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Museu Nacional de Bellas Artes (Portugal)

Catalogo provisrio

MUSEU NACIONAL OE BELLAS ARTES

CATALOGO PROVISRIO

SECO DE PINTURA

LISBOA

IMPRENSA NACONAL

1883

Lisboa, cidade deveras importante pela sua situao geo- graphica e pelo seu commercio, Lisboa, que justamente aspira a ser contada entre as primeiras capites da Europa, sentia de ha muito a necessidade cada vez mais impretervel de pos- suir um museu nacional de bellas artes, que podesse attestar aos estrangeiros que tambm n'este extremo do velho mundo se sabe o que o culto da arte, e se comprehende como pelas suas manifestaes se pde aferir o grau de civilisao e pro- gresso de um povo.

Vae felizmente passada a epocha de pernicioso desalento, em que entre ns se consideravam as bellas artes apenas como ninharias e superfluidades que s ostentao e ao luxo ser- viam. A opinio publica tem-se modificado consideravel- mente n'este ponto, o que nos sinceramente agradvel con- signar aqui, como symptoma de que o goslo do nosso povo se vae educando, ao passo que o seu espirito se esclarece pelo maior derramamento da instruco publica, pela facilidade e frequncia das viagens e pelo conhecimento que geralmente se vae adquirindo do que l fora vale este ramo da actividade humana.

Passos Manuel, ao fundarem 1836 a Academia real de bel- las artes, creou conjuntamente a galeria de pintura, dotando-, i com os quadros recolhidos dos conventos extinctos. S muito mais tarde, porm, conseguiu o finado Marquez de Sousa Holstein, vice-inspector da mesma Academia, organisar e abrir ao publico essa pequena galeria, porque mais cedo o no permitlira a carncia de meios, e o desfavor com que eram consideradas pelos poderes pblicos as bellas artes, que no podiam medir-se em importncia com as attenes e exigncias da politica.

No havia vontade que medrasse, nem esforos que ti- vessem efficacia em atmospliera to pouco propicia.

Foi assim que a galeria de pintura se conservou por alguns annos n'aquellas chamadas salas do convento de So Francisco da Cidade, onde os quadros, quer de tela, quer de madeira, se iam damnificando de dia para dia, e onde de todo se arruina- riam se houvesse sido menos prompta a solicitude com que se lhes acudiu, fazendo-se a acquisio de uma casa para n'ella se organisar no uma simples galeria de pintura, mas o Mu- seu Nacional de Bellas Artes.

Sentia Lisboa, como acima dissemos, a necessidade de pos- suir um museu de bellas artes, archeologia e artes industriaes, no s para que aos olhos dos estrangeiros no fosse a nossa capital uma excepo s cidades dos paizes civilisados, mas para que n'esse museu se fossem arrecadando conveniente- mente as riquezas artsticas que ainda existem disseminadas pelo paiz, e que, em grandssima parte pertencentes ao es- tado, correm o risco de levar o caminho que tantas e tantas outras tem levado, indo enriquecer as colleees estrangei- ras, depois de haverem saciado a mesquinha cubica dos es- peculadores, ou de terem sido malbaratadas pela ignorn- cia de muitos e pelo desleixo de todos.

O sentimento d'essa necessidade affirmou-se e robusteceu- se no publico, por occasio da Exposio de Arte Ornamental de 1882, ao ver nella reunidos tantos e tantos objectos do mais subido valor arlistico. Ningum suppunha que em Por- tugal existissem taes thesouros, e a verdade que o paiz ainda possue muitos outros.

No so os museus de bellas artes simples ostentao ou mero passatempo das classes abastadas e dos que procuram ocupar aprazivelmente as horas ociosas; n"elles que os ar- tistas mais aprendem, e o povo mais se educa; por elles que as artes industriaes progridem e se aperfeioam gradual e convenientemente. As idas do bello, da forma e da cor so indubitavelmente innatas no homem, mas essas idas no podero nunca des- envolvesse e engrandecer-se sem que o espirito e os sentidos se eduquem pelo estudo e exame reflectido dos bons mo- delos.

O museu que vae ser inaugurado est longe de podi collocado a par dos que existem l fora, em Londres, Ber- lim, Paris, Vienna, Madrid, Roma, Npoles, etc, em muitas cidades secundarias; mas a verdade que, tal como se apre- senta, merece a atteno dos estudiosos e amadores, sobre- tudo no que se refere historia da Arte em Portugal, e de nenhum modo pde humilhar-nos aos olhos dos estranhos. E limitado sem duvida o numero de quadros e objectos de arte que por agora adornam as salas deste edifcio, mas no s se contam entre elles alguns de subido valor artstico e histrico, como muitos outros se encerram ainda nas arreca- daes da Academia Keal de Bellas Artes, por falta de meios e por no estarem em condies de poderem desde j ser ex- postos ao publico. Se a esses vierem um dia juntar-se os que existem dispersos por muitos conventos e edifcios do esta- do, o que no seria difficil de conseguir sem avultado dispn- dio e com utilidade manifesta para o paiz e para a arte portu- gueza. as colleces do Museu Nacional de Bellas Artes adqui- riro sem duvida uma grande importncia e exercero a mais salutar influencia na educao artstica de quantos se dedi- cam ao estudo das artes.

tempo de olhar a serio para este assumpto, attendendo grande influencia que as artes exerceram e ho de exercer sempre na vida das naes.

O ensino das bellas artes limitado aos estabelecimentos es- peciaes de Lisboa e Porto, qualquer d'elles mesquinhamente dotado, carece de ser auxiliado por escolas secundarias de ar- tes e officios, em que no s se habilitem com o desenho e rudimentos das bellas artes os que se destinam a cursar qual- quer d'aquelles institutos, mas se ministre ao alumno, tanto do sexo masculino como do feminino, o ensino artistieo-industrial que exerce a mais proveitosa influencia no operrio, influen- cia que vae reflectir-se nas industrias e conseguinlemente na felicidade da famlia.

A mulher, que a civilisao moderna tanto eleva e tanto exalta, tem sorte muito precria quando no conta com bens de fortuna prpria. Se os homens em muitas carreiras aber- tas sua actividade e sua intelligencia, a mulher entre ns s mui dificilmente pde seguir um oficio, adoptar uma profisso.

As exposies peridicas de bellas artes e de artes indus- triaes organisadas pelas academias, com o auxilio do go- verno e patrocnio particular, so um poderoso e profcuo ele- mento para a obra da educao artstica do povo. Essas ex- posies, quando convenientemente galardoadas, so um dos principaes meios de crear e desenvolver o gosto publico pelo belo e de estimular os artistas ao trabalho.

Assim o tem comprehendido as naes civilisadas, que, consagrando soromas avultadas a esses certames, procuram por esse meio o desenvolvimento e prosperidade das suas in- dustrias.

No ser, a nosso ver, descabido lembrar aqui a imperiosa necessidade que o paiz tem de attender conservao dos seus monumentos nacionaes e histricos, que de dia para dia vo desapparecendo, sem nos recordarmos de que esses mo- numentos representam as nossas glorias passadas, e ho de servir mais tarde de poderoso subsidio para a historia epara a arte nacional.

Possuir monumentos como Portugal possue, monumentos que so em grande parte como que paginas brilhantes da nossa gloriosa historia (e no curar de as conservar), a um tempo um crime uma profanao. mister que aos olhos dos estrangeiros no continuemos a dar de ns n'esse ponto o triste testemunho de uma incria, que decerto no affirma os nossos foros de povo civilisado.

Porque muito confiamos na fora da opinio publica, e por que impretervel que se faa alguma cousa a fim de se sair do cabos em que vivemos, estamos certos de que no tardar que a assumpto de to levantado interesse, e at agora to pouco favorecido, se preste por parte dos poderes pblicos e da iniciativa particular, a atteno e a proteco que lbe so devidas.

Com a inaugurao do Museu Nacional, cremos ficar dado um passo importante n'esse caminho.

Lisboa, dezembro de 1883.

inspector e presidente da academia real de bellas artes

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

1. O Bom Pastor. Ao centro, a figura do Bom Pastor; ao fundo, um espaldar entre duas columnas e paizagem.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 2. Madeira Altura m ,89; largura 0"\,6o.

ESCOLA FLORENTINA.

3. S. Jeronymo. Ao centro, o santo de joelhos numa gruta coberto em parte de uma roupagem vermelha, tendo na mo esquerda o crucifixo e na direita uma pedra; es- querda, um leo e no primeiro plano um chapu cardinal- cio ; ao fundo, paizagem.

Pertenceu ao extincto convento do Espirito Santo de vora. Madeira Altura l m ,54; largura l ,d ,06.

4. A Visitao. Ao centro, a Virgem e Santa Izabel; di- reita, Zacharias, duas figuras de mulheres, exterior de um edifcio decorado ricamente e, perto d'este, arvoredo; es- querda, a Virgem e prximo desta trs figuras de mulhe- res, tendo as cabeas rodeadas de aureolas, com as seguin- tes legendas Caslitas, Pcmpertas, Humilitas; na parte superior, seis figuras de anjos; ao fundo, paizagem.

Pertenceu ao extincto convento de S. Bento, de Lisboa. Madeira Altura l ra ,81; largura l m ,33.

5. Adorao dos Santos Reis. esquerda, os trs Santos Reis de joelhos, um no primeiro plano e dois em planos mais afastados; do mesmo lado, em planos diversos, figu- ras de pagens e outras; ao centro, duas urnas com oer- tas; direita, a Virgem sentada com o Menino Jesus nos braos, e mais ao fundo S.Jos e exterior de edifcio; ao fundo, paizagem com figuras.

Pertenceu ao exfincto convento de S. Benlo. de Lisboa.

Em uma das urnas. collocadas ao centro do quadro, no primeiro plano, esto representadas moedas portuguezas do reinado de D. Joo III, e nas bandeiras collocadas esquerda divisa-se n'uma a guia do imprio germnico, e na outra o leo neerlandez, o que leva a suppor-se que esle quadro fosse feito em Portugal por pintor allemo ou flamengo, e n'este caso seriam do mesmo auctor os que esto expostos sob os n. os 4, 6 e 7.

Madeira Altura l m ,76; largura l m ,3o.

6. Apresentao do Menino Jesus no templo. Ao centro do quadro, uma mesa de mrmore coberta com um rico panno franjado e uma pequena toalha branca; direita, S. Jos, de joelhos, offerecendo as duas rolas do rito he- braico; no segundo plano, a Virgem e junto d'esta a pro- phetisa Anna; em planos mais afastados, trs figuras de mulheres ; esquerda, o sacerdote Simeo de mitra e plu- vial, tendo o Menino nos braos. Em planos mais afastados, seis figuras de homens, sustentando ornais prximo a orla do pluvial; ao fundo do tabernculo, uma lmpada rica- mente lavrada em estylo gothico.

Veiu do extincto convento de S. Bento, de Lisboa.

Houve tempo em que passava por certo que a figura que sustenta a orla do pluvial era o retrato de Gro Vasco ou Vasco Fernandes, auctor dos quadros de Vizeu, e que esle quadro e os que tem os n. os 4, o e 7 eram obras d/aquelle pintor, porm est boje conbecido que esta tradio no tem fundamento.

Madeira Altura l m ,8I ; largura i m ,32.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVI. 7. Menino Jesus entre os doutores. Ao centro, o Menino de p, diante de uma cadeira, assente sobre degraus e en- cimada por um docel de forma circular; direita, a Virgem e S. Jos, e de um e outro lado, em planos diversos, liga- ras de doutores argumentando, e outras de espectadores ; ao fundo, interior do templo.

Veiu do extincto convento de S. Bento, de Lisboa. Madeira Altura l m ,78; largura l m ,33.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

8. Os desposorios da Virgem. Ao centro, o sacerdote tendo na mo o annel nupcial; direita, S. Jos e vrios ca- valleiros em trajes do sculo xvi; esquerda, a Virgem e damas em trajes da mesma epocha; ao fundo, interior do templo.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa. Madeira Altura l ra ,28; largura m ,87.

PRIMEIRA METADE D SCULO XVI.

9. Annunciao da Virgem. direita, o archanjo S. Ga- briel annunciando Virgem o nascimento do Salvador ; esquerda, a Virgem sentada sobre um tapete com um livro aberto no regao, ao centro, um vaso com um p de auce- nas ; ao fundo, o interior da habitao da Virgem, e, na par- te superior do quadro, o symbolo do Espirito Santo.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa.

O vaso collocado ao centro do quadro tem no bocal o nome de Abram Prim. Ser este o nome do seu auctor ou antes uma allu- so Virgem (Abram primognita, em abreviatura)? Se o auctor d'este quadro Abram Prim, so igualmente da sua mo os n. os 8, 10, 11. i2, 13, li e lo. O conde Raczynski na sua obra As artes em Portugal, diz: Estes quadros tem mrito, e a maioria d'elles esto bem conservados. O nome de Prim, que se l no bocal do vaso collocado diante da Virgem, poderia ser do seu donatrio, no emtan- to, julgando por analogia, mais provvel que seja o do seu au- ctor.

Madeira Altura i m ,29; largura m .87.

10. Visitao da Virgem. No primeiro plano, no centro, a Virgem e Santa Izabel; no segundo plano, direita, dois anjos; n'um plano mais afastado, esquerda, Zacharias; ao fundo, edifcios e arvoredo.

Veiu do extiijcto convento "do Paraizo, de Lisboa. Madeira Altura l'",9 ; largura 0, m 88.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

11. O Presepe. esquerda, a Virgem sentada com o Me- nino Jesus no collo, dois anjos em adorao; direita, S. Jos; ao centro, um fogareiro, um cesto com ovos e vrios objectos de uso domestico; ao fundo, grupos de anjos com livros de musica, em aco de tocar e cantar, ediicio em ruina servindo de aprisco e trs figuras.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa. Madeira Allura i m ,29; Largura m ,88.

12. Adorao dos Santos Reis. Ao centro, a Virgem sen- tada tendo o Menino Jesus nos braos; direita, dois dos Santos Reis, um dos quaes de joelhos oferece ao Menino uma urna com moedas de oiro; no segundo plano, S. Jos, e em planos mais afastados, figuras da comitiva; esquer- da, outro Santo Rei em adorao e em planos mais afasta- dos figuras de pagens e outras personagens ; ao fundo, mi- nas de edifcio.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa. As moedas de oiro contidas na urna. que o rei que esl direita offerece ao Menino Jesus, so do reinado de D. Joo III. A legenda, que se divisa na bainha da espada do rei que est igualmente direita, no pde ser ainda decifrada.

Madeira Altura l m ,29; largura m ,87.

13. Apresentao do Menino Jesus no templo. Ao cen- tro, uma mesa; esquerda, a Virgem apresentando ao sa- cerdote Simeo o Menino e S. Jos com as duas rolas em uma gaiola; em plano mais afastados, a prophetisa Anna, e outras figuras de mulheres ; direita, o sacerdote Simeo e trs figuras de homens ; na parte superior, um baldaquino com a seguinte inscripo: Ecce virgo comeipies et paries; ao fundo, interior do templo e o tabernculo.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa. Madeira Altura l m ,29; largura m ,87. PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

14. A fugida para o Egypto. Ao centro, a Virgem sobre a mula, com o Menino Jesus ao collo; direita, palmeiras

e sobre estas anjos colhendo tmaras, e na parte inferior S. Jos; esquerda e ao fundo, paizagem com uma seara, varias figuras e edificaes.

Veiu do exlincto convento do Paraizo, de Lisboa. Madeira Altura l' u ,29; largura m ,88.

15. O Passamento da Virgem. No primeiro plano, es- querda, um apostolo de joelhos ; direita, outro de p tendo na mo direita uma cruz; ao centro a Virgem, agonisante, S. Joo Evangelista e junto deste S. Pedro; em volta do leito da Virgem, os outros apstolos ; ao fundo, rico portal decorado no estylo da renascena.

Veiu do extincto convento do Paraizo, de Lisboa. Madeira Altura l ra ,29; largura m ,87.

16. Profisso de um cavalleiro da ordem de S. Thiago. Ao centro, um cavalleiro de joelhos ; direita, um sacerdote lanando-llie o habito da ordem; em plano mais afastado, um papa abenoando esto acto; direita, um sacerdote se- gurando a insgnia; esquerda, quatro cavalleiros, um dos quaes sustentando uma bandeira. A ceremoniapassa-se no interior de um templo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura i m ,30 ; ^largura m ,8i.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

18. Appario da Virgem a S. Thiago. Na parte inferior, S. Thiago de joelhos, vestido com armadura, tendo a cruz da ordem sobre o peito e diante de si o murrio ; na parte superior, a Virgem com o Menino Jesus nos braos; ao fundo, campos e montes com guerreiros christs e mou- ros.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,30; largura m ,83.

19. S. Thiago combatendo. Ao centro, S. Th.iago a cavallo vestido com armadura, tendo a cruz da ordem sobre o peito, e a espada levantada; direita, um mouro ferido fu- gindo; ao centro, outro debaixo do cavallo, igualmente fe- rido ; esquerda, uma cabea decepada ; ao fundo, guerrei- ros christos e mouros em frente uns dos outros, roche- dos e montes.

Veiu do deposito dos extinctos conventos.

A espada de S. Thiago tem na folha, junto do punho, o seguinte nome: Marcos; em duas bandeiras levadas pelos cavalleiros chris- tos, v-se a letra M, inicial do nome que apparecena espada, o que leva a suppor que o auctor quizesse por este modo firmar a sua obra.

Madeira Altura i r! ,30 ; largura a ,8o.

20. S. Thiago e Hermogenes. direita, o santo com um bordo na mo esquerda; esquerda, Hermogenes condu- zido pelos diabos ; ao centro, no primeiro plano, livros ; na parte superior, pequenas figuras de diabos entre nuvens ; ao fundo, montes, arvores e edifcios acastellados.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l n, ,28, largura ,n ,84.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

21. S. Thiago morto sobre um carro. O santo sobre um carro conduzido por dois touros ao pao de D. Loba. Ao fundo e direita, um monte com edifcios acastellados; no sop do monte um rio e margem d'este uma cidade.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Aliara l n, ,28; largura m ,84.

22. Vocao de S. Thiago e S. Joo. esquerda, os dois apstolos Thiago e Joo; direita, Christo em aco de lhes indicar que o sigam ; ao fundo, arvoredo, rio atra- vessando um valle e uma cidade fortificada.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,29 ; largura m ,8i.

24. S. Thiago pregando. esquerda, S. Thiago pregando ao povo e no primeiro plano Santo Athanasio adminis- trando o baptismo a dois neophilos convertidos f ; di- reita, gente do povo e cavalleiros; ao fundo, montes e arvo- res.

Yeiu do deposito dos extinctos conventos. So do mesmo auctor e fazem parte da vida de S. Thiago os n. os 20, 21 e 22.

Madeira Altura l m ,27 ; largura ra ,83. SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

25. A Virgem, o Menino Jesus e dois anjos. Ao centro, a Virgem com o Menino Jesus no collo, sentada n"uma ca- deira de mrmore com um espaldar vermelho; aos lados, doisfanjos trazendo-lhe offertas; ao fundo, c^lumnas, vendo- se por entre estas o horisonte.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m .o3; largura m ,90.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

27. Um prncipe em. orao. direita, uma mesa coberta de panno de brocado e diante (Testa o prncipe em orao: ao centro, S. Joo Baptista com uma das mos sobre ohom- bro direito do prncipe; ao fundo, cortinado e columnas por entre as quaes se v o horisonte.

Veiu do deposito dos exlinctos conventos. tradio que o prncipe D. Joo, emquanto menino, depois D. Joo 1I, rei de Portugal. (Vide n.' 31.)

Madeira Altura l m ,5'9 ; largura l m ,68.

29. A Virgem, o Menino Jesus e dois anjos. Ao centro, a Virgem sentada com o Menino Jesus no collo, tendo os ps sobre um cochim forrado de brocado e rodeado de plan- tas naturaes; aos lados, dois anjos locando instrumentos; ao fundo, um nicho no estylo da renascena, e paiza- gem.

Veiu do deposito dos extinctos conventos.

Madeira Altura l^; largura O 10 ^. . ..

30. A Virgem, o Menino Jesus e vrios anjos. Ao cen- tro, a Virgem sentada com o Menino Jesus ao lado sobre o manto; direita, trcs anjos apresenando-lhe varias offer- tas; esquerda, dois tocando e cantando, outros ao fundo brincando junto de uma fonte; paizagem e arvoredo.

Veiu do deposito dos extinetos conventos. Madeira Altura l m ,28; largura l m ,68.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

31. Um prncipe em orao. esquerda, o prncipe ainda menino, de joelhos, com as mos postas: direita, S. Do- mingos encostando a mo direita ao prncipe; ao fundo, um arco e, atravs d'este, paizagem com edifcios.

Yeiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 27. Madeira Altura 1",58; largura m ,68.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

32. Circumciso do Menino Jesns. Ao centro, uma mesa; ao fundo, junto (festa, a prophetisa Anna segurando o Me- nino; direita, o sacerdote Simeo em aco de praticar a circumciso eduas figuras de homem; no primeiro plano, outra de joelhos com um livro aberto ; c esquerda, no mes- mo plano, mulher igualmente de joelhos segurando roupas e mais ao fundo a Virgem, S. Jos e duas figuras de mu- lheres. Na parte superior, baldaquino; ao fundo, o tabern- culo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,56; largura l m .03.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

33. Adorao dos Santos Reis. direita, a Virgem sen- tada com o Menino Jesus nos braos ; esquerda, os trs Santos Reis de joelhos; em planos mais afastados, es- querda, ires figuras de pagens trazendo urnas, e outros personagens da comitiva ; ao fundo, minas.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Dois dos personagens da comitiva dos reis tem nas costas as insgnias do imprio herma- nico e o leo neerlandez. Vide n. 5.

Madeira Altura l m ,ot; largura l m ,03. SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

35. Resurreio de Christo. Ao centro, Christo resusci- tado ; no primeiro plano, guardas dormindo, outros em pla- nos mais afastados ; ao fundo, figuras e paizagem com edi- fcios.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,60 ; largura l m .59.SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

36. Annunciao da Virgem. No primeiro plano, es- querda, o archanjo S. Gabriel; direita, no segundo plano, a Virgem, de joelhos, diante de um genuflexrio; na parte superior, o symbolo do Espirito Santo; ao fundo, um arco com duas columnas e uma cortina.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,57 ; largura l m ,02.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

37. O Presepe. esquerda, o Menino Jesus deitado so- bre as palhas e S. Jos de joelhos; direita, a Virgem e dois pastores em adorao ; ao fundo, o aprisco ; pela parte superior, anjos, dois dos quaes sustentam um rotulo sem letras.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l ,n ,o6; largura l m ,03.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

39. O Presepe. Ao centro, o Menino Jesus deitado e junto d'este trs anjos ; de um e de outro lado S. Jos e a Vir- gem, ambos de joelhos ; na parte superior, quatro anjos, dois dos quaes sustentam um rotulo que teria uma inscri- po que j se no percebe ; ao fundo, o aprisco em minas e dois homens entrando por um arco, penedia, figuras, fogueira e campo atravessado por um rio.

Veiu do deposito dos extinetos conventos. Madeira Altura i m ,60; largura l m ,o7.

41. Adorao dos Santos Reis. esquerda, a Virgem com o Menino Jesus sobre uma toalha; ao centro, um dos San- tos Reis em adorao, tendo diante de si uma urna conten- do dinheiro, outro curvado beijando a toalha sobre a qual est o Menino: direita, outro e personagens da comitiva; ao fundo, um arco e campo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. A urna collocada ao centro diante de um dos reis contm dinheiro, no qual se divisa a guia do imprio germnico. O rei, que est em aco de beijar a toalha, tem na mo uma urna com as iniciaes M. I. N. H. e nos copos da espada um leo roropente. Vide n. os 5 e 33.

Madeira Altura l m ,33; largura l m ,30.

42. O transito da Virgem. Ao centro, a Virgem agoni- sante ; no primeiro plano, de um e de outro lado, dois aps- tolos, ambos de joelhos, um dos quaes chorando ; outro com um thui ibulo na mo ; outros em planos mais afastados. S. Joo Evangelista de p junto da Virgem e ao fundo S. Pedro entre dois anjos com ciriaes.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,4i ; largura l m ,24. SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

43. Apresentao do Menino Jesus no templo. Ao cen- tro uma mesa, sobre esta as duas rolas do rito hebraico e uma vela; direita, no primeiro plano, o sacerdote Simeo com o Menino nos braos; esquerda a Virgem ; em pla- nos mais afastados, ao centro, a prophelisa nna e S. Jos; direita, duas figuras de homens e esquerda dois anjos ; ao fundo, tabernculo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,94; largura l n, ; o4.

44. S. Vicente e S. Joo Evangelista. esquerda, S. Joo Evangelista; ao fundo, casas e arvoredo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 45. Madeira Altura l m .70; largura 0,71.

45. S. Thiago Maior e Santo Agostinho. esquerda, S. Tliiago Maior de p em trajes de peregrino; direita, Santo Agostinho de vestes pontificaes; ao fundo, edifcios e arvoredo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,71; largura m ,72. SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

47. Fugida para o Egypto. esquerda, a Virgem sobre a mula com o iMenino Jesus ao collo ; direita, S. Jos ; em plano mais afastado, uma palmeira e trs anjos colhendo tmaras; ao fundo, arvores, uma cidade acastellada, e figu- ras representando a degolao dos innocenles.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,5G; largura l m ,03.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

52. Santa Luzia e Santa Agatha. A direita, Santa Agatha; esquerda, Santa Luzia de palma na mo, sustentando cada qual n'uma salva os attributos do seu martyrio (os peitos e os olhos).

Yeiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura O m .33: largura m ,89.

53 ; Santa Margarida virgem e Santa Maria Magdalena. esquerda Santa Margarida com um livro aberto na mo e a cabea rodeada por uma aureola com o nome de Santa Margarida; direita, Santa Maria Magdalena com um li- vro aberto na mo esquerda, uma urna na direita e na au- reola o nome de Santa Maria Magdalena: ao fundo, cidade acastellada.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,34 ; largura m ,88.

53. A Virgem com o Menino Jesus e um anjo. direita, a Virgem sentada com o Menino Jesus ao collo ; esquer- da, um anjo de joelhos; ao fundo, recinto fechado e, em pla- no mais afastado, paizagem.

Veiu do deposito dos extinetos conventos. Madeira Altura m ,02; largura m ,98.

55. Um santo bispo. Ao centro, a figura do santo em trajo pontifical, com um livro aberto na mo; ao fundo., escada- ria e sobre esta um arco, atravs do qual se v uma ci- dade.

Veiu do deposito dos extinctos conventos Madeira Altura l ra ,4o ; largura O^fib.

56. Um santo bispo. santo representado com as vestes episcopaes, tendo um livro na mo direita, um bculo e um ancinho na mo esquerda ; ao fundo, montes.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,70; largura m ,49.

PRIMEIRA METADE CO SCULO XVI.

57. Um santo bispo. santo em trajo episcopal, sen- tado no Solium, lanando a beno; ao fundo, decorao architectonica no estylo da renascena.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 5o. Madeira Altura l m ,43; largura m ,63.

59. S. Lucas eS. Marcos, evangelistas. Os dois evange- listas escrevendo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Este quadro e os que tem -os n. os 58 e 60 so provavelmente variantes do quadro n. 268 ou estudos para o mesmo quadro.

Madeira Altura m ,96 ; largura m ,70.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

60. S. Matheus e S. Joo, evangelistas. A esquerda, S. Mathus escrevendo ; direita, S. Joo apontando para o livro em que so legveis as primeiras palavras do seu Evangelho.

Yeiu do deposito dos extinctos convento?. Vide n. 59. Madeira Altura m .96; largura O,?!.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

61. Santa Catharina e figura de um cardeal. esquerda, a santa em trajes de princeza do sculo xvi ; direita, fi- gura de um cardeal com as mos postas: ao fundo, o mar- tyrio da Santa, figuras e castello sobre um monte.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,46; largura l m ,02.

63. Passamento da Virgem. Ao centro, a Virgem agoni- sante e junto d'ella S. Joo Evangelista ; de um e] outro lado os apstolos, dois dos quaes no primeiro plano e entre es- tes um tamborete com varias moedas e objectos de uso do- mestico ; em plano mais afastado, S. Pedro tendo na mo esquerda um livro e na direita o liyssope.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. As moedas colloca- das sobre o tamborete, entre os dois apstolos, tem umas as quinas, outras a cruz floreada e outras o castello; parece serem do reinado de D. Joo III.

Madeira Altura m ,79; largura m ,98.

64. Santo Antnio e o Menino Jesus. direita, o santo, de joelhos, em orao; esquerda, o Menino Jesus e livros sobre o genuflexrio; ao fundo, interior de habitao.

Veiu do deposito dos extinetos conventos. Madeira Altura l m ,74; largura 0,75.

65. Instituio da Eucharistia. Ao centro, Christo entre os apstolos abenoa a hstia e o clix.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,74; largura 2 m .80.

71. O juizo universal. Na parte inferior, ao centro, o ar- chanjo SI Miguel, ladeado de Lcifer e de um anjo, que esto lendo em livros as aces das almas arrancadas ao purgatrio. Aos ps do anjo uma d'essas almas, de joe- lhos, supplicanle, esperando a sentena ; do lado direito, o purgatrio, de onde um anjo est tirando as almas; no es- querdo o inferno, para onde um diabo arrasta um conde- mnado. Na parte media, ao centro, porta do cu ricamen- te decorada no estylo da renascena, e junto d'esta, de um e outro lado, anjos distribuindo vestimentas alvas, palmas e velas s almas dos justos; entrada da porta um anjo e S. Pedro recebendo as almas, que vo subindo de um e de outro lado. Na parte superior, ao centro, Christo sentado em tbrono decorado ricamente no estylo gotbico, tendo direita a Virgem e santos de joelhos, e esquerda S. Joo Baptista, Moyss, o rei David e outros santos.

Yeiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura 2 m ,19; largura l m ,78.

72. S. Cosme e S. Damio. direita, S. Cosme em ac- o de observar o liquido contido n'um frasco; esquerda, S. Damio lendo n'um livro; ao fundo, os dois santos tra- tando uma enferma.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,i3, largura l m ,06.

81. O Presepe. Ao centro, o Menino Jesus deitado; aos lados, a Virgem e S. Jos em adorao ; esquerda, o boi e a mula e mais dois pastores; direita, outros dois; que se dirigem ao presepe; na parte superior, trs anjos; ao fun- do, um anjo annunciando aos pastores o nascimento de Christo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l D, ,o(); largura i m ,l , 7 82. Assumpo da Virgem. Na parte inferior, o tumulo aberto da Virgem e em volta d'elle os apstolos; na parte superior, Christo e a Virgem em gloria de anjos; ao fundo, paizagem.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 2. Madeira Altura l m ,63; largura i m ,2i.

83. Ascenso de Christo. No primeiro plano, ao centro, a Virgem de joelhos; em plano mais afastado, diante d'ella um anjo igualmente de joelhos; esquerda, figuras de apstolos e outras; ao fundo, arvoredo, uma cidade acas- tellada e montes ; na parte superior, a figura de Christo, do qual apparecem apenas os ps e parte da tnica.

Veiu do tleposito dos extinclos conventos. Vide n. 2. Madeira Altura l'",oo; largura l"\2i.

SCULO SVII. 84. S. Bento doando a regra aos monges da sua ordem. direita, S. Bento sentado com uni livro sobre os joelhos e em frente d*elle vrios monges de joelhos; esquerda, cavalleiros da ordem, igualmente de joelhos ; ao fundo, in- terior de edifcio.

Veiu do deposito dos extinclos conventos. Madeira Altura l m ,20; largura l^O.

91. Viso do papa S. Gregrio. Ao centro, o papa celebra a missa e no acto de levantar a hstia apparece-lhe a figu- ra de Christo sentado no tumulo; no primeiro plano, es- querda, um acolyto com uma tocha na mo esquerda e na direita a campainha, direita outro acolyto segurando a capa do celebrante; por detrs d'este, figura de cardeal.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Na campainha que tem na mo o acolyto, divisam-se as armas de Portugal, tendo aos lados pequenos medalhes. Parecem ser do mesmo pintor os qua- dros que se acham expostos com os n. os 92, 93. 94, 95, 96, 97 e 98 e talvez de discpulos seus os n. os 381, 678 e 679

Madeira Altura l m ,21; largura m ,89.

92. OMann no deserto. No primeiro plano, esquerda, figura de mulher; direita, figura de homem, colhendo ambos o mann ; em planos mais afastados, outras figuras ; ao fundo e esquerda, castello sobre um monte.

Veia do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura 1"',23; largura m .89.

93. Abraho e Melquisedech. esquerda, Abraho, de joelhos, recebendo do sacerdote Melquisedech o po e o vinho, segundo o rito hebraico, como homenagem da vi- ctoria alcanada no valle de Save; em planos mais afasta- dos, figuras de guerreiros e pagens com lanas ; direita Melquisedech e duas figuras de homens; ao fundo, paiza- gem e gados.

Veiu do deposito dos extinctos. conventos. Madeira Altura l m ,21; largura m ,89.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

94. A ceia do Senhor. Junto de uma mesa, Christo e os apstolos; ao centro, Christo em aco de instituir o sacra- mento da Eucharistia.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,23 ; largura m ,89.

95. Descendimento da cruz. Ao centro, Christo despre- gado e amparado por S. Joo Evangelista e Nicodemus. Do alto da cruz, um homem trepado a uma escada, segura-lhe um brao. No primeiro plano, a Mngdalena; de um e de outro lado, a Virgem e duas das santas mulheres.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,Q7; largura m ,86.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

96. Christo caminhando por o Calvrio. Ao centro, Christo ca ido, de joelhos sob o peso da cruz; em planos di- versos, figuras de algozes e soldados ; ao fundo, paizagem e edifcios.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Vide n. 91. Madeira Altura l m ,67; largura m ,88.

97. Christo no Horto. No primeiro plano, S. Pedro, S. Joo Evangelista e outros apstolos dormindo; ao centro, Christo em orao defronte de um anjo que lhe apresenta o clix; ao fundo, montes e uma cidade.

Veia do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,67; largura m ,86.

98. Deposio de Christo no tumulo. Jos de Arimathea e Nicodemus depem o cadver de Christo. Assistem a este acto a Virgem, as trs santas mulheres e S. Joo Evange- lista.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura l m ,67; largura ra ,96.

100. S. Vicente e S. Sebastio. esquerda, S. Vicente; direita, S. Sebastio preso a uma arvore e traspassado pe- las settas; ao fundo arvoredo e o mar.

Veiu do deposito dos extinetos conventos. Madeira Altura l m ,08; largura l m ,0.

MORALES. Chamado vulgarmente o Divino, por causa dos assumptos ascticos, que tratou de preferencia. Quasi todas as suas obras se re-umem a cabeas do Salvador e da Virgem, mas essas cabeas tem uma admirvel expres- so, que as fazem approximar das de Leonardo de Vinci. Este notvel pintor hespanho! nasceu em Badajoz em 1500 e morreu em I58G.

PRIMEIUA METADE DO SCULO XVI.

107. Imagem da Virgem. A Virgem com as mos postas, tendo a cabea velada e rodeada de uma aureola ; no fundo, a seguinte inscripo : .Ecoe ancilla dm fiat mihi secunditm verbum tuim. Luce 1.

Veiu do deposito dos extinctos conventos, por ter pertencido ao dos freires de Palmella. N'uma galeria particular de Vienna de us- tria existe uma variante d'este quadro attribuido a Joo Ilolbein ; n'este a inscripo foi substituida por uma cortina.

Madeira Altura m ,64 ; largura m ,49.

108. A Virgem com o Menino Jesus ao collo. Yeiu do deposito dos extinctos conventos. Madeira Altura m ,8o ; largura m .6i.

112. Tryptico. O descendimento da cruz. Quadro do centro: na parte inferior, esquerda, a Virgem desfalle- cida nos braos de uma das santas mulheres e junto des- tas S. Joo Evangelista ; ao centro, Santa Maria Magdalena ; direita, outra santa mulher; ao fundo, figuras de homens. Na parte superior eaocenlro, Christo tendo os braos des- pregados da cruz e trs figuras descendo-o, uma das quaes lhe arranca dos ps o ultimo cravo ; de um e outro lado, os dois ladres ; ao fundo, paizagem e a cidade de Jerusa- lm.

Christo descendo ao limbo. Porta direita, anverso : na parte inferior, varias figuras ; ao centro, Ado e Eva e figuras de meninos; ao fundo, fogo; na parte superior, Christo levado pelos anjos. Christo resuscilado. Poria da esquerda, anverso : na parte inferior, os guardas do tumulo; na parlo superior, Christo resuscilado em gloria de anjos.

A converso de S. Paulo. Reverso das duas portas: no pri- meiro plano, esquerda, S. Paulo, precipitado do cavallo; ao fundo, caValeiros e outras figuras fugindo: no primeiro plano direita, duas figuras segurando um cavallo solto ; ao fundo, cavalleiros e outras figuras; na parte superior, o Padre Eterno e dois anjos.

Veio tio deposito dos extinctos conventos. Este trvptico foi attribnido pelo sr. director do museu de Araster- dam, A. tredius. a Martin Van Veen de emskerk.

.Madeira Altura 2 m ,63 ; largura 1 : - : .7.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de). Ornais notvel pintor portuguez dos tempos modernos. Os seus quatro ltimos quadros, a Adorao dos magos, o Descendimenlo da cruz, a Ascenso e o Juzo final, cujos soberbos cartes existem no nosso museu, fizeram com que Raczynski o comparasse a Rembrandt. Nasceu em Belm (Lisboa) a 10 demarco de 1761 e falleceu em Roma a 7 de maro de 1837. Frequen- tou durante cinco annos a aula regia de desenho abertaem 1781. Foi depois estudar para Roma, onde teve por mes- tres Cavalluci e la Picola.

SALA B 116. Communbo de Santo Onofre. direita, o santo de joelhos; esquerda, um anjo administrando-lhe acommu- nho ; ao fundo, palmeiras, rochedos e montes.

Yeiu do deposito dos extinctos conventos por ter pertencido ao convento da Cartuxa, prximo da villa de Torres Vedras.

Tela Altura 2 m .75; largura l m ,40.

SALA B 117. Santo xVnto e 5. Paulo, eremitas. direita, Santo Anto ; esquerda S. Paulo em aco de receber um po trazido por um corvo ; ao fundo, rochedos, palmeiras e uma nascente de agua.

Veiu do deposito dos exibidos conventos, por ter pertencido ao convento da Cartuxa, prximo da Villa de Tones Vedras.

Tela Altura 2 m ,7o; largura l m ,40.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).

SALA C 118. S. Bruno em orao. O santo prostrado no inte- rior de uma gruta em orao; esquerda, dois livros, uma lmpada accesa, uma caveira e um crucifixo; no pri- meiro plano, um livro aberto sobre uma pedra: ao fundo, uma bilha e uma tijela.

Veiu do deposito dos extinctos conventos, por ter pertencido ao convento da Cartuxa, prximo da villa de Torres Vedras.

Tela Altura i m ,32; largura l m ,93.

VIEIRA DE MATTOS (Francisco).SALA C 119. Santo Agostinho. Na parte media do quadro est representado Santo Agostinho, calcando aos ps a heresia contra a qual arremettem dois ces instigados por um anjo; direita do santo, figura da religio sobre o tumulo de um martyr; na parte inferior, outro anjo queimando um papel e tendo junto de si vrios livros condemnados ao fogo ; na parte superior, outro levando vrios altributos e ao fundo edifcio.

Veiu do deposito dos extincos conventos por ter pertencido ao convento da Graa de Lisboa.

Tela Altura 3 27; largura 2 u vl2.

VIEIRA DE MATTOS (Francisco). Cognominado Viei- ra Lusitano. Nasceu em Lisboa em i de outubro de 1099. O marquez de Abrantes, nomeado embaixador extraordi- nrio de D. Joo V perante Clemente XI, o levou comsigo para Roma, onde foi discpulo de Trevisani. Voltou a Por- tugal, sendo muito bem acolhido do monarcha. Fez se- gunda viagem a Roma e tentou uma terceira, mas chegan- do a Sevilha, regressou de novo ptria, sendo nomeado pintor de el-rei. Teve uma vida romntica e agitada por t^ici^- causa da mataes com quem casou e que pertencia no- breza. Foi feito cavalleiro da ordem deS. Thiago. Muitas das suas obras perderam-se pelo terremoto. Foi notvel pintor histrico. Falleceu em 13 de agosto de 1783.

SALA C 125. Nossa Senhora do Rosrio. Na parte superior e ao centro, a Virgem sentada n*um throno tendo o Menino Je- sus ao lado ; esquerda, S. Joaquim e Sant'Anna ; direita, S. Jos e o archanjo S. Gabriel encostado a um escudo com as armas portuguezas ; ao fundo duas columnas, cor- tinado e balaustrada de edifcio. Na parte inferior, a esquer- da, S. Domingos de joelhos segurando uma bandeja sobre a qual a Virgem depe alguns rosrios ; direita, S. Fran- cisco de Assis de joelhos, Santo Antnio de Pdua e Santa Thereza de Jesus. No envasamento do throno, o purgat- rio.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Tela Altura 2 m ,38; largura i m ,37.

CONGA (Sebastiano). Nasceu em Gaeta em 1G80, mor- rendo em ITGi ou 1774. Madrazo considera-o como pin- tor naturalista da escola napolitana. Educado na escola de Francesco Solimene, foi muito favorecido em Roma pelo papa Clemente XI. Ha quem o accuse de ler contri- budo para a ultima decadncia da arte, no se lhe po- dendo comtudo negar fertilidade de inveno, facilidade extrema no pincel e brilhante colorido.

SALA C 13o. Nossa Senhora da Conceio. o centro, a Virgem e o menino sopesando, com a liaste da cruz, um drago col- locado sobre o globo ; na parte superior, o Padre Eterno e o symbolo do Espirito Santo; no primeiro plano e ao fundo, gloria de anjos.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Tela Altura m ,92; largura 0,48.

TREVISANI (Francesco). Nasceu em Trevigi (Itlia) em 1056; outros, porm, lhe assignalam por bero natal dife- rentes cidades. Aprendeu desenho com seu pae, Antnio Trevisani, architecto de alguma nomeada, sendo em se- guida discpulo de Antnio Zanchi, em Veneza. Visitando Roma, seguiu os princpios dos pintores ento mais popu- lares nesta cidade. Muitas igrejas e ediQcios de Roma pos- suem quadros d'este artista, que fui o mestre do nosso Vieira Lusitano. Falleceu em 1740.

SALA C 133. Pentecostes. Ao centro, a Virgem sentada em piam i elevado ; direita, S. Pedro e outro apostolo ; esquerda, no primeiro plano, um livro com as chaves de S. Pedro; ao fundo, os outros apstolos ; na parte superior, o symbolo do Espirito Santo e as lnguas de fogo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Tela Altura 2"\.60 ; largura l m ,7o.

MASUCCI Agostinho). Nasceu em Roma em IG9I. Fal- leeeu em 1758. Foi o ultimo discpulo de Cario Maratti. Pintou especialmente Sagradas famlias e assumptos da Virgem. A sua obra mais considervel o 5. Boaventura,

em Urbino.

SALA C 139. Annunciao da Virgem. esquerda, a Virgem de joelhos num genuflexrio ; direita, o archanjo S. Gabriel annunciando-lhe a vinda do Salvador; na parte superior, o Padre Eterno e o symbolo do Espirito Santo em gloria de anjos.

Veiu do deposito dos extinctos conventos Tela Altura 2 n \6i: largura l m ,80.

RIBERA (Jos).

145. S. Jeronymo.- No primeiro plano, mesa, tinteiro, um livro e vrios papeis. O santo est escrevendo e olha para uma caveira sobre a qual tem a mo esquerda.

Firmado. Veiu do deposito dos extinctos conventos. Tela Altura l m ,26; largura i,01.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVIII.

SALA C 147. Meninos. Meninos ornando com festes de flores e ruetos o busto de um fauno collocado esquerda.

Ignora-se a procedncia.

Tela Altura O 1 ". 77 ; largura l".2'2.

ROOS (Phiuppe). Vulgo Rosa de Tivoli (Attribuido a).

SALA D 150. Queda de agua. No primeiro plano, figuras e gado ; em plano mais afastado, massas de aguas despenhando-se dos rochedos.

Ignora-se a provenincia.

Tela Altura 0-.61 ; largura (K74.

268. Annunciao da Virgem e vrios santos. O qua- dro dividido em duas ordens de arcarias sobrepostas, de quatro arcos cada uma; na inferior trs santos e uma santa da ordem dominicana ; na segunda S. Joo Baptista, S. Tliiago, S. Pedro e S. Paulo; a parte superior de for- ma triangular e n'ella se acha representada a Annunciao da Virgem.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Pela disposio do assumpto, que se acha representado na parte superior, parece que este quadro formado pelas portas de um tryptico.

Madeira Altura m .o9; largura O ro ; 36.

VIEIRA (Francisco). Cognominado Vieira Portuense. Nasceu no Porto a 13 de maio de 1765. Ali estudou com Glama e Pillement, at que, subvencionado pela companhia dos vinhos do Alto Douro, partiu para Roma, tomando por mestre Domingos Corvi. Percorreu toda a Itlia, desenhan- do infatigavelmente todas as obras de arte que mais o sur- prehendiam. Visitou a galeria de Dresde, onde copiou bas- tantes quadros. Em Parma copiou o quadro de Correggio, que existe na galeria publica e executou diversas obras, que lhe grangearam renome. Foi depois para Inglaterra, onde se ligou com Bartolozzi e onde deu novas provas do seu grande talento. Vindo para Portugal, o seu merecimento teve o condigno premio, sendo nomeado pintor do rei. So- bresau na historia e na paizagem. Por motivo de doena partiu para a Madeira, onde faileceu em 1805.

SALA B 319. Vasco da Gama desembarcando na ilha dos Amores. (Lusadas, canto ix). esquerda, no primeiro plano, dois trites; ao centro, Vasco da Gama conduzido por Thetis; direita, soldados e gente do mar abordando ilha; em plano mais afastado, nymphas; ao fundo, palmei- ras e o mar.

Tela Altura m ,o0; largura m J 38. SALA B 320. Primeira aco militar dos portuguezes na descoberta da ndia. (Lusadas, canto i). esquerda, no primeiro plano, combatentes abordando a terra, um d'elles cado ao mar e soccorrido pelos outros; direita, soldados em terra acutilando o gentio; em planos mais afastados, gentios disparando flexas contra um galeo portuguez e Baccho ao centro animando-os ; na parte superior, Vnus e Marte vindo em auxilio dos portuguezes.

SALA B 321. Embaixada de Vasco da Gama ao Samorim. (Lusa- das, canto yii). esquerda, Vasco da Gama e a sua co- mitiva dirigindo-se ao Samorim conduzidos por um indio: direita, o Samorim sentado no seu throno e junto d'este figuras de ndios.

Tela Altura m ,50; largura m ,38.

Ignora-se a procedncia (Testes quadros, que so apenas esboos. Tela Altura O m ,50; largura m ,78.

SALA A

SIMPSON. Pintor inglez, discipulo de Lawrence.

359. Retrato de sua magesfade a rainha D. Maria II de Portugal. A rainha sentada, tendo ao peito o crach e a banda das trs ordens militares portuguezas, e na mo esquerda o sceptro; direita, uma mesa, sobre esta um cochim com a coroa real e um livro tendo na lombada o seguinte dizer: Carla constitucional.

Tela Altura l m .27: largura l u \02.

360. Retrato do prncipe D. Augusto, primeiro marido de sua magestade a rainha D. Maria II de Portugal. O prn- cipe, vestido com o uniforme de general, tem ao peito a ordem da Torre e Espada, o crach e a banda das trs or- dens militares portuguezas.

Tela Altura l m ,27; largura i m ,02.

361. Retraio de sua magestade o imperador D. Pedro I do Brazil. O imperador, vestido com o uniforme de general, tem ao peito a ordem da Torre e Espada, a do Toso de Oiro, o crach e a banda das trs ordens portuguezas.

Estes trs quadros foram offerecidos em 1 873 pelos herdeiros de sua magestade a imperatriz.

Tela Altura l m .27; largura l m .02.

ESTYLO DE RIBERA.

376. S. Thom. santo est em aco de caminhar e tem na mo esquerda um livro e na direita um bordo.

Veiu do deposito dos extinctos conventos. Tela Altura l m ,26 ; largura i m ,01.

ROOS (Pbilippe), vulgo Rosa de Tivoli. Nasceu em Francfort em 1055 e morreu em Roma em 170o. Perten- ceu a uma famlia de artistas, em que todavia sobresau. Estudou primeiramente com seu pae, indo depois apurar- se na Itlia. Foi muito notvel nos quadros de paizagens e de animaes.

SALA B 436. Paizagem. Ao centro, gados e figura de homem; esquerda, em plano mais afastado, lagoa com um bai direita, gados e runas; ao fundo, montes e arvoredo.

Jgnora-se a procedncia.

Tela Altura m ,4i; largura m ,94.

438. Baptismo de S. Hermenegildo. Ao centro, S. Lean- dro, emquanto dicono, baptisando a S. Hermenegildo; esquerda, S. Hermenegildo de joelhos recebendo o baptis- mo, e em plano mais afastado figura do homem; direita, outra curvada, pegando num jarro; ao fundo, interior de um crcere.

Pertenceu ;i rainha D. Carlota Joaquina. Adquirido pelo estado. Tela -Altura 2 m ,38; largura i n ',80.

CADES F.)

SALA B 456. O bispo. esquerda, o bispo em aco de pregar, e junto d'este dois acolytos, um dos quaes de joelho sus- tentando uma cruz; no primeiro plano, figura de mulher e duas creanas; outras de homem e mulheres de diversas raas e trajos escutam a predica em planos mais afastados.

Pertenceu rainha D. Carlota Joaquina. Adquirido pelo estado em 1859. Firmado.

Tela Altura 287; largura K97.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).SALA B 462. S. Pedro de Alcntara arrebatado em extasis pelos anjos.

Pertenceu rainha D. Carlota Joaquina. Adquirido pelo estado em 1859.

Cobre Altura m ,38; largura m ,31.

VERNET (ClaudeJoseph). Nasceu em Avignon (Frana) em 1714 ; falleceu em 1789. Estudou em Roma sob a di- reco do seu compatriota Adrian Manglard, mas dentro em pouco excedeu o mestre. Pintou gtande numero de paizagens e marinhas. Chamado a Frana por Luiz ?vV, exe- cutou uma serie de quadros representando os portos mar- timos d'aquelle paiz.

SALA C 467. Um naufrgio. A direita, no primeiro plano, nu- fragos sobre a praia e um navio dando costa : esquerda, lancha com varias figuras; ao fundo, navios em perigo.

Tela Altura 0',76; largura i m ,89.

SALA C 468. Porto de mar (com effeito de cerrao). esquer- da, rochedos, barcos e figuras; ao centro, pescadores co- lhendo, uma rede; direita, barcos e um navio ancorado ; ao fundo, mar e um pharol.

Estes dois quadros, segundo se deprehende do relatrio, lido em sesso solemne da academia em 30 de novembro de 1840, foram offerecrdos pelo abbade Castro.. Consta, todavia, que pertenceram

fi&^f*- rainha D./Joaquina e que foram adquiridos pelo estado.

Tela Altura m ,76; largura 1-.39.

PLASENCIA (D. Casto). Pintor hespanhol contempor- neo. Estudou primeiramente na academia de S. Fernan- do. Em 1874 alcanou o Jogar de pensionado na academia bespanhola fundada em Roma por D. EmilioCaslelar. ires annos depois de ali estar, pintou um quadro histrico bas- tante notvel Origem de la republica romana, o qual foi premiado com a medalha de 3. a classe na exposio inter- nacional de Paris.

487. Campino. Figura de um campino de jaqueta ao hombro e com a mo direita segurando o pampilho; ao fundo, uma manada de touros.

Offerecido pelo auetor em 1881. Tela Altura 0">,60; largura O m ,38.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).

SALA C 497. Promulgao da Constituio de 1822 (esboo allego-

rico).

(Merecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em

1867.

Tela Altura l m ,62; largura 1,02.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).SALA B 498. Egas Moniz e sua famlia perante o rei de Leo, Affonso VII. (Lusadas, canto vm.) Ao centro, Egas Mo- niz e sua famlia prostrados perante o rei de Leo ; es- querda o rei sentado em throno; de um e outro lado, vrios personagens; direita, dois soldados afastando o povo.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura n ',95; largura i m .29.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).SALA B 501. Nossa Senhora da Piedade. Christo morto, noegfe-^*^ da Virgem ; outra figura junto d'ella amparando-o. "

OfFerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura O' u ,2o; largura O-,^.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVII.

SALA C 511. Assumpto allegorico. Decorao de tecto.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura i24 : largura 0 64.

GIORDANO (Luca). Nasceu em Npoles em 1032, e na sua ptria morreu em 1705. Filho de pes humildes, es- tudou primeiramente com Ribera, indo depois para Roma, onde foi discpulo de Pietro da Gortona. Carlos II convi- dou-o para ir para Madrid, e durante a sua residncia em Hespanha executou grande numero de obras, entre ellas a Batalha de Saint-Quentin e a Tomada de Montmorency. Teve enorme facilidade de execuo e o numero dos seus quadros prodigioso.

SALA C 512. Sileno (esboo). esquerda, Sileno sustentado por varias figuras ; direita, figuras de mulher e outras e me- ninos levantando uma cortina.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura m .4o : largura m .47.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVII.

SALA C 514. Milagre de Santo Antnio em Tolosa. esquerda, o santo se de uma igreja, trazendo a hstia na mo ; uma mula prostra-se diante do sagrado emblema; o homem que a conduz procura fazel-a erguer; de um e de outro lado grupos de curiosos e incrdulos, que admiram o pheno- meno.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura 045; largura m .36.

CARACCI (Annibale) Escola de.SALA D 516. Milagre de S. Pedro de Alcntara.- O santo afastando as aguas do rio Tietar em companhia de outros religiosos da sua ordem.

Offerecido por sua majestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Madeira Altura m ,29; largura m ,29.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVI.

517. Tobias conduzido pelo archanjo S. Raphael. es- querda, o archanjo S. Raphael, conduzindo Tobias ; di- reita, Tobias com um bordo e um peixe na mo esquerda : ao fundo, arvoredo e paizagem.

Offereeido por sua majestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Madeira Altura m .40; largura m ,28.

CASANOVA (Francesco). Nascen em Londres om 1732, de pes venezianos, que o mandaram para Veneza, onde foi discpulo de Simonini, pintor de batalhas. Depois de ter estado em Dresde, residiu em Paris, onde teve grande acolhimento. Entre os seus discpulos parisienses sobrese mr. de Louihesbourg. Alem de quadros de batalhas, pin- tou pizagens com figuras e animaes, marinhas e assum- ptos pastoris. Falleceu em 1805.

SALA C S19. Um cavalleiro do sculo xvu. Ao centro, no pri- meiro plano, figura de homem a cavallo; ao fundo, outros cavalleiros e montes.

OfTerecido pelo sr. conde de Carvalhido em 1874. Tela Altura l m ,06; largura U, ,7G.

VERNET (ClaudeJoseph).SALA C 520. Estudo para o quadro que tem o n. 467.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura Q m ,26; largura m ,33.

524. Interior de uma casa com diversas figuras. Ao cen- tro, trs figuras sentadas junto de um banco, uma em aco de accender um cachimbo, outra fumando, a terceira en- xugando o tabaco a um brazeiro; em planos mais afastados, outras, das quaes uma entrando por uma porta ; ao fundo, uma chamin.

Ofierecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Altura 0"V'}7; largura m .52.

TENIERS (David).

SALA D 525. Interior de uma casa. esquerda, um homem sen- tado, tendo na mo direita um caneco e na esquerda um cachimbo ; no segundo plano, uma mulher enxugando ta- baco a um brazeiro pousado sobre uma mesa; ao fundo, porta aberta por onde vem entrando um homem.

OTerecido por sua maaestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. TENIERS (David). Attribuido a

TENIERS (David), o Moo. Filho de outro pintor do mesmo nome, nasceu em Anturpia cm 1(510, fallecendo com oitenta annos, gastos na mais extraordinria actividade artstica. So numerosssimas as telas que ainda se conser- vam, em diversos museus da Europa, cTeste grande mes- tre da escola flamenga. Revelou ao principio um grande poder de imitao, a ponto de um quadro seu, represen- tando Maria Magdalena, ter sido considerado por muito tempo, pelos mais experimentados juizes, como do pincel de Rubens. Teniers inspirou-se nas scenas ruraes e na vida intima da sua provncia e reproduziu-as ao mesmo tempo com um grande saber e com uma grande ingenui- dade.

526. Interior de uma casa. No primeiro plano, um ho- mem sentado junto de uma mesa, descobrindo uma ferida que tem na mo direita; no segundo plano, uma mulher aquecendo um parche a um brazeiro.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1860.

Cobre Altura m ,22: largura n \17.

ESCOLA HOLLANDEZA PRIMEIRA METADE DO SCULO XVIII.

529. Ceifadores. No primeiro plano, um ceifa dor com um molho de trigo; ao fundo, uma seara, ceifadores e ar- voredo. '

(Merecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Cobre Altura m ,22; largura 0'",16.

OSTADE (Adrian vax).SALA D 528. Dansa de camponezes. Ao centro, um camponez e unia carnponeza dansando; . direita, no primeiro plano quatro Gguras; ao fundi, outras figuras, um rapaz tocando rebeca, cabanas e uma arvore.

Ofierecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando era 1866.

Madeira Altura CK18; largura 0"',2i.

RUBENS (Peter Paul). Nasceu em Colnia em 1577, posto que outras cidades disputem a honra de ter sido bero do grande artista. Morreu em Anvers em 1640. considerado o mais illustre mestre da escola flamenga e um dos homens mais eminentes do seu sculo, no s pela sua variada aptido artstica, mas pela sua elevada educa- o. Verdadeiro fidalgo no talento e no trato, chegou a des- empenhar importantes commisses diplomticas. No lhe foi desconhecido nenhum gnero de pintura e em todos se mostrou digno da sua justa reputao. Estudou na sua p- tria com Verhaecht, paizagista, com Adam van Oort e por ultimo com Otho Venius, mas a Ilalia foi o seu verdadeiro mestre e a escola veneziana a sua ardente inspiradora.

SALA D 531. Perseo libertando Andromeda. esquerda, Andro- meda presa ao rochedo; direita. Perseo libertando-a. Na parte superior, duas figuras allegoricas de meninos e na parte inferior, esquerda c no primeiro plano, um escudo com a cabea de Meduza e um capacete. Ao fundo, o mar e o monstro.

OtTereeido por sua mageslade el-rei o fenhor D. Fernando em 1866. Esboo do quadro existente na galeria de Madrid.

Madeira Altura m ,50; largura m ,37.

CARACCI (Annibale) Escola de. Foi Annibale Carac- ci um dos membros mais distinctos dessa illustre famlia que fundou a famigerada escola de seu nome. Nasceu em Bolonha em 1500. Dotado pela natureza do verdadeiro g- nio de pintor, desenvoheu-se rapidamente o seu extraor- dinrio talento sob a direco de seu primo Ludovico Ca- racci. Estudou as obras de Ticiano, Tinloreto e Paulo Ve- ronese, mas o seu modelo predilecto foi Corregio. Gastou oito annos na pintura da galeria Farnesio, onde deixou im- mortalisado o seu pincel. O seu quadro mais justamente admirado o Descendimento tia cruz, que pertenceu colleco Orleans. Falleceu em 1009.

SALA D 532. Santa Ceclia. No primeiro plano, mesa com vrios instrumentos de musica : ao centro, Santa Ceclia em aco de cantar, tendo na mo um livro de musica : aos lados, dois anjos acompanhando-a com uma harpa e outro instru- mento.

Ofierecido por sua majestade el-rei o senhor D. Fernando era 1865.

Tela "Altura 1 metro; largura m .26.

ESCOLA HESPANHOLA DOS FINS DO S- CULO XVII.

537. Retrato de um cardeal.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1800.

Tela Altura ,n .7o; largura m ,61.

ROSA (Saltatore). Nasceu perto de Npoles em 1GKJ; falleceu em 167:{. Foi tambm poeta e actor. Na pintura cul- tivou vrios gneros, deixando numerosos quadros religio- sos e histricos, de batalhas, de marinha e paizagem. As suas paizagens toem um aspecto rude e selvagem, scena- rio accommodado a proezas de salteadores.

SALA C 540. Exterior de gruta. No primeiro plano, pedras, es- tacas e uma arvore; em plano mais afastado, trs figuras entrada de uma gruta.

Olerecido nor sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1867.

Tela Altura 1 metro; largura 0"',7o.

ESCOLA LOMBARDA. Segunda metade do sculo

XVI.

541. Christo (meia figura). Christo segura com a mo esquerda o symbolo da Trindade; com a direita est apon- tando para si.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1865.

Madeira Altura m ,71; largura 0,51.

RUBENS (Pedro Paulo). tistylo de

543. O banquete de Herodes. direita, Herodes e He- rodiade sentados mesa debaixo de um docel ; ao centro, Maria Salom apresentando-lhe a cabea de S. Joo Ba- ptista ; junto d'esta um pagem brincando com um ma- caco; em volta da mesa, vrios convivas, guerreiros e serventes trazendo iguarias ; ao fundo, pagens tocando e cantando.

Offerecido por sua maseslade el-rei o senhor D. Fernando em 186o.

Cobre Altura O 71; largura m .88.

547. Virgem e o Menino Jesus. A Virgem sentada com o Menino no collo ; ao fundo paizagem.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Madeira Altura O m ,78; largura m ,4i.

ESCOLA HESPANHOLA. SCULO XVII.

SALA D 549. Daniel provando a innocencia de Suzana. es- qu, sobretudo de scenas arcadicas.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVIII.

SALA C 553. Flores e fruetos. Ao centro, grande ramilhete de flo- res n'um vaso; no primeiro plano, de um e outro lado, um co, um papagaio, um esquiio e varias fruetas.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. Da colleco do conde de Farroho.

Tela Altura l m ,79; largura l ra ,49.

DAEL (Jan Fbanz van). Nasceu em Anturpia em 1701, mas exerceu principalmente a sua arte em Frana. Fui emi- nente pintor de fructos e flores. Falleceu em Paris em 1840.

SALA B 554. Productos naturaes. Sobre um plinto um cesto comumananaz, cachos de uvas e um melo; direita, pe- cegos; esquerda, ameixas.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1867.

Tela Altura 0' ; 6I ; largura 0'",50. FONSECA (Antnio Manuel da). Nasceu em Lisboa em 1793. Estudou na antiga escola de desenho dos Caetanose com seu pae, indo depois para Roma, pensionado primei- ramente pelo governo portuguez e depois pelo conde de Farrobo. Professor jubilado da academia de bellas artes. Condecorado com varias ordens. Pintor de historia.

SALA B 555. Transfigurao de Christo (copiado de Raphael San- zio). Na parte superior, Christo eleva-se em gloria so- bre o alto do monte Tabor entre o propheta Elias e Moy- ss ; no cume do monte, os trs apstolos S. Pedro, S.Joo Evangelista e S. Thiago, offuscados pela luz divina ; es- querda, em plano mais afastado, S. Loureno e S. Juliano em adorao ; direita, campos. Na parte inferior, direita, varias figuras apresentando um possesso aos apstolos; no primeiro plano, mulher de joelhos e outra ao fundo indi- cando o possesso; esquerda, no primeiro plano, S. Pedro sentado com um livro aberto na mo direita. Em planos mais afastados, os outros apstolos em attitudes e expres- ses diversas.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando era 1866. Pertenceu colleco do conde de Farrobo.

Tela Altura 4^08; largura 2 m ,80.

ZAMPIERI (Domemco). Conhecido vulgarmente pelo no- me de Domemchino. Nasceu em Bolonha em 1580. Como Guido, seu contemporneo e patrcio, estudou primeira- mente com Calvart, seguindo depois a escola dos Caracci. Esteve duas vezes em Roma, onde executou obras admir- veis, como a Communho de S. Jeronymo no altar mr de S. Girolamo delia Carita. Os assumptos mythologicos eram-lhe to familiares como os religiosos. Pintou tam- bm excellentes paizagens. Nicolas Poussin considerava-o o primeiro pintor depois de Raphael. Faileceu em 1641.

SALA B 556. Communho de S. Jeronymo (copia por A. M. da Fonseca). direita, um altar, um sacerdote administran- do a communho ao santo e duas figuras de diconos, um de joelhos no primeiro plano, outro em plano mais afasta- do trazendo o clix; esquerda, S. Jeronymo, de joelhos, sustentado por um homem, e rodeado de outras figuras. Ao fundo, interior da igreja, com um arco, atravez do qual se avistam duas figuras, arvores e edifcios ; na parte supe- rior, quatro anjos.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. Pertenceu colleco do conde de Farrobo.

Tela Altura 4 m ,18; largura 2 m ,57. SCARCELLA (Ippolito). Chamado o Scarcellino. Nas- ceu este notvel pintor italiano em Ferrara pelo anno de loGO, fallecendo na sua ptria em 1621. Recebeu primei- ramente lies de seu pae, mas dirigindo-se a Veneza, ali foi discpulo de Bassano, estudando e imitando depois as obras de Paolo Veronese. Visitou Bologna e Parma, e reco!hendo-se cidade natal, encheu as suas igrejas e palcios de notveis pinturas. Foi tambm excellente no retrato.

558. A Sagrada Famlia. Ao centro, a Virgem com o Me- nino Jesus no collo ; direita, S. Joo Baptista ; cm plano mais afastado, S. Jos; ao fundo, paizagem e parte de ci- dade.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Cobre Altura m ,28 ; largura ra ,22.

SALA C 560. Christo crucificado. Ao centro, Ghristo na cruz, tendo de joelhos a seus ps Santa Maria Magdalena; esquerda, a Virgem ; direita, S. Joo Evangelista ; ao fundo, Jerusa- lm.

Oflerecido por sua majestade el-rei o senhor D. Fernando em 1867.

Tela Altura m .47; largura m .28.

PRIMEIRA METADE DO SCULO XVIII.

SALA C 562. Retrato de cavalleiro de Christo, cio sculo xvm.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura m ,94; largura 0*91.

CALLOT (Jacques).

SALA D 564. Desembarque de tropas. No primeiro plano, di- reita, figuras de soldados em repouso, esquerda, outros jogando sobre um tambor; no segundo plano, ao centro, fi- guras de officiaes, n'um plano mais afastado, direita tro- pas desembarcando; ao fundo, penedos, tropas em marcha e outras em barcos.

(Merecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura m ,64; largura ro ,82.

VIEIRA (Francisco) o Portuense.

SALA C 566. Assumpo da Virgem. ^a parte inferior, no pri- meiro plano, o tumulo da Virgem, aberto ; ao centro, a Virgem arrebatada pelos anjos : 111 parte superior. Christty o Padre Eterno e o symbolo do Espiralo Santo em gloria.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor I). Fernando em 1866.

Tela Altura O m /ti ; largura 024.

NEEFS (Pedro), o Moro. Nasceu pelos annos de 1600, morrendo cerca de 1060. Foi filho de outro pintor do mes- mo nome, que se applicou a representar o interior de edi- fcios religiosos. Seguiu as pisadas de seu pae, posto que lhe seja inferior.

567. Inferior de uma cathedral gothica.

OTerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 18to.

Cobre Altura m ,70 ; largura m .88.

BUONAROTI (Miguel Angelo). Este sublime artista, o principal mestre da escola florentina, nasceu no castello de Arezzo. na Toscana, em 1474. e falleceu em Roma em 1564. espantosa a facndia e variada aptido do seu g- nio. Pintor, esculptor e architecto de primeira ordem, foi tambm poeta distincto. Enviado a Florena para seguir os estudos clssicos, a sua invencvel tendncia artstica levou-o a abandonar a carreira li iteraria e aos quatorze annos era discpulo de Domenico Ghirlandaio. Frequentou depois assiduamente a academia fundada por Lorenzo de Mediei. Miguel Angelo pintou pouco a leo. Attrahido a Roma, deixou, nos grandiosos frescos da capella Sixtina, o testemunho evidente do arrojo da sua imaginao, do vigor do seu desenho, e da audcia do seu pincel.

569. Cabea de Christo coroada de espinhos.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. Pertenceu colleco Husson da Camar. attribuido a Mi- guel Angelo.

Madeira Altura G""^; largura O u \37.

POUSSIN (Nicolas). Distincto pintor francez; nasceu em Andely, Normandia, em 1594. Em 1624 partiu para Roma, ancioso de estudar os grandes mestres, e ali viveu longo tempo vida difllcultosa, at que o cardeal Bar- berini o protegeu e lhe encommendou algumas obras que lhe deram nome. Chamado ptria pelos seus amigos, che- gou a Paris em 1640, foi acolhido excellenemente pela corte, mas as intrigas, que lhe urdiram alguns rivaes, fize- ram-no voltar sua pacifica residncia de Roma, onde con- tinuou a trabalhar infatigavelmente, n'uma inquebrantvel adorao pelo divino Raphael e pelas obras de arte da an- tiguidade. considerado um dos mais profundos e philo- sophicos mestres da escola franceza.

572. Os philisteus atacados da peste na cidade de Azot. A praa de Azot ornada de editicios de bella architectura. Enchem a praa diversos grupos, uns dominados pelo ter- ror da peste, outros pela ruina do seu idolo. No primeiro plano, ao centro, uma mulher morta estendida no solo, tendo esquerda um filho morto e outro direita que se arrasta para junto d'ella, emquanto um homem curvado sobre o corpo da mulher procura afastal-o; direita, um, homem em aco de tapar o nariz para evitar o mau cheiro das emanaes cadavricas, e afastando com outra mo uma creana ; junto d'elle e no cho dois homens, dos quaes um encostado ao troo de uma columna ; c esquerda um homem em aco de caminhar, olhando para outro que se acha prostrado junto da base de outra columna. No se- gundo plano, o intercolumnio do templo de Dagon e n'este a estatua do idolo, derrubada em presena da arca da al- liana que os philisteus tinham tomado aos israelitas na batalha de Aphec. Em planos diversos, povo espantado em vista do idolo derrubado. Ao fundo, outras figuras e ca- dveres, e direita um cadver conduzido por dois ho- mens.

Ofierecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura l m ,48 ; largura l m ,98.

BOL (Fekdinand). Eminente pintor liollandez, discpulo de Rembrandt. Pintou quadros histricos e retratos. Estes ltimos confundem -se muitas vezes com os do seu mestre. Nasceu em Dort, em 101 1 e falleceu em 1G81.

574. Retrato de um rabino.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. reinando em 186G. Tela Altura l"yi4: largura 0"',8'.

RIGAUD (Jacinto). Nasceu em Perpignan em 1G59, fal- lecendo em 1743 ou em 1743, segundo Nagler. Dedicou- se quasi exclusivamente ao retrato, sendo um dos mais eminentes retratistas francezes. As suas obras lem sido reproduzidas por grande numero de notveis gravado- res.

SALA C 575. Retrato do cardeal de Polignac. O cardeal, trajan- do as vestes cardinalcias, tem na mo direita o barrete e a esquerda encostada a um livro fechado collocado sobre uma mesa; ao fundo, uma cortina e parte de uma colu- mna.

Offerecido por sua mageslade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura l m ,24; largura O m ,97.

WYNANTS (Jan). Eminente paizagista hollandez; nasceu em Haerlem em OOO, morreu em 1670. Eslabele- ceu uma academia, que produziu alguns dos mais notveis mestres da escola hollandeza como Vandevelde e Wower- mans. Ignora-se quem fosse o seu mestre, mas parece que em si prprio encontrou os recursos que to habilmen- te desenvolveu. Traduzindo admiravelmente a natureza, no tinha igual talento para reproduzir os homens e os animaes, que do vida s suas paizagens. por isso que muitos dos seus quadros so animados por personagens devidos ao pincel de Lingelbach, Vandevelde e Stokade.

CARACCI (Annibale) Escola de.SALA D 577. O archanjo S. Gabriel. O archanjo tem na mo es- querda um ramo de aucenas.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. Parece fragmento de uni quadro representando a Annunciao.

Tela Altura ra ,7o; largura l m ,61.

PENNI (Gioyanni Francesco) ii Fattore. Nasceu em Flo- rena em 1488 e, indo para Roma muito cedo, foi intimo de Raphael e um dos seus mais apreciados discpulos. Col- laborou muito na execuo dos frescos do Vaticano. Foi primoroso nas paizagens e sabia comprehender as bellezas da architectura. Falleceu em 1528.

578. A Virgem, o Menino Jesus e quatro santos. Ao centro, a Virgem com o Menino Jesus nos braos sentada n'um throno e dois anjos aos lados, levantando a cortina do mesmo throno ; direita, S. Sebastio de joelhos, e n'um plano mais afastado um bispo, ambos em acto de adorao ; esquerda, S. Jeronymo de joelhos e outro bispo.

OTereeido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866. Pertenceu colleco Husson da Camar.

Madeira Altura l m ,47; largura l m ,46.

SALA C 582. Paizagem. Campina; ao centro cavalleiros e cavai- los e uma sege; mais distante, moinho e campo.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Madeira Altura (K26; largura 0"',36.

RICCI (Sebstiano). Nasceu em Belluno, noVeneto, efal- leceu era Veneza em 1734. Estudou primeiramente n : esta cidade sob a direco de Federigo Cervell, visitando de- pois diversas cidades de Itlia, observando as obras dos grandes mestres, principalmente da escola lombarda. Es- teve na corte de Yienna, onde decorou o palcio imperial de Schoenbrun. Foi depois para Inglaterra, onde executou grande numero de obras. Teve extrema facilidade em imi- tar os grandes mestres como Corregio e Paulo Yeronese.

CONDE DE CLARY (Nicolas Joseph), francez. Visitou Lisboa, e mostrando desejos de ser scio de mrito da nossa academia, apresentou um pequeno quadro que pinlra em viagem, o que lhe grangeou aquelle titulo, que lhe foi con- cedido por portaria de 18 de agosto de 1838. Depois d'esta nomeao, enviou de Frana o seguinte quadro, que figu- rou na primeira exposio triennal (1840) e que ficou sen- do propriedade da academia.

589. Aldeia de pescadores borda do mar. Ao centro, sobre a praia, peixes, trs mulheres, uma creana e um co ; esquerda, dois pescadores, trazendo um cesto com peixes ; direita, um barril e utenslios de pesca ; ao fun- do, aldeia, figuras, um rochedo; pela parte inferior, bar- cos, figuras e o mar.

OTerecido pelo auctor em 1838. Tela Altura m ,54; largura m ,70.

TOMAZINI (Luiz Ascencio). Pintor de marinhas. Nasceu em Lisboa aos 15 de agosto de 1823. Foi discpulo de An- nunciao. Condecorado com o habito de S. Thiago, com- menda de Izabel a Catholica e habito de Cai-los III. Aca- dmico de mrito da academia real de belas artea d< Lisboa. Medalha de prata da sociedade promotora de belas artes em Portugal, medalha de cobre na exposio inter- nacional do Porto e meno honrosa na do Rio de Janeiro.

591. Um cahique. Ao centro, um cahiqjie navegando

vista de terra; ao fundo, barcos e um navio a vapor.

Oferecido pelo auctor em 1866. Tela Altura m ,38; largura O" 1 .."is.

BRAWER (Adriano yan).

597. Trs homens a uma janella. esquerda, um homem com um cntaro na mo direita, levantando com a esquer- da um copo; outro homem direita com um cachimbo na mo, e o terceiro ao fundo.

Offerecido pelo sr. Francisco Loureno da Fonseca em 1860. Madeira Altura m ,19; largura 0"',14.

SEQUEIRA (Domingos Antnio de).SALA B 600. Flagellao de Christo (esboo). Ao centro, Christo e em volta d'elle os algozes.

Offerecido pelo marquez de Sousa Holstein em 1863. Tela Altura m .46; largura 0\.28.

ANDRADE (Alfredo de). Nasceu em Lisboa em 1839, residindo actualmente em Itlia, aonde se tem entregue a trabalhos architectonicos e archeologicos. Estudou primei- ramente em Gnova e depois em Genebra, onde foi dis- cpulo de Calame. A academia de Gnova concedeu-lhe o titulo de professor honorrio das trs classes de archite- ctura, ornato e pintura. Tem recebido medalhas em diver- sas exposies. Condecorado com varias ordens.

603. Paizagem ao pr do sol. direita, uma lagoa em terreno inculto: ao centro, figura de mulher sentada fundo, arvoredo e montes.

Oflerecido pelo auctor em 18G3. Firmado. Tela Altura m ,58; largura 1 metro.

KRUMHOLZ (Fehnando). Pintor aiiemo, que residiu al- gum tempo em Lisboa.

621. Um mendigo cego e um rapaz. O mendigo tem a mo esquerda sobre o hombro do rapaz, e encosta a di- reita a um bordo ; o rapaz descansa sobre um dos joelhos do mendigo; ao fundo, mar.

Offerecido pelo auetor em I8i7. Tela Altura l m ,31 ; largura m ,97.

623. Othello e Desdemona. N'uma habitao adornada de moveis daepocha, v-se coberta de rico cortinado uma cama, e n'esta a figura de Desdemona dormindo, lendo as mos postas em aco de supplica. Aos ps da cama, Othello procurando dominar os sentimentos que lhe vo n'alma, contempla sua esposa, tem a mo direita aferrada eoiumna da cama, e crava as unhas da esquerda nas car- nes do peito descoberto. Um genuflexrio marchetado est junto do leito e no cho uma almofada de pellucia, que ain- da tem' marcadas as formas de quem poucos momentos an- tes tinha sobre ella ajoelhado. Em cima d'este movei acha-seum clix de vidro com algumas flores, que a inno- cencia ali havia collocado, e perto d'elle um livro de ora- es. Na parede, por cima do movei um tryptico com a ima- gem da Virgem e uma lmpada ainda aceesa. No primeiro plano, uma cadeira de braos e sobre esta o vestido de Desdemona.

Offerecido pelo sr. visconde de Franco cm 1881. Tela Altura 2-.71: largura 3-\66.

LANDI. Pintor italiano do sculo xvm.

SALA C 631. Retrato da marqueza de Lourial. Amarquezatem junto de si seu filho, envolvido n"uma pelle de arminho e sentado sobre uma almofada collocada em cima de uma mesa ; ao fundo, cortina com abertura, pela qual se v parte da baslica de S. Pedro em Roma.

Veiu da academia real das sciencias. Tela Altura l m ,ll ; largura 0,83.

SALA C 632. Retrato do marquez de Lourial. O marquez, sentado n'uma cadeira, tem a insgnia da ordem de Christo ao peito, o brao esquerdo encostado cadeira, o direito sobre uma mesa e na mo um papel com a seguinte inscripo: D. Henrique de Menezes ultimo filho de D. Luiz III mar- quez de Lourial naceu em 1727 retratado em Roma no anuo de 1781 adonde lie ministro Plenipotencirio da Rai- nha Fidelssima D. Maria, lendo j sido na corte de Turim e hoje embaixador nomeado para a de Madrid; sobre a mesa o busto de Minerva, tinteiro e pernas : ao fundo cor- tinado com uma abertura, pela qual se v uma livraria. '

Veiu da academia real das sciencias. Tela Altura "\f; largura 0"',83.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVIII.

SALA C 634. Cabea de homem com turbante.

Yeiu da academia real das sciencias. Tela Altura Q^fiZ ; largura u, .o3.

SALA C 635. Cabea de homem com turbante.

Veiu da academia real das sciencias. Tela Altura m ,6i; largura m .o3.

PILLEMENT (Joo). Nasceu em Frana, tendo residido em Inglaterra e por trs vezes em Portugal, sendo, a ulti- ma vez em 1780. Aqui deixou alguns discpulos. Executou habilmente muitas paizagens a pastel e a leo. Foi artista muito fecundo, tendo sido os seus trabalhos reproduzidos por Woollet, Mason, Elliot e outros gravadores eminentes. Diz Cyrillo que, quando se retirou de Portugal, passava de setenta annos. Morreu em Lyo por 1808, tendo, segundo uns, oitenta annos, segundo outros, noventa.

SALA C 648. Porto de mar. direita, um barco de pescadores e uma lancha com figuras: esquerda, n'um plano mais afastado, outro barco e uma lancha ; ao fundo, um navio, barcos e edifcios.

Folha Altura 0"',7; largura m ,24.

649. Entrada de um porlo de mar. No primeiro plano, c esquerda, uma rocha e sobre fcgta dois pescadores, barris, etc; pela parto detraz, velas de barcose redes; direita, es- tacas ; ao centro, dois barcos e mna lancha ; ao fundo, um navio, um pharol, barcos, etc.

Folha Altura 0"\I6; largura 0"?,23.

SALA C 650. Marinha. esquerda, uma rocha, iguras de ho- mens, estacas e barcos de pesca; ao fundo, outros barcos prximos de terra e alguns ao largo e vela.

Folha Altura O m .I7; largura m .2o. SALA C 651. Lavandeiras. Ao centro, trs lavandeiras sobre pe- dras a meio do regato; direita e ao fundo, arvoredo.

Folha Altura m ,i2; largura m ,24.

SALA B 652. Paizagem. direita, dois pastores debaixo de uma arvore; ao centro, uma cabra; esquerda, um regato; ao fundo, arvoredo.

Folha Altura 0, 12; largura m , 18.

653. Paizagem. Um rio passando por debaixo de uma ponte; a esquerda, uma arvore, figura de homem e sobre uma rocha duas cabras; c direita, arvores e um barco; ao fundo, montes.

Tela Altura O" 1 . IS; largura m ,24.

SALA B 654-. Paizagem. No primeiro plano, direita, pedras, ar- vores e uma figura de mulher guardando um rebanho; esquerda, um regalo ; ao fundo, pequeno castello, arvores e uma montanha.

Tela Altura m ,12; largura m ,19.

SALA B 655. Paizagem. direita, sobre pequeno monte, um ho- mem, gado e arvores; ao fundo, arvores e paizagem.

Tela Altura m ,12; largura 0"',20.

SALA B 656. Paizagem. Ponte em minas ; esquerda, sobre uma rocha, c margem do rio, dois homens; ao fundo, edifica- es sobre um monte; em plano mais afastado, uma mon- tanha.

Tela Altura 0"yI2; largura 0'",20.

Todos estes quadros vieram da academia real das sciencias.

SALA C 657. Margens de um rio (por acabar). Ao centro, no pri- meiro plano, rocha e figuras; direita, n'um plano mais afastado, arvores, parte de um edifcio e barco; na mar- gem opposta, ao fundo, montes.

Tela Altura m ,i8; largura (H24.

Estes quadros vieram da academia real das sciencias. O ultimo attrihuido a Pillement.

SEGUNDA METADE DO SCULO XVIII.

SALA C 658. Paizagem. Paizagem atravessada por um rio, tendo direita uma rocha e arvoredo: esquerda, arvores; ao

centro, duas figuras.

Veiu da academia real das sciencias. Madeira Altura O m . 18; largura (K23.

LOO (Peter Van). Nasceu em Haerlem em 1731 e morreu em 1784. Pintou paizagens, fruetos e flores.

SALA C 659. Paizagem. direita, prximo de um arvoredo, duas senhoras sentadas, uma das quaes tocando bandolim e um homem igualmente sentado, tendo um copo na mo direita e uma garrafa na esquerda; esquerda, rio passan- do por entre montes e arvores.

Veiu da academia real das sciencias. Madeira Altura O^l); largura m ,23.

HACCOU (John Cornelius). Nasceu em 1798 em Mid- dlebourg(Allemanha). Estudou na academia daquella cida- de, sendo ao mesmo tempo discpulo de J. H. Kockhoch. Pintou paizagens, effeitos de luar, lagos com barcos, etc. Depois de visitar a Frana, a Allemanha e a Suissa, estabe- leceu-se em Londres, onde morreu em 1839.

SALA C 672. Paizagem. direita, um pastor, ovelhas e arvoredo; esquerda, pequena lagoa e gado; ao centro, figuras de ho- mem e de rapaz; ao fundo, casas, arvoredo, um moinho e campos.

Olerecido pelo sr. conde de Carvalhido. Madeira Altura m .31; largura m .41.

MOREELSE (Paulus). Foi o principal discpulo de Mie- revelt, celebre retratista liollandez. Fez tambm alguns quadros histricos e outros de architectura, mas foi nos re- tratos que se tornou notvel. Nasceu emUtrecht em 1571 e morreu cerca de iG38.

675. A filha de Ilcrodiade. Dois assumptos; I., di- reita, entre uma velha e uma rapariga, afilha de Herodia- de, Maria Salom, recebendo a cabea de S. Joo Baptista que o algoz depe n'uma salva sustentada por um rapaz ; ao lado d'este, o algoz, segurando com a mo esquerda a cabea do santo e com a outra a espada; L 2., esquerda e ao fundo, o filho de Herodiade conduzindo a cabea do santo, duas mulheres e duas figuras de homem com archo- tes, e, ao cimo de uma escada, arcaria pela qual se v o ban- quete de Herodes.

Offerecido pelo sr. conde de Carvalhido. Tela Altura i-33; largura i-,74.

TOLEDO (.1. G.) Artista hespanliol contemporneo.

681. Paizagem No primeiro plano, o declive de dois

montes, arvoredo e duas figuras de mulheres ; cm planos mais afastados, outro monte, e, ao fundo, montanhas co- bertas de neve.

Ofierecido pelo auctor em 1868. Tela Altura 0" ; 6: largura : ".5o

SEGUNDA METADE DO SCULO XVII.

476. sacrifcio de Isaac. Ao centro. Abraho em aco de sacrificar seu filho: esquerda, um anjo apresentando- lhe o carneiro que deve substituir a victima.

Offereeido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1868. Pertenceu eolleco Cambiasse.

Tela Altura l a \09: largura l m .63.

536. Retrato de personagem do sculo xvn. Tem a mo direita encostada sobre uma mesa; ao fundo, uma cortina. parte de uma colomna e borsonte.

Oferecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 1866.

Tela Altura r ->.46: largura m .38.

ESOALANTE (Juan Antnio). Pintor hespanhol da es- cola madrilena. Nasceu em Crdova em 1630 e morreu em Madrid em 1070. Tratou assumptos histricos e religio- sos e imitou o estylo de Tintoretto. conhecido tambm pelo nome de Joo de Sevilha.

719. Viso de S.Francisco de Assis. direita, S.Francisco de Assis, com os braos cruzados sobre o peito, contempla asceticamente.com o rosto banhado na mais piedosa uno, a scena do descendimento da croz, que lhe a p parece em ex- tasi. Esta scena occapa o centro e a parte esqoerda do qua- dro. Chrsto amparado porNicodemos, Jos de Arimathea e outra (igara. A Magdalena, com os louros eabellos soltos, segora-lhe 3 3 . jo de es beijar. Por . L ella

uma das santas mulheres. A esqoerda, S . -lista

de mos postas e por traz d'eMe outra das santas mulheres. Na parte superior, direita, cabeas de anjos.

Pertenceu rainha D. Carlota Joaquina. Adquirido peio psadoem 1859. atbibuido a Escalante.

Tela Aliara 2 metros: largura 2 m ,75.

ESCOLA VENEZIANA, SEGUNDA METADE DO SCULO XVI.

454. Ecee Homo. direita, Pilatos apresentando Christo de pulsos algemados com a canna verde na mo; esqoerda,

um algoz levantando a capa e descobrindo o corpo da vi- ctima.

Tela Altura 1 metro; largura m ,91.

Pertenceu rainha D. Carlota Joaquina. Adquirido pelo estado.

HEEM (Joo David de). Este apreciado pintor hollandez reproduziu nos seus quadros, com habilidade extrema, fru- ctos, flores, vasos, instrumentos msicos e objectos simi- lhantes. Ningum imitou como elle a transparncia dos vidros e crystaes. Nasceu em Utrecht em 1600 e faUeoeo em Anturpia em 1674.

627. Mariscos, productos naturaes e objectos de uso do- mestico. Ao centro, mariscos sobre uma bandeja, uma toalha, um bulle de metal branco e uma copa, tombados; ao fundo, outra copa. um copo com vinho e vrios comest- veis: num plano mais prximo, esquerda, um copo com vinho, um limo, uma salva, etc: direita, um esquilo, um prato com damascos, papeis de musica sobre um bandolim. um obo. cachos de uvas e pecogos sobre um cofre, junto d'este um copo com vinho: ao undo, a base de uma eolu- mna : esquerda, uma janella pela qual se v uma paiza- gem; pela parte superior, uma cortina.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor I). Fernando em 18(36.

Tela Altura I m ,17; largura l m ,67.

MORO (Gioyanm Baptista d'Angeli). Pintor italiano. Nasceu em Verona em 1512. Foi discpulo de Francesco Torbido, mas apurou o seu estylo, estudando as obras de Ticiano. Em Verona chegou a pintar em competncia com Paolo Veronese.

565. Retrato de personagem do sculo xyii.

Offerecido por sua magestade el-rei o senhor D. Fernando em 18(56.

Madeira Altura m ,60; largura ,n ,40.

DOLCI (Carlos). Pintor italiano; nasceu em Florena em 1616. No primou pela inveno e executou poucas obras de grandes dimenses. Tornou-se todavia notvel pelos seus quadrinhos religiosos, acabados com todo o esmero, e em que representava principalmente bellissimas cabeas do Salvador e da Virgem. Falleceu em 1686.

606. S. Francisco de Assis. O santo com a mo direita aponta para uma caveira collocada direita sobre uma mesa, e tem a mo esquerda e uma cruz sobre a mesma caveira.

Offerecido pelo sr. conde de Carvalhido. Tela Altura m ,65; largura m ,53.

ROSA (Salvador). Estylo de

155. Batalha. esquerda, grupo de combatentes; di- reita e ao fundo, o campo da batalha.

Ignora-se a procedncia.

Tela Altura l m ,72; largura O m ,96.

COURTOIS(Jacques). Conhecido tambm pelo nome ita- liano de Jacopo Cortese e pelo appellido de Borgognone. Francez pela ptria (nasceu em Santo Hippolyte, Franche- Cont, em 1621) residiu quasi sempre na Itlia, morrendo em Roma em 1676. Foi eminente pintor de batalhas. Um profundo desgosto na vida intima o