UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS DE CURITIBANOS CURSO DE CIENCIAS RURAIS DISCIPLINA DE SILVICULTURA Prof. Eng Florestal Me Cristiane Ottes Vargas Resumo do livro de Biometria Florestal da UFSM (Finger, 1992) Resumo do livro de Biometria Florestal da UFSM (Finger, 1992), elaborado por Vargas, 2011. Marcações do texto, conforme as seguintes orientações de leitura para o curso de Ciencias Rurais: palavras chaves em negrito; leitura obrigatória: texto em preto; leitura complementar: texto em azul; leitura informativa: texto em verde. DENDROMETRIA Dendrometria éa parte da ciência florestal que estudaas leis que regem o crescimento das árvoresao longo do tempo e, que trata das medições e estimativasdevolumes, diâmetros, alturas, espessuras de casca, fatores de forma das árvores, entre outras variáveis chamadas dendromé tricas (Finger, 1992). Para as medições florestais são utilizados instrumentos específicos, os dendrômetros. Existem muitos instrumentos e o empregode um ou outro dendrômetro dependerá da variável a ser mensurada, do estudoa ser realizado, da precisão e da rapidez requerida nas medições, dos recursos disponíveis e das características da floresta . Caso não existam instrumentos disponíveis, o Engenheiro Florestal é capaz de construir um instrumento , baseando-se nos princípios matemáticos estudados em dendrometria, e solucionar o problema. 1.MEDIÇÃO DE DIÂMETRO Medidas mais comunsfeitas sobre o tronco principalde uma árvore em pé, galhosou porções cortadas. Através do diâmetrose calcula a área da secção transversal (g)e o volumede uma árvore, daí sua importância . O ponto de medição em árvores em pééàaltura de 1,30 m a partir do nível do solo, medida expressa emcentímetros e denominada de “diâmetro à altura do peito”, simbolizado por “d” (IUFRO), ou DAPou dap. O ponto de medição do dap não é o mesmoem todos os países, gerando entre estes dificuldades de comparação. Os diâmetros medidos em posições diferentes, conforme estudo, não são chamados de “dap’s”, como, por exemplo, o diâmetro a 10% da altura total (d0,1h). Em terrenos inclinadosa posição do dap é determinada pelo nível médio do soloou a parte superior do declive (h toco após o abate) tomando a distância de 1,3 m ao longo do eixo da árvore. Quando o tronco apresentar alguma irregularidadeà altura do peito se deve deslocar o ponto de medição para baixo ou para cima, devendo-se o ptar pela posição “mais próxima”da apresentada pela árvore. Troncos bifurcadosabaixo d e 1,30 msão medidos independentemente como duas árvores. Com bifurcações acimade 1,30 m, medir normalmente como uma árvore. Em qualquer das situações, considerar a medição de diâmetros cruzados e o emprego da médiapara obter o estimador. Efeito da forma do tronco na medição do diâmetro O troncoe demais partes de uma árvore apresentam forma aproximadamente circularou muitas vezes, assumem essa forma, conforme o propósito da medição, send o suficienteum simples diâmetroou circunferênciapara determinar a área de secção transversal (g). Contudo, a secção tra nsversal pode diferir da forma circulartanto que o diâmetro não expressará a verdadeira área desta secção. Os troncos não circulares, em geral, tendemà uma elipse, embora possam ser, em alguns casos, completamente irregulares . Por isso, para obter um dque melhor aproxime a gverdadeira, usa-se o diâmetro médio de duas medições cruzadas(medidos perpendicularmente). Pode-se realizar a média geométrica (√ (+ × − )) ou a média aritmética((+ + − ) /2). Em troncoscirculares ambas as médias são iguais . Em troncoselípticos ageométrica estima melhoro ,pois a média aritmética superestima a g da elipse, já que o círculo correspondente a este diâmetro médioaritmético é maiorque o diâmetro docírculodeáreaigual à elipse. Muitas pesquisasprocuramdeterminar o melhor procedimentopara mediçãode diâmetros em secções irregulares , mas nenhumase mostrou conclusivapara todasas situações. Na prática, é recomendadousar o procedimento para secções elípticas , importante quando a maioria dos troncos for irregular. Nas medições de um grande número de árvores, é usual fazer a média aritmética entre dois diâmetros cruzados e consid erá-la como estimador do verdadeiro diâmetro da árvore. Considera-se ainda, para agilizar o trabalho em medições sucessivas, o registro de valores arredondados em 0,5cm, pois os erros de excesso e de falta tendem a se anular conforme descrito pela Lei de Gauss. Diâmetro da copa É uma variável importanteusada para estimar o dap, o volume da árvoree também serve comovariável independente em modelos de crescimento. Sua mediçãoa campo é feita com a projeção dos limites da copa sobre o terreno, seguida pela medição de “n” raios(6 a 8 raios dependendo da irregularidade da copa trazem bons resultados). Para a projeção dos limites da copa sobre o terreno são usados prismas ou determinados ângulos de 90º com um clinômetro . Determinações do diâmetro da copa são realizadas mais facilmente nas fotografias aéreas , embora haja a tendência de subestimação dos diâmetros devidos às partes das copas não visíveis . Entretanto, estas medições são provavelmente as melhores do espaço de crescimento e são bem correlacionadas com a árvore e seu volume.