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CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” - MASYS3ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” – Investigación e innovación

Quito - Ecuador – 15,16 y 17 de junio de 2011

A FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS DE MINAS COM PERCEPÇÃO E COMPREENSÃO DA

PROBLEMÁTICA AMBIENTAL PARA A MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA.

FORMACIÓN DE INGENIEROS DE MINAS CON PERCEPCIÓN Y COMPRENSIÓN DEL MEDIO AMBIENTE PARA LA MINERÍA

SUBTERRÁNEA

JOSÉ FERNANDO MIRANDA

JOSÉ MARGARIDA DA SILVA

ADILSON CURI



Foi criada em 1876 com o objetivo básico: "fornecer administradores para a explotação das minas e para as empresas metalúrgicas e engenheiros empregados pelo Estado nas diversas províncias do Império para se encarregarem das explorações geológicas e da fiscalização dos trabalhos de mineração".

A ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO



"Em muito pequena extensão de terreno pode-se acompanhar a série quase completa das rochas metamórficas que constituem grande parte do território brasileiro e todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes.“ (Claude Henri Gorceix)

Funcionou no que era o antigo Palácio dos Governadores, erguido entre 1741 e 1748.



A partir daí foi ocupado pela Escola de Minas até 1996 e hoje sedia vários museus da Universidade Federal de Ouro Preto: • Mineralogia (coleção com mais de 20 mil exemplares - uma das maiores do mundo) • Ciência e Técnica • Metalurgia • Historia Natural.

No prédio residiram governadores e presidentes até 1897, quando a capital de Minas foi transferida para Belo Horizonte.

Fotos: UFOP



Fotos: UFOP



O exercício da engenharia no período imperial era visto como uma função que não dava status social.

Os engenheiros formados em Ouro Preto permaneciam vinculados ao serviço público.

Se por um lado a sociedade não lhes dava crédito e respaldo social, por outro, o Estado construía enquanto uma oportunidade de ascensão social contrapondo o bacharelismo imperial.



A oscilação entre ascensão e declínio da procura pela profissão de engenharia de minas no Brasil é de longa data, decorrente da forma que o mercado assim a exige.

Maia (1974) já apresentava preocupação neste contexto, quando já era notória a necessidade de se levar em consideração a evolução da mineração através dos tempos e do ritmo vertiginoso das mutações modernas, da seguinte forma:

Desde então, a preocupação da Escola de Minas com o perfil do engenheiro de minas por ela formado vem sendo, principalmente, na forma como os professores se posicionavam frente aos alunos no sentido de lhes dar maior orientação técnica e prática.

“A mineração tornou-se altamente complexa e, como outras atividades humanas, não mais pode ser totalmente exercida por um dado tipo de profissional. Requer uma equipe, constituída por especialistas dos vários trabalhos envolvidos. O engenheiro de minas não é mais que um maestro, ou solista, na orquestra requerida pela mineração. E tem de ser extraordinariamente hábil e capacitado para a leitura de sua partitura.”



Cursos de graduação por matrículas e áreas de conhecimentoFonte: Censo da Educação Superior – MEC/Inep



REGIÃO INSTITUIÇÃO CIDADE/UF

NORTEUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS

MARABÁ/PA

PALMAS/TO

NORDESTEUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

SALVADOR/BA

RECIFE/PE

CAMPINA GRANDE/PB

CENTRO-OESTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CATALÃO/GO

SUDESTE

ESCOLA DE MINAS DA UNIVER FEDERAL DE OURO PRETO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE KENNEDY DE BELO HORIZONTE

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO – IFES

OURO PRETO/MG

JOÃO MONLEVADE/MGBELO HORIZONTE/MG BELO HORIZONTE/MG

CONSELHEIRO LAFAIETE/MG

PARACATU/MG

ALFENAS/MG

SÃO PAULO/SP

VITORIA/ES

SULUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRGSPORTO ALEGRE/RS



Evolução do número de matrículas dos dez maiores cursos, em número de matriculas em 2009, segundo a classificação de cursos – Brasil 2005-2009



0

10

20

30

40

50

60

70

Nº

DE

AL

UN

OS

1995 1998 2001 2004 2007 2010

Ano

Entrada Alunos

AlunosPesquisa&Extensão

Evolução da participação discente na pesquisa e extensão Fonte: Pereira et al (2010)



1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

UFOP 2 4 11 10 3 6 5 12 16 8 8 8 11 10 18 12

IES1 2 1 0 4 4 1 2 1 4 2 3 1 1 4 4 1

IES2 0 0 0 0 1 1 4 1 4 2 4 2 2 6 4 0

02468

101214161820

Nº

DE

ALU

NO

S

ANO

ALUNO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA

Distribuição da participação de alunos de Engª de Minas em projetos de iniciação científica na UFOP e nas IFES 1 e IFES2Fonte: Pereira et al (2010)



Atualmente, o DEMIN entende que é preciso formar engenheiros de minas que saibam lidar de forma estratégica com a complexidade representada pela conjugação dos aspectos técnico, gerencial, econômico, social e ambiental.



Para isso, busca-se, além das atividades acadêmicas tradicionais, promover a familiarização prática do ensino da engenharia de minas com ciência e tecnologia, por meio da implantação de laboratórios específicos, aprimorando o ciclo de palestras na semana de estudos de engenharia de minas promovida pela Sociedade de Estudos Mineiros – SEMINAS, com a inserção de temas voltados para a gestão ambiental de minas subterrâneas e, mais recentemente, promovendo o Seminário Anual do DEMIN, que dá ênfase aos projetos de pesquisa realizados por professores e alunos.

O que fazer daqui por diante?



1 - Metodologia de Desenvolvimento de Mina Subterrânea com aplicativos específicos.Projeto desenvolvido sob orientação do Prof. Dr. José Margarida da Silva, que visa à criação de metodologia de uso de aplicativos específicos de modelagem de corpos de minério, quantificação, abertura de escavações e seqüenciamento de lavra subterrânea;

Esta linha de trabalho pode ser muito útil para os futuros engenheiros de minas, pois proporciona uma previsão dos possíveis impactos ambientais de minas subterrâneas, facilitando assim controle e minimização dos mesmos.

Projetos de Pesquisa do DEMIN



2 - Estudo de Uso Futuro de Cavas de Minas com Ênfase na Disposição de Resíduos Sólidos. Projeto desenvolvido pelo Prof. Dr. Hernani Mota de Lima que procura despertar no futuro engenheiro de minas o interesse em levantar o potencial de uso futuro de cavas de minas com foco na utilização futura para disposição de resíduos sólidos;

Fotos: Milton Brigolini



3 - Reabilitação das Antigas Minas de Ouro da Cidade de Ouro Preto. Também do Prof. Dr. Hernani, e tem como objetivos catalogar, mapear, verificar as condições físicas que envolvem as minas e demais estruturas ligadas à mineração da região de Ouro Preto e apresentar um plano conceitual para reabilitação/revitalização destas áreas de modo a garantir a preservação do habitat local, a segurança e saúde da população, bem como fornecer dados para um melhor aproveitamento turístico destas. Para o engenheiro de minas é mais uma opção de uso futuro das áreas mineradas;



4 - O Resgate do Ofício da Cantaria em Ouro Preto. Projeto desenvolvido pelo Prof. Dr. Carlos Alberto Pereira, para trabalhar a disseminação de rochas nas construções públicas, religiosas e civis, como parte estrutural ou ornamental. É um trabalho muito interessante de utilização de resíduos de pedreiras que pode ser trabalhado de forma sustentável, pelas comunidades vizinhas a um determinado empreendimento mineiro.

Fotos: Carlos Alberto Pereira



Melhoria na qualidade de ensino do DEMIN

O DEMIN vem propiciando visitas técnicas a empreendimentos mineiros subterrâneos de forma a ampliar a percepção da necessidade e desenvolvimento de habilidades dos alunos no sentido de lhes apresentar as situações problemas que poderão enfrentar no dia a dia de sua atuação como especialista, com capacidade de se articularem com outros campos do conhecimento que são inerentes à atividade mineira, buscando prepará-los para um mercado de trabalho cada vez mais pautado pela multidisciplinaridade, sobretudo na área estratégica da inovação



Foto: Milton Brigolini



Painel de lavra subterrâneo já lavrado, método alargamento por subleveisMina Santa Helena – Calcário – Sorocaba SP

Fotos: Milton Brigolini



A adaptação do ser humano aos recursos das novas tecnologias, hoje disponíveis, é vital. Acompanhar as mudanças, assimilar as novidades e tornar-se conhecedor de todas as inovações é uma tarefa diária e muitas vezes árdua.O processo de revolução, no sentido de que um grande número repentino e inesperado de aplicações tecnológicas transformou o processo de produção e distribuição, criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localização das riquezas e do poder no mundo.

Fotos: UFOP



Os engenheiros de minas recém formados devem possuir igual competência em lidar com a literatura cientifica de ponta na sua especialidade ou mediar questões sobre gestão de equipes e impactos sócio-ambientais.

Fotos: UFOP



...“empreendedor é compreendido como o indivíduo que possui atitude de inquietação, ousadia e pró-atividade na relação com o mundo, postura esta, condicionada por características pessoais, pela cultura e pelo ambiente”...

A Exploiter consultoria júnior foi fundada com o objetivo principal de oferecer aos alunos do curso de Engenharia de Minas oportunidades para que os mesmos desenvolvam projetos de consultoria e aprimorem suas habilidades de gerenciamento, para trabalharem em grupo e adiquirirem mais conhecimento prático e técnico, dentro de uma nova mentalidade que busca, não somente o emprego, mas também alternativas de desenvolvimento da capacidade de empregabilidade.

http://territoriosemrede.files.wordpress.com/2010/02/logo_sebrae.jpg



Tais práticas são entendidas como prioritárias para despertar a vocação para a Engenharia de Minas e a sua formação técnica, social e ambiental, estabelecendo as diretrizes para a atuação de um profissional com referências quanto ao

Desenvolvimento Sustentável dos projetos e operações nas quais ele vai atuar, proporcionando-lhe a possibilidade de tomada de decisão que demonstre responsabilidade social, econômica e ambiental em todas as atividades de sua atuação.

Novas habilidades e competências, tais como: iniciativa, criatividade, liderança, autonomia e capacidade de solucionar problemas decorrentes da transformação do ambiente industrial

Sabe-se que a formação de tais profissionais não será apenas nos bancos da escola.

Igualmente, os programas de estágios, visitas, iniciação científica e extensão universitária também concorrem para a formação profissional dos novos engenheiros.

CONCLUSOES



1. SEBRAE. (2001) Referenciais para uma Nova Práxis Educacional. 2ª Ed. Brasília: SEBRAE. Série Documentos.

2. PEREIRA et al (2010). A Iniciação Científica e a Extensão nos Cursos de Engenharia de Minas. XXXVIII Congresso Brasileiro de educação em Engenharia. Anais. Fortaleza, CE.

3. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI (Brasil). Mapa estratégico da indústria. Brasília, 2004.

4. VIANA, MAURÍCIO B. Política e Gestão Ambiental da Atividade Minerária e Sustentabilidade. Brasília. Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. 2007. 35p.

5. SCLIAR, CLÁUDIO. Agenda 21 e o Setor Mineral. In: Ministério do meio Ambiente. Caderno de debate Agenda 21 e sustentabilidade. 2007. Brasília. Encontrado em www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/arquivos/caderno-setormineral.pdf. Acessado em 21/04/2011.

6. ENRIQUEZ, Maria Amelia R. da Silva & DRUMMOND, J. Augusto. Social-environmental certification: sustainable development and competitiveness in the mineral industry of the Brazilian Amazon. Natural Resources Forum, vol. 31. USA: Blackwell Publishing Ltd. 2007. p.71 – 86

http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/arquivos/caderno-setormineral.pdf.%20Acessado%20em%2021/04/2011

http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/arquivos/caderno-setormineral.pdf.%20Acessado%20em%2021/04/2011

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