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Ecos da Via-Sacra

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Ecos da Via-Sacra

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Ecos da Via-Sacra

Índice página

Ano XCVIII – N.º 1 Março/2006

Periodicidade Trimestral

Director: P.e António Pereira FelisbertoDirector de Redacção: Prof. Nélson Marques

Redacção: Clube de Jornalismo5.º B: Jaime Sousa5.º C: Miguel Areias6.º A: Jorge Lopes6.º B: Ana Assis, Mariana Mercatelli6.º C: Ana Fernandes7.º B: Ana Isabel, Bruna Matos, Inês Tavares, JéssicaHenriques, Maria Inês, Maria Santos e PedroCarvalho7.º B: Afonso Borges

Direcção Gráfica: Prof.ª Carla Pinto

ImpressãoNovelgráfica Rua Capitão Salomão, 121-122Viseu

Tiragem 800 exemplares

31 de MarçoFesta da PáscoaEucaristia – 10.45 horas,Igreja do Seminário Maior de ViseuTarde desportiva e recreativa – 14:00 horas,Colégio da Via-Sacra

Agenda de Actividades

Editorial ........................................ 3Notícias do Colégio ........................... 4Entrevista com... ............................ 10Espaço para a Escrita ....................... 12Na Rota do Património ...................... 16Química Divertida ........................... 18Um Olhar sobre .............................. 199.º Ano ... e Agora?.......................... 22Mergulhar nos Livros ........................ 23Sítio em Destaque ........................... 24Hora do Recreio .............................. 26Agora Falam os Pais ......................... 29“Echos” do Passado ......................... 30Em Destaque ................................. 31

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EDITORIAL

ECOS da VIA-SACRA

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“Em verdade, em verdade vos digo: se ogrão de trigo, lançado à terra, nãomorrer, fica só; mas, se morrer, dá

muito fruto.” (Jo. 12, 24)

Em sintonia com o tema que escolhemos para este ano lectivo, “Pobreza — Desafios”,estamos a chegar ao final do segundo trimestre e à Páscoa do Senhor. É um tempo de revisão ede conversão/adesão ao apelo que nós próprios nos quisemos fazer este ano, como Colégio. E,como Colégio Católico, queremos fazê-lo sob o olhar e à luz de Cristo, neste tempo marcadopela Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

O Santo Padre Bento XVI deu como título à mensagem quaresmal deste ano a frase doEvangelho de S. Mateus (9, 36): “Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porelas”. Continuando a reflexão sobre o nosso tema anual e ao procurarmos tomar consciênciadas implicações que ele tem, não só na nossa acção educativa, mas ainda mais na nossa acçãointerventiva no sentido da erradicação da pobreza, estamos em total sintonia com a propostaeclesial de caminhada quaresmal e também com a primeira encíclica do actual Papa, “DeusCaritas Est” (Deus é Amor), que de alguma forma marcará todo o seu Pontificado.

De facto, entramos no âmago da mensagem de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outroscomo Eu vos amei”. Cristo é a medida quantitativa e qualitativa do amor a que somos chamados,e, adoptando a Sua medida, estaremos em condições de empreender um combate sem tréguasa todas as formas de pobreza que vão destruindo o ser humano, impedindo-o de se tornarpessoa à imagem do mesmo Deus Criador: livre, responsável, autónoma, solidária, criativa,original, sonhadora, espiritual e feliz, com ânsias de progresso e capaz de se transcender rumoao Infinito.

O mesmo Criador, pela Paixão do Filho que revivemos nesta Páscoa que se aproxima, tornatudo isto possível, não apenas no campo do ensino que nos faz, mas sobretudo no âmbitoconcreto da existência vivida como entrega, como amor, como compaixão, como dedicaçãototal e até ao fim. Desta forma, Jesus Cristo sabe que é necessário que o grão de trigo morrapara poder germinar, crescer, dar o fruto esperado. Amar à maneira de Jesus Cristo é ter acoragem de viver a dinâmica do grão de trigo, numa perspectiva de morte e ressurreição, apartir das pequenas coisas do dia-a-dia. Quem não for capaz de dar a vida, não terá a Vida.

A toda a comunidade educativa, uma Santa Páscoa de Vida em abundância!

P.e António FelisbertoDirector do Colégio da Via-Sacra

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ECOS da VIA-SACRA

A tradicional Festa de Natal tevelugar no último dia de aulas do períodopassado. Logo de manhã, depois deprofessores e alunos terem reflectidosobre o tema da “Pobreza”, seguiu-se a eucaristia, onde o nascimento deJesus esteve em destaque, celebrada,na Igreja do Seminário Maior de Viseu,pelo P.e António Felisberto e pelo P.e

António Jorge. Depois do almoço, tevelugar, no Auditório do Centro PastoralDiocesano, o Sarau de Natal, quecontou com a participação de váriasturmas e clubes da nossa escola. Comosempre, a festa foi recheada deactuações e juntou toda a comunidadeeducativa. A alegria reinou e invadiua plateia, particularmente durante aúltima actuação do dia. A tunaTrovadores da Via-Sacra proporcionoumomentos de grande divertimentoentre todos os espectadores. No fim,a satisfação era visível em todos osrostos. Afinal íamos todos paraférias…

Festa de Natal

Jaime Sousa, 5.º B, e Jorge Lopes, 6.ºA

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ECOS da VIA-SACRA

NOTÍCIAS do COLÉGIO

Na tarde do dia 25 de Janeiro, estávamostodos muito entusiasmados com a formaçãode teatro que íamos ter. Mal chegámos à sala,foram feitas as apresentações. A formadorachamava-se Rafaela e era actriz da Companhiade Teatro Paulo Ribeiro, sediada no TeatroViriato. Foi muito simpática; por isso, oscolegas mais envergonhados rapidamenteperderam a vergonha. O primeiro exercício foide concentração. Tínhamos de fixar o olhar emalguém e dizer o nosso nome, e não o nomedessa pessoa. Era bastante complicado… Deseguida, fizemos um exercício de reacção eacção, no qual um de nós fazia determinadogesto e o seu par reagia imitando-o. Depois,fizemos um círculo e imaginámos que tínhamosnas mãos uma massa moldável, com a qualfabricávamos um objecto, passávamo-lo aonosso colega, e ele tinha de o utilizar de formadiferente. A seguir ao exercício do espelho,demos asas à nossa imaginação eimprovisámos uma actuação. Achámos que estemomento foi muito interessante para melhoraras nossas qualidades enquanto actores, e foimuito, mas muito divertido!

Uma tarde no ABC do Teatro

Máscaras, desporto, cinema, músicae cor invadiram a tarde de sexta-feirado dia 24 de Fevereiro. O programa daFesta de Carnaval anunciava uma tardeplena de magia, e assim foi… Às 14horas, tiveram início as actividadesdesportivas com jogos e habilidades nobasquetebol. Os participantes tiveramoportunidade de “voar” para o cesto coma ajuda de um trampolim estrategica-mente colocado. Seguiu-se umfantástico desfile de máscaras (asimagens falam por si…). Os vencedoresforam o Pedro Teixeira do 7.º D; o NunoSantos do 9.º B; a Rita, a Joana e aNatalina do 9.º C. Seguiram-se asactividades artísticas, com a elaboraçãode um graffiti por um grupo de antigosalunos do Colégio, e a apresentação detrabalhos de desenho dos alunos do 9.ºano. Estavam fantásticos! Entretanto,na biblioteca, era exibido o filme “Charliee a Fábrica de Chocolate”, do realizadorTim Burton, com Jonny Deep no principalpapel. A tarde terminou no ginásio como já habitual e divertido Karaoke.

Carnaval no Colégio

Ana Fernandes, 6.º C

Bruna Matos e Maria Santos, 7.º B

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ECOS da VIA-SACRA

Repórter Mocho

Repórter – Como surgiu a ideia de formarum Clube de Ciências?

Professoras – A ideia surgiu a partir dointeresse demonstrado por alguns alunosem realizar actividades experimentaisrelacionadas com as Ciências e com oambiente. Os professores de Ciênciasacharam importante sensibilizar os alunospara uma melhor conduta ambiental.

Repórter – O que é que fazem no Clubede Ciências?

Alunos – Tudo aquilo que está relacionadocom o conhecimento do nosso meio… Jáfizemos visitas de campo, nomeadamenteao Parque do Fontelo, actividadesexperimentais, iniciámos a organização dareciclagem no Colégio, bem como acçõesde sensibilização para o uso dos ecopontos.

Visita ao Clube de Ciências

O laboratório do nosso Colégio chama-se Darwin.A propósito do nome do laboratório, resolvemos investigar quem foi esta

personalidade.Charles Darwin (1809-1882) era naturalista e participou na expedição científica

da fragata Beagle, que deu a volta ao mundo entre os anos de 1881 e 1886.Charles Darwin concebeu a teoria da Evolução – selecção natural e sobrevivência

do mais apto.Contra ele estavam teólogos que o acusavam de contradizer a vida; sentimentais

que o censuravam por denegrir a sua imagem ideal da natureza; e muitas pessoas que não acreditavamno processo evolutivo de cada umas das espécies do nosso planeta.

Mariana Mercatelli e Ana Assis, 6.º B

Numa destas tardes, visitámos o Clube de Ciências. Quando lá chegámos, os nossos colegas,sob a orientação das simpáticas professoras Paula Rocha e Márcia Leite, estavam a fazer papelreciclado. Participámos na actividade e adorámos…

O laboratório é uma sala divertida. Nós gostámos muito de saber como funciona o Clube deCiências, conversámos muito com todos e divertimo-nos imenso. Achamos que pode tornar-seuma boa experiência para os alunos que queiram frequentá-lo.

R – Qual é a vossa relação com asprofessoras?

A – Muito boa. Elas são muito simpáticase gostamos imenso de frequentar o Clube!

R – Por que gostam tanto do Clube deCiências?

A – É interessante, aprendemos muitascoisas e fazemos novos amigos. Apesar deser apenas um clube, realizamos actividadesnovas, que nos permitem aumentar a nossacultura e o conhecimento da natureza.

R – Qual é a mensagem que querem deixara todos aqueles que não frequentam o Clube?

A – Não pensem que o Clube é aborrecido.Todas as quartas-feiras, fazemos actividadesagradáveis e interessantes, através dasquais aprendemos imenso sobre o meio quenos rodeia. Existe um bom ambiente dentrodo Clube.

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ECOS da VIA-SACRA

NOTÍCIAS do COLÉGIO

Desporto

Conta-nos como teiniciaste na prática doandebol? Alguém teinfluenciou para a práticadeste desporto?

Iniciei-me na prática doandebol quando comecei afrequentar o Colégio. É certoque o meu gosto pelo Andebolvem já de há alguns anosatrás. Muito cedo e nacompanhia de um amigovizinho assistia a jogos deandebol no pavilhão doFontelo, pois esse meu amigoera jogador desta moda-lidade. E assim, bem cedo,me meteu “o bichinho doAndebol”.

Para ti, qual a qualidademais importante numjogador de andebol?

A qualidade não, asqualidades! Todo o jogadordeve respeitar não só os

colegas de equipa, mastambém os adversários. Orespeito mútuo, o saber ser eo saber estar são muitoimportantes e fortalecem oespírito de equipa.

Fala-nos um pouco sobreo ambiente e o relacionamentoentre os jogadores nos jogos enos treinos?

Não vou mentir! Algumasvezes, o ambiente e orelacionamento entre osjogadores lançam algunsmomentos de tensão. Querqueiramos, quer não, hámuitas momentos “quentes”,mas, sempre que possível,devemos manter a cabeça friae jogar em equipa com umobjectivo comum. É precisoque exista e esteja semprepresente o fair-play.

Enquanto capitão, quaissão as tuas responsabilidadesdentro e fora da competição?

Como capitão tenho aresponsabilidade de manter aminha equipa unida e coesa,incutir sempre o respeitomútuo e procurar ser semprecumpridor e respeitador detudo e de todos.

Procuro ser um bomexemplo dentro e fora docampo e merecer a confiança

dos meus colegas e dotreinador.

Como é o vosso rela-cionamento com o treina-dor?

Julgo existir uma óptimarelação com o nosso treinador.Vemos nele um amigo que nosensina, que orienta e que nosinspira confiança. Não existea relação professor/jogador,mas sim a relação decompanheiro e amigo nos bonse maus momentos.

Como está a decorrer acompetição?

Até ao presente, os jogosde competição foram poucos,mas os nossos resultados têm-nos sido favoráveis. Esperamosque até ao final do campeonatoos resultados sejam osmelhores e mais numerosospossíveis.

Que mensagem queresdeixar aos colegas de equipa?

Amigos e colegas, estamosaqui para dar o nosso melhor,e tal só é possível se nosmantivermos unidos,responsáveis e trabalhadores.Para além de tudo isto, épreciso que a bola entresempre na baliza doadversário…

Andebol em destaqueEntrevista ao capitão de equipa, Paulo Guilherme Brás

Por Pedro Carvalho, 7.º D

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ECOS da VIA-SACRA

EB 2,3 de Castro Daire – Colégio Via-Sacra 1 – 5Colégio Via-Sacra – EB 1,2,3 de Mões 7 – 1Agrupamento de Escolas de Mundão – Colégio Via-Sacra 2 – 8Colégio Via-Sacra – EB 2,3 de Castro Daire 12 – 0

O desporto é uma festa. Exemplo disso mesmo são as tardes de quarta-feira no Colégio. Oapoio às equipas tem sido incansável, e os jogos, pela assistência que têm conseguido, tornaram-se momentos de intenso convívio e amizade. Os resultados, dentro e fora de portas, falam porsi…

Parabéns aos jogadores e aos seus treinadores!

Escola Básica Integrada de Mões – Colégio Via-Sacra 10 – 32

Colégio Via-Sacra – EB 2,3 Luís Loureiro - Silgueiros 12 – 2EB 2,3 D. Duarte – Colégio Via-Sacra 2 – 7EB 2,3 Grão Vasco – Colégio Via-Sacra 2 – 1

Resultados do Desporto Escolar Fase - CAE

Iniciados Femininos

Futsal

Infantis Masculinos

Iniciados Masculinos

Infantis Masculinos

Andebol

Colégio Via-sacra - EB 2,3 Grão Vasco 7 – 5Colégio Via-Sacra - EB 2,3 Dr. Azeredo Perdigão 4 – 1EB 2,3 de Carregal do Sal – Colégio Via-Sacra 6 – 7EB 2,3 Dr. Azeredo Perdigão – Colégio Via-Sacra 1 – 6

A Desportiva Viseense, Lda

Lojas:Av. Alberto Sampaio, 58-61Telef. 232 437 2083510-030 VISEU

DESPORTIVA IIRua Direita, 98

Telef. 232 435 1743500-115 VISEU

Artigos para Desporto

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ECOS da VIA-SACRA

AG. de Castro Daire – Colégio Via-Sacra 0 – 4Colégio Via-Sacra – EB 2,3 de Mundão 4 – 0Colégio Via-Sacra- EB 2,3 de Mundão 4 - 0Ana de Castro Osório - Colégio Via-Sacra 0 – 4

EBI de Santa Cruz da Trapa – Colégio Via-Sacra 11 – 49EB 2,3 Dr. José Lopes de Oliveira – Colégio Via-Sacra 2 – 127Colégio Via-Sacra – EBI de Santa Cruz da Trapa 70 - 12Colégio Via-Sacra – EB 2,3 do Viso 61 – 22

1.º- Gonçalo Simões, 8.º B4.º- Bruno Costa, 8.º B5.º- Alexandre Monteiro, 8.º B8.º- Carlos Esteves, 7.º C

Na manhã solarenga do dia 23 de Janeiro,disputou-se, na pista do Estádio Municipal doFontelo, a fase de apuramento da prova deatletismo de velocidade “Mega Sprint”. Tratou-se de um momento de intensa e sã competição,no qual os participantes colocaram à prova assuas capacidades atléticas. Parabéns a todos osparticipantes, em especial aos vencedores.

Infantis A Feminino – Beatriz, 5.º BInfantis A Masculino – João, 5.º C

Marta, 5.º AManuel, 5.º C

Juvenis Femininos – Andreia, 9.º AJuvenis Masculinos – João Sá, 9.º A Ricardo, 9.º C

Infantis B Femininos – Tânia, 7.º DInfantis B Masculinos – Elias, 7.º C Mariana, 6.º B

Nuno, 7.ºA

Iniciados Masculinos

Basquetebol

Ténis de Mesa

Iniciados Masculinos - EquipasIndividuais Masculinos

Resultados do Mega Sprint Fase - Escola

Iniciados Femininos – Marta, 8.º A Rita, 9.º A

Iniciados Masculinos – Miguel, 8.º C Francisco, 8.º C

NOTÍCIAS do COLÉGIO

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ECOS da VIA-SACRA

ENTREVISTA com ...

O Dr. Fausto Manuel Ferreira Rodrigues foi um dos maisdistintos professores de Matemática que passaram pelo Colégioda Via-Sacra. Durante cerca de trinta anos, colocou o seu valiososaber, a sua apreciável experiência e uma dedicação sem limitesao serviço dos seus alunos.

Nasceu em Fevereiro de 1936 na velha Praça da Erva,paredes meias com a Catedral, e ali viveu até 1967. Frequentoua Escola de S. Luís, junto à Capela de S. Sebastião, e o LiceuNacional de Viseu (hoje Escola Secundária Alves Martins).Ingressou, seguidamente, na Faculdade de Ciências daUniversidade de Coimbra, tendo-se licenciado em CiênciasMatemáticas.

Regressado a Viseu, iniciou a sua actividade profissional como professor do ensino particulare doméstico até que, em 1963, ingressou no Liceu de que fora aluno, como professor deMatemática. Dois anos volvidos, foi chamado para leccionar Matemática, Ciências Físico-Químicase Desenho no Colégio da Via-Sacra, onde permaneceu até 1995, tendo integrado, nos anos de 82a 84, o Conselho Directivo.

Durante a permanência em Coimbra, despertou a sua veia poética, tendo, depois da suavinda para Viseu, pertencido ao corpo redactorial do extinto «Jornal de Viseu» e tendo colaboradono «Jornal da Beira» e «Notícias de Viseu». Publicou um livro de poemas em 1981, «Folhas daPrimavera».

Ecos da Via-Sacra – O que o levou a serprofessor?Dr. Fausto Rodrigues – Talvez um certo desejode comunicar aos outros aquilo que sabia. Etambém a vontade de ajudar aqueles que demim se abeiravam no sentido de esclarecerdeterminadas dúvidas que os atormentavam.EV – Em que circunstâncias surgiu apossibilidade de leccionar no Colégio da Via-Sacra?Dr. Fausto Rodrigues – É curioso. Tinhaacabado o ano lectivo e, numa noite cálida deAgosto, fui tomar a bica a uma esplanada queexistia no Rossio. Sentei-me na mesa ondeestava o meu ilustre Amigo e Rev.° Cónego Dr.Aurélio Esteves Vaz, que havia completado oseu primeiro ano como Director do Colégio e

que, no meio da conversa, me convidou paraintegrar o corpo docente. Aceitei e não estouarrependido.EV – Que recordações guarda desse tempo?Dr. Fausto Rodrigues – As melhores. A vida noColégio era uma vida familiar em que alunos eprofessores se encontravam irmanados nomesmo ambiente. Os alunos procuravam osprofessores, para que nós os ajudássemos aresolver os seus problemas do dia-a-dia, o que,quando conseguido, era uma vitória paraambos.EV – Que dificuldades encontrou na sua vidadocente?Dr. Fausto Rodrigues – Imensas. A maior era,no entanto, procurar conhecer os alunos para

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ECOS da VIA-SACRA

melhor os poder ajudar a vencer as suasdificuldades. Nesse sentido, digo, à guisa degraça, que durante os trinta anos que estiveno Colégio fui dos seus melhores alunos.EV – Assistiu a várias transformações dosistema educativo. Como avalia a sua evolução?Dr. Fausto Rodrigues – Não muitofavoravelmente. Está-se a dar menosprezo àmemória e a procurar enveredar, apenas, peloraciocínio. É certo que este é o ponto fulcral doêxito. Mas a memória e o conhecimento dosfundamentos essenciais são a chave-mestra doêxito.EV – Foi considerado pelos seus alunos umdistinto professor de Matemática. Como analisao actual insucesso na disciplina?Dr. Fausto Rodrigues – Não me considero um«distinto» professor. Fiz o que pude e aquilo aque a consciência me obrigava. O actualinsucesso na disciplina deve-se, a meu ver, àproliferação das máquinas de cálculo nos anosprimordiais e à falta de raciocínio a que osalunos são obrigados.EV – Que mensagem gostaria de deixar aosjovens que hoje frequentam o Colégio?Dr. Fausto Rodrigues – Que procurem sempreelevar o nome da casa que hoje é deles. E como?Mostrando, cá fora, os bons ensinamentos queali recebem e procurando ser dignos cidadãosnos tempos difíceis que correm.EV – Sabemos que, amiúde, cultiva a Poesia.Não nos quer presentear com um dos seuspoemas?Dr. Fausto Rodrigues – Com muito gosto. Deixo-lhe o último que escrevi, há momentos, comoé costume, num pedaço da toalha de papel ondejantei.

Dr. Fausto Rodrigues

Via-Sacra, farol duma cidadeQue vai crescendo sob o teu olhar!Luz de luz escutando o vaguearDa velhice buscando mocidade

Do saber tu és polvo de ansiedadeEstendendo tentáculos do criarE és, nesta colina, o altarDo tempo que se perde na Verdade.

Via-Sacra, menina dos meus olhosOnde se esfumam todos os escolhosDos tempos que vivi em tempos idos.

És o sonho sonhado bem depressaNa vida que passou com tanta pressaEm minutos parecendo tão compridos.

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ECOS da VIA-SACRA

Ulisses é um aventureiro que vive na ilhagrega de Ítaca. A sua mulher é Penélope e oseu filho, Telémaco. Ulisses é o rei de Ítaca.Foi convocado para a guerra de Tróia, ondese encontra neste momento.

— Muito bom dia, Sr. Ulisses. Eu chamo-me Ana Raquel e vim ter consigo, à sua barca,porque estou a fazer um trabalho sobre si egostava imenso que me respondesse a umasperguntinhas.

— Então, vamos a isso!— Quis ir para a guerra?— Não, eu não queria ir. Até cheguei a

fingir que estava doido, mas os meus amigosdescobriram a minha artimanha. Obrigaram-me a cumprir um velho pacto que tinha feitocom os reis das outras cidades gregas e lá fuieu. Nunca gostei desse tipo de aventura, achoa guerra horrível. O que sempre me fascinoufoi o mar. Gosto de explorar o mar.

— Como correu a viagem?— A viagem foi óptima, apesar de longa.

Estávamos todos motivados, o marencontrava-se calmo, e a vista era magnífica.Se não fosse para ir para a guerra, tinha sidoperfeita.

— O que adivinhava da guerra?— Eu pensava que íamos ter uma vitória

fácil, que íamos libertar rapidamente a rainhaHelena e logo regressaríamos à pátria.

— O que pensava aconteceu?— Não, a guerra foi difícil e durou dez

anos. Estivemos dez anos a cercar Tróia, semver a pátria, sem ver a família. Foi umadécada difícil e parecia interminável.

— Quais as técnicas que utilizaram?— Foram várias. Vou apenas dizer-lhe

algumas. Ora bem! Primeiro cercámos Tróiae depois tentámos, por várias vezes, entrarna cidade e escalar as muralhas.

Conversa com o herói Ulisses

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ECOS da VIA-SACRA

Envenenámos os guardas, escavámos umtúnel… E, finalmente, a técnica do famosocavalo de Tróia, que já todos bem conhecem.

— Todas as técnicas resultaram?— Todas foram em vão, só a do cavalo

resultou. Penso que Tróia, por mais tempo queo cerco durasse, continuaria a resistir.Felizmente tive a ideia do cavalo de pau, eisso sim, resultou. Foi graças a ele quesalvámos a rainha Helena.

— Como se sentiam os soldados depois detanto tempo?

— Bem, no final dos dez anos, ainda nocerco, estávamos todos muito cansados edesmoralizados. Mas depois que eu tive a ideiado cavalo de pau, começámos a ficarmotivados e confiantes de que íamos vencerTróia.

— Pensa que vai ter um regresso fácil?— Espero que sim. Na viagem de ida não

tivemos problemas, não houve ventos fortesnem correntes, o mar estava calmo, e agoraespero que esteja na mesma.

— O que tenciona fazer quando chegar aÍtaca?

— Bem, vou fazer o que fazia antes, estarcom Penélope, brincar com o meu filhoTelémaco, falar com o povo, ir à caça, àpesca…Enfim, fazer o que mais gosto.

— Acha que esta guerra valeu a pena?— Não, nenhuma guerra vale a pena, e eu

não gosto de guerras, como já disse. Contudoconseguimos libertar a rainha Helena e mostraràqueles troianos que, com inteligência,também se ganha uma guerra.

Ana Fernandes, 6.º C

ESPAÇO para a ESCRITA

As palavras

Palavras mal ditas, bem pensadas,Mal escritas…Palavras tingidas de mágoaOu coloridas de esperança…As palavras são algo que se dizOu que não se pode dizer.As palavras são algo que se escreveOu que se não pode escrever.Muita coisa se pode perderOu ganhar com uma palavra!

As palavras que não podem ser ouvidasGritem-nas, para rasgar os risosQue nos cercam!

Eliana Ferreira, 8.º B

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ECOS da VIA-SACRA

No Inverno está sempre frio.Chove, neva e também há ventania.Não se ouve a cotovia,Não se ouvem os pássaros a piar,E muito menos a cantar…Mas ouve-se o vento a soprar.Noites longas, o céu escuroCortado pelas trovoadasProntas a rebentar.

Mas há as castanhas a estalar,O Natal para festejarE a neve na Serra da Estrela,Para brincar e escorregar.Há o quentinho da lareira,O aconchego do lar,O fim-de-semana em pijamaE a vontade de hibernar…

Márcia Beatriz, 5.º B

O Inverno O vento

O vento sopra sem sentido,Anda de um lado para o outro,Dança com o meu cabelo.É tão bom sentir esta brisa!O vento sopra, sopra e nunca pára.É ele que dá movimento à naturezaE faz cair as folhas no Outono,Para outras voltarem a nascer.Com o vento o ar fica fresco e agradável.Sem o vento, a natureza morria.A vida ficava parada sem o vento!

Carla Guerra, 5.º A

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ECOS da VIA-SACRA

Dinheiro é coisa que me faltaMas sou muito feliz.Não vivo numa mansão altaNem sou donoDe um empinado nariz.

Vivo em reles abrigosE o calor que aqui me faltaSinto-o com os meus amigos.

Francisco Lopes, 8.º A

Que seria o mundoSem humanidade?Um lago profundoSem claridade.

André Domingues, 8.º A

ESPAÇO para a ESCRITA

Riqueza Humana

Ana Fernandes, 6.º C

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ECOS da VIA-SACRA

O Parque do Fontelo fica a nascente dacidade de Viseu, constituindo-se como ogrande espaço natural da cidade. No Fontelo,cada cidadão pode praticar diversasactividades desportivas, além de admirar abelíssima e multicentenária mata, constituídaentre outras espécies pelo carvalho-alvarinho,pelo carvalho-negral, pelo medronheiro e peloazevinho. Existem também espéciesinvasoras, como a acácia e a robínia, além deparasitas como a hera.

Se quiser fazer uma visita a este tãoimponente espaço, um dos ex-librismunicipais, pode contar com um guia, quecombinará a informação botânica compequenas histórias bem pitorescas.

A remota origem do Fontelo estará ligadaao primeiro pedaço de terra que ali terá obtido,por compra ou doação real, o primeiro bispode Viseu, D. Odório, em meados do século XII.Mas vai ser o bispo D. Miguel da Silva, noséculo XVI, quem vai realizar a obra queprovavelmente os seus antecessores

sonharam, dando ao Fontelo a dimensãoprópria de espaço renascentista.

Deve-se a D. Miguel da Silva, que hoje dáo nome à Biblioteca Municipal, a construçãodo Paço do Fontelo como estância de recreioextramuros, rodeado de jardins à italiana,bosques, lagos, etc. Ao longo dos séculos, esteedifício prestou-se a diversas utilizações,designadmente hospício, prisão militar, refúgiode algumas famílias regressadas das ex-colónias na década de 70.

Durante quatro anos, desenrolou-se umprocesso de requalificação das suas instalações.A entidade detentora do edifício, a CâmaraMunicipal de Viseu, por acordo com o Estado,realojou as famílias que ali residiam eprotocolou a cedência de ocupação e utilizaçãodas instalações à CVRD (Comissão VitivinícolaRegional do Dão), passando a designar-se oantigo paço por Solar do Vinho do Dão.

Maria Carolina, Nuno Santos e José Pedro, 9.º B

A Mata do Fontelo e o Solar do Vinho do Dão

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ECOS da VIA-SACRA

NA ROTA DO PATRIMÓNIO

Artesanato de Viseu

É com grande prática e habilidade, conferidas com anos e anos de experiência, que oartesão desenvolve a sua arte numa constante transformação das matérias-primas em peçassingulares.

Na tentativa da transmissão desta forma cultural, a Casa da Ribeira, em Viseu, alberga umespólio de valor inestimável,que testemunha o artesanatoda nossa região.

Ficam como exemplo davasta obra Viseense a cestaria,a tecelagem, o ferro forjado,os bordados de Tibaldinho, asrendas de bilros, a flor dosnamorados e os trabalhos emestanho.

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ECOS da VIA-SACRA

O que deves fazerEnche a garrafa até ao cimo com água.Enche a tampa da caneta com um pouco de água

da torneira e coloca-a dentro da garrafa de modo aque ela fique a flutuar perto do cimo.

Agora, faz pressão para dentro sobre os ladosda garrafa e a seguir larga-os.

O que aconteceu?Quando pressionas os lados da garrafa, o

“mergulhador” vai para o fundo. Quando soltas oslados da garrafa, o mergulhador sobe para a posiçãoinicial. Quando os lados da garrafa são pressionadospara dentro, a pressão da água aumenta de modoigual por toda a garrafa, obrigando uma pequenaquantidade de água a entrar dentro da garrafa. Istofá-lo mergulhar.

No fim de observares o “mer-gulhador”, vais ficar com algummaterial que podes colocar parareciclar. Esta experiência vai facilitara tua acção de reciclagem, aumentandoo espaço no caixote de lixo.

Enche a garrafa que usaste até meiocom água quente e agita-a durante 1minuto. A seguir, despeja a água eenrosca a rolha depressa. As paredesda garrafa vão encolher rapidamente.

O que aconteceu?A água quente aquece o ar dentro

da garrafa. Quando a água é despejadae a rolha é colocada, o ar dentro dagarrafa começa rapidamente aarrefecer. Uma vez que o ar frio ocupamenos espaço do que a mesmaquantidade de ar quente, há agora maisespaço dentro da garrafa. Parapreencher esse espaço extra, asparedes da garrafa são empurradas paradentro pela força da pressão do ar forada garrafa, que está constantemente apressionar em todas as direcções.

Agora vamos reciclarMergulho ao fundo da garrafa

MaterialUma garrafa de plástico de 2 litros com tampaÁgua da torneiraUma tampa de caneta sem furo

QUÍMICA DIVERTIDA

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ECOS da VIA-SACRA

As turmas do 7.º B e do 8.º B do Colégio da Via-Sacra, noâmbito de Área de Projecto, onde os alunos se encontram atrabalhar a temática da pobreza, receberam, em Janeiro, avisita de uma missionária leiga, a Dr.ª Isabel Gomes, quedurante catorze meses viveu em Niassa, uma região deMoçambique.

Esta psicóloga deu o seu testemunho sobre a pobrezaem África, partilhando connosco algumas situações vividas.As habitações destes povos são construídas em argila cozidae cobertas de palha, não possuem água canalizada nem casa-de-banho. As pessoas vivem essencialmente da agriculturae, por isso, quando as terras se esgotam, mudamconstantemente de região. As estradas são na sua maioriade terra batida. As escolas não têm bibliotecas,computadores, livros e secretárias. Os alunos sentam-se nochão. A base da alimentação é a mandioca. Não comemlegumes nem fruta. Aquela que existe, como as mangas e asbananas, serve para exportar para os países ricos.

As histórias contadas fizeram-nos reflectir sobre a farturaque temos nas nossas casas e sobre o facto de um quinto dapopulação mundial viver em pobreza extrema. A psicólogaIsabel Gomes mostrou-nos fotografias que retratavam, deuma forma chocante, as realidades vividas. Mas, por outrolado, também pudemos ver rostos e sorrisos de meninosmoçambicanos que brincavam pelas ruas.

Achei particularmente interessante o testemunho da Dr.ªIsabel quando disse: “Aprendi com eles a ver a vida de umaforma mais descontraída e a dar valor a tudo o que me surgepela frente, seja bom ou mau… No seio daquela imensamiséria, encontrei sorrisos lindos, olhares profundos e osabraços mais carinhosos que alguma vez tinha sentido”.

Este testemunho foi realmente enriquecedor.

Diana Neiva, 7.º B

Turmas do 7.º B e 8.º B reflectiram com apsicóloga e missionária Isabel Gomes sobre apobreza em África.

UM OLHAR sobre ...

Ser convidada para falarde uma experiência tãomarcante, que ainda hojeestá presente, não poderiadeixar-me mais satisfeita! Foiassim que me dirigi a Viseu.

É curioso o nosso imagináriosobre África e os pobrezinhos,tão perto e, ao mesmo tempo,tão longe da realidade. Osalunos interagiram, saciando asua curiosidade sobre ascondições de vida, a cultura e odia-a-dia. «Não têm água emcasa? Não têm cozinha? Não têmluz? Até a bicicleta é um meioprivilegiado de transporte?»

Muito conscientes de todasestas faltas, ficou em alguns avontade de ver feitas algumascoisas fundamentais para umavida melhor.

Continuo sem saber o queos africanos querem fazer paraterem uma vida melhor, massei que a tranquilidade com queeles olham para cada diapermite-lhes aproveitar o sol,as pessoas e até o pouco, comum sorriso conformado. Julgoque antes de querermos levaro nosso desenvolvimento,devemos lembrar o que ele noslevou a esquecer!

Espero poder ter transmitidoaos alunos do 7.º e do 8.º anouma perspectiva da pobreza,para além das fotografias.

Obrigada pelo convite!

Isabel Gomes

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ECOS da VIA-SACRA

A Páscoa Cristã

A Páscoa é a data mais importante do anopara os cristãos. Celebra-se a ressurreição deCristo, depois de condenado à morte ecrucificado em Jerusalém. Esta festa remontaao século II. A sua data foi fixada no Concíliode Niceia, no ano de 325. Aí se estabeleceuque a Páscoa passaria a ser celebrada no 1.ºdomingo depois da 1.ª lua cheia, após oequinócio da Primavera. Para além do seusignificado religioso, ligam-se à Páscoa umconjunto de tradições populares.

A Páscoa Judaica

A palavra Páscoa vem do latim “pascha” edo hebraico “pesach”, que significa passagem.Originariamente, trata-se da festa anualreligiosa dos judeus que comemora a sua saídado Egipto, onde viviam na escravidão, lideradospelo profeta Moisés, aquele que recebeu, noalto do monte Sinai, os doze mandamentos.Fazia parte da tradição judaica comer o pãosem fermento, pão ázimo, e imolar o cordeiropascal, um sacrifício em sinal de agradecimentoda passagem do Mar Vermelho para a TerraPrometida: a passagem da escravidão para aliberdade.

A Queima do Judas, já em vias de extinção,é um ritual religioso e profano que consiste naqueima de um boneco na praça pública por todaa população. Trata-se da condenação populardo traidor de Jesus. Antes da queima, é lido oseu testamento, onde se aproveita para criticardeterminadas personalidades do desagrado dopovo.

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ECOS da VIA-SACRA

No âmbito de Área de Projecto, a turma do6.º B está a desenvolver uma acção desolidariedade em prol de um menino quenecessita da nossa ajuda. Esta criança vivenuma localidade que fica perto da nossa cidade.Depois de abandonado pelo pai e,posteriormente, pela mãe, vive agora com osseus avós. Estes são pobres e estão já muitoidosos e doentes. O menino tem também umproblema de saúde, relacionado com a visão,que o obriga a ir ao médico imensas vezes.Necessita de trocar constantemente as lentesdos seus óculos, o que fica muito dispendioso.A sua situação reflecte-se no seuaproveitamento escolar. Ainda frequenta aescola primária, quando já devia estar no ciclo.Os avós pedem ajuda constante à sua mãe,mas esta recusa…

Já que o tema deste ano é a pobreza,lançamos-te um desafio. Junto à ludoteca CarlosLopes, encontram-se duas caixas destinadas areceber a tua preciosa ajuda. O nosso objectivoé, com a ajuda de todos, conseguir roupas,alimentos e brinquedos, não só para estemenino, como para outros que se encontramem situações similares.

Turma do 6.º B

UM OLHAR sobre ...

“ Se cada um de nós lutar com asarmas que tem …”

A Páscoa e as tradições

Os folares são um género de fogaças,bolos grandes, com ovos incrustados porvezes em forma de ave, que constituem aforma principal dos direitos e obrigaçõesentre padrinhos e afilhados. Os ovos eramsobretudo oferecidos aos padres. Existe ohábito de tingi-los e decorá-los. O ovo e asamêndoas em forma de ovos e o coelhinhoda Páscoa derivam da tradição pagã epossuem um significado mágico deabundância. É sugerido por algunshistoriadores que estes símbolos sãoresquícios culturais da festividade da vindada Primavera em honra de Eostre, umadivindade pagã germânica. Contudo, já osPersas, os Romanos, os Judeus e os Arméniostinham o hábito de oferecer e receber ovoscoloridos nesta altura do ano.

Inês Tavares, Jéssica Henriquese Maria Almeida, 7.ºB

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ECOS da VIA-SACRA

9.º ANO... e AGORA ?

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Apesar de trabalhar como pediatra num centro de saúde, continuoa escrever livros para crianças, com ilustrações elaboradas por mim.Adoro o meu trabalho, é muito gratificante. Sempre que termino umdia, sinto-me realizada e feliz por saber que posso ajudar os outros. Érealmente disto que eu gosto: ajudar os outros e saber que posso deixaralguém feliz! O meu trabalho não me deixa muito tempo para outrascoisas, mas é muito importante para mim, pois é um bom trabalho,apesar da responsabilidade que exige.Vivo com o meu menino e com a minha filha num bairro perto da cidade,mas continuo a passar muito tempo com os meus amigos, os meuspais e a minha irmã que tem agora 20 anos. Gosto de escrever, lerpoliciais, pintar, ir ao cinema e de passar muito tempo com aquelesque me são mais queridos.

Num processo de futuro escolar e profissional há várias pessoas com as quais é importanteconversar, no sentido deobtermos ajuda. No quadroque apresentamos de seguida,poderás identificar algumasdessas pessoas, bem comomeios, serviços ou entidadesque saberão dar-te infor-mações importantes. Tentadescobri-los na horizontal e navertical.

PaisProfessoresDirector de TurmaAmigosServiços de OrientaçãoFeiras de OrientaçãoCentros de EmpregoJornaisRevistasInternetEmpresas

A minha vida aos trinta anos…

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Por uma adolescente do Colégio, 13 anos

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ECOS da VIA-SACRA

Este livro de ÁlvaroMagalhães ensina-nos oquanto o amor pode porvezes ser cego. Joel, umdos elementos do TriânguloJota, do qual tambémfazem parte a Joana e oJorge, enfeitiçado pelosolhos de Jade, segue-a atéum museu. Surpreendido,vê-a a roubar ummeteorito vindo de Marte. Admira-se ainda maisquando repara que a “pedra” veio,inexplicavelmente, parar ao seu bolso. Assustadocom a ideia de pensarem que tinha sido ele o autordo roubo, engole-a e passa pelos detectores sem omenor problema. Sentindo-se cada vez maisatraído por Jade, fica satisfeito quando esta lhecomunica que terá de passar alguns dias em suacasa, até recuperarem a pedra. A partir daí, Joelsente-se cada vez mais fascinado por Jade,ignorando os frequentes avisos acerca do perigoque corre. Que segredo terá Joel que descobrir?Quem comanda a misteriosa seita? Quem é diaboem pessoa? Todos estes desafios num só livro…

Íris Oliveira, 8.º C

Eu gosto muitode ler os livros dacolecção dos Sete.

Os Sete, como onome indica, sãosete rapazes eraparigas, queformaram um clube,constituído peloPedro e pela

Joaninha (que são irmãos), pela Paulina,pelo Jaime, pelo Jorge, pela Bárbara epelo Carlos.

“Os sete e a Marca Vermelha” foi oprimeiro livro desta colecção que eu li.Nesse livro, os Sete arranjaram um novolocal para as suas reuniões. Entretanto,alguém que anda a fugir a uma quadrilhade ladrões descobre-o.

A partir daí começa a aventura!Embarquem também vocês nestaaventura, que é ler os livros dos Sete,escritos por Enid Blyton.

Ana Guedes, 5.º A

Pelos teus lindos olhos, de Álvaro Magalhães

O Diário de Anne Frank é a história de uma menina judia quefugiu para a Holanda com a família, por causa das perseguiçõesde Hitler. Mas mesmo na Holanda, os judeus foram perseguidos.Anne recebeu um diário, no seu 13.º aniversário. Nele escreveutudo o que lhe aconteceu ao longo desta dolorosa fase da suavida. Com a ajuda de uns amigos, a família de Anne conseguiuviver dois anos escondida no sótão de uma casa. Durante o dia,eles não podiam fazer barulho para não serem apanhados e, durantea noite, faziam a sua vida sempre com as janelas tapadas paraninguém ver a luz. Mas um dia, foram descobertos e levados paraos campos de concentração. A mãe e a irmã morreram antes deAnne. Ela morreu dois meses antes da libertação da Holanda. Oseu pai foi o único sobrevivente. Mais tarde, publicou o diário dasua filha, para que o mundo soubesse tudo o que a sua famíliatinha passado. Não percas este livro!

Carla Guerra, 5.º A

O Diário de Anne Frank

O Clube dos Sete,de Enid Blyton

MERGULHAR nos LIVROS

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ECOS da VIA-SACRA

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O site da Audácia, revista missionária publicada em Portugal para gente nova, é um portalextremamente interessante e criativo, onde podes encontrar notícias, temas juvenis, aventuras,relatos missionários, histórias dos povos, banda desenhada, ajudas especializadas…

www www www wwwwww www www www

Audácia On-line

URL: http://audacia.org

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ECOS da VIA-SACRA

SÍTIO em DESTAQUE

www www www wwwO Mocho é um portal de ensino das ciências e da cultura científica. Da responsabilidade do

Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, este portal conta ainda com acolaboração do Ministério da Ciência e Tecnologia, entre outras entidades.

Relativamente ao seu conteúdo, o portal conta com uma área de notícias, actualizada com osprincipais destaques relacionados com a ciência e a tecnologia, e uma área de destaques ondepodes encontrar diversas ferramentas de apoio à ciência e investigação, e ainda jogos e simuladorescientíficos. A área central é composta por um directório de links, bem divididos por temas, comdiversas ligações a outros sítios na Internet contendo informações sobre ciência.

URL: http://www.mocho.pt

www www www wwwUm Portal de Ensino das Ciências

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ECOS da VIA-SACRA

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Na aula de Matemática, estiveram a fazer jogos para aprenderem melhor a adição de númerosinteiros relativos. No jogo, eram utilizados 19 cartões numerados, que deveriam estar voltadospara baixo. Cada jogador retirava três cartões e obtinha a pontuação que resultava da soma dosnúmeros neles apresentados.

A Ana tirou os cartões 6 , 3 e 0. Qual a pontuação obtida?

A Teresa obteve a pior pontuação possível. Quais foram os cartões que a Teresa tirou? Quala pontuação obtida?

A Catarina tirou os Cartões 7 e -1. Se a sua pontuação foi 2, qual foi o outro cartão queela tirou?

O Rui tirou três cartões e verificou que a sua pontuação era inferior, em 5 pontos, à da Ana.Que cartões terá o Rui tirado?

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1

94

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Vês um índio ou um esquimó ? O que vês? Dezasseis pontos, ou quatroquadrados de quatro pontos?

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ECOS da VIA-SACRA

HORA do RECREIO

O que vês neste conjunto de manchas? Conta o número de quadrados queobservas na figura. Quantos são?

Matematicando

?

Um kiwi e uma papaia equilibram-secom uma manga.

Uma papaia equilibra-se com um kiwie uma laranja.

Duas mangas equilibram-se com trêslaranjas.

Com quantos kiwis se equilibra umapapaia?

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ECOS da VIA-SACRA

Vê onde te levam os vários caminhose descobre que outros nomes podes daraos pontos cardeais.

Concluo, então, que posso chamar:_____________, ao ponto cardeal

norte;_____________, ao ponto cardeal sul;_________, _________, _________,_________, ao ponto cardeal este;_________, _________, _________,ao ponto cardeal oeste.

HORA do RECREIO

Um professor pede aos alunos que escrevam uma redacção sobre o tema “Sefosse director de uma empresa”. Todos começam a escrever, excepto um.— Menino Luís, por que não começa a escrever?— Estou à espera da minha secretária.

Entrevista num circo:— Como iniciou a sua vida de domador de elefantes?...— Eu explico. Era domador de pulgas, mas, como comecei a ver mal, resolvi trabalharcom elefantes.

Uma telefonista do 112 atendeu o telefone:— Por favor, mandem alguém cá depressa, entrou um gato em casa, é urgente!— Mas... o quê?… Um gato em casa?— Um gato! Ele invadiu a minha casa e está a caminhar na minha direcção!— Mas... o que é isto? Quem está a falar?— O papagaio!

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ECOS da VIA-SACRA

Dando cumprimentoao seu Plano deActividades para opresente ano lectivo, aAPAVISA promoveu arealização de umaconferência sobre“Sexualidade na adoles-cência”, que teve lugar

na Biblioteca do Colégio, na tarde do passadodia 28 de Janeiro.

Dirigida especialmente a pais/encarregadosde educação e a professores, que compareceramde forma muito satisfatória, foi dinamizada peloprofessor doutor Eduardo Sá, conhecidopsicólogo clínico, psicanalista e professor naUniversidade de Coimbra e no Instituto Superiorde Psicologia Aplicada de Lisboa.

Iremos, de seguida, destacar algumasafirmações proferidas pelo nosso ilustreconvidado, que servirão para relembrarmos oque ouvimos naquela tarde e, principalmente,para pôr a reflectir os pais e encarregados deeducação que não estiveram presentes, sobrea educação e a formação dos nossos filhos/educandos.

O conferencista começou por traçar umabreve resenha histórica sobre a forma como seencarou a sexualidade ao longo dos tempos,desde a era dos gregos e dos romanos, passandopelos loucos anos 20 e 60. Estes surgiram nasequência das mortes provocadas pelas I e IIGuerras Mundiais, respectivamente (“… oespectro da morte combate-se com a nobrezado amor”).

Nos dias de hoje, verifica-se “umobscurantismo absolutamente insuportávelquando se fala de sexualidade”.

Eduardo Sá não defende a ideia de que asexualidade é uma necessidade básica. Nãoaceita a disciplina de educação sexual, porque“educação é uma espécie de linha de montagemtecnocrata”. Tem que se aprender muitodepressa…

A sexualidade é “a arte de as pessoas sedespirem por dentro. Muitas vezes, aspessoas que se despem facilmente por foratêm a cabeça abotoada por dentro…”.

“Amar é aprender a dizer eu e tu aomesmo tempo”. “Não há comunhão semtransparência”, pelo que “a relação amorosaé algo que vai desde a superfície da pele atéao fundo da alma…”.

Por outro lado, e no que respeita àeducação dos nossos filhos, numa altura emque a tendência é alargar os seus tempos deactividades escolares, ele considera que ascrianças deveriam ter mais tempo paracrescer, serem simplesmente crianças,brincarem. Muitas vezes, “os filhos sãoeternos desconhecidos para os seus pais e oimportante, mais que o sucesso escolar, é quesejam felizes”.

“O que mais me inquieta é a forma comose vai dissociando o aprender do brincar.Como se o brincar fosse uma coisa mais oumenos jurássica e o aprender tivesse que seruma coisa que implica uma actividadefrenética e verdadeiramente stressante”.

“Brincar é o aparelho digestivo dopensamento, pelo que deve ser umaactividade diária e não só de fim-de-semana”.

“Quando os pais olham para um filho e oacham bonito, olham com olhos mais abertos,a pupila dilata-se. Os filhos tornam-se porisso mais seguros porque têm “mais” pai “.

Tornemos os nossos filhos mais felizes!Sejamos mais pai e mais mãe!

A Direcção da APAVISA

Eduardo Sá esteve entre nós…

AGORA FALAM os PAIS

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ECOS da VIA-SACRA

“ECHOS do PASSADO”

OS LEITORES nem calculam a mudança de aspecto que o Colegio toma,quando a pouco e pouco se vê abandonado pelo bando academico que ofrequenta, e vai em debandada procurar no lar paterno o conforto e aalegria dum dia de Natal ou Pascoa. Agora tudo é socego, tudo é tranquilidade!

A’ hora do recreio já nos não impressionamos timpanos os gritos entusiasticos dosjogadores do foot-ball; á mesa já nãosomos mimoseados com os ditos chistososdessa multidão inspirada de jovensdescuidosos e expansivos.

Tudo é silencio, tudo é solidão! Apenas,de espaço a espaço, se ouvem os passoslentos dum criado que anda emarrumação, ou o retenir da campainha,

cujo botão, á porta, éforçado pelo dedogrosseiro dum moço defretes que vem ofereceros seus serviços, ou pelo

carteiro que nos trás os periodicos comas ultimas noticias.

Viseu, em 1910.M. H. O. S.

In “Echos da Via-Sacra”, Ano VII, Viseu, 30 de Abril de 1915, N.º 16

Dois dias de ferias passados no Colegio

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ECOS da VIA-SACRA

A Dra. AlziraSilveira é MédicaPediatra e fazparte da equipada Consulta deAdolescência doHospital de S.Teotónio deViseu.

No decorrerdeste ano lecti-vo, mostrou dis-ponibilidade parap a r t i l h a rconnosco a suaexperiência notrabalho com

adolescentes. Assim, as quintas-feiras, ao final datarde, surgiram como um momento de reflexãosobre adolescência e adolescentes. Mas, é tambémum tempo em que se partilham experiências,vivências, interesses, desejos, preocupações emedos.

Fala pelos jovens, ou melhor, os jovens falamatravés dela de mudança, da descoberta, docrescimento, da dúvida e incerteza, do medo.

Na verdade, a adolescência tudo vai pôr emcausa. É um período do desenvolvimento, uma fasedo crescimento humano que rompe com umequilíbrio estabelecido na infância. É um tempo dedescobertas, alegrias, sonhos, mas também de dor,sofrimento e perda. Frequentemente, os limitesnormais da dor e do sofrimento são ultrapassados eo jovem adoece. A depressão, os comportamentosde risco ou perturbações do comportamentoalimentar, como, por exemplo, a anorexia, sãoindicadores de adolescência patológica.

Por outro lado, hoje sabe-se que muitos dosproblemas dos adolescentes têm origem emdificuldades já experimentadas na infância. Nãopodemos esquecer que cada jovem tem umaindividualidade, uma história, um passado que lheé próprio, e que marca, decididamente, o modocomo vive a adolescência. “Se tudo se prepara nainfância, tudo se joga na adolescência”…

«Um pássaro que voa, encontra sempre qualquer coisa...»

EM DESTAQUE

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Elas sorriem quando querem gritar.Elas cantam quando querem chorar.Elas choram quando estão felizes.E riem quando estão nervosas.

Elas lutam por aquilo em que acreditam.Elas levantam-se contra a injustiça.Elas não aceitam “não” como resposta,Quando acreditam que existe melhor solução.

Pablo Neruda

Esta vida é um mar; e neste marQual é o astro que nos alumia?Que norte, estrela ou bússula nos guia?...Um olhar de mulher! Um terno olhar!

João de Deus

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

Carlos Drummond de Andrade

8 de Março

Dia Internacional da Mulher

Elas sorriem quando querem gritar.Elas cantam quando querem chorar.Elas choram quando estão felizes.E riem quando estão nervosas.

Elas lutam por aquilo em que acreditam.Elas levantam-se contra a injustiça.Elas não aceitam “não” como resposta,Quando acreditam que existe melhor solução.

Pablo Neruda

Esta vida é um mar; e neste marQual é o astro que nos alumia?Que norte, estrela ou bússula nos guia?...Um olhar de mulher! Um terno olhar!

João de Deus

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento. …

Carlos Drummond de Andrade

8 de Março

Dia Internacional da Mulher