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No te olvides de participar en
la Antología Artística del foro,
sigue las bases en
Picad aquí
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
El sábado 21 de noviembre 2009, se llevo a cabo en el Resto Magno el primer encuentro de Sabor
Artístico. En él participaron algunos integrantes del foro en Argentina.
Ellos fueron:
Catalina de Alvarado
Alicia Moreno
Carlos Martínez
Rubén Sada
Cristina Ruiz
Claudia Serafín (Eliclef)
Marita (Civetta)
Eduardo Cortese
Carlos Di Nardi
Yesica Ruiz
Sonia Marelli
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Un encuentro que se desarrollaba entre: las expectativas de muchos y la incertidumbre de saber
quienes eran, así se fue presentado el momento de acercarse, encuentro que no contenía solo la
participación de los presentes sino de todos aquellos ausentes, los cuales a través de su cariño, su
apoyo y sus ganas de estar, lo sostenían, aún en la distancia.
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Se fueron presentando, se fueron conociendo, compartieron su arte, sus recuerdos, entre brindis y
sonrisas.
Un momento sin duda que, marcado por la calidez de sus integrantes dio inicio a un espacio de
encuentro.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Estas son algunas impresiones de los participantes:
Yo me sentí muy bien, me pareció que hubo mucha armonía entre todos los que participamos, estoy muy feliz con los integrantes este foro.
Catalina de Alvarado
Para mi, realmente fue una experiencia gratificante conocer a personas con las que comparto el mismo gusto por la poesía. Desearía que se
realice otro encuentro similar para seguir compartiendo.Rubén Sada
Para mi fue muy agradable el encuentro, a pesar de que el tiempo no ayudó, éramos pocos y parecía que nos conocíamos de antes, fue todo muy cordial, me gustó mucho la calidad de gente, y digo más, lo
repetiría a menudo.Carlos Martínez
El primer encuentro de Sabor Artístico fue muy bueno. Como experiencia personal y grata, conocí y encontré a nuevos amigos, quienes se han
brindado con lo mejor de cada uno. Claudia Serafín (Eliclef)
Mi experiencia en el encuentro fue hermosa. Encontré un grupo de gente humilde. Deseamos las mismas metas y fundamentalmente escribimos
nuestras propias vivencias, y eso nos une más. Fue un placer abrazarlos y espero seguir compartiendo muchos momentos más y que nuestra
amistad prospere cada día.Alicia Moreno
La alegría del encuentro me hizo dar cuenta de que aquellos que están del otro lado de la pantalla de mi PC son personas reales, tangibles y que puedo tocar, mirar y abrazar y es gracias a Sabor Artístico que pudimos reunir personas de calidad y calidez humana indescriptible.
Eduardo Cortese
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Y en medio de ese compartir llego la propuesta sobre la realización de una Antología para integrar a
todos los poetas del Foro, la cual fue recibida con alegría y aceptación.
Entre el almuerzo, el brindis y alguna que otra foto, el encuentro se hacia cada vez más familiar, más
grato. El tiempo transcurría y todos disfrutaban de algo maravilloso que los unía y los identificaba, la
Poesía.
Civetta
(Marita González)
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Al mirarte crucé...
Las mil ilusiones de tu mirada,
pudiendo acaparar tus ojos;
mi horizonte en tu mundo,
al mirarte crucé mi sueño...
Las contemplaciones de tu cielo soñante,
anhelando mil noches de tu luz bella;
mi universo en tu infinito,
al mirarte crucé mi vida...
Las estaciones de tu ser,
cautivando los hechizos en mis sentidos;
mi naturaleza en tu encanto,
al mirarte crucé mi alma...
Mi corazón en lo apreciado,
a tus valles esbeltos envolventes;
al mirarte crucé mi razón...
Frankz
La casa no es igual
Que silencio distinto hay en la casa,
En tu cuarto, tu música no se siente,
Tu tele apagada;
No se ven más tus programas preferidos,
Ya no se oye tu risa, con las ocurrencias de los actores,
Me hundo en el silencio,
Para poder escuchar el eco de tu voz,
Pero solo el silencio me responde,
Cierro los ojos, te busco en ese cuarto vacío,
Queriendo verte caminar despacio,
Quiero correr a abrazarte, besarte,
Pero solo la oscuridad es lo que veo,
Desde aquel momento me siento muy vacío,
A pesar de no estar solo,
Pero es un silencio distinto,
Un silencio de dolor,
De saber que ya nunca más,
Te volveré a ver ni a escuchar,
Tendré que vivir recordándote como eras,
Imaginando que llegarás en algún momento,
Aunque eso es imposible,
Pero a veces tenemos que usar la imaginación,
Para no volvernos locos,
Así poder vivir con este dolor,
Tratando que sea mas leve y no olvidarnos nunca de ti.
Abelardo
Flores del valle verde
Asomo lento en el camino
dudando de ser pan y galleta
no entiendo lo que veo
a distancia de cometa
y sigo sigo mi destino
voy por mi naturaleza
y me entierro en el verde
pasto disfrutando la riqueza
el alma vuela y se pierde
mas allá de la oscura aurora
Es la mañana el campo y el oro
la luz de mil razones
la tibieza del viento amarillo
el corazón enamorado
el hielo se disuelve
que alegría pero lloro
lo feliz que soy escribo
una lágrima lenta cae
y nadie ve nadie sabe
que estoy feliz y lloro
Y El me dijo en un Versículo
esta noche de primavera
"No me elegisteis vosotros a mí,
sino que yo os elegí a vosotros,
y os he puesto para que llevéis
fruto, y vuestro fruto permanezca."
Juan 15:16
Asomo lento en el camino
entrevistando la tarde
rosas me saludan con alarde
y en bardo del prado encino
me convierto en las flores
y ajeno al mundo recibo
el menester y los amores
de todo lo sabio y vivo
Mi bella ansia duermes
donde estás oculta cuando
voy por el parque feliz
como cielo con raíz
un árbol sembrado en las nubes
a la luna como corona
y el tiempo sin distancia
¿donde estás? amor ¿donde?
el asomo en tu ganancia
Cortes Hidalgo
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Luna, eres mi esperanza
Luna, que tan cerca, estas de las estrellas
Haz que vuelva mi estrella Fugaz
Esa que me hace temblar,
cada vez que la oigo hablar
Luna, luna blanca
haz que no cambie en nada,
luna que dominas la noche
que perdone mis reproches
Dile que mi alma
esta oscura y fría
porque se deprime
como tus menguantes
Luna, te quiero llena
para tranquilizarme
que sepa que no la olvido
ni un solo instante
Luna transparente
ilumina mi semblante
para que vea
mis ojos brillantes
Luna, luna… la quiero tanto
pero tengo miedo,
porque esta tan alta
que no la alcanzo
Luna que todo lo ves, dile,
que me muero por ella
que no me olvide jamás
que será siempre mi ESTRELLA
Como tu la tienes de cerca
quisiera alcanzarla yo,
para poder amarla
verla, para quererla
tocarla, para sentirla
Quiero luna de verano
para que caliente mi cuerpo
viva sus besos
y sienta mis manos
Luna, porque no me llevas
contigo a lo mas alto
no me dejs aquí abajo
porque rompo en llanto
Luna que todo lo ves
dile que no la quiero perder
haz que escuche mi lamento
dile que desde aquí la siento.
Luna tráela hacia mi,
no permitas nunca
ninguna nube la oculte
ni apague su fulgor
Quiero que brille en el cielo
como brilla en mi corazón
un amor tan grande
jamas se apagará.
Manel
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…guitarra que canta
...........guitarra que llora
Son lamentos y jipíos
De la raza mora………
Cuando oigo los sones de una guitarra
Algo en mi interior se desgarra.
¡Ay, guitarra de mi Andalucía
Que estar lejos de ti es la pena mía¡
Guitarra que cantas y que lloras.
Guitarra de cuerdas sonoras
Que siempre me acompañas.
¡Guitarra¡ ¡Guitarra mía¡
¡Ay, guitarra de mi Andalucía¡
Que de lágrimas, mis ojos empañas,
Y aunque no consuelas mis penas,
Haces correr por mis venas
La sangre roja y bravía,
¡Ay, guitarra de mi Andalucía¡
¡Ay, guitarra que canta y que llora,
¡Ay¡ guitarra, consuélame ahora
En esta pena, pena mía.
Luis Cuevas López
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
A la derecha del roble
Mi humilde homenaje a Mario Benedetti
no sé si alguna vez lo han pensado ustedes
pero llegar a ver la luz ... donde aparentemente
sólo hay sombra... es una virtud que depende
fundamentalmente de una cosa
que uno se sienta serenamente en paz consigo mismo
aquel año olvidé las flores
que siempre me acompañan cuando voy a verla
por eso... al emprender mi viaje
pensé hacerle un pequeño ramillete
con aquellas cosas que me emocionaran por el camino
llevarle un manojo de sentimientos
que aliviaran de alguna forma
lo endémico de su amargura
............ de un andén
recogí por ejemplo el pañuelo de un soldado
que partió a la guerra
............ de la carpa de un circo
recuperé un globo que salió volando
de las manos de un payaso
............ de un jardín nostálgico
rescaté a un escarabajo que luchaba
patas arriba a los pies de un árbol
y a un gato que estaba triste y azul
le ofrecí acompañarme un rato
para que pudiera escapar de su rutina
............ y con mi manojo de desventuras
me dirigí esperanzado hacia su casa
a medio camino... al pasar por una iglesia
tropecé con un niño... que entre tanto adulto
bostezaba de aburrimiento
............ y sin pensarlo ni un segundo le dí
el globo y mi cariño
a un ratón colorado y sin amigos
le presenté al gato que estaba triste y azul
............ y al minuto se fueron ambos
de paseo por el barrio
el escarabajo me pidió... que por favor
le dejara patas abajo en el Jardín Botánico
a ser posible a la derecha de un roble
donde un poeta con bigote a su izquierda
escribía versos para enamorados
cuando por fin llegué a su casa
de mi desventurado ramo sólo quedaba
el pañuelo del soldado que dijo adiós
es tan triste tu regalo me dijo
tan grande es mi amargura
que hubiera deseado cualquier otro presente
que no hablara de ausencias ni desventuras
............ siempre fuiste un inconsciente
¿no sabes regalarme lo que regala todo el mundo?
............ un poema de Benedetti... por ejemplo
o una canción de Roberto Carlos
o una película de Audrey Tautou
o un viaje en tren... a cualquier parte menos a la guerra
o tus flores amarillas de siempre
........... .pero un pañuelo olvidado en un andén
no... eso no.
quise contarle
lo feliz que hizo mi ramillete de cosas tristes
a un niño que ahora tiene un globo entre las manos
............ y a un ratón colorado
que presume en el barrio de tener amigos
............ y a un gato que estaba
triste y azul por culpa de un desengaño
y que hoy está feliz... sólo azul... y otra vez enamorado
............ quise explicarle
cómo un escarabajo se entretiene ahora
escuchando en el Botánico los versos
de un poeta junto a un roble
pensé decirle... que el pañuelo del soldado
lo recogí expresamente para ella
y que si un día aquel pañuelo dijo... adiós
quizá no vuelva... no me olvides
ahora decía en sus manos... hola... se acabó la guerra
por fin estamos juntos
pero callé mis labios... cogí el pañuelo
y me marché
no sé si alguna vez lo han sentido ustedes
pero cuando la amargura se instala en los corazones
de aquellos que no quieren ver la luz
sobreviene en los alrededores un invierno
............tan frío y desapacible
que resulta imposible la vida
por eso ella se quedó
por eso
yo me fui
José Manuel
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Hay formas de amarte
(Serie "Hechizos de un silencio")
- Soneto Cautivo con estrambote -
Hay formas de decir
que tu cielo es el mío al dar un beso,
al dar en la mirada un embeleso,
un callar oportuno dando tu bendecir.
Hay formas de ganar sin matar, sin herir,
sin sangrar por la herida algún preso
sentimiento enfrascado, ser confeso
y si saber morir.
Hay formas de vivir sin aquellas caricias,
con las noches calladas y los días cansados
en los olvidos yertos de albricias,
hay formas de entregar mediodías amados
en sus sombras de pie - como milicias -,
hay formas amor mío de amarte... por mis prados...
Hay formas de tenerte
a mi lado presente con un beso,
hay formas vida mía... de amarte siempre preso...
Juan José
En serenidad
Por las calles del corazón
encontré tus manos
transidas de olvido.
Junto a ellas
las mías en serenidad.
*
Fuimos tan solo un poco de viento
que se convirtió en pasado
mansos e irrepetibles.
**
Tal vez era el destino encontrarnos
valientemente en la historia
aún transitoriamente.
***
Nuestro oficio fue llevar alas
y volar hasta el pico del sol,
hasta la luz que nos acunaba
para luego morir
viviendo uno en el otro.
Avellaneda
Silencio que desgarra el verso
Serie: Lienzo de versos en prensado tiempo
No hay benevolencia que acune este penar de vida,
sitiada ha sido el alma con rutinas rompiendo noches,
me conmuevo dentro de este espíritu en introspección
y se nutre de puntos cardinales a la merced del viento.
Viento en caminos que llevan gestos, luchas y voces,
día que se combina con lamentos en la lengua;
¡Ay! este corazón se torna raza mixta, un pueblo,
cayado de nubes que intenta auxiliar las horas…
Sublime hechizo que convida búsqueda de sabiduría
negociar aunque haya quebrantamiento del nosotros,
así se angustie la infancia por no mirarse al espejo
hago conciencia de mis intentos de besar la paz.
He aquí el hambre de mi interior.
He aquí la confesión de este vacio símbolo de sed...
Deidad y idolatría en esta necesidad de poesía y,
espinela al centro de la miel de tu mirada, mi existencia.
Dolama habitada en mis huesos agotados de crisantemos,
compendio bajo el cielo de instantes sin camuflaje,
un pulso a pulso de este silencio que desgarra el verso
mientras se entreabren mis labios tras mi agonía.
Yolanda Román
Derechos Reservados
Octubre 28,2009
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
La libélula dorada
Hace ya muchos eones de tiempo, que habitaban los bosques las Hadas y las Ninfas.
Convivían en natural armonía y de acuerdo a unas muy estudiadas leyes.
Tanto las Hadas cómo las Ninfas eran libres de hacer cuanto quisieran en el bosque.
Sólo había una prohibición: tomar contacto con los humanos.
Pero, como viene ocurriendo en la historia, los jóvenes no quieren acatar ciertas leyes y aquí no
podía ser de otra forma.
En aquel bosque vivía una hermosa y joven ninfa llamada Adae.
Adae era curiosa por naturaleza, y cuando empezó a escuchar extraños ruidos al otro lado del
bosque. No pudo contener su curiosidad y se acercó para ver de donde provenían.
Se trataba de una cuadrilla de hombres. Leñadores que talaban indiscriminadamente, todos los
árboles que se hallaban en su entorno.
Adae, pronto fijó su mirada en un joven y bien parecido leñador que se llamaba Rolando.
Durante muchos días, Adae se acercó para ver a Rolando, escondida tras las jaras.
No se atrevía a que la vieran por temor a la ley que prohibía el contacto con los humanos.
Pero tanto y tanto se fue confiando que un día fue vista por Rolando.
La ley de las Hadas decía que si una Ninfa era vista por un humano, no podría marcharse de su
lado hasta que este la diera su permiso.
Adae le rogó que la dejara marchar. El la complació pero no sin antes hacerla prometer que
volvería al día siguiente.
Así, cada día, al amanecer, Ronaldo y Adae, se encontraban junto al arroyo.
Poco a poco se fueron enamorando y mantenían su relación en secreto.
Pero ya sabemos todos que los secretos no son duraderos, y llegó a oídos de las hadas, que eran
las guardianas de las leyes del bosque, esta relación.
Fue convocada una asamblea urgente entre Ninfas y Hadas, para debatir cual era el castigo que
merecía la conducta de la Ninfa.
Dicen que la infractora había de perder su alma inmortal por tan grave falta.
Aitana, la reina de las Hadas, tomó una determinación; dio a elegir a Adae entre dos diferentes
destinos.
O perdía su alma inmortal, o podía optar por convertirse en una criatura del bosque.
La que ella quisiera y podría renacer una y otra vez hasta que fuera perdonada su falta.
Adae decidió ser convertida en una libélula para estar cerca de los carrizos y del arroyo en el que
había sentido tan profundo amor.
Aitana se lo concedió y por su belleza la convirtió el Libélula dorada.
Que es la más hermosa de las libélulas.
Por eso cuando veas una Libélula Dorada, piensa que es una Ninfa enamorada.
Maite Martín-Camuñas
Pluma de un poeta
Instrumento de escritura
pluma de un trovador,
impulsada por sus manos
trazando lindos fragmentos
salientes de mente y corazón.
Brotando magia en sus manos
rebosante de sentimientos,
que a través de la tinta
puesta en su pluma,
plasma hermosos versos.
Entregando relatos de fantasías
y vivencias de la vida misma,
que cobran vida a través del lector.
Porque leen con todo fervor,
entusiasmo y mucho amor.
Envolviendo las emociones
con llantos, alegrías y pasiones.
Proporcionando así la supervivencia
de los versos inspirados y escritos,
de los grandes poetas…
Ángel Vega
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Invocación
Déjame contemplar tu mirada,
tu mirada donde las nubes se dilatan,
la que atraviesa el vuelo dulce de los pájaros,
bellos pájaros tristes con alas de naufragio
que regresan del frío
para morir tendidos en las cumbres...
Déjame embriagarme con tu voz,
tu profunda voz que desgarra el espacio,
que me hiere y me apacigua,
tu profunda voz
que hace palpitar las estrellas...
Déjame enajenarme con tu esplendor
para olvidar la tierra
y su memoria...
En tu sombra déjame dormir,
reponerme cerca de tu alma.
Déjame la eternidad entera
la eternidad entera para quererte...
An
a.M.M.N
Ese camino
Ese camino que has pintado
sobre el campo
De flores y guijarros
conmueve y estremece
como el recodo del río y su remanso
Esas miserias hay que dejarlas,
limpiar los escombros y construir
para una vida digna y magnánima.
Diluir ese vértigo del silencio
de las encrucijadas de las alturas
cotidianas de una abrupta montaña
que te premian, por tus palabras
por las mañanas.
Y quiero que cocines, esas ensaladas
de piedras preciosas, de jade y obsidianas.
Entierra de los demás sus mentiras
pulcra cual eres, en ese laberinto
que significa jugar con la verdad.
De ese ámbar color de erotismos
de ese ámbar que se frota
y hace brotar los suspiros.
Sé que llega…llega
Melancólica
y enredada entre las ramas
de tu poesía
Ese lugar astral
ese sueño que te lleva a todos los
Orgasmos.
Nora Noemí Zeliz Pirillo
Unas gotas...
Unas gotas de mi emoción…
Una porción de tu dulzura…
Un soplo de llama recién encendida…
Una ocasión, ni siquiera pensada…
…y nace una hoguera que promete arder una eternidad…
Eso es el Amor…
Inexplicable como el tiempo, indecible como la fuerza del mar…
Adorable como la tibieza del Sol…
Supremo como un “te quiero”…
Inevitable como la lluvia, soberbio y sublime casi, como Dios…
Entrañablemente fantástico, apasionadamente nuestro…
Absolutamente inenarrable con palabras simples…
Casi absolutamente mío, porque el resto es tuyo…
Totalmente penetrante, prepotentemente ardiente para enamorar,
y humildemente cálido para dejar enamorarse.
Amor de mi Amor, déjame ostentarte como la batalla ganada en el sortilegio
creado por el manso decir de nuestros besos y la maravilla sagrada de tu mirada y la mía…
En mi mágica concepción… TE AMO.
Luis Introna
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
En la sombra del céfiro
Es que en ti requiebro
como líbero elipse
que atrapa una estrella
y recoge sus alas
en capullos de agua
a la sombra del céfiro
y va lamiendo su estela
cuando cruza la aurora
su rondín rojizo
desnudo de viento.
Blanche la luna en la tierra
vivace de azures y piedras
van dibujando tu ausencia
sándalo surco en mis ojos
que horadan los sueños
cuando lloro en silencio.
Dónde está la sombra
que me persigue en tu ausencia?
con alas de espejos
de lluvia y brasero
en cristales bermejo.
Dónde están esos besos baldíos?
que olvidaron mi boca
acusando a mis labios
de ocasos marchitos.
¿Donde está esa mirada?
bruñida de glaucos
biselada en azules
que inclinaba sus párpados
y en mi se dormían?.
Elen Lackner
Te quiero así
Te quiero así,
tan mía
que te pueda abrazar sin adjetivos,
de tal forma
que todo en ti me habita y me contiene.
Lo nuestro siempre ha sido compartir el reloj del universo,
amoldarnos
a una misma rutina y mantener
idéntica actitud ante un dolor
que no siempre fue nuestro y, sin embargo,
era como el difunto que no sabes quien es pero te duele.
Te quise en la espesura del bosque y en la bronca quietud
de los acantilados,
te quise en las mañanas de viento y en la tardes mordidas en que sólo
comíamos pan de lluvia,
y te quise también cuando crecíamos con el miedo en los ojos
y era urgente aprender a respirar algo de fe
para sobrevivir.
Y te quise, además, como hoy lo hago,
así, calladamente, y con las manos desnudas,
para poder decirte con todos mis pecados
que te quiero.
Vicente Martín
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
El milagro
Y quien fue el abuelo del Alma, bendita?
…y quien fue el padre de la Sensibilidad abrasadora?
A quién nos sometemos en esta voluntad de seguirlos?
Como sabemos que no vamos a equivocarnos
y continuar así
sintiéndonos apóstoles, en la soledad,
de un destino de entrega…
que, tal vez, no sea el deseado
por ellos mismos?
La apuesta es difícil, y la voluntad también,
de intentar vivir en un estado de creación
que nos sobrepasa, y tal vez no sea la verdad,
en términos de la verdad,
de la que se cree o imagina?
Fue un legado divino,
o fue creado por el humano,
al querer reparar sus constantes
errores involuntarios,
o, de los otros, en un principio?
Y no será pretencioso tratar de desentrañar
tales entidades,
con nuestro acotado entender?
Trato, humildemente,
de brindar mi enorme tributo
a mis compañeros de camino
“el Alma” y la “Sensibilidad”
que me han enseñado a sortear
tantas instancias duras…
y tantos momentos de felicidad.
Es una oda al sentir, y al amar,
y al entender, que me tocaron
y me iluminaron y me enseñaron a aprender,
que el tenerlos incorporados…
no se compara con nada.
Enormes escenarios de la luz y de las tinieblas…
ayúdenme, a seguir intentando en la tarea
de encontrar cual es la manera de demostrar
mi gratitud infinita…de devolver, si fuese posible…
el milagro de sentir así….
Luis Introna
Giros
La instancia más íntima
lugar donde se calma la tormenta.
Dominio y sosiego se transita
laberintos por descubrir.
La curiosidad distrae sutilmente
por tanto camino que andar.
Son herramientas los escapes esenciales
son panacea contra el hastío.
Con la mirada interior
puedo descubrirme y descubrirte
soltar amarras y dar paso al delirio
al deseo, el meditar y no pensar
girando hacia la nada.
Solamente transitar por momentos
flotando y abriendo esporas
a la luz genuina de una paz profunda
límite entre yo y el resto del mundo.
Cuando transito mis honduras
en el maravilloso viaje de retorno
llego a ti con renovada placidez
como aurora a las sombras
o antídoto a la locura
Por eso voy y vuelvo tantas veces
para darle el giro necesario
a la existencia nuestra…
Antonietta Valentina
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Lloran los ojos sus lágrimas solas
Lloran los ojos sus lágrimas solas,
en libertad de lunas y corceles,
junto a la tierra quedan, y en sus ecos,
repiten los silencios que florecen.
A veces, sus campanas las recuerdan,
entre labios, sus íntimos relieves,
como sauces que peinan a los vientos,
o los pechos que llenos fluyen leves.
Siempre a solas, el alma en su destierro,
como tarde que al sol nunca se apaga,
como baile que el canto no desnuda,
queda siempre encendida como llama.
Donde irá, pues el viento siempre lejos,
no se acerca y le olvida la mañana,
puede ser como alguno que otro día,
se quede ya en silencio con sus lágrimas.
Queda toda abrazándose a las horas,
cada sol aventura que renueva,
las aves que volándose lejanas,
mandan hojas de otoños que ya llegan.
Y sola en soledad, sin otra cosa,
y libre, en libertad, que cárcel cierra,
espera solitaria el mar abierto,
la palabra que sueña primavera.
Eulogio Díaz García
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
La pecera
El niño que lloraba acorralado y atrincherado bajo su cama mirando por la brecha entre
las sabanas y el piso las sombras que caminaban, que luchaban, que gritaban. Esa noche
soñó con peces en una pecera gigantesca. Eran peces diminutos, cientos, no, miles de
ellos que destrozaban y engullían todo lo que caía en el interior del recipiente, ahí cayo su
perrito de peluche, el no había podido salvarlo y el agua del estanque se tiño de rojo.
Entre sudor frió abrió los ojos, al despertar la realidad no era mucho mejor que el cuadro
en su pesadilla, los mismos gritos de siempre, insultos, jadeos y llantos. El intentaba sellar
sus oídos con las manos pero no conseguía acallarlos, quería pensar en otra cosa,
intentaba ser fuerte como le había dicho su profesora en la escuela. Entonces los gritos se
hicieron más pujantes, una lucha se sentía en la casa, se oyó el crujido de madera y
vidrios rompiéndose, entonces una tinca de desgracia recorrió la espalda del niño que
sentía mucho miedo, un temor que se precipitaba en su pequeño y acelerado corazón.
Luego golpes secos y quejidos, lamentos intermitentes que se perdían en el vació de un
silencio repentino. El pequeño no sabía si salir o quedarse, era otra víctima en esa guerra
siniestra. Finalmente entre las dudas y el miedo, se armó de valor y salió de su habitación
para saber que ocurrió, llevaba puesta la pijama azul que días atrás su madre le regaló,
agarró a su perrito de peluche y lo abrazo contra su pecho como que sintiéndose más
seguro y protegido con el. Bajo con sus pequeños pies descalzos los escalones de las
gradas que daban hacia la cocina de su casa, al llegar se asomó por el borde de la pared,
entonces se encontró con aquella escena, sentado con las manos llenas de sangre sobre
su cabeza junto a un cuchillo estaba aquel hombre y a unos metros de distancia
derramada sobre el piso toda llena se golpes y sangre estaba su madre que daba sus
últimos respiros mientras su mirada se nublaba y se caía en la oscuridad, en esa eterna
penumbra, un último atisbo de luz se perdía y sus ojos en el momento antes de cerrarse
para siempre se estacionaron estáticos en la figura de su pequeño niño que la miraba
perplejo.
Su cuerpo se quedo en un caos interno, en un marasmo con un nudo en la garganta,
indefenso sin poder reaccionar, sin poder moverse, el niño ahí de pies mirando a su madre
muerta, entonces el asesino lo noto ahí mirando asustado, se levanto y fue hacia el
gritándole que se fuera, el chiquillo no atinaba a hacer nada, era como si el silencio se
hubiese apoderado de el, un tenebroso silencio, ¡vete a tu habitación! Gritaba el hombre,
el niño entumecido por el miedo apenas pudo levantar a su perrito que había soltado
cuando encontró a su madre en el piso, lo levantaba y sentía que las lágrimas se
apoderaban de sus ojos, el hombre histérico le arrebato el peluche de un golpe ¡deja eso y
vete de aquí! Miraba el niño a su perrito manchado de rojo sobre el suelo tan cerca de su
madre muerta ¡que te vayas o te pego a ti también!...
De ese fatídico momento aquel niño ya no recuerda nada más, tenía 6 años el día de los
sucesos, al despertar después de esa noche estaba en otro sitio, oficiales de policía y una
mujer de blanco le hablaban y lo protegían, jamás volvió a ver a sus padres. Hoy luego de
26 años aquellos momentos fatales aun lo persiguen entre sueños. Paso años yendo de un
lugar a otro, teniendo una familia y luego otra, sin encontrar su sitio en la vida,
abandonado. Por fortuna encontró una pareja que lo adopto a la edad de diez años y
pudieron resarcir en algo todo su sufrimiento. Estudio y se convirtió en el oficial de policía
Carlos Guillen amado por su nueva familia y querido por amigos y conocidos, pocos sabían
acerca de su terrible pasado, hasta la tarde en que entro al quiosco de doña Peto, agarro
un refrigerio pues debía patrullar la zona durante todo el día, se acerco a la caja
registradora para pagar y delante de él estaba un hombre con gorra más o menos de su
estatura, cuando lo escucho decir gracias sintió que su corazón se derretía en su tórax y
un escalofrió se apoderaba de su erizada piel, luego el hombre giro con una bolsa en las
manos y miro a Carlos de frente, tenía una barba espesa y de inmediato le alejo sus ojos,
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Tono vacío
Yo que me creí
el capitán de ese barco
que hoy naufraga en el mar de las vicisitudes.
Pero solo he sido
aquel niño
que arrea con el dedo
su barquito de papel;
sobre el charco de su pis.
Y tengo miedo,
tengo miedo de ahogarme
en ese mar de emociones:
Ya he pescado frio y soledad
con las redes de la muerte en mis galeones.
He vivido tanto en poco tiempo
que parece que no he vivido.
A veces creo odiar ese barco.
Quiero escapar de él;
Cual si me hubiese vuelto ermitaño, producto de un error…
Me está cosiendo el alma tu ausencia.
Me está cosiendo el alma tu ausencia
y nuestros retazos de recuerdos…Se unen en un tono vacio.
Onírico
(Perú)
saliendo por la puerta corrediza de vidrio. ¡Hola Carlos! ¿Cómo te va?, ¿En qué puedo
ayudarte? La voz de doña Peto llegaba lentamente hasta donde Carlos, ¿Quién era ese
hombre? Pregunto, no lo sé al parecer un forastero, no creo haberlo visto antes fue la
respuesta de la tendera, Carlos dejo su compra sin comprar arrojada sobre el piso de la
tienda y salió entre nervioso y ansioso. El hombre no estaba, subió a la patrulla y empezó
a circular por la calle hasta que lo pudo encontrar caminando sobre una acera a la vuelta
de la manzana, detuvo violentamente el auto y arrincono al hombre, ¡quieto ahí!
¿Qué ocurre? yo no he hecho nada decía el impresionado sujeto, dime tu nombre exigía
Carlos, ¡¿Quién eres, maldición?! El tipo no hablaba solo lo miraba con una cara atónita y
estupefacta, entonces Carlos lo agarro bruscamente y lo metió en la cajuela del carro.
Condujo hasta las afueras del pueblo sobre un sendero oculto entre el bosque, bajó del
auto empuñando su pistola, abrió la cajuela que retenía al hombre de barba, lo sacó y lo
condujo hasta la orilla de un peñasco. Los ojos de Carlos se habían llenado de lágrimas y
respiraba apuradamente, ¡Eres tu desgraciado! Carlos miraba a aquel sometido hombre y
miraba a la vez a su madre muerta derramada en el piso de la cocina, a su perrito de
peluche junto a ella y al asesino que le gritaba, ese asesino que en ese momento delante
de él años después en aquel solitario bosque simplemente observaba cabizbajo, de
repente de su boca salieron melancólicas palabras. Estaba esperando que este momento
llegara hijo, no servirá de nada decir perdóname, solo haz lo que tengas que hacer… Un
estruendo asusto a las aves que se apartaron volando de los árboles, olor a pólvora tras la
bala que proyectada hacia la cabeza del hombre lo redujo a un cuerpo sin vida. Carlos de
rodillas con el arma caliente junto a él lloraba, luego arrojo el cuerpo por el barranco.
La noche antes de encontrar a su padre Carlos había soñado con una pecera enorme
llena de miles de diminutos peces que destrozaban y engullían todo lo que caía dentro de
su estanque, entonces Carlos se arrojó el mismo en el recipiente, los peces le mordían y
arrancaban la piel mientras el agua se teñía de sangre.
Jonathan Mauricio
(Ecuador)
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
El caso "Gürtel"
(De mis décimas comprometidas)
Parece el caso "Gürtel"
que se complica por días,
y aunque eso ya se sabía
que olía mal este pastel,
en la lucha sin cuartel
y como a chivo expiatorio,
cesaron del directorio
a un tal señorito "Costa"
que sin comerse la tosta,
le colgaron del cimborrio…
¡¡No hay caso de corrupción!!
no merecen los ultrajes,
tan solo son unos trajes
a modo de comisión.
Siempre la misma canción,
se ganaron la jornada
en campaña financiada
por un tal "señor Correa"
y aunque alguno no lo crea
aquí nunca pasa nada...
Aquel traje de vestir
es un vestido maldito,
por él ya se ve proscrito
por corromper y mentir
mas volverán a repetir,
aquel y otros muchos "Costa"
mientras repartan la tosta
corruptos no han de faltar,
pues ellos han de pagar
su caviar y su langosta…
Los del Gürtel no serán
santos de mi devoción,
pues sólo por ambición
ciega, que ellos nos robarán,
y ningún bien nos traerán
para los pobres de mundo,
es corrupto nauseabundo
el que corrompe al gobierno,
convirtiendo en un infierno
al país en un segundo…
Cumpliendo con su papel.
el "mandamás" ha quedado
del "presi" Costa confiado
no descubran el "pastel",
pues ya sería muy cruel
el tenerle que cesar,
y quedar en mal lugar
ante todos sus votantes,
como plaga de mangantes
quedarán a su pesar…
Hay varios cuervos posados
en la carroña, esperando
al líder que está hoy al mando
pa repartir los bocados,
y aunque juran ser honrados
no se engañe el ciudadano
ni se fíen de tal villano,
ya que la mejor ciencia
es vetar la apariencia
y no quemarse la mano…
Aquel traje de vestir
es un vestido maldito,
por él, ya se ve proscrito,
por corromper y mentir
mas volverán a repetir,
aquel y otros muchos "Costa"
mientras repartan la tosta
corruptos no han de faltar,
pues ellos han de pagar
su caviar y su langosta…
Es político ladrón
aquél que accede al poder
con abyecto proceder,
siempre la misma canción
es un taimado cual hurón,
de ambición está sediento
carece de sentimiento,
para nada es solidario
despilfarra del erario,
desde su ambiente opulento…
Él nos supo traicionar
lastimó nuestra confianza,
secuestrando la esperanza
para este país mejorar.
No podremos perdonar
semejante felonía,
pues la gente no se fía
del “fulano personaje”,
todo empezó con un traje
y acabo con una orgía...
Roberto Santamaría
(España)
Tu nombre es
Es un silencio de una sombra
en el suburbio,
es un perfume de palabras
que florece imposible como nunca.
Tu nombre es la caricia de una brisa
con un corazón de lluvia muy querido,
es la tristeza desnuda de una nube,
es un fuego de violín enamorado.
Tu nombre
es un aire con música de radio,
es una magia de princesa de mirada vaga,
es una bruma cazadora de la niebla sobre el agua,
es una copia de esa chica de mi cielo que deseo.
Tu nombre
es una arena de la orilla de los ríos solitarios,
es una mirada de tus ojos que vuelven a mirarme,
es una claridad fresca de la aurora antes del alba,
es un arbol de los pajaros que vuelan por la almohada,
es la certidumbre que sueñan los sueños y que no existe.
Nico
(Argentina)
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Amor al estilo Carranza
Hoy pienso especialmente en ti
y veo que ese amor carece de desmayos,
de ojos aterciopelados
y demás gestos admirables.
Ese amor no se hace como la primavera
a punta de capullos
y gorjeos. Se hace cada día
con el cepillo de dientes por la mañana,
el pescado frito en la cocina
y los sudores por la noche.
Se vive poco a poco ese amor
entre tanto plato sucio, detrás del cotidiano
montón de ropa para planchar,
con gritos de niños y cuentas de mercado,
las cremas en la cara
y los bombillos que no funcionan.
Y otra cosa: cada tarde te quiero más."
El amor sólo es posible describirlo a manera de poesía
con verso libre o clásico
con letra estudiada o sin títulos
el amor solo es definible por los poetas
los juglares que continúan siglos más tarde
prestando su voz a la poemaria inspiración
¡el amor es cotidiano, no cinematográfico!
(vaya si es sufrida y restringida la experiencia romántica expresada por los cineastas)
yo prefiero la definición de María Mercedes Carranza
que sin frenos y a palabras desgarbadas
define sin tropiezos al amor de cada mañana
de cada tarde y noche,
es capaz de abarcar toda una vida en pocas letras
con gran arte y sin atropellar a nadie
me enorgullece decir que:
amo al estilo Carranza
Amélie Poulain
(Venezuela)
"Muestra las virtudes del amor verdadero
y confiesa al amado los afectos varios de su corazón".
María Mercedes Carranza
-De Amor y Desamor y otros Poemas.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
D. Jacinto Rojas González
10 de Agosto de 1940 - 08 de Enero de 2009
La iniciativa de hacer un Concurso de Poemas a nuestro inolvidable y querido forista
Jacinto Rojas ha desencadenado un cúmulo de emociones. Por encima de todo nos ha
emocionado el recuerdo del poeta y amigo que durante este último mes ha estado
presente en todos nuestros pensamientos tanto de los lectores como especialmente, de
aquellos que han querido dedicarle algún poema. La aportación de 38 poemas ha sido
también emocionante por lo que representa la reacción colectiva ante su memoria.
Pero la emoción ha sido vibrante al leer el contenido de los poemas todos ellos con una
carga de afecto, simbología, lirismo y calidad que, sin duda ha puesto en un serio
compromiso a los insignes miembros de jurado. Al final los 4 poemas premiados han sido
aquellos que han calado de manera más homogénea al jurado y ciertamente, leídos, son
extraordinarios. Y ello sin menoscabo de que otros poemas puntuados con 10 por algún
miembro del jurado no han acabado premiados por haber recibido alguna puntuación
menos alta.
Y lo más emocionante es sin duda el ofrecimiento de la promotora del Concurso Pilar
Morales de publicar un poema inédito que le dedicó Jacinto Rojas. Este poema es el que va
a encabezar el mensaje de la resolución del Concurso y con ello habremos devuelto a
Jacinto una mínima parte de lo muchísimo que él nos dejó.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Poema “Inédito” de Jacinto Rojas
Soneto
Pilar Morales Nevado
Versos heróicos
(Acentos en 2ª, 6ª y 10ª sílaba)
Nevados son montañas, blanca luz.
De moras los morales ejemplares.
La obra se mantiene con pilares.
La paz donde me miro a contraluz.
La mancha se juntó con lo andaluz
las moras fueron rojas globulares,
liliácea fue la flor que en los glaciares
llegó para soltarse de su cruz.
Pilar de mi sostén, de mis pasiones
refugio de mis penas sin temor.
Tus ojos para mí, son adiciones.
El canto de tu voz acogedor
envuelve por igual los corazones
en éxtasis sublimes del amor.
Nota: querida Pilar, espero te guste este
soneto, el cual es para ti, no verá la luz y sólo
lo leerán aquellas personas que tú elijas.
Jacinto Rojas
Primer premio:
(400 Euros -Cedidos por la Poeta ganadora a
una ONG-
y placa honorífica de mención)
Hay un torito triste
Hay un torito triste en la campiña
hablándole en silencio a los luceros,
no le teme al acero, ni al capote,
es que te echa de menos... compañero.
Él quisiera escucharte recitando
tus musas, tus romances, tus sonetos,
él quisiera dormirse acurrucado
entre la melodía de tus versos.
Lleva tiempo esperando una respuesta,
lleva tiempo pidiéndosela al viento,
ya no encuentra sentido a su existencia,
pues vive rodeado de silencio.
Y levanta la vista cada noche,
dirigiendo sus ojos hacia el cielo,
buscando entre las nubes tus poemas,
navegando en los ecos del recuerdo.
Aurora Zarco
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Segundo premio:
(Placa honorífica de mención)
Jacinto, Poeta de Universales
Soledad… a las 5 de la tarde
los clarines avivan su recuerdo,
el llanto, pasodoble a paso lerdo,
marca el son de mi espíritu cobarde.
Lo traiciona esta lágrima que arde,
no era pena, fue luz y Andalucía,
derroches de su amada torería
en versos de desplantes y de alarde.
Sus letras, desgranando universales
cantos a la belleza sin resabios,
ya iluminan los foros inmortales,
y él termina sus obras inconclusas,
con un fino y un puro entre los labios,
entre aplausos felices de las Musas.
Artesana
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Tercer premio:
(Placa honorífica de mención)
Mi homenaje a Jacinto Rojas
Te fuiste sin decir adiós siquiera
al sitio donde van los elegidos,
llevándote en el alma tus sentidos
poemas, porque valen dondequiera.
Allí donde te encuentres, bueno fuera
que hallases a los vates conocidos
de todos los poetas y leídos,
teniendo a Garcilaso de vocera.
Dejaste entre nosotros el vacío
que deja quien ocupa tanto espacio
aunque aquí tu recuerdo permanece,
pues no cayó tu verso en el baldío
y sigue caminando muy despacio,
con esa majestad que se merece.
Cristino Vidal Benavente
Cuarto premio:
(Placa honorífica de mención)
Jacinto
(Ovillejos)
Hoy la atmósfera transpira,
vira
En una única aureola,
sola
Con el rumbo de un cometa,
la veleta
Del susurro de un profeta
y de Córdoba la llana,
con la musa como hermana
vira sola una veleta
Lidera como un emir,
al sentir
El arte del universo,
un verso
Recitado en un murmullo,
tuyo
Vibra un foro con orgullo
en el palco del anhelo.
Surge una luz en el cielo
al sentir un verso tuyo
En ese hálito de allí,
y aquí
de arpas, liras y racimos,
sentimos
Un hervor que es nuestro y suyo
tu arrullo
Por las quimeras patrullo
con tres renglones de apego.
Ellos ya palpan tu fuego,
y aquí sentimos tu arrullo
Sea cual sea el recinto,
Jacinto
No hay fronteras a tu abrigo,
amigo
Compañero sin careta,
y poeta
Sale hacia ti una saeta
en un tul de bendición,
desde aquí a tu corazón,
Jacinto, amigo y poeta
Vira sola una veleta
al sentir un verso tuyo,
y aquí sentimos tu arrullo,
Jacinto, amigo y poeta
Emilio Luna
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Haikus
sola en la noche
con murmullo de acequia
Dios no responde
El café de los escritores
El café de los escritores está en una pequeña calle en el barrio más antiguo y
maltratado de la ciudad. Las casas vecinas sufren de problemas de piel, y sus fachadas se
desconchan a jirones hasta el suelo. En realidad todo está abandonado y maltratado. Un
lío. En otra época este barrió debió tener encanto. Estos portales y balcones ahora
maltratados debieron de esconder algo de luz. Pero ya no. Eso es evidente.
Sin embargo, pese a que el entorno es frío y desolado, una puerta aparece y se abre
hacia el café de los escritores. En la ciudad ya casi nadie lo conoce, y para llegar a él hay
que perderse al menos tres veces para desembocar en su puerta.
Pero cuando se llega, cuando al fin se consigue llegar, tras esta puerta te recibe un
señor muy mayor llamado Miguel, que inmediatamente te atiende y te ofrece el menú.
• Te a la tinta roja,
• café con tinta,
• tinta con leche
• bebidas de elevado porcentaje de tinta (Estos solo los ofrece más tarde de las ocho de
la noche. Está prohibido vender hasta entonces).
Se puede elegir, barra y conversación o bien, mesa y degustación de los mejores
papeles de la ciudad. Si se elige la primera opción, a este café suelen acudir los paladares
más selectos y siempre dan consejos útiles sobre como acariciar una tinta o como agitarla
y sacarla de su letargo.
Nunca escatiman en amabilidad y siempre te pasan una mano por el hombro.
La cafetería tiene humos y humores diversos. Ya estés en la barra, o sentado en una
mesa, hay un revoloteo de pensamientos que no le dejan en paz a uno. Ya se sabe que la
digestión del papel es difícil, pero aquí cuentan con los mejores y eso se nota en la
digestión mental.
Si bien se ha elegido mesa y degustación, en unos momentos llega el joven camarero
que se llama José y le ofrece el menú de comidas:
• Disponemos de un Guitarrista, reserva de Luis Landero.
• Por otro lado, nos acaba de llegar un Bolaño, muy bien acompañado con unos
microcuentos Monterrosianos.
• También tenemos un Demián, muy crujiente y profundo a la salsa de psicología. Este
es mi favorito.
• Por último le puedo ofrecer nuestra especialidad de la casa. Se trata de un papel que
al saborearlo, suena como cuando la tierra seca traga agua. Es un Don Quijote reluciente y
brillante. Estamos orgullosos de él. Es nuestro mejor plato.
El postre, como no, solo es uno. Se trata de un cuaderno en blanco, para que el cliente
pueda escribir lo que le dé la real gana.
Jorge García Torrego
con una lágrima
te solté de mi mano
miedo de amarte
Oscura noche
en su vasta penumbra
solo me siento
cecilia gargantini
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Guitarra
Al recuerdo de Federico
La guitarra
Empieza el llanto
de la guitarra.
Se rompen las copas de la madrugada.
Empieza el llanto de la guitarra.
Es inútil callarla.
Es imposible callarla.
Llora monótona
como llora el agua,
como llora el viento
sobre la nevada.
Es imposible callarla.
(F.Garcia Lorca)
Guitarra de taberna, arrinconada
sin traste ni cordal en tu armadura,
que no hay nadie que abrace tu cintura
a la compaña de una voz templada
Yo sé muy bien que en la oquedad callada
de tu canoro vientre aún perdura
el olvidado son, la partitura
de una canción de amor desesperada.
En tu oscuro brocal tiembla el lamento,
la resignada nota retenida,
el arpegio varado en tu instrumento.
¡Ay guitarra gitana, adormecida,
qué saben del prodigio de ese tiento
clavado entre los surcos de tu herida!
Vicente Fernández-Cortés
¡Por amarte tanto!
Escucha el susurro del infinito
y cuando contemples en el espejo tus pupilas
fija tu mirada en ti mismo y verás
que yo te estoy mirando…
Con la luz de mi esencia
alumbro las espinas del silencio
de tu dolor, que hoy son mi dolor…
¡ por amarte tanto !
¡Por amarte tanto! ¡alma de mi alma!
te recuerdo y deliro en soledad.
Me atreví a cruzar los ríos más bravos
caminé descalza pisando nubes escarchadas
me extravié en el cauce del grito y la locura
escalé peñascos de vidrio y arrayán
“Mis pies siguieron tus huellas
las que dejaste a diario en tus pisos rojos.”
¡Por amarte tanto! dejé mis lágrimas
dolientes en las páginas de un libro.
Desmenucé la sed de mis entrañas
en humedades de mi savia perfumada
mis mejillas se ruborizaron
en el pudor de mi corazón que te reclama.
¡Por amarte tanto! mi mente dialogó
con las estrellas
con la respiración de las piedras
con el tenue movimiento de las aves
en su dulce amar…
¡Por amarte tanto !...
Cumplí tu deseo…
con mi alma desnuda
llegué hasta la cima de tu alma.
Esther Gladys Noriega
Estrella
*Sadhana*
En el fin un adiós
No me perturba el silencio
que hay en mi alma,
es cierto ya no estás,
y me quedo tranquilo,
no te extraño,
no ya no te extraño,
mira que bien me siento,
es la realidad
motor y bosquejo
y apacigua el alma
la lejanía
que ya acepto...
Y te digo sin miedo adiós...
Cortés Hidalgo
Sólo a ustedes
Sólo a ustedes
que han contado los minutos a mi lado
en los días de la estrella brillante
y también en las sombras de mi noche sombría,
les dejo mi palabra, por si hiciera falta.
Sólo a ustedes
pandilla de seres tocados
con la mágica varita del arte de la vida,
cómplices de noches de vino y de guitarras,
cofrades del buen decir en los versos libres o
cautivos de la cadencia de los justos metros,
los convoco a navegar a toda vela
y sepultar al mundo nuevo con sus letras,
proyectiles de la inteligencia y la sensibilidad.
Sólo a ustedes
amigos entrañables,
les dejo en prenda mi palabra
hasta que el conclave de la inmortalidad
arroje humo blanco
o el final de la jornada nos separe.
Lo que ocurra primero.
Álvaro Ancona
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Letras que se lanzan al viento
Hojas al viento que en vuelo presuroso,
caen secas pero nunca muertas, a un
suelo que las espera ansioso para
saciar su hambre, para que sean su alimento.
Las hojas de un árbol se parecen a las
hojas de mi cuaderno de poesías, cada vez
que una cae, es porque cumplió su ciclo vital
y ahora dará paso a otro, y será sustento y pasto.
Vivencias, experiencias aprendidas a lo largo
de una vida, escritas en hojas blancas, letras
que se vuelven poesía, y que se lanzan al viento
para que sean sustento de almas heridas.
Cada verso escrito es un grito dado en silencio,
cada poesía es un trazo de vida, una amalgama
de sentimientos, que se confunden con el lamento
del viento que las recoge y las guía.
Eso son las hojas, eso es la poesía, retazos de un
alma que se alimenta e intenta ser alimento para
otras almas. Una hoja escrita de emociones que nunca
muere, se queda y da paso a otra vivencia hecha poesía.
Al igual que las hojas del árbol sustentan la tierra
y hacen que esta siga llena de vida, de igual modo
hace la poesía, sosiega el espíritu, lo calma, lo alimenta
y luego cobra vida, siendo sustento de otras almas dolidas.
Nindya
(Todos los derechos reservados)
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Amor marchito
(dueto)
MC
Esta noche las estrellas
brillan con mayor fulgor
y mi corazón llora la pena
de ver morir nuestro amor.
LR
No llores por una pena,
guárdala en tu corazón,
que al final te hará fuerte,
aunque se muera el amor.
MC
Dime tú ¿Dónde fueron
los sueños que no vivimos?
¿En que rincón tan oscuro
se quedaron dormidos?
LR
Los sueños que no vivimos
se esconden dentro de uno,
se guardan cual cruel suplicio,
y un día se hacen humo.
MC
Como una rosa que se deshoja,
ajada y mustia,
en el silencio de las horas,
a mi alma la consume la angustia
LR
Màs si viviste un amor,
esa rosa se hará eterna,
guardada en algún rincón,
el alma la mantendrá tierna.
María Cristina Fervier-Luis Roberto
Monroy
Argentina - Guatemala
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Reservados todos los derechos de autor
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Quien puede
Quién puede amar sin volar????
Quién puede sentirse atrapado sin sentir???
Quién puede hacerse de la verdad divina, si no amó?
Quien puede decir lo que es el amor si no vió una estrella fugaz en el cielo de los tiempos???
Qué es el cielo estrellado si no lo sentís???
Qué es esta vida sin amor???
Qué esta vida sin súplicas???
Qué sos vos y qué soy yo sin las dulces cadenas del amor?
Qué es mi vida sin vos?
En la vanguardia de mis atardeceres y en la vigilia de mis amaneceres...
Te espero... con la luz de las candelas y con un horizonte lleno de risas...
Amor, te amo...
Luis Introna
Gotitas de vino
He destapado la botella de vino,
esa que guardé esperando tu regreso,
bebo sorbo a sorbo el elixir divino,
para perpetuar el sabor de tus besos…
Solo gotitas de nuestro vino
para mis labios sedientos,
reviven aquellos momentos
que unieron nuestro destino…
Tus manos toman mi cintura,
pegándome fuerte a tu cuerpo
para entregarme a la locura…
respirando el fuego de tu aliento.
Gotitas de vino sobre tu espalda,
semejando la miel para mi boca,
bebo de tu piel y siento la calma
que este sentimiento me provoca…
Termina la noche la luna se oculto
gotitas de vino en tu cuerpo dejé
un sorbo mas… el vino se acabo,
tu y yo somos… uno solo otra vez.
Fatima
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Reservados todos los derechos de autor
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Mondadientes
Con un poema voy sacando
pequeñas tiras de tí
antes de volver al trabajo.
Es lo de siempre el recuerdo:
versos y sangrar de encías.
Just Gafar
Buscando el modo
Estoy buscando el modo de poner en tu alma
la certeza profunda de aquello que yo siento.
Y a veces las palabras se ven deshilachadas
por tanto que han andado voceando su confianza.
Es por esto pretendo un camino distinto,
algo que me sorprenda al tiempo de pensarlo,
que aparezca relámpago y se apague suspiro,
que me acerque a tus labios cuando llegue a decirlo.
Estoy buscando el modo de desterrar lo incierto,
lo aciago, lo inconcluso,
para darle cabida al volar de las risas,
a las horas perdidas, a los sueños heridos
y quiero sean tus ojos, testigos de esa dicha;
hacerte timonel de cada alternativa,
recuperar contigo el valor de un te quiero
cuando para decirlo alcance una caricia.
Nestor
Y es lo opuesto V. S.
Nace el grito en la raíz del rústico ego
desfogando sus instintos de animal
demostrando que su estirpe es algo igual
cuando llena el corazón de sangre y fuego.
Vive el odio en la razón del hombre ciego
que se esfuerza por sangrar al ideal;
al sagrado sentimiento sin el mal
ese amor que con la paz, yo siembro y riego.
Voy rodando en los portales de las guerras
de una eterna y desigual revolución
en racimos de pandemias, por las tierras
donde el hombre se supone era el señor
para dar una tranquila evolución.
¡Y es lo opuesto, se convierte en destructor!
Carlos Alberto Gallnnet
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
La selva y sus ángeles
Los humedales del manglar
los altavoces sonoros de las selvas
las frondas verduzcas de los helechos
y al fondo
entre los sombrajes enramados
un ángel
Alas blanqueadas al viento
aura divina
voz pausada que entre cánticos
y vuelos rapaces
declama el veredicto que
han sentenciado en
silencio
los dioses
Un arquero cupido
dispara habilmente sus flechas
lanzándolas al cielo
dormido
sin apuntar amantes ni
víctimas
sin dejarles rastro ni huella
Ay
arcángeles alcanzados
por ese dardo que embriaga
se abrazan simultáneos mientras
se enamoran y crecen
suspirándose entre amores
muy relajados
Es Dios
ha venido alegre y furtivo
y nos ha
disparado….
Amémonos tranquilos
mientras los árboles extienden sus ramas
agregándole a sus copas
los nuestros nidos
Una trompeta se oye
lejana
…entre los albores románticos
y
los más
entreabiertos caminos…
Amor circundándose
selvático
atravesando las alas agrestes de
lo divino.
Rosa Iglesias
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Por siempre amor
No pienses en saldar cuentas oscuras,
amor de juventud, amor de siempre,
piensa más bien en ser como las limpias
aguas de la fuente umbría,
dejando penetrar en ti la luz.
No busques en el hígado del buey
las claves que descifran la existencia;
si busca el caminante recta senda,
sólo encuentra la nada indiferente.
Pero si entras en mí,
te dejaré pacer en mis recuerdos
y allí verás el aire limpio y puro,
verás el cielo claro y las montañas
de un azul luminoso en la distancia.
Verás que ya pasaron
los tiempos de sequías y tormentos,
tiempos de las espigas en los ojos,
de carne putrefacta en los pantanos,
de corazones rotos por los dientes
de fieros cancerberos del averno.
Verás que todo aquello ya pasó,
que se inunda de luz el porvenir
y el amor que te tengo y que me tienes,
será el ungüento que sane las heridas.
Amor, amor, amor, por siempre amor.
Felix Gala
Retazos de amor
Al envejecerte aquel día, ¿recuerdas?:
mohíno y flojo. Sólo un pilme...un pilme sólo
nublaba tu mente con el cante de raros albos.
¡Y encarnaste al bohemio ¡ay! te me fuiste todo!
Mas me empeño en salvar tu encanto
que tan mujeril me esencia:
tus palabras arias
tus abrasadas caricias
tus besos que, a mi carácter dejan alelos nutricios,
y tu mirar mago que devana cada hebra de mis ojos
en raudal de amor.
Nunca hubo retazos tan valiosos en la vida,
pues no son pétalos faralaes, ni alveolos sin respiro.
Son más que una corola sempiterna
de hilos de esponja de mares perlados
donde las fadas fabular solían.
Y son mis élitros muy más dúctiles con los que viajo
día y noche en tu busca.
Porque bien saben mis retazos burlar al tiempo retacero,
quitando las puntadas que cosen al crespón
¡para repetir fechas!
Más ahora que las mariposas de mis retazos hacen
su más nemoroso vals.
Si vieras cuántos primores en mi tez vierten,
sólo un cante….un cante sólo es la miel
tan de tus sépalos, como nupcial…!
Cual si fuera yo tal anfitriona en plena pascua vellorita!
Mariluz Fernández
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Olvídalo
Hace tiempo que decidí olvidarte,
no me digas ahora que me quieres,
sería mucho mejor que consideres
que nada tengo yo que pueda darte.
Que si te amé, eso ya es cosa aparte,
tu elegiste tu vida de placeres,
primero que el amor, lo que prefieres,
es cobrar vida mía, por acostarte.
Si un día regreso es porque te quiero
pero mejor sugiero que lo olvides ,
que si aún me subyugan tus caderas
y tengo ya montones de dinero
Ni loco habría de darte lo que pides,
¡jamás te pagaré por que me quieras!!
Urbano Vilchiz
Cuando te hayas ido
Cuando te hayas ido, se repetirá la noche en mi soledad. Ya no sabré dónde buscarte,
como antes y será más intensa la noche en mis ojos tristes. Tus pasos tomarán un
rumbo inusitado y agobiará mis ansias, al buscarte entre la gente, en las calles, en el
aire, en cualquier espacio, hasta encontrar una huella viva de tu ausencia.
Cuando te hayas ido, como la bruma en los días de verano, serás de nuevo una
presencia ignota bajo el sol de alguna tarde, que no será mi propia tarde. Lo único que
impedirá mis lágrimas, al sentir tu recuerdo arañando mi piel, será tu nombre
pronunciado hasta el cansancio en el silencio de mis intactos sueños.
Nada, entonces, menguará el olvido que habrá de llegar, ni el llanto triste, como lluvia
pasajera, que alivia mi esperanza contra el hastío, en ese rincón de las absurdas horas.
Pero si decides algún día regresar, hazlo sin el cúmulo de penas, ya las habré sufrido por
tí. Regresa sin ausencias que yo te esperaré en las estancias, habitadas aún, por nuestro
ayer.
Martha S. Velásquez V.
Sembrar el siglo
... en este septiembre de 2009, 4.00 de la mañana,
[sin perros, sin tráfico ni viento por los álamos]
la noche marcha con esa lentitud profunda
y sosegada en que suele arder
y quemarse el ser;
… el espíritu está aquí, la conciencia está aquí,
y el viejo tambor de fuego y miedo
ahuyentando sinos de calamidad;
… porque no, 2009 no es un año cualquiera,
- lastra, expande, pule, apremia -
y las siembras del siglo también están en él
con los surcos abiertos,
- esperando -
justo cuando de Norte a Sur y de Este a Oeste
el mundo es un relámpago,
un instante en alquiler, polen rojo,
lluvia viva y aire, aire, hondo y alto…
… en medio de la noche y de la crisis,
el reloj ha llegado a las 5.00 ¡ las 5.00 !
pero quién, quién vendrá a labrar las 6,00
si aún la tierra está sin luz, baldía;
pensad o repensad este apremio:
quién sembrará 2009 y con qué, con qué…
Eledendo
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
La huída
Drama (autobiográfico)
No me dio tiempo de hacer maletas, ni de pensar qué sería de mí después.
Tan sólo recuerdo que salí huyendo de allí para no morir en el intento.
Caminé por sitios andrajosos y llenos de espinas pero, cuando estaba
exhausta, pude encontrar un camino lleno de flores, de vida, y al fondo el
mundo que me esperaba con todas las luces prendidas. Fue entonces cuando
pude darme cuenta de que mis pies descalzos, pese al frío, ya no me dolían.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Hamelín Fantasía
La flautista de Hamelín encabeza descalza una muchedumbre de flores
dispuesta a acabar con una ciudad hipócrita y su sodomía de poder y ambición.
Holbein el Joven
48 Km. para empezar
(Fantasía autobiográfica)
–Llévame a conocer tierras lejanas – Le pedí a Centinela, mi fiel purasangre alazán.
–Mis patas son de madera me respondió –Pero vos comenzaréis por cruzar el Río de la
Plata y ya nada os detendrá
–¿Pero adonde iré sin vos, amigo mío?–
–En principio, solo seréis la doncella que emigró de un pueblito a la gran ciudad, pero
escuchando a la voz del corazón, conquistaréis el mundo mi lady. Al reino del Norte
llegaréis y yo siempre estaré a vuestro lado. Solo que ello, princesa, se halla a 10.195 km.
más… –
Danik Lammá
Diario íntimo
Drama
"Caminar por el campo, disfrutar de un embriagante aroma a flores silvestres. Otear en
la línea del horizonte la salida del sol sobre el mar. Danzar con mi vestido de flores y
dejarme atravesar por el viento" escribió Ana Frank en su cuaderno. Y lo tituló utopía.
Francisco Rapalo
LA VENTANA DE CLARA
Fantasía
Clara sueña, sueña todo el tiempo. Incluso cuando despierta sigue soñando que un día
no estaba en una silla de ruedas, que un día no se encontraba en un segundo piso sin
ascensor y que un día, en vez de la agorafobia, la dominaba el olor de los bailes del pueblo
y las flores marchitas con las que jugaba de niña.
Cada noche camina por la delgada vereda que une los prados de su pasado y las
llanuras de asfalto y descuento que dominan su presente.
jjcan
ANGEL CAIDO
Fantasía
Fue enviada para regalar esperanza, de cada paso dado flores portaban sus andantes,
dejadas las alas atrás se dirigió a la primera urbe encontrada adentrándose entera,
caminó por sus calles y el gentío.
Hoy, yace marchita junto a un carrito comercial.
Ramón María
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Ni una más
-¿Cómo se lo voy a decir?
¿Cómo decirle que perdí 10 € en el mercado?
Me gritará, me dará un bofetón, o peor aun, si ha estado con los
amigos, puede que me golpee hasta cansarse.
Por miedo a que los niños puedan presenciarlo, los he enviado a casa
de Martita, para que hagan los deberes y vean la tele, les he dicho que
no vengan hasta la hora de cenar.
Cuanto menos vean de lo que pasa, mejor.
El otro día Marquitos me dijo que la próxima vez que me pegara le
iba a tener que escuchar a él cuatro cosas. Y me temo que si lo ve, intervenga y resulte
dañado por su padre.
Ya me lo advirtió hace algún tiempo:
“Cómo se te ocurra poner a los niños en mi contra, te mato y los mato a ellos también y
luego prendo fuego a la casa. No lo olvides nunca.”
Lo cierto es que la culpa es mía, si no fuera tan despistada, si escuchara sus consejos,
si fuera capaz de mantener la boca cerrada y no le contestara, todo iría bien, porque yo sé
que él me quiere y que quiere lo mejor para su familia.
Yo, a él, le adoro y quisiera ser buena esposa, ya sé que me quejo mucho, con el
trabajo, la casa, los niños y todo lo que conlleva, y luego no le hago el caso que se
merece, no estoy atenta a sus deseos, a sus necesidades, pero es que no me da tiempo.
Besaría por donde pisa si me lo pidiera, pero este carácter mío siempre lo estropea
todo, no sé cómo lo hago pero siempre termino contradiciéndole.
Y sé que sin él yo no soy nadie, él no se cansa de repetirlo y mi madre está de acuerdo,
dice que gracias a sus atenciones hoy soy una mujer muy distinguida y puedo llevar a mis
hijos a buenos colegios y codearme con gente interesante.
Por eso, por mis hijos y por su vida, por su comodidad y sus amigos es por lo que no
me decido a abandonarle, no puedo hacer eso a mis hijos, no se lo merecen, se merecen
lo mejor y mi obligación es dárselo.
“Yo te he hecho cómo eres,- Me dice – cabal, digna, distinguida. Pero tienes un carácter
que me saca de quicio y sólo quiero corregírtelo para que seas la esposa perfecta y pueda
sentirme orgulloso delante de todo el mundo.”
Antes no era así. Bueno siempre fue un poco serio y no le gustaba que bromeara con
nuestros amigos. Decía que eso sólo lo hacían las putas y que su novia no era nada de
eso.
Recuerdo el día de nuestra boda, a él no le gusta bailar y me dijo que después del vals
se acabó, que no quería verme bailar con nadie, le contesté que mi padre tenía mucha
ilusión de bailar conmigo y contestó que dijera que me dolían los pies, pero que cómo no
le hiciera caso y bailara, me iba a enterar.
Lo malo comenzó en el viaje de novios. La última noche del crucero, hicieron una fiesta
y, en un momento dado, el showman pidió un cambio de parejas.
Yo me encontré emparejada con un joven alto y rubio muy atractivo.
De repente me tiraron fuertemente del brazo y recibí un bofetón en toda la cara.
Era mi marido y me estaba llamando de todo, nunca le había visto así, era un total
desconocido, yo, cómo en un sueño, me vi arrastrada del brazo por todo el salón y cuando
llegamos al camarote comenzó a golpearme sin piedad, diciendo que era una puta que
trataba de encandilar al joven rubio. Yo no podía ni hablar, me dijo que si lo que quería
era sexo, que él me daría mas de lo que cabía esperar.
Y me forzó, me forzó hasta la madrugada. Momento en el que caí en un sueño lleno de
terribles pesadillas.
Cuando me desperté, había sobre la mesilla un gran ramo de rosas, un suculento
desayuno y una tarjeta pidiendo perdón.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Eso ocurrió, ocurre, muchas veces, pero soy yo quien me lo busco, porque le provoco
desobedeciéndole, o con alguno de mis olvidos o despistes.
Cuando quise contárselo a mi madre, me tachó de loca, él, que era un hombre tan
educado, tan dulce, que amaba tanto a sus hijos y demostraba pasión por mí, yo estaba
mal de la cabeza y tenía que ir al psiquiatra.
A veces pienso en dejarle, pero recuerdo las expectativas de mis hijos, la buena
educación que están recibiendo, en el futuro que les espera, y renuncio a tomar la
decisión..
- Ahí suena la puerta! ¡Madre! Que no me golpee mucho, que aún tengo el cuerpo
morado de la última vez….
Después de aquel día en que me tuvieron que llevar al hospital porque me rompió tres
costillas y me partió una ceja y el tímpano del oído derecho, tomé la decisión de
denunciarle y pedí ayuda a un centro de mujeres…
Me dijeron que en ese momento, no había plazas para una mujer y dos niños que
intentara dejar a los niños en casa de algún familiar hasta que pudieran darles plaza.
Yo no quiero dejar a mis hijos en un sitio en el que pueda encontrarles, así que regresé
a mi casa.
Han pasado varios días y esta mañana llegó una citación del juzgado para él.
Tiemblo al pensar en su reacción cuando lo vea.
Él, un universitario públicamente reconocido, con una conducta intachable, siendo la
comidilla de su empresa, porque su mujer tiene el capricho de airear sus intimidades....
No, esto no me lo perdona en la vida.
Ya llega, no sé que puede pasar pero escribo esto para que alguien sepa cómo fue mi
vida al lado del hombre al que amo.
Nuda Ajila
El juicio
Puedo hablar señora juez, quiero decir unas palabras
si me juzgan por asesinato, soy culpable, yo lo maté,
hagan conmigo lo que tengan que hacer,
enciérreme en la mazmorra más solitaria,
nunca será peor que aquella casa infame
donde moría un poco cada mañana.
Yo amaba a ese hombre, vaya si lo amaba,
disculpaba los golpes y vejaciones
convencida que algún día cambiarÍa su actitud canalla,
pero en vez de remitir iban tornándose
mas y mas frecuentes las infamias,
intente dejarlo, intente iniciar una nueva etapa,
pero el, el, siempre venia llorando,
jurándome que era otro, que nunca mas volvería a las andadas
yo, pensando en los niños, lo aceptaba.
Pero aquel aciago día, al entrar en la casa
unas gotas de sangre desataron mi alarma,
corrí en busca los niños mi, corazón galopaba ,
los encontré en un rincón llorando, con la cabeza baja,
sus caritas de ángel macillas, por la violencia mas vil y despiadada
no se que me ocurrió entonces,
no recuerdo como llegué hasta donde el estaba,
hundí el cuchillo una y otra vez en su carne,
hasta que mis manos se empaparon con su savia.
No pido clemencia, pues no me arrepiento de nada
si ese hombre volviera cien veces a la vida
cien veces lo matara.
Conchi
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Mientras se desangra la rosa
He visto correr la sangre desde el florero
mientras las pupilas se anegaban de lágrimas
y tus manos contenían en cada hueco de tu pecho
el corazón herido por una espina clavada dentro.
Es hora de mirar los imposibles bajo la lupa de las verdades
mientras la ironía juega a ser perfecta pareja de una muerte.
Hoy no es la espina la que hiere y desangra la piel
sino el recuerdo vano de su proceder frustrante
y su paso ligero por cada poro envenenado
del recuerdo constante que aún no escapa por la puerta.
No, hoy no eres tu quien se desangra en esta escena.
Abiertas las heridas como pétalos en flor
solo queda dejar pasar las lágrimas por los bordes
como gotas frescas de rocío que se pierden en el suelo.
No, hoy no estoy yo en esa escena,
hoy solo queda una rosa abandonada,
un recordatorio quizás…
de la belleza que hoy se muere.
Y mientras la rosa se desangra…
yo no puedo evitar preguntarme
el tiempo que se ira antes de olvidarnos.
-Mientras se desangra la rosa-
Roman Vieira
Adivinanza
* * *
Un desafío a mi nieta
Lei Xiao.
* * *
Yo conocía dos hombres
tal vez de la misma edad
que se marcharon de aquí
antes de tú aterrizar
y meterte en nuestra vida
como un tifón tropical.
Ellos tenían los dos
un carácter especial
y de haberte conocido
te querrían adorar
como a los dioses se adora
cuando se aman de verdad.
Tenían el mismo nombre,
los dos se llamaban Juan,
y a los dos los quise mucho
antes de irse de acá,
también los seguí queriendo
cuando aquí no estaban ya.
El uno antes de irse
fue con toda autoridad
el papá de tu abuelito
y el otro antes de marchar.
con gran amor y ternura
fue abuelo de tu papá.
¿¿¿¿....????
JuanPablo
¿Quién cubrirá las cenizas?
¿Quién cubrirá las cenizas de aquel muerto que ya calla,
si a su voz la desterraron violando su libertad?
los lamentos arderán silenciosos en batalla
y en la fosa quedarán, huesos en la oscuridad.
¿Quién alzará la verdad en el quebranto del miedo
por aquella noche amarga del sol cromado en dolor?
lloran las luces de amor al amparo del olmedo,
por la voz del hombre recio que ignoró al acusador.
Su alma vive en el tiempo, yace su cuerpo en la tierra,
dormitando bajo el árbol que clama a todos los vientos,
testigo mudo el silencio, de aquella voz que se aferra,
pues el tirano no pudo matar todos sus alientos.
Florece la sangre al alba con ramilletes de olivo,
los relojes han marcado su palabra en el presente,
acunado en la verdad fluye su aliento furtivo,
pues renacen libertades sobre la vida consciente.
Mariona
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
B
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r
r
o
o
Blanco y negro son colores
los que abrigan nuestra piel,
y es a veces el pincel
que decora los amores.
El negro y blanco es color
que cubre corazón y alma,
y es la cualidad que ensalma
un mundo multicolor.
No desprecies su venero
por el tono de su faz,
y busca siempre la paz
para el hermano extranjero.
Del mundo somos viajeros
ya cayeron las fronteras,
y si diversas banderas
aún cubren nuestros hueros,
considerando primero
el matiz de nuestra raza,
este argumento no abraza
sentimiento verdadero.
¿Qué anula la diferencia
de la piel en el color?
¡¡Si entre dos existe amor
sírvanos la indiferencia!!
Roberto Santamaría
Gozosos cantemos al Niño
……….a Belém, pastores
A adorar al niño
Que ha nacido ya……
……………………….
(Popular)
Gozosos cantemos al niño
Que ha nacido en el pesebre.
Arropadle que no tenga frío
Y que no le moje la nieve.
María está muy contenta
Y José muy alegre.
……No hay pastor que no acuda
Aunque nada le lleve.
Todos cantan al niño
¡cuidado¡ que no despierte
Y el niño feliz sonríe
Mientras, cándido, duerme.
María está muy contenta
Y José muy alegre.
En el cielo brilla una estrella
Que conduce, desde Oriente,
Con sus pajes y sus camellos,
A los que adorarle vienen.
Le traen muchos regalos.
Le traen ricos presentes
María está muy contenta
Y José muy alegre.
Luis Cuevas López
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
El neurosiquiátrico sobre la calle Norte
Estaba yo hablándole con toda la vehemencia de mi razón; sin embargo
era inútil que tratara de persuadirle, que intentara convencerle de que
juntara sus fuerzas.
La lluvia caía con el juicio perdido y de un momento a otro podía
arrastrarla, como arrastra a su salvador quien, llevado por la corriente de
los jacintos de agua y de los remolinos, se está por ahogar.
No me hacía caso.
Y las aguas venían por ella.
Ya se habían desprendido algunas ramas del gomero; el espectáculo
que presentaba el firmamento, con los rayos precipitándose como los
caballos que se desbarrancan guiados por jinetes suicidas que profesan
otra fe, me llevaban a pensar en lo peor.
Hablé en lenguas.
Un relámpago con su estela de ozono iluminó varias veces el rostro cruzado por el espanto de la
desconocida mujer a quien intentaba socorrer.
Sin embargo, no hubo caso; sus manos se desprendieron débilmente de las mías y la corriente
la llevó...
A partir de ese día profeticé. Profeticé a menudo.
Y cuando profetizaba mi nuera me decía que no me hiciera. Apenas me ocurrían las profecías,
que me venían fáciles, ella, hija de su madre, se metía en la cocina a prepararme té de tilo caliente
que yo solía escupir.
Después de profetizar la llegada de los estorninos sobre nuestras cabezas, dicen que enfermé.
Mi esposo se negaba a firmar la orden para que me metieran en el neurosiquiátrico, sin
embargo, tanto insistieron, tanto fundamentaron, tanto se plantaron en la idea de la internación
mi hijo y mi nuera, que David se zafó de la situación con la siguiente frase: “Hagan los que les
parezca”. Y se fue a tomar sombra debajo de los cítricos, que era su manera de largar un profundo
suspiro y pensar en otro tema.
Y yo aquí estoy.
Francisco, el más nuevo de los internos, junta en un frasco de mayonesa hormigas rojas y
negras.
Tiene la mirada caliente, y se cuenta a sí mismo historias de cuando la mar estaba en zozobra y
las naves de bandera irlandesa pasaban dejando un flamear de gaviotas chilenas, y él se hallaba
dentro de un caracol, o sea, sin poder salir de sí mismo; tan maniatado estaba por las fuerzas de
las fieras marinas que le impedían hacer lo que su voluntad le mandaba, que en su derecho
enloquecía de impotencia.
El asilo está en calma.
Yo tomo el pedido de la gente que quiere ir al mar, a las costas marinas de Punta del Este, a los
acantilados del Atlántico; les prometo que en cuanto me alivie estaré en las playas salitrosas, y les
traeré los envases de los caracoles y las caracolas de las que se cuenta que tienen el perpetuo
rugido de las olas en su interior.
Aurora me pide una fotografía del atardecer sobre las olas, cuando los flamencos están ya lejos
y las aves cazadoras de peces empiezan a levantar vuelo.
En el fondo guarda la esperanza de que la lleve conmigo.
Matías no confía en que yo me vaya a curar porque los perros me tienen bronca, y esa es mala
señal.
No hablamos sino de irnos de este sitio las veces que estamos en mayoría, en el patio, y se
queda sola la enfermera, Ángela, cumpliendo su horario de guardia en la oficina azul. Ángela borda
para aplacar sus nervios erizados, y cuanto más nerviosa está, más rápidas y más hermosas le
salen las bufandas, las mantillas y las servilletas de las manos. Qué cosa, digo...
Los internos queremos irnos.
Pero las paredes son altas. Tienen el cuerpo de tres escaleras de albañil.
Pasa fresco y rápido el día aquí; las enfermeras nos dan la razón en todo, menos los médicos, y
en especial el Dr. Álvarez, que quiere, a punta de lapicera, que le diga toda la verdad, y la verdad
es lo que le vengo diciendo cientos de veces, de modo que no hay manera de entendernos. Y así,
no entendiéndonos, es como se va desgastando la relación, y para quebrarle el ánimo me quedo
muda cuando me pregunta cómo estoy, o qué comí; claro que si insiste un poco, un poquito más,
le doy conversación sobre mi amigo Pedro.
Pedro tiene una piedra lunar en el pequeño ropero de su habitación; por una confianza que no
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
le conviene (todo hombre tiene su precio) me cuenta que venderá por mil dólares la piedra
aquella, una vez que se encuentre libre; está convencido de que no se la voy a robar pues vengo
de una familia de bien y tengo miedo de sus puños.
Pedro dice que trabajó en un Observatorio; creo que no aprendió las revelaciones sagradas de
los gases, el ozono, el nitrógeno y las rocas y los satélites y los asteroides. Como toda la gente que
no sabe casi nada, que se cultiva sólo de suerte, es de querer explicar todo y de hablar mucho. Y
por esos enredos y nervios que tiene la conversación, soy yo quien termina explicándole que la
luna es un satélite del planeta Tierra, y le cito a Galileo, y él se queda observándome, enroscado,
con sus ojos de langosta.
Pero María, que me suele hablar de una tía de apellido Ál varez, que es condesa, miente, pues
en un momento dado te dice una cosa azul y después te cambia el color de la cosa, mezclando
todos los colores, de modo que no se sabe si habla en celeste, en rosado o en beige.
Yo le suelo decir: “A ver, cuéntame de cuando fuiste bailarina de gran reconocimiento público y
levantaste tu pollera para agasajar al presidente de la República en el teatro municipal”. Y ella, por
un cigarrillo me cuenta la historia, y la historia le va creciendo, creciendo, inflada por la mentira, y
tanto le va creciendo, que a veces le cuesta trabajo saber en dónde quedó cuando me venía
contando lo que me contaba; un sudor espeso le corre por la frente entonces, y con los ojos muy
abiertos me cuenta una historia diferente, pues se pierde en su propio relato, aunque yo finjo cara
de suspenso hasta que acabe de fumar.
Y luego se calla, y me observa, y yo le digo que me cuente de cuando se fue a rescatar los
cerdos de la granja del cura párroco que cayeron en el abismo. Y ella se pierde, se confunde, pero
le animo ofreciéndole otro cigarrillo, y entonces le viene un ah..., un claro pues..., un suspiro de
recordación a los labios, y me dice que les iba hablando con la autoridad del Nazareno a los
marranos, los cuales, trepando por el peñasco subieron, los treinta y tres que eran, y se metieron
en la granja para engordar, pues Dios manda que sus criaturas más amadas engorden. Yo le sigo
pasando cigarrillos para que me cuente a ritmo de bocanadas de humo historias por mí
inventadas. Pero una vez que ya no puede más se va, sin pedirme permiso, por los pasillos,
tosiendo.
Y riendo.
Picarona es la María.
Antonio a veces se cree tapia y por lo tanto, inofensivo. Suele quedarse allí, al lado de un
pescado gigante que pierde agua amarillenta por la gran boca de yeso; no hay manera de que se
mueva, porque no está en su juicio salir de sus costras húmedas, de aquellas hojas salvajes que
dan vueltas por su columna vertebral, mientras le caminan las hormigas culonas y una lagartija de
color verde y amarillo trepa por su cuello.
Él no me escucha. Y yo no hablo. Pero si hablo no sabe que digo lo mismo que dije ayer, y
anteayer, es decir hace mucho tiempo. ¿Y qué le digo? Pues que este es un lugar donde las
conversaciones son traídas y llevadas por el viento, que hay que hablar con mucho cuidado y
precaución porque he aquí que el soplo de los árboles, el soplo que de por sí es chismoso y tiende
a deformar, a difamar, cambia las buenas y juiciosas palabras por frases engañosas, por
conspiraciones y por planes de asesinato.
Ocurre que los internos nos encontramos peleando, a veces, y surge dando gritos, entonces,
alguien que me condena por haber conspirado contra su persona, y yo me encuentro en la
necesidad de decirle, de jurarle que no dije ni jota, para salvar mi vida.
Sin embargo, en honor a la verdad, hay que decir que la gente de este asilo no pasa de los
enojos.
En el fondo nos queremos. Y cuando alguien se va, llevado por sus parientes, le deseamos la
mejor de las suertes allá, afuera, que es donde realmente la Tierra da vueltas sobre su eje.
También le pedimos que nos envíe misivas.
Mas esas cartas nunca llegan.
Un sola vez, un interno, que nos caía en gracia porque era tartamudo, nos escribió una carta a
cada uno de los que quedamos adentro cuando él partió. Decía, contaba grandes calamidades y
bellezas del mundo, como que la gente se había convertido a la religión cósmica. Y bueno, una
noticia así, redonda, que no se sabe por qué lado tomarla, pero que instala en la voluntad de los
desafortunados un ánimo de pasar a ser parte de una orden misteriosa, para convertirnos - por fin
- en objeto de curiosidad y envidia, entusiasmó a algunos internos, que también deseaban formar
parte del movimiento cósmico.
Miguel, el bizco, hombre de fumar cigarrillos de los fuertes, y Juan y Pedro, que usaban
corpiños puntiagudos debajo de sus camisas, y se pintaban los labios con coloretes liláceos sin que
a nadie importara un bledo, se metieron a andar desnudos por los pabellones del asilo al caer el
atardecer. Tan extraña y gravemente les cayó la religión contra natura.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Hay una luz siempre prendida en la dirección. El nuevo director nunca duerme, dicen. Nos
conoce a todos. Eso también dicen.
El doctor Velazco Quintanilla es delgado, casi liso, visto de costado, usa anteojos oscuros, y
anda generalmente relajado por los pasillos; a fin de año irá a Europa y vendrá una mujer en su
reemplazo.
Lo noté preocupado la última vez que conversamos.
Me miró fijamente, pero le iban pasando de largo por los ojos las historias que le contaba; le
hablé de los bichos, o como sea que se llamen. Y le dije así: “Esos microbios con luz propia que
suelo guardar en mi cajón, algún día, antes de abandonar este sitio, se los dejaré a Magdalena,
pues ella nunca ha tenido marido, ni hijo, ni sobrino, ni hormiga que le pertenezcan”.
Distraídamente me escuchaba. En verdad no me escuchaba cuando le advertía que ya eran
muchos los microbios en mi gaveta, y que yo igual les daba de beber de mi sangre para que se
alimentaran, sin importarme que mañana pudieran ser más y la debilidad me dejara muerta o
dormida sobre el camastro.
- No corre riesgo de morir - me dijo sin decirme, pues su voz como venida desde afuera.
Los microbios se me pegaron por culpa de algún interno. Tienen alas pequeñas y frágiles, pero
no son mariposas. A menudo me causan impresión a pesar de conocerlos tanto ya. Mi
imposibilidad de describirlos me suele poner en aprieto ante el Director, que me pregunta por
ellos, por la forma de sus antenas y de sus ojos, y anota cosas en una hoja.
Pero el caso es que un día me harté.
Y entendí que debía apartarlos - definitivamente - de mi existencia.
Eché llaves al cajón después de haberlo fumigado. Pero noche tras noche vienen, con sus luces
de luciérnagas hasta mí. Estos microbios no se eliminan lanzándoles un perro. El mundo sería fácil
si nos sacáramos de encima a las plagas con los ladridos.
A veces llamo a gritos a la enfermera.
Y ella viene y me dice que los bichos ya se están yendo por donde vinieron, y me pasa una
píldora azulina.
Hago amistad, en los últimos tiempos, con Adelaida. Ella es sana, como me dice bajo
juramento, pero los parientes no se lo creen, o prefieren no creerla, como ocurre la mayoría de las
veces con los internos.
Cuando aparecen las visitas, los días lunes y miércoles, las mellizas Juana y Amparo, que están
locas de atar, se quedan sentadas en la sala de espera, y huelen a lavanda, que es como oler a
salud, o higiene, y ponen su intención de obedecer a cualquier orden de su madre, y así, para
mostrar que no está en ellas la rebelión propia de quienes han perdido la cabeza, aceptan los
consejos de su preceptora que les dice que no salten el desayuno, ni el almuerzo, ni la merienda,
ni nada. La madre les dice que están de pasada nomás en este sitio, que es una institución donde
se enseña buenos modales a las chicas de la alta sociedad. Y ellas, alentadas, comen
aseadamente los alfajores y los bizcochuelos.
Se quedan mirando nomás el techo, y sus ropas limpias hechas con tela de tafetán las
mantienen estáticas, pues no, ni modo que se larguen a jugar con la tierra haciendo figuras de
relojes con el lodo, y ni modo que repitan la hazaña de ir, como cuando eran niñas, a buscar un
tordecillo para volver con las prendas de vestir llenas de abrojos a la medianoche.
Yo estoy curada, pero en mi casa están enfermos.
Empecemos por el tío Matías.
¿A qué venía a la biblioteca ? Se sentaba sobre el sillón de mimbre, aspiraba el olor de
humedad de la sala como un perro, mantenía inclinada su cabeza durante una hora, y salía
después de leer el libro de las muchas revisiones a gritar que el fin del mundo estaba cerca.
Mi tía Angélica solía largar un suspiro cuando eso ocurría.
Había que encerrarlo.
Pero a la tarde, cuando las gallinas venían al corral, y cloqueaban, él se largaba a charlar como
hombre sano, y sano y lúcido para las matemáticas, le pasaba a la tía los billetes de más de tres
ceros, y ella iba contenta al mercado, mientras el tío Matías me largaba recomendaciones sobre
mis propósitos para que me fuera bien en la vida.
Y lo que se llama irme bien en la vida, no me iba mal, hasta que él, precisamente él, que tenía
delirios de profeta, y que calumniaba contra los sacerdotes católicos, me dijo que debía dejar mis
nervios en reposo, y me dio la receta de un baño frío en una tinaja de tilo fermentado.
Mucha fermentación y ningún resultado.
Pero ya no quiero recordar aquel capítulo de mi existencia pues el disgusto me viene, y no
tengo un pucho a mano.
En esta casa de enfermos no todos están enfermos.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Hay quienes dicen que se van a fugar.
Pero no es fácil fugarse porque el mismo cielo estrellado de la noche es como una alambrada
eléctrica que frena la osadía de los dispuestos a fugarse. Las descargas de luz de las estrellas y de
los luceros caen sobre sus formas que parecen grandes pájaros nocturnos, y al rato se escucha la
voz del cuidador en el megáfono pidiendo refuerzo pues las aves están por salir del corral.
Y al instante caen sobre ellos los enfermeros, pero suele haber algún interno que tiene suerte, y
que levanta el vuelo, el raudo vuelo de un gran pájaro nocturno, y va a parar del otro lado del
muro, que es donde comienza la dimensión de la libertad, pero también están los acarreadores de
botellas y latas y desperdicios que dan la voz de alerta al verlos, y atraen la atención de los
borrachines del bar de la cuadra. Ellos, bebidos como están, no pueden sentirse más felices
sujetando a un prófugo, y así, arrastrándolos de los brazos y de las piernas, borrachos como una
cuba, traen al infeliz de regreso al hospicio.
De esta cosas me entero al día siguiente.
Estoy cansada.
Muy cansada....
Yo también me quiero fugar.
Delfina Acosta
Noche clara
Cerraste los ojos a la noche clara,
asfixiando tu cielo de temores del alma,
cuanto tiempo perdido
esperando hacer perfecto tu nido,
cuanto tiempo derrochado
por tus miedos ahogados,
pasó el amor,
pasó la dicha,
y la soledad se apodera de la vida.
Cerraste los ojos a la noche clara,
vaciando tu alcoba
de pasiones calladas.
Lidia Prado
Tan Distante
¿Por qué no te mueves, por qué no hablas?
¿es que no tienes nada que decir?
Con todo lo que esta cayendo.
¿No ves que te pisamos,
que tropezamos contigo?
¿por qué no te apartas del camino?
siempre tan dura, tan fría, tan distante.
No te entiendo, nunca te entenderé
ahí plantada, nada te afecta,
ni el viento te desplaza.
El calor te pasa por encima,
ni la lluvia te corrompe
y cuando la nieve te cae,
tú ni te sobresaltas,
no sonríes, tampoco lloras
ni siquiera sufres.
Sólo el fuego es capaz de hacer que cambies de color
estás tan sola, tan distante
tan sempiterna, que yo pobre mortal
casi te envidio.
Pero no quisiera ser lo que tú eres,
siento porque estoy vivo
me duele el corazón porque amo,
sufro porque las muerte me afecta,
hasta la tuya, si es que puedes morir.
Dime piedra, ¿que sientes cuando te hablo?
Julian Lopez
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Amor
Vivo esperándote.
Cada noche de luna
te busco alucinada;
y en las cuerdas sonoras
de lejana guitarra,
me parece que escucho
el rumor de tu voz.
Vivo esperando siempre
el roce de tus pasos
o la canción aquella
que era de los dos.
Espero y desespero
porque se va la vida,
en estas noches largas
de negra oscuridad.
Vivo esperando
con el oído atento,
como una colegiala
que está aprendiendo a amar.
No encuentro tu mirada
ni tus manos ansiosas;
se perdió la tibieza
entre el frío invernal.
Vivo, espero y muero.
Sufro y lloro sin verte
y no te espero más,
porque tu ingrata muerte
¡me libró de esperar!
Eloína Hernández Pérez
Del libro: “Amor desesperado”
En el umbral del tiempo
En
el umbral del tiempo
cinco
fantasmas
tocan
la puerta de mi memoria
un
ángel les abre
y
les pregunta
- qué quieren
- entrar
el
ángel los mira
y
en silencio
vuelve
a cerrar la puerta
mientras
murmura
para
sus adentros
- pobrecitos
ignoran
que ya no hay espacio
para
más recuerdos
Domingo Acevedo
Un certero disparo
Apuntando hacia tu cuerpo
está mi fusil bien cargado,
y de un disparo certero
hoy morirás en mis brazos.
Fija en mis ojos tu vista
mientras te apunta este caño,
mantente receptiva y lista
a este certero disparo.
El tiro no te dolerá,
tranquila, no te hará daño,
mis balas no son metal,
son de un amor consumado.
Mi esencia será tu elixir
como un veneno sagrado.
El impacto te hará gemir
y dará justo en el blanco.
Mañana despertarás
cobijada en mi regazo,
y el placer revivirás
deseando incruento disparo.
Lista está la ejecución.
Acepta en ti mi disparo.
Pon en este acto el corazón.
Te sentirás bien hembra y yo, macho.
Copyright Rubén Sada 2006-2009
Pertenece a mi segundo libro de poesías eróticas
"SENSUALMENTE ATRACTIVA"
- 04-08-2007 -
©Todos los derechos registrados por Rubén Sada.
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Una Navidad
Hoy saqué un cuento de esa mochila de recuerdos que trataré de contarles.
Viendo mis nietos y algunos otros niños que ya están pidiendo tantas cosas para
esta navidad y además tienen tantos juguetes y pistas de carreras y todo lo
cibernético que puedan imaginar y nunca están conformes.
Recordé esa navidad mis tres hijos pequeños Cristina, José Luis Y Héctor, yo
trabajaba sin descanso. Pero esperar la navidad era hermoso, preparar el árbol y el
pesebre, juntábamos piedritas, cada uno haría su parte, colgaríamos los adornos.
Yo hacía pan dulce, un banquete para nosotros cinco, les confeccionaba la ropa
que estrenarían ese día, juguetes baratos serían los regalos.
Una noche que yo disfrazaba con el amor y esa alegría que aún tengo, ellos
estaban radiantes con sus estrellitas chispeantes y sus caritas felices.
Cuando estábamos cenando se largó una tormenta, lluvia, vientos y se cortó la
luz; mis niños apenados por tanto preparativo y después de haber trabajado tanto.
-Bueno les dije nadie se muere cariño- prendimos velas, mi marido después de la
cena se fue a dormir. La tormenta seguía con todas sus fuerzas, los ojos de mis
niños me miraban esperando una respuesta y yo no tardé en darla, -Miren cariños
cuando llegó el niño Jesús no había luz y la Virgen María y San José habían
caminado tanto que tenían sus pies lastimados, nadie abrió su puerta para que
María pudiese tener su hijo sólo un pesebre donde dormitaban vacas y ovejas los
cobijó y fue cuna para el niño Jesús.
Y miren cuánto tenemos nosotros, tomé esos libros de canciones y nos pusimos
a cantar los cuatro, a las doce fuimos corriendo al árbol a recoger los regalos, yo
siempre me encargué de eso, estaba el que compré para mi esposo y los regalos
para ellos. José Luis me preguntó -¿Y el tuyo mami?- uuuff! ¡No quise llorar
Nos metimos los cuatro en la cama grande y cantamos hasta el amanecer aún
no regresaba la luz, el sol se filtró por el ventanal, estábamos abrazados. ¡Eran tan
chicos! Ese día fue la mejor navidad que recordamos única, nuestra.
Hace unos años José Luis me pidió que escribiera un cuento y lo escribí.
Recordamos juntos con que poco éramos felices y él me contesto –No, ¡Con
cuánto!
Nunca volverá esa noche abrazados a vos, esperando a Jesús cabíamos los tres
en tus brazos mama-
Alicia Moreno
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La Nochebuena
Dicen que se durmió un niño
antes de la Noche Buena,
y que al despertar la mañana
su carita relucía entera,
su sonrisa se extendía
como se extienden las estrellas,
y sus ojos parecían
dos luceros entre ellas,
pues nació el mismo día
que Jesús en esa aldea,
donde llegaron los Reyes
en busca de buena nueva,
y hoy en esta cuna,
después de la Noche Buena,
se duerme mi niño,
y a Jesús, María lo vela.
Olga San Isidro
La Navidad
Destellos
de sol
sobre el
jardín,
hicieron
brotar
los alegres
colores
de la Navidad.
Apacibles
nidos de pajaritos
en las finas
ramas
de rocío,
recuerdan
el nacimiento
del Niño Dios.
En el cielo
resplandece
la estrella
que guía
los caminos.
La Navidad
es la época
de vientos
perfumados
ante el esplendor
eterno
de la vida.
Eliseo Valverde Monge
Brindis de Navidad
Y volamos colgados a una nube,
rayados con grafitos al aire matutino
juntamos nuestras manos el agua de la lluvia
mojada agua bendita a tus labios
enchapados ensueños con luces y bengalas
son fiestas navideñas colmadas de saudades
el tiempo ha reducido en seres idos,
mesa de noche buena se habrá achicado un tanto
este año, serán muchos brindis mirando arriba,
Habran tambien nietos.que agrandan la familia,
multimplicando genes que nos entregó Dios,
ya vemos caras nuevas colgándose a sus diestras,
estaba pesimista, pero miren, ¡cundió la familia!
Más hagamos un brindis, con Jesús a nuestro lado,
compartiendo la mesa con nuevos invitados…..
ojalá se acoplen niños de la esquina
cansados tender manos en pos de una limosna;
brindemos por el Niño que llegó hace milenios.
También habrá un brindis especial por amigos del Foro,
que estaremos unidos por pastel de poesías,
amigos de lejanas tierras, cercanos de amistad,
a las doce de la noche, nos tomaremos de la mano
haciendo una cadena de amor y hermandad. ¡salud !
Ernesto Würth
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Feliz Navidad a todos los poetas
Amigos,
chocheras,
compañeros,
compañeras...
Feliz navidad, felices fiestas.
No, no me lo digan.
Sé que el mundo es una fiera
que nos carcome el alma
y nos brinda tristeza.
Y eso también es navidad...
Pero una navidad negra.
Y la navidad, es navidad,
así sea lo que sea.
Amigos,
chocheras,
compañeros,
compañeras.
No dejemos de ser niños
que eso sí me da tristeza.
Navidad es de los pequeños
y yo lo soy.
Si se pierde la esperanza...
La navidad ya murió.
Si pudiera brindarles un abrazo,
una copa, y mi verso.
Sabrían de qué les hablo...
Yo no les miento.
¡Feliz navidad, y un abrazo fraterno!
Soy un simple hombre,
que no oculta sus sentimientos.
¡Feliz navidad!!
carlos_tavara
Llegarán con las campanas
Al caer de las doce
comenzarán a sonar las
campanas
despertando un amor
por conquistar,
en un tiempo nuevo
que renace.
Caerán las heridas
como pétalos marchitos
y la esperanza en flores nuevas
se abrirá, desplegando su
fragancia.
Latirá el corazón
al compás de las campanas
recordando amores
viejos que hoy no están
y que aún siguen
vivos al ritmo del latir
con ganas de seguir.
Y también llegarán
con ellas,
los rostros nuevos
que formaran
parte del camino en
el vivir.
y seguiré dejándome
asombrar con mi inocencia
viva.
Y voy dando por
saldado
hasta ahora lo vivido,
nada debo, nada, me
queda por cobrar,
solo abrir el
corazón a un tiempo nuevo
dejando que se llene,
de ternuras nuevas
por compartir.
Civetta
Vamos a Belén
Escucha el sonajero
que traen las palomitas
es mucho el bullanguero
¡Son lindas campanitas!
Se empina Tortolito
se mueve muy joropo
cabalga despacito
¡Qué alegre yo galopo!
Cabalga mi borrico
camino del edén
siguiendo el villancico
¡Que suena allá en Belén!
(estribillo)
Belén, Belén, Belén
ha nacido el niño rey
Mariluz Reyes Fernández
Derechos Reservados
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
En la distancia Feliz Navidad a todos
Aunque todos unidos nos sintamos
brindando con champan en Navidad,
por todos pediré felicidad
sintiendo que juntos lo celebramos.
Juntando la distancia en la que estamos
compartiendo el turrón con amistad,
sintiendo por siempre serenidad
en estas fiestas que de nuevo entramos.
Cantaremos villancicos contentos
oraremos al niño celestial,
sentirá todos nuestros sentimientos
nos dará con amor angelical
un beso transportado por los vientos
de las alas del ángel del portal.
Carmen Gutiérrez Tamayo
Navidad
Sólo el viento del otoño
acarician nuestros huesos,
mas cuando me visto de navidad,
santa esta varado entre la eternidad y el tiempo.
Y no se por qué cuando recorro
toda la soledad de estos labios,
hambre y muerte se ciñen en el horizonte
de algunas ciudades pobladas de duendes y fantasmas.
Solo en nuestros sueños hay senderos sin transitar,
luciérnagas batallando en este mundo de luz artificial,
surcando latitudes para abortar
amores en estado de intoxicación,
más cuando de la tierra aflora una estrella,
canciones y villancicos para quien pretendió
mutilar la navidad.
Fausto Aybar
Melodías lejanas
Qué fuerza tan extraña
qué hondas ternuras
tienen estas melodías,
se me habían perdido,
las tenía olvidadas.
Más aparecieron de pronto,
esplendorosas,
como cien soles
surgidos de la nada.
Palabras de poetas
que calan muy hondo,
estremecen, arrullan, lloras!!!
y poco a poco te abrasas.
Es como un veneno que atrapa
y se adueña del cuerpo y el alma,
arco iris melodioso
que esparce en el aire
cascadas de plata.
Traspasa océanos,
me llama………….
en mi regazo la acojo,
la escondo………….
que no me la robe nadie.
Son melodías de tierras lejanas,
tierras que mis pies no han pisado,
Latinoamérica!!
de ti me han hablado
tus poetas, tus músicas.
En mi alma se han quedado prendidas,
despertando recuerdos dormidos,
como mares de espuma
en mi noche callada y sin luna.
Montserrat Torra
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Sabor Artístico, la Revista - Nº 17 - Diciembre, 2009
Martha Velásquez V.
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Difusión
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a, nos invita a
participar de sus programas televisivos vía internet:
http://arteycultura.serveftp.com/arteycultura/ForoTV.htm
Enviar poemas, cuentos, narraciones, videos, canciones o poemas recitados a la
dirección:
Y quien quiera enviar libro en papel para promocionar en el programa, que también envíe
un correo para darle la dirección, y en cada programa leer de él.
2) - Nuestro compañero
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. participa como colaborador en la emisora de
radio
http://www.loscheros.com/
Los dos programas se emiten los sábados, con el siguiente horario y conducidos por:
- de 2 a 4 horas de Hermosillo,
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Aguirre, cronista de la ciudad de Hermosillo)
- y de 8 a 10 horas de la noche de Hermosillo,
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o y también los sábados
(Titular del programa Poeta Miguel Angel Bonillas B.)
Deseamos que sea de vuestro interés.
3) - Os comunicamos que la revista
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" ha publicado su número 6. En ella trabaja
nuestro compañero
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a en calidad de encargado-colaborador del espacio
cultural así como en el área de comercialización.
4) -
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o ya cuenta con su propio programa en
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I, por Internet.
Quiero pedirles a todos su colaboración. Aquellos que tengan sus poemas recitados en
MP3 o en formato wav y quieran que se emita en el programa, enviénlos al correo:
Los martes emitiremos de 14:00UTC a 17:00UTC.
Los viernes de 21:00UTC a 23:00UTC.
Los domingos de 00:00UTC a 02:00UTC.
Estos son algunos de los husos más frecuentes:
* España/Madrid: UTC+1
* Argentina/Buenos Aires: UTC-3
* Chile/Santiago: UTC-3
* República Dominicana: UTC-4
* Venezuela: UTC-4:30
* Perú: UTC-5
* México/México: UTC-6
* México/Pacífico: UTC-7
Éste es el link de la radio y pueden conectarse en el chat:
http://chicosdelsigloxxi.com.ar/
La primera sección está conducida por
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e, y la segunda por
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Los esperamos y envíen sus aportaciones de poemas recitados.
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Comparto una anécdota contada por el teólogo brasileño Leonardo Boff.
Narra un breve diálogo que tuvo con el sabio budista Dalai Lama. Sin desperdicio.
"En el intervalo de una mesa redonda sobre religión y paz entre los pueblos, en la cual ambos
(yo y el Dalai Lama) participábamos, yo, maliciosamente, mas también
con interés teológico, le pregunte en mi inglés defectuoso:
- "Santidad, cúal es la mejor religión?"
(Your holiness, what`s the best religion?)
Esperaba que dijera: "El budismo tibetano" o las religiones orientales,
mucho más antiguas que el cristianismo…"
El Dalai Lama hizo una pequeña pausa, sonrió,
me miró fijamente a los ojos - lo que me desconcertó un poco porque yo sabía la malicia
contenida en la pregunta - y afirmó:
"La mejor religión es la que te aproxima más a Dios, al Infinito".
Es aquella que te hace mejor."
Para salir de la perplejidad delante de tan sabia respuesta, pregunté:
- "Qué es lo que me hace mejor?"
El respondió:
- "Aquello que te hace más compasivo, más sensible, más desapegado, más amoroso, más
humanitario, más responsable, más ético... La religión que consiga hacer eso de ti es la mejor
religión."
Callé, maravillado, y hasta los días de hoy estoy
rumiando su respuesta sabia e irrefutable...
No interesa amigo tu religión o si tienes o no tienes religión.
Lo que realmente importa es tu conducta delante de tu semejante, de tu familia, de tu trabajo, de
tu comunidad, delante del mundo...
Recordemos: "El Universo es el eco de nuestras acciones y nuestros pensamientos".
La Ley de Acción y Reacción no es exclusiva de la Física.
Es también de las relaciones humanas.
Si yo actúo con el bien, recibiré el bien.
Si actúo con el mal, recibiré el mal. Aquello que nuestros abuelos nos dijeron es la más pura
verdad: "tendrás siempre el doble de aquello que deseares a los otros".
Ser feliz no es cuestión de destino.
Es cuestión de elección.
Nelson Guizzo.
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Comenzamos nuestro ENCUENTRO, dando las gracias a la poetisa MARILUZ por
aceptar esta invitación. Bienvenida y cuéntanos un poco sobre ti… Mientras
conversamos…¿Qué te parece si escuchamos algo de música? ¿Tienes algún tipo de
música que prefieras?...
La música de Venezuela, ejemplo Mario Suárez
-Como venezolana te doy las gracias por preferir la música de mi tierra bendita. Y,
mientras conversamos te invito a escuchar "Madrugada Llanera" en la voz de Don Mario
Suárez acompañado por el maestroJuan Vicente Torrealba. ¿Puedes decirnos tu nombre y
apellidos?
Mariluz Reyes Fernández
-¿Dónde naciste?
Nací en el municipio Frank país Provincia Holguín Cuba
-¿De que país nos escribes?
Te escribo desde España
-¿Qué ha significado para Mariluz emigrar?
Es muy duro para todo emigrante alejarse de la tierra que lo vio nacer y en mi caso ha sido como
arrancar un pedacito de mi corazón. Porque mis raíces siempre vibran en cada amanecer cargadas
de añoranzas cubanas.
-¿Qué has encontrado en tu nueva patria?
España me supo acoger en su seno con cariño y bondad. Es un pueblo hospitalario que abriga a
muchos emigrantes de todas las partes del mundo. Aquí se respira aire de democracia y libertad,
cosas de la que estaba despojada en mi país donde impera una dictadura con medio siglo de arraigo.
-¿Qué es lo que mas te gusta de España?
Su gente, su cultura, su democracia. La cultura de España tiene mucha afinidad con la cultura
cubana. Y eso se manifiesta en la lengua, la música, la moda, en el sentido del humor, hasta en los
refranes.
-¿Qué es lo que más te gusta de tu tierra natal Cuba y qué es lo que más extrañas de
ella?
Lo que más me gusta de Cuba es su gente amable y hospitalaria (igual que España).
Y lo que más extraño es el guateque campesino al arrullo de las palmas.
-¿Qué te llevaste de Cuba y que dejaste allá?
El que se va de Cuba no se puede llevar nada material. Lo único que me llevé fue el amor y el
espíritu optimista de mi pueblo, con la fe de que siempre podemos avanzar con pasos firmes hacia el
progreso, porque el que persevera triunfa.
-¿A qué te dedicas laboralmente?
No trabajo fuera de la casa. En Cuba trabajé 24 años.
-¿Soltera, casada, enamorada?
Divorciada.
-Sabemos que tienes hijos ¿Nos hablas de ellos?
Tengo dos hijos varones de 31 y 37 años. Es todo lo que tengo en la vida, para mi representan mi
propia vida. Por ellos vivo. Son un encanto, muy trabajadores. Mi hijo mayor es escultor por cuenta
propia, además de trabajar en otras cosas fuera de casa, vive en Bélgica. El menor vive conmigo y
trabaja también.
-¿Cómo es Mariluz madre?
Creo ser buena madre. He tendio que hacer sacrificios en mi vida personal para sacar adelante a
mis hijos y no me pesa. El amor más grande que existe es el amor filial, (de la madre al hijo, y
viceversa). Sería capaz de dar mi propia vida por mis hijos.
-¿Y Mariluz poetisa?
Soy una poetisa mediocre, que va dando traspié por los caminos del verso. Y cuando me caigo me
levanto, porque soy muy fuerte de espíritu, también de carácter, nunca me doblego ante las
dificultades. Pienso que siempre se puede un poco más. Lo que escribo lo hago con mucho amor y
siempre tratando de dar lo mejor de sí en cada letra mía.
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-¿Desde cuando escribes poemas?
Escribo poemas desde que me inicié a trabajar como maestra primaria a la edad de 15 años.
Recuerdo que por ser menor de edad no querían darme empleo. Por tal motivo mi primer año de
trabajo como maestra primaria lo desempeñé de forma voluntaria (ayudando a otra maestra amiga)
sin recibir salario. Esta amiga me daba algo de su salario. Fue en esta ocasión que brota en mi la
llama por la poesía y la literatura en general. Aquí me mantuve trabajando durante 12 años donde
llegué a graduarme. Más tarde ingresé al Ministerio del Interior ocupando el cargo de Oficial de
Prevención de Menores. Tanto un oficio como el otro me dieron la oportunidad de soltar las riendas a
mi vocación de escritora.
-¿Recuerdas el primer poema que escribiste? ¿Cómo lo titulaste?
(Lo escribí para mis alumnos de primer grado)
EL CUENTO DE GATOMOSO
Ayer me sentí apenado
al ver un gato en la vía
su carita me decía:
“¡De la casa me han echado!”
Lo cogí con gran ternura
le di pan con mantequilla
luego se subió en la silla
y bailaba con soltura.
Fue su debut tan gracioso
que se alborotó la gente
y se lo llevó un gerente
a trabajar con el oso.
Que gato más talentoso,
quien me oiga no se asombre
al circo le dio su nombre,
¡Se llama el Gran Gatomoso!
Su audacia en la cuerda floja,
malabares y trapecios
muy alto llevó los precios.
¡Sépalo por si te antoja!
Su fama alcanzó tal grado
que se disparó la venta
del periódico que cuenta
la historia que te he contado.
Cuéntame sobre tus gatos,
otro buscan en la pista
que le guste ser artista
bien vestido y con zapatos
-¿Cuántos poemas has escrito…Lo sabes?
Poemas infantiles 41
Poemas de adultos 125
Cuentos cortos 6
Cuentos largos 4
-¿Tienes alguna publicación en tu haber?
Mis libros de cuentos y poesías aparecen publicados de forma virtual en los foros por internet y en:
http://stores.lulu.com/gladiolo54
Estos son los títulos:
*EL UROGALLO CANTOR
*LA CARA LINDA Y LA CARA FEA
*ELLOS TAMBIEN SON NUESTROS AMIGOS
*EL ALMA NUNCA CALLA
*CASCABEL
*ENTRE OLAS Y ABRAZOS
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-¿Qué poetas son tus favoritos a la hora de leer y cuáles han sido tu escuela?
José Martí, Gustavo Adolfo Becker, César Vallejo, Pablo Neruda, Rubén Darío, Miguel Hernández,
Juan Ramón Jiménez, Gertrudis Gómez de Avellaneda, Rosalía de Castro, Grabiela Mistral.,
Rabindranath Tagore, Antonio Machado, Federico G. Lorca, entre otros...
-¿Tienes un poema en especial preferido de algún poeta famoso?
De José Martí: UNA COPA CON ALAS.
-¿Me recomendarías un libro? Si es así…¿Cuál?
RIMAS Y LEYENDAS de Gustavo Adolfo Becker.
-¿Cuál fue el último libro que leíste?
EL RAYO QUE NO CESA: De Miguel Hernández
-¿Qué te inspira y que te lleva a escribir ?
La literatura, como todas las artes facilita la forma de expresar tus emociones, sentimientos,
ideas…es una buena forma de interlocución con el mundo que te rodea. No sólo dar, sino también
recibir el talento poético y literario de otros autores. Y en eso me siento responsabilizada a trasmitir
siempre patrones de conductas positivos que ayuden a formar el hombre del futuro, sobre los
principios de la ética y humanismo.
-¿Se estudia para ser poeta o se nace siendo poeta?
Hay dos formas de ser poeta:
El que nace con el don de poeta
El que estudia para poeta.
Existen escuelas de poesía, donde los estudiantes alcanzan el título de poeta y son tan buenos
como los poetas de nacimiento.
-¿Piensas que deben seguirse las reglas a la hora de escribir poesía?
La poesía rimada tiene su técnica y con eso hay que cumplir para lograr un buen trabajo. Cuando
se logra una poesía rimada con todos los ingredientes que eso lleva, podemos decir que estamos en
presencia de un diamante engastado en una corona. Además, tanto la poesía rimada como los versos
libres requieren de un lenguaje lírico, sublime, que lo aleja del lenguaje prosaico que se usa por
ejemplo en el periódico. Y eso se logra través de la metáfora, hipérbole, paradoja, hipérbaton,
onomatopeya, aliteración, polisíndeton, antítesis, anáfora, elipsis, epíteto, asíndeton, símil, etc…todo
esto se estudia en escuelas. Por eso te repito que la poesía se estudia, porque nadie nace sabiendo.
-¿En que momento escribes? ¿Sigues algún rito?
En cualquier momento yo escribo. Cuando se me da la ocasión, o la inspiración escribo. Tengo
bastante tiempo para eso.
-¿Verso libre o rima?
Lo mismo escribo versos libres que rimados. Los dos estilos me gustan.
-¿Tienes algún proyecto literario?
Publicar mi obra poética y literaria tanto de adulto como infantil.
-En dos oportunidades has ganado acá en el Jardín el poema del mes en la modalidad
sensuales…¿Te identificas con este estilo más que con cualquier otro?
Pienso que no, eso fue pura casualidad. Porque yo me identifico más con la poesía de contenido
político social (poemas humanos). Poemas sensuales sólo tengo 14 poemas, sin contar los poemas de
amor. Mi obra poética más extensa, hay que buscarla en los poemas humanos.
-Te daré algunas reflexiones de escritores, filósofos y personajes del mundo y me dices
que piensas al respecto. ¿Te parece?
*-” Buscamos la felicidad, pero sin saber dónde, como los borrachos buscan su casa,
sabiendo que tienen una”. Voltaire, filósofo y escritor francés…
*-“Ama hasta que te duela. Si te duele es buena señal” Madre Teresa de Calcuta
*-"Perdonando demasiado al que yerra se comete injusticia con el que no yerra".
Baldassare Castiglione-Diplomático y escritor italiano.
De las tres, me quedo con la última. Del diplomático italiano. En la vida se puede perdonar hasta
un extremo, pero hay crímenes imperdonables que merecen todo el peso del ley.
-Una vez el cantante Kurt Cobain dijo, “que los tesoros estaban en todas partes, y que
cuando él descubría uno en una tienda de productos usados, o en la calle, o en las
personas, era tremendamente feliz… ¿Cuál ha sido tu tesoro descubierto mas preciado?
Mis hijos en primer lugar. En 2do lugar haber nacido mujer.
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-¿Ha habido algún acontecimiento en tu vida que haya quedado grabado en ti?
Sí. El hundimiento del “Remolcador 13 de Marzo”. El 13 de Julio de 1994. Cuando un grupo de
cubanos secuestraron esta embarcación con el fin de irse del país, muy pronto fueron alcanzados por
las autoridades cubanas, quienes apuntaron sus cañones de agua provocando que las personas
cayeran al mar. Luego partieron el barco y lo hundieron. Este crimen dejó un saldo de 41 muertos
entre ellos 10 niños.
-¿Has escrito sobre el?
Como a mi no me gustan las injusticias, no pude quedarme callada ante el crimen y escribí el
siguiente poema:
UN DIA TRISTE PARA LOS CUBANOS
Nunca, hijo mío:
anocheció tan en mi el remolcador
diario de la muerte! Como aquel
13 de Julio cuyo grito de libertad apagó
¡Condenado 13, que a los guíos
homicidas te dio en manjar florido!
Ni tu coraza inmaculada a sus dientes
gozosos negar pudo tu perfume.
Aún aterra su frialdad: ¡bárbaro cañón
de agua, cual chorro infernal!
Como si el crimen lavar quisiera
del 13 de Marzo glorioso....
Pero hijo: tus púrpuras acarician al mar
y se encrespa, laten sus entrañas hondas,
muy hondas de vida!
Y el amanecer no dio más su luz frágil,
obediente al descursar concatenado.
sino que el alba encuaderna la historia
prometida __viejas gulas de archivo.
Y el folio más comprometido teme
escapan sus lenguaraces a los hilos
ajustadores, que al tamo más secreto
descifra, hasta verte hijo palpable!
¡Amaneció, amaneció sin sombra!
Del reclamo a la justicia aquel folio
suelto que su boca abrió a dentelladas
queda estrujado. Cuando los pétalos
de tu jardín cual alegato humanicida
emergen ya para siempre!...hijo mío!
Honda es y legible y lúcida tu luz, donde
resaltan las letras del código en silencio.
-¿Qué es el amor para Mariluz?
El amor es el sentimiento más puro, más perfecto e infinito. Además de ser un arte el amor. No
todo el mundo tiene el don de amar. Hay personas que mueren de viejo sin haber conocido el amor y
habiendo tenido su pareja muchas veces.
-Defínete en 3 palabras
Soy muy precavida
-¿Dime 3 cualidades que consideres tienes?
*amable con el prójimo
*paciente ante las vicisitudes de la vida
*rebelde ante las injusticias
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-¿Me dices 3 defectos que poseas?
*Soy muy lenta para tomar una decisión, por eso he perdido muchas veces.
*A veces soy indiscreta y me meto en cosas que no me corresponden
*No sé disimular, por lo que se me dificulta guardar secretos.
Por eso el poemario mío se titula: EL ALMA NUNCA CALLA.
-¿Tu mayor anhelo?
El fin de las guerras. Donde se respire una atmósfera de paz y concordia entre todos los individuos
de la tierra.
-¿Tu mayor felicidad?
Una fiesta familiar donde podamos compartir también con los amigos. La prefiero más que visitar
una discoteca.
-¿Tu mayor dolor o tristeza?
Ver morir a los niños.
-Si un genio se te apareciera ahora y te diera la oportunidad de pedir tres deseos ¿Qué
pedirías?
*El fin de todas las guerras.
*El avance científico técnico que le permita al hombre encontrar las vías de un mundo mejor, más
justo.
*Que mis hijos y mis nietos se destaquen en estos aportes de justicia.
-¿Por quien o por que serías capaz de empezar de cero?
Sería capaz de empezar de cero para rectificar muchos errores que he cometido en la vida.
-Si pudieras cambiar algo de tu vida ¿Qué cambiarías?
Cambiaría los pies, tengo los pies muy feos.
-Eres una gran compañera, siempre tienes una palabra de apoyo y aliento para todos en
el Jardín ¿Algunos (as) en especial que te guste su(s) letras?
Me gustan mucho los poemas de Juan José Cautivo. Es un poeta Excepcional. También Gabriela
logra una muy buena poesía, lo mismo romántica que de contenido social
-¿Cómo llegaste al Jardín?
Me invitó mi amiga Desi, cosa que le agradezco muchísimo, porque me siento en el Jardín como si
fuera mi hogar.
-Y ahora Poetisa, la gran pregunta ¿A quién sugieres para el próximo ENCUENTRO?
Sugiero para el próximo encuentro a
Jesús Diez
Porque siempre se destaca con sus obras poéticas muy preventivas con la naturaleza. Tema este
que debemos apoyar porque, como es sabido, la acción indiscriminada del hombre deteriora nuestro
entorno cada día. Si queremos respirar una atmósfera saludable, rescatar a las mariposas cada vez
más fabulosas, salvar al planeta de un holocausto…deberíamos sumarnos a esta campaña donde
Jesús siempre es Vanguardia con sus letras.
-Gracias poetisa Mariluz por este encantador ENCUENTRO, ha sido una charla muy
amena
Todo ser humano cuando viene al mundo trae un compromiso con la sociedad: Observar, indagar,
percibir, considerar, proceder, desde su más humilde perspectiva, en aras de enmendar las fisuras
que padecen los pueblos. Pues no es del objeto inanimado que el mundo espera impulsar el motor
del progreso, sino de aquel que con alas de saltamonte, al monte abraza, para un despertar de
saltarines con alas universales.
Adelante amigo, no desmaye, que tu obra puede ser útil hoy, mañana y siempre.
Mariluz Reyes Fernández
Amigos, nos vemos en un próximo ENCUENTRO...
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Reservados todos los derechos de autor
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Feliz
Año
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