Transcript
Page 1: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

O R I G E N D E LAS MISIONES DIPLOMÁTICAS P E R M A N E N T E S

L u i s W E C K M A N N , de la Secretaría de' Educación

Pública de México

L a m a t e r i a bajo examen tiene estrecha conexión c o n las

pr imeras etapas históricas de l a d i p l o m a c i a m o d e r n a . ¿De

cuándo d a t a n las embajadas permanentes de nuestros días?

¿Se trata de u n a herencia que l a d i p l o m a c i a m o d e r n a haya

r e c i b i d o de l a Ant igüedad, o b i e n , como parecería a p r i m e r a

vista, de u n a contribución p r o p i a m e n t e m o d e r n a a l a técnica

de las relaciones internacionales? N o intentaré responder

tan sólo a esta pregunta , s ino que me p r o p o n g o e x a m i n a r tam­

bién las razones que d e t e r m i n a r o n l a creación de las misiones

permanentes: ¿Por qué se h i c i e r o n necesarias? ¿Qué causas

m o t i v a r o n su institución?

I . El carácter no permanente de la diplomacia

hasta el siglo xv

A u n q u e l a d i p l o m a c i a , como h a d i c h o R e d s l o b , 1 sea tan

a n t i g u a como los pueblos mismos, y b i e n desde e l comienzo

de l a h i s t o r i a los hombres y las comunidades humanas h a n

e x p e r i m e n t a d o l a i m p e r i o s a necesidad de mantener relaciones

entre sí, existe u n rasgo d i s t i n t i v o que separa l a d i p l o m a c i a

actual de l a A n t i g ü e d a d y l a E d a d M e d i a : el carácter perma­

nente de l a d i p l o m a c i a m o d e r n a .

E n tanto que los gobiernos de hoy establecen misiones

diplomáticas permanentes en los estados extranjeros, los his­

toriadores de l a d i p l o m a c i a están de acuerdo en que no se

e n c u e n t r a n e n el m u n d o ant iguo y m e d i e v a l sino relaciones

ocasionales — m á s o menos frecuentes— entre los príncipes.

N i los egipcios, los chinos, los i n d i o s , los caldeos, los asirios

o los judíos de l a época clásica conoc ieron las embajadas

268

Page 2: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 269

permanentes , 2 a u n q u e a l O r i e n t e le fuera f a m i l i a r el envío y

l a recepción de embajadores, l a correspondencia diplomáti­

ca, l a redacción de tratados y ya se consideraba a l a d i p l o m a ­

c i a c o m o el arte de evitar l a guerra y mantener l a paz, noción

q u e será cara a los fundadores d e l derecho i n t e r n a c i o n a l mo­

d e r n o . L a s relaciones diplomáticas revist ieron en el m u n d o

g r e c o r r o m a n o u n a cierta es tabi l idad de forma, es cierto; pero

n i los keruks o los angelos, p o r u n a parte, n i los legati, orato­

res, feriales y caducatores, p o r otra, a lcanzaron jamás u n esta­

t u t o permanente, n i fueron n u n c a funcionar ios especializados

e n las relaciones entre los pueblos . 8

L a E d a d M e d i a m a n t u v o en c ierta f o r m a las tradiciones

y los usos de l m u n d o r o m a n o . N o se encuentran embajadas

permanentes antes de l siglo xv , c o n l a n o t o r i a excepción de

los Procuratores in Romanorum Curiam, de quienes hablaré

más adelante. 4 Y a en el siglo x v n l l a m ó l a atención de G r o c i o

esta fa l ta de embajadores permanentes en l a A n t i g ü e d a d y

e n l a E d a d M e d i a . 5 H a b r í a que hacer u n a cierta excepción,

s i n embargo, en favor de l a misión eclesiástico-diplomática

de carácter permanente que e l p a p a d o m e d i e v a l m a n t u v o d u ­

r a n t e cuatro siglos en l a corte de los emperadores bizantinos,

e l apocris iado, cuyo carácter es s ingular .

D E S D E E L S I G L O V (y quizás desde el i v y hasta l a época de l a

C o n t r o v e r s i a de las Imágenes — q u e co inc ide con l a indepen­

d e n c i a de l a Santa Sede de B i z a n c i o — , es decir , hasta media­

dos del siglo V I I I ) , los papas m a n t u v i e r o n u n representante

ante el emperador de C o n s t a n t i n o p l a , considerado por ellos,

antes de l a coronación de C a r l o m a g n o y l a translatio imperii

a l Occ idente , como el jefe t e m p o r a l de l a cr is t iandad y e l

protector nato de l a Iglesia. Este agente p o n t i f i c i o , e l apo-

c r i s i a r i o , n o poseía, como veremos, las características que

a h o r a se a t r i b u y e n a los diplomáticos; y, en todo caso, su

desaparición en el siglo V I I I n o p e r m i t e establecer u n v ínculo

d irecto entre l a d i p l o m a c i a p o n t i f i c i a de p r i n c i p i o s de l a

E d a d M e d i a y l a de los t iempos modernos .

L a Santa Sede continuó, a l establecer los apocrisiarios,

c o m o en otros muchos casos, l a tradición y las inst i tuciones

Page 3: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

270 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

de l a R o m a i m p e r i a l . Y a se encuentran e n ésta, en efecto,

apocrisiarios (del griego " a q u e l que responde") o "mensa­

jeros", portadores de comunicaciones de l a cancil lería impe­

r i a l o funcionar ios de l a just ic ia m i l i t a r . E n los p r i m e r o s

siglos que s iguieron a l a Paz de l a Iglesia, los obispos cris­

tianos e n v i a r o n a clérigos en misiones temporales, l lamadas

apocrisiarias, ante los obispos, los metropol i tanos y los pa­

triarcas. 6 C o n s t a n t i n o y J u s t i n i a n o o r d e n a r o n a los patriarcas

que, a l ausentarse de sus respectivas sedes, dejasen tras de sí

u n apocr is iar io permanente . 7 E l E x a r c a de R a v e n a , delegado

i m p e r i a l en el Occidente , también se h a l l a representado en

C o n s t a n t i n o p l a p o r u n apocr is iar io . 8 Pero mientras que los

apocrisiarios o responsables de los patriarcas orientales des­

pués de l a conquista de l a región p o r los árabes, y entre tanto

escasean cada vez más los apocrisiarios episcopales, los repre­

sentantes de los papas se suceden en C o n s t a n t i n o p l a c o n cierta

r e g u l a r i d a d , y se q u e d a n solos en esa categoría p o r más de u n

siglo.

L a l i s ta de apocris iarios papales en C o n s t a n t i n o p l a co­

mienza , según parece, con el obispo Jul ián de Cos, enviado

p o r S a n L e ó n e l G r a n d e en el año de 433; 9 pero l a sucesión

regular de los apocris iarios de R o m a n o comienza antes d e l

r e i n a d o de J u s t i n i a n o . 1 0 E n l a época de l a C o n t r o v e r s i a de

las Imágenes, es decir, en l a segunda m i t a d d e l siglo v n , l a

misión fue suspendida, p r i m e r o temporalmente y después

de m a n e r a d e f i n i t i v a , a pesar de las súplicas d ir ig idas a R o m a

p o r e l emperador C o n s t a n t i n o I V . 1 1 C u a n d o en 1204 l a C u a r t a

cruzada logró establecer en B i z a n c i o u n P a t r i a r c a d o y u n

I m p e r i o de O b e d i e n c i a l a t i n a , los pontífices romanos se h i ­

c ieron representar, n o ya p o r apocrisiarios, s ino p o r legados

a latere.

D e l siglo v a l v n , o sea, en l a época de su f lorec imiento, e l

apocr is iado, diferenciándose de las embajadas d e l m u n d o

a n t i g u o , n o comprendía p o r regla general más que a u n solo

t i t u l a r , e l apocr is iar io m i s m o . Sus funciones en C o n s t a n t i n o ­

p l a eran, sobre todo, de índole eclesiástica, a u n q u e le haya

sido absolutamente inev i tab le e l interesarse en l a protección

de los negocios temporales d e l P a p a d o . H i n c m a r de R e i m s ,

Page 4: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 271

escr i tor d e l siglo i x , nos i n f o r m a que l a función de l apocri-

s i a r i o era l a de velar in palatio p o r los negotvis ecclasiasticis

d e l P a p a : era, p a r a H i n c m a r , m u y claramente, u n a respon-

sabilis negotiorum ecclesiasticorum.12 L o s apocrisiarios — r e p i ­

te D u c a n g e — eran enviados a B i z a n c i o ut res Ecclasiasticas

procurarent;18 servían, además, como intermediar ios entre l a

corte i m p e r i a l y los obispos lat inos que v i s i t a b a n Constan-

t i n o p l a , y gozaban de u n a especie de i n m u n i d a d d i p l o m á t i c a , 1 4

p e r o n o tenían u n a jurisdicción p r o p i a sobre los fieles y los

obispos sujetos a R o m a . 1 5

E n vista de su carácter eclesiástico, y d e l interés prepon­

d e r a n t e que tenían p o r los asuntos espirituales, es i m p o s i b l e

a s i m i l a r a los apocrisiarios con los enviados diplomáticos de

su época o de l a nuestra. Q u e d a n solos, en u n a categoría

aparte; n o son stricto sensu n i legados de l a Sede Apostólica

(el n o m b r a m i e n t o de legados n o fue común antes de l a R e ­

f o r m a gregoriana), n i embajadores l a i c o s . 1 6 Se encuentran

colocados a m e d i o c a m i n o entre esas dos categorías, y su

encargo, semiespir i tual y semitempora l , refleja m u y b i e n , p o r

l o demás, las ligas íntimas entre las dos esferas y l a correlación

e n t r e l a iglesia y e l estado, que dis t ingue a l a sociedad cris­

t i a n a d e l B a j o I m p e r i o y d e l P a p a d o p r e g r e g o r i a n o . 1 7

I I . Orígenes italianos de la diplomacia permanente

C o r r e s p o n d e a l a I t a l i a de l Quattrocento e l h o n o r de haber

establecido las primeras embajadas permanentes, y part icular­

m e n t e a Francisco Sforza, d u q u e de M i l á n , q u i e n instituyó l a

p r i m e r a , acontecimiento que — c o m o se v e r á — n o tuvo n a d a

d e f o r t u i t o . E n efecto, l a institución de l a d i p l o m a c i a perma­

nente se había hecho necesaria p a r a satisfacer u n o de los

requis i tos imperiosos de l estado m o d e r n o , que surgió en esa

época, y en I t a l i a en p a r t i c u l a r . Sforza tuvo tan sólo el mérito

de ser u n o de los pr imeros en h a b e r p e r c i b i d o esa necesidad.

L A P R Á C T I C A de las negociaciones diplomáticas y e l capítulo

d e l derecho de gentes con e l la r e l a c i o n a d a , sufr ieron nume­

rosas transformaciones a l o largo d e l s iglo x v . 1 8 Krauske ,

Page 5: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

L u i s W E C K M A N N FI 1-2

q u i e n se h a ocupado bastante minuciosamente d e l p r o b l e m a ,

a u n q u e se haya l i m i t a d o a c o m p r o b a r los hechos s in buscar

las causas que los m o t i v a r o n , encuentra e l o r i g e n de las emba­

jadas permanentes en l a práctica de los estados i ta l ianos de l

siglo x v . 1 9 I t a l i a fue, s in d u d a , l a p a t r i a d e l arte m o d e r n o

de l a d i p l o m a c i a : en los siglos x i v y xv , los poderes políticos de

l a península, cada vez más hostiles a l a idea d e l Imperium, y

confrontados p o r l a c o n t i n u a decadencia de l P a p a d o , se i n i ­

c i a r o n en el juego del e q u i l i b r i o de poderes, e q u i l i b r i o que

se mantenía gracias a l a h a b i l i d a d polít ica y diplomática de

los príncipes, p r e l u d i a n d o lo que habría de acontecer en e l res­

to de E u r o p a , a p a r t i r de l siglo x v i . 2 0 L o s estadistas i ta l ianos

de l Quattrocento c o n c i b i e r o n l a d i p l o m a c i a permanente como

el c o m p l e m e n t o más preciado de las fuerzas mi l i tares , s in e l

c u a l n o podría mantenerse el e q u i l i b r i o polít ico g e n e r a l . 2 1

M a q u i a v e l o , el teórico polít ico más grande d e l siglo, acon­

seja a l príncipe que asegure su situación frente a los otros

príncipes, si quiere mantenerse en e l poder; y añade: sempre

s taran o ferme le cose di dentro, quando stieno ferme quelle di

fuora (II Principe, X I X ) .

L o s pr imeros rasgos dist int ivos del estado m o d e r n o pueden

encontrarse en algunas instituciones milanesas, y en muchos

actos gubernamentales de u n o de sus más ilustres gobernan­

tes: Francisco S f o r z a . 2 2 E l gran condottiere n o estuvo tan

sólo a n i m a d o de u n afán central izador, sino que pretendió

l legar a ser, en e l ducado que gobernó a p a r t i r de 1450, u n

príncipe territorial y n o u n príncipe feudal según l a tradición

del M e d i e v o . 2 3 L a h a b i l i d a d polít ica de Sforza estuvo a l a

a l t u r a de su genio m i l i t a r 2 4 y se trata también de u n o de los

mejores diplomáticos de su generación. M a e s t r o de L u i s X I

en los secretos de l a técnica d i p l o m á t i c a , 2 5 poseía u n espíritu

perspicaz, y comprendía perfectamente que e l e q u i l i b r i o en­

tre los estados i ta l ianos era l a mejor fórmula de paz p a r a l a

p e n í n s u l a . 2 6 L a s ligas de estados i ta l ianos formadas en aque­

l l a época, q u e Sforza pretendía u t i l i z a r p a r a establecer l a

hegemonía de su f a m i l i a , 2 7 e jercieron p r o f u n d o i n f l u j o en

toda l a d i p l o m a c i a i t a l i a n a de l a segunda m i t a d de l siglo x v . 2 8

L a p i e d r a a n g u l a r d e l edi f ic io pol í t ico construido p o r

Page 6: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 273

Sforza fue l a a l ianza f lorent ina. L a amistad q u e unía a l

condottiere c o n Cosme de Médicis era m u y ant igua . L o s dos

estadistas se apoyaban mutuamente , en los momentos críticos

se c o n s u l t a b a n y seguían u n a polít ica casi s iempre p a r a l e l a . 2 9

N i c o d e m o de P o n t r e m o l i , que representaba a Sforza en F l o ­

r e n c i a — a u n antes d e l año de 1450— puede ser considerado

c o m o el t i t u l a r de l a p r i m e r a embajada permanente en l a

h i s t o r i a de l a d i p l o m a c i a . L a naturaleza de este nuevo t ipo

de misión se transformó de m a n e r a rápida, a p a r t i r de 1450,

p a r a convertirse en u n a institución de uso general , p r i m e r o

e n I t a l i a y después en el resto de E u r o p a . 3 0

N i c o d e m o de P o n t r e m o l i — " e l dulce Nicodemo'* , como

l o l l a m a r o n sus contemporáneos p o r su carácter hábi l y per­

s u a s i v o — aparece en F l o r e n c i a en 1446 como representante de

Sforza cerca de Cosme de Médicis, cargo q u e n o dejará sino

veintidós años más tarde. A u n q u e Sforza n o era todavía

d u q u e de M i l á n en 1446, ya había r e i v i n d i c a d o el t rono, en v ir ­

t u d de su m a t r i m o n i o con B l a n c a , h i j a n a t u r a l d e l ú l t imo

d u q u e V i s c o n t i , y con base en el testamento pol í t ico de su

suegro. E n todo caso, puede afirmarse que N i c o d e m o se con­

v i r t i ó en 1450, fecha en l a cua l Sforza fue p r o c l a m a d o duque,

en agente diplomático en el sentido más estricto d e l término.

Representó a Sforza en F l o r e n c i a , de m a n e r a c o n t i n u a , hasta

f ines de 1468, y tuvo como sucesores inmediatos a E g i d i o l o

de O l d o i n i , cuyo embajada fue m u y e f í m e r a , 3 1 y a l obispo de

P a r m a , F i l i p p o S c a m o r r o . 8 2 Después de ellos, l a embajada

jamás careció de t i tu lar . Parece b i e n p r o b a d o que, con excep­

ción de dos viajes que h izo a R o m a p a r a atender negocios del

d u q u e , 8 3 N i c o d e m o n o dejó p a r a n a d a su puesto entre 1446

y 1469, es decir , p o r más de veinte años, hecho notable si se

recuerda e l carácter bastante t rans i tor io de las embajadas en

esa época. N i c o d e m o de P o n t r e m o l i se o c u p ó d u r a n t e su es­

tanc ia en F l o r e n c i a de asuntos m u y diversos, relacionados

todos con los intereses de su señor: era N i c o d e m o , como dice

S imonet ta , el b iógrafo de Sforza, qni Florentiae pro Francisco

rem gerebat.84

E n l a época en que N i c o d e m o se encontraba ya en F l o r e n ­

c ia , o sea en 1455, aparecen otros dos embajadores permanen-

Page 7: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

274 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

tes d e l d u q u e de Mi lán, u n o en G e n o v a , el otro en Ñapóles.

E l p r i m e r "oratore residente" de Sforza en G e n o v a , nos

i n f o r m a G i b r a r i o , se l l a m a b a G i o v a n n i d e l l a G u a r d i a ; 3 5 y

K r a u s k e a f i r m a inc luso — e q u i v o c a d a m e n t e — que nos encon­

tramos aquí en presencia de l primer embajador permanente,

designado con ese título en sus cartas-credenciales. G i b r a r i o

m i s m o — f u e n t e de l a información de K r a u s k e — n o dice n a d a

semejante; y tampoco apoya e l autor i t a l i a n o su afirmación

con p r u e b a d o c u m e n t a l a lguna. S i , pues, resulta u n poco

dudoso el carácter permanente de esta embajada mi lanesa en

G e n o v a , l a misión diplomática de M i l á n en Ñapóles, también

de 1455, tuvo en c a m b i o u n carácter permanente que h a sido

aceptado p o r todos los autores, y puede admit irse que A n t o n i o

de T r i c c i o fue e l p r i m e r enviado permanente milanés en e l

re ino de Ñ a p ó l e s . 3 6

D E S P U É S D E 1450 es dable también encontrar, s in interrupción,

u n embajador f lorent ino en Milán, r e g u l a r i d a d que nos per­

m i t e a d i v i n a r l a existencia, al l í también, de u n a embajada

permanente , cuyo p r i m e r t i t u l a r parece haber sido D i e t i s a l v i

N e r o n e . 3 7 E n 1458 el j u r i s t a veneciano Francisco C o n t a r i n i

es n o m b r a d o embajador per residenza de l a Serenísima

R e p ú b l i c a , ante l a Santa Sede; 8 8 y u n poco más tarde, en

1471, se encuentra a otro embajador veneciano, B e r n a r d o

B e m b o , che fa ressidenza en l a corte de los duques de Bor-

g o ñ a . 8 9

A u n c u a n d o n o pueda atr ibuirse a V e n e c i a l a creación

de las embajadas permanentes, el arte diplomático moder­

no aprovechó m u c h o l a experiencia , l a suti leza y l a re f inada

técnica, características de l a d i p l o m a c i a veneciana desde l a

E d a d M e d i a , y que, en g r a n parte, l a R e p ú b l i c a heredara

de B i z a n c i o . 4 0 L o s venecianos tenían ya en l a época de C o m -

mines l a reputación de ser los más sensatos y los más prudentes

de ios diplomáticos y fue a través de V e n e c i a como ios usos

y métodos de l a d i p l o m a c i a o r i e n t a l aparecieron en I t a l i a y

e n E u r o p a m u c h o antes d e l s iglo x v . 4 1 Pero n o t u v i e r o n

carácter permanente las numerosas embajadas que l a Serení­

s i m a e n v i a b a a l o largo d e l Mediterráneo, embajadas que,

Page 8: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 275

todavía en e l siglo x v , n o d u r a b a n más de dos o tres a ñ o s . 4 2 Y

e l bailo o bajulus, que protegía en O r i e n t e los intereses vene­

cianos, n o tuvo u n a función permanente sino a p a r t i r de los

p r i m e r o s años d e l siglo x v i . 4 3 S i n embargo, debe reconocerse

q u e cuando V e n e c i a l o adoptó, el sistema de l a embajada

permanente t u v o m a y o r f lorec imiento, aunque haya sido M i ­

lán l a p r i m e r a en establecer u n a embajada p e r m a n e n t e . 4 4

E l carácter permanente de las embajadas enumeradas hasta

a h o r a — e x c e p t o l a de G i o v a n n i d e l l a G u a r d i a , que es inc ier­

t a — puede deducirse d e l n ú m e r o de años en que los t i tulares

p e r m a n e c i e r o n en sus puestos, así como d e l hecho de q u e

diversos enviados se sucedieran regularmente en el m i s m o

puesto. U n a fuente coetánea, si b i e n n o of ic ia l , nos c o n f i r m a

e l carácter permanente de las misiones de los dos enviados

venecianos, C o n t a r i n i y B e m b o . P e r o sólo en 1460 se encuen­

tra a l p r i m e r embajador, cuya misión permanente q u e d ó

establecida, de m a n e r a explícita y o f i c i a l , en las cartas paten­

tes d e l soberano a q u i e n representaba. E l d u q u e L u i s de

Saboya nombró, en u n d o c u m e n t o fechado el 28 de n o v i e m b r e

de 1460, a su p r i m e r env iado residente (orator et ambaxiator

continuus et procurator) en l a C u r i a r o m a n a , E u s e b i o M a r ­

garía, A r c e d i a n o de V e r c e l l i , c o n l a misión de v i g i l a r los

asuntos temporales y seculares que interesaran a S a b o y a . 4 5

Según Schaube, l a p r i m e r a embajada permanente d e l rey

de Ñapóles en M i l á n , fue creada a p a r t i r de 1466.4 6

Se h a visto cómo en l a segunda m i t a d d e l s ig lo x v , y más

exactamente, después de 1446, nace en I t a l i a l a embajada c o n

carácter permanente . L a mayoría de los estados i ta l ianos de

a q u e l l a época se apresuran a adoptar esta n u e v a institución.

F u e también antes de l año 1500 — c o m o se verá más adelan­

t e — cuando las embajadas permanentes c r u z a r o n los A l p e s

p a r a instalarse en l a E u r o p a no i t a l i a n a . Pero , l imitándonos

a los ejemplos proporc ionados hasta ahora, hay q u e n o t a r

u n rasgo c o m ú n a esas embajadas permanentes; su estable­

c i m i e n t o se l levó a cabo vía facti, es decir, que n o f u e r o n

creadas — c o n l a notable excepción de l a d e l A r c e d i a n o de

V e r c e l l i — p o r u n acto f o r m a l de los gobiernos. A q u í debe

señalarse u n h e c h o en l a h i s t o r i a diplomática, q u e es e l

Page 9: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

276 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

resultado de diversas e interesantes causas que en seguida se

a n a l i z a n .

I I I . Iglesia, estado y diplomacia permanente

E n l a época en que los príncipes comenzaron a real izar

l a consolidación de l estado n a c i o n a l , se h i z o necesaria l a

introducción de embajadores residentes, innovación que d i o

a l arte diplomático su signif icado actual . E n efecto, l a emba­

j a d a permanente se convirtió en u n a necesidad cuando el esta­

do m i s m o , aprovechando los grandes cambios políticos de l

f i n de l a E d a d M e d i a — c u a n d o las ideas universales de l Impe­

r i o y d e l P a p a d o eran abandonadas en p o l í t i c a — asumió

características de permanencia y ele e s t a b i l i d a d , 4 7 que antes

eran inseparables de los conceptos medievales sobre e l Irnpe-

rium y sobre el Sacerdotium universales. E l estado n a c i o n a l ,

c o m o e l fénix de l a ant igua leyenda, surgió de las cenizas de

los dos grandes ideales de l a época m e d i e v a l . E l estado mo­

d e r n o aprovechó esta caída — q u e i n c l u s o a c e l e r ó — p a r a sus­

t i tuirse , en cierta m e d i d a , a las dos inst i tuciones que habían

d o m i n a d o l a estructura polít ica de los siglos medievales.

F u e necesario que e l estado (cuya i n d e p e n d e n c i a y soberanía

íntegras n o podían encontrar apoyo en las teorías políticas

de l a E d a d M e d i a ) sustituyera en a l g u n a f o r m a a las dos

grandes inst i tuciones en eclipse, p a r a que a d q u i r i e r a los ca­

racteres de p e r m a n e n c i a y de u n i v e r s a l i d a d que hoy l o d is t in­

guen. F u e , pues, necesario que el estado m e d i e v a l llegase a ser

u n " I m p e r i o " y también, hasta cierto p u n t o , u n a "Ig les ia" ,

antes de poder alcanzar —desde el p u n t o de vista de l a teoría

p o l í t i c a — l a soberanía y l a i n d e p e n d e n c i a . L a " i m p e r i a l i z a -

c i ó n " y l a "secularización" de l estado m e d i e v a l crearon a l

estado m o d e r n o p e r m a n e n t e . 4 8

E s t a evolución polít ica aparece ya, a l d e c l i n a r e l M e d i e v o ,

en los pequeños estados de I t a l i a ; K a n t o r o w i c z , p o r ejemplo,

señala que las podesteria y l a embajada son inst i tuciones que

se desarro l lan de m a n e r a p a r a l e l a y casi simultánea en l a

I t a l i a de fines de l a E d a d M e d i a , en l a m i s m a f o r m a como los

manuales de los podestà y las colecciones de arengae de los em-

Page 10: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 277

bajadores son los p r i m e r o s gérmenes de l a l i tera tura d i p l o ­

mática , que aparecen en e l curso de l a m i s m a c e n t u r i a . 4 9

E L C O N C E P T O de que el príncipe, p a r a poder ser i n d e p e n d i e n t e

y sustraerse, a u n teóricamente, a l a auctoritas de l I m p e r i o , debe

t o m a r en su r e i n o el l u g a r reservado a l emperador en e l

I m p e r i o , está contenido en l a célebre fórmula Rex est Im­

pera tor in regno suo, que se encuentra en l a l i teratura polít ica

c o m o moneda corriente, a p a r t i r de l siglo x i v . Esta frase, aun­

q u e u t i l i z a d a p r i m e r o en F r a n c i a en ese sentido, en l a época

de las desavenencias entre F e l i p e e l H e r m o s o y B o n i f a ­

c i o V I I I , 5 0 encuentra aplicación también en I t a l i a . B a r t o l o

de Sassoferrato, e l comentador más grande d e l derecho ro­

m a n o en su época, a d m i t e que n o sólo los príncipes, s ino

también los m u n i c i p i o s i ta l ianos, p u e d e n tener derechos i m ­

periales si ya n o reconocen, como era l a tendencia polít ica

d e l momento, n i n g u n a a u t o r i d a d superior a l a p r o p i a . L a

c i u d a d que n o obedece a n i n g u n a a u t o r i d a d superior, conc lu­

ye B a r t o l o , es su p r o p i o príncipe: el p u e b l o que n o tiene

soberano es, e n sí m i s m o , u n I m p e r i o . 5 1

Milán, donde h a n sido ya señalados los p r i n c i p i o s de l a

d i p l o m a c i a permanente, era en e l s iglo x v u n a de las ciudades

superiorem non recognoscentes^2 Desde 1355, los decreta ge-

neralia de los duques milaneses t o m a b a n el n o m b r e de leges

p o r q u e se les consideraba en teoría como iguales a los impe­

rial a decreta. L o s edictos ducales l l e v a b a n l a rúbrica Hac per­

petua nostra lege sancimus, en l a c u a l los soberanos milaneses

dejaban entrever pretensiones " i m p e r i a l e s " . 5 3 E l carácter per­

manente o " e t e r n o " d e l n u e v o g o b i e r n o puede también der i ­

varse de l a fórmula que precedía a cada texto: en efecto, todos

los actos legislativos de los V i s c o n t i se hacían ad perpetuam reí

memoriam.54 L o s duques de M i l á n a s u m i e r o n muchas de las

prerrogativas q u e antes se reservaban los emperadores, entre

otras, l a de l e g i t i m a r a los hi jos bastardos. 5 5 Francisco Sforza,

q u i e n instituyó l a p r i m e r a embajada permanente, dejó ver

de manera i n d u d a b l e su concepción " i m p e r i a l " de l poder: e n

1450, después de haber s ido p r o c l a m a d o duque , se apresuró

a not i f i car a todos los potentados i ta l ianos l a b u e n a n u e v a

Page 11: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

278 L u i s W B C K M A N N FI 1-2

de su ascensión a l poder, l a n o t i c i a de parto Mediolanensi

imperio.m P o r o t r a parte, Sforza se hace ofrecer l a corona p o r

los comisarios del pueblo , cum mero et mixto imperio et omní­

moda superioritate... et gladii potestati et regaliis.51 Es reve­

l a d o r también que durante los siglos x v y x v i coincide casi

s iempre l a adopción o f i c i a l de l a lengua n a c i o n a l en las

cancillerías, en lugar del latín, con l a cristalización de l estado

n a c i o n a l . 5 8 A q u í también es evidente l a ac t iv idad de Sforza:

mientras que las leyes y decretos de los V i s c o n t i , sus prede­

cesores, se redactaban en latín, l a g r a n mayoría de las cartas y

actas legislativas del nuevo d u q u e se p u b l i c a n en i t a l i a n o . 5 9

E L E S T A D O I T A L I A N O de l siglo x v no sólo había usurpado las

características d e l I m p e r i o , s ino que, p a r a consol idar su pro­

p i a es tabi l idad y su a u t o r i d a d soberana, adoptó también

las fórmulas que evocaban l a u n i v e r s a l i d a d y l a permanenc ia

de l a Iglesia. A u n q u e l a re forma protestante aceleró más tarde

este fenómeno (en los países nórdicos se encontrarán fórmulas

tales como l a de Dax Clevis est papa in territorio suo, que i n ­

tentan presentar el poder re l ig ioso de l príncipe como herencia

de l a a u t o r i d a d papal) , l a corriente v iene de más lejos. U n

antecedente m u y i m p o r t a n t e es e l que nos ofrece precisamente

u n i t a l i a n o , e l emperador Feder ico I I , q u i e n creó durante e l

s iglo x i n , en su r e i n o de S i c i l i a , u n a administración según

el cartabón de l a C u r i a r o m a n a , y se dirigía a sus jueces como

a sacerdotes iüstitiae.m M e r c e d a l neo-agustinismo p o l í t i c o , 6 1

existía en l a sociedad m e d i e v a l , sobre todo desde fines de l

s ig lo x i , u n a cierta confusión entre l a iglesia y el estado, l o

q u e permit ió a ambas esferas u n i n t e r c a m b i o recíproco de

títulos, de ceremonias y de f ó r m u l a s . 6 2

S i se e x a m i n a n las cartas de l a cancil lería milanesa, en l o

r e l a t i v o a fundaciones piadosas y donaciones hechas p o r los

duques desde p r i n c i p i o s de l s iglo x v , así como en lo que

respecta a los n o m b r a m i e n t o s de embajadores en l a m i s m a

época, se encontrarán p o r d o q u i e r a fórmulas que repi ten las

de l a cancil lería p o n t i f i c i a . J u a n Galeazzo V i s c o n t i otorga

desde 1401 l a carta de fundación de u n monasterio ex certa

scientia et de potestatis plenitudine, es decir , con l a p l e n i t u d

Page 12: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 279

de poder a l a que tan sólo el P a p a podía aspirar en l a E d a d

M e d i a . Esta carta es autenticada cum sigillo ducali ex funícu­

lo in arcula pendente, es decir , se trata de u n a verdadera

" b u l a " . 6 3 L a s actas redactadas s iguiendo l a ya i n d i c a d a fórmu­

l a s o n m u y numerosas. Se ve también que esos documentos

l l e v a n en el encabezado las palabras dux o dominus Mediolani

y q u e l a fórmula motu proprio — t a m b i é n tomada de l a d i p l o ­

mát ica p o n t i f i c i a — aparece desde 1413.64 Sforza m i s m o conti­

n ú a haciendo i n s c r i b i r en los documentos l a frase nostra

plenitudine potestatis^5 práctica que su h i j o L u d o v i c o e l

M o r o m a n t u v o hasta fines de l s i g l o . 6 6

Esta asunción de l a i d e a de soberanía, cuyo símbolo es l a

imitac ión de fórmulas imper ia les y papales, se presentaba, c o n

c i e r t a c lar idad, como se h a visto, en los Estados i ta l ianos d e l

Quttrocento. L a i d e a orgánica d e l Estado, nos dice S o l m i ,

aparece p o r p r i m e r a vez en I t a l i a . 6 7 E l proceso histórico de l a

v i d a nac ional i t a l i a n a ya había preparado esa creación desde

e l s iglo a n t e r i o r , 6 8 y l a p a l a b r a m i s m a estado (stato) puede

encontrarse en los documentos i ta l ianos del siglo x i v , y a par­

t i r de 1407, en M i l á n . 6 9 P o r l o que respecta a l a estabi l idad

d e l estado y a l desarrol lo de l a idea de l a soberanía, surgió l a

necesidad de establecer relaciones permanentes entre los d i ­

versos estados, 7 0 causa de l a creación de las misiones d i p l o ­

máticas modernas, cuya función será l a de observar y l a de

t o m a r las medidas necesarias p a r a garantizar a los estados l a

e s t a b i l i d a d e i n d e p e n d e n c i a que necesitaban. Y a desde el si­

g l o x i v los defensores más ardientes d e l estado n a c i o n a l , F e l i p e

de Meziéres en su Somnium Viridarti, p r o c l a m a b a n l a necesi­

d a d urgente de las embajadas permanentes.

Q u e d a aún m u c h o p o r decir sobre l a i n f l u e n c i a que l a igle­

sia ejerció en diversas formas sobre l a d i p l o m a c i a y sobre e l

establecimiento de las embajadas permanentes. N o podrá ex­

tremarse e l carácter re l ig ioso que envolv ió a l a d i p l o m a c i a

m e d i e v a l y a l a de los p r i m e r o s siglos de l a era m o d e r n a ; y

hay también que l l a m a r l a atención sobre los Procuratores in

Romanan Curiam, agentes semidiplomáticos de los príncipes

y de las corporaciones e n l a c u r i a r o m a n a , q u e d e l siglo x m

Page 13: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

28o L u i s W E C K M A N N FI 1-2

a l x v i , p u e d e n considerarse como los predecesores directos e

inmediatos de los actuales embajadores permanentes.

E l carácter rel igioso de l a d i p l o m a c i a es u n a herencia de

l a A n t i g ü e d a d pagana, que perduró hasta el siglo x v n : 7 1 l o

retuvo en u n grado p r o f u n d o , sobre todo durante l a E d a d

M e d i a . 7 2 L o s tratados más importantes no sólo se concluyeron

con l a mediación de P a p a y de C o n c i l i o , s ino también el lugar

m i s m o donde se reunían los embajadores, o donde el soberano

recibía a los enviados, tenía que ser u n l u g a r consagrado por

l a religión. L o s tratados solemnes se p r o m u l g a b a n en el coro

i l u m i n a d o de u n a catedral y u n pre lado auspiciaba las entre­

vistas de los embajadores. L o s obispos presidían las embajadas

más importantes, y se encargaban a u n sacerdote, con el título

de capellán, las ceremonias religiosas q u e se celebraban des­

pués de convenir en u n t r a t a d o . 7 3 Antes y después de l a dis­

cusión en torno de los diversos puntos d e l tratado, se hacían

oraciones, se celebraba l a misa, se comulgaba; después, los

negociadores j u r a b a n sobre l a cruz y e l E v a n g e l i o l a obser­

v a n c i a f i e l de l tratado c o n c l u i d o . P a r a e l c u m p l i m i e n t o de

los actos más importantes de los contratantes se prefería tam­

bién u n a fest ividad r e l i g i o s a . 7 4

L a iglesia, pues, inf luyó m u c h o en l a d i p l o m a c i a , 7 5 y, pues­

to que esa a c t i v i d a d fue p a t r i m o n i o d e l a l to clero en el

M e d i e v o , 7 6 n o puede ser sorprendente el a f i r m a r que l a c u r i a

p a p a l constituyó, en el curso de l a E d a d M e d i a , l a mejor y

casi única escuela de aprendizaje de las funciones diplomáti­

cas . 7 7 L a c u r i a p a p a l , i m p r e g n a d a de los usos y procedimien­

tos de l a cancillería i m p e r i a l r o m a n a , había heredado b u e n a

parte de l a exper iencia diplomática d e l m u n d o antiguo.

G e n t i l e reconoce que e l uso de los legados ponti f ic ios — c o ­

p i a d o de los Legati romanos— fue, a su vez, i m i t a d o p o r las

cortes laicas de E u r o p a . 7 8

L o s p r i n c i p i o s de l a d i p l o m a c i a m o d e r n a atestiguan toda­

vía el empleo de m i e m b r o s d e l clero en las misiones diplomá­

ticas: a m e n u d o las embajadas incluían, a l l a d o de u n perso­

naje l a i c o de categoría, a u n obispo y u n j u r i s c o n s u l t o . 7 9 E n

F r a n c i a , las gentes de iglesia parecen haber sido los preferidos

de L u i s X I : las embajadas en d o n d e n o f i g u r a n son pocas a l

Page 14: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 281

l a d o de aquellas que encabezan. 8 0 T o d a v í a en e l siglo x v i los

teóricos de las legaciones, en p a r t i c u l a r O t t a v i o M a g g i en l a

o b r a De legato, p u b l i c a d a en 1596, insistían en que los emba­

jadores conocieran las ciencias sagradas y a u n — d e ser posi­

b l e — que fuesen teólogos esclarecidos. 8 1

I V . Los Procuratores in Romanam Curiam

D a d o el carácter rel igioso de l a d i p l o m a c i a en l a E d a d

M e d i a y l a i m p o r t a n c i a de R o m a como escuela diplomática

d u r a n t e esa época, n o extraña encontrar en l a c u r i a r o m a n a

de los siglos x n i y x i v prácticas y funciones que a n u n c i a n ya

l a institución de l a d i p l o m a c i a l a i c a de l siglo xv . Existían

entonces en R o m a representantes jurídicos de los monarcas y

de las órdenes religiosas, que defendían los intereses de sus

señores frente a l a administración p o n t i f i c i a . Esos represen­

tantes, l lamados Procuradores, a d q u i r i e r o n u n carácter per­

m a n e n t e a l f i n d e l siglo x m y p r i n c i p i o s d e l x i v 2 8

E L P R I M E R P R O C U R A D O R profes ional de que tengamos n o t i ­

c i a , y que residió p o r largo t i e m p o en l a corte romana, fue

Petrus de Assis i , q u i e n , d u r a n t e treinte y tres años, de 1241

a 1274, representó en R o m a los intereses de varias corporacio­

nes religiosas, entre otros los d e l c a b i l d o de l a catedral de

B a m b e r g , los de l a colegiata de Neumünster y, p o r f i n , los d e l

monaster io benedic t ino de M i c h e l f e l d , en F r a n c o n i a . 8 3 E n 1274

encontramos, también en l a corte p a p a l , a u n p r o c u r a d o r d e l

e m p e r a d o r R o d o l f o de H a b s b u r g o — O d o , P r i o r de San G u i -

d ó n de E s p i r a — , con l a misión de c o n f i r m a r , en e l n o m b r e de

su soberano, los pr iv i leg ios otorgados a los sucesores de San

P e d r o p o r los emperadores g e r m a n o s . 8 4 O t r o procurador i m ­

p e r i a l , el h e r m a n o m e n o r C o n r a d o , super ior de los francisca­

nos en A l e m a n i a , l lega u n poco más tarde a R o m a con o t r a

misión de R o d o l f o . 8 5

P e r o n o encontramos a l p r i m e r p r o c u r a d o r de u n príncipe

q u e goce de cargo permanente ante l a corte p a p a l , hasta des­

pués de 1276. E n este año, e l rey de S i c i l i a , C a r l o s de A n j o u ,

c u y a polít ica era m u y cercana a l a d e l papado, nombró a

Petrus de L a t y e r a , canónigo de T o u r s , p a r a que l o represen-

Page 15: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

282 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

tara ante l a c u r i a r o m a n a de m a n e r a permanente. Petrus de

L a t y e r a se q u e d ó en R o m a hasta l a fecha de l a muerte de su

soberano, o sea hasta 1285.86 Otros reyes s ici l ianos sucesores

de C a r l o s de A n j o u , i m i t a r o n probablemente esta costumbre,

pues más tarde el rey Feder ico h a b i ó sobre el lo y, p o r otra

parte, los papas Celest ino V y B o n i f a c i o V I I I estuvieron en

contacto también con procuradores s i c i l i a n o s . 8 7 P o r últ imo,

P e d r o e l G r a n d e , rey de Aragón, contó, alrededor de l año de

1280, c o n u n p r o c u r a d o r en l a c u r i a r o m a n a ; 8 8 y después

de 1290, los reyes aragoneses siempre m a n t u v i e r o n procurato-

res en l a corte p a p a l . 8 9 E n dos ocasiones, antes de c o n c l u i r el

siglo x i i i , se encuentran otros procuradores aragoneses en

R o m a ; y de esa fecha en adelante el cargo se m a n t u v o hasta

el siglo x i v . 9 0

Según C a l i s s e , 9 1 l a aparición de estos nuevos funcionarios

co inc ide con u n a nueva etapa de l a h i s t o r i a del derecho ita­

l i a n o , p r e l u d i o ya de l R e n a c i m i e n t o , que ellos mismos quizás

d e t e r m i n a r o n . L o s esfuerzos p o r d a r u n carácter permanente

a esos representantes se i n i c i a n c o n e l siglo x i i i , 9 2 pero no se

c o m p r u e b a u n a cierta c o n t i n u i d a d en el ejercicio de ese

cargo hasta fines de ese siglo y p r i n c i p i o s del s iguiente . 9 3

L o s Procura tores in Romanan Curiam eran, como su n o m ­

bre m i s m o l o i n d i c a , representantes jurídicos, cuyas activida­

des se regían, más o menos, p o r los p r i n c i p i o s del mandato y

cuyos poderes eran m u y ampl ios . F i n c k e estima que los pro­

blemas suscitados p o r l a recaudación d e l d iezmo eclesiástico

f u e r o n causa decisiva en su creación. E n todo caso, se trata de

agentes de negocios, encargados p o r los príncipes de v i g i l a r l a

expedic ión de bulas y dispensas, y de desempeñar todos los en­

cargos p r o p i o s de u n a cancillería; eran nombrados cerca de l a

c u r i a r o m a n a ad impetrandum et contradicendum.^4 E n e l

líber de statu Carine Romanae, de E n r i q u e el P o e t a , 9 5 se puede

ver a estos procuradores actuando en múlt iples ocasiones,

s iempre en n o m b r e de sus señores, e n relación con negocios

o r d i n a r i o s de l a cancillería p o n t i f i c i a . 9 0 P e r o a veces se ocu­

p a r o n también de asuntos de m a y o r i m p o r t a n c i a : se les puede

ver c o l a b o r a r c o n los embajadores e x t r a o r d i n a r i o s . 9 7 E n e l

caso p a r t i c u l a r de los procuradores aragoneses, sobre los que

Page 16: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 283

h a y información más a m p l i a , es difícil separar l a a c t i v i d a d

d e l p r o c u r a d o r de l a de l embajador que l lega a R o m a con

u n a misión especia l . 9 8 E l p r o c u r a d o r es u n m a n d a t a r i o cum

libera, es decir , que se o c u p a de los asuntos de su señor y los

resuelve según su p r o p i o cr i ter io .

Numerosas constituciones papales, que se h a l l a n en las

R e g l a s de l a Canci l lería p o n t i f i c i a , regían minuciosamente l a

a c t i v i d a d de los procuratores; l a p r i m e r a de estas constitu­

ciones data d e l pont i f i cado de J u a n X X I I . 9 9 Es verdad que

esos reglamentos no d is t inguen entre los procuradores de los

príncipes, los de las órdenes religiosas y los de personas p r i ­

vadas, pero, p o r otra parte, tampoco se hace u n dist ingo en el

liber censuiim de l a iglesia, entre sujetos de derecho públ ico

y sujetos de derecho p r i v a d o . A h í aparecen inscritos los vasa­

l l o s de l P a p a d o , los monasterios y las abadías, a l l a d o de rei­

nos de p r i n c i p a d o s y de señoríos.

L o s procuratores, según las prescripciones de l a cancillería,

d e b í a n ser j u r i s t a s 1 0 0 fami l iar izados con e l estilo de l a c u r i a . 1 0 1

E s t a b a n obl igados a prestar j u r a m e n t o de l e a l t a d a quienes re­

p r e s e n t a n 1 0 2 y a comparecer personalmente ante los t r i b u n a ­

les; 1 0 3 tenían u n salario f i j o 1 0 4 y sus costumbres debían de ser

i r r e p r o c h a b l e s . 1 0 5 L a s sanciones q u e podían serles aplicadas,

e n caso de m a l a conducta, p o d í a n l legar hasta l a excomu­

n i ó n . 1 0 6 P o r otra parte, los procuradores gozaban, según M a u l -

de l a Claviére , de pr iv i leg ios d i p l o m á t i c o s ; 1 0 7 y su presencia

e n l a corte p a p a l era tan f a m i l i a r que, a p a r t i r d e l pont i f icado

de Inocenc io I I I , sus nombres se inscribían a l dorso d e l o r i ­

g i n a l de las bulas destinadas a sus p r í n c i p e s . 1 0 8

E N E L C U R S O D E L S I G L O X I V , además de los procuratores ara­

goneses y quizás de los procuradores s ic i l ianos, comienzan a

verse en R o m a a los procuratores de las órdenes g e r m á n i c a s , 1 0 9

y e l p a p a J u a n X X I I recibe, entre 1316 y 1344, a u n procura­

d o r del rey de M a l l o r c a . 1 1 0 H a y suficientes datos sobre las

act iv idades en l a c u r i a p a p a l de o t r o p r o c u r a d o r , Cristóforo

d a Piacenza, representante d e l marqués de M a n t u a , gracias a

las observaciones políticas que dejó e n su correspondencia, de

l a c u a l se conservan veintidós c a r t a s . 1 1 1 Se encuentran todavía

Page 17: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

284 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

en l a corte p a p a l , en los siglos x i v y x v , a otros pro cur atores

españoles, portugueses, borgoñones y hasta daneses. 1 1 2

L o s procuratores eran i n c l u i d o s entre los officiales curiae

a p r i n c i p i o s del siglo x v , 1 1 3 y fueron de nuevo mencionados

en e l breve Pastor Aeternus de l p a p a Pío I I . 1 1 4 E n 1486,

J o h a n Sherwood, obispo de D u r h a m , y H u g h Spaldyng, apa­

recen como procuradores, nuncios y oradores de E n r i q u e V I I

de Inglaterra en l a c u r i a p o n t i f i c i a . 1 1 5 L o s procuradores de

M a r g a r i t a de A u s t r i a le envían en 1513 informes diplomáti­

c o s , 1 1 6 y a p r i n c i p i o s de l m i s m o siglo, R o b e r t o G u i b e t , car­

denal-obispo de Nantes, es también "Ambassadeur et procu-

r e u r d u roy [de Francia] en C o u r de R o m e " . 1 1 7 Este cardenal

de N a n t e s nos ofrece u n ejemplo patente de u n enviado con

el doble carácter de p r o c u r a d o r y embajador: las dos funcio­

nes se h a n a p r o x i m a d o ya m u c h o . A l respecto, debe recordar­

se que antes de t e r m i n a r l a E d a d M e d i a algunos reyes m a n ­

tenían otros procuradores en varias ciudades: así, desde 1316,

se ve a u n p r o c u r a d o r d e l rey de M a l l o r c a en l a corte de los

últ imos Cape tos, y a o t ro d e l rey aragonés en l a corte de

P e r p i ñ á n . 1 1 8

E n l a época en que aparecen las embajadas permanentes

se ven también procuradores con mandatos m u y amplios que

son a l m i s m o t iempo embajadores, tales c o m o N i c c o l o M a t e o

G u a r n a , p r o c u r a d o r de R e n a t o de A n j o u cerca de Francesco

Sforza; P i e r o C o t t a , enviado p o r F i l i p p o M a r i a V i s c o n t i a l

marqués de Este; y Ga leot to d e g l i A n g e n s i y N i c o d e m o d e i

T r i n c a d i n i , quienes negociaron a n o m b r e de Sforza con el

p a p a E u g e n i o I V u n a l i g a pol í t ica y cuestiones relativas a l a

p a z . 1 1 9 D e hecho, en M i l á n , entre 1430 y 1443 — p a r a n o dar

s ino u n e j e m p l o — se encuentran n o menos de cinco embaja­

dores q u e en los documentos oficiales ostentan también el

t í tulo de Procuratores.120 E l A r c e d i a n o de V e r c e l l i , q u i e n h a

s ido señalado como el p r i m e r embajador cuyas cartas creden­

ciales d a n u n carácter permanente a su misión, era a l m i s m o

t i e m p o que ambaxiator, p r o c u r a d o r . P r o c u r a d o r y embajador,

p r o c u r a d o r y n u n c i o , 1 2 1 p r o c u r a d o r y o r a d o r , 1 2 2 son títulos

que h a b í a n l legado a ser sinónimos.

L a s mismas fórmulas romanas d e l m a n d a t o servían, a fines

Page 18: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 285

d e l M e d i e v o , p a r a acreditar a los procuradores y a los emba­

jadores; 1 2 3 sus soberanos les daban, además, plenam ac libe­

rara potestatem,124 mandatum plenum, plenius et plenissimum,

c o m o lo dice con elocuencia u n d o c u m e n t o o f i c i a l milanés

d e l siglo x v 1 2 5 .

H a y que recordar, s in embargo, que n o debe confundirse a

estos procuradores romanos — a u n q u e se a p r o x i m e n m u c h o

a los embajadores de l a E d a d M e d i a — con los embajadores

m o d e r n o s . E n t r e estas dos categorías hay u n a di ferencia fun­

d a m e n t a l : los Procuratores in Romanam Curiam eran m a n ­

datarios , mientras que los embajadores de hoy, estrictamente

h a b l a n d o , n o l o son. Y aunque se o c u p a r a n a veces de asuntos

de política, los procuradores eran, ante todo, abogados para

los asuntos jurídicos de sus príncipes, y n o se dedicaban por

c o m p l e t o , como los embajadores modernos, a las labores d i ­

plomáticas. Pero , en todo caso hay que ins is t i r en el hecho

de q u e deben considerarse estos procuratores permanentes en

l a c u r i a r o m a n a como predecesores inmediatos y directos de l

n u e v o t i p o de embajador que surge a mediados d e l siglo xv ,

V . El Auge de la Embajada Permanente

L a s pr imeras embajadas permanentes q u e aparecen más

al lá de los A l p e s fueron, natura lmente , las misiones que los

p r i n c i p a d o s y las repúblicas i ta l ianas — e n d o n d e esta inst i­

tuc ión había n a c i d o — e n v i a r o n a las cortes más importantes

d e l N o r t e . Franc isco Sforza n o fue tan sólo e l f u n d a d o r de l a

p r i m e r a embajada permanente en I t a l i a , s ino que l o fue asi­

m i s m o de l a p r i m e r a que se creó fuera de l a península. Envió,

en 1460, cerca de l f u t u r o L u i s X I , a Próspero C a m o g l i (o de

C a m u l i s ) , q u i e n permaneció en F r a n c i a u n a ñ o únicamente,

p e r o cuya misión fue seguida i n m e d i a t a m e n t e p o r las de

J a c o p o d i P a v i a (1461-1463) y A l b e r i g o M a l e t t a (1463-1465).

A p a r t i r de entonces esa misión se h izo p e r m a n e n t e , 1 2 6 aun­

que, como e n el caso de N i c o d e m o de P o n t r e m o l i , no se

encuentra en n i n g u n o de los documentos oficiales u n a consa­

gración f o r m a l de esta nueva caracter íst ica . 1 2 7 D a d o s los lazos

estrechos q u e u n í a n a Sforza con Cosme de Médicis , es n a t u r a l

Page 19: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

286 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

que l a p r i m e r a embajada mi lanesa permanente en F r a n c i a

fuera seguida, a l poco t iempo, p o r l a p r i m e r a embajada f loren­

t i n a , sea l a de Francesco N a s i e n 1474, 1 2 8 o, en 1497, ^ a

G i a n b a t t i s t a R i d o l f i . 1 2 9

L a corte francesa, como p u n t o central de atracción de l a

d i p l o m a c i a i t a l i a n a , se encuentra en esa época en u n a posición

p r i v i l e g i a d a : V e n e c i a establece también en París, en 1479, u n a

embajada permanente — s u p r i m e r a embajada permanente fue­

r a de I t a l i a , si se o m i t e l a embajada de B e r n a r d o B e m b o

en D i j o n , en 1471— 1 3 0 y unos años más tarde V e n e c i a crea

también misiones semejantes en l a corte i m p e r i a l 1 8 1 y cerca

d e l rey de I n g l a t e r r a . 1 3 2

E l papado era l a única gran potencia i t a l i a n a que todavía

a fines d e l siglo x v carecía de embajadores permanentes. L o s

legados de l a E d a d M e d i a tenían todos facultades temporales,

exceptuando los legati nati .—como el arzobispo de Canter-

b u r y en I n g l a t e r r a — , y su función los hacía intermediar ios

entre e l P a p a y l a Iglesia n a c i o n a l , pero u n i n t e r m e d i a r i o en

asuntos fundamenta lmente de índole eclesiástica. F u e el p a p a

L e ó n X , es decir, u n Médicis , q u i e n , en 1513, estableció l a

representación permanente d e l P a p a d o en las cortes extran­

jeras, creando l a n u n c i a t u r a , y n o m b r a n d o a los primeros n u n ­

cios en l a corte i m p e r i a l , en F r a n c i a y en I n g l a t e r r a . 1 3 3

L A E M B A J A D A P E R M A N E N T E , n a c i d a en I t a l i a , comenzó a d i f u n ­

dirse en el resto de E u r o p a d u r a n t e l a época de F e r n a n d o e l

Catól ico , m o n a r c a cuyo talento diplomático es b i e n conocido;

y es precisamente u n orator residens español en París, A l f o n s o

de S i l v a , el p r i m e r embajador permanente n o i ta l iano. S i lva ,

n o m b r a d o p a r a ese puesto en 1464, n o tuvo u n sucesor i n m e ­

d i a t o . 1 3 4 L a embajada española en L o n d r e s adquir ió u n ca­

rácter permanente innegable con R o d r i g o González de P u e b l a ,

embajador de los Reyes Catól icos ante l a corte inglesa desde

1487 o desde p r i n c i p i o s de 1488, y hasta 1508, 1 3 5 e l p r i m e r o

de u n a larga l ista de enviados españoles en L o n d r e s . E s a

misión es aún hoy l a más a n t i g u a en l a h is tor ia de l a d i p l o ­

m a c i a p e r m a n e n t e . 1 3 6

A u n c u a n d o algunos escritores creyeran que el emperador,

Page 20: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 287

e n v i r t u d de su d i g n i d a d ecuménica, n o podía enviar emba­

jadores p e r m a n e n t e s , 1 3 7 los Habsburgos se i n g e n i a r o n p a r a

acreditar los e n su c a l i d a d de reyes de H u n g r í a y de B o h e m i a .

A p a r t i r de 1493 s e encuentran en Inglaterra embajadores

permanentes d e l emperador M a x i m i l i a n o , 1 3 8 seguidos a l poco

t i e m p o p o r otros representantes permanentes de l a corte de

V i e n a en F r a n c i a , España, T u r q u í a y l a R e p ú b l i c a de Vene-

c i a . 1 3 9 L o s reyes de F r a n c i a env iaron su p r i m e r embajador

p e r m a n e n t e a Escocia entre 1498 y 1516; 1 4 0 pero los de Ingla­

terra se esperaron hasta el siguiente siglo p a r a crear su p r i ­

m e r a embajada permanente en España, cuyo p r i m e r t i t u l a r

fue, en 1509, T h o m a s S p i n e l l y . 1 4 1

L o s países de l N o r t e y d e l Este de E u r o p a , así como los

p r i n c i p a d o s alemanes, comenzaron a enviar representantes per­

manentes en e l siglo x v i i . 1 4 2 Después de los tratados de West-

f a l i a , i n d i c a M a r t e n s , l a d i p l o m a c i a europea adopta d e f i n i t i ­

vamente l a institución de las embajadas p e r m a n e n t e s . 1 4 3

A pesar de su aceptación general en E u r o p a , algunos sobe­

ranos n o c o n s i n t i e r o n en l a introducción de embajadores per­

manentes s ino después de muchas vacilaciones. N i E n r i q u e I V

de F r a n c i a , n i E n r i q u e V I I de Inglaterra los rec ib ieron. E n

e l siglo X V I I I P o l o n i a quiso despedirlos a todos, y los Estados

Generales holandeses alegaron que eran i n ú t i l e s . 1 4 4 A l g u n o s

h a b í a n i n t e r p r e t a d o l a aceptación de embajadores como u n a

muestra de d e b i l i d a d . 1 4 5 . E l T u r c o , q u i e n consideraba el en­

v í o de embajadores como u n homenaje, n o deseaba enviar

representantes permanentes a n i n g u n a p a r t e . 1 4 6

L a nueva escuela de l a d i p l o m a c i a creó u n a clase profe­

s i o n a l , como l o h a b í a n hecho los procuradores romanos, u n a

n u e v a clase de func ionar ios públicos, destinados a representar

a su país en el extranjero. A u n q u e l a carrera diplomática

comenzó a fines de l a E d a d M e d i a en las repúblicas i ta l ianas

— y l o p r u e b a n los nombres de Petrarca, G u i c c i a r d i n i y M a -

q u i a v e l o — , las funciones diplomáticas n o f u e r o n reservadas a

u n a clase realmente profes ional antes de los siglos x v y x v i . 1 4 7

E l embajador m e d i e v a l era u n c i u d a d a n o c u a l q u i e r a , carente

de u n a destreza especial. L a diplomazia di mestiere nace en

Page 21: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

288 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

I t a l i a y se desarrol la poco a poco, con l a consolidación de las

c o m u n a s . 1 4 8

E l hecho de que u n embajador permanente tuviera q u e

alejarse de su c i u d a d de o r i g e n p o r u n período más o menos

largo, ejerció i n f l u e n c i a decisiva en l a formación de l a n u e v a

clase profesional . L o s embajadores, dice G u i c c i a r d i n i , deben

ser profes ionales , 1 4 9 pues así se apartarán poco a poco de las

gentes de iglesia y terminará p o r exist ir u n a nueva clase l a i c a

de diplomáticos. F u e así como los juristas sustituyeron gra­

dualmente a los eclesiásticos en los puestos diplomáticos.

Desde e l siglo x i v las ciudades i tal ianas los empleaban ya

p a r a misiones de ese género. C a s i todos los grandes profesores

de derecho de los siglos x i v y xv , nos i n f o r m a Nys, in terv in ie­

r o n en negociaciones d i p l o m á t i c a s . 1 5 0 L o s mejores juristas de

M i l á n fueron ut i l izados c o m o embajadores en tiempos de F r a n ­

cisco S f o r z a . 1 5 1 U n a de las características de l a d i p l o m a c i a

m o d e r n a — d i c e M o w a t — es su carácter seg lar . 1 5 2

H a y otra di ferencia m u y marcada, que apenas esbozaré,

entre los embajadores extraordinar ios medievales y los perma­

nentes modernos. A q u é l l o s eran enviados a cortes extranjeras

c o n fines m u y precisos y l i m i t a d o s . Su misión estaba siempre

m u y b i e n determinada, como puede comprobarse todavía a

p r i n c i p i o s de l siglo x v i en las instrucciones que los últ imos

V i s c o n t i daban a sus e n v i a d o s . 1 5 3 Schaube clasifica las mis io­

nes diplomáticas, antes de l a introducción de l a embajada per­

manente, en embajadas de cortesía (Hóflichkeitsgesandtschaf-

ten), embajadas de negociaciones (Verhandelngesandtschaften)

y embajadas p a r a aclaraciones (Aufklarungsgesandtschaften),

mientras que añade, las embajadas permanentes se encargan

a l a vez de estas tres funciones y de otras, entre las cuales u n a

de las más importantes es l a de i n f o r m a r en g e n e r a l . 1 5 4

L o s embajadores permanentes t ienen poderes discrecionales

más extensos que los de los antiguos embajadores. D e b e n

ver todo, i n f o r m a r sobre todo, ocuparse de casi todo. Y a l a

correspondencia de N i c o d e m o de P o n t r e m o l i deja v i s l u m b r a r

l a a c t i v i d a d m u y c o m p l e j a y v a r i a d a d e l embajador perma­

nente: e l enviado milanés e n F l o r e n c i a i n f o r m a a su señor de

los asuntos más diversos en e l o r d e n polít ico o f inanciero, a u n

Page 22: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 289

sobre aquellos que podían tener p a r a Sforza u n interés per­

s o n a l . 1 5 5 T o d o s los embajadores milaneses acreditados ante

L u i s X I , nos dice M a n d r o t , eran observadores m u y finos y se­

guros: transmitían a su gobierno cuanto e s c u c h a b a n . 1 5 6 N o

debe olvidarse que en a q u e l l a época los informes de los emba­

jadores comenzaban a ser p a r a diversos gobiernos l a única

fuente de información extranjera, y que solían o r i g i n a r toda

u n a política i n t e r n a c i o n a l .

P o r últ imo, hay que recordar que el n o m b r a m i e n t o de estos

nuevos embajadores fue u n p r i v i l e g i o celosamente g u a r d a d o

p o r e l poder centra l d e l Estado. L u i s X I negó a sus vasallos,

grandes y pequeños, e l derecho de enviarlos, y el emperador

M a x i m i l i a n o trató de i m p o n e r l a m i s m a política, con m u c h o

menos éxito. T o d a p l u r a l i d a d de gobiernos y de representa­

ciones deben evitarse, nos dice ya en el siglo x i v M a r s i l i s de

P a d u a , u n o de los creadores d e l estado laico m o d e r n o . 1 5 7

L a nueva d i p l o m a c i a fue, pues, u n a consecuencia lógica,

n a t u r a l y necesaria de los cambios sufridos a fines de l a E d a d

M e d i a en l a esfera de l a polít ica que, a su vez, empezaba a

reflejar u n a n u e v a concepción de l Estado.

N O T A S

1 Histoire des grands principes du droit des gens (París, 1933), 7 8 .

2 V . SERGUIEV: " L a diplomatie dans l'antiquité", en V . POTIEMKINE, Histoire de la Diplomatie, I (Paris, 1947), 12, 13, 16 ss., 26. G . STUART: " L e Droi t et l a pratique diplomatiques et consulaires", en R.C.A.D.I.,

4 8 ; 2 (1934), 463> passim.

3 SERGUIEV, 3 0 . STUART, 4 6 6 , 467 . R . G E N Ê T : Traité de Diplomatie

et de Droit Diplomatique, I (Paris, 1931), 18.

4 F . DE GINGINS L A SARRA: Dépêches des ambassadeurs milanais, I

(Paris, 1858), 6. A . R E U M O N T : Deila diplomazia italiana dal secuto xiii

al xvi (Florencia, 1857), 6.

5 De iure belli ac pacis, I I , x v n , 3 , n . 2.

•6 J . PARGOIRE, en el Dictionnaire d'archéologie chrétienne et de

liturgie, I (1907), 2359.

T D A C L , 2 5 4 0 ; Cf. las Novellae, V I , 2; V I , 3; y C X I I I , 2 3 , de JUSTI-NIANO, y el Codex, I, 3 , De episcopis et clericis, 4 2 . A . LÖHREN: Beiträge

zur Geschichte des gesandtschaftlichen Verkehrs im Mittelalter (Hei idel­

berg, 1884), 106.

8 STUART: op. cit., 4 6 8 . H a y también apocrisiarios de los monaste-

Page 23: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

L u i s W E C K M A N N FI 1-2

rios. ( D A C L . 2549); y LÖHREN: loc. cit., habla de apocrisiarios a l servicio

del arzobispo de Ravena. Cf., en general, L u x ARDO: Das vordekretalische

Gesandtschaftsrecht der Päpste (Innsbruck, 1878) .

9 QUESNEL se inc l ina por aceptar esta fecha y agrega: nova res, nec

anterioribus Ecclesiae Romanae pontificibus usurpata ("De vita et de

rebus gestis S. Leonis M a g n i " , en MIGNE: Patrologia Latina, L V , 285 B ad a. 4 5 3 , n. 4) . HINSCHIUS comparte esa opinión (Kirchenrecht, I , 501) .

H i n c i m a r de Reims hace remontar los inicios de los apocrisiarios pont i ­

ficios al siglo i x , y atribuye su paternidad a Constantino ("De ordine

pa lat i i " , en MIGNE : P . L . , C X X V , 998 D). Los B a l l e r i n i , por su parte,

datan su creación en el año de la reconquista de R o m a por Belisario

("Bal lerinorum annotationes", a QUESNEL, loe. cit.).

10 D A C L , 2543.

11 DUCANGE, Glossarium, sub "Apocrisarius" (p. 317). D A C L , 2546.

12 Op. cit., 998 D ,

13 Op. cit., 317.

14 D A C L , 2548.

15 P. HINSCHIUS: Das Kirchenrecht der Katholiken und Protestanten

in Deutschland, I (Ber l in , 1869), 5 0 2 . Sobre los apocrisiarios en general,

véase el volumen V I I , pp. 4 8 - 5 9 , $2 ss. y 1145s., de G . AUDISIO: Diploma­

zia Ecclesiastica (Roma, 1684). L . THOMASSIN crea una confusión entre

apocrisiarios y legados ordinarios (Ancienne et nouvelle discipline de

l'Église, vol . I I , i , c. 2, n . 14; p. 147).

16 SERGUIEV: op. cit., 126. LÖHREN : " A n einen ständische Gesandts­

chaft i n unserm Sinne, des päpstlichen N u n t i e n vergleichbar kann dabei

keineswegs gedacht werden" {pp. cit., 107).

17 Cf. L . W E C K M A N N : El pensamiento político medieval y las bases

para un nuevo derecho internacional (México, 1950, pp. 98-113).

18 P . PRADIER-FODÉRÉ: Cours de Droit Diplomatique, I (Paris,

1899),

19 O . KRAUSKE: Die Entwickelung der ständigen Diplomatie (Leipzig,

1885), 147. A . PIEPER: Zur Entstehungsgeschichte der ständigen Nuntia­

turen (Friburgo, 1894), 1. Reumont atribuye a Venecia u n papel de p r i ­

mera importancia en el establecimiento de estas embajadas. (Della diplo­

mazia italiana dal secolo xiii al xvi. Florencia, 1857, 5-6.)

29 Sobre el panorama político de Italia en esta época, cf. B. BUSER: Die Br e Ziehungen der Medice er zu Frankreich, 1434-1494 (Leipzig, 1879,

26-77).

21 S. KOSMINSKI, en V . POTIEMKINE, op. cit., I , 145; R . B. M o WAT:

A History of European Diplomacy, 1451-1789 (Londres, 1928), 4. Los

gobiernos italianos (del siglo xv), dice Lavisse, confiaban más en su

diplomacia que en sus fuerzas militares (Hist. Générale, I V , 4) . Los i n ­

tereses comerciales, naturalmente, no fueron extraños a esta creación

(R. N U M E L I N : Les Origines de la Diplomatie, Paris, 1942, 255).

22 V i l l a r i nos dice que es necesario buscar en Milán la primera trans-

Page 24: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 291

formación de la comunidad ital iana en u n estado moderno. (Niccolo

Machiavelli e i suoi tempi, I, Florencia, 1877, 30.)

23 Ady ha hecho notar que en las Capitulaciones de 1450, dos capítu­

los dejan entrever al príncipe territorial (A History of Milan, Londres,

1907, 80). E l documento por el que los milaneses ofrecen l a soberanía

a Sforza puede verse en M . FORMENTINI: II Ducato di Milano: studi sto­

rici documentati, Milán, 1877, 70-71. Sobre la organización del estado

milanés llevada a cabo por Sforza, cf. La Storia delle signorie italiane

(1130-1350), de C i p o l l a (Milán, 1881), 441 . J . Luchaire ha observado

cómo se encuentran ciertos rasgos distintivos en l a diplomacia de Sforza,

que alejan a Milán de la Edad M e d i a clásica. (Les sociétés italiennes du

xiii au xv siècle. París, 1933, 101.)

24 A D Y , op. cit., 8 9 , quien repite la opinión de GAILLARD , en su His-

toire de François 1er.

25 KOSMINSKI: op. cit., 147.

26 CIPOLLA: op. cit., 456.

27 F. LANDOGNA: La Politica dei Visconti in Toscana (Milán, 1929),

121.

28 c. M . A D Y : "Florence and N o r t h e r n Italy, 1414-1492", en l a

Cambridge Mediaeval History, V I H (1936), 214-215. Véase u n elogio de

Sforza, hecho por sus contemporáneos, en GAGNOLA: Storia di Milano

(Archivio storico italiano, I I I , 1842), 174-175.

29 A D Y : History of Milan, 19, 4 0 . L a amistad entre Sforza y los

Médicis fue la base de la paz y la seguridad de sus respectivos estados

(MAGNANI: Relazione private tra la corte sforzesca e Casa Medici, 1450-

1500. Milán, 1910, 3). SiSMONDi analiza en su Histoire des républiques

italiennes au Moyen Âge ( I X , Paris , 1826) las razones que fundaron esta

alianza (375 ss.). Véase también E . RUBIERI: Francesco Primo Sforza, II

(Florencia, 1879), 227.

30 J . D . H I L L : A History of Diplomacy in the International Develop­

ment of Europe, II (Nueva York, 1906), 154.

S i A . SCHAUBE: " Z u r Entstehungsgeschichte der ständigen Gesand­

tschaften", en Mitteilungen des Insttituts für österreischische Geschichts­

forschung, X (1889), 511 .

32 KRAUSKE: op. cit., 31 . SCHAUBE: loc. cit.

33 E n 1451 y en 1455: SCHAUBE: loc. cit. E n 1458 se encuentra en

R o m a a un cierto Otto Garetti como embajador de Sforza (ibid, 517).

34 De rebus gestis Francisci I Sfortiaeß en MURATORI: Rerum italica-

rum script ores, X X I ( 1 7 3 2 ) , 702 D e

35 Economie Politique du Moyen Âge, I (París, 1859), 180. Sobre

los designios políticos de Sforza en Genova, cf. A . SORBELLI: F. Sforza a

Genova (Boloña de Francia , 1901), 38-53.

36 SCHAUBE: op. cit., 518. E . DUPRÉ THESSEIDER: L'arte della diplo­

mazia nel Quattrocento (Como, 1945), 9 6 . PIEPER: op. cit., 1, n .

Page 25: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

292 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

37 Los embajadores florentinos se presentaron en Milán con peque­

ños intervalos. SCHAUBE: op. cit., 515. H I L L : op. cit., 154.

38 MALIPIERO: Annali veneti, en A.s.i., V I I (1843), 2 ° 6 -

39 MALIPIERO, 238.

49 Las relaciones entre Venecia y Bizancio datan del siglo v i . BAS-CHET: La diplomatie vénitienne (París, 1862), 20 s. Cf. KOSMINSKI: op.

cit., 1505.

41 V . SERGUIEV, en POTIEMKINE: op. cit., I, 86. Cf. E . N Y S : " L e com­

mencement de la diplomatie et le droit d'ambassade jusqu'à Grot ius" ,

en Revue de Droit International et de Législation Comparée, X V (1883),

I> 579-

42 KOSMINSKI: op. cit., 151. Estas representaciones temporales eran

determinadas por las circunstancias. BASCHET: op. cit., 3 0 0 . H I L L : op.

cit., 153.

43 KRAUSKE: op. cit., 45-46. BASCHET: op. cit., 215. W . A . PHILLIPS:

art. "Dip lomacy" , en la Encyclopaedia Britannica, 11^ ed., V I I I , 297.

44 KRAUSKE: op. cit., 147: " D i e ständigen Gesandtschaften stammen

aus des italienischen Staaten, vorzüglich aus Venedig wo sich die Praxis

i m X v . Jahrhundert vollständing entwickelt hat."

45 . . . "et secundum casuum ocurrentium montantum spir i tua l ium

et ecclesiasticorum sed etiam secularium et temporal ium". E l documento

se encuentra en l a sezione terza del Archivo del Estado, en T u r i n ( N .

BIANCHI: Le materie politiche relative all'estero degli archivi di stato

piemontese, Boloña-Modena, 1876, 28-30). Se trata de u n caso aislado

en la diplomacia saboyarda. (CARUTTI: Storia della diplomazia della casa

di Savoia. T u r i n , 1875, 408.)

46 SCHAUBE: op. cit., 517.

47 L . W E C K M A N N : "Estado medieval y Estado moderno", en J U S ,

C X L (Mexico, marzo de 1940).

48 Cf. L . W E C K M A N N : El pensamiento polìtico medieval, capítulos

17 y 18.

49 E . H . KANTOROWICZ y G . L . HASKINS: " A diplomatie mission o£

Francis Accursius and his Orat ion before Pope Nicholas I I I " , en The

English Historical Review, 58 (1943), 429, 430. L o que caracteriza, sobre

todo, a l siglo x iv , dice Burckhardt , son los esfuerzos de los condottieri

por alcanzar la soberanía independiente (La civilisation en Italie au temps

de la Renaissance, I, Paris, 1906, 18).

50 L . W E C K M A N N : Pensamiento politico medieval, 182.

51 Civitas superiorem de facto non recognoscens... est sibi princeps:

ad Dig. Vet., I V , 4, 3; ad. L . 4 Dig. 5 0 , 9, n. 7. Estas teorías tuvieron

influencia decisiva en la doctrina de Salutati. Véase, en particular, el

Tractatus de Tyranno, I I , 10; I I , 14 (Ed. E. Ercole, en Quellen der Rechts­

philosophie, I. Berlín, 1914, X X V I I I , X X I X . Cf. también las pp. 32»

63 ss).

52 A . SOLMI: Storiai del diritto italiano (Milán, 1930), 4 2 3 .

Page 26: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 293

53 E . BESTA: Legislazione e Scienza Giuridica della caduta dell'Im­

pero Romano al secolo xvi, Parte 2 (Milán, 1925), 760.

54 Cf. Antiqua ducum Mediolanensium decreta (Milán, 1564), y BESTA: op. cit., 761.

55 G . P. BoGNETTi: "Registro d i decreti della Cancelleria d i F i l i p p o

M a . Visconti" , en Arch. stor. lomb., 54 ( 1 9 2 7 ) , nums. 57 (1442), 8 0 , 71 ,

I Ô 6 " ^ (*443)> 1 9 1 , l9*> 203 (1444), e t c . .

56 SIMONETTA: De rebus gestis Fr. I Sfortiae, en M u r a t o r i , Rer . i ta l . ,

ser X X I , 602. Cf. A . COLOMBO : "L' ingreso d i F r . Sforza i n M i l a n o e

L ' i n i z i o d i u n nuovo p r i n c i p a t i " , en Arch. stor. lomb., scr. 4 , I V

(1905) , 46.

57 Archivio civile storico di Milano, Dicasteri, cart. 4 , etc. ap. C O ­L O M B O : op. cit., Apénd. I l i , 8 3 ; y Apénd. V I I , 99.

58 H . K O H N : The Idea of Nationalism (Nueva York, 1944), 130.

59 Cf. C . MoRBio (ed.) , Codice visconteo-sforzesco (Milán, 1846).

60 E . H . KANTOROWICZ: Friedrich der Zweite (Berlín, 1929).

61 Cf. H . X . ARQUILLIERE: L'Augustinisme Politique (Paris, 1934).

62 Schramm ha demostrado que la imitatio sacerdotii del poder secu­

lar y l a imitatio imperii del papado, deben ser colocadas entre las ideas

directrices de la teoría política medieval: " R e g n u m u n d Sacerdotium i m

Austausch ihrer Vorrechte", en Studi gregoriani, rae. da G. B. Borino, III

( R o m a , 1947), 4°3"457-

63 Codice visconteo-sforzesco, núm. V i l i (1401), p. 25 . L a fórmula

ex-certa scientia, etc., se encuentra en los números I X (1401), pp . 2 6 ,

3 1 ; X I I (1406), p . 4 1 ; X I V (1406), p. 4 9 ; X L I I (1410); C X X V (1441),

p . 3 0 5 ; C X L V I ( 1 4 5 0 ) , p. 3 4 0 ; y también en L . Osio: Documenti diplo­

matici tratti dagli archivi milanesi, vo l . I II (Milán, 1872), núms. 192

(H39>> 193 0439), * 9 6 (1439)» 224 (144 1 )* 2 6 0 (1443), etc.

64 Codice visconteo-sforzesco, núm. L I (1413), p. 154.

65 Ibid., núm. 62 (1452), p. 347.

66 ibid., núm. C C C X V I (1497), p . 517.

67 Op. cit., 657.

68 LANDOGNA. op. cit., 3 .

69 Codice visconteo-sforzesco, núm. X X I I I (1407), p. 66. SOLMI (op.

cit., 6 5 2 , n. 1) habla de u n decreto de Ludovico el M o r o en donde se

puede leer: . . . per conservare in buona quiete et traquilità li sudditi di

questo suo stato.

70 v . M E N Z E L : Deutsches Gesandtchafstswesen im Mittelalter (Hano­

ver, 1892), 210. Cf. H E F F T E R - G E F F K E N : Das Europäische Völkerrecht der

Gegenwart (1882), 4 5 .

71 E . N Y S : Les Origines du Droit International (Bruselas-Paris, 1891),

3 2 1 .

72 FUSTEL DE COULANGES: La cité antique, 194, 248, 249. F . F U N C K -

BRENTANO : " L e caractère religieux de la diplomatie du Moyen Âge", en

l a Revue d'histoire diplomatique, I (1887), 115.

Page 27: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

*94 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

73 FUNCK-BRENTANO: op. cit., 115, 116, 117.

74 /d . , 118.

75 G . AUDISIO: Diplomazia ecclesiastica (Roma, 1864), 126. F . CICCA-

GLIONE: Manuale di storia del diritto italiano, II (Milán, 1901), 311.

76 C. C A L V O : Le Droit International théorique et pratique, I (1880),

455-

77 B . L . ION M A C K A Y : Die moderne Diplomatie (Francfort, 1915),

13» 35-

78 T)e legationibus (Hanover, 1596), 5 8 . %

79 E . N Y S : op. cit.} 322.

so A . DEGERT: " L o u i s X I et ses Ambassadeurs", en la Revue Histo-

rìque, 154 (1927), 11. Cf. también KRAUSKE: op. cit.} 55.

81 Necessariam putamus esse scientiam sacrarum, divinarumque lit-

terarum... legatum volumus in primis divinae scientiae laudem esse

adeptum (Venecia, 1566), f. 31 v ° , f. 32.

82 H . FINCKE se inc l ina por el pr incipio del siglo x i v (Acta Arago-

nensia, I, Leipzig , 1908, p. cxxv), mientras que Heckel nos informa que

los primeros procuradores permanentes datan del pontificado de Grego­

rio I X ("Das Aufkommen der ständigen Prokuratoren an der päpstlichen

kurie i m 13. Jahrhundert" , en Miscellanea Fr. Ehrte, II . R o m a , 1924, P- 317)-

83 H E C K E L : op. cit., 318.

84 Monumenta Germaniae Histórica. Constitutiones, III , números

48 (1274), p. 42; 49 ( 1 2 7 4 ) , pp. 4 2 - 4 3 ; 76 (1274), p. 635.

85 E n 1278: M.GH.y Constit., I I I , n u m . 182, p . 167 s. Cf. n u m . 210

(pp. 194-195) y M.G.H., Epistola saeculi, X I I I , I I I , nums. 560 y 561 (A.

D. 1263).

86 H . GRAUERT : "Magister H e i n r i c h der Poet i n Würzburg u n d die

römische K u r i e " , en Abhandlungen der bayerischen Akademie der Wis­

senschaften (phil .-philolog. u n d hist. Klasse) , 27 (1927), 231 ; y P .

DURRIEU: Les archives angevines de Naples, II (Paris, 1887), 337. Cf.

también BENOFFI: Dei procuratori generali dei minori nella Curia ro­

mana (Pesaro, 1830).

87 FINCKE: op. cit., I, C X X V I .

88 FINCKE: op. cit., I, C X X V .

89 Según el estudio de FINCKE , el primero de esta lista fue u n canó­

nigo de Barcelona: op. cit., I, C X X V I I .

90 E n 1297 (Bernardo Ferrara, canónigo de Lérida), y en 1299 (Be­

rengario de Pavo, canónigo de Gerona). Otros procuradores hicieron su

aparición en 1300, 1301, 1303, etc. FINCKE: op. cit., I, C X X X V I I I s .

91 Storia del diritto italiano (Florencia, 1930), 191.

92 Se encuentra en una constitución papal que data, según M u r a ­

tori , de ca. 1220, una mención a los procuradores qui fuerint in Curia

per biennium: Iura et Constitutiones Cancelleriae, Constitutiones summo-

rum Pontificum, I I , 12, ap. T A N G L : Die päpstliche Kanzleiordungen 1200-

Page 28: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 295

1500 (Innsbruck, 1894), 5 5 . N o se deben confundir a estos procuradores

con los procuratores fisci que son los advocati fiscales del papa. Cf. H E I N Z GÖRING: Die Beamten der Kurie unter Bonifaz X, V I H (Heildelberg,

i934)> 13-14. 03 Ibid.

94 GRAUERT: op. cit, 230, n. 1.

95 Enr ique de Wurzburgo, que escribió durante el pontificado de

U r b a n o I V (1261-1264). Cf. S. L . P O O L E : Lectures on the History of the

Papal Chancery (Cambridge, 1915), 1 6 2 5 5 .

96 GRAUERT: op. cit., 230.

97 M A U L D E L A CLAVIÉRE , M . DE: La diplomatie au temps de Ma-

chiavel, I (París, 1892), 325.

98 FINCKE: op. cit., I, C X X X I X .

99 E. GÖLLER : " D i e Kommentatoren der päpastlichen Kanzleiregien

v o m Ende des 15. bis zum Beginn der 17. Jahrhunderts" , en el Archiv

für katholisches Kirchenrecht, vol . 85 (1905), 4 4 1 .

100 Constitutiones, etc., X X V I , 33 ( M a r t i n V en 1418), ap. T A N G E : op.

cit., 143.

101 Constitutiones, etc., X X I X , 26 ( M a r t i n V ) , ap. T A N G L : 156.

102 Juramenta: X I I , Juramentum Procuratorum audiencie contradic-

tarum et advocatorum, ap. T A N G L : op. cit., 46-47.

103 Constitutiones, etc., I I , 15 ap. T A N G L : op. cit., 55 .

140 Constitutiones, etc., X V I (Benedicto X I I en 1 3 0 ) , ap. T A N G L : 123, ibid, X X I , p p . 128-130.

105 Constitutiones, etc., I I , 13 (de ca. 1220); X V I ( TANGL : p. 119);

X X V I , 33 y 36 (Martín V , en 1418) (id., p. 143), X X I X , 28 (también de

Martín V ) : T A N G L : p. 156.

106 Constitutiones, etc., X I I , 15 (Juan X X I I , en 1331), ap. T A N G L : p. 114. Cf. ibid., V I I , 20 (p. 67) y otras dos constituciones de los papas

U r b a n o V I y J u a n X X I I , ap. E . VON O T T E N T H A L : Die päpstlichen Kanz-

leireglen von Johannes XXII bis Nicoulaus V (Innsbruck, 1 8 8 8 ) , 53-

54* 8.

107 Op. cit., I , 326.

108 w D I E K A M P : " Z u m päpstlichen Urkundenwesen", en Mitteilungen

des Instituts für österreichische Geschichtsforschung, III ( 1 8 8 2 ) , 3 0 3 ; I V

(1883) , 525. Cf. Constitutiones, etc., X I I , 15 ap. T A N G L : 114.

109 FINCKE: op. cit., I , C X X V .

H O Ibid., C X X V I .

111 Escritas entre 1371 y 1376: A . SEGRE: " I dispacci d i Cristóforo da

Piacenza, Procuratore mantovano alia corte pontif ica (1371-1383)", en el

Archivio storico italiano, ser. V , vol . 43 (1909), 27.

112 W . VON H O F M A N N : Forschungen zur Geschichte der Kurialen Be­

hörden von Schisma bis zur Reformation, I (Roma, 1914) , 135, n . 2

in fine.

113 T A N G L : 371 .

Page 29: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

2g6 L U I S W E C K M A N N FI 1-2

114 Ibid., 378.

115 V . BALZANI : " U n ambasciata inglese a R o m a (anno 1487)" , en

Archivio della società romana di storia patria, I I I (1880), 307. E n l a

tumba del obispo de D u r h a m se lee: . . . régis Angliae orator (Forcella,

Inscrizioni, V I I , 167).

116 M A U L D E L A CLAVIÉRE: op. cit., I, 325.

117 Ibid., 326.

u s FINCKE: op. cit., I , C X X V I .

i l o L . Osio: Documenti diplomatici tratti dagli archivi milanesi, III

(Milán, 1872), núms. C L X X X X V I (p. 91), C C X X I V (p. 229) y C C L X (pp.

285-288).

120 Osio: op. cit., I I (Milán, 1869), núm. C C C I X (pp. 339-340), III

(Milán, 1872), núms. C L X I I I (pp. 1 6 2 - 6 4 ) , C L X X X V I I I (p. 192),

C L X X X X V I (p. 191) y C C L X (pp. 285-288).

121 L a palabra nuntius, dice M A U L D E L A CLAVIÉRE , se conservó tam­

bién en los siglos x i v y x v . . . y se asocia a menudo con el término "pro­

curador" (op. cit., I, 29). Cf. VILLADIEGO: De legato, I I I , 1. E n 1446, F i ­

l ippo M a r i a Visconti envió a Pietro Posteria ante Francesco Sforza, corno

procurador, nuncio y comisario especial. (Documenti diplomatici, III

C C C L X X V I , p. 460). E n la M . G . H . Constit., núm. 76 (p. 635) , se men­

ciona u n procurador y nuncio del Emperador Rodol fo ante el papa Gre­

gorio X .

122 Como el obispo de D u r h a m ya nombrado, procurador y orador de

Enrique V I L

123 G . POST: "P lena Potestas and Consent i n mediaeval Assemblies",

en traditio, I (1934), 364. Se encuentran numerosos ejemplos de esta prác­

tica en Documenti diplomatici, I I , núm. C C C I X ; I II , núm. C L X X X X I I ,

núm. C C C L X X V y núm. C L X X X X V I , etc.

124 M . G . H . : Constitutiones, III , núm. 76 (p. 63 s.) ; núm. 82 (p.

167 s.y

125 Osio: op. cit., I I I , núm. C C L X (30 de a b r i l de 1443), p. 288.

126 A . SCHAUBE: " Z u r Entstehungsgeschichte der ständigen Gesandts­

chaften", en Mitteilungen des Instituts für österreichische Geschichtsfors­

chung, X (1889), 525. A . DEGERT: op. cit., 10. A . PIEPER: Zur Entste­

hungsgeschichte der ständigen Nuntiaturen (Friburgo, 1894, 1, n.)

127 N o se encuentra ningún esclarecimiento en las instrucciones de

Alberigo Malettá, publicadas por MANDROT, Dépêches, I, 420-424. Cf. E .

DUPRÉ-THESEIDER, NICCOLO MACHIAVELLI: Varie della diplomazia nel Quat­

trocento (Como, 1945), 96 .

128 Como lo afirma SCHAUBE, op. cit., 525 .

129 Como lo pretende KRAUSKE, op. cit., 51 . Krauske funda su opinion

en los documentos recogidos por DESJARDINS: Négociations diplomatiques

entre la France et la Toscane, I, 109-127.

1^0 BASCHET: La diplomatie vénitienne, 299. Cf. D . J . H I L L : op. cit.,

II , 3 0 0 , y E . N Y S : Les Origines du Droit International, 306. Krauske no

Page 30: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

FI 1-2 L A S M I S I O N E S D I P L O M Á T I C A S P E R M A N E N T E S 297

comparte esa opinión: el primer embajador veneciano permanente en

París fue, según él, Marco Dándolo (1513-1515); pero se puede afirmar,

en todo caso, que los embajadores venecianos en París se sucedieron re­

gularmente a part ir de 1479.

131 KRAUSKE: op. cit., 35. E l primer embajador permanente veneciano

en e l Imperio fue u n Contarini .

132 E l pr imer t i tular de esta embajada fue Andrea Trevisano (1496-

1498). BASCHET: op. cit., 108. Cf. R A W D O N : Archivio di Venezia^ con ri~

guardo alia storia inglese, 128.

133 A . PIEPER: op. cit., 4 , y Die päpstlichen Legaten in Deutschland,

Frankreich und Spanien (Münster, 1897), p . i n . S. SKAZKINE: Diplomatie

des Temps Modernes (siglos xvi-xvn), en V . POTIEMKINE: op. cit., I, 164.

E . N Y S : op. cit., 365. R . F . WRIGHT: Medieval Internationalism (Lon­

dres, 1930), 94-95.

134 KRAUSKE: op. cit., 8 8 .

135 KRAUSKE: op. cit., 76.

136 Ibid., y W . A . PHILLIPS, art. "Dip lomacy" , en l a Encyclopaedia

Britannica, V I I I (11^ ed.), 297. Las fechas del establecimiento de otras

embajadas permanentes españolas son: 1506 para Alemania (Pedro de

Ayala , pr imer embajador permanente); 1506, de Aragón en Castilla (Luis

Ferrer); 1518, para Francia; 1521, para Venecia (Alonso Sánchez), etc.

KRAUSE: op. cit., 8 1 , 8 3 , 8 8 , 9 2 .

137 Especialmente CARPZOW: De capitulatione Caesarea sive de lege

regia germanicorum, etc. (Bückenburg, 1623), c. 13, y R E T H E L : De am-

basciatoribus (Marburgo, 1685), I , V I I .

138 Se debe dar atención aquí a la presencia, en Inglaterra, en varias

ocasiones, de Walter d'Ocra, encargado de negocios imper ia l , cuya misión

reviste cierto carácter permanente; Mateo Paris l lama a Walter nuntius

consuetus del emperador (E. H . KANTOROWICZ: "Petrus de V i n n e a i n

E n g l a n d " , en Mitteil, des öster. Inst, für Geschichtsforschung, L I (1937),

6 4 , n . 81 .

139 KRAUSKE: op. cit., 113, 114, 116, 118.

140 E n orden cronológico, los embajadores permanentes franceses en el

extranjero, después del designado para Escocia, fueron los enviados a

V i e n a (1509), Florencia (1511), V a l l a d o l i d (1520), Londres y a Venecia

(1521). KRAUSE: 66 , 6 2 , 6 3 , 61 , 68-69.

141 KRAUSKE: op. cit., 97 .

142 SKAZKINE: op. cit., 164.

143 F. DE MARTENS: Traite de Droit International, II (París, 1886) , 24.

144 c. HURST : "Les immunités diplornatiques", en Recueil des cours

de VAcadémie de Droit International, X I I : 2 (1926), 119.

145 E . DUPRÉ-THESEIDER: op. cit., 97 .

146 WICQUEFORT , según N Y S : op. cit., 3 2 0 .

147 A . R E U M O N T : op. cit., 6.

148 DUPRÉ-THESEIDER: op. cit., 9 4 .

Page 31: ORIGEN DE LA MISIONES S DIPLOMÁTICAS PERMANENTES …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/22810/1/01-002-1960-0268.pdf · bién las razones que determinaron la creación de las

2û8 L u i s W E C K M A N N FI 1-2

149 Francesco GUICCIARDINI: Scritti politici e Ricordi (ed. R . Palma-

rocchi, B a r i , 1933, p. 282).

150 Op. cit., 321 .

151 A . VISCONTI: Storia di Milano (Milán, 1937), 323.

152 A History of European Diplomacy, 1451-1789 (Londres, 1 9 2 8 ) , 5 .

153 Por ejemplo, ver L . Osio: Documenti Diplomatici, I I , números

C X L V H , L X X X V I , C C L X V , C C X L V I I , C C X X ; I H , núms. V , L X X I V ,

I C , C X X V I I I , C L X I I I , C C C L X X X , etc.

154 SCHAUBE: op. cit., 540. V . M E N Z E L (Deutsche Gesandtschaftswesen

ìm Mittelalter) menciona una embajada bávara en R o m a , en 1401-1402,

con poderes muy amplios (p. 209).

155 B. BUSER: Die Beziehungen der Mediceer zu Frankreich (Leipzig,

1879) señala las comunicaciones enviadas por Nicodemo a Sforza. Asun­

tos políticos y financieros muy variados son mencionados, por ejemplo,

en: I, 12; I , 18; I I , 7; I I , 2 3 ; I I , 38; I I , 4 6 ; etc.

156 Dépêches des ambassadeurs milanais en France durant les pre­

mières années d u règne de Louis X I (Paris, 1910), 3 .

157 Defensor Pacis, I , X V I I , 3-9.


Top Related