o c io so en t iem -

po de paz, fó rm ese ento nces un co pio so caud; i l de

recurso s que puedan ser le de pro v echo en la adv er-

sidad, á fin de que si la fortuna se le vuelve contra-

ria, le halle dispuesto á resistirse á ella.

P O R N A P O L E Ó N 247

C A P I T U L O X V

D E L A S C O S A S PO R L A S Q U E L O S H O M B R E S , Y E S P E -

C I A L M E N T E I . O S P R Í N C I P E S , S O N A L A B A D O S

Ó C E N S U R A D O S

N o s res ta aho ra v er có m o deb e co nducirse un

P r ínc ipe co n sus go b e rnado s y am igo s . M uc ho s es-

cr ib iero n ya so b re es ta m ater ia ; y a l t ratar la yo m is-

m o despu és de e l lo s , no incurr i ré en el ca rgo d e

presunció n, supuesto que no hab laré m as que co n

arreglo á lo que so b re es to di jero n e l lo s ( 1 ) . S ien-

do mi fin escribir una cosa úti l para quien la co m -

prende. he tenido po r m ás co nducente seguir la v er-

dad rea l de la m a t e r i a ( 2 ) , q u e lo s desv ar io s de la

im aginac ió n en lo re lat iv o á e l l a ( 3 ) ; p o r q u e m u -

cho s im aginaro n repúb licas y pr inc ipado s que no se

( 1 ) P r i m e r a a d v e r t e n c i a q u e h a d e h a c e r s e , p a r a c o m -

p r e n d e r b i e n á M a q u i a v e l o . R . C .

( 2 ) E n t o d o , v e r la s c o s a s c o m o e l l a s s o n . R . C .

( 3 ) L o s d e P l a t ó n n o v a l e n c a s i m á s en l a p r á c t i c a q u e

l o s d e l u á n l a c o b o . R . C .




vieron ni exist ieron nu nca (4 ) . H ay tanta d istan-

cia entre saber cómo viven los hombres y saber có -

mo d eberían v iv ir el los , qu e el qu e, para gobernar-

los , aband ona el estudio de lo que se hac e, para es-

tudiar lo q ue sería más conve niente hacerse, ap rend e

m á s b i e n lo que debe obrar su ruina que lo que de-

be preservarle d e el la , su pu esto qu e u n Príncipe qu e

en tod o qu iere hacer profesión d e ser bu eno, cu and o

en el hecho está rod ead o

de gentes qu e no lo so n

(5),

no pu ed e m enos d e cam inar hacia su ruina. Es,

pu es, necesario qu e u n Príncipe qu e d e s e a m a n t e -

nerse, aprenda á poder no ser bueno, y á servirse ó

no servirse d e esta facu l tad , segú n qu e las c ircu ns-

tancias lo exijan (6).

Dejand o pu es á u n lad o las cosas imaginarias en

lo concern ,ente á los Esta d os, y no hablan d o mas

qu e d e las qu e son verd ad eras, d igo qu e cu antos hom-

bres hacen hablar d e sí , y espec ialmen te los prínci-

pes porqu e están colocad os en mayor altura que los

d emás, se d ist ingu e con algu na d e aqu el las p r e n d a s

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v i s i o n a r i o s d o m o r a l

\ f i l o s o f í a a i o s e s t a d i s t a s . R . C.

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1

S i t o d o s n o s o n m a l o s , l o s q u e l o s o n t i e n e n r e c u r -

s o s v u n a a c t i v i d a d q u e h a c e n c o m o s i t o d o s l o f u e r a n L o s


2 4a

patentes , d e las qu e más atraen la censu ra, y otras

la alabanza. El u no es mirad o como l iberal , e l otro

c o m o miserable: en lo qu e me s irvo d e u na ex pre -

sión toscana, en vez d e emplear la palabra avaro:

porqu e en nu estra lengu a, u n ava ro es tam bién el

qu e t i ra á enriqu ecerse con rapiñas; y l lamamos m i-

serable, á aqu el ú nicame nte qu e se abst ien e d e ha-

cer uso de lo que él posee. Y para cont inuar m i

enu me ración, aña d o: éste pasa por d ar con gu s to

aqu el por ser rapaz ; el u no se repu ta como cru el , e l

otro t iene la fama d e ser com pasi vo; éste pasa por

carecer d e fe, aqu el por ser f iel en su s promesas; el

u no por afem inad o y pu si lánime, el otro por vale-

roso y feroz ; tal por hu mano, cu al por soberbio; u no

por lascivo , otro por cast o; éste por franco, aqu el

por artificios o; el uno por duro, el otro por dulce y

f lexib le ; éste por grave, aqu el por l igero ; u no por

rel ig ioso, otro por incréd u lo , etc . . etc . [7]

No habría cosa más loable, qu e u n Príncipe qu e

estu viera d otad o d e cu antas bu enas prend as [8 ] he

entremezclad o con las malas qu e les son opu estas:

cad a u no conv end r á en el lo , lo sé. Per o com o u no

no pu ed e tenerlas tod as, y ni au n ponerlas perfec-

( 7 ) E s c o g e d s i l o p o d é i s . R . C .

[ 8 ] S í , c o m o L u i s X V I ; p e r o t a m b i é n a c a b a p e r d i e n d o

u n o s u r e i n o v c a b e z a . R . I .



tam ente en práct ica , po rqu e la co ndic ió n hum ana

¿

t w

e s n e c e s a n

°

q u e d

b astante prudente para ev i tar la in fam ia de los vi-

c io s que le har ían perder su pnncipado ; v aun para

p serv arse , s , ,o puede, d e lo s q u e n o s e l o h ^

e t fe

n

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b S

a n t e e S t 0

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n

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S C

d e l o s

u

t i m o s , e s t a r í a o b l i g a d o á m e n o s r e s e r v a

a b a n d o n á n d o s e á e l l o s I i o l P

P m

P n

• r •

L I O

J - ^

e r o n o

tem a incurr i r

en la mfam.a ajena á ciertos vicios (/,). «

n o

p u e d e

f á c i l m e n t e s in e l lo s c o n s e r v a r su E s t a d o ; p o r Z

s

•

e p e s a b , e n t o d o , h a y u n a c i e r t a c o s a q u e p a r e c e r

3 qu e s , la o b serv as , fo rm ará tu ruina , m ientras n

u e

S S T

q U e

^ ^ ^ " " — ^

o r ,

n a r á tu

s e g u n d a d y b i e n e s t a r s i l a p r a c t i c a s (c).

[o ] C o n s e j o d e m o r a l i s t a . R . J.

C í o ] E n c u a n t o á e s t o m e b u r l o d e l qué dirán. R. j

.".: Adhuc nemo e'xtilit, d i c e P l i r > ¡ . ^ i •

vUaorum conftnip hrdercnh<r "No ex J?*^

vir

>»'* »«"o

r « « ^ Í & Z & & Í ? « « i d . « a -

ticos lo son morales comn 7-

q J : N o

todos los vicios iv.lt

W'PMtn de /as UycsTb ^

,norate

" S í t l S Í

n - ^ - ^ r ^ S í e ^ ^ moHvo,

q u e h a y v i c i o s

P r í n c i p e. " S a lo m ó n , c o nt i nú a ^ s t a h ^ V w -

v s e r l

"> buen

v a da s. Y a sí ,o entiend'e

arta malcaudicba.nl; le a la ba r ía is en públ ico , y no a pro ba ría is lo

que él hace en secreto (His. 1) . Es s iempre loa b le e l obra r b ien ,

pero en la pol í t ica no se sa c a ut i l ida d s iem pre de e l lo . U na c ier-

ta cosa es conforme á la ra z ón, pero no á la experie ncia ; y , por

consiguiente , es prec iso q ue e l P ríncipe , pa r a h a cer lo q ue debe,

se a comode á la s necsida des de los negocios, y h a g a en b ien de

su Esta do lo q ue é l no h a ría n i deb ería h a cer, s i no fuera m a s

q u e s i m p l e p a r t i c u l a r : Aforan accommodari, prout conducat ( T a -

c it . , Ann. 12 ). P ero q ue e l P ríncip e sea eminentemente v irtuoso

cua ndo conv iene serlo: Quotics expedicbal, tnagnoe virtutis (I d. ,

Jfist. 1) . Debe sa ber cua nd o está b ien en mora l ; pero no es s iem-

pre oportuno q ue lo e jecute: Omnia scire, non omnia exequi (Id.,

in Agricolá.



N o pudiendo pues un P r ínc ipe , s in que de ello le

resulte perjuicio, ejercer la virtud de la l ib era l idad

de un m o do no to r io , deb e, s i es pruden te , no i n -

quietarse de ser no tado de av ar ic ia , po rque co n el

t i e m p o le tendrán m ás y m ás po r l ib era l , cuando

v ean que po r m edio de su pars im o nia le b astan sus

rentas para defenderse de cualquiera q u e le dec laró

la guer ra; y para hacer em p resas s in gra v ar á sus

pueb lo s (6 ) , po r es te m edio e jerce la l ib era l idad co n

to do s aquel lo s á quienes no to m a nada, y cuyo nú-

m ero es in f in i to ; m i e n t r a s q u e no es a v a r o m as que

c o n a q u e l l o s h o m b r e s á quienes no da , y cuy o nú-

mero es poco crecido (7).

¿N o hem o s v is to en es to s t i e m p o s q u e s o l a m e n t e

lo s que pasab an po r av aro s , hicieron g r a n d e s co sas ,

y que lo s pró digo s qued aro n v enc ido s? E l P a pa

J ulio I I , después de hab erse serv ido de l a r e p u t a -

c ió n de ho m b re l ib era l para l legar a l po nt i f i cado (8).

no pensó ya des pué s en co nserv ar es te reno m b re

[ 6 ] ¡ A n i m o a b o c a d o R . I .

[ 7 ] ¡E l b u e n h o m b r e R . I.

[8 ] L a p a l a b r a l i b e r a l t o m a d a m e t a f í s i c a m t ó ü t e , m e « i r-

vt o c a s i ta n b i e n . L a s e x p r e s i o n e s d e ideas liberales, de mo -

do de pensar liberal q u e , á lo

m

, n o s no a r r u i n a n , y e m b e -

l e s a n a t o d o s l o s i d e o l o g o s , s o n s i n e m b a r g o de m i i n v e n -

c i ó n . I n v e n t a d o p o r m í e s t e t a l i s m á n , n o s e r v i r á n u n c a

m a s q u e a m i c a u s a , y a b o g a r á s i e m p r e p or mi r e i n a d o , a u n

e n p o d e r d e l o s q u e m e d e s t r o n a r o n . E .

cuando quiso hab i l i tarse para pelear co ntra e l R ey

de Franc ia . S o s tuv o m uc has guerras sin im po ner

un tr ib uto extrao rdinar io ; y su larga pars im o nia le

sum inis tró cuanto era necesar io para lo s gasto s su-

per f ino s (9 ). E l ac tual R ey de E sp aña (Fe rnan do ,

R ey de Cast i l la y Aragó n) s i hub iera s ido l ib era l

no hub iera hecho tan fam o sas em presas , n i v enc ido

en tantas o cas io nes (ro ) .

As í , pues , un P r ínc ipe que no quiere v erse o b l i -

gad o á despo jar á sus go b ern ado s , y q uiere ten er

s iem pre co n que defenderse , no ser po b re y m ise -

rab le . n i v erse prec isad o á ser rapaz, deb e te m er

po co e l incurr ir en la fam a de av aro , supues to que

la av ar ic ia es uno de aq uel lo s v ic io s que aseguran

su re inado ( r r ) . S i a lgun o m e o b jetara que Cé sar

co ns iguió e l im per io co n su l ib era l idad (12) . y que

o tro s m ucho s l legaro n á puesto s e lev adís im o s , " po r-

que pasab an po r l ib era les (e); respo nder ía yo : ó es-

[ 0 ] i d e a m e z q u i n a . R . I .

[ 1 0 ] T o n t e r í a . R . 1 .

[ 1 1 ] N o e s é s t e a q u e l c o n e l q u e y o c o n t a r í a m á s . R . C .

v j n

M Í S

1

R e n e r a l e

/

s a b p n

' o q u e l e s d i a n t e s , v p a r a q u e

> o l l e g a r a a l p u n t o d e c o n f e r i r l e s d u c a d o s v b a s t o n e s d e

M a r i s c a l . R . I . '

Lo s periódicos inglese s [Correo del 8 de Octubre de 181=51

.eve lan que N ap oleón, des p ués de s u p r i mera camp añ a de l í a j a

enví o una cuanti os a s uma á cada uno de los ger .erales n 'eh abi añ

s e r v id o b a j o s u m an d o , co n e l p r e te x t o de r e m u n e r ar s u s " e S o "

p ero realmente á f i n < e re ñi r lo s á s u for tuna '



tás en cam ino de adquir i r un pr inc ipado , ó te lo has

adquir ido ya ; en e l pr im er caso , es m en ester que

pas es por liberal ( 13 ), y en el segu ndo , te será per-

niciosa la libera lidad (</)• Cé sar era uno de los que

quer ían co nseguir e l pr inc ipado d e R o m a ; pero s i

hub iera v iv ido é l a lgún t iem po después de hab er le

lo grado , y no m o derado sus dispendio s , hub iera des-

truido su imperio.

¿M e repl icarán que hub o m ucho s pr ínc ipes que,

co n sus e jérc i to s , hic iero n grandes co sas , y s in em -

b argo tenían la fam a de ser m uy l ib era les? (1 4 )

R esp o nd eré: ó e l P r ínc ipe , en sus larguezas , exp en-

de sus pro pio s b ienes y lo s de su? sub di to s , ó ex -

pende e l b ien a jeno . E n e l pr im er caso , deb e ser

[ 1 3 ] L o f u i v o e n a c c i o n e s y p a l a b r a s : i á c u á n t o s n e -

c i o s n o s e e n g a ñ a c o n e l f a l s o o r o p e l d e l a s i d e a s l i b e r a -

l e s R . C .

[ i - l ] V a s á j u z g a r m e . R . C .

d. " L a l i b e r a l i d a d q u e n o ti e n e r e g l a , h a c e c o n c u r r i r á l o s

o t r o s á v u e s t r a r u i n a , " d i c e T á c i t o : " L i b e r a l i t e r n i a d s i t m o d u s ,

i n e x í t i u m v e r t i t u r " [ T á c i t . , Hisf. 3 1. N o s i en do Ot h ón m as q u e

p a r t i c u l a r t o d a v í a , h a c i a u n g a s t o q u e h u b i e r a s i d o g r a v o s o a ú n

p a r a u n P r í n c i p e . " L u x u r i o s a e t i a m P r i n c i p i o n e r o s a " ( T á c i t . .

Mis. 1 ] . C a d a v e z q u e G a l b a v e n i a a c o m e r e n s u c a s a , d i s t r i b u í a

é l c e n t e n a r e s d e es c u d o s á su s g u a r d i a s , p a r a h a c e r m á s e s p l é n -

di da l a com i da; per o l uego q ue h ub o s i do P r í n ci pe s e v ol v i ó eco-

n óm i co en t an t o gr ad o, q ue á s u m uer t e n o di ó m as q ue con eco-

n om í a a l gún di n er o á s us s i r v i en t es , com o s i é l h ub i er a d eb i do

v i v i r m uch o t i em po t oda v í a : " E ó pr og r es s us es t , ut per s peci em

con v i v í i , q uot i es Ga l b a apud Ot h on em ep ul ar et u r , coh or t i e xcu-

b i a s a g e n t i , v i r i t i m c e n t e n o s n u m m o s d i v i d e r e t " ( T á c i t . , Hist. 1) .

' • P e c u n i a s d i s t r i b u i t p a r e é , n e c u t p e r i t u r u s " (Hist. 2).

e c o n ó m i c o (e)\ y en e l segun do , no deb e o m it i r n in-

g u n a e s p e c i e d e li b e r a l id a d ( 1 5 ) . E l P r ín c i p e q u e ,

co n sus e jérc i to s , v a á l lenarse d e b o t ín , saqueo s ,

carnicer ías , y d ispo ner de los caud ales de lo s v en -

c ido s , es tá o b l igado á ser pró digo co n sus so ldado s;

po rque s in es to no le seguir ían e l lo s (1 6 ) . P ue des

m o s t r a r t e e n t o n c e s a m p l i a m e n t e g e n e r s o , s u p u e s t o

que das lo que no es tu}

T

o n i de tus so ldado s , co m o

lo hic iero n Ciro , Césa r , Ale jand ro ( 17) ; y es te dis -

pendio que en sem ejante o cas ió n haces co n e l b ien

de lo s o tro s , tan le jo s de pe r judicar á tu reputac ió n,

l e a ñ a d e u n a m á s s o b r e s a l ie n t e ( 1 8 ) . L a ú n i c a c o -

sa que pueda perjudicarte, es gastar el tuj^o.

N o hay nada que se ago te tanto de s í m ism o co -

m o la l ib era l idad, m ientras que la e jerces , p ierdes

la faculta d de e jercer la , y te v uelv es po b re y des-

prec iab le ( 19 ) ; ó b ien , cuand o quieres ev i tar v o l-

{

l

5 ) ¿ Q u i é n l o h i z o m e j o r q u e y o ? R . I .

( 1 6 ) H é a q u í e l s e c r e t o d e l a l i c e n c i a q u e d e j é p a r a l o s

s a q u e o s y p i l l a j e s . L e s d a b a \ -o c u a n t o p o d í a n t o m a r e l l o s :

d e l o c u a l s u i n m u t a b l e a p e g o á m i p e r s o n a . E .

( 1 7 ) Y y o . R . I .

( 1 8 ) Q u e s i r v e p a r a a u m e n t a r l a o t r a . R . 1 .

C í o ) C u a n d o u n o n o s a b e o t r o s m e d i o s p a r a a b a s t e c e r -

l a . R . I .

c. T á c i t o a l a b a á G a l b a d e h a b e r s i d o e c o n ó m i co d e su b i e n ,

3 ' a v a r o d e l p ú b l i c o : " P e c u n i o e s u o e p a r c u s , p u b l i c o e a v a r u s "

Hist. 1.



v érte lo , te hace s rapaz y o dio so (2 0) . Aho ra b ien ,

uno de lo s inco nv enientes de que un P r inc ipe deb e

preserv arse es e l de ser m eno sprec iado y ab o rrec i -

do . Co n duc iend o á uno y o tro la l ib era l idad, co n -

c luyo de e l lo que hay m ás sab idur ía en no tem er la

reputac ió n de av ar o que no pro duce m as que una

infamia sin odio, que verse por la gana de tener fa-

ma de liberal, en la necesidad de incurrir en la nota

de rapaz, cuya in fam ia v a aco m pañada s iem pre del

o d i o p ú b l i c o ( 2 1 ) .

( . 20 ) E s t o n o m e i n q u i e t a c a s i . R . I .

( 2 1 ) P o c o m e i m p o r t a e n r e s u m i d a s c u e n t a s . T e n d r é

s i e m p r e e l a p r e c i o y a m o r d e m i s s o l d a d o s ; . . . . v m i s s e -

n a d o r e s , p r e f e c t o s , e t c . R . 1 .

C A P I T U L O X V I I

D E LA S E V E R I D A D Y C L E M E N C I A ; Y S I V A L E M Á S S E R

A M A D O Q U E T E M I D O

D e s c e n d i e n d o d e s p u é s á l a s o t r a s p r e n d a s d e q u e

he hecho m enció n, d igo que to do P r ínc ipe deb e de-

sear ser tenido po r c lem en te y no po r cruel . S in

em b argo , deb o adv ert i r que é l deb e tem er e l hacer

m al uso de su c lem encia ( 1 ) . Cé sar B o rgia pasab a

po r cruel , y su cruelda d, s in em b argo , hab ía re pa-

rado lo s m ale s de la R o m a na, ext ingu ido sus div i -

s io nes , res tab lec ido en e l la la paz, y hécho sela

f ie l ( 2 ) . "S i pro fun dizam o s b ien su co ndu cta , v ere-

m o s que é l fué m ucho m ás c lem ente que lo fué e l

pue b lo f lorent ino , cu ando para ev i tar la reputac ió n

de crueldad dejó destruir P is to ya (a) .

( 1 ) L o c u al s u c e d e s i e m p r e , c u a n d o u n o l l e g a c o n s u -

m a s p r e t e n s i o n e s á l a g l o r i a d e la c l e m e n c i a . E .

( 2 ) N o c e s e i s d e c l a m a r q u e e s t e B o r g i a e r a u n m o n s -

t r u o d e q u e e r a m e n e s t e r a p a r t a r l a v i s t a , n o c e s e i s á f in

d e q u e e l l o s n o a p r e n d a n d e él l o q u e d e s c o n c e r t a r í a m i s

p l a n e s . E .

a. Ta l fué el funesto resul ta do de la c lemencia con q ue se pro



MAQUIAVELO COMENTADO

Un P r ínc ipe no deb e tem er , pues , la in fam ia a je-

na á la crueldad, cuando neces i ta de e l la para tener

unido s á sus go b ernado s , é im pedir les fa ltar á la fe

q u e l e d e b e n ( 3 ) ; p o r q u e c o n p o q u í s im o s e j e m p l o s

d e s e v e r i d a d , s e r á s m u c h o m á s c l e m e n t e que los

pr ínc ipes que, co n dem asiada c lem encia , dejan en-

g e n d r a r s e d e s ó r d e n e s a c o m p a ñ a d o s d e a s e s i n a t o s y

rapiñas (6 ) , v i s to que es to s ases inato s y rapiñas t ie-

nen la co stum b re de o fender la univ ersa l idad de los

c iudadano s , m ientras que lo s cast igo s q u e d i m a -

nan del P r ínc ipe no o fenden m ás que á un part i

cular (4).

P o r lo dem ás , le es im po sib le á un P r ínc ipe nue-

v o e l ev i tar la reputac ió n de cruel (5) , á causa d e

( 3 ) G u á r d a t e b i en d e d e c í r s e l o : e l l o s n o p a r e c e n , p o r

o t r a p a r t e , d i s p u e s t o s á c o m p r e n d e r t e . E .

( 4 ) T e n g o n e c e s i d a d d e q u e t o d o s e s t é n o f e n d i d o s , a u n -

q u e n o f u e r a m a s q u e c o n l a i m p u n i d a d d e l o s u n o s . E .

^ 5 ) S o n n u e v o s , e l E s t a d o e s n u e v o p a r a e l l o s ; v q u i e -

r e n n o s e r m a s q u e c l e m e n t e s . E .

cedi ó en orden á las fami l i as Panci ati c í y Cauce l l í er í , que teni a

di v i d i da en t í os p arti dos Pi s toya, y la tení an enteramente i ncen-

d i a d a con s us conti enda».

b. " L o p a s a r o n m e j o r con la dureza de Corbulón. que teni a la

d i s c i p l in a m i l i t a r en vigor, que con la clemencia de los otros íre-

nerales , qui enes , a p uro p erdonar á los des er tores , caus aron l a

ru i na de s us e j é r c i t o s : " " Q u i a d u r i t í a m cael i mi l i t i oeque multi

abnuebant, des erebantque, remedí um s ever i tati quoesitum est ,

Idque us u s alub re et mi s er i cordi á meli ús ap p arui t . qu i p p é p au-

ci ores íUa cas tra des eruero quum ea ¡n qui bus i gnos cebantur .


que lo s E sta do s n uev o s es tán l leno s de pel igro s (c).

Virgi l io d isculpa la inhum anidad del re inado de D i-

do , co n e l m o t iv o de qu e su E st ad o pertenec ía á

esta espec ie (6 ) : po rque hace dec ir po r es ta R ein a:

•Tfcs

dura et regni nemitus me talia cogunt

Moliri, et late fines custode ttíeri (d)

Un sem ejante P r ínc ipe no deb e, s in em b argo ,

creer l igeram ente e l m al de que se le adv ier te ; y no

( 6 ) P e r o d i c h o s a m e n t e n o e s V i r g i l i o e l p o e t a d e q u e se

g u s t a m á s . E .

r.

T o d o

nuevo Pr í nci p e es tá vaci lan te, " d i ce T á c i t o : Xovinn

et m utantem principen, Ann. 1; "s e rebelan a menudo contra el,

au n cuando no da motivo p a r a ello, porque la mudanza de Pr i n-

cipe p res enta una mayor f a c i l i d a d p ara los d i s turbi os , y hace es-

perar á los ambiciosos, que ellos hal laran mas benef i ci os en las

d i s c o r d i a s c i v i l e s : Sedifio incessit nullis novis causts,nisi quod

mutatus princeps licentiam turbarum, et ex civtlt bello spera prae-

miorum osfendebat. A n n . 1. Por esto L u i s X I a s e g u r a b a qu e si

él no hubi era us ado de r i gor en lo s p r i nci p i os de su reinado, hu-

b i e r a pertenecido al número de los nobles des graci ados de que

B occaci o hace mención. T á c i t o dice en otro lugar que Lo que es

caus a de que un P r í n c i p e nuevo hal le s uma di ficultad en abs te-

ners e de se r cruel , es que no creyénd ole los gobernado s fuerte to-

d a v í a , se toman comunmente más libertad con él p a r a obrar l i -

c e n c i o s a m e n t e : Usúrpala statim libértate, hcentius, ut aja prmci-

pem novum. Hist. 1. El Duque de Val ent i no s p retendí a que la

m á x i m a oderint d,Un mcluum. "aborrezcan con tal que teman,

e ra tan útil á los p r í nci p es nuevos como p er j udi ci al a los hei edí -

t a n o s .

d. E n e i d a , 1. I. E l A b a t e Deli l le traduj o as i estos versos:

„I j

e

m is na cientes E s ta dos l a im perios a necés Wa á

Me obl ig a ú es tos r ig ores : m i prudencia l ia c iurta uo

De cerca r de s ol da dos m is num eros a s f rontera s ."

L a supresión de la conj unci ón et en el s egundo vers o des f i gura

algo el sentido del poeta latino, dejando en uno solo las dos espe-

ci es de p recauci ones de que habla él .



o b rar , en su co nsecuencia , m as que co n grav eda d,

s in a t e m o r i z a r s e n u n c a é l m i s m o ( 7 ) . S u o b l i g a -

c ió n es pro ceder m o d erada m en te , co n pruden cia y

aun co n hum anidad, s in que m ucha co nf ianza le

h a y a i m p r ó v i d o , y q u e m u c h a d e s c o n f i a n z a le co n-

v ier ta en un ho m b re insufr ib le (8) .

S e presenta aquí la cuest ió n de sab er s i v a le m á s

ser tem ido que am ado ( 9 ) . S e respo nde que ser ía

m enester ser uno y o tro juntam ente; pero c o m o e s

difíci l serlo á un mismo tiempo, el part ido m á s s e -

guro es ser tem ido pr im ero q u e a m a d o , c u a n d o s e

está en la nece s idad de carecer de uno ú o tro d e

a m b o s b e n e f i c io s ( 1 0 ) .

P u e d e d e c ir s e , h a b l a n d o g e n e r a l m e n t e , q u e los

ho m b res so n ingrato s , v o lub les , d is im ulado s , que hu-

yen de lo s pel igro s y so n ans io so s de ganancias (1 1 )

M ientras que les haces b ien y

q u e

no neces i tas de

el lo s , co m o lo he dicho, te son adicto s, te ofre cen

su caudal , v ida é hi jo s ( ,2 ) , pero se reb elan , cuan-

( 7 ) E s f á c i l d e d e c i r . R . C .

( 8 ) ¡ P e r f e c t o ¡ S u b l i m e R . C .

( 9 ) N o e s u n a c u e s t i ó n p a r a m í . R . C .

( 1 0 ) N o n e c e s i t o m a s q u e d e u n o . R . C .

e n g a ñ

\

r á l o s

P

r í n c

' P e s , l o s q u e d e c í a n q u e

t o d o s l o s h o m b r e s s o n b u e n o s . R . C .

q e

( 1 2 ) C u e n t a c o n e l l o . E .

do l lega es ta neces idad (e). E l P r ínc ipe que se ha

f u n d a d o e n t e r a m e n t e s o b r e l a p a l a b r a d e e l lo s [ 1 3 ] ,

se hal la dest i tuido ento n ces de lo s dem ás a po y o s

preparato r io s , y decae; po rque las am istades que

se adquieren , no co n la no b le za y gran deza de a l -

m a [14 ] , s ino con e l d inero , no puede n serv ir de

pro v echo n inguno en lo s t iem po s pel igro so s , po r

m á s bi e n m e r e c i d a s q u e e l l a s e s t é n ( / ) : l o s h o m -

b res tem en m eno s e l o fen der a l q ue se hace am a r

que al que se hace tem er [1 5] , po rque e l am o r no

se ret iene po r e l so lo v ínculo de la grat i tud {g) , que

en atenc ió n á la perv ers ida d hum ana, to da o cas ió n

de interé s person al llega á r omp er (//); en v ez de

( . 1 3) ¡ E l b u e n b i l l e t e q u e t ie n e L a C h á t r e E .

( 1 4 ) P e r o e s m e n e s t e r s a b e r e n q u é c o n s i s t e e l l a e n e l

P r í n c i p e d e u n E s t a d o ta n d i f i c u l t o s o . E .

( . 1 5 ) E l l o s c r e e n t o d o l o c o n t r a r i o . E .

f . ' - L os am i go s , di ce T áci t o , s e di s m i n uy e n , n os fa l t an , y s e pa-

s an á ot r os , cuan do s e t e v uel v e adv er s o e l t i em po; y cuan do l a

for t un a , s u codi c i a ó a l g un as i l us i on es de am b i ci ón l os a t r aen h a-

c i a o t r a p a r t e . " Andeos, tempore. jortuná. cupidinibus ahquand o,

au t erroribus trans/erri, clesinere. T á c i t . , Hist. 4.

f. T á c i t o h a b í a d ic h o l a m i s m a c o s a . " I n c i e r t o P r í n c i p e m e -

r eci ó m ás b i en q ue ob t uv o a l gun os am i gos , c uan do cr ey ó caut i v ar -

lo s co n la g r a n d e z a d e s u s m u n i f i c e n c i a s , e n v ez d e a s e g u r a r s e o s

co n l a c o n s t a n c i a d e u n a b u e n a c o n d u c t a : " Arnicas dum magm-

tudine nu,nerum, no n constantia mona» connnere pula/, m eruit

ma°is quáin liabnil. Hist . 3.

" .S on b i en déb i l es l os v í n cul os de l a m er a am i s t a d." d i ce T á -

ci t o: Infirma vincula cariia/is. \In ag rícola].

h " O l v i d a n s u f e . v i e n d o l a r e m u n e r a c i ó n d e la p e r f i d i a : " Post-

quám merces prodi/iouis, jiu.x flde. T á c i t . . H i s t . 3 . " T o d o l e s p a -



M A Q U I A V E L O C O M K V T A D O

que e l tem o r del P r ínc ipe se m antiene s iem pre co n

el del cas t igo que no a b a n d o n a n u n c a á lo s h o m -

bres [IÓJ.

S in em b argo , e l P r ínc ipe que se hace tem er , de-

b e o b rar de m o do qu e s i no se hace am ar al m i s m o

tiem po , ev i te e l ser ab o rre c ido [ 1 7 ] ; po rque uno

pue de mu y bien ser temid o sin se r odio so; y él lo

exper im entará s iem pre, si se ab st iene de to m ar la

hac ienda de sus go b ernado s y so ldado s , co m o tam -

b ién de ro b ar sus m ujeres , ó a b u s a r d e e l l a s [ 1 8 ] .

C u a n d o le sea indispensab le derram ar la sangre

de a lguno , no deb erá hace r lo nunca s in que para

el lo haya una co nducente just i f i cac ió n, y un patente

del i to ( 1

9

) . P ero deb e ento nces , ante to das co sas

no apo derarse de ios b ienes de la víctima (20); por-

qu ero s ho m b res o lv idan m ás pro nto la m uerte de

( 1 6 ) E s p r e c i s o q u e é s t e l o s c a s t i g u e d e c o n t i n u o . R . C .

L 1 7J E s t o es m u y e m b a r a z o s o . R . I .

• l o

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8

r L l ^ t '

é

i

n r e S t r t a K Í r m U c h

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a s

» ' « " » s a t i v a s d e

d o .

Ca

E .

E S d Ú n Í C

°

C h a S C

°

P é r f i d

° c a r t a me h a da -

5 5 , v i s l u m b r a un prem io acor-

H i s t . 3.

1 4

"

dlverso

»t e r c e d e ejus fasque exvunt

un padre que la pérdida de su patr im o nio [ 21 ] . S i

fuera inc l inado á ro b ar e l b ien a jeno , no le fa ltar ían

jam ás o cas io nes para e l lo : e l que co m ienza v iv iendo

de rapiñas , ha l la s iem pre pretexto s para apo derar-

se de las pro pie dades a jenas [ 22 ]; en v ez de q ue

las o cas io nes de derram ar la sangre de sus g o b er -

nado s so n m ás raras y le fa ltan co n la m ayo r fre-

cuenc ia [

2

3 l -

Cuando e l P r ínc ipe es tá co n sus e jérc i to s , y que

t iene que go b e rnar una in f in idad de so ldado s , deb e

de to da neces idad no inquietarse de pasar po r cruel ,

po rque s in es ta reputac ió n no puede tener un e jér-

c i to unido , n i d ispue sto á em pren der co sa n ing u-

n a ( 2 4 ) . E n t r e la s a c c i o n e s a d m i r a b l e s d e A n í b a l

se cuenta q ue, ten iendo un num ero s ís im o e jérc i to

co m puesto de ho m b res de países in f in i tam ente di -

v erso s , y yendo á pelear en una t ierra extraña (25) ,

[ 2 1 ] O b s e r v a c i ó n p r o f u n d a q u e s e m e h a b ía e s c a p a -

d o . E .

[ 2 2 ] E s t a f a c i l i d a d d e h a l l a r p r e t e x t o s e s u n a d e l a s v e n -

t a j a s d e m i a u t o r i d a d . R . C .

[ 2 3 ] i E l i g n o r a n t e N o s a b í a q u e u n o l a s e n g e n d r a .

R . C .

[ 2 4 ] D i p r i n c i p i o c o n e s t o p a r a h a c e r m a r c h a r á I t a l i a

e l e j é r c i t o c u y o m a n d o s e m e c o n f i r i ó e n e l a ñ o d e 1 7 0 6 . G .

[ 2 5 ] E l m í o n o p r e s e n t a b a m e n o s e l e m e n t o s d e d i s c o r -

d i a v r e b e l i ó n , c u a n d o l e h i c e e n t r a r e n I t a l i a . G .



SU cond ucta fu é tal, que en el seno de este ejército ,

tanto en la m ala co m o en la b uena fo r tuna no hub o

nunca ni siquiera una sola disensión entre ellos, ni

n inguna sub lev ac ió n co ntra su je fe (26 ). P isto no

pudo pro v enir m as que de su desapiadada inhum a-

nidad que unida á las dem ás in f in i tas prendas su-

yas , le hizo s iem pre tan respetab le co m o terr ib le á

lo s o jo s de sus so ldado s . S in cuy a crueldad, no hu-

b ieran b astado las o tras prendas suyas para o b tener

este e fec to (27) . S o n po co s ref lex iv o s lo s escr i to res

que se adm iran , p o ru ña parte , d e sus pro ezas ; y qu e

vituperan, por otra, la causa principal de ellas"(

2

8).

P ara co nv encerse de es ta v erdad, que las dem ás

v ir tudes suy as no le hub ieran b astado , no hay ne -

ces idad m as que del e jem plo de S c ip ió n, h o m b re

m uy extrao rdinar io , no so lam ente en su t iem po , s i -

no tam b ién en cuantas épo cas no s recuerda so b re-

sa l ientes m em o rias la his to r ia (29 ). S us e jérc i to s se

reb elaro n co ntra é l en E spa ña, únicam ente po r un

efecto de su m ucha c lem encia , que dejab a á sus so l-

[ 2 6 ] P u e d e d e c i r s e o t r o t a n t o d e l m í o . G .

[ 2 7 ] I n d u b i t a b l e . G .

[ 2 8 ] A s í n o s j u z g a m o s s i e m p r e . G .

[ 2 0 ] A d m i r a c i ó n m u y n e c i a . G .

dado s m ás l i cenc ia que la d isc ip l ina m i l i tar po día

perm it i r lo (30). Le reco nv ino de es ta extrem ada

c lem encia en S e nad o p leno Fab io , quien , po r es to

mismo, le trató de corruptor de la milicia romana.

D estr uido s lo s Lo cr io s po r un teniente de S c ip ió n,

no hab ía s ido v enga do ; y n i aun é l hab ía cast iga do

la inso lenc ia de es te lugarteniente . To do es to pro -

venía de su natural blando y flexible, en tanto gra-

do , que e l que quiso disculparse po r e l lo en e l S e-

nado , d i jo que hab ía m uch o s ho m b res que sab ían

m ejo r no ha cer fa ltas , que co rregir las de lo s de-

m ás (31) . S i él hub iera co nser v ado e l m ando , co n

un sem ejante genio , hub iera a lterado á la larga su

reputac ió n y g lo r ia ; pero co m o v iv ió después b ajo

la di recc ió n del S enado , desaparec ió es ta pernic io sa

prenda; y aun la m em o ria que de e l la se hac ía , fué

cau sa de convertirla en gloria su ya [32 }.

Vo lv iendo , pues , á la cuest ió n de ser tem ido y

am ado , co nc luyo que, am ando io s ho m b res á su v o -

luntad, y tem iendo á la del P r ínc ipe , deb e és te , s i

es cuerdo , fund arse en lo que depen de de é l [33 ] ,

[ 3 0 ] N o d e b e d e j a r l a u n o m a s q u e c u a n d o h a l l a s u b e n e -

ficio en e l lo . G .

[ 3 1 ] L o s e g u n d o v a l e m á s q u e lo p r i m e r o . G .

[ 3 2 ] ¡ E x t r a v a g a n t e g l o r i a G .

[ 3 3 ] E s lo m á s s e g u r o s i e m p r e . R . C .



y no en lo que depende de lo s o tro s i ) , hac iendo

so lam ente de m o do que ev i te ser ab o rrec ido co m o

aho ra m ism o acab o de dec i r lo [34 ].

( 3 4 ) A n o s er q u e e s t o d é m u c h o t r a b a j o v e s t o r b o .

K . C .

P

í u v

l r C O

-

l a v i d a d e

L icurgo , q ue h a biendo a flo ja d o

T ^ í ' l

l a a u t o r i d ; l d r e; i1

P^ra complacer al pueblo,

d e f o n ^ i u A

e s t e

T

á

t

f u e r t e

' se volvió insolente v licencioso

íithfó n r ' ?

u e h a h

e n d o

q uerido a lgunos sucesores de Ku-

rrec idos mona ' ln ientef

11

^

P a r a

^

C A P I T U L O X V I I I

D E Q U É M O D O L O S P R Í N C I P E S D E B E N G U A R D A R

L A F E D A D A

¡Cuá n digno de a lab anz as es un P r ínc ipe , cuan-

do é l m antiene la fe que ha jurado , cuando v iv e de

un m o do íntegro y q u e no usa de astucia en su co n-

d u c t a [ i ] . T o d o s [ 2 ] c o m p r e n d e n e s t a v e r d a d ;

s in em b argo , la exper ienc ia de nuestro s días no s

m uestra que hac iendo v ar io s pr ínc ipes po co caso de

la buen a fe, y sabien do con la astuc ia, volv er á su

v o luntad e l espír i tu de lo s ho m b res (3) , o b raro n

( 1 ) A d m i r a n d o h a s t a e s t e p u n t o M a q u i a v e l o l a b u e n a f e ,

f r a n q u e z a y h o n r a d e z , n o p a r e c e y a u n e s t a d i s t a . G . ( 0 )

( 2 ) E s t o e s el v u l g o . G .

( 3 ) A r t e q u e p u e d e p e r f e c c i o n a r s e t o d a v í a . G .

a . M a q u i a v e l o e s t a b a le jos de pensa r, en este pa rt icula r, tan

mal como los romanos. N o v enera ba n estos á Jane como el ma s

prudente de los a nt iguos reyes de I ta l ia , n i le representa ba n con

dos ca ra s, ma s q ue á ca u sa de la dup l ic ida d, en la q ue é l h a c ía

consist ir su p r u d e n c i a (M a crob .) M a q u ia v elo , por lo demás, no

h a ce a q uí ma s q ue exponer la s lecc iones de la experie ncia , de la

qu e resul ta n a q uel la s má xim a s de ]> ol ít ica q ue. de sgra c ia d a men-

te , la perv ersida d de los h ombres ob l iga á seguir por necesida d.



y no en lo que depende de lo s o tro s i ) , hac iendo

so lam ente de m o do que ev i te ser ab o rrec ido co m o

aho ra m ism o acab o de dec i r lo [34 ].

( 3 4 ) A n o s er q u e e s t o d é m a c h o t r a b a j o v e s t o r b o .

K . C .

P

í u v

l r C O

-

l a v i d a d e

L icurgo , q ue h a biendo a flo ja d o

T ^ í ' l

l a a u t o r i d ; l d r e; i1

P a ra compla cer a l pueblo ,

d e f o n ^ i u A

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f u e r t e

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s e

volvió insolento v licencioso

íithfó n r ' ?

u e h a h

e n d o

q uerido a lgunos sucesores de Ku-

rrec idos morta l n ientef" ^

P a r a

^

C A P I T U L O X V I I I

D E Q U É M O D O L O S P R Í N C I P E S D E B E N G U A R D A R

L A F E D A D A

¡Cuá n digno de a lab anz as es un P r ínc ipe , cuan-

do é l m antiene la fe que ha jurado , cuando v iv e de

un m o do íntegro y q u e no usa de astucia en su co n-

d u c t a [ i ] . T o d o s [ 2 ] c o m p r e n d e n e s t a v e r d a d ;

s in em b argo , la exper ienc ia de nuestro s días no s

m uestra que hac iendo v ar io s pr ínc ipes po co caso de

la buen a fe, y sabien do con la astuc ia, volv er á su

v o luntad e l espír i tu de lo s ho m b res (3) , o b raro n

( 1 ) A d m i r a n d o h a s t a e s t e p u n t o M a q u i a v e l o l a b u e n a f e ,

f r a n q u e z a y h o n r a d e z , n o p a r e c e y a u n e s t a d i s t a . G . ( 0 )

( 2 ) E s t o e s el v u l g o . G .

( 3 ) A r t e q u e p u e d e p e r f e c c i o n a r s e t o d a v í a . G .

a . M a q u i a v e l o e s t a b a le jos de pensa r, en este pa rt icula r, tan

mal como los romanos. N o v enera ba n estos á Ja no como e l ma s

prudente de los a nt iguos reyes de I ta l ia , n i le representa ba n con

dos ca ra s, ma s q ue á ca u sa de la dup l ic ida d, en la q ue é l h a c ía

consist ir su p r u d e n c i a (M a crob .) M a q u ia v elo , por lo demás, no

h a ce a q uí ma s q ue exponer la s lecc iones de la experie ncia , de la

qu e resul ta n a q ue l la s má xim a s de ]> ol ít ica q ue. de sgra c ia d a men-

te , la perv ersida d de los h ombres ob l iga á seguir por necesida d.



M A

<J

U IA V E I . U C O M E N T A D O

grandes co sas (4 ) , y acab aro n tr iunfando de lo s que

tenían po r b ase de su co nducta la lea ltad (5) .

E s m enester , pues , que sepáis que hay do s ' m o -

do s de defe nder se: e l uno co n las leyes , y e l o tro

co n la fuerza . E l p r im ero es e l que co nv iene á los

ho m b res , e l segundo pertenece esenc ia lm ente á lo s

anim a les ; pero , co m o á m enu do no b asta , es pre

ciso recurrir al seg un do (6). L e es, pues, in dispe n-

sab le a un P r ínc ipe , e l sab er hacer b uen uso de uno

y o tro entera m en te junto s . E st o es lo que co n pa-

ab ras encub ier tas enseñaro n lo s ant iguo s auto res á

lo ^pnncipes . cuando escr ib iero n que m ucho s de la

¿ u ^ f e s i r

G

o r z a n á

" -

c r e t o s

L

¿

S t 0 n t

°

S e S t á n 3 C á a b a j

°

p a r a

» « e s t r o s g a s t o s s e -

b e s f i a s . ^ R . ^ C ™

S U P U ¿ S t 0 q U e n o

s i n o c o n

h a cer odiosos á los príncipes, poroué la h n í '

, n a s

.

<

í

u e a

de

e n l a s r e pú b li ca s : y cr ee I o n a S S i o á e l l í « ¿ í f ^ o n a d a h a s t a

n e c e sa r i a p o r l a s m i s m as r a zo ne s . E l P r e t o T d V ? ^ ? í ^ m e n t e

ba t .no, dec ía en su Sena do, según refiere TM if r •

l a t m o s A e n i o

o b s e r v a r u n t r a t ad o , a u n i u s to s n ^ r i / L " ¿ d e b e m o s

perder nuestra l iberta d? A a m 3 " <1"® él nos ha ga

o e v n is ^ i tu t e m p a t i p os s u iZ . » S e ve S / í

ca p. XI I I de l segundo l ibro de sus ^ ^ «' , M a q uia v elo en su

este h istoria dor, q ue los roma nos en s

U

Tn

r

T m e r n «

D f c t t d a s d e

t o s, no s e p r i va r o n d e l r e c u r s o d e f r a u d e ' S ™ ^ r e c e n t a m i e n -

pre a los que, partien do de un orin e ¡ni i

n

« * s a r i o é s t e

s ¡ e

e le va do s p ue sto s: y se h a c e m e n o T v K

r

S T " * "

0

' á

e s t a m a s e n c u b i er t o c o m o l o e s t uv o e l T [ ^ r ¡ i

n

L ^ ?

P

°

r C t Ó n q U C

ant igüedad, y part icularm ente Aqui les , fuero n co n-

fiados, en su niñez, al cen tau ro Chir on, para que

lo s cr iara y educara b ajo su disc ip l ina (7 ) . E st a

a lego r ía no s igni f i ca o tra co sa s ino que e l lo s tuv ie-

ro n po r P recepto r á un m aestro que era m itad b es-

t ia y m itad ho m b re; es dec i r , que un P r ínc ipe t iene

neces idad de sab er usar á un m ism o t iem po de una

y otra naturaleza; y que la una no podría durar si

no la aco m pañara la o tra .

D esde que un P r ínc ipe es tá en la prec is ió n de sa-

b e r o b r a r c o m p e t e n t e m e n t e s e g ú n l a n a t u r a l e z a d e

los brutos, los que él debe imitar son la zorra y

leó n entera m en te junto s . E l e jem plo del leó n no

b asta , po rque es te anim al no se preserv a de lo s la-

zos, y la zorra sola no es más suficiente, porque ella

no pued e l ib rarse de lo s lo b o s ( 8) . E s necesar io ,

pues, ser zorra para conocer los lazo s, y león para

espantar á lo s lo b o s (ó ); pero lo s que no to m an po r

( 7 ) E x p l i c a c i ó n q u e n a d i e h a b í a s a b i d o d a r a n t e s d e M a -

q u i a v e l o . G .

( . 8) T o d o e s t o n o e s s i n o m u y v e r d a d e r o e n l a a p l i c a c i ó n

s u y a q u e é l h a c e á l a p o l í t i c a . G .

b. Esta má xima era , según refiere P luta rco, la de a q uel fa moso

Lisa ndro q ue puso f in á la intermina ble guerr a del P eloponeso,

destruyó la demo cra cia en A tena s, é h iz o ta nta s esc la rec ida s con-

q uista s . C omo le a fea ba n e l h a be r logra do c iertos tr iunfos por

medio del fra ude y a rt i f ic io , respondió , r iendo, " q ue é l cre ía de-

ber a bra z a r la a stucia de la z orra , cua ndo prev eía no poder a cer-

tar fácilmente con la fuerza del león; ¡y que lo que no podía eje-



m o delo m as que e l leó n, no e n t i e n d e n su s i n t e r e -

s e s ( 9 ) .

Cu and o un P r ínc ipe do tado de prud encin , v e que

su f idel idad en las pro m esas s e c o n v i e r t e en perjui-

c io suyo , y que las o cas io nes que le determ inaro n

a hacer as no exis ten ya . no puede , y aun no deb e

guardar las , á no ser que él co ns ienta en perder-

se (

i

o ) .

O b s é r v e s e b i e n q u e si todos l o s h o m b r e s fueran

b ueno s , es te precepto ser ía m alí s im o ( r , ) ;

p e r o

co -

m o e l lo s so n m alo s ( , ) y

q u e n o o b s e r v a r í n n s u f e

c o n j e s p e c t o

á t {

» presenta ra la o cas ió n de ello.

(Q ) E l m o d e l o e s a d m i r a b l e si n e m b a r g o . G .

( 1 0 ) N o h a y o t r o p a r t i d o q u e t o m a r . G .

( 1 1 ) P ú b l i c a r e t r a c t a c i ó n de m o r a l i s t a . G .

cutars e p or medi os decentes, e r a m e n ^ » . 1,

ar ti f i c i o E ra el mi s mo L is a n d r o o " e X - f

a C e r l

°

C

° "

e l f r a u d e

-

v

los hombres con p alabras y p aramentos ™

q

"

e s e

d e t i e n e á

niños con huesecillos. (/« íacedeml

s e e n

t r e í í e n e á los

c. Nues tra nave cilla públ ica y privada ,1-

l l e n a de i mp erfecci ones . . . nues tro I r

M o

"

t a

' f í n e , e s t á

dades enfermi zas ; la ambi ci ón, celos l ¡ r

C , m o

"

t a d o c o

» cal i -

tición y desesperación viven con nos¿t ml .

Ve r

« "

u e n z a s

> supers-

s es .ón que la imagen s uya, s e rec on ocí t a^H -I"*

t a

" ,

n a t U r a l P

° '

verdaderamente con la crueldad, v i ci o i * . ' -

e

" .

l a s h e s t i a s

-

leza: p orque en medio de la comp as i ón ™ ? °

n t r a n o a l a

" a t u r a -

se qué agr i dulc e p unta de delei te ma ™ «

e n I o i n t e r i o r n o

lo s niños la sienten. El que quitYr- 5

e

"

v e r s u f r i r á o t r

«- 3

dades en el hombre, dest U ^ t ¿ "

E

'

M L L A S D E E

*

T A S

P>"opie-

nues tra vida. Del mismo m o do , en £ ? í

f

» »

da

« K » t a l c s d e

s a n o s , no solamente viles sino tambié n f

a y

°

f i c i

° t

n e c e

"

s u

lugar , y se emp i ean eu la unión 1»

s : l o s v , c , o s h

» "

a

n

venenos en la conservación de nue stra «al * ?*

ro ,r a

t« - como los

• aiiKi. Si ello s son excusa«

no es tás o b l iga do ya á guard ar les la tuya , cuand o

te v e co m o fo rzado á e l lo (12) . N unca le fa ltan m o -

t iv o s legí t im o s á un P r ínc ipe para co ho nestar es ta

i n o b s e r v a n c i a [ 1 3 ]

;

es tá auto r izada en a lgún m o do ,

po r o tra parte , co n una in f in idad de e jem p lo s ( d ) ;

y po dr íam o s m o strar que se co nc l uyó un s innm ero

(12) Par parí refertur.

( 1 3 ) T e n g o h o m b r e s i n g e n i o s o s p a ra e s t o . R . I .

bles, es porque son una necesidad nuestra, y que la necesidad co-

mún borra s u verdadera cal i dad; es menes ter dej ar j uzgar es ta

partida á los ciudadanos más vigorosos, y menos tímidos, que sa-

crific an su honor y conciencia, como aque llos otros antigu os sacri-

ficaron su vida por la salud de su país El bien público re-

quiere que se falte á la fe, se mienta y asesine ; demos esta comi-

sión á una s gente s más obedientes y flexibles."

Des p ués de un grande elogi o de la buena fe, p ros i gue Montai g-

ne: "N o qui ero p r i var a l engaño de s u p ues to, s er í a entender mal

del mundo. S é que él sirvió á menudo de provecho, y que ma ntie-

ne y alimenta las de las profesiones de los hombres. Ha y vicios

legí t i mos , como muchas acci ones ó buenas ó excus ables , i legí t i -

mas . La j us ti ci a , natural y un i vers al de s í , s e arreg la de otro

modo y más noblemente que esta otra justicia especial, nacional y

l i mi tada á la neces i dad de nues tras p ol i cí as . (Ensayos, 1. 3, c. 1)".

d, Maqui avelo hubi era p odi do hal lar muchos en la anti güedad.

N o ci temos más que uno de el los , refer i do p or P lutarco. Cuando

los gr i egos vaci laban en quebrantar s us tratados con Antí gono y

Cratero, des p ués de haber abrazado la l i ber tad que les habí a of re-

ci do aquel Archi damo, á cuyas acci ones y s abi du r í a s e d i eron s u-

mas alabanzas , des vaneci ó és te s us es crúp ulos con una ref lexi ón

cas i enteramente s emej ante. "L a ovej a , les d i j o, no t iene nun ca

mas que una s ola lengua; p ero el hombre no reci bi ó en balde la

facu ltad de tener muchas , d i ferentes las unas de las otras , y de

hacer us o de todas has ta que él haya acabado lo que ha emp ren-

di do hac er . " Al refer i rnos es te ras go Plutarco, añade que Archi -

damo que ría decir, con esto, que un Estado , ó su Prín cipe , pue-

den fal tar á su fe cuando ha llan uti lida d en ello ; y el f i lósofo

gr i ego conf i es a, en efecto, que no hay ani mal cuya voz p ueda va-

riarse tanto como la del hombre (P'tuf.. in f.acedem).



de fe l i ces tratad o s de paz, y se anularo n inf in i to s

em peño s funesto s po r la so la in f idel idad de lo s pr ín-

c ipes á su pala b ra [1 4 ] . E l que m ejo r supo o b rar

co m o zo rra , tuv o m e jo r ac ier to (e).

P ero es necesar io sab er b ien encub r ir es te ar t i f i -

c io so natura l y tener hab i l idad para f ingir y d is im u-

l a r ( 1 5 ) . L o s h o m b r e s s on ta n s i m p l e s , y s e s u j e -

tan en tanto grado á la neces idad, que e l que enga-

ña co n ar te , ha l la s iem pre gentes que se dejan en-

gañar (16 ) . N o quier o pasar en s i lenc io un e jem p lo

( 1 4 ) E n g e n e r a l , a u n s e h a l l a e n e s t o m á s b e n e f i c i o p a r a

l o s g o b e r n a d o s , q u e p o r o t r a p a r t e s e v e e s c á n d a l o . R . I .

( 1 5 ) L o s m á s h á b i l e s n o p u e d e n d i s p u t á r m e l e . E l P a p a

d a r á n o t i c i a d e e l l o . R . C .

( 1 6 ) M e n t í s a t r e v i d a m e n t e ; el m u n d o e s t á c o m p u e s t o d e

n e c i o s : e n t r e l a m u l t i t u d , e s e n c i a l m e n t e c r é d u l a , s e c o n t a -

r á n p o q u í s i m a s g e n t e s q u e d u d e n : y e l l a s 1 10 s e a t r e v e r á n

á d e c i r l o . R . C .

El f i lósofo M a bly , h a c ia e l f in del s ig lo pa sa do, confesa b a

q ue podía n sa ca rs e de esta s má xim a s de M a q uia v elo consecuen-

cias utües a la humanidad; y hé aquí lo que con arre glo á ello

a conseja ba a la s potenc ia s del segund o orden en su tra ta do de los

Principios de las negociaciones.

" L a s potencia s del segund o orden, pa ra h a cerse recomenda bles

dura nte la pa z , dec ía , t ienen interés en ma ntener la s div is iones

entre la s gra ndes potencia s , y l isonjea r sus pa siones; en a pa ren-

ta r toma r pa rte en sus mir a s por medio de dobles negocia c iones

dirigidas con finura y de un modo equívoco; y en da r espera nz a s

a toda s la s pa rtes , s in contra er no obsta nte esto n ingún empeño

decla ra do. Es v erda d q ue un P rínc ipe , con esta conducta , no se

conci l la la a mista d de la s potencia s super iores; pero esta a m ista d

le serla inút i l , y la s a c ostum bra á 110 pa sa rse s in é l "

" L a guer ra le es út i l , porq ue e l la le v a le v a rios subsidios; y la

paz que la termin a le se ra siemp re pr ovechosa , con tal qu e fiel

e n t e r a m e n t e r e c i e n t e . E l P a p a A l e j a n d r o V I n o

hizo nunca o tra co sa m ás que engañar á lo s o tro s ;

pensab a incesantem ente en lo s m edio s de inducir -

lo s á erro r ; y ha l ló s iem pre la o cas ió n d e po der lo

hacer ( 17 ) . N o hub o nunca n inguno que co no c iera

m ejo r e l ar te de las pro testac io nes persuas iv as , que

af i rm ara una co sa co n juram ento s m ás respetab les ,

y que a l m ism o t iem po o b serv ara m eno s lo que ha-

b ía pro m etido . S in em b argo , po r m ás co no c ido que

él es tab a po r un trapacero , sus enga ño s le sa l ían

b ien s iem pre á m edida de sus deseo s , po rque sab ía

dir igi r per fec tam ente á sus gentes co n es te es trata-

g e m a ( 1 8 ) .

N o es necesar io que un P r ínc ipe po sea to das las

v i r tudes de que hem o s hecho m enció n anter io rm en-

te; pero co nv ien e que é l aparente po seer las (/ ) .

Aun m e atrev eré á dec i r que s i é l las po see rea lm en-

te , y las o b serv a s iem pre, le so n pern ic io sas á v e-

ces ; en v ez de que aun cuando no las po seyera e fec-

( 1 7 ) E l l a s n o f a l t a n . R . C .

( 1 8 ) ¡ T e r r i b l e h o m b r e s i é l n o h o n r ó la t i a r a , e x t e n d i ó

b i e n á l o m e n o s s u s E s t a d o s ; y l e d e b e s u m o s f a v o r e s l a

S a n t a S e d e . L a h o r a d el c o n t r a p u n t o h a d a d o . R . I .

s iempre á sus má xim a s, tenga e l a rte poco dif íc i l de h a l la rs e , a l

f in de la guerra , e l a l ia do de la potencia q ue la h a ya h ech o con

m á s f o r t u n a . "

f. C a rlo s V decía s iempre, prometiendo: á fe de hombre de bien;

y h a cía después lo contra rio de lo q ue h a bía jura do.



t ivam ente, s i apa rent a pose erlas , l e son provecho-

sas ( 1 9) . Pu ed e s pare cer manso , f iel , hu man o, re-

l ig ioso, l eal , y au n ser lo (20) ; pero es menester re-

tener tu alma en tanto acu erd o con tu espír i tu , qu e.

en caso necesario , sep as variar d e u n mod o con-

trario.

U n Príncip e, y espec ialme nte u no nu evo, qu e

q u i e r e m a n t e n e r s e , d e b e c o m p r e n d e r b i e n q u e n o

le es posib le obse rvar en tod o, lo qu e ha ce mirar

como virtu osos á los hombres; su pu esto qu e á me-

nu d o, para conserva r el ord en en u n Esta d o, está

en la precis ión d e obrar contra su fe, contra las v ir-

tu d es d e hu manid ad , car id ad , y au n contra su rel i -

g ión (2 1) . Su espír i tu d eb e estar d ispu esto á vol -

verse segú n qu e los v ientos y variaciones d e la for-

tu na lo exi jan d e él ; y , como lo he d icho más arr iba,

á no apartarse d el b ien mientras lo pu ed e (22) , s ino

á saber entrar en el mal , cu and o hay necesid ad (g).

( 1 9 ) L o s n e c i o s q u e c r e y e r o n q u e e s t e c o n s e j o e r a p a r a

t o d o s , n o s a b e n l a e n o r m e d i f e r e n c i a q u e h a y e n t r e e l P r í n -

c i p e y l o s g o b e r n a d o s . R . I .

( 2 0 ) E n e l t i e m p o q u e c o r r e , v a l e m u c h o m á s p a r e c e r

h o m b r e h o n r a d o q u e s e r l o e n e f e c t o . R . I .

( 2 1 ) S u p u e s t o q u e t e n g a u n a . R . C .

( 2 2 ) M a q u i a v e l o e s s e v e r o . R . C .

g. El P rínc ipe , dice ta mbién M onta ign e, cua ndo una urgente

c ircuns ta ncia , y a lg ún impetuoso é inopina do a cc idente , de la ne-

D e b e t e n e r s u m o c u i d a d o en se r c ircu nspecto , para

qu e cu antas palabras salgan d e su b o c a , l l even im -

preso el sel lo d e las c inc o v irtu d es men cionad a s; y

qu e para qu e, tanto v iénd ole c o m o oyénd ole, l e

c r e a n e n t e r a m e n t e l l e n o d e b o n d a d , b u e n a fe , inte-

grid ad , hu m anid a d y rel ig ión (2 3 ) . Ent re estas

prend as no hay ningu na más necesaria qu e la ú l t i -

m a ( 2 4 ) . L o s h o m b r e s , e n g e n e r a l , j u z g a n m á s

por los o jos qu e por las manos; y s i pertenece á to-

d os el ver , no está mas qu e á u n c ierto nú mero el

tocar . C a d a u no ve lo qu e parec es ser; pero pocos

com pren d en lo qu e eres rea lmen te (25 ) ; y este cor-

to nú mero no se atreve á contrad ecir la opinión del

vu lgo qu e t iene, por ap oy o d e su s i lu siones, la ma-

j e s t a d d e l E s t a d o q u e l e p r o t e j e ( 2 6 ) .

En las accion es d e tod o s los hombres, pero es-

pecialmente en las d e los príncipes, contra lo s cu a-

les no hay ju ic io qu e implor ar , se consid era s imple-

( 2 3 ) E s e x i g i r m u c h o t a m b i é n , la c o s a n o e s t a n f á c i l ,

s e h a c e l o q u e s e p u e d e . R . C .

( 2 4 ) B u e n o p a r a s u t i e m p o . R . C .

( 2 5 ) ¡ A h a u n c u a n d o e l l o s lo c o m p r e n d i e r a n R . C .

( 2 6 ) E s t o e s c o n l o q u e y o c u e n t o . R . I.

cesida d de su E s t a d o , le h a c e t o r c e r su p a l a b r a y f e , ó de otro

modo le ech a fuerz a de su ordina rio deber, d e b a a t r i b u i r esta ne-

cesida d á un golpe de la ir a d i v i n a . . . . L e era prec iso h a cerlo;

p e r o si lo h iz o s in pesa r, y no le p erjud ica e l h a cerlo , seña l de

qu e su conciencia está en mil los términos. (I b ide m).



m enre e l f in que e l lo s l lev an. D ed iqúese , pues , e l

P r ínc ipe á superar s iem pre las d i f i cultades , y á co n-

serv ar su E sta do . S i sa le co n ac ier to , se ten drán

po r ho nro so s s iem pre sus m edio s , a lab án do les en

to das partes (A); e l v ulgo se deja s iem pre co ger po r

las exter io r idades , y seduc ir del ac ier to (2 7) . Aho -

ra b ien , no hay cas i m as que v ulgo en e l m undo ; y

e l co r to núm ero de lo s espír i tus penetrantes que en

el se encuentra , no dice lo que v is lum b ra, hasta que

el sinnúmero de los que no lo son no sabe ya á qué

a t e n e r s e ( 2 8 ) .

H a y un P r ínc ipe en nuestra era que no p redica

nunca m ás que paz, n i hab la m ás que de la b uena

fe; y que, á observar él una y otra, se hubiera visto

qui tar m ás de una v e z sus do m inio s y e s t im ació n,

•rero^creo que no conviene nombrarle (/).

z ó n Y i L í r R ' f

m P r e

'

¡ m P

°

r t a C Ó m

° ;

t e n d r e i s

ra -

( 2 8 ) ¡ F a t a l y m i l v e c e s fa t a l r e t i r a d a d e M o s c o w E .

// . Salus ti o decí a tambi én que "Cuanto

una domi naci ón, era decente- v oue ñn i ^ i f

p a r a r e t e n e r

mas que a s u mala fe y p er f i d i as . Cap o les y N av arra

C A P I T U L O X I X

E L P R Í N C I P E D E B E E V I T A R S E R D E S P R E C I A D O

Y A B O R R E C I D O

H a b i e n d o h e c h o m e n c i ó n d e s d e l u e g o d e c u a n t a s

prend as deb en ado rn ar á un P r ínc ipe , quiero , des-

pués de . hab er hab l ado d e las m ás im po rtantes , d is -

curr ir tam b ién so b re las o tras , á lo m eno s b rev e-

m ente y de un m o do general , d ic iendo que e l P r ín-

c ipe deb e ev i tar lo que puede hacer le o dio so y

desprec iab le (1 ) . Ca da v ez que é l lo ev i te , hab rá

cum plido co n su o b l igac ió n, y no hal lará pel igro

ninguno en cualquiera o tra censura en que pueda

incurrir (2).

Lo que m ás que n inguna co sa , le har ía o dio so ,

sería como lo he dicho, ser rapaz, usurpar las pro-

piedade s de sus go b erna do s , ro b ar sus m u jeres : y

deb e a b stenerse d e e l lo (3) . S iem pre que no se qui -

[ 1 ] N o t e n g o q u e t e m e r e l m e n o s p r e c i o . H i c e g r a n d e s

c o s a s : m e a d m i r a r á n á p e s a r s u y o . E n c u a n t o al o d i o , le

p o n d r é v i g o r o s o s c o n t r a p e s o s . R . C .

[2 ] E s t o m e e s n e c e s a r i o . R . C .

[

3

] Est modus in rebus. R . C .



m enre e l f in que e l lo s l lev an. D ed iqúese , pues , e l

P r ínc ipe á superar s iem pre las d i f i cultades , y á co n-

serv ar su E sta do . S i sa le co n ac ier to , se ten drán

po r ho nro so s s iem pre sus m edio s , a lab án do les en

to das partes (A); e l v ulgo se deja s iem pre co ger po r

las exter io r idades , y seduc ir del ac ier to (2 7) . Aho -

ra b ien , no hay cas i m as que v ulgo en e l m undo ; y

e co rto núm ero de lo s espír i tus penetra ntes que en

e se encuentra , no dice lo que v is lum b ra, h asta que

el sinnúmero de los que no lo son no sabe ya á qué

a t e n e r s e ( 2 8 ) .

H a y un P r ínc ipe en nuestra era que no p redica

nunca m ás que paz, n i hab la m ás que de la b uena

fe; y que, á observar él una y otra, se hubiera visto

qui tar m ás de una v e z sus do m inio s y e s t im ació n,

•rero^creo que no conviene nombrarle (/).

z ó n Y i L í r R ' f

m P r e

'

¡ m P

°

r t a C Ó m

° ; * t e n d r é i s r a -

( 2 8 ) ¡ F a t a l y m i l v e c e s fa t a l r e t i r a d a d e M o s c o w E .

//. Salus ti o decí a tambi én que "Cuan to h e -

rnia dominaci ón. era decente- v ane ñn i ^ i f

p a r H r e t e n e r

mas que a s u mala fe y p er f i d i as . cap ole s y N av arra

C A P I T U L O X I X

E L P R Í N C I P E D E B E E V I T A R S E R D E S P R E C I A D O

Y A B O R R E C I D O

H a b i e n d o h e c h o m e n c i ó n d e s d e l u e g o d e c u a n t a s

prend as deb en ado rn ar á un P r ínc ipe , quiero , des-

pués de . hab er hab l ado d e las m ás im po rtantes , d is -

curr ir tam b ién so b re las o tras , á lo m eno s b rev e-

m ente y de un m o do general , d ic iendo que e l P r ín-

c ipe deb e ev i tar lo que puede hacer le o dio so y

desprec iab le (1 ) . Ca da v ez que é l lo ev i te , hab rá

cum plido co n su o b l igac ió n, y no hal lará pel igro

ninguno en cualquiera o tra censura en que pueda

incurrir (2).

Lo que m ás que n inguna co sa , le har ía o dio so ,

sería como lo he dicho, ser rapaz, usurpar las pro-

piedade s de sus go b erna do s , ro b ar sus m u jeres : y

deb e a b stenerse d e e l lo (3) . S iem pre que no se qui -

[ 1 ] N o t e n g o q u e t e m e r e l m e n o s p r e c i o . H i c e g r a n d e s

c o s a s : m e a d m i r a r á n á p e s a r s u y o . E n c u a n t o al o d i o , le

p o n d r é v i g o r o s o s c o n t r a p e s o s . R . C .

[2 ] E s t o m e e s n e c e s a r i o . R . C .

[

3

] Est modus in rebus. R . C .



2 Y

° M A Q U I A V E L O C O M E N T A D O

tan á la gener a l idad de lo s ho m b res su pro pieda d

m ho no r , v iv en e l lo s co m o s i es tuv ieran co ntento s ;

y no hay que preserv arse ya m as que de la am b i-

c ió n de un co rto núm ero de sujeto s ¿pero lo s repr i -

m e uno co n fac i l idad (4 ) y de m uch o s m o d o s?

Un P r ínc ipe cae en e l m eno sprec io , cuando pasa

po r v ar iab le , l i jero . a fem inado , pus i lánim e, i r reso -

luto la } . P o n ga pues sum o cuidado en preserv arse

de una sem ejante reputac ió n co m o de un esco l lo - é

ingeníese para q u e en sus acc io nes se adv ier ta gran-

deza . v a lo r , grav edad y fo r ta leza [ 5 ] . C u a n d o é l

pro nuncie so b re la s tram as de sus go b ern ado s , deb e

querer que su senten c ia sea i r rev o cab le [ ó l U l t i -

m a m e n t e . e s m e n e s t e r q u e él los m antenga en una

tal opinión de su genio, que ninguno de ellos tenga

m aun e l pensam iento de engañar le , ni e x t r a m p a r -

íe L7J. E l P r inc ipe no hace fo rm ar s e m e j a n t e co n-

M N o t a n f á c i l m e n t e R I

Í 5 ] ' I n g e n i a r s e ¡ i m p o s i b l e ' r ,

) l n

j

c o n e l l o . E . c u a n d o n o s e h a e m p e z a d o

p e r d ó

-

á

-

a• D e s p r e c i a b a n á V i t e l i o h n t r . ^

p a s a b a él r e p e n t i n a m e n t ee S o S ' ^

e m í a n

'

á

de q u e

SHbi is offensis aut á / « / , S í

S

,

a l a s

c a r i c i a s : Vitellimn

bant, metuebantque , etc. (Tácit ^S »»''abilem contemne-

2 81

cepto de s i es m u y es t im ado ; y se co nspira di f í c i l -

m en te co ntra e l que go za de una grand e es t im a -

c ió n [ 8 ] . Lo s extra njero s po r o tra parte no le

atacan co n gusto , co n ta l s in em b argo que é l sea

un excelente P r ínc ipe y que le v eneren sus go b er-

nado s .

Un P r ínc ipe t iene do s co sas que tem er , es á sa-

b er : L

p

, en lo inter io r de su es tado , a lguna reb el ió n

po r parte de sus súb di to s ; y 2? , po r a fuera , un ata-

que po r parte de a lguna po tenc ia v ec ina . S e preca-

v erá co ntra es te segundo tem o r co n b uenas arm as ,

y so b re to do co n b uenas a l ianzas que é l co nseguirá

s iem pre s i é l t i ene b uenas arm as [9 ] . P ue s b ien ,

cuan do las co sas exter io res es tán asegu radas , lo es-

tán tam b ién las inter io res , á no ser que las haya tur-

b a d o y a u n a c o n ju r a c i ó n [ 1 0 ] . P e r o a u n c u a n d o s e

m ani fes tara en lo exter io r a lguna tem pestad co ntra

el P r ínc ip e que t iene b ien arre glada s las co sas inte-

riores, si ha vivido como lo he dicho, con tal que no

le ab ando nen lo s suyo s (11 ) , so stendrá to da espec ie

de ataque de a fuera , co m o ha m o strado que lo hizo

N a b i s d e E s p a r t a .

[8 ] H a y s i e m p r e v a l a n t o n e s q u e n o le e s t i m a n . E .

[9 ] H e d a d o a d m i r a b l e s p r u e b a s d e e s t o , y m i c a s a m i e n -

t o l e s e c h ó e l c o l m o . R . I.

[ t o ] D e s t r u í l a s q u e s e p r e s e n t a r o n . R . I .

[ n ] L e s t e n d r é l a r i e n d a f ir m e y a p r e t a d a . R . C .



S in em b a rgo , co n respecto á sus go b e rnado s , aun

en e l caso de no m aqu inarse nada po r a fuera co ntra

el , po dr ía tem er que, en lo inter io r , se co nspira se

o cultam ente . P er o pued e es tar -seguro de . que no

acaecerá e s to , s i ev i t a ser desp rec iad o v ab o rrec i do .

v s , hace a l pueb lo co ntento co n su go b ierno : v en-

ta ja esenc ia l que ha y que lo grar, co m o lo he dich o

m u y p o r e x t e n s o a n t e s ( *

2

). . •

U n o d e l o s m á s p o d e r o s o s p r e s e r v a t i v o s q u e :

H

P rinc ip e pueda ten er co ntra las co njur ac io ne s , es

pues e l de no ser ab o rrec id o n i m en o sprec iado -p o r

la univ ers idad de sus go b e rnad o s; po rqü e e l co ns-

pirado r no se a l ienta m ás que co n la e speran za de .

c o n t e n t a r a l p u e b l o h a c i e n d o p e r e c e r a l - P r í n c i p e

J j

P e r

°

C U 3 n d o é l t i e n e

m o tiv o s para creer que

o fender ía con e l lo a l pueb lo , la am pli t ud necesar ia

de v a lo r para co n sum ar su aten tado le fa lta , v i s to

que so n inf in i tas las d i f i cultades que se presentan á

lo s co njurado s ( i

4

) .

L a e x p e r i e n c i a n o s e n s e f l

h u b o m u c h a s c o n j u r a c i o n e s , y

q u e

po cas tuv iero n

b uen éxi to ; po rque no pudien do ser so lo é l q ue

- - p i r a , n o p u e d e a s o c i a r s e m á s q u e á l os q u e c r e e

[12] Machaquería. R. I.

M N o e s l o q u e s e e x a m i n a c o n r e s p e c t o

á m í

. R .

C

H 4 J M e a q u i e t a s . R . C .

V

' L ' O R N A I ' U T . K Ó N 2 8 3

desco ntento s [1 5] . P ero , po r es to m ism o que é l ha

descu b ier to su des ignio -á uno de e l lo s (16 ) , le ha

dad o m ate r ia para co ntentarse po r s í m ism o , su-

puesto -que- rev elan do .a l P r ínc ipe la t ram a que se le

ha. co nf iado , , puede esperar és te to das espec ies de

v e n t a j a s ( é j . V i e n d o , p o r u n a p a r t e s e g u r a l a g a -

nancia (17); y po r o tra , no hal lándo la m ás que du-

do sa y l lena de pel igro s (18); ser ía m enester que é l

fuera para el que le<ha iniciado en la conspiración,

un am ig o co m o se v en po co s , ó b ien un enem igo

enteram ente i r reco nc i l iab le del P r ínc ipe , s i tuv iera

la pa lab ra que dió {c) .

[ 1 5 ] . S e l e e o h a un h e r m a n o í a l s o ; - y d e S p u é s s e d a u n

i p r o v i d e n c i ó n . R . C .

i - [ 1 6 ] E s p e c i a l m e n t e s i l e h e ' c o m p r a d o d e a n t e m a n o .

R . C .

> • •> C1 7] ' P u e d e c o n t a r c o n u n b u e n p r e m i o . R . C .

4 . 18 ) Q u e t e m e r - t o d o p o r u n a ; p a r t e , y q u e g a n a r l o t o d o

p o s o t r a . R . C .

ó . Tá cito t ía un nota b le e jemplo de esto en a q uél V ol us io P ró-

culo , q ue fué á dela ta r á Nerón, una mujer q ue le insta ba á v en-

ga r se de é l . No lo h a bí a so l ic i ta do e l la , ma s q ue porq ue h a bia

sa bido de él mismo q ue se h a l la ba m uy irri ta d o de q ue Nerón le

h a bía recompensa do n ia l por e l a sesina to de A gripina - ' " I s mu-

l ieri , dúm merita engá Neronem sua , e t q uá m in inrítum cec idis-

sent a perit , a djeeitq ue q uestus, e t dest ina t ionem v indictoe s i fa -

cul ta s oriretur, spem dedit posse impel l i- Erg ó Epi ch a ris p lu ra :

et omnia sce lera princip is orditur. A o cinge retur modo na v a re ope-

ra m et mil i tum a ccerima s ducere in pa rtes , a c digna p ret ia ex-

specta ret . U nde P rocul i , indic ium irri tum fuit q ua mv is ea , q uoe

a udiera t a d Neronem detul isset ." (Ann. /j).

c . M a q uia v elo di jo sobre esta ma ter ia en otra p a rte : " E s me-

nester que la amistad del cómplice sea muy fuerte.- si el peligro á



P ara reduc ir la cuest ió n á p o co s térm ino s , d igo

que del lado del co nspirado r no hay m ás que m ié

do , ce lo s y so specha de una pena que le a tem o ri -

za ( d ) ; m ientr as que, del lado del P r ínc ipe , hay.

para pro te jer le . la m aje stad de su so b eranía . la ¡

leyes , la defensa de lo s am ig o s v del E st ado ( 19 )

:

de m o do que s i á to do s es to s preserv at iv o s se aña-

de la b enev o lenc ia del pueb lo , es im po sib le que

ninguno sea b astante tem erar io para co nspirar (20).

S i to do co nspirado r , antes de la e jecuc ió n de su

tram a, es tá po seído co m unm ente del tem o r de sa-

l ir m al , lo es tá m ucho m ás en es te caso ; po rque de-

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rCCe t0daVÍa mayor

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d. T á c i t o n o tó , e n r l l í h u J » .

cer malogrars e una cons p i raci ón E s

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» á n t o

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l e

ha -

dad de la que no se • / , '

e l d e s e o d e l a

'mp uni -

que no

sea siempre

¿ S H O T I O « ^ H *

8

^ " - *

s ó l i d a

™ e n t e

para

cupido, magnis scm^r £

randes

j i m i o s : Impunitatis

2?, el temor que U e g f á i * ^ " P

romhsa

»npunitas;

la lenti tud de la ej ecuci ón d es p eranza, epes ct metus; 3''-

rum pertoesa; 4 ? , e l m e d n H V

A c c c n

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l e r

" conjúralos lenlitudinis co-

59, los celos : porque p l ™ ^

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C u b l e r t o :

proditionis;d e c a mp o m á f q u e L r

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no, ó que el Cón s ulV es ti n n -

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ha c er un K ^ l Z T T r ^ ^ ¡ T ^ l ?

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q u e s e m a n i f ie s t a n e n l a v E i ' , .

d , h c

'

l t a d

ef ní as graves

rum; 7o, la codi ci a del S ' " . ej ec uci ó n: Pridic insidia-

s e e st á d e v e rl e g a n t d o X ^ o * ¡ " qu i e tu d e n q u e

o t r o

' dej ándos e anti ci p ar : Mullos ads-

b e tem er tam b ién, aun cuando é l t r iunfara , e l tener

po r enem igo a l pueb lo (21); po rque no le quedar ía

refugio n inguno ento nces .

P o dr íam o s c i tar so b re es te part icular una in f in i -

dad de e jem plo s (22); pero m e c iño á uno so lo ,

cuy a m em o ria no s transm it iero n nue stro s padres .

S i e n d o P r í n c i p e d e B o l o n i a M o s s e n A n i b a l B e n t i -

v o gl io , ab ue lo de D n. An ib al de ho y día , fué ases i -

n a d o p o r l o s C a n n u c h i s [<?], á co nt inuac ió n de una

co njurac ió n ; y es tando to dav ía en m anti l las su hi jo

( 2 1 ) ¡ E l p u e b l o ¿ n o e s i n g r a t o , y n o s e p o n e s i e m p r e

d e l l a d o d e l q u e t r i u n f a , e s p e c i a l m e n t e c u a n d o é s t e l e d e s -

l u m h r a ? R . I .

( 2 2 ) E l a f e m i n a d o e s p í r i t u d e n u e s t r a e d a d n o p e r m i t e

y a q u e e l l o s s e r e n u e v e n . R . C .

titisse qui cadcm viderint; ni/til profuturnui unins silentiuvi. At

proemia penis unum fore qui indicio proevenisset; el secreto del al-

ma del conspirador puede por otra parte haberse descubierto con

la alteración de su fisonomía^ 3'embarazo de su planta: ípse moes-

lus, el magno e cogitationis manifestus eral; 8' ' , la imprudencia

como la de hacer ci er tos p rep arati vos d elante de los cr i ados , dar-

les á aguzar p uñales , etc. : Pugionem adspirari saxo, ct in tnucro-

nem ardescere jussit: lo que hace sospech ar la emp resa que va á

hacers e: arreptis suspicionibus de consequentibus; 9"?, la perspectiva

del s up li ci o: Tormentorum aspectus ac tninoe; 10' ' . la creencia de

que algun os cóm plices lo han revelado todo, y que es en ba lde

guardar s i lenci o: Cuneta am

pat.efac.ta

crcdent, nec ttUutu silentii

cmolumentuM, edidii' cocieras. A ñádas e á esto la cas uali dad que

domi na con harta f recuenci a en es ta es p eci e de negoci os : el Conde

de Leicester malogró la empresa de Leiden con el solo motivo de

que habiendo sido preso por deudas uno de los conjurados, é ima-

ginándose los más de los otros que era porque algunos de ellos los

había descubierto, tomaron la huida.

c. Familia rival de la de Bentivoglio, en el año de 1445.



único , M o ssen J uan, no po día v engar le ; pero e l pue-

b lo se sub le v ó inm e diatam ente co ntra lo s ases ino s

y lo s m ató atro zm ente . Fu é un efec t o natura l de la

b enev o lenc ia po pular que la . fam i l ia de B ent iv o gl io

s e . h a b í a g a n a d o p o r a q u e l l o s t i e m p o s e n B o l o n i a .

Kst a b enev o lenc ia fu é tan grande, que, no teniendo

ya la c iudad á perso na n inguna

,

de es ta casa qu e,

•á la m uerte de Aníb al , pudiera . regi r e l E s tad o ; y

hab ien do sab ido Los c iudadano s , que exis t ía en Flo -

renc ia un descendiente-de la m ism a fam i l ia que no

era m irado a l l í m ás que co m o un hi jo de un trab a-

jado r , fuero n en b usca suya, y le co nf i r iero n e l go -

b ierno de su c iud ad, que é l go b ern ó efec t iv am e nte

hasta que M o ssen J uan hub o es tado en eda d de go -

b ernar , po r s í m ism o [23 ].

Co n c luy o de to do .el lo , que un P r ínc ipe deb e in-

quietarse po co de las co nspirac io nes cuando le t iene

b uena v o luntad e l pueb lo [24 ], ; pero cuando és te le

es co ntrar io y le ab o rrece , , t i ene m o tiv o s .de tem er

en cualquiera o cas ió n, y . ,po r parte d e cada indiv i -

d u o [ 2 5 ] .

Á 2 3 ) ¡ S i f u e r a n c a p a c e s d e k á h a c e r u n a c o s a s e m e j a n t e

«non E. "

Va

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d G V e n Í f m e á b u s C a r C a , n

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^ h a d i c h o q u e l o s

h o m b r e s e r a n m a l o s . R . 1 .

<>25 K1 su eñ o huy e lej os de mí. R. 1.

Lo s E stado s b ien o rden ado s y lo s P r ínc ipes sa-

b io s cuidaro n s iem pre de no desco ntentar á lo s

grandes hasta e l grado de reduc ir lo s á la desespe-

rac ió n (26 ), co m o tam b ién de tener co ntento a l pue-

b lo (27) . E s una de las co sas m ás im po rtant es que 1

el P r ínc ipe deb e tener en su m ira . Uno de lo s re ino s

b ien o rdenado s y go b ernado s de nuestro s t iem po s ,

es el de Fran c ia . S e hal la a ll í una in f in idad de¡b ue-

no s es tatuto s , á lo s que v an unidas la l ib er tad del

pueb lo y la segur idad del R ey. E l pr im ero es e l

par lam ento y la am p li tud de su auto r idad (28).

Co no ciendo e l fundado r del ac tual ' o rden de es te

reino, la ambición é insolencia de <los grandes, y

juzgando que erá prec iso po ner les un freno que pu-

diera co nten er lo s ; sab ien do po r o tra parte cuánto

lo s ab o rrec ía el pueb lo á c ausa del m iedo que les

tenía , y deseando s in em b argo so segar lo s , no quiso

que es te do b le cuidado quedase á cargo part icular

( 2 6 ) P e r o lo s g r á n d e s q u e m e v i o b l i g a d o ' á h a c e r , s e

p o n e n f u r i o s o s c u a n d o c e s o u n i n s t a n t e d e . c o l m a r l o s d e

bi enes . R. 1 .

( 2 7 ) N o p u e d e a q u i e t a r á e s t o s a m b i c i o s o s m á s q u e d e s -

c o n t e n t a n d o a l p u e b l o . R . 1.

( 2 8 ) L l e v a s r a z ó n e n a d m i r a r t e d e e s t o ; p e r o e r a m e n e s -

t e r d e s t r u i r l o p a r a c o n s e g u i r l a d e s t r u c c i ó n d e l t r o n o d e l o s

B o r b o n e s , s i n l a q u e e n r e s u m i d a s c u e n t a s , n o h u b i e r a p o -

d i d o e r i g i r s e e l m í o . H a r é y o e l m i s m o e s t a t u t o , l o m á s

p r o n t o q u e m e se a p o s i b l e . R . 1 .



2 88

M A Q U I A V K I.O CO M E N T A D O

d el Re y . A fin d e qu itar le esta carga qu e él pod ía

repart ir con los gran d es, y d e favo recer al m i s m o

t i e m p o á los gra nd e s y pu eblo , se estableció por

ju ez u n tercero qu e s in qu e el monarca su fr iese v ino

á reprimir á los grand es y favorecer al pu eblo (29) .

No pod ía imaginarse d isposic ión ningu na más pru -

d ente, ni un mejo r med io d e segu rid ad para el R e y

y reino. De d u c irem os d e el lo esta nota ble conse-

cu encia: qu e lo s P r í n c i p e s d e b e n d e j a r á o t r o s la

d isposic ión d e las cosa s od iosas (/ ) , reser vánd o se

á s í mismos las d e gr acia (3 0); y conc lu yo d e nu evo

qu e u n Príncip e d e be est ima r á los grand es, pero

no hacerse aborrecer d el pu eblo .

C r e e r á n m u c h o s q u i z á s , c o n s i d e r a n d o la v id a y

m u e r t e d e d i v e r s o s E m p e r a d o r e s r o m a n o s , q u e h a y

ejem plos contrarios á esta opinión, su pu esto qu e

hu bo u n c ierto Emperad or qu e perd ió el imperio , ó

fu é asesinad o por los su yos conju r ad os contra él ;

a u n q u e s e h a b í a c o n d u c i d o p e r f e c t a m e n t e , y m o s -

[ 2 9 ] ¡ A d m i r a b l e R . I.

( 3 0 ) E n e l a c t u a l e s t a d o s e d i r i g e n á é l t o d a s l a s c o s a s

d e r i g o r ; y s u s M i n i s t r o s s e r e s e r v a n t o d a s l a s g r a c i a s m e -

n u d a s : á la s m il m a r a v i l l a s . E .

f . Xenofonte h a b ía da do el m i s m o c o n s e j o : " C u a n d o s e t r a t a de

imponer p e n a s , e l P r í n c i p e debe delega r e l c u i d a d o de e l lo á ot ros;

pero cua ndo de premios y dá di v a s, só lo é l debe d i s t r i b u i r l o s . "

Viro Principi, ubi panarum res est, alus id delegandum: ubi proe-

mioruut aut munerum. ipsi obcunduvi.


t r a d o m a g n a n i m i d a d . P r o p o n i é n d o m e r e s p o n d e r á

s e m e j a n t e s o b j e c i on e s , e x a m i n a r é l a s p r e n d a s d e

estos Emperad ores, mostrand o qu e la cau sa d e su

ru ina no se d i ferencia d e a qu el la mism a con tra la

qu e he qu erid o preservar á mi Prín cipe ; y haré to-

mar en consid eración c iertas cosas qu e no d ebe n

omitirse por los qu e leen las h istorias d e aqu el los

t iempos (3 1) .

M e b a s t a r á t o m a r á l o s E m p e r a d o r e s q u e s e s u -

ced ieron en el Im perio d esd e Mar co el f i losofo hasta

Max imino, es d ecir . Marco Au rel io , C óm od o su

h i jo , P e r t in a x , j u l i a n o , S é p t i m o S e v e r o , C a r a c a l l a

su hi jo , Macrino, H el iogába lo , Ale jan d ro Sev ero y

M a x i m i n o .

N ó t e s e p r i m e r a m e n t e q u e e n p r i n c i p a d o s d e o t r a

especie qu e la d e el los, no hay qu e lu char ape nas

más qu e contra la ambición d e los gran d es é inso-

lencia d e los pu eblos; pero qu e los Em per ad o res

romanos tenían ad emás u n tercer obstácu lo qu e su -

perar, es á saber, la crue ldad y avaric ia de los sol-

d ad os: lo cu al era tan d i f icu l tu oso [3 2] qu e mu chos

se d esgraciaron en el lo . No es fáci l efe ct iva me nte

el contentar al mism o t iempo á los so ld ad os y pu e-

blo , porqu e los pu eblos son ene migo s d el d e scanso,

( 3 1 ) O u e n o s e l e e n m á s q u e c o m o n o v e l a s . R . C .

( 3 2 ) N o l o s é s i n o m u c h o . R . I .



y lo s on p or e s t o m i s mo los Pr í nci p e s c u ya a mb i -

ci ón e s mo d e r a d a (3 3 ) ; mi e nt r a s qu e los s o ld a d o s

quieren un Príncipe que tenga el espíritu marcial, y

qu e s e a i ns ole nt e , cr u e l v r a p a z ( g) . La volu nt a d

d e los d e l I mp e r i o e r a q u e e l s u yo e j e r ci e r a e s t a s

fu ne s t a s d i s p os i ci one s s obr e los p u e blos , p a r a t e ne r

una paga doble, y dar r ienda suelta á su codicia y

a va r i ci a (3 4) ; d e lo cu a l r e s u lt a ba qu e los Em p e r a -

d or e s qu e no e r a n r e p u t a d os com o ca p a ce s d e i m

p one r r e s p e t o á los s o ld a d o s y p u e blo (3 5) , qu e d a -

ba n ve nci d o s s i e mp r e . Lo s má s d e e llos , e s p e ci a l -

e s ) M i e m b a r a z o e s e x t r e m a d o ; y r io e s m e n e s t e r i m p u -

t a r m e á m í , m i a m b i c i ó n g u e r r e r a , s i n o á m i s s o l d a d o s y

G e n e r a l e s q u e m e l a c o n v i e r t e n e n u n a p r i m e r a n e c e s i d a d .

M e m a t a r í a n e l l o s s i y o l e s d e j a r a m á s d e d o s a ñ o s s i n p r e -

s e n t a r l e s e l c e b o d e u n a g u e r r a . R . I .

( 3 4 ) A e l l o m e o b l i g a n p o r l o s m i s m o s m o t i v o s . L o s

s o l d a d o s s o n l o s m i s m o s e n t o d a s p a r t e s , c u a n d o u n o d e -

p e n d e d e e l l o s . R . I .

( 3 5 ) H e l o g r a d o h a c e r u n o v o t r o ; p e r o n o b a s t a n t e t o -

d a v í a . R . I .

"H ab ía al g u no s á qu ie ne s l a me mo ria d e Ne ró n, y e l d e se o

d e l a re no vac ió n d e l a ant ig u a l ic e nc ia inf l am ab an, " d ic e Tác i to :

E rant qu o s me mo ria Ne ro nis , ac d e s id e r iu m p rio r is l i c e nt ic e

a c c e n d e r e t . " ( T a c i t . Hist. 1 . ) Gal b a p e rd ió e l imp e rio y la v id a

p o r habe r d ic ho qu e é l no asp ira ba á c o mp rar e l afe c to d e l o s so l -

^ ° ? '

s l

.

n o a

to mar su s p e rso nas : "L e g i a se mi l i te s , no n e m i-

tas/ ' . 1 . ) ; c omo tambié n p o r habe r u sad o d e u na se ve r id ad d e d is -

c ip l ina qu e Ne ró n habí a d e jad o p e rd e r e n l a l ic e nc ia: "No c .u i t

a n t i q u u s r i g o r , e t n i m i a s e v e r i t a s c u i j a m p a r e s n o n s u m u s . . . . . .

be ve n tas e ju s ang e ba t c o asp e man te s ve te re m d isc ip l inam, atqu e

• qvatu o rd e wm an ms a Ne rone assu e fac to s , u t hau d minu s v i t ia

p r inc ip u m amare nt qu am o l im vir tu te s ve re bantu r ." (H i s t 1 )

me nt e los qu e ha b í a n s u bi d o á la s ob e r a ní a como

Pr í nci p e s nu e vos , conoci e r on la d i f i cu l t a d d e conci -

l i a r e s t a s d os cos a s , y a br a za ba n e l p a r t i d o d e con-

t e nt a r á los s o ld a d os (3 6) , s i n t e me r mu cho e l o fe n-

der al pueblo; y casi no les era posible obrar de otro

mod o (3 7 ) . N o p u d i e nd o los P r í nci p e s e vi t a r e l

s e r a bor r e ci d os d e a lgu nos (3 8 ), d e be n , e s ve r d a d ,

e s for za r s e a nt e t od a s cos a s á no s e r lo d e l nú me r o

ma y or ; p e r o cu a nd o no p u e d e n cons e gu i r e s t e fi n,

d e be n i nge ni a r s e p a r a e vi t a r , co n t od a e s p e ci e d e

e x p e d i e n t e s , e l od i o d e s u c la s e qu e e s má s p od e -

r os a (3 9) .

A s í , p u e s , a qu e l los Emp e r a d or e s qu e con e l mo-

t i vo d e s e r Pr í nci p e s nu e v os , ne ce s i t a ba n d e e x -

t r a or d i na r ios fa vor e s , s e a p e ga r on con m u cho má s

gu s t o á los s o ld a d os qu e a l p u e blo; y e s t o s e con-

ve r t í a e n be ne f ic i o ó d a ño d e l Pr í nci p e , s e gú n qu e

é l s a bí a ma nt e n e r s e con u na g r a n d e r e p u t a ci ón e n

e l conc e p t o d e los s o ld a d os (4 0) . T a le s fu e r on la s

( 3 6 ) N o e s m e n e s t e r d e s e n t e n d e r m e d e e l l o : t o d a v í a m e

h a l l o e n e l m i s m o c a s o , b a j o t o d o s l o s a s p e c t o s . R . I .

( 3 7 ) E s t a e s m i d i s c u l p a á l o s o j o s d e l o s v e n i d e r o s .

R. I .

( 3 8 ) N o e s s i n o m u c h a v e r d a d . R . I .

( 3 9 ) E s s i e m p r e el E j é r c i t o , c u a n d o e s t a n n u m e r o s o

c o m o e l m í o . R . I .

( 4 0 ) H a c e r l o t o d o p a r a e s t o : m e v e o f o r z a d o á e l l o . R . I .



2

9 2 M A Q Ü I A V E L O C O M E N T A D O

cau sas qu e hic ieron qu e Pert inax y Alejand ro, au n-

q u e e r a n d e u n a m o d e r a d a c o n d u c t a , a m a n t e s d e

la ju st ic ia , en emig os d e la cru eld ad , hu m anos y

bu enos (4 1) , as í com o Marco (Au rel io) , cu y o f in

fu é fel iz , tu vieron sin emb argo u no m u y d esd icha-

d o ( 4 2 ) . U n i c a m e n t e M a r c o v iv i ó y m u r i ó m u y

v e n e r a d o , p o r q u e h a b í a s u ce d i d o a l E m p e r a d o r p o r

d erecho hered itar io , y no estaba en la necesid ad d e

portarse como si é l lo d ebiera á los so ld ad os ó pu e-

blo (4 3 ) . Est and o d ota d o por otra parte d e mu -

chas v irtu d es qu e le hacían respetable, contu vo has-

ta su muerte,- al pue blo y sold ado den tro de unos

ju stos l ímites , y no fu é aborrecid o ni d esp recia d o

j a m á s ( 4 4 ) .

P e r o c re a d o P e r t i n a x p a ra E m p e r a d o r c o n t r a la

volu ntad d e los so ld ad os qu e, en el imperio d e C ó-

mod o, se habían habitu a d o á la v id a s i lenciosa, y

habiend o qu erid o red u cir los á u na d ecente v id a qu e

se les hacía insoportable (45 ) enge nd ró en el los

( 4 1 ) V i r t u d e s i n t e m p e s t i v a s , e n e s t e c a s o . E s d i g n o d e

c o m p a s i ó n e l q u e n o s a b e s u b s t i t u i r l a s v i r t u d e s p o l í t i c a s

d e l a c i r c u n s t a n c i a . R . I .

[ 4 2 ] E s t o d e b í a s e r ; y l o h u b i e r a y o p r e v i s t o . R . I .

( 4 3 ) E s t a f o r t u n a n o e s t á r e s e r v a d a m á s q u e á m i h i j o ,

R . 1 .

[ 4 4 ] S i m e f u e r a a c o r d a d o e l r e n a c e r p a r a s u c e d e r á m i

h i j o , s e r í a a d o r a d o y o . R . L

C 4 5 ] N o p u e d e n e x c u s a r s e d e e l l o . E „

odio contra su per son a (46). A este odio se unió el

men osprec io d e la mism a, á cau sa d e qu e él era

viejo (47 ) ; y fu é ase sin ad o Per t ina x en los princi-

p i o s d e s u r e i n a d o ( h ) . E s t e e j e m p l o n o s p o n e en

el caso d e observar qu e u no se hace aborrecer tanto

[ 4 6 ] E s i n e v i t a b l e . E .

( 4 7 ) E s t o n o m e m i r a á m í . E .

h. Tá cito , como lo nota A me lot de la H oussa ie , exp l ica esta des-

g r a c i a h a b l a n d o d e o t r o s E m p e r a d o r e s q u e e s t a b a n e n l a m i s m a

época de la v ida : " I ps a oeta s G a lboe, e t inrisui e t fa st idio era t

a dsue t is juv entoe Neron is , impera tores fo rma et decore corporis

[ u t e s m o s v u l g i ] c o m p a r a n t i b u s " L H i s t . 1 . ] — " R e p u t a n t e T i b e r i o

p u b l i c u m s i b i o d i u m e x t r e m a m o e t a t e m . " [ A n n . 6 . ] — " C u a n d o

el los se sostenía n, era menos con su fuer z a q ue por un efecto de su

a n t e r i o r r e p u t a c i ó n : " Magieque fama, quam vi stare res suas.

[ I b i d . ] — " N o viéndolos ya los ene migos exteriores en esta do de

d e f e n d e r s e , l o s m e n o s p r e c i a b a n : " Artabanus senectutem Tiberil

ut inermem despiciens. [ A n n . 6 . ) — " P a ra tener oca sión de no res-

p e t a t a r l o s , s e p r e t e n d í a q u e s u e s p í r i t u e s t a b a e n su d e c a d e n c i a . "

Fluxum senio menteni objectando. ( I b i d . )— " L o s m a l v a d o s s i e m p r e

entremetidos, l lega ba n á a b j a rs e con su confia nz a , y dirig ir los á

su disc rec ió n;" " I nv a l id um senem, odio onera tum, contemptu

inert ioe destrue ba nt " (H ist . 1 .) —Y entra n do entonces v a rios l iber-

tos en los ca rgo s públ icos, se a pr esu ra ba n á enriq uecerse en e l los

c o n t o d a e s p e c i e d e r a p i ñ a s : " A f f e r e b a n t v e n a l i a c u n c i a p r o ep o -

tentes l ibert i serv orum m a nu s su bit is a v ido e, e t ta nq ua m a pud

senem fest i na nt es" (I b id .)— Exen tos de todo temor, y h a l la ndo,

s in merecerla s , ma yores recompensa s a l la do de un señor débi l y

c r é d u l o , p i l l a b a n y h a c í a n e l m a l m u y á s u s a n c h u r a s : " Q u i p p e

h i a n t e s i n m a g n a f o r t u n a , a m i c o r u m c u p i d i t a t e s , i p s a f a c i l i t a s

G a lboe intendeba t; q uum a pud infir mum et credutum minore metu

e t m a j o r e p r o e m io p e c c a r e t u r . " ( H i s t . 1 . ) — " P o r s u p a r t e , e s to s

E m p e r a d o r e s , a f e c t a n d o m o s t r a r s e i n d u l g e n t e s p a r a l o s m a y o r e s

ultra jes , y desentendiéndose de los h orrendos crímenes cometidos

contra s í , no se a pega ba n m á s q ue á los ordina ri os propósitos de

l a a d u l a c i ó n , a u n l a m á s c o m ú n . " " P a t i e n t i a m l i b e r t a t i s a l i e no e

ostenta ns, ut contemptor suoe infa mioe, a n sce lerum Seja n i di í i

nesc ius, mox q uoq ue modo dicta v u lga r i ma leba t , v erita t isq ue,

cui a dula t io off ic i t , per pro bra sa l tem gna rus f ieri ." (A nn. 6 .)



con la s bu e na s co mo co n la s ma la s a cci one s ; y p or

e s t o , como lo he d i cho m á s a r ri ba , e l Pr í nci p e qu e

qu i e r e cons e r va r s u s d omi ni os , e s t á p r e ci s a d o con

fr e cu e nci a á no s e r bu e n o (4 8 ) . S i a qu e l la ma y o-

r í a d e hombr e s , cu a lqu i e r a qu e e l la s e a , d e s o ld a -

d os , d e p u e blo ó gr a nd e s , d e la qu e p i e ns a s ne ce s i -

t a r p a r a ma nt e ne r t e , e s t á cor r omp i d a ; d e be s s e gu i r

s u hu mor y con t e nt a r la (49). La s bu e na s a cci on e s

qu e h i ci e ra s e nt o nce s , s e volve r í a n cont r a tí mi s -

mo (50).

P e r o v o l v a m o s á A l e j a n d r o ( S e v e r o ) , q u e e r a d e

u na t a n gr a nd e bond a d qu e , e nt r e la s d e má s a la -

ba nza s qu e d e é l h i c i e r on, s e ha l la la d e no ha be r

hec ho morir á nin gun o sin juicio en el espac io d e

ca t or ce a ños qu e r e i nó. Es t u vo e x p u e s t o á u na con-

juración del ejército , y pere ció á sus golpe s, porq ue

ha bi é nd os e he cho mi r a r como u n hombr e d e ge ni o

d é bi l ( 5 1 ) , y t e n i e nd o la fa ma d e d e j a r s e gob e r na r

p or su ma d r e (5 2), s e ha bí a he ch o d e s p r e ci a ble c on

esto.

[ 4 8 ] Y e l l o s n o s a b e n c e s a r d e s e r l o . E .

( 4 0 ) E s p o r c i e r t o l o q u e q u i e r e n h a c e r ; p e r o b a s t a r d e a n

y d e s c o n o c e n l a f u e r z a d e s u p a r t i d o . E .

( 5 0 ) E s t o n o p u e d e d e j a r d e s u c e d e r l e s . E .

( 5 1 ) N o p u e d e u n o e v i t a r l a r e p u t a c i ó n d e e l l o , c u a n d o

e s s i e m p r e b u e n o . E .

( 5 2 ) E s m u c h o p e o r , c u a n d o t i e n e l a d e s e r l o p o r M i -

n i s t r o s in e p t o s ó d e s e s t i m a d o s . E .

Poni e nd o e n op os i ci ón con la s bu e na s p r e nd a s d e

e s t os Pr í nci p e s , e l ge ni o y cond u ct a d e C ó mod o,

Sé p t i m o Se ve r o, C a r a ca l la y M a x i m i no, los ha l la-

r e mos mu y cr u e le s y r a p a ce s . Pa r a con t e nt a r e l los

á los s o ld a d os , no p e r d ona r on e s p e ci e ni ngu na d e

i nj u r i a a l p u e blo; y t od os , me nos Se ve r o, a ca ba r on

d e s gr a c i a d a m e nt e . Pe r o é st e t e ní a t a nt o va lor qu e

con serv and o con él ia inclinación de los soldado s,

pudo, aun que oprim iend o á sus pueblos, reinar di-

chos a me n t e [5 3 ] . Su s p r e nd a s le ha cí a n t a n a d mi -

rable en el con cep to de los unos v los otros, que los

p r i me r os p e r ma ne cí a n a s ombr a d os e n ci e r t o mod o

hasta el grad o de pasm o (54), y los segun dos res-

p e t u os os y cont e nt os [5 5 ] .

Pe r o como la s a cci one s d e Sé p t i mo t u vi e r on t a nt a

gr a nd e z a cu a nt o p od í a n t e ne r e lla s e n u n Pr í nci p e

nu e vo, qu i e r o mos t r a r br e v e me n t e cómo s u p o d ie s -

tram ente h acer de zorra y león, lo cual le es nece-

s a r i o á u n Pr í nci p e , com o ya lo he d i cho (5 6 ) .

[ 5 3 ] ¡ M o d e l o s u b l i m e q u e n o he c e s a d o d e c o n t e m p l a r

R. 1 .

[ 5 4 ] D e m o d o q u e n o a d m i r a r o n m á s q u e en m í l a s

g r a n d e s c o s a s q u e n o h i c e m á s q u e p o r m e d i o d e e l l o s .

R. I .

[ 5 5 ] E l r e s p e t o y a d m i r a c i ó n h a c e n q u e e l l o s s e c o n t e n -

g a n c o m o si lo e s t u v i e r a n . R . I .

[ 5 6 ] Y d e l o q u e e s t u v e c o n v e n c i d o s i e m p r e . R . I .



Ha b i e nd o conoc i d o Se ve r o la coba r d ía d e Di d i e r

Ju l i a no, qu e a ca ba ba d e ha ce r s e p r ocla ma r Emp e r a -

d or , p e r s u a d i ó a l e j é r ci t o qu e e s t a ba ba j o s u m a nd o

e n Es cla voni a , qu e e l ha r í a b i e n e n ma r cha r á R o-

ma p ar a ve ng a r la mu e r t e d e Pe r t i na x , a s e s i na d o

po r la gu a r d i a i mp e r i a l ó p r e t or ia na [5 7 ] . Evi t a n -

d o con e s t e p r e t e x t o mos t r a r qu e é l a s p i r a ba a l I m-

perio. arrastró á su ejército contra Roma, y llegó á

Italia aun antes que se tuviera conocimiento de su

p a r t i d a [5 8 ] . H a bi e n d o e nt r a d o en Roma , for zó a l

S e n a d o a t e m o r i z a d o á n o m b r a rl e p o r E m p e r a d o r

[5 9] y fu é mu e r t o Di d i e r Ju l i a no [60] , a l que ha-

bí a n confe r i d o e s t a d i gni d a d [/']. D e s p u é s d e e s t e

( 5 7 ) Q u i c e i m i t a r e s t e r a s g o e n f r u c t i d o r [ a ñ o d e 1 7 0 7 ] :

c u a n d o d e c í a y o á m i s s o l d a d o s d e I t a l i a q u e e l c u e r p o l e -

g i s l a t i v o h a b í a a s e s i n a d o l a l i b e r t a d r e p u b l i c a n a e n F r a n -

c i a : p e r o n o p u d e c o n d u c i r l o s a l l á n i t r a n s p o r t a r m e v o

m i s m o . E r r a d o e l ti r o e n e s t a v e z , n o l o f u é d e s p u é s . R . ' l .

( 5 8 ) S e r e c o n o c e r á a q u í m i v u e l t a d e E g i p t o . R . I .

Í 5 9 \ S e m e n o m b r ó j e f e de t o d a s la s t r o p a s r e u n i d a s e n

P a r í s e i n m e d i a c i o n e s , y e l á r b i t r o d e a m b o s c o n s e j o s p o r

e l p r o n t o . R . I . '

1

( 6 0 ) M i D i d i e r n o e r a m á s q u e e l d i r e c t o r i o : b a s t a b a d i -

s o l v e r l e p a r a d e s t r u i r l e . R . I .

(i) " 'E l ase s ina to d e u n Pr ínc ip e e s u n cr ime n qu e su su c e so r

Ci-Cssit

1

His t . 1 .) 'O br a as í p ar a ase g u ra r su p ro p ia v id a to d a-

vía mas qu e p ara ve n g ar á su p re d e c e so r: " ' "O mne s c o nqu ir i et

inte r f ic i ju ss . t non ho no re Gal bo e , se d t rad i to p r inc ip ib u s mo re

m u n im e n tu m a d p ro es e ns , in p os te ru m u lt io n em ? S - D a v f d

p r i me r p r i nci p i o , le qu e d a ba n á Se ve r o d os d i f i cu l-

t a d e s p or ve nce r p a r a s e r s e ñor d e t od o e l I mp e r i o:

la una en Asia, en que Niger, je fe de los E jérc itos

a s i á t icos , s e ha bí a he cho p r ocla m a r E mp e r a d or ; y

la ot r a e n la Gr a n Br e t a ña , p or p a r t e d e A lbi n o

q u e a s p i r ab a t a m b i é n a l I m p e r i o ( 6 1 ) . T e n i e n d o

p or p e l i gr os o e l d e cla r a r s e a l m i s mo t i e m p o co mo

e ne mi go, d e u no y ot r o , t omó la r e s olu ción d e e n-

ga ña r a l s e gu nd o mi e nt r a s a t a ca r a a l p r i me r o (62) .

En s u cons e cu e nci a , e s cr i b i ó á A lbi no p a r a d e ci rle

qu e ha bi e nd o s i d o e le g i d o Emp e r a d or p or e l Se na -

( 6 1 ) M i N i g e r n o f u é m a s q u e B a r r a s , y m i A l b i n o n o

e r a m a s q u e S i e y e s . N o e r a n f o r m i d a b l e s ; c a d a u n o d e e l l o s

n o o b r a b a p o r s u p r o p i a c u e n t a , y q u e r í a y o q u e s e d i f e -

r e n c i a s e n e n s u f in . E l p r i m e r o q u e r í a r e s t a b l e c e r a l R e y ;

y el s e g u n d o e n t r o n i z a r a l E l e c t o r d e B r u n s w i c k . P e r o y o

q u e r í a o t r a c o s a ; y S é p t i m o , e n m i l u g a r n o h u b i e r a h e c h o

m e j o r q u e y o . R . I .

( 6 2 ) Y o n o t e n í a t e n a c i d a d m a s q u e d e r e t i r a r á m i N i-

g e r ; y m e e r a f á c i l e l e n g a ñ a r á m i A l b i n o . R . I .

hab ía mand a d o inme d iatame nte qu e c as t i g ara n d e mu e rte el ama-

l e c i ta qu e so ste nía habe r d ad o e l g o l p e mo rtal á Saú l , au nqu e Saú l

ya he r id o y d isg u stad o d e l a v id a, se l o había p e d id o p o r favo r .

Cl au d io mand ó matar á Che rc as y L u p o qu e habían d ad o mu e rte á

Cal íg u l a, au nqu e e s te ate ntad o l e había e l e vad o al t ro no . Vi te l io

imp u so l a p e na c ap i tal á l o s au to re s d e l ase s inato d e Gal ba y Pi-

só n. D o mic iano hizo mo rir á E p afro d ite p o r habe r ayu d ad o á

Ne ró n á matarse , au nqu e u na se nte nc ia d e l Se nad o había c o nd e -

nad o á Ne ró n. F e rnand o , g ran d u qu e d e To sc ana, c as t ig ó d e

mu e rte á su c u ñad a B l anc a Cap e l a, qu e había e nve ne nad o e l g ran

d u qu e F ra nc isc o su marid o . E l p r ime r c u id ad o d e Car l o s II ,

Re y d e Ing l a te rra , a l e mp u ñar e l c e tro d e su p ad re , fu é ve ng ar

su mu e rte so bre d ie z d e lo s más c u l p abl e s re g ic id as ; d e sp u é s d e

l o c u al fu é c l e me nte mu y á su s anc hu ras y s in p e l ig ro

- 3 8



d o, qu ería d iv id ir con él esta d ign id ad ; y au n le en-

vió el t í tu lo d e C ésar , d espu és d e haber hecho d e-

clarar por el Se na d o qu e Sev ero se asociab a á Al -

bino por co lega (63 ) . Es te tu vo por s inceros tod os

estos actos , y les d ió su ad hes ión. Per o lu ego qu e

S e v e r o h u b o v e n c i d o y m u e r t o á N i g e r ; y h a b i e n d o

v u e l t o á R o m a , s e q u e j ó d e A l b i n o e n S e n a d o p l e -

no d ic iend o qu e aqu el co lega, poco reconocid o á los

benefic ios qu e habí a recib id o d e él , hab ía t irad o á

asesinarle por med io d e la traic ión, y qu e por esto

se veía precisad o á i r á cast iga r su ingrati tu d . Par -

t ió Pu es, v ino á F ranc ia al encu entro su yo, y l e

quitó el Imperio con la vida (64).

C u a l q u i e r a q u e e x a m i n e a t e n t a m e n t e s u s a c c i o -

nes, hal lará qu e era á u n mismo t iempo u n león fe-

rocís imo (65 ) y u na zorra mu y astu ta. Se verá te-

mid o y respe tad o d e tod os, s in ser abor recid o d e

los so ld ad os ; y no se extrañ ará d e qu e por más

( 6 3 ) A s í h i c e n o m b r a r á S i e y e s p o r c o l e g a m í o e n l a c o -

m i s i ó n c o n s u l a r ; y R o g e r - D u c o s a l q u e a d m i t í t a m b i é n e n

e l l a , n o p o d í a s e r m a s q u e u n a m á q u i n a d e c o n t r a p e s o á

m i d i s p o s i c i ó n R . I .

( 64 -) N o m e e r a n n e c e s a r i a s t a n g r a n d e s m a n i o b r a s p a r a

d e s e m b a r a z a r m e d e S i e y e s . M á s z o r r o q u e é l , l o l o g r é f á -

c i l m e n t e en m i j u n t a d e l 2 2 d e f r i m a r i o , e n q u e y o m i s m o

a r r e g l é l a c o n s t i t u c i ó n q u e m e h i z o p r i m e r C ó n s u l y r e l e g ó

á l o s d o s c o l e g a s á l a j u b i l a c i ó n d e m i S e n a d o R . í .

( 6 5 ) N o m e r e c o n v e n d r á n d e h a b e r l o s i d o n i p o r a s o m o

e n e s t a c o y u n t u r a R . 1 .

Príncipe nu evo qu e él era, hu biese pod id o conser-

var u n tan vasto imperio; porqu e su grand ísima re-

pu tación (66 ) le preservó s iempre d e aqu el od io

qu e los pu eblos pod ían cogerle á cau sa d e su s rapi-

ñ a s ( / ) .

Pero su h i jo mismo Antonino (/) fu é también u n

hom bre exce lente en el arte d e la gu erra. Pose ía

bel l ís imas prend as qu e le hacían ad mirar d e los

pu eblos y qu erer d e los so ld ad os. C o mo era gu e-

rrero , qu e sobrel levaba hasta el ú l t imo grad o tod a

especie d e fat igas , d espreciaba tod o al imento d el i -

cad o, y d ese cha ba las d emá s sat is f accione s d e la

mol ic ie; l e am aba n los Ejérc i tos (67). Per o como á

pu ro matanza s, en mu c has ocasiones part icu lares

había hecho perecer u na gran parte d el pu eblo d e

Rom a, y to d o el d e Alejan d ría, su ferocid ad y .cru el -

( 6 6 ) L a m í a n o p u e d e s e r m a y o r p o r a h o r a ; y la s o s t e n -

d r é . R . I .

( 6 7 ) N o o m i t í e n l a s o c a s i o n e s e s t e m e d i o d e a d q u i r i r

s u a m o r . R . 1 .

i C on a rreglo á lo q ue Dion cuenta del genio de Séptimo Se v e-

ro , no ca us a rá extra ñez a q ue Na poleón le h a ya cogido a q ue l la

inc l ina ción de imita c ión q ue a c a ba de nota rse . Sépt imo, según

este h istoria dor, tenía má s inc l ina ción q ue disposic ión inte lectua l

pa ra la s c iencia s; pero era f irme é ina l tera b le en sus empresa s, lo

prev eía todo, y pens a ba e n todo. A mi go generoso y consta nte ,

enemigo v io lento y pel igroso; era por lo demá s ra pa cero , dis imu-

la do, mentiroso, pérfido, perjuro, codic ioso, y lo re fer ía todo a s i

mismo,

l. S e s a b e q u e C a r a c a l l a s e h a c í a l l a m a r . Antonino el grande,

y Alejandro.



3 o o

d a d s obr e p u j a ba n á cu a nt o s e ha bí a v i s t o e n e s t a

hor r e nd a e s p e ci e , le h i ci e r on e x t r e ma d a me nt e od i o-

s o á t od os (68) . C om e nz ó ha ci énd os e t e me r d e

aquellos mismos que le rodeaban, tan bien que le

asesinó un centurión en medio m ismo de su ejér-

cito.

J

Es p r e ci s o not a r con e s t e mot i vo qu e u na s s e me -

j a nt e s mu e r t e s , cu y o golp e p a r te d e u n á ni mo d e l i-

berado y tenaz, no pueden evitarse por los Prínci-

p e s ; p o r qu e cu a lqu i e r a qu e ha ce p oco ca s o d e mor ir

t i e ne s i e mp r e la p os i b i l i d a d d e ma t a r los (m) Pe r o

e l Pr i nci p e d e be t e me r me nos e l a ca ba r d e e s t e mo-

do, porque estos ate nta dos son rarís imos (69). De -

f e a m e n t e c u id ar d e n o o fe n de r g r av e m en t e á

ni ngu no d e los qu e é l e mp le a (

7

o) , y e s p e ci a lme nt e

de los que tiene á su lado en el servicio de su prin-

X e T P

h l Z O

,

d E m p e r a d

°

r

b a -

ca na . Es t e Pr i nci p e d e j a b a la cu st od i a d e s u p e r s o

n a a u n ce nt u r i ón á cu y o he r ma no ha bí a ma n d a d o

[ 6 8 ] P o c o h á b i l . R . i

T f ^ ^ S S ? -

m. Sé ne c a l o d i jo : " E l a u e

d ueñ o d e l a d e su P r í n c ¡ « 3

C

°

r t

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a

P

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vida es

t»w dominus est, (Séneca^ép.í

VUam S

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a

"

1

^Ucmpsit,

é l d a r mu e r t e i gnomi ni os a , y qu e ha cí a d i a r i a me nt e

la a me na z a d e ve nga r s e . T e m e r a r i o ha s t a e s t e p u n-

t o , A nt oni no (7 1) no p od í a me nos d e s e r a s e s i na d o,

y lo fué.

V e n ga m os a hor a á C óm od o (7 2) a l qu e le e r a t a n

fá ci l cons e r v a r e l I mp e r i o , s u p u e s t o qu e le ha bí a

logr a d o p or he r e nci a com o h i j o d e M a r co. Ba s t á -

bale seguir las huell as de su padre para c ont enta r

a l p u e blo y s o ld a d os . Pe r o s i e nd o d e u n ge ni o bru -

tal y cruel, y querie ndo esta r en proporció n de ejer-

ce r s u r a p a ci d a d s obr e los p u e blos , p r e f i r i ó fa vor e -

cer á los ejércitos, y los ech ó en la licencia. Po r

ot r a p a r t e , no s os t e ni e nd o s u d i gni d a d p or qu e s e

hu mi l la ba f r e cu e n t e me n t e ha s t a i r á lu cha r e n los

t e a t r os con los g la d i a d or e s , y á ha ce r ot r a s m u cha s

a cci one s v i l í s i ma s y p oco d i gna s d e la M a j e s t a d I m-

p e r i al , s e h i zo d e s p r e ci a ble a u n e n e l co nce p t o d e

la s t r op a s . C o mo e s t a b a me nos p r e c i a d o p or una

parte, y abor recido por otra, se conjura ron c ontra

él y fué asesinado (73).

M a x i m i no, cu ya s p r e nd a s nos qu e d a qu e e x p o -

ne r , fu é u n homb r e mu y be li cos o. E le va d o a l I m-

p e r i o p or a lgu no s Ej é r ci t os d i s gu s t a d os d e a qu e l la

( 7 1 ) D e c i d : n e c i o , e s t ú p i d o , e m b r u t e c i d o . R , I .

( 7 2 ) L a s t i m o s o ; n o e s d i g n o d e q u e y o d e t e n g a u n i n s-

t a n t e m i s m i r a d a s e n é l . R . I .

( 7 3 ) E r a j u s t i c i a . N o p o d í a u n o s e r m á s i n d i g n o d e r ei -

nar . R. I .



moli ci e d e A le j a nd r o qu e l le va mos me nci ona d a ya ,

no lo p os e yó p or mu c ho t i e mp o, p or qu e le ha cí a n

d e s p r e ci a ble y od i os o d os cos a s (7 4) . L a u na e r a

s u ba j o or i ge n (7 5 ) , p u e s ha bí a gu a r d a d o los r e ba -

ños e n la T r a ci a : lo cu a l e r a mu y cono ci d o, y le

atraía el despre cio de tod os. L a otra era la reputa-

ci ón d e hom br e cr u e l í s imo, qu e , d u r a nt e la s d i la -

ci one s d e qu e u s ó, d e s p u é s d e s u e le cci ón a l I mp e -

r io , p a r a t r a ns la d a r s e á Ro ma y t om a r a l l í p os e s i ón

d e l t r ono I mp e r i a l , s u s Pr e fe ct os le ha bí a n for ma d o

con la s cr u e ld a d e s qu e s e gú n s u s ór d e ne s e j e r cí a n

e l los e n e s t a c i u d a d y ot r os lu ga r e s d e l I mp e r i o [7 6 ] .

Es t a nd o t od os p or u na p e r t e , i nd i gna d os d e la ba -

j e za d e s u or i ge n; y a ni ma d os , p or ot r a , con e l od i o

qu e e l t e mor d e s u fe r o ci d a d e ng e nd r a ba , r e s u lt ó

d e e l lo qu e e l A fr i ca s e s u ble vó d e s d e lu e go cont r a

é l , y qu e e n s e gu i d a e l Se n a d o con e l p u e b lo d e

Roma y la I t a l i a e nt e r a cons p i r a r on cont r a s u p e r -

s ona . Su p r op i o Ej é r ci t o , qu e e s t a ba a ca mp a d o

ba j o los mu r os d e A qu i le a , y e x p e r i me nt a b a s u ma

d i f i cu l t a d p a r a t oma r e s t a c i u d a d , j u r ó i gu a lme nt e

( 7 4 ) E l se r d e s p r e c i a d o , e s e l p e o r d e t o d o s l o s m a l e s .

R . I ,

( 7 5 ) H a y s i e m p r e m e d i o d e e n c u b r i r e s t o . R . I .

( 7 6 ) ¡ P o r q u e n o l a s d e s a p r o b a b a é l d e s p u é s m a n d a n d o

c a s t i g a r l o s R . I .

s u r u ina [7 7 ] . F a t i ga d o d e s u cr u e ld a d , y no t e-

mi é nd ole ya t a nt o d e s d e qu e é l le v e í a con t a nt os

e ne mi gos , le ma t ó a t r ozm e nt e .

M e d e s d e ño d e ha bla r d e He l i ogá ba lo . M a cr i no,

y Ju l i a no, qu e , ha l lá n d os e me n os p r e ci a b le s e n u n

todo, perecieron casi luego que hubieron sido ele-

g i d os ; y vu e lvo d e s e gu i d a á la conclu s i ón d e e s t e

discurso, diciendo que los Prín cipe s de n uestra era

e x p e r i m e nt a n me no s , en s u gobi e r no, e s t a d i f i cu l-

t a d d e cont e nt a r á los s o ld a d os p or me d i os e x t r a or -

d i na r i os [7 8 ] . A p e s a r d e los mi r a mi e nt o s qu e los

s obe r a nos e s t á n p r e ci s a d os á gu a r d a r con e llos , s e

a l la na b i en p r ont o e s t a d i f i cu l t a d , p or qu e ni ngu no

d e nu e s t r os Pr í nci p e s t i e ne cu e r p o ni ngu no d e Ej é r -

cito que, por medio de una di latada mansión en las

p r ovi nci a s , s e ha ya a ma lga ma d o e n a lgú n mod o

con la a u t or i d a d qu e los gobi e r na , y a d mi ni s t r a ci o-

ne s s u ya s [7 9] , co mo lo ha bí a n he cho los Ej é r ci t os

del Imperio romano \n~\. Si convenía entonces ne-

[ 7 7 ) E s d i g n o d e e l l o , e l q u e d e j a l l e g a r l a s c o s a s á es

te p u n t o . R . I .

[ 7 8 ) N o m e e m b a r a z a e l l a e f e c t i v a m e n t e . R . I ,

[ 7 9 ) M u d a r á m e n u d o l a s g u a r n i c i o n e s . R . I .

n. Ad m it id as l as l e g io ne s d e Al e m ania e n l o s e jé rc i to s romano s ,

se jac ta ban d e p od e r d isp o ne r d e l Imp e rio : "S u á in manu s i tam

re m ro manam , su is v ic o is au g e r i re mp u bl ic am, in su u m c og no -

me ntu m ad sc isc i Imp e rato re s ." (Tác i t . , Ann. 1. ) , E vu l g a to im-

p e r i i arc ano p o sse Pr ínc ip e m al ibi qu ám Ro mo e f ier i (His t. 1 . ) .

et posse ab exercitu Prín cipe m fieri." (Hist. 2).



cesariamente contentar á los so ld ad os más qu e al

pu eblo , era porqu e los so ld ad os pod ían más qu e el

pu eblo . Ahor a es más neces ario para tod o s nu es-

tros Príncipes, excepto s in embargo para el T u rco

y el Sold án, el contentar al pu eblo qu e á los so ld a-

dos, á causa de que ho}

r

d ía los pu eblos pu ed en

más qu e los so ld ad os [8 o. ] Exc ep tú o al T u rco,

porqu e t iene s iempre al red ed or d e s í d oce mi l in-

fantes , y qu ince mi l cabal los d e qu e d epend en la

segu rid ad y fu erza d e su reinad o (8 1) . Es men ester

por c ierto absolu tamente qu e este soberano, qu e no

hace caso ningu no d el pu eblo , ma nten ga su s gu ar-

dias en la inclinació n á su per sona (82). Su ce de lo

mismo con el reinad o d el Sold án, qu e está tod o en-

tero en pod er d e los so ld a d os; convien e ta mbién

qu e él conserv e su amis tad , su pu es to qu e no gu ar-

d a- miramientos con el pu eblo (8 3 ) .

Debe notarse qu e este estad o d el Sold án es d i fe-

[ 8 0 ] M i i n t e r é s q u i e r e q u e s e m a n t e n g a e n t r e u n o s y

o t r o s u n a c i e r t a b a l a n z a q u e n o p u e d e h a c e r i n c l i n a r y a d e

u n la d o y a d e o t r o . R . C .

[ 8 1 ] M i g u a r d i a i m p e r i a l p u e d e e n c a s o n e c e s a r i o h a-

c e r m e l a s v e c e s d e G e n í z a r o s . R . I .

[ 8 2 ] D e b o h a c e r o t r o t a n t o . R . I .

[ 8 3 ] M i r a m i e n t o s ó n o , e s p r e c i s o t e n e r u n a f u e r t e g u a r -

d i a c o n l a q u e u n o p u e d a c o n t a r , a u n c u a n d o h u b i e r a d e -

s e r c i ó n e n t r e l a s o t r a s t r o p a s , q u e s e a p e g a n m u c h í s i m o

t o d a v í a a l p u e b l o . R . I .

fere nte d e tod os los d em ás principad os, y qu e se

ase me ja ai d el Ponti f icad o cr ist iano, qu e no pu ed e

l lama rse principa d o hered itar io , ni nu evo (8 4 ) . No

se hacen hered e ros d e la soberanía los h i jos d el

Prínc ipe d i fu nto, s ino el part icu lar al qu e el igen

hombres qu e t ienen la facu l tad d e hacer esta elec-

c ión [8 5 ] . H al lán d ose sancionad o este ord en por

su antigü ed ad , el pr incipad o d el Sold án ó Papa no

pu ed e l lamarse nu evo, y no presenta á u no ni otro

ningu na d e aqu el la s d i f icu l tad es qu e existen en las

nu e vas soberanías . Au n qu e es al l í nu evo el Prínci-

pe, las consti tu cion es d e sem ejant e estad o son an-

t igu as, y combinad as d e mod o qu e le reciban en él

como si fu era poseed or su yo por d erecho hered ita-

r io (8 6) ,

V olviend o á mi materia, d igo qu e cu alqu iera qu e

ref lex ione sobre lo qu e d e jo expu e sto , verá q u e el

od io ó men ospre cio fu eron la cau sa d e la ru ina d e

l o s E m p e r a d o r e s q u e h e m e n c i o n a d o . S a b r á t a m -

bién po rqu é habiend o obrad o d e u n mod o u na par-

[ 8 4 ] L a c o m p a r a c i ó n e s c u r i o s a , a t r e v i d a , p e r o v e r d a -

d e r a á l o s o j o s d e t o d o m e d i t a d o r p o l í t i c o . R . I .

[ 8 5 ] L o s c a r d e n a l e s h a c e n e f e c t i v a m e n t e a l s o b e r a n o

t e m p o r a l d e R o m a , c o m o l o s m a g n a t e s d e E g i p t o h a c í a n

á s u S o l d á n . R . I .

[ 8 6 ] E l s e r l o a s í , e s l a m á s e x c e l e n t e s u e r t e d e l a r u e d a

d e l a f o r t u n a . R . I .



te de ellos, y de un modo contrario otra, solo uno,

s i gu i e nd o e s t a ó a qu e l la v í a , t u vo u n d i ch os o f in,

mi e nt r a s qu e los d e má s no ha l la r on a l l í ma s qu e u n

d e s a s t r a d o f i n. Se comp r e nd e r á p or qu e Pe r t i na x

y A le j a nd r o qu i s i e r on i mi t a r á ma r co no s ola me nt e

e n ba ld e , s i no t a mbi é n con p e r j u i ci o s u yo, e n a t e n-

ci ón á qu e el ú l t i mo r ei na ba p or d e r e cho he r e d i t a

rio, y que los dos primer os no eran ma s que Prín -

c i p e s n u e v o s ( 8 7 ) . A q u e l l a p r e t e n s i ó n q u e C a r a -

ca l la , C óm od o y M a x i mi n o t u vi e r on d e i mi t a r á

Se ve r o, le s fu é i gu a lme n t e a d ve r s a , p or qu e no e s -

t a ba n a d or na d os d e l s u f i c i e nt e va lor p a r a s e gu i r e n

todo sus huellas.

A s í p u e s , u n Pr í nci p e nu e vo e n u n p r i nci p a d o

nu e vo, no p u e d e s in p e l i gr o i mi t a r la s a cci on e s d e

M a r co; y no le e s i nd i s p e ns a ble i mi t a r la s d e Se ve -

r o (8 8) . D e be t om a r d e é s t e cu a n t os p r oce d e r e s le

s on ne ce s a r ios p a r a fu nd a r b i e n s u Es t a d o; y d e

M a r co, lo qu e hu bo, e n su cond u ct a , d e con ve n i e nt e

y g lor i os o p a r a cons e r va r u n Es t a d o ya fu nd a d o y

a s e g u r a d o ( 8 9 ) .

< 8 7 ) H a v a l g o b u e n o e n c a d a u n o d e e s t o s m o d e l o s : e s

m e n e s t e r s a b e r e s c o g e r . U n i c a m e n t e l o s t o n t o s p u e d e n

a t e n e r s e á u n o s o l o é i m i t a r l e e n t o d o . K . i .

[ 8 8 ] ¿ O u i é n s e r á c a p a z d e s e g u i r l a s m í a s ? R . i .

( 8 0 ) P e r f e c t a m e n t e c o n c l u i d o ; p e r o t o d a v í a 110 p u e d o

d e s i s t i r d e l o s p r o c e d e r e s d e S e v e r o . R . I .

C A P I T U L O X X .

S I L A S F O R T A L E Z A S Y O T R A S M U C H A S C O S A S Q U E L O S

P R I N C I P E S H A C E N CO N F R E C U E N C I A ,

S O N U T I L E S Ó P E R N I C I O S A S

A lgu nos P r í nci p e s , p a r a cons e r va r s e gu r a me n t e

s u s e s t a d os , cr e ye r on d e be r d e s a r m a r á s u s va s a -

l los ; y ot r os va r i os e nge nd r a r on d i vi s i one s e n los

p a í s e s qu e le s e s ta ba n s o me t i d os . Ha y u nos qu e e n

e l los ma nt u vi e r on e ne mi s t a d e s cont r a s í mi s mos ; y

ot r os s e d e d i ca r on á ga na r s e á los hombr e s qu e le

eran sospecho sos en el principio de su reinado. Fi-

na lme n t e , a lgu no s cons t r u y e r on for t a le za s e n s u s

d omi ni os ; y ot r os d e moli e r on y a r r a s a r on la s qu e

ya existían ( 1)

Aunque no es posible dar una regla f i ja sobre to-

d a s e s t a s cos a s, á no s e r qu e s e l le gu e á c ont e m -

plar en particular alguno de los estados en que hu

( 1 ) U n m i s m o P r í n c i p e p u e d e v e r s e o b l i g a d o á h a c e r

t o d o e s t o e n e l c u r s o d e s u r e i n a d o , s e g ú n e l t i e m p o v c i r -

c u n s t a n c i a s . R . 1 .



te de ellos, y de un modo contrario otra, solo uno,

s i gu i e nd o e s t a ó a qu e l la v í a , t u vo u n d i ch os o f in,

mi e nt r a s qu e los d e má s no ha l la r on a l l í ma s qu e u n

d e s a s t r a d o f i n. Se comp r e nd e r á p or qu e Pe r t i na x

y A le j a nd r o qu i s i e r on i mi t a r á ma r co no s ola me nt e

e n ba ld e , s i no t a mbi é n con p e r j u i ci o s u yo, e n a t e n-

ci ón á qu e el ú l t i mo r ei na ba p or d e r e cho he r e d i t a

rio, y que los dos primer os no eran ma s que Prín -

c i p e s n u e v o s ( 8 7 ) . A q u e l l a p r e t e n s i ó n q u e C a r a -

ca l la , C óm od o y M a x i mi n o t u vi e r on d e i mi t a r á

Se ve r o, le s fu é i gu a lme n t e a d ve r s a , p or qu e no e s -

t a ba n a d or na d os d e l s u f i c i e nt e va lor p a r a s e gu i r e n

todo sus huellas.

A s í p u e s , u n Pr í nci p e nu e vo e n u n p r i nci p a d o

nu e vo, no p u e d e s in p e l i gr o i mi t a r la s a cci on e s d e

M a r co; y no le e s i nd i s p e ns a ble i mi t a r la s d e Se ve -

r o (8 8) . D e be t om a r d e é s t e cu a n t os p r oce d e r e s le

s on ne ce s a r ios p a r a fu nd a r b i e n s u Es t a d o; y d e

M a r co, lo qu e hu bo, e n su cond u ct a , d e con ve n i e nt e

y g lor i os o p a r a cons e r va r u n Es t a d o ya fu nd a d o y

a s e g u r a d o ( 8 9 ) .

< 8 7 ) H a v a l g o b u e n o e n c a d a u n o d e e s t o s m o d e l o s : e s

m e n e s t e r s a b e r e s c o g e r . U n i c a m e n t e l o s t o n t o s p u e d e n

a t e n e r s e á u n o s o l o é i m i t a r l e e n t o d o . K . i .

[ 8 8 ] ¿ O u i é n s e r á c a p a z d e s e g u i r l a s m í a s ? R . i .

( 8 0 ) P e r f e c t a m e n t e c o n c l u i d o ; p e r o t o d a v í a 110 p u e d o

d e s i s t i r d e l o s p r o c e d e r e s d e S e v e r o . R . 1 .

C A P I T U L O X X .

S I L A S F O R T A L E Z A S Y O T R A S M U C H A S C O S A S Q U E L O S

P R I N C I P E S H A C E N CO N F R E C U E N C I A ,

S O N U T I L E S Ó P E R N I C I O S A S

A lgu nos P r í nci p e s , p a r a cons e r va r s e gu r a me n t e

s u s e s t a d os , cr e ye r on d e be r d e s a r m a r á s u s va s a -

l los ; y ot r os va r i os e nge nd r a r on d i vi s i one s e n los

p a í s e s qu e le s e s ta ba n s o me t i d os . Ha y u nos qu e e n

e l los ma nt u vi e r on e ne mi s t a d e s cont r a s í mi s mos ; y

ot r os s e d e d i ca r on á ga na r s e á los hombr e s qu e le

eran sospecho sos en el principio de su reinado. Fi-

na lme n t e , a lgu no s cons t r u y e r on for t a le za s e n s u s

d omi ni os ; y ot r os d e moli e r on y a r r a s a r on la s qu e

ya existían ( 1)

Aunque no es posible dar una regla f i ja sobre to-

d a s e s t a s cos a s, á no s e r qu e s e l le gu e á c ont e m -

plar en particular alguno de los estados en que hu

( 1 ) U n m i s m o P r í n c i p e p u e d e v e r s e o b l i g a d o á h a c e r

t o d o e s t o e n e l c u r s o d e s u r e i n a d o , s e g ú n e l t i e m p o v c i r -

c u n s t a n c i a s . R . 1 .



biera de tom arse una de terminación de esta espe-

cie, sin em bar go hablaré de ello del modo ex ten so

y general que la materia misma permita [2].

No hu bo nu nca Pr í nci p e nu e vo ni ngu no qu e de -

s a r ma r a á s u s gobe r na d os ; y mu cho m á s cu a nd o

los halló desarm ados, los armó siem pre él mism o

(3). S i obra s así , las armas de tus gobe rna do s se

con vierten en las tuyas pro pias; los que eran sos-

pech osos se vuelven fieles; los que eran fieles , se

man tiene n en su fidelidad; y los que no eran mas

que sumisos, se transforma n en partidarios de tu

r e i na d o.

Pe r o como no p u e d e s a r ma r á t od os t u s s u bd i t os ,

a qu e l los á qu i e ne s a r ma s , r e ci be n r e a lme nt e u n fa -

vor d e t í ; y p u e d e s obr a r e nt once s má s s e gu r a me n-

( 2 ) H a b l a , v m e e n c a r g o d e l a s c o n s e c u e n c i a s p r á c t i -

ca s . R . 1

(3 )

A s í o b r a r o n l o s h á b i l e s f a u t o r e s d e l a r e v o l u c i ó n .

H a c i é n d o s e l o s p r í n c i p e s d e l a F r a n c i a , c o n l a t r a n s f o r m a -

c i ó n q u e e l l o s h i c i e r o n d e s u s E s t a d o s g e n e r a l e s , e n A s a m -

b l e a n a c i o n a l , a r m a r o n i n m e d i a t a m e n t e a l p u e b l o e n t e r o ,

p a r a f o r m a r s e d e é l u n e j é r c i t o nacional e n p r o v e c h o s u v o

¿ P o r q u é c o n s e r v a r o n l a s g u ar d i a s u r b a n a s v c o m u n a l e s

e s t e t í t u l o q u e n o l e s c o n v i e n e y a h o y d í a ? ¿ G u a r d a c a d a

u n a d e e l l a s á l a n a c i ó n e n t e r a ? E s m e n e s t e r q u e e l l a s l e

p i e r d a n , p e r o g r a d u a l m e n t e . N o s o n , n i d e b e n s e r , m a s

q u e g u a r d i a s u r b a n a s ó p r o v i n c i a l e s : a s í l o e x i g e n e l b u e n

orden y sa no juic io . R . 1 .

t e con r e s p e ct o á los ot r os ( 4) . Es t a d i s t i nci ón d e

la que se recon ocen deud ores á t í , los prim eros te

los a p e g a ; y los ot r os t e d i s cu lp a n, j u zga n d o qu e

e s me ne s t e r c i e r t a m e nt e qu e a q u e l los t e nga n m á s

mé r i t o qu e e l los mi s mos , s u p u e s t o qu e los e x p one s

á má s p e l i gr os , y qu e no le s ha ce s cont r a e r má s

obl i ga ci one s .

C u a nd o d e s a r m a s á t od os t u s gobe r na d os , e m-

p i e za s ofe nd i é nd olos , s u p u e s t o qu e ma ni f i e s t a s qu e

t e d e s con f í a s d e e l los , s os p e ch á nd olo s ca p a c e s d e

coba rdía ó poca fidelidad ( 5 ). Un a ú otra de am -

ba s op i ni one s qu e t e s u p onga n e l los con r e s p e ct o á

sí mism os, e ng end ra el odio con tra t í en sus alm as.

C o mo no p u e d e s p e r ma ne ce r d e s a r ma d o, e s t á s

obl i ga d o á" va le r t e d e la t r op a me r ce na r i a cu yo s i n-

conv e ni e nt e s he d a d o á cono ce r (6) . Pe r o a u n

cu a nd o fu e r a bu e na la qu e t oma r a s , no p u e d e s e r lo

ba s t a n t e p a r a d e fe n d e r t e a l mi s mo t i e m p o d e los

e ne mi gos p od e r os os qu e t u vi e r a s p or d e fu e r a , y d e

( 4 ) L o s g r a n d e s f o r j a d o r e s d e l a r e v o l u c i ó n f r a n c e s a n o

q u e r í a n a r m a r r e a l m e n t e m a s q u e a l p u e b l o . L o s p o c o s n o -

b l e s á q u i e n e s d e j a r o n i n t r o d u c i r s e e n s u g u a r d i a n a c i o n a l

n o l o s e s p a n t a b a n ; s a b í a n b i e n q u e n o t a r d a r í a n e n e c h a r -

l o s , 3' t e n i é n d o s e e l p u e b l o p o r e l ú n i c o f a v o r e c i d o f u é d e

e l l o s ú n i c a m e n t e . R . 1 .

( 5 ) ¿ C ó m o s a l d r á n d e e s t e d i f í c i l p a s o ; p o r q u e h a y m u -

c h a s g u a r d i a s n a c i o n a l e s q u e n o e s t á n p o r e l l o s ? E .

( 6 ) N o l o s h a y p u e s d e e s t a e s p e c i e . E .



a qu e l los gobe r na d o s qu e t e ca u s a n s obr e s a l t os e n

lo interior ( 7 ). Po r esto , como lo he di cho , todo

Pr í nci p e nu e vo e n s u s obe r aní a nu e va , s e for mó

s i e mp r e u na t r op a s u ya (8 ) . Nu e s t r a s h i s t or i a s p r e -

s e nt a n ¡nu me r a ble s e j e mp los d e e l lo .

Pe r o cu a nd o u n Pr í n ci p e a d qu i e r e u n Es t a d o

nu e vo e n cu ya p os e s i ón e s t a ba ya , y qu e e s t e nu e -

vo Es t a d o s e ha ce u n mi e mbr o d e s u a nt i gu o p r i n-

ci p a d o. e s me ne s t e r e nt o nce s qu e le d e s a r m e s e me -

j a nt e Pr í nci p e , no d e j a n d o a r ma d os e n é l ma s qu e

á los homb r e s qu e , e n e l a ct o s u yo d e a d q u i s i c i ón

s e d e cla r a r on a bi e r t a me n t e p or p a r t i d a r i os s u y os

(9 ) . Pe r o a u n con r e s p e ct o á a qu e l lo s mi s mos ,

d e be s con e l t i e mp o, y a p r ove c há nd ot e d e la s oca -

s i one s p r op i ci as , d e bi l i t a r su be l i cos o ge ni o , y ha -

ce r los a fe mi n a d os [ 10] . En u na p a la br a , e s me -

ne s t e r qu e t e p onga s d e mod o qu e t od a s la s a r ma s

d e t u e s t a d o p e r ma ne zca n e n p od e r d e los s o ld a d os

qu e t e p e r t e ne ce n á t í so lo , y qu e v i ve n, mu c ho

( 7 ) D u d o q u e l o s a l i a d o s q u e e s tá n en F r a n c i a p u e -

d a n . i m p e d i r e s t o ; y p o r o t r a p a r t e s a l d r á n b i e n pronto d e

( 8 ) I m p o s i b l e e n e s t e m o m e n t o p a r a e l l o s ; y

s e r

í

a

u r-

g e n t e . P e r o g u a r d a n l a m í a , p a r a l o q u e s o y t o d o E

( 9 ) H i c e a t e n c i ó n á e s t o e n I t a l i a . R . C .

ta Ko v

L

°

S V Í C

°

n

^ f a s t i d i a r s e d el s er vi ci o, y m e c o n s -

d e é l

b

R

n

r

P a S a d

°

d P r Í m e r

°

d t

* * r e r o , s e ^ n s a n a n

t i e mp o ha ce , e n t u a nt i gu o Es t a d o a l la d o d e t u

p e r s o n a ( 1 1 ) .

N u e s t r o s m a y o r e s ( F l o r e n t i n o s ) , y p r i n c i p a l -

me nt e los qu e s e a la ba n com o s á bi os , t e ní an cos -

tum bre de decir que sí ; para con serva r P isa, era

ne ce s a r i o t e ne r e n e l la for t a le za s ; conve n í a , p a r a

t e ne r Pi s t oya , fome nt a r a l l í a lgu na s fa cci one s . Y

por esto, en algun os distr itos de su domin ación ,

ma nt e ní a n ci e r t a s cont i e nd a s qu e le s ha cí a n e fe ct i -

va m e nt e má s fá ci l la pos e s i ón s u ya . Es t o p od í a con

venir en un tiem po en que había un cierto equilibrio

e n I t a l i a ; p e r o no p a r e ce qu e e s t e mé t od o p u e d a

ser buen o hoy día, porque no creo que las divis io-

ne s e n u na ci u d a d p r op or ci one n j a m á s b i en ni ngu

no (1 2) . A u n e s i mp os i b le q u e á la l le ga d a d e u n

enemigo las ciudades asi divididas no se pierdan al

p u nt o; p or qu e d e los d os p a r t i d os qu e e l la s e nci e -

[ 1 1 ] N o p o n e r p a r a g u a r d a r e l p a í s c o n q u i s t a d o m a s q u e

r e g i m i e n t o s d e c u y o a p e g o e s t o y s e g u r o . R . C .

[ 1 2 ] N o d e b e t o m a r s e l i t e r a l m e n t e e s t e r a c i o c i n i o ; p o r -

q u e e n t i e m p o d e M a q u i a v e l o , l o s c i u d a d a n o s e r a n s o l d a -

d o s e n c a s o d e a t a q u e d e s u c i u d a d . N o s e c u e n t a y a h o y

d í a c o n l o s c i u d a d a n o s p a r a l a d e f e n s a d e u n a c i u d a d e m -

b e s t i d a , s i n o c o n l a s b u e n a s t r o p a s q u e s e h a n p u e s t o e n

el la . P ienso , pue s, co mo los a nt igu os f lorentinos, q ue es

b u e n o m a n t e n e r p a r t i d o s d e c u a l q u i e r a e s p e c i e e n l a s c i u -

d a d e s y p r o v i n c i a s , p a r a o c u p a r l a s c u a n d o s o n d e u n a í n -

d o l e i n q u i e t a , e n e l b i e n e n t e n d i d o d e q u e n i n g u n o s e d i -

r i j a c o n t r a m í . R . C .



rran, el más débil se mira s iempre con las fuer zas

que ataque n, y el otro con ello no bastará ya para

resistir.

De t e r m i na d os , e n mi e nt e nd e r , los ve ne ci a n os

p or la s mi s ma s cons i d e r a ci one s , qu e nu e s t r os a nt e -

p a s a d os ma nt e ní a n e n la s c i u d a d e s d e su d om i na -

ci ón la s fa cci one s d e los Gu e l fos y G i be l i nos , a u n-

qu e no los d e j a ba n p r op a s a r s e e n s u s p e nd e nci a s

ha s t a e l gr a d o d e la e fu s i ón d e s a ngre , a l i me n t a ba n

sin emb argo entre ellas su espíritu de oposición , á f in

d e qu e ocu p a d os e n s u s con t i e nd a s los qu e e r a n

partid arios de una ú otra, no se suble varan con tra

ellos (13). Pero se vió que este estr atag em a n o se

convi r t i ó e n be ne f i c i o s u yo, cu a nd o hu bi e r on s i d o

d e r r ot a d os e n V a i la , p or qu e u na p a r t e d e e s t a s fa c-

ci one s t omó a l i e nt o e nt once s , y le s qu i t ó s u s d omi -

nios de tierra firme.

Se m e j a n t e s me d i os d a n á conoce r qu e e l Pr í nci -

p e ti e ne a lgu na d e bi l id a d [14]; p or qu e nu nca e n

u n p r i nci p a d o vi gor os o s e t oma r á u no la l i be r t a d

[ 1 3 ] E s t r a t a g e m a q u e m e s a l i ó a c e r t a d a m e n t e . A m e n u -

d o l e s e c h o á v e c e s a l g u n a s l e v e s s e m i l l a s d e d i s c o r d i a s

p a r t i c u l a r e s , c u a n d o q u i e r o d i s t r a e r l o s d e o c u p a r s e e n l o s

n e g o c i o s d e E s t a d o , ó q u e p r e p a r o e n s e c r e t o a l g u n a g r a n -

d e p r o v i d e n c i a g u b e r n a t i v a . R . I .

r

[ 1 4 ] Q u i z á s t a m b i é n á v e c e s a l g u n a p r u d e n c i a y a r t e .

d e ma nt e ne r t a le s d i vi s i one s (<r ) . S o n p r o v e c h o s a s

e n t i e mp o d e p a z ú ni ca me nt e , p or qu e s e p u e d e di -

r i g i r e nt once s , p or s u me d i o , má s fá ci lme nt e á los

s ú bd i t os (15 ) ; p e r o s i la gu e r r a s obr e vi e ne , e s t e e x -

p e d i e nt e mi s mo mu e s t r a s u d e bi l i d a d y p e l i gr os .

E s i ncont e s t a ble qu e los p r í nci p e s s on gr a nd e s ,

cu a nd o s u p e r a n á la s d i f i cu l t a d e s y r e s i s t e nci a s qu e

s e le s op one n (1 6 ) . Pu e s b i e n, la for t u na , cu a nd o

e l la qu i e r e e le va r á u n p r í nci p e nu e vo, qu e t i e ne

mu c ha má s ne ce s i d a d qu e u n p r ínci p e he r e d i t a r i o ,

d e a d qu i r i r fa ma , le s u s ci t a e ne mi gos , y le i ncl i na

á va r i a s e mp r e s a s cont r a e l los , á fi n d e qu e é l t e n-

ga oca sión de tr iun far, y con la esc ala que se le trae

e n ci e r t o mod o p or e l los (17 ) s u ba má s a r r i ba [¿ ] .

( 1 5 ) E n t i e m p o d e g u e r r a e s m e n e s t e r d i s t r a e r l o s d e o t r o

m o d o p a r a c o n t e n t a r l o s R . I .

( 1 6 ) ¿ S e p o d í a n s u p e r a r m á s q u e y o ? R . I .

( 1 7 ) C u a n t a s e s c a l a s m e su m i n i s t r a r o n e l l o s , m e a p r o -

v e c h é b i e n d e e l l a s . R . I .

a. " E l R e y d e F r a n c i a , d i c e M a q u i a v e l o (D i s c ., 1. 3, c. 27), no

su fr ir ía nu nc a qu e ning u no se d i je ra d e l p art id o d e l Re y , p o rqu e

e sto s ig ni f ic ar ía qu e habría o tro p art id o d i fe re nte d e l su yo .

b. L a v id a d e Tibe r io , ante s qu e é l l l e g ara al im p e rio , e s tu vo

l l e na d e c o ntrat ie mp o s y p e l ig ro s : Casus prima ab infantil anci-

pites. U bi domum Angustí privignus introiit, multis oemulis con-

ñictatns est, dum Ma ree tus et Agrippa , m ox Caius Luciusque La-

sares viguere.... Sed maximé in lubrico egit, accepta in ^trtmo-

niunt fuliá, impudicitiam uxoris tolerans aut dechnans. < Tácito,

Aun. 6 ). Tác i to habl a tambié n d e u n Cara c tac o qu e no d e bió su

e l e vac ió n más qu e á v ic is i tu d e s , tan p ro nto ad ve rsas c o mo p ro p i-

c ias . v qu e ac abó so bre p u jan d o e n d o minac ión á to d os l o s o tro s

— 4 0



Por e s t o p i e ns a n mu ch a s ge nt e s qu e u n p r í nci p e

s a bi o d e be , s i e mp r e qu e le e s p os i b le , p r op or ci o-

na r s e con a r t e a lgú n e ne m i go á fi n d e q u e a t a c á n -

d ole y r e p r i mi é nd ole , r e s u lt e u n a u m e nt o d e gr a n-

d e za p a r a e l mi s mo (18 ) ,

Lo s p r í nci p e s y e s p e ci a lm e nt e los qu e s on nu e -

vos , ha l lar on d e s p u é s e n a qu e l los hom br e s qu e . e n

e l p r i nci p i o d e s u r e i na d o le s e r a n s os p e ch os os má s

fidelidad y provecho que en a qu e l lo s e n qu i e ne s al

e m p e z a r p o n í a n t o d a s u c o n f i a n z a ( 1 9 ) . P a n d o l f o

Pe t r u ci , p r í nci p e d e S i e na , s e s e r ví a en el g o b i e r n o

d e s u Es t a d o, mu cho má s d e lo s qu e le ha bí a n s i d o

s os p e chos os , qu e d e los qu e n o lo ha bí a n s i d o nu nca .

Pe r o no p u e d e d a r s e s obr e e s t e p a r t i cu la r u na

r e g la ge ne r a l , p or q u e los ca s os n o s on s i e mp r e u nos

mism os (20). M e limit aré pu es á decir que, si a q u e -

l los hom br e s qu e , e n e l p r i nci p i o d e u n p r i nci p a d o

e r a n e ne mi gos d e l p r í nci p e , no s on ca p a ce s d e ma n-

s a q u é " d e ^ K s t e ' c o n s e j o ? ^ j [ *

a r c o n t e n

*

0

d e . p r o v e c h o q n e

s i p a r a " f f f

6

^

V e r d a d

P

a r a

° * o s , P " o n o . 0 e s ca -

[ 2 0 ] E n h o r a b u e n a . R. I .

multa

multaprospe-

(A n n . 12,. E l m ism o S o r f á ^ o ^ Z ^ ™

0

' " P ' o J i u e L .

c a p i t á n r o m a n o , q u e s e h i z o I n t r A ^ V

l e

"

e1

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e

J

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j n p l o d e aqu e l

tad o al te rnat ivame nte la b u e n a v m a b CT ^

h

^ í a e xp e r ime n-

t e n e r s e e n s u o p o s i c i ó n s i n n e c e s i t a r d e a p o y o s , p o -

d r á g a n a r l o s e l p r í n c i p e f á c i l m e n t e ( 2 1 ) .

E s t a r á n d e s p u é s t a n t o m á s p r e c i s a d o s á s e r v i r l e

c o n f id eli da d, c u a n t o c o n o c e r á n c u a n n e c e s a r i o l e s

e s b o r r a r c o n s u s a c c i o n e s l a s i n i e s t r a o p i n i ó n q u e

t e n í a f o r m a d a s d e e l l o s e l p r í n c i p e ( 2 2 ) . A s í p u e s

s a c a r á s i e m p r e m á s u t i l i d a d d e e s t a s g e n t e s q u e d e

a q u e l l o s s u j e t o s q u e , s i r v i é n d o l e c o n m u c h a t r a n -

q u i l i d a d d e s í m i s m o s [ 2 3 ] , n o p u e d e n m e n o s d e

d e s c u i d a r lo s i n t e r e s e s d e l p r í n c i p e [ ¿ ] .

S u p u e s t o q u e lo e x i g e la m a t e r i a , n o q u i e r o o m i -

t i r e l r e c o r d a r a l p r í n c i p e q u e a d q u i r i ó n u e v a m e n t e

u n e s t a d o c o n e l f a v o r d e a l g u n o s c i u d a d a n o s , q u e

é l d e b e c o n s i d e r a r m u y b i e n e l m o t i v o q u e l o s i n -

c l i n ó á f a v o r e c e r l e . S i e l l o s l o h i c i e r o n n o p o r u n

a f e c t o n a t u r a l á su p e r s o n a , s i n o ú n i c a m e n t e á c a u -

t i l C o m o g a n é á c i e r t o s n o b l e s , q u e p o r a m b i c i ó n ó

m e d i a n í a d e f o r t u n a , n e c e s i t a b a n d e p l a z a s ; y á l o s e m i g r a -

d o s á q u i e n e s v o l v í á a b r i r l a F r a n c i a , y r e s t i t u í s u s b i e -

n e s . . . . R . I .

[ 2 2 J ¿ Q u é n o h i c i e r o n p a r a e l l o c o n m i g o ? R . I .

[ 2 3 ] E s m e n e s t e r s a b e r t u r b a r e s t a t r a n q u i l i d a d , c u a n d o

s e s o s p e c h a q u e e l l o s a f l o j a n ; y a u n c u a n d o n o h u b i e r a m o -

t i v o s p a r a s o s p e c h a r l o , a l g u n o s i n t e m p e s t i v o s a r r a n q u e s

s u r t e n s i e m p r e u n b u e n e f e c t o . R . I .

c. M ario Ce l so fu é mu y f iel á O tó n, au nqu e él habia s id o ami-

g o inc o rru p t ibl e d e Gal ba: "Mariu m Ce l su m c o ns . Gal bo e u squ e

in e xtre mas re s amic u m f idu mqu e ." (Tác i t . His t . 1 ) . "O t ho in-

tra Ínt imo s amic o s habu it mansi tqu e Ce l so ve l u t fatal i te r

e t iam p ro O tho ne f id e s inte g ra. " [ Ibid -1



e l la s , cons e r va r í a má s fá ci lm e nt e a qu e l Es t a d o , y

qu e ha bí a má s d i f i cu l t a d p a r a qu i t á r s e le ot r a ve z

(3 0). Ha b i e nd o vu e l t o á e nt r a r e n Poloni a los B e n-

t i vog l i s , p r oce d i e r on d e l mi s mo mod o (g) .

Las fortalezas son úti les ó inúti les , según los t iem-

p os ; y s i e l la s t e p r op or ci ona n a lgú n be ne f i c i o ba j o

u n a s p e ct o , te p e r j u d i ca n ba j o ot r o . Pu e d e r e d u -

cirse la cuestión á estos térm ino s: el prínc ipe que

t i e ne má s mi e d o d e s u s p u e blos qu e d e los e x t r a n-

j e r os d e be ha ce r s e for t a le za s (3 1) ; p e r o e l qu e t e me

má s á los e x t r a nj e r os qu e á sus pueblos, deb e pa-

s a r s e s i n e s t a d e fe ns a . E l ca s t i l lo qu e F r a n ci s co

Sfor ci a se hi zo e n M i lá n, a t r a j o y a t r a e r á má s gu e -

r r a s ^ la fa mi l i a d e los Sfor ci a s qu e cu a lqu i e r a ot r o

[ 3 0 ] D e s t r u i r t o d a s l as d e I t a l i a , e x c e p t ú o la s d e M a n -

t u a y A l e j a n d m , q u e f o r t i fi c a r é l o m á s q u e

m e

s e a p

o s

i -

[ 3 1 ] C u a n d o s e t e m e á l o s u n o s t a n t o c o m o á i o s o t r o s

r ^

S

f

l a m e n t e t C n e r l a S V t e n e r l a s

- c u a n t a s p a r -

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¡ f e s

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p o d í a d e f e nd e r a q u e l l a s p h u a s c o n t r a T ° .

tr a

no

e j é r c i t o e n c a m p a ñ a . " * ^

e n e i

»' t f o s a no te ne r u n

costa^d el f ^ ^ o I ^ J ^ S ^ ^ , P - d e n t e s á

d é l a en B o l o n ia , y p u e s to e n e l l a á r l

c o n s t

A

r m ú o

c i u d a -

s i n a r á i o s b o t ón e s e *, p e r d " l a f o r t a l e z u y c i u d a d V *

h M Í a

to s se li u bi e ro n su ble va d o c o ntra sn S

C u cU <

V , qu e e s-

bre la primera Década, 1 2 , c a p [Discurso so-

desord en posible en este estad o ( h ). L a mejo r for-

t a le za qu e p u e d e t e ne r s e e s no s e r a bor r e ci d o d e

s u s p u e blos (3 2). A u n cu a nd o t u vi e r a s for t a le z a s ,

s i el pueblo te ab orrece , no podrán salvarte ellas

( 3 3 ) ; porque si él toma las arm as con tra tí , no le

fa l t a r á n e x t r a nj e r os qu e ve nga n á s u s ocor r o (3 4) .

No ve mos qu e , e n nu e s t r o t i e mp o, la s for t a le za s

s e ha ya n conve r t i d o e n p r ove cho d e ni ngú n p r í nci -

pe, s ino es de la con desa de Forl i , desp ués de la

mu e r t e d e s u e s p os o, e l cond e Ge r ó ni mo . Le s ir -

vi ó s u c i u d a d e la p a r a e vi t a r a ce r t a d a m e nt e e l p ri -

me r choqu e d e l p u e blo , p a r a e s p e r a r con s e gu r i d a d

[ 3 2 ] P e r o si e s q u e o s a b o r r e c e n , o s h a c e n á m e n u d o

m á s m a l q u e c i e n a m i g o s o s h a c e n b i e n . E .

[ 3 3 ] N o c r e o e s t o . E .

[ 3 4 ] E n t o n c e s c o m o e n t o n c e s , y v e r í a m o s . E .

h. L a c i u d a d e l a q u e F r a n c i s c o S f o r c i a e d i f i c ó e n M i l á n , h i zo

má s a tre vi d o s á lo s p rí nc i p e s d e su f a mi l i a , y se vo lvi e ro n c o n e l lo

má s v i o le nto s y o d i o so s . D i c e M a qu i a ve lo . [Disc., 1. 2, c a p . 24].

A ñ a d e q u e " e s t e c a s t i l l o n o s i r v i ó e n l a a d v e r s i d a d d e l o s S f o r -

c i a s , ni á los f ra nc e se s , c u a nd o u no s y o tro s le p o se í a n su c e s i va -

me nte ; s i no qu e , p o r e l c o ntra ri o , le s p e rj u d i c ó i nf i ni to , á c a u s a

d e qu e sa t i s f e c ha su so be rb i a c o n p o se e rle , h i z o qu e lo s u no s y lo s

o tro s se d e sd e ñ a ra n d e tra ta r c o tí re sp e to y mi ra m i e nto a l p u e -

blo . " — " S i c o nstru y e s f o rta le z a s , p ro s i g u e M a qu i a v e lo , te s i rve n

e l la s e n t ie mp o d e p a z , p e ro ú ni c a me nte p a r a ha c e rte má s o sa d o

e n m a l t r a t a r á tu s su bd i to s ; y en t i e mp o d e g u e rra , te so n i nú t i -

le s , p o rqu e ha l lá nd o s e e mb e st i d a s e nto nc e s p o r lo s e ne mi g o s y

sú bd i to s tu yo s , e s i mp o si ble qu e e l la s re s i s ta n á u no s y o tro s

S i q u i e r e s r e c u p e r a r u n E s t a d o p e r d i d o , n o lo c o n s e g u i r á s n u n c a

p o r me d i o d e tu s f o rta le z a s , á no se r q u e te ng a s u n e j é rc i to qu e

p u e d a p e le a r c o ntra e l qu e te d e sp o j ó . P e r o s i tu vi e ra s u n e j é rc i -

t o , p o d r í a s r e c u p e r a r t u E s t a d o , a u n c u a n d o c a r e c i e r a s d e f o r t a -

le z a s . ' '



a lgu no s s ocor r os d e M i lá n, y re cu p e r a r s u e s t a d o

(35). E nto nce s, no permitían las circun stancia s que

los extranjeros vinieran al socorro del pueblo (36).

Pe r o e n lo s u ce s i vo , cu a nd o C é s a r Bor g i a fu é á a t a -

car á esta conde sa, y que su pueb lo al que ella te-

ní a p or e ne mi go s e r e u ni ó con e l e x t r a nj e r o cont r a

sí misma, le fueron casi inúti les sus fortalezas (37).

Ent on ce s , y a nt e r i or me nt e , le hu bi e r a va l i d o má s

á la condesa el no estar aborrecida del pueblo, que

e l t e ne r la s (38 ) . Bi e n cons i d e r a d a s t od a s e s t a s co-

s a s , a la ba r é t a nt o a l qu e ha ga for t a le za s , como a l

que nos las haga ; pero censuraré al que fiándose

mucho en ellas , tenga por causa de poca monta, el

odio de sus pueblos (39)

JfpíZZZtT™*

bastaDte

p a r a , a

i

u s t i f i c a d 6 n

( 3 6 ) E l l a n o t e n í a u n e j é r c i t o c o m o el m í o . E .

d e f e n i r

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N o s e r a b o r r e c i d o de l p u e b l o ? v u e l v e s i e m p r e á

d d p u e b l o E ^ ^

V a l e n d e r t a m e n t c

" a m o r

3 0 ) P u e d e s a l a b a r m e a n t i c i p a d a m e n t e .

C A P I T U L O X X I .

C Ó M O D E B E C O N D U C I R S E U N P R I N C I P E P A R A A D Q U I R I R

A L G U N A C O N S I D E R A C I O N .

Ni ngu na cos a le gr a nj e a má s e s t i ma ci ón á u n

p r í nci p e qu e la s gr a nd e s e mp r e s a s , y la s a c ci one s

r a r a s y ma r a vi l los a s (1 ) . De e l lo nos p r e s e nt a

nu e s t r a e r a u n a d mi r a ble e j e m p lo e n F e r na nd o V

R e y d e A r a g ó n , y a c t u a l m e n t e m o n a r c a d e E s p a -

ña . Pod e m os mi r a r le ca s i com o á u n p r í nci p e n u e -

vo [2 ], p orque de rey débil que él era, l legó á ser

por su fam a y gloria, el primer rey de la cristian-

d a d (3 ) . Pu e s b i e n, s i cons i d e r a mos s u s a cci one s ,

la s ha l la r e mos t od a s s u ma me nt e gr a nd e s ; y a u n a l-

gu na s nos p a r e ce r á n e x t r a or d i na r i a s (4) . A l come n -

( 1 ) C o n e l l a s m e h e e l e v a d o y ú n i c a m e n t e c o n e l l a s p u e -

d o s o s t e n e r m e . S i y o n o h i c i e r a o t r a s n u e v a s q u e s o b r e p u -

j a r a n á l a s a n t e r i o r e s , d e c a e r í a . R . I .

( 2 ) L o s h a y d e m u c h a s e s p e c i e s . E .

( 3 ) L l e g a r é á s e r l o . E .

( 4 ) N o m á s q u e (a s m í a s . R . I .



3 2 2 M A Q U I A V E L O C O M E N T A D O

za r á r e i na r a s a l t ó e l r e i no d e Gr a na d a [5 ] , y e s t a

e m p r e s a s i rv i ó d e f u n d a m e n t o á s u g r a n d e z a . L a

h a b í a c o m e n z a d o d e s d e l u e g o s in p e l e a r ni m i e d o

d e ha l la r e s t or bo e n e l lo , e n cu a nt o s u p r i me r cu i -

d a d o h a bí a s i d o t e ne r ocu p a d o e n e s t a gu e r r a e l

á n i m o d e l o s n o b l e s d e C a s t i l l a . H a c i é n d o l e s p e n -

s a r i nce s a me nt e e n e l la , los d i s t r a í a d e d i s cu r r i r e n

m a q u i n a r i n n o v a c i o n e s d u r a n t e e s t e t i e m p o ; y d e e s -

t e mod o a d qu i r í a s obr e e l los , s i n qu e lo e cha s e n d e

ve r , mu cho d omi n i o y s e p r op o r ci on a ba u na s u ma

e s t i ma ci ón [6] . Pu d o e n s e gu i d a , con e l d i ne r o d e

la i g le si a y d e los p u e blos , m a nt e ne r e j é r ci t os , y

for ma r s e , p or me d i o d e e s t a la r ga gu e r r a , u na bu e -

n a t r o pa , q u e a c a b ó a t r a y é n d o l e m u c h a g l o r i a ( 7 ) .

A d e m á s , a le ga n d o s i e m p r e e l p r e t e x t o d e la r e li -

g i ón p a r a p od e r e j e cu t a r ma y or e s e m p r e s a s , r e cu -

r ri ó a l e x p e d i e n t e d e u na cr u e ld a d d e vo t a ; y e chó

á los mor os d e s u r e i no qu e con e l lo qu e d ó l i br e d e

( 5 ) H a c e r o tr o ta n t o c o n l a E s p a ñ a . R . C .

( 6 ) M i s c i r c u n s t a n c i a s s e d i f e r e n c i a b a n m u c h o d e l a s s u -

y a s e n m i e m p r e s a c o n t r a l a E s p a ñ a , p a r a q u e y o t u v i e r a

e n m i im p e r i o i g u a l e s t r i u n f o s . P o r l o d e m á s m e p o d í a p a -

sa r s in e l lo . R . I .

( 7 ) F e r n a n d o f u é m á s f e l i z q u e y o , ó t u v o o c a s i o n e s m á s

f a v o r a b l e s . E l h a c e r o b r a r á m i h e r m a n o [ i A h ¡ q u é h e r -

m a n o ] ¿ N o e s c o m o s i y o m i s m o o b r a r a ? R . 1 .

32 3

su p r e s e nci a (8 ) . No p u e d e d e ci r s e cos a ni ngu na

má s cr u e l , y j u n t a m e n t e más extraordinaria, que lo

que él ejecutó en esta oca s i ón. Ba j o e s t a mi s ma

capa de religión, se d i r i gi ó d e s p u é s d e e s t o cont r a

e l A fr i ca , e mp r e n d i ó s u conqu i s t a d e I t a l i a y a ca -

ba d e a t a ca r r e ci e nt e me n t e á la F r a nci a . C o nc e r t ó

s i e mp r e gr a nd e s cos a s qu e l le na r on d e a d mi r a ci ón

á sus pueblos, y t u vi é r on p r e ocu p a d os s u s á ni mos

co n las resultas qu o e l la s p od í a n t e ne r (9 ) . A u n

hi zo e nge nd r a r s e s u s e mp r e s a s e n t a nt o gr a d o má s

p or ot r a s ( 1 0 ) , qu e e l la s no d ie r on j a má s á s u s go-

bern ados lug ar para respirar, ni poder urdir ningura

t r a ma cont r a él ( 11 ).

( 8 ) M i d e v o c i ó n de l c o n c o r d a t o n o p u d o a u t o r i z a r m e

m a s q u e p a r a e c h a r á lo s s a c e r d o t e s q u e s e h a b í a n m o s t r a -

d o s i e m p r e y q u e s e m o s t r a b a n t o d a v í a r e a c i o s á l a s p r o -

m e s a s y j u r a m e n t o s . N o m e e r a n n e c e s a r i o s m a s q u e d ó c i -

l e s y b i e n j e s u í t i c o s . D e c u a n d o e n c u a n d o v e j a r é p o r c á l -

c u l o á los Padres de la Fe

¡

F e s c h e le s p r o t e g e r á y e l l o s le

h a r á n P a p a . R . C .

( 9 ) E l t e n e r s i e m p r e e m b o b a d o s á m i s p u e b l o s , d á n d o -

l e s d e c o n t i n u o q u e h a b l a r s o b r e m i s t r i u n f o s ó m i s m i r a s

e n g r a n d e c i d a s p o r e l g e n i o de la a m b i c i ó n : e s t o n o p u e d e

m e n o s d e s e r m e ú t i l í s i m o . R . C .

( 1 0 ) A e l l o m e d e d i q u é e s p e c i a l m e n t e e n m i s t r a t a d o s

d e p a z , h a c i e n d o i n s e r t a r s i e m p r e e n e l l o s a l g u n a c l á u s u l a

p r o p i a p a r a e n g e n d r a r e l p r e t e x t o d e u n a n u e v a g u e r r a i n -

m e d i a t a . R . I.

( 1 1 ) E s t a m b i é n u n o d e m is fines en la a t r o p e l l a d a s u -

c e s i ó n d e m i s e m p r e s a s . R . I .



I I P I I '

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:

P l l

S i -

Es t a mbi é n u n e x p e d i e nt e mu y p r ove chos o p a r a

u n p r í nci p e d e i ma gi na r cos a s singulares en el go -

bi e r no int e r i or d e su Es t a d o (1 2) , com o las que se

cu e nt a n d e M os s e n Ba r n a bó V i s cont i d e M i lán (a).

C u a nd o s u ce d e qu e u na p e rs ona h i zo , e n e l or d e n

civi l, una acción nada comú n, tan to en bi e n como en

mal, es mene ster hallar , para premiarla (13) ó cas-

t i ga r la (1 4) , u n mod o not a ble qu e a l p ú bl i co d é

a mp li a ma t e r i a d e ha bla r ( b ) . En u na p a la br a (15 )

el príncip e debe, ante todas cosas, ingen iarse p a r a

que cada una de sus operaciones se dir i ja á propor-

ci ona r le la fa ma d e gr a nd e hombr e , y d e p r í nci p e

d e u n s u p e r i or i nge ni o \_c].

[ 1 2 ] P e r o c o n v i e n e c i e r t a m e n t e q u e e s t a s c o s a s d e s l u m -

h r e n c o n e l f a u s t o , y q u e n o e s t é n d e s n u d a s e n t e r a m e n t e

d e a l g u n o s v i s o s d e u t i l i d a d p ú b l i c a . R . I

[ 1 3 ] L a i n s t i tu c i ó n d e m i s p r e m i o s d e c e n a l e s . R . i .

[ 1 4 ] N o p u e d e i n v e n t a r s e y a n a d a e n e s t e r a m o . R . I .

R

T e c o m p r e n d o , y m e c o n f o r m o c o n t u s c o n s e j o s .

a . Los r as gos q ue t en em os q ue pr es en t ar de l a or i g i n a l i dad de

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e r n a t l

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q ue ech ar í a b i en adel an t e l as s i gui en t es ; y l a r em i t i m os a l fin

del pr es en t e t r a t ado de Maq ui av el o . '

3 1

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ae r l a ob edi en ci a . Des ped í a á es t os

o f i c i a l e s y ech ab a del s er v i c i o á a q u e l l o s g e n d a r m e s , a s i g n a b a

di v er s as pen s i on es , p a s a b a el t i em po h aci en do y des h aci en do á

l a s g e n t e s h ac í a h ab l ar m ás de s í en e l r e i no q u e h h o M o n a r c a

n i n g u n o , e t c . " [Me m., 1. 6, c . 8] , m on ar c a

c. L o s pr i n c i pa l es des v el os de un P r í n ci pe deb en di r i g i r s e á

a d q u i r i r l e f a m a : Proeapua rerum adfamam dirtgeudaf'Tácit¡

Se d á á e s t i ma r t a mbi é n, c u á n e s r e s u e l t a me n t e

a mi g o ó e ne m i go d e los p r í nci p e s i nme d i a t os ; e s

d e ci r , cu a nd o s i n t i mi d e z s e d e c la r a n e n fa vor d e l

u no cont r a e l ot r o ( 16) . Es t a r e solu ci ón e s s i e m-

p r e má s ú t i l qu e la d e qu e d a r ne u t r a l (17 ) ; p or qu e

cu a n d o d os p ot e nci a s d e t u ve ci nd a d s e d e cla r a n

entre s í la guerra, ó son tales que, s i la una llega á

ve nce r , t e nga s fu nd a me nt o p a r a t e me r la d e s p u é s ;

ó bien ningu na de ellas es propia para in fund irle

s e m e j a nt e t e mor (1 8 ) . Pu e s b i en, e n u no y ot r o

caso, le será s iempre m ás úti l ei declara rle, y h acer

t ú mi s mo u na gu e r r a f r a nca ( 19 ) . E n e l p r ime r o, s i

no t e d e cla r a s , s e r á s s i e m p r e e l d e s p o j o d e l qu e ha -

ya t r i u nfa d o (20); y e l ve nci d o e x p e r i me nt a r á gu s -

t o y cont e nt o con e l lo (21 ) . No t e nd r á s e nt onc e s

[ 1 6 J S a l v o e l h a c e r d e s p u é s e l c o n t r a p u n t o . R . C .

[ 1 7 ] I n d i c i o d e l a m a y o r d e b i l i d a d d e a r m a s y g e n i o .

R . C .

[ 1 8 ] P a s e : n o t o m o á n i n g u n a e n p a r t i c u l a r ; y l a s t e n -

d r é d i v i d i d a s h a s t a q u e p u e d a r e u n i r í a s á m í . R . C .

[ 1 9 ] N o h a y o t r o . R . I .

[ 2 0 ] A s í e s c o m o lo s n e u t r a l e s d e l a s l i g a s a n t e r i o r e s

f u e r o n d e s p o j o m í o . R . 1 .

[ 2 1 ] D i s p o s i c i o n e s d e q u e m e a p r o v e c h o s i e m p r e á c o s -

t a s uy a . R . I .

A n n . 4) . Deb e s er com o Muci an o q ue s ab í a dar l uci m i en t o á cuan -

t o é l d e c í a y ' h a c í a : Omnium quoe diceret, atque a.geret, arte quá-

dam osténtalo)-. (Hist . 2).



326


á ni ngu no q u e s e c o m p a d e z c a d e tí , ni que venga á

socorrerte, y ni au n que te dé un asi lo. El que ha

v e n c i d o no qu i e r e á s o s p e c h o s o s am i g o s , q u e no le

auxilien en la a d v e r s i d a d . N o le aco ger á el que

e s ve nci d o, s u p u e s t o qu e no qu i s i s t e t oma r la s ar -

ma s p a r a cor r e r la s c o n t i n g e n c i a s d e s u for t u na [22] .

H a b i e n d o p a s a d o A n t i o c o á G r e c i a , en d ond e le

l l a m a b a n lo s E t o l i o s para echar de allí á los roma-

nos, envió u n e m b a j a d o r á lo s A c a y o s p a r a inducir-

los p e r ma ne ce r n e u t r a le s , mi e nt r a s qu e le s r oga -

ban á los r o m a n o s q u e s e a r ma s e n en f a v o r s u yo.

E s t o fu é ma t e r i a d e u n a d e l i be r a ci ón e n los cons e -

j os d e lo s A c a y o s . E n él insistía el en via do de A n

tioco en que se resolviesen á la ne u t r a l i d a d ; p e r o e l

d i p u t a d o d e los r oma n os qu e s e ha l la ba p r e s e nt e

le refutó por el t e n o r s i gu i e nt e : « S e d i ce que el

p a r t i d o má s s a bi o p a r a vos ot r os , y más úti l para

vu e s t r o Es t a d o, e s q u e no t o m é i s p a r t e n i n g u n a en

a gu e r r a q ue h a c e m o s ; o s e n g a ñ a n [ 2 3 ] . "N o po -

d é i s t oma r r e s olu ci ón ni ngu na m á s o p u e s t a á v u e s -

tros intere ses; porq ue si no t omá i s p a r t e ni ngu n a

en vuestra guerra, p r i v a d o s v o s o t r o s e nt on ce s d e

[ 2 2 ] B u e n a r e f l e x i ó n p a r a o t r o s d i f e r e n t e s d e m í .

y

es -

p e c i a l m e n t e p a r a l o s q u e n o t u v i e r o n n u n c a b a s t a n e s a n o

j u i c i o p a r a h a c e r l a . R . I . ^ « L d n r e s a n o

, J

2 3

A

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s i

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h a r é

p a b l a r á l o s p r í n c i p e s d e A l e m a n i a c u a n -

? h ,

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r V í

m i f a m o s a

e x p e d i c i ó n d e R u s i a ; ha r é m a r -

c h a r á l o s o t r o s s i n e s t o . R . I .

r

327

toda consideración , é indign os de toda g racia, ser-

vi r é i s d e p r e mi o i nfa l i b le me nt e a l ve nce d or [*/].

Not a b i e n qu e el que el que te pide la neutrali-

d a d , no e s j a má s a mi g o t u yo ; y qu e p or e l cont r a -

rio, lo es el que solicita que te declares en favor su-

yo, y t om e s las a r ma s e n d e fe ns a d e s u ca u s a . Lo s

príncip es irresolutos que quieren evitar los peligros

d e l mome nt o, a t r a s a n con la ma yor f r e cu e nci a la

vía de la n e u t r a l i d a d ; p e r o t a mbi é n con la ma yo r

fr e cu e nci a ca mi na n há ci a s u r u i na [ 2 4 ] . C u a n d o s e

d e cla r a el p r í nci p e ge ne r os a m e nt e e n fa vor d e u na

de la s p ot e nci a s co nt e nd i e n d i e nt e s , s i a q u e l l a á la

que se une, tr iunfa, y aun cuand o él que dara á su

discresión, y que ella tuvier a una g ran fuerza , no

t e nd r á qu e t e me r la , p or qu e le e s d e u d or a d e a lgu -

nos fa vor e s y le ha br á cog i d o a mor . Lo s homb r e s

n o s on nu nca ba s t a nt e d e s ve r gonza d os p a r a d a r

e j e m p l o de la e nor me i ngr a t i t u d qu e ha br í a e n op r i -

mi r t e en s e m e j a n t e c a s o [ 2 5 ] . P o r otra parte, las

[ 2 4 ] S e m o s t r a r o n d é b i l e s , y p o r e s t o m i s m o p o d í a n m i -

r a r s e c o m o p e r d i d o s . R - I .

( 2 5 ) ¿ V a l í a n , p u e s , l o s h o m b r e s d e e n t o n c e s m ás q u e

l o s d e a h o r a e n q u e s e m e j a n t e s c o n s i d e r a c i o n e s n o p a r a n y

n i a u n s e h a c e n ? N u e s t r o s i g l o d e l u c e s d i l a t ó m a r a v i l l o -

s a m e n t e l a e s f e r a d e l a c i e n c i a p o l í t i c a . R . I .

d. En este caso, dice T i t o Livio, sereis, sin honor, el premio

d e l q u e h a y a v e n c i d o : Ouippé sine digmtate proem ium victons

eritís (L 35) — L a neutra l ida d no es buena ma s q ue pa ra e l P r i n -



victo rias no son jamás tan pró speras, que d ispen -

sen al venc edor de tener algún miram iento conti-

go y p a r t i cu la r me nt e a lgú n r e s p e t o á la j u s t i c ia [26 ]

Si , por el contrario, aquel con quien te unes es

ven cido, serás bien visto de él. Sie mp re q ue ten

ga la posibi lidad de ello, irá á tu socorro, y será el

com p a ñe r o d e t u for t u na qu e p u e d e me j or a r s e en

a lgú n d í a (27 ) .

En el segun do caso, es decir , cuand o las poten-

cias que luchan una contra otra, son tales que no

t e nga s qu e t e me r na d a d e la qu e t r i u nfe , cu a lqu i e -

ra que sea, h ay tanta m ás pru dencia en unirte á

una de ellas , cuanto por este medio concurres á la

ruina de la otra, con la ayuda de aquella misma que,

si ella fuera prudente, d ebería salvarla (28) Es

imp osible que con tu socorro ella no tr iun fe y su

vi ct or i a e nt once s no p u e d e me nos d e p one r lk á t u

discreción (29).

[ 2 6 ] C a d a u n o l a e n t i e n d e á s u m o d o . R I

r «1 r

l e

S °

P a m I o s

P e p i n o s . R . I

[ 2 9 ] T o d a s é s t a s l l e g a r á n á e s t o . R . I .

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o f en d e s i e m p re á l o s p r f n c ¿ ? s S e ñ L ^

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e , l a

e l má s f u e rte , ó u ni rse c o n

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^eTó e"

P U C S

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6 8 p r e c i s 0 s e i

Es ne ce s a r i o not a r a qu í qu e u n p r í nci p e cu a nd o

quiere ataca r á otros, d eb e cuid ar s iemp re de no

a s oci a r s e con u n p r í nc i p e má s p od e r os o qu e é l , á

no ser que la necesidad le obligue á ello como lo he

d i cho m á s ar r i ba [3 0 ]: p or qu e s i e s t e t ri u nfa , qu e -

d a s e s cla vo e n a lgú n mod o L3

1

1 - Ahora bien, los

p r í nci p e s d e be n e vi t a r , cu a nt o le sea posible, el que-

d ar á la disposición de los otros [ 3 2 ] . Lo s ve ne ci a -

n os se ligaron con los fran cese s p ara luchar contra

el d u qu e d e M i lá n; y e s t a confe d e r a ci ón, d e la qu e

e l los p od í a n e x cu s a r s e , ca u s ó s u r u i na [3 3 ] . Pe r o

s i u no no p u e d e e x cu s a r s e d e s e me j a nt e s l i ga s , co-

mo s u ce d i ó á los f lor e nt i nos , cu a nd o e l Pa p a y la

Es p a ña fu e r on, con s u s e j é r ci t os r e u ni d os , á a t a ca r

la Lo mb a r d í a ; e nt once s , p or la s r a zone s qu e l le vo

dichas, debe unirse el príncipe con los otros.

Qu e ni ngú n E s t a d o , p or lo d e má s . , cre a p o d e r

nu nca , e n s e me j a nt e c i r cu ns t a nci a , t oma r u na r e s o-

lu ci ón s e gu r a [ 3 4 ]; q

u e

piense, por el contrario, en

qu e no p u e d e t oma r la ma s q ue dudos a, po rque es

c o n f o r m e al or d i na r i o cu r s o d e la s cosas que no tra-

te un o d e e vi t a r n u n c a u n i nconve ni e nt e s i n ca e r e n

( 3 0 )

H a g o

o f r e c e r d e e s t o p a r a e l l a s . R. I .

( 3 1 ) h i l a s lo s e r á n . R . I.

( 3 2 ) N o e s n e c e s a r i o q u e e l l a s p u e d a n e v i t a r l o . R. I .

( 3 3 ¡ P o b r e e j e m p l i l l o 1\. C .

( 3 4 ) P u e d e c o n t a r u n o c o n s u f o r t u n a . R . C .

— 4 2



ot r o [3 5 ] . La p r u d e nci a cons i s t e e n s a be r conoce r

s u r e s p e ct i va ca i i d a d y t oma r p or bu e no e l p a r t i d o

me nos ma lo [_e\

Un p r í nci p e d e be ma ni fe s t a r s e t a mbi é n a mi go

ge ne r os o d e los t a le n t os y honr a r á t od os a qu e l los

gobe r n a d os s u yos qu e s obr e s a le n e n cu a lqu i e r a r

t e (3 6 ) . En su cons e cu e n ci a d e be e s t i m u la r á los

ci u d a d a nos á e j e r ce r p a cí f i ca me nt e s n p r ofe s i ón, s e a

en el com ercio, sea en la agricu ltura, sea en cual-

qu i e r ot r o of i c i o ; y h a ce r d e mo d o qu e , p or e l t e

mor d e ve r s e qu i t a r el fruto de sus tareas, no se

a bs t e nga n d e e nr i qu e ce r con e l lo s u Es t a d o, y qu e

por el de los tr ibutos, no sean disu adid os d e ab rir

u n n u e v o c o m e r c i o ( 3 7 ) . U l t i m a m e n t e , d e b e p re -

p a r a r a lgu nos p r e m i os p a ra cu a lqu i e r a qu e qu i e r e

ha ce r e s t a ble ci mi e nt os ú t i le s , y p a r a e l qu e p i e ns a ,

[ 3 5 ] L o s h a y s i e m p r e m á s , ó m á s g r a v e s d e un l a d o q u e

de o t r o . R . C .

[ 3 6 ] M u l t i p l i c a s l o s p r i v i l e g i o s d e i n v e n c i ó n . R. C.

[ 3 7 ] L o s t r i b u t o s n o e s p a n t e n n u n c a á l a c o d i c i a m e r -

c a n t i l . R . C .

Maqu iave l o d ic e e n o tro l u g ar (His t . , 1 . 2): qu e "e l q u e a g u a r -

da que los sucesos se a c a r r e e n f a c i l i d a d e s p a r a o b r a r , n o e m p r e n -

d e j a m a s cosa ning u na; y s i e mp re nd e al g u na, se c o nvie rte su

empresa con la m a y o r fre c u e nc ia e n p e r ju ic io su y o ." E l c é l e bre

f r a i l e P a o i o Sarp i , d e c ía: ' "He no tad o e n to d os l o s ne g o c io s d e

e ste mu nd o , qu e ning u na c o sa p re c ip i ta más p ro nto e n e l p e l ig ro ,

qu e e l su mo c u id ad o d e al e j ars e d e é l ; y qu e l a mu c ha p ru d e nc ia

d e g e ne ra c o mu nme nte e n imp ru d e nc ia."

P O R N A P O L E Ó N 3 3 *

sea del modo que se qu iera, en multip licar los re-

cu r s os d e s u c i u d a d y Es t a d o (3 8 ) .

La obligación es además ocupar con fiestas y es-

p e ct á cu los á s u s p u e blos (3 9) , e n a qu e l t i e mp o d e l

a ño e n qu e convi e ne qu e los ha ya (/ ) . C omo t od a

ciudad está dividida, ó en grem ios de oficios, ó en

t r i bu s (40) . d e be t e ne r mi r a mi e nt os con e s t os cu e r -

pos (41), reunirse á veces con ellos {g). y dar allí

( 3 8 ) ¿ S e m u l t i p l ic a r o n n u n c a t a n t o e s t o s m e d i o s c o m o

y o l o h i c e ? R. 1 .

( 3 9 I L a s f i es ta s y f u n c i o n e s d e I g l e s i a n o p o d í a n s e r v i r -

m e . S u s u p r e si ó n s e c o m p e n s a m u c h o m á s ú t i lm e n t e p a r a

m í , c o n l a p o m p a d e m i s t i e s t a s c i v i l e s . R . 1 .

1.4.0) E s m u y p o p u l a r . R . C .

( 4 1 )

B a s t a

c i e r t a m e n t e c o n m o s t r a r s e e n l a s r e u n i o n e s

t e a t r a l e s . R . C .

f. L o s ro mano s c onte ntaban á l o s p u e bl o s mu c ho más p ro p o rc io -

nánd o l e s d iv is io ne s qu e abru mánd o l o s c o n su s armas: Voluptati-

bus. ouibus Romani plus adversas subjectos, quám armts valent.

( T á c i t His t . 4). Ag r íc o l a afe minó e l natu r al fe ro z d e l o s ing l e -

ses en tanto g r a d o con el l u jo , qu e l l am aban e n é l d u l zu ra y mo-

d e rac ió n lo que los h a c í a e sc l avo s á to d o s : " Ut ho mine s d isp e rs i

ac ru d e s , e o qu e be l l o fác i l e s ; qu ie t i et otio per voluptates^ assues-

c e r e n t . . . . i d q u e ap u d imp e rito s hu m anitas vo c abatu r c u m p a rs

servitutis esset. l l b i d . ]

g A u g u s t o s e c o n d u c í a a s í : Indulserat ei lúdicro.... Ñeque ip-

seabhorrebat tatibas studiis, et civile verebatur misceri voluptati-

bus va/si

(Tác i t . , Ann.

1 ) . —

" E l p u e b l o qu e qu ie re d ive rs io ne s , se

al e g ra d e ve r p a r t i c i p a r de e l l a s á su P r ínc ip e , y d e te ne r l e en

algún modo por compañero s u y o . " Ut cst imlgus cupicns volupta-

tern, et, si evdcm princeps trahat, loetum ( A n n . 1 4 ) . - A l t i e m p o d e

la elección de l o s c ó nsu l e s , se me zc l aba Vi te l io c o mo u n p art ic u -

l ar e ntre l o s p re te nd ie nte s ; au n p ro c u raba c o nc i l l arse e l afe c to y

votos de l p u ebl o , p re s id ie nd o e n l a s d ive rs io ne s te atral e s y d e l



e j e m p l o s d e h u m a n i d a d y mu ni f i ce nci a , c o n s e r v a n -

do sin emb argo , de un modo inalterab le, la ma j e s -

tad de su clase (/*); cuidand o ta nto má s necesario,

cuan to estos actos de popularidad (42): no se ha-

cen nunca sin que se h umille en algún m odo su dig-

nidad (43).

(42•> E s m e n e s t e r se r s o b r i o e n e l l o . R. C.

( 4 3 ) E s t o n o e s s i n o m u y c i e r t o , p o r m á s a t e n c i ó n q u e

se p o n g a . R . I .

C i r c o : Comitia consu lum cuín eandidatiscivititerobservan*, omnem

injimoe plebis rumorem in theatro, ut expectalor, in Circo, nt fau-

tor aflectavit ( Ibid .)

' ' t i . Ag r í c o l a, d ic e Tác i to , se conducía de modo q ue su f a m i l i a r i -

d ad y qu e su se ve r id ad no p e r ju d ic aba al amor qu e l e te nían: "

lia tu nee illi autjacihtas auctorilatem. aut servitus amarem dimi-

nuat ( In Ag rie .)

C A P I T U L O X X I I .

I ) E L O S S E C R E T A R I O S ( Ó M I N I S T R O S ) D E L O S P R Í N C I P E S .

No es esta de poca importancia para un príncipe

la buena elección de sus ministro s; los cuales son

buen os ó malo s según la pruden cia de que él usó

en ella (1). El primer juicio que hac em os desd e lue-

go sobre un príncipe y sobre su espíritu, no es mas

qu e conj e t u r a (2 ) ; p e r o l le va s i e mp r e p or fu nd a -

me nt o le g í t i mo la r e p u t a ci ón d e los hombr e s d e qu e

se rodea este príncipe (¿?). Cuando ellos son de una

( O P e r o e s t a p r u d e n c i a d e b e a c o m o d a r s e t a m b i é n á l a s

c i r c u n s t a n c i a s . L a s h a y t a l e s q u e e l m á s d i f a m a d o e s e l

m á s r e c o m e n d a b l e . R . C .

( 2 ) ¿ Q u é h u b i e r a n p e n s a d o d e m í , s i y o h u b i e r a t o m a d o

p o r m i n i s t r o s y c o n s e j e r o s á v a r i o s a m i g o s d e c l a r a d o s d e

l o s B o r b o n e s , c o n d e c o r a d o s c o n s u s c r u c e s d e S a n L u i s , y

c o l m a d o s d e m e r c e d e s p o r a q u e l á q u i e n y o s u s t i t u í a , y q u e

a s p i r a b a á s u p l a n t a r m e ? R . I .

a. Se g ú n re f ie re Tác i to , se vat ic inó bie n d e l re inad o d e Ne ró n,

viéndole elegir á Corbulón por Gene ral de sus ejércitos, porque es-

ta e le c c ió n mo straba qu e e l mé rito te nía l ibre l a e n trad a, y qu e

d ir i g ía u n bu e n c o nse jo al Pr ín c ip e : "D a tu ru m p l ané d o c u me n-

tu m, ho ne st is , an sanis , am ic is u te re tu r . s i d u c e m e g re g iu m. qu ám

si p e c u nio su m e t g ra t iá su bnixu m d e i ig e re t L o e t i , qu o d , D o -



suficien te capa cid ad , y que se man ifiestan fieles (3).

p od e m os t e ne r le p or p r u d e nt e á é l m i s mo p or qu e

ha s a bi d o con oce r l os ba s t a n t e bi e n y s a be ma nt e -

ne r los fi ele s á s u p e r s ona [ 4] . Pe r o cu a n d o s on d e

ot r o mod o, p od e mos for ma r s obr e é l u n i u i ci o p oco

fa vor a ble ; p or qu e ha come nza d o con u na fa l t a gr a -

ve t omá nd o los a s í (5 ) . No ha bí a ni ngu no qu e ,

vi e nd o á mos s e n A nt oni o d e V e na f í o , he cho mi ni s

t r o d t P a nd olfo Pé t r u ci , p r í nci p e d e S i e na , no j u z-

ga r a qu e Pa nd olfo e r a u n hombr e p r u d e nt í s i mo,

p or e l s o lo he cho d e ha be r t oma d o p or mi ni s t r o á

Antonio. (6).

Pe r o e s ne ce s a r i o s a be r qu e ha y e nt r e los p r í nci -

( 3 ) P u e d e h a l l a r t o d o e s t o e n u n s u j e t o d e s a c r e d i t a d o ,

m u c h o m e j o r q u e e n a q u e l c u y a r e p u t a c i ó n h u e l e c o m o b á l -

s a m o . R . C .

( 4 ) A q u í e s t á l a d i f i c u l t a d y e n e s t o h a l l a r á n e l l o s s u r u i -

n a . E .

1 5 ) N o s a b e e v i t a r l o e l q u e n o c o n o c e á l o s h o m b r e s , y

q u e s e d e j a d i r i g i r p o r o t r o e n l a s e l e c c i o n e s q u e s e h a -

c e n. E .

( 6 ) V é a n s e s u s e l e c c i o n e s y j u z g a d . E .

mit iu m Co rbu l o ne m p ro e p o su e rat , v id e b atu rqu e l o c u s v ir tu t ibu s

p ate fa c tu s" [A nn. 1 3] . "M e p are c e , d ic e Co mine s (Me m., 1 . 2 ,

c. 3), que uno de los may ore s aciertos q ue p uede mos trar un se-

ño r , e s c o mp ad rarse y c e rc arse d e p e rso nas v ir tu o sas y ho nrad as ;

p o rqu e e n l a o p inió n d e l as g e nte s p asa rá p o r te ne r l a c o nd ic ión

y natu ral d e aqu e l l o s qu e l e e s té n más arr imad o s á su l ad o . Y e n

e sto se fu nd a ba e l Pr ínc ip e d e O rang e , c u an d o d e c ía qu e e ra p re -

c iso ju zg ar d e l a c ru e l d a d d e l Re y F e l ip e II , p o r to d as a qu e l l as

qu e e l D u qu e d e Al ba e je rc ía imp u ne me nte e n l o s Paíse s B ajo s ."

p e s como e nt r e los d e má s hombr e s t r e s e s p e ci e s d e

ce r e br os . Lo s u nos i ma gi na n p or s í mi s mo s (7 ) ; los

s e gu nd os , p oco a com od a d os p a r a i nve nt a r , c oge n

con sagacida d lo que se les mues tra por los otro s

(8); y los terceros no conciben nada por s í mismos,

ni por los discursos ajen os (9). Lo s primo ros son

i nge ni os s u p e r i or e s ; los s e gu nd os , e x ce le nt e s t a le n-

tos; los terceros, son c om o si ellos no existieran

(10). Si Pandolfo no era de la primera especie, era

me ne s t e r p u e s ne ce s a r i a m e nt e qu e é l p e r t e ne ci e r a

á la segun da. Por esto solo que un príncipe, aun

sin poseer el ingenio inventiv o, está dot ado de su-

ficiente juicio para disernir lo b u e n o y ma lo qu e

ot r o ha ce y d i ce (11) , conoc e la s bu e n a s y ma la s

opera cion es de su ministro, sabe echa r de ver las

primeras, corregir las segu nda s; y no pudiendo_.su

mi ni s t r o conce bi r e s p e r a nza s d e e nga ña r le , s e ma n-

tiene íntegro, prudente y fiel

( 7 ) A e s t o m e a p e g o m á s . R . C .

(8 ) N o f a l t o á e l l o ; p e r o s i e m p r e c o n v i s o s d e u n a s u m a

s u p e r i o r i d a d i n t e l e c t u a l . R . C .

( 9 ) S o n u n o s e s t ú p i d o s y a n i m a l e s . M a q u i a v e l o o l v i d ó

l o s e s p í r i t u s s i s t e m á t i c o s y e n c a p r i c h a d o s c o n s u s s i s t e -

m a s . R . C .

( 1 0 ) L o s c u a r t o s se p i e r d e n c r e y e n d o c o n s o b e r b i a q u e

h a c e n l o q u e h a y d e m e j o r . E .

( i f ) J o s é t i e n e á lo m e n o s e s t a e s p e c i e de c a b e z a . R. 1.

/> Po r esto S e j a n o , qu e c o no c ía l a habi l id ad y p e ne trac ió n «le

Tib erio , quer ía, en el princ ipio de su rein ado, da rse : i conocer



Pero, ¿cómo conoce un príncipe s i su ministro es

bu e no ó ma lo? hé a qu í u n me d i o qu e no i nd u ce j a -

má s á error. Cu an do ves á tu ministro pen sar mas

en sí que e n tí, y que , en todas sus accion es, inquie-

r e s u p r ove ch o p e r s on a l ; p u e d e s e s t a r p e r s u a d i d o

de que este homb re no te servirá nu nca bien [ 12 ].

No podrás estar jamás seguro de él (r), porque fal-

ta á la prime ra d e las m áxim as mo rales de su

cond i ci ón. Es t a má x i ma e s qne e l qu e ma ne j a

los ne goci os d e u n Es t a d o , no d e be nu nca p e ns a r

en sí mismo, s ino en el príncipe (13), ni recordárle

( 1 2 ) H a c e r c u a n t o s e a p o s i b l e , q u e é l n o p u e d a p e n s a r

e n s u s i n t e r e s e s m a s q u e o c u p á n d o s e e n l o s t u y o s . R . C .

( 1 3 ) N u n c a : e s m u v s e v e r o ; p e r o s i p i e n s a m á s e n s í q u e

e n m í , l o v e r é a l p u n t o , y Via vía. R . ¿ .

c o n l a s a b i d u r í a d e s u s c o n s e j o s : Sejanus, incipiente adhuc polen-

tni. bonis cunsi/iis notescere volebat ( T á c i t . . A n n . 41 .

c. D e sp u é s qu e Se jan o hu bo sal vad o l a v id a á Tibe r io , en l a

g ru ta d e l a Sp e l u nc a, é s te , d ic e Tác i to , p u so u na e nte ra c o nf ian-

za en él, como en un sujeto que hab ía cuida do más de la vida de

su Pr inc ip e qu e d e l a su ya p ro p ia: major ex eo, et, ut nonsuá an-

xius cum J,de audiebatur [Ann. 4| . Tig e l l ino , p ara p e rd e r á su s

é mu l o s , d e c ía a Ne ró n qu e é l no e ra c o mo B u rro qu e te nía v ar ias

p re te ns io ne s y e sp e ranz as ; qu e e n c u anto á s í mismo , no te nía más

hn qu e l a sal u d d e e s te Pr ínc ip e : Non se ut Burrhum, diversas

s/>es. sed solum incolumitatem Neronis spectare [ A n n . 1 4 ] T o d o s

l o s minis tro s t ie ne n ig u al l e ng u aje , añad e Ame l o td e l a Ho u ssaie .

pero su corazón contr adice á menudo lo .pie sus labios profieren

entonces. ^

jam ás cosa ningun a ( 14) que no se refiera á los in-

t e r e s e s d e su p r i nci p a d o (d ) .

Pe ro tam bién , por otra parte, el príncipe, á f in

d e cons e r va r á u n bu e n mi ni s t r o y s u s bu e na s y ge -

nerosa s disposic iones, deb e pensa r en él, rodea rle

de ho nores, enriqu ecerle, y atraér sele por el reco-

noci m i e nt o con la s d i gni d a d e s y ca r gos qu e é l le

confiera (e).

Los gr a d os honor í f i cos y r i qu e za s qu e é l le a cu e r -

d a , co lma n los d e s e os d e s u a mbi ci ón (1 5 ) y los

i mp or t a nt e s ca r gos d e qu e é s t e s e ha l la p r ovi s -

( 1 4 ) C o m o s a b e n e n c u b r i r s u s i n t e r e s e s b a j o el d e mi

r e i n a d o . R . I.

[ 1 5 ] . C u a n d o n o s o n c o m o l o s m í o s , g e n t e s q u e t i e n e n

t r a g a d a t o d a v e r g ü e n z a , q u e d a m á s h o n r a d e z e n m i r e i n o

d e I t a l ia . R . i .

d. T i b e r i o ridiculizó á u n se nad o r qu e se atre vía á hab l ar d e

los intereses de su f a m i l i a en el Senado , y le dijo que se había es-

tabl e c id o e l Se nad o p ara d e l ibe ra r so bre l o s ne g o c io s p ú bl ic o s y

110 p ara o ír l as imp e rt ine nte s d e ma nd as d e l o s p art ic u l ar e s : A e c

ideó á majoribus concesstun est egredi atiquandó relationcm, et quod

in commun e condncat toco sententiae pro/erre, ut privata negotia,

res familiares noslras hic augcamu s Efflugitatio et improvisa

cum atiis de rebus convencrint patres consurgere. [ A n n 2 . ]

c . As í l o e nte nd ía Tibe r io , c u and o d e c ía á Se jano : "N o te mo -

l e s tas p o r los ne g o c io s" d e tu famil ia; e n e l l o s p ie nso p o r t í ; y no

te d iré más aho ra; á su t ie mp o y l u g ar me manife s taré re c o no c id o

á l o s se rvic io s qu e me has he c ho : "Ip se qu id intrá animu m vo l u -tave r im, qu ibu s ad hu c ne c e ss i tu d in ibu s immisc e re te mihi p are m

amit tam ad p rae se ns re fe rre . Id tantü m ap e riam, nihi l e sse tam

excelsum, quod non virtutis istoe, tu u squ e in me animu s; me re an-

tu r , d ato qu e tempore, vel in se natu . ve l in concione non reticebo.

[ A n n . 4.] F e l ip e II . re y d e E sp añ a, d e c ía á Ru y Gó me z, su p r i-

me r minis tro : " C u i d a d e mis ne g o c io s y c u id aré d e lo s t u y o s . "



to, le hacen temer que el príncipe se a m u d a d o d e

su lugar, porque conoce bien que no puedp mante-

nerse má s que con él [16 J. Así , pues, cuan do el

p r í nci p e y mi ni s t r o e s t á n for ma d os y se c o n d u c e n

de este modo, pueden fiarse el uno en el ot r o (17 ) ;

pero s i no lo están, acaban s i e mp r e m al un o ú

otro (18).

[ 1 6 ] . i L o s t r a p a c e r o s h a n a p r e n d i d o h o y d í a á h a c e r s e

i m p o r t a n t e s e n t o d o s l o s g o b i e r n o s , a u n l o s m á s d i s p a r a -

t a d o s y c o n t r a r i o s . E .

[ 1 7 ] . B u e n o p a r a « t r o s t i e m p o s , ó en o t r a p a r t e q u e e n

F r a n c i a . R . I .

] i 8 ] . ¿ Q u i e n h u b i er a c r e í d o q u e s e r í a v o ? R e p a r a r é e s -

t o . E .

, -- -

H H H H

339

C A P I T U L O X X I I I .

C U Á N D O D E B E H U I R S E D E L O S A D U L A D O R E S .

No quiero pasar en si lencio u n p u nt o i mp or t a nt e

que consiste en una falta de la que se preservan los

p r í nci p e s d i f í c i lme nt e cu a nd o no s on mu y p r u d e n-

t e s ó ca r e ce n de u n t a ct o fino y juicioso. Es ta fal-

ta es más bien la d e lo s a d u la d or e s d e qu e e s t á n l le -

nas las cortes ( 1 ) ; pero se comp la ce n t a nt o los p r í n-

ci p e s e n lo qu e e l los mismos hacen, y en ello se en-

g a ñ a n con una tan natural propen sión, que ú nica-

m e n t e c o n d i fi cu l t a d p u e d e n p r e s e r va r s e cont r a el

c o n t a g i o d e la a d u la ci ón. A u n, con fr e cu e nci a , cu a n -

d o quieren librarse de e l la , corren peligro de caer

e n e l me nos p r e c i o (2 ) .

N o ha y ot r o me d i o para preserv arte del peligro

d e la a d u la ci ón, má s q u e h a ce r com p r e nd e r á los

[ 1 ] . S o n n e c e s a r i o s , n e c e s i t a d e s u i n c i e n s o u n p r í n c i -

p e : p e r o n o d e b e d e j a r s e d e s v a n e c e r c o n e l l o ; y e s t o e s l o

d i f í c i l . R . I .

[ 2 ] S i n o m e a l a b a r a n c o n p o n d e r a c i ó n , e l p u e b l o m e

t e n d r í a p o r i n f e r i o r á u n h o m b r e v u l g a r . R . 1 .



M A Q U I A V E L O C O M F. N T A D O

to, le hacen temer que el príncipe se a m u d a d o d e

su lugar, porque conoce bien que no puedp mante-

nerse má s que con él [16 J. Así , pues, cuan do el

p r í nci p e y mi ni s t r o e s t á n for ma d os y se c o n d u c e n

de este modo, pueden fiarse el uno en el ot r o (17 ) ;

pero s i no lo están, acaban s i e mp r e m al un o ú

otro (18).

[ 1 6 ] . i L o s t r a p a c e r o s h a n a p r e n d i d o h o y d í a á h a c e r s e

i m p o r t a n t e s e n t o d o s l o s g o b i e r n o s , a u n l o s m á s d i s p a r a -

t a d o s y c o n t r a r i o s . E .

[ 1 7 ] . B u e n o p a r a « t r o s t i e m p o s , ó en o t r a p a r t o q u e e n

F r a n c i a . R . I .

] i 8 ] . ¿ Q u i e n h u b i er a c r e í d o q u e s e r í a v o ? R e p a r a r é e s -

t o . E .

, -- -

H H H H


339

C A P I T U L O X X I I I .

C U Á N D O D E B E H U I R S E D E L O S A D U L A D O R E S .

No quiero pasar en si lencio u n p u nt o i mp or t a nt e

que consiste en una falta de la que se preservan los

p r í nci p e s d i f í c i lme nt e cu a nd o no s on mu y p r u d e n-

t e s ó ca r e ce n de u n t a ct o fino y juicioso. Es ta fal-

ta es más bien la d e lo s a d u la d or e s d e qu e e s t á n l le -

nas las cortes ( 1 ) ; pero se comp la ce n t a nt o los p r í n-

ci p e s e n lo qu e e l los mismos hacen, y en ello se en-

g a ñ a n con una tan natural propen sión, que ú nica-

m e n t e c o n d i fi cu l t a d p u e d e n p r e s e r va r s e cont r a el

c o n t a g i o d e la a d u la ci ón. A u n , con f r e cu e nci a , cu a n-

d o quieren librarse de e l la , corren peligro de caer

e n e l me nos p r e c i o (2 ) .

N o ha y ot r o me d i o para preserv arte del peligro

d e la a d u la ci ón, má s q u e h a ce r com p r e nd e r á los

[ 1 ] . S o n n e c e s a r i o s , n e c e s i t a d e s u i n c i e n s o u n p r í n c i -

p e : p e r o n o d e b e d e j a r s e d e s v a n e c e r c o n e l l o ; y e s t o e s l o

d i f í c i l . R . I .

[ 2 ] S i n o m e a l a b a r a n c o n p o n d e r a c i ó n , e l p u e b l o m e

t e n d r í a p o r i n f e r i o r á u n h o m b r e v u l g a r . R . 1 .



s u j e t os qu e t e r od e a n, qu e e l los no t e ofe nd e n cu a n-

do te dicen la verdad ( 3 ) . Pe r o s i ca d a u no p u e d e

d e cí r t e la (4) , no te fa l t a r á n a l r e s p e t o ( a ) . Pa r a

evitar este peligro, u n p r í nci p e d ot a d o d e p r u d e n-

cia, debe seguir un curso medio, esco gien do en su

E s t a d o á algunos sujetos sabios, á los cuales solos

a c u e r d e la libertad d e d e ci r le la ve r d a d , ú ni ca m e n-

te sobre la cosa con cu yo mot i vo é l los p r e gu nt e , y

no sobre ninguna otra ( 5 ) ; p e ro d e b e ha ce r le s pre-

gu nt a s s obr e t od a s ( 6 ) , o í r su s op i ni one s , d e l i be -

rar después por s í mismo, y obr a r ú l t i ma m e nt e co-

mo lo t e nga p or cond u ce nt e (7). E s ne ce s a r i o qu e

s u cond u c t a con s u s cons e j e r os r e u ni d os , y con ca-

da uno de ellos en particular, sea tal que "cada u n o

conozca qu e , cu a nd o má s l i br e me nt e s e le ha ble

t a nt o má s s e le a gr a d a r á [>]. P e r o , e x ce p t o é s t os

[ 3 ] C o n s i e n t o e n e l l o ; p e r o ¿ q u e r r á n d e c í r m e l a ? R , C .

U J E s y a m u c h í s i m o el p e r m i t i r l o á d o s ó t r e s . R . C .

L 5 J P r o h i b i c i ó n á e s t o s m i s m o s d e a b r i r l a b o c a s i n o

s o n p r e g u n t a d o s . R . C .

[ 6] E s m u c h o . R . C .

[ 7] N o fa l te á esto , y me v a b ien con e l lo . R . I .

s i n e m b a r g o I S S r l k ^ n c i l - T l ^ l ^ l > * > P « l í a

z a da s pa ra sa ber L

h a b

' en s ,f S f ®

mu

>"

c m b a r a

"

¡ a s r r ^ ^ ^

a d t l L X ^ i e t e d í f u i f c ' S ^ - ^ ^ ^ á un cortesano que,

me h a l isonjea do ja m á s. " ^ °

r e 8 e r v o p a r a u n

«»jetoq ue no

d e b e negarse á oír lo s c o n s e j o s de cu a lqu i e r a otro,

ha ce r e n s e gu i d a lo q ue ha resuelto en sí mismo,

y ma ni fe s t a r s e t e n a z e n s u s d e t e r mi na ci one s (8 ).

S i el príncipe obra d e d i fe r e nt e modo, la d i ve r s i d a d

d e p a r e ce r e s obl i ga r á á variar f r e c u e n t e m e n t e ( 9 ) ,

d e lo cual resultará que ha r á n mu y cor t o a p r e ci o de

él ( c ) . Qu i e r o presentar, sobre este particular, un

e j e m p l o mod e r no. El cu r a L u c , d e p e nd i e nt e d e

M a x i mi l i a no, a ct u a l E m p e r a d o r , d i j o , ha bla nd o d e

él, «que S . M . n o t o m a b a c o n s e j o d e ni ngu no, y qu e

s i n e mba r go no ha cí a nu nca na d a á su g u s t o ( 1 0 ) » .

E s t o p r ovi e ne d e qu e M a x i m i l i a n o s i gu e un r u mbo

contrario al que he i nd i ca d o. El Emp e r a d or e s u n

[ 8 ] S o y c i e r t a m e n t e y o . R . I .

[ 9 J A ñ á d a s e l a f u e r z a d e l a s a c t u a l e s c i r c u n s t a n c i a s q u e

l e h a c e n m á s i n e v i t a b l e s e s t o s d o s p e l i g r o s ; y l e v e i s y a e n

a q u e l f in á q u e l o s a d u l a d o r e s a r r a s t r a n . E .

( .1 0 ) T u v o b u e n o s p e n s a m i e n t o s , e s p e c i a l m e n t e c u a n d o

q u i s o s e r e l c o l e g a é i g u a l d e l P a p a , a u n e n m a t e r i a d e r e -

l i g i ó n , y q u e t o m ó c o n e s t a m i r a e l t í t u l o d e Pontifex maxi-

mus; p e r o n o t e n í a n i e n t e r e z a g e n i a l . S e c o n t e n t ó c o n d e -

c i r q u e « s i é l f u e r a D i o s y t u v i e r a d o s h i j o s , e l p r i m e r o s e -

r í a D i o s y e l s e g u n d o R e y d e F r a n c i a . » A f u e r a s i p a r a m í ,

O m n i p o t e n t e e n E u r o p a , h a r é q u e m i h i j o , s i é l q u e d a ú n i -

c o , t e n g a p o r s í s o l o l a s o b e r a n í a d e l a S a n t a S e d e , c o n

toda la del imperio . R . I .

c. A s í se conducen los príncipes necios: Claudius, dice Tá cito ,

modo illuc, ut quinqué suadentium audierat, promptus [ A n n . 1 2 ] .

Hu c illuc cireumago, quoe jusserat vetare, q'uóe vetuerat jubere.

H ist . 3.



h o m b r e misterioso qu e no comu ni ca s u s d e s i gni os

á ningu no, ni t oma j a m á s p a r e ce r d e na d i e ; p e r o

cu a nd o s e p one á e j e cu t a r los , y qu e s e e m p i e za á

vi s lu mbr a r los y descubrir los, los sujetos que le ro-

d e a n s e p one n á cont r a d e ci r los [ n ] ; y d e s i s t e fá -

ci lme nt e d e e l los (12) . D e esto dimana que las co-

sas que é l ha ce un día, la s d e s ha ce e l s i gu i e nt e ; qu e

no s e p r e vé nu nca lo qu e qu i e r e hacer, ni lo qu e

p r o y e c t a ; y q ue no e s p os i b le cont a r con s u s d e t e r -

m i n a c i o n e s ( 1 3 ) .

S i u n p r í nci p e d e be h a c e r s e d ar c o n s e j o s sobre

t od os los ne goci os , no d e be r e ci b i r los má s qu e cu a n-

d o é s t e le a gr a d a á s u s c o n s e j e r o s [ 1 4 ] . A u n d e be

quitar á cu a lqu i e r a la ga na d e a cons e j a r le s obr e co-

sa ninguna, á no ser qu e él solicite serlo. [1 5] -

P e r o d e b e f r e c u e n t e m e n t e , y s o b r e t o d o s lo s ne go-

cios, pedir cons e j o , oír en s e gu i d a con p a ci e nci a la

ve r d a d s obr e la s p r e g u n t a s que ha he cho, a u n qu e -

re r qu e n i n g ú n m o t i v o d e respeto s irva d e e s t or bo

( 1 1 ) i D e s g r a c i a d o e l q u e s e l o i m a g i n a r a R . 1 .

( 1 2 ) C a b e z a d é b il en u n a b e l l a i m a g i n a c i ó n . R . I .

( 1 3 ) N o s o m o s r e a l m e n t e a u x i l i a d o s , m a s q u e c u a n d o

la s g e n t e s p o r q u i e n e s q u e r e m o s s e r l o , s a b e n q u e s o m o s

i n v a r i a b l e s . R . I .

( 1 4 ) E s t á c o m p u e s t o : n o l o s d a r í a n , s in h a b e r c o n s u l -

t a d o a n t e s c o n m i h u m o r y a d i v i n a d o m i o p in i ó n . R . 1.

( 1 5 ) H e s a b i d o h a c e r p e r d e r a b s o l u t a m e n t e l a g a n a d e

e l l o . R. I .

p a r a d e cí r s e la , y no d e s a r e na r s e nu nca cu a n d o le

o y e [ 1 6 ] .

Los que piensan que un príncipe que se hace es-

timar por su prudencia, no la debe á s í mismo , s ino

á la sabiduría de los con sejero s que le circun dan,

s e e nga ña n mu y ci e r t a me nt e [17 ] . Pa r a ju zga r d e

esto, hay una regla gene ral que no nos induc e ja-

más á error: es que un príncipe que no es prudente

de sí mismo , no pued e acon sejars e bien, á no ser

que, por casualidad, se refiera á un sujeto único que

le gobe r na r a e n t od o, y fu e r a ha bi l í s i mo [18 ] . En

cu}^o caso, podría gobe rnarse bien el príncipe; pero

e s t o no d u r a r í a p or mu cho t i e mp o, p or qu e e s t e con-

d u ct or mi s mo le qu i t a rí a e n br e ve t i e m p o s u E s -

t a d o.

En cu a nt o a l p r í nci p e qu e s e cons u lt a con mu -

chos, y no tiene una gran de pruden cia en sí mis-

mo (19) : com o no r e cib i e r a j a má s p a r e ce r e s qu e

( 1 6 ) M a q u i a v e l o e x i g e m u c h o . S é m e j o r q u e é l l o q u e

c o n v i e n e e n m i s i t u a c i ó n . R . I .

( 1 7 ) L a o p i n i ó n e s t á f ij ad a . S e s a b e q u e p u e d o d e c i r c o -

m o L u i s X I : « M i v e r d a d e r o c o n s e j o e s t á e n m i c a b e z a . »

R . 1

( 1 8 ) S e d u n L u i s X I I I h o y d í a : y v e r é i s b i e n p r o n t o q u e

A r m a n d h a r á c o m o P e p i n o . R . I .

( 1 0 ) N o d e b e c a r g a r s e u n o e n t o n c e s c o n e l p e s o d e u n

o t r o . R . I.



concuerden, no sabrá conciliarios por sí mism o \_d~\.

Cada uno de sus consejeros pensará en sus propios

interese s (<?); y el príncip e no sabía corre girlo s d e

ello, y ni aun echarlo de ver (20). No es posible

apenas h al lar d ispuesto s de o tro m o do lo s minis-

tros: porque los hom bres son siemp re malos, á no

se r qu e los precisen á ser buenos [ 2 1 ] .

Co nc luyam o s, pues , que co nv iene que lo s b ue-

nos consejos, de cualqu iera parte que ven gan [ / ]

dimane n de la prude ncia del príncipe, y q u e ésta

no dim ane de lo s b ueno s co nsejo s que él recibe (22).

( 2 0 ) E s t o s e v e r i f i c a . E .

( 2 1 ) V e r d a d i r r e f r a g a b l e , q u e b a s t a p a r a q u e l o s m i n i s -

t r o s y c o r t e s a n o s a l e j e n d e l P r í n c i p e t o d a l e c t u r a d e M a -

q u i a v e l o . E .

C22.) ¿ E n d ó n d e e s t á l a c a b e z a r e i n a n t e c a p a z d e e s t o ?

E n un i s l o t e d e l M e d i t e r r á n e o . E .

d. Cl au d io no sabía d e jarse c o nd u c ir p o r l o s c o nse jo s aje no s , ni

conducirse por los propios suyos: Ñeque alienis consiliis retri, ñe-

que sua expedire. An n. 12.

"L o s c o nse je ro s d e u n Pr ínc ip e se inc l inan s ie mp re hac ia l o

qu e l e s inte re sa a el l o s mismo s e n p art ic u l ar : e l d é bi l se d ir ig e

po r el temor; y el mayo r favo r i to t ie ne su ambic ió n p o r g u ía: Sibi

quisque tendentes.... quia apud infirmun minore m etu et mai ore

proemio peccatur. Tác . , His t . 1 .

f . Al fo nso , Re y de Arag ó n , d e c ía qu e le p a r e c e r í a s o b e r a n a -

° ?

u

?

l o s

re ye s fu e ran g o be rnad o s p o r su s minis tro s .

y que los jefes de los ejércitos fuera n dirigido s por sus tenientes

[Pano rm i tan us : De Rebus gestis Alfonsi. 1. 21.

C A P I T U L O X X I V .

¿ l ' O R Q U É M U C H O S P R Í N C I P E S D E I T A L I A P E R D I E R O N

S U S E S T A D O S [ l ] .

El príncipe nuevo que siga con prudencia las re

glas que acab o de expo ner , tendrá la co ns is tenc ia

de uno ant iguo , y es tará inm ediatam ente m ás segu-

ro en su Es tad o que si le posey era hace un siglo

( 2 ) . S iend o un pr ínc ipe nuev o m ucho m á s o b ser-

v ado en sus acc io nes que o tro heredi tar io : cuando

las juzgam o s grandes y m agnánim as , le ganan e l las

m ucho m ejo r e l a fec to de sus go b ernado s , y se lo s

apegan m ucho m ás que po dr ía hacer lo una sangre

esc larec ida m ucho t iem po hace (3); po rque se ga-

nan lo s ho m b res m uch o m eno s co n las co sas pa-

sadas que co n las presentes (4 ) . C uand o hal lan su

( O E l c a p í t u l o m á s c u r i o s o . E .

( 2 ) H i c e l a p r u e b a d e e l l o . R . i .

( j ) E l a p e g o q u e l o s m á s d e s u s n o b l e s m e m a n i f i e s t a n ,

m e p r u e b a q u e e l l o s l o s t i e n e n c a s i o l v i d a d o s . R . 1 .

( 4 ' E s p e c i a l m e n t e c u a n d o s o n e m i g r a d o s á q u i e n e s s e

r e s t i t u y e r o n s u s h a c i e n d a s , ó h i d a l g u i l l o s p o b r e s á lo s q u e

s e h i z o r i c o s : y a u n l o s r i c o s m e a g r a d e c e n e l h a b e r l o s h a -

b i l i t a d o ] i a r a a u m e n t a r s u c a u d a l . R . 1 . .



p r ove cho e n é s t a s , se fi jan en ellas sin buscar en

otra parte («). M u c h o m á s a b r a z a n de cualquiera

ma ne r a la ca u s a d e e s t e nu e vo p r í nci p e (5). con

tal que, en lo restante de su conducta, no se falte

a s i mi s mo (6) . A s í , t e nd r á u na d oble gloria: la de

ha be r d a d o or i ge n á u na nu e va soberanía, y la de

ha be r a d or na d o v cor r obor a d o con bu e na s leves,

bu e na s a r ma s , bu e nos a m i g o s y b u e n o s e j e m p l o s

(7 ) ; a s í com o t e nd r á u na d oble afrenta, el que, ha

hi e nd o na ci d o p r í nci p e , ha ya p e r d i d o su E s t a d o

po r su poea prudencia (8).

S i s e cons i d e r a n a qu e l los p r í nci p e s d e I t a l i a , qu e

e n nu e s t r os t i e mp o s p e r d i e r on s u s Es t a d o s , com o

el rey de Ná p ole s , e l d u qu e d e M i lá n y a lgu no s

ot r os ; s e r e conoce r á d e s d e lu e go qu e t od os e l los co-

me t i e r on la mi s ma fa l t a e n lo conce r ni e nt e á la s a r -

ma s , s e gú n lo qu e he mos a p la n a d o e x t e ns a m e nt e .

S e not a r á d e s p u é s qu e u no d e e l los t u vo p or e ne

mi go^ á s u s p u e blos (9) , ó que el yue tenía por

<5 ) H a g o l a f e l i z e x p e r i e n c i a s u v a . R . 1 .

( 6 ) M e e c h a r á n e s t a f a l t a e n c a r a , p a r a j u s t i f i c a r s e d e

h a b e r m e v u e l t o l a e s p a l d a . E .

Í7 > N o m e f a l t a n i n g u n a d e e s t a s g l o r i a s . R . i .

1 8 ) E s t e n o m e m i r a á m í . R . I.

t a r .

9 )

E .

N

°

t 6 n e r m a S q U e U n a P a r t G P

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^ b e b a s -

d e "

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r ™ o s ^

T á

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Í t

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g U s t a n m á s

<

1e

1«* cosas presentes

qu e e s tán se g u ro s , qu e d e l as ant ip as qu e se r ía p e l ig ro so ap e -

a mi g o a l p u e blo , no t u vo e l a r t e d e a s e gu r a r s e d e

los gra nd es (10). Sin estas faltas, no se pierd en

los Es t a d os qu e p r e s e nt a n ba s t a nt e s r e cu r s os p a r a

qu e u no p u e d a t e ne r e j é r ci t os e n ca mp a ñ a (11) .

F e l i p e d e M a ce d oni a , no e l qu e fu é p a d r e d e A le -

j a nd r o, s i no e l qu e fu é ve nci d o p or T i t o Qu i nci o

(1b)\ no tenía un Est ad o bien gra nde, con respe cto

a l d e los r oma nos y gr i e gos qu e le a t a ca r on j u nt os ;

s in e mba r go , s os t u vo por mu ch os a ños la gu e r r a

contra ellos, porque era belicoso, y sabía no menos

cont e n e r á s u s p u e blo s qu e a s e gu r a r s e d e los gr a n-

des (12). Si al cab o perdió la sobera nía de alguna s

ci u d a d e s , le qu e d ó s i n e mba r go s u r e i no (13 ) .

Qu e a qu e l los p r í nci p e s nu e s t r os , que , d e s p u é s

d e ha be r ocu p a d o a lgu nos Es t a d os p or mu chos a ños

los perdieron, ac usen de ello á su cob ardía y no á

( 1 0 ) E s t o l o e s i m p o s i b l e c o n l o s q u e g u a r d a c e r c a d e

s í . E .

( i x ) S í , p e r o s i p u e d o y o d i s p o n e r d e e l l o s . . . . E .

[ 1 2 ] M e p o n d r é d e l m i s m o m o d o e n m e j o r p o s t u r a , c o n

r e s p e c t o á l a c o n f e d e r a c i ó n , s i e l l a s e r e n u e v a . E .

( 1 3 ) A u n c u a n d o c o n s i n t i e r a y o e n l a c e s i ó n h e c h a v a de

l o s p a í s e s c o n q u i s t a d o s p o r m í , y q u e m e r e s t r i n g i e r a á l o s

l í m i t e s f i j ad os , s e r í a s i e m p r e E m p e r a d o r d e l o s f r a n c e -

se s . E .

tecer; y prefieren lo que poseen á lo que no es cierto que ellos pue-

d an l o g rar: "Tu ta e t p ro e se nt ia qu ám ve te ra e t p e r ic u l o sa raal u nt .

(Ann. 1 . )— Ante p o nu nt p ro e se nt ia d u bi is . (His t . 1 ) .

b. Felipo, pa dre de aqu el Per seo, que fué el último Rey de Ma -

c e d o nia.



l a fortu na [14 ] . C o mo en t iemp o d e paz , no ha-

bían pensad o nu nca qu e pu d ieran mu d arse las co-

sas , porq u e es u n d efe cto com ú n á tod os los hom-

bres el no inqu ietarse d e las borrasca s cu and o es-

t á n e n b o n a n z a [ 1 5 ] , s u c e d i ó q u e d e s p u é s , c u a n d o

l legaro n los t iem pos ad versos, no pensaron mas

qu e en hu ir en vez d e d efen d erse ( 16) , esp eran-

d o qu e fat i gad o s su s pu eblos con la insolencia d el

venced or, no d ejar ían d e l lamar otra vez ( 17) .

Es te part id o es bu eno cu and o fal tan los otros;

pero el haber aba nd o nad o los otros remed ios por

éste, es cosa mal ís ima, porqu e un príncipe no d e-

bería caer nu nca por haber creíd o hal lar d espu és á

algu n o qu e le recib iera. Es to no su ced e: ó s i su ce-

d e, no hal larás segu rid ad en el lo , porqu e esta espe-

[ 1 4 ] N o p u e d e n q u e j a r s e d e n o h a b e r s i d o f a v o r e c i d o s

p o r e l l a . E .

[ 1 5 ] V é a s e c o m o e s t o s e v e r i f i c a . C u a n t o l e s r o d e a s e

p a v o n e a e n m e d i o d e s u s s a t i s f a c c i o n e s , y t e m e r í a h a c e r

m a l a s d i g e s t i o n e s , si d i e r a e n t r a d a á l a m e n o r i n q u i e t u d .

A u n s u p u e s t o q u e s i v o l v i e r a n á v e r m e n o q u e r r í a n c r e e r

t o d a v í a e n l a p o s i b i l i d a d d e m i r e g r e s o . S u n a t u r a l d i s p o -

s i c i ó n s e p r e s t a g r a n d e m e n t e á m i s e s t r a t a g e m a s n a r c ó t i -

c o s . E .

[ 1 6 ] N o t e n d r á n y a l u g a r p a r a h a c e r l o . E .

[ 1 7 ] M a n i f e s t a r é c o m o u n P r í n c i p e q u e s e h a v u e l t o m o -

d e r a d o , s a b i o , h u m a n o . E .

cié d e d efensa es v i l y no d epend e d e t í ( 18 ) . Las

ú nicas d efensas qu e sean bu enas, c iertas y d u rables ,

son las qu e d epend en d e t í mismo y d e tu propio

v a l o r [ 1 9 ] .

( 1 8 ) ¿ T e n d r á n e l l o s o t r a ? E s p o s i b l e q u e l o s d e s a m p a -

r e n a l v e r m i b u e n a p l a n t a ; y p o r o t r a p a r t e m e a s e g u r a r é

c o n a c t i v i d a d . E .

( 1 9 ) N o c o n t é n u n c a m a s q u e c on é s t a s ; ¡ y l a s t e n d r é E .



C A P I T U L O X X V .

C U Á N T O D O M I N I O T I E N E L A F O R T U N A E N L A S C O S A S

H U M A N A S , Y D E Q U É M O D O PO D E M O S R E S I S -

T I R L E C U A N D O E S C O N T R A R I A .

N o se m e o culta que m ucho s creyero n y creen

que la fortu na, es decir, Dios, gob ierna de tal mo-

do las co sas de es te m undo , que lo s ho m b res , co n

su prudencia no pueden co rregir lo que e l las t ienen

de adv erso , y aunque no hay rem edio n inguno que

o po ner le s ( i ) . Co n arreglo á es to po dr ían juzga r

que es en b alde fat igarse m ucho en sem ejantes o ca-

s io nes , y que co nv ien e dejarse go b ernar e nto nces

po r la suerte (a ) . E s ta o pin ió n no es tá acredi tad a

[ i ] S i s t e m a d e l o s p e r e z o s o s , ó d é b i l e s . C o n i n g e n i o y

a c t i v i d a d , d o m i n a u n o s o b r e l a m á s a d v e r s a f o r t u n a . E .

a. Tá cito tra e un bel lo e jemplo de e l lo h a bla ndo de C la udio , a l

q ue la fortuna dest ina ba a l imperio mientra s q ue los roma nos se

h a l la b a n b ien dista ntes de pensa r en é l : " M ih i q ua ntó p lura re-

centium. seu v eterum rev olv o, ta ntó ma gis ludib ria rerum morta -

h um cunct is m negotus a dv ersa ntur, q uippé fa mmá , spe , v eneru-

t ione pot ius omnes dest ina b a ntur imperio , q uá m q uem futu rum

prmcipem fortuna ín occulto teneba t ." A nn. 3.

en nuestro t iem po , á causa de las grand es m udan-

zas que, fuera de to da co njetura hum ana, se v iero n

y se v en cad a día (2 ) . R eH exio n ándo lo yo m ism o ,

de cuan do en cuand o , m e inc l iné en c ier to m o do

hac ia es ta o pin ió n ; s in em b ar go , no es tand o ano na

dado nuestro l ib re a lb edr ío , juzgo que puede ser

v erdad que la fo r tuna sea el árb i tro de la m itad de

nuestras acc io n es ; pero tam b ién que es c ier to que

el la no s deja go b ernar la o tra , ó á lo m eno s s iem -

pre a lgu nas partes (3 ) , La co m p aro co n un río fa-

ta l que, cuando se em b rav ece (4 ) , inunda las l lanu-

ras, echa á tierra los árboles y edificios, quita el te-

rreno de un para je para l lev ar le á o tro . Ca da uno

hu ye á la vista d e el, tod os cede n á su furia sin po-

der res is t i rle . Y s in em b argo , po r m ás f o rm ida b le

que sea su natura le za , no po r e l lo sucede m eno s

que lo s ho m b res , cuand o es tán sereno s lo s t e m p o

rales , pueden to m ar precauc io nes co ntra sem ejante

r ío , h a c i e n d o d i q u e s y e x p l a n a n a s ( 5 ) ; d e m o d o

q u e c u a n d o él crece de nuev o , es tá f o r z a d o á co rrer

( 2 ) ¿ L a s h a b í a v i s t o él m á s n u m e r o s a s y m a y o r e s q u e

l a s q u e e n g e n d r é y o , y q u e p u e d o p r o d u c i r t o d a v í a ? E .

(.3) S a n A g u s t í n n o d i s c u r r i ó m e j o r s o b r e e l l i b r e a l b e -

d r í o . E l m í o h a d o m a d o la E u r o p a y l a n a t u r a l e z a . R . 1 .

( . 4) E s t a f o r t u n a e s l a m í a : s o y y o m i s m o . R . I .

( 5 ) N o l e s d e j ó l u g a r m i f a c i l i d a d p a r a e l l o . R . I.



por un canal, ó que á lo menos su fogosidad no sea

tan licenciosa ni perjudicial (6).

Su ce d e lo mi s mo con r e s p e ct o á la for t u na (7 ) :

no os t e nt a ella s u d omi ni o ma s qu e cu a nd o e ncu e n-

tra una alma y virtud preparadas [ 8 ] ; p or qu e cu a n-

do la s e ncu e nt r a ta le s , vu e lve su violencia hacia la

parte en que sabe que no hay diques, ni otras de-

fe ns a s ca p a ce s d e ma nt e ne r la .

Si consideramos la Italia que es el teatro de es-

t a s r e volu ci one s y e l r e ce p t á cu lo qu e le s d a i mp u l-

so, verem os que es una cam piña sin diques ni otra

d e fe ns a ni ngu na . S i hu bi e r a e s t a d o p r e s e r va d a con

la con d u ce n t e v ir t u d (9) , com o lo e s t á n la A le ma -

ni a , Es p a ña y F r a nci a , la i nu nd a ci ón d e la s t r op a s

e x t r a nj e r a s qu e e l la s u fr i ó no hu bi e ra oca s i ona d o

la s gr a nd e s mu d a n za s qu e e x p e r i m e nt ó [ 1 0 ] , ó ni

a u n hu bi e r a ve ni d o [1 1] . Ba s t e e st a r e fle x i ón p ar a

lo conce r ni e nt e á la ne ce s i d a d d e op one r s e á la for-

t u na e n ge ne r a l [ 1 2 ] .

( 6 ) M i f o r t u n a n o e s l a q u e p u e d e r e d u c i r s e a sí . R . I .

)

7

\ p n

m

°

S e n

'

a l a d e m i s

e n e m i g o s . R . 1.

m i s l l a m e h a l la r á s i e m p r e d i s p u e s t o á a b r u m a r l a c o n

el peso de la nna . R . I .

( 9 ) E l l a l o s e r á . G .

( 1 0 ) E l l a v e r á o t r a s m u c h a s . G .

n e s G . '

S l V Í e r a S e n e

"

a h o y d í a

' * c o n o c i e r a s m i s p í a -

v e c í í t e G . ^

d Í S C r e C Í Ó n t C h e a d Í V Í n a d

° > > '

m e a

"

r

° -

Re s t r i ng i é nd om e má s á va r i os ca s os p a r t i cu la r e s ,

digo que se ve á un cierto principe que prosperaba

ayer, caer hoy , s in qu e se le haya visto de mo do

ni ngu no mu d a r d e ge ni o ni p r op i e d a d e s [1 3 ] . Es -

t o d i ma na , e n mi cr e e nci a , d e la s ca u s a s qu e he e x -

p la na d o a nt e s con ha r t a e x t e ns i ón, cu a nd o he d i

cho que el príncipe que no se apoya mas que en la

for t u na , ca e s e gú n qu e e l la va r í a [ 14 ] . C r e o t a m-

bi é n qu e es d i chos o a qu e l cu y o mod o d e p r oce d e r

se halla en arm onía con la calida d de las circuns-

t a nci a s ; y qu e no p u e d e me nos d e s e r d e s gr a ci a d o

a qu e l cu ya cond u c t a e s t á e n d i s cor d a nci a con los

t i e mp os [15 ] . Se ve e n e fe c t o qu e los hombr e s , e n

las accio nes q ue los con duce n al f in que cad a uno

d e e l los se p r op one , p r oce d e n d i ve r s a me nt e , e l u no

con ci r cu ns p e cci ón, e l ot r o con i mp e t u os i d a d ; é s t e

con vi o le nci a , a qu e l con ma ña ; e l u no con p a -

ciencia, y el otro con una contraria d isposició n;

y ca d a u no s in e mb a r go, p or e s t os me d i os d i ve r -

s os , p u e d e cons e gu i r lo (1 6 ) . Se ve t a mbi é n qu e

[ 1 3 ] T r i s t e s f o r m a l i s t a s . R . I .

[ 1 4 ] E s m e n e s t e r s a b e r s e g u i r l a e n s u s v a r i a c i o n e s s i n

a p o y a r s e n u n c a e n t e r a m e n t e s o b r e e l la , a l m i s m o t i e m p o

d e a p a r e n t a r e s t a r s e g u r o d e s u s f a v o r e s . R . C .

[ 1 5 ] L a b e n i g n i d a d n o e s t u v o n u n c a m á s e n d i s c o r d a n -

c i a c o n su s i t u a c i ó n . E .

[ i f i ] C u a n d o é l n o o b r a i n t e m p e s t i v a m e n t e , s i g u i e n d o

s i e m p r e s u n a t u r a l . R . C .



1

.* • r;

l i

m -

• -1 .

k

n

a ce r t a r s i e mp r e . C ons i d é r e s e la p r i me r a e mp r e s a

qu e é l h i zo cont r a Boloni a , e n v i d a t od a ví a d e M o-

s s e n Ju a n V e nt i vog l i o : la ve r á n los ve ne ci a n os con

d i s gu s t o; y e l R e y d e Es p a ña com o t a mbi é n e l d e

F r a nci a , e s t a ba n d e l i be r a nd o t od a ví a s obr e lo qu e

harían en esta ocurrencia, cuando Julio, con su va-

le nt í a é i mp e t u o s i d a d , fu é é l mi s mo e n p e rs ona á

e s t a e x p e d i ci ón ( 23 ) . Es t e p a s o d e j ó s u s p e ns os é

i nmóvi le s á la Es p a ña y ve ne ci a nos (2 4) : á e s t os

por miedo y á aquellos por la gana de recuperar el

reino de Náp oles . Po r otra parte, atra jo á su par-

t i d o a l Re y d e F r a nci a qu e , ha bi é nd ole v i s t o e n

movi m i e nt o, y d e s e a nd o qu e é l s e le u ni e s e p a r a

a ba t i r á los ve ne ci a no s (2 5 ) , j u zgó qu e no p od r í a

negar le sus trop as s in h acerle una ofensa forma l.

Asi^pues, Julio, con la impetuosidad de su paso,

[ 2 3 J H e s e g u i d o e s t a t á c t i c a ; n o c o m o é l , p o r u n a m a -

p r é

D a

R

P

I °

P e n

'

S , D

°

P

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r C á l G U l

° '

V

o p o r t u n a m e n t e s i e m -

m ar 'd e n í e v o ^ f * *

m ¡ r e g r e S

°

p i e n s a n l o s a I i a d

° s e n to -

e T s Í l m i sm o e f e ct o ^

3 8

' ^

P r o d M

" ^

p a g i n a r e n t o n c e s a l g u n a c o s a s e m e j a n t e c o n r e s -

p e c t o á l o s a h a d o s , s e g ú n e l c u r s o d e s u p o l í t i c a E

con cl ui r , s egún e l

c e ó se ve ro s eg ún q ue e s t o ^ e n ^ T ^ f *

l 0 S t , e m p

°

s ; s e r d u l

"

condncat [ A n n . 1 2 ] . M o r e m accommodari, proul

dierii [ A n n . 3 ] .

Kcmtssum

et mitigalum, qnia cx

P

e-

3 5 7

t u vo a ci e r t o e n u na e mp r e s a qu e ot r o Pont í f i ce , con

toda la prude ncia huma na, no hubiera pod ido dir i-

g i r nu nca (2 6) . S i , p a ra p a r t ir d e Rom a , hu bi e r a

a gu a r d a d o ha s t a ha be r fi ja d o su s d e t e r mi na ci one s ,

y or d e na d o t od o lo ne ces a r i o , com o lo hu bi er a he -

cho cu a lqu i e r ot ro Pa p a (2 7 ) , no hu bi e r a t e ni d o

jam ás un feliz éxito, porque el Re y d e F ranc ia le

hubiera alegado mil disculpas, y los otros le hubie-

ran infundid o mil nuevos temores (28). M e absten

go d e e x a mi na r la s d e má s a cci one s s u ya s , la s cu a -

les todas son de esta especie, y se coronaron con el

t r i u nfo . L a br e ve d a d d e s u p ont i f i ca d o (2 9) no le

d e j ó lu ga r p a r a e x p e r i me nt a r lo cont r a r i o , qu e s i n

d u d a le hu bi e r a a ca e ci d o: p or qu e s i hu bi e r a n con-

ve ni d o p r oce d e r con ci r cu ns p e cci ón, é l mi s mo hu -

biera formado su ruina, porque no se hubiera apar-

t a d o nu nca d e a qu e l la a t r op e l la d a cond u ct a á q u e

su genio le inclinaba [30].

( 2 6 ) S o n n e c e s a r i a s á m e n u d o a l g u n a s i m p r u d e n c i a s ;

p e r o c o n v i e n e q u e e s t é n c a l c u l a d a s . E .

( 2 7 ) ¡ C u a n t o s r e y e s , a u n n o s a c e r d o t e s , o b r a n c o n e s t a

l e n t a y n e c i a p r u d e n c i a E .

( 2 8 ) S i n o e v i t o t o d o e s t o , c o n s i e n t o e n q u e m e j u z g u e n

i n d i g n o d e r e i n a r . E .

( 2 9 ) S i n e m b a r g o , e s p r o d i g i o s o s e g u i r , p o r d i e z a ñ o s ,

c o n a c i e r t o , e l m i s m o m é t o d o . M a q u i a v e l o h u b i e r a d e b i d o

d e c i r q u e J u l i o s a b í a d i s t r a e r , c o n t r a t a d o s d e p a z , á l a p o -

t e n c i a q u e é l q u e r í a s o r p r e n d e r . R . C .

( 3 0 ) C u a n d o u n o s a l i ó b i e n s i e m p r e c o n e s t a c o n d u c t a ,



Concluyo pues que, s i la fortuna varía, y que los

p r í nci p e s p e r ma ne ce n obs t i na d os e n s u mod o na t u -

ral de obrar, serán fel ices, á la verd ad, mien tras

qu e s e me j a nt o cond u ct a va ya a cor d e con la for t u na ;

p e r o s e r á n d e s gr a c i a d os , d e s d e qu e s u s ha bi t u a le s

p r oce d e r e s s e ha l la n d i s cor d a n t e s C on e l la . Pe s á n

d olo t od o b i e n, s in e mba r go, cr e o j u zga r s a n a me n t e

d i ci e nd o qu e va le má s s e r i mp e t u os o qu e ci r cu ns -

pect o (31), porq ue la fortun a es m ujer, y es ne ce-

s a r i o , p or e s t o mi s mo, cu a nd o qu e r e mos t e ne r la s u -

misa, zurrarla y zaherir la . Se Ve, en efecto, que se

deja venc er más bien de los que le tratan así , que

d e los qu e p r oce d e n t i b i a m e nt e con e l la . Por ot r a

p a r t e , com o mu j e r , e s a mi ga s i e mp r e d e los j óve -

ne s [3 2] , p or qu e s on me nos c i r cu ns p e ct os , má s ir a -

c u n d o s y l e m a n d a n c o n m á s a t r e v i m i e n t o ( d ) .

y q u e e l l a e s c o n f o r m e c o n n u e s t r o g e n i o , t i e n e , á m i p a -

r e c e r , h a r t o b u e n o s m o t i v o s p a r a c o n t i n u a r m e z c l á n d o l e ,

s i n e m b a r g o , a l g o d e h i p ó c r i t a m o d e r a c i ó n d i p l o m á t i c a .

K. 1 .

1 , 3 1) B i e n v i s t o : l a s r e i t e r a d a s e x p e r i e n c i a s q u e h i c e d e

e l l o , n o p e r m i t e n y a l a m e n o r h e s i t a c i ó n s o b r e e s t e p a r t i -

c u l a r . E .

( 3 2 ) ¡ M e l o p r o b ó e l l a t a n t a s v e c e s p e r o , s i y o f u e r a

m e n o s j o v e n , n o c o n t a r í a y a c o n s u s f a v o r e s . A p r e s u r é m o -

n o s : e n l a c o n c u r r e n c i a , n o p u e d e d e c i d i r s e e l l a m a s q u e

p o r m i . E .

delicia^

f

°

r t U n a e i

"

a 1 U l m a d a

P °

r A

" í b a l , Madrastra de la pru-

C A P I T U L O X X V I

E X H O R T A C I Ó N Á L I B R A R L A TTAI.TA HE L O S B ÁR-

B A R O S [ i ]

De s p u é s d e ha be r me d i t a d o s obr e cu a nt a s cos a s

a ca ba n d e e x p one r s e , me he p r e gu nt a d o á mí mi s -

mo si , ahora en Italia, hay circunstancias tales que

u n Pr í nci p e nu e vo p u e d a a d qu i r i r en ei la má s glo-

ria. y si se halla e n la mi s ma cu a nt o e s me ne s t e r

p a r a p r op or ci ona r a l qu e la Na t u r a le za hu bi e r a d o-

tado de un gran valos, y de una pruden cia nad a

c o m ú n , la ocasión de introducir aquí una nueva for-

ma qu e . honr á nd ole á é l mi s mo, h i ci e r a la fe l i c i d a d

d e t od os los i t a l i a nos (2 ) . L a conclu s i ón d e m i s

( 1 ) M a q u i a v e l o h a b l a b a c o m o r o m a n o , y t e n í a é l s i e m -

p r e en s u m i r a á l o s f r a n c e s e s . L o s B á r b a r o s p o r e l c o n -

t r a r i o , q u e e s m e n e s t e r q u e y o e c h e c o n e l l o s d e I t a l i a , so n

l a s c a s a s d e A u s t r i a , E s p a ñ a , P a p a , e t c . O .

( 2 ) M a g n í f i c o p l a n c u y a e j e c u c i ó n m e e s t a b a r e s e r v a d a .

E m p e z a n d o c o n u n o s i ta l i a n o s a f e m i n a d o s c o m o e l lo s o

e s t á n a l p r e s e n t e , n o m e h u b i e r a s i d o p o s i b l e h a c e r l o ; p e r o

i t a l i a n o v o m i s m o p u e d o h a c e r l o c o n lo s f r a n c e s e s , d e q u i e -

n e s l o s i t a l i a n o s a p r e n d e r á n b a j o m i s ó r d e n e s a s u s t i t u i r l o s

d e s p u é s e n l o s a c t o s d e v a l o r m a r c i a l . <J.



reflex ione s sobre esta materia, es que tan tas c osas

me parecen concurrir en Italia al beneficio de un

Prínc ipe nue vo, qu e no sé s i habrá nunca un tiem-

p o má s p r op or ci ona d o p a r a e s t a e mp r e s a (3 ) .

Si . como lo he dicho, era necesario que el pueblo

de Israel estu viera esc lavo en Egipto, para que el

valor de Moisés tuviera la ocasión de manifestarse-

que los persa s se viesen oprimidos por los m edo s

para qu e con oc iéra mo s la grandeza de C iro; que lo.s

a t e ni e n s e s e s t u vi e s e n d i s pe r s os, p a r a qu e T e s e o p u -

diera da r á con oc er su superioridad: del mismo mo-

do, para que es tuv iéra mo s hoy día en el caso d e

apreciar todo el valor de una alma italiana, era me-

neste r que la Italia se hallara traída al mise rable

punto en que está ahora; que ella fuera más esclava

que lo eran los hebreos, más sujeta que los persas

ma s d i s p e r s a qu e los a t e ni e ns e s . Er a m e ne s t e r qu e '

s»n jefe ni estatu tos, hubiera s ido vencida, despo -

j a d a d e s p e d a za d a , conqu i s t a d a y a s ola d a ;

e n

una

palabra, que ella hubiera padecido ruinas de todas

Jas e s p e ci e s (4 ) ,

(3 > E l t i e m p o p r e s e n t e e s c i e r t a m e n t e m n r -h r ,

P i c o , s u p u e s t o q u e el re c h a z o d e l a r T v o h ^ n f

m á S p r

° -

I t a l i a h a p r o d u c i d o v a e n e l l a

u n a

L n J

U

.

c

,

l ó n

,

t r a n c e s a e n

P o . í t i c o y l a f e r m e n t a c i ó n d e l o

S

i p t o s t

t r a S t

°

r n

°

A i ? c ^ ; r ¿

t u a c i ó n p a r a

A u n qu e e n los t i e mp os cor r i d os ha s t a e s t e d í a .

s e ha y a e cha d o d e ve r en é s t e ó a qu e l hom br e a l -

gú n i nd i ci o d e i ns p i r a ci ón qu e p od í a ha ce r le cr e e r

d e s t i na d o p or Di os p a r a la r e d e nci ón d e la I t a

l ia (5 ) . s e v i ó s in e mb a r go d e s p u é s qu e le r e p r oba

l i a e n s u s má s s u bl i me s a cci one s la for t u na , d e mo-

d o qu e p e r m a ne ci e n d o s i n v i d a la I t a l ia , a gu a r d a

t od a ví a á u n s a lva d or qu e la cu r e d e s u s he r i d a s ,

p onga f i n á los d e s t r ozos y s a qu e os d e la Lomba r -

d í a , á los p i l la j e s y ma t a n za s d e l r e i no d e N á p o le s ;

á un hombre, en fin, que cure á la Italia de llagas,

i nve t e r a d a s t a nt o t i e mp o ha ce (6 ) . V é r nos la ro-

ga nd o á Di os qu e le e nví e a lgu no qu e le r e d i ma d e

la s cr u e ld a d e s y u l t r a j e s qu e le h i ci e r on los bá r ba -

r os (7 ) . Por má s a ba t i d a qu e e l la e s t á , la ve mos

con d i s p os i ci on e s d e s e gu i r u na ba nd e r a , s i ha y a l -

gu no qu e la e na r bo le y la d e s p le gu e ; p e r o e n los

a ct u a le s t i e mp o s no ve m os e n qu i é n p od r í a p on e r

ella sus esperanzas, s i no es en vuestra muy i lustre

ca s a ( 8 ) . V u e s t r a fa mi l i a , qu e s u va lor y for t u na

elev aro n á los favo res de Dio s y de la Ig lesia á la

[ 5 ] ¿ T a n t o c o m o y o ? n o . G .

f f t l E t e r n e a q u í : p e r o e s m e n e s t e r a n t e s , p a r a s a l v a r l a ,

e n p r o v e c h o m í o , s i n e m b a r g o , i n t r o d u c i r e l h i e r r o y f u e g o

e n s u s l l a g a s . G .

[ 7 ] C o n e s t o s B á r b a r o s m i s m o s o i r é t u s r u e g o s . G .

[ 8 ] S í - i y o h u b i e r a f o r m a d o e n t o n c e s p a r t e d e e l l a . G .

— 4 6



que ella dió su Príncipe {a), es la única que pueda

comp r e nd e r nu e s t r a r e d e nci ón (9) . Es t o no os será

mu y d i f i cu l t os o, s i t e ne i s p r e s e nt e s en el ánimo las

a cci one s y v i d a d e los p r í nci p e s i ns i gne s qu e he

nom br a d o (10) . A u n qu e los hom br e s d e e s t e t e m-

p le ha ya n s i d o r a r os y ma r a vi l los os ( 1 1 ) . n o por

e l lo fu e r on me nos hombr e s (12) ; y ni ngu no d e e l los

t u vo u na t a n be l la oca s i ón como ¡a d e l t i e mp o pre-

s e nt e . Su s e mp r e s a s no fu e r on má s j u s t a s ni fá ci -

le s qu e é s t a ; y Di os no le s fu é má s p r op i ci o qu e lo

e s á vu e s t r a ca u s a . A qu í ha y u na s obr e s a l i e nt e jus-

ticia; porque una guerra es legítim a por el solo he-

cho d e s e r ne ce s a r i a ; y la s gu e r r a s s on actos d e h u -

m a n i d a d . c u a n d o n o h a y y a e s p e r a n z a s m a s q u e e n

e l la s . A qu í s on gr a nd í s i ma s la s d i s p os i ci one s d e los

p u e blos ; y no p u e d e ha be r mu cha d i f i cu l t a d e n

ello (13), cu a nd o s on gr a nd e s la s d i s p os i ci one s , con

m á

s

9 ]

q u

? X W

, a

G

S Í ; C

°

n S ü m a r l a

' ' - a p a z d . h a c e r

b i e n

0

G

P e r

°

6 3 m e n e S t e r S e r d e 3 U

' u e r z a p a r a i m i t a r l o »

( 1 1 ) L o r e n z o n o e r a t a l . G .

( x a ) M a l r a c i o c i n i o , h a y h o m b r e y h o m b r e . G .

1 , 7

a

> '

a l

S

u n a v

" d a d en t o d o e s t o : p e r o l o q u e v e o

d e m á s c l a r o e n t o d o e l l o , e s e l e x t r e m a d o a r d o r d e M °

q u i a v e l o p a r a e s t a o p e r a c i ó n . G .

P a p a

« •

e í

tal que éstas abracen algun as de las in stitucion es

de los que os he propuesto por modelos.

Pr e s ci nd i e n d o d e e st os s ocor r os , v e i s a qu í s u ce -

sos extraordinarios y s in ejemplo, que se dir igen

p a t e nt e m e nt e p or Di os mi s mo. El ma r s e a b r i ó;

u na nu be os mos t r ó e l ca mi no; la p e ña a ba s t e ci ó d e

a gu a : a qu í ha ca í d o d e l c i e lo e l ma n á ( 1 4 ) : t od o

concu r r e a l a cr e ce nt a mi e nt o d e vu e s t r a gr a nd e za : lo

d e m á s d e be s e r obr a vu e s t r a ( 1 5 ) . Di os no qu i e r e

hacerlo todo, para privaros del uso de nuestro libre

albedrío, y quitarnos una parte de la gloria que de

ellos nos redundará (16).

No e s u na ma r a vi l la qu e ha s t a a hor a ni ngu no d e

cu a nt os i t a l i a nos he c i t a d o, ha ya s i d o ca p a z d e ha -

cer lo que pu ede esperarse d e vu estra esclarec ida

ca s a . S i , e n la s nu me r os a s r e volu ci one s d e la I ta -

lia . y en tantas maniobras guerreras, pareció s iem-

pre que se había extinguido la antigua virtud mili-

tar de los i talianos, pro venía esto de que sus insti-

t u ci one s no e r a n bu e na s , y qu e no ha bí a ni ngu no

qu e s u p i e r a i nve nt a r ot r a s nu e va s (1 7 ) . Ni ng u na

( 14 . ^ O t r o s t a n t o s m i l a g r o s c o m o s e r e n o v a r o n p a r a m í ,

m u c h o m á s r e a l m e n t e q u e p a r a L o r e n z o d e M é d i c i s . R . C .

( 1 5 ) L o s e r á . R . C .

( 1 6 ) S e v e q u e M a q u i a v e l o q u e r í a t e n e r s u p a r t e e n e l l o ;

s e l a d o y , p o r q u e é l m e h a s e r v i d o b i e n . R . I .

( 1 7 ) C o n l a s m í a s y a t a n g l o r i o s a m e n t e e x p e r i m e n t a d a s



d e fe nd e r s e d e los e x t r a nj e r o s con u n va lor e nt e r a -

mente i taliano (25).

A u nqu e la s i nfa nt e r í a s s u i za y e s p a ñola s e mi r a n

com o t e r r ib le s , t ie ne n s in e m ba r go u na y ot r a u n

gran defecto , á cau sa del cual una tercera clase de

t r op a s p od r í a no s o la me nt e r e s i s t i r le s , s i no t a mbi é n

t i e ne la conf i a n za d e ve nce r la s (26) . Lo s e s p a ñole s

no p u e d e n sos t e ne r los a s a l t os d e la c a ba l le r í a ; y

los s u i zos d e be n t e ne r mi e d o á la i nfa nt e r í a , cu a n-

d o e l los s e e ncu e nt r a n con u na qu e p e le a con t a nt a

obs t i na ci ón como e l los . Por e s t o s e v i ó y s e v e r á

p or e x p e r i e nci a , qu e los e s p a ñole s p u e d e n r e s i st i r

cont r a los e s fu e r zos d e u na ca ba l le r í a f r a nce s a , y

qu e u na i nfa nt e r í a e s p a ñola a br u ma á los s u i zos (27 ) .

A u nqu e no s e ha he cho p or e nt e r o la p r u e ba d e e s -

t a ú l t i ma ve r d a d , s e v i ó s i n e mba r go a lgo e n la ba -

t a l la d e Rá ve n a (ó) , cu a n d o la i nfa nt e r í a e s p a ñola

[ 2 5 ] N o h a b l a m á s q u e d e d e f e n d e r s e d e l o s e x t r a n j e r o s ;

y c o n q u i s t a r l o s t a m b i é n y h a c e r l o s g o b e r n a d o s m í o s . G .

[ 2 6 ] L a s t i m o s o u s o q u e la p ó l v o r a h i z o o l v i d a r . E s t o s

s u p u e s t o s m a e s t r o s d e l a r t e m i l i t a r n o e r a n m a s q u e n i -

ñ o s . G .

[ 2 7 ] D e b e s e r t o d a v í a l o m i s m o h o y d í a , m e c o m p o n d r é ,

e n s u c o n s e c u e n c i a , c u a n d o l l e g u e e l t i e m p o . G .

b. E sta batal l a , qu e se ve r i f ic ó e l 1 1 d e Abri l d e 1 51 2, e s t r is te -

me nte me mo rabl e p ara l a F r anc ia, au nqu e e s tu vo v ic to r io sa e n

ella , supuesto que perdió en esta ocasión al vencedor mismo, quie-

ro d e c ir , a l jo ve n Gastó n d e F o ix . sobr ino d e L u is X II No c o n-

te nto c o n habe r e c had o e l c o l mo á su g l o r ia d e l ante d e Ráve na

l le gó á la s ma nos con la s t r op a s a le ma na s , qu e ob-

s e r va ba n e l mi s mo mé t od o qu e los s u i zos , mi e nt r a s

qu e ha bi e nd o p e ne t r a d o e nt r e la s p i ca s d e los a le

ma ne s , los e s p a ñole s , á g i le s d e cu e r p o y d e fe nd i -

dos con sus brazales, se hallaban en seguridad para

sacudirlos, s in que ellos tuviesen me dio de d efen -

d e r s e . S i no los hu bi e ra e mb e s t i d o la ca ba l le r í a ,

hubieran destruido ellos á todos.

Se p u e d e p u e s , d e s p u é s d e ha be r r e conoci d o e l

d e fe ct o d e a mb a s i nfa nt e r í a s , i ma g i na r u na nu e va

que resista á la caballería y no tenga m iedo de los in-

fantes; lo que se logrará, no de ésta ó aquella nación

d e comba t i e nt e s , s i no mu d a nd o e l mod o d e comba -

t ir (28 ). Son é s t a s a qu e l la s i nve n ci one s qu e , t a n t o

( 2 8 ) T o d o e s t á h e c h o . G .

después de haber rechazado anteriormente un ejército de suizos, y

e c had o d e B o l o nia al Pap a p asand o ráp id am e nte c u atro r ío s , iba

p e rs ig u ie nd o u n c u e rp o de e sp año l e s qu e se re t i raba, c u and o fu é

muerto. Fué llevado su cuerpo á Milá n, en donde le hicieron m ag-

ní f ic as e xe qu ia s ; p e ro fu é re t i rad o d e su se p u l c ro y o c u l tad o e n

o tra p arte , p o r l as afe c tu o sas so l ic i tu d e s d e l Card e n al d e Sió n,

d i l ig e nte e n l ibrar l e d e l o s u l t raje s d e l o s ve nc e d o re s , c u and o L u -

d o vico l e Mo re vino á e c har d e Mil án á l o s franc e se s . Habie nd o

id o al l í e n se g u id a F ra nc isc o I . d e sp u é s d e l a batal l a d e Mar ig -

nán, mand ó al famo so e sc u l to r mi l ané s Ag u st í n B a mba ia, qu e hi-

ciera al joven héroe un mausoleo digno de él. Pero la obr a, aun-

qu e ya mu y ad e l antad a, no e s taba c o nc l u id a, c u and o l o s franc e -

se s se vie ron o bl ig ad o s d e nu e vo á d e jar e s ta c iu d ad . Au nqu e e s-

te tú mu l o e ra u na o bra mae stra, l o s ac ae c imie nto s qu e se su c e -d ie ro n e n Ital ia , y to d avía más l a ant ip at ía qu e al l í se c o nse rva-

ba c o ntra l os franc e se s , imp id ie ro n qu e é l fu e ra e r ig id o . Se qu i-

taro n su s d ive rsas p ie zas d e Mil án p o r var io s af ic io nad o s d e l arte ;

y e l l as no se hal l an ya m as qu e c o mo o bje to d e c u r io s id ad e n al -

g u no s g abine te s y p al ac io s d e Ro ma, F l o re nc ia y Mi l án.



por su novedad como por sus beneficios, dan repu-

tación y proporcionan grandeza á un Príncipe nue-

vo (29).

No es menester pues dejar pasar la ocasión del

tiempo presente, s in que la Italia , después de tan-

t os a ños d e e x p e ct a ci ón, ve a p or ú l t i mo a p a r e ce r á

su reden tor (30). No p uedo expresar con qué amor

sería recibido en todas estas provincias que sufrie-

ron tan to con la inunda ción de los extran jeros. ¡Con

qué sed de veng anz a, con qué inalterab le f idelidad,

con qu é p i e d a d y lá gr i ma s s e r í a a cog i d o y s e gu i d o

¡A h ¿ Q u é p u e r t a s p od r í a n ce r r á r s e le ? ¿ Q u é p u e -

blos p od r í a n ne ga r le la obe d i e nci a ? ¿ Qu é ce los p o-

drían ma nifesta rse contra él? ¿C uál sería aquel i ta-

liano que pudiera no reven ciarle co mo á P ríncipe

suyo, pues tan rep ugn ant e le es á cad a uno de ellos

e s t a bá r ba r a d omi na ci ón d e l e x t r a nj e r o? (3 1) . Qu e

vuestra i lustre casa abrace el proyecto de su restau-

ración con todo el valor y confianza que las empre-

s a s le g í t i ma s i nfu nd e n; ú l t i ma me nt e , qu e ba j o vu e s -

( 2 0 ) M i t á c t i c a , c u y o s e c r e t o n o p o s e e n e l l o s t o d a v í a ,

m e l a p r o p o r c i o n a m u c h o m á s q u e L o r e n z o p o d í a l o -

g r a r . G

(30 ) El l a le h a rec on oci do f inalmente en mí. R . I .

( 3 1 ) H e v i s t o t o d a s e s t a s p r e d i c c i o n e s v e r i f i c a d a s e n m i

f a v o r . T o d o , h a s t a l a c i u d a d e t e r n a , s e g l o r í a d e e s t a r b a -

l o m i i m p e r i o . R . I .

t r a ba nd e r a s e e nno ble zca nu e s t r a p a t r i a (3 2) , y

que ba jo vues tros auspicios se veri fique, f inalmente,

a qu e l la p r e d i cci ón d e Pe t r a r ca : El valor tomará las

armas contra el furor; y el combate no será largo,

porque la antigua valentía no está extinguida toda-

vía en el corazón de los italianos ( 33 ).

FI N DEL LI R R O DEL P R Í NC I P E

( 3 2) E l l a l o s e r á m á s t o d a v í a , s i p u e d e s e r l o si n p e l i g r o

p a r a m í . R . I

i 3 1 > R e v i v e é l c a s i e n t e r a m e n t e , g r a c i a s á m í : p e r o g u a r -

d é m o n o s b i e n d e d e j a r l o s r e u n i r e u u n s o l o c u e r p o d e n a -

c i ó n . á n o s e r q u e v o q u i e r a d e s t r u i r á l a F r a n c i a , A l e m a -

n i a v E u r o p a e n t e r a s . R . 1 .

FI N' DE LOS C OM ENTA R I OS DE NA P OLEÓN

-4T

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K.> >('•,' ... tí>ií>n -ii; •••' jbn -' i 'Ji .ii .jt sic fn tft i i^.e s»>

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N O T A R E L A T I V A

— Á —

B A R N A B Ó V I S C O N T I

SOBE RAN O DE MILAN EN EL S IGLO XIV

(Vease antes la página 316)

• ,{ .», i<v|> M¡í:t r,^' r f ¡, »b •»JfiK rrir »«m i

A Q U I A V E L O e r a m u y i n st ru id o y pe r s-

p i ca z p a r a ha be r s e d e j a d o e nga ña r con

r e s p e ct o á Ba r na b ó, p or e l ma l qu e d e él habían

d i cho los a d u la d or e s d e l Pr í nci p e qu e le ha bí a d e s -

t r ona d o, como a ca e ce s i e mp r e e n s e me j a nt e s c i r -

cu ns t a nci a s . A s í es com o e n F r a nci a e l a d u la d o r d e

C a r i o M a gno, a qu e l m onge Eg i na r d al qu e é l co l-

mó de dádivas, y á quien d ió s u h i j a e n ma t r i mo-

nio. había acreditado, para enc ubrir el cr imen de la

u s u r p a ci ón d e Pe p i no, la fa ls a op i ni ón d e qu e C hi l -

derico, y los últimos rey es d e la prime ra raza, n o

e r a n ma s qu e u nos holga za ne s , i nd i gnos d e reinar.

A s í como é s t e , d e s p u é s d e ha b e r s i d o d e s t r ona d o,

fu é e nce r r a d o p or e l u s u r p a d or , p a d r e d e C a r i o

M a gno, e n u n cla u s t r o e n d ond e no t a r d ó e n p e r e -



ce r ; a s í t a mbi é n, ha bi e nd o s or p r e nd i d o con t r a i ci ón

á Ba r n a bó s u s obr i no Ju a n Ga le a s , ba i o p r e t e x t o

de devo ción , en el año de 1585. se apo deró de su

p e r s ona y Es t a d o s y ma n d ó me t e r le e n e l ca s t i l lo

de Trez o, en el que de allí en breve t iemp o murió

e nve n e na d o . Es t e Ju a n Ga le a s , qu e s e p u s o i nme -

d i a t a me nt e á d e s lu mbr a r á los mi la ne s e s con la fu n

d a ci ón d e s u va s t a y fa mos a C a t e d r a l , y a l qu e los

escritores de su t iem po se apresuraron á form ar una

ge ne a log í a qu e le ha cí a d e s ce nd i e nt e d e Á n glo . h i j o

ó ni e t o d e Ene a s , no ca r e ci ó t a mp oco d e u nos qu e .

p a r a e ns a lza r le má s , s e e cha r on á d e s a cr e d i t a r á

B a r n a b ó .

Es ve r d a d qu e é s t e e r a d u r o y br u t a l, p e r o t a m-

bién am an te de la justicia, y estaba dota do de la

entere za de que se nec esitab a á la sazón para go-

be r na r á los homb r e s ; d e e l lo p u e d e j u zga r s e p or

s u s i ns t i t u ci one s qu e , e n e l he cho, como lo d i ce

M a qu i a ve lo , fu e r on no t a ble s p or s u or ig i na l i d a d .

V i e nd o qu e mu chos d e u d or e s , los u nos con ma la fe

y los otros por el desord en de sus negocios, no pa-

gaban sus deudas, fundó una casa de corrección en

qu e ma nd ó e nce r r a r los , d a nd o á s u cos t a a boga d os

á a qu e l los cu y os ne goc i os e s t a ba n d e s com p u e s t os ,

a f in de que no les faltase medio ninguno para res-

t a ble ce r los . y s a t i s fa ce r d e s p u é s á s u s a cr e e d or e s .

Lo s hospic ios que él fund ó para los peregrin os

qu e i ba n á Roma ó volví a n d e e l la , t e s t i f i ca ba n t a m-

bi é n no me nos s u hu ma ni d a d qu e s u p i e d a d .

El s iguiente rasgo, que es el más propio para dar

á conoce r s u ge ni o , e s t a n t o m á s not a ble , cu a n t o

volve mos á ha l la r le , d os ó t r e s s i g los ma s t a r d e , e n-

t r e la s a né cd ot a s a ña d i d a s á la v i d a d e Enr i qu e I V .

Pe r o la p r i or i d a d no p u e d e d i s p u t á r s e le á Ba r na bó,

porque hallamos este hecho en la crónica de su con-

t e mp o r á ne o Pe d r o A za r i o . e s cr i ba no d e Nova r a , la

que dando principio con el año de 1520 acaba en el

d e 1162 v no e n e l d e 1262 como M . G i ngu e n e lo

dijo por inadvertencia en la Biografía universal y

a r t í cu lo d e A za r i o .

Du r a n t e u n invi e r no e n qu e B a r na b ó ha bí a d e p a -

sar unas sem ana s con su corte en su palacio d e Ma-

rignano, una tarde en que se había extraviado solo

caz an do en el mo nte, s in poder, al anoc hece r, ha

llar otra vez la send a para volve rse, o yó finalmente

alcrún ruido ocasionado por un leñador ocupado to-

d a ví a e n s u fa e na , y s e e nca mi nó ha ci a a qu e l la p a r -

t e , a boc á nd o s e con é l s i n d a r s e á conoce r Le ha -

bló al principio d e su es tado con bond ad, y el le-

ña d or s e qu e j ó mu v l i br e me nt e d e s u mi s e r i a , la

qu e ve ní a á a gr a va r u n ca s t e l la no qu e Ba r na bó t e -

ní a e n Lod i . ' « ¡A hí p r os i gu i ó e l a ld e a no, s i e s t e

Pr í nci p e e s t u vi e r a not i c i os o d e la s ve j a ci one s d e s e

me j a nt e ca s t e l la no, ma nd a r í a a hor ca r le a l p u nt o »

— Pe r o s e le p u e d e i nfor ma r d e e l lo . — ¡ La s ge nt e s

qu e le r od e a n s e op ond r í a n á e s t o Ba r n a bó r ogó

finalmente al leñad or que interru mpier a su trab ajo

p a r a cond u ci r le fu e r a d e l mont e ; y le a s e gu r o qu e

le r e comp e ns a r í a con u na d e t e r mi na d a ca nt i d a d ,

qu e é l p r ome t i ó . No p od í a d a r la a l i ns t a nt e p or qu e

no l le va ba d i ne r o cons i go. E l p a lu r d o r e s p ond i o d e

s op e t ón qu e le e r a ne ce s a r i o t r a ba j a r p a r a s os t e ne r



tu usitada familia, y se puso de nuevo á partir leña.

C r e ye nd o e l Pr í nci p e qu e e s t a ne ga t i va p r ove ní a

d e l mi e d o qu e e l le ñe r o t e ní a d e no s e r p a ga d o, d e s -

prende el broche de plata que él tenía en su cintu-

r on y s e lo e nt r e ga co mo u na p r e nd a d e la r e com-

p e ns a p r ome t i d a . C on s i e nt e é s t e e n s e rvi r le d e

guía ; le hace subir el P rín cip e en las a nc as de su

ca ba l lo ; y d u r a nt e la t r a ve s í a le i nci t a , con s u ma

fa mi l i a r i d a d , á cont a r le f r a n ca m e nt e lo qu e s e d e-

cí a d e Ba r na bó. v e l a ld e a no s e e x p l i ca s i n t e mor

Se qu e j a b i e n p r ont o d e ha be r cog i d o f r í o á ca ba l lo

y d ice qu e qu i e r e a nd a r . Ba r na bó le d e j a a p e a r s e

y afloja

e

l p a s o d e s u ca b a lga d u r a p a r a s e gu i r á su

cond u ct o r a l qu e a cons e j a qu e no for cé e l s u yo.

C ont i nu a ba s u fa mi l i a r conve r s a ci ón con é l , cu a nd o

d e s cu br i e r on á lo le j os ge n t e s qu e v e ní a n con t e a s

e nce nd i d a s . « ¡Ho la , hola d i j o e l a ld e a no , va n s i n

d u d a e n bu s ca d e l Sr . Ba r na b ó, qu e , p or a mor á

la ca za , s e e x t r a ví a en e l mon t e á m e nu d o Es t a s

ge nt e s s e ace r ca n, r e cono ce n a l Pr í nci p e , s e p os -

t r a n; y e le ña d or s e qu e d a p a s ma d o d e a s ombr o v

mi e d o. Le t r a nqu i l i za Ba r na b ó. y qu i e r e qu e fe

a com p a ñe ha s t a e l p a la ci o d e M a r i gna no. Ha b i e n-

d o l le ga d o a e l , ma n d a cond u ci r á e s t e a ld e a no cu -

yo s ve s t i d os no e r a n ma s qu e a nd r a j os , á la má s

he r mos a s a la d e l p a la ci o , qu e ha ga n a l l í u na fa mo-

s a lu mbr e p a r a d a r le ca lor y qu e le ha ga n d e s p u é s

ce na r con e l . a s u p r op i a me s a , e n d on d e com ú n-

me nt e no comí a ni ngu n o.

T e n i e n d o B a r n a b ó , d u r a n t e la c e n a , a l l e ñ a d o r

e n f r e n t e l e h a b l a b a c o n l a m i s m a c o r d i a l i d a d q u e

e n el mon t e . De s p u é s d e la ce na ma nd ó cond u ci r le

á a cos t a r s e e n u n ma gn í f i co cu a r t o , e n qu e ha bí a

u na e x ce le nt e y s u nt u os a ca ma , á la qu e no os a ba

l le ga r s e e l p a lu r d o. Du r m i ó en e lla a l ca bo volu p -

t u os a me n t e . A l le va nt a r s e en la s i gu i e nt e ma ñ a na ,

recibe el con vite de pasar al lad o del Prínc ipe qu e

quiere verle; y el Príncipe se apresura á preguntar-

le cómo ha p a s a d o la noche . «C o mo e n la g lor i a ,

r e s p ond e e l le ña d or ; p e ro yo qu i s i e r a i r me . » V e n -

go e n e l lo , r e s p ond e Ba r na bó; p e r o a nt e s me e s p r e

ci s o d a r t e la r e comp e ns a qu e t e p r ome t í : y ma nd a

d a r le la ca nt i d a d p r om e t i d a . Ha b i é nd o la r e ci b i d o

é s t e s e a ce le r a á p a r t i r p a r a comu ni ca r e s t o á s u

muje r é hi jos. «U n instan te todav ía, le di jo el Prín-

ci p e ; qu i e r o qu e me p i d a s u na gr a ci a . » ¡A h bi e n,

r e p l i có e l le ña d or a le nt a d o con t a nt a bon d a d : s u -

p l i co á V md . qu e ma nd e r e s t i t u i r me e l p e qu e ño ca -

s e r í o qu e el ca s t e l la no d e Lo d i me qu i t ó . — Le t e n

drás, y al instante; en presencia tuya voy á escribir

la or d e n d e d e vol vé r t e le . » El r e goci j a d o a ld e a no

p a r t i ó l le no d e a mor y r e cono ci mi e n t o p a r a con e l

Sr . Ba r na bó.

Un historiador del últ imo siglo dice, refir iendo

e s t e r a s go, qu e Ba r na bó no p e r mi t í a qu e e n s u nom-

br e come t i e s e n ve j a ci one s é i nj u s t i c i a s : ¡e r a a m a nt e

d e l or d e n y s e gu r i d a d p ú bl i c a No e ra me no s s i n

gu i a r e n s u s a ct os d e ri gor qu e e n s u s bond a d os os

rasgos, y la originalid ad de q ue usaba en ellos te-

ní a , ne ce s a r i a me nt e , la d u r e za d e u n ge ni o e x t r e -

ma d a me nt e br u t a l . La s c i r cu n s t a nci a s e n qu e é l los

ma ni fe s t ó d e u n mod o m á s e x t r a ñ o, fu e r on a qu e -



l ias en que tuvo que luchar contra las pretension es

d e la cor t e r om a na s ob r e e l Bolo ne s q u e for ma b a

e nt once s p a r t e d e los Es t a d os mi la ne s e s .

La c i u d a d d e Boloni a ha bí a s i d o u n fe u d o d e los

e mp e r a d or e s d e A le ma ni a ha s t a los t i e mp os d e la s

t u r bu le nci a s é i nt e r r e inos d e l S i g lo X I I I . e n qu e á

la verdad ella se abandonó al Papa Nicolás III (en

e l a ño d e 127 8 ), mi e nt r a s qu e e nt r e ga d o M i lá n á

u na e s p e ci e d e a na r qu í a r e p u bl i ca na , for ce j e a b a con

tra la amb ición de los To rres que querían hac erse

s obe r a nos s u yos . Pe r o cu a nd o e l A r zo bi s p o Ju a n

Visco nti lo fué legítim ame nte en el año de 1593,

gozosos los Boloneses con la sabiduría de su gobier-

no se entreg aron librem ente á él. En balde" quiso

r e cr i mi na r e l Pa p a C le me nt e V I . p u e s e l A r zobi s p o

Juan se manifestó firme: y quizás no es inúti l decir

a qu í qu e é l mi s mo, a nt e s d e Ba r na bó , ha bi a mos -

trado mucha originalidad en la resistencia de entre-

gar esta provincia.

Ha bi é nd ole e nvi a d o e l Pa p a le ga d os p a r a r e cla -

marla, n o quiso oír los m as qu e en su iglesia cate-

dral, en la que. á este efec to, man dó levan tar un

t r ono ma gní f i co v e le va d í s i mo. Su bi ó á é l v s e s e n-

tó. tom and o en la mano izqu ierda su pectoral ar

qu i e p i s cop a l , y u na e s p a d a d e s nu d a e n la d e r e cha .

A d m i t i ó d e s p u é s e n s u p r e s e ncia á los le ga d os . Ha -

bi é nd ole d e cla r a d o e s t os e n nombr e d e l Pa p a qu e

si no le resti tuía el Bo lon és, le quitaría el Su m o

Pont í f i ce á v i va fu e r za : r e s p ond i ó e l p r e la d o: «p u e s

men. id á decir á su Santidad que el Arzobispo Juan

con s u p e ctor a l y e s p a d a , s a br á d e fe nd e r i gu a lm e n-

te su jurisdicción espiritual y sus dominios tempo-

r a le s » Lu e go q u e hu bo s i d o i nfor ma d o e l Pont í f i ce

de esta respu esta por sus legad os, ci tó al prelado

a nt e s u s p i e s, a me n a zá n d ole con la e x comu n i ón, s i

é l no com p a r e cí a . A l lá i ré . d ij o e l A r zo bi s p o ; y

ma nd ó p a r t i r p or d e la nt e u n e j é r ci t o d e 16, 000 hom-

bres. Ha bía n pues to ya el pie sobre el territorio

p ont i f i c i o ; a t e m or i za d o C le me n t e s a l i ó á r e ci b i rle ,

como p a r a a hor r a r le u na p a r t e d e l ca mi no a l p r e la -

d o: t e mi ó, s i n e mba r go , e nco nt r a r s e con é l , y le

d e s p a chó un le ga d o p a r a d e ci r le qu e e l A r zobi s p o

ha bí a he cho lo s u f i c i e nt e p a r a p r oba r s u obe d i e nci a

á la Sa nt a Se d e , y qu e e l r e p r e s e nt a nt e d e Sa n Pe -

d r o qu e d a ba s a t i s fe cho.

Ha bi e nd o p e r ma ne ci d o p a cí f i co p os e e d or d e l Bo-

loné s e l p r e la d o, le ha bí a le ga d o á Ba r na bó a nt e e l

qu e Inoce nci o V I c om e nz ó d e nu e vo la s r e cla ma -

ci one s d e la cor t e r oma na . C o mo Ba r n a bó no s e

d i gna ba d a r le s o í d os , e nvi ó le I noce nci o d os le ga d o s

e nca r ga d os d e e nt r e ga r le u na bu la , qu e cont e ní a

e x comu ni ón s i él no resti tuía aquella provincia. Ha-

biendo sabido el Príncipe, quien á la sazón se ha-

l la ba t a mbi é n e n s u p a la ci o d e M a r i gna no. qu e e s-

t os le ga d os se a ce r ca ba n, y qu e e r a n a ba d e s d e Be

ne d i ct i nos , fu é á e s p e r a r los e n u n p u e nt e ba j o e l

cu a l cor r í a n la s a gu a s d e l La mbr o . L le g a n los le -

ga d o s y p r e s e nt a n la bu la ; i e e la Ba r na b ó, y p or

toda respuesta les p r e gu nt a d e qu é gu s t a n má s e n-

t r e be be r v c o m e r . C o n o c i e n d o a m b o s l e g a d o s e l

ge ni o d e l Pr í nci p e , y v i e nd o d e ba j o d e s u s p i e s e l

río, dicen que va es preciso elegir: prefieren el co-

- + 8



m e r . O b l í g a l e s e n t o n c e s B a r n a b ó á m a s c a r y t ra -

ga r la bu la d e p e r g a mi n o, s i n ha ce r le s gr a ci a d e los

cordo nes de seda qu e ata ban el sello, y ni aun el

sello que era de plomo.

I r r i t a d o e l Pa p a , ha bi é nd o s e l i ga d o con ot r os mu

chos p r í nci p e s d e I t a l i a p a r a for za r á Ba r na bó á la

r e s t it u ci ón d e l Bol oné s , y no a t r e vi é n d os e C le m e n-

t e á e nvi a r le le ga d os , le d i p u t a r on e s t os Pr í nci p e s

a lgu no s e mb a j a d or e s , p a r a d e cla r a r le qu e s i re s ti -

tuía esta provinc ia no obrar ía la liga contra él. Lo s

r e ci b i ó mu y bi e n Ba r na bó e n s u p a la ci o d e M i lá n;

p e r o lu e go qu e e l los s e hu bi e r on e x p l i ca d o , ma n d ó

t r a e r los ve s t i d os b la n cos d e s t i na d os á los i ns e ns a -

t os , ma n d ó qu e los cond u j e r on r e ve s t i d os a s í á la

puerta interior de su palacio, en donde fueron obli-

ga d os á s u bi r á ca ba l lo , y p e r ma ne ce r e x p u e s t os

por espacio de dos horas á la irr is ión públic a. De s-

p u é s d e lo cu a l , y co nfor m e á la s ór d e n e s qu e t e ní a

é l d a d a s , fu e r on p a s e a d os e s t o s d i p u t a d os p or t o

das las calles de la ciud ad, seg uido s por las rechi-

f la s d e l p u e blo; y p or ú l t i mo con d u ci d os con e l mi s -

mo traje y séquito, hasta más allá de la frontera de

l o s E s t a d o s d e B a r n a b ó .

La s d e s gr a ci a s d e e s t e Pr í nci p e oca s i ona r on d e s -

p u e s a l p r i nci p a d o d e M i lá n la p é r d i d a d e l Boloné s -

p e r o su sobr i no Ju a n G a le a s le r e cu p e r ó y a u n l le -

go e n s u s conq u i s t a s ha s t a los Es t a d o s p on t i f i c i os

e n los qu e s e a p o d e r ó d e P e r u s a , Es p o le t o v No-

cera.

Ba r n a bó e r a , s i n d u d a , u n Pr í nc i p e mu y con s i -

d e r a d o e n s u t i e m p o; p or qu e e l Du qu e Le o, , o í d o

d e A u s t r i a , d e l cu a l d e s ci e nd e e l a ct u a l E mp e r a -

d or , ha bí a ve ni d o e n p e r s ona á ca s a r s e e n M i lá n,

en su palacio mismo, con una de sus cinc o h i jas.

De é l d e s ci e nd e p r i nci p a lme nt e e l cor t o nú me r o d e

fa mi l i a s V i s cont i , qu e p u e d e n g lor i a r s e d e s e m e -

j a nt e a p e l l i d o. Ha bí a t e ni d o una gr a nd í s i ma ca n t i -

dad de hi jos; y á su m uer te dejó tr ienta y do s vi-

vos , s in cont a r los qu e e s t a ba n ma m a nd o t od a ví a .

•M- S OOC OC C O:-



E X T R A C T O S D E L O S

D i s c u r s o s d e M a q u i a v e l o

S O B R E L A S D E C A D A S D E T I T O - L I V I O

§ 1

Es difícil que uo pueblo que después d e haber tenid o el hábito de vi-

vir bajo un Principe, cayó por alguna casualidad eventual, bajo

un gobierno republicano, permanez ca en él {cap. 16 del lib. I).

Nos mu e s t r a n nu me r os os e j e mp los r e fe r i d os p or

las antiguas historias, cuán difíci l le es á un pueblo

qu e , d e s p u é s d e ha be r s e ha bi t u a d o á v i v i r ba j o u n

Príncipe, s e p u s o p or a lgú n a ca e c i mi e nt o ba j o u n

gobi e r no r e p u bl i ca no, e l p e r ma n e ce r e n é l . No

s a bi e nd o r a ci oci na r s obr e la s d e fe ns a s ni o fe ns a s

p ú bl i ca s , s e vu e lve mu y fá ci lme nt e á la obe d i e nci a

d e u n Pr í nci p e .

El Pr í nci p e qu e no cu i d a e nt once s d e a s e gu r a r s e

d e a qu e l los s ú bd i t os s u yos qu e s on e ne mi gos d e l

nu e vo or d e n qu e é l e s t a ble ce , no cons t i t u y e m a s

qu e u n Es t a d o cu y a e x i s t e nci a s e rá br e ve ( i ) .

( i ) S e g u i r é p u n t u a l m e n t e t u s c o n s e j o s , p a r a q u e e l l a

s e a l a r g a . G .



Y s i e s t e hombr e , a u n cu a n é l v i v i e r a mu chí s i mo

t i e mp o, ó au n d os hom br e s v i r tu os os qu e s e s u ce -

dieran, no pued en ba star para dir igir la co mpl eta-

me nt e a l b i e n, no p u e d e me nos d e p e r e ce r e l la r e -

p e nt i na me nt e cu a nd o fa l t a u no d e e l los a s í como

acabo de decir lo, á no ser que él le haya hecho re-

na ce r ya á cos ta d e mu chos p e l i gr os y s a ngr e .

La corrupción , y la poca aptitud para la vida li-

br e d e la Re p ú b l i ca , p r ovi e ne n d e la s d e s i gu a ld a -

d e s qu e allí se hallan (7); y cuando uno quiere res-

t a ble ce r la i gu a ld a d , e s ne ce s a r i o t oma r gr a nd í s i mos

me d i os , me d i os e x t r a or d i na r i os qu e p ocos hombr e s

s a be n ó qu i e r e n e mp le a r ( 8 ) .

$ III

Cuando un Estado monárquico empezó bien puede mantenerse en él

un Príncipe débil; pero no hay ningún reino que pueda sostenerse

cuando el sucesor de este Príncipe es tan débil como él (cap. iu

del lib. I)

C o n s i d e r a n d o la virtud y modo de obrar que tu-

vi e r on Rómu lo. Ña ma y T u lo , e s t os t r e s p r i me r os

r e ye s d e Roma , s e ve qu é s u e r t e e x t r e ma me nt e fe

liz tuvo esta ciudad b a j o s e m e j a n t e s mona r ca s , d e

los cuales el primero fu é belicoso y brutal, el s e gu n-

do pacífico y piadoso, y el tercero igual á R ó m u l o

( 7 ' N o s e l o g r a r á b o r r a r l a s n u n c a en F r a n c i a . G .

( 8 ) D a n t ó n c o n C o l l o t , F . . . . , y t o d o s l o s c o r d e l i e r e s ,

e t c . , l o s h a b í a n h a l l a d o : p e r o R o b e s p i e r r e c o n s u s j a c o b i -

n o s v i n o á d e s c o m p o n e r l o s , v á e m b r o l l a r l o t o d o : v la f a l s a

a p l i c a c i ó n s u y a , q u e e l l o s h i c i e r o n d e i n t e n t o , h i z o i n e j e c u -

t a b l e e l p l a n , é i m p o s i b l e p a r a s i e m p r e l a R e p ú b l i c a . G .

en su ferocidad, más amante de la guerra que de la

p a z . Er a ne ce s a r i o para R o m a , en sus p rimero s

principios, que d e s p u é s d e R ómu lo t u vi e r a e l la á u n

h o m b r e c o m o N u m a , qu e fuera c a p a z de introducir

en ella la ci v i l i za ci ón; pero fu é d e s p u é s i gu a lme nt e

ne ce s a r i o qu e lo s otros reyes tuviesen el valor de Ro-

mulo, s in lo cual esta ci u d a d s e hu bi e r a vu e l t o a t e

mi na d a y d e s p oj o d e s u s v e c i n o s ( 9 ) .

Es t o p r e s e nt a oca s i ón de hacer observar que el

s u ce s or d e u n Pr í nci p e va le r os o, a u nqu e no t e nga

tanto brío como é l . p u e d e ma nt e ne r s u Es t a d o p or

u n e fe ct o s u bs i s t e nt e d e l Re y que le a nt e ce d i ó (10) .

G o z a d e l fruto de s u s fa t i ga s : pero si a ca e ce qu e él

v i va m u c h o t i e m p o , ó qu e tras él s obr e vi e ne u no

qu e no le s obr e p u j e en valor, su reino caerá en rui

na ne ce s a r i a m e r u e ( u ) . S i, por el contrario, dos

p r í nci p e s , un o tras otro, s on d e u n gr a nd í s i mo va -

lor, s e ve con f r e cu e nci a qu e ellos hacen gr a nd e s

cos a s ; y qu e e s t a s cos a s s e e ns a lza n con su r e p u t a -

ción h a s t a l a s n u b e s ( 1 2 ) . D a v i d f u é sin duda un

fa mos o homb r e , ba j o e l a s p e ct o d e la s a r ma s , d e

la ciencia y juicio; fué tan e min ente su valor, que

(g) E n t r e t e n e r s i e m p r e e l a r d o r g u e r r e r o e n m i s E s t a -

d o s . G .

u o C o n s o l a t o r i o p o r l a s u e r t e d e m i h i j o . R . I .

1 1 1 e n t o n c e s c o m o e n t o n c e s ; m i g l o r i a s u b s i s t i r á s i e m -

pre-. R. T,

( '1 2* P e r o m i h i j o s e m e a s e m e j a r á . E l p r i m e r R e y d e

R o m a e n n u e s t r a e r a s e r á d i g n o d e l p r i m e r R e y d e R o m a

d e la e r a d e l o s a n t i g u o s r o m a n o s . R - 1 .



d e s p u é s d e ha be r ve nci d o y a ba t i d o á t od os s u s ve -

ci nos (13 ) , d e j ó á Sa lom ón, h i j o s u yo, u n r e i no so-

s e ga d o qu e é s t e p u d o cons e r va r con s u s t a le nt os

para la paz, y por el efe cto de la belicosa fam a de

s u p a d r e . Go zó fe l i zm e nt e d e los f r u t os d e l va lor

d e Da vi d ; p e ro no p u d o ha ce r goza r p or e nt e r o d e

e s t e r e ino á s u h i j o Ro bo a m . No s i e nd o é s t e i gu a l

á s u a bu e lo ba j o e l a s p e c t o d e la va le nt í a , v ca r e -

ciendo de una fortuna igual á la de su padre," no fué

ma s qu e con s u mo t r a ba j o e l he r e d e r o d e la s e x t a

p a r t e ú ni ca me nt e d e s u s Es t a d os .

A u nqu e Ba í s i t . Su l t á n d é los t u r cos , gu s t a ba má s

de la paz que de la guerra, pudo gozar del fruto de

os t r a ba j os d e M a h om e t o, p a d r e s u yo, qu i e n , ha -

bi e nd o a ba t i d o al mod o d e Da vi d á s u s ve ci n os

iejo á su hi jo un reino seguro, de modo que éste pu-

d o cons e r va r le fá ci lme nt e con e l t a le nt o d e la p a z

Pe r o s i e l me t o d e M a home t o. e s t e Sa l i qu e a ct u a l-

me nt e r e i na , s e hu bi e r a ha l la d o p a r e ci d o á s u p a -

dre, hubiera perdido este reino: y le vem os, por el

cont r a r i o , s obr e p u j a r e n g lor i a á " s u a bu e lo (14)

C on a r r e g lo á e s t os e j e mp lo s , d i go, p u e s , qu e á

cont i nu a ci ón d e u n gr a n Pr í nci p e , s u s u ce s or , a u n-

qu e d é bi l p u e d e co ns e r va r s e , á no s e r qu e é l s e a

com o e l d e F r a nci a ; y qu e s u s a n t i gu a s i ns t i t u ci o-

ne s no ba s t a n p a r a s os t e ne r le . Pu e s b i e n, los Pr í n-

so^R e y f X K „ t ^ i

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S Í n ¡ n q u i e t l l d s o b r e m i

d e s c e n d e n c i a

ci p e s s on d é bi le s cu a nd o no e s t á n ha bi l i t a d os s i e m-

pre para hacer la guerra (15).

De t od o e s t e d i s cu r s o conclu i r é , qu e e l s u mo va -

lor d e Róm u lo p r op or ci onó á Nu ma Pom p i l i o la fa -

ci l i d a d d e gobe r na r Ro ma , d u r a nt e mu ch os a ños ,

con el arte de la paz; pero que fué una grande di-

cha p a r a Roma , qu e d e s p u é s d e Nu ma vi ni e s e T u -

lo, que, con su marcial arro gan cia, se granjeó la fa-

ma d e Róm u lo. A nco, qu e le s u ce d i ó , fu é d ot a d o

d e u n t a l na t u r a l , qu e le fu é p os i b le p e r ma ne ce r e n

paz y hacer la guerra (16). A los principios había

t r a t a d o d e p e r ma ne ce r e n p a z ; p e r o ha bi e nd o a d -

ve r t i d o i nme d i a t a me nt e qu e s u s ve ci nos le t e ní a n

p or a fe mi na d o, y le a p r e c i a ba n p oco p or e s t a r a zón

mi s ma , ju zgó qu e , p a r a con s e r va r R om a , e r a me -

nester que él se volvie ra hacia la guerra, y se ase-

me j a r a á Rómu lo e n ve z d e i mi t a r á Nu ma .

C u a nt os p r í nci p e s p os e e n Es t a d o s , d e be n com-

p r e nd e r p or e s t os e j e mp los , qu e a qu e l d e e l los qu e

s e p a r e zca á Nu ma , cons e r va r á ó no s u Es t a d o, s e -

gú n qu e los t i e mp os ó la for t u na le s e a n p r op i ci os

ó a d ve r s os ; p e r o e l qu e s e a s e me j e á Rómu lo y e s t é

com o é l , fu e r t e me nt e p r ovi s t o d e p r u d e nci a y a r-

mas, le conservará en todos los casos, á no ser que

u na fu e r za e x ce s i va y t e na z s e lo qu i t e . Se p u e d e

d e ci d i r con ce r t e za qu e , s i Roma hu bi e r a t e ni d o p or

s u te r ce r Re y á u n homb r e , qu e no hu bi e r a s a bi d o

( 1 5 ) R e c o m e n d a r é b i e n e x p r e s a m e n t e á t o d a m i d e s c e n -

d e n c i a q u e e s t é h a b i l i t a d a s i e m p r e p a r a h a c e r l a . R . I .

{ 1 6 ) E s l o q u e m á s d e s e o y á m i h i j o , R . I .



co n la s armas resti tuir le su primera reputación, ella

no hubiera podido nunca, ó con una suma dificul-

tad únicamente, asegurarse ni lograr los gr a nd e s

triunfos que tuvo. Así . m ientras que ella existió co -

mo monarquía, corrió el peligro de perecer b a j o un

Re y d é bi l ó ma lo .

§ IV

El Príncipe que entra en un Estado nuevo p ura él, debe renovarlo

allí todo ( cap. 26 del lib. I

C u a lqu i e r a qu e s e ha ce Pr í nci p e d e u n Es t a d o ó

p r ovi nci a , e s p e ci a lme nt e cu a nd o e s r á d é bi lme nt e

s e nt a d o e n ellos, no tiene me j or me d i o p a r a con-

s e r va r e s t e p r i nci p a d o, d e s d e qu e él es allí Príncipe

nuev o, que el de reno varlo todo. Es ne ce s a r i o qu e

e n la s c i u d a d e s , e s t a ble z ca é l nu e vos gobi e r nos con

nombr e s nu e vos , u na a u t or i d a d nu e va y nu e vos

hombr e s , y a u nqu e ha ga r i cos á los que "eran" po

br e s . como lo h i zo Da vi d cu a nd o llegó á ser R e v

qui esurientes inifilevit bonis. et divites dimisii ina-

n e S

} \

7 )

- A ^ m á s d e e s to , d e b e e d i fi c a r n u e v a s

ci u d a d e s d e s t r u i r la s v i e j a s , t r a ns p la nt a r á los mo-

r a d or e s d e u no á ot r o p a r a j e ; e n un a palabra, no

d e j a r na d a s i n mu d a nza e n e s t r a p r ovi nci a , y ha ce r

qu e e n e l la no ha ya d i gni d a d , p u e s t o , e s t a d o, ni r i-

( 1 7 ) N o o m i t í e s t o v ^ m e fu é h i e n . - E l l o s n o h ac e n n a d a

e n o ñ n

:

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U e Z a S

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,

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e r a r i o

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e l l o q u e d a e n p o d e r d e l o s q u e ú n i c a m e n t e á m í s o n d e u d o -

v . í

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n ^ :

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- ' °

U é

2 °

d í a

a c a e c e r m e d e m á s la -

v L ao n - e n m i s a d v e r s i d a d e s E .

qu e za , qu e no s e mi r e n con r e conoci mi e nt o y como

d i ma na d o s d e é l p or los qu e los p os e e n ( 18 ) . T ó-

me s e p or obj e t o d e mi r a F i l i p o d e M a ce d oni a , p a -

d r e d e A le j a nd r o, qu e , d e r e ye zu e lo qu e é l e r a . l le -

gó á s e r , con s e me j a nt e s me d i os , Pr í nci p e d e la

Gre cia enter a. El historiador de su vida dice que

él hacía pasar á los hab itan tes d e una provincia á

ot r a d i fe r e nt e , com o los gu a r d a s d e r e b a ños t r a ns

la d a n s u s ga na d o s d e u nos p a s t os á ot r os . Pe r o e s

t os me d i os s on mu y cr u e le s y cont r a r i os á la s i d e a s

no solamente de la religión cristiana, s ino también

d e la hu m a ni d a d : p or es t o , v i é nd os e p r e ci s a d o á

a bs t e ne r s e d e e l los t od o hombr e s e ns i b le y honr a d o,

debe primero vivir como particular, que querer rei

na r con la r u i na d e t a nt a s p e r s ona s (1 9)- Pe r o

e l

que no limitándose á este sabio partido, quiera rei-

na r e n u na p r ovi nci a nu e va , no p u e d e me nos qu e

ha ce r e s t e ma l s i qu i e r e ma nt e n e r s e ( 20 ) . C i e r t a s

ví a s me d i a s qu e a lgu nos t oma n le s s on p e r ni ci os í s i -

ma s , con e l mot i vo d e qu e no s a be n s e r e nt e r a me n-

t e bu e nos , ni e nt e r a me nt e ma los (21) .

[ 1 8 ] H a c i a m í s e d i r i g e t o d o s u r e c o n o c i m i e n t o . E .

[ 1 9 ] E s c r ú p u l o d e d e v o t o . G .

[ 2 0 ] C u a n t o c o n d u c e á e s t e f in , e s l o a b l e : e s el r e c o n o -

c i m i e n t o d e l a s g r a n d e s a l m a s f o r m a d a s p a r a r e i n a r e s t r e -

c h o y t í m i d o c o m o e l d e u n t r a p i s t a . R . C .

[ 2 1 ] N o e s p r o p i o p a r a r e i n a r , e l q u e c a r e c e d e u n g e n i o

r e s u e l t o . R . I .



§ v

Bl populacho es atrevido; pero en el fondo es débilísimo

( cap. 52 del lihr. I)

M u chos r oma nos , d e s p u é s d e la r u i na d e su p a -

tria que el paso de los france ses (22) h abía ocasio -

na d o, ha bí a n i d o á d omi ci l i a r s e e n V e y e s , cont r a

los e s t a t u t os y p r ohi bi ci ón d e l Se n a d o . Pa r a r e m e -

d i a r s e me j a nt e d e s or d e n, p r e s cr i b i ó é s t e á los t r á ns -

fu ga s , p or me d i o d e s u s e d i ct os p ú bl i cos , y ba j o d e -

t e r mi na d a s p e na s , qu e s e volvi e r a n á Roma d e nt r o

d e u n t i e mp o f ij o . Lu e g o qu e e s tu vi e r on not i c i os os

d e e s t os e d i ct os , s e mofa r o n a l p r i nci p i o d e e l los ;

p e r o d e s p u é s , cu a nd o e l t i e mp o s e ña la d o p a r a obe -

d e ce r s e a ce r có á s u t é r mi no, t od os s e s ome t i e r on y

volvi e r on (23 ). T i t o -L i v i o re f i e r e e l he cho p or e l

t e nor s i gu i e nt e : «C a d a u no d e e s t os hombr e s , t od os

los cu a le s e r a n fe r oce s , obe d e ci ó á s u p r ooi o t e mor . »

enferocibus universis singuli metui suo obedientes

Juere; y r e a lme nt e no p u e d e ha ce r s e u na me j or p i n-

t u r a d e la í nd ole d e l vu lgo e n s e m e j a n t e s ocu r r e n-

ci a s qu e la he cha e n e s t e p a s a j e . Es é l a u d a z mu y

[ 2 2 ] M a q u i a v e l o l l a m a a s í á l o s a n t i g u o s g a l o s . L l e v a

r a z ó n : l o s h a l l o t o d a v í a e n l o s a c t u a l e s f r a n c e s e s . G .

[ 2 3 ] S i l o s e m i g r a d o s n o v o l v i e r o n e n e l a ñ o d e 1 7 0 2 ,

n a c e d e q u e e l l o s c o n t a b a n c o n l a s r e s u l t a s d e l C o n g r e s o

d e P i l n i t z . 1 V é a s e c ó m o s e s o m e t i e r o n , y v o l v i e r o n b i e n

p r o n t o c u a n d o s e J as a p o s t é d e s p u é s L o s C h o n e s y o t r o s

r e b e l d e s n o p u e d e n r e s i s t i r s e c o n t r a e l u s o q u e h a g o d e e s -

t a r e f l e x i ó n d e M a q u i a v e l o . R . C .

á me nu d o e n s u s d i s cu r s os cont r a la s p r ovi d e nci a s

d e s u s obe r a no; p e r o cu a nd o d e s p u é s l le ga el casti-

go á a ce r cá r s ele , d e s con f i á nd o s e ca d a u no d e s u

ve ci no, t od os cr e e n d e be r ha ce r p r u e ba d e s u obe -

diencia.

Así pues, es cierto que cuanto se dice de la bue-

na ó mala disposición de un pueblo, debe reputarse

como cosa de leve monta, s i te hallas en una situa-

ci ón ha r t o b i e n or d e n a d a p a r a qu e p u e d a s con t e -

nerle, y s i pue des da r pro viden cias para no ser

ofe nd i d o p or i nd i vi d u o ni ngu no ma l ó b i e n d i s p u e s -

t o . No qu i e r o ha bla r a qu í má s qu e d e a qu e l la s m a-

la s d i s p os i ci one s qu e i nfu nd e n e n los p u e blos cu a l-

quiera otra causa que la p érdi da de su libertad , ó

d e u n Pr í nci p e á qu i e n a m a n, s i e s tá v i vo t od a -

ví a (24). La s ma la s d i s p os i ci o ne s qu e d i ma na n d e

e s t a s ca u s a s s on for mi d a ble s con s u p e r i or i d a d á t o-

d a e x p re s i ón (25) . H a y ne ce s i d a d d e r e me d i os ma -

yor e s p a r a r e p r i mi r la s y cont e ne r la s ; e n ve z d e qu e

esto es fáci l con respecto á las otras malas disposi-

ci one s . con t a l qu e los p u e blos no t e nga n j e fe nin-

gun o á quien poder recurrir . No ha}' nada, s i se

quiere, que por un l ado sea más tem ible que un

vu lgo d e s e nfr e na d o y s i n ca be za ; p e r o ni na d a qu e

por otro sea más débil (26). Au n cuand o tuviera él

[ 2 4 ] ¿ S e r á , p u e s , i n d e s t r u c t i b l e e s t a ú l t i m a c a u s a d e

m a l a d i s p o s i c i ó n en m i s p u e b l o s ? R. 1 .

[ 2 5 ] N i n g u n o e n e l m u n d o s a b e h a s t a q u é g r á d o m e f a -

t i g a n e l l a s . R . I.

[ 2 6 ] N o t e m b l a n d o u n o j a m á s d e l a n t e d e é l, l e hac e t e m -

b l a r s i e m p r e . R . C .



las armas en la mano, será fáci l reducir le, s i s in em-

bargo puedes librarte del primer choque (27); por-

que después, cuando los espíritus estén algo fr íos,

y que cada uno vea que le es preciso volverse á su

ca s a , come nza nd o e nt once s á d u d a r s obr e la bon

dad de su causa y sobre la fuerza de su valor, pen-

sarán en mirar por su salud, y a con la huida, y a

con la s u mi s i ón. Por e s t o u n v u lgo s u ble va d o, qu e

qu i e r a e vi t a r s e me j a nt e s p e l i gr os , d e be r í a e le g i r s e

e n s u s e no u n ca u d i l lo (28 ) y p e ns a r e n s u d e fe ns a ,

com o lo h i zo e l p op u la ch o d e Rom a , cu a nd o d e s -

p u é s d e la mu e r t e d e V i r g i n i a , s e s a l i ó é l d e R om a ,

y creó veinte tr ibun os esco gido s en su seno, á quie-

ne s d i ó el e nca r go d e s a lva r le . C u a n d o la p le be no

t oma s e me j a nt e s p r e ca u ci one s , le a cont e ce s i e mp r e

lo qu e d ecí a a hor a T i t o -L i vi o; e s , á s a be r , qu e t o-

d os j u nt os s on a u d a ce s , y qu e d e s p u é s ca d a u no s e

vu e lve coba r d e y d é bi l cu a nd o e mp i e za á p e ns a r e n

el peligro que le amenaza (29).

§ V I

Cualquiera que llega de una condición baja á una suma elevación, lo

consigue mucho más con el fraude que con la fuerza.

(Cap. 13 del Ub. Ii.

t

M i r o com o cos a m u y ve r d a d e r a , qu e no s u ce d e

n u n c i o m á s q u e r a r ís i m a s v e c e s á l o m e n o s , q u e

[ 2 7 ] E s u n a c o s a q u e e l l o s p a r e c e n i g n o r a r ; v l a s i m p l e

p r o x i m i d a d d e u n c h o q u e a c a b a r í a d e d e s c o n c e r t a r l o s . R . C .

M I m p e d i r d e a n t e m a n o q u e é l p u e d a h a l l a r s e . R . C .

L ap ] N o h a y h o m b r e q u e , e n lo c o n c e r n i e n t e á l o s n e g o -

na ci d o u n hombr e e n u na cond i ci ón hu mi ld e , l le gu e

á u n p u e s t o e mi ne nt e s i n la fu e r za ó e l d olo , á no

s e r qu e e s t e p u e s t o s e le ha ya confe r i d o p or mu ni -

ficencia, ó dej ad o en heren cia; pero no creo que se

ha y a vi s t o j a má s qu e la fu e r z a s o la ha y a ba s t a d o,

mi e nt r a s qu e á me nu d o s e r e conoce r á qu e no hu bo

ne ce s i d a d ma s qu e d e l f r a u d e (3 0) . Lo ve r á c la -

r a m e nt e cu a lqu i e r a qu e le a la v i d a d e F i l i p o d e

M a ce d oni a , la d e A ga t ocle s e l s i c i l i a no, y la s d e

ot r os mu chos d e e s t a e s p e ci e , qu e , d e mu y p e qu e -

ña cond i ci ón, y a u n d e ba j a a s ce nd e n ci a , l le ga r on á

r e i na r , ó á e j e r ce r gr a nd e s ma nd o s . X e n ofon t e , p or

lo d e má s , nos mu e s t r a la ne ce s i d a d d e e nga ña r , e n

s u h i s t or i a d e C i r o (3 1) , cu a nd o for ma e nt e r a me nt e

con f r a u d e s la p r i me r a e mp r e s a d e s u hé r oe cont r a

e l Re y d e A r m e ni a , y cu a nd o le ha ce ocu p a r s u r e i -

no, no con la fu e r za , s i no con e mbu s t e r í a s .

¡

A h n o

se crea que por ello quiera yo concluir otra cosa, de

u na s e me j a n t e cond u ct a , s i no qu e u n p r í nci p e qu e

qu i e r e ha ce r cos a s r e s p la nd e c i e nt e s , s e p one e n la

ne ce s i d a d d e a p r e n d e r á e nga ña r (3 2 ) . X e n ofon t e

nos p r e s e nt a t a mbi é n á e s t e hé r oe , e nga ñ a nd o d e

mu cha s ma ne r a s á C i a j a r , R e y d e los me d os , y t í o

c i o s p ú b l i c o s , n o s e a t a i c u a n d o l e d e j a n s o l i t a r i o d e u n o ú

o t r o m o d o . R . I .

( 3 0 ) H a v n e c e s i d a d de a m b o s ; y a m á s , y a m e n o s d e u n o

ú o tro . R. I .

( 3 1 ) ¡ A d m i r a b l e o b r a G .

« 3 2 ) T e n d r í a n t a n t a v a n i d a d c o m o m a l a f e , l o s q u e p r e -

t e n d i e r a n q u e e s t o e s u n c o n s e j o , q u e M a q u i a v e l o da á to -

d o s , c o m o s i t o d o s l o s h o m b r e s f u e r a n c a p a c e s d e i l u s t r a r -

s e c o m o v o . G .



s u yo ma t e r no; y mu e s t r a qu e C i r o , s i n Jos e nga ños

d e qu e u s ó con é l, no p od i a cons e gu i r la gr a n d e za

a que llego.

No cr e o qu e p u e d a d e ci r s e nu nca qu e , e nt r e los

qu e na ci d os d e u na hu mi ld e c ond i ci ón l le ga r on á

e mp u ña r e l ce t r o , ha y il í s i qu i e r a u no s olo qu e lo

ha y a he cho ú ni ca me n t e á v i va fu e r za v con f r a n-

qu e za (3 3 ) . Se ha l la , p or e l cont r a r i o , qu e ha y

mu chos qu e lo logr a r on s i n má s me d i o a bs olu t a -

me nt e qu e e l f r a u d e ; y d e cu yo nú me r o e s lu á n

Ga l e a s qu e . p o r e s t e s o lo me d i o , qu i t ó e l Es t a d o

h ó ( 3 l )

0 L o m b a r d í a á s u t í o

M e s s e r B a r n a -

Lo qu e los p r í nci p e s e s t á n p r e ci s a d o s á ha ce r p a -

v L r e n ó h r

C 1 0 n

\

e S

^ ^

d & n e c e s

' d a d e n l a s n u e -

va s r e p ú bl i ca s , ha s t a qu e s e ha y a n he cho p od e r o-

s a s, y qu e no ne c e s i t e n ya ma s qu e d e la fu e r za

t

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G n e r S e

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m a e m , l e ó

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do es-

t i o u na s ve ce s p or u n e fe ct o d e la ca s u a l i d a d , y

para ne°J

3

r J i f

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" t e s n e c e s a r i o s

p a r a l le ga r a la gr a nd e z a , no d e j ó d e ha ce r e l la t a m -

bi é n u s o d e e s t e . ; [ p e n nnci K L ^ .

p os i b le , e n s u s p r i nci -

p i os, i ma gi na r u n e nga ño má s fu e r t e qu e e l e s t r a -

n o s ' X f

G q U G

"

V a H Ó P a r a

P

r o

P

o r c

¡ o n a r s e a l g u -

nos a l i a d os , s u p u e s t o qu e , ba j o e s t e nombr e d e a ba

d os , h iz o e sc la vo s d e su d o m in a ci ón Í S

d e m á s p u e blos d e la s i nm e d i a ci o ne s ? De s p u é s d 'e

ha be r s e s e r vi d o p r i m e r a m e nt e d e los la t i nos p a r a

( 3 3 ) I m p o s i b l e . G .

( 3 4 ) L a h i s t o r i a , c o n e s p e c i a l i d a d l a H « n r

s e n t a o t r o s m u c h o s e j e m p l o s s u y o s G . ' ^

s u j e t a r á los p u e blos c i r cu nve ci nos , y a d qu i r i r la r e -

p u t a ci ón d e u n Es t a d o p od e r os o, s e v i ó a u m e nt a d a

e n t a nt o gr a d o, lu e go qu e los hu bo s oj u zga d o, qu e

p u d o d e r r ot a r d e s p u é s á ca d a u no d e s u s a l i a d os .

No e cha r on d e ve r los la t i nos qu e s e ha bí a n conve r -

t i d o e nt e r a m e nt e e n e s cla vo s su yos , m a s qu e cu a n-

d o la v i e r on d e r r ot a r p or d os ve ce s á los Sa mni t e s ,

y for za r los á t r a t a r con e l la . C o mo e s t a v i ct or i a a u -

me nt ó s i ngu la r me nt e s u r e p u t a ci ón e nt r e los p r í n-

ci p e s d i s t a nt e s , qu e conoci e r on la fu e r za d e l p u e blo

romano, s in que él les diera á conocer la de sus ar-

ma s , los qu e la ve í a n y e x p e r i m e nt a b a n, e nt r e los

qu e s e ha l la ba n los la t i nos , conc i bi e r on ce los y t e -

mor d e e l la . Es t a e nvi d i a y t e mor fu e r on d e t a nt a

e f i ca ci a , qu e no s ola me nt e los la t i nos , s i no t a mbi é n

la s co loni a s qu e los r om a no s t e ní a n e n e l La c i o , u ni -

d os con los C a mp a nos , á los qu e a u n e s t os ha bí a n

d e fe nd i d o p oco a nt e s , s e conj u r a r on c ont r a e l los .

De e s t o , a qu e l la g u e r r a qu e los la t i nos s u s ci t a r on

cont r a Rom a , no a t a ca nd o á los roma nos , s i no d e -

fe nd i e nd o á los S i d i ci n os cont r a l os . S a m ni t e s qu e

le s ha cí a n la gu e r r a con e l be ne p lá ci t o d e Roma (3 5 ) .

E s ta n ci e r t o qu e los la t i nos , p or ha be r r e cono-

ci d o e s t a t r a p a ce r í a d e los r oma u o s , p e le a r on con-

t r a e l los d e e s t e mod o, qu e T i t o- L i vi o p one la s s i -

gu i e nt e s p a la br a s e n la boc a d e A ní o Se t i no, p r e t or

la t i no, cu a nd o ha bló s obr e e s t a ma t e r i a e n s u con-

s e j o: «¿ P od r í a m os , le s d e cí a , p o d r í a mos s u fr i r e l s e r

( . 3 5) E s t a s g a l a d a s n o s h a n s i d o b i e n ú t i l e s ; y a u n q u e

s u s e c r e t o p u e d e s e r c o n o c i d o d e t o d o s , e l l a s h a l l a n s i e m -

p r e b o b o s . G .



t e la r oba r p or me d i o d e é s t a (3 8 ) . C u a nd o la ce d e s

p or mi e d o, no e s ma s qu e p a r a a hor r a r t e u na gu e -

r r a ; y con la ma y or f r e cu e nci a no la e vi t a s . A qu e l

a qu i e n p or e fe ct o d e u na vi s i b le coba r d í a , ha y a s

a cor d a d o lo qu e é l qu e r í a , no p a r a r á e n e s t o s ó lo

ü u e r r a qu i t a r t e ot r a s cos a s ; v s e e na r d e ce r á t a nt o

ma s cont r a tí . cu a nt o me n os t e e s t i me á ca u s a d e

tu anterior f lojedad, y que, p or otra parte, no pue-

d e s me nos d e ha l la r t i b ios á s u s d e fe ns o r e s , con e l

mot i vo d e qu e le s p a r e ce r á s coba r d e ó d é bi l . Pe r o

s i ha bi e nd o d e s cu bi e r t o p r ont a me n t e la s i nt e nci o-

ne s d e t u e ne mi go, p r e p a r a s a l p u nt o t u s fu e r za s

cont r a e l . comi e n za á e s t i ma r t e , a u n c u a nd o s e a n

i nfe r i or e s a la s s u ya s ; y los d e má s p r í nci p e s conoce n

qu e s e a u me nt a e nt once s s u a p r e ci o p a r a cont i -

go (3 9) . A lgu no d e a qu e l los qu e , si t e a ba nd o na r a s

a t i mism o, no te auxi liaría jam ás, t iene gan as de

a yu d a r t e lu e go qu e t e ve vola r á la s a r ma s . Es t o

s e r et í e r e a l ca s o e n qu e t u vi e r a s e ne m i gos con qu e

e mbe s t i r : s i ca r e ci e r a ya d e e l los , obr a r í a s s i e mp r e

p r u d e nt e me nt e e n d e volve r á a lgu no d e los qu e lo

hu bi e r a n s id o, lo qu e p os e y e r a s t od a v í a d e la s co-

s a s qu e le p e r t e ne ce n (40 ) ; y d e be r í a s ha ce r e s t a

r e s t i tu ci ón p r op ia p a r a ga ná r t e le , a u n cu a nd o p or

ot r a p a r t e t e hu bi e r a n d e cla r a d o ya la gu e r r a , p or -

( 3 8 ) N o e r a en m í e l m i e d o d e l a f u e r z a a j e n a , s i n o l a

e s p e r a n z a d e u n p r ó x . m o r e c o b r o d e m i f u e r i a p o r e n t e -

( 3 9 ) V e r d a d e s c o m u n e s y t r i v i a l e s . R . I .

( 4 0 ) M e d i o d e d e b i l i d a d . R . I .

qu e e s t e p r oce d i mi e n t o le s e p a r a r í a i nfa l i b le me nt e

de la liga de tus enemigos (41).

§ V I I I

Cuá 11 peligroso es pura un Principe, así como para una República,

el no castigar un ultraje hecho á una nación ó particular

( Cap. 2S del lib. II)

Pu e d e conoce r s e cu a nt o la i nd i gna ci ón, ca u s a d a

p or la i mp u ni d a d d e los cu lp a b le s , d e be oca s i ona r

d e fu ne s t o s i s e cons i d e r a lo qu e a cont e c i ó á los r o-

ma nos p or no ha be r ca s t i ga d o la p e r f i d i a d e s u s t r e s

e mba j a d or e s con r e s p e ct o á los f r a nce s e s (42) , p a r a

los cu a le s s e ha bí a e nvi a d o á C lu s i . Es t os a t a ca -

ba n e s t a c i u d a d d e T os ca n a ; y s u s mo r a d or e s ha -

bí a n p e d i d o socor r o á Ro ma . L os e m ba j a d or e s ro-

ma nos qu e e r a n t r e s F a bi os , ha bí a n r e ci b i d o e l e n-

ca r go d e d i s u a d i r , e n nombr e d e l p u e blo r oma no, á

los f ra nce s e s d e ha ce r la gu e r r a á los t os ca nos . Pe -

r o ha l lá nd os e t r a ba d a ya la p e le a cu a nd o e l los l le -

ga r on, s e p u s i er on i nm e d i a t a me n t e d e l la d o d e e s -

t os ú l t i mos , cont r a los f r a nc e s e s ; y e na j e n a d os e s -

t os con la i nd i gna ci ón qu e r e s e nt í a n, d e j a r on a l

p u nt o la T os c a na p a r a d i r i g i r s e cont r a Ro ma . Su

fu e r za t omó i ncr e me n t o e n s u ma r c ha , p or qu e s u-

p i e r on qu e los d i p u t a d o s qu e e l los mi s mos ha bí a n

e nvi a d o a l Se na d o r oma no p a r a q u e j a r s e d e los su -

( 4 1 ) U n o d e m á s ó m e n o s q u é i m p o r t a , c u a n d o t e n e m o s

l a f u e r z a d e d e r r o t a r l o s á t o d o s j u n t o s , y d e h a c e r l o s e s -

c l a v o s n u e s t r o s . R . 1 .

( 4 2 ) S i e m p r e l o s F r a n c e s e s p o r l o s G a l o s . G .



t e la r oba r p or me d i o d e é s t a (3 8 ) . C u a nd o la ce d e s

p or mi e d o, no e s ma s qu e p a r a a hor r a r t e u na gu e -

r r a ; y con la ma y or f r e cu e nci a no la e vi t a s . A qu e l

a qu i e n p or e fe ct o d e u na vi s i b le coba r d í a , ha y a s

a cor d a d o lo qu e é l qu e r í a , no p a r a r á e n e s t o s ó lo

ü u e r r a qu i t a r t e ot r a s cos a s ; v s e e na r d e ce r á t a nt o

ma s cont r a tí . cu a nt o me n os t e e s t i me á ca u s a d e

tu anterior f lojedad, y que, p or otra parte, no pue-

d e s me nos d e ha l la r t i b ios á s u s d e fe ns o r e s , con e l

mot i vo d e qu e le s p a r e ce r á s coba r d e ó d é bi l . Pe r o

s i ha bi e nd o d e s cu bi e r t o p r ont a me n t e la s i nt e nci o-

ne s d e t u e ne mi go, p r e p a r a s a l p u nt o t u s fu e r za s

cont r a e l . comi e n za á e s t i ma r t e , a u n c u a nd o s e a n

i nfe r i or e s a la s s u ya s ; y los d e má s p r í nci p e s conoce n

qu e s e a u me nt a e nt once s s u a p r e ci o p a r a cont i -

go (3 9) . A lgu no d e a qu e l los qu e . si t e a ba nd o na r a s

a t i mism o, no te auxi liaría jam ás, t iene gan as de

a yu d a r t e lu e go qu e t e ve vola r á la s a r ma s . Es t o

s e r et í e r e a l ca s o e n qu e t u vi e r a s e ne m i gos con qu e

e mbe s t i r : s i ca r e ci e r a ya d e e l los , obr a r í a s s i e mp r e

p r u d e nt e me nt e e n d e volve r á a lgu no d e los qu e lo

hu bi e r a n s id o, lo qu e p os e y e r a s t od a v í a d e la s co-

s a s qu e le p e r t e ne ce n (40 ) ; y d e be r í a s ha ce r e s t a

r e s t i tu ci ón p r op ia p a r a ga ná r t e le , a u n cu a nd o p or

ot r a p a r t e t e hu bi e r a n d e cla r a d o ya la gu e r r a , p or -

( 3 8 ) N o e r a en m í e l m i e d o d e l a f u e r z a a j e n a , s i n o l a

e s p e r a n z a d e u n p r ó x . m o r e e o b r o d e m i f u e r i a p o r Í

( 3 9 ) V e r d a d e s c o m u n e s y t r i v i a l e s . R . I .

( 4 0 ) M e d i o d e d e b i l i d a d . R . I .

qu e e s t e p r oce d i mi e n t o le s e p a r a r í a i nfa l i b le me nt e

de la liga de tus enemigos (41).

§ V I I I

Cuá 11 peligroso es pura un Principe, asi como p a r a una República,

el no castigar un ultraje hecho á una nación ó particular

( Cap. 2S del lib. II)

Pu e d e conoce r s e cu a nt o la i nd i gna ci ón, ca u s a d a

p or la i mp u ni d a d d e los cu lp a b le s , d e be oca s i ona r

d e fu ne s t o s i s e cons i d e r a lo qu e a cont e c i ó á los r o-

ma nos p or no ha be r ca s t i ga d o la p e r f i d i a d e s u s t r e s

e mba j a d or e s con r e s p e ct o á los f r a nce s e s (42) , p a r a

los cu a le s s e ha bí a e nvi a d o á C lu s i . Es t os a t a ca -

ba n e s t a c i u d a d d e T os ca n a ; y s u s mo r a d or e s ha -

bí a n p e d i d o socor r o á Ro ma . L os e m ba j a d or e s ro-

ma nos qu e e r a n t r e s F a bi os , ha bí a n r e ci b i d o e l e n-

ca r go d e d i s u a d i r , e n nombr e d e l p u e blo r oma no, á

los f ra nce s e s d e ha ce r la gu e r r a á los t os ca nos . Pe -

r o ha l lá nd os e t r a ba d a ya la p e le a cu a nd o e l los l le -

ga r on, s e p u s i er on i nm e d i a t a me n t e d e l la d o d e e s -

t os ú l t i mos , cont r a los f r a nc e s e s ; y e na j e n a d os e s -

t os con la i nd i gna ci ón qu e r e s e nt í a n, d e j a r on a l

p u nt o la T os c a na p a r a d i r i g i r s e cont r a Ro ma . Su

fu e r za t omó i ncr e me n t o e n s u ma r c ha , p or qu e s u-

p i e r on qu e los d i p u t a d o s qu e e l los mi s mos ha bí a n

e nvi a d o a l Se na d o r oma no p a r a q u e j a r s e d e los su -

( 4 1 ) U n o d e m á s ó m e n o s q u é i m p o r t a , c u a n d o t e n e m o s

l a f u e r z a d e d e r r o t a r l o s á t o d o s j u n t o s , y d e h a c e r l o s e s -

c l a v o s n u e s t r o s . R . 1 .

( 4 2 ) S i e m p r e l o s F r a n c e s e s p o r l o s G a l o s . G .



vos, y pedir que en satisfacción del perjuicio que se

le s ha bí a ca u s a d o, s e le s e nt r e ga s e n, ó fu e s e n ca s -

t i ga d os d e ot r o mod o, no s o la me nt e no ha bí a n s i d o

oídos, s ino que adem ás, en presen cia de ellos, los

comi ci os ha b í a n cr e a d o t r i bu nos á los t r e s p é r f i d os

F a bi os , y qu e a u n le s ha bí a n confe r i d o la p ot e s t a d

cons u la r .

V i e nd o los f r a nce s e s honr a d os ha s t a e s t e gr a d o á

los qu e no e r a n d i gnos ma s qu e d e s e r ca s t i ga d os ,

mi r a r on e s t a cond u ct a como ofe ns i va é i gnomi ni os a

para s í mismos, y enardecidos de ira é indignación

ca ye r o n s obr e Rom a y la t oma r on, e x ce p t o ú ni ca -

me nt e a l C a p i t o l i o (43 ) .

A h or a b i e n, no a ca e ci ó e s t a d e s gr a c i a á los r o-

ma nos s i no p or qu e ha bí a n fa l t a d o á la j u s t i c i a

-

p or -

qu e s u s e mba j a d or e s , qu e d e bí a n ca s t i ga r s e p or ha -

be r obr a d o cr i mi na lme nt e cont r a e l d e r e cho d e la s

na ci one s , e r a n colma d o s d e honor e s p or e s t a i nfa -

mi a mi s ma .

C u i d e n , p u e s , b i e n t a nt o los p r í nci p e s com o la s

r e p ú bl i ca s d e no ha ce r nu nca i nj u r i a gr a ve á u na

nación, y ni á un simple particular; porque si ofen-

d i d o gr a v e m e nt e u n hombr e , ya p or e l p ú bl i co , va

por un particu lar, no recibe satisfacción de ello se

ve nga r a d e u n mod o fu ne s t o s i e mp r e p a r a e l Es t a -

d o. S i e s t o a ca e ci e r a e n u na Re p ú bl i ca , la ve n^ a n-

a l ^ l t °

G a l

°

s

.

d e h o v d í a

P r o b a r o n i g u a l m e n t e b i e n

q n e n o s e a s e s i n a i m p u n e m e n t e á s u E m b a j a d o r , y q u e l a

p r T s a s G "

B a S S e V ¡ l l e p U e d e d a r

P ^ t e x t o á t er ' r ib l e 's e m -

za del ofendido se dir igir ía á arruinarla (44); y s i

e s t a imp u ni d a d s e ve r i f i ca ba j o e l gobi e r no d e u n

Pr í nci p e , y qu e e l o fe nd i d o t e nga a lgú n honor , no

e s t a r á nu nca s os e ga d o ha s t a qu e s e ha ya ve nga d o

e n e l Pr í nci p e mi s mo, a u nqu e d e bi e r a ha l la r s u p r o-

p i a d e s gr a ci a e n e l a ct o d e s u ve nga nza (45 ) .

N o p o d e m o s re c o r d a r u n e j e m p l o m á s p a l p a b l e

d e e s t a ve r d a d qu e lo qu e s u ce d i ó á F i l i p o d e M a -

ce d oni a , p a d r e d e A le j a nd r o M a gn o. T e n í a e n s u

cor t e a l j ove n Pa u s a n i a s , t a n noble com o e r a he r -

mos o ; ha bi e nd o cog i d o A t a lo , u no d e los p r i me r os

cor t e s a nos d e F i l i p o, u na p a s i ón i nfa me á e s t e j o-

ve n, y t r a t a d o e n ba ld e d e ha ce r le cons e nt i r e n los

d e s e os d e s u br u t a l i d a d , conci bi ó e l d e s i gni o d e lo-

grar, por medio de la falacia ó la fuerza, lo que sa-

bí a no p od e r a lca nza r d e ot r o mod o. Pa r a e s t e e fe c-

t o conv i d ó á Pa u s a n i a s , con ot r os mu c hos ca ba l le -

r os d e la noble za , p a r a u n gr a n fe s t í n ; y d e s p u é s

d e ha b e r r e d u ci d o á e s t os á la br u t a l i d a d d e la d e s -

t e m p la n za con la a bu n d a nc i a d e los v i nos y ma n j a -

res, hizo robar á Pau san ias, al que, por su ord en,

cond u j e r on á u n lu ga r a p a r t a d o, e n e l qu e no con-

t e nt o con p r ofa na r le le h i zo p r ofa na r t a m bi é n p or

ot r os mu ch os . Pa u s a ni a s s e qu e j ó mu ch a s ve ce s d e

e s t e u l t r a j e á F i l i p o, qu i e n, d e s p u é s d e ha be r le d a -

( 4 4 ) L a v e n g a n z a d e C a r l o t a C o r d a y p o d í a t e n e r e s t e

e f e c t o . G .

[ 4 5 ] D e b o t a m b i é n c o n t a r m u c h o c o n el e f e c t o d e e s t o s

r e s e n t i m i e n t o s p a r c i a l e s d e p a r t e d e l o s u n o s á l o s q u e n o

s e h a s a b i d o m á s q u e o f e n d e r , s i n s a b e r i n h a b i l i t a r l o s p a r a

p e r j u d i c a r , y a u n d e j á n d o l e s t o d o s l o s m e d i o s d e e l l o . E .



d o p o r m u c h o t ie m p o e s p e r a n z a s d e v e n g a r l e , n o

solamente no hizo nad a qu e s irv iera d e sat is facción,

s ino qu e también añad ió su propia inju ria á la qu e

se había hech o ya a este noble ma nce bo; porqu e

propu so á Atalo para u n gobierno d e la Grecia (46) .

V ien d o Pau s ania s qu e u n cu lpa ble tan infame, b ien

lejos d e ser cast igad o, era honrad o, l e o lv id ó para

d ir ig ir tod o su resen timien to co ntra F i l ip o qu e no

le había ven gad o; y en la ma ñan a d e u n d ía so lem-

ne d est inad o á la celebración d e las bod as d e la h i-

j a d e e s t e R e y , a c o r d a d a e n m a t r i m o n i o á A l e j a n -

d ro d e Epiro , a l t iem po qu e yen d o el mo narca d e

M a c e d o n i a a l t e m p l o p a r a l a c e r e m o n i a m a r c h a b a

entre los d os Alejand ros, e l u no su yerno, y el otro

su hi jo , l e asesinó Pau sanias .

Este ejemplo, harto parecid o al qu e me han su -

ministrad o los romano s, d e be hacer imp resión en

cu anto hombre reina: el Príncipe no d ebe tener

nu nca en tan poco á ningu n o d e su s sú bd itos , qu e

crea qu e agregand o su propia inju ria á la qu e u no

d e el los haya recib id o d e u n part icu lar ó palaciego,

haga qu e el o fend id o no tenga la id ea d e venga rse

con d etr im ento d el Príncipe, au n cu and o en el lo ha-

l lara el d e su propia persona.

[ 4 6 ] V e m o s h a c e r m u c h a s f a l t a s d e e s t a e s p e c i e . E .

§ IX

X a fortuna ciega el espíritu de los hombres, cuando ella no quiere

que se opongan á sus designios ( Cap. 29 del lib. IT)

Si se consid era b ien cómo van las cosas hu manas,

s e r e c o n o c e r á q u e á m e n u d o s o b r e v i e n e n a c c i d e n t e s

contra los qu e los C ielos no qu is ieron qu e los hom-

bres pu d iera n prese rvarse (47). Su pu esto qu e esto

acaeció en Rom a, en qu e había tanto valor , tanta

pied ad , y u n ord en tan perfecto , no es d e extrañar

q u e l o v e a m o s a c a e c e r f r e c u e n t e m e n t e e n e s t a c i u -

d ad , en aqu el la provincia, qu e no posee n los mis-

m o s b e n e f i c i os . Y c o m o R o m a e s m u y n o t a b l e e n

la pru eba qu e el la nos presenta d el d ominio d el C ie-

l o s o b r e l a s c o s a s h u m a n a s , d e m o s t r ó a m p l i a m e n t e

en la h istoria d e esta c iu d ad T i to - L iv i o sem ejan te

v e r d a d c o n h e c h o s y r a c i o ci n i o s . T e r m i n a s u e x p o -

sic ión con las s igu ientes palabras: «Así c iega la for-

tu na los espír i tu s cu and o el la no qu iere qu e se re-

prima su fu erza, celosa d e tr iu nfar:» Adeó obcoecat

ánimos fortuna cúm vim suam ingruentem refringí

non vult.

N o h a b i e n d o c o s a n i n g u n a m á s v e r d a d e r a q u e e s -

ta conclu sión: los hombres cu ya v id a se forma d e

g r a n d e s a d v e r s i d a d e s , ó d e u n a p e r e n n e p r o s p e r i -

d a d , n o m e r e c e n c e n s u r a n i e l o g io s ( 4 8 ) ; s e v e r á

[ 4 7 ] E s t a r a z ó n p u e d e e x p l i c a r y j u s t i f i c a r m i s r e v e -

c e s . E .

[ 4 8 ] S i n c o n t r a t i e m p o s n i n g ú n m é r i t o . R . C .



lu ción fu é mu y p e l i gr os a ; a u nqu e R om a p e r ma ne -

ció en la perplej idad y una especie de agitación has-

t a qu e hu bo e s t a d o not i c i os a d e la d e r r ot a d e A s -

d r u ba l . C u a nd o p r e gu n t a r on á C la u d i o con qu é mo-

t i vo ha bí a t oma d o u na t a n p e l i gr os a d e t e r mi na ci ón,

e x p oni e n d o a s í la l i be r t a d d e Ro ma , s in u na e x t r e -

ma ne ce s i d a d r e s p on d i ó qu e la ha b í a t oma d o p or

que sabía que si tr iun faba , re cupe raría la gloria que

ha bí a p e r d i d o e n Es p a ña , y má s e s p e ci a lme nt e p or

que en el caso co ntrario , s i no salía victo rioso y q ue

s u d e t e r mi na ci ón t e ní a u n é x i t o a d ve r s o, qu e d a r í a

ve ng a d o con e l lo d e R om a y d e s u s c i u d a d a no s ,

qu e t a n i ngr a t a é i nd i s c r e t a m e nt e le ha b í a n ofe n -

dido (54).

C u a nd o ve mos qu e e l r e s e nt i mi e nt o e j e r ce u n t a n

gr a nd e i nf lu j o s obr e u n ci u d a d a no r oma n o, e n a qu e -

l los t i e mp os e n qu e R om a no e s t a b a cor r omp i d a ,

d e be mos p r e ve r cu a nt o é l p u e d e ha ce r e n e l c i u d a

d a ño d e u n Es t a d o e n qu e s e ha i nt r od u ci d o la co-

r r u p ción, y e n qu e la s a lm a s e s t á n a bs o lu t a m e nt e

d e s t i t u i d a s d e l a a n t i g u a m a g n a n i m i d a d r o m a n a

(5 5 ). Pe r o como no e s p os i b le a p l i ca r r e m e d i o nin-

gu no ci e rt o á los d e s ó r d e n e s d e e s t a e s p e ci e , cu a n-

do ellos nacen en las repúblicas, se s igue que es im-

p os i b le cons t i t u i r u na Re p ú bl i ca p e r p e t u a , p or qu e

e l la t i e ne e n s u s e no mi l ca u s a s i mp r e vi s t a s d e u na

r e p e nt i na d e s t r u cci ón (5 6) .

[ 5 4 J Y o h u b i e r a h e c h o o t r o t a n t o .

( 5 5 ) P o d e r o s o m o t i v o d e e s p e r a n z a y c o n f i a n z a . E .

Í 5 6 ) S i n c o n t a r m e á m í : s u R e p ú b l i c a d i r e c t o r i a l n o e s -

p e r a m a s q u e á m í ; s ó l o p a r a a c a b a r . G .

§ X I

Por qué los franceses fueron y son todavía mirados, al principio

de un combate, como más que hombres; y menos que mujeres

cuando él se prolonga ( Cap. 36 del lib. III)

La a r r oga nci a d e a qu e l f r a ncé s (5 7 ) qu e ha ci a e l

r í o A ni o p r ovoca ba á cu a lqu i e r r oma no á comba t i r

con él, me hace recordar á continuación de la lucha

qu e t u vo qu e sos t e ne r , lo qu e T i t o -L i vi o d i j o con

mu cha f r e cu e nci a d e los hombr e s d e la na ci ón f r a n-

cesa; es , á saber: que son al principio de una bata-

lla más que homb res, y en lo suce sivo de la mism a

ba t a l la me no s qu e mu j e r e s . Ha b i e nd o i nd a g a d o

mu cho s polít icos la causa de esta s ingularida d, cre-

yeron que ella se hallaba en el natural de los fran-

ce s e s ; cr e o qu e e s t o e s ve r d a d ; p e r o no cr e o qu e s u

natu raleza, qu e los hac e tan terribles en el princi-

pio, no pueda combinarse con el arte de la guerra,

d e mod o qu e e l los p e r ma ne zca n u nos mi s mos ha s t a

el f in de la batalla (58).

Pa r a p r oba r mi op i ni ón, d e bo not a r qu e ha y t r e s

e s p e ci e s d e e j é r ci t os ; la p r i me r a e s a qu e l la e n qu e

el orden se hermana con el furor, y en que el furor

y valentía dimanan del orden que reina en ella: tal

fu é e l e fe ct o d e l qu e los r oma nos obs e r va r on e n s u s

e j é r ci t os T o d o s los h i s t or i a d or e s nos a f i r ma n qu e

ellos estuviero n bien orden ado s, y que los jefes los

[ 5 7 ] G a l o . G .

[ 5 8 ] H e l l e v a d o e s t a c o m b i n a c i ó n h a s t a e l s u p r e m o g r a -

d o d e a c i e r t o . G .



habían sujetado á una disciplina mili tar que debía

cons e r va r le s s u fu e r za p or mu cho t i e mp o. En u n

e j é r ci t o b i e n or d e na d o, ni ngú n gu e r r e r o d e be ha ce r

nada que no esté arr egla do; y por e sto, en a quel

e j é r ci t o r oma n o qu e t od os los d e m á s d e be n t oma r

p or mod e lo s u p u e s t o qu e é l l le gó á ha ce r s e s e ñor

del orbe, n o se co mía , no se dorm ía, no se com pra-

ba ni se vend ía, y no hacía acción ninguna, ya mi-

li tar , ya doméstica, s in la orden del cónsul.

Lo s e j é r ci t os e n qu e la s cos a s no p a s a n a s í, no

s on ve r d a d e r os e j é r ci t os ; y s i p a r e ce n s e r lo a l p r i -

mer choque, es por su furor, por su impetuosidad,

y no p or e l va lor qu e los a nt i gu os l la ma ba n virtud.

En cu a nt a s p a r t e s s e ha l la u n va lor b i e n or d e na d o,

e mp le a á s u fu r or s e gú n u nos mod os a r r e g la d o s , y

s e gú n los t i e mp os conve ni e nt e s ; ni ngu na d i f i cu l t a d

le e s p a nt a , ni le ha ce d e s a le nt a r s e , p or qu e la s e x -

ce le nt e s ó r d e ne s q u e la d i r ige n, a vi va n s u br í o v fu -

r or qu e p or ot r a p a r t e e nt r e t i e ne la e s p e r a nza d e

ve nce r qu e no le a ba nd ona nu nca , mi e nt r a s qu e r e i -

na el buen orden en los ejércitos, s in extravío nin-

gu no.

Su c e d e lo cont r a r i o e n a qu e l los e j é r ci t os e n qu e

ha y fu r or s i n or d e n, como e n e l d é los f r a nce s e s (

S

Q).

M a q u e a n e l los p e le a n d o, p o r qu e no ha bi e nd o lo-

gr a d o s u p r i me r choqu e la v i ct or i a con s u i mp e t u o-

s i d a d , y no s os t e ni é nd os e s u fu r or p or e l bu e n or -

u S í K t i e m p o d e M a q m a v e l o y d e l o s R o m a n o s , e n -

h o r a b u e n a . P e r o h e m o s p r o b a d o y a t e r r i b l e m e n t e á lo «

h o y d í a * G

6 S U S a n t e p 3 S a d o s n o v a l í a n

' o s f r a n c e s e s d e

d e n d e a qu e l va lor e n qu e e l los p oní a n s u e s p e r a n-

za , ni t e ni e nd o p or ot r a p a r t e con qu e p od e r r e a ni -

ma r s u conf i a nza cu a nd o e l la s e e nt i b i a , a ca ba n p e r -

d i é n d o l a e n t e r a m e n t e . T e m i e n d o m e n o s l os r o m a -

nos, por el contrario, los peligros á causa del exce-

le nt e or d e n qu e le s d i r i g í a , y no d e s conf i a nd o d e la

vi ct or i a , p e r ma ne cí a n f i r me s y obs t i na d os ; p e le a -

ban con el mismo ánimo y valor, al f in que al prin-

ci p i o; y a u n e s t i mu la d os con la a cci ón d e la s a r ma s ,

s e i n f l a m a b a n m á s y m á s ( 6 0 ) .

La t e r ce r a e s p e ci e d e e j é r ci t o e s a qu e l la e n qu e

no ha y fu r or na t u r a l , ni or d e n a cci d e nt a l ; y t a le s

s on los e j é r ci t os i t a l i a nos d e nu e s t r o t i e mp o, qu e

p or e s t a r a zón s on a bs olu t a me n t e i nú t i le s . E l lo s

mi s mos me d i s p e ns a n d e p r e s e nt a r ni ngú n ot r o

e j e m p lo p a r a mos t r a r q u e los e j é r ci t os d e e s t a e s-

p e ci e no t i e ne n vi r t u d ni ngu na .

Pa r a ha ce r comp r e nd e r , con e l t e s t i moni o d e T i -

t o L i vi o , lo qu e d i s t i ngu e u na bu e na t r op a d e ot r a

ma la , c i t a r é la s p a la b r a s d e Pa p i r i o C u r s or , cu a n-

d o qu i s o ca s t i ga r á F a bi o , ge ne r a l d e ca ba l le r í a .

De cí a : «s i no s e r e s p e t a n los d i os e s ni los hombr e s ;

si no se obs erva n las órd ene s de los gener ales, ni

los or á cu los d e los a u s p i ci os ; s i va r i os s o ld a d os va -

ga bu nd os y s i n l i ce nci a , a nd a n e r r a nt e s e n t i e mp o

d e gu e r r a y e n e l d e p a z; s i o lv i d a nd o s u s j u r a me n-

t os , s e l i ce nci a n á s u volu nt a d , va n d ond e qu i e r e n;

s i a ba n d ona n t ot a lm e nt e s u s e s t a nd a r t e s qu e e l los

no f r e cu e nt a n ca s i ; s i no a cu d e n á los m a nd os , ni

( 6 0 ) H e a q u í l o s f r a n c e s e s a c t u a l e s . G .

—



Z Z Í -

P J U r a T T

e r i t o

y u s os i nvi o la ble s . » Ne -

l a f r a n c e sa ( 6 0 ^

e n o s

c o m o

§ X I I

*

e n i o

¿ a a ò e s e s [«21

— C on oce n e l los con t a nt a v i ve z a los be n e f i co . , y

> D e l t i e m p o a n t i g u o . G

. 6 2) H e aqu í e l l ad o ma l o . E n In .

s i e m p r e l o s m i s m o s . H a n i u s f i f i T ' '

R O n

-

v R e r á n

d e s d e m i p r i m e ra j u v e n t u d , e s t e c a n ^ . l q u e ,

d o p a r a e l l o s . E . c a p i t u l o m . , h a b í a í n t u n d i -

S O BR B T I T O - L I V I O

p e r j u i ci os d e l mome nt o, qu e cons e r va n p oca me mo-

r i a d e los u l t r a j e s y b i e ne s p a s a d os y s e i nqu i e t a n

poco del bien ó mal futuro.

Son t e r cos má s b ie n qu e p r u d e nt e s , y ha ce p oco

ca s o d e lo qu e se d i ce ó e s cr i b e s ob r e e l los . M á s

avaros de su dinero que de su sangre, no son libe-

rales ma s que en sus aud itorio s, y" en p alabr as.

El s e ñor ó h i d a lgo qu e d e s ob e d e c e n a l Re y e n

u na cos a qu e conci e r ne á u n t e r ce r o , p u e d e n " obe -

d e ce r d e t od os mod os , cu a nd o t i e ne n lu ga r p a r a

e l lo ; y s i no le t i e ne n, p e r ma ne ce n cu a t r o me s e s s i n

p r e s e nt a r s e e n la cor t e . Es t o nos h i zo p e r d e r Pi s a

p or d os ve ce s : la u na cu a nd o d Ent r a i gu e s t e ní a s u

ci u d a d e la , y la ot r a cu a nd o los f r a nce s e s v i ni e r on á

a ca mp a r a l l í .

C u a lqu i e r a qu e qu i e r e t r a t a r u n ne goci o e n e s t a

cor t e , ne ce s i t a d e mu ch o d i ne r o, d e u na gr a nd e a c-

tividad y fortuna.

C u a nd o s e le s p i d e u n s e r vi ci o , a nt e s d e p e ns a r

s i p u e d e n ha ce r lo , d i s cu r r e n e n e l p r ove cho qu e

p u e d e n s a ca r d e é l .

Lo s p r i me r os conve n i os qu e s e ha ce n con e l los ,

s on s i e mp r e los me j or e s .

S i no p u e d e n ha ce r t e b i e n, t e lo p r om e t e n; y s i

p u e d e n ha c é r t e lo , le ha ce n con t r a ba j o ó no le " ha -

ce n j a má s .

Son mu y hu mi ld e s e n la ma la for t u na , é i ns ole n-

t e s cu a nd o le s e s fa vor a ble la for t u na .

Ha ce n bu e no p or me d i o d e la fu e r za , lo qu e ha n

p r oye ct a d o s i n mu cha p r u d e nci a , y qu e s e ha l la

malo en sí .



El qu e ha s a l i d o e n u na gr a nd e e mp r e s a d e Es -

t a d o, e s t á f r e c u e n t e m e nt e c on e l Re y; e l qu e s e ha -

ya d e s gr a ci a d o , no lo e s t á si no r a r í s ima ve z ; y a s í

cu a nd o u no s e ha l la e n e l ca s o d e ha ce r u na e mp r e -

s a , d e be mu cho má s b i e n cons i d e r a r s i e l la s a ld r á o

no a ce r t a d a , qu e s i p u e d e a gr a d a r ó d e s a gr a d a r al

Re y. A ca u s a d e qu e e l Du qu e d e V a le nt i noi s co-

noci ó b i e n e s t a t á ct i ca , v i no con s u e j é r ci t o á F lo-

r e nci a .

E n m u c h a s c o s a s , e s t i m a n s u h o n o r g r o s e r a m e n -

t e , v d e u n mod o mu v d i fe r e nt e d e l d e los s e ñor e s

i t a l i a nos : p or e s t o no s e d i e r on p or ofe nd i d os d e

nu e s t r a s ne ga t i va s , cu a nd o e nvi a r on e mba j a d or e s

á S i e n a p a r a p e d i r qu e s e le s e nt r e ga r a M on t e p u l-

ci a no.

Son va r i a b le s y l i ge r os . Su fe e s la qu e los anti-

g u o s l l a m a b a n fe de l vencedor. E n e m i g o s d e l l e n -

gu a j e d e los r oma n os , lo s on t a mbi é n d e su r e p u -

t a ci ón.

Los i t a l i a nos no e s t á n á s u comod i d a d en la cor-

t e d e F r a n ci a . Un i ca m e nt e p u e d e r e s is t i r allí el

qu e no t e ni e nd o ya n a d a qu e p e r d e r , s e ve p r e ci -

s a d o a na ve ga r á la a ve nt u r a como u n hombr e p e r -

d i d o.

1

§ X i l í

Pintura de las cosas de Francia [ F r agme ntos]

Los f r a nce s e s s on d e s u na t u r a l m á s fogos os qu e

a t r e vi d os o d i e s t r os ; y cu a nd o u no p u e d e " r e s i s t i r á

s u fu r or e n u na p r i me r a e mbe s t i d a , s e vu e lve n hu -

mi ld e s ; y p i e r d e n e n t a nt o gr a d o e l va lor , qu e los

h a l l a c o b a r d e s c o m o m u j e r e s .

No p u e d e n , p o r ot r a p a r t e , s op or t a r la e s t r e che z

é i ncomod i d a d e s ; y e l t i e mp o le s ha ce a f lo j a r t a nt o

e n ca mp a ña , qu e , s i e s p os i b le ha ce r le s e s p e r a r , los

ve n b i e n p r ont o e n d e s o r d e n ; y e nt onc e s e s fá cil

ve nce r los A s í , p u e s , qu e e l qu e qu i e r e t r i u nfa r

d e e llos , e s t é s obr e sí cont r a s u p r i me r e ncu e nt r o;

qu e los e nt r e t e nga p a r a ga na r t i e mp o, y los ve nce -

r á . Por e s t o d e cí a C é s a r qu e « los f r a nce s e s (ga los )

e r a n, a l p r i nci p i o , ma s qu e hombr e s , y a l f in m e -

nos qu e mu j e r e s (63 ) .

Su na t u r a l los i ncl i na á d e s e a r e l b i e n a j e no; p e -

r o s on d e s p u é s p r ód i gos d e é l , com o d e l s u yo p r o-

p i o . S i n e mba r go , d e b e mo s d e ci r lo e n a la ba nza s u -

ya : s i e l s o ld a d o f r a ncé s r oba cu a nt o ve , e s p a r a

come r , gu s t a r fu e r a d e t i e mp o lo qu e é l ha cog i d o,

y a u n d i ve r t i r s e con a qu e l á qu i e n lo ha cog i d o.

Lo s e s p a ñole s , p or e l cont r a r i o , ocu lt a n y s e l le -

va n c u a nt o ha n hu r t a d o, d e t a l s u e r t e qu e no s e

vu e l ve á ve r ya nu nca na d a d e lo qu e ha n hu r t a -

d o. Por lo d e má s , los p u e blo s d e F r a n ci a s on mu y

s u mi s os y mu y obe d i e nt e s á s u Re y , a l cu a l ve ne -

r a n s u ma me nt e (64) .

[ 6 3 ] S o b r e t o d o e s t o , e s t á n e n t e r a m e n t e m u d a d o s .

( . 6 4) H a y m á s q u e a l a b a r q u e c e n s u r a r e n co d o e s t o . N o

s e t r a t a m a s q u e d e c o n v e r t i r e n p r o p i o b e n i t i c i o d e u n o l o

q u e p u e d e h a b e r d e v i t u p e r a b l e e n e l l o s . R . C .



§ X I V

verstón i ì }

a C e r

" » " ^ ' i m i e ü f ó d e S S

a s s a p o r a i

S s S s r a » ^

[ 6 5 ] E x c e l e n t e t á c t i c a d e m i s E i é r H t ™

[ 66 J C u a n d o u n o s e cr e e e T l f ^ ^

C

t e n e r á D i o s p o r s í ; y n o T o d n d T n f ^ '

G S t á S e

*

u r o

h a q u e d a d o d u e ñ o . R

- u u u a n y a J o s p u e b l o s , c u a n d o

S O BR E T I T O - L I V I O 4 X 5

ban en cara el haber hec ho pere cer á u n ant igu o

amigo su yo, respond ió qu e estaban en el error ,

porqu e él no había mand ad o mat ar ma s qu e á u n

n u e v o e n e m i g o ( 6 7 )

[ 6 7 ] ¿ S o n o t r a c o s a l o s m á s d e l o s q u e s i r v i e r o n p a r a

m i e l e v a c i ó n ? U n p r í n c i p e n o d e b e c o n o c e r m a s q u e a l

a m i g o d e l m o m e n t o , a l q u e p u e d e s e r l e ú t i l , y d e j a r t o d a

m e m o r i a d e s e n s i b i l i d a d a n t e e l p e l i g r o p r e s e n t e y f u t u r o .

R . C .

í - M - y k - t - f - f



I

^ i w f m t f d e í < ú m á x i m a s | u R c l a m e n l n l V ^

D E L A

P O L I T I C A


S a c a d a s do s o s d i v e r s a s o b r a s

§ I

/)<- Ja fu nd ac ió n de las ciudades

S e c o n s t r u y e r o n l a s c i u d a d e s ó p o r p u e b l o s q u e ,

e s p a r c i d o s e n d i f e r e n t e s p u n t o s de la m i s m a r e g i ó n ,

q u e r í a n r e u n i r s e p a r a s u b e n e f i c i o c o m ú n , p a r a s e-

g u r i d a d c o m ú n , ó p o r p u e b l o s q u e h a b r í a n h u i d o

de su pro pio país .

P e r o ' c o n v i e n e q u e u n a c i u d a d est é s i t uada en

un paraje f ért i l , ó en un t err i t o r io q ue n o lo s e a ?

E s m e n e s t e r s e n t a r p o r p r i n c i p i o q ue e l pr imer

c u i d a d o d e l o s l e g i s l a d o r e s d e b e se r a l e j a r , c u a n t o

sea po sib le , de la co lo n ia q ue e l lo s reún en , la o c i o -

s i d a d , c a u s a d e l d e s o r d e n y a u n c o r r u p c i ó n d e l a s

s o c i e d a d e s .

La eS t ir i l idad del suelo p r e c i s a r á á los h a b i t a n t e s

a t r a b a j o , d e l q u e t e n d r á n n e c e s i d a d p a r a p r o p o r -

— 5 3



clona r s e me d i os d e vi vi r ; y e s t a ne ce s i d a d le s impe-

d i r á d e j a r s e l le va r d e la oci os i d a d .

N o o b s t a n t e e s t o , va ld r á má s e d i f i c a r la s ciuda-

d e s e n me d i o d e u n t e r r e no fé r t i l , cu a nd o, por me-

d i o d e bu e na s le ye s , s e p u e d a obl i ga r á los ha bi t a n-

t e s á ocu p a r s e , á t r a ba j a r , y a u n e n me d i o d e los

m á s a bu nd a nt e s p r e s e nt e s d e la na t u r a le za : lo cu a l

se vió e n la fe l i z cons t i t u ci ón d e R o m a (i ) .

S I I

/> e la religión

J a m á s h u b o Es t a d o ni ngu no a l qu e no s e d i e r a

p o r f u n d a m e n t o la r e l i g i ón ; y los má s p r e ve ni d os

d e lo s f u n d a d o r e s d e los i mp e r i os le a t r i bu ye r on el

m a y o r i nf lu j o p os i b le e n la s cos a s d e la p ol í t i ca : ta -

le s fu e r on los r oma nos . Solón, L i cu r go, e t c . T r e s

m o t i v o s d e b i e r o n i nd i na r los á e l lo : e l p r i me r o e s

q u e la religión h a c í a fe l i zme nt e p a s a r á la s na ci one s

d e na t i va f e r o c i d a d á la s oci a bi l i d a d d e la ci v i l i za -

ci ón com o s e v i ó , g r a c i a s á la s i ns t i t u ci one s religio-

s a s d e N u m a e n e l p u e b lo r oma no qu e e r a f i e ro

e n t e r a m e n t e b a j o l a d o m i n a c i ó n d e R ó m u l o . S u

s e g u n d o m ot i vo d e b i ó s e r qu e u na gr a n ca nt i d a d de

a c c i o n e s r e p u t a d a s c o m o útiles po r a l g u n a s ge nt e s

p r u d e n t e s , no p r e s e nt a r e a lme nt e a l p r i me r a s p e ct o

r a z o n e s b a s t a n t e e v i d e n t e s p a r a q u e l o s d e m á s se

c o n v e n z a n i g u a l m e n t e d e su b o n d a d . L o s ca u d i l los

d e i a s ^ na ci one s t e ní a n e nt once s , p a r a d e s v a n e c e r

(1) Discorsi sopra Tifo-Lirio, L. I .

c

. 5.


4 1 9

e s t e obs t á cu lo , e l s ocor r o d e la r e l i g i ón qu e l le ga ba

á p e r s u a d i r á a qu e l la mu lt i t u d qu e s e ha bí a ha bi -

t u a d o á s u cr e e nci a y p r e ce p t os .

U l t i m a m e n t e , s u t e r c e r m o t i v o f u é , q u e h a y e m -

p r e s a s d i f i cu l t os a s , p e l i gr os a s , a u n c ont r a r i a s á la

d i s p os i ci ón na t u r a l d e los p u e blos , y s i n e m ba r g o

ne ce s a r i a s p a r a s u p r os p e r i d a d , á la s qu e no e s p o-

s i b le d e ci d i r los ma s qu e mos t r á nd ole s qu e e s t á n

p r e s cr i p t a s p or la r e l i g i ón, ó qu e á lo me nos s e ha -

r á n e l la s ba j o s u s a u s p i ci os . En t od a s p a r t e s ha y

e j e m p los con vi nce nt e s d e e st o , p or los qu e p u e d e

verse cuán úti l es la religión a la polí t ica (2 ).

§ I I I

De

las diferentes especies de gobiernos

Ha y t r e s bu e nos , y t r e s ma los . Lo s bu e n os s on

e l p r i nci p a d o, e l gobi e r no d e los gr a nd e s , y e l go-

bi e r no p op u la r . Lo s t r e s ma lo s na ce n d e la cor r u p -

ci ón d e los p r i me r os . E l p r i nc i p a d o s e convi e r t e fá -

ci lme nt e e n t i r a ní a ó d e s p ot i s mo, p a r a s e r vi r me d e

la e x p r e s i ón mo d e r na . El gobi e r no d e los gr a n d e s

d e ge n e r a e n e l d e u n cor t o nú m e r o d e e l los : e s lo

qu e l la ma m os o l i ga r qu í a . F i na lme nt e , e l p op u la r

ca e e n la « l ice ncia ; y e s lo qu e nom br a m os a na r -

q

u í a

( 3 ) • , , . ,

E n c u a n t a s c i u d a d e s h a y u n a g r a n d e i g u a l d a d

e nt r e los c i u d a d a n os , no p u e d e e s t a ble ce r s e e l p r in-

2 ) Discorsi sopra Tito-Livio, C. 9, 10, 11, 12, 13, 14 y 15.

3) /bid., C. 2 .



c ipado ; y s i se q uis iera crear un o en un país en q ue

r e m a e s t a s u m a i g u a l d a d , s e r í a m e n e s t e r c o m e n z a r

i n t r o d u c i e n d o a l l í l a d e s i g u a l d a d d e l a s c o n d i c i o n e s ,

h a c i e n d o m u c h o s n o b l e s f e u d a t o r i o s q u e , j u n t o s c o n

el P r í n c i p e t e n d r í a n s u m i s a s , c o n s u s a r m a s v

un ió n , la c iudad y p r o v i n c ia . U n P r í n c i p e q u e e s t á

solo y s m n o b l e z a q u e l e r o d e e y s o s t e n g a , n o p u e -

de so po rt ar e l p e s o d e l p r i n c i p a d o ; n e c e s i t a , p a r a

l levar le , de un i n t e r m e d i o c o l o c a d o e n t r e é l v e l

p u e b l o ( 4 ) . P e r o la d i f e r e n c i a e s e n o r m e e n t r e l a

m o n a r q u í a y e l d e s p o t i s m o . E s t e n o e x i s t e m a s

q u e e n u n s o b e r a n o a b s o l u t o q u e g o b i e r n a p o r s i

mismo , ó po r med io de min is t ro s q ue .son sus es c la-

vos, y a los q u e c r e a y d e s t r u y a c o n u n a s o l a p a l a -

b r a . L a m o n a r q u í a s e m a n t i e n e c u a n d o e l l a a d m i t e

u n a n o b l e z a h e r e d i t a r i a q u e p o s e e d e r e c h o s v c a r -

g o s q u e n o p u e d e n c o n f e r i r s e m a s q ue á u n a d e t e r -

m i n a d a c l a s e d e c i u d a d a n o s ( 5 ) .

§ IV

De la corrupción y de los remedios

E l q u e e s t a b l e c e e n u n a c i u d a d u n o d e e s t o s t res

b u e n o s g o b i e r n o s d e q u e a c a b o de h ab lar , n o lo s

est ab lece en e l h ech o y co n t ra sus i n t e n c i o n e s m a s

14) Di s cur s o á Leon e X.

(5) Libro del Principe, C . 14 .— S e h a l l - . r á i - - • ,a r r i b a , s a c a d a d e l Discorso a LeoneXr

Das

^ l ^ x n n a d e m á s

n a di s t i n ci ón en t r e l a m on ar auí a v t í - - .

l a m a s

I

> e r e n t

° -

d i j o M a q u i a v e lo s o br e i T n o b l ^ i V e r é d f t a r T a l e í

q u

.

e

n i s t r ó á Mon t es q ui eu un o de l os fun dam en t o« '^ ?

| U S é l

,

S

-

Um l

"

de s u m on ar q uí a . ui axn en t os

d e l

l

) o l n

P

o s o

e d i f i c i o

q u e p o r p o c o t i e m p o , p o r q u e n o p u e d e i m p e d i r q u e

el lo s degen eren en sus co n t rar io s , co mo co n f re-

cuen cia sucede á la v ir t ud misma ( 6 ) .

L a s c i u d a d e s q u e s e g o b i e r n a n b a j o e l n o m b r e

d e R e p ú b l i c a , m u d a n f r e c u e n t e m e n t e d e g o b i e r n o ;

y est o n o acae ce po r un ef ec t o de la l ib ert ad q ue

e n e ll a s s e g o z a , ó d e l a s e r v i d u m b r e q u e s e e x p e -

r imen t a a l l í , co mo lo creen much as gen t es , s in o po r

e l d e u n a s e r v i d u m b r e a c o m p a ñ a d a d e l i c e n c i a . A l l í

h a y s i e m p r e p a r t i d o s o p u e s t o s ; e s á s a b e r : e l d e l os

r ico s q ue so n ministros de esclavitud, y el de los in-

t r i g a d o r e s d e l p u e b l o q u e s o n ministros de licenc ia.

T o d o s p r o c l a m a n a l t a m e n t e e l n o m b r e d e libertad,

m i e n t r a s q u e n i n g u n o d e e l l o s q u i s i e r a e s t a r s u m i s o

á las ley es , n i á lo s h o mb res .

L o q u e h a y d e m á s i n d o m a b l e e n u n E s t a d o r e -

p u b l i c a n o , e s e l P o d e r E j e c u t i v o q u e d i s p o n e d e

las f ue rz as de la n ac ió n . S e deb er ía n o co n f er ir le

m a s q u e á l o s g r a n d e s ; p e r o ¿ c ó m o e l e g i r l o s s m

r i e s g o d e e n g a ñ a r s e ? ¿ C ó m o a s e g u r a r s e q u e e s t e

p o d e r m i s m o n o s e c o r r o m p e r á ? E t e n o s a q u í , p u e s ,

reducido s á co n f iarn o s más en lo s h o mb res , q ue en

las ley es , lo q ue y o n o q uerr ía . Lo s h o m b re s so n

ma lo s t o do s co n esca sa di f ere n cia , y la án co ra del

b i e n p ú b l i c o e s t á t o d a e n t e r a e n l a b o n d a d de las

ley es , la cual co n sis t e en h acer q ue lo s h o mb res se

a b s t e n g a n , m á s p o r n e c e s i d a d q u e p o r v o l u n t a d , d e

o b r a r m a l . P e r o ¿ c ó m o l l e g a r á e s t e m e d i o i n a c c e -

s i b l e ? S e r í a n e c e s a r i o h a c e r á u n m i s m o t i e m p o

(6) Discorsi sopra Tito-/.ivio, L. I, c. 9.



d os cos a s qu e p a r e ce n i ncom p a t i b le s , e s d e ci r , l i -

mi t a r e n t a nt o p u nt o e l p od e r , qu e e l qu e e s d e p o-

s i t a r io s u yo no p u d i e r a a bu s a r d e é l ; y , p or ot r a

p a r t e , i mp e d i r le e nt e nd e r s e ; s i n qu e e s t a s u j e ci ón

le h i ci e r a p e r d e r na d a d e su a ct i v i d a d . En mu c ha s

r e p ú bl i ca s s e i ns t i t u ye r on ma gi s t r a d o s cu y o mi ni s -

t e r i o fu é e mb a r a za r la a u t or i d a d ; y á e s tos ho mbr e s

los hu bi e r a l la ma d o yo cu s t od i os d e la l i be r t a d (7 ) .

En a lgu na s , s e conf i ó su cu s t od i a á los gr a nd e s co-

m o á l o s E f o r o s e n L a c e d e m o n i a , y á

'

los inquisi-

d or e s d e Es t a d o e n V e ne ci a ; y e n ¿ t r a s , á los j e fe s

d e l p a r t i d o p op u la r , como á los t r i bu nos d e l p u e blo

d e Ro ma . Es t a ú l ti ma e le cci ón me p a r e ce p r e fe r i -

b le . Re s u lt a n d e e l la , e s ve r d a d , a lgu no s i nconve -

ni e nt e s ; p e r o s on me nor e s qu e e n la ot r a ; y s e p o-

d r í a p r e ca ve r los , ó d e bi l i t a r los á lo me nos . Pa r a

e l lo conv e nd r í a d a r á ca d a u no la fa cu lt a d d e a cu -

s a r a l qu e t r a ma r a a lg u na i nno va ci ó n e n e l Es t a d o

a u n for ma r d e l u s o d e e s t a fa cu lt a d u na obl i ga ci ón

p a r a t od o ci u d a d a n o, y no u na i nf a mi a p a r a t od o

hom br e d e b i e n. A u n s e r í a ú t i l qu e a p a r t a nd o t od o

bor r on d e i gnomi n i a d e s e m e j a n t e s d e la ci one s , la s

r e com p e ns a r a n con a lgu n a s e ña l d e mé r i t o (8 ) La s

a cu s a ci on e s d e e s t a na t u r a le za d e be n s u j e t a r s e a l

s i nd i ca t o d e u n gr a n nú me r o d e c i u d a d a no s , p or qu e

u n cor t o nu me r o no t i e ne nu nca ba s t a nt e va lor p a -

r a s o l i c i ta r , ba s t a qu e lo obt e n ga , e l ca s t i go d e los

gr a nd e s y qu e a es t e e fe ct o e s me ne s t e r ha ce r con-

cu r r i r a ba s t a nt e s c i u d a d a nos p a r a qu e la a cu s a ci ón

(7 Ibid.. L. I, c. 5 y 6.

(8) Discorsi sopra Tilo-Livio, c. 5 y 6.

p u e d a ocu lt a r s e , y ha l la r s e d i s cu lp a d a p or e s t e me -

d i o m i s m o ( 9 ) .

C u a nd o u na Re p ú bl i ca s e d i r i ge á la cor r u p ci ón,

no ba s t a op one r á e s t e ma l e l p r e s e r va t i vo d e bu e -

na s le ye s , s i no qu e e s ne ce s a r i o mu d a r p oco á p oco

la s i ns t i t u ci one s a nt i gu a s , á fi n d e qu e e l la s no e s -

t é n e n op os i ci ón con e s t a s nu e va s le ye s . C u a nd o

finalmente la corru pció n llega á su colm o, el únic o

me d i o qu e qu e d a p a r a r e s t a ble ce r e l or d e n, e s qu e

u n hom br e s o lo s e a p od e r e d e la a u t or i d a d . S i t i e -

ne r e ct i t u d e n s u s i nt e nci one s , d e be a t r a e r la s for -

ma s d e la cons t i t u ci ón r e p u bl i ca n a má s b i e n ha ci a

e l e s t a d o moná r qu i co qu e ha ci a e l p op u la r , á f i n d e

qu e los c i u d a d a n os q u e 110 p u e d a n co r r e g i r s e ya con

la s le ye s , ha l le n u n f r e no qu e los r e t e nga e n u n p o-

d e r ca s i r e a l . E l qu e r e r ha ce r los s e r bu e nos , e m -

p le a nd o ot r os me d i os , e x i g i r í a mu y cr u e le s p r ovi -

d e nci a s , ó s e r í a u na cos a t ot a lm e nt e i mp os i b le (10) ,

L a mon a r qu í a s e p e r v i e r t e d e s í mi s m a con e l

a bu s o d e la a u t or i d a d d e qu e e s t á r e ve s t i d o e l M o-

na r ca . De s p u é s qu e s e hu bo conve ni d o e n t e ne r

r e ye s he r e d i t a r i os , s u s he r e d e r os d e ge ne r a r on d e la

vi r t u d d e s u s p a d r e s ; y d e j a nd o la s a cci one s v i r t u o-

s a s , p e ns a r on qu e los p r í nci p e s no t e ní a n ot r a cos a

qu e ha ce r m a s qu e s obr e p u j a r á los d e m á s hom br e s

e n ma gni f i ce nci a , y e n la p os e s i ón d e la s d e m á s d e -

l i c i a s d e la v i d a : d e lo qu e r e s u lt ó qu e come nza nd o

con s e r me n os p r e ci a d os , fu e r on d e s p u é s a bor r e ci -

d os , y v i e r on mot i v os d e t e mor en e s t e od i o . Pa s a -

(9) Discorso á Leone X.

[10] Discorsi sopra Tito-Livio, L. I. c. 18.



r on b i e n p r ont o d e l t e mor á la s ofe ns a s , qu e a ca ba -

r on for m a nd o d e s u gobi e r no u na t i ra ní a . Ocu r r i e -

r o n e n t o n c e s m u y n a t u r a l m e n t e l a s c o n s p i r a c i o n e s

y con j u r a ci on e s cont r a e llos ( i i ) . Pe r o la s u ce s i ón

e le ct i va a ca r r e a cons i go i nconve ni e nt e s qu e , a u n-

qu e d e ot r a na t u r a le za , no p or e l lo s on m e nos for -

m i d a b l e s , p u e s e l l a a c a b a c o m u n m e n t e o c a s io n a n -

d o u n a g u e r r a c i v i l

En e s t e va s t o océ a no d e la p ol í t i ca , n o se e n-

cu e nt r a n ma s qu e e s col los e n t od a s p a r t e s . ¡A fo r -

t u na d o e l ba j e l p r ov i s t o d e u n i lu s t r a d o p i lot o qu e

ha i la s u be ne f i c i o p a r t i cu la r e n la ne ce s i d a d d e con-

d u c i rl e f e l i z m e n t e a l p u e r t o C o n c l u y a m o s q u e e s

r a zona ble e l a p oya r s e no s ola me nt e e n la s le ye s s i -

n o t a m b i é n e n l o s h o m b r e s . A u n q u e e s t a v e r d a d

no e s ca s i d e mi gu s t o , con f i e s o , s i n e mb a r go, qu e

le e s má s fá cil á u n Pr í nc i p e p r u d e nt e y bu e no e l

s e r a m a d o d e los bu e n os qu e d e los ma los , y obe -

d e c e r á l a s l e y e s q u e m a n d a r l o s . C u a n d o l o s h o m -

br e s e s t á n b i e n gobe r na d o s , no s o l i c i t a n ni a p e t e -

c e n o t r a l i b e r t a d ( 1 2 ) .

Se i ns i nú a ot r a e s p e ci e d e cor r u p ci ón e n e l cor a -

zón d e los Es t a d os p or u nos me d i os i ns e ns i b le s y

d u lce s qu e la na t u r a le za mi s ma d e la s cos a s fa ci l i t a

A s í la v i r t u d cond u ce a l r e p os o, e l r e p os o á la oci o-

s i d a d , la oci os i d a d a l d e s or d e n, y e l d e s or d e n á la

r u ma : a s í com o e l or d e n na ce d e " la s ru i na s la v i r -

tud del orden, y de la virtud la gloria y prosp eri-

d a d . Lo s hom br e s ju i ci os os obs e r v a r on qu e la s le -

[ 11] Discorsi sopra Lito-Livio, L . I. c. 2.

112] Mente di un uomo di stato , c. 13.

t r a s no vi ni e r on ma s qu e d e s p u é s d e la s a r ma s , y

qu e e n la s p r ovi nci a s y c i u d a d e s no s e v i e r on na ce r

los f i lós ofos ma s qu e d e s p u é s d e los ca p i t a ne s . C u a n-

d o la s bu e n a s a r ma s ha n log r a d o vi ct or i a s ; y qu e

e s t a s v i ct or i a s ha n p r op or ci ona d o r e p os o y t r a nqu i -

l i d a d , la v i r t u d d e los gu e r r e r os p u e d e cor r omp e r s e

e n e l 'oci o má s honr a d o d e l cu l t i vo d e la s le t r a s ; y

la fu ne s t a oci os i d a d no p u e d e i nt r od u ci r s e ba j o u na

ca p a má s fa la z y s e d u ct i va , qu e e s t á e n la s c i u d a -

d e s b i e n or d e na d a s (13 ) .

§ v

De qué modo debe conditcirse un gobierno con los gobiernos

extranjeros

L a m o d e s t i a n o a p l a c a á u n e n e m i g o j a m a s ; l e h a -

ce , p or e l cont r a r i o , má s i ns o le nt e ; y va le qu i zá s

má s ve r s e q u i t a r a lg o p or la fu e r za qu e p or e l t e -

mor d e la fu e r za (14) . .

S i no conv i e ne a d he r i r p or t e m or á la s s o l i c i t u -

d e s d e los e x t r a nj e r os , con vi e ne p r e s t a r s e á e l la s

p or j u s t i c i a , y h a ce r e n t once s , con la ma y or p u n-

t u a l i d a d y m á s e s cr u p u los o cu i d a d o , lo qu e la e qu i -

d a d d i ct a . E s me n e s t e r no omi t i r nu nc a el r e p a r a r

v ve nga r los i ns u lt os he chos á los e x t r a nj e r os , cu a n-

d o e s t os s e qu e j a n d e e l los (15 ) . No d e be a bu s a r s e

(13) Ibid.. L. 13 y Discorsi sopra Tito-Livio, L . I . c . 9 . — A q u í

s e h a l l a l a s em i l l a de lo q ue h ay de m a s es peci os o en e l fam os o

Di s cu r s o de J. J . R ous s eau , con t r a l as c i en ci as , l e t r as y ar t es .

(14) Discorsi sopra 'l'ito-Livio, L. II. c. 14.

(15) Discorsi sopra Lito-Livio. JJ. II. c. 14.



j am ás de la v ic to r ia , para no po ner en la desespe-

rac ió n á lo s v enc ido s; n i hacer nunca juntas do s

g u e r r a s i m p o r t a n t e s ( 1 6 ) .

U n g o b i e r n o n o e m p r e n d e r á e l d e c l a r a r l a g u e r r a

á o tro so b re e l s im ple tes t im o nio de aquel lo s fugi -

t iv o s que se l lam an em igrado s , po rque su extrem a-

do deseo de v o lv er á entrar en su país , les hace creer

n a t u r a l m e n t e m u c h a s c o s a s q u e s o n f a l s as , á l a s

que e l lo s añaden o tras que so n de su inv enc ió n.

Un ido lo qu e creen co n lo que preten den creer , o s

l lenará en tanto grado de esperanza de tr iunfo que,

fundándo o s en e l las , haréis e l gasto de uno s prepa-

rat iv o s gue rrero s que no serv i rán de nada, ó em -

prend eréis una gu erra en la que no tendréis m as

que derro tas (17) .

§ VI

Del genio del pueblo en general

D e t e r m i n a m o s a l p u e b l o h a b l á n d o l e d e m a g n a -

nim id ad v a lo r ; y cuando un háb i l o rado r quiere

inc l inar le á un f in m eno s de cente , es m enester á

lo m e no s que é l se enc ub ra co n lo s v i so s de es tas

p r e n d a s ( 1 8 ) .

P o r e l m ism o espír i tu e l pueb lo se po ne á e legi r

co n preferen c ia , y á e lev ar co n lo s ho no res , a l que

se ha dis t ingu ido co n a lguna acc ió n v a lero sa m ás

(16) Ibid., L. II, c. 26.

(17) Ibid., c. 2 y 31.

(18) Ibid., L . I, c. 58.

bien en lo civil qu e en lo militar, por qu e las nocio-

nes de es ta natura leza so n m ás raras en e l pr im ero

que en e l segundo (19 ) .

" Una co nsecuencia natura l de es ta índo le del pue-

b lo , es la de no engañarse m as que raras v eces , a l

e legi r las perso nas m ás dign as para lo s cargo s pú-

b l ico s , aunq ue pue de errar fác i lm ente en e l ju ic io

de las co sas para que es tas perso nas pueden m ere-

cer ó no su e lecc ió n. E l legis lado r pr uden te no de-

b e. po r co ns iguiente , e ludir nunca e l ju ic io po pular

en lo que co nc ierne á la d istr ib uc ió n de lo s grad o s

y dignidades; pero que no o lv ide que la capac idad

de la inte l igenc ia se l im i ta á co m p rende r lo que h ay

de sens ib le en lo s hecho s . Cua ndo es prec iso dis -

curr i r, e l pu eb lo no sab e y a m as que i r á t ientas en

l a o b s c u r i d a d ( 2 0 ) .

P ara que lo s tr ib uto s se repa rtan co n iguald ad,

es m enester que las leyes , y no lo s ho m b res , hagan

su repart ic ió n .

M o strándo se eco nó m ico e l P r ínc ipe , e jerce la l i -

b era l idad co n respecto á aquel lo s á quienes no to m a

nada, y cuyo núm ero es in f in i to . N o es av aro en-

to nces m as" que co n res pecto á lo s que quer ían que

se les d iera , y cuyo núm ero es co rto .

(20) Discorsi sopra Titp-Livio, L. I, c. 4 7 . — R e f i r i e n d o Necker

la misma reflex ión, tres s ig los má s ta rde, en su Administración

de hacienda, pretendió se r e l primero q ue la h a bía hecho. I* o es,

po r lo demá s, e l único ob jeto en qu e nos engañó.



§ V I I

e la economía pública

La s e gu r i d a d p ú bl i ca y p r ot e cci ón qu e e l Pr í nci -

p e a cu e r d a á la a gr i cu l t u r a y come r ci o , s on el ne r -

vi o s u yo ; a s í, p u e s , d e be e s t i mu la r á s u s gobe r n a -

d os á e j e r ce r p a cí f i c a me nt e s u of i c i o , t a nt o e n e l

come r c i o com o e n la a gr i cu l t u r a ó cu a lqu i e r a ot r a

p r ofe s i ón; d e mod o q u e e l t e mor d e ve r s e qu i t a r

s u s p r op i e d a d e s no d i s u a d a á é s t e d e he r m os e a r la s ,

y qu e e l t e mor d e los t r i bu t os no i mp i d a á a qu e l e l

a br i r u n come r ci o . A u n e l Pr í nci p e d e be p r e p a r a r

r e com p e ns a s p a r a t od o e l qu e qu i e r a e nt r e ga r s e

á s e m e j a nt e s t a r e a s ; t i e ne i nt e r é s y obl i ga ci ó n e n

ha ce r p r os p e r a r p or t od os los e s t i los s u Es t a d o v

c i u d a d ( 2 1 ) .

[21] Mente di un nomo di stato, c. 7 y 8.

F I N D E L S U M A R I O

I N D I C E

D E L A S M A T E R I A S C O N T E N I D A S E N E S T A O B R A

Págs.

P R Ó L O G O d e l p r i m e r E d i t o r 3

D I S C U R S O s o b r e M a q u i a v e l o • • • • • • • .• •

E S H I S T Ó R I C O s o b r e l o s d e t r a c t o r e s d e M a q u i a - ^

M

I

O U I A V E L O ' c o m e n t a d o p o r N a p o l e ó n . . . . " 5

C A P Í T U L O

l . - C n á n t a s c l a s e s d e p r i n c i p a d os h a y , y d e

q u é m o d o e l l o s s e a d q u i e r e n • • • • • • • • • • .

C A P Í T U L O

I I . - D e l o s p r í n c i p e s h e r e d i t a r i o s

C A P Í T U L O

I I I . — D e l o s p r i n c i p a d o s m i xt o s .

C A P Í T U L O

I V . - P o r q u é o c u p a d o e l r e i n o d e D a r í o p o r

A l e j a n d r o , n o s e r e b e l ó c o n t r a l o s s u c e s o r e s d e e s -

t e d e s p u é s d e s u m u e r t e ' Y

C A P Í T U L O V . — T > e

q u é m o d o d e b e n g o b e r n a r s e l a s c i u -

d a d e s ó p r i n c i p a d o s q u e , a n t e s d e o c u p a r s e p o r u n

n u e v o P r í n c i p e , s e g o b e r n a b a n c o n s u s l e y e s

P

a r -

,

C a p e l o V l . ' - D e ' l a s ' s o b e r a n í a s n u e v a s q u e u n o a d -

q u i e r e c o n s u s p r o p i a s a r m a s y v a l o r •

• •

O

C A P Í T U L O

V I I . - D e l o s p r i n c i p a d o s n u e v o s q u e s e a d -

q u i e r e n c o n l a s f u e r z a s a j e n a s y l a f o r t u n a . . . . . . . 1 6 5

C A P Í T U L O V I I I . - D e l o s q u e l l e g a r o n a l p r i n c i p a d o

p o r m e d i o d e m a l d a d e s . . • • • • • . • ;

C A P Í T U L O

I X . — D e l p r i n c i p a d o c i v i l

1

"



4 2 8 M Á X I M A S U E L A P O L Í T I C A D E M A Q U I A V E I . O

§ V I I

De la economía pública

La s e gu r i d a d p ú bl i ca y p r ot e cci ón qu e e l Pr í nci -

p e a cu e r d a á la a gr i cu l t u r a y come r ci o , s on el ne r -

vi o s u yo ; a s í, p u e s , d e be e s t i mu la r á s u s gobe r n a -

d os á e j e r ce r p a cí f i c a me nt e s u of i c i o , t a nt o e n e l

come r c i o com o e n la a gr i cu l t u r a ó cu a lqu i e r a ot r a

p r ofe s i ón; d e mod o q u e e l t e mor d e ve r s e qu i t a r

s u s p r op i e d a d e s no d i s u a d a á é s t e d e he r m os e a r la s ,

y qu e e l t e mor d e los t r i bu t os no i mp i d a á a qu e l e l

a br i r u n come r ci o . A u n e l Pr í nci p e d e be p r e p a r a r

r e com p e ns a s p a r a t od o e l qu e qu i e r a e nt r e ga r s e

á s e m e j a nt e s t a r e a s ; t i e ne i nt e r é s y obl i ga ci ó n e n

ha ce r p r os p e r a r p or t od os los e s t i los s u Es t a d o v

c i u d a d ( 2 1 ) .

[21] Mente di un nomo di stato, c. 7 y 8.

F I N D E L S U M A R I O

I N D I C E

D E L A S M A T E R I A S C O N T E N I D A S E N E S T A O B R A

Págs.

P R Ó L O G O d e l p r i m e r E d i t o r 3

D I S C U R S O

s o b r e M a q u i a v e l o • • • • • • • .• •

E S H I S T Ó R I C O s o b r e l o s d e t r a c t o r e s d e M a q u i a - ^

M

I

O U I A V E L O ' c o m e n t a d o p o r N a p o l e ó n . . . " 5

C A P Í T U L O

l . - C u á n t a s c la s es d e p r i n g a d o s h a y , y d e

q u é m o d o e l l o s s e a d q u i e r e n • • • • • • • • • • .

C A P Í T U L O

I I . - D e l o s p r í n c i p e s h e r e d i t a r i o s

C A P Í T U L O

I I I . — D e l o s p r i n c i p a d o s m i x t o s . . . . . .

C A P Í T U L O

I V . - P o r q u é o c u p a d o e l r e i n o d e D a r í o p o r

A l e j a n d r o , n o s e r e b e l ó c o n t r a l o s s u c e s o r e s d e e s -

t e d e s p u é s d e s u m u e r t e ' Y

C A P Í T U L O V . — T > e

q u é m o d o d e b e n g o b e r n a r s e l a s c i u -

d a d e s ó p r i n c i p a d o s q u e , a n t e s d e o c u p a r s e p o r u n

n u e v o P r í n c i p e , s e g o b e r n a b a n c o n s u s l e y e s

P

a r -

,

C a p e l o V l . ' - D e ' l a s ' s o b e r a n í a s n u e v a s q u e u n o a d -

q u i e r e c o n s u s p r o p i a s a r m a s y v a l o r •

• •

O

C A P Í T U L O

V I I . - D e l o s p r i n c i p a d o s n u e v o s q u e s e ad -

q u i e r e n c o n l a s f u e r z a s a j e n a s y l a f o r t u n a . . . . . . . . 1 6 5

C A P Í T U L O V I L I . - D e l o s q u e l l e g a r o n a l p r i n c i p a d o

p o r m e d i o d e m a l d a d e s . . • • • • • . • ;

C A P Í T U L O

I X . — D e l p r i n c i p a d o c i v i l

1

"



í'áas.

CAPÍTULO X . — C ó m o d e b e n m e d i r s e l a s f u e r z a s d e to -

d o s l o s p r i n c i p a d o s

2 o y

C A P Í T U LO X I

— D e l o s p r i n c i p a d o s e c l e s i á s t i c o s . . . . . 2 1 2

C A P I T U L O

X I I . — C u á n t a s e s p e c i e s d e t r o p a s h a y ; v de

l o s s o l d a d o s m e r c e n a r i o s

2 I

g

C A PÍ TU L O X I I I . - D e l o s s o l d a d o s a u x i l i a r e s ; ' m i x t o s

v p r o p i o s

C A P I T U L O

X I V . - D e l a s o b l i g a c i o n e s d e l P r í n c i p e e n

lo c o n c e r n i e n t e a l a r t e d e la g u e r r a . . . .

2

,

Q

C A P I TU L O X V . - D e l a s c o s a s p or l a s q u e l o s h o m b r e s ' ,

3 e s p e c i a l m e n t e lo s p r í n c i p e s , s o n a l a b a d o s ó c e n -

s u r a d o s

C ^ m n ^ l . - D e la H b e r a l i d l d y m í ^ ( ^ ¿ ¿ j " . 2 5 a

C APÍ ULO X V I I . - D e l a s e v e r i d a d y c l e m e n c i a : v si

v a l e m á s s e r a m a d o q u e t e m i d o . . . .

9 ;

-

n

S

r í n d p e d é e

^ ~ -

2 9

C A

s a J o u e

l a S f

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e Z a S y

°

t r a S

— h a s ' co'- ^

CAPÍTULO

X X I . - C ó m o d e b e c o n d u c i r s e ' u n P r í n c i p e ^

p a r a a d q u i r i r a l g u n a c o n s i d e r a c i ó n . .

P

r

l o s p r í n c í e s ~

D e

^

( Ó

^ - > d e

C A

d o r e T ; .

X X 1 1 L

~

C u á n d 0 d 6 b e

a d u l a - ^

C A P IT U L O X X I

V ' . - P o r ' q u é m u c h os p r í n c i p e s ' d e l t a ' -

3 3 9

l i a p e r d i e r o n s u s E s t a d o s

H

X X V . - C u á n t o d o m i n i o ti e n e i a V o r t u n a ' e n ^

¡ S e ^ e T c o ^ r a r t * * ^ ^

C A

.

P

o r b ^ b S s

V L

. -

E X h 0 r t a C 1 Ó n

'

á

* I - l i a d e ^

N O T A r e l a t i v a á B a r n a b ó V i s c o n t i . . . . ' . ' . ' . ' . ' . ' ' ' ¡ ^

Págs.

E X T R A C T O S d e l o s D i s c u r s o s d e M a q u i a v e l o s o b r e l a s

d é c a d a s d e T i t o - L i v i o Y ' i ' i "

§ 1 — E s d i f í c i l q u e u n p u e b l o q u e d e s p u e s d e h a b e r

t e n i d o e l h á b i t o d e v i v i r b a j o u n P r í n c i p e , c a y ó p o r

a l g u n a c a s u a l i d a d e v e n t u a l , b a j o u n g o b i e r n o r e p u - ^

b l i c a n o , p e r m a n e z c a e n él • • •/

3 1

§ 11 — p u e b l o c o r r om p i d o q u e se p u s o e n K e p u -

^ b l i c a , n o p u e d e m a n t e n e r s e e n e l l a m a s q u e c o n u n a ^

s u m a d i f i c u l t a d ' ' ' . ' '

§

n i

— C u a n d o u n E s t a d o m o n á r q u i c o e m p e z ó b i e n

p u e d e m a n t e n e r s e e n él u n P r í n c i p e d é b i l : p e r o n o

h a v n i n g ú n r e i n o q u e p u e d a s o s t e n e r s e c u a n d o e l

s u c e s o r d e e s t e P r í n c i p e e s t a n d é b i l c o m o el 3 » 4

§ X V . — E l P r í n c i p e q u e e n t r a e n u n E s t a d o n u e v o

p a r a é l, d e b e r e n o v a r l o a l l í t o d o • • • • • • • 3

8 l

§ V . — E l p o p u l a c h o e s a t r e v i d o : p e r o e n e l f o n d o e s

d é b i l í s i m o ' ' . "

§ V I . — C u a l q u i e r a q u e l l e g a d e u n a c o n d i c i o n b a i a

á u n a s u m a e l e v a c i ó n , lo c o n s i g u e m u c h o m á s c o n

el f r a u d e q u e c o n l a f u e r z a 3 ^

2

§ V i l . — P2l P r í n c i p e q u e , p o r m e d i o d e l u d e f e r e n c i a

c o n l o s g o b e r n a d o s , c r e e t e m p l a r s u o s a d í a , s e en -

g a ñ a c o m u n m e n t e • • •

§ V I I I . — C u á n p e l i g r o s o e s p a r a u n P r í n c i p e , a s í c o -

m o p a r a u n a R e p ú b l i c a , el n o c a s t i g a r u n u l t r a j e

h e c h o á u n a n a c i ó n ó p a r t i c u l a r 3 99

§ I X . — L a f o r t u n a c i e g a e l e s p í r i t u d e l o s h o m b r e s ,

c u a n d o n o q u i e r e q u e se o p o n g a n á su s d e s i g n i o s . 40 3

§ X . — U n g o b i e r n o d e b e g u a r d a r s e b ie n d e c o n f i a r

m a n d o s , ó a d m i n i s t r a c i o n e s d e a l g u n a i m p o r t a n c i a ,

á l os q u e é l t i e n e o f e n d i d o s 4<35

§ X I . — P o r q u é l o s f r a n c e s e s f u e r o n y so n t o d a v í a

m i r a d o s , al p r i n c i p i o d e u n c o m b a t e , c o m o m á s q u e

h o m b r e s ; y m e n o s q u e m u j e r e s c u a n d o él s e p r o -

l o n g a

§ X I I .

— D e l g e n i o d e l o s f r a n c e s e s 4 1 °



Paga.

I X T V ' ~ R

Í O t U r a

,

d e

,

l a S C O s a s d e F r a n c

¡ a

s e ñ o r ~ d e ^ L u c a * ^

d e C a S t r u d

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4 1 4

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7

7

§ í v ' ~ n

e

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l a S d i f e r e n t e s

e s p e c i e s d e ' g o b i e m o s

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C 1 Ó n y d e , O S

remedios. ™

os r o r ^ n t o r ^ ^

8 6 u n

42 0

F I N ' D E I . Í N D I C E

el príncipe comentado por napoleón

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