dia de muertos

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Dia de Muertos Além de um dia de lembranças e saudade, o dia de Finados pode também ser um dia de alegria em alguns países, nesses países o dia 02 de Novembro e comemorado com musica, fantasias, apresentações teatrais e caveiras. O Dia de Muertos (Dia dos Mortos) mais conhecido, é o mexicano e por ali a comemoração começou antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Por La em alguns países da America Central e em comunidades dos EUA (onde há grande concentração de população com origem mexicana ou centroamericana) a festa acontece nos dias 01 e 02 de novembro, coincidindo com as celebrações católicas dos dias de Todos os Santos (01) e Finados (02). A festividade mexicana é declarada Patrimonio Cultural Imaterial da Humanindade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Caveiras: As “caveiras mexicanos” que tanto vemos por ai hoje têm origem na festividade. Em algumas culturas pré-hispânicas as celebrações no dia dos mortos remontam há mais de 3000 anos. Eram festas dedicadas às crianças e aos parentes mortos, presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a ‘Dama de la Muerte’ (dama da morte), atualmente relacionada com a personagem

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Dia de Muertos

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Page 1: Dia de Muertos

Dia de Muertos Além de um dia de lembranças e saudade, o dia de Finados pode também ser um dia de alegria em alguns países, nesses países o dia 02 de Novembro e comemorado com musica, fantasias, apresentações teatrais e caveiras.

O Dia de Muertos (Dia dos Mortos) mais conhecido, é o mexicano e por ali a comemoração começou antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Por La em alguns países da America Central e em comunidades dos EUA (onde há grande concentração de população com origem mexicana ou centroamericana) a festa acontece nos dias 01 e 02 de novembro, coincidindo com as celebrações católicas dos dias de Todos os Santos (01) e Finados (02).

A festividade mexicana é declarada Patrimonio Cultural Imaterial da Humanindade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Caveiras:

As “caveiras mexicanos” que tanto vemos por ai hoje têm origem na festividade.

Em algumas culturas pré-hispânicas as celebrações no dia dos mortos remontam há mais de 3000 anos. Eram festas dedicadas às crianças e aos parentes mortos, presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a ‘Dama de la Muerte’ (dama da morte), atualmente relacionada com a personagem ‘La Catrina’, do pintor, ilustrador e cartunista mexicano, José Guadalupe Posada.

As caveiras do artista são cheias de vida. Vestidas de gala, à cavalo, em bicicletas etc, além de belas ilustrações também carregavam em si mensagem sociais e políticas. A ‘La Catrina’, por exemplo, é uma sátira dos indígenas que, enriquecidos durante o Porfiriato (período no qual o México esteve no

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controle do general Porfírio Díaz) renegavam suas origens e costumes copiando modas européias.

Além da ‘caveira mãe’, as festividades contam com outras caveirinhas, que estão em ilustrações, artesanatos cerâmicos e até em forma de doce (de açúcar puro, chocolate etc). Há também as Caveiras literárias, versos bem humorados nos quais a morte (personificada) interage (muitas vezes satirizando) com personagens da vida real.

Balões:

Além de várias atividades para comemorar o dia dos mortos por todo o país, Paracho, no Estado de Michoacán sedia o Festival de Globos de Cantoya, em sua primeira edição internacional. Na tradição mexicana, os balões iluminados soem ao céu para indicar aos espíritos a rota a se seguir para conseguirem chegar às suas antigas casas para o convívio de seus familiares, bem como mostrar-lhes o caminho de retorno, após a celebração.

Pan de muertos:È um pão doce, adornado (com a própria massa) polvilhado de açúcar. Apesar de ser um simples pão, não é consumido durante todo o ano exatamente por estar associado à celebração do Día de Muertos.

Altares e Oferendas:Por lá, acredita-se que a alma das crianças volte no dia 01 de novembro e que a dos adultos volte no dia 02.Na impossibilidade de se visitar o túmulo (porque ele já não mais existe, ou pela distância ou outro

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empecilho) as famílias montam em suas próprias casas, altares bem enfeitados, inclusive com foto(s) do(s) morto(s) e ali deixam oferendas como comida, o pan de muerto, bebidas, cigarros e brinquedos (para a alma das crianças).

Na decoração dos altares, cheia de simbolismo há desenhos do que seria o purgatório (os quais servem para pedir que o defunto saia de lá, caso por ali esteja); a Cruz de terra para que o defunto lembre de sua fé (católica) em alusão à frase “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar”, bastante proferida nas missas de Quarta-feira de Cinzas (daí as cinzas); o papel picado, típico artesanato mexicano (parece rendado) e variados doces de abóbora (importante alimento do país, ao lado do milho, do feijão e do chile); além de imagens católicas.

Flores:

Assim como no Brasil, no México as famílias dedicam o 02 de novembro para limpar e enfeitar os túmulos dos parentes que se foram. As mais belas e variadas flores fazem parte da decoração e tanto lá como aqui, o Crisântemo tem destaque. Os mexicanos acreditam que essa flor, lá chamada de Cempasúchitl ou Flor de cuatrocientos pélalos (flor de quatrocentas pétalas), atrai e guia a alma dos mortos.