Banco Primus, S.A.
RELATÓRIO E CONTAS31 de Dezembro de 2009
Banco Primus, S.A.
Relatório e contas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 Conteúdo Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras:
- Balanço
- Demonstração de Resultados
- Demonstração dos Fluxos de Caixa
- Demonstração de Alterações no Capital Próprio
- Demonstração do Rendimento Integral
- Notas às Demonstrações Financeiras
Certificação Legal das Contas
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 3
Relatório de Gestão
O exercício de 2009 pautou-se para o Banco Primus por um conjunto de factos,
entre os quais se destacam os de maior relevância:
1. Enquadramento macroeconómico
O exercício de 2009 evidenciou a transformação da crise financeira mundial
numa crise económica, com efeitos acentuados nos primeiros 3 meses do ano.
O segundo semestre, fruto de medidas concertadas – no domínio monetário e
fiscal – implementadas pela generalidade dos Governos e Bancos Centrais,
caracterizou-se pela inversão de um conjunto de indicadores
macroeconómicos, designadamente dos índices de confiança, dos indicadores
de actividade industrial e do PIB, particularmente, em economias em
desenvolvimento.
Será, no entanto, expectável que na generalidade das economias
desenvolvidas, a recuperação se faça sentir, ainda, a um ritmo pouco
expressivo em 2010, situação decorrente das taxas de desemprego
historicamente elevadas, da expectável moderação das políticas
supramencionadas – situação inerente aos níveis de Défice Orçamental e de
Dívida Pública atingidos por diversos Estados – pela letargia no consumo
privado, entre outros factores.
Ainda em 2009, o Banco Central Europeu deu continuidade à sua política de
reduzidas taxas de referência – atingido 1% no mês de Maio – enquadrada no
desígnio de estímulo ao acesso ao crédito pelos diversos agentes e
consequente crescimento económico.
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 4
Todos os mercados nos quais o Banco Primus está presente foram afectados
pelo delicado contexto macroeconómico global:
Portugal: Apesar de uma ligeira recuperação ocorrida no segundo
semestre, Portugal terminou o ano de 2009 com um decréscimo do PIB
na ordem dos 2,8%. O pacote de políticas que induziu a inversão da
trajectória do PIB em 2009, não foi, no entanto, suficiente para impedir
uma Taxa de Desemprego de 9,2% – valor que deverá aumentar para
10,1% em 2010. Simultaneamente, estes dois factores colocaram
significativa pressão nas contas públicas, designadamente no Défice
Orçamental – indicador que se cifrou em -9,7% no final de 2009. Os
anos de 2010 e de 2011 serão, necessariamente, impactados pela
introdução de medidas conducentes à inversão do desequilíbrio
orçamental, bem como do controlo da Dívida Pública.
Espanha: O exercício de 2009 foi em Espanha, como nos outros
mercados em que o Banco actua, pautado pelo impacto da crise
económica mundial, evidenciada pela taxa de crescimento de -3,6% do
PIB.
Acresce a este enquadramento uma queda abruta dos mercados
imobiliários e de construção, com impactos transversais a todos os
sectores económicos. Estes factores traduziram-se num acelerado
aumento da Taxa de Desemprego, que se cifrou em 18,1% em
Dezembro de 2009.
O exercício de 2010 será impactado pelo incremento previsional da Taxa
de Desemprego até cerca de 20%, e por um decréscimo do PIB em
0,25%. A inversão desta situação não deverá ocorrer antes de 2011.
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 5
Hungria: A economia Húngara terminou 2009 com um decréscimo
de cerca de 7% do PIB. Não obstante a intervenção do FMI, em conjunto
com os primeiros resultados das políticas de controlo de despesa
pública, induziu um incremento na confiança dos investidores,
estabilizou o câmbio do Florim Húngaro – facto com particular relevância
no contexto de financiamentos realizados em moeda estrangeira – e
permitiu um conjunto de cortes nas taxas de juro de referência no
decorrer do segundo trimestre. Por outro lado, assistiu-se a uma
retracção do consumo privado, fruto de políticas fiscais restritivas e de
uma Taxa de Desemprego de praticamente 10%, valor que não deverá
reduzir-se antes de 2011.
O mercado de financiamento automóvel, tanto de viaturas novas, como
de usadas, foi amplamente afectado, não só pelo enquadramento
macroeconómico, mas, igualmente, por alterações regulamentares que
se traduziram em restrições na concessão de crédito à aquisição
automóvel.
Durante 2010, apesar da recuperação económica que se fará sentir
progressivamente em todas as geografias nas quais o Banco Primus actua, as
elevadas Taxas de Desemprego e a expectável subida das taxas de referência,
irão colocar pressão adicional nos níveis de incumprimento. Contudo, as
restrições impostas nas políticas de crédito/ risco no decorrer do exercício de
2008, às quais foi dada continuidade em 2009, colocam o Banco Primus num
enquadramento de prudência face aos desafios vindouros.
2. Negócio e Actividade:
De forma idêntica ao verificado em 2008, o Banco Primus beneficiou em 2009
de confortáveis níveis de liquidez que permitiram suportar o crescimento da sua
actividade, assente em ganhos de quota nos mercados de financiamento
automóvel Português e Húngaro.
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Desenvolvimento da Actividade Consolidada
A carteira de crédito consolidada evidenciou uma notável evolução no decorrer
de 2009, atingido em Dezembro último aproximadamente € 446 Milhões.
Apesar do enquadramento macroeconómico vivido, a carteira cresceu 54%
contra o período homólogo em 2008. Este desempenho resulta do volume de
produção anual de € 187 Milhões assente, em particular, nos negócios de
financiamento automóvel em Portugal e de financiamento hipotecário em
Espanha.
Este perfil de produção conduziu a um mix de carteira de 63% de
financiamento hipotecário, sendo os remanescentes 37% referentes ao
financiamento automóvel.
Portugal
A tendência de desaceleração da actividade de financiamento hipotecário
registada no exercício de 2008 confirmou-se no decorrer de 2009. Esta
evolução surge da conjugação de alguns factores, entre os quais se apontam,
(i) o efeito de redução do valor dos imóveis apresentados como garantia, (ii) os
ajustamentos introduzidos nos critérios de concessão de crédito e (iii) a
degradação da situação creditícia e de solvabilidade de potenciais clientes –
factos que espelham a degradação macroeconómica do País.
Foram, neste contexto, introduzidas medidas de reestruturação na unidade de
negócio hipotecário em Portugal, de forma a garantir a adequação da estrutura
ao nível de actividade verificado.
A aposta na diversificação de produto, patente na abertura em 2008 do negócio
de financiamento automóvel em Portugal, traduziu-se em 2009 numa produção
total de cerca de € 94 Milhões, colocando o Banco Primus no Top 5 do
mercado de crédito de viaturas usadas – conforme dados publicados pela
ASFAC. Refira-se que esta posição no mercado foi atingida em, apenas, 18
meses de actividade.
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 7
O Banco Primus demonstrou, ainda, uma rápida capacidade de adaptação às
alterações estruturais verificadas em 2009, designadamente as que se referem
a um novo enquadramento regulamentar com impactos relevantes em
inúmeros aspectos do modelo de negócio.
Espanha
As restrições nos critérios de concessão de crédito verificadas na nossa
sucursal Espanhola, bem como o enquadramento económico, traduziram-se
numa significativa redução dos volumes de produção (cerca de metade dos
valores referentes a 2008). Não obstante, a carteira de crédito desta unidade
de negócio continuou a representar mais de 42% do total consolidado do
Banco Primus.
De forma idêntica ao verificado em Portugal, foram introduzidos ajustamentos à
estrutura, com o intuito de garantir uma dimensão consentânea com a
realidade de actividade verificada.
Hungria
O ano de 2009 representou o primeiro exercício completo da sucursal Húngara.
A actividade de financiamento automóvel neste mercado foi enquadrada por
uma situação macroeconómica turbulenta conducente a uma acelerada
deterioração do volume de produção de financiamento do mercado como um
todo. Facto que, no entanto, não impediu o Banco Primus de atingir um volume
de produção de cerca de € 26 Milhões. A carteira de crédito desta unidade de
negócio representa praticamente 7% do total consolidado.
Recursos Humanos
O Banco apresentou em 2009 uma ligeira alteração do seu número total de
colaboradores. Tendo-se verificado uma redução nas unidades de negócio de
financiamento hipotecário, redução essa compensada pela contratação de
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novos elementos nas áreas de negócio que evidenciaram crescimento,
designadamente no financiamento automóvel em Portugal e na Hungria.
Houve, ainda, algumas funções corporativas que viram o seu número de
colaboradores aumentar. Assim, em Dezembro de 2009, o número total de
colaboradores atingiu 233, contra 230 em igual período de 2008.
Política de remuneração de órgãos de administração e fiscalização
A remuneração dos órgãos de administração e fiscalização inclui uma
componente fixa definida de acordo com os valores de mercado, bem como
uma componente variável que poderá ser de cerca 80% da componente fixa,
quando 100% dos objectivos são atingidos, assegurando desta forma o
alinhamento com os interesses do Banco.
Estes objectivos são definidos tendo por base o Produto bancário, Resultado
líquido, o rácio Cost to income e o nível de Compliance com os requisitos
regulamentares aplicáveis sendo o respectivo pagamento efectuado
anualmente após o fecho do exercício.
Não existem planos de atribuição de acções ou de opções sobre acções do
Banco por parte dos membros do órgão de administração e fiscalização.
A remuneração atribuída aos referidos órgãos de forma individual, de acordo
com o estipulado na Lei 28/2009, é a seguinte:
Remuneração
fixa
(euros)
Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro 20.877
João Manuel Pinto da Cunha Rosa 180.000
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Plano de Crescimento da Actividade
Após um período de rápido crescimento orgânico e de abertura de novas
unidades de negócio, o ano de 2009 pautou-se por uma consolidação ao nível
da actividade.
Verificando-se em 2010 um contexto macroeconómico mais sólido e reunidas
as exigências de rentabilidade accionista, particularmente dependente de uma
correcta estimativa do risco de crédito, o Banco Primus continuará a potenciar
o seu crescimento por via, não só das actuais unidades de negócio, como,
também, através de novos produtos e de novos mercados.
No seguimento da estratégia de desenvolvimento do Banco Primus –
focalizada no segmento de crédito a particulares – encontram-se em fase de
análise diversas opções de crescimento, assentes nas competências de start-
up evidenciadas no passado, no potencial de sinergias entre as diversas
actividades e na experiência das equipas de gestão.
3. Gestão de riscos
O Banco Primus continua profundamente empenhado no aperfeiçoamento
constante dos seus sistemas de gestão de riscos, na sua identificação,
avaliação, acompanhamento e controlo.
Risco de Crédito
O Banco Primus continua a prosseguir a sua politica de gestão de Risco de
Crédito assente em regras de concessão restritivas – em 2009 foram
consolidadas as iniciativas neste domínio que tiveram origem em 2008,
situação que permitiu verificar uma melhoria nos níveis de incumprimento dos
consecutivos vintages de produção – e na detecção precoce de situações de
incumprimento.
A gestão do Risco de Crédito é consubstanciada (i) nas linhas de orientação
definidas em sede de Comité de Risco, (ii) em Sistemas de Informação de
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 10
Gestão com forte orientação para a acção – abrangendo diversos indicadores
e.g. taxas de sucesso de cobrança mensal, níveis de incumprimento a 30 e 90
dias, níveis de incumprimento por parceiro comercial, níveis de alertas de
fraudes, níveis de produção por perfil de clientes – (iii) na antecipação de
impactos extremos nas carteiras de crédito existentes e dos inerentes efeitos
nos Fundos Próprios e na solidez da instituição.
Em termos de rácios, refira-se o valor relativo entre o crédito concedido e as
garantias prestadas no financiamento hipotecário (Loan to Value) que, em
Portugal, se situa em cerca de 64,2%; em Espanha este rácio é de 71,3%.
Globalmente, a carteira de crédito hipotecário de € 291 Milhões tem garantias
de € 438 Milhões, que representam uma cobertura de 150% face ao crédito
concedido pelo Banco.
Risco de Liquidez
O ritmo verificado na retoma dos mercados financeiros levou a que, numa parte
do exercício de 2009, se mantivesse a escassez e, ou, o custo elevado de
liquidez nalguns mercados de crédito.
Uma vez mais, foi preponderante a ausência de restrições no acesso ao
funding, garantida pelo seu accionista Crédit Foncier de France.
Refira-se que 98,6% do nosso funding é proveniente do accionista institucional.
A 31 de Dezembro de 2009, o Banco tinha disponíveis linhas de funding
contratadas e não utilizadas no montante de € 83,5 Milhões.
Risco de Taxa de Juro
No seguimento da estratégia de risco definida em sede de Conselho de
Administração e controlada pelo Asset Liability Committee, a exposição global
do balanço do Banco Primus a mismatches de taxa de juro entre activos e
passivos é pouco expressiva. A contratação de instrumentos de dívida é
individualizada por unidade de negócio e de acordo com os respectivos perfis
de produção de crédito.
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Risco de Taxa de Câmbio
O risco cambial aportado ao Balanço do Banco Primus pela actividade na sua
sucursal Húngara é de reduzida dimensão. Nos financiamentos realizados em
Francos Suíços e com o respectivo serviço de dívida em Florins Húngaros, a
volatilidade cambial é suportada directamente pelo cliente. Para cobertura da
exposição em Francos Suíços, o funding é contratado fundamentalmente em
Francos Suíços através de Currency Interest Rate Swaps com o Crédit Foncier.
No que se refere à posição cambial decorrente da venda de Francos Suíços e
inerente compra de Florins Húngaros – para funding de alguns custos fixos e
comissões de angariação – a mitigação do risco assenta na contratação de
funding em Florins Húngaros junto do Crédit Foncier.
4. Outros factos relevantes
Em Janeiro de 2009 foi cooptado, em sede de Conselho de Administração, o
Sr. François Blancard para o exercício das funções de Presidente do Conselho
de Administração, em substituição do Sr. Dr. Pedro Líbano Monteiro. A
alteração foi subsequentemente aprovada na Assembleia Geral de Accionistas,
ocorrida em 27 de Março de 2009.
Conforme previsto no final de 2008, no decorrer de 2009 o Banco implementou
um plano de reforço dos seus Fundos Próprios, consubstanciado em 3
aumentos de capital, num total de € 21 Milhões, integralmente subscritos pelo
accionista maioritário Crédit Foncier de France. Já no decorrer de 2010,
procedeu-se a um novo aumento de capital por conversão de um empréstimo
do accionista Crédit Foncier, no valor de € 7 Milhões.
Este esforço accionista, permite, (i) repor a um nível adequado os Capitais
Próprios do Banco, afectados pelos investimentos inerentes ao lançamento de
novos negócios/ sucursais e pelo impacto do incumprimento de produções
mais antigas, (ii) garantir o cumprimento dos níveis de rácios de solvabilidade
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 12
regulamentares e (iii) dotar o Banco Primus da estrutura financeira adequada
ao seu plano de crescimento.
Refira-se, ainda, que pela primeira vez na sua história, o Banco Primus
apresentou Resultados Antes de Impostos e Provisões, positivos. Situação
decorrente de (i) um expressivo crescimento do Produto Bancário em € 9,6
Milhões para € 17,6 Milhões no final de 2009, (ii) de um significativo controlo de
custos, em particular dos Gastos Gerais e Administrativos. A evolução prevista
destas rubricas permitirá atingir um rácio cost-to-income inferior a 60% já no
exercício de 2010.
O Banco Primus deverá, no exercício de 2010, substituir as suas aplicações de
backoffice em todas as suas unidades de negócio. O processo de escolha dos
novos sistemas encontra-se em fase formalização.
O Banco não adquiriu durante o exercício de 2009 qualquer acção própria.
5. Proposta de aplicação de resultados
Tendo em consideração o Resultado Líquido negativo apurado no exercício de
2009 de € 10.148.396, que reflecte, ainda, as recentes fases de investimento
do Banco, bem como o impacto do incumprimento de produções mais antigas,
o Conselho de Administração propõe a sua transferência para resultados
transitados.
6. Referências finais
Aos nossos colaboradores, agradecemos a sua dedicação e disponibilidade,
fundamentais numa organização em crescimento e que procura,
constantemente, pautar a sua actuação por elevados padrões de
profissionalismo.
Banco Primus, SA – Relatório de Gestão 2009 13
Aos nossos parceiros, pelo seu continuado esforço com o objectivo de
satisfazer as necessidades dos nossos clientes finais, em entreajuda
permanente com as áreas comercial e operacional do Banco.
Ao Banco de Portugal, manifestamos o nosso agradecimento pelo
acompanhamento e cooperação verificados ao longo do exercício de 2009.
Uma palavra de reconhecimento ao accionista Crédit Foncier de France (i) pelo
seu apoio incondicional ao Banco Primus, (ii) pela disponibilização dos fundos
que permitiram e continuarão a permitir o desenvolvimento da nossa instituição
e (iii) pelo contributo para o sucesso da integração do Banco Primus nas suas
estruturas corporativas.
Banco Primus, S.A.
Demonstração de Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Unidade: Euro
Notas 31-Dez-09 31-Dez-08
Juros e rendimentos similares 5 28.254.391 16.867.314
Juros e encargos similares 5 (13.497.642) (10.381.204)
Margem financeira 14.756.749 6.486.110
Rendimentos de serviços e comissões 6 2.806.807 1.807.064
Encargos com serviços e comissões 6 (147.816) (122.299)
Resultados em operações de negociação e cobertura 7 (110.160) -
Outros resultados de exploração 8 327.687 (193.867)
Produto bancário 17.633.267 7.977.008
Gastos com pessoal 9 (8.910.761) (7.849.606)
Gastos gerais administrativos 10 (5.263.701) (4.825.147)
Depreciações e amortizações 16 e 17 (1.260.766) (706.197)
Provisões para crédito líquidas de reposições e anulações 22 (1.553.855) (1.249.097)
Outras provisões 22 (5.000) -
Imparidade do crédito 14 (14.332.218) (4.969.799)
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 15 e 19 (25.688) (24.398)
Resultado antes de impostos (13.718.722) (11.647.236)
Impostos correntes 11 (136.906) (107.478)
Impostos diferidos 11 3.707.232 3.071.640
Resultado após impostos (10.148.396) (8.683.074)
Do qual: Resultado após impostos de operações
descontinuadas - -
Resultado líquido do exercício (10.148.396) (8.683.074)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras
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Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Unidade: Euro
31-Dez-08
Antes Prov. Prov. Imp. Valor Valor
Notas Imp. Amort. Amort. Líquido Líquido
Activo:
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.008 - 3.008 3.162
Disponibilidades em outras instituições de crédito 12 2.899.230 - 2.899.230 5.533.177
Aplicações em instituições de crédito 13 1.259.348 - 1.259.348 5.000.533
Crédito a clientes 14 449.314.063 (19.703.442) 429.610.621 283.193.151
Activos não correntes detidos para venda 15 156.100 (19.361) 136.739 128.570
Outros activos tangíveis 16 4.729.216 (1.371.464) 3.357.752 3.675.302
Activos intangíveis 17 2.892.888 (1.068.000) 1.824.888 1.926.552
Activos por impostos correntes 18 71.391 - 71.391 34.515
Activos por impostos diferidos 18 8.938.841 - 8.938.841 5.231.609
Outros activos 19 3.480.221 (30.725) 3.449.496 2.799.690
Total do Activo 473.744.306 (22.192.992) 451.551.314 307.526.261
Passivo:
Passivos financeiros detidos para negociação 20 330.327 -
Recursos de outras instituições de crédito 21 405.193.143 284.456.188
Provisões 22 3.577.832 2.008.184
Passivos subordinados 23 7.472.500 -
Passivos por impostos correntes 11 137.290 107.478
Outros passivos 24 9.224.341 6.111.064
Total do Passivo 425.935.433 292.682.914
Capital Próprio:
Capital 25 51.000.000 30.000.000
Reservas de reavaliação 26 1.757 110.014
Outras reservas e resultados transitados 27 (15.237.480) (6.583.593)
Resultado do exercício (10.148.396) (8.683.074)
Total do Capital Próprio 25.615.881 14.843.347
Total do Passivo e do Capital Próprio 451.551.314 307.526.261
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
31-Dez-09
As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras
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Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Unidade: Euro
Notas 31-Dez-09 31-Dez-08
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Comissões recebidas 4.526.570 6.058.334
Juros recebidos 26.349.261 15.806.657
Comissões pagas (4.701.535) (5.070.472)
Juros pagos (11.531.056) (7.794.309)
Pagamentos a colaboradores e fornecedores (12.543.923) (12.126.903)
Impostos (328.321) (683.411)
(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais (líquido)
Crédito a clientes (158.014.547) (177.727.549)
Aplicações em outras instituições de crédito 3.740.785 (1.000.000)
Outros activos (282.528) (1.831.148)
Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais (líquido)
Recursos de outras instituições de crédito 121.814.087 188.580.808
Outros passivos 1.288.692 316.436
Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais (29.682.515) 4.528.443
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Aquisição de activos intangíveis (456.012) (877.210)
Aquisição de activos tangíveis (523.211) (2.516.392)
Alienação/abate de activos tangíveis 27.637 -
Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento (951.586) (3.393.602)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Aumentos de capital 21.000.000 -
Passivos subordinados 7.000.000 -
Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 28.000.000 -
Aumento líquido em caixa e seus equivalentes (2.634.101) 1.134.841
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 5.536.339 4.401.498
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.2.8 2.902.238 5.536.339
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras
Banco Primus, S.A.
Demonstração de alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Unidade: Euro
Reservas Resultados Resultado do
Capital de reavaliação transitados exercício Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 30.000.000 - (3.819.353) (2.764.240) 23.416.407
Distribuição do prejuízo líquido de 2007:
- Incorporação em resultados transitados - - (2.764.240) 2.764.240 -
Reservas de reavaliação - 110.014 - - 110.014
Resultado do exercício - - - (8.683.074) (8.683.074)
Saldos em 31 de Dezembro de 2008 30.000.000 110.014 (6.583.593) (8.683.074) 14.843.347
Distribuição do prejuízo líquido de 2008:
- Incorporação em resultados transitados - - (8.683.074) 8.683.074 -
Aumentos de capital e prémios de emissão 21.000.000 - - - 21.000.000
Reservas de reavaliação - (108.257) 29.187 - (79.070)
Resultado do exercício - - - (10.148.396) (10.148.396)
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 51.000.000 1.757 (15.237.480) (10.148.396) 25.615.881
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras
Banco Primus, S.A.
Demonstração do Rendimento Integral dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Unidade: Euro
31-Dez-09 31-Dez-08
Diferença cambial resultante da incorporação de sucursais do Banco 29.187 -
Outro rendimento integral depois de impostos 29.187 -
Resultado líquido do exercício (10.148.396) (8.683.074)
Total do rendimento integral do exercício (10.119.209) (8.683.074)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras
Banco Primus, S.A. Notas às demonstrações financeiras
31 de Dezembro de 2009 e 2008
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(Montantes expressos em Euros)
1. Introdução O Banco Primus, S.A. (Banco Primus ou o Banco), é um banco privado com sede social em Paço de Arcos, constituído em Agosto de 2005 e com início de actividade no mesmo mês. O Banco tem como objecto social o exercício da actividade bancária e a realização de todas as operações permitidas aos bancos pela lei actual. A 31 de Dezembro de 2009 o Banco Primus, para além da sua actividade em Portugal, detém sucursais em Espanha e na Hungria. A Sucursal em Espanha foi registada no Banco de Espanha em Janeiro de 2007, tendo iniciado a sua actividade em 16 de Maio de 2007. A Sucursal na Hungria foi registada no Banco da Hungria e na Entidade de Supervisão de Entidades Financeiras – PSZAF – em Outubro de 2007, tendo iniciado a sua actividade a 1 de Agosto de 2008. As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 10 de Março de 2010. As demonstrações financeiras são apresentadas em Euros.
2. Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais
políticas contabilísticas
2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do aviso nº 1/2005, de 28 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal que têm por base a aplicação das IFRS em vigor, tal como adoptados na União Europeia até 31 de Dezembro de 2009 e no pressuposto da continuidade das operações. As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, nomeadamente:
i) valorimetria e imparidade do crédito concedido, que segue o regime disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal;
ii) o tratamento contabilístico relativo ao diferimento dos ajustamentos das
responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição, e;
iii) restrição de aplicação de algumas opções previstas nas IFRS.
As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.
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As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente activos e passivos financeiros detidos para negociação. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que o Conselho de Administração do Banco efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados relevantes de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 2.3
2.2. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:
2.2.1. Instrumentos financeiros
(A) Activos e passivos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções, ou que façam parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um padrão recente de tomada de lucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura eficaz) são classificados como de negociação. Os dividendos associados a estas carteiras são registados em Resultados em operações de negociação e cobertura. Os derivados de negociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação, sendo os derivados de negociação com justo valor negativo incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os custos ou proveitos associados às transacções reconhecidos em resultados, e posteriormente valorizados ao justo valor. Os custos e proveitos subsequentes resultantes das alterações do justo valor e recebimento de dividendos são reconhecidas na rubrica "Resultados em operações de negociação e cobertura" da demonstração de resultados.
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(B) Outros passivos financeiros Os Outros passivos financeiros são todos os passivos financeiros que não se encontram registados na categoria de passivos financeiros ao justo valor através de resultados. Esta categoria inclui tomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e de outras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros. Desreconhecimento O Banco desreconhece os activos financeiros quando expiram todos os direitos a fluxos de caixa futuros. Quando ocorre uma transferência de activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou o Banco não mantém controlo dos mesmos. O Banco procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são cancelados ou extintos.
2.2.2. Crédito a Clientes
O Crédito a Clientes inclui os empréstimos concedidos pelo Banco, para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado na data em que o montante do crédito é disponibilizado ao cliente. O Crédito a Clientes é reconhecido inicialmente pelo seu justo valor, acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas de imparidade. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nas seguintes situações: (i) os direitos contratuais do Banco expiram; ou (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados ou o Banco não mantém controlo dos mesmos.
2.2.3. Provisões para riscos de crédito
Conforme referido na nota 2.1, o Banco aplica nas suas contas as NCA pelo que, de acordo com o definido nos nº 2 e nº 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal. De acordo com o Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, e outras disposições emitidas pelo mesmo, o Banco constitui as seguintes provisões para riscos de crédito:
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i) Provisão específica para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são crescentes em função do período decorrido desde a data de incumprimento. Esta provisão é apresentada a deduzir à rubrica de Crédito a clientes no activo.
ii) Provisão específica para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se
verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; ii) Estarem em incumprimento há mais de:
Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco
anos mas inferior a dez anos; Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a
dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações, nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.
Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.
Esta provisão é apresentada a deduzir à rubrica de Crédito a clientes no activo. iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica Provisões e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido não vencido. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido: 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações
de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
1,5% no caso de se tratar de crédito ao consumo;
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1% no que se refere ao restante crédito concedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga.
Paralelamente ao cálculo das provisões mínimas exigidas pelo Banco de Portugal descritas anteriormente, o Banco efectua mensalmente o cálculo de imparidade para a rubrica de crédito a clientes, conforme referido na nota 3.1 O valor de provisões para crédito será reforçado sempre que o resultado do cálculo de imparidade seja superior aos mínimos calculados de acordo com as regras do Banco de Portugal. iv) Política de incobrabilidade de crédito
Os créditos considerados incobráveis são registados em custos do exercício na rubrica “outros resultados de exploração” e pela reposição das provisões constituídas quando já não existam quaisquer perspectivas de recuperação. A anulação de créditos (write-off) é efectuada após terem sido tomadas todas as medidas possíveis de recuperação e ter sido determinado o montante da perda. As recuperações posteriores são reconhecidas em proveitos no exercício em que ocorrem.
2.2.4. Activos intangíveis
Os activos intangíveis referem-se essencialmente aos investimentos em “software”. As despesas incorridas com a aquisição ou desenvolvimento de software são capitalizadas, sempre que se verifique o cumprimento cumulativo dos seguintes requisitos:
- o Banco dispõe de recursos adequados, técnicos, financeiros e outros, para a conclusão de um desenvolvimento tecnicamente viável, de forma a que este esteja disponível para utilização ou venda;
- o Banco tem a intenção de completar o desenvolvimento para o utilizar ou vender e dispõe de capacidade para a sua utilização;
- o Banco consegue demonstrar que o referido desenvolvimento irá gerar benefícios económicos futuros e consegue quantificar de forma fiável as despesas que lhe estão directamente associadas;
Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil estimada destes activos (entre 3 e 5 anos). A vida útil destes activos é sujeita a revisão numa base anual, tendo por base a perspectiva quanto à utilização. Os encargos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.
2.2.5. Outros activos tangíveis
De acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, os outros activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respectivas amortizações e perdas por imparidade, excepto quando se verifiquem reavaliações
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extraordinárias legalmente autorizadas. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens. Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultem benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil estimada dos bens: Equipamento: Anos de vida útil
Mobiliário e Material 8 Equipamento Informático 4-5 Instalações Interiores 8-10
Estes activos são sujeitos a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor de balanço excede o seu valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é o maior de entre o valor de mercado do activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se espera vir a obter com o uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil.
2.2.6. Contratos de locação
A contabilização de um contrato de locação é efectuada de acordo com a posição assumida pelo Banco no contrato, isto é, se o Banco assume o papel de locador ou locatário. Como Locador
Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados. Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registados em proveitos, enquanto que as amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor global do crédito inicialmente concedido. Como Locatário
Enquanto locatário, o Banco apenas detém contratos de locação operacional, cujas rendas são registadas em custos na rubrica de Gastos gerais administrativos, de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.
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2.2.7. Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente através de venda, os activos estão disponíveis para venda imediata e a sua venda é muito provável. Imediatamente antes da sua classificação como disponíveis para venda, a mensuração de todos os activos não correntes é efectuada de acordo com as IFRS aplicáveis. Após a sua classificação, estes activos são mensurados ao menor entre o seu custo e o seu justo valor deduzidos dos custos de venda. O Banco classifica igualmente em activos não correntes detidos para venda os imóveis detidos por recuperação de crédito, que se encontram mensurados inicialmente pelo valor de aquisição do activo e custos associados ou, no caso de dações em pagamento, pelo valor de avaliação fixado para o efeito. A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor entre o seu valor contabilístico e o correspondente justo valor, líquido de despesas, não sendo sujeitos a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício. O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações periódicas efectuadas pelo Banco.
2.2.8. Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.
2.2.9. Provisões Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras perdas estimadas decorrentes da actividade do Banco Primus. São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para reflectir a melhor estimativa, sendo revertidas por resultado na proporção dos pagamentos que não sejam prováveis.
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2.2.10. Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data de transacção. Os activos e passivos denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados ao seu custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças resultantes da conversão são reconhecidas em resultados.
2.2.11. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações.
2.2.12. Imposto sobre lucros
O Banco Primus está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar com base no resultado tributável do período, apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada que, a 31 de Dezembro de 2009, era de 26,5% resultante da taxa de IRC de 25% e da derrama de 1,5%, calculada sobre o lucro tributável. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço (i) sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, para efeitos de tributação em sede de IRC e (ii) sobre os prejuízos fiscais apurados a utilizar em exercícios futuros. São utilizadas as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem e para os prejuízos fiscais apurados a utilizar em exercícios futuros. Considerando que o pagamento da derrama é devido independentemente da existência de prejuízos fiscais reportáveis, a taxa aplicável ao cálculo de impostos diferidos sobre os prejuízos fiscais é de 25%. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis e os prejuízos fiscais a utilizar futuramente.Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais dos seis anos seguintes.
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2.2.13. Instrumentos de capital
Um instrumento financeiro é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Todos os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida de capitais próprios como uma dedução ao valor da emissão. As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos quando declaradas.
2.2.14. Investimentos nas sucursais
A Hungria é considerada uma sucursal autónoma sendo a sua moeda funcional diferente da moeda funcional do Banco, pelo que o valor dos activos e passivos da sucursal da Hungria é registado pelo seu contravalor em Euros à taxa de câmbio oficial em vigor na data de balanço. Os resultados da sucursal são transpostos pelo seu contravalor em Euros a taxa de câmbio média do período. As diferenças cambiais resultantes da conversão em Euros dos resultados do exercício, entre as taxas de câmbio utilizadas na demonstração de resultados e as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, são registadas em capitais próprios em Reservas de reavaliação - diferenças cambiais.
2.2.15. Reconhecimento de juros
Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros activos e passivos mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares (margem financeira) sendo periodificados de forma linear durante a vida da operação que lhes deu origem, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. No que diz respeito à política de registo dos juros de crédito concedido vencido são considerados os seguintes aspectos:
- Os juros de créditos vencidos garantidos por hipotecas são contabilizados como proveitos até que o valor total do contrato em dívida pelo cliente atinja o valor total do seu colateral, prudentemente avaliado ou até que o crédito esteja em situação de execução judicial;
- A contagem dos juros relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que não esteja coberto por garantia real é interrompida, sendo os mesmos apenas reconhecidos quando recebidos por se considerar que a sua recuperação é remota;
- O juros de crédito vencido que não estejam cobertos por garantia reais são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.
- Os juros não registados, sobre estes créditos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.
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2.2.16. Comissões
As comissões e outros rendimentos e encargos são reconhecidos em geral, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, da seguinte forma: Os rendimentos de serviços são reconhecidos em resultados do exercício nas
rubricas de Comissões e outros rendimentos e encargos à medida que os serviços são prestados;
As comissões e encargos relacionados com operações de crédito são
periodificados de forma linear durante a vida da operação que lhes deu origem, de acordo com a Carta Circular 22/2006/DSB do Banco de Portugal e reconhecidas na margem financeira.
2.2.17. Resultados por acção e informação por segmentos
Atendendo ao facto de as acções do Banco não serem negociadas num mercado público e o Banco não ter depositado, ou esteja em vias de depositar, as suas demonstrações financeiras junto de uma comissão de valores mobiliários ou de outra organização reguladora, com vista a emitir acções ordinárias num mercado público, não é apresentada informação por segmentos ou informação quanto aos resultados por acção.
2.3. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas As NCA’s estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são analisados nos parágrafos seguintes, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação. Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas sejam as mais apropriadas. Impostos sobre os lucros Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para
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os quais a determinação dos impostos a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. As Autoridades Fiscais Portuguesas têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco, de que eventuais correcções aos impostos sobre lucros não têm impacto material nas demonstrações financeiras. Perdas por imparidade em créditos sobre clientes O Banco efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito com o objectivo de estimar o montante de imparidade que considera adequado para cobrir o risco de crédito inerente. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. O modelo de imparidade encontra-se descrito na Nota 3.1. Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na sua ausência é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor. Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.
3. Gestão de riscos A gestão de riscos no Banco Primus é encarada como uma preocupação constante e baseada numa estratégia integrada e orientada para a identificação, monitorização, prevenção e mitigação dos diferentes riscos a que o Banco se encontra exposto. A política de gestão de riscos adoptada pelo Banco visa garantir, a todo o momento, uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida. O objectivo é maximizar a rentabilidade dos accionistas sem prejudicar a solidez financeira da Instituição. Neste contexto, o reporte, controlo e acompanhamento dos principais
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riscos – risco de crédito, cambial, taxa de juro, liquidez e operacional – assume particular importância. O controlo global da actividade é realizado a dois níveis distintos. Num primeiro nível estão os Directores com responsabilidades de gestão de área e reporte directo à Comissão Executiva. Compete a esses Directores das áreas operativas, acompanhar diariamente, a actividade através de um conjunto de indicadores que permitem de forma sistemática e atempada, verificar a realização dos objectivos e detectar situações anómalas que exijam intervenção imediata. Compete também à estrutura directiva a validação da informação produzida pelos sistemas de informação, que é utilizada num segundo nível pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração recebe periodicamente um conjunto de informação, que permite um acompanhamento efectivo da actividade do Banco. Essa informação tem carácter diário, semanal ou mensal, consoante o tipo de informação reportada e espelha o desenvolvimento da actividade do Banco na globalidade.
3.1. Risco de Crédito Estrutura interna O Conselho de Administração do Banco Primus é responsável pelo planeamento estratégico, definição dos objectivos da actividade e pelas políticas e estratégias de risco tendo por base o seu Perfil de Risco, assegurando que a instituição dispõe de uma estrutura adequada para a sua implementação, avaliação e controlo. Neste sentido, seguindo as orientações do Banco de Portugal e as exigências do novo Acordo de Basileia no que refere ao princípio de segregação de funções, foi criada a Direcção de Risco, que tem entre outras responsabilidades, a gestão do Risco de Crédito. A Direcção de Risco, independente e especializada, assume o ónus da gestão pró-activa do risco de crédito das carteiras, que, dado os mercados onde o Banco se insere e a sua estrutura de accionistas, é o principal risco da instituição. A Direcção de Risco é igualmente responsável pelo desenvolvimento e implementação dos processos de gestão e controlo do risco implícito nas carteiras, através de metodologias de controlo e avaliação, adequadas e proporcionais às especificidades da actividade, das operações e do segmento de Clientes. Esta Direcção desenvolve e fomenta a utilização de modelos de apoio à decisão de crédito para todos os produtos, assim como elabora análises económico-financeiras quando se trate de um financiamento a uma empresa ou produtos de fidelização aos parceiros comerciais. Para garantir uma visão consolidada dos riscos bem como fomentar a adopção e partilha das melhores práticas no Banco (sede e sucursais), nomeadamente no que concerne ao alinhamento de conceitos, consistência de princípios, métricas e objectivos, foi criada a figura de Risk Officer, actualmente assegurado pelo Director executivo com o pelouro do risco.
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Processo de Gestão
O risco de crédito está associado ao grau de incerteza do recebimento dos fluxos de caixa futuros, e resulta da incapacidade do Cliente, ou contraparte, em cumprir as obrigações contratualmente estabelecidas com o Banco, sendo que também resultará da informação em que se baseiam as decisões de crédito e os modelos quantitativos de decisão. Neste contexto, o Banco Primus definiu uma rigorosa política de gestão de risco que se encontra transposta para regulamentos e manuais aprovados pela Comissão Executiva, cobrindo os processos de concessão, acompanhamento e recuperação de crédito. O processo de avaliação do risco de concessão de crédito realiza-se de forma vertical pela organização em função de variáveis pré-definidas, à luz dos Regulamentos de Crédito em vigor para cada um dos produtos, nomeadamente o crédito hipotecário e o crédito automóvel. Cabe, no entanto, à Direcção de Risco, o controlo permanente do risco de crédito e a verificação do cumprimento das regras internas relativas à concessão de cada nova operação de crédito, bem como a detecção precoce de potenciais situações de incumprimento em carteira e a proposta de medidas preventivas para situações de risco potencial para o Banco.
a) Crédito Hipotecário
O grau de risco dos Clientes é atribuído por intermédio da grelha de rating interno, que atribui uma classificação a cada Cliente, com base nos seguintes indicadores:
i. Classificação do Cliente mediante a análise dos seus dados sócio-
profissionais e creditícios; ii. Avaliação da capacidade actual de reembolso do Cliente e
estabelecimento dos limites correspondentes; iii. Análise dos valores das garantias prestadas.
b) Crédito Automóvel
O grau de risco da operação é atribuído mediante os seguintes indicadores:
i. Classificação da operação de acordo com uma grelha de rating interno, que atribui uma nota ao conjunto Cliente(s)/ Bem a financiar / Características contratuais do financiamento;
ii. Classificação de risco do prescritor do financiamento, de acordo com o conhecimento histórico da qualidade da carteira de crédito no Banco;
iii. Avaliação da capacidade actual de reembolso do Cliente; iv. Análise do valor do bem a financiar.
c) Crédito a clientes empresa
Sempre que esteja em causa um cliente do tipo empresa, o grau de risco da operação é complementado com base na análise dos indicadores económico-financeiros da empresa, e é produzida uma nota, uma avaliação de pontos fortes e fracos e um relatório descritivo, de acordo com o escalão de montante da operação:
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i. Classificação da capacidade económico-financeira da empresa de acordo com uma metodologia interna, que atribui uma nota e uma lista de pontos fortes e fracos;
ii. Para montantes pré-definidos, é produzido um relatório descritivo da análise económico-financeira da empresa;
iii. Para montantes pré-definidos, complementa-se a análise referida no ponto anterior com uma análise ao sector de actividade onde a empresa exerce a sua actividade principal.
De acordo com os Regulamentos de Crédito em vigor no Banco, estão definidos níveis de competências de aprovação, atribuídos em função das características e montante da operação. Mensuração e controlo do risco
A exposição ao risco de crédito bem como a sua mensuração é gerida de forma regular, com o objectivo de detectar precocemente situações de incumprimento. Neste âmbito, são seguidos indicadores de alerta, tais como taxas de sucesso de cobrança mensal, níveis de incumprimento a 30 e 90 dias, níveis de incumprimento por parceiro comercial, níveis de alertas de fraudes prevenidas e não prevenidas, níveis de produção por perfil de clientes e que, de acordo com a respectiva frequência e gravidade, conduzem à revisão da atribuição dos perfis de risco das operações e classificações de risco dos parceiros, ao estabelecimento de planos de acção de revisão dos modelos de apoio à decisão e criação de uma lista de parceiros em vigilância de risco. Numa óptica de vigilância individual são estudados mensalmente os créditos considerados mais relevantes, nas suas mais diversas vertentes: situação actual do cliente, potencial situação de incumprimento, perspectiva de recuperação e estimativa da perda esperada em caso de incumprimento. Como ferramentas complementares da maior relevância são também realizados regularmente Comités de Risco onde as carteiras de crédito são apresentadas e todos os rácios seguidos diariamente ou mensalmente são apresentados e discutidos de forma a encontrar as melhores práticas, adoptar sinergias inter-direcções e tomar as acções necessárias que, de forma proactiva, revertam em futuras carteiras equilibradas ao Perfil de risco da instituição. Comités de Risco
Os Comités de Risco são realizados com carácter trimestral ou sempre que necessário, sendo o local privilegiado de debate e análise não só de indicadores específicos da actividade e dos riscos assumidos pelo Banco. Neste fórum são também identificadas e delineadas acções preventivas e/ou correctivas e emitidas propostas para aprovação pela Comissão Executiva do Banco. Cálculo da imparidade
A política do Banco consiste na avaliação regular da perda potencial após evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito, bem como na avaliação da probabilidade dos clientes sem imparidade puderem vir a ter imparidade, e qual a sua perda potencial. Desta forma, o Banco avalia o montante de imparidade para a sua carteira de crédito, tanto através de um cálculo mensal dessa imparidade, como no
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âmbito do reporte semestral para o Banco de Portugal, como forma de avaliar de forma regular a sua exposição ao risco de crédito e evolução dessa exposição. No Banco Primus, o cálculo da perda por imparidade obedece ao desenvolvimento das seguintes etapas, i) segmentação da carteira de crédito, ii) análise de evidência de incumprimento para os diferentes segmentos, iii) quantificação percentual da perda por imparidade para os segmentos identificados e iv) cálculo da perda por imparidade v) aplicação da perda por imparidade ao segmento dos clientes sem imparidade de acordo com probabilidades destes virem a revelar imparidade. Análise individual A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é efectuada para créditos ou clientes expostos a montantes julgados significativos pelo Banco e para os clientes de crédito hipotecário que se encontrem em contencioso, através de uma análise da exposição total de crédito caso a caso. As perdas de imparidade são determinadas com base na comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados descontados e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. Para as operações de crédito com garantias reais, os fluxos de caixa estimados correspondem aos que possam resultar da recuperação e venda das garantias associadas. Análise Colectiva Para a finalidade de avaliação colectiva da imparidade, concorrem os créditos não incluídos na análise individual sendo estes agrupados em segmentos de acordo com características de risco semelhantes. Na análise colectiva é efectuada uma estimativa das perdas associadas à carteira com base nos seguintes factores:
Experiência histórica de transição entre fases de incumprimento;
Experiência histórica de perdas em carteira de risco semelhante;
Influência da envolvente macro-económica sobre o nível de perdas. O Banco utiliza ainda um conjunto de políticas e procedimentos de controlo e monitorização do risco de crédito, das quais se destacam as seguintes: Política de colaterais
Todas as operações de crédito hipotecário têm associadas garantias reais, nomeadamente a hipoteca de bens imóveis, servindo estes activos como instrumentos de mitigação da exposição do Banco ao risco de incumprimento. Casuisticamente e como reforço de garantias, o Banco poderá aceitar outro tipo de garantias reais e/ou pessoais. As operações de crédito automóvel pressupõem a reserva de propriedade do bem a financiar, que inibe a sua livre transacção pelo proprietário, sendo o seu valor comparado com uma base de dados estatística que fornece a média de avaliação para bens de iguais características base, fornecida por uma entidade independente ao Banco. Nos
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casos das locações financeiras o bem a financiar é propriedade do Banco, sendo o mesmo avaliado pela mesma entidade independente. Testes de esforço A realização de testes de esforço – Stress tests – tem o objectivo de mensuração do impacto de choques em condições extremas ou adversas, mas plausíveis, nos riscos considerados relevantes no Banco. A Direcção de Risco, no âmbito do reporte obrigatório para o Banco de Portugal, mas também de acordo com a relevância deste exercício para a própria gestão da exposição aos riscos no Banco, desenvolve um conjunto de análises de sensibilidade e a construção de cenários extremos hipotéticos, de forma a efectuar uma avaliação dos impactos potenciais sobre a adequação de fundos próprios do Banco. Estes impactos são avaliados de acordo com as rubricas contabilísticas que seriam afectadas nesses cenários. O Banco efectua assim uma avaliação do seu nível de fundos próprios, nomeadamente a adequação à sua realidade e às vulnerabilidades específicas do mercado, a existência ou não de capacidade para absorver potenciais impactos na degradação da qualidade dos créditos sob gestão e a contratar, bem como de formas eficientes de fazer face a eventuais acontecimentos adversos. A segmentação da exposição a risco de crédito por mercados geográficos a 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é a seguinte:
A segmentação da carteira de crédito hipotecário, de acordo com as classes internas de risco determinadas de acordo com diversos factores como a existência de incidentes,
31 de Dezembro de 2009 Portugal Espanha Hungria
Disponibilidades sobre instituições de crédito 554.972 2.206.023 138.235
Devedores e outras aplicações 472.393 578.330 281.002
Aplicações em instituições de crédito 1.100.133 - 159.215
Crédito a clientes 217.762.587 177.675.562 34.172.472
Garantias prestadas 1.055.512 - -
Compromissos irrevogáveis 306.720 - 378.022
31 de Dezembro de 2008 Portugal Espanha Hungria
Disponibilidades sobre instituições de crédito 1.962.790 2.873.721 696.666
Devedores e outras aplicações 425.891 49.900 930.523
Aplicações em instituições de crédito 5.000.533 - -
Crédito a clientes 147.838.982 125.331.318 10.022.851
Garantias prestadas 1.772.423 - -
Compromissos irrevogáveis 1.540.279 33.000 -
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nível de cobertura dos empréstimos por garantias hipotecárias e nível de incumprimento, é a seguinte:
Atendendo ao tipo de Clientes em questão, particulares e pequenas empresas, não estão disponíveis ou não são usadas classificações de rating externas excepto a informação disponibilizada pelo Banco de Portugal. A diminuição relativa do segmento Prime e Standard por oposição aos segmentos Special e Sub-standard corresponde à transição dos créditos de Prime para Special monitoring e à classificação, nos dois últimos segmentos, de créditos com incumprimento ou em contencioso. Procedeu-se também à classificação dos créditos sem incidentes actuais mas com menor cobertura de garantias face ao seu valor actual no segmento Special monitoring. Relativamente ao produto automóvel, a segmentação de acordo com classes internas de risco definidas, é a seguinte:
As categorias apresentadas resultam da combinação de dois factores: i) classificação interna de concessão de financiamento (Perfil de concessão) e ii) Classificação interna de seguimento, tendo por base o tipo e maturidade do crédito à data do relatório e a inexistência ou grau de incumprimento observado no cliente internamente ou externamente ao Banco, desde que participado ao Banco de Portugal (Perfil de Carteira). A carteira com maturidades mais recentes, e a originada em 2009, revelam-se com menor incumprimento médio que as anteriores, observando-se ainda que a grande parte dos anteriores clientes Prime em carteira não degradaram a sua classe interna de risco. O facto da representatividade da carteira classificada em Sub-standard ter aumentado é justificado parcialmente com a degradação do perfil dos clientes anteriormente já classificados em Special monitoring durante 2009, aliado à classificação dos créditos em contencioso ou em incumprimento elevado nessa classe, sendo que estes créditos se mantêm na carteira, sem decréscimo de valor, até á resolução do incumprimento ou writte-off do crédito. Os demais aspectos relacionados com risco de crédito estão evidenciados nas notas 14 e 28.
31-12-2009 31-12-2008
Prime 32,53% 42,79%
Standard monitoring 25,53% 32,13%
Special monitoring 31,21% 18,09%
Sub-standard 10,73% 7,00%
31-12-2009 31-12-2008
Prime 77,41% 72,00%
Standard monitoring 15,55% 21,61%
Special monitoring 1,80% 2,64%
Sub-standard 5,24% 3,75%
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3.2. Risco de Taxa de Juro A tomada de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, o Banco contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a variações da taxa de juro. O risco de taxa de juro implica a perda potencial em activos financeiros decorrente de alterações de taxas de juro de mercado. A definição da estratégia e políticas de gestão do risco de taxa de juro é da responsabilidade do Conselho de Administração. O Comité de Activos e Passivos (Asset-Liability Committee, doravante ALCO) é responsável por controlar o risco de acordo com a estratégia definida pelo Conselho de Administração. A gestão deste risco encontra-se delegada na Direcção Financeira, dentro dos limites propostos pelo ALCO e aprovados pelo Conselho de Administração. Tendo presente as principais directrizes estratégicas estabelecidas para a actividade do Banco Primus, foi definida uma política de reduzida sensibilidade da margem financeira. Para o crédito hipotecário a maioria dos créditos concedidos são indexados à Euribor a 6 meses ou Euribor 12 meses com revisão semestral. Para o crédito automóvel, a maioria dos créditos têm taxa fixa. Os instrumentos de dívida são contratados de forma a financiar cada uma das áreas de negócio. A avaliação do risco de taxa de juro é apurada por via de um processo de análise de sensibilidade efectuado mensalmente para o conjunto de operações que integram o balanço do Banco. O risco de taxa de juro é medido pelo modelo de repricing gap sobre os activos e passivos sensíveis a variações da taxa de juro, que consiste na distribuição de activos e passivos sensíveis a este risco por datas de repricing (datas de refixação da taxa de juro) em intervalos fixos de tempo, a partir dos quais se pode estimar a sensibilidade do balanço às variações das taxas de juro. A sensibilidade ao risco de taxa de juro do balanço em cada moeda é calculada pela diferença entre o valor actual do mismatch de taxa de juro descontado às taxas de juro de mercado e o valor descontado dos mesmos fluxos de caixa simulando deslocamentos paralelos da curva de taxa de juro de mercado.
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Em 31 de Dezembro de 2009, o risco de taxa de juro do balanço do Banco, medido de acordo com a Instrução 19/2005 do Banco de Portugal, que assume uma descida paralela de 200 pontos base na estrutura temporal de taxas de juro, era de 2,1 milhões euros (31 de Dezembro de 2008: 1,18 milhões de euros) de impacto negativo nos capitais próprios do Banco.
3.3. Risco Cambial Com a abertura da Sucursal na Hungria, Banco Primus Fióktelep Magyarország em 2008, o Banco passou a assumir exposição cambial. Na Hungria, é uma prática corrente de mercado conceder empréstimos denominados em Francos Suíços, sendo a prestação mensal e amortizações antecipadas pagas em moeda local (Florins húngaros). O risco cambial é transferido para o cliente, quer seja favorável ou desfavorável. Para cobertura da exposição em Francos Suíços, o funding é contratado fundamentalmente em Francos Suíços através da contratação de Currency Interest Rate Swaps com o Crédit Foncier. Deste modo, o negócio não gera risco cambial à excepção das margens líquidas em Francos Suíços. Adicionalmente, a Sucursal da Hungria tem custos fixos e comissões pagas a angariadores de negócio em Florins Húngaros. Para fazer face a estas responsabilidades sem ter acesso adequado a funding local, a Sucursal vende Francos Suíços e compra Florins Húngaros, gerando uma posição cambial. Para reduzir este risco, o Banco Primus contratou financiamentos em Florins húngaros junto do Crédit Foncier e continuará com esta estratégia no futuro próximo.
Banda Temporal Activos (+) Passivos (-) Posição (+/-)
Factor de
Ponderação
Posição
Ponderada
à vista - 1 mês 35.217.976 59.129.733 (23.911.757) 0,08% (19.129)
1 - 3 meses 73.921.119 137.194.316 (63.273.197) 0,32% (202.474)
3 - 6 meses 156.670.467 73.500.000 83.170.467 0,72% 598.827
6 - 12 meses 42.203.889 58.500.000 (16.296.111) 1,43% (233.034)
1 - 2 anos 24.975.036 29.000.000 (4.024.964) 2,77% (111.492)
2 - 3 anos 18.550.902 45.500.000 (26.949.098) 4,49% (1.210.015)
3 - 4 anos 15.714.734 - 15.714.734 6,14% 964.885
4 - 5 anos 12.059.275 - 12.059.275 7,71% 929.770
5 - 7 anos 13.700.587 7.000.000 6.700.587 10,15% 680.110
7 - 10 anos 5.213.379 - 5.213.379 13,26% 691.294
10 - 15 anos 1.952 - 1.952 17,84% 348
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O resumo da exposição cambial a 31 de Dezembro de 2009 e 2008, por divisa, é o seguinte:
A repartição dos activos e passivos a 31 de Dezembro de 2009, por moeda, é a seguinte:
3.4. Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à incapacidade do Banco cumprir com as suas obrigações, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das condições de financiamento.
Actividade global
HUF CHF EUR HUF CHF EUR
(milhões) (milhões) (milhões) (milhões) (milhões) (milhões)
Crédito a clientes e Aplicações em OIC's 1.755,9 41,0 399,6 397,8 13,7 283,0
dos quais Depósitos 45,6 0,1 3,9 185,8 - 9,8
Activos tangíveis e outros 503,7 - 15,9 643,0 - 11,4
2.259,6 41,0 415,5 1.040,8 13,7 294,4
Passivo (1.382,0) (53,0) (385,1) (369,9) (12,0) (283,2)
Situação Líquida 1.387,5 - (30,7) 616,6 - (17,2)
5,5 (53,0) (415,8) 246,7 (12,0) (300,4)
Posição líquida por moeda 2.265,1 (12,0) (0,3) 1.287,5 1,7 (6,0)
31 de Dezembro de 2009 31 de Dezembro de 2008
EUR HUF CHF Total
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.008 - - 3.008
Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.837.065 9.595 52.570 2.899.230
Aplicações em instituições de crédito 1.100.133 159.215 - 1.259.348
Crédito a clientes 395.686.183 6.324.323 27.600.115 429.610.621
Activos não correntes detidos para venda - 13.049 - 13.049
Outros activos tangíveis 1.962.998 1.394.754 - 3.357.752
Activos intangíveis 1.774.947 49.941 - 1.824.888
Activos por impostos correntes 71.391 - - 71.391
Activos por impostos diferidos 8.938.841 - - 8.938.841
Outros activos 3.168.193 404.993 - 3.573.186
Total do Activo 415.542.759 8.355.870 27.652.685 451.551.314
Passivo:
Passivos financeiros detidos para negociação 330.327 - - 330.327
Recursos de outras instituições de crédito 366.547.916 3.382.427 35.262.800 405.193.143
Provisões 3.108.312 10.383 459.137 3.577.832
Passivos por impostos correntes 137.290 - - 137.290
Outros passivos subordinados 7.472.500 - - 7.472.500
Outros passivos 7.506.487 1.717.854 - 9.224.341
Total do Passivo 385.102.832 5.110.664 35.721.937 425.935.433
Capital Próprio:
Capital 51.000.000 - - 51.000.000
Reservas de reavaliação (26.614) 28.371 - 1.757
Outras reservas e resultados transitados (12.844.596) (2.392.884) - (15.237.480)
Resultado do exercício (7.382.167) (2.766.229) - (10.148.396)
Total do Capital Próprio 30.746.623 (5.130.742) - 25.615.881
Total do Passivo e do Capital Próprio 415.849.455 (20.078) 35.721.937 451.551.314
(valores em euros)
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Tendo presente que uma das principais componentes do activo do Banco é a carteira de crédito hipotecário de longa duração, a gestão do risco de liquidez assume um papel chave no modelo de rentabilidade do Banco. Deste modo, a gestão do risco de liquidez do Banco Primus tem como principal objectivo manter níveis adequados de liquidez para fazer face às necessidades de liquidez no curto e no médio/longo prazo. A avaliação do risco de liquidez do Banco Primus é efectuada através da utilização de indicadores regulamentares definidos pelas autoridades de supervisão, nomeadamente na Instrução 13/2009 do Banco de Portugal, assim como indicadores internos para os quais se encontram definidos limites de exposição. No âmbito da actividade de gestão do risco de liquidez são elaborados mapas de liquidez que permitem a análise dos prazos residuais dos activos e passivos. Para cada intervalo definido, procede-se ao cálculo da diferença, em montante, entre cash inflows e cash outflows, ou seja, o Gap de liquidez. A elaboração destes mapas é efectuada mediante a categorização dos activos e passivos de acordo com (i) a natureza dos instrumentos e mercados de transacção, (ii) dos seus diferentes horizontes temporais e (iii) do contexto institucional em que se enquadram (p.e. contraparte, área geográfica, etc.). Tal como no risco de taxa de juro, este modelo engloba tanto as operações de balanço como as operações fora de balanço. A análise dos activos e passivos financeiros por prazos de maturidade, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é apresentada conforme segue:
31 de Dezembro de 2009
Até 1 mês 1 a 3 meses
3 meses a 1
ano 1 a 5 anos
Mais de 5
anos Total
Activo:
Caixa e disponibilidades em bancos
centrais 3.008 - - - - 3.008
Disponibilidades em outras instituições
de crédito 2.899.230 - - - - 2.899.230
Aplicações em instituições de crédito 1.259.348 - - - - 1.259.348
Crédito a clientes 5.086.487 12.434.677 43.339.277 205.960.788 159.502.078 426.323.307
Juros de crédito 823.608 8.436.911 35.980.371 131.024.419 99.687.239 275.952.548
Total do Activo 10.071.681 20.871.588 79.319.648 336.985.207 259.189.317 706.437.441
Passivo:
Recursos de instituições de crédito 2.408.649 24.057.963 35.000.000 233.428.283 108.000.000 402.894.895
Juros de recursos de instituições de
crédito 1.096.917 23.447.955 3.644.631 24.966.795 13.393.738 66.550.036
Passivos Subordinados - - - - 7.000.000 7.000.000
Juros de passivos subordinados - - - 472.500 - 472.500
Passivos financeiros detidos para
negociação 330.327 - - - - 330.327
Total do Passivo 3.835.893 47.505.918 38.644.631 258.867.578 128.393.738 477.247.758
Valor líquido 6.235.788 (26.634.330) 40.675.017 78.117.629 130.795.579 229.189.683
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A 31 de Dezembro de 2009, o Banco tem disponíveis linhas de funding contratadas e não utilizadas no montante de 83.500.000 euros (2008: 31.500.000 euros), conforme referido na nota 28. A utilização de linhas de funding será aplicada para cobrir o gap de liquidez apresentado.
3.5. Gestão de Capital O Banco Primus segue um modelo rigoroso de gestão da sua base de capital de forma a optimizar a sua alocação e garantir a sua adequação face às exigências prudenciais e de crescimento futuro da actividade. O modelo de gestão de capital encontra-se assente num exercício de planeamento financeiro, onde é projectada a evolução da actividade do Banco num horizonte temporal de 5 anos.O acompanhamento da evolução da adequabilidade dos fundos próprios e do respectivo rácio de solvabilidade é efectuado de uma forma regular ao longo do ano, através da identificação dos desvios face às projecções efectuadas. Os fundos próprios do Banco são apurados de acordo com as normas regulamentares aplicáveis, nomeadamente com o disposto no Aviso nº 12/92 do Banco de Portugal. Os fundos próprios totais resultam da soma dos fundos próprios de base (Tier 1) com os fundos próprios complementares (Tier2) e da subtracção da componente relevada no agregado Deduções. Os fundos próprios de base integram os elementos com carácter de maior permanência. Como elemento positivo dos fundos próprios concorre o capital realizado e como elementos negativos concorrem os activos intangíveis e os resultados transitados de exercícios anteriores. Os fundos próprios complementares são relativos às provisões para riscos gerais de crédito. Estes elementos integram o Upper Tier 2. Os requisitos de fundos próprios passaram a ser determinados no quadro regulamentar de Basileia II a partir do início de 2008. Desta forma, os requisitos de fundos próprios para risco de crédito foram calculados em função dos riscos relevados no activo do Banco e em elementos extrapatrimoniais e mitigados em função dos tipos de contrapartes, dos prazos das operações e dos colaterais apresentados, tendo sido utilizado o método padrão previsto no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal para o seu
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Até 1 mês 1 a 3 meses
3 meses a 1
ano 1 a 5 anos
Mais de 5
anos Total
Activo:
Caixa e disponibilidades em bancos
centrais 3.162 - - - - 3.162
Disponibilidades em outras instituições
de crédito 5.533.177 - - - - 5.533.177
Aplicações em instituições de crédito 5.000.533 - - - - 5.000.533
Crédito a clientes 2.025.858 4.415.362 9.985.952 45.247.932 220.433.401 282.108.505
Juros de crédito 2.799.822 2.249.588 8.935.279 41.413.912 212.624.554 268.023.155
Total do Activo 15.362.552 6.664.950 18.921.231 86.661.844 433.057.955 560.668.532
Passivo:
Recursos de instituições de crédito 8.080.808 - 23.000.000 112.500.000 137.500.000 281.080.808
Juros de recursos de instituições de
crédito 972.051 3.579.511 6.471.690 67.032.872 31.018.500 109.074.624
Total do Passivo 9.052.859 3.579.511 29.471.690 179.532.872 168.518.500 390.155.432
Valor líquido 6.309.693 3.085.439 (10.550.459) (92.871.028) 264.539.455 170.513.099
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apuramento. Os requisitos de capital para risco operacional foram determinados através da aplicação do indicador básico, constante do Aviso nº 9/2007 do Banco de Portugal. A verificação de que uma entidade dispõe de fundos próprios num montante não inferior ao dos respectivos requisitos de fundos próprios certifica a adequação do seu capital, reflectida num rácio de solvabilidade - representado pelos fundos próprios em percentagem do montante correspondente a 12,5 vezes dos requisitos de fundos próprios - igual ou superior ao mínimo regulamentar de 8%. A 31 de Dezembro de 2009, o rácio de solvabilidade, calculado de acordo com o Aviso nº 12/92 do Banco de Portugal, era de 9,6%.
De forma a garantir o cumprimento dos requisitos mínimos de capital nos termos do nº2 do Artigo 96º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, o Banco procedeu, durante o ano de 2009, a reforços de capital num total de 21 milhões de euros, totalmente subscritos pelo accionista Crédit Foncier de France. Adicionalmente, procedeu-se à emissão de dívida subordinada no montante de 7 milhões de euros, no final do mês de Junho de 2009, que foi convertida, em Janeiro de 2010, em capital do Banco.
3.6. Risco Operacional A abordagem de gestão do risco operacional encontra-se suportada na definição de um Perfil de Risco Operacional que representa o grau de tolerância face aos riscos de carácter operacional em que incorre, no decurso normal da sua actividade, de acordo com a severidade e recorrência destes. Este factor de tolerância, relacionado também com a complexidade e sofisticação dos sistemas de controlo implementados no Banco a cada momento, resulta da permuta existente entre o custo de tratamento de um evento identificado -recolha, análise e mitigação - e a perda esperada decorrente desse mesmo evento. O Conselho de Administração do Banco Primus promove a existência de ferramentas e processos de controlo dos riscos operacionais avaliados como relevantes, face à actividade, dimensão e complexidade das operações do Banco a cada momento, nomeadamente nas seguintes áreas:
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Fundos Próprios
Base 23.790.993 12.916.796
Complementares 3.572.832 -
27.363.825 12.916.796
Total de Activos ponderados 284.220.431 166.105.074
Tier I 8,4% 7,8%
Tier I + Tier II 9,6% 7,8%
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Mitigação ou controlo de todos os riscos de fraude externa, interna ou erros de carácter operacional relativamente às operações de gestão que envolvam contrapartes e fornecedores;
Segregação de funções a todos os níveis do Banco, com destaque nas que resultam em disponibilização de fundos associados à actividade de concessão de crédito, cobranças e escolha de fornecedores de equipamento e serviços;
Reporte obrigatório da informação financeira ou outra, às autoridades externas de supervisão e aos accionistas;
Adequação das operações bancárias às normas legais e regulamentares, bem como às orientações e normativos internos emanados da Comissão Executiva;
Existência do Plano de Continuidade da Actividade e Disaster Recovery Plan, bem como a qualidade dos aplicativos de gestão e dados armazenados nos sistemas de informação;
Gestão dos activos do Banco de acordo com políticas definidas e comunicadas à organização, para que os colaboradores exerçam as suas actividades de forma coerente com os objectivos traçados, bem com a avaliação de imparidade para os referidos activos;
A prevenção de actividades de branqueamento de capitais e de financiamento a actos ilícitos ou terrorismo;
O Banco Primus encontra-se a desenvolver um projecto de implementação dos sistemas de reporte e controlo do Risco Operacional em utilização pelo seu accionista Crédit Foncier, e continuarão a ser desenvolvidos esforços no sentido de caminhar de forma consistente para a implementação do Método Padrão de gestão do risco operacional, tal como previsto no Aviso 9/2007 de 18 de Abril. Este processo de melhoria irá suportar-se principalmente no grau de maturidade crescente das funções de gestão de risco e dos sistemas de informação do Banco em todas as suas áreas de actuação, para se detectar, avaliar e mitigar o Risco Operacional na actividade corrente. O controlo dos riscos operacionais é uma preocupação que tem merecido um especial enfoque por todos os colaboradores do Banco, tendo já sido desenvolvido e colocado em prática um conjunto alargado de sistemas de controlo que permitem mitigar os riscos mais relevantes relacionados com os principais processos de negócio do Banco. Nesse âmbito, e embora se tenha recolhido durante o ano 2009 um conjunto de eventos de risco operacional, irá proceder-se a uma revisão do mapeamento das actividades de forma a sistematizar o processo de recolha e reporte dos dados e a adequá-lo ao sistema de reporte de risco operacional do Credit Foncier, bem como sistematizar a sua análise e reporte interno e externo. O Banco Primus estima que este processo de adaptação será finalizado durante 2010. O esquema de Coordenadores Responsáveis Locais de Risco Operacional – Operational Risk Officers – que reportam actualmente os eventos ao Responsável de Risco Operacional na Direcção de Risco, foi revisto, actualizado e aprovado pela Comissão Executiva, tendo sido proporcionadas novas formações a todos os colaboradores que a compõem. O Sistema de Gestão de Risco Operacional a implementar tem como principal objectivo conferir ao Banco Primus a capacidade para efectuar de uma forma eficiente a gestão dos eventos de Risco Operacional e a implementação de novos controlos mitigadores de risco, bem como responder aos objectivos do seu accionista, permitindo gerir de forma
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abrangente o risco Operacional em todo o grupo e fomentando uma forte cultura de sensibilidade ao risco por todos os colaboradores.
4. Justo valor O justo valor tem como base as cotações de mercado, sempre que estas se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado, quer as actuais condições da política de pricing do Banco. Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade. Não considera, no entanto, factores de natureza prospectiva, como por exemplo a evolução futura de negócio. Nestas condições, os valores apresentados não podem ser entendidos como uma estimativa do valor económico do Banco. Os valores contabilísticos dos instrumentos financeiros comparam com o respectivo justo valor conforme segue:
Disponibilidades em outras instituições de crédito As disponibilidades em outras Instituições de crédito e as Aplicações em Instituições de crédito são constituídas por depósitos à ordem e de muito curto prazo que vencem juros a taxas de mercado. Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Crédito a clientes O justo valor do crédito a Clientes, apresentado líquido de provisões, é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os fluxos de caixa futuros foram actualizados utilizando uma taxa de desconto que a equipa de gestão do
Valor Justo Valor Justo
contabilístico valor contabilístico valor
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.008 3.008 3.162 3.162
Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.899.230 2.899.230 5.533.177 5.533.177
Aplicações em instituições de crédito 1.259.348 1.259.348 5.000.533 5.000.533
Crédito a clientes 426.323.307 373.646.267 282.108.505 278.140.780
Passivo
Passivos financeiros detidos para negociação 330.327 330.327 - -
Recursos de Instituições de Crédito 405.193.143 400.863.213 284.456.188 284.456.188
Passivos subordinados 7.472.500 7.472.500 - -
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banco considera reflectir, com base na informação de negócio existente até ao momento, o custo de oportunidade associado aos créditos em carteira. A taxa de desconto incorpora as taxas de mercado para os prazos residuais (taxas do mercado monetário ou do mercado de swaps de taxa de juro, no final do ano) e o spread actual do Banco à data de reporte. Este foi calculado através da média da produção dos últimos três meses do ano. A 31 de Dezembro de 2009, a taxa de desconto para crédito hipotecário situou-se entre 3,48% e 5,89% e para crédito automóvel situou-se entre 8,15% e 16,4%. Passivos financeiros detidos para negociação Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base as cotações de mercado, sempre que estas se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o cálculo do justo valor assenta na utilização de modelos numéricos, baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa que, para estimar o justo valor, utilizam as curvas de taxa de juro de mercado ajustadas pelos factores associados, predominantemente o risco de crédito e risco de liquidez, determinados de acordo com as condições de mercado e prazos respectivos. Recursos de instituições de crédito O justo valor destes instrumentos financeiros é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos, considerando que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. Passivos subordinados O justo valor dos Passivos subordinados é o valor pelo qual o passivo poderá ser liquidado.
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5. Margem financeira A Margem financeira apresenta a seguinte decomposição:
O montante de juros vencidos ascende a 348.147 euros (2008: 117.817 euros). As rubricas de Outros rendimentos e encargos por operações de crédito, referem-se a comissões que em conformidade com a política contabilística descrita na nota 2.2.17, foram periodificadas de forma linear durante a vida da operação que lhes deu origem.
6. Resultados de serviços e comissões Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:
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Juros e rendimentos similares
Juros de operações de crédito 26.446.771 15.771.366
Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito 30.251 245.900
Juros de aplicações em outras instituições de crédito 57.606 220.946
Outros rendimentos por operações de crédito 1.719.763 629.102
28.254.391 16.867.314
Juros e encargos similares
Juros e encargos de recursos de:
Instituições de crédito no estrangeiro (11.122.375) (9.546.296)
Instituições de crédito no país (24.216) (48.876)
Outros encargos por operações de crédito (2.351.051) (786.032)
(13.497.642) (10.381.204)
Margem financeira 14.756.749 6.486.110
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Rendimentos de serviços e comissões
Por serviços bancários prestados 2.227.971 1.574.961
Por angariação de prémios de seguro 543.619 186.510
Por garantias prestadas 3.521 18.942
Por devolução de cheques 4.423 3.161
Outras 27.273 23.490
2.806.807 1.807.064
Encargos com serviços e comissões
Por serviços bancários prestados (115.526) (34.619)
Por serviços prestados (32.190) (87.480)
Outras (100) (200)
(147.816) (122.299)
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7. Resultados em operações de negociação e cobertura Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:
Esta rubrica regista os resultados relativos à mensuração do justo valor de dois swaps de divisa e taxa de juro celebrado entre o Banco e o Crédit Foncier de France, no montante de 30 e de 5,5 milhões de francos suíços respectivamente, com o objectivo de efectuar uma cobertura económica do risco cambial associado à sucursal da Hungria, mas que não foram designadas como instrumentos de cobertura à luz do IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração.
8. Outros resultados de exploração Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:
A rubrica Resultados de reavaliação cambial inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na nota 2.2.10.
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Ganhos em instrumentos financeiros - Swaps 548.292 -
Perdas em instrumentos financeiros - Swaps (658.452) -
(110.160) -
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Resultados de reavaliação cambial
Ganhos em diferenças cambiais 6.695.602 1.923.284
Perdas em diferenças cambiais (6.205.746) (2.128.768)
489.856 (205.484)
Outros proveitos de exploração
Reembolso de despesas 44.190 67.318
Ganhos em activos não financeiros 32.428 -
Outros 306.653 36.372
Outros custos de exploração
Perdas em activos não financeiros (239.592) (49.715)
Contribuições para o FGD (17.495) (17.506)
IVA (10.201) (2.270)
Imposto de selo (7.932) (2.847)
Outros impostos (185.580) (13.945)
Quotizações e donativos (3.898) (1.531)
Outros (80.742) (4.259)
(162.169) 11.617
327.687 (193.867)
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A rubrica Ganhos em activos não financeiros inclui o montante de 27.637 euros referente a indemnizações recebidas pelo furto de outros activos tangíveis. A rubrica Outros proveitos inclui o montante de 101.392 euros (2008: 12.425 euros) referente a portes cobrados aos clientes no âmbito de contratos de crédito ao consumo e locação financeira. A rubrica Perdas em activos não financeiros respeita às menos-valias que o Banco obteve da venda de viaturas recuperadas de contratos de crédito ao consumo e imóveis recuperados no âmbito de processos de execução, no montante de 110.296 euros. Esta rubrica inclui ainda o montante de 129.296 euros referente a abates de outros activos tangíveis realizados durante o exercício de 2009. Conforme previsto no Decreto-Lei nº 298/92, em Novembro de 1994, foi criado o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), com o objectivo de garantir os depósitos dos Clientes, de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. A contribuição mínima efectuada anualmente para o fundo é registada em custos do exercício. A rubrica Outros impostos inclui o montante de 61.974 euros (2008: 4.475 euros) referente ao Imposto Único de Circulação das viaturas objecto de contratos de locação financeira.
9. Gastos com pessoal
Durante o exercício de 2009, os custos incorridos com remunerações aos Órgãos de Gestão e Fiscalização ascenderam a 295.162 euros (2008: 639.166 euros). A rubrica Outros custos com pessoal inclui o montante de 229.941 euros (2008: 79.326 euros) referente a indemnizações contratuais pagas. O Banco não atribuiu planos de benefícios pós-emprego ou a longo prazo aos seus colaboradores nem aos seus Administradores. O número de colaboradores e administradores executivos ao serviço do Banco Primus apresenta-se como segue:
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Remunerações 6.955.735 6.430.052
Encargos sociais obrigatórios 1.658.839 1.284.763
Seguros de acidentes de trabalho 47.471 52.973
Outros custos com pessoal 248.716 81.818
8.910.761 7.849.606
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Média do Período Final do Período Média do Período Final do Período
Administradores 5 5 7 5
Quadros 224 228 175 225
229 233 182 230
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10. Gastos gerais administrativos Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:
A rubrica Rendas e alugueres inclui as rendas das instalações do Banco e os alugueres operacionais de viaturas ligeiras. A rubrica Seguros inclui o montante de 53.856 euros (2008: 28.200 euros) referentes a seguros de saúde atribuídos aos colaboradores do Banco como complemento ao regime geral da Segurança Social. A rubrica Outros serviços de terceiros inclui o montante de 105.624 euros referente a serviços prestados pelo Crédit Foncier de France com a deslocação de colaboradores.
11. Imposto sobre o rendimento Os lucros apurados pelo Banco são tributados em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e correspondente derrama. O pagamento dos impostos sobre lucros é efectuado com base em declarações de autoliquidação que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do exercício a que respeitam.
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Fornecimentos de terceiros 399.852 420.824
Serviços prestados por terceiros
Rendas e alugueres 1.329.244 1.120.339
Avenças e honorários 467.907 242.589
Comunicações 575.328 364.777
Deslocações, estadas e representação 470.752 781.964
Publicidade e edição de publicações 268.057 253.095
Conservação e reparação 66.345 36.509
Transportes 65.765 23.610
Formação de Pessoal 13.677 44.596
Seguros 134.256 172.332
Informática 262.487 265.137
Estudos e consultas 45.983 112.808
Consultores e auditores externos 281.639 465.440
Serviços de informações 269.836 206.388
Serviços judiciais, contencioso e notariado 312.386 134.812
Segurança, vigilância e limpeza 104.744 70.548
Cedência de mão de obra especializada 10.929 26.196
Outros serviços de terceiros 184.514 83.183
5.263.701 4.825.147
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O apuramento de imposto é analisado da seguinte forma:
A reconciliação da taxa de imposto é analisada da seguinte forma:
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Prejuízo contabilístico (13.718.722) (11.647.236)
A acrescer:
Prémios de seguros 13.735 28.200
Provisões não dedutíveis 13.045.988 6.030.247
Multas 8.747 1.279
Despesas confidenciais ou não documentadas 8.454 8.151
Aluguer de viaturas sem condutor 38.923 43.575
Compensações pela deslocação em viatura própria do colaborador - 9.989
Menos-valias contabilísticas 72.304 -
Outros 83.578 -
A deduzir:
Benefícios da criação de novos postos de trabalho (526.879) (371.192)
Prejuízo fiscal (973.872) (5.896.987)
Tributação autónoma (137.290) (107.478)
Imposto a (pagar)/recuperar (137.290) (107.478)
Reconciliação entre o custo do período e o saldo em balanço
Imposto sobre o rendimento
Reconhecimento como custo do exercício (137.290) (107.478)
Correcções relativas a exercícios anteriores 384 -
Custo do período (136.906) (107.478)
% 31-12-2009 % 31-12-2008
Prejuízo antes de impostos (13.718.722) (11.647.236)
Taxa de imposto corrente -26,50% 3.635.461 -26,50% 3.086.518
Diferenças permanentes -0,70% 96.277 -0,64% 74.199
Tributação autónoma 1,00% (137.290) 0,92% (107.478)
Outras diferenças 0,23% (31.083) 0,76% (89.077)
Correcções de exercícios anteriores -0,05% 6.961 0,00% -
-26,03% 3.570.326 -25,45% 2.964.162
Imposto corrente (136.906) (107.478)
Impostos diferidos (nota 18) 3.707.232 3.071.640
3.570.326 2.964.162
Taxa efectiva de imposto -26,03% -25,45%
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12. Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição:
As Disponibilidades sobre instituições de crédito são constituídas por depósitos à ordem com prazo residual inferior a 1 mês e são remuneradas a taxas que, em 31 de Dezembro de 2009, se situam entre 0% e 4% (2008: 0% e 4,32%). As disponibilidades, com taxa de 4%, referem-se a depósitos à ordem em florins húngaros no BNP Paribas no montante de 138.235 euros.
13. Aplicações em instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
As aplicações em instituições de crédito no país têm vencimento inferior a 1 mês e são remuneradas a taxas que, em 31 de Dezembro de 2009, ascendem a 4% (31 de Dezembro de 2008: 2,40%).
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Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 554.972 1.962.790
Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro 2.344.258 3.570.387
2.899.230 5.533.177
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Aplicações em instituições de crédito no país 1.100.000 5.000.000
Juros das aplicações no país 133 533
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 159.215 -
Juros das aplicações no estrangeiro - -
1.259.348 5.000.533
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14. Crédito a Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição:
As rubricas Locação mobiliária e Crédito ao Consumo, são constituídas por contratos de locação financeira e de crédito, respectivamente, para financiamento de aquisição de veículos ligeiros de passageiros ou de mercadorias. As Comissões associadas a operações de crédito, referem-se ao valor líquido das comissões pagas aos parceiros e das comissões recebidas por operações de crédito, diferidas de forma linear ao longo da vida da operação que lhes deu origem. O prazo residual do Crédito a Clientes é apresentado conforme segue:
A rubrica Crédito vencido refere-se aos valores de capital, juros e outras despesas das prestações vencidas e não cobradas, bem como ao capital vincendo relativo a contratos rescindidos. A 31 de Dezembro de 2009, o montante classificado como crédito reestruturado ascende a 5.509.876 euros. O crédito reestruturado refere-se a operações de crédito hipotecário com renegociação das condições iniciais de financiamento. A renovação ou prorrogação destes créditos não interrompe a contagem do período decorrido após incumprimento e respectivo cálculo de provisões, salvo se forem adequadamente reforçadas as garantias
Crédito vincendo e juros periodificados Particulares Empresas Total Total
Crédito à habitação 228.345.662 - 228.345.662 191.221.224
Crédito hipotecário para outras finalidades 13.680.654 9.583.464 23.264.118 32.836.620
Locação mobiliária 11.921.645 2.836.776 14.758.421 4.435.509
Crédito ao consumo 126.310.193 7.681.027 133.991.220 44.458.018
380.258.154 20.101.267 400.359.421 272.951.371
Crédito e juros vencidos
Inferior a 90 dias 310.769 15.238 326.007 1.643.083
Superior a 90 dias 43.956.147 1.385.174 45.341.321 12.860.492
44.266.916 1.400.412 45.667.328 14.503.575
Total de Crédito concedido 424.525.070 21.501.679 446.026.749 287.454.946
Provisões específicas para crédito (19.089.133) (614.309) (19.703.442) (5.346.441)
Comissões associadas a operações de crédito (líquidas) 3.046.443 240.871 3.287.314 1.084.646
408.482.380 21.128.241 429.610.621 283.193.151
31-12-2009 31-12-2008
31-12-2009 31-12-2008
Até 1 mês 6.265.550 3.115.294
1 a 3 meses 4.711.064 4.415.303
3 meses a 1 ano 16.312.336 9.985.820
1 a 5 anos 100.987.848 35.282.328
Mais de 5 anos 272.082.623 220.152.626
Duração indeterminada 45.667.328 14.503.575
446.026.749 287.454.946
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31 de Dezembro de 2009 e 2008
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constituídas ou forem integralmente pagos pelo devedor os montantes de juros e outros encargos vencidos. A análise dos contratos de locação financeira a 31 de Dezembro de 2009 é a seguinte:
As provisões específicas para crédito são analisadas como segue:
A contagem dos juros relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que não esteja coberto por garantia real é interrompida, sendo os mesmos apenas reconhecidos quando recebidos por se considerar que a sua recuperação é remota. No que respeita ao crédito ao consumo e locação financeira, os juros e demais encargos vencidos com atraso superior a 90 dias são anulados, sendo reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos. A 31 de Dezembro de 2009, o montante de anulação de proveitos ascende a 580.425 euros (2008: 20.712 euros).
Rendas Vincendas Com atraso Sem atraso Total
Até 1 ano 138.679 2.549.984 2.688.663
De 1 ano até 5 anos 543.896 10.084.193 10.628.089
Mais de 5 anos 179.224 4.688.489 4.867.713
861.799 17.322.666 18.184.465
Valores residuais
Até 1 ano - 9.052 9.052
De 1 ano até 5 anos 24.090 382.190 406.280
Mais de 5 anos 38.958 781.334 820.292
63.048 1.172.576 1.235.624
Juros vincendos
Até 1 ano (50.715) (903.459) (954.174)
De 1 ano até 5 anos (135.640) (2.798.701) (2.934.341)
Mais de 5 anos (26.258) (746.895) (773.153)
(212.613) (4.449.055) (4.661.668)
712.234 14.046.187 14.758.421
31-12-2009 31-12-2008
Saldo inicial 5.346.441 380.009
Dotações 15.469.995 4.976.677
Reposições/Reversões (1.137.777) (6.878)
Diferenças Cambiais 24.783 (3.367)
Saldo final 19.703.442 5.346.441
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31 de Dezembro de 2009 e 2008
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15. Activos não correntes detidos para venda Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
A imparidade de activos não correntes detidos para venda é analisada como se segue:
31-12-2009 31-12-2008
Valor antes imparidade
Imóveis 143.051 82.867
Viaturas 13.049 70.101
156.100 152.968
Imparidade
Imóveis (19.361) (1.867)
Viaturas - (22.531)
(19.361) (24.398)
136.739 128.570
31-12-2009 31-12-2008
Saldo inicial 24.398 -
Dotações 32.084 59.833
Reposições/Reversões (37.121) (35.435)
Saldo final 19.361 24.398
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16. Outros activos tangíveis Os movimentos ocorridos nos exercícios de 2008 e 2009 na rubrica de Outros activos tangíveis apresentam-se como segue:
Valor bruto
Mobiliário e material 386.947 205.926 - 2.453 - 595.326
Equipamento informático 405.960 417.272 - - - 823.232
Instalações interiores 888.181 16.540 - (2.453) - 902.268
Equipamento transporte 18.700 532.776 - - - 551.476
Equipamento segurança - 42.004 - - - 42.004
Outro equipamento 150.463 630.142 - - - 780.605
Activos tangíveis em curso 4.657 662.916 - - - 667.573
Outros activos tangíveis - 2.268 - - - 2.268
1.854.908 2.509.844 - - - 4.364.752
Amortizações
Mobiliário e material (49.373) (53.424) - - - (102.797)
Equipamento informático (131.414) (182.336) - - 2.984 (310.766)
Instalações interiores (66.220) (86.024) - - - (152.244)
Equipamento transporte (3.506) (40.642) - - 1.945 (42.203)
Outro equipamento (26.759) (56.299) - - 1.618 (81.440)
(277.272) (418.725) - - 6.547 (689.450)
Valor líquido 1.577.636 3.675.302
Valor bruto
Mobiliário e material 595.326 51.050 - - (1.434) 644.942
Equipamento informático 823.232 53.118 (6.979) - (2.653) 866.718
Instalações interiores 902.268 107.982 (97.841) 592.175 - 1.504.584
Equipamento transporte 551.476 65.625 (30.624) - (7.157) 579.320
Equipamento segurança 42.004 - - - (578) 41.426
Outro equipamento 780.605 245.436 - 62.990 (8.329) 1.080.702
Activos tangíveis em curso 667.573 - (713) (655.165) (171) 11.524
Outros activos tangíveis 2.268 - (2.237) - (31) -
4.364.752 523.211 (138.394) - (20.353) 4.729.216
Amortizações
Mobiliário e material (102.797) (77.998) - - (581) (181.376)
Equipamento informático (310.766) (208.020) 2.520 - (1.297) (517.563)
Instalações interiores (152.244) (149.420) 25.536 - - (276.128)
Equipamento transporte (42.203) (133.985) 3.166 - (4.154) (177.176)
Equipamento segurança - (4.995) - - (183) (5.178)
Outro equipamento (81.440) (130.226) - - (2.377) (214.043)
(689.450) (704.644) 31.222 - (8.592) (1.371.464)
Valor líquido 3.675.302 3.357.752
Saldo a
31.Dez.08
Saldo a
31.Dez.07
Adições /
DotaçõesAbates Transf.
Diferenças
cambiais
Saldo a
31.Dez.09
Saldo a
31.Dez.08
Adições /
DotaçõesAbates Transf.
Diferenças
cambiais
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17. Activos intangíveis Os movimentos ocorridos nos exercícios de 2008 e 2009 na rubrica de Activos intangíveis apresentam-se como segue:
A rubrica Activos intangíveis em curso diz respeito a software que se encontra ainda em fase de desenvolvimento. No seguimento da decisão interna de substituição, no final de 2010, do sistema informático de suporte ao negócio, foi reduzida a estimativa da vida útil esperada destes activos registados na rubrica Sistemas de tratamento automático de dados. O impacto decorrente desta alteração ascende a 63.630 euros em amortizações do exercício de 2009. As amortizações previstas até ao final de 2010 ascendem a 1.068.525 euros. O montante relativo a transferências corresponde a desenvolvimentos internos ou aquisições de software, concluídas durante o exercício e para os quais se verificou o cumprimento efectivo dos requisitos definidos na política contabilística 2.2.4.
Valor bruto
Sistemas de tratamento
automático de dados1.039.362 152.196 181.225 - 1.372.783
Outros activos intangíveis 21.591 49.333 - - 70.924
Activos intangíveis em curso 500.468 674.910 (181.225) - 994.153
1.561.421 876.439 - - 2.437.860
Amortizações
Sistemas de tratamento
automático de dados(223.496) (277.795) - 771 (500.520)
Outros activos intangíveis (1.111) (9.677) - - (10.788)
(224.607) (287.472) - 771 (511.308)
Valor líquido 1.336.814 1.926.552
Valor bruto
Sistemas de tratamento
automático de dados1.372.783 98.423 1.239.353 (984) 2.709.575
Outros activos intangíveis 70.924 16.443 - - 87.367
Activos intangíveis em curso 994.153 341.146 (1.239.353) - 95.946
2.437.860 456.012 - (984) 2.892.888
Amortizações
Sistemas de tratamento
automático de dados(500.520) (541.265) - (570) (1.042.355)
Outros activos intangíveis (10.788) (14.857) - - (25.645)
(511.308) (556.122) - (570) (1.068.000)
Valor líquido 1.926.552 1.824.888
Saldo a
31.Dez.08
Saldo a
31.Dez.07
Adições /
DotaçõesTransf.
Diferenças
cambiais
Saldo a
31.Dez.09
Saldo a
31.Dez.08
Adições /
DotaçõesTransf.
Diferenças
cambiais
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18. Activos por impostos correntes e diferidos Esta rubrica tem a seguinte composição:
O movimento na rubrica de Impostos diferidos activos apresenta-se como segue:
Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo de 8.938.841 euros da rubrica Impostos diferidos activos inclui: i. 5.374.599 euros relativos a provisões para crédito não aceites como custo fiscal
relativas ao exercício actual e aos exercícios anteriores, mas que serão aceites em períodos futuros;
ii. 3.564.242 euros de imposto diferido associado a prejuízos fiscais relativos ao exercício actual e aos exercícios anteriores. Tendo presente o plano de negócio para os próximos anos, o Banco Primus prevê dispor de matéria colectável suficiente para absorver os respectivos prejuízos fiscais dentro dos prazos definidos por lei.
31-12-2009 31-12-2008
Impostos correntes:
Retenção na fonte 9.729 10.953
Pagamento especial por conta 61.662 23.562
71.391 34.515
Impostos diferidos:
Por outras diferenças 5.374.599 1.900.630
Por prejuízos fiscais 3.564.242 3.330.979
8.938.841 5.231.609
Provisões
para Crédito
Outras
Provisões
Prejuízos
fiscais
reportáveis Amortizações Total
Saldo em 31 de Dezembro de 2007 272.139 30.475 1.856.732 623 2.159.969
Dotações 1.628.491 - 1.474.247 - 3.102.738
Reposições - (30.475) - (623) (31.098)
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 1.900.630 - 3.330.979 - 5.231.609
Dotações 3.457.187 - 243.468 - 3.700.655
Correcções de estimativa de exercícios anteriores 16.782 - (10.205) - 6.577
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 5.374.599 - 3.564.242 - 8.938.841
Banco Primus, S.A. Notas às demonstrações financeiras
31 de Dezembro de 2009 e 2008
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A análise dos prejuízos fiscais acumulados, de acordo com as declarações fiscais e o respectivo prazo de vencimento dos mesmos é a seguinte:
A 31 de Dezembro de 2009, não foram ainda utilizados quaisquer montantes de prejuízos fiscais reportáveis.
19. Outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição:
A 31 de Dezembro de 2008, a rubrica Outros devedores diversos incluia 453.489 Euros referentes a adiantamentos efectuados a fornecedores por contratos a realizar.
Prejuízo
fiscal
(*)
Prejuízo
fiscal
(**)
Ano
origemTaxa de
imposto
Imposto
diferido
(*)
Imposto
diferido
(**)
Ano
limite
2.483.628 2.483.629 2005 25,0% 620.907 620.907 2011
1.939.648 1.968.943 2006 25,0% 484.912 492.236 2012
3.003.652 3.032.724 2007 25,0% 750.913 758.181 2013
5.896.988 5.797.800 2008 25,0% 1.474.247 1.449.450 2014
973.872 (***) 2009 25,0% 243.468 243.468 2015
14.297.788 13.283.096 3.574.447 3.564.242
(*) Cálculo com base numa estimativa.
(**) Cálculo baseado na declaração periódica de rendimentos Modelo 22 entregue.
(***) Ainda não disponível.
31-12-2009 31-12-2008
Devedores e outras aplicações:
IVA a recuperar 997.149 922.553
Adiantamentos a parceiros 251.962 383.444
Outros devedores diversos 1.079.763 1.022.870
2.328.874 2.328.867
Despesas com encargo diferido:
Seguros 31.232 48.988
Rendas 27.992 23.794
Outras despesas com encargos diferidos 975.832 387.275
1.035.056 460.057
Outros
Outros activos 112.268 6.484
Outras contas de regularização 4.023 4.282
116.291 10.766
Total de Outros activos 3.480.221 2.799.690
(30.725) -
3.449.496 2.799.690
Imparidade para devedores e outras aplicações
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31 de Dezembro de 2009 e 2008
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A 31 de Dezembro de 2009, esta rubrica inclui 292.534 euros (2008: 253.756 euros) de valores a receber relativos a contratos de crédito ao consumo e locação financeira e 226.942 euros referentes a adiantamentos de contratos por activar. Esta rubrica inclui ainda 29.061 euros relativos a montantes a receber do accionista Crédit Foncier e 193.075 euros (2008: 19.150 euros) referentes a valores a receber no âmbito da angariação de seguros associados aos contratos de crédito. A rubrica Outras despesas com encargos diferidos inclui despesas de legalização das viaturas na Conservatória do Registo Automóvel, no montante de 926.811 euros (2008: 360.620 euros). Estas despesas são diferidas de forma linear ao longo da vida do contrato de financiamento que lhes deu origem. A rubrica Outros activos inclui o montante de 112.165 euros referente a adiantamentos por conta de comissões de angariação futura efectuados a parceiros de negócio. O montante de Imparidade para devedores e outras aplicações foi integralmente constituído no exercício de 2009.
20. Passivos financeiros detidos para negociação Esta rubrica tem a seguinte composição:
Conforme referido na política contabilística 2.2.1, os derivados de negociação são valorizados ao justo valor.
21. Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição:
Nocional Justo valor
Derivados de negociação:
Swaps de moeda e taxa de juro - superior a 1 ano 47.536.023 330.327
31-12-2009
31-12-2009 31-12-2008
Recursos de Instituições de crédito no estrangeiro 399.894.895 273.000.000
Recursos de Instituições de crédito no país 3.000.000 8.080.808
Juros de recursos de Instituições de crédito no estrangeiro 2.297.083 3.374.378
Juros de recursos de Instituições de crédito no país 1.165 1.002
405.193.143 284.456.188
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A análise desta rubrica pelo prazo remanescente é apresentada conforme segue:
Os Recursos de instituições de crédito referem-se a instrumentos de dívida contratados com o Crédit Foncier de France sendo remunerados a taxas que, em 31 de Dezembro de 2009, se situam entre 0,5% e 6,77% (2008: entre 0,8% e 6,06%).
22. Provisões
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Os movimentos registados na rubrica de Provisões para riscos gerais de crédito são analisados conforme segue:
A provisão para riscos gerais de crédito foi constituída de acordo com o disposto nos Avisos nº 3/95, nº 2/99 e nº 8/03 do Banco de Portugal, conforme referido na política 2.2.3. A rubrica Outras provisões foi constituída no decorrer do exercício de 2009 para fazer face a indemnizações contratuais a colaboradores.
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Até 1 mês 3.695.714 8.935.383
1 a 3 meses 25.038.335 2.085.597
3 meses a 1 ano 35.351.315 23.435.208
1 a 5 anos 240.607.779 112.500.000
Mais de 5 anos 100.500.000 137.500.000
405.193.143 284.456.188
31-12-2009 31-12-2008
Provisões para riscos gerais de crédito: 3.572.832 2.008.184
Outras provisões 5.000 -
3.577.832 2.008.184
31-12-2009 31-12-2008
Saldo inicial 2.008.184 651.392
Dotações 1.729.165 1.470.964
Reposições/Reversões (175.310) (106.867)
Diferenças cambiais 10.793 (7.305)
3.572.832 2.008.184
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23. Passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição:
As principais características desta emissão são apresentadas como segue:
24. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição:
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Passivos subordinados 7.000.000 -
Juros de passivos subordinados 472.500 -
7.472.500 -
Data emissão
Data
reembolso Taxa de juro Montante
"Deeply subordinated loan" - Crédit Foncier 30-06-2009 Indeterminada 9,00% 7.000.000
31-12-2009 31-12-2008
Credores e outros recursos:
Sector público administrativo
IVA a pagar 1.763 37.844
Retenção de impostos na fonte (IRS) 254.278 242.954
Imposto do selo a pagar 235.516 147.618
Contribuições para a Segurança Social 99.974 118.308
Outros 64.842 15.691
Credores diversos
Outros fornecedores 165.964 29.325
Colaboradores 9.244 36.988
Outros credores 255.672 14.492
Credores por contratos de seguros 832.695 602.744
Parceiros 757.603 233.746
Cauções de clientes 391.273 159.703
Encargos a pagar:
Mês férias 187.005 212.238
Subsídio férias 186.469 212.238
Segurança social 120.599 128.717
Prémio de produtividade 566.540 390.185
Outros encargos 859.203 581.264
Outras contas de regularização:
Outras operações a regularizar 4.235.701 2.947.009
9.224.341 6.111.064
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A rubrica de Credores por contratos de seguros, refere-se aos prémios contratados pelos Clientes do Banco, a entregar às companhias seguradoras, estando o seu aumento directamente relacionado com o crescimento da carteira de crédito. A rubrica Outros credores inclui saldos credores de clientes e valores a pagar relacionados com a contratação de operações de crédito. A rubrica Parceiros refere-se a valores de comissões por angariação de contratos a pagar a parceiros, no âmbito da celebração de operações de crédito hipotecário, ao consumo e de locação financeira. A rubrica Cauções de clientes refere-se a cauções recebidas de clientes de locação financeira. A rubrica Outros encargos inclui acréscimos de custos, nomeadamente com empresas de avaliação, auditoria, informática e advogados. Esta rubrica inclui ainda o montante de 116.101 euros referentes a serviços prestados pelo Crédit Foncier e, inclui também, o montante de 332.109 euros referente a campanhas de incentivos efectuadas junto dos parceiros relativas a contratos de crédito efectuados durante o exercício de 2009. A rubrica Outras operações a regularizar refere-se essencialmente a operações de crédito para as quais ainda não ocorreu a disponibilização dos fundos contratados, no montante de 1.906.003 euros (2008: 1.626.983 euros). Esta rubrica inclui ainda Comissões a pagar aos parceiros que aguardam recepção de documento comprovativo, no montante de 907.076 euros (2008: 596.133 euros).
25. Capital O capital social, integralmente subscrito e realizado, é representado em 31 de Dezembro de 2009 por 51.000.000 acções ordinárias de um euro cada. As acções, sob a forma escritural e nominativas, encontram-se registadas junto da própria Instituição. No mês de Maio de 2009, ocorreu um aumento de capital realizado através de entradas em numerário no montante de 8.000.000 euros. Em Julho de 2009 foi efectuado novo aumento de capital através de entradas em numerário no valor de 7.000.000 euros. Por último, em Dezembro de 2009, foram emitidas 6.000.000 acções com valor nominal de 1 euro cada. As novas acções foram integralmente subscritas pelo accionista Crédit Foncier de France. A estrutura accionista é apresentada como segue:
31-12-2009 31-12-2008
nº acções % participação nº acções % participação
Crédit Foncier de France 46.500.000 91,2% 25.500.000 85,0%
João Manuel Pinto da Cunha Rosa 4.500.000 8,8% 4.500.000 15,0%
51.000.000 100,0% 30.000.000 100,0%
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26. Reservas de reavaliação A diferença cambial, no montante de 1.757 euros (2008: 110.014 euros) resulta da reavaliação cambial associada à sucursal da Hungria, resultantes da aplicação da política contabilística descrita na nota 2.2.10.
27. Outras reservas e resultados transitados A rubrica tem a seguinte composição:
Nos termos da legislação portuguesa, o Banco deverá reforçar anualmente a Reserva legal em pelo menos 10% dos lucros líquidos anuais (caso positivos), até à concorrência do capital. Esta reserva não está disponível para distribuição, apenas podendo ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumentar o capital.
31-12-2009 31-12-2008
Resultados Transitados
Saldo abertura (6.583.593) (3.819.353)
Resultado líquido ano anterior (8.683.074) (2.764.240)
Diferença cambial 29.187 -
(15.237.480) (6.583.593)
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28. Rubricas extrapatrimoniais Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
As garantias prestadas são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco. As linhas de crédito irrevogáveis constituem propostas de crédito aprovadas mas ainda não formalizadas em operações de crédito.
31-12-2009 31-12-2008
Garantias prestadas
Garantias 1.055.512 1.772.423
Compromissos assumidos perante terceiros
Linhas de crédito irrevogáveis 684.742 1.573.279
Compromissos assumidos por terceiros
Compromissos irrevogáveis por linhas de crédito:
Residentes - 3.000.000
Não residentes 83.500.000 28.500.000
83.500.000 31.500.000
Garantias recebidas
Garantias reais, valores imobiliários 438.805.350 357.597.243
Operações Cambiais
Operações de swap - negociação
Compra 23.928.283 -
Venda 23.607.740 -
Contratos de locação financeira
Rendas vincendas 18.184.465 5.560.175
Valores residuais 1.235.624 467.885
Juros e despesas anulados
Juros vencidos 435.275 9.124
Despesas de crédito vencido 145.150 11.588
580.425 20.712
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A análise da exposição a risco de crédito em contas extrapatrimoniais, por prazos residuais é a seguinte:
Adicionalmente, no âmbito dos contratos existentes com a locadora relativamente aos veículos e com o proprietário do imóvel, o Banco tem os seguintes compromissos futuros:
29. Partes relacionadas As entidades relacionadas do Banco Primus são as seguintes:
Até 1 mês 1 a 3 meses
3 meses a 1
ano 1 a 5 anos
Mais de 5
anos Total
31 de Dezembro de 2009
Garantias prestadas - - 972.912 82.600 - 1.055.512
Linhas de crédito irrevogáveis 931.741 - - - - 931.741
31 de Dezembro de 2008
Garantias prestadas - - 1.488.043 216.600 67.780 1.772.423
Linhas de crédito irrevogáveis 1.573.279 - - - - 1.573.279
Até 1 ano de 1 a 5 anos Até 1 ano de 1 a 5 anos
Rendas de veículos 228.481 985.418 321.210 1.041.596
Rendas de instalações 584.586 2.437.032 563.709 1.239.878
813.067 3.422.450 884.919 2.281.474
31-12-200831-12-2009
% de Participação
31-12-2009 31-12-2008
João Manuel Pinto da Cunha Rosa 8,82% 15,00%
François Blancard 0,00% -
Jean Etienne Durrenberger 0,00% 0,00%
Phillipe Druart 0,00% 0,00%
Djamel Seoudi 0,00% 0,00%
Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro - 0,00%
% de Participação
31-12-2009 31-12-2008
Crédit Foncier de France 91,18% 85,00%
João Manuel Pinto da Cunha Rosa 8,82% 15,00%
Membros do Conselho de Administração
Participações qualificadas
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O montante global dos activos, passivos, rendimentos e encargos relativos a operações realizadas com entidades relacionadas do Banco Primus pode ser resumido da seguinte forma:
O montante apresentado em software e amortizações do exercício refere-se a aquisições de software efectuadas ao CFCAL – Crédit Foncier d’Alsace et de Lorraine - Banque, subsidiária do Crédit Foncier de France.
Crédit Foncier
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Activos:
Software - 55.472
Outros activos 29.061 29.061
29.061 84.533
Passivos:
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 399.894.895 273.000.000
Custos a pagar de recursos de Instituições de crédito 2.297.083 3.374.378
Outros custos a pagar 116.101 -
Passivos subordinados 7.000.000 -
Juros de passivos subordinados 472.500 -
Instrumentos derivados de moeda 330.327 -
410.110.906 276.374.378
Custos:
Juros e encargos similares (11.788.576) (9.468.820)
Perdas em instrumentos financeiros (658.452) -
Seguros (8.877) -
Outros serviços de terceiros (105.624) -
(12.561.529) (9.468.820)
Proveitos:
Ganhos em instrumentos financeiros 548.292 -
Rubricas extrapatrimoniais:
Linhas de crédito irrevogáveis 83.500.000 28.500.000
Swap - Posição de compra 23.928.283 -
Swap - Posição de venda 23.607.740 -
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30. Factos relevantes ocorridos durante o exercício de 2009 e eventos subsequentes Aumentos de capital Durante o exercício de 2009 ocorreram 3 aumentos de capital através de entradas em numerário integralmente subscritos pelo accionista maioritário Crédit Foncier de France e que são analisadas como segue: - 8.000.000 euros em Maio de 2009; - 7.000.000 euros em Julho de 2009 e - 6.000.000 euros em Dezembro de 2009. Empréstimo subordinado A 30 de Junho de 2009 o Banco procedeu à emissão de um empréstimo subordinado no montante de 7.000.000 euros. Esta emissão foi convertida, em Janeiro de 2010, em capital. Novo sistema informático Durante o exercício de 2009 foi tomada a decisão de descontinuar o actual sistema informático de suporte ao negócio implementado nos 3 países onde o Banco opera. O processo de decisão e escolha de fornecedores foi concluído em Fevereiro de 2010, não havendo ainda a decisão formal.