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ENADE COMENTADO 2007
Farmcia
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Chanceler
Dom Dadeus GringsReitor
Joaquim ClotetVice-Reitor
Evilzio Teixeira
Conselho Editorial
Ana Maria Lisboa de MelloElaine Turk Fariarico Joo HammesGilberto Keller de AndradeHelenita Rosa FrancoJane Rita Caetano da SilveiraJernimo Carlos Santos BragaJorge Campos da CostaJorge Luis Nicolas Audy PresidenteJos Antnio Poli de FigueiredoJurandir MalerbaLauro Kopper FilhoLuciano KlcknerMaria Lcia Tiellet Nunes
Marlia Costa MorosiniMarlise Arajo dos SantosRenato Tetelbom SteinRen Ernaini GertzRuth Maria Chitt Gauer
EDIPUCRS
Jernimo Carlos Santos Braga DiretorJorge Campos da Costa Editor-chefe
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Maria Cristina Werlang
Flavia Vallado Thiesen
Ana Lgia Bender
(Organizadores)
ENADE COMENTADO 2007
Farmcia
Porto Alegre2010
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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
Ficha Catalogrca elaborada pelo Setor de Tratamento da Informao da BC-PUCRS.
EDIPUCRS Editora Universitria da PUCRS
Av. Ipiranga, 6681 Prdio 33Caixa Postal 1429 CEP 90619-900Porto Alegre RS BrasilFone/fax: (51) 3320 3711e-mail: [email protected] - www.pucrs.br/edipucrs
EDIPUCRS, 2010
CAPARodrigo VallsREVISO DE TEXTORafael SaraivaEDITORAO ELETRNICAGabriela Viale Pereira e Laura Guerra
Questes retiradas da prova do ENADE 2007 da Farmcia
E56 ENADE comentado 2007 : farmcia [recurso eletrnico] /
organizadoras, Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado
Thiesen, Ana Lgia Bender. Dados eletrnicos. Porto Alegre : EDIPUCRS, 2010.
88 p.
Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader
Modo de Acesso:
ISBN 978-85-397-0032-5 (on-line)
1. Ensino Superior Brasil Avaliao. 2. Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes. 3. Farmcia
Ensino Superior. I. Werlang, Maria Cristina. II. Thiesen,
Flavia Vallado. III. Bender, Ana Lgia.
CDD 378.81
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SUMRIO
APRESENTAO ..................................................................................................... 7Ana Lgia BenderCOMPONENTE ESPECFICO -QUESTES OBJETIVAS
QUESTO 11 ........................................................................................................... 10Airton Monza da Silveira e Fernanda Haar
QUESTO 12 ........................................................................................................... 12Cristina Maria Moriguchi Jeckel e Paula Feltes
QUESTO 13 ........................................................................................................... 15Virgnia Mingheli Schmitt
QUESTO 14 ........................................................................................................... 18Flavia V. Thiesen, Aline R. Zimmer e Laura S. Marder
QUESTO 15 ........................................................................................................... 20Maria Cristina Werlang
QUESTO 16 ........................................................................................................... 23Bruno Simas da Rocha e Maria Elisa Ribeiro Duarte
QUESTO 17 ........................................................................................................... 26Airton Monza da Silveira
QUESTO 18 ........................................................................................................... 28Natan Estivallet
QUESTO 19 ........................................................................................................... 30Denise Milo e Jos Aparcio Brittes Funck
QUESTO 20 ........................................................................................................... 33Ana Lgia Bender, Ana Luisa Fianco, Bruna Cappellesso, Patrcia Rodrigues eVernika Reisdorfr
QUESTO 21 ........................................................................................................... 35Myriam Perrenoud
QUESTO 22 ........................................................................................................... 37Terezinha Paz Munhoz
QUESTO 23 ........................................................................................................... 39Maria Cristina Werlang e Natan Estivallet
QUESTO 24 ........................................................................................................... 41Liamara Andrade
QUESTO 25 ........................................................................................................... 43Airton Monza da Silveira e Fernanda Haar
QUESTO 26 ........................................................................................................... 46Maria Cristina Werlang e Fernanda Haar
QUESTO 27 ........................................................................................................... 48Flvia V. Thiesen, Aline R. Zimmer e Laura S. Marder
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QUESTO 28 ........................................................................................................... 51Flavia V. Thiesen, Aline R. Zimmer e Laura S. Marder
QUESTO 29 ........................................................................................................... 54Marlise Arajo dos Santos e Flvia Nathiely Silveira Fachel
QUESTO 30 ........................................................................................................... 56Natan Estivallet
QUESTO 31 ........................................................................................................... 58Fernanda B. Morrone e Paula Juliana B. Seadi Pereira
QUESTO 32 ........................................................................................................... 60Temis Corte
QUESTO 33 ........................................................................................................... 62Airton Monza da Silveira
QUESTO 34 ........................................................................................................... 64Marlise Arajo dos Santos e Flvia Nathiely Silveira Fachel
QUESTO 35 ........................................................................................................... 67Bruno Simas da Rocha
QUESTO 36 ........................................................................................................... 70Maria Elisa Ribeiro Duarte
COMPONENTE ESPECFICO -QUESTES DISCURSIVASQUESTO 37 ........................................................................................................... 75
Denise Milo e Jos Aparcio Brittes FunckQUESTO 38 ........................................................................................................... 78
Ana Lgia Bender, Ana Luisa Fianco, Bruna Cappellesso, Patrcia Rodrigues eVernika Reisdorfr
QUESTO 39 ........................................................................................................... 81Fernanda B. Morrone e Paula Juliana B. Seadi Pereira
QUESTO 40 ........................................................................................................... 84Cristina Maria Moriguchi Jeckel, Denise Milo e Paula Feltes
LISTADECONTRIBUINTES ................................................................................... 87
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 7
APRESENTAO
A formao dos (as) profissionais da Sade, em nvel de Graduao, estamparada pela Lei n 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases, que fundamenta a
Educao Superior no Brasil, e nas Polticas de Sade vigentes.
As diretrizes nacionais curriculares para os cursos de Farmcia resoluo
CNE/CES 2, de 19 de fevereiro de 2002 alinham formao de um profissional
farmacutico capacitado para o exerccio das atividades referentes ao medicamento
e produtos farmacuticos, s anlises clnicas e toxicolgicas e ao controle,
produo e anlise de alimentos. O perfil formativo generalista, humanista, voltado
para as necessidades da sociedade e para a ateno integral sade, capaz de
inserir-se em aes de preveno, promoo, diagnstico e tratamento, atuando em
equipes multidisciplinares, de forma inter e transdisciplinar.
Em um cenrio em que a sociedade evoca a presena de profissionais e
cidados comprometidos com os valores ticos sociais e humanos, o Brasil cria o
Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior SINAES, Lei n
10.861/2004, que prope parmetros essenciais para a avaliao da Educao
Superior. O SINAES preconiza uma formao que atenda aos princpios de
qualidade e relevncia voltados s necessidades de desenvolvimento do pas. A
avaliao permanente de todos os processos formativos precisa estar incorporada
ao cotidiano dos agentes envolvidos no processo: alunos, professores, funcionrios
e instituies de ensino, de modo a aproxim-lo da realidade social. A formao
farmacutica hoje agrega a necessidade do desenvolvimento de competncias
fundamentadas na vigilncia em sade e sade coletiva, alinhadas s polticas do
Sistema nico de Sade.
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes ENADE constitui-se
em uma das etapas de avaliao do SINAES. Seu propsito avaliar o
desempenho dos estudantes, identificando se as condies de ensino, o
conhecimento, as competncias e as habilidades pretendidas, se as metodologias
utilizadas encontram-se alinhadas aos princpios e orientaes das Diretrizes
Curriculares do Curso.
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8 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
O ENADE Comentado, do Curso de Graduao em Farmcia, se prope a
discutir com a comunidade acadmica, da Faculdade de Farmcia, as questes que
compuseram o Exame realizado em 2007, promovendo e ampliando debatesrelativos s prticas e ao cenrio da Sade no qual se insere o Farmacutico. Ao
mesmo tempo como instrumento de avaliao, oportuniza de modo contnuo
reflexes acerca do processo pedaggico desenvolvido ao longo do Curso.
A prova do ENADE/2007 para o Curso de Farmcia foi composta por 40
questes: 10 questes de formao geral, 30 questes de contedo especfico,
sendo 26 com respostas objetivas e 4 questes discursivas. Tambm integra a
Prova do ENADE um questionrio no qual o estudante refere sua percepo acercado curso e estrutura do mesmo, no contexto da Universidade.
Nesta publicao so apresentadas as 30 questes especficas
farmacuticas discutidas por grupos de professores, alunos e residentes
farmacuticos do Programa de Residncia Multiprofissional em Sade (PREMUS).
Ao final da discusso de cada questo so apresentadas referncias nas quais
possvel ao leitor buscar informaes complementares, ampliando a reflexo das
temticas abordadas.
A realizao deste e-books foi possvel pelo envolvimento de professores,
alunos e residentes que integram a Faculdade de Farmcia da PUCRS.
Agradecemos a todos que colaboraram, compartilhando seus saberes com
responsabilidade e competncia na elaborao do presente e-book.
Nosso agradecimento Prof. Dr. Solange Medina Ketzer, Pr-Reitora de
Graduao/PUCRS, extensivo sua equipe pelo apoio e estmulos permanentes.
Esta publicao eletrnica ENADE Comentado 2007: Farmcia FFARM insere-
-se na coleo da EDIPUCRS. Desejamos que esse e-bookseja um instrumento de
consulta para estudantes, docentes e profissionais farmacuticos, bem como para
outras profisses da rea da sade.
Ana Lgia Bender
Diretora da Faculdade de Farmcia FFARM
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COMPONENTE ESPECFICO
QUESTES OBJETIVAS
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10 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
QUESTO 11
O farmacutico Epaminondas trabalha em uma instituio com carga horria de 40
horas semanais, entretanto, aceitou a responsabilidade tcnica por uma drogaria
cujo dono lhe comunicou que no precisaria ir l todos os dias, pois ele prprio sabia
preencher o livro e dar ateno clientela. Os dias se passaram at que a drogaria
recebeu a fiscalizao do Conselho Regional de Farmcia (CRF) e, como
Epaminondas no estava presente dentro do horrio declarado ao CRF, a
fiscalizao preencheu o termo de visita, anotando as irregularidades observadas.
As ausncias se repetiram e levaram Epaminondas Comisso de tica do CRF.
Diante do exposto e do conhecimento da Resoluo 417/2004, o artigo que oFarmacutico Epaminondas infringiu foi:
(A) comunicar s autoridades sanitrias e profissionais, com discrio efundamento, fatos que caracterizaram infringncia ao Cdigo de tica e snormas que regulam o exerccio das atividades farmacuticas.
(B) comunicar ao CRF e s autoridades sanitrias a recusa ou a demisso decargo, funo ou emprego, motivada pela necessidade de preservar oslegtimos interesses da profisso, da sociedade ou da sade pblica.
(C) comunicar ao CRF, por escrito, o afastamento de suas atividades profissionais,das quais detm responsabilidade tcnica, quando no houver outroFarmacutico que, legalmente, o substitua.
(D) comunicar ao CRF o exerccio da profisso em estabelecimento que no estejadevidamente registrado nos rgos de fiscalizao sanitria e do exerccioprofissional.
(E) prevalecer-se do cargo de chefia ou de empregador para desrespeitar adignidade de subordinados.
Gabarito: C
Autores: Prof. Dr. Airton Monza da Silveira, Acad. Fernanda Haar
Comentrio:
Essa questo faz meno a Resoluo n 417, de 29 de setembro de 2004 na
qual aprova o Cdigo de tica da Profisso Farmacutica. As alternativas A e B
fazem parte do Art. 11 da citada resoluo; A letra A, primeira vista, parece estar
correta, mas prestando mais ateno, percebemos que o intuito desse item o de
fazer-se comunicar fatos cometidos por terceiros e que infrinjam ao Cdigo de ticae s normas profissionais, e, nesse caso, a irregularidade cometida por
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 11
Epaminondas e notificada pelo CRF foi a no justificativa de suas ausncias, no
estando correta a alternativa.
A letra B dispe sobre um dever presente na resoluo, mas que, nesse caso,no foi infringido, segundo relato do enunciado, visto que no houve recusa ou
demisso do cargo pelo farmacutico; que, alm de ter aceitado a proposta feita pelo
dono da farmcia, no se preocupou em preservar os interesses da profisso, da
sociedade ou da sade pblica. A letra D refere-se ao disposto no Art. 13, proibido
ao farmacutico, ento o pargrafo XVI que dispe sobre o exerccio da profisso em
estabelecimento que no esteja devidamente registrado faz proibio e no menciona
a comunicao ao CRF; alm disso, em nenhum momento o enunciado faz aluso aalguma irregularidade referente ao registro do estabelecimento.
A alternativa E cita outra proibio do farmacutico presente no Art. 13
pargrafo XXI, mas que no se enquadra na presente questo, estando, ento,
incorreta.
E por fim, a letra C, se refere ao Art. 12 e descreve sim um dos artigos
infringidos pelo farmacutico Epaminondas visto que o mesmo no comunicou ao
CRF seus afastamentos do estabelecimento no qual detm responsabilidade
tcnica, no havendo farmacutico substituto. Para concluir, podemos acrescentar,
ainda, outras infringncias cometidas pelo farmacutico Epaminondas, como o
pargrafo XVIII da mesma resoluo delegar a outros profissionais atos ou
atribuies exclusivos da profisso farmacutica, pargrafo XX assinar trabalhos
realizados por outrem, alheios sua execuo, orientao, superviso ou
fiscalizao, ou ainda assumir responsabilidade por ato farmacutico que no
praticou ou do qual no participou efetivamente, entre outros.
Referncia
1. Brasil. Ministrio da Sade. Resoluo RDC n. 417, de 29 de setembro de 2004.Aprova o Cdigo de tica da Profisso Farmacutica. Dirio Oficial da Unio daRepblica Federativa do Brasil.Braslia, 17 de novembro de 2004.
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12 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
QUESTO 12
Pela RDC 67, de 08/10/2007, todas as farmcias com manipulao devem garantir a
qualidade fsico-qumica e microbiolgica da sua gua potvel. Esta ser o ponto de
partida para a obteno da gua purificada, a ser utilizada em todas as preparaes
farmacuticas. Para melhorar a qualidade da gua potvel podem ser realizados
alguns pr-tratamentos, alm de um tratamento posterior de purificao, de forma a
se obter a gua purificada. Este mtodo ser escolhido pelo Farmacutico
responsvel, de acordo com suas necessidades. Uma combinao possvel das
etapas de pr-tratamento e tratamento, respectivamente, :
(A) filtrao e abrandamento.
(B) filtrao e osmose reversa.
(C) troca inica e destilao.
(D) destilao e troca inica.
(E) destilao e osmose reversa.
Gabarito: B
Autoras: Prof. Dr. Cristina Maria Moriguchi Jeckel, Acad. Paula Feltes
Comentrio:
Segundo a RDC n. 67, de 8/10/2007 a gua purificada para uso farmacutico
considerada matria-prima produzida na prpria farmcia a partir da gua potvel.
Existem vrios mtodos comumente utilizados para purificar a gua. Sua efetividade
est ligada ao tipo de contaminante a ser tratado e o tipo de aplicao para qual a
gua ser usada. Em preparaes farmacuticas, necessrio remover os
contaminantes crticos que podem causar problemas e distores nos resultados dos
procedimentos, como pirgenos, matria orgnica, ons, gases, metais pesados, etc.
Nenhuma tecnologia de purificao isoladamente poder remover todos os tipos
de contaminantes nos nveis requeridos para as aplicaes crticas. Justamente por
isso, necessrio utilizar um sistema de purificao de gua bem projetado, utilizando
uma combinao de tecnologias que permita atingir os nveis de qualidade de gua
necessrios. Cada tecnologia de purificao deve ser utilizada em uma sequncia
apropriada para otimizar a sua capacidade particular de remoo de contaminantes.
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 13
A alternativa A est incorreta, pois o processo de abrandamento um pr-
-tratamento, utilizado somente para remover a dureza da gua atravs do uso de
CaO, no removendo contaminantes crticos.A alternativa B a correta, pois indica a combinao de filtrao e osmose
reversa. A filtrao uma etapa de pr-tratamento e consiste em membranas micro-
porosas que possuem a propriedade de reter praticamente todos os slidos em
suspenso, protegendo as etapas subsequentes de entupimento, etapa essencial
para que possa ser utilizada a osmose reversa. Remove ainda os traos de partculas
coloidais, fragmentos de resinas, finos de carvo e micro-organismos, mas no
remove pirognios, slidos ionizados dissolvidos, gases ionizados dissolvidos emateriais orgnicos dissolvidos. A osmose reversa a escolha ideal para tratamento
da gua, pois tem a capacidade de remover um amplo espectro de contaminantes
em um nico passo de purificao. As membranas de osmose reversa podem rejeitar
praticamente todas as partculas como material particulado, pirognios, micro-
organismos, material orgnico dissolvido, material inorgnico dissolvido e material
insolvel. A osmose natural ocorre quando solues com diferentes concentraes
so separadas por uma membrana semipermevel. A presso osmtica direciona a
gua atravs da membrana para diluir a soluo mais concentrada para obter um
equilbrio. Se uma presso hidrulica suficiente for aplicada soluo concentrada
para sobrepujar a presso osmtica, a gua pura ir deixar a soluo concentrada e
coletada depois da membrana, como gua permeada purificada. A osmose reversa
tambm envolve um processo de excluso inica; somente o solvente pode passar
atravs da membrana semipermevel, enquanto virtualmente todas as molculas
dissolvidas, incluindo sais e acares, so retidas.
A alternativa C sugere a troca inica como pr-tratamento e destilao como
tratamento. A troca inica uma reao qumica reversvel atravs de substncias
polimricas insolveis em gua que tem uma alta capacidade de trocar ons
dissolvidos na gua. No tratamento da gua pode ser utilizada para remoo da
dureza somente (abrandamento), remoo da dureza e alcalinidade e
desmineralizao. A destilao um processo no qual a gua aquecida at
evaporar e seu vapor recolhido e condensado. Dependendo do projeto do
equipamento, a gua destilada sair com baixa contaminao microbiolgica,
quando recm destilada. Contudo, ela se recontamina dependendo da maneira de
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14 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
armazen-la. Alm disso, impurezas como CO2, slica, amnia e uma variedade de
compostos orgnicos so carregados para o destilador. Portanto, a combinao dos
dois tratamentos no ideal. No que se refere a alternativa D, esta idem a C.Na alternativa E a destilao no pode ser utilizada como pr-tratamento, pois
esta no remove slidos em suspenso. Como j foi falado anteriormente, para
utilizar a osmose reversa necessrio que haja a remoo dos slidos para que no
ocorra o entupimento dos cilindros contendo as membranas. Para isso, uma etapa
de pr-tratamento como a filtrao seria adequada.
Referncias
1. Brasil. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Resoluo RDC n. 67, de 8 deoutubro de 2007. Dirio Oficial da Unio. Seo I, Braslia.
2. Macedo JNB. guas & guas. 3 ed. Belo Horizonte, 2007.
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 15
QUESTO 13
As endonucleases de restrio so enzimas que reconhecem uma seqncia
especfica de nucleotdeos do DNA e o digerem (cortam) num ponto determinado. O
emprego dessas enzimas no diagnstico de doenas infecciosas, neoplsicas e
hereditrias vem crescendo dia-a-dia, e est preconizado em alguns programas de
sade pblica do Governo Federal.
O esquema abaixo mostra a seqncia de bases reconhecida pela enzima Dde I,
seu ponto de corte (representado pela seta) e dois fragmentos de DNA a serem
examinados.
CT NAG seqncia reconhecida pela Dde I (N= nucleotdeo qualquer)
Fragmento A= ...ACT CCT GAG GAG ... + Dde I
Fragmento S= ...ACT CCT GTG GAG ... + Dde I
Considerando a especificidade da enzima e os fragmentos em estudo, e sabendo
que o fragmento A o normal e o fragmento S representa uma mutao, qual a
representao do resultado da corrida eletrofortica dos fragmentos resultantes dadigesto do DNA de um indivduo normal e de um homozigoto doente?
(A) Normal = 1 banda; doente = 1 banda.
(B) Normal = 1 banda; doente = 2 bandas.
(C) Normal = 2 bandas; doente = 1 banda.
(D) Normal = 2 bandas; doente = 2 bandas.
(E) No possvel diferenciar a mutao nestes fragmentos.
Gabarito: C
Autora: Prof. Dr. Virgnia Mingheli Schmitt
Comentrio:
As enzimas de restrio so classificadas como endonucleases porque
digerem internamente a molcula de DNA, rompendo as ligaes fosfodiester que
unem os nucleotdeos em um local especfico, o chamado stio de restrio da
enzima. Essa digesto gera fragmentos de DNA que so sempre menores do que otamanho inicial da molcula, antes da digesto.
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16 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
Cada enzima de restrio reconhece uma sequncia de nucleotdeos
especfica, o seu stio de restrio. Se um nico nucleotdeo alterado nessa
sequncia, esta no mais reconhecida pela enzima, e no mais acontece adigesto do DNA nesse local.
Atualmente muitos polimorfismos de um nico nucleotdeo (SNP do ingls
Single Nucleotide Polymorphism) tm sido identificados no genoma humano. SNPs
so substituies de um nico nucleotdeo em toda a sequncia de um gene,
caracterizando as variantes allicas do gene. Diversas SNPs tem sido apontadas
como fatores predisponentes para algumas alteraes fisiolgicas, como problemas
cardiovasculares, sndrome metablica, ou mesmo doenas graves, como o cncer.No caso de alguns agentes infecciosos, as diferenas entre espcies, tipos ou
subtipos tambm esto associadas a substituies de um nico nucleotdeo no
genoma do micro-organismo.
Nos casos em que as SNPs geram ou destroem o stio de restrio
reconhecido por uma enzima, possvel amplificar a regio de DNA na qual se
encontra a SNP atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR), seguindo a
incubao com a enzima de restrio especfica, o que permite identificar a variante
allica do gene em estudo ou a espcie/tipo/subtipo do agente infeccioso em estudo.
A questo comenta sobre nucleotdeos do DNA. O mais correto seria falar
de desoxiribonucleotdeos do DNA, pois esses so os verdadeiros componentes do
DNA. Os componentes do RNA so os ribonucleotdeos. Mas, de forma genrica,
desoxiribonucleotdeos e ribonucleotdeos podem ser referidos como nucleotdeos.
A enzima de restrio apresentada a Dde I, que reconhece o stio de
restrio CTNAG, em que N representa qualquer nucleotdeo (ou seja, a enzima
reconhecer a sequncia e digerir quando nessa posio for encontrado um A, C,
G ou T) e a seta vertical, o ponto em que ser rompida a ligao fosfodiester entre
os nucleotdeos T e N.
As sequncias dos fragmentos so:
Fragmento A: 5 ... ACT CCT GAG GAG ... 3 Normal
Fragmento S: 5 ... ACT CCT GTG GAG ... 3 Mutao (associado doena)
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 17
A mutao a substituio de um A (no alelo que gera o fragmento A) por
um T (no alelo que gera o fragmento S).
Portanto, a enzima de restrio Dde I ir reconhecer e digerir a varianteallica que corresponde ao fragmento A (normal), pois ali se encontra a sequncia
referente ao stio de restrio da enzima: 5 ... ACT CCT GAG GAG ... 3, em que N
aqui uma guanidina (G).
Quando, aps a digesto com a enzima de restrio, for realizada uma
eletroforese, para o fragmento S ser observado somente um fragmento (pois no
ocorreu digesto, uma vez que o stio da enzima no est presente nessa
sequncia) e para o fragmento A, sero observados dois fragmentos (pois existia ostio de restrio, foi reconhecido pela enzima, e ocorreu digesto).
Considerando que um indivduo normal seja homozigoto para o fragmento
A (normal), sero observados dois fragmentos, pois os dois alelos desse
indivduo originam o fragmento A. No caso do indivduo homozigoto doente, se
observar somente um fragmento, pois os dois alelos so referentes ao
fragmento S. No est especificado claramente que a mutao estaria associada
doena, mas fica subentendido.
Portanto, a resposta correta seria a letra (C). Entretanto, pode ainda ser feita
uma considerao sobre a manifestao da doena, se recessiva ou dominante. No
caso de ser uma doena recessiva, existiria tambm a possibilidade de um indivduo
heterozigoto normal, ou seja, um alelo geraria o fragmento A e o outro, o fragmento
S. Assim, aps a eletroforese, seriam observados trs fragmentos: os dois
fragmentos resultantes da digesto do fragmento A e o fragmento S ntegro (no
digerido). Como a caracterstica de manifestao da doena no foi especificada no
enunciado da questo 13, considera-se que o indivduo normal seja homozigoto para
a variante allica normal, representada somente pelo fragmento A.
Referncias
1. Rosseti ML et al. Doenas Infecciosas: diagnstico molecular.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2006.
2. Thompson & Thompson. Gentica Mdica. cap. 6. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1993.
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18 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
QUESTO 14
Uma indstria detentora da patente de um antiinflamatrio desenvolveu
recentemente um pr-frmaco a partir da molcula do antiinflamatrio anteriormente
patenteado. Sabendo que, por definio, um pr-frmaco um composto que requer
biotransformao metablica depois da administrao, para produzir o composto
farmacologicamente ativo desejado preciso considerar que
I - para garantir a inovao e os direitos sobre o produto, a indstria precisarpatentear o desenvolvimento do pr-frmaco;
II - para fins de registro junto ao Ministrio da Sade a forma farmacuticacontendo o pr-farmaco ter de ser submetida a todas as etapas de registro deum novo medicamento lanado no mercado;
III - dependendo da velocidade metablica de converso de um pr-frmaco emfrmaco ativo, ela pode ser til para proporcionar liberao prolongada,aumentando a sua atividade teraputica;
IV - por tratar-se de um pr-frmaco de uma molcula j submetida a registro e naqual foi mantida a mesma forma farmacutica, sero necessrias, para fins deregistro, as avaliaes de liberao, biodisponibilidade, estabilidade etoxicolgicas.
Esto corretas, apenas, as afirmativas(A) I e III.
(B) I e V.
(C) II e III.
(D) I, II e IV.
(E) I, III e IV.
Gabarito: E
Autoras: Prof. Dr. Flavia V. Thiesen, Prof. Me. Aline R. Zimmer, Acad. Laura S.Marder
Comentrio:
Alternativa I: Correta, pois, mesmo sendo um pr-frmaco e o modo de ao
da molcula anti-inflamatria ser conhecido, houve uma inovao. O fato de ser um
pr-frmaco, faz com que fatores como solubilidade, biodisponibilidade, toxicidade e
margem de ao teraputica se modifiquem quando comparados aos fatores dofrmaco j registrado.
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 19
Alternativa II: Para fins de registro junto ao Ministrio da Sade a forma
farmacutica contendo o pr-frmaco considerada medicamento novo. O termo
medicamento novo, sem outra adjetivao, , na prtica, utilizado para se referir amedicamentos novos com princpios ativos sintticos e semissintticos, associados
ou no, que so os avaliados pela GEPEC. Quando se utiliza o termo medicamento
novo sem outro complemento no se est referindo, portanto, a produtos biolgicos,
fitoterpicos, homeopticos, medicamentos ditos especficos, medicamentos
isentos de registro, e nem tampouco a cpias (genricos e similares). (1) No entanto,
por se tratar de pr-frmaco, a anlise do perfil de eficcia poder ser mais simples,
ao contrrio da anlise do perfil de segurana e dos ensaios pr-clnicos.Alternativa III: Correta. O incio de ao ir depender da velocidade metablica
para converso do pr-frmaco em frmaco ativo, pois, se a velocidade de converso
do pr-frmaco a frmaco ativo for lenta, a disponibilizao do frmaco ativo para o
organismo ocorrer lentamente. Um pr-frmaco frequentemente desenvolvido de
forma intencional para superar problemas inerentes ao frmaco ativo, tais como
absoro oral baixa ou varivel. (2) Os pr-frmacos clssicos promovem a melhoria
da atividade teraputica por aumento da biodisponibilidade, diminuio da toxicidade,
prolongamento da ao e/ou aumento da seletividade, mediante a escolha de um
transportador adequado, geralmente de carter lipoflico. Esses pr-frmacos so
menos ativos ou inativos quando comparados matriz e devem sofrer reao
hidroltica para liberar a poro ativa. (3).
Alternativa IV: Correta. O fato de ser um pr-frmaco deve ter provocado
alteraes na liberao do princpio ativo, sua biodisponibilidade e estabilidade.
Tambm necessrio realizar avaliao de toxicidade do pr-frmaco, uma vez que
se trata de substncia diferente da original.
Referncias
1. Chung MC, Ferreira EI. O processo de latenciao no planejamento defrmacos.Qum. Nova, v. 22, n. 1. So Paulo: feb. 1999.
2. Tozer TN, Rowland M. Introduo Farmacocintica e Farmacodinmica. Asbases quantitativas da terapia farmacolgica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
3. Disponvel em:
http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/registro_novos.htm.Acessado em20/7/2010.
http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/especificos.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/registro_novos.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/registro_novos.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/especificos.htm -
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QUESTO 15
Um farmacutico hospitalar que acumula a funo de gestor da assistncia
farmacutica no hospital, tem autonomia para padronizar em conjunto com aComisso de Farmcia e Teraputica do hospital, o medicamento que considerar
mais eficaz para determinado tratamento. O processo de seleo dos medicamentos
dever basear-se em estudos cientficos de eficcia clnica e segurana, bem como
em levantamento epidemiolgicos e econmicos, ponderando sobre o custo final do
tratamento farmacolgico a ser padronizado e considerando, inclusive, a
dispensao e a administrao dos medicamentos. Nesse contexto, analise a tabela
abaixo que apresenta um estudo de seleo de dois antibiticos.
Item de custo Antibitico A Antibitico B
Eficcia do tratamento 90% 90%
Tempo de internao 5 dias 7 dias
Tempo de tratamento 5 dias 7 dias
Preo de cada ampola R$ 40,00 R$ 50,00
Posologia 1 ampola cada 4 horas 1 ampola cada 12 horas
Custo de internao R$ 100,00/dia R$ 100,00 /dia
Custos da aplicao R$ 10,00 cada aplicao R$ 10,00 cada aplicao
Tendo em vista os dados apresentados na tabela acima, pode-se concluir que:
I - o medicamento a ser padronizado deve ser o antibitico A, pois apresentamenor custo da ampola e menor tempo de tratamento e de internao,proporcionando um custo final inferior quando comparado ao antibitico B;
II - apesar de o custo da ampola do antibitico B ser maior que o do antibiticoA, o Farmacutico hospitalar pode optar por padroniz-lo, pois elerepresentar, no custo final do tratamento, uma economia de R$ 460,00 porpaciente para o hospital;
III - embora a opo mais econmica seja a padronizao do antibitico B, parautilizar esse medicamento o paciente deve permanecer internado por sete dias,o que pode ser problemtico num municpio que apresenta problema denmero de leitos, fazendo com que o farmacutico opte corretamente pelapadronizao do antibitico A;
IV - o antibitico A deveria ser padronizado nesse hospital, pois a eficcia do
tratamento e o custo do medicamento so semelhantes entre as opesdisponveis, porm o custo unitrio da ampola do antibitico A menor que odo antibitico B.
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Esto corretas, somente, as afirmaes
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
Gabarito: C
Autora: Prof. Dr. Maria Cristina Werlang
Comentrio:
Ao analisar as duas opes de antibioticoterapia, o farmacutico ir
empregar, na sua prtica hospitalar, a farmacoeconomia como instrumento auxiliar
para a deciso da melhor opo teraputica a ser padronizada. Os elementos-chave
da farmacoeconomia so os custos (recursos consumidos para produzir e distribuir a
terapia) e as consequncias negativas (resultados indesejveis como efeitos
adversos, tempo de internao) e positivas (resultados desejveis) da terapia com
medicamentos. Assim, a anlise farmacoeconmica implica, necessariamente, oestudo do custo total e da qualidade do tratamento, desse modo, a anlise isolada
pode levar a concluses enganosas. Para tanto, a farmacoeconomia utiliza quatro
tipos de anlises: anlise de minimizao de custos (AMC), anlise custo-benefcio
(ACB), anlise custo-efetividade (ACE), e anlise custo-utilidade (ACU), de acordo
com o que se pretende comparar.
Ao comparar as duas opes de antibioticoterapia, A e B, o farmacutico ir
empregar uma AMC, a qual empregada na comparao de duas ou mais opesteraputicas cujos efeitos so absolutamente semelhantes. Nesse caso, tanto os
antibiticos A como B, representam 90% de eficcia. Entretanto, h que se levar em
conta, tanto os custos diretos como os indiretos que possam estar envolvidos com
determinada opo teraputica.
A opo pelo antibitico A representa um custo de tratamento de R$ 2.000,00,
enquanto que ao optar pelo antibitico B o custo do tratamento, de acordo com os
dados fornecidos, ser de R$ 1.540,00.
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A alternativa I sugere que o antibitico A apresenta um custo final inferior, o
que no se pode afirmar, pois alm dos custos diretos serem superiores, no foram
apresentados dados para o clculos dos custos indiretos relativos ao maior tempode internao. Portanto, essa alternativa est incorreta.
A alternativa II est correta, pois de fato, ao optar pelo antibitico B, haver
uma economia de R$ 460,00 ao ser comparado com o valor do tratamento do
antibitico A, ou seja, o profissional poder padroniz-lo sim: mesma eficcia com
menor custo.
Contudo, a alternativa III tambm est correta, pois embora o antibitico B
represente um custo de tratamento inferior, incidir num maior tempo de internaohospitalar, dificultando a disponibilidade de leitos para o municpio.
Por fim, a alternativa IV tambm est incorreta uma vez que leva em conta
apenas o valor unitrio da ampola, dentre os custos a serem comparados.
Porm, cabe ressaltar que esta uma questo que suscita crticas, pois ao
considerar correta a alternativa II, que sugere a opo pelo antibitico B, no esto
sendo considerados outros custos que iro acarretar o aumento do tempo de
internao hospitalar pelo paciente, e que envolve gastos ligados s atividades de
infraestrutura e de apoio, alm dos servios da equipe de sade por mais dois dias
de internao e tambm do risco que representa ao paciente permanecer por mais
tempo no hospital. Ou seja, o clculo que refere a economia de R$ 460,00 referente
a opo pelo antibitico B, no levou em conta todos os custos indiretos referentes
ao maior tempo de internao hospitalar.
Referncias
1. Maia NJ. Farmcia hospitalar: e suas interfaces com a sade. So Paulo: RX.2005. 315 p.
2. Storpirtis S. Farmcia Clnica e Ateno Farmacutica. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2008.
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QUESTO 16
A Organizao Mundial da Sade (OMS) publicou um documento em 1998
avaliando as condies da populao mundial com relao ao acesso e utilizao
dos medicamentos. Esse documento apresentava as seguintes informaes:
- 33% da populao no tm acesso aos medicamentos essenciais;
- nos pases em desenvolvimento, 50% a 90% dos medicamentos dispensados
so pagos pelo prprio usurio;
- cerca de 40 milhes de mortes anuais nos pases em desenvolvimento so
provocadas por pneumonia, malria, tuberculose e outras doenas, contra as
quais existem vacinas e medicamentos eficazes;- 75% dos antibiticos so prescritos inadequadamente;
- apenas 50% dos pacientes so aderentes ao tratamento;
- 10% a 20% dos medicamentos comercializados so reprovados em provas de
controle de qualidade.
Analisando as informaes acima, e utilizando seus conhecimentos sobre a poltica
de acesso a medicamentos nos diversos pases, assinale a afirmativa correta.
(A) A racionalidade e a gesto de recursos financeiros nos sistemas de sade sopreocupaes predominantes nos pases em desenvolvimento, principalmentena Amrica Latina, pois nesses pases a demanda crescente e os recursosso sempre finitos.
(B) O desenvolvimento de uma Ateno Farmacutica de qualidade, comprofissionais farmacuticos preparados para o servio pblico de sade, podemelhorar todos os parmetros apresentados acima, melhorando tambm aqualidade de sade de toda a populao mundial.
(C) A implantao e a implementao dos medicamentos genricos podemcontribuir para a reduo dos preos e favorecer o acesso aos medicamentos,inclusive pela populao de renda familiar baixa, geralmente excluda doSistema de Sade.
(D) Os pases menos desenvolvidos, alm de aumentar e racionalizar osrecursos, precisam investir em treinamento e reciclagem dos profissionais desade, implementando Polticas Nacionais de Medicamentos que garantamproduo, acesso, seleo, aquisio a preos acessveis e utilizao racionaldos medicamentos.
(E) Os resultados apresentados demonstram que os pases necessitam aumentaros investimentos em sade, aplicando esses montantes basicamente na
aquisio de medicamentos de qualidade e segurana comprovadas efavorecendo o acesso da populao a eles.
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Gabarito: D
Autores: Farm. Res. Bruno Simas da Rocha, Farm. Res. Maria Elisa Ribeiro Duarte
Comentrio:
A questo 16 trabalha com os temas Polticas de Acesso a Medicamentos
e como os recursos esto sendo utilizados no setor da Assistncia Farmacutica
frente aos medicamentos essenciais. O documento da OMS em questo O
acesso aos medicamentos, disponvel em: http://www.onu-
brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdf.
Quanto relao entre as afirmativas do texto, no enunciado da questo e
as alternativas:
A alternativa A incorreta, pois atualmente a racionalidade e gesto de recursos
financeiros no so as preocupaes predominantes nos pases em desenvolvimento,
pois estes ainda esto implementando as Polticas de Medicamentos e os recursos
ainda esto direcionados assistncia mdica e hospitalar.
A alternativa B incorreta, pois segundo o conceito de Ateno Farmacutica,
essa a interao direta do farmacutico com o paciente na preveno, deteco e
resoluo de problemas relacionados a medicamentos. Esse modelo uma prtica
farmacutica desenvolvido no contexto da Assistncia Farmacutica e, por esse
motivo, o conceito de Ateno Farmacutica pode ser facilmente confundido com o
de Assistncia Farmacutica, que representa o grupo de atividades relacionadas
com o medicamento, destinadas a apoiar as aes de sade demandadas por uma
comunidade, e tem como propsito garantir a necessria segurana, eficcia e
qualidade desses produtos, a promoo do uso racional e o acesso da populao
queles considerados. Diversos fatores podem melhorar os parmetros, alm de
uma melhor Assistncia e Ateno Farmacutica. A qualidade de vida tambm tem
um conceito amplo, e no pode ser resumida ao acesso de medicamentos e
melhores servios farmacuticos.
A alternativa C tambm incorreta, pois a implantao e implementao dos
medicamentos genricos tm um impacto em toda a populao, no somente na de
baixa renda e os Sistemas de Sade, principalmente aps a declarao de alma,
esto sofrendo reformas para seguirem princpios como os de universalidade,equidade e gratuidade.
http://www.onu-brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdfhttp://www.onu-brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdfhttp://www.onu-brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdfhttp://www.onu-brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdfhttp://www.onu-brasil.org.br/doc/34_O%20acesso%20aos%20medicame.pdf -
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 25
A alternativa D a correta, pois em pases com menos recursos a serem
utilizados, devem distribu-los de uma forma racional, seja diretamente nos
medicamentos (atravs das polticas de medicamentos) e na capacitao dosprofissionais para tal.
A alternativa E est equivocada quando afirma que os pases necessitam
aumentar os investimentos em sade somente na aquisio de medicamentos. Na
verdade os investimentos devem ser aumentados nas diversas reas, evolvendo a
sade, afinal o medicamento s uma das ferramentas passveis de serem
utilizadas para tratar as enfermidades. Atualmente os investimentos esto
aumentando principalmente na ateno primria, na qual ocorre o primeiro contatodos indivduos com os servios de sade.
Referncias
1. Brasil. Ministrio da Sade, Conselho Nacional de Sade. Resoluo338/MS/CNS de 6 de maio de 2004 Aprova a Poltica Nacional de AssistnciaFarmacutica. Braslia. Ministrio da Sade. 2004.
2. Consenso Brasileiro de Ateno Farmacutica: proposta Braslia: OrganizaoPan-Americana da Sade, 2002. 24 p.
3. Machline C. A assistncia Sade no Brasil. In: Storpirtis S et al. Farmciaclnica e ateno farmacutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
4. Marin N.(org.) Assistncia Farmacutica para Gestores Municipais de Sade.Rio de Janeiro: Opas/OMS, 2003.
5. Marques DC, Jeremias SA. Uma carncia do Sistema nico de Sade (SUS): aassistncia farmacutica ntegra. In: Storpirtis S et al. Farmcia clnica e atenofarmacutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
6. Starfield B. Ateno primria: equilbrio entre necessidades de sade, servios etecnologia. Braslia: Unesco, Ministrio da Sade, 2002. Disponvel em:
http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgi-bin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1Acesso: 16/4/2010
http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgi-bin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgi-bin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgi-bin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgi-bin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1 -
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QUESTO 17
cidos cinmicos hidroxilados, como o cido 4-cumrico e o cido ferlico, so
importantes agentes antioxidantes. Eles podem ser obtidos por degradao
enzimtica de ligninas de madeira e o curso do processo pode ser monitorado por
cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE), usando coluna de fase reversa
(octadecilsilano) de forma a garantir a qualidade dos mesmos. Durante o teste de um
novo processo, visando obteno seletiva de cido ferlico, foi obtido o
cromatograma 1 aps algumas horas de reao, e as concentraes correspondentes
aos cidos ferlico e 4-cumrico calculadas a partir da rea de cada um dos picos
marcados. Em seguida, esta mesma amostra foi co-injetada com uma mistura depadres destes dois cidos nas concentraes de 0,0625 mM (cromatograma 2).
Observando os cromatogramas e as estruturas dos cidos em questo, considere as
afirmaes abaixo.
I - O pico majoritrio, de maior tempo de reteno, corresponde ao cido ferlico,devido sua maior interao com a fase estacionria.
II - A formao de ligao hidrognio intramolecular leva a uma diminuio dainterao do cido ferlico com a fase estacionria, aumentando seu tempo dereteno.
III - A concentrao de cido 4-cumrico na amostra injetada de 0,003 mM.
IV - A co-injeo com padres uma tcnica que assegura a identidade doscompostos nas anlises por CLAE.
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Esto corretas, apenas, as afirmaes
(A) I e III.
(B) II e IV.(C) I, II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.
Gabarito:A
Autor: Prof. Dr. Airton Monza da Silveira
Comentrio:
Analisando-se as sentenas de I a IV, pode-se afirmar que:
O pico majoritrio, de maior tempo de reteno, atribudo substncia que
sofre maior interao com a fase estacionria (octadecilsilano). As interaes
predominantes so de natureza hidrofbica devido ao carter apolar da fase
estacionria, portanto, a molcula com o substituinte -OCH3 possui maior carter
hidrofbico, interage com maior intensidade, ficando mais tempo retida na coluna.
Sendo assim, o pico de maior tempo de reteno atribudo ao cido ferlico,
portanto, est correta a afirmao I.
A interao intramolecular ocorrida no cido ferlico conduz a uma diminuioda polaridade da substncia, sendo assim a afirmao II est errada, pois h um
aumento da interao dessa com a fase estacionria.
A concentrao do cido 4-cumrico realmente de 0,003 mM, pois conforme
consta no enunciado, ao se realizar a coinjeo dos padres com a amostra obteve-
-se a concentrao do pico A no valor de 0,0656 mM quando a concentrao do
padro adicionada foi de 0,0625 mM. Dessa forma, a diferena entre as
concentraes referente concentrao da substncia, em questo, presente na
amostra. Portanto, a afirmao III est correta.A coinjeo pode ser uma evidncia da identidade de um produto na amostra,
entretanto, no definitiva. Apesar de haver a coincidncia dos tempos de reteno
existe a possibilidade de que no seja a mesma substncia. Sendo assim, a
afirmao IV no est correta.
Diante dessas consideraes, est correta a alternativa A, que apresenta as
afirmaes I e III como corretas.
Referncia
1. Collins CH & Braga GL. Introduo a mtodos cromatogrficos. Campinas:Unicamp, 1998. 298p.
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QUESTO 18
Atualmente, um fator que tem dificultado a utilizao racional dos medicamentos no
pas a questo da judicializao da sade, em que os magistrados obrigam o
Estado a adquirir medicamentos, essenciais ou no, os quais geralmente no esto
disponveis em todos os municpios brasileiros. A maioria das aes judiciais
proveniente de pacientes oriundos do sistema privado de sade. A esse respeito,
analise as afirmaes a seguir. A sentena judicial, nesses casos, est baseada nos
princpios da universalidade e integralidade previstos nas Leis Orgnicas do SUS.
PORQUE
Segundo os princpios ticos/doutrinrios do SUS e a Constituio Federal de 1988,
todo cidado brasileiro, ou que est em territrio nacional, tem direito assistncia
integral sade, inclusive com o fornecimento de medicamentos para a manuteno
de sua sade ou remisso dos sintomas de uma patologia.
Analisando as informaes acima, conclui-se que;
(A) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
(B) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda no justifica a primeira.
(C) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.
(D) a segunda afirmao verdadeira, e a primeira falsa.
(E) as duas afirmaes so falsas.
Gabarito:A
Autor: Prof. Dr. Natan Estivallet
Comentrio:
As sentenas judiciais esto baseadas nos princpios de universalidade (todos
tm direito sade, independentemente de classe social, de estar ou no vinculado
ao INSS, cor, crena) e integralidade (a pessoa deve receber no atendimento uma
ao integrada entre preveno, diagnstico e tratamento para as demandas de sua
sade). Essas diretrizes esto presentes na Constituio Federal de 1988 (artigo
196) e na Lei Orgnica do SUS, 8.080/90. E a segunda sentena justifica a primeira
porque direito de todo o cidado a assistncia integral sua sade, inclusive com
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 29
o fornecimento de medicamentos para a manuteno de sua sade. Esse aspecto
est melhor descrito na Portaria 3.916 de 1998 que define a poltica nacional de
medicamentos. Percebemos que o direito est previsto mesmo para patologias rarascom frmacos caros:
a) doenas que configuram problemas de sade pblica, queatingem ou pem em risco as coletividades, e cuja estratgia decontrole concentra-se no tratamento de seus portadores; b) doenasconsideradas de carter individual que, a despeito de atingir nmeroreduzido de pessoas, requerem tratamento longo ou at permanente,com o uso de medicamentos de custos elevados; c) doenas cujotratamento envolve o uso de medicamentos no disponveis nomercado.
As demais alternativas, consequentemente, esto incorretas.
Referncias
1. Duncan et al. Medicina Ambulatorial. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
2. Brasil. Constituio Federal. 1988
3. Brasil. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispe sobre as condiespara a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e ofuncionamento dos servios correspondentes e d outras providncias. Disponvelemhttp://www.saude.inf.br/legisl/lei8080.htm. Acessado em 17/8/2010
4. Brasil. Ministrio da Sade. Portaria n 3.916/GM em 30 de outubro de 1998,Dirio Oficial da Unio, n 215-E, Seo 1, p. 18-22, de 10/11/98. Disponvel emhttp://www.crfpa.org.br/legisla/Portarias/001prts06.htm.Acessado em 17/8/2010
http://www.saude.inf.br/legisl/lei8080.htm.%20Acessado%20emhttp://www.crfpa.org.br/legisla/Portarias/001prts06.htmhttp://www.crfpa.org.br/legisla/Portarias/001prts06.htmhttp://www.saude.inf.br/legisl/lei8080.htm.%20Acessado%20em -
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QUESTO 19
Os cidos orgnicos presentes em alimentos influenciam o sabor, o odor, a cor, a
estabilidade e a manuteno da qualidade. A quantificao desses cidos permite,
por exemplo, verificar o valor nutritivo do alimento, sua deteriorao por bactria, a
pureza e qualidade de produtos fermentados, etc. Sobre esse tema, considere as
afirmativas abaixo.
I - A titulao com indicador a anlise mais comum que determina,quantitativamente, a acidez total por titulao, no sendo eficiente paraamostras coloridas.
II - A acidez titulvel a quantidade de cido de uma amostra que reage com umabase de concentrao conhecida usando a fenolftalena como indicador.
III - Titulao com potencimetro usada quando no possvel visualizar o pontode viragem de amostras coloridas com fenolftalena como indicador, como nosuco de uva.
IV - A reao de NaOH com cido forma on hidroxila, cuja concentrao ser maiorque o on H+ no ponto de equivalncia, logo a soluo resultante ser bsica.
So corretas as afirmaes
(A) I e II, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
Gabarito: C
Autores: Prof. Me. Denise Milo, Prof. Dr. Jos Aparcio Brittes Funck
Comentrio:
I comentrio: nas anlises titulomtricas ou titrimtricas o ponto final terico
ou ponto de equivalncia (ou estequiomtrico) percebido por alguma modificao
fsica provocada pela prpria soluo padro (por exemplo, uma leve colorao
rsea quando se titula com permanganato de potssio) ou pela adio de um
reagente auxiliar que conhecido como indicador. Aps a reao entre a substncia
que est sendo titulada e o titulante, que a soluo padro, o indicador deve
provocar uma modificao visual ntida por alterao de cor ou turvao. Logo, a
titulao com indicador no eficiente para amostras coloridas.
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 31
II comentrio: a fenolftalena um indicador de neutralizao, ou indicador cido-
base que muda de cor conforme a concentrao de on hidrognio na soluo.
utilizada na forma de suas solues alcolicas, e mantm-se incolor em solues cidase torna-se cor-de-rosa em solues bsicas. A fenolftalena o indicador cido-base do
grupo das ftalenas mais conhecido e sua frmula estrutural dada pela Figura 1.
O anel quinoide, que confere cor maioria dos compostos orgnicos,
formado na 2 reao. Em um meio suficientemente bsico a fenolftalena vermelha
e em um meio neutro ou cido, ela incolor. A fenolftalena um cido fraco e o seu
valor de pK de 9,6. A sua cor muda a valores de pH entre pH 8,3 e pH 10.
III comentrio: quando no se dispe de um indicador visual, a percepo do
ponto de equivalncia pode ser conseguida acompanhando-se o curso da titulaoatravs dos mtodos apresentados a seguir:
- Titulao potenciontrica: pela medida da diferena de potencial eltrico
entre um eletrodo indicador e um eletrodo de referncia;
- Titulao condutimtrica: pela medida da modificao da condutividade
eltrica da soluo;
- Titulao amperomtrica: pela medida da corrente que passa pela clula de
titulao entre um eltrodo indicador e um eletrodo de referncia despolarizado,
mantido num potencial aplicado;
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- Titulao espectrofotomtrica: pela medida da variao da absorbncia da
soluo.
IV comentrio: a alcalimetria inclui a titulao de cidos livres, ou de cidosformados pela hidrlise de sais de bases fracos por uma base padro. A reao
envolve a combinao dos ons hidrognio e hidrxido para formar gua. Na
neutralizao de um cido forte por uma base forte a soluo resultante uma
soluo de um sal. Nesse caso especfico um sal orgnico.
Referncias
1. Vogel AI. Anlise qumica quantitativa. 6 ed.,c2002, LTC, Rio de Janeiro 462 p.
2. Osawa CC et al. Titulao potenciomtrica aplicada na determinao decidos graxos livres de leos e gorduras comestveis. Qumica Nova, vol.29, n.3, p. 593-599, 2006.
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QUESTO 20
O sangue doado sofre um processamento para a obteno dos hemocomponentes.
Cada um dos hemocomponentes devidamente identificado e permanece em
quarentena at a concluso dos exames sorolgicos que so obrigatrios e fazem
parte do processo de controle de qualidade de hemocomponentes preconizado pelo
Ministrio da Sade.
Sobre este tema, considere as afirmaes a seguir.
I - As sorologias para sfilis e Doena de Chagas fazem parte dos testesobrigatrios.
II - O teste para malria pode ser includo como obrigatrio em reas endmicascom alto risco.
III - O diagnstico de certeza da Sndrome de Imunodeficincia Adquirida (SIDA) dado pela presena de anticorpos anti-HIV no plasma do doador.
IV - As sorologias para os vrus HTLV-I/II no fazem parte da rotina sorolgicaobrigatria dos doadores.
Est certo o que se afirma apenas em
(A) I e II, somente.
(B) I e III, somente.
(C) II e III, somente.
(D) III e IV, somente.
(E) I, II, III e IV.
Gabarito:A
Autores: Prof. Dr. Ana Lgia Bender, Acad. Ana Luisa Fianco, Acad. Bruna
Cappellesso, Acad. Patrcia Rodrigues, Acad. Vernika Reisdorfr.
Comentrio:
I) As sorologias para sfilis e Doena de Chagas fazem parte dos testes
obrigatrios.
So obrigatrios, pois so doenas que podem ser transmitidas atravs do
sangue contaminado. A doena de Chagas tem o parasita na forma infectante no
sangue, logo com a transfuso o parasita passa para o sangue do receptor.
II) O teste para malria pode ser includo como obrigatrio em reasendmicas com alto risco.
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Em reas endmicas de malria, h alta prevalncia da doena, sendo um
parasita com ciclo hemtico, h risco de transmisso da malria de forma
transfusional.III) O diagnstico de certeza da Sndrome de Imunodeficincia Adquirida
(SIDA) dado pela presena de anticorpos anti-HIV no plasma do doador.
Errada. A presena de anticorpos anti-HIV indica a probabilidade de contato
prvio com o vrus HIV e sua confirmao envolvem anlise da presena de
anticorpos por mtodos diferentes, com confirmao pela tcnica de Western Blot,
em pelo menos duas amostras sanguneas diferentes. A sndrome da
imunodeficincia adquirida diagnosticada a partir de indicadores clnicos elaboratoriais como carga viral, nmero de clulas CD4+, entre outros.
IV)As sorologias para os vrus HTLV-I/II no fazem parte da rotina sorolgica
obrigatria dos doadores.
Errada. O teste para vrus HTLV-I/II fazem parte da rotina sorolgica
obrigatria dos doadores, pois as formas de transmisso desse vrus so atravs de
transfuso com sangue contaminado, agulhas contaminadas, sexualmente,
transplacentria, amamentao e canal de parto.
Referncia
1. Resoluo - RDC 153 de 14 de junho de 2004. Determina o RegulamentoTcnico para os procedimentos hemoterpicos, incluindo a coleta, o processamento,a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o usohumano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso,do cordoumbilical, da placenta e da medula ssea. Disponvel em http://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662[Acesso em 8 de outubro de 2008 s 14h41min
]
http://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41minhttp://e-egis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VERSION&id=11662%20%5bAcesso%20em%208%20de%20outubro%20de%202008%20%C3%A0s%2014h41min -
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QUESTO 21
O grfico abaixo mostra quatro estgios (A, B, C e D) de um processo ou situao
estatisticamente controlada por um Farmacutico. Para cada estgio, o nvel de
qualidade refletido pelo valor mdio X e a variabilidade inerente demonstrada
pela faixa R do grfico. Considerando as condies ilustradas, pode-se concluir que:
(A) no estgio A, a variabilidade inerente permanece essencialmente constante,
mas o nvel de qualidade desvia de tempos em tempos.(B) no estgio B, o processo ocorre sob condio ideal de controle de qualidade.
(C) no estgio B, ambos os nveis qualidade e variabilidade inerente sofremoscilaes.
(D) no estgio C, o nvel de qualidade permanece essencialmente constante, mas avariabilidade se altera de tempos em tempos.
(E) nos estgios C e D, a falta de controle pode ser claramente observado.
Gabarito:A
Autora: Prof. Dr. Myriam Perrenoud
Comentrio:
Um processo ou uma situao estatisticamente controlada por um
farmacutico, pressupe que o erro aleatrio e o erro sistemtico se encontram
dentro dos limites aceitveis para cada processo ou situao que necessite de
controle estatstico da qualidade. A variabilidade aceitvel que no se considera
erro, representa os limites de impreciso que fazem parte do mtodo ou processo(inerente a eles). Ao se avaliar cada etapa demonstrada de A a D, deve-se observar
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a largura da curva (faixa R) que nos mostra o grau de impreciso (variabilidade ou
reprodutibilidade) do que est sendo analisado (processo ou situao
estatisticamente controlada) e a distncia entre as mdias das curvas de distribuioem cada estgio, que demonstram se houve perda do nvel da qualidade (presena
de erro sistemtico).
A resposta correta A, pois o nvel de qualidade que representa a mdia
dos valores encontrados no se mantm constante, demonstrando a presena de
erro sistemtico.
Resposta B: no estgio B, a mdia de todas as curvas se mantm constante
(ausncia de erro sistemtico), porm, fica claramente demonstrado pela diferenana largura das curvas, as variaes em relao ao erro aleatrio.
Resposta C: no estgio B, ocorrem variaes, tanto no erro sistemtico como
aleatrio, isto , tanto o nvel da qualidade quanto a variabilidade sofrem oscilaes.
Resposta D: no estgio C, o nvel da qualidade (erro sistemtico) sofre
oscilaes, demonstrado pela distncia entre as mdias das curvas.
Resposta E: no estgio C, fica demonstrada a presena de erro aleatrio e
sistemtico, porm, no estgio D as curvas apresentam uma similaridade na sua
variabilidade, demonstrando um bom controle do processo.
Referncias
1. Motta VT. Gesto da qualidade no laboratrio clnico. 2 ed. Porto Alegre:Mdica Missau, 2001.
2. Henry JB. Diagnsticos clnicos e tratamento por mtodos laboratoriais. 20ed. So Paulo: Manole, 2008.
3. Burts T. Fundamentos de qumica clnica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
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QUESTO 22
A tabela abaixo mostra os resultados da avaliao leucocitria, durante os primeiros
sete dias de internao, em UTI, de um paciente aps uma grande cirurgia abdominal.
Aps a avaliao dos resultados e da periodicidade dos exames realizados, qual
deve ser a recomendao do Farmacutico responsvel pelo laboratrio, como
participante da equipe multiprofissional de ateno ao paciente?
(A) No h necessidade de mudar a periodicidade dos exames, pois os resultadosindicam uma diminuio do processo inflamatrio.
(B) No necessria a realizao de outros exames, pois a diminuio gradativado percentual de linfcitos indica a presena de uma infeco de origem viral.
(C) No necessria a realizao de outros exames, pois o aumento do nmero deleuccitos corresponde a uma reao de recuperao na qual os neutrfilosestariam envolvidos no processo de cicatrizao.
(D) Seria recomendvel o exame dirio devido ao aumento do nmero deleuccitos associado ao aumento do percentual de neutrfilos, o que indicauma infeco de origem bacteriana em evoluo.
(E) Devem ser feitos outros exames, pois os valores apresentados no sosuficientes para qualquer concluso acerca da evoluo do paciente.
Gabarito: DAutoras: Prof. Dr. Terezinha Paz Munhoz
Comentrio:a- Os resultados do leucograma so caractersticos de processo infeccioso,
portanto, no poderia ser considerado como diminuio de um processo
inflamatrio.
b- Infeco viral caracterizada pelo aumento de linfcitos.
c- No ps-operatrio imediato, no primeiro exame, poderia haver um aumento
reacional dos leuccitos em funo do procedimento cirrgico, portanto,
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levando a uma resposta inflamatria e consequente aumento de leuccitos
custa de neutrfilos. Como h exames j no stimo dia, e nmero de
leuccitos totais e neutrfilos foi crescente, no poderia ser s reacional.d- Resposta Correta. Avaliao diria seria mais indicada para acompanhar a
evoluo do paciente, uma vez que h um aumento de leuccitos com
neutrofilia, que caracteriza uma infeco bacteriana.
No foi descrita a presena de clulas imaturas, que deveriam estar
presentes com esses nmeros de neutrfilos. Mesmo assim, pelo nmero
total de leuccitos e a neutrofilia presentes, j pode ser caracterizada a
infeco bacteriana.e- A resposta anterior j justifica porque essa alternativa est incorreta.
Referncia
1. Failace RR. Hemograma. Manual de Interpretao. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,2006.
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QUESTO 23
Uma das causas mais comuns de diarria em crianas a infeco por Escherichia
coli, que pode ocorrer em berrios, creches, escolas e instituies de atendimento
infantil, sendo freqentemente responsvel por surtos endmicos.
A ateno sade da criana inclui medidas para o diagnstico e a preveno das
doenas freqentes nessa faixa etria. A(s) recomendao(es) principal(is) para a
preveno da diarria por Escherichia coli em berrios (so):
(A) evitar as temperaturas elevadas, se possvel, mantendo o ambiente refrigerado.
(B) usar a antibioticoterapia em todos os funcionrios que lidam com as crianas.
(C) usar a antibioticoterapia profiltica em todas as crianas em caso de infeco.
(D) usar somente leite em p na alimentao das crianas a fim de evitar acontaminao via leite materno.
(E) lavar rigorosamente as mos e fazer o isolamento dos pacientes com diarria.
Gabarito: E
Autores: Prof. Dr. Maria Cristina Werlang e Prof. Dr. Natan Estivallet
Comentrio:Essa questo contempla contedos importantes da Sade Coletiva e aborda
conceitos fundamentais sobre antibioticoterapia e profilaxia do contgio de doenas
infecciosas. Vejamos as alternativas:
A alternativa A no est correta, pois manter o ambiente refrigerado apenas
aumentaria a incidncia de patologias respiratrias nos bebs;
Conforme o que est descrito na alternativa B, que sugere o emprego de
antimicrobianos em todos os funcionrios que lidam com as crianas, verifica-seuma situao de uso irracional de medicamento, que pode ocasionar o surgimento
de resistncia bacteriana, pois o emprego dos antimicrobianos prescinde de critrios
definidos, tanto para tratamento como para situaes profilticas.
Com relao alternativa C, sabe-se que a profilaxia no caso da Escherichia
coli reside em evitar-se o contgio, e no usar antibiticos, o que, a exemplo da
alternativa anterior, poderia ocasionar resistncia bacteriana e alteraes da flora
dos bebs, tornando-os mais susceptveis a outras infeces.
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J, a alternativa D, totalmente absurda, segundo as recomendaes da
Organizao Mundial de Sade. A presena dos anticorpos maternos no leite do
peito protege o beb (principalmente contra diarreia e pneumonia) e diminui amortalidade infantil, sendo recomendada para todas as mes, exceto aquelas com
infeco pelo vrus HIV.
Por fim, a alternativa E est correta. A lavagem de mos a melhor profilaxia
para as doenas diarreicas e inmeras outras, incluindo as do trato respiratrio
como a temida gripe A H1N1.
Referncia
1. Duncan et al. Medicina Ambulatorial. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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QUESTO 24
A linezolida (1) um agente antibacteriano inibidor da biossntese de protenas,
pertencente classe qumica das oxazolidinonas. A equipe de desenvolvimento de
frmacos de uma grande empresa farmacutica, visando a desenvolver novos
anlogos dessa famlia de compostos, props as estruturas 2-4 para
desenvolvimento. A rota de sntese desses compostos encontra-se descrita abaixo.
DIPEA: Diisopropiletilamina (base no nucleoflica)
DMF: Dimetilfomamida (solvente polar aprtico)
1 (Linezolida): X = C-F, Y = O2: X = C-OCH3, Y = O3: X = C-F, Y = S4: X = N, Y = O
Com base nessas informaes, pode-se afirmar que so candidatos promissores a
anlogos da linezolida o composto
I - 2, j que o grupo metoxila ir mimetizar as propriedades eletrnicas do tomode flor de 1, favorecendo tambm a etapa de sntese de substituionucleoflica aromtica;
II - 3, sendo que o tomo de enxofre, devido sua maior lipofilicidade, deverproporcionar maior absoro entrica de 3 em relao a 1;
III - 4, j que o anel piridnico ir mimetizar as propriedades eletrnicas do anelbenznico de 1, favorecendo tambm a etapa de sntese de substituionucleoflica aromtica.
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Est(o) correta(s), apenas, a(s) afirmao(es)
(A) I.
(B) II.(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Gabarito: EAutora: Prof. Me. Liamara Andrade
Comentrio:
I
2, j que o grupo metoxila ir mimetizar as propriedades eletrnicas dotomo de flor de 1, favorecendo tambm a etapa de sntese de substituio
nucleoflica aromtica; Tal afirmao no est correta porque o grupo metoxila, ao
contrrio do tomo de Flor, ir eliminar a capacidade da molcula de doar eltrons.
Com isso, no ir favorecer a etapa de sntese de substituio nucleoflica aromtica,
j que esse tipo de reao precisa de um grupo nuclefilo (grupo doador de eltrons).
II 3, sendo que o tomo de enxofre, devido sua maior lipofilicidade, dever
proporcionar maior absoro entrica de 3 em relao a 1; A afirmao II estcorreta, pois o tomo de enxofre ir conferir maior lipofilia ao composto, aumentando
sua penetrao pelas membranas e consequente, absoro.
III 4, j que o anel piridnico ir mimetizar as propriedades eletrnicas do anel
benznico de 1, favorecendo tambm a etapa de sntese de substituio nucleoflica
aromtica. A afirmao III est correta, pois o anel piridnico, assim como o anel
benznico ser capaz de doar eltrons, caracterizando ento um nuclefilo, caracterstica
que se faz necessria para ocorrncia de uma substituio nucleoflica aromtica.
Diante dessas consideraes, est correta a alternativa E, que apresenta as
afirmaes II e III, como corretas.
Referncias
1. Allinger N. et al. Qumica Orgnica. 2aed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
2. Morrison R. & Boyd R. Qumica Orgnica, 13aed. Lisboa: Fundao CalousteGulbenkian, 1996.
3. Pinho & Melo TMV. D. Recent Advances on the Synthesis and Reactivity of
Isaxazoles. Current Organic Chemistry,9,925-958, 2005.4. Solomons TWG. Qumica Orgnica. 6aed., v.1 e 2. Rio de Janeiro: LTC LivrosTcnicos e Cientficos, 1996.
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QUESTO 25
Um Farmacutico trabalha numa farmcia comunitria que disponibiliza, para venda
populao, medicamentos de referncia (inovadores), genricos e similares. Um
usurio se aproxima do balco, procura o Farmacutico e lhe apresenta uma
prescrio mdica de maleato de enalapril 10 mg/dia (medicamento de referncia). A
receita informa que o tratamento foi prescrito por apenas 30 dias, pois, aps esse
perodo, ser realizada uma nova avaliao clnica. Dessa forma, so oferecidas as
seguintes opes para o paciente:
- Medicamento de referncia R$ 38,00 (contendo 30 comprimidos);
- Medicamento genrico R$ 18,00 (contendo 30 comprimidos).O usurio assusta-se com a diferena de preos entre os dois e questiona sobre a
qualidade dos medicamentos. Alm disso, fica em dvida se a substituio do
medicamento legal frente ao Conselho Federal de Farmcia e Agncia Nacional
de Vigilncia Sanitria (ANVISA). O Farmacutico informa ao usurio que poder
realizar a intercambialidade do medicamento, atendendo s exigncias legais da
Resoluo 135 de 29/05/2003, quando, na receita, de prprio punho, o prescritor
(A) no informar nenhuma restrio substituio desse medicamento dereferncia por um genrico ou similar.
(B) no informar nenhuma restrio substituio desse medicamento dereferncia por um genrico.
(C) informar que autoriza a substituio desse medicamento de referncia por umgenrico.
(D) informar que o medicamento genrico deve ter sido submetido a testes debioequivalncia e biodisponibilidade.
(E) informar que o medicamento genrico deve ter sido devidamente aprovadopela ANVISA.
Gabarito: B
Autores: Prof. Dr. Airton Monza da Silveira, Acad. Fernanda Haar
Comentrio:
Essa questo trata de um assunto que suscita dvidas na hora da
dispensao: que tipo de medicamento pode ser dispensado em substituio quele
prescrito pelo mdico? Em primeiro lugar, importante conhecer os conceitos
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corretos de alguns termos abordados pela questo. Segundo a ANVISA,
medicamento genrico
medicamento similar a um produto de referncia ou inovador, que sepretende ser com este intercambivel, geralmente produzido aps aexpirao ou renncia da proteo patentria ou de outros direitos deexclusividade, comprovada a sua eficcia, segurana e qualidade, edesignado pela DCB ou, na sua ausncia, pela DCI.
J medicamento de referncia o
medicamento inovador registrado no rgo federal responsvel pelavigilncia sanitria e comercializado no Pas, cuja eficcia, segurana
e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao rgofederal competente, por ocasio do registro.
E, por fim, o medicamento similar
aquele que contm o mesmo ou os mesmos princpios ativos,apresenta a mesma concentrao, forma farmacutica, via deadministrao, posologia e indicao teraputica, e que equivalenteao medicamento registrado no rgo federal responsvel pelavigilncia sanitria, podendo diferir somente em caractersticasrelativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veculos, devendo sempre seridentificado por nome comercial ou marca.
De acordo com a Resoluo RDC n 16, de 02 de maro de 2007 (a qual
revogou a Resoluo RDC n 135, de 29 de maio de 2003 mencionada no
enunciado), item 2.1 do inciso VI (anexo I) ser permitida ao profissional
farmacutico a substituio do medicamento prescrito pelo medicamento genrico
correspondente, salvo restries expressas pelo profissional prescritor; as restries
a que se refere o item citado anteriormente deve atender ao disposto no item 1.3 do
mesmo inciso:
no caso de o profissional prescritor decidir pela no-intercambialidade de sua prescrio, a manifestao dever serefetuada por item prescrito, de forma clara, legvel e inequvoca,devendo ser feita de prprio punho, no sendo permitidas outrasformas de impresso.
Ento, analisando as alternativas, a letra A no est correta por referir-se
substituio do medicamento de referncia por um genrico ou similar e a
intercambialidade permitida entre os medicamentos genrico e de referncia, no
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incluindo o medicamento similar. J a alternativa B refere-se ao disposto no item 1.3
descrito acima, estando correta, visto que o farmacutico poder realizar a
intercambialidade se o prescritor no informar, na receita, nenhuma restrio.A alternativa C no est prevista em lei, visto que permitida ao farmacutico
a substituio em questo, no necessitando anuncia do prescritor, caracterizando-
-a como incorreta.
A substituio pelo genrico dever pautar-se na relao de medicamentos
genricos registrados pela ANVISA, e para obteno desse registro, o medicamento
genrico precisa comprovar sua equivalncia farmacutica e por meio de testes de
biodisponibilidade e/ou bioequivalncia, garantindo, assim, a intercambialidade, nosendo exigido ao prescritor informar na receita nenhuma dessas informaes,
caracterizando as alternativas D e E como incorretas.
Concluindo, faz-se oportuno acrescentar que, segundo o disposto no item 2.4
do inciso VI (anexo I) da mesma resoluo, dever do profissional farmacutico
explicar, detalhadamente, a dispensao realizada ao paciente ou usurio, bem
como fornecer toda a orientao necessria ao consumo racional do medicamento
genrico, considerando que o medicamento genrico no Pas prioridade da poltica
de medicamentos do Ministrio da Sade.
Referncias
1. Brasil. Ministrio da Sade. Resoluo RDC n. 16, de 02 de maro de 2007.Aprova o Regulamento Tcnico para Medicamentos Genricos, anexo I. Acompanhaesse Regulamento o Anexo II, intitulado "Folha de rosto do processo de registro eps-registro de medicamentos genricos". Dirio Oficial da Unio da RepblicaFederativa do Brasil. Braslia, 05 de maro de 2007.
2. Brasil. Ministrio da Sade. Resoluo RDC n. 391, de 9 de agosto de 1999 .Aprova o Regulamento Tcnico para Medicamentos Genricos. Dirio Oficial daUnio da Repblica Federativa do Brasil. Braslia, 10 de agosto de 1999.
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QUESTO 26
Analise as afirmaes abaixo, sobre a utilizao racional de medicamentos.
A farmacoepidemiologia, rea do conhecimento composta principalmente por duas
vertentes que se complementam (farmacovigilncia e estudos de utilizao de
medicamentos), tendo como objetivo principal analisar e avaliar o impacto dos
medicamentos sobre as populaes humanas ferramenta fundamental para
aprimorar a utilizao racional dos medicamentos.
PORQUE
O uso racional de medicamentos inclui, entre outros aspectos, a escolha teraputica
adequada baseada em evidncias clnicas, considerando eficcia, segurana, custo
e convenincia, alm de dose, administrao, adeso e durao do tratamento
apropriado ao paciente.
Analisando as informaes acima, conclui-se que:
(A) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda justifica a primeira;
(B) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda no justifica a primeira;
(C) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.
(D) a segunda afirmao verdadeira, e a primeira falsa.(E) as duas afirmaes so falsas.
Gabarito:A
Autoras: Prof. Dr. Maria Cristina Werlang, Acad. Fernanda Haar
Comentrio:
A farmacoepidemiologia pode ser definida como o estudo da utilizao e dos efeitos
dos medicamentos em um grande nmero de pessoas. Nesse intuito, utiliza
conhecimentos da farmacologia e epidemiologia e se organiza em dois grandes
grupos de aes: a Farmacovigilncia e os Estudos de Utilizao de Medicamentos.
Tambm denominada ensaios ps-comercializao ou Fase IV, a
farmacovigilncia a cincia relativa deteco, avaliao, compreenso e preveno
de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos. Objetiva a
identificao precoce de reaes adversas, especialmente as desconhecidas ou raras
no detectadas durante os ensaios clnicos de pr-comercializao devido as suas
vrias limitaes (nmero restrito de pacientes e excluso dos que apresentam
contraindicaes como gestantes, idosos, crianas e portadores de outras patologias;
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dose geralmente fixa e seguimento rigoroso; curta durao; entre outras). Com base
nessa cincia que a farmacoepidemiologia foi fundada.
J os estudos de utilizao de medicamentos incluem a comercializao,distribuio, prescrio, dispensao e uso de medicamentos na sociedade, com
especial destaque sobre as consequncias mdicas, sociais e econmicas. Tais
estudos, realizados, tanto em pases desenvolvidos como naqueles em
desenvolvimento, buscam obter informaes com a finalidade de selecionar
adequadamente os medicamentos para tratamento das doenas prevalentes e
gastar estritamente o necessrio dos recursos disponveis e promover a adequao
da prescrio mdica e o uso pelos pacientes com os padres desejados.Resumindo, o objetivo conhecer como os medicamentos esto sendo utilizados
para aperfeioar o atendimento sade, ou seja, promover o uso racional dos
medicamentos, com consequente reduo dos gastos. Para esses estudos,
metodologias especficas foram desenvolvidas.
Assim, de maneira geral, a farmacoepidemiologia utilizada para garantir a
vigilncia de drogas na fase de comercializao. Envolve os diversos segmentos
relacionados comercializao, normatizao e definio de diretrizes para o uso
racional de medicamentos, estando correta a primeira afirmao.
A segunda afirmao sintetiza aspectos preconizados pelo uso racional de
medicamentos que compreende a prescrio apropriada, a disponibilidade oportuna
e a preos acessveis, a dispensao em condies adequadas e o consumo nas
doses indicadas, nos intervalos definidos e no perodo de tempo indicado de
medicamentos eficazes, seguros e de qualidade. O que justifica a primeira
afirmao, visto que a farmacoepidemiologia fornece subsdios para elaborao de
estratgias de promoo do uso racional de medicamentos, constituindo uma
ferramenta importante para tal processo.
Referncias
1. Bisson MP. Farmcia Clnica e Ateno Farmacutica. 2 ed. So Paulo:Manole, 2007. 371 p.
2. Maia Neto J. Farmcia hospitalar: e suas interfaces com a sade. So Paulo:RX, 2005. 315 p.
3. Storpirtis S. Farmcia Clnica e Ateno Farmacutica. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2008.
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48 Maria Cristina Werlang, Flavia Vallado Thiesen, Ana Lgia Bender (Orgs.)
QUESTO 27
Segundo a legislao, lingia o produto crneo industrializado obtido de carnes
de animais de aougue, adicionado ou no de tecidos adiposos, ingredientes,
embutido em envoltrio natural ou artificial e submetido ao processo tecnolgico
adequado. Este processo requer adio de sais de cura, recurso que permitir ao
alimento produzido em escala industrial atingir os parmetros de qualidade sensorial
sabor, cor, aroma e textura, alm de garantir a preservao do produto. Sais de
cura, como nitrato e nitrito de sdio e de potssio, so largamente utilizados como
aditivos alimentares em produtos crneos. Estes sais, alm de conservarem a carne
contra a deteriorao bacteriana, so fixadores de cor. Devem estar presentes nosalimentos de acordo com as concentraes estabelecidas pelos rgos
responsveis. Seus efeitos adversos so representados, principalmente, pela
metamioglobina txica e pela formao de nitrosaminas, de ao carcinognica. Tais
aditivos devem, portanto, ser submetidos a uma avaliao toxicolgica que:
(A) possa verificar os efeitos mutagnicos, carcinognicos teratognicos que sode fcil previso, uma vez que geralmente envolvem nveis de exposio muitobaixos por um perodo de tempo curto.
(B) fornea seu perfil toxicolgico, particularmente com respeito sensibilidadecomparativa entre vrias espcies animais, natureza dos rgos alvos, aometabolismo e capacidade de acmulo no organismo.
(C) se inicia, normalmente, com a determinao da toxicidade crnica dasubstncia qumica, sendo obtidas informaes preliminares quanto ao nvel dedose que provoca um efeito no animal experimental.
(D) envolve o estudo de toxicidade aguda, que o efeito produzido pelo aditivo emdoses repetidas, por um longo perodo de tempo, em geral 2/3 da vida daespcie do animal.
(E) envolve a interpretao dos dados toxicolgicos gerados, identificando-se umadose experimental na qual no tenham sido observados efeitos adversos dasubstncia avaliada sobre a espcie animal mais sensvel.
Gabarito: B
Autoras: Prof. Dr. Flvia V. Thiesen, Prof. Me. Aline R. Zimmer, Acad. Laura S.
Marder
Comentrio:
Alternativa A: errada. Testes de carcinogenicidade e teratogenicidade so
testes demorados e j existem evidncias cientficas suficientes quanto aos efeitos
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5/28/2018 Farmacia 2007
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ENADE Comentado 2007: Farmcia 49
txicos dos nitratos e nitritos, no havendo ento a necessidade de refazer esses
testes. Um dos motivos de no ser recomendada a repetio de testes de avaliao
toxicolgica evitar o uso desnecessrio de mais animais de experimentao,devido a questes ticas.
A avaliao de carcinogenicidade e teratogenicidade envolve grandes
perod